investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

214
ANÁLISES EXPERIMENTAL, TEÓRICA E COMPUTACIONAL DO ESCOAMENTO DOS GASES DE EXAUSTÃO NO CONVERSOR CATALÍTICO PLATINA/PALÁDIO INSTALADO EM UM MOTOR DE COMBUSTÃO INTERNA A ETANOL Keyll Carlos Ribeiro Martins Tese apresentada à Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo, como parte dos requisitos para obtenção do título de Doutor em Engenharia Mecânica. Orientador: Prof. Dr. Antonio Moreira dos Santos São Carlos 2006

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Page 1: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ANÁLISES EXPERIMENTAL, TEÓRICA E COMPUTACIONAL

DO ESCOAMENTO DOS GASES DE EXAUSTÃO NO

CONVERSOR CATALÍTICO PLATINA/PALÁDIO INSTALADO

EM UM MOTOR DE COMBUSTÃO INTERNA A ETANOL

Keyll Carlos Ribeiro Martins

Tese apresentada à Escola de Engenharia de

São Carlos da Universidade de São Paulo,

como parte dos requisitos para obtenção do

título de Doutor em Engenharia Mecânica.

Orientador: Prof. Dr. Antonio Moreira dos Santos

São Carlos

2006

Page 2: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Agradeço ao Senhor

Deus pelas oportunidades e

benções da vida.

Page 3: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Dedico este Trabalho

Aos meus pais Antonio Soares Martins e Maria Aurea Ribeiro Martins

pelo sacrifício e por não medirem esforços, quando se tratava da educação de seus

filhos, pois sem esta concepção seria impossível a realização deste trabalho.

A minha amada esposa Lídia pela compreensão, apoio, carinho e

contribuição sempre presentes nas horas necessárias. E ao meu filho Felipe Gabriel por

sua constante alegria.

Aos meus irmãos Maria Celeste, Maria da Conceição, Carlos Augusto e

Claudia Cristina pelo companheirismo e alegria de nossas convivências. E em especial a

Maria Cristina pela presteza e satisfação em ajudar nos momentos de precisão.

A Waldelice de Olinda pela atenção e amizade.

Aos amigos Maria do Carmo, Marina e Silva pelo apoio e palavras de

incentivo que contribuíram na concretização deste projeto de vida.

A Lurdimar, José Raimundo, Roberto, Jurandir, José Mario e Wilson

pelos momentos de alegria, tão importantes na superação das dificuldades.

Page 4: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Agradecimentos

Ao professor Dr. Antônio Moreira dos Santos pelos conhecimentos transmitidos na

elaboração deste trabalho e pela grande amizade concedida neste anos.

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, pela

bolsa concedida e pelo financiamento do Projeto CNPq Nº 460283/01-4 que permitiu a

compra dos catalisadores, dos combustíveis e a montagem experimental.

.

Ao Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão e aos colegas do

Departamento de Mecânica e Materiais que permitiram o meu afastamento para realizar

o programa de pós graduação.

Aos professores Dr. Sérgio Fontes, Dr. Fernando Eduardo Milioli, Dr. Paulo

Seleghin Júnior, Dr. Josmar Davilson Pagliuso, Dr. Geraldo Lombardi, Dr. Antonio

Moreira dos Santos, pela formação básica.

Em especial ao Prof. Dr. Fernando Eduardo Milioli pelo apoio na liberação da

licença do código CFX.

Ao grupo de elaboração do software MFIX: Syamlal, Rogers, e O’Brien do

Departamento de Energia nos Estados Unidos, Morgantown Energy Technology Center.

Aos colegas de trabalho da pós, Graziela, Julio, Luben, Renato, Ivonete, Érica,

Juliana Oliveira, Deusuita, Cecília, Sergio, Marcus, Francisco, Chris, Pio, Eloi, Delson,

Manoel, Anderson, Israel, Ernesto, Diego, Marcelo Evaristo, Roberta, Juliana, Renata,

Graziele, Paula, Edmilson.

Aos companheiros Roberto Lourenço, Teodomiro Luchesi, José, Donizeti Luchesi,

Roberto Prata Vieira, Jorge Nicolau, Hélio, José Roberto e José Torres.

Page 5: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Aos amigos de motores, pelas discussões científicas e pela realização dos ensaios

experimentais, Roberto Lourenço, Gustavo, Vitor Ciapina, Fabiano, Francisco, Marcus,

Sandro, Sergio e Delson.

Em especial ao amigo Gustavo Rodrigues pela amizade, apoio e discussões

cientificas.

Em especial a amiga Graziela pela amizade e discussões nas simulações com o

código CFX.

Em especial ao amigo Renato pela amizade e apoio nas simulações com o código

MFIX.

Em especial aos amigos José Antonio, Luben e Rodrigo Estella pela amizade e

discussões cientificas.

Em especial ao amigo Roberto Lourenço pela amizade, discussões e conselhos.

Page 6: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Sumário

Lista de Figuras.................................................................................................................i

Lista de Fotografias. .......................................................................................................vi

Lista de Tabelas ..............................................................................................................vii

Lista de Abreviaturas e Siglas.......................................................................................viii

Lista de Símbolos.............................................................................................................ix

RESUMO .......................................................................................................................xii

ABSTRACT..................................................................................................................xiii

APRESENTAÇÃO.......................................................................................................xiv

Capítulo 1......................................................................................................................xv

1 – INTRODUÇÃO.........................................................................................................1

Capítulo 2........................................................................................................................6

2 – OBJETIVOS..............................................................................................................7

Capítulo 3........................................................................................................................8

3 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.................................................................................9

3.1 – As Emissões da Exaustão Automotiva .................................................................9

3.1.1 – Legislação Veicular .......................................................................................10

3.2 – Influência da Relação Ar-Combustível nas Emissões da Exaustão

Automotiva. ...................................................................................................................14

Page 7: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

3.3 – Conversor Catalítico Automotivo.......................................................................16

3.3.1 – Metais Preciosos. ...........................................................................................20

3.3.2 - Tipos de Conversores Catalíticos. ................................................................22

3.3.3 – Difusão e Dessorção ......................................................................................24

Capítulo 4......................................................................................................................27

4 – Modelagem Matemática do Problema ..................................................................28

4.1 - Notação Matemática .............................................................................................28

4.2 - Equações Governantes .........................................................................................30

4.3 – Introdução do Modelo Matemático do Problema. ............................................32

4.3.1 – Modelo da Cinética Química........................................................................34

4.3.3 – Modelo do Material Catalítico. ....................................................................40

4.3.4 – Modelagem do Canal Monolítico.................................................................42

4.3.5 – Modelagem do Conversor Catalítico Automotivo......................................43

4.4 – Condições iniciais e de Contorno. .......................................................................45

4.5 - Modelos de turbulência. .......................................................................................47

4.4.1 - Modelos k – Epsilon.......................................................................................48

4.6 - Transferência de Calor no Conversor Catalítico...............................................50

Capítulo 5......................................................................................................................54

5 – PLANEJAMENTO DE EXPERIMENTOS. ........................................................55

5.1.1 – Características Dimensionais e Perda de Carga no Conversor Catalítico.

.....................................................................................................................................55

5.1.2 – Resistência ao Escoamento dos Gases de Exaustão nos Suportes

Monolíticos.................................................................................................................64

5.1.3 – Cálculo dos Parâmetros Químicos...............................................................67

5.2 – Ensaios Dinanométricos. .....................................................................................69

Page 8: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

5.3 – Cálculo da Abertura e Fechamento da Válvula de Exaustão. .........................71

5.4 – Cálculo de Incerteza dos Gases de Exaustão. ....................................................78

Capítulo 6......................................................................................................................82

6 – CONSTRUÇÃO EXPERIMENTAL....................................................................83

Capítulo 7......................................................................................................................93

7 – RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................94

Capítulo 8....................................................................................................................138

8 - CONCLUSÕES.....................................................................................................139

8.1 - SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ............................................141

9 - ANEXOS.................................................................................................................143

10 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................184

Page 9: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

i

Lista de Figuras

FIGURA 1 - INDICA OS LIMITES ECE R49 (EURO I E II) ESC E ELR (> EURO III) E

ILUSTRA UM COMPARATIVO DA FASE DE APLICAÇÃO DAS NORMAS NA EUROPA E

BRASIL. ....................................................................................................................10

FIGURA 2 - AS VARIAÇÕES DAS EMISSÕES DE EXAUSTÃO COM RELAÇÃO AO FATOR DE

EXCESSO DE AR. .......................................................................................................15

FIGURA 3 – CONVERSOR CATALÍTICO. .............................................................................16

FIGURA 4 - REGIMES CINÉTICOS POSSÍVEIS EM REAÇÕES CATALISADAS POR SÓLIDOS......35

FIGURA 5 - DIMENSÕES DO CATALISADOR AUTOMOTIVO E A DISTRIBUIÇÃO DAS PERDAS DE

CARGAS. ...................................................................................................................56

FIGURA 6 - VARIAÇÕES DA PRESSÃO E VELOCIDADE DE ESCOAMENTO DO GÁS NO DIFUSOR

E BOCAL DO MONÓLITO. ...........................................................................................56

FIGURA 7 - DIMENSÕES DE UMA CÉLULA DO MONÓLITO. .................................................58

FIGURA 8 - COEFICIENTES DE PERDA NA ENTRADA E SAÍDA DE CANAIS............................62

FIGURA 9 - DIAGRAMA DO COEFICIENTE DE RECUPERAÇÃO DE PRESSÃO, (CP).................62

FIGURA 10 – PRESENÇA DE OSCILAÇÕES NUMÉRICA (A) E DIFUSÃO NUMÉRICA (B) ..........66

FIGURA 11 - FUNÇÃO PERIÓDICA. Y(WT) EM RELAÇÃO A WT. ..........................................72

FIGURA 12 – DIMENSÕES DA VÁLVULA DE ADMISSÃO......................................................75

FIGURA 13– DIAGRAMA DE ABERTURA E FECHAMENTO DA VÁLVULA DO CILINDRO

NÚMERO 1. ...............................................................................................................77

FIGURA 14– GRÁFICO DA ÁREA DE ABERTURA E FECHAMENTO DAS VÁLVULAS NO TEMPO.

.................................................................................................................................77

FIGURA 15 - MANÔMETRO DE COLUNA VERTICAL............................................................88

FIGURA 16 - DIAGRAMA ESQUEMÁTICO DA BANCADA EXPERIMENTAL. ...........................91

Page 10: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ii

FIGURA 17 - POTÊNCIA E CONSUMO ESPECÍFICO DO MOTOR INSTALADO COM CONVERSOR

CATALÍTICO..............................................................................................................94

FIGURA 18 - AS EMISSÕES DE CO AO LONGO DO CONVERSOR CATALÍTICO. .....................96

FIGURA 19 - AS EMISSÕES DE THC AO LONGO DO CONVERSOR CATALÍTICO....................97

FIGURA 20 - AS EMISSÕES DE NOX AO LONGO DO CONVERSOR CATALÍTICO. ..................97

FIGURA 21- AS EMISSÕES DE CO, THC E NOX AO LONGO DO CONVERSOR CATALÍTICO. 98

FIGURA 22 - AS PROPRIEDADES TERMODINÂMICAS DE TEMPERATURA, PRESSÃO E VAZÃO

DOS GASES DE EXAUSTÃO NA ENTRADA DO CATALISADOR COM VARIAÇÃO DO FATOR

DE EXCESSO DE AR ...................................................................................................99

FIGURA 23 – VELOCIDADE DOS GASES DE EXAUSTÃO NO CONVERSOR CATALÍTICO. ......101

FIGURA 24 – VARIAÇÃO DA PRESSÃO DOS GASES DE EXAUSTÃO NO CONVERSOR

CATALÍTICO............................................................................................................101

FIGURA 25 – VARIAÇÃO DA TEMPERATURA DOS GASES NO CONVERSOR CATALÍTICO. ...102

FIGURA 26 - AS PROPRIEDADES TERMODINÂMICAS DE TEMPERATURA, PRESSÃO E VAZÃO

DOS GASES DE EXAUSTÃO NA ENTRADA DO CATALISADOR COM VARIAÇÃO DO FATOR

DE EXCESSO DE AR .................................................................................................103

FIGURA 27 - EFICIÊNCIA CATALÍTICA EM RELAÇÃO AO FATOR DE EXCESSO DE AR. ........104

FIGURA 28 - VARIAÇÃO DA TEMPERATURA NO SISTEMA DE EXAUSTÃO A 50% DE

ABERTURA DA BORBOLETA NAS ROTAÇÕES DE 2000, 3000 E 3500RPM DO MOTOR DE

COMBUSTÃO INTERNA. ...........................................................................................105

FIGURA 29 - PRESSÃO AO LONGO DO SISTEMA DE EXAUSTÃO.........................................106

FIGURA 30 - PRESSÃO AO LONGO DO SISTEMA DE EXAUSTÃO COM ALTERAÇÃO DO FATOR

DE EXCESSO DE AR .................................................................................................107

Page 11: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

iii

FIGURA 31 – A PRESSÃO AO LONGO DO CONVERSOR CATALÍTICO COM VARIAÇÃO DA ...108

FIGURA 32 - A VARIAÇÃO DE VELOCIDADE DOS GASES DE EXAUSTÃO NO CONVERSOR

CATALÍTICO............................................................................................................110

FIGURA 33 - A VARIAÇÃO DA PRESSÃO DOS GASES DE EXAUSTÃO NO CONVERSOR

CATALÍTICO............................................................................................................111

FIGURA 34 - COMPARAÇÃO ENTRE AS CURVAS DE PRESSÃO EXPERIMENTAL E SIMULADA

...............................................................................................................................112

FIGURA 35 - COMPARAÇÃO ENTRE A VARIAÇÃO DE VELOCIDADE EXPERIMENTAL E

SIMULADA ..............................................................................................................113

FIGURA 36 - A VARIAÇÃO DA VELOCIDADE DOS GASES NO CATALISADOR SEM

DIRECIONADOR.......................................................................................................114

FIGURA 37 - A VELOCIDADE DOS GASES DE EXAUSTÃO EM TRÊS DIFERENTES FORMAS DE

DIFUSORES. ............................................................................................................115

FIGURA 38 - VELOCIDADE DOS GASES DE EXAUSTÃO AO LONGO DO CATALISADOR COM

TRÊS DIFERENTES FORMAS DE DIFUSORES. .............................................................116

FIGURA 39 - VELOCIDADE DOS GASES DE EXAUSTÃO AO LONGO DO CATALISADOR COM

TRÊS DIFERENTES FORMAS DE DIFUSORES SEM DIRECIONADOR DE FLUXO..............116

FIGURA 40 - OS QUATROS ESTÁGIOS REPRESENTAM UMA DISTRIBUIÇÃO TRIDIMENSIONAL

DOS GASES QUEIMADOS NO SISTEMA DE ESCAPE COM CONVERSOR CATALÍTICO DO

MOTOR, QUE CORRESPONDE A SIMULAÇÃO DO PRIMEIRO CICLO DO MOTOR...........119

FIGURA 41 - OS QUATROS ESTÁGIOS (A), (B), (C) E (D) REPRESENTAM UMA DISTRIBUIÇÃO

TRIDIMENSIONAL DOS GASES QUEIMADOS NO SISTEMA DE ESCAPE COM CONVERSOR

Page 12: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

iv

CATALÍTICO DO MOTOR, QUE CORRESPONDE AO TERCEIRO CICLO DE SIMULAÇÃO DO

MOTOR. ..................................................................................................................120

FIGURA 42 - FLUXO PULSANTE NO SISTEMA DE EXAUSTÃO PARA O PRIMEIRO CICLO DE

SIMULAÇÃO APLICANDO-SE VETORES. (A) FLUXO DE GASES A PARTIR DO CILINDRO

(1) EM T=0,184SEG, (B) REFLUXO DE GASES NO CILINDRO (1) EM T=0,192SEG......121

FIGURA 43 - VARIAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE MONÓXIDO DE CARBONO EM CINCO

POSIÇÕES DIFERENTES NO CATALISADOR AUTOMOTIVO. ........................................122

FIGURA 44 – DUAS FORMAS (A) E (B) DE DIAGRAMAS PARA APRESENTAR A

CONCENTRAÇÃO DE MONÓXIDO DE CARBONO EM T = 0,5SEG. ................................124

FIGURA 45 - DUAS FORMAS (A) E (B) DE DIAGRAMAS PARA APRESENTAR A

CONCENTRAÇÃO DE HIDROCARBONETO EM T = 0,5SEG. .........................................125

FIGURA 46 - A EMISSÃO DE MONÓXIDO DE CARBONO NO CANAL COM DIÂMETRO

VARIÁVEL...............................................................................................................128

FIGURA 47 - OS DIAGRAMAS (A) E (B) REPRESENTAM A CONCENTRAÇÃO DE MONÓXIDO DE

CARBONO AO LONGO DE CANAL MONOLÍTICO NO REGIME TRANSIENTE EM T=0,01SEG.

...............................................................................................................................129

FIGURA 48 - OS DIAGRAMAS (A) E (B) REPRESENTAM A CONCENTRAÇÃO DE MONÓXIDO DE

CARBONO AO LONGO DE CANAL MONOLÍTICO NO REGIME TRANSIENTE EM T=0,2SEG.

...............................................................................................................................130

FIGURA 49 - SEIS ESTÁGIOS DA SOLUÇÃO DA EQUAÇÃO DA ESPÉCIE BIDIMENSIONAL EM

UM SIMPLES CANAL MONOLÍTICO COM MALHA COMPUTACIONAL DE 220X10 QUE

EXIBE A CATÁLISE NO PROCESSO DE OXIDAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE MONÓXIDO

DE CARBONO ..........................................................................................................132

Page 13: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

v

FIGURA 50 - SIMULAÇÃO NUMÉRICA BIDIMENSIONAL DE UM SIMPLES CANAL MONOLÍTICO

COM MALHA DE 220X10, OBTIDAS COM O CÓDIGO MFIX, MOSTRA O EFEITO DE

OXIDAÇÃO DO MONÓXIDO DE CARBONO EM TRÊS DIFERENTES ESQUEMAS

NUMÉRICOS: FOUP, VAN LEER E SUPERBEE; NOS TEMPOS DE 0,0120S; 0,0160S E

0,0200S. .................................................................................................................133

FIGURA 51 - SIMULAÇÃO NUMÉRICA BIDIMENSIONAL DE UM SIMPLES CANAL MONOLÍTICO

COM ESQUEMA NUMÉRICO DE PRIMEIRA ORDEM DO TIPO FOUP MOSTRA O EFEITO DE

OXIDAÇÃO DO MONÓXIDO DE CARBONO EM TRÊS DIFERENTES MALHAS: 100X10,

220X10 E 440X20 NOS TEMPOS DE 0,0120S; 0,0160S E 0,0200S.............................134

FIGURA 52 - COMPARAÇÃO DOS ESQUEMAS NUMÉRICOS FOUP E SUPERBEE NA MALHA 135

FIGURA 53 – COMPARAÇÃO DOS ESQUEMAS NUMÉRICOS FOUP E SUPERBEE NA MALHA 136

FIGURA 54 - REFINAMENTO DE MALHA DE UM SIMPLES CANAL DO SUPORTE MONOLÍTICO.

...............................................................................................................................137

Page 14: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

vi

Lista de Fotografias.

FOTOGRAFIA 1 - COMPONENTES DO CONVERSOR CATALÍTICO. .......................................18

FOTOGRAFIA 2 - DIMENSÕES DO CANAL DO MONÓLITO: T = 0,166MM, DH = 1MM E ........19

FOTOGRAFIA 3 - SUPORTE MONOLÍTICO COM INÚMERAS CÉLULAS...................................57

FOTOGRAFIA 4 - BOCAL TG-40 MONTADO NA CÂMARA ESTABILIZADORA E VISTA DO

BOCAL TG-40. FONTE: SILVA, J. A. (2004)..............................................................84

FOTOGRAFIA 5 - BALANÇA ELETRÔNICA PARA MEDIÇÃO DO CONSUMO DE COMBUSTÍVEL.

.................................................................................................................................85

FOTOGRAFIA 6 - CABINE DE COMANDO DA BANCADA EXPERIMENTAL. ...........................86

FOTOGRAFIA 7 - APARELHO DE SOLDAGEM DOS TERMOPARES. .......................................87

FOTOGRAFIA 8 - ANALISADORES DE GASES DO TIPO FID (A) E DO TIPO NDIR (B)...........89

FOTOGRAFIA 9 - BANCADA EXPERIMENTAL. ....................................................................92

Page 15: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

vii

Lista de Tabelas

TABELA 1 - OS LIMITES MÁXIMOS DE EMISSÃO POLUENTES PARA VEÍCULOS

AUTOMOTORES PESADOS. .........................................................................................11

TABELA 2 - OS LIMITES MÁXIMOS DE EMISSÃO POLUENTES PARA VEÍCULOS

AUTOMOTORES LEVES. .............................................................................................12

TABELA 3 - VEÍCULOS PESADOS - CICLO DIESEL – CONVENCIONAL E COM PÓS-

TRATAMENTO (CICLO DE TESTES ESC/ELR)............................................................13

TABELA 4 –PARTES DO CATALISADOR COM SUAS RESPECTIVAS MALHAS NÃO

ESTRUTURADAS........................................................................................................44

TABELA 5 - COEFICIENTE DE PERDAS (K) PARA CONTRAÇÕES GRADUAIS: DUTOS

REDONDOS E RETANGULARES. . ................................................................................63

TABELA 6 - AS REAÇÕES E TAXAS QUÍMICAS OCORRIDAS NO CONVERSOR CATALÍTICO. ..67

TABELA 7 - OS VALORES DOS COMPONENTES QUÍMICOS DAS EMISSÕES GASOSAS............68

TABELA 8 – DADOS DA ABERTURA E FECHAMENTO DA VÁLVULA DE ADMISSÃO..............76

TABELA 9 – CÁLCULO DE INCERTEZA DAS EMISSÕES DA EXAUSTÃO. VER ANEXO (H). ....81

TABELA 10 - ESPECIFICAÇÕES DAS MEDIDAS CO, CO2, HC, NOX E O2 DO ANALISADOR

NDIR. ......................................................................................................................89

TABELA 11 - PARÂMETROS DA SIMULAÇÃO EM UM SIMPLES CANAL MONOLÍTICO

APLICANDO-SE O CÓDIGO MFIX. ...........................................................................131

Page 16: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

viii

Lista de Abreviaturas e Siglas

INPM _ Instituto Nacional de Pesos e Medidas PROCONVE _ Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores CONAMA _ Conselho Nacional de Meio Ambiente GL _ Graus Alcoólico em Volume SGCE _ Software Gerenciador da Central Eletrônica MFIX _ Multiphase Flow with Interphase Exchanges

Page 17: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ix

Lista de Símbolos

A - Reagentes HC, CO ou NOx.

Ai - Fator de atividade

Ao - Área inicial

A/C - Razão ar-combustível

Al2O3 - Óxido de alumínio

C - Largura da célula do monólito

Ce - Cério

CA - Concentração do reagente A

CO - Monóxido de carbono

COHb - Carboxihemoglobina

CO p0,1 - Concentração de monóxido de carbono na posição 0,1mm da parede

CO p0,2 - Concentração de monóxido de carbono na posição 0,2mm da parede

CO p0,3 - Concentração de monóxido de carbono na posição 0,3mm da parede

CO p0,4 - Concentração de monóxido de carbono na posição 0,4mm da parede

CO p0,5 - Concentração de monóxido de carbono na posição 0,5mm da parede

CuO - Óxido de cobre

dp1 - Perda de carga na entrada do catalisador ( tubo liso)

dp2 - Perda de carga no difusor

dp3 - Perda de carga na entrada do canal do monólito

dp4 - Perda de carga na entrada na colméia

dp5 - Perda de carga na saída do canal do monólito

dp6 - Perda de carga no bocal

dp7 - Perda de carga na saída do catalisador (tubo liso)

dp8 - Perda de carga na saída do suporte 1

dp9 - Perda de carga na saída do suporte 2

dpSUP1 - Perda de carga no suporte 1

dpSUP2 - Perda de carga no suporte 2

Page 18: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

x

Ei - Energia de ativação

EGR - Recirculação dos gases de exaustão

EntCat - Entrada do conversor catalítico

EntSup1 - Entrada do suporte monolítico 1

G - Tomada de gases

G1, G2, G3 - Fatores de inibição

HC - Hidrocarbonetos

f - Fator de atrito

k - Constante de velocidade

Kai - Constante de adsorção

L - Comprimento da célula do monólito

La - Lantânio

M - Massa molar

MT - Massa molar total

MCI - Motor de combustão interna

N - Densidade da célula

NA - Número de moles do reagente A

Ni - Níquel

NiO - Óxido de níquel

NO - Óxido nitrico

NO2 - Dióxido de nitrogênio

NOx - Óxidos de nitrogênio

N2O - Óxido nitroso

ηcat - Eficiência catalítica

Oo - Quantidade mínima de oxigênio

OFA - Área frontal aberta

O2Hb - Oxihemoglobina

Pi - Tomada de Pressão

PC1 - Microcomputador com software gerenciador da central eletrônica

PC2 - Microcomputador com sistema de aquisição de temperatura

PC3 - Microcomputador com analisador de gases

Page 19: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

xi

Pt - Platina

Pd - Paládio

R1, R2, R3 - Taxas de reação

Re - Número de Reynolds

Rh - Ródio

SaiSup2 – Saída do suporte 2

SaiCat -Saída do conversor catalítico

SO3 - Trióxido de enxofre

t - Espessura da parede do monólito

ti - Divisão do ângulo de permanência

Ti - Ângulo de permanência

THC - Total de Hidrocarbonetos

Tw - Força de cisalhamento na parede

U - Velocidade de escoamento do gás

V - Volume do monólito

Vazio -vazio no conversor catalítico

ZnO - Óxido de zinco

ρ - Densidade

ΔH - Calor de adsorção

PΔ - Perda de carga

λ - Fator de excesso de ar ou lambda

Page 20: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

xii

RESUMO

MARTINS, K. C. R. (2006). Análises experimental, teórica e computacional do

escoamento dos gases de exaustão no conversor catalítico platina-paládio instalado em

um motor de combustão interna a etanol. Tese (Doutorado) – Escola de Engenharia de

São Carlos, Universidade de São Paulo São Carlos, 2006.

O trabalho consiste em análises experimental, teórica e computacional do escoamento

dos gases de exaustão através de um conversor catalítico platina-paládio, instalado num

motor de combustão interna movido a etanol. Foram realizados ensaios dinanométricos

no motor para análise das medidas experimentais no sistema de exaustão e para

aquisição de valores das propriedades termodinâmicas, de transporte e de concentrações

químicas, os quais serviram de dados iniciais para a simulação computacional

desenvolvida com a utilização dos softwares CFX e MFIX. Os programas resolvem um

conjunto de equações conservativas que permitem a análise da variação da pressão,

temperatura, velocidade e composição química dos gases de escape ao longo do suporte

monolítico. Além de avaliar a formação e os níveis das emissões provenientes da

combustão da mistura ar-combustível. A eficiência catalítica no primeiro suporte do

conversor foi de 11% THC, 100% NOx e 20% CO. Foi verificada uma diferença de

1,23% entre a velocidade média experimental e a simulada. Modelos matemáticos

foram aplicados no estudo da perda de carga no conversor catalítico e na relação

difusão-reação do consumo e formação das espécies químicas.

Palavras-chave: motor de combustão interna; conversor catalítico; emissões da

exaustão; perda de carga; simulações da hidrodinâmica e das reações químicas.

Page 21: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

xiii

ABSTRACT

MARTINS, K. C. R. (2006). Experimental, theoretical, and computational analysis of

exhaust gases flow in catalytic converter platinum-palladium of internal combustion

engine burning ethanol. Ph.D Thesis – Escola de Engenharia de São Carlos,

Universidade de São Paulo, São Carlos, 2006.

The Thesis describes computational, experimental, and theoretical analysis of the

exhaust gases flow through a Pt/Pd catalytic converter installed on internal combustion

engine burning ethanol. The obtained values related to energy properties and mass

transport in experimental tests is the base of initial values for development of the

computational simulation by using CFX and MFIX software. The programs solves a

group of conservative equations that allow to analysis of variation such as pressure,

temperature, and also, velocity of exhausting gases along the monolithic support,

moreover to evaluate the formation of gases and its emission levels on the incoming air-

fuel mixture combustion and its respective chemical reactions of oxidation.The catalytic

efficiency through the first monolith of the converter were about of 11% THC, 100%

NOx e 20% CO. It was verified also a small difference of 1,2 % between the

experimental and the simulated average velocity. In addition mathematical models were

applied on the study of the load loss in catalytic converter, diffusion-reaction of the

consumption and also formation of chemical species.

Keywords: Internal combustion engine; catalytic converters; emission control; pressure

drop; hydrodynamic and chemical simulations.

Page 22: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

xiv

APRESENTAÇÃO

Pesquisas comprovam que as emissões da exaustão automotiva afetam

diretamente os padrões de qualidade do ar e contribuem para um excessivo aumento da

poluição do ar atmosférico.

Este trabalho foi motivado por muitos fatores, entre os quais a

importância no monitoramento eficiente das emissões do sistema de exaustão de um

motor de combustão interna, em especial no conversor catalítico, responsável pelo

tratamento químico das emissões poluentes originadas da queima da mistura ar-

combustível, convertendo-as em emissões inofensivas lançadas à atmosfera.

Inicialmente, o conversor catalítico foi objeto de pesquisa no mestrado,

desenvolvido no laboratório de motores da EESC/USP, onde foram analisados os

processos de formação e controle das emissões, eficiência catalítica e a influência do

conversor no desempenho do motor.

Com base nos estudos desenvolvidos no mestrado, houve o interesse de

diagnosticar com mais detalhes o comportamento dos gases de exaustão através dos

efeitos de escoamento e das reações químicas, os quais foram divididos em três campos

de estudo o experimental, o teórico e o computacional.

Para facilitar a compreensão, a redação do trabalho foi estruturada em 7

capítulos.

No Capitulo 1 é feita uma introdução mostrando a importância do

trabalho no contexto nacional e os objetivos gerais da Tese.

No Capitulo 2, uma revisão bibliográfica sobre as emissões da exaustão

automotiva e do tratamento catalíticos.

No Capitulo 3, modelagem matemática do problema.

No Capitulo 4, planejamento de experimentos, procedimento das etapas a

serem executadas.

No Capitulo 5, construção experimental, montagem da bancada

experimental, simulação nos códigos CFX e MFIX.

No Capitulo 6, resultados e discussão.

No Capitulo 7, é feita a conclusão geral do trabalho.

Page 23: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

xv

Capítulo 1

Page 24: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Introdução

1

1 – INTRODUÇÃO

A sociedade moderna aplica processos de combustão de materiais para

obtenção de energia e realização de trabalho em suas atividades diárias. A energia

produzida mundialmente pelo processo de combustão é quase toda consumida nos

grandes centros urbanos e paises ricos, que emitem altos níveis de substâncias tóxicas

ao ambiente atmosférico, resultando na deterioração das condições ambientais e

mudança considerável das concentrações normais de gases da troposfera. Conforme

Rocha et al (2004) a preocupação da humanidade não deve concentrar-se somente com

a produção de energia, mas também com a conservação e minimização do uso desta,

especialmente nos países desenvolvidos.

Segundo Wylen (1993) uma combinação de diferentes gases constitui

nossa atmosfera, considerada normal quando praticamente todo o seu volume apresenta

uma composição de 78,10% de Nitrogênio, 20,95% de Oxigênio, 0,92% de Argônio e

0,03% de Dióxido de Carbono, além dos traços de outros elementos. Wark (1998)

afirma que parte da poluição atmosférica tem origem nos processos de combustão

incompleta das indústrias, fábricas e nos veículos automotores, que pioram

intensamente os padrões de qualidade do ar.

A partir de 1948 foram realizados estudos da poluição do ar na área de

Los Angeles nos Estados Unidos, comprovando que as emissões de gases dos

automóveis contribuíam para um excessivo aumento da poluição do ar urbano. De

acordo com Wark (1998) tal fonte é responsável pela concentração de poluentes

emitidos na atmosfera, que acima dos níveis aceitáveis afetam diretamente o

metabolismo celular.

De acordo com o Instituto Nacional de Meio Ambiente (IBAMA) no

Brasil, o transporte rodoviário representa 96,1% do transporte de passageiros. As

crescentes taxas de população urbana, a deficiência de políticas públicas de transporte

Page 25: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Introdução

2

em massa e a retomada do crescimento econômico têm implicado num aumento

significante da motorização individual. A frota nacional de automóveis e comerciais

leves aumentou de 10.325.000 em 1990 para 27.000.000 em 1998, o que implicaria, a

princípio, num aumento dos poluentes emitidos por veículos automotores.

Os poluentes formados da combustão nos motores de combustão interna

(MCI) são: monóxido de carbono (CO), hidrocarbonetos (HC), óxidos de nitrogênio

(NOx), óxidos de enxofre (SOx), particulados (MP), aldeídos (CHO), além de

substâncias inofensivas como vapor da água, nitrogênio e o dióxido de carbono (CO2),

este último componente gasoso, embora seja considerado como um poluente de baixa

toxidade, deve ser levada em consideração, tendo em vista sua participação no "efeito

estufa".

A necessidade de minimizar a presença destes poluentes na atmosfera

contribuiu para o surgimento de programas que visassem o controle das emissões de

exaustão automotiva, como o Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos

Automotores (PROCONVE) (Programa...,1988), criado em 06 de maio de 1986,

através da resolução nº 18, pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), o

qual incentiva o desenvolvimento tecnológico nacional tanto na engenharia automotiva,

como em métodos e equipamentos para a realização de ensaios e medições de poluentes.

Essa resolução fixou as diretrizes básicas do PROCONVE e estipulou os primeiros

limites máximos das emissões poluentes. A aplicação das normas do PROCONVE

promoveu o melhoramento dos sistemas de controle ou gerenciamento dos motores

automotivos com o intuito de reduzir os índices de emissão de poluentes, como por

exemplo: os sistemas de controle eletrônico da razão ar-combustível; sistema de

recirculação dos gases de exaustão; pesquisa de combustíveis alternativos, além da

implantação de conversores catalíticos.

O tratamento das emissões poluentes se aprimorou com aplicação de

sistemas catalíticos, representados pelos conversores catalíticos ou simplesmente

catalisadores, os quais convertem quimicamente os poluentes CO, HC e NOx em

emissões menos nocivas como dióxido de carbono, vapor d’água e nitrogênio. Portanto,

o propósito do conversor catalítico é reduzir quimicamente os poluentes contidos no gás

de exaustão, através de reações catalíticas heterogêneas de oxidação e redução na

superfície do monólito, permitindo às espécies dos gases de escape difundirem dentro

Page 26: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Introdução

3

do material catalítico. O processo químico de catalise é promovido pela presença dos

metais preciosos, tais como, platina, paládio e ródio que aceleram o processo das

reações de redução dos óxidos de nitrogênio e oxidação do monóxido de carbono e

hidrocarbonetos na superfície das paredes para o centro do canal monolítico. De acordo

com Martins (2003) estes sistemas catalíticos de controle das emissões veiculares

dependem da razão mássica de ar-combustível, velocidade dos gases de exaustão e da

temperatura do catalisador.

Diante da grande importância dos catalisadores para o controle da

emissão de poluentes por veículos automotores, no presente trabalho, será analisado um

sistema de exaustão composto por três partes distintas: coletor de exaustão, cano de

escapamento e conversor catalítico platina / paládio (Pt/Pd), que é foco desta pesquisa

de doutorado desenvolvida nos métodos: experimental, teórica e computacional. Este

sistema de exaustão foi empregado em um motor de combustão interna movido a álcool,

sendo que, os gases de exaustão provenientes de seu funcionamento, são analisados

experimentalmente pela sua composição química e propriedades físicas, tais como:

temperatura e pressão do escoamento. Os dados obtidos experimentalmente serviram de

condições iniciais para as simulações hidrodinâmica no software CFX e das reações

químicas no software MFIX.

Na literatura já existem análises detalhadas do comportamento dinâmico

dos gases de exaustão através do conversor catalítico. Nas décadas de 60 e 70, para

otimizar os sistemas de admissão e exaustão do motor, no que se refere ao escoamento e

transferência de calor dos gases, empregavam-se o método de tentativa e erro no

desenvolvimento destes sistemas, o que permitia a análise dos processos físicos do gás

de exaustão, porém os efeitos dos processos químicos no catalisador automotivo eram

complicados e ainda não eram considerados. Contudo, com o avanço dos algoritmos e

sistemas computacionais, as simulações numéricas passaram a apresentar uma descrição

melhor das reações químicas no monólito, associadas ao transporte de massa. Estes

trabalhos foram desenvolvidos por pesquisadores de diversas áreas, com aplicação de

alguns pacotes de CFD (Computational Fluid Dynamics) como, por exemplo, os

softwares Fluent, Star-CD, CFX, que podem trabalhar acoplados a outros pacotes de

análise química como Detchem, Chemkin e outros.

