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PRIMEIRAS PREOCUPAÇÕES COM A SAÚDE DO TRABALHADOR 1.Hipócrates – Século IV a. C. – mineradores – chumbo. 2.Plínio ( romano) – Século III a. C. – Descreveu os efeitos do trabalho nas minas de zinco, enxofre, chumbo, mercúrio e poeiras. 3. Em 1473, foi publicado um panfleto sobre doença ocupacional (Ullrich Ellenbog). 4.Em 1556, o sábio alemão Georgius Agrícola escreveu “ De Re Metallica” – doenças dos mineiros. 5.Século XVI – Paracelsius – a toxicidade dos metais. 6.Em 1700, o médico Bernardino Ramazzini : “De Morbis Artificium Diatriba” – o primeiro tratado sobre doenças ocupacionais. “Que arte exerce ?” 7.William Farr (1851) – mortalidade muito elevada entre os trabalhadores da indústria do vidro e cerâmica na Inglaterra (idade máx.45 anos). 8.A “Lei das Fábricas” de 1833 (Inglaterra), apresentou as primeiras exigências quanto à Higiene Ocupacional. 9.A criação da OIT em 1919, foi um passo decisivo para consolidação da Higiene Ocupacional. 10. Em 1930, técnicas conhecidas como: substituição, enclausulamento e ventilação, já eram aplicadas nos Estados Unidos e Inglaterra. 11. Em 1938, higienistas realizaram a ACGIH – American Conference of Governmental Industrial Hygienists, para trocar experiências sobre o reconhecimento, avaliação e controle dos riscos ambientais. 12.Em 1948, as concentrações máximas permissíveis de 63 produtos foram chamadas limites de tolerâncias. Foi criada a OMS, vinculada a ONU. 13.Em 1957, surge a “Recomendação 97”, da OIT, para proteção da saúde dos trabalhadores 14.Em 1959, a OIT aprova a Recomendação 112, sobre os Serviços de Medicina Ocupacional nas empresas. 15.A partir dos anos 90, a Higiene Ocupacional passou a preocupar-se mais com a prevenção, surgindo o gerenciamento de progra-mas de prevenção de riscos ambientais. 16. Os profissionais passam a utilizar a automação para casos onde o controle não se apresenta eficaz ou adequado. 17. No Brasil, em 1919 surge a primeira Lei sobre os Acidentes no Traba-lho (D.L. nº 3.754). Infortunística : o acidente como risco inerente à profissão. 18. Em 1943, a legislação dispersa foi reunida no que se chamou CLT: Consolidação das Leis do Trabalho (D.L.nº 5452, de 01/05/1943). 19. Em 1966, o governo brasileiro convidou técnicos da OIT para estudar os acidentes de trabalho. Eles concluíram pela neces-sidade de órgão investigativo que reunisse as partes interessa-das: SESI, CNI, INSS, USP e Min. do Trabalho, além da OIT. 20.Através da Lei nº 5161, de 21/10/1966 foi criada a FUNDACENTRO - Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho. 21. No final do século XX, foram criados juntamente com as normas ISO (9000 e 14000) programas para o gerenciamento da prevenção dos riscos ambientais:

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PRIMEIRAS PREOCUPAÇÕES COM A SAÚDE DO TRABALHADOR

1.Hipócrates – Século IV a. C. – mineradores – chumbo. 2.Plínio ( romano) – Século III a. C. – Descreveu os efeitos do trabalho nas minas de zinco, enxofre, chumbo, mercúrio e poeiras. 3. Em 1473, foi publicado um panfleto sobre doença ocupacional (Ullrich Ellenbog). 4.Em 1556, o sábio alemão Georgius Agrícola escreveu “De Re Metallica” – doenças dos mineiros. 5.Século XVI – Paracelsius – a toxicidade dos metais. 6.Em 1700, o médico Bernardino Ramazzini : “De Morbis Artificium Diatriba” – o primeiro tratado sobre doenças ocupacionais. “Que arte exerce ?” 7.William Farr (1851) – mortalidade muito elevada entre os trabalhadores da indústria do vidro e cerâmica na Inglaterra (idade máx.45 anos). 8.A “Lei das Fábricas” de 1833 (Inglaterra), apresentou as primeiras exigências quanto à Higiene Ocupacional. 9.A criação da OIT em 1919, foi um passo decisivo para consolidação da Higiene Ocupacional. 10. Em 1930, técnicas conhecidas como: substituição, enclausulamento e ventilação, já eram aplicadas nos Estados Unidos e Inglaterra. 11. Em 1938, higienistas realizaram a ACGIH – American Conference of Governmental Industrial Hygienists, para trocar experiências sobre o reconhecimento, avaliação e controle dos riscos ambientais. 12.Em 1948, as concentrações máximas permissíveis de 63 produtos foram chamadas limites de tolerâncias. Foi criada a OMS, vinculada a ONU. 13.Em 1957, surge a “Recomendação 97”, da OIT, para proteção da saúde dos trabalhadores 14.Em 1959, a OIT aprova a Recomendação 112, sobre os Serviços de Medicina Ocupacional nas empresas. 15.A partir dos anos 90, a Higiene Ocupacional passou a preocupar-se mais com a prevenção, surgindo o gerenciamento de progra-mas de prevenção de riscos ambientais. 16. Os profissionais passam a utilizar a automação para casos onde o controle não se apresenta eficaz ou adequado. 17. No Brasil, em 1919 surge a primeira Lei sobre os Acidentes no Traba-lho (D.L. nº 3.754). Infortunística : o acidente como risco inerente à profissão. 18. Em 1943, a legislação dispersa foi reunida no que se chamou CLT: Consolidação das Leis do Trabalho (D.L.nº 5452, de 01/05/1943). 19. Em 1966, o governo brasileiro convidou técnicos da OIT para estudar os acidentes de trabalho. Eles concluíram pela neces-sidade de órgão investigativo que reunisse as partes interessa-das: SESI, CNI, INSS, USP e Min. do Trabalho, além da OIT. 20.Através da Lei nº 5161, de 21/10/1966 foi criada a FUNDACENTRO - Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho. 21. No final do século XX, foram criados juntamente com as normas ISO (9000 e 14000) programas para o gerenciamento da prevenção dos riscos ambientais: PPRA, PCMSO, PPEOB (benzeno), PCMAT(civil), PCA(conservação auditiva) e PPR (respiratória). 22.Atualmente, a FUNDACENTRO desenvolve vários projetos de pesquisas, dentre eles: construção civil, trabalho nos portos, erradicação do trabalho infantil, estatísticas sobre acidentes de trabalho e outros. 23.Em 1978, a FUNDACENTRO elaborou os textos da NR 9 (riscos ambientais) e da NR 15 (atividades e operações insalubres) . O Ministério do Trabalho em 8/6/1978 expediu a Portaria nº 3214 com 28 Normas Regulamentadoras sobre segurança e medicina do trabalho. 24. A FUNDACENTRO incentiva as empresas a utilizarem sistemas de gerenciamento dos seus esforços no âmbito da prevenção de acidentes e da promoção da higiene do ambiente, do trabalho e das partes interessadas externas à empresa ( tipo OHSAS 180001 -Occupational Health and Safety Assessment Services). 25. Segundo dados da OIT, em 2013, ocorreram: •2,02 milhões de pessoas morrem a cada ano por enfermidades relacionadas com o trabalho. •321 mil pessoas morrem a cada ano por acidentes no trabalho. •160 milhões de pessoas sofrem de doenças não letais relacionadas com o trabalho. •317 milhões de acidentes laborais não mortais ocorrem a cada ano. •A cada 15 segundos, um trabalhador morre de acidentes ou doenças do trabalho.