Page 27: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Introdução

4

Braun et al (2000) utilizaram o software Fluent interligado ao módulo

químico Detchem para analisar a influência dos parâmetros físicos e químicos na taxa

de conversão do catalisador automotivo. Também foi avaliada a distribuição do

escoamento dos gases em regime permanente, através de um modelo de simulação

bidimensional de um simples canal monolítico ao qual foi adicionado o mecanismo de

reação das espécies químicas na superfície do monólito. De forma semelhante, Deur

(2001) aplicou o software Star-CD combinado com a ferramenta de simulação de

complexos químicos cinéticos, CHEMKIN, nos escoamentos reativos para simulação de

pós-tratamento dos gases de exaustão em motores diesel.

No presente trabalho aplicou-se um recurso computacional que descreve

o escoamento dos gases de exaustão ao longo do catalisador automotivo. O modelo

proposto para simular os efeitos hidrodinâmicos do escoamento dos gases através do

conversor catalítico Pt/Pd foi baseado na simulação numérica com o software ANSYS

CFX, que resolve problemas do escoamento dos fluidos. Nesta simulação buscou-se

analisar os aspectos geométricos do catalisador automotivo, tais como: difusor,

direcionador de fluxo interno ao difusor, suportes monolíticos e bocal na saída do

catalisador, que influenciam diretamente o escoamento dos gases queimados, no que se

refere à perda de carga, variação da velocidade, pressão e temperatura.

O modelo matemático que descreve as reações químicas na superfície do

monólito foi implementado e resolvido no software MFIX, que resolve as equações de

balanço de espécie para a difusão e reação no material catalítico, por meio da aplicação

de um termo fonte ou condição de contorno na superfície catalítica, além de descrever

as reações químicas envolvidas na catálise do escoamento dos gases ao longo de um

simples canal do monólito. Antes este termo fonte foi implementado em um programa

de linguagem Fortran, denominado programa catalisador automotivo para as espécies

THC e CO, ver anexos (D e F), o qual resolve o problema de difusão-reação no material

catalítico ou “washcoat”, empregando-se o método runge-kutta na resolução das

formulações matemáticas diferenciais da catálise nos gases de exaustão.

Ao longo do sistema de exaustão o modelo de turbulência adotado foi o

modelo k-epsilon, que consiste num modelo de turbulência de duas equações. No

entanto, o escoamento verificado através dos monólitos é laminar, devido ao baixo

Page 28: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Introdução

5

número de Reynolds determinado. Os valores das condições de fronteira foram obtidos

através de dados experimentais.

Page 29: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

6

Capítulo 2

Page 30: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Objetivos

7

2 – OBJETIVOS

Este trabalho tem como objetivos:

Estudar o processo de formação e controle das emissões gasosas no

motor de combustão interna em função do fator de excesso de ar, temperatura e

comprimento do sistema de exaustão.

Avaliar os efeitos da ação catalítica nas emissões gasosas de um motor

movido a etanol 92o INPM (Instituto Nacional de Pesos e Medidas).

Estudo teórico do escoamento dos gases e das reações químicas no

material catalítico de um simples canal monolítico.

Analisar o comportamento dinâmico de escoamento dos gases

provenientes da combustão da mistura ar-combustível ao longo do sistema de exaustão

por intermédio do software CFX.

Analisar as reações químicas de oxidação dos gases de exaustão na

superfície de um simples canal do monólito por meio de um modelo bidimensional

resolvido no software MFIX.

Page 31: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

8

Capítulo 3

Page 32: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Revisão Bibliográfica

9

3 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Nesta seção serão apresentados: um estudo sobre as emissões da

exaustão automotiva; a legislação veicular; a influência da relação ar-combustível nos

gases de exaustão; características do conversor catalítico.

3.1 – As Emissões da Exaustão Automotiva

A combustão incompleta da mistura ar-combustível nos motores de

combustão interna é um dos principais fatores que propicia a formação de emissões

poluentes nocivas à saúde, tais como óxidos de nitrogênio (NOx), hidrocarbonetos não

queimados (HC), monóxido de carbono(CO), dióxido de enxofre (SO2) e particulados

em diferentes regimes de operação do motor.

Segundo Wark et al. (1999) o óxido nítrico (NO) é formado da

combinação do nitrogênio com o oxigênio acima de 1370oC, sendo que em operações

normais ocorrem picos de temperatura na câmara de combustão do motor superior a este

valor. O dióxido de nitrogênio (NO2) e o óxido nitroso (N2O) são produzidos em

pequenas escalas e praticamente desprezíveis. Quanto ao monóxido de carbono (CO)

resulta da oxidação incompleta do combustível sob condições de ar insuficiente. A

formação de monóxido de carbono aumenta com a diminuição da razão ar-combustível.

No caso dos hidrocarbonetos não queimados, diferentes do NO e CO, resultam da

extinção da propagação da chama perto das paredes frias do cilindro.

De acordo com Poulopoulos (2001) as principais emissões da exaustão

de hidrocarbonetos detectadas num motor movido a gasolina com adições de 3% a 10%

de etanol foram: metano, hexano, etileno, acetaldeído, acetona, benzeno, 1,3-butadieno,

tolueno, ácido acético e etanol. As adições de etanol no motor a gasolina favorecem a

diminuição das emissões de CO e dos compostos aromáticos como o benzeno e tolueno.

O metano e hexano são compostos alcanos, que contribuem ao efeito estufa. Os

acetaldeídos e acetona atuam na formação de fumaça fotoquímica e o ácido acético

provoca um irritante odor.

Page 33: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Revisão Bibliográfica

10

3.1.1 – Legislação Veicular

No Brasil, o programa de controle da poluição do ar por veículos

automotores (PROCONVE) estabeleceu o controle das emissões veiculares por meio da

fixação de limites máximos de emissão dos poluentes, o que permitiu a redução da

contaminação atmosférica, através do desenvolvimento de novas tecnologias e

aprimoramento dos veículos e motores para melhor atender as exigências das normas de

emissões.

Figura 1 - Indica os limites ECE R49 (EURO I e II) ESC e ELR (> EURO III) e ilustra

um comparativo da fase de aplicação das normas na Europa e Brasil.

Fonte: Umicore Automotive Catalysts – Clean air is our business.

Na aferição dos motores aplicam-se ensaios padronizados em

dinamômetro e com combustível de referência. O programa já alcançou alguns

Page 34: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Revisão Bibliográfica

11

resultados positivos como: a retirada do chumbo da gasolina, a adição de álcool à

gasolina e a redução gradativa do teor de enxofre do óleo Diesel.

As normas de controle das emissões poluentes para veículos leves

possuem base na legislação americana, enquanto os veículos pesados seguem as

exigências das normas européias. A resolução nº18/86 do CONAMA instituiu o

controle da emissão de veículos pesados em 1993, no caso de veículos movidos a diesel

os limites máximos de emissão, estão indicados na tabela (1). A fase IV brasileira

corresponde à fase EURO II, que teve início na Europa em 1996 e vigora até hoje, como

indicado na figura (1).

Tabela 1 - Os limites máximos de emissão poluentes para veículos automotores

pesados. Fonte: PROCONVE (1998)

CO

(g/kWh)

HC

(g/kWh)

NOx

(g/kWh)

Fumaça

(K)(l)

Partículas

(g/kWh)(l)

Fase I _ _ _ 2,5 _

Fase II 11,2 2,45 14,4 2,5 _

Fase III 4,9 1,23 9,0 2,5 0,7/0,4 (2)

Fase IV 4,0 1,1 7,0 _ 0,15

No Brasil, os veículos foram classificados em três categorias, de acordo

com o PROCONVE, cada uma com um cronograma específico: veículos leves de

passageiros, com massa total de até 3.856 kg; veículos leves comerciais, categoria

subdividida em veículos com massa para ensaio até 1.700 kg e acima de 1.700kg;

veículos pesados, com massa total acima de 3.856 kg.

Page 35: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Revisão Bibliográfica

12

Tabela 2 - Os limites máximos de emissão poluentes para veículos automotores leves.

Fonte: PROCONVE (1998)

Limites Máximos de Emissões

Poluentes Até

31/12/2006

Desde

01/01/2005

A partir de

01/01/2009

Monóxido de carbono

(CO em g/km)

2,00 2,00 2,00

Hidrocarbonetos

(HC em g/km)

0,30 0,30(2) 0,30(2)

Hidrocarbonetos não metanos

(NMHC em g/km)

NE

0,16

0,05

Óxidos de nitrogênio

(NOx em g/km)

0,60 0,25(3) ou 0,60(4) 0,12(3) ou 0,25(4)

Material particulado

(MP em g/km)

0,05 0,05 0,05

Aldeídos

(CHO em g/km)

0,03 0,03 0,02

Emissões evaporativas (g/km) 2,00 2,00 2,00

Emissão de gás no carter nula nula nula

em 1 - 2005 - para 40% dos veículos comercializados;

2 - em 2006 -> para 70% dos veículos comercializados;

3 - a partir de 2007 -> para 100% dos veículos comercializados.

(2) 4 - Aplicável somente a veículos movidos a GNV;

5 -Aplicável somente a veículos movidos a gasolina ou etanol;

(4) 6 - Aplicável somente a veículos movidos a óleo diesel;

7 - (NE) não exigível.

O controle de emissão para os veículos leves de passageiros foi dividido

em três fases, estabelecido segundo resolução no 18/86 do CONAMA. A fase (I), de

1988 a 1991, preocupou-se com o aprimoramento dos projetos dos modelos

automotores já em produção a partir do estabelecimento do PROCONVE e iniciou o

controle das emissões evaporativas. A fase (II), a partir de 1992, exigiu o

Page 36: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Revisão Bibliográfica

13

desenvolvimento de novas tecnologias, tais como carburados assistidos eletronicamente,

injeção eletrônica e os conversores catalíticos. As fases (I) e (II) já foram cumpridas. A

fase (III), em andamento, induz ao fabricante a empregar as mais modernas tecnologias

disponíveis para a formação de misturas e controle eletrônico do motor, fixando limites

máximos, desde 01/01/2005, como indicado na tabela 2, semelhante aos estabelecidos

nos Estados Unidos.

Tabela 3 - Veículos Pesados - Ciclo Diesel – Convencional e com Pós-tratamento

(Ciclo de testes ESC/ELR). Fonte: PROCONVE (1998)

Limites Máximos de Emissões

Poluentes Até

31/12/2005

Desde

01/01/2004 (1)

A partir de

01/01/2009

Monóxido de carbono

(CO em g/kWh)

4,00 2,10 1,50

Hidrocarbonetos

(HC em g/kWh)

1,10 0,66 0,46

Óxidos de nitrogênio

(NOx em g/kWh)

7,00 5,00 3,5

Material particulado

(MP em g/kWh)

0,25 0,10 ou 0,13(3) 0,02

Opacidade ERL (m-1) NE 0,80 0,50

em 1 - em 2004 - inicia com o atendimento de 100% dos ônibus urbanos;

2 - em 2005 - continua para 100% de micro-ônibus e novos lançamentos e 40% dos

outros veículos da produção;

3 - a partir de 2006 - para 100% dos veículos comercializados.

4 - em 2004 - inicia com o atendimento de 60% dos ônibus urbanos;

5 - em 2005 - continua para 100% de ônibus urbanos, micro-ônibus e novos

lançamentos e 60% dos outros veículos da produção;

6 - a partir de 2006 - para 100% dos veículos comercializados.

(2) 7 - Aplicável somente a veículos movidos a óleo diesel;

(3) 8 - Aplicável somente a motores de cilindrada unitária inferior a 0,75 dm³ e rotação à

potência nominal superior a 3000 m-1;

9 - (NE) não exigível.

Page 37: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Revisão Bibliográfica

14

O controle das emissões de veículos pesados a diesel iniciou em 1993

com a resolução no 18/86 o PROCONVE foi atualizado com relação aos veículos

pesados fabricados e comercializados no Brasil, independe do combustível aplicado.

Como os veículos movidos a diesel são a grande maioria no mercado de veículos

pesados, adotaram-se primeiramente limites máximos de emissões para este

combustível, tal como indicado na tabela 3. É importante ressaltar que não apenas os

veículos produzidos no Brasil devem atender aos limites de emissões fixados. A Lei no

8.723/93 determina que todos os veículos importados atendam às mesmas exigências

dos veículos nacionais.

3.2 – Influência da Relação Ar-Combustível nas Emissões da Exaustão Automotiva.

Ferguson (1986) afirma que as principais influências no controle das

emissões poluentes são dadas pelas modificações na forma da câmara de combustão,

das taxas de compressão, da recirculação dos gases de exaustão, do ponto de ignição,

razão ar-combustível, do processo de combustão e dos tratamentos catalíticos.

A razão ar-combustível é representada pelo fator de excesso de ar ou

lambda (λ), o qual permite determinar quanto a mistura ar-combustível efetivamente

disponível desvia da teoricamente necessária. As condições para as mudanças do fator

de excesso de ar (λ) são:

λ = massa de ar admitida em relação à demanda de ar necessária para a

queima estequiométrica.

λ<1: indica mistura rica ou falta de ar na mistura ar-combustível. A

potência máxima se dá com λ=0,85 a 0,95.

λ>1: é caracterizado pelo excesso de ar ou mistura pobre, deixando baixo

consumo de combustível e reduzida potência.

A figura (2) indica a variação das emissões da exaustão em relação ao

fator de excesso de ar, de acordo com Sher et al. (1998), quando o fator de excesso de

ar é de λ=0,7 o motor opera com mistura muito rica, as emissões de CO e HC são altas

nesta região, devido a combustão incompleta provocada pela falta de oxigênio,

ocasionando combustível não queimado. Ao contrário, a emissão de NOx é

insignificante pois o excesso de combustível causa a queda da temperatura de

Page 38: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Revisão Bibliográfica

15

combustão. Quando o fator de excesso de ar aumenta para próximo de λ=1 as emissões

de CO e HC diminuem, pois suas oxidações ocorrem na presença de uma concentração

maior de oxigênio, que resulta num aumento da concentração de CO2, e temperatura de

combustão mais elevada, favorecendo a formação da emissão de NOx. Para valores de λ

>1, que corresponde a faixa de mistura pobre, as concentrações de CO e HC são baixas,

devido a combustão ser completa, o que dá o máximo de CO2. A concentração de NOx

a partir λ=1,15 diminuem por causa do excesso de ar que baixa a temperatura na

câmara de combustão.

Heywood (1998) afirma que as altas taxas de compressão aumentam o

nível de temperatura na câmara de combustão, e conseqüentemente elevam as emissões

de NOx, entretanto as baixas taxas de compressão aumentam o consumo de

combustível. Além disto, as formas complicadas das câmaras de combustão e de suas

áreas superficiais largas causam aumento nas emissões de hidrocarbonetos não

queimados.

Figura 2 - As variações das emissões de exaustão com relação ao fator de excesso de ar.

Fonte: Sher (1998)

Page 39: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Revisão Bibliográfica

16

3.3 – Conversor Catalítico Automotivo.

O conversor catalítico é um dispositivo fundamental na conversão

química das emissões da exaustão automotiva em gases menos nocivos. É constituído

por uma colméia monolítica cerâmica ou metálica, denominada de suporte ou substrato,

onde os gases escoam por canais, cerca de 1mm de diâmetro, com paredes impregnadas

por metais preciosos, no caso em estudo platina e paládio, que aceleram as reações

químicas dos gases queimados.

Figura 3 – Conversor Catalítico.

Fonte: HEISLER, Heinz (1995)

Wark et al (1998) afirmam que as paredes dos canais do monólito são

cataliticamente inativas e permeadas por uma camada de óxidos de metais de alumina,

óxido de cério e óxido de zircônio que aumentam a superfície de contato. Este processo

é denominado “washcoat”. Distribui-se na superfície do suporte uma solução de metais

preciosos, usados individualmente ou de forma combinada, formando o catalisador

automotivo. O catalisador é envolvido por uma manta expansiva, que serve de vedação,

proteção mecânica e isolante térmico; nas suas extremidades possuem cones metálicos,

denominados difusor e bocal, onde na parte interna do difusor encontra-se um

Page 40: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Revisão Bibliográfica

17

direcionador de fluxo utilizado para uniformizar o fluxo de entrada dos gases nos

monólitos. Todo este conjunto dá origem ao conversor catalítico, ver figura (3), que é

instalado no cano de escapamento do veículo. A fotografia (1) ilustra os componentes

do conversor catalítico.

Embora um catalisador acelere uma reação química, ele nunca determina

o equilíbrio ou o ponto final da reação, desta forma as reações químicas são unicamente

influenciadas pelas variáveis termodinâmicas, como temperatura, pressão e

concentrações de espécies químicas envolvidas.

A eficiência de conversão de um catalisador automotivo é a razão da taxa

de massa gasosa removida do constituinte de interesse no catalisador pela taxa de fluxo

de massa do constituinte dentro do catalisador. No caso da espécie HC, a equação (1)

fica:

HCin

HCout

HCin

HCout

HCin

HCin

HCin

HCoutHCincat

m

m

m

m

m

m

m

mm.

.

.

.

.

.

.

..

1−=−=−

=η (1)

Em que, cat

.η - eficiência de conversão

HCinm.

- vazão mássica de entrada

HCoutm.

- vazão mássica de saída

Os conversores catalíticos evoluíram gradualmente em resistência de

estrutura, aperfeiçoamento no desenho, propriedades dos materiais, promovendo células

de alta densidade que aumentam a área superficial de contato, além do peso cerâmico

com paredes finas com baixa capacidade de calor. A fotografia (2) indica a espessura da

parede (t) e o diâmetro hidráulico (Dh) do canal monolítico.

Segundo Emmett (1954) o suporte ou substrato do catalisador é um

material que serve de base, suporte ou ligante do constituinte ativo, porém possui

pequena ou nenhuma atividade em relação à reação considerada. A função mecânica do

Page 41: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Revisão Bibliográfica

18

suporte é servir de estrutura para o componente catalítico. Além disto, fornece maior

área de contato para a atividade catalítica; aumenta a estabilidade do catalisador; dissipa

o calor nas reações exotérmicas e resiste à sinterização térmica e química.

Portanto, na escolha de um suporte catalítico devem ser levados em

consideração alguns fatores e propriedades físico-químicas, tais como: área superficial;

estrutura; possível atividade catalítica do suporte; porosidade; calor específico; tamanho

da partícula; condutividade térmica; densidade; resistência ao atrito, dureza e resistência

à compressão.

Fotografia 1 - Componentes do Conversor Catalítico.

Segundo Ciola (1981) a técnica mais empregada na incorporação do

catalisador ao suporte é a técnica de impregnação, o qual consiste em impregnar o

suporte com uma solução a base de água contendo o material ativo, deixar evaporar o

solvente em baixa temperatura em torno de 60 a 80oC, logo, em seguida, o suporte

impregnado é calcinado para que ocorra a decomposição do sal, desta maneira,

depositando o catalisador na superfície do suporte. Na etapa da calcinação, o catalisador

decompõe-se na forma de catalisador final, normalmente um metal ou óxido de metal.

Page 42: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Revisão Bibliográfica

19

Fotografia 2 - Dimensões do canal do monólito: t = 0,166mm, Dh = 1mm e

C =1,166mm.

Ciola (1981) afirma que a quantidade de material ativo introduzido em

cada impregnação num grama de suporte pode ser calculada pelo volume do poro e a

concentração do catalisador na solução.

A equação (2) representa a percentagem do catalisador no suporte.

( )CVCVP

P

PC .1

100..+

= (2)

Em que, CP = percentagem do catalisador no produto calcinado;

PV = volume do poro em cm3/g;

C = concentração do catalisador na solução impregnante (g de óxido/cm3).

O “washcoat” tem a função de promover alta área superficial para a

dispersão dos metais preciosos. Gandhi (2003) afirma que os materiais do “washcoat”

incluem óxidos metais de base inorgânica tais como: alumina (Al2O3), dioxido de silicio

(SiO2), TiO2, CeO2, ZrO2, vanadia (V2O5), La2O3 e zeolitas. Os óxidos de CeO2 e V2O5

funcionam como promotores e estabilizadores, além de exibirem atividade catalítica. Os

metais preciosos, platina (Pt), paládio (Pd) e ródio (Rh), são normalmente aplicados na

etapa de impregnação.

Page 43: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Revisão Bibliográfica

20

3.3.1 – Metais Preciosos.

Segundo Bhattacharyya e Randip (1999) a escolha dos metais preciosos

dá-se da necessidade de remover poluentes em curto tempo de escoamento relativo ao

tamanho do catalisador, com maior tempo de reação, além da resistência ao

envenenamento e a desativação térmica exposto a altas temperaturas. Logo, a platina

(Pt), o paládio (Pd) e o ródio (Rh) foram os materiais catalíticos que mais atenderam aos

requisitos, sendo que inicialmente a platina e o paládio foram usados nos catalisadores

de oxidação e o ródio era acrescentado no catalisador de três vias por acelerar a redução

de NOx em N2.

Os metais preciosos apresentam as seguintes características:

a) o paládio possui alta durabilidade térmica, aumenta a capacidade de

armazenagem de oxigênio, porém é extremamente sensível ao envenenamento pela

presença de enxofre no combustível.

b) a platina consegue remover os poluentes HC, CO e NO quando

próximo da faixa estequiométrica, além de oxidar os aldeídos, e ter pouca estabilidade

em altas temperaturas.

c) o ródio possui alta resistência a sinterização, e é efetivo na redução de

NO e oxidação de CO. Quando na faixa estequiométrica é menos ativo que os

catalisadores Pt e Pt/Rh, mas apresenta melhor redução de NOx na presença de oxigênio

ou dióxido de enxofre do que o Pd e a Pt.

A ordem da atividade catalítica, sob condições estáticas, em cada sistema

de gás binário na exaustão automotiva, é a seguinte:

CO – O2: Rh > Pd > Pt

CO – NO: Rh > Pd > Pt

H2 – NO: Pt > Pd > Rh

C3H6 – O2: Pd > Pt > Rh

C3H8 – O2: Pt > Rh > Pd

O paládio tem maior demanda no mercado pelo custo mais baixo que a

platina e o ródio, devido a fontes exteriores vindas da África do Sul, Canadá, Rússia e

Page 44: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

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21

USA e por ser um material catalítico mais resistente termicamente, seguido da platina e

o ródio. A larga comercialização do paládio ocorreu por volta 1980 quando os USA

instituíram a gasolina sem chumbo e com níveis de enxofre mais baixos, evitando o

envenenamento e possibilitando a substituição da platina ou ródio. Ford introduziu um

catalisador Pd/Rh em alguns de seus modelos na Califórnia em 1989, tendo colocado

por muito tempo a formulação Pt/Rh nos catalisadores de três vias.

Mesmo com o melhoramento das técnicas de segregação Pd e Rh, na

Europa a introdução destes catalisadores tem sido muito lenta, por causa do processo

gradual de eliminação do chumbo nos combustíveis. O paládio tem sido beneficiado por

um melhor aproveitamento dos materiais de armazenagem de oxigênio como: o cério

(Ce), o níquel (Ni) e estendido para o lantânio, as terras raras e outros óxidos de metais

alcalinos. Maior esforço ocorre para compreender tais interações entre paládio e adição

de cério no suporte de alumina, pelas habilidades do cério de armazenar e libertar o

oxigênio submetido a um ciclo de condição de exaustão, estabilizando a dispersão de

metais nobres e melhorando a performance do catalisador tornando-o menos sensível às

variações das razões de ar-combustível.

De acordo com Wark et al (1998) a implantação do óxido de cério no

material “washcoat” tem sido benéfico nos suportes dos catalisadores, pois no ciclo de

redução de NOx o oxido de cério libera oxigênio para facilitar a oxidação de HC e CO,

e durante o ciclo de oxidação o oxido de cério absorve e armazena oxigênio para

redução da formação de NOx. Outra utilidade do óxido de cério é como catalisador na

fase de redução de NOx, permitindo a reação de CO e HC com vapor d’água no sistema

de exaustão, aumentando a conversão de CO para CO2 e de HC para H2. como indicada

nas equações (3) e (5).

CO + H2O → H2 + CO2 (3)

CxHx + 2H2O → (2 + 2y )H2+CO2 (4)

O hidrogênio do produto final faz a complementação na redução de NOx.

NOx + xH2 → N2 + xH2O (5)

Page 45: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

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22

Para a oxidação de CO, olefinas, e metano, a atividade catalítica do Pd é

maior que a Pt. Já para oxidação de compostos aromáticos, a Pt e o Pd tem atividade

similar. Para oxidação de hidrocarbonetos do petróleo, a Pt é mais ativo que o Pd.

Metais nobres puros sinterizam rapidamente em temperaturas numa faixa de 500oC a

900 oC na exaustão do catalisador. Os metais nobres são dispersos na superfície do

suporte inerte tal como γ - A2O3 e cada partícula possui tamanho menor que 50nm e

pode aumentar para aproximadamente 100nm quando o catalisador é exposto a altas

temperaturas na exaustão do veículo.

3.3.2 - Tipos de Conversores Catalíticos.

Segundo Bhattacharyya (1999) os tipos de catalisadores são enunciados

de acordo com os metais catalíticos:

a) Catalisador monometálico de Platina

A platina é um excelente catalisador de oxidação para conversão dos

hidrocarbonetos e monóxido de carbono em dióxido de carbono e vapor d’água. A

atividade do catalisador de platina depende do suporte e da concentração da platina no

suporte. De acordo com Muraki et al. (1991) observou-se que o catalisador contendo

1,166kg/m3 de paládio (Pd) converte somente 11% de NO, em contrapartida,

1,166kg/m3 de platina (Pt) converte 55% de NO em alimentação estequiométrica e

temperatura de entrada de 450oC.

b) Catalisador monometálico de Paládio.

O paládio também é utilizado como catalisador de oxidação para

conversão dos hidrocarbonetos e monóxido de carbono em vapor d’água e dióxido de

carbono. Além disto o paládio é mais largamente comercializado do que a platina. Mas

o paládio tem menor capacidade de redução de NO que o ródio. A platina e o paládio

possuem pouca resistência ao envenenamento para a variedade de combustíveis

contendo chumbo, enxofre, fósforo e óleos contaminantes de motor. A principal reação

para a capacidade de redução de Nox em condição pobre do catalisador de Pd é o

Page 46: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

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23

envenenamento por HC. Segundo Muraki (1991) o método de prevenção de

envenenamento de HC nos catalisadores de Pd é adicionar os metais de terras raras, tais

como, Lantânio (La).

Segundo Hu et al (1996) o óxido de cério aplicado dentro do "washcoat"

do catalisador de Pd, aumenta a conversão de NO continuamente em relação a

temperatura de reação, ou seja, 64% em 350oC para 84% em 500oC. A adição de cério

no catalisador de Pd contribui para as reações de CO/NO em altas temperaturas.

c) Catalisador monometálico de Ródio.

De acordo com Taylor e Schlatter (1980) o ródio tem melhor atividade

catalítica para a redução de NO em N2 nos catalisadores three-way catalysts (TWC),

numa proporção de 0,18 a 0,3 g/conversão. A atividade do ródio é afetada em condições

de excesso de oxigênio pela concentração inicial de CO. Logo, para melhorar sua

performance é adicionado no catalisador um metal óxido como o cério (Ce) ou o níquel

(Ni) para armazenar o oxigênio e estabilizar a dispersão dos metais nobres sobre o

suporte Al2O3.

d) Catalisador bimetálico de Rh/Pt e Rh/Pd

Os catalisadores automotivos de três vias a base de ródio como Pt/Rh e

Pd/Rh são usados simultaneamente para remover HC, CO e NOx. Todavia os

catalisadores Pt/Pd são aplicados para oxidação dos HC e CO, possuem pouca eficiência

na redução de NOx em regime de exaustão pobre. Segundo Bhattacharyya (1999) as

formulações de Rh/Pt e Rh/Pd comparadas com o catalisador de Rh formam mais

amônia sob condições de redução e diminuem a conversão de NO nas condições de

oxidação. A formulação de Rh/Pd é geralmente evitada por causa da menor resistência

ao envenenamento comparada a formulação de Rh/Pt. Todavia este problema é

compensado com aplicação do metal óxido de cério que estabiliza os metais de Pd e Rh

durante altas temperaturas na superfície do suporte, evitando a sinterização destes

metais.

Page 47: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

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24

e) Catalisador Zeolita

O mecanismo deste catalisador funciona como uma peneira molecular, o

qual imobiliza cada molécula do substrato na posição apropriada para romper somente a

ligação química necessária, com altíssima seletividade. A seletividade dos zeolitas

conduz a uma reação catalítica na direção do produto desejado.

Breck (1974) afirma que os zeolitas são aluminossilicatos cristalinos

hidratados, formados por tetraedros de AlO4 e SiO4, ambos vinculados a átomos de

oxigênio e reunidos em tais vias para constituir cavidades, canais, penetrando

uniformemente num volume de treliça inteira e assim gerando altas áreas de superfície

interna conveniente para adsorção e processos catalíticos.

Os zeolitas podem ser modificados pelos processos de troca iônica e

dopagem ou substituição isomórficas, o qual melhora sua atividade e seletividade

catalítica. A modificação dos zeolitas pela introdução dos compostos de metais nobres

(Pt,Pd,Rh), metais de transição (Ni,Co) ou pelos óxidos metálicos (CuO, ZnO, NiO) dá

origem as chamadas peneiras redox. Tais peneiras são formadas num processo de

dopagem, produzindo sítios isolados, que contem metais de transição no produto final.

As reações catalíticas acontecem nestes sítios ativos no interior dos microporos.

3.3.3 – Difusão e Dessorção

Ciola (1981) afirma que na catálise heterogênea pelo menos um dos

reagentes do gás deve estar incorporado sobre a superfície do catalisador por um

determinado período. Este fenômeno da catalise é controlada pelos processos de difusão

dos reagentes e produtos para dentro ou para fora dos poros do catalisador.

Quando as fases de duas substâncias imiscíveis entram em contato

ocorre, em geral, uma tendência de acumulação de uma substância sobre a superfície da

outra. Este fenômeno denomina-se adsorção. A adsorção ocorre espontaneamente, com

a diminuição da energia livre superficial (ΔGo) e da desordem do sistema, ou seja, as

moléculas adsorvidas perdem grau de liberdade, e conseqüente diminuição da entropia

(ΔS) e entalpia (ΔHo) do sistema, o que indica a adsorção ser um processo exotérmico.

ooo STHG Δ−Δ=Δ (6)

Page 48: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

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25

O tamanho da partícula do catalisador irá variar quando o processo de

difusão dentro dos poros do catalisador for dominante no controle da velocidade de

reação.

Conforme Trapnell (1965) a velocidade de uma reação heterogênea

catalisada pode ser controlada pela velocidade de difusão (ou migração) e adsorção das

moléculas dos reagentes na superfície; velocidade de reação na camada adsorvida e

velocidade de dessorção das moléculas dos produtos.

De acordo com Ciola (1981) quando a atividade catalítica na superfície

for alta, os processos de difusão das moléculas para dentro ou para fora da superfície do

catalisador tornam-se um efeito determinante da velocidade, ou seja, às vezes o

processo de adsorção ou dessorção dita a velocidade da reação catalisada.

A velocidade de adsorção é representada pela equação (7).

( ) TRaE

a efTkm

PV .......2

. −= θ

πσ (7)

Em que, aV - velocidade de adsorção; σ - coeficiente de condensação; )(θf - fração da

superfície recoberta; aE - energia de atividade de adsorção; k – constante de Boltzman;

m – massa da molécula de gás; P - pressão e T - temperatura.

A velocidade de dessorção é representada pela equação (8).

( ) RTdE

dd efkV−

= .. ' θ (8)

Em que, dV - velocidade de dessorção; )(' θf - fração da superfície recoberta; aE -

energia de atividade de dessorção; k – constante de Boltzman.

A energia de ativação de dessorção ( dE ) é igual à soma da energia de

ativação de adsorção ( aE ) e o calor de adsorção (Q ) que corresponde ao calor liberado

por um mol de gás adsorvido.

QEE ad += (9)

Page 49: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

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26

Segundo Ciola (1981) para um dado catalisador, quanto maior for a

superfície de contato disponível para os reagentes dos gases de exaustão, melhor será a

conversão nos produtos. Poucos catalisadores possuem superfícies energeticamente

homogêneas. A heterogeneidade do catalisador indica certas áreas mais ativas que

outras. A atividade não é diretamente proporcional à área da superfície, e sim

dependente da distribuição da área ativa do catalisador ao longo da superfície.

Se para um uso continuo de reagentes gasosos na superfície catalítica, a

atividade diminuir mais rapidamente do que a área de contato constata-se uma

desativação química do catalisador por envenenamento. Porém, quando a atividade

diminuir proporcionalmente com a área superficial, ocorre uma desativação térmica.

A atividade do catalisador por unidade de área ou pela área disponível

para adsorção e reação podem ser aumentada, por meio de um promotor ou do próprio

suporte.

Por definição “os poros de um catalisador são os interstícios contínuos e

interconectados, estatisticamente homogêneos, entre os blocos mal ajustados que

formam a sua estrutura”. Tais interstícios ocupam parte do volume do catalisador,

chegando até cerca de 80% do volume, como no caso de alguns carvões ativos e

aluminas especiais.

Page 50: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

27

Capítulo 4

Page 51: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Modelagem Matemática do Problema.

28

4 – Modelagem Matemática do Problema

4.1 - Notação Matemática

A notação matemática básica utilizada pelo CFX-Solver.

De acordo com o sistema de coordenadas em que i,j e k são vetores

unitários em três direções coordenadas. Define-se ∇ tal como a equação (10):

⎥⎦

⎤⎢⎣

⎡∂∂

∂∂

∂∂

=∇zyx

,, (10)

Para uma função de escala geral ( )zyx ,,φ , o gradiente de φ é definido

por:

kz

jy

ix ∂

∂+

∂∂

+∂∂

=∇φφφφ (11)

Para uma função vetor U(x,y,z), onde:

⎥⎥⎥

⎢⎢⎢

=

z

y

x

U

UU

U (12)

O divergente do vetor, divU, é definido pela equação (13),

zU

yU

xU

U zyx

∂∂

+∂

∂+

∂∂

=•∇ (13)

O operator ⊗ é um tensor produto, uma operação no qual um vetor é

multiplicado por outro. O tensor produto de dois vetores, U e V, é definido como:

Page 52: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Modelagem Matemática do Problema.

29

⎥⎥⎥

⎢⎢⎢

=⊗

zzyzxz

zyyyxy

zxyxxx

VUVUVUVUVUVUVUVUVU

VU (14)

Pelo uso especifico do tensor as equações relacionam que cada dimensão

pode ser combinada dentro de uma equação simples. Assim, a notação de tensor

especifico, fica:

( )

( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( )⎥⎥⎥⎥⎥⎥⎥

⎢⎢⎢⎢⎢⎢⎢

∂∂

+∂∂

+∂∂

∂∂

+∂∂

+∂∂

∂∂

+∂∂

+∂∂

=⊗•∇

zzzyzx

yzyyyx

xzxyxx

UUz

UUy

UUx

UUz

UUy

UUx

UUz

UUy

UUx

UU

ρρρ

ρρρ

ρρρ

ρ (15)

A matriz transposta.

A transposta de uma matriz é definida pelo operador Τ . Por exemplo, se

a matriz for definida pela equação (16):

⎥⎥⎥⎥⎥⎥⎥

⎢⎢⎢⎢⎢⎢⎢

∂∂∂∂∂∂

=∇

z

y

x

φ

φ

φ

φ (16)

Então, sua transposta fica,

[ ] ⎥⎦

⎤⎢⎣

⎡∂∂

∂∂

∂∂

=∇zyx

T φφφφ (17)

A matriz identidade ( função de delta de Kronecker)

Page 53: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Modelagem Matemática do Problema.

30

⎥⎥⎥

⎢⎢⎢

⎡=

100010001

δ (18)

Na notação indexada, o operador divergente pode ser escrito como,

i

i

xU

U∂∂

=•∇ (19)

Em que, o index é assumido sobre os três componentes.

A quantidade VU ⊗ pode ser representado por jiVU (quando →

U e →

V

são vetores), ou por jkiVU (onde →

U é um vetor e V é uma matrix).

Então a quantidade ⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ ⊗•∇

→→

UUρ pode ser representado por,

( )jii

UUx

ρ∂∂ (20)

4.2 - Equações Governantes

As equações resolvidas pelo CFX são as equações de Navier-Stokes na

sua forma conservativa.

Equações de Transporte.

As equações instantâneas de conservação de massa, momento e energia

podem ser escritas da seguinte forma:

Equação de Continuidade.

( ) 0Ut

=•∇+∂∂ ρρ (21)

Page 54: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Modelagem Matemática do Problema.

31

Equação de Momento.

( ) ( )( )( ) MT SUUpUU

tU

+∇+∇+−•∇=⊗•∇+∂∂ μδρρ (22)

Equação de Energia.

( ) ( ) Etottot STUh

tp

th

+∇•∇=•∇+∂∂

−∂

∂λρ

ρ (23)

Em que, toth é definido como a entalpia total específica.

2

21 Uhhtot += (24)

Equação da Conservação de Espécies.

A equação da conservação das espécies é dada por:

( ) ( ) ( )i

j

ji

j

iii RxJ

xYu

tY

+∂

∂−=

∂∂

+∂

∂ ,ρρ (25)

Em que, Ngi ,...,1= , iY representa a concentração das espécies (CO, CO2, O2, THC,

NOX), jiJ , é o fluxo de massa de difusão e iR a taxa de reação química.

j

imiji x

YDJ

∂∂

−= ,, ρ . (26)

Sendo, miD , o coeficiente de difusão efetivo.

As reações químicas na fase gasosa deixam termos fontes nas equações

de conservação das espécies e entalpia. Estes termos fontes iR são fornecidos como

taxas de consumo e produção de espécies i pelas reações químicas.

A condição de fronteira necessária para a solução da equação de espécies

é:

Page 55: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Modelagem Matemática do Problema.

32

jRjsCjCSjmKM

=− ),(,ρ (27)

Taxa de Geração de Espécies: Rj

∑=

−=N

K krknkjaSjR1 ,γδ (28)

Em que,

kn = fator de eficácia;

kja , = coeficiente estequiométrico de espécies j na reação k;

γ = área especifica do catalisador, isto é, área ativa cataliticamente por volume do

washcoat;

δ = espessura do washcoat;

S = área geométrica superficial do washcoat ;

hdS 4= (29)

4.3 – Introdução do Modelo Matemático do Problema.

Os primeiros modelos matemáticos sobre o escoamento dos gases no

sistema de exaustão tratavam somente dos processos físicos, limitavam-se normalmente

à análise da transferência de calor e massa. De início os engenheiros verificavam,

através do método tentativa e erro, todos os fatores que influenciavam o desempenho do

sistema de exaustão, assim aprimoraram os projetos técnicos deste sistema, reduziram

as perdas de carga e otimizaram o escoamento dos gases ao longo do sistema.

Os trabalhos de modelagem matemática contribuíram para redução do

tempo e recursos gastos nos ensaios experimentais. Chan et al (1999) afirmam que a

simulação computacional permite compreender alguns parâmetros que antes eram

desprezados no âmbito experimental, e agora permite detalhar a complexa interação dos

Page 56: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Modelagem Matemática do Problema.

33

efeitos de transporte e cinética química que ocorrem nestes reatores. Por exemplo, uma

simulação que verifica os efeitos do ambiente frio sobre o desempenho dos sistemas de

funcionamento do motor, em um país de clima quente. Se o método experimental fosse

aplicado, o custo para verificação destes efeitos térmicos seria elevado.

A simulação de escoamentos de fluidos, com esquema detalhado do

fluido reativo e superfície catalítica, tem recentemente sido foco de atenção pela

comunidade cientifica, devido a disponibilidade de computadores de processamento

mais rápido e o desenvolvimento de novos algoritmos numéricos. Deutschmann et al

(1995) afirmam que o problema permanece na rigidez das equações governantes, devido

as escalas de tempos diferentes introduzidas pelas reações químicas de adsorção e

desorção. Com isto, nas simulações computacionais adotam-se freqüentemente modelos

simplificados do campo de escoamento ou das reações químicas.

Segundo Konstantinidis et al (1997) alguns estudos de simulação

melhoraram as previsões da resposta térmica dos gases de exaustão nos tubos de escape,

contribuindo para o desenvolvimento de novos projetos. O campo de temperatura

transiente 2D no cilindro do conversor é simulado conforme a condução no substrato e

as perdas de calor para a vizinhança via convecção e radiação. Enquanto outros autores

centralizaram esforços na previsão dos efeitos da conversão química dos gases e

otimização do escoamento dos gases no conversor catalítico.

Koltsakis et al (1999) desenvolveram um modelo 2D para o conversor

catalítico de três vias que descreve os efeitos do escoamento dos gases de exaustão.

Esse modelo analisou a resposta térmica dos gases no cano de escapamento e o

desempenho do conversor catalítico nas condições de regime permanente e transiente

com parâmetros do gás de entrada constante. O modelo considerou condições de partida

a frio do motor, onde a temperatura da parede do sistema de exaustão aquece

gradualmente pelo escoamento dos gases. Além disto, observou-se uma grande

quantidade de vapor d´agua condensada dentro da superfície do sistema de exaustão

durante a fase de partida a frio.

Bozek et al (1992) observaram que o controle do sistema de alimentação

da mistura ar-combustível induzia a oscilações na composição dos gases de exaustão,

onde o efeito era atribuído na interação entre o motor e sonda lambda. Essa estratégia

causa na razão ar-combustível oscilações dentro de uma faixa estequiométrica, devido

Page 57: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Modelagem Matemática do Problema.

34

ao tempo de resposta da sonda lambda à central eletrônica. De acordo com Herz et al

(1983) e Shulman et al (1982) o comportamento do conversor catalítico de três vias sob

tais condições dinâmicas é diretamente afetado pela composição dos gases que oscilam

com diferentes amplitudes e freqüências. Além disto, a composição do material

catalítico contribui para esta oscilação, dependendo da atividade dos metais nobres (Pt,

Pd e Rh), ocorre uma periodicidade nas reações de oxidação e redução sobre os gases de

escape.

4.3.1 – Modelo da Cinética Química.

A modelagem dos efeitos químicos no processo catalítico é caracterizada

pela identificação das reações químicas, cálculo das taxas químicas e análise da

adsorção física e química. Segundo Ciola (1981) na montagem do esquema das reações

químicas deve-se decidir entre as reações elementares ou totais. As reações químicas

elementares descrevem em detalhes as etapas que a catalise heterogênea segue,

enquanto as reações totais não consideram as etapas intermediárias, estas ocorrem em

um único passo entre os reagentes e os produtos finais.

As taxas das reações químicas são determinadas para cada reação

descrita no modelo matemático e funcionam como condições locais no material

catalítico. Segundo Voltz et al (1973) as reações elementares normalmente empregam

expressões de taxa química do tipo Arrhenius e as reações totais aplicam expressões de

taxa totalmente empírica ou baseadas no formalismo de Langmuir-Hinshelwood que

contém alguns termos empíricos. A complexidade dos detalhes do esquema químico das

reações heterogêneas é escondida dentro da formulação matemática das taxas químicas,

devido ao pouco conhecimento da composição e estrutura do material catalítico.

Wark et al (1998) afirmam que as reações de catálise ocorrem na

superfície dos metais preciosos. A forma exata da reação não é conhecida, pois envolve

reações múltiplas e etapas intermediárias. Alem disto, as reações cinéticas são muito

sensíveis à alterações no material catalítico como: envelhecimento, dispersão do

material catalítico, porosidade e outros fatores que podem resultar em taxas diferentes

num mesmo processo químico.

Page 58: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Modelagem Matemática do Problema.

35

De acordo com Ciola (1981) na maioria das reações catalíticas

heterogêneas torna-se difícil separar os efeitos de transporte de massa com a reação

química. Quando os efeitos da transferência de massa tornam-se significantes no

escoamento, os valores da ordem de reação e da energia de ativação tendem a valores

que são comuns em processos físicos puramente químicos. Ou seja, a cinética realmente

observada é denominada cinética aparente ou efetiva, enquanto a cinética que não sofre

os efeitos por processos de difusão é denominada de cinética intrínsica.

A figura (4) indica um diagrama de Arrhenius com regimes cinéticos

possíveis em reações catalisadas por sólidos, detalhada pelos trechos A, B, C, D, como

segue:

Figura 4 - Regimes cinéticos possíveis em reações catalisadas por sólidos.

Fonte: Ciola (1981)

_ No trecho A observa-se que em baixas temperaturas as velocidades de

transporte de massa são maiores do que a velocidade da reação química superficial.

Neste caso, a energia de ativação é alta e a velocidade de reação cresce

exponencialmente com a temperatura.

Page 59: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Modelagem Matemática do Problema.

36

_ No trecho B o transporte de massa intrafase promove uma velocidade

menor do que a velocidade intrínsica, devido ao seu crescimento proporcional à

temperatura, porém a velocidade de reação cresce exponencialmente. Como resultado a

energia de ativação é uma média entre a energia de ativação da velocidade intrínsica e a

velocidade de transporte de massa intrafase.

O fator de efetividade, η, é a relação entre a velocidade da reação

observada e aquela que ocorreria sem os efeitos da difusão, o que caracteriza o grau de

limitações por difusão no trecho B

_ No trecho C verifica-se que a velocidade de reação é influenciada pela

diferença entre a composição do fluido com a composição na parte externa da partícula

do catalisador.

_ No trecho D um aumento de temperatura pode nos levar à reação

homogênea não-catalítica, de alta energia de ativação e, portanto, não controlada por

processos de transferência de massa.

4.3.1.1 – Reações Químicas.

Segundo Kuo (1986) em geral, as reações químicas podem ser escritas

como:

∑ ∑∈ ∈

→Si Si

ii AiAi ´´´ νν (30)

Em que Ai representa as espécies, ´iν e ´´iν são os coeficientes estequiométricos dos

reagentes e produtos, respectivamente.

De acordo com Adamson (1960), Bond (1987) e Hagen (1999), o

tratamento dos gases de exaustão automotiva ocorre com reações catalíticas

heterogêneas que são promovidas por sete passos elementares:

1 – Transporte de massa dos reagentes do volume do fluido para a superfície;

2 – Transferência de massa dos reagentes através de poros do material catalítico;

3 – Adsorção de reagentes dentro da superfície;

Page 60: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Modelagem Matemática do Problema.

37

4 – Reação superficial;

5 – Desorção de produtos da superfície;

6 – Transferência de massa dos produtos através dos poros do material catalítico;

7 – Transporte de massa dos produtos da superfície para o volume do fluido.

Centenas de reações ocorrem simultaneamente sobre a superfície do

catalisador e entre várias espécies químicas dos gases de exaustão. As reações

associadas aos processos de oxidação e redução são as seguintes:

a) Reações de Oxidação

CO + 21 O2 → CO2 (31)

CaHb + (a + 4b ) O2 → aCO2 +

2b H2O

C3H6 + 29 O2 → 3CO2 + 3H2O (32)

H2 + 21 O2 → H2O (33)

b) Reações de Redução

NO + CO → CO2 + 21 N2 (34)

NO + H2 → 21 N2 + H2O (35)

NO + (CaHb) → N2 + 2b H2O + aCO2 (36)

Page 61: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Modelagem Matemática do Problema.

38

4.3.1.2 – Taxas das Reações Químicas.

Segundo Kuo (1986) a taxa de reação química em geral depende da

concentração dos reagentes (possível colisão) e da temperatura (energia de colisão). Em

geral, a taxa de reação pode ser escrita como:

∏∈

=Sj

jjii Ck

dtdC

´~νν (37)

Em que, k é o coeficiente da taxa dependente da temperatura e ´~

jν é a ordem da reação

de cada espécie.

A probabilidade de uma reação devido a colisão depende da energia

cinética das partículas colidindo.

Segundo Chan (1999), para uma reação irreversível de primeira ordem:

A B, a velocidade de reação (rA) é expressa em termos da concentração:

rA = k CA (38)

Em que, k - constante de velocidade

CA - concentração do reagente A = NA / V

A - reagentes HC, CO ou NOx.

NA - Número de moles do reagente A

V - volume do monólito

Logo, VNkr A

A = (39)

A velocidade de reação é representada pela equação de Arrehenius.

)1()exp(' AAOA xCRT

Ekr −Δ

−= (40)

Em que,

)exp('RT

Ekk Δ−= (41)

Page 62: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Modelagem Matemática do Problema.

39

)1( AAOA xCC −= (42)

´k - representa o próprio fator pré-exponencial de Arrhenius;

EΔ - é a energia de ativação associada com a reação.

Observa-se da equação (40) que com o aumento da temperatura e das

concentrações dos reagentes a velocidade de reação também aumenta.

A base dos modelos de conversores catalíticos está nas expressões de

taxa cinética de oxidação proposta por Voltz et al.(1973) e também considera o efeito de

inibição para um hidrocarboneto fortemente adsorvido. As expressões de taxa de reação

para redução de NO por CO são indicadas pelo Subramanian and Varma (1985).

As expressões das taxas empregadas nas reações totais de (31) a (36) são

indicadas a seguir:

Taxa de reação = (termo cinético) (deslocamento do equilíbrio)

(fator de inibição)

),(1

2

1

11 CsTsG

CCAR OCORTE

=l (43)

),(1

263

2

22 CsTsG

CCAR

OHCRTE

=l

(44)

),(1

22

3

33 CsTsG

CCAR

OHRTE

=l

(45)

),(2

13,03,02

4,14

44 CsTsG

CCCAR NOOCO

RTE

=l

(46)

Page 63: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Modelagem Matemática do Problema.

40

As expressões das taxas de reações de (43) a (46) foram desenvolvidas

por Voltz et al.(1973) e Subramanian and Varma (1985).

4.3.3 – Modelo do Material Catalítico.

O modelo do material catalítico, desenvolvido por Pontikakis (2003),

resolve as equações de reação-difusão para todas as espécies i dentro do material

catalítico (ver anexo B). Sendo discretizado conforme o método de diferenças finitas. A

taxa de reação na fronteira gás-parede é determinada através do efeito fluxo de difusão.

Para modelagem do material catalítico é mais aplicado o modelo de consumo das

espécies. O beneficio deste modelo é sua aplicação em todos os sistemas de reação, bem

como calcular a concentração das espécies dentro do material catalítico.

A modelagem matemática do material catalítico define como os

fenômenos simultâneos de difusão e reação ocorrem neste material. Conforme

Zygourakis (1983) a transferência de calor no material catalítico pode ser desprezada, e

o material catalítico pode ser considerado quase isotérmico.

O transporte de massa ao longo da direção transversal da parede para o

canal é indicado nos perfis de concentração de espécies difundidas no material

catalítico.

Segundo Deutschmann et al (2000) os efeitos de difusão são incluídos

aplicando-se uma aproximação do fator de efetividade, que utiliza soluções analíticas

aproximadas para o consumo ou produção total das espécies dependendo da carga do

material catalítico e da cinética intrínseca.

Heywood (1986) afirma que as reações no material catalítico do

monólito são fortemente dependentes da temperatura. Durante a operação de

aquecimento, quando o monólito ainda está frio, a conversão tem pouca atividade e

significantes quantidades de poluentes podem ser emitidos. Quando o monólito atinge

altas temperaturas, as taxas de reação química tornam-se altas.

Segundo Koltsakis. et al (1998) a descrição dos processos químicos da

composição do material catalítico no conversor tornou-se mais bem elaborada, porém

Page 64: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Modelagem Matemática do Problema.

41

apresentava-se muito sensível a impurezas provenientes da combustão da mistura ar-

combustível. As reações catalíticas heterogêneas ocorridas na superfície catalítica são

baseadas sobre as expressões de taxa de Langmuir-Hinshelwood. Os fenômenos de

difusão nos poros e os efeitos de adsorção/desorção na superfície do material catalítico

são indicadas pelas expressões das taxas cinéticas.

Pontikakis (2003) afirma que os fenômenos químicos e físicos no

material catalítico são acompanhados com adsorção ou liberação de calor, assim a

difusão mássica está associada com o transporte de calor. O processo de transferência de

calor por convecção é o principal mecanismo de troca de calor entre o monólito e o gás

de exaustão. As transferências de calor por radiação e condução são consideradas

desprezíveis.

Segundo Ciola (1981) experimentalmente sabe-se que velocidade de uma

reação (V) é proporcional à concentração dos reagentes na superfície do catalisador, ou

seja, é proporcional à superfície do catalisador coberta (θ) pelos reagentes, e

proporcional à quantidade do catalisador, (Q), como indica a equação (47).

dtdn

QkV a

ba ⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛−==

1.. θθ (47)

Em que, ( )RTEkk /exp´. Δ−= = constante de velocidade da reação;

´k = fator pré-exponencial;

EΔ = energia de ativação do processo.

As frações cobertas na superfície não são determinadas, por esta razão

são traduzidas em função da pressão parcial ou da concentração na fase homogênea,

aplicando-se para isto as equações de Langmuir. A velocidade da reação fica expressa

como:

bbaa

bb

bbaa

aa

PKPKPK

PKPKPK

kV++++

=11

. .. (48)

ou por exemplo, a velocidade de reação da oxidação do monóxido de carbono.

Page 65: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Modelagem Matemática do Problema.

42

22

22

2211

. ..OOCOCO

OO

OOCOCO

COCO

PKPKPK

PKPKPK

kV++++

= (49)

4.3.4 – Modelagem do Canal Monolítico.

O modelo bidimensional do escoamento dos gases queimados por um

simples canal monolítico foi desenvolvido no software MFIX, que permitiu analisar a

transferência de massa e as reações químicas de oxidação e redução dos gases de

exaustão ao longo do canal. O efeito da difusão-reação na parede do canal coberta com

material catalítico foi descrito com a implementação de um termo fonte como condição

de fronteira desenvolvida no programa Catalisador Automotivo, ver anexos D e F.

Algumas hipóteses foram adotadas como meio continuo, escoamento bidimensional,

regime permanente, fluido incompressível, escoamento laminar, desprezou-se as

transferências de calor.

O código MFIX foi desenvolvido para simular escoamentos gás-sólido

em leitos fluidizados, considerando reações químicas, porém foi adaptado para resolver

o problema de catálise química do escoamento dos gases de exaustão num simples canal

do suporte monolítico do catalisador automotivo. Contudo, a função das propriedades

da fase sólida foi desabilitada nos programas de simulação para oxidação de THC e CO.

O código MFIX utiliza malha do tipo estruturada e o método de volumes finitos.

O escoamento dos gases de exaustão nos canais do monólito e na sua

camada limite é laminar. Segundo Ciola (1981) a reação dos gases de escape sobre a

superfície catalítica ocorre via difusão molecular, por meio de eventos, tais como:

difusão dos reagentes até a superfície (transporte de massa interfase) e para dentro dos

poros (transporte de massa intrafase), adsorção dos reagentes sobre a superfície,

dessorção dos produtos, difusão dos produtos para fora dos poros e para dentro da

corrente do fluido.

Page 66: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Modelagem Matemática do Problema.

43

4.3.5 – Modelagem do Conversor Catalítico Automotivo.

A simulação dos efeitos hidrodinâmicos do escoamento dos gases através

do conversor catalítico automotivo foi efetuado no software CFX. Os dados

experimentais serviram de condições iniciais para a simulação computacional. Em

seguida, o catalisador automotivo foi desmontado para uma detalhada medição de todos

seus componentes, e seu desenho foi projetado no CadMesh da ANSYS, como indicado

na tabela 4. Algumas hipóteses foram adotadas como meio continuo, escoamento

tridimensional, regime transiente, fluido incompressível, modelo de turbulência k-

epsilon, desprezou-se a transferência de calor.

Page 67: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Modelagem Matemática do Problema.

44

Tabela 4 –Partes do catalisador com suas respectivas malhas não estruturadas.

Figura Partes do Catalisador Número de Nós Número de Triângulos

1 Coletor e Duto de Exaustão 7541 13978

2 Difusor 3045 5062

3 Direcionador 829 890

4 Monolito 1 2272 4284

5 Vazio 1109 1958

6 Monolito 2 2271 4282

7 Bocal 1345 2494

Page 68: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Modelagem Matemática do Problema.

45

4.4 – Condições iniciais e de Contorno.

As equações de conservação descritas anteriormente necessitam de

condições físicas que descrevam o problema. Segundo Ferreira et al (2001) essas

condições são fundamentais para obtenção de uma solução numérica representativa do

problema físico. Com relação as condições iniciais do problema, quando o tempo t for

igual a zero, deve-se conhecer a distribuição espacial das variáveis independentes. No

caso, das condições de contorno é necessário obter informações físicas, para todo tempo

t, das variáveis dependentes na fronteira da região limitando o escoamento.

Na simulação dos efeitos físicos e químicos do conversor catalítico

foram utilizadas condições iniciais e de fronteira. Na entrada do catalisador automotivo

os valores das grandezas físicas de velocidade, temperatura, pressão e composição

química dos gases de exaustão são obtidos nos ensaios experimentais e adotados como

condições iniciais para a simulação.

Nas condições de operação do motor de 50% de abertura da borboleta e

1500rpm, os dados iniciais das grandezas físicas e químicas foram:

_ Na entrada do conversor catalítico para a simulação do efeito

hidrodinâmico dos gases de exaustão com o software CFX, tem-se:

T = 603 K; P =103058,29 Pa e V = 15,81m/s.

_ Na entrada do canal monolítico para simulação das reações químicas

de oxidação de monóxido de carbono e hidrocarbonetos com o software MFIX, tem-se:

as concentrações dos gases de 3.17% CO, 0.24% O2, 12.6% CO2, 167ppm HC,

193ppm NOx; e as propriedades termodinâmicas: T = 645 K; P =102524,97 Pa;

V = 3,84 m/s.

_ A condição de fronteira na saída do conversor catalítico é dada pela

pressão, P= 1atm ou 101325 Pa e temperatura ambiente, T=300 K.

Os termos fontes das espécies catalisadas desenvolvidas no programa

catalisador automotivo, ver anexos D e F, foram adaptados como condições de contorno

na simulação do software MFIX nas paredes de um simples canal, o resultado foi:

HCY..

= 0.0001609 e COY..

= 0.0270232.

Page 69: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Modelagem Matemática do Problema.

46

A malha no canal foi formada com as seguintes dimensões:

100max =I e 10max =J

O espaçamento da malha na direção x,y é dada por:

1,010010

==ΔΔ

xy

A razão do diâmetro pelo comprimento do canal fornece a proporção de,

011351897,0091,881

=mm

mm

Para cada diâmetro foi mantida uma proporção constante de 8,8091, ou

seja , a razão do espaçamento da malha pela diferença da dimensão do canal.

a) 8091,8011351897,0

1,0=

014757467,0091,883,1

=mm

mm

b) 8091,8014757467,0

13,0=

018163036,0091,886,1

=mm

mm

c) 8091,8018163036,0

16,0=

022703795,0091,880,2

=mm

mm

d) 8091,8022703795,0

20,0=

Page 70: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Modelagem Matemática do Problema.

47

4.5 - Modelos de turbulência.

Os escoamentos turbulentos são muitas vezes encontrados na natureza e

em ambientes industriais como escoamento em tubulações, jatos, esteiras, além de

escoamentos tridimensionais complexos. Segundo Ames (1965), tais escoamentos

tornam-se instáveis, desordenados e irreproduzíveis em detalhes para o número de

Reynolds maior que um valor critico determinado.

Escoamentos turbulentos são caracterizados através de campos de

velocidades flutuantes, sendo sempre transientes e tridimensionais, mesmo nos casos em

que as condições de contorno não variam com o tempo. Considerando que estas

flutuações podem ser de pequena escala e alta freqüência, elas também são

computacionalmente dispendiosas para serem simuladas diretamente em cálculos

práticos de engenharia. Ao invés das equações para quantidades instantâneas, podem ser

utilizadas médias temporais ou manipulação para remover as pequenas escalas,

resultando em um grupo modificado de equações que são computacionalmente amenas

para resolver. Porém, as equações modificadas contêm variáveis desconhecidas

adicionais, e precisa-se de modelos de turbulência para determinar estas variáveis em

termos de quantidades conhecidas.

Entre os modelos de turbulência existentes podemos destacar os

seguintes, que são muito utilizados na atualidade em mecânica dos fluidos, são eles.

Modelos de Uma Equação.

Modelo Spalart-Allmaras.

Modelos de Duas Equações.

Modelo k – ε (Padrão).

Modelo k – ε (RNG).

Modelo k – ε (Realizable).

Modelo de Tensões de Reynolds (RSM).

Modelo de Simulação de Grandes Escalas “Large Eddy Simulation” (LES).

Modelos de Simulação Híbridos “Detached Eddy Simulation”(DES).

Page 71: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Modelagem Matemática do Problema.

48

Considerando os itens acima, há um aumento do esforço computacional

nos modelos de cima para baixo, devido ao acréscimo de variáveis físicas.

O modelo Spalart-Allmaras foi desenvolvido especificamente para

aplicações em aeronaves por isso seu estudo não é oportunamente de nosso interesse.

Quando as equações resultantes da modelagem do problema físico

possuem mais incógnitas do que equações, o problema de fechamento da turbulência

necessita de outras equações acopladas ao problema, que descrevam as escalas de

velocidade e comprimento da turbulência. O modelo de duas equações é muito

empregado como equações de fechamento, na literatura encontra-se principalmente o

modelo k-ε clássico, conforme Launder & Spalding (1972), este modelo constitui uma

ferramenta fundamental na previsão de escoamentos turbulentos.

Patel et al (1985) afirmam que o modelo de turbulência k-ε é restrito

quando o número de Reynolds for extremamente elevado para garantir que os efeitos do

contorno rígido sejam desprezíveis, porém quando o número de Reynolds for muito

baixo o modelo deve incorporar termos de amortecimento da velocidade flutuante

normal à parede rígida. Conforme a literatura, o modelo de turbulência k-ε foi adotado

por simular, de forma simples, os escoamentos altamente complexos.

4.4.1 - Modelos k – Epsilon

Os modelos k – ε padrão, RNG e Realizable têm formas semelhantes,

com equação de transporte para k e ε. As diferenças principais nos modelos são as

seguintes: o método para calcular viscosidade turbulenta; o número de Prandtl

turbulento que governa a difusão turbulenta de k e ε; os termos de geração e dissipação

na equação para ε.

As equações de transporte, métodos para calcular viscosidade turbulenta,

e as constantes envolvidas no modelo são apresentadas separadamente para cada

modelo. As características que são essencialmente comuns a todos os modelos incluem

a produção de turbulência, geração devido à flutuação da velocidade, os efeitos de

compressibilidade, e modelos de transferência de calor e massa.

O modelo de turbulência escolhido, neste trabalho de pesquisa, foi o

modelo k – ε padrão, que segundo Launder & Spalding (1972), é um modelo semi-

empírico baseado nas equações do modelo de transporte para a energia cinética

Page 72: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Modelagem Matemática do Problema.

49

turbulenta (k) e sua taxa de dissipação (ε). A equação do modelo de transporte para k é

derivada da equação exata de Navier-Stokes, enquanto que a equação de modelo de

transporte para ε foi obtido usando raciocínio físico e sustenta pouca semelhança à outra

matematicamente exata.

Na dedução do modelo k – ε, supõe-se que o escoamento é

completamente turbulento, e que os efeitos de viscosidade molecular são desprezíveis.

Assim, o modelo k – ε padrão só é válido então para escoamentos completamente

turbulentos.

A energia cinética turbulenta, k, e sua taxa de dissipação, ε, é obtido das

equações de transporte a seguir:

Mbkjk

t

ji

i YGGxk

xxku

tk

−−++⎥⎥⎦

⎢⎢⎣

∂∂

⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛+

∂∂

=∂

∂+

∂∂ ρε

σμμρρ )()( (50)

( )k

CGCGk

Cxxx

ut bk

j

t

ji

i2

231)()( ερεε

σμμρερε

εεεε

−++⎥⎥⎦

⎢⎢⎣

∂∂

⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛+

∂∂

=∂

∂+

∂∂ (51)

Em que, Gk representa a geração de energia cinética turbulenta devido aos gradientes de

velocidade média. Gb é a geração de energia cinética turbulenta devido às flutuação das

velocidades. YM representa a contribuição na taxa de dissipação total devido à variação

volumétrica para o caso compressível. C1∈ C2∈ e C3∈ são constante. σk e σ∈ são os

números de Prandtl turbulentos para k e ε, respectivamente.

As constantes C1∈ C2∈, Cμ, σk e σ∈ foram atribuídas os seguintes valores

por Launder & Spalding (1972): 44,1C1 =ε ; 92,1C2 =ε ; 09,0C =μ ; 0,1k =σ ; 3,1=σε .

Estes valores foram determinados a partir de experimentos com ao mais variados

escoamentos em duto sob pressão e de superfície livre.

A viscosidade turbulenta é relacionada a k e ε da seguinte forma:

ερμ μ

2kCt = (52)

Em que,

μμ It 1000= (53)

Page 73: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Modelagem Matemática do Problema.

50

UuI = (54)

22

23 UIk = (55)

t

kCμ

ρε μ2

50= (56)

4.6 - Transferência de Calor no Conversor Catalítico.

Segundo Bejan (1998) a distribuição de temperatura no fluido é uniforme

na seção de entrada do tubo. No sistema de escapamento a transferência de calor ocorre

entre o escoamento dos gases de combustão e a parede interna do cano de exaustão, este

efeito pode ser representado pelo fluxo local de transferência de calor, (q”) e a

temperatura local da parede interna, (Tp). O fluxo de calor transferido na parede penetra

gradualmente no escoamento, ou seja, na camada limite térmica que recobre a parede

interna do tubo. O fluxo de calor é expresso pela equação (57)

( )pggp TTxdhq −Δ= 1" π (57)

Em que, gph é o coeficiente de transferência de calor convectivo entre o gás de exaustão

e a parede do cano.

Os coeficientes de transferência de calor e massa para escoamento dos

gases internos a dutos de exaustão são representados na forma adimensional pelos

números de Nusselt ( DhNu ) e Sherwood ( DhSh ) baseados no diâmetro hidráulico.

hDkNuh .

= (58)

h

jD D

DShh

.= (59)

Em que, k - condutividade térmica, Dh - diâmetro hidráulico e Dj - difusividade

Page 74: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Modelagem Matemática do Problema.

51

Segundo Chan et al (1999) na partida a frio do motor, a parede interna do

cano de exaustão encontra-se à temperatura ambiente, e é aquecida gradualmente pelo

escoamento dos gases queimados, formando uma fina camada de água sobre a parede do

canal, que logo é evaporada quando a temperatura do duto entra em equilíbrio térmico

com o gás de exaustão. A variação na transferência de calor dependerá das condições de

operação do motor, características do fluido gasoso e da geometria dos dutos.

O fenômeno da transferência de calor durante a partida a frio do motor é

muito complicado, pois envolve duas fases vapor-líquido. Uma correlação empírica para

a transferência de calor em uma superfície molhada é adotada conforme o efeito do

filme dágua sobre a transferência de calor, e é representada pela equação de Colburn.

8,04,0 RePr023,0=DhNu (60)

esta equação é valida para 2x104 < ReD < 106

A equação mais comumente usada é a correlação de Dittus e Boelter. n

DhNu RePr023,0 4,0= (61)

que foi desenvolvida para a faixa 0,7 ≤ Pr ≤ 120, 2500 ≤ ReDh ≤ 124000 e L/D > 60. O

expoente n assume o valor 0,4 quando o fluido está sendo aquecido (Tw>Tm) e 0,3

quando o fluido está sendo resfriado (Tp<Tw).

Outra modificação da equação (61) foi proposta por Sieder e Tate (1936)

em que é recomendada nos casos onde a influência das variações de temperatura no

escoamento sobre as propriedades do fluido é significante.

14,0

31

5

4

RePr027,0 ⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛=

wDhNu

μμ

(62)

os números adimensionais são válidos para 0,7 < Pr < 16700, ReDh > 104 e ( )ww Tμμ = .

Os números adimensionais de Prandtl e Reynolds são representados por:

ραμ

=Pr (63)

μρVDh

=Re (64)

Page 75: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Modelagem Matemática do Problema.

52

O termo α (m2/s) da equação (65) é denominado coeficiente de

difusibilidade térmica do fluido, expresso como:

ckρ

α = (65)

Chan et al (1999) afirmam que quando o sistema de exaustão estive

completamente aquecido, ocorrerá a transferência de calor na superfície seca,

comumente, nesta ocasião, usa-se a correlação de Nusselt proposta por Gnielinski

(1976) para um escoamento completamente desenvolvido baseado na taxa de fluxo

médio do gás de exaustão, indicada pelas equações (66) e (67).

Para 104 < Re < 5x106, tem-se

⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛−⎟

⎠⎞

⎜⎝⎛+

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛

=

1Pr8

7,1207,1

PrRe8

32

21

f

f

Nu (66)

Para Re < 10 4, implica em ( )

⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛−⎟

⎠⎞

⎜⎝⎛+

−⎟⎠⎞

⎜⎝⎛

=

1Pr8

7,1207,1

Pr1000Re8

32

21

f

f

Nu (67)

O fator de atrito ( )f é expresso pela equação (68).

0Re

51,27,3

log21=⎟

⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛++

fdfε (68)

A transferência de calor e massa no monólito do conversor catalítico é

semelhante a ocorrida no cano de escapamento, o qual incluem superfícies secas e

molhadas. Na partida do motor o monólito esta a uma temperatura menor do que a

temperatura de saturação do vapor dágua presente no gás de exaustão. Todavia, a

temperatura da parede da célula excede a temperatura do ponto de orvalho do vapor

dágua, a evaporação do filme dágua ocorre e a superfície e a transferência de calor na

Page 76: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Modelagem Matemática do Problema.

53

superfície seca é dominante. A correlação da transferência de calor proposta por Baba et

al (1996) é expressa pelo número de Nusselt:

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛=

DhLfNu Pr,Re, (69)

32

Re571,0 ⎥⎦

⎤⎢⎣

⎡⎟⎠⎞

⎜⎝⎛==

xD

khD

Nu hhDh (70)

A transferência de massa é representada pelo número de Sherwood:

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛=

DhLScfSh ,Re, (71)

56,043,0

Re705,0 Scx

DhD

xhShh

DDh ⎥

⎤⎢⎣

⎡⎟⎠⎞

⎜⎝⎛== (72)

Em que, o número admensional de Schmidt é dado por:

DSc

ρμ

= (73)

Page 77: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

54

Capítulo 5

Page 78: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Planejamento de Experimentos.

55

5 – PLANEJAMENTO DE EXPERIMENTOS.

5.1 - Avaliação Analítica do Escoamento do Gás através do Conversor Catalítico.

De acordo com Li et al (1995) o escoamento do gás pode ser considerado

unidimensional através do catalisador, no qual cada canal isola o gás de exaustão de seu

adjacente. Segundo Schweich et al (1991) o escoamento é laminar tendo o número de

Reynolds da ordem de 20 a 300 e com velocidade de escoamento do gás de

aproximadamente 5m/s.

O conversor catalítico pode ser modelado na forma integral como um

volume de controle, ou seja, ocorre troca de matéria com o meio exterior, através de um

fluxo contínuo de reagentes e de produtos pelo tubo de reação do mesmo. Segundo

Heywood (1998) o catalisador atinge sua condição de operação, ou inicia sua atividade

catalítica, com a temperatura de 250oC, enquanto para altas conversões opera numa

faixa de 400oC a 800oC. Porém, acima de 1000oC resulta em desativação por

sinterização. A vida útil estimada do conversor catalítico é de aproximadamente 5 anos

ou 100.000km percorridos pelo automóvel.

5.1.1 – Características Dimensionais e Perda de Carga no Conversor Catalítico.

A figura (5) indica as características dimensionais do conversor catalítico

Pt/Pd , que serve para calcular as diferentes perdas de cargas em suas partes internas,

como no cano de entrada e saída do conversor catalítico, nas variações de áreas do

difusor e bocal, na entrada e saída do suporte cerâmico bipartido e ao longo do suporte

cerâmico.

Page 79: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Planejamento de Experimentos.

56

Figura 5 - Dimensões do catalisador automotivo e a distribuição das perdas de cargas.

A figura (6) indica a variação da pressão e velocidade do escoamento

dos gases através de seções convergentes e divergentes, representados pelo difusor e

bocal, respectivamente. Ao longo do difusor ocorre a desaceleração da quantidade de

movimento, dxdU < 0, o que ocasiona aumento de pressão no sentido do escoamento. O

gradiente de pressão é dito reverso, xp∂∂ > 0, que pode promover o fenômeno de

separação do escoamento ao longo de suas paredes. Porém, quando a pressão diminui

no sentido do escoamento, o gradiente de pressão é dito favorável, xp∂∂ < 0, ou seja, a

quantidade de movimento do fluido está crescendo dxdU >0.