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•A cada 15 segundos, 115 trabalhadores sofrem um acidente laboral. • Em 2011, no Brasil (MTe), foram registrados : 711.164 acidentes de trabalho, com 2.819 casos fatais; 30.334 casos de doenças do trabalho. (Apenas 1/3 PEA) • Em 2008, foram realizadas 145.815 ações fiscais em SST. • Revista Brasileira de Saúde Ocupacional (RBSO) no portal da Fundacentro (http://www.fundacentro.gov.br/rbso/); tb Moodle • Em 2012, foram resgatados 2.560 trabalhadores das condições de exploração equivalentes à escravidão.

ARCABOUÇO LEGAL - NR’S

NR 1 – Disposições Gerais Determina que o Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho – SST é o órgão competente para coordenar, controlar e supervisionar todas as atividades relacionadas a Segurança do Trabalho. Dá competência às Dele-gacias Regionais do Trabalho (DRT’s) regionais; determina as responsabili-dades do empregador e dos empregados.

NR 2 – Inspeção Prévia Determina que todo estabelecimento novo deverá solicitar aprovação de suas instalações ao órgão regional do MTE, que emitirá o CAI – Certificado de Aprovação de Instalações.

NR 3 – Embargo ou Interdição A DRT poderá interditar/embargar o estabelecimento, se o mesmo demonstrar grave e iminente risco para o trabalhador, mediante laudo técnico. Em caso de interdição, os empregados receberão os salários como se estivessem trabalhando.

NR4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho A implantação do SESMT depende da gradação do risco da atividade principal da empresa (Classificação Nacional de Atividades Econô-micas – CNAE) e do número total de empregados. Dependendo desses elementos o SESMT deverá ser composto por um Engenheiro de Segurança do Trabalho, um Médico do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho, Auxiliar de Enfermagem do Trabalho, Técnico de Segurança do Trabalho, todos empregados da empresa. O SESMT tem por finalidade promover ações de prevenção e correção dos riscos encontrados para tornar o ambiente de trabalho um lugar seguro. Compatível com a preservação saúde, e com a segurança do trabalho.

NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA Todas as empresas, instituições beneficentes, cooperativas, clubes, desde que possuam empregados celetistas, dependendo do grau de risco da empresa e do número mínimo de 20 empregados são obrigadas a manter a CIPA. Este dimensionamento depende da CNAE. Seu objetivo é a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, tornando compatível o trabalho com a preservação da saúde do trabalhador. A CIPA é composta de um representante da empresa – Presidente (designado) e representantes dos empregados, eleitos em escrutínio secreto, com mandato de um ano e direito a uma reeleição e mais um ano de estabilidade

NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual É obrigação das empresas fornecer aos empregados EPI, destinados a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador. O EPI deve ser entregue gratuitamente, e a entrega deverá ser registrada. Todo equipamento deve ter o CA (Certificado de Aprovação) do MTE.

NR 7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional Estabelece a obrigatoriedade de exames médicos obrigatórios para as empresas. São eles: exame admissional, periódico, retorno ao trabalho, mudança de função, demissional, além de exames comple-mentares, dependendo do grau de risco da empresa, agentes agres-sores presentes no ambiente de trabalho, a critério do médico do trabalho. Dependendo dos quadros na própria NR 7, bem como, na NR 15 (Insalubridade), existirão exames específicos para cada risco que o trabalho possa gerar.

NR 8 – Edificações Define os parâmetros para as edificações, observando-se a proteção contra a chuva, insolação, enfim, busca estabelecer condições do conforto nos locais de trabalho, devendo ainda observar as legislações pertinentes nos níveis federal, estadual e municipal.

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NR 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais Obrigatoriedade da implantação do PPRA a todas as empresas, que objetiva a preservação da saúde e integridade do trabalhador, através da antecipação, avaliação e controle dos riscos ambientais existentes, ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em vista a proteção ao meio ambiente e até dos recursos naturais.

NR 10 – Instalações e Serviços de Eletricidade Estabelece condições mínimas de segurança para aqueles que trabalham em instalações elétricas, incluindo projeto, execução, operação, manutenção, reforma e ampliação. Cobre em nível preventivo usuários e terceiros.