Figura 6 - Variações da pressão e velocidade de escoamento do gás no difusor e bocal

do monólito.

Fonte: Fox et al (1992)

Page 80: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Planejamento de Experimentos.

57

O número de mach, M, é definido pela razão entre a velocidade real, V, e

a velocidade do som, c, este número adimensional determina se um escoamento é

subsônico, M<1 ou supersônico, M>1. De acordo com o número de Mach pode-se

determinar um difusor ou bocal como convergente ou divergente.

As propriedades das células do monólito podem ser definidas em termos

da largura da célula [ C ], a distância medida do centro da parede da célula de um canal

quadrado para a próxima parede, e a espessura da parede [ t ], como mostrado na figura

(7).

A densidade da célula do monólito N é definida como:

ltransversaseçãodeáreacélulasdenúmeroN

.....

= (74)

Unidades: células /cm2 ou células /ft2

Fotografia 3 - Suporte monolítico com inúmeras células.

Page 81: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Planejamento de Experimentos.

58

A combinação de altas densidades de células, 31 a 186 células/cm2, com

parede fina, 0,051 a 0,27 mm, da origem a queda de pressão no sistema de escape. Esta

combinação produz larga área frontal aberta (OFA) de 72 a 87% que resulta em pequena

resistência ao fluido e por isso baixa queda de pressão. O monólito possui canais

paralelos, e funciona como um reator adiabático que limita o controle de temperatura e

conseqüentemente afeta a seletividade, pois esta depende da temperatura. A área frontal

aberta é calculada por:

OFA = N (C – t)2 (75)

Em que, a relação C – t é igual ao diâmetro hidráulico (Dh).

tCDh −= (76)

pADh

4= (77)

Figura 7 - Dimensões de uma célula do monólito.

Para o conversor catalítico empregado observou-se que :

1 cm da colméia do monólito é igual a 8,5células.

Page 82: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Planejamento de Experimentos.

59

Logo a densidade do monólito corresponde a 72,25 células/ cm2.

Como o diâmetro hidráulico é igual a 0,1cm, temos a área de abertura

frontal dada por: OFA = 72,25 x 0,01 = 0,7225.

A área de seção transversal do monólito corresponde a:

222

35,1094

)8,11.(4. cmdA ===

ππ (78)

A área efetiva do monólito é dada por:

237,80735,035,109 cmxAefetiva ==

O equilíbrio de forças da figura (7), fica:

LpPAw

..τ=Δ (79)

Em que, a força τ w , na parede é indicado como:

2

21 Vfw ρτ = (80)

ALpVfP 1..).

21( 2ρ=Δ (81)

Sabe-se que o diâmetro hidráulico é dado por:

HH DA

ppAD 44

=⇒= (82)

Em que, p – perímetro

A – área

A equação (81) pode ser reescrita na forma da equação (83), que

representa a perda de carga no substrato do conversor catalítico segundo a equação de

Fanning.

Page 83: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Planejamento de Experimentos.

60

HDLVfP

22 ρ

=Δ (83)

Em que, PΔ - perda de carga

f - fator de atrito

ρ - densidade

V - Velocidade

L - comprimento do catalisador

A perda de carga no conversor catalítico é descrita com aplicação do

modelo matemático (ver anexo A) e das seguintes hipóteses:

1 – Meio continuo;

2 – Regime permanente;

3 – Escoamento compressível;

4 – Escoamento unidimensional;

5_ Escoamento laminar ao longo dos suportes do catalisador;

6 – Escoamento turbulento no tubo de entrada e saída do catalisador;

7 - Desprezar as perdas de transferência de energia por condução, convecção e

irradiação.

Segundo Bejan (1998) o fator de atrito para um escoamento laminar em

duto de seção transversal quadrada é expresso por:

Re2,14

=f (84)

O número de Reynolds (Re) é dado como:

μ

ρ hDV1Re = (85)

Page 84: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Planejamento de Experimentos.

61

De acordo com o princípio da continuidade, o fluxo de massa do gás

(.gm ) na saída da exaustão do motor é igual ao fluxo de massa do ar mais o fluxo de

massa do combustível na entrada da admissão do motor.

Em que a velocidade (V1) é dada por, A

mV g

.

.

1 ρ= (86)

De acordo com Fox et al (1992), quando o escoamento for turbulento, no

caso de tubos lisos, a equação (87) é válida para Re≦105. O fator de atrito é expresso da

seguinte forma:

25,0Re3164,0

=f (87)

As perdas de cargas no difusor e no bocal do conversor catalítico são

calculadas pelo seguinte procedimento:

Cálculo da razão de área (AR).

a) Para o difusor: 1

2

AARA = (88)

b) Para o bocal: 2

3

AA

RA = (89)

Page 85: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Planejamento de Experimentos.

62

Figura 8 - Coeficientes de perda na entrada e saída de canais.

Fonte: Fox et al. (1992).

Encontra o coeficiente de recuperação de pressão Cp na figura (9)

através da razão de área.

Figura 9 - Diagrama do coeficiente de recuperação de pressão, (Cp).

Fonte: Fox et al. (1992)

Page 86: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Planejamento de Experimentos.

63

Aplicar a equação de Bernoulli para determinar a velocidade na saída do

difusor (V2) e na saída do bocal (V3). Considerar a velocidade do gás (V2) constante ao

longo do monólito.

Cálculo da perda de carga localizada (hlm) dada por:

⎥⎥⎦

⎢⎢⎣

⎡−⎟

⎠⎞

⎜⎝⎛−= Cp

AAVhlm

2

2

121 12

(90)

⎟⎟

⎜⎜

⎛=

2

21VcKhlm (91)

Tabela 5 - Coeficiente de perdas (K) para contrações graduais: dutos redondos e

retangulares. Fonte: Fox et al. (1992).

Cálculo da perda de carga ( PΔ ).

arhlmP ρ*=Δ (92)

Page 87: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Planejamento de Experimentos.

64

5.1.2 – Resistência ao Escoamento dos Gases de Exaustão nos Suportes Monolíticos.

Segundo Selamet et al (1998) a resistência dos suportes monólitos ao

escoamento dos gases é estimada nas dimensões dos capilares do suporte. A equação da

continuidade e da conservação do momentum para a propagação de onda acústica, são

representadas a seguir:

0. =∇+∂

∂ →

ut oρρ

(93)

0.312 =⎥⎦

⎤⎢⎣

⎡⎟⎠⎞

⎜⎝⎛∇∇+∇−

∂∂

+∇→

uutup o μρ (94)

Em que, ρ - densidade,

p - pressão acústica,

u - vetor velocidade da partícula acústica.

Nos capilares o número de Reynolds é baixo e o escoamento é

considerado laminar, se o comprimento do capilar é grande comparado às dimensões da

seção transversal o escoamento é plenamente desenvolvido. Sob tais considerações, a

equação de momentum é reescrita em termos da velocidade média espacial mu→

como

segue:

→→

=ℜ+∂∂

+∇ 0mm

om ut

up ρ (95)

Em que ℜ é um parâmetro que relaciona a densidade e velocidade do som nos

materiais porosos, dada por )(sGR cφ=ℜ ,

R - resistência ao escoamento;

φ - razão da área aberta;

)(sGc - fator de freqüência.

Page 88: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Planejamento de Experimentos.

65

Para um suporte catalítico em freqüências muito baixas, s<<1, tem-se:

1)( ≅sGc (96)

Adotando-se o regime permanente, a equação (95), fica:

→→

=+∇=ℜ+∇ 0mmmm uRpup φ (97)

mm puR −∇=→

φ (98)

A resistência ao escoamento dos gases de exaustão nos monólitos do

conversor catalítico é dada por:

i

o

m

m

w ULP

u

pR

/lim

0

Δ≅

∇−= →→

φ (99)

Em que, UU i φ=

O cálculo das resistências ao escoamento no primeiro monólitos (M1) e

no segundo monólito (M2), foram obtido com as condições de operação do motor de

combustão interna a 50% de abertura da borboleta em 1500rpm, são respectivamente:

59,3708155,15*7355,0

088091,0767,379

/1 ==

Δ≅

i

oM U

LPR (kg/m3s) (100)

44,2418155,15*7355,0

088091,04205,247

/2 ==

Δ≅

i

oM U

LPR (kg/m3s) (101)

Page 89: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Planejamento de Experimentos.

66

Estes valores calculados da resistência ao escoamento dos gases nos

monólitos são utilizados como dados de entrada no código CFX.

Com relação a simulação do código MFIX foram adotados esquemas

numéricos do tipo Foup, Van Leer e Superbee e malhas computacionais de 100x10,

220x10 e 440x20. De acordo com Maliska (1995) os esquemas upwind produzem

soluções fisicamente coerentes, mas tem a propriedade de suavizar os altos gradientes,

por serem dissipativos, conforme a figura (10), tem-se, o exemplo, de soluções com

oscilação numérica (a) e soluções com difusão numérica (b).

Maliska (1995) afirma que a difusão numérica aparece apenas quando

erros de truncamento de natureza dissipativa estão associados aos termos advectivos. As

funções de interpolação do tipo upwind são dissipativos e suavizam os gradientes

existentes no domínio.

Figura 10 – Presença de oscilações numérica (a) e difusão numérica (b)

Fonte: Maliska (1995)

Page 90: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Planejamento de Experimentos.

67

5.1.3 – Cálculo dos Parâmetros Químicos.

a) Taxa das Reações Químicas: rk

As taxas das reações químicas são calculadas de acordo com os valores

apresentados nas tabela (6) e (7). Os dados das propriedades físicas do conversor

catalítico foram obtidos experimentalmente pelo funcionamento do motor de combustão

interna nas condições de operação de 50% de abertura da borboleta e rotação de

1500rpm.

Tabela 6 - As reações e taxas químicas ocorridas no conversor catalítico.

Fonte: Koltsakis e Stamatelos (1999)

Reações Químicas

Energia de

Ativação, Ei

(J/mol)

Fator de

Atividade, Ai

(mol K/m2 s)

Constante

Química,

Ki

Calor de

Adsorção,

ΔHi(J/mol)

Fator de

Adsorção, Ak

(mol K/m3 s)

CO + ½ O2 → CO2

9x104 1.4x1015

H2 + 1/2 O2 → H2O

9x104 1.4x1015

CxHy + αO2 → βCO2

+ γH2O (slow HC)

1,05x105 3x1014

CxHy + αO2 → βCO2

+ γH2O (fast HC)

1,25x105 4x1014

CO + H2O → CO2 +

H2

1,05x105 6x108

CO + NO → 1/2N2 +

CO2 7x104 5x106

K1 → -7990 65,5

K2 → -3000 6430

K3 → -96534 3,98

K4 → 31036 47900

K5 → -7990 400

K6 → -3000 25700

K7 → -96534 3,98

K8 → 31036 47900

K9 → -7990 400

K10 → -3000 200

K11 → -96534 3,98

K12 → 31036 200000

Page 91: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Planejamento de Experimentos.

68

Tabela 7 - Os valores dos componentes químicos das emissões gasosas.

Componente

da Emissão

Gasosa

Concentração

(% ou ppm )

Temperatura

/ Constante

Universal

dos Gases

Fator de Inibição

(Gi) para

(Ts=614,75K)

Constante

Química (ki)

Constante

Química de

Adsorção(kb)

CO 3,17 % 646,5 / 8,31 1,00695x1011 7,37418x10-4 4,0137x1012

CO2 12,60 % 646,5 / 8,31 _ _ _

O2 0,24 % 646,5 / 8,31 _ _ _

THC 167 ppm 646,5 / 8,31 9,84978x109 1,30706x10-5 7,3888x1010

NO 193 ppm 646,5 / 8,31 2,80127x109 5,17x10-10 9,3785x105

N2 78 % 646,5 / 8,31 _ _ _

H2O 5 % 646,5 / 8,31 _ _ _

H2 0,954 % 646,5 / 8,31 _ _ _

Taxas de reações químicas:

11 GBCACk

GBCACRT

EA

kr

=

=l (102)

280,00073741

0010069500002

5,64631,890000

1.4x10

1

215

OCCOCOCCOCx

GOCCOCRT

EA

COr =

=

=ll

(103)

2060,00001307

98497802922

5,64631,8105000

3x10

2

214

OCHCCOCHCCx

G

OCHCCRTE

A

HCr =

=

=ll

(104)

COCNOCCOCNOCx

GCOCNOCRT

EA

NOr 517,00000000002801271494

5,64631,870000

6x10

3

6

=

=

=ll (105)

Page 92: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Planejamento de Experimentos.

69

Fatores de Inibição:

)7,041)(22

31(2)211(1 NOCKTHCCCOCKTHCCKCOCKSTG ++++= (106)

)7,081)(22

71(2)651(2 NOCKTHCCCOCKTHCCKCOCKSTG ++++= (107)

)7,0121)(22

111(2)1091(3 NOCKTHCCCOCKTHCCKCOCKSTG ++++= (108)

5.2 – Ensaios Dinanométricos.

A análise do comportamento dinâmico do conversor catalítico de

oxidação Pt/Pd, conta com o planejamento de ensaios que permitem comprovar sua

eficiência catalítica em diferentes regimes de funcionamento do motor. O planejamento

dos experimentos foi desenvolvido com a experiência adquirida no Mestrado, onde foi

estudado experimentalmente o desempenho e eficiência catalítica de um catalisador

automotivo Pt-Pd, por meio da alteração do fator de excesso de ar e do ponto de ignição

do motor de combustão interna. Com base neste estudo foram adotados parâmetros mais

precisos para operação do motor, que alterassem, em condições adequadas, a

temperatura, pressão e concentração dos gases ao longo do sistema de exaustão. Tais

parâmetros de variação do MCI são indicados como:

1 – Rotações do Motor.

1500 rpm, 2000 rpm, 2500rpm, 3000 rpm e 3500rpm.

2 – Abertura da Borboleta do Motor.

50%, este valor foi estipulado para termos maior economia de combustível nos ensaios.

3 – Ângulo de Ignição.

10o

Page 93: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Planejamento de Experimentos.

70

4 – Fator de excesso de ar.

A variação do fator de excesso de ar promove faixas de misturas rica e

pobre, que variam de 0,94 a 1,08.

1o Passo: Manter o fator de excesso de ar constante e igual a 1,0 em vários regimes de

operação do motor.

2o Passo: Alterar o fator de excesso de ar para a faixa rica, usando o software

gerenciador da central eletrônica (SGCE);

3o Passo: Alterar o fator de excesso de ar para a faixa pobre, usando o software

gerenciador da central eletrônica (SGCE);

O planejamento de experimento com aplicação do conversor catalítico no

MCI, primeiramente sem alterar sua configuração normal de funcionamento. Em

seguida, modifica-se sua configuração de funcionamento com o software ECM-2001.

No sistema de exaustão foram instalados oito tomadas para gases. As três

primeiras tomadas localizadas no coletor de exaustão e no cano de escapamento, as

outras cinco tomadas estão localizadas ao longo do conversor catalítico. Antes das

medições dos gases aguardou-se cinco minutos para que o motor aquecesse e

pudéssemos ajustar as condições operacionais do mesmo, enquanto isto, todas as

mangueiras eram aspiradas para retirada de possível condensado e depois acopladas ao

analisador de gases. As medições dos gases seguiram uma seqüência do coletor à saída

do conversor catalítico, para cada tomada de gases medida foi dado um intervalo de

1minuto para iniciar a nova medição. Para repetir as medições dos gases em outras

condições de operação do motor era dado um intervalo de 3minutos até todo sistema se

estabilizar.

Nos ensaios do motor com aplicação do conversor catalítico foram

medidas as seguintes variáveis:

Força no dinamômetro;

Ângulo de ignição;

Consumo do combustível;

Page 94: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Planejamento de Experimentos.

71

Tomadas de temperaturas do ar, da água de arrefecimento, do coletor de escape e

do óleo lubrificante;

Tomada de pressão no bocal;

Concentração dos constituintes dos gases de exaustão, variação da pressão e

variação da temperatura em cinco posições ao longo do conversor catalítico;

5.3 – Cálculo da Abertura e Fechamento da Válvula de Exaustão.

O motor de combustão interna funciona com movimentos periódicos

representados claramente pelos seus componentes tais como: volante do motor, eixo

comando de válvula, eixo de manivelas, pistões e bielas, ou seja, a cada ciclo de

operação de um motor de quatro tempos, ocorrem duas voltas completas do eixo de

manivelas e quatro voltas do comando de válvulas, o que resulta na transmissão de

movimento aos pistões pelas bielas acopladas ao eixo de manivelas e da abertura e

fechamento das válvulas acionadas pelo eixo comando de válvulas. Segundo Steidel

(1926) estes movimentos periódicos podem ser representados por uma série de Fourier

de funções seno ou co-seno, cada termo da série expressa múltiplos da freqüência do

movimento.

Silva (2004) desenvolveu um estudo do efeito de abertura e fechamento

das válvulas de admissão de um motor movido a álcool, gerando um equacionamento

que segue a metodologia proposta por Steidel (1926), no qual permite expressar uma

equação de função periódica que represente o movimento periódico de abertura e

fechamento das válvulas em função do tempo, com base na série de Fourier, como

indicado na equação (109).

( )

nwtBwtBwtBwtB

nwtAwtAwtAwtAAwtY

n

no

sin...3sin2sinsin

cos...3cos2coscos21

321

321

+++++

++++++= (109)

Page 95: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Planejamento de Experimentos.

72

Em que, a função Y(wt) pode representar uma força ou um deslocamento;

2121 ,,...,,,21 BBAAAo são os coeficientes ou as amplitudes, w a freqüência e ww 3,2 são

o segundo e terceiro harmônicos.

Os coeficientes arbitrários, nA e nB são expressos no período de 0=wt para π2=wt ,

como indicados nas equações (110) e (111).

∫=π

π2

0)(.cos).(1 wtdnwtwtYAn (110)

∫=π

π2

0)(.sin).(1 wtdnwtwtYBn (111)

Figura 11 - Função periódica. Y(wt) em relação a wt.

A figura (11) indica uma função periódica )(wty que se repete após um

período ( )τ , e que está dividida em ( )N partes iguais.

Page 96: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Planejamento de Experimentos.

73

tN

Δ=τ (112)

A freqüência ( )w desta função é representada pela equação (113).

τπ2

=w (113)

Reescrevendo-se a equação (113), fica:

2τπ w

= .: τπ w

21=

Multiplicando ambos membros da equação (112) pela freqüência ( )w ,

tem-se:

wtN

wΔ=

τ

O número de ( )N partes iguais da função periódica é dada pela

equação(114).

wtwNΔ

=τ (114)

tnnwt ⎟⎠⎞

⎜⎝⎛=τπ2coscos (115)

Substituindo as integrais dos coeficientes An e Bn, das equações (110) e

(111), pelo somatório, tem-se:

( ) ( ) ( ) ( )wttn

wtYw

wtdnwtwtYA iN

iin Δ== ∑∫

= τπ

τπ

π 2cos2.cos1

1

2

0

( )τπ i

N

iin

tnwtY

NA

2cos2

1∑=

= (116)

( ) ( ) ( ) ( )wttn

wtYw

wtdnwtwtYB iN

iin Δ== ∑∫

= τπ

τπ

π 2sin2.sin1

1

2

0

Page 97: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Planejamento de Experimentos.

74

( )τπ i

N

iin

tnwtY

NB

2sin2

1∑=

= (117)

A série de Fourier truncada usando seis termos pode ser representada

como:

( ) wtBwtBwtAwtAwtAAwtY o 2sinsin3cos2coscos21

21321 +++++= (118)

Segundo Silva (2004) adotou-se uma função matemática para “zerar” a

equação quando o tempo de simulação estiver fora do tempo de permanência, “aberta”,

de cada válvula. Esta função foi necessária para “ensinar” ao software o exato momento

de abertura e fechamento de cada válvula no ciclo.

⎥⎥⎦

⎢⎢⎣

⎡⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛+⎟⎟

⎞⎜⎜⎝

⎛−−

+⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛+⎟⎟

⎞⎜⎜⎝

⎛−−

= 1|1||25,02

2

1

1

tttt

ttttm (119)

Em que, t – tempo de corrida de simulação;

t1 – tempo de abertura da válvula;

t2 – tempo de fechamento da válvula.

Quando: 1

;0;0

21

2

1

=⇒<<=⇒>=⇒<

mtttmttmtt

Esta função matemática entra como um fator multiplicador da equação

A(wt).

Para o estudo do presente trabalho, o mecanismo de abertura e

fechamento das válvulas de exaustão do motor de combustão interna a quatro tempos

foi obtido para uma rotação de 1500rpm a 50% de abertura da borboleta. O tempo de

um ciclo de operação do motor é dado pela equação (120).

Page 98: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Planejamento de Experimentos.

75

2*60

1−

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛=

Rotaçãot (120)

Em que, o valor (60) corresponde ao tempo em segundos equivalente a 1minuto; e o

valor (2) representa o número de voltas da árvore de manivelas para completar um ciclo

de operação do motor.

ciclosegt /08,02*60

1500 1

=⎟⎠⎞

⎜⎝⎛=

A uma rotação de 1500rpm do motor o tempo do ciclo completo

corresponde a 0,08seg. O ângulo de permanência na válvula de exaustão é de 279o.

O cálculo da área de fluxo no pé da válvula de exaustão é representada

pela equação (121)

Figura 12 – Dimensões da válvula de admissão.

mhDA **π= (121)

11*6,36*14,3=A 280,1264 mmA =

Page 99: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Planejamento de Experimentos.

76

Tabela 8 – Dados da abertura e fechamento da válvula de admissão.

Dados da Abertura e Fechamento da Válvula de Exaustão

Número de

Divisões da Área

de fluxo, N

Tempo de

acionamento da

válvula, t

Altura, hm

Graus do ângulo de

Permanência,

Área de Fluxo no

Pé da Válvula,

fA

N Nτ

Nhm

θ

NAf

0 0 0 0o 0

1 0,002583 1,8333 327

2 0,005166 3,6666 632

3 0,007749 5,5 894

4 0,010332 7,3333 99o 1095

5 0,012915 9,1666 1221,7

6 0,0155 11 1264,8

5 0,018081 9,1666 1221,7

4 0,020664 7,3333 180o 1095

3 0,023247 5,5 894

2 0,02583 3,6666 632

1 0,028413 1,8333 327

0 0,030998 0 279o 0

Page 100: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Planejamento de Experimentos.

77

0,000 0,005 0,010 0,015 0,020 0,025 0,030 0,0350

200

400

600

800

1000

1200

1400y = 837060x5+5*109x4+3*108x3+665647x2+126331x+0,3751

Abertura e Fechamento da Válvula de Exaustão no Primeiro Cilindro a 50% de Abertura de Borboleta e 1500rpm do MCI

Áre

a de

Flu

xo n

o Pé

da

Vál

vula

(m2 )

Tempo de abertura e Fechamento da Válvula de Exaustão (s)

Área de Fluxo

Figura 13– Diagrama de abertura e fechamento da válvula do cilindro número 1.

Abertura e Fechamento das Válvulas de Exaustão

0,00000

0,00020

0,00040

0,00060

0,00080

0,00100

0,00120

0,00140

0 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07 0,08 0,09

Tempo do Ciclo Completo (s)

Áre

a do

Flu

xo d

e A

bertu

ra d

as

Válv

ulas

(mm

)

Ao (Válvula-1) Ao(Válvula-3) Ao(Válvula-4) Ao(Válvula-2') Ao(Válvula-2') Figura 14– Gráfico da área de abertura e fechamento das válvulas no tempo.

Page 101: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Planejamento de Experimentos.

78

5.4 – Cálculo de Incerteza dos Gases de Exaustão.

O resultado de uma medição, para expressar o valor de uma grandeza

física, sempre está associado a uma incerteza inerente ao processo. O intervalo de

incerteza caracteriza a dispersão dos valores que podem ser razoavelmente atribuídos ao

mensurando. O mensurando significa a grandeza particular submetida à medição. De

acordo com Lira (2001) os fatores que influenciam nos erros dos valores medidos estão

associados às condições ambientais, métodos indiretos de medição, arredondamento,

conversão de unidades, leituras estimadas e instrumentos envolvidos. O erro de medição

é caracterizado pelo resultado de uma medição menos o valor verdadeiro do

mensurando.

Segundo Mendham (2002) a análise quantitativa não se limita somente a

coleta da amostra, a execução de uma única determinação e a certeza absoluta de que o

resultado obtido está devidamente correto. É necessário observar o conhecimento da

química envolvida e das possíveis interferências de outros elementos, bem como da

distribuição estatística dos resultados numéricos obtidos.

As condições de repetibilidade são obtidas com os mesmos parâmetros

durante a medição. Ou seja, o mesmo operador, o mesmo local e instrumento, tomada

das leituras com intervalo de tempo curto, mesmo método de medição e mesma

condição ambiental.

Para as medidas de repetibilidade da coleta das emissões de CO, THC e

NOx, CO2 e O2 ao longo de 3 posições do conversor catalítico foram efetuadas em 10

amostras para cada posição do conversor.

O motor de combustão interna foi mantido a 50% de abertura da

borboleta e a rotação de 1500rpm para todas as coletas de gases no catalisador

automotivo, instalado no sistema de exaustão de um motor GM a álcool, 4 cilindros,

2,0 litros de cilindrada total e 12:1 de taxa de compressão. As três tomadas de gases

colocadas no catalisador automotivo são conectadas ao analisador de gases, estas

tomadas são constituídas por um tubo de cobre de 10mm de diâmetro e 350mm de

comprimento que por sua vez são ligadas. a uma mangueira com 5m de comprimento.

Após 3 minutos de funcionamento do MCI, iniciaram-se as medidas das concentrações

de gases no catalisador, obedecendo-se uma seqüência das tomadas de gases: entrada do

Page 102: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Planejamento de Experimentos.

79

suporte 1, vazio e por fim saída do suporte 2. Um intervalo de 1 minuto foi estabelecido

entre as aquisições das amostras, sem alteração da abertura da borboleta e rotação do

MCI, até a obtenção das 10 amostras.

As 10 amostras das concentrações de CO, THC, NOx, CO2 e O2 foram

tratadas estatisticamente, para determinar o intervalo de incerteza na medição (±δxi),

que pode ser representado pela equação (122).

( ) iii xmedidaxx δ±= (122)

O valor de ( )medidaxi representa uma observação para um experimento

de amostra simples (só uma medição) ou a média de um conjunto de observações n de

um experimento de amostra múltipla (n medições), no caso em particular, ( )ix

representará as concentrações da amostra gasosa. O valor de ixδ representa s2 para a

análise de uma amostra simples onde a dispersão dos valores é medida com mais

eficiência pelo desvio padrão ( s ), definido por,

11

...222

2

2

1

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ −

=−

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ −++⎟

⎠⎞

⎜⎝⎛ −+⎟

⎠⎞

⎜⎝⎛ −

=∑

−−−−

n

xx

n

xxxxxxs

nn

(123)

Em que, −

x representa a média dos dados da amostra, se consideramos uma série de n

observações ordenadas em ordem crescente de magnitude, tem-se a média desta amostra

dada por,

nx

nxxxxx

x inn ∑=++++= −

−1321 ...

(124)

O quadrado do desvio padrão é denominado variância.

1

2

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ −

=∑

n

xxVariância (125)

Page 103: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Planejamento de Experimentos.

80

Para um experimento de amostras múltiplas, a incerteza ixδ pode ser

determinada no intervalo de confiança. Os limites deste intervalo de confiança,

denominados limites de confiança são dados por,

Limite de confiança de μ para n análises repetidas = n

tsx±−

(126)

Em que, μ é a média da população total, ( )t é o teste t de Student.

Para um intervalo de confiança 95%, temos:

ntsS A = (127)

O teste t de Student é utilizado para amostras pequenas, tendo objetivo

de comparar a média de uma série de resultados com um valor de referência e exprimir

o nível de confiança associado ao significado da comparação. O valor de t é fornecido

pela equação (128).

s

nxt

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ −

=

μ (128)

Em que, μ é o valor verdadeiro.

A incerteza sistemática instrumental, como estimativa do erro que resulta

da calibração dos instrumentos de medição, pode ser verificada através do limite de erro

de calibração (Lc) considerado como a menor leitura de um instrumento. Para o

analisador de gases os limites de erro das concentrações são:

LcCO = 0,01%; LcTHC = 1ppm; LcNOx = 1ppm; LcCO2 = 0,1%; LcO2 = 0,01%.

De acordo com as amostras das concentrações obtidas

experimentalmente pode-se desenvolver um estudo do cálculo de incerteza das

concentrações CO, THC, NOx CO2 e O2, ver anexo (I), que resultou das seguintes

medidas com suas respectivas incertezas, indicada na tabela (9).

Page 104: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Planejamento de Experimentos.

81

Tabela 9 – Cálculo de incerteza das emissões da exaustão. Ver anexo (H).

Concentrações dos

Gases de Exaustão

Entrada no

Suporte 1

Vazio

Saída no

Suporte 2

CO 3,17±0,04 2,7±0,03 2,19±0,02

THC 167±2 153±2 106±1

NOx 193±3 0 0

CO2 12,6±0,3 13±0,2 13,3±0,4

O2 0,24±0,02 0

0

Page 105: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

82

Capítulo 6

Page 106: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Construção Experimental

83

6 – CONSTRUÇÃO EXPERIMENTAL

A figura (12) ilustra o esquema da bancada de testes experimental

composta por um motor de combustão interna de 4 cilindros movido a álcool com

capacidade volumétrica de 2,0 litros, taxa de compressão 12:1, injeção eletrônica de

combustível mono-ponto e um convencional sistema de ignição dinâmica. O motor foi

acoplado numa bancada dinanométrica do tipo corrente de Foucault, que indica através

da balança graduada a força necessária para “frear” o motor, neste sentido, permite o

controle do regime de rotação do motor. Além disto, a bancada de controle regula a

abertura da borboleta aceleradora, a qual libera a vazão de mistura ar-combustível para a

câmara de combustão do motor.

O motor de combustão interna possui movimento alternativo dos pistões,

o que ocasiona muitas oscilações no escoamento de entrada do ar, por esta razão

instalou-se um “plenum” que corresponde a uma câmara de amortecimento para

medição de ar, o qual ameniza as oscilações do fluxo de ar na entrada do coletor de

admissão, este tambor possui um volume de 200 litros, cerca de 100 vezes a cilindrado

do motor. Na extremidade do “plenum” foram instalados um bocal, uma tomada de

pressão e um termopar para o cálculo do consumo de ar no motor, que depende ainda da

resistência ao escoamento do ar através do equipamento de medição, reduzindo a

eficiência volumétrica e as pulsações de pressões decorrentes do motor.

Segundo Silva (2004) para resolver o problema da resistência ao

escoamento do ar, ocasionado pelo aparelho de medição, foram construídos dois bocais

da série TECNER TG, ISO 5167-1980. Estes bocais abertos, como indicado na

fotografia (4), são instrumentos para a medição de consumo de ar e gases em condutos

como em instalações abertas. A leitura é baseada na depressão produzida pela

aceleração do fluxo do fluido e não pelas perdas de cargas, que podem produzir

perturbações ao funcionamento do sistema. Enquanto, ao problema dos elevados pulsos

de pressão foi solucionado com uma câmara de estabilização “plenum”, para eliminar as

pulsações de pressão característica na aspiração dos motores alternativos.

O consumo mássico de ar do motor foi calculado pela equação (131)

Page 107: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Construção Experimental

84

vtarnVm η

120= (m3/s) (131)

Em que, 3001998,0 mVt = , é a cilindrada do motor;

vη é o rendimento volumétrico;

n é o número de rotações do motor que opera numa faixa de 1500 a 3500.

Fotografia 4 - Bocal TG-40 montado na câmara estabilizadora e vista do bocal TG-40.

Fonte: Silva, J. A. (2004)

A medição do consumo de combustível do motor foi realizada através de

uma balança eletrônica com resolução de 5gramas. Com as medidas de vazão mássica

de ar e combustível na admissão do motor, pode-se admitir a mesma vazão mássica dos

gases de exaustão no sistema de escapamento pelo principio da conservação da massa.

Page 108: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Construção Experimental

85

Fotografia 5 - Balança eletrônica para medição do consumo de combustível.

Na variação do fator de excesso de ar utilizou-se um aparelho

denominado Emulador Bit Power que mapeia as centrais dos automóveis cm injeção

eletrônica, através do software ECM 2001, o qual permite visualizar e modificar os

mapas em gráficos 2D e 3D, hexadecimal ou em tabelas decimais usando drives que

indicam ao programa a exata posição e o funcionamento do mapeamento.

A fotografia (6) indica o painel de comando da bancada experimental,

composta por três microcomputadores, o PC-1 utilizado para acionar o sistema de

aquisição de temperatura, o PC-2 para gerar a interface com o gerenciador da central de

injeção eletrônica e PC-3 conectado ao analisador de analise dos gases. O primeiro

consiste de um microcomputador PC-486, onde foi instalado o programa Workbench

desenvolvido pela Strawberry Tree – USA; dois terminais de conexões modelo T71-TC

(terminal de compensação) de 16 canais com 12 bits de resolução.

Page 109: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Construção Experimental

86

Fotografia 6 - Cabine de comando da bancada experimental.

Os termopares foram instalados no motor para indicar as variações de

temperatura do líquido de arrefecimento, da admissão do ar no bocal, dos coletores de

admissão e escape, do óleo lubrificante e no sistema de exaustão. A preparação dos

termopares foi realizada no Laboratório de Motores, da seguinte forma: os fios de cobre

- constantan foram introduzidos num suporte de alumina, revestido por uma manta de

isolamento térmico e em seguida os fios de cobre - constantan foram soldados por

descarga capacitiva, com o aparelho da fotografia (7), formando um nó de alta

sensibilidade térmica.

Page 110: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Construção Experimental

87

Fotografia 7 - Aparelho de soldagem dos termopares.

A figura (15) indica os manômetros de tubos em "U" vertical aplicados

na medição da diferença de pressão, em mmHg, dos gases de exaustão ao longo do

sistema de escapamento, nos quais 3 tomadas de pressão estavam localizadas no coletor

de exaustão e junções do cano de escape e mais 5 tomadas posicionadas no conversor

catalítico, além disto verificou-se a pressão do ar, em mmH2O, na entrada do “plenum”.

Page 111: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Construção Experimental

88

Figura 15 - Manômetro de coluna vertical.

Fonte: Silva (2004)

Na medição das concentrações dos gases do sistema de exaustão utilizou-

se o analisador do tipo NDIR, Analisador Infravermelho não Dispersivo, para medição

das concentrações de monóxido de carbono, hidrocarbonetos, oxigênio, dióxido de

carbono e óxido de nitrogênio, sendo as medições realizadas por um equipamento com

características específicas para medição de emissões da linha automotiva. Todavia, as

medições de hidrocarbonetos foram obtidas também utilizando-se o analisador do tipo

FID, Detector de Ionização da Chama, como indicado na fotografia (8).

Page 112: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Construção Experimental

89

(a)

(b)

Fotografia 8 - Analisadores de gases do tipo FID (a) e do tipo NDIR (b).

Tabela 10 - Especificações das medidas CO, CO2, HC, NOx e O2 do analisador NDIR.

Fonte: Manual da Tecnomotor

Componente Gasoso Faixa de Medição Resolução Acuracidade

CO 0 a 15% volume 0,01% volume 0,06% vol CO

CO2 0 a 20% volume 0,1% volume 0,5% vol CO2

O2 0 a 25% volume 0,01% volume 0,1% de vol O2

THC 0 a 20.000 ppm 1 ppm 12 ppm

NOx 0 a 5.000 ppm 1 ppm 32 ppm

Page 113: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Construção Experimental

90

Segundo Heywood (1998) a análise da maioria dos gases de exaustão é

feita por aparelhos padrões tais como: 1o) FID – Detector de Ionização da Chama, que

corresponde a um eficaz contador de carbono, ou seja, os hidrocarbonetos contidos nos

gases de exaustão são queimados em uma pequena chama de ar-hidrogênio, produzindo

íons em uma quantidade proporcional ao número de átomos de carbonos queimados.

2o) NDIR – Analisador Infravermelho não Dispersivo, no qual ocorre absorção por

infravermelho dos hidrocarbonetos em uma célula de amostra dos gases da exaustão,

que são comparados pela absorção de uma célula de referência usada para determinar

esta concentração. Os valores de hidrocarbonetos medidos pelo analisador FID são

aproximadamente duas vezes o valor medido no analisador NDIR.

A fotografia (8) ilustra os analisadores de gases do tipo horiba FID e o do

tipo infravermelho NDIR, que utiliza uma célula eletroquímica para medição das

concentrações de CO, CO2 e O2. Para as medições de NOx aplica-se uma célula

eletrônica. O analisador foi calibrado com propano (C3H8), pela empresa Tecnomotor.

A aferição do aparelho foi realizada no laboratório de motores, com uma garrafa de

1600ppm de NO e outra de 4% de CO, fornecidas pela WHITE-MARTINS Gases

Industriais S/A com certificado de aferição e garantia de 60meses. A medida ilustrada

no visor de THC, fornecida em ppm, deve ser multiplicada por dois para obter uma

estimativa da atual concentração dos hidrocarbonetos.

O analisador de gases possui o recurso de trabalhar em conjunto com o

microcomputador PC-3 através de um software THOR, que permite gerar gráficos e

planilhas das concentrações e determinar a eficiência catalítica. Além disto, possibilita

medir a rotação, CO corrigido, valor do fator de excesso de ar e diluição. No caso das

funções CO corrigido e diluição tem o objetivo de indicar possíveis problemas no

sistema, como estrada “falsa”de ar, escapamento furado, etc.

Algumas principais precauções devem ser tomadas no manuseio do

analisador de gases. Antes das medições devem-se:

1 –Checar a condensação de água nas mangueiras, aspirando-as sempre para cada

bateria realizada, evitando assim possíveis erros de medição.

2 –Checar a existência de entradas de ar falsas, para evitar diluição da mistura.

3 – Supervisionar o filtro do analisador e trocá-lo periodicamente.

4 – Evitar mangueiras de teflon, pois apresentam concentrações de THC.

Page 114: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Construção Experimental

91

Figura 16 - Diagrama esquemático da bancada experimental.

A fotografia (9) ilustra a bancada de testes do motor de combustão

interna movido a álcool acoplado ao dinamômetro, o aparelho gerenciador da central

eletrônica (emulador) conectado a centralina, e do conversor catalítico Pt/Pd instalado

no sistema de exaustão com respectivos termopares, tomadas de pressão, e filtros para

retenção do condensado.

Page 115: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Construção Experimental

92

Fotografia 9 - Bancada experimental.

Para as simulações computacionais nos códigos CFX e MFIX utilizou-se

um microcomputador AMD Athlon (TM) Windows XP com capacidade de 1,0 Gb e

processador AMD 1261 MHz. O disco rígido (HD) foi dividido para atender aos dois

códigos CFX e MFIX, pois os sistemas operacionais são diferentes. Quando a

simulação computacional ocorre, por exemplo, no software CFX, não é possível simular

ao mesmo tempo no software MFIX, tendo que aguardar o termino de cada simulação.

Page 116: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

93

Capítulo 7

Page 117: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

94

7 – RESULTADOS E DISCUSSÃO

7.1 – Resultados Experimentais.

A potência e o consumo específico de combustível do motor de

combustão interna com conversor catalítico instalado no sistema de escapamento está

ilustrado na figura (17), para as condições de operação a 50% de abertura da borboleta e

rotação variando de 1500 a 3500rpm, controlada pelo dinamômetro. O fator de excesso

de ar do MCI foi mantido na condição estequiométrica ( λ=1) empregando-se o software

ECM-2001, que permite modificar o mapa de controle da central eletrônica.

1500 2000 2500 3000 350010

12

14

16

18

20

22

24

26

28

30

32

34

36

38

Cons

umo

Espe

cífic

o de

Com

bustí

vel (

g/kW

h)

Potê

ncia

(kW

)

Rotação (rpm)

Potência (kW)

400

450

500

550

600

650

700

Potência e Consumo Específico de Combustível do MCI com Conversor Catalítico a 50% de Abertura de Borboleta e Lambda Estequiométrico

Consumo Específico de Combustível (g/kWh)

Figura 17 - Potência e consumo específico do motor instalado com conversor catalítico.

Para esta condição de operação do MCI, observou-se que na rotação de

1500rpm, a potência adquirida foi de 18,83kW, e com aumento da rotação a 3500rpm a

Page 118: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

95

potência aumentou gradualmente até atingir 35,93kW, que corresponde a potência

máxima, porém devido ao refluxo do escoamento dos gases provocado pelo catalisador

ocorre proporcional perda da potência, pois menor quantidade de mistura ar-

combustível entra na câmara de combustão. Com relação ao consumo específico de

combustível do MCI foi verificado na rotação de 2000rpm o menor consumo específico

cerca de 420,81g/kWh, por causa da condição ótima de funcionamento do motor nesta

rotação, entretanto segundo Martins (2003) foi verificado que ocorre um leve aumento

do consumo específico de combustível com aplicação do conversor catalítico. As curvas

de potência e consumo de combustível indicadas na figura (17) correspondem ao

mesmo comportamento das curvas apresentadas na literatura para motores de

combustão interna.

Na condição normal de operação do MCI, ou seja, sem alteração das

estratégias de controle da central a eletrônica, as emissões da exaustão são influenciadas

diretamente pelo regime de rotação do motor. Na rotação de 1500rpm a mistura ar-

combustível é considerada rica, o que promove altas concentrações de monóxido de

carbono e hidrocarbonetos, devido ao pouco oxigênio para o processo de oxidação dos

mesmos, enquanto a concentração de NOx é insignificante. Quando a rotação aumenta

gradativamente a 3500rpm, o fator de excesso de ar também eleva-se, provocando maior

presença de oxigênio, e conseqüente diminuição das concentrações de CO e THC. Com

relação a concentração de NOx, esta altera-se de acordo com a temperatura da câmara

de combustão, que atinge seu ápice próximo ao regime de combustão estequiométrica

do motor.

O nível de concentração das emissões de monóxido de carbono,

hidrocarbonetos e óxido de nitrogênio variam ao longo do conversor catalítico, como

indicado nas figuras (18), (19) e (20). No ensaio dinamométrico aplicou-se o

“emulador” na central eletrônica para manter o fator de excesso de ar constante e igual a

1, variou-se a rotação do motor de 1500 a 3500rpm e manteve-se 50% de abertura da

borboleta. Ao longo do conversor catalítico as emissões sofreram processos de oxidação

e redução. Na entrada do conversor catalítico a rotação de 1500rpm, observou-se altas

concentrações de monóxido de carbono e hidrocarbonetos em torno de 36,8 g/kWh,

0,36g/kWh, respectivamente. Neste regime a concentração de óxido de nitrogênio foi de

0,24g/kWh, devido o fator de excesso de ar manter-se estequiométrico, a temperatura da

Page 119: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

96

câmara de combustão tendeu a ficar mais elevada que na condição normal. Quando a

rotação atingiu 3500rpm houve diminuição das emissões na entrada do catalisador.

0,00 0,08 0,16 0,24 0,32 0,40 0,48 0,56 0,64 0,72 0,80-5

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0,689m_Saida do Catalisador0,509m_Saída do Suporte 20,410m_Vazio0,312m_Entrada do Suporte 10,125m_Entrada do Catalisador

Concentração de Monóxido de Carbono a 50% de abertura da borboleta e nas rotações de 1500rpm, 2500rpm e 3500rpm do MCI

Conc

entra

ção

de M

onóx

ido

de C

arbo

no (g

/kW

h)

Comprimento do Conversor Catalítico (m)

CO_1500rpm CO_2500rpm CO_3500rpm

Figura 18 - As emissões de CO ao longo do conversor catalítico.

Page 120: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

97

0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7

0,05

0,10

0,15

0,20

0,25

0,30

0,35

0,40

Concentração de Hidrocarbonos a 50% de abertura da borboleta e nas rotações de 1500rpm, 2500rpm e 3500rpm do MCI

0,689m_Saida do Catalisador0,509m_Saída do Suporte 20,410m_Vazio0,312m_Entrada do Suporte 10,125m_Entrada do Catalisador

Conc

entra

ção

de T

HC

(g/k

Wh)

Comprimento do Conversor Catalítico (m)

THC_1500rpm THC_2500rpm THC_3500rpm

Figura 19 - As emissões de THC ao longo do conversor catalítico.

0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,70,00

0,05

0,10

0,15

0,20

0,25

0,30

338

422496

549

400523

412

481

524

407517

344397

369

443

0,689m_Saida do Catalisador0,509m_Saída do Suporte 20,410m_Vazio0,312m_Entrada do Suporte 10,125m_Entrada do Catalisador

Concentração de Óxido de Nitrogênio a 50% de abertura da borboleta e nas rotações de 1500rpm, 2500rpm e 3500rpm do MCI

Conc

entra

ção

de Ó

xido

de

Nitr

ogên

io (g

/kW

h)

Comprimento do Conversor Catalítico (m)

NOx_1500rpm NOx_2500rpm NOx_3500rpm

Figura 20 - As emissões de NOX ao longo do conversor catalítico.

Page 121: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

98

As concentração das emissões de monóxido de carbono, hidrocarbonetos

e óxido de nitrogênio variam ao longo do conversor catalítico, como indicado na figura

(21). As condições de operação do motor de combustão interna foram de 50% de

abertura da borboleta na rotação de 1500rpm e com fator de excesso de ar de 0,94, o que

representa uma mistura ar-combustível rica, foi observado na saída do primeiro

monólito eficiência catalítica na oxidação em torno de 11% THC e 20% CO e redução

de 100% da emissão de NOx, isto devido a baixa temperatura na câmara de combustão

do motor durante a rotação de 1500rpm, produzindo insignificante níveis de NOx. Na

saída do segundo monólito a eficiência catalítica foi de 49% no THC e 52% no CO,

enquanto a concentração de óxido de nitrogênio já foi reduzido completamente no

primeiro monólito. A eficiência catalítica do conversor não atendeu aos limites

máximos de emissões estabelecidos pelo PROCONVE, para a oxidação das emissões de

monóxido de carbono e hidrocarbonetos.

-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 6000

20

40

60

80

100

SC=554,7ES2=374,5Vazio=275,5ES1=186,2EC=0

Emiss

ões d

e N

O e

TH

C (g

/kW

h)

Emis

são

de C

O (g

/kW

h)

Comprimento do Conversor Catalitico (mm)

CO

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

Concentrações de CO, THC e NOx no Conversor Catalítico a 50% de Abertura de Borboleta em 1500rpm do MCI

THC NO

Figura 21- As emissões de CO, THC e NOX ao longo do conversor catalítico.

Page 122: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

99

Na mesma condição de operação do motor de combustão interna, a 50%

de abertura de borboleta e a 1500rpm, verificou-se as propriedades dos gases de escape:

temperatura, pressão e vazão influenciadas pela variação do fator de excesso de ar,

como indicado na figura (22). O software ECM2001 alterou a configuração normal da

injeção eletrônica, permitindo o decréscimo do tempo de injeção de combustível, o que

resulta no método de empobrecimento da mistura ar-combustível, o fator de excesso de

ar foi alterado de 0,94 a 1,08; foi verificada a diminuição da vazão mássica dos gases,

devido a baixa presença da massa de combustível durante o empobrecimento da

mistura. A temperatura e a pressão a partir do fator de excesso ar 0,98 diminuíram,

mantendo a mesma tendência ao final do processo de empobrecimento.

0,92 0,94 0,96 0,98 1,00 1,02 1,04 1,06 1,08 1,100

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

Pres

são

(mm

Hg)

e V

azão

(g/s)

Tem

pera

tura

(o C)

Fator de Excesso de Ar (%)

Tent

0

3

6

9

12

15

18

21

24

27

30

33

Temperatura, Pressão e Vazão do Gás de Exaustão na Entrada do Conversor Catalítico

Pent Vazãoent

Figura 22 - As propriedades termodinâmicas de temperatura, pressão e vazão dos gases

de exaustão na entrada do catalisador com variação do fator de excesso de ar

No escoamento dos gases de exaustão, as formas geométricas dos dutos,

curvas e do próprio conversor catalítico produzem perdas de cargas que influenciam

diretamente a velocidade, pressão e temperatura dos gases. Como já visto, o conversor

Page 123: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

100

catalítico em estudo apresenta seções convergente e divergente, além de dois suportes

monolíticos que promovem perdas de cargas localizadas.

As figuras (23), (24) e (25) indicam os efeitos das propriedades dos

gases: velocidade, pressão e temperatura ao longo do conversor catalítico, nas condições

de operação do MCI de 50% de abertura da borboleta com variação da rotação de 1500

a 3500rpm, foi observado na região do difusor do conversor uma desaceleração dos

gases em todas as rotações do MCI. Se a velocidade próximo a parede torna-se zero

ocorre o fenômeno de separação do escoamento ao longo das paredes do difusor, e em

seguida escoamento reverso, decorrente do crescente gradiente de pressão adverso.

Com a diminuição da velocidade dos gases esperava-se um aumento de

pressão no difusor, porém este efeito somente foi observado na rotação de 1500rpm, nas

demais rotações a pressão diminuiu. O motivo da queda de pressão está no aumento da

perda de carga no difusor, conforme a equação (90), pois na rotação de 1500rpm a perda

encontrada foi de 5,69=lmh m2/s2, quando a rotação mudou para 2000rpm a perda no

difusor elevou-se para 186=lmh m2/s2, causando diminuição da pressão, não levando

em consideração o efeito da seção divergente.

A figura (25) indica o comportamento da temperatura ao longo do

conversor catalítico em diversas rotações. A variação da pressão no difusor afeta

diretamente o comportamento da temperatura, porém o aumento da temperatura na

rotação de 1500rpm, como observado na figura (25), não está somente relacionado com

a elevação da pressão, mais também pela possibilidade de hidrocarbonetos não

queimados presentes na exaustão, devido a mistura rica em baixas rotações do MCI, ou

mesmo pelo calor liberado nas reações químicas no conversor catalítico. Com relação as

rotações acima de 1500rpm ocorre um aumento do fluxo mássico dos gases no

conversor associados à tendência de misturas mais pobres em altas rotações,

ocasionando diminuição da temperatura.

A temperatura dos gases aumentou na região do vazio no conversor

catalítico, devido as reações exotérmicas ocorridas no primeiro monólito e a elevação

do fluxo mássico proporcionado pelo aumento da rotação do MCI. Ao fim do segundo

monólito a temperatura eleva-se até a rotação de 2500rpm, acima desta rotação a

temperatura diminui por causa do maior fluxo mássico.

Page 124: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

101

0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7

2468

1012141618202224262830323436

SaiCat

SaiSup2

Vazio

EntSup1

EntCat

Velocidade dos Gases de Exaustão ao longo do Conversor Catalítico

Vel

ocid

ade

dos G

ases

de

Exau

stão

(m/s

)

Comprimento do Conversor Catalítico (m)

V_1500rpm V_2000rpm V-2500rpm V_3000rpm V_3500rpm

Figura 23 – Velocidade dos gases de exaustão no conversor catalítico.

0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7

10

20

30

40

50

60

70

80

SaiCat

SaiSup2

Vazio

EntSup1EntCat

Variação da Pressão em relação ao Comprimento do Conversor Catalítico

Var

iaçã

o da

Pre

ssão

no

Conv

erso

r Cat

alíti

co (m

mH

g)

Comprimento do Conversor Catalítico (m)

P_1500rpm P_2000rpm P_2500rpm P_3000rpm P_3500rpm

Figura 24 – Variação da pressão dos gases de exaustão no conversor catalítico.

Page 125: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

102

0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7220240260280300320340360380400420440460480500520540560

SaiSup2

Vazio

SaiCatEntSup1

EntCat

Variação da Temperatura dos Gases no Conversor Catalítico

Tem

pera

tura

no

Conv

erso

r Cat

alíti

co (o C)

Comprimento do Conversor Catalítico (m)

T_1500rpm T_2000rpm T_2500rpm T_3000rpm T_3500rpm

Figura 25 – Variação da temperatura dos gases no conversor catalítico.

Na mesma condição de operação do motor de combustão interna, a 50%

de carga e a 1500rpm, verificou-se as propriedades do gás de escape: temperatura,

pressão e vazão influenciadas pela variação do fator de excesso de ar, como indicado na

figura (26). O software ECM2001 alterou a configuração normal da injeção eletrônica,

permitindo o decréscimo do tempo de injeção de combustão, o que resulta no método de

empobrecimento da mistura ar-combustível, o fator de excesso de ar foi alterado de 0,94

a 1,08; foi verificada a diminuição da vazão mássica dos gases, devido a baixa presença

da massa de combustível durante o empobrecimento da mistura, o que resultou na

diminuição da temperatura e pressão. A partir do fator de excesso ar igual a 0,98, a

temperatura e a pressão mantiveram a mesma tendência ao final do processo de

empobrecimento.

Page 126: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

103

0,92 0,94 0,96 0,98 1,00 1,02 1,04 1,06 1,08 1,100

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

Pres

são

(mm

Hg)

e V

azão

(g/s)

Tem

pera

tura

(o C)

Fator de Excesso de Ar (%)

Tent

0

3

6

9

12

15

18

21

24

27

30

33

Temperatura, Pressão e Vazão do Gás de Exaustão na Entrada do Conversor Catalítico

Pent Vazãoent

Figura 26 - As propriedades termodinâmicas de temperatura, pressão e vazão dos gases

de exaustão na entrada do catalisador com variação do fator de excesso de ar

A figura (27) indica a eficiência do catalisador automotivo em relação ao

fator de excesso de ar (λ), nas condições de operação do motor de 50% de carga a

2000rpm, observou-se que em λ = 0,90, onde a mistura ar-combustível é caracterizada

rica, ocorre baixa eficiência das emissões de CO e THC, devido a pouca presença de

oxigênio, o que resulta também em insignificante formação de NOx. Com o aumento do

fator de excesso de ar, eleva-se o processo de oxidação das emissões de CO e THC,

atingindo valores de eficiência máxima de 100% de CO e 64% de THC acima de

λ=1,05, enquanto a eficiência catalítica da emissão de NOx começa a diminuir próximo

à faixa estequiométrica, λ=1,0 devido ao aumento da temperatura na câmara de

combustão do motor.

Page 127: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

104

0,92 0,94 0,96 0,98 1,00 1,02 1,04 1,06 1,08 1,10

50

60

70

80

90

100

Eficiência do Conversor catalítico em relação ao Fator de Excesso de Ar a 50% de abertura da borboleta em 2000rpm do MCI

Efic

iênc

ia C

atal

ítica

(%)

Fator de Excesso de AR (%)

CO NOx THC

Figura 27 - Eficiência catalítica em relação ao fator de excesso de ar.

A temperatura é um fator importante no funcionamento do conversor

catalítico, pois como já citado, os metais preciosos necessitam atingir temperatura

superior a 250oC para iniciar sua atividade catalítica, neste caso a figura (28) ilustra a

variação da temperatura ao longo do sistema de exaustão de acordo com a rotação do

motor, verificou-se que para 50% de abertura da borboleta e aumentando

gradativamente a rotação do motor de 2000 rpm para 3500 rpm a temperatura eleva-se

no sistema de exaustão, mantendo valores satisfatórios para a conversão catalítica. Na

posição 400mm do comprimento do catalisador, como indicado na figura 28, a

temperatura aumenta pela liberação de calor das reações exotérmicas no primeiro

monólito. Observou-se ainda, que na ramificação do coletor tem-se um fluxo de gases

intermitente em cada duto da ramificação, que apresenta temperatura menor que o fluxo

de gases contínuo na entrada do conversor catalítico.

Page 128: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

105

0 100 200 300 400 500 600 700

380

400

420

440

460

480

500

520

540

560

Variação da Temperatura no Sistema de Exaustão

Var

iaçã

o da

Tem

pera

tura

(oC

)

Comprimento do Sistema de Exaustão (mm)

T 3000 (lambda=1,0) T 2000 (lambda=1,0) T 3500 (lambda=1,0)

Figura 28 - Variação da temperatura no sistema de exaustão a 50% de abertura da

borboleta nas rotações de 2000, 3000 e 3500rpm do motor de combustão

interna.

A figura (29) indica a variação da pressão ao longo do sistema de

exaustão, nas condições de funcionamento do motor de 50% de carga a 1500rpm, sem

alterar a configuração da injeção eletrônica do motor, mantendo o fator de excesso de ar

constante e igual a 0,94, foram observados dois picos de pressão, o primeiro

correspondente a junção da ramificação do coletor de exaustão, pois nesta junção a

vazão mássica dos gases é contínua e recebe ao mesmo tempo a distribuição vinda de

cada tomada do coletor; no caso do segundo pico localizado na entrada do primeiro

monólito, este efeito é devido ao difusor que proporciona a redução da velocidade com

aumento da pressão, e também à resistência do primeiro monólito ao escoamento dos

gases.

Page 129: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

106

0 100 200 300 400 500 600 700

10

15

20

25

30

35

SaiCat

SaiSup2

Vazio

EntCat

A Pressão no Sistema de Exaustão a 50% de Abertura de Borboleta em 1500rpm do MCI

EntSup1

Junção 3Pr

essã

o do

s Gas

es d

e Ex

austã

o (m

mH

g)

Comprimento do Sistema de Exaustão (mm)

Pressão

Figura 29 - Pressão ao longo do sistema de exaustão.

A variação da pressão dos gases de escape ao longo do sistema de

exaustão, foi também verificada com alteração do fator de excesso de ar através do

gerenciador da central eletrônica ECM2001, nas condições de operação do motor a 50%

de abertura da borboleta em 2000rpm, como ilustra a figura (30), desta forma observou-

se o mesmo comportamento do gráfico anterior com a diminuição da pressão ao longo

do sistema de escapamento, devido a perda de carga e com o surgimento de dois picos

de pressão. Com a variação do fator de excesso de ar entre 0,94 a 1,08; a pressão ao

longo do sistema de exaustão manteve-se sem alterações significantes, tendo para

lambda igual a 1,0 a maior variação de pressão no sistema, isto devido a queima

estequiométrica no motor que favorece a uma baixa perda de carga.

Page 130: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

107

0 100 200 300 400 500 600 700

3000

4000

5000

6000

7000

8000

9000

Pressão ao longo do Sistema de Exaustão a 50% de Abertura da Borboleta e 2000rpm do MCI

P2000 (lambda=0,90) P2000 (lambda=0,95) P2000 (lambda=1,00) P2000 (lambda=1,05) P2000 (lambda=1,10)

Pres

são

dos G

ases

de

Exau

stão

(Pa)

Comprimento do Sistema de Exaustão (mm)

Figura 30 - Pressão ao longo do sistema de exaustão com alteração do fator de excesso

de ar

Como já foi verificado o comportamento natural da pressão ao longo do

sistema de exaustão é diminuir em virtude da perda de carga presente. A figura (31)

ilustra o efeito da pressão ao longo do sistema de exaustão a 50% de abertura da

borboleta e rotações do motor entre 1500 a 3500rpm, utilizou-se o software ECM 2001

para manter o fator de excesso de ar igual a 1,0 em todos os regimes de rotação do MCI,

foi verificado que as curvas de pressão crescem para cada aumento da rotação, por

causa do crescente fluxo mássico da mistura ar-combustível. As curvas de pressão ao

longo do sistema de exaustão durante o aumento da rotação do motor tem

comportamento semelhante e apresentam dois picos de pressão.

Page 131: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

108

0 100 200 300 400 500 600 700

2000

4000

6000

8000

10000

12000

14000

Pressão em relação a Rotação do Motor a 50% de Abertura da Borboleta com Fator de Excesso de Ar Estequiométrico

P1500 (lambda=1,0) P2000 (lambda=1,0) P2500 (lambda=1,0) P3000 (lambda=1,0) P3500 (lambda=1,0)

Pres

são

dos G

ases

de

Exau

stão

(Pa)

Comprimento do Sistema de Exaustão (mm)

Figura 31 – A pressão ao longo do conversor catalítico com variação da

rotação do motor de combustão interna.

Page 132: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

109

7.2 – Resultados da Simulação com o Código CFX

A aplicação do software CFX permitiu avaliar os efeitos hidrodinâmicos

dos gases de exaustão, ou seja, analisar a variação das propriedades de velocidade e

pressão dos gases ao longo do conversor catalítico. As condições iniciais para a

simulação computacional foram obtidas a partir dos dados experimentais na entrada do

catalisador, tais como: velocidade média, V=15,8m/s, temperatura, T=330oC e variação

de pressão, ΔP=24mmHg dependendo das variações geométricas no catalisador e da

resistência ao escoamento nos suportes monolíticos ocorrem variações nestas

propriedades. As figuras (32) e (33) indicam o comportamento dinâmico das variações

médias da velocidade e pressão no catalisador automotivo. A velocidade na saída do

catalisador é máxima, pois o plano, para determinar as propriedades dos gases, foi

posicionado no centro do conversor catalítico. Por esta razão, foi necessário determinar

a velocidade média da simulação na saída do catalisador, o valor obtido foi de

19,08 m/s, muito próximo da velocidade média obtida experimentalmente de 19,28 m/s.

A velocidade dos gases diminui gradativamente no difusor, com conseqüente aumento

de pressão, nos suportes monolíticos a velocidade atinge cerca de 4m/s, mantendo-se

constante, enquanto a pressão diminui com o aumento da perda de carga. Quando os

gases escoam pelo bocal a velocidade aumenta com a diminuição da área transversal e a

pressão continua a decrescer, estes efeitos foram constatados nos ensaios práticos e com

a simulação computacional.

Page 133: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

110

Figura 32 - A variação de velocidade dos gases de exaustão no conversor catalítico.

Entrada dos Gases

Saída dos Gases

Page 134: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

111

Figura 33 - A variação da pressão dos gases de exaustão no conversor catalítico.

A principio a pressão ao longo do conversor catalítico diminui devido a

influência da perda de carga, este efeito é observado na figura (34) pela comparação de

duas curvas de pressão, adquiridas pelos métodos experimental, com emprego de um

manômetro de mmHg, e através da simulação computacional. As curvas de pressão

apresentaram semelhante comportamento, com pico de pressão na entrada do primeiro

Page 135: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

112

suporte. A curva de pressão simulada apresentou uma diferença de 908Pa com relação a

curva experimental na posição 0,312m no comprimento do catalisador, e na posição

0,509m no comprimento do catalisador a diferença passou a 1325Pa em relação à curva

de pressão medida.

0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7101000

101500

102000

102500

103000

103500

104000

104500

105000

Comparação das Curvas de Pressão Experimental e Simulada a 50% Abertura da Borboleta em 1500rpm do MCI

Pres

são

dos G

ases

de

Exau

stão

(Pa)

Comprimento do Conversor Catalítico(m)

Pressão Medida Pressão Simulada

Figura 34 - Comparação entre as curvas de pressão experimental e simulada

A variação da velocidade dos gases através do conversor catalítico pode

alterar o processo de oxidação e redução das reações de catalise dos gases, pois o tempo

de residência do gás nos monólitos deve ser suficiente para a diminuição química dos

poluentes. A figura (35) indica a curvas de variação da velocidade de escoamento dos

gases no catalisador pelo método experimental para uma condição de operação do motor

de 50% de carga em 1500rpm e pela aplicação da simulação computacional no software

CFX, ver anexo (C). Na entrada do catalisador a velocidade média dos gases foi de

Page 136: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

113

15.8m/s, diminuindo na passagem pelo difusor cerca de 4m/s na entrada do primeiro

monólito, mantendo esta velocidade até a saída do segundo monólito, aumentando no

bocal, devido a diminuição gradual de área atingindo na saída do catalisador velocidade

média de aproximadamente 19m/s. A curva da velocidade média simulada comporta-se

de forma semelhante a curva de velocidade experimental ao longo do sistema de

exaustão, apresentando 6,11% de erro entre as velocidades de saída experimental e

simulada do conversor catalítico.

0,00 0,08 0,16 0,24 0,32 0,40 0,48 0,56 0,64 0,72 0,80123456789

101112131415161718192021

SaiCat

SaiSup2

Vazio

EntSup1

EntCat

Comparação entre a Variação da Velocidade Experimental e Simulada ao longo do Conversor Catalítico a 50% de Abertura de Borboleta em 1500rpm o MCI

Vel

ocid

ade

dos G

ases

de

Exau

stão

(m/s)

Comprimento do Conversor Catalítico (m)

Velocidade Calculada Velocidade Simulada

Figura 35 - Comparação entre a variação de velocidade experimental e simulada

Na figura (36) os efeitos hidrodinâmicos são analisados através do

conversor catalítico sem direcionador, utilizando-se na simulação as mesmas condições

de entrada do catalisador com direcionador, foi observado uma não uniformidade do

escoamento dos gases no difusor, com formação de vários vórtices, o que provocou má

distribuição do fluxo de entrada na seção transversal do monólito, concentrando

Page 137: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

114

escoamento dos gases em determinadas regiões desta seção, além de ocasiona aumento

de refluxo no sistema de exaustão. Com relação à velocidade dos gases de exaustão não

sofreu variações significantes, quando comparado ao catalisador automotivo com

direcionador.

Figura 36 - A variação da velocidade dos gases no catalisador sem direcionador.

O difusor do conversor catalítico tem a função de diminuir a velocidade

dos gases através da variação das áreas transversais de entrada e saída do mesmo. As

figuras (37) (38) e (39) indicam a simulação do conversor catalítico com variação do

difusor com relação ao seu comprimento, mantendo-se constante os diâmetros de

entrada e saída do mesmo, adotando-se condições iniciais do motor num regime de

1500rpm e 50% de abertura de borboleta, foi observado na simulação que a velocidade

dos gases não se altera na saída do catalisador automotivo com aumento ou diminuição

do comprimento do difusor, e mesmo com a retirada do direcionador de fluxos a

velocidade de saída dos gases mantém-se constante. Todavia, o número de vórtices

aumentou com a aplicação do difusor curto, o que diminuiria o escoamento uniforme

dos gases de exaustão através do suporte monolítico, e ocasionaria diminuição do efeito

de catalise das reações químicas, pois o escoamento ficaria concentrado em

determinadas regiões da área transversal no suporte.

Page 138: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

115

(a)

(b)

(c)

Figura 37 - A velocidade dos gases de exaustão em três diferentes formas de difusores.

Page 139: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

116

Velocidade dos Gases de Exaustão conforme Variação dos Difusores no Conversor Catalítico

05

1015202530354045

0,60 0,68 0,76 0,84 0,92 1,00 1,08 1,16 1,24 1,32 1,40

Comprimento do Conversor Catalitico (m)

Vel

ocid

ade

dos G

ases

de

Exau

stão

(m/s)

V2000DifusorCurto V2000DifusorLongo V2000DifusorNormal

Figura 38 - Velocidade dos gases de exaustão ao longo do catalisador com três

diferentes formas de difusores.

Velocidade dos Gases de Exaustão no Catalisador sem Direcionador com Difusores Variados

05

1015

2025

3035

4045

0,60 0,65 0,70 0,75 0,80 0,85 0,90 0,95 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25 1,30 1,35

Comprimento do conversor Catalítico (m)

Vel

ocid

ade

dos

gase

s de

Ex

aust

ão (m

)

VDifusorNormal VDifusorCurto VDifusorLongo

Figura 39 - Velocidade dos gases de exaustão ao longo do catalisador com três

diferentes formas de difusores sem direcionador de fluxo.

Page 140: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

117

Os efeitos hidrodinâmicos dos gases no sistema de exaustão do motor

foram analisados com mais detalhes, por um modelo tridimensional simulado pelo

código CFX, que possibilitou verificar na distribuição dos gases, fenômenos inerentes

da observação experimental, tais como refluxo do gás e presença de inúmeros vórtices

no coletor, cano de escapamento e no próprio conversor catalítico.

O escoamento dos gases foi simulado para condições de rotação de

1500rpm, a qual é considerada uma rotação baixa ou de marcha lenta. Neste regime de

funcionamento evidencia-se o fenômeno de fluxo reverso ou refluxo, devido ao

fechamento da válvula de admissão depois do inicio do tempo de compressão, parte da

mistura fresca do cilindro retorna ao coletor de admissão. Este fluxo reverso é

predominante em baixas velocidades do motor e a altas velocidades é menor devido ao

Efeito Ram, que corresponde ao aproveitamento por inércia dos gases para melhor

preenchimento dos cilindros do motor.

As figuras (40) e (41) ilustram a distribuição tridimensional dos gases

queimados no sistema de exaustão durante o primeiro e o terceiro ciclo de simulação do

motor. O ciclo de funcionamento do motor segue uma seqüência de abertura e

fechamento das válvulas de admissão e exaustão. Para o motor em estudo, a seqüência

de abertura das válvulas é 1-3-4-2.

A figura (42) indica o escoamento pulsante dos gases de exaustão, na

condição de operação do motor a 50% da abertura de borboleta e a 1500 rpm. Este

escoamento foi representado por vetores para ilustrar o efeito do fluxo e refluxo dos

gases. No tempo de simulação de t=0,184seg ocorre o fluxo dos gases ao longo do

primeiro cilindro do motor, escoando pelo coletor e dutos de escape, após 0,008seg, no

tempo de simulação de 0,192seg ocorre o refluxo dos gases no sistema de exaustão. O

efeito de refluxo surge devido a baixa rotação do motor 1500rpm.

Para a simulação transiente do escoamento dos gases no sistema de

exaustão foi adotado o tempo total de 0,64s, e passo no tempo de 0,004s, com base

nestes valores tem-se 160 passos no tempo em toda simulação, onde para cada passo no

tempo foi adotado o número máximo de 50 iterações, o resíduo RMS “root mean

square” adotado foi de 10-4 para a devida convergência do problema. Estes valores de

tempo para a simulação foram determinados conforme o regime de funcionamento do

motor, no caso, para uma rotação de 1500rpm resulta num ciclo completo de 0,08s. A

Page 141: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

118

simulação computacional para analisar 8 ciclos de funcionamento do motor demorou

um tempo de processamento da CPU de aproximadamente de 17dias para sua devida

conclusão.

Page 142: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

119

(a)

(c)

(b)

(d)

Figura 40 - Os quatros estágios representam uma distribuição tridimensional dos gases

queimados no sistema de escape com conversor catalítico do motor, que corresponde a

simulação do primeiro ciclo do motor.

t=0,004seg

t=0,024seg

t=0,044seg

t=0,064seg

Page 143: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

120

(a)

(c)

(b)

(d)

Figura 41 - Os quatros estágios (a), (b), (c) e (d) representam uma distribuição

tridimensional dos gases queimados no sistema de escape com conversor catalítico do

motor, que corresponde ao terceiro ciclo de simulação do motor.

t=0,184seg

t=0,204seg

t=0,224seg t=0,244seg

Page 144: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

121

(a)

(b)

Figura 42 - Fluxo pulsante no sistema de exaustão para o primeiro ciclo de

simulação aplicando-se vetores. (a) Fluxo de gases a partir do cilindro (1) em

t=0,184seg, (b) Refluxo de gases no cilindro (1) em t=0,192seg

Page 145: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

122

7.3 – Resultados da Simulação com o Código MFIX

A figura (43) ilustra a variação da concentração de monóxido de carbono

ao longo do canal monolítico, indicado em cinco posições diferentes na seção

transversal do canal, ou seja, do centro do canal para a posição próxima da parede do

mesmo. Observou-se que a 0,1mm da parede interna ao centro do canal, ou seja, CO

p0,1mm, o processo de reação química de catálise foi mais elevado do que na posição

CO p0,5mm, no centro do canal, onde constatou-se baixa influência do efeito de catálise

por parte dos metais preciosos.

Figura 43 - Variação da concentração de monóxido de carbono em cinco

posições diferentes no catalisador automotivo.

As figuras (44) e (45) indicam o processo químico de oxidação do

monóxido de carbono e dos hidrocarbonetos ao longo de um simples canal do primeiro

monólito do catalisador automotivo, simulado através do software MFIX, ver anexos

(D) e (F), o qual permite o tratamento químico no escoamento dos gases da exaustão,

bem como a análise do comportamento das reações químicas na superfície de um

simples canal monolítico, ver anexo (B). Um termo fonte é aplicado como condição de

Page 146: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

123

fronteira na superfície da parede do canal, ocasionando o efeito de catalise associado a

reação e difusão química dos gases.

Os valores iniciais para a simulação resultam de dados experimentais. As

condições operacionais do motor foram fixadas em 50% de abertura da borboleta a

1500rpm e com fator de excesso de ar (λ) igual a 0,94. As grandezas físicas como:

temperatura, pressão, velocidade e concentração dos gases foram medidas na entrada do

suporte monolítico e estimadas como condições iniciais para a simulação.

A implementação do termo fonte foi desenvolvida em um programa de

linguagem Fortran, e depois adaptado como condição de fronteira no software MFIX,

ver anexos (C) e (E). Na saída do primeiro suporte os valores médios obtidos

experimentalmente das espécies de CO e THC foram 2,70% e 153 ppm,

respectivamente. Enquanto, na simulação computacional os valores médios das espécies

foram de 2,72% de CO e 160 ppm de THC.

Page 147: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

124

(a)

0,00000,0002

0,00040,0006

0,00080,0010

0,027

0,028

0,029

0,030

0,031

0,032

0,000,02

0,040,06

0,080,10

Conc

entra

ção

CO [x

100,

%]

Comprimento do Canal [m]

Diâmetro [m]

(b)

Figura 44 – Duas formas (a) e (b) de diagramas para apresentar a concentração de

monóxido de carbono em t = 0,5seg.

Page 148: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

125

(a)

0,00000,0002

0,00040,0006

0,0008

0,0010

0,000161

0,000162

0,000163

0,000164

0,000165

0,000166

0,000167

0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 0,10

Conc

entra

ção

de H

C [x

100,

%]

Comprimento do Canal [m]

Diâm

etro do Canal [m]

(b)

Figura 45 - Duas formas (a) e (b) de diagramas para apresentar a concentração de

hidrocarboneto em t = 0,5seg.

Page 149: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

126

O suporte monolítico do conversor catalítico consta de inúmeros canais

por onde escoam os gases queimados, estes canais permitem reações químicas de

catalise na sua superfície. Se o diâmetro do canal aumentar, ocasionará diminuição da

perda de carga, beneficiando maior eficiência volumétrica no motor com conseqüente

aumento da potência, porém a eficiência catalítica no catalisador automotivo pode ser

reduzida e as emissões passarem a não atender aos limites máximos estabelecidos pelo

PROCONVE.

A figura (46) indica a simulação do comportamento químico das reações

gasosas no canal decorrente da variação do diâmetro. Para o diâmetro normal do canal

de 1mm a emissão de monóxido de carbono simulada na saída do canal foi de 2,7%,

quando o diâmetro do canal foi aumentado gradativamente até 2mm, observou-se uma

perda estimada de aproximadamente 7,4% na eficiência catalítica do catalisador

automotivo. Nesta simulação como o diâmetro do canal variou de 1mm para 2mm, foi

mantida constante uma proporção da malha de 8,809 mesmo variando seu diâmetro.

A razão do espaçamento da malha em x,y.

1,010010

==ΔΔ

xy

A dimensão do canal em x,y.

011351897,0091,881

==ΔΔ

mmmm

xy

A razão do espaçamento pela dimensão do canal fornece uma constante

de proporção da malha para a variação do diâmetro do canal.

8091,8011351897,0

1,0=

Para as variações do diâmetro de 1,3mm; 1,6mm e 2,0mm; tem-se as

seguintes proporções:

014757466,0091,883,1

==ΔΔ

mmmm

xy

8091,8014757466,0

13,0=

Page 150: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

127

018163035,0091,886,1

==ΔΔ

mmmm

xy

8091,8018163035,0

16,0=

022703794,0091,880,2

==ΔΔ

mmmm

xy

8091,8022703794,0

2,0=

O escoamento dos gases de exaustão ao longo de um simples canal do

suporte monolítico e os efeitos de reações químicas de catalise são simulados por um

modelo bidimensional, com malha 100x10 e esquema numérico de primeira ordem

através do código MFIX. A figura (47) indica os efeitos hidrodinâmicos e de reação

química dos gases queimados em regime transiente para o tempo t=0,01s. Neste passo

de tempo, observa-se em torno da posição 0,01762m da entrada do canal um intenso

processo de oxidação da concentração de monóxido de carbono, isto proveniente da

difusão e reação nas paredes do canal, representada pela condição de contorno na

parede, e neste mesmo passo de tempo os gases ainda não atingiram a saída do canal

monolítico.

A figura (48) indica uma simulação bidimensional obtida com o código

MFIX, aplicado-se o esquema numérico de primeira ordem, foup, e malha de 100x10 ao

longo do canal dos gases de exaustão para o passo de tempo mais avançado t=0,2s. Para

este mesmo passo de tempo os gases de exaustão atingem um regime de escoamento

plenamente desenvolvido ao longo do canal. A espécie de monóxido de carbono

simulada na saída do canal foi de 0,027.

Page 151: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

128

Figura 46 - A emissão de monóxido de carbono no canal com diâmetro variável.

Page 152: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

129

0,000,02

0,040,06

0,080,10

0,020

0,022

0,024

0,026

0,028

0,030

0,032

0,00000,0002

0,00040,0006

0,00080,0010

Concentração de Monóxido de Carbono em t=0,01seg

Con

cent

raçã

o de

CO

(%)

Diâmetro

do Canal (m)Comprimento do Canal (m)

(a)

(b)

Figura 47 - Os diagramas (a) e (b) representam a concentração de monóxido de carbono

ao longo de canal monolítico no regime transiente em t=0,01seg.

Page 153: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

130

0,000,02

0,040,06

0,080,10

0,020

0,022

0,024

0,026

0,028

0,030

0,032

0,00000,0002

0,00040,0006

0,00080,0010

Concentração de Monóxido de Carbono em t=0,2seg

Con

cent

raçã

o de

CO

(%)

Diâmetro

do Canal (m)Comprimento do Canal (m)

(a)

(b)

Figura 48 - Os diagramas (a) e (b) representam a concentração de monóxido de carbono

ao longo de canal monolítico no regime transiente em t=0,2seg.

Os resultados da simulação apresentados nas figuras (49), (50) e (51)

indicam estágios da solução da equação de espécie bidimensional em um simples canal

monolítico, exibindo o processo de oxidação da concentração de monóxido de carbono

Page 154: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

131

ao longo do canal com efeitos de difusão e reação nas paredes do canal, ver anexo (F).

De início, manteve-se a malha computacional constante em 220x10 e alterou-se o

método numérico na simulação para Foup, Van Leer e Superbee nos tempos de 0,0120s;

0,0160s e 0,0200s, foi observado que o esquema numérico superbee apresentou melhor

aproximação da solução numérica, com menor efeito da falsa difusão.

Tabela 11 - Parâmetros da simulação em um simples canal monolítico aplicando-se o

código MFIX.

Parâmetros da Simulação Computacional no Código MFIX

Malha

Método

Numérico

Tempo Total

Estipulado para

Simulação

Tempo de

Processamento

da CPU

100x10 Foup 1segundo 1dia 1horas

100x10 Van Leer 1segundo 1dia 7horas

100x10 Superbee 1segundo 1dia 11horas

220x10 Foup 1segundo 3dias 11horas

220x10 Van Leer 1segundo 4dias 17horas

220x10 Superbee 1segundo 2dias 9horas

440x20 Foup 1segundo 26dias 13horas

Page 155: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

132

0,000,02

0,040,06

0,080,10

0,022

0,024

0,026

0,028

0,030

0,032

0,00000,0002

0,00040,0006

0,00080,0010

Concentração de CO em t=0,120seg

Con

cent

raçã

o de

CO

(%)

Diâmetro

do Canal (m)Comprimento do Canal (m)

0,000,02

0,040,06

0,080,10

0,022

0,024

0,026

0,028

0,030

0,032

0,00000,0002

0,00040,0006

0,00080,0010

Concentração de CO em t=0,140seg

Conc

entra

ção

CO (%

)

Diâmetro

do Canal (m)Comprimento do Canal (m)

0,000,02

0,040,06

0,080,10

0,022

0,024

0,026

0,028

0,030

0,032

0,00000,0002

0,00040,0006

0,00080,0010

Concentração de CO em t=0,150seg

Conc

entra

ção

de C

O (%

)

Diâmetro

do Canal (m)Comprimento do Canal (m)

0,000,02

0,040,06

0,080,10

0,022

0,024

0,026

0,028

0,030

0,032

0,00000,0002

0,00040,0006

0,00080,0010

Concentração de CO em t=0,160seg

Con

cent

raçã

o de

CO

(%)

Diâmetro do Canal (m

)Comprimento do Canal (m)

0,000,02

0,040,06

0,080,10

0,022

0,024

0,026

0,028

0,030

0,032

0,00000,0002

0,00040,0006

0,00080,0010

Concentração de CO em t=0,240seg

Con

cent

raçã

o de

CO

(%)

Diâmetro do Canal (m

)Comprimento do Canal (m)

0,000,02

0,040,06

0,080,10

0,022

0,024

0,026

0,028

0,030

0,032

0,00000,0002

0,00040,0006

0,00080,0010

Concentração de CO em t=0,280seg

Con

cent

raçã

o de

CO

(%)

Comprimento do Canal (

m)Diâmetro do Canal (m)

Figura 49 - Seis estágios da solução da equação da espécie bidimensional em um

simples canal monolítico com malha computacional de 220x10 que exibe a catálise no

processo de oxidação da concentração de monóxido de carbono

Page 156: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

133

Foup

0,000,02

0,040,06

0,080,10

0,022

0,024

0,026

0,028

0,030

0,032

0,00000,0002

0,00040,0006

0,00080,0010

Concentração de CO em t=0,0120segCo

ncen

traçã

o CO

(%)

Diâmetro

do Canal (m)

Comprimento do Canal (m)

0,000,02

0,040,06

0,080,10

0,022

0,024

0,026

0,028

0,030

0,032

0,00000,0002

0,00040,0006

0,00080,0010

Concentração de CO em t=0,0160seg

Conc

entra

ção

CO (%

)

Diâmetro

do Canal (m)Comprimento do Canal (m)

0,000,02

0,040,06

0,080,10

0,022

0,024

0,026

0,028

0,030

0,032

0,00000,0002

0,00040,0006

0,00080,0010

Concentração de CO em t=0,0200seg

Conc

entra

ção

CO (%

)

Diâmetro

do Canal (m)Comprimento do Canal (m)

VanLeer

0,000,02

0,040,06

0,080,10

0,022

0,024

0,026

0,028

0,030

0,032

0,00000,0002

0,00040,0006

0,00080,0010

Concentração de CO em t=0,0120seg

Diâmetr

o do C

anal (m

)

Conc

entra

ção

CO (%

)

Comprimento do Canal (m)

0,000,02

0,040,06

0,080,10

0,022

0,024

0,026

0,028

0,030

0,032

0,00000,0002

0,00040,0006

0,00080,0010

Concentração de CO em t=0,0160seg

Diâmetr

o do C

anal (m

)

Conc

entra

ção

CO (%

)

Comprimento do Canal (m)

0,000,02

0,040,06

0,080,10

0,022

0,024

0,026

0,028

0,030

0,032

0,00000,0002

0,00040,0006

0,00080,0010

Concentração de CO em t=0,0200seg

Diâmetr

o do C

anal (m

)

Conc

entra

ção

CO (%

)

Comprimento do Canal (m)

Superbee

0,000,02

0,040,06

0,080,10

0,022

0,024

0,026

0,028

0,030

0,032

0,00000,0002

0,00040,0006

0,00080,0010

Concentração de Co em t=0,0120seg

Diâmetr

o do C

anal (m

)

Conc

entra

ção

CO (%

)

Comprimento do Canal (m)

0,000,02

0,040,06

0,080,10

0,022

0,024

0,026

0,028

0,030

0,032

0,00000,0002

0,00040,0006

0,00080,0010

Concentração de CO em t=0,160seg

Diâmetr

o do C

anal (m

)Co

ncen

traçã

o CO

(%)

Comprimento do Canal (m)

0,000,02

0,040,06

0,080,10

0,0220,0230,0240,0250,0260,0270,0280,0290,0300,031

0,032

0,00000,0002

0,00040,0006

0,00080,0010

Concentração de CO em t=0,0200seg

Diâmetr

o do C

anal (m

)

Conc

entra

ção

CO (%

)

Comprimento do Canal (m)

Figura 50 - Simulação numérica bidimensional de um simples canal monolítico com

malha de 220x10, obtidas com o código MFIX, mostra o efeito de

oxidação do monóxido de carbono em três diferentes esquemas numéricos:

Foup, Van Leer e Superbee; nos tempos de 0,0120s; 0,0160s e 0,0200s.

Page 157: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

134

Foup_m100x10

0,000,02

0,040,06

0,080,10

0,022

0,024

0,026

0,028

0,030

0,032

0,00000,0002

0,00040,0006

0,00080,0010

Concentração de CO em t=0,0120seg

Conc

entra

ção

CO (%

)

Diâmetro

do Canal (m)Comprimento do Canal (m)

0,000,02

0,040,06

0,080,10

0,022

0,024

0,026

0,028

0,030

0,032

0,00000,0002

0,00040,0006

0,00080,0010

Concentração de CO em t=0,0160seg

Conc

entra

ção

CO (%

)

Diâmetro

do Canal (m)Comprimento do Canal (m)

0,000,02

0,040,06

0,080,10

0,022

0,024

0,026

0,028

0,030

0,032

0,00000,0002

0,00040,0006

0,00080,0010

Concentração de CO em t=0,0200seg

Conc

entra

ção

CO (%

)

Diâmetro

do Canal (m)Comprimento do Canal (m)

Foup_m220x10

0,000,02

0,040,06

0,080,10

0,022

0,024

0,026

0,028

0,030

0,032

0,00000,0002

0,00040,0006

0,00080,0010

Concentração de CO em t=0,0120seg

Conc

entra

ção

CO (%

)

Diâmetro

do Canal (m)

Comprimento do Canal (m)

0,000,02

0,040,06

0,080,10

0,022

0,024

0,026

0,028

0,030

0,032

0,00000,0002

0,00040,0006

0,00080,0010

Concentração de CO em t=0,0160seg

Conc

entra

ção

CO (%

)

Diâmetro

do Canal (m)Comprimento do Canal (m)

0,000,02

0,040,06

0,080,10

0,022

0,024

0,026

0,028

0,030

0,032

0,00000,0002

0,00040,0006

0,00080,0010

Concentração de CO em t=0,0200seg

Conc

entra

ção

CO (%

)

Diâmetro

do Canal (m)Comprimento do Canal (m)

Foup_m440x20

0,000,02

0,040,06

0,080,10

0,022

0,024

0,026

0,028

0,030

0,032

0,00000,0002

0,00040,0006

0,00080,0010

Concentração de CO em t=0,0120seg

Diâmetr

o do C

anal (m

)

Conc

entra

ção

CO (%

)

Comprimento do Canal (m)

0,000,02

0,040,06

0,080,10

0,022

0,024

0,026

0,028

0,030

0,032

0,00000,0002

0,00040,0006

0,00080,0010

Concentração de CO em t=0,160seg

Diâmetr

o do C

anal (m

)

Conc

entra

ção

CO (%

)

Comprimento do Canal (m)

0,000,02

0,040,06

0,080,10

0,022

0,024

0,026

0,028

0,030

0,032

0,00000,0002

0,00040,0006

0,00080,0010

Concentração de CO em t=0,0200seg

Diâmetr

o do C

anal (m

)

Conc

entra

ção

CO (%

)

Comprimento do Canal (m)

Figura 51 - Simulação numérica bidimensional de um simples canal monolítico com

esquema numérico de primeira ordem do tipo Foup mostra o efeito de oxidação do

monóxido de carbono em três diferentes malhas: 100x10, 220x10 e 440x20 nos tempos

de 0,0120s; 0,0160s e 0,0200s.

Page 158: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

135

As figuras (52) e (53) indicam uma comparação entre os esquemas

numéricos Foup e Superbee nas malhas grossa 100x10 e média 220x10, observou-se

que na solução numérica com malha grossa, o esquema Foup de primeira ordem

desviou-se da solução numérica do tipo Superbee de segunda ordem, por apresentar

maior difusão numérica, enquanto os esquemas com malha média apresentaram

comportamento semelhante, pois o refino da malha permitiu que a solução numérica dos

dois esquemas aproximassem mais da solução real.

-0,01 0,00 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07 0,08 0,09 0,100,0255

0,0260

0,0265

0,0270

0,0275

0,0280

0,0285

0,0290

0,0295

0,0300

Comparação dos Esquemas Numéricos Foup e Superbee com malha grossa 100x10

Con

cent

raçã

o de

CO

(%)

Comprimento do Canal (m)

Esquema Superbee Esquema Foup

Figura 52 - Comparação dos esquemas numéricos Foup e Superbee na malha

grossa 100x10

Page 159: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

136

0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 0,100,0255

0,0260

0,0265

0,0270

0,0275

0,0280

0,0285

0,0290

0,0295

0,0300

0,0305

0,0310

Comparação dos Esquemas Numéricos Foup e Superbee com malha média 220x10

Con

cent

raçã

o de

CO

(%)

Comprimento do Canal (m)

Esquema Foup Esquema Superbee

Figura 53 – Comparação dos esquemas numéricos Foup e Superbee na malha

média 220x10

O refinamento da malha tem como objetivo observar o comportamento

da solução com o refino espacial, possibilitando maior aproximação da solução exata. A

figura (54) ilustra o refinamento da malha do canal monolítico para o mesmo esquema

numérico de primeira ordem, Foup. A malha 440x20 células computacionais apresentou

uma solução que convergiu para uma solução que está mais próxima da solução exata

com e menor difusão numérica em relação as outras malhas 100x10 e 220x10. Segundo

Maliska (1995) a difusão numérica diminui com o refino da malha e a solução numérica

se aproxima da solução exata.

Page 160: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Resultados e Discussão

137

Refinamento de Malha no Canal Monolítico com Esquema Número de Primeira Ordem Foup em t=0,0140seg

0,026

0,027

0,028

0,029

0,030

0,031

0,00 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07 0,08 0,09 0,10

Comprimento do Canal (m)

Con

cent

raçã

o C

O (%

)

malha100x10 Foup_m220x10 malha440x20

Figura 54 - Refinamento de malha de um simples canal do suporte monolítico.

Page 161: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

138

Capítulo 8

Page 162: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Conclusão.

139

8 - CONCLUSÕES.

As emissões de monóxido de carbono, hidrocarbonetos e óxido de

nitrogênio provenientes da combustão da mistura ar-combustível do MCI movido a

álcool foram controladas quimicamente pelo emprego do conversor catalítico Pt/Pd, que

apresentou eficiência de conversão nos monólitos catalíticos em relação a vazão dos

gases de: 11% THC, 20% CO e 100% NOx no primeiro monólito, e de 49% THC,

52% CO no segundo monólito, sendo que o óxido de nitrogênio foi completamente

reduzido no primeiro monólito.

A elevação da rotação do MCI de 1500rpm a 3500rpm, proporcionou

maior oxidação das emissões de THC e CO no conversor catalítico, propiciando a

formação de H2O e CO2. Enquanto, as emissões de NOx aumentaram de acordo com a

elevação da temperatura da câmara de combustão, tendo maior concentração a

2500rpm, o qual caracteriza condição estequiométrica do motor.

A velocidade, pressão e a temperatura dos gases no sistema de exaustão

aumentaram com a elevação da rotação do MCI, devido ao maior fluxo mássico no

sistema.

Quando variou-se o fator de excesso de ar (λ) de 0,94 a 1,08 em

2000rpm a pressão manteve sem alterações significantes, porém quando a rotação foi

aumentada de 1500 a 3500rpm, com λ=1,0, verificou-se elevada variação da pressão em

toda extensão da exaustão para cada rotação.

O modelo matemático de perda de carga no conversor catalítico resultou

em 786,88Kg/ms2. O erro encontrado em relação a variação de pressão medida foi de

9,20%.

Na aplicação do software CFX constatou-se uma diferença de 6,11%

entre a velocidade média experimental (19m/s) e a simulada (17,84m/s) na saída do

Page 163: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Conclusão.

140

conversor catalítico, enquanto as curvas de pressão média experimental e simulada

apresentaram comportamento semelhante.

A retirada do direcionador no difusor ocasionou elevada formação de

vórtices, que prejudicam o escoamento uniforme dos gases na entrada do suporte

monolítico.

A simulação da variação do comprimento no difusor do catalisador não

alterou a velocidade de saída do conversor, porém para um difusor curto proporcionou

um elevado número de vórtices

A simulação no software MFIX permitiu analisar as reações químicas do

material catalítico na superfície de um simples canal, obtendo-se diferenças das

concentrações de CO e THC, em relação a experimental, de 0,74% e 4,5%,

respectivamente

O diâmetro hidráulico do canal monolítico foi aumentado gradativamente

de 1mm a 2mm, verificou-se uma perda estimada de 7,4% da eficiência catalítica.

O aumento do diâmetro hidráulico do canal monolítico ocasionaria

menor perda de carga, e conseqüente aumento da potência do motor.

Constatou-se que o refinamento da malha no canal monolítico permitiu

uma solução numérica mais próxima do real com reduzido efeito de difusão numérica,

independente do esquema numérico utilizado, porém o tempo de processamento

aumentou em demasiado.

As curvas de monóxido de carbono apresentaram semelhante

comportamento com aplicação dos esquemas numéricos foup e superbee na malha

média, o que favorece a utilização de uma malha mais grossa com esquema de segunda

ordem diminuindo o tempo de processamento da CPU.

Page 164: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

Sugestões para Trabalhos Futuros

141

8.1 - SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

1 - Realizar medidas experimentais das emissões através de técnicas de cromatografia

gasosa no conversor catalítico.

2 - Testar outros tipos de conversores catalíticos impregnados com combinações de

platina, paládio, ródio, manganês, irídio, cério, zirconia e outros.

3 - Otimizar as dimensões do suporte monolítico para melhor escoamento dos gases no

conversor catalítico e conseqüente aumento do desempenho do motor.

4 - Aplicar o refinamento de malha no escoamento pulsante dos gases de escape ao

longo do sistema de exaustão aplicando-se o software CFX.

5 - Realizar simulação simultânea dos processos de admissão e exaustão dos gases,

aplicando-se o código CFX.

6 - Testar o refinamento de malha no canal monolítico para os esquemas numéricos de

segunda ordem van leer e superbee aplicando-se o código MFIX.

7 - Desenvolver a modelagem matemática para oxidação e redução simultânea dos gases

queimados ao longo do canal monolítico.

8 - Desenvolver simulação tridimensional no canal monolítico através do código MFIX.

9 – Desenvolver simulação da transferência de calor no conversor catalítico através do

código CFX.

10 – Aplicar a simulação do código CFX e MFIX para o desenvolvimento de um novo

conversor catalítico.

Page 165: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

142

Capítulo 9

Page 166: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ANEXO A – Cálculo da perda de carga no Conversor Catalítico.

143

9 - ANEXOS

Cálculo da Perda de Carga no Conversor Catalítico

Grandeza Física

Valor

Símbolo

Unidade

Fórmula Carga 50 %

Rotação 1500 Η rpm Força 19,2 F kgf *VM

Torque 134,637 τ Nm (F)*7,0123608 Potência 21,27168 P kW ((F)*(rpm))/1000*0,7386 Potência 28,92138 P CV (P)/0,7355

Consumo combustível 50 G g *VM Tempo 18,77 T s *VM

Consumo horário 2,667 Gc g/s Consumo/Tempo Pressão no bocal 4 Pb mmca *VM

Temperatura no bocal 34,3 Tb oC *VM

Vazão 0,016016 .m

m3/s ((0,1574*Pb)+0,2939)^0,5/60

Densidade 1049,084 ρ g/m3 (92524,08/((287)*(Tb+273)))*1000 Consumo de ar 16,802 Gar g/s

ρ*.

m Consumo mássico ar-

combustível 19,469 Gar-c g/s (Gar)+ (Gc)

Temperatura no coletor de escape

317 Tc oC *VM

Temperatura entrada do catalisador

330 Tec ºC *VM

Temperatura no suporte 1 373,5 Tsup1 ºC *VM Temperatura no vazio 310 Tv ºC *VM

Temperatura no suporte 2 330 Tsup2 ºC *VM Temperatura na saída do

catalisador 237 Tsc ºC *VM

Diâmetro hidráulico 0.001 Dh m *VM Diâmetro do coletor 0,035 Dc m *VM

Diâmetro da entrada do catalisador

0,054052 De m *VM

Diâmetro do suporte 0,11800 Dsup m *VM Diâmetro da saída do

catalisador 0,045 Ds m *VM

Comprimento do difusor 0,08029 Ld m *VM Comprimento do suporte 0,088091 Lsup m *VM Comprimento do tubo de

entrada 0,10005 Lte m *VM

Comprimento do tubo de saída

0,106 Lts m *VM

Comprimento do vazio 0,088091 Lv m *VM Área do coletor 0,000961 Ac m^2 3.14*(Dc)^2/4

Área do tubo de entrada 0,002293 Ate m^2 3.14*(De)^2/4 Área efetiva 0,008039 Aef m^2 ((3,14*(Dc)^2)/4)*(1/((Dh*100)+0,0166))^2*(Dh*100)^2

Área do tubo de saída 0,001589 Ats m^2 (3,14*(Ds)^2)/4 Área do suporte 0,010930 Asup m^2 (3,14*(Dsup)^2)/4

Razão entre áreas no difusor

3,505446 RAd Ate / Aef

Razão entre áreas no bocal 0,197723 RAb Aef / Ats

Page 167: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ANEXO A – Cálculo da perda de carga no Conversor Catalítico.

144

Razão da área efetiva pela área do suporte

0,735534 RAes Aef / Asup

Razão do comprimento pelo raio do difusor

2,970842 Ld/Rd Ld/Rd

Coeficiente de perda de carga no difusor

0,4 Cp *VT

Coeficiente perda por contração

0,46 Kc *VT

Coeficiente perda por expansão

0,78 Ke *VT

Coeficiente de perda de carga no bocal

0,072 Kb *VT

Densidade coletor 0,548587 cρ (92925,69*28,96)/(8314,5*(Tc+273))

Densidade entrada 0,536760 eρ (92925,69*28,96)/(8314,5*(Tec+273))

Densidade suporte 1 0,500647 1supρ (92925,69*28,96)/(8314,5*(Tsup1+273))

Densidade vazio 0,555174 vρ (92925,69*28,96)/(8314,5*(Tv+273))

Densidade suporte 2 0,536760 2supρ (92925,69*28,96)/(8314,5*(Tsup2+273))

Densidade saida 0,634640 sρ (92925,69*28,96)/(8314,5*(Ts+273))

Viscosidade entrada 2,98018E-5

µe 3,632*0,00000001*Tec + 0,0000178162

Viscosidade suporte 1 3,13817E-5

µsup1 3,632*0,00000001*Tsup1 + 0,0000178162

Viscosidade- vazio 2,90754E-5

µv 3,632*0,00000001*Tv + 0,0000178162

Viscosidade- suporte 2 2,98018E5 µsup2 3,632*0,00000001*Tsup2 + 0,0000178162 Viscosidade- saída 2,6424E5 µs 3,632*0,00000001*Ts + 0,0000178162 Velocidade coletor 36,90676

Vc m/s Ggas/(( cρ *1000)*Ac)

Velocidade entrada 15,81553

Ve m/s Ggas/(( eρ *1000)*Ae)

Velocidade suporte 1 4,837173 Vsup1 m/s Ggas/(( 1supρ *1000)*Asup1)

Velocidade vazio 3,208444 Vv m/s Ggas/(( vρ *1000)*Av) Velocidade suporte 2 4,511702 Vsup2 m/s Ggas/(( 2supρ *1000)*Asup2)

Velocidade saída 19,29901 Vs m/s Ggas/(( sρ *1000)*Asup2) Reynolds entrada 15396,92 Reye ( eρ *Ve*De)/ µe

Reynolds suporte 1 77,169 Reysup1 ( 1supρ *Vsup1*Dh)/ µsup1

Reynolds vazio 7229,038 Reyv ( vρ *Vv*Dsup)/ µv Reynolds suporte 2 57,787 Reysup2 ( 2supρ *Vsup2*Dh)/ µsup2

Reynolds saída 20858,185 Reys ( sρ *Vs*Ds)/ µs Velocidade de contração

suporte 1 4,83 Vcsup1 m/s Vsup1

Velocidade de contração suporte 2

3,208 Vcsup2 m/s Vv

Velocidade de expansão suporte1

3,208 Vesup1 m/s Vv

Velocidade de expansão suporte2

4,5117 Vesup2 m/s Vsup2

Fator de atrito entrada 0,0284 Fae 0,3164/(( Reye)^0,25) Fator de atrito suporte 1 0,184 Fasup1 0,3164 / (( Reysup1)^0,25)

Fator de atrito vazio 0,0343 Fav 0,3164 / (( Reyv)^0,25)

Page 168: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ANEXO A – Cálculo da perda de carga no Conversor Catalítico.

145

Fator de atrito suporte 2 0,2457 Fasup2 0,3164 / (( Reysup2)^0,25) Fator de atrito saída 0,026327 Fas 0,3164 / (( Reys)^0,25)

Perda de carga localizada difusor

69,53 hlmd m2/s2 ((Ve^2)/2) * (1-(Ae/Asup)^2-Cp)

Perda de carga localizada suporte 1(entrada)

5,38 hlmsup1e m2/s2 Kc*((Vcsup1^2) / (2))

Perda de carga localizada suporte 1 (saída)

4,014 hlmsup1s m2/s2 Ke*((Vexp^2) / (2))

Perda de carga localizada vazio

0,409 hlmv m2/s2 Ke*((Vexp^2) / (2*9,807))

Perda de carga localizada suporte 2 (entrada)

2,367 hlmsup2e m2/s2 Kc*((Vcsup2^2) / (2))

Perda de carga localizada suporte 2 (saída)

7,938 hlmsup2s m2/s2 Ke*((Vexp^2) / (2))

Perda de carga localizada bocal

107,79 hlmb m2/s2 ((Vs^2)/2)*(1-(A3/Asup)^2-Cp)

Perda de carga na entrada 14,117 dp1 kg/ms2 (2*Fae* eρ *((Ve)^2)*Lte)/De Perda de carga no difusor 37,322 dp2 kg/ms2

eρ *hlmd Perda de carga na entrada

do canal do monolito 2,694 dp3 kg/ms2 hlmsup1e* 1supρ

Perda de carga na entrada da colméia

2,2289 dp4 kg/ms2 hlmsup1s* vρ

Perda de carga na saída do canal do monolito

379,767 dp5 kg/ms2 (2*Fasup1* 1supρ *(Vsup1))^2*L4)/Dh

Perda de carga no bocal 0,06724 dp6 kg/ms2 (2*Fav* vρ *(Vv^2*Lv)/Dsup Perda de carga na saída do

catalisador 1,27 dp7 kg/ms2 hlmsup2e* 2supρ

Perda de carga na saída do suporte 1

4,2611 dp8 kg/ms2 hlmsup2s * 2supρ

Perda de carga na saída do suporte 2

247,42 dp9 kg/ms2 (2*Fasup2* vρ *((Vv)^2)*Ls)/Dh

Perda de carga no suporte 1

68,4122 dpsup1 kg/ms2 sρ *hlmb

Perda de carga no suporte 2

29,318 dpsup2 kg/ms2 (2*Fas* sρ *(Vs^2)*Lts)/Ds

Soma das Perdas de carga no catalisador

786,88169 dpM kg/ms2 Somatório (dp)

(Pressão na entrada) – (Pressão na saída)

866,645 dpm kg/ms2 Pressão (Entrada-Cat) - Pressão (Saída-Cat)

Erro 9,20 Erro % ((dpm-dpcM)/dpm)*100 *VM – Valor Medido *VT – Valor Tabelado

Page 169: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ANEXO B – Modelagem das espécies químicas no material catalítico.

146

Segundo Pontikakis, Georgios N. (2003) a descrição do modelo

matemático do problema de difusão-reação no material catalítico em um simples canal

monolítico é desenvolvida a partir da equação de conservação das espécies (1).

( ) ( ) ( )i

j

ji

j

iii RxJ

xYu

tY

+∂

∂−=

∂∂

+∂

∂ ,ρρ (1)

onde, ( )Ngi ,...,1=

Aplicando o balanço de massa na equação das espécies, temos:

( ) 0, =+∂∂

− ijij

RJx

(2)

Para o processo de oxidação de monóxido de carbono pode-se reescrever

a equação (2)

2221 COOCO →+

02

12

2

=− OCObCO

eff YYGk

dxydD (3)

De forma análoga para o oxigênio.

021 2

12

2 2

=− OCObO

eff YYGk

dxydD multiplicando por 2, tem-se:

02 2

12

2 2

=− OCObO

eff YYGk

dxydD (4)

As condições de fronteira são.

Em x=0 .: yi(x=0) = yoi=constante

Em x=δ .: 0=⎥⎦⎤

⎢⎣⎡

=δxdxdyi

Substraindo as equações (3) e (4), temos:

Page 170: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ANEXO B – Modelagem das espécies químicas no material catalítico.

147

02 2

12

22

12

2 2

=+−− OCObO

effOCOb

CO

eff YYGk

dxydDYY

Gk

dxydD (5)

Simplificando a equação(5).

2

2

2

2 2

2dxyd

dxyd OCO

=

Aplicando a integração,

12

2

2

2 2

2 Cdxyd

dxyd OCO

+=

2122 CxCYY OCO ++= (5i)

( )2121

2 CxCYY COO ++= (5ii)

Aplicando a condição de fronteira, para x=δ, temos:

02

=⎥⎦

⎤⎢⎣

⎡=⎥

⎤⎢⎣

== δδ x

O

x

CO

dxdy

dxdy

Implica em 01 =C

Para x=0, tem-se: CO

oCOx YY == )0(

22)0(

Oo

Ox YY ==

O que implica em, 222O

oCO

o YYC −=

Substituindo as constantes C1 e C2 na equação (5i), tem-se: 222 2 O

oCO

oOCO YYYY −+=

( ) ( )22 222 22 Oo

COo

OCOOo

OCOo

CO YYYYYYYY −−=⇒−=− (6)

( ) ⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ −+=⇒−=− CO

oO

oCOOCO

oCOO

oO YYYYYYYY

21

21

21 2222 (7)

Page 171: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ANEXO B – Modelagem das espécies químicas no material catalítico.

148

Aplicando-se a equação (6) na equação (3), temos:

021

21 2

12

2

=⎥⎦

⎤⎢⎣

⎡⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ −+= CO

oO

oCOCOb

CO

eff YYYYGk

dxydD (8)

Considerando o fator de inibição (G1) na equação (8), fica.

Adotando-se a condição 0== NOHC YY para simplificar a equação do

fator de inibição.

( )2111 COYkG += (9)

Assim, a equação (9), fica:

( )0

21

21

12

21

2

2

=⎥⎦

⎤⎢⎣

⎡⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ −+

+= CO

oO

oCOCO

CO

bCO

eff YYYYYk

kdxydD (10)

( )0

21

21

11 2

21

2

2

=⎥⎦

⎤⎢⎣

⎡⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ −+

+= CO

oO

oCOCO

COeff

bCO

YYYYYkD

kdxyd (11)

Substituindo eff

b

Dk

K = , COo

Ooo YYY

212 −=Δ e ´YP = , na equação

(11) teremos:

( )( ) 0

21

11´ 21

=⎥⎦⎤

⎢⎣⎡ Δ+

+= o

COCO

COYYY

YkKP (12)

Eliminando o colchete na equação (12) e arrumando os termos, fica:

( ) ( )21

21

2

121´

YkYYYK

YkYKP o

+Δ+

+= (13)

Sabe-se que, P=Y´ (14)

Multiplica-se as equações (13) e (14),vem:

( ) ( )21

21

2

21´´

YkYYYK

YkYYKYP o

+Δ+

+=

Page 172: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ANEXO B – Modelagem das espécies químicas no material catalítico.

149

Ou

( ) ( )21

21

2

21´

YkYYYK

YkYYKPP o

+Δ+

+= (15)

Integrando a equação (15), temos:

( ) ( )

( ) ( ) ⎥⎦

⎤⎢⎣

++

+Δ+

+⎥⎦

⎤⎢⎣

+−

+−−=⎥

⎤⎢⎣

∫∫

∫∫∫

dxYkk

YdxYkk

YYK

dxYkk

YdxYkk

YdxYk

KPdxd

o11

211

12

12

12

12

1

2

12

1´2

1´´1

2

( ) ( ) ( ) ( ) 11211

21

1311

31

21

2

1ln11

121ln21

112

CYkkYkk

YKYkkYkk

Yk

KPo +⎥

⎤⎢⎣

⎡++

+Δ+⎥

⎤⎢⎣

⎡+−

+−−=⎥

⎤⎢⎣

( ) ( ) ( ) ( )21

1211

21

1311

31

21

1ln11

121ln21

11´⎪⎭

⎪⎬⎫

⎪⎩

⎪⎨⎧

+⎥⎦

⎤⎢⎣

⎡++

+Δ+⎥

⎤⎢⎣

⎡+−

+−−= CYk

kYkkYKYk

kYkkY

kKY o

( ) ( )54321 2´ uuyKuuuKY o +Δ+−−−=

onde,

21

11

ku =

( )Ykku

131

2 11+

=

( )Ykk

u 131

3 1ln2+=

( )Ykku

12

14 1

1+

=

( )Ykk

u 121

5 1ln1+=

De forma análoga para o processo de oxidação do hidrocarboneto, tem-

se:

Page 173: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ANEXO B – Modelagem das espécies químicas no material catalítico.

150

OHCOOHC 22262 3227

+→+

( ) ( ) ( )

21

222

12

22

2322

32

22

1ln1

1

121ln21

117´

⎪⎪⎭

⎪⎪⎬

⎪⎪⎩

⎪⎪⎨

+

⎥⎥⎥⎥

⎢⎢⎢⎢

++

⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛+

Δ+⎥⎦

⎤⎢⎣

⎡+−

+−−= CYk

kYkk

YKYkkYkk

Yk

KY o

( ) ( )54321 27´ uuyKuuuKY o +Δ+−−−=

22

11

ku =

( )Ykku

132

2 11+

=

( )Ykk

u 132

3 1ln2+=

( )Ykku

122

4 11+

=

( )Ykk

u 122

5 1ln1+=

Page 174: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ANEXO C – Programa no CFX dos efeitos hidrodinâmicos dos gases de exaustão

151

This run of the CFX-5.7 Solver started at 15:57:32 on 28 Feb 2006 by user Administrador on SIMULMOTORES (intel_athlon.sse_winnt5.0) using the command: C:\CFX\CFX-5.7\bin\perllib\cfx5solve.pl -stdout-comms -batch -ccl - Setting up CFX-5 Solver run ... +--------------------------------------------------------------------+| | CFX Command Language for Run | +--------------------------------------------------------------------+ LIBRARY: CEL: FUNCTION: Warq1 Argument Units = [m s^-1, m, m] Option = User Function Result Units = [m s^-1] User Routine Name = Warq END EXPRESSIONS: f10 = -0.000051975 [ m^2 ] f5 = 314.16 [ s^-1 ] f8 = 0.00094416 [ m^2 ] f3 = 157.08 [ s^-1 ] f1 = 0.000259705 [ m^2 ] f2 = -0.00078892 [ m^2 ] f7 = 471.24 [ s^-1 ] f4 = 0.000093886 [ m^2 ] f6 = -0.00021128 [ m^2 ] f9 = -0.00012992 [ m^2 ] A11 = f1+f2*cos (f3*t)+f4*cos(f5*t)+f6*cos(f7*t)+f8*sin(f3*t)+f9* sin(f5*t)+f10*sin(f7*t) ciclo3 = 0.08 [ s ] A12 = f1+f2*cos (f3*(t-ciclo3))+f4*cos(f5*(t-ciclo3))+f6*cos(f7*(t-ciclo3))+f8*sin(f3*(t-ciclo3))+f9*sin(f5*(t-ciclo3))+f10*sin(f7*(t-ciclo3)) ciclo6 = 0.16 [ s ] A13 = f1+f2*cos (f3*(t-ciclo6))+f4*cos(f5*(t-ciclo6))+f6*cos(f7*(t-ciclo6))+f8*sin(f3*(t-ciclo6))+f9*sin(f5*(t-ciclo6))+f10*sin(f7*(t-ciclo6)) ciclo9 = 0.24 [ s ] A14 = f1+f2*cos (f3*(t-ciclo9))+f4*cos(f5*(t-ciclo9))+f6*cos(f7*(t-ciclo9))+f8*sin(f3*(t-ciclo9))+f9*sin(f5*(t-ciclo9))+f10*sin(f7*(t-ciclo9)) ciclo12 = 0.32 [ s ] A15 = f1+f2*cos (f3*(t-ciclo12))+f4*cos(f5*(t-ciclo12))+f6*cos(f7*(t- ciclo12))+f8*sin(f3*(t-ciclo12))+f9*sin( f5*(t-ciclo12))+f10*sin(f7*(t-ciclo12)) ciclo15 = 0.40 [ s ] A16 = f1+f2*cos (f3*(t-ciclo15))+f4*cos(f5*(t-ciclo15))+f6*cos(f7*(t-ciclo15))+f8*sin(f3*(t-ciclo15))+f9*sin(f5*(t-ciclo15))+f10*sin(f7*(t-ciclo15)) ciclo18 = 0.48 [ s ] A17 = f1+f2*cos (f3*(t-ciclo18))+f4*cos(f5*(t-ciclo18))+f6*cos(f7*(t-ciclo18))+f8*sin(f3*(t-ciclo18))+f9*sin(f5*(t-ciclo18))+f10*sin(f7*(t-ciclo18)) ciclo21 = 0.56 [ s ] A18 = f1+f2*cos (f3*(t-ciclo21))+f4*cos(f5*(t-ciclo21))+f6*cos(f7*(t-ciclo21))+f8*sin(f3*(t-ciclo21))+f9*sin(f5*(t-ciclo21))+f10*sin(f7*(t-ciclo21)) e2 = 0.000692485 [ m^2 ] e10 = -0.00016493 [ m^2 ] e8 = -0.0011714 [ m^2 ] e1 = 0.000259705 [ m^2 ] e4 = -0.0000111838 [ m^2 ] e9 = -0.0003368 [ m^2 ] e6 = 0.00022893 [ m^2 ] A21 = e1+e2*cos(f3*t)+e4*cos(f5*t)+e6*cos(f7*t)+e8*sin(f3*t)+e9*sin(f5*t)+e10*sin(f7*t) g10 = 0.00054491 [m^2] g6 = -0.00022848 [m^2] g1 = 0.000259705 [m^2] g2 = 0.00068517 [m2] g4 = 0.000166801 [m^2] g8 = 0.00055945 [m^2] g9 = 0.00074644 [m^2] A21linha = g1+g2*cos(f3*t)+g4*cos(f5*t)+g6*cos(f7*t)+g8*sin(f3*t)+g9*sin(f5*t)+g10*sin(f7*t) A22 = e1+e2*cos(f3*(t-ciclo3))+e4*cos(f5*(t-ciclo3))+e6*cos(f7*(t-ciclo3))+e8*sin(f3*(t-ciclo3))+e9*sin(f5*(t-ciclo3))+e10*sin(f7*(t-ciclo3))

Page 175: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ANEXO C – Programa no CFX dos efeitos hidrodinâmicos dos gases de exaustão

152

A22linha = g1+g2*cos (f3*(t-ciclo3))+g4*cos(f5*(t-ciclo3))+g6*cos(f7*(t-ciclo3))+g8*sin(f3*(t-ciclo3))+g9*sin(f5*(t-ciclo3))+g10*sin(f7*(t-ciclo\ 3)) A23 = e1+e2*cos(f3*(t-ciclo6))+e4*cos(f5*(t-ciclo6))+e6*cos(f7*(t-ciclo6))+e8*sin(f3*(t-ciclo6))+e9*sin(f5*(t-ciclo6))+e10*sin(f7*(t-ciclo6)) A23linha = g1+g2*cos(f3*(t-ciclo6))+g4*cos(f5*(t-ciclo6))+g6*cos(f7*(t-ciclo6))+g8*sin(f3*(t-ciclo6))+g9*sin(f5*(t-ciclo6))+g10*sin(f7*(t-ciclo6)) A24 = e1+e2*cos(f3*(t-ciclo9))+e4*cos(f5*(t-ciclo9))+e6*cos(f7*(t-ciclo9))+e8*sin(f3*(t-ciclo9))+e9*sin(f5*(t-ciclo9))+e10*sin(f7*(t-ciclo9)) A24linha = g1+g2*cos(f3*(t-ciclo9))+g4*cos(f5*(t-ciclo9))+g6*cos(f7*(t-ciclo9))+g8*sin(f3*(t-ciclo9))+g9*sin(f5*(t-ciclo9))+g10*sin(f7*(t-ciclo9)) A25 = e1+e2*cos(f3*(t-ciclo12))+e4*cos(f5*(t-ciclo12))+e6*cos(f7*(t-ciclo12))+e8*sin(f3*(t-ciclo12))+e9*sin(f5*(t-ciclo12))+e10*sin(f7*(t-ciclo12)) A25linha = g1+g2*cos(f3*(t-ciclo12))+g4*cos(f5*(t-ciclo12))+g6*cos(f7*(t-ciclo12))+g8*sin(f3*(t-ciclo12))+g9*sin(f5*(t-ciclo12))+g10*sin(f7*(t-ciclo12)) A26 = e1+e2*cos(f3*(t-ciclo15))+e4*cos(f5*(t-ciclo15))+e6*cos(f7*(t-ciclo15))+e8*sin(f3*(t-ciclo15))+e9*sin(f5*(t-ciclo15))+e10*sin(f7*(t-ciclo15)) A26linha = g1+g2*cos(f3*(t-ciclo15))+g4*cos(f5*(t-ciclo15))+g6*cos(f7*(t-ciclo15))+g8*sin(f3*(t-ciclo15))+g9*sin(f5*(t-ciclo15))+g10*sin(f7*(t-ciclo15)) A27 = e1+e2*cos(f3*(t-ciclo18))+e4*cos(f5*(t-ciclo18))+e6*cos(f7*(t-ciclo18))+e8*sin(f3*(t-ciclo18))+e9*sin(f5*(t-ciclo18))+e10*sin(f7*(t-ciclo18)) A27linha = g1+g2*cos(f3*(t-ciclo18))+g4*cos(f5*(t-ciclo18))+g6*cos(f7*(t-ciclo18))+g8*sin(f3*(t-ciclo18))+g9*sin(f5*(t-ciclo18))+g10*sin(f7*(t-ciclo18)) A28 = e1+e2*cos(f3*(t-ciclo21))+e4*cos(f5*(t-ciclo21))+e6*cos(f7*(t-ciclo21))+e8*sin(f3*(t-ciclo21))+e9*sin(f5*(t-ciclo21))+e10*sin(f7*(t-ciclo21)) A28linha = g1+g2*cos(f3*(t-ciclo21))+g4*cos(f5*(t-ciclo21))+g6*cos(f7*(t-ciclo21))+g8*sin(f3*(t-ciclo21))+g9*sin(f5*(t-ciclo21))+g10*sin(f7*(t-ciclo21)) d10 = 0.00005198 [ m^2 ] d6 = 0.00021128 [ m^2 ] d1 = 0.000259705 [ m^2 ] d2 = 0.00078893 [ m^2 ] d4 = 0.000093888 [ m^2 ] d8 = -0.00094415 [ m^2 ] d9 = -0.00012992 [ m^2 ] A31 = d1+d2*cos(f3*t)+d4*cos(f5*t)+d6*cos(f7*t)+d8*sin(f3*t)+d9*sin(f5*t)+d10*sin(f7*t) A32 = d1+d2*cos(f3*(t-ciclo3))+d4*cos(f5*(t-ciclo3))+d6*cos(f7*(t-ciclo3))+d8*sin(f3*(t-ciclo3))+d9*sin(f5*(t-ciclo3))+d10*sin(f7*(t-ciclo3)) A33 = d1+d2*cos(f3*(t-ciclo6))+d4*cos(f5*(t-ciclo6))+d6*cos(f7*(t-ciclo6))+d8*sin(f3*(t-ciclo6))+d9*sin(f5*(t-ciclo6))+d10*sin(f7*(t-ciclo6)) A34 = d1+d2*cos(f3*(t-ciclo9))+d4*cos(f5*(t-ciclo9))+d6*cos(f7*(t-ciclo9))+d8*sin(f3*(t-ciclo9))+d9*sin(f5*(t-ciclo9))+d10*sin(f7*(t-ciclo9)) A35 = d1+d2*cos(f3*(t-ciclo12))+d4*cos(f5*(t-ciclo12))+d6*cos(f7*(t-ciclo12))+d8*sin(f3*(t-ciclo12))+d9*sin(f5*(t-ciclo12))+d10*sin(f7*(t-ciclo12)) A36 = d1+d2*cos(f3*(t-ciclo15))+d4*cos(f5*(t-ciclo15))+d6*cos(f7*(t-ciclo15))+d8*sin(f3*(t-ciclo15))+d9*sin(f5*(t-ciclo15))+d10*sin(f7*(t-ciclo15)) A37 = d1+d2*cos(f3*(t-ciclo18))+d4*cos(f5*(t-ciclo18))+d6*cos(f7*(t-ciclo18))+d8*sin(f3*(t-ciclo18))+d9*sin(f5*(t-ciclo18))+d10*sin(f7*(t-ciclo18)) A38 = d1+d2*cos(f3*(t-ciclo21))+d4*cos(f5*(t-ciclo21))+d6*cos(f7*(t-ciclo21))+d8*sin(f3*(t-ciclo21))+d9*sin(f5*(t-ciclo21))+d10*sin(f7*(t-ciclo21)) c2 = -0.00078894 [ m^2 ] c8 = 0.00094415 [ m^2 ] c1 = 0.000259705 [ m^2 ] c4 = 0.00009389 [ m^2 ] c10 = -0.000051985[ m^2 ] c6 = -0.00021128 [ m^2 ] c9 = -0.00012992 [ m^2 ] A41 = c1+c2*cos(f3*t)+c4*cos(f5*t)+c6*cos(f7*t)+c8*sin(f3*t)+c9*sin(f5*t)+c10*sin(f7*t) A42 = c1+c2*cos(f3*(t-ciclo3))+c4*cos(f5*(t-ciclo3))+c6*cos(f7*(t-ciclo3))+c8*sin(f3*(t-ciclo3))+c9*sin(f5*(t-ciclo3))+c10*sin(f7*(t-ciclo3)) A43 = c1+c2*cos(f3*(t-ciclo6))+c4*cos(f5*(t-ciclo6))+c6*cos(f7*(t-ciclo6))+c8*sin(f3*(t-ciclo6))+c9*sin(f5*(t-ciclo6))+c10*sin(f7*(t-ciclo6)) A44 = c1+c2*cos(f3*(t-ciclo9))+c4*cos(f5*(t-ciclo9))+c6*cos(f7*(t-ciclo9))+c8*sin(f3*(t-ciclo9))+c9*sin(f5*(t-ciclo9))+c10*sin(f7*(t-ciclo9)) A45 = c1+c2*cos(f3*(t-ciclo12))+c4*cos(f5*(t-ciclo12))+c6*cos(f7*(t-ciclo12))+c8*sin(f3*(t-ciclo12))+c9*sin(f5*(t-ciclo12))+c10*sin(f7*(t-ciclo12)) A46 = c1+c2*cos(f3*(t-ciclo15))+c4*cos(f5*(t-ciclo15))+c6*cos(f7*(t-ciclo15))+c8*sin(f3*(t-ciclo15))+c9*sin(f5*(t-ciclo15))+c10*sin(f7*(t-ciclo15)) A47 = c1+c2*cos(f3*(t-ciclo18))+c4*cos(f5*(t-ciclo18))+c6*cos(f7*(t-ciclo18))+c8*sin(f3*(t-ciclo18))+c9*sin(f5*(t-ciclo18))+c10*sin(f7*(t-ciclo18)) A48 = c1+c2*cos(f3*(t-ciclo21))+c4*cos(f5*(t-ciclo21))+c6*cos(f7*(t-ciclo21))+c8*sin(f3*(t-ciclo21))+c9*sin(f5*(t-ciclo21))+c10*sin(f7*(t-ciclo21)) Cte = 0.25 [ ] Vazao = 0.035 [m^3 s^-1 ] t13f = 0.202 [ s ] t13i = 0.171 [ s ]

Page 176: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ANEXO C – Programa no CFX dos efeitos hidrodinâmicos dos gases de exaustão

153

m13 = (((abs(t-t13i)/(t-t13i))+1)*((abs(t13f-t)/(t13f-t))+1)) t15f = 0.384 [ s ] t15i = 0.353 [ s ] m15 = (((abs(t-t15i)/(t-t15i))+1)*((abs(t15f-t)/(t15f-t))+1)) t16f = 0.475 [ s ] t16i = 0.444 [ s ] m16 = (((abs(t-t16i)/(t-t16i))+1)*((abs(t16f-t)/(t16f-t))+1)) t17f = 0.566 [ s ] t17i = 0.535 [ s ] m17 = (((abs(t-t17i)/(t-t17i))+1)*((abs(t17f-t)/(t17f-t))+1)) t14f = 0.293 [ s ] t14i = 0.262 [ s ] m14 = (((abs(t-t14i)/(t-t14i))+1)*((abs(t14f-t)/(t14f-t))+1)) t11f = 0.031 [ s ] t11i = 0.00001 [ s ] m11 = (((abs(t-t11i)/(t-t11i))+1)*((abs(t11f-t)/(t11f-t))+1)) t12f = 0.111 [ s ] t12i = 0.08001 [ s ] m12 = (((abs(t-t12i)/(t-t12i))+1)*((abs(t12f-t)/(t12f-t))+1)) t18f = 0.657 [ s ] t18i = 0.626 [ s ] m18 = (((abs(t-t18i)/(t-t18i))+1)*((abs(t18f-t)/(t18f-t))+1)) m1 = (m11+m12+m13+m14+m15+m16+m17+m18)/8 t21f = 0.08 [ s ] t21i = 0.06 [ s ] m21 = (((abs(t-t21i)/(t-t21i))+1)*((abs(t21f-t)/(t21f-t))+1)) t22f = 0.171 [ s ] t22i = 0.14 [ s ] m22 = (((abs(t-t22i)/(t-t22i))+1)*((abs(t22f-t)/(t22f-t))+1)) t23f = 0.262 [ s ] t23i = 0.231 [ s ] m23 = (((abs(t-t23i)/(t-t23i))+1)*((abs(t23f-t)/(t23f-t))+1)) t24f = 0.353 [ s ] t24i = 0.322 [ s ] m24 = (((abs(t-t24i)/(t-t24i))+1)*((abs(t24f-t)/(t24f-t))+1)) t25f = 0.444 [ s ] t25i = 0.413 [ s ] m25 = (((abs(t-t25i)/(t-t25i))+1)*((abs(t25f-t)/(t25f-t))+1)) t26f = 0.535 [ s ] t26i = 0.504 [ s ] m26 = (((abs(t-t26i)/(t-t26i))+1)*((abs(t26f-t)/(t26f-t))+1)) t27f = 0.626 [ s ] t27i = 0.597 [ s ] m27 = (((abs(t-t27i)/(t-t27i))+1)*((abs(t27f-t)/(t27f-t))+1)) t28f = 0.717 [ s ] t28i = 0.686 [ s ] m28 = (((abs(t-t28i)/(t-t28i))+1)*((abs(t28f-t)/(t28f-t))+1)) m2 = (m21+m22+m23+m24+m25+m26+m27+m28)/8 t21linhaf = 0.011 [s] t21linhai = 0.00001 [s] m21linha = (((abs(t-t21linhai)/(t-t21linhai))+1)*((abs(t21linhaf-t)/(t21linhaf-t))+1)) t22linhaf = 0.011 [ s ] t22linhai = 0.00001 [s] m22linha = (((abs(t-t22linhai)/(t-t22linhai))+1)*((abs(t22linhaf-t)/(t22linhaf-t))+1)) t23linhaf = 0.011 [s] t23linhai = 0.00001 [ s ] m23linha = (((abs(t-t23linhai)/(t-t23linhai))+1)*((abs(t23linhaf-t)/(t23linhaf-t))+1)) t24linhaf = 0.011 [ s ] t24linhai = 0.00001 [s] m24linha = (((abs(t-t24linhai)/(t-t24linhai))+1)*((abs(t24linhaf-t)/(t24linhaf-t))+1)) t25linhaf = 0.011 [ s ] t25linhai = 0.00001 [s] m25linha = (((abs(t-t25linhai)/(t-t25linhai))+1)*((abs(t25linhaf-t)/(t25linhaf-t))+1)) t26linhaf = 0.011 [ s ] t26linhai = 0.00001 [ s ] m26linha = (((abs(t-t26linhai)/(t-t26linhai))+1)*((abs(t26linhaf-t)/(t26linhaf-t))+1)) t27linhaf = 0.011 [ s ] t27linhai = 0.00001 [ s ] m27linha = (((abs(t-t27linhai)/(t-t27linhai))+1)*((abs(t27linhaf-t)/(t27linhaf-t))+1)) t28linhaf = 0.011 [ s ]

Page 177: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ANEXO C – Programa no CFX dos efeitos hidrodinâmicos dos gases de exaustão

154

t28linhai = 0.00001 [ s ] m28linha = (((abs(t-t28linhai)/(t-t28linhai))+1)*((abs(t28linhaf-t)/(t28linhaf-t))+1)) m2linha = (m21linha+m22linha+m23linha+m24linha+m25linha+m26linha+m27linha+m28linha)/8 t32f = 0.131 [ s ] t32i = 0.1 [ s ] m32 = (((abs(t-t32i)/(t-t32i))+1)*((abs(t32f-t)/(t32f-t))+1)) t34i = 0.282 [ s ] t34f = 0.313 [ s ] m34 = (((abs(t-t34i)/(t-t34i))+1)*((abs(t34f-t)/(t34f-t))+1)) t36f = 0.495 [ s ] t36i = 0.465 [ s ] m36 = (((abs(t-t36i)/(t-t36i))+1)*((abs(t36f-t)/(t36f-t))+1)) t38f = 0.677 [ s ] t38i = 0.646 [ s ] m38 = (((abs(t-t38i)/(t-t38i))+1)*((abs(t38f-t)/(t38f-t))+1)) t31f = 0.051 [ s ] t31i = 0.02 [ s ] m31 = (((abs(t-t31i)/(t-t31i))+1)*((abs(t31f-t)/(t31f-t))+1)) t33i = 0.191 [ s ] t33f = 0.222 [ s ] m33 = (((abs(t-t33i)/(t-t33i))+1)*((abs(t33f-t)/(t33f-t))+1)) t35i = 0.373 [ s ] t35f = 0.404 [ s ] m35 = (((abs(t-t35i)/(t-t35i))+1)*((abs(t35f-t)/(t35f-t))+1)) t37f = 0.586 [ s ] t37i = 0.555 [ s ] m37 = (((abs(t-t37i)/(t-t37i))+1)*((abs(t37f-t)/(t37f-t))+1)) m3 = (m31+m32+m33+m34+m35+m36+m37+m38)/8 t41f = 0.071 [ s ] t41i = 0.04 [ s ] m41 = (((abs(t-t41i)/(t-t41i))+1)*((abs(t41f-t)/(t41f-t))+1)) t43f = 0.242 [ s ] t43i = 0.211 [ s ] m43 = (((abs(t-t43i)/(t-t43i))+1)*((abs(t43f-t)/(t43f-t))+1)) t45i = 0.393 [ s ] t45f = 0.424 [ s ] m45 = (((abs(t-t45i)/(t-t45i))+1)*((abs(t45f-t)/(t45f-t))+1)) t47i = 0.575 [ s ] t47f = 0.606 [ s ] m47 = (((abs(t-t47i)/(t-t47i))+1)*((abs(t47f-t)/(t47f-t))+1)) t42f = 0.151 [ s ] t42i = 0.12 [ s ] m42 = (((abs(t-t42i)/(t-t42i))+1)*((abs(t42f-t)/(t42f-t))+1)) t44i = 0.302 [ s ] t44f = 0.333 [ s ] m44 = (((abs(t-t44i)/(t-t44i))+1)*((abs(t44f-t)/(t44f-t))+1)) t46i = 0.484 [ s ] t46f = 0.515 [ s ] m46 = (((abs(t-t46i)/(t-t46i))+1)*((abs(t46f-t)/(t46f-t))+1)) t48f = 0.697 [ s ] t48i = 0.666 [ s ] m48 = (((abs(t-t48i)/(t-t48i))+1)*((abs(t48f-t)/(t48f-t))+1)) m4 = (m41+m42+m43+m44+m45+m46+m47+m48)/8 v11 = Vazao/A11*Cte*m1 v12 = Vazao/A12*Cte*m1 v13 = Vazao/A13*Cte*m1 v18 = Vazao/A18*Cte*m1 v14 = Vazao/A14*Cte*m1 v15 = Vazao/A15*Cte*m1 v16 = Vazao/A16*Cte*m1 v17 = Vazao/A17*Cte*m1 v1 = (v11+v12+v13+v14+v15+v16+v17+v18)/8 v21 = Vazao/A21*Cte*m2 v22 = Vazao/A22*Cte*m2 v23 = Vazao/A23*Cte*m2 v24 = Vazao/A24*Cte*m2 v26linha = Vazao/A26linha*Cte*m2linha v28linha = Vazao/A28linha*Cte*m2linha v21linha = Vazao/A21linha*Cte*m2linha v22linha = Vazao/A22linha*Cte*m2linha v25 = Vazao/A25*Cte*m2 v23linha = Vazao/A23linha*Cte*m2linha v24linha = Vazao/A24linha*Cte*m2linha v25linha = Vazao/A25linha*Cte*m2linha v27linha = Vazao/A27linha*Cte*m2linha

Page 178: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ANEXO C – Programa no CFX dos efeitos hidrodinâmicos dos gases de exaustão

155

v26 = Vazao/A26*Cte*m2 v27 = Vazao/A27*Cte*m2 v28 = Vazao/A28*Cte*m2 v2 = (v21+v21linha+v22+v22linha+v23+v23linha+v24+v24linha+v25+v25linha+v26+v26linha+v27+ v27linha+v28+v28linha)/8 v33 = Vazao/A33*Cte*m3 v37 = Vazao/A37*Cte*m3 v31 = Vazao/A31*Cte*m3 v35 = Vazao/A35*Cte*m3 v32 = Vazao/A32*Cte*m3 v34 = Vazao/A34*Cte*m3 v36 = Vazao/A36*Cte*m3 v38 = Vazao/A38*Cte*m3 v3 = (v31+v32+v33+v34+v35+v36+v37+v38)/8 v43 = Vazao/A43*Cte*m4 v41 = Vazao/A41*Cte*m4 v45 = Vazao/A45*Cte*m4 v42 = Vazao/A42*Cte*m4 v47 = Vazao/A47*Cte*m4 v44 = Vazao/A44*Cte*m4 v46 = Vazao/A46*Cte*m4 v48 = Vazao/A48*Cte*m4 v4 = (v41+v42+v43+v44+v45+v46+v47+v48)/8 END END MATERIAL: Reacatalisador Coord Frame = Coord 0 Material Description = Reacatalisador Material Group = Gas Phase Combustion Materials List = Ar,C2H6,CO,CO2,H2,H2O,N2,NO,O2 Option = Variable Composition Mixture Thermodynamic State = Gas MIXTURE PROPERTIES: Option = Ideal Mixture EQUATION OF STATE: Density = 0.4941 [kg m^-3] Density Depends On = Temperature Molar Mass = 1.0 [kg kmol^-1] Option = Value END SPECIFIC HEAT CAPACITY: Option = Value Reference Pressure = 104124 [Pa] Reference Temperature = 603 [K] Specific Heat Capacity = 31000 [J kg^-1 K^-1] Specific Heat Type = Constant Volume END END END END EXECUTION CONTROL: PARALLEL HOST LIBRARY: HOST DEFINITION: simulmotores Installation Root = C:\CFX\CFX-5.7 Host Architecture String = intel_athlon.sse_winnt5.0 END END PARTITIONER STEP CONTROL: Multidomain Option = Independent Partitioning Runtime Priority = Standard MEMORY CONTROL: Memory Allocation Factor = 1.0 END PARTITIONING TYPE: MeTiS Type = k-way Option = MeTiS Partition Size Rule = Automatic END END RUN DEFINITION: Definition File = SistemaMARM2.def Interpolate Initial Values = Off Run Mode = Full END SOLVER STEP CONTROL: Runtime Priority = Standard

Page 179: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ANEXO C – Programa no CFX dos efeitos hidrodinâmicos dos gases de exaustão

156

EXECUTABLE SELECTION: Double Precision = Off END MEMORY CONTROL: Memory Allocation Factor = 1.0 END PARALLEL ENVIRONMENT: Number of Processes = 1 Start Method = Serial END END END FLOW: SOLUTION UNITS: Angle Units = [rad] Length Units = [m] Mass Units = [kg] Solid Angle Units = [sr] Temperature Units = [K] Time Units = [s] END DOMAIN: fio Coord Frame = Coord 0 Domain Type = Fluid Fluids List = Reacatalisador Location = SistemaEscape DOMAIN MODELS: BUOYANCY MODEL: Option = Non Buoyant END DOMAIN MOTION: Option = Stationary END MESH DEFORMATION: Option = None END REFERENCE PRESSURE: Reference Pressure = 101325 [Pa] END END FLUID MODELS: COMBUSTION MODEL: Option = None END COMPONENT: Ar Option = Constraint END COMPONENT: C2H6 Kinematic Diffusivity = 1.32e-005 [m^2 s^-1] Option = Transport Equation END COMPONENT: CO Kinematic Diffusivity = 1.85e-005 [m^2 s^-1] Option = Transport Equation END COMPONENT: CO2 Kinematic Diffusivity = 1.42e-005 [m^2 s^-1] Option = Transport Equation END COMPONENT: H2 Kinematic Diffusivity = 8.5e-005 [m^2 s^-1] Option = Transport Equation END COMPONENT: H2O Kinematic Diffusivity = 8.5e-005 [m^2 s^-1] Option = Transport Equation END COMPONENT: N2 Kinematic Diffusivity = 6.97e-005 [m^2 s^-1] Option = Transport Equation END COMPONENT: NO Kinematic Diffusivity = 1.17e-005 [m^2 s^-1] Option = Transport Equation END COMPONENT: O2 Kinematic Diffusivity = 1.53e-005 [m^2 s^-1]

Page 180: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ANEXO C – Programa no CFX dos efeitos hidrodinâmicos dos gases de exaustão

157

Option = Transport Equation END HEAT TRANSFER MODEL: Option = Thermal Energy END THERMAL RADIATION MODEL: Option = None END TURBULENCE MODEL: Option = k epsilon END TURBULENT WALL FUNCTIONS: Option = Scalable END END BOUNDARY: Entrada1 Boundary Type = INLET Location = Entrada1 BOUNDARY CONDITIONS: COMPONENT: C2H6 Mass Fraction = 0.000176 Option = Mass Fraction END COMPONENT: CO Mass Fraction = 0.029 Option = Mass Fraction END COMPONENT: CO2 Mass Fraction = 0.124 Option = Mass Fraction END COMPONENT: H2 Mass Fraction = 0.064514 Option = Mass Fraction END COMPONENT: H2O Mass Fraction = 0.10 Option = Mass Fraction END COMPONENT: N2 Mass Fraction = 0.78 Option = Mass Fraction END COMPONENT: NO Mass Fraction = 0.00031 Option = Mass Fraction END COMPONENT: O2 Mass Fraction = 0.002 Option = Mass Fraction END FLOW REGIME: Option = Subsonic END HEAT TRANSFER: Option = Static Temperature Static Temperature = 590 [K] END MASS AND MOMENTUM: Normal Speed = v1 Option = Normal Speed END TURBULENCE: Eddy Viscosity Ratio = 10. Fractional Intensity = 0.05 Option = Intensity and Eddy Viscosity Ratio END END END BOUNDARY: Entrada2 Boundary Type = INLET Location = Entrada2 BOUNDARY CONDITIONS: COMPONENT: C2H6 Mass Fraction = 0.000176 Option = Mass Fraction END

Page 181: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ANEXO C – Programa no CFX dos efeitos hidrodinâmicos dos gases de exaustão

158

COMPONENT: CO Mass Fraction = 0.029 Option = Mass Fraction END COMPONENT: CO2 Mass Fraction = 0.124 Option = Mass Fraction END COMPONENT: H2 Mass Fraction = 0.064514 Option = Mass Fraction END COMPONENT: H2O Mass Fraction = 0.10 Option = Mass Fraction END COMPONENT: N2 Mass Fraction = 0.78 Option = Mass Fraction END COMPONENT: NO Mass Fraction = 0.00031 Option = Mass Fraction END COMPONENT: O2 Mass Fraction = 0.002 Option = Mass Fraction END FLOW REGIME: Option = Subsonic END HEAT TRANSFER: Option = Static Temperature Static Temperature = 590 [K] END MASS AND MOMENTUM: Normal Speed = v2 Option = Normal Speed END TURBULENCE: Eddy Viscosity Ratio = 10. Fractional Intensity = 0.05 Option = Intensity and Eddy Viscosity Ratio END END END BOUNDARY: Entrada3 Boundary Type = INLET Location = Entrada3 BOUNDARY CONDITIONS: COMPONENT: C2H6 Mass Fraction = 0.000176 Option = Mass Fraction END COMPONENT: CO Mass Fraction = 0.029 Option = Mass Fraction END COMPONENT: CO2 Mass Fraction = 0.124 Option = Mass Fraction END COMPONENT: H2 Mass Fraction = 0.064514 Option = Mass Fraction END COMPONENT: H2O Mass Fraction = 0.10 Option = Mass Fraction END COMPONENT: N2 Mass Fraction = 0.78 Option = Mass Fraction END COMPONENT: NO Mass Fraction = 0.00031 Option = Mass Fraction

Page 182: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ANEXO C – Programa no CFX dos efeitos hidrodinâmicos dos gases de exaustão

159

END COMPONENT: O2 Mass Fraction = 0.002 Option = Mass Fraction END FLOW REGIME: Option = Subsonic END HEAT TRANSFER: Option = Static Temperature Static Temperature = 590 [K] END MASS AND MOMENTUM: Normal Speed = v3 Option = Normal Speed END TURBULENCE: Eddy Viscosity Ratio = 10. Fractional Intensity = 0.05 Option = Intensity and Eddy Viscosity Ratio END END END BOUNDARY: Entrada4 Boundary Type = INLET Location = Entrada4 BOUNDARY CONDITIONS: COMPONENT: C2H6 Mass Fraction = 0.000176 Option = Mass Fraction END COMPONENT: CO Mass Fraction = 0.029 Option = Mass Fraction END COMPONENT: CO2 Mass Fraction = 0.124 Option = Mass Fraction END COMPONENT: H2 Mass Fraction = 0.064514 Option = Mass Fraction END COMPONENT: H2O Mass Fraction = 0.10 Option = Mass Fraction END COMPONENT: N2 Mass Fraction = 0.78 Option = Mass Fraction END COMPONENT: NO Mass Fraction = 0.00031 Option = Mass Fraction END COMPONENT: O2 Mass Fraction = 0.002 Option = Mass Fraction END FLOW REGIME: Option = Subsonic END HEAT TRANSFER: Option = Static Temperature Static Temperature = 590 [K] END MASS AND MOMENTUM: Normal Speed = v4 Option = Normal Speed END TURBULENCE: Eddy Viscosity Ratio = 10. Fractional Intensity = 0.05 Option = Intensity and Eddy Viscosity Ratio END END END

Page 183: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ANEXO C – Programa no CFX dos efeitos hidrodinâmicos dos gases de exaustão

160

BOUNDARY: fio Default Boundary Type = WALL Location = F1.B1.P3,F1.B1.P3 6,F10.B1.P3 2,F11.B1.P3,F11.B1.P3 2,F12.\ B1.P3,F12.B1.P3 2,F13.B1.P3,F14.B1.P3,F15.B1.P3,F16.B1.P3,F18.B1.P3,F2.B1.P\ 3,F2.B1.P3 6,F20.B1.P3,F21.B1.P3,F23.B1.P3,F24.B1.P3,F3.B1.P3,F3.B1.P3 2,F3\ .B1.P3 3,F3.B1.P3 4,F3.B1.P3 5,F4.B1.P3,F4.B1.P3 2,F5.B1.P3,F5.B1.P3 2,F6.B\ 1.P3,F6.B1.P3 2,F7.B1.P3,F7.B1.P3 2,F8.B1.P3 2,F9.B1.P3,F9.B1.P3 2 BOUNDARY CONDITIONS: HEAT TRANSFER: Option = Adiabatic END WALL INFLUENCE ON FLOW: Option = No Slip END WALL ROUGHNESS: Option = Smooth Wall END END END SUBDOMAIN: filete Coord Frame = Coord 0 Location = B1.P3 3 SOURCES: MOMENTUM SOURCE: DIRECTIONAL LOSS MODEL: STREAMWISE DIRECTION: Option = Cartesian Components Unit Vector X Component = 1 Unit Vector Y Component = 0 Unit Vector Z Component = 0 END STREAMWISE LOSS: Option = Linear and Quadratic Resistance Coefficients Quadratic Resistance Coefficient = 370 [kg m^-4] END TRANSVERSE LOSS: Option = Linear and Quadratic Resistance Coefficients END END END END END SUBDOMAIN: fileteNO Coord Frame = Coord 0 Location = B1.P3 5 SOURCES: MOMENTUM SOURCE: DIRECTIONAL LOSS MODEL: STREAMWISE DIRECTION: Option = Cartesian Components Unit Vector X Component = 1 Unit Vector Y Component = 0 Unit Vector Z Component = 0 END STREAMWISE LOSS: Option = Linear and Quadratic Resistance Coefficients Quadratic Resistance Coefficient = 241 [kg m^-4] END TRANSVERSE LOSS: Option = Linear and Quadratic Resistance Coefficients END END END END END BOUNDARY: saida Boundary Type = OPENING Location = Saida6 BOUNDARY CONDITIONS: COMPONENT: C2H6 Mass Fraction = 0.000176 Option = Mass Fraction END COMPONENT: CO Mass Fraction = 0.029 Option = Mass Fraction END

Page 184: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ANEXO C – Programa no CFX dos efeitos hidrodinâmicos dos gases de exaustão

161

COMPONENT: CO2 Mass Fraction = 0.124 Option = Mass Fraction END COMPONENT: H2 Mass Fraction = 0.064514 Option = Mass Fraction END COMPONENT: H2O Mass Fraction = 0.10 Option = Mass Fraction END COMPONENT: N2 Mass Fraction = 0.78 Option = Mass Fraction END COMPONENT: NO Mass Fraction = 0.00031 Option = Mass Fraction END COMPONENT: O2 Mass Fraction = 0.002 Option = Mass Fraction END FLOW DIRECTION: Option = Normal to Boundary Condition END FLOW REGIME: Option = Subsonic END HEAT TRANSFER: Option = Static Temperature Static Temperature = 300 [K] END MASS AND MOMENTUM: Option = Static Pressure Relative Pressure = 101325 [Pa] END TURBULENCE: Eddy Viscosity Ratio = 10. Fractional Intensity = 0.05 Option = Intensity and Eddy Viscosity Ratio END END END SIMULATION TYPE: Option = Transient INITIAL TIME: Option = Automatic END TIME DURATION: Option = Total Time Total Time = 0.64 [s] END TIME STEPS: Option = Timesteps Timesteps = 0.004 [s] END END OUTPUT CONTROL: RESULTS: File Compression Level = Default Option = Full END TRANSIENT RESULTS: Transient Results 1 File Compression Level = Default Option = Minimal Output Variables List = Pressure,Temperature,Velocity,Vorticity Time Interval = 0.004 [s] END END INITIALISATION: Coord Frame = Coord 0 Frame Type = Stationary Option = Automatic INITIAL CONDITIONS: Velocity Type = Cartesian

Page 185: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ANEXO C – Programa no CFX dos efeitos hidrodinâmicos dos gases de exaustão

162

CARTESIAN VELOCITY COMPONENTS: Option = Automatic with Value U = 36.9 [m s^-1] V = 0 [m s^-1] W = 0 [m s^-1] END COMPONENT: C2H6 Mass Fraction = 0.000176 Option = Automatic with Value END COMPONENT: CO Mass Fraction = 0.029 Option = Automatic with Value END COMPONENT: CO2 Mass Fraction = 0.124 Option = Automatic with Value END COMPONENT: H2 Mass Fraction = 0.064514 Option = Automatic with Value END COMPONENT: H2O Mass Fraction = 0.1 Option = Automatic with Value END COMPONENT: N2 Mass Fraction = 0.78 Option = Automatic with Value END COMPONENT: NO Mass Fraction = 0.00031 Option = Automatic with Value END COMPONENT: O2 Mass Fraction = 0.002 Option = Automatic with Value END EPSILON: Eddy Viscosity Ratio = 10. Epsilon = 0.00001 [m^2 s^-3] Option = Automatic with Value END K: Fractional Intensity = 0.05 Option = Automatic with Value k = 0.00001 [m^2 s^-2] END STATIC PRESSURE: Option = Automatic with Value Relative Pressure = 104124.93 [Pa] END TEMPERATURE: Option = Automatic with Value Temperature = 590 [K] END END END SOLVER CONTROL: ADVECTION SCHEME: Option = High Resolution END CONVERGENCE CONTROL: Maximum Number of Coefficient Loops = 50 END CONVERGENCE CRITERIA: Conservation Target = 0.01 Residual Target = 0.0001 Residual Type = RMS END EQUATION CLASS: continuity ADVECTION SCHEME: Option = High Resolution END TRANSIENT SCHEME: Option = Second Order Backward Euler END

Page 186: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ANEXO C – Programa no CFX dos efeitos hidrodinâmicos dos gases de exaustão

163

END EQUATION CLASS: ed ADVECTION SCHEME: Option = Upwind END TRANSIENT SCHEME: Option = First Order Backward Euler END END EQUATION CLASS: energy ADVECTION SCHEME: Option = High Resolution END TRANSIENT SCHEME: Option = Second Order Backward Euler END END EQUATION CLASS: ke ADVECTION SCHEME: Option = Upwind END TRANSIENT SCHEME: Option = First Order Backward Euler END END EQUATION CLASS: mf ADVECTION SCHEME: Option = High Resolution END TRANSIENT SCHEME: Option = Second Order Backward Euler END END EQUATION CLASS: momentum ADVECTION SCHEME: Option = High Resolution END TRANSIENT SCHEME: Option = Second Order Backward Euler END END TRANSIENT SCHEME: Option = Second Order Backward Euler END END END COMMAND FILE: Version = 5.7 Results Version = 5.7 END CFD Solver started: Tue Feb 28 15:58:42 2006

Page 187: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ANEXO D – Programa da simulação no software FORTRAN para o termo fonte THC

164

PROGRAMA Catalisador Automotivo - THC

Implicit none

real(8) YPRIME

real(8) YHC

real(8) YDELTA

real(8) k1

real(8) kb

real(8) DELTAY0

real(8) DELTA_ESP ! ESPESSURA DO WASHCOAT

real(8) h

real(8) CONV ! TOLERÂNCIA PARA CONVERGÊNCIA

real(8) RELAXACAO

INTEGER FLAG ! CONTROLE DE CONVERGÊNCIA

FLAG = 0

CONV = 0.00001

RELAXACAO = 0.25

CALL Dados Iniciais (k1,kb,DELTAY0,DELTA_ESP,YDELTA,h)

DO WHILE (FLAG == 0)

CALL RK4HF(YPRIME,YHC,YDELTA,k1,kb,DELTAY0,DELTA_ESP,h)

IF (YPRIME <= CONV) THEN

FLAG = 1 !CONVERGIU

ELSE IF (YPRIME < 0.0) THEN

YDELTA = YDELTA * (1 + RELAXAÇÃO)

ELSE

YDELTA = YDELTA * (1 - RELAXAÇÃO)

END IF

END DO

! Subroutinas para Catalisador Automotivo - THC

CONTAINS

SUBROUTINE Dados Iniciais(k1,kb,DELTAY0,DELTA_ESP,YDELTA,h)

Implicit None

real(8) k1

Page 188: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ANEXO D – Programa da simulação no software FORTRAN para o termo fonte THC

165

real(8) kb

real(8) DELTAY0

real(8) DELTA_ESP

real(8) YDELTA

real(8) h ! Amplitude do passo para o método de Runge-Kutta

! CO

h = 0.00000022 ! Metro (amplitude do passo)

k1 = 3678.73 ! Constante do fator de inibição

kb = 7.3888E+10 ! Constante da reação pela difusividade

DELTAY0 = 0.00057479601 ! Y0(O2) - 3.5Y0(HC)

DELTA_ESP = 0.000022 ! Espessura do Material Catalítico “Washcoat”

YDELTA = -0.00016422743 ! Espécie do HC no washcoat (-2 * DELTAY0)

YHC = 0.000167 ! Concentração inicial do HC

END SUBROUTINE Dados Iniciais

! Rotina para Avaliação das Funções

SUBROUTINE AVALIA(YPRIME,YHC,YDELTA,k1,kb,DELTAY0)

Implicit none

real(8) YPRIME

real(8) YHC

real(8) YDELTA

real(8) k1

real(8) kb

real(8) DELTAY0

! Variáveis Locais

real fator1, fator2

real U1, U2, U3, U4, U5

! Fator

fator1 = 1 + k1 * YHC

fator2 = 1 + k1 * YDELTA

! Cálculo de U1

U1 = YHC / (k1 ** 2) - YDELTA / (k1 ** 2 )

! Cálculo de U2

U2 = 1 / ((k1 ** 3) * fator1) - 1 / ((k1 ** 3) * fator2)

! Cálculo de U3

U3 = (2 / (k1 ** 3) ) * (log(fator1) - log(fator2))

Page 189: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ANEXO D – Programa da simulação no software FORTRAN para o termo fonte THC

166

! Cálculo de U4

U4 = (1 / (k1 ** 2)) * ((1 / fator1) - (1 / fator2))

! Cálculo de U5

U5 = (1 / (k1 ** 2) ) * (log(fator1) - log(fator2))

YPRIME = -SQRT (7 * kb * (U1 - U2 - U3) + 2 * kb * DELTAY0 * (U4 + U5)) ! Eq. para CO

END SUBROUTINE AVALIA

!Método de Runge-Kutta com Amplitude de Passo Fixo.

SUBROUTINE RK4HF(YPRIME,YHC,YDELTA,k1,kb,DELTAY0,DELTA_ESP,h)

Implicit None

real(8) YPRIME

real(8) YHC

real(8) YDELTA

real(8) k1

real(8) kb

real(8) DELTAY0

real(8) DELTA_ESP !Espessura do Material Catalítico “Washcoat”

real(8) h !Amplitude do passo (subdivisão da espessura do “washcoat”)

!Variáveis Locais

REAL(8), DIMENSION(:), ALLOCATABLE :: K

real(8) YX, dx

integer N

integer i !controlador de looping

!Abertura de Arquivo para Gravação

Open (UNIT = 20, FILE = 'washcoat20.dat', STATUS = 'UNKNOWN')

Allocate (K(4))

dx = 0.0 ! inicializa dz

! Grava os valores Iniciais.

write(20,190)

write(20,200) dx, YHC

! Cálculo do Número de Subintervalos

N = INT(DELTA_ESP / h) - 1

DO i = 1, N+1

Call Avalia (YPRIME,YHC,YDELTA,k1,kb,DELTAY0)

Page 190: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ANEXO D – Programa da simulação no software FORTRAN para o termo fonte THC

167

K(1) = h * YPRIME

YX = YHC + K(1) * 0.5

CALL AVALIA(YPRIME,YX,YDELTA,k1,kb,DELTAY0)

K(2) = h * YPRIME

YX = YHC + K(2) * 0.5

CALL AVALIA(YPRIME,YX,YDELTA,k1,kb,DELTAY0)

K(3) = h * YPRIME

YX = YHC + K(3)

CALL AVALIA(YPRIME,YX,YDELTA,k1,kb,DELTAY0)

K(4) = h * YPRIME

YHC = YHC + 0.166666667 * (K(1) + 2 * (K(2) + K(3)) + K(4))

dx = dx + h

!Gravar a Solução em Arquivo

write(20,210) dx, YHC

END DO

close(20)

DEALLOCATE (K)

! Formato dos Dados de Saída

190 FORMAT(3X, 'DX', 9X, 'YHC')

200 FORMAT(F10.7, F10.7)

210 FORMAT(F10.7, F10.7)

END SUBROUTINE RK4HF

END PROGRAM Catalisador Automotivo - THC

Page 191: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ANEXO E – Programa da simulação no software MFIX para oxidação do THC

168

! Simulação no MFIX do Processo de Oxidação do THC num Simples Canal.

!

! Run-control section

RUN_NAME = 'TUB01'

DESCRIPTION = 'Escoamento no Canal Monolítico'

RUN_TYPE = 'new'

UNITS = 'si'

TIME = 0.0 !tempo inicial

TSTOP = 0.5

!DT = 0.5E-5 !passo no tempo

!DT_MAX = 0.5E-3

!DT_MIN = 1.0E-8

DEF_COR = .TRUE.

TOL_RESID_X = 0.001 !resíduo máximo para o balanço de espécies

ENERGY_EQ= .TRUE. !não resolver a equação da energia para fase sólida

SPÉCIES_EQ= .TRUE. FALSE. !não resolver as equações de espécies para fase sólida

CALL_USR = .FALSE.

! Geometry Section

COORDINATES = 'CARTESIAN'

XLENGTH = 0.088091 !Axial3

IMAX = 100 !Células na direção i

YLENGTH = 0.001 !Diâmetro

JMAX = 10 !Células na direção j

NO_K = .TRUE. !2D, não na direção k

! Gas-phase Section

MU_g0 = 3.47776E-5 !Constante da viscosidade do gás

! RO_g0 = 0.4373876 !Constante da densidade do gás

NRR = 1

DIF_g0 = 0.185E-4

NMAX(0) = 5

! 1 2 3 4 5

SPECIES_NAME = 'C2H6' 'O2' 'CO2' 'H2O' 'INERT'

MW_g = 30.0 32.0 44.01 18.0 27.0

Page 192: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ANEXO E – Programa da simulação no software MFIX para oxidação do THC

169

! Initial Conditions Section

IC_X_w(1) = 0.0

IC_X_e(1) = 0.088091

IC_Y_s(1) = 0.0

IC_Y_n(1) = 0.001

IC_EP_g(1) = 1.0 ! Fração de vazio

IC_U_g(1) = 0.0 ! Velocidade de gás

IC_V_g(1) = 0.0 ! Velocidade do gás axial

IC_T_g(1) = 300.0 !Temperatura ambiente

! Partida à frio

IC_X_g(1,1) = 0.0 ! CO

IC_X_g(1,2) = 0.0 ! O2

IC_X_g(1,3) = 0.0 ! CO2

IC_X_g(1,4) = 0.0 ! H2O

IC_X_g(1,5) = 1.0 ! N2 (INERT)

! Boundary Conditions Section

! 1 - Entrada

BC_X_w(1) = 0.0

BC_X_e(1) = 0.0

BC_Y_s(1) = 0.0

BC_Y_n(1) = 0.001

BC_TYPE(1) = 'MI' !Massa de entrada especificada

BC_EP_g(1) = 1.0

BC_U_g(1) = 4.84

BC_V_g(1) = 0.0

BC_P_g(1) = 101858.33

BC_T_g(1) = 646.5 !Temperatura na entrada (K)

BC_X_g(1,1) = 0.000167

BC_X_g(1,2) = 0.0000094655

BC_X_g(1,3) = 0.126

BC_X_g(1,4) = 0.1

BC_X_g(1,5) = 0.773823534

Page 193: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ANEXO E – Programa da simulação no software MFIX para oxidação do THC

170

! 2 - Saída

BC_X_w(2) = 0.088091

BC_X_e(2) = 0.088091

BC_Y_s(2) = 0.0

BC_Y_n(2) = 0.001

BC_TYPE(2) = 'PO' !Saída de pressão específica

BC_P_g(2) = 101325.0

! PAREDES

! 3 - Inferior

BC_X_w(3) = 0.0

BC_X_e(3) = 0.088091

BC_Y_s(3) = 0.0

BC_Y_n(3) = 0.0

BC_TYPE(3) = 'NSW'

BC_Tw_g(3) = 614.0

BC_Xw_g(3,1) = 0.0001609

BC_Xw_g(3,2) = 0.0

BC_Xw_g(3,3) = 0.128

BC_Xw_g(3,4) = 0.01

BC_Xw_g(3,5) = 0.8618391

! 4 - Superior

BC_X_w(4) = 0.0

BC_X_e(4) = 0.088091

BC_Y_s(4) = 0.001

BC_Y_n(4) = 0.001

BC_TYPE(4) = 'NSW'

BC_Tw_g(4) = 614.0

BC_Xw_g(4,1) = 0.0001609

BC_Xw_g(4,2) = 0.0

BC_Xw_g(4,3) = 0.128

BC_Xw_g(4,4) = 0.01

BC_Xw_g(4,5) = 0.8618391

! Output Control

Page 194: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ANEXO E – Programa da simulação no software MFIX para oxidação do THC

171

OUT_DT = 0.5 ! escrever arquivo texto BUB01.OUT

! todos 10 s

RES_DT = 0.001 ! escrever binario

! BUB01.RES every 0.01 s

NLOG = 25 ! escreve login BUB01.LOG

! tudo em 25 time steps

FULL_LOG = .TRUE. ! display residuo on screen

RESID_STRING = 'P0' 'U0' 'X001' 'X002' 'X003' 'X004'

!SPX_DT values determine how often SPx files are written. Here BUB01.SP1, which

!contains void fraction (EP_g), is written every 0.01 s, BUB01.SP2, which contains

! gas and solids pressure (P_g, P_star), is written every 0.1 s, and so forth.

! EP_g P_g U_g U_s ROP_s T_g X_g

! P_star V_g V_s T_s X_s Theta Scalar SPA

! W_g W_s

SPX_DT = 100 0.01 0.01 100 100 0.01 0.0001 100 100 0.01

! The decomposition in I, J, and K directions for a Distributed Memory Parallel machine

NODESI = 1 NODESJ = 1 NODESK = 1

! The reaction rate expression has been entered in user-defined subroutine

! rrates.f. Select a set of constants for various rxn orders (given by C(2))

C(1) = 1,3071E-5 ! TAXA DE REAÇÃO (A) (K1) ! Tg = 646.5K

! Sweep Direction

!LEQ_SWEEP(1) = 'ISIS'

!LEQ_SWEEP(2) = 'ISIS'

!LEQ_SWEEP(3) = 'ISIS'

!LEQ_SWEEP(4) = 'ISIS'

!LEQ_SWEEP(5) = 'ISIS'

!LEQ_SWEEP(6) = 'ISIS'

!LEQ_SWEEP(7) = 'ISIS'

!LEQ_SWEEP(8) = 'ISIS'

!LEQ_SWEEP(9) = 'ISIS'

Page 195: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ANEXO E – Programa da simulação no software MFIX para oxidação do THC

172

DISCRETIZE(1) = 1 ! FOUP

DISCRETIZE(2) = 1 ! FOUP

DISCRETIZE(3) = 1 ! FOUP

DISCRETIZE(4) = 1 ! FOUP

DISCRETIZE(5) = 1 ! FOUP

DISCRETIZE(6) = 1 ! FOUP

DISCRETIZE(7) = 1 ! FOUP

DISCRETIZE(8) = 1 ! FOUP

DISCRETIZE(9) = 1 ! FOUP

LEQ_IT(1) = 500

LEQ_IT(2) = 500

LEQ_IT(3) = 500

LEQ_IT(4) = 500

LEQ_IT(5) = 500

LEQ_IT(6) = 500

LEQ_IT(7) = 500

LEQ_IT(8) = 500

LEQ_IT(9) = 500

Page 196: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ANEXO F – Programa da simulação no software FORTRAN para o termo fonte CO

173

PROGRAMA Catalisador Automotivo - CO

IMPLICIT NONE

real(8) YPRIME

real(8) YCO

real(8) YDELTA

real(8) k1

real(8) kb

real(8) DELTAY0

real(8) DELTA_ESP ! Espessura do Material Catalítico “Washcoat”

real(8) h

real(8) CONV ! Tolerância para Convergência

real(8) RELAXACAO

INTEGER FLAG ! Controle de Convergência

FLAG = 0

CONV = 0.00001

RELAXACAO = 0.25

CALL Dados Iniciais (k1,kb,DELTAY0,DELTA_ESP,YDELTA,h)

DO WHILE (FLAG == 0)

CALL RK4HF(YPRIME,YCO,YDELTA,k1,kb,DELTAY0,DELTA_ESP,h)

IF (YPRIME <= CONV) THEN

FLAG = 1 !CONVERGIU

ELSE IF (YPRIME < 0.0) THEN

YDELTA = YDELTA * (1 + RELAXAÇÃO)

ELSE

YDELTA = YDELTA * (1 - RELAXAÇÃO)

END IF

END DO

! Subroutinas para Catalisador Automotivo - CO

CONTAINS

SUBROUTINE Dados Iniciais (k1,kb,DELTAY0,DELTA_ESP,YDELTA,h)

Implicit none

real(8) k1

Page 197: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ANEXO F – Programa da simulação no software FORTRAN para o termo fonte CO

174

real(8) kb

real(8) DELTAY0

real(8) DELTA_ESP

real(8) YDELTA

real(8) h ! Amplitude do Passo para o Método de Runge-Kutta

! Espécie Monóxido de Carbono (CO)

h = 0.00000022 ! metro (amplitude do passo)

k1 = 14.80 ! Constante do fator de inibição

kb = 4.01374E+12 ! Constante da reação química pela difusividade

DELTAY0 = -0.01345 ! Y0(O2) - 0.5Y0(CO)

DELTA_ESP = 0.000022 ! Espessura do Material Catalítico “Washcoat”

YDELTA = 0.0269 ! Espécie do CO no Washcoat (-2 * DELTAY0)

YCO = 0.0317 ! Concentração Inicial de CO

END SUBROUTINE ! Dados Iniciais

! Rotina para avaliação das funções

SUBROUTINE AVALIA(YPRIME, YCO, YDELTA, k1, kb, DELTAY0)

Implicit none

real(8) YPRIME

real(8) YCO

real(8) YDELTA

real(8) k1

real(8) kb

real(8) DELTAY0

! Variáveis Locais

real fator1, fator2

real U1, U2, U3, U4, U5

! FATOR

fator1 = 1 + k1 * YCO

fator2 = 1 + k1 * YDELTA

! Cálculo de U1

U1 = YCO / (k1 ** 2) - YDELTA / (k1 ** 2 )

! Cálculo de U2

Page 198: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ANEXO F – Programa da simulação no software FORTRAN para o termo fonte CO

175

U2 = 1 / ((k1 ** 3) * fator1) - 1 / ((k1 ** 3) * fator2)

! Cálculo de U3

U3 = (2 / (k1 ** 3) ) * (log(fator1) - log(fator2))

! Cálculo de U4

U4 = (1 / (k1 ** 2)) * ((1 / fator1) - (1 / fator2))

! Cálculo de U5

U5 = (1 / (k1 ** 2) ) * (log(fator1) - log(fator2))

YPRIME = -SQRT (kb * (U1 - U2 - U3) + 2 * kb * DELTAY0 * (U4 + U5)) !Eq. para CO

END SUBROUTINE AVALIA

!Método de Runge-Kutta com Amplitude de Passo Fixo

SUBROUTINE RK4HF (YPRIME, YCO, YDELTA, k1, kb, DELTAY0, DELTA_ESP, h)

Implicit none

real(8) YPRIME

real(8) YCO

real(8) YDELTA

real(8) k1

real(8) kb

real(8) DELTAY0

real(8) DELTA_ESP ! Espessura do washcoat

real(8) h ! Amplitude do passo (subdivisão da espessura do washcoat)

! Variáveis Locais

REAL(8), DIMENSION(:), ALLOCATABLE :: K

real(8) YX, dx

integer N

integer i ! Controlador de looping

!Abertura de arquivo para gravação

OPEN (UNIT = 20, FILE = 'washcoat3.dat', STATUS = 'UNKNOWN')

ALLOCATE (K(4))

dx = 0.0 ! inicializa dz

! Gravar os Valores Iniciais

Page 199: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ANEXO F – Programa da simulação no software FORTRAN para o termo fonte CO

176

write(20,190)

write(20,200) dx, YCO

! Cálculo do Número de Subintervalos

N = INT(DELTA_ESP / h) - 1

DO i = 1, N+1

CALL AVALIA(YPRIME,YCO,YDELTA,k1,kb,DELTAY0)

K(1) = h * YPRIME

YX = YCO + K(1) * 0.5

CALL AVALIA(YPRIME,YX,YDELTA,k1,kb,DELTAY0)

K(2) = h * YPRIME

YX = YCO + K(2) * 0.5

CALL AVALIA(YPRIME,YX,YDELTA,k1,kb,DELTAY0)

K(3) = h * YPRIME

YX = YCO + K(3)

CALL AVALIA(YPRIME,YX,YDELTA,k1,kb,DELTAY0)

K(4) = h * YPRIME

YCO = YCO + 0.166666667 * (K(1) + 2 * (K(2) + K(3)) + K(4))

dx = dx + h

!Gravar Solução em Arquivo

write(20,210) dx, YCO

END DO

close(20)

DEALLOCATE (K)

! Formato dos Dados de Saída

190 FORMAT(3X, 'DX', 9X, 'YCO')

200 FORMAT(F10.7, F10.7)

210 FORMAT(F10.7, F10.7)

END SUBROUTINE RK4HF

END PROGRAM Catalisador Automotivo - CO

Page 200: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ANEXO G – Programa da simulação no software MFIX para oxidação do CO

177

! Simulação no MFIX do Processo de Oxidação do CO num Simples Canal.

! Run-control section

RUN_NAME = 'TUB01'

DESCRIPTION = 'Escoamento no catalisador'

RUN_TYPE = 'new'

UNITS = 'si'

TIME = 0.0 !Tempo inicial

TSTOP = 0.5

!DT = 0.5E-5 !Passo no tempo

!DT_MAX = 0.5E-3

!DT_MIN = 1.0E-8

DEF_COR = .TRUE.

TOL_RESID_X = 0.001 !Resíduo máximo para o balanço de espécies

ENERGY_EQ = .TRUE. !Não resolver a equação da energia para a fase sólida

SPECIES_EQ = .TRUE. .FALSE. !Não resolver a equação de espécie para a face sólida

CALL_USR = .FALSE.

! Geometry Section

COORDINATES = 'CARTESIAN'

XLENGTH = 0.088091 ! AXIAL

IMAX = 100 !Células na direção i

YLENGTH = 0.001 ! Diâmetro

JMAX = 10 !Células na direção j

NO_K = .TRUE. !2D, não na direção k

! Gas-phase Section

MU_g0 = 3.47776E-5 !Viscosidade constante do gás

NRR = 1

DIF_g0 = 0.185E-4

NMAX(0) = 4

! 1 2 3 4

SPECIES_NAME = 'CO' 'O2' 'CO2' 'INERT'

MW_g = 28.01 32.0 44.01 27.0

Page 201: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ANEXO G – Programa da simulação no software MFIX para oxidação do CO

178

! Seção das Condições Iniciais.

IC_X_w(1) = 0.0

IC_X_e(1) = 0.088091

IC_Y_s(1) = 0.0

IC_Y_n(1) = 0.001

!Valores iniciais na região do canal

IC_EP_g(1) = 1.0 !Fração de vazio

IC_U_g(1) = 0.0 !Velocidade axial do gás

IC_V_g(1) = 0.0 !Velocidade axial do gás

IC_T_g(1) = 300.0 ! Temperatura ambiente

! Partida à frio

IC_X_g(1,1) = 0.0 ! CO

IC_X_g(1,2) = 0.0 ! O2

IC_X_g(1,3) = 0.0 ! CO2

IC_X_g(1,4) = 1.0 ! N2 (gás inerte)

! Seção das Condições de Fronteira.

! 1 - Entrada

BC_X_w(1) = 0.0

BC_X_e(1) = 0.0

BC_Y_s(1) = 0.0

BC_Y_n(1) = 0.001

BC_TYPE(1) = 'MI' ! Entrada do fluxo mássico

C_EP_g(1) = 1.0

BC_U_g(1) = 4.84

BC_V_g(1) = 0.0

BC_P_g(1) = 101758.33

BC_T_g(1) = 646.5 ! Temperatura de entrada

BC_X_g(1,1) = 0.0317

BC_X_g(1,2) = 0.0024

BC_X_g(1,3) = 0.126

BC_X_g(1,4) = 0.8399

Page 202: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ANEXO G – Programa da simulação no software MFIX para oxidação do CO

179

! 2 - Saída

BC_X_w(2) = 0.088091

BC_X_e(2) = 0.088091

BC_Y_s(2) = 0.0

BC_Y_n(2) = 0.001

BC_TYPE(2) = 'PO' !Condição do fluxo de saída

BC_P_g(2) = 101325.0

! 3 - Inferior

BC_X_w(3) = 0.0

BC_X_e(3) = 0.088091

BC_Y_s(3) = 0.0

BC_Y_n(3) = 0.0

BC_TYPE(3) = 'NSW'

BC_Tw_g(3) = 614.5

BC_Xw_g(3,1) = 0.0270232

BC_Xw_g(3,2) = 0.0

BC_Xw_g(3,3) = 0.1330768

BC_Xw_g(3,4) = 0.8399

! 4. Superior

BC_X_w(4) = 0.0

BC_X_e(4) = 0.088091

BC_Y_s(4) = 0.001

BC_Y_n(4) = 0.001

BC_TYPE(4) = 'NSW'

BC_Tw_g(4) = 614.5

BC_Xw_g(4,1) = 0.0270232

BC_Xw_g(4,2) = 0.0

BC_Xw_g(4,3) = 0.1330768

BC_Xw_g(4,4) = 0.8399

! Output Control

OUT_DT = 0.5 ! Escrever arquivo texto BUB01.OUT

! todos 10 s

RES_DT = 0.001 ! Escrever binário

! BUB01.RES every 0.01 s

Page 203: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ANEXO G – Programa da simulação no software MFIX para oxidação do CO

180

NLOG = 25 ! Escreve login BUB01.LOG

! tudo em 25 time steps

FULL_LOG = .TRUE. ! Display resíduo on screen

RESID_STRING = 'P0' 'U0' 'X001' 'X002' 'X003'

!SPX_DT values determine how often SPx files are written. Here BUB01.SP1, which

!contains void fraction (EP_g), is written every 0.01 s, BUB01.SP2, which contains

! gas and solids pressure (P_g, P_star), is written every 0.1 s, and so forth.

! EP_g P_g U_g U_s ROP_s T_g X_g

! P_star V_g V_s T_s X_s Theta Scalar SPA

! W_g W_s

SPX_DT = 100 0.01 0.01 100 100 0.01 0.01 100 100 0.01

! The decomposition in I, J, and K directions for a Distributed Memory Parallel machine

NODESI = 1 NODESJ = 1 NODESK = 1

! The reaction rate expression has been entered in user-defined subroutine

! rrates.f. Select a set of constants for various rxn orders (given by C(1))

C(1) = 0.000737 ! Taxa de Reação (A) (K1); Tg = 646,5 k

! Sweep Direction

!LEQ_SWEEP(1) = 'ISIS'

!LEQ_SWEEP(2) = 'ISIS'

!LEQ_SWEEP(3) = 'ISIS'

!LEQ_SWEEP(4) = 'ISIS'

!LEQ_SWEEP(5) = 'ISIS'

!LEQ_SWEEP(6) = 'ISIS'

!LEQ_SWEEP(7) = 'ISIS'

!LEQ_SWEEP(8) = 'ISIS'

!LEQ_SWEEP(9) = 'ISIS'

DISCRETIZE(1) = 1 ! FOUP

DISCRETIZE(2) = 1 ! FOUP

Page 204: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ANEXO G – Programa da simulação no software MFIX para oxidação do CO

181

DISCRETIZE(3) = 1 ! FOUP

DISCRETIZE(4) = 1 ! FOUP

DISCRETIZE(5) = 1 ! FOUP

DISCRETIZE(6) = 1 ! FOUP

DISCRETIZE(7) = 1 ! FOUP

DISCRETIZE(8) = 1 ! FOUP

DISCRETIZE(9) = 1 ! FOUP

LEQ_IT(1) = 1000

LEQ_IT(2) = 1000

LEQ_IT(3) = 1000

LEQ_IT(4) = 1000

LEQ_IT(5) = 1000

LEQ_IT(6) = 1000

LEQ_IT(7) = 1000

LEQ_IT(8) = 1000

LEQ_IT(9) = 1000

Page 205: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ANEXO H –Cálculo da Abertura e Fechamento da Válvula de Exaustão do Cilindro 1

182

Cálculo da Abertura e Fechamento da Válvula de Exaustão do Cilindro Número 1 VALVULA1

i ti Ti Ao (Válvula-1) cos(1,55*pi*ti/T) cos(2*1,55*pi*ti/T) cos(3*1,55*pi*ti/T)

0 0 0,031 0,0000000000 1,0000 1,0000 1,0000 1 0,002583333 0,031 0,0003273600 0,9188 0,6884 0,3461 2 0,005166667 0,031 0,0006324000 0,6884 -0,0523 -0,7604 3 0,00775 0,031 0,0008943500 0,3461 -0,7604 -0,8725 4 0,010333333 0,031 0,0010954000 -0,0523 -0,9945 0,1564 5 0,012916667 0,031 0,0012217000 -0,4423 -0,6088 0,9808 6 0,0155 0,031 0,0012646400 -0,7604 0,1564 0,5225 7 0,018083333 0,031 0,0012217000 -0,9550 0,8241 -0,6191 8 0,020666667 0,031 0,0010954000 -0,9945 0,9781 -0,9510 9 0,02325 0,031 0,0008943500 -0,8725 0,5225 -0,0392

10 0,025833333 0,031 0,0006324000 -0,6088 -0,2588 0,9239 11 0,028416667 0,031 0,0003273600 -0,2461 -0,8788 0,6788 12 0,031 0,031 0,0000000000 0,1564 -0,9510 -0,4540

VALVULA1 A1 A2 A3

i sen(1,55*pi* ti/T)

sen(2*1,55* pi*ti/T)

sen(3*1,55*pi* ti/T)

Ai*cos(1,55*pi* ti/T)

Ai*cos(2*1,55*pi* ti/T)

Ai*cos(3*1,55*pi*ti/T)

0 0,0000 0,0000 0,0000 0 0 0 1 0,3947 0,7254 0,9382 0,000300775 0,000225339 0,000113304 2 0,7254 0,9986 0,6494 0,000435315 -3,30997E-05 -0,000480883 3 0,9382 0,6494 -0,4886 0,000309547 -0,000680072 -0,000780313 4 0,9986 -0,1045 -0,9877 -5,7333E-05 -0,001089398 0,000171371 5 0,8969 -0,7934 -0,1951 -0,000540349 -0,000743715 0,001198229 6 0,6494 -0,9877 0,8526 -0,000961644 0,000197848 0,000660754 7 0,2965 -0,5664 0,7853 -0,00116675 0,001006844 -0,000756366 8 -0,1045 0,2079 -0,3090 -0,001089398 0,001071459 -0,00104178 9 -0,4886 0,8526 -0,9992 -0,000780313 0,000467284 -3,50891E-05

10 -0,7934 0,9659 -0,3827 -0,000384976 -0,000163689 0,000584268 11 -0,9692 0,4771 0,7343 -8,05774E-05 -0,000287693 0,000222205 12 -0,9877 -0,3090 0,8910 0 0 0

VALVULA1 B1 B2 B3 Frequências Constantes Ai Constantes

Bi i Bi*sen(1,55*

pi*ti/T) Bi*sen(2*

1,55*pi*ti/T) Bi*sen(3*1,55*pi

*ti/T) (Somatório (A1)/12)*2

(Somatório (B1)/12)*2

0 0 0 0 157,08 -0,000669284 0,000571616 1 0,000129224 0,000237459 0,000307127 314,16 2 0,000458728 0,000631533 0,000410708 471,24 (Somatório

(A2)/12)*2 (Somatório (B2)/12)*2

3 0,000839072 0,00058083 -0,000437005 -4,81545E-06 3,04013E-05 4 0,001093899 -0,000114509 -0,001081912 5 0,001095707 -0,000969247 -0,000238325 (Somatório

(A3)/12)*2 (Somatório (B3)/12)*2

6 0,000821313 -0,001249068 0,001078294 -2,40501E-05 -3,92477E-05 7 0,000362277 -0,000691965 0,000959407 8 -0,000114509 0,000227763 -0,000338521 9 -0,000437005 0,000762567 -0,000893661

10 -0,00050172 0,000610848 -0,000241992 11 -0,000317288 0,000156197 0,000240395 12 0 0 0

Page 206: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

ANEXO I –Cálculo da Incerteza das Gases de Exaustão .

183

1-Entrada Suporte1

CO % THC (ppm) NOx (ppm) CO2 % O2 %

Valor Médio 3,174 167,200 193,100 12,560 0,241Variância 0,0028044 7,066667 12,32222 0,071555 0,0011877 Desvio Padrão 0,0529570 2,658320 3,510302 0,267499 0,0344642Desvio Padrão(VM) 0,016746 0,840634 1,110055 0,150718 0,00268303Intervalo de confiança (SA 95%) 0,04 2 3 0,3 0,02Resultado Incerteza 3,17±0,04 167±2 193±3 12,6±0,3 0,24±0,02

2-Vazio

CO % THC (ppm) NOx (ppm) CO2 % O2 %

Valor Média 2,7 152,6 0 13,040 0Variância 0,0012222 4,71111 0 0,0271111 0Desvio Padrão 0,0349602 2,170509 0 0,164655 0Desvio Padrão(VM) 0,011055 0,686375 0 0,0996534 0Intervalo de confiança (SA 95%) 0,03 2 0 0,2 0Resultado Incerteza 2,7±0,03 153±2 0 13±0,2 0

3-Saida Suporte2

CO % THC (ppm) NOx (ppm) CO2 % O2 %

Valor Médio 2,187 106,200 0 13,260 0Variância 0,0004678 2,4 0 0,0626666 0Desvio Padrão 0,0216281 1,549193 0 0,250333 0Desvio Padrão(VM) 0,006839 0,489897 0 0,170725 0Intervalo de confiança (SA95%) 0,02 1 0 0,4 0Resultado Incerteza 2,19±0,02 106±1 0 13,3±0,4 0

Page 207: investigação experimental e teórica do escoamento dos gases

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