NR 11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais Estabelece medidas de prevenção a Operação de Elevadores, Guindastes, Transportadores Industriais e Máquinas Transportadoras. Trata da padronização dos procedimentos operacionais, e assim, busca garantir a segurança de todos os envolvidos na atividade.

NR 12 – Máquinas e Equipamentos Determina as instalações e áreas de trabalho, distâncias mínimas entre as máquinas. Os equipamentos; dispositivos de acionamento, partida e parada das máquinas. Padroniza as medidas de prevenção.

NR 13 – Caldeiras e Vasos de Pressão Estabelece os procedimentos de segurança que devem ser observados nas atividades referentes a projeto de construção, acompanhamento de operação e manutenção, inspeção e supervisão de inspeção de caldeiras e vasos de pressão. Exige treinamento para os seus operadores, contendo várias classificações e categorias, devido ao seu elevado grau de risco.

NR 14 – Fornos Define os parâmetros e serem observados para a instalação de fornos, cuidados com gases, chamas, líquidos. É importante observar as legislações pertinentes nos níveis federal, estadual e municipal.

NR 15 – Atividades e Operações Insalubres A atividade é considerada insalubre quando ocorre além dos limites de tolerância, isto é, intensidade, natureza e tempo de exposição ao agente, que não causará dano a saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral. As atividades insalubres estão contidas nos anexos dessa Norma e são considerados os agentes: Ruído contínuo ou permanente; Ruído de Impacto; Tolerância para Exposição ao Calor; Radiações Ionizantes; Agentes Químicos e Poeiras Minerais. Tanto a NR 15 quanto a NR 16 dependem de perícia, a cargo do médico ou do engenheiro do trabalho, devidamente credenciado junto ao Ministério do Trabalho e Emprego.

NR 16 – Atividades e Operações Perigosas São as atividades perigosas aquelas ligadas a Explosivos, Inflamáveis e Energia Elétrica.

NR 17 – Ergonomia Estabelece parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas do homem. Máquinas, ambiente, comunicações dos elementos do sistema, informações, processamento, tudo isso gera conseqüências no trabalhador, e devem ser avaliados, e se necessário, reorganizado. Observe-se que as LER – Lesões por Esforços Repetitivos, e as deno-minadas DORT – Doença Osteomuscular Relacionada ao Trabalho constituem problemas à saúde, reconhecidos pela sua relação laboral. O termo DORT é muito mais abrangente que o termo LER, constante hoje das relações de doenças profissionais da Previdência

NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção Regulamentar as providências a serem executadas, em função do cronograma de uma obra, levando-se em conta os riscos de acidentes e doenças do trabalho e as suas respectivas medidas de segurança.

NR 19 – Explosivos Parâmetros para o depósito, manuseio e armazenagem de explosivos.

NR 20 – Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis Parâmetros para a extração, produção, armazenamento, transferência, e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis.

NR 21 – Trabalho a céu aberto Trabalho sem abrigo, contra intempéries (insolação, condições sani-tárias, água, etc.).

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NR 22 – Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração Busca permanente por um ambiente de trabalho seguro. A mineração tem normas bem específicas. Alguns itens que são exclusivos da mineração PGR (Programa de Gerenciamento de Risco), CIPAMIN.

NR 23 – Proteção contra Incêndios Recentemente essa norma foi alterada e ainda assim não tem muito a oferecer. Todas as questões relativas a incêndios devem ser resolvidas observando as legislações estaduais do Corpo de Bombeiros.

NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais do Trabalho Busca adequar banheiros, vestiários, refeitórios, alojamentos e outras questões de conforto. Cabe a CIPA e/ou ao SESMT (onde houver), a observância e cumprimento desta norma.

NR 25 – Resíduos Industriais Destinação dos resíduos de alta toxidade, periculosidade, risco biológico, radioativo, relativos ao trabalho. Busca evitar acidentes como o que aconteceu no caso césio em Goiás. Consultar as normas estaduais e municipais relacionadas.

NR 26 – Sinalização de Segurança Determina as cores e serem observadas na segurança do trabalho como forma de prevenção evitando a distração, confusão e fadiga do trabalhador, bem como cuidados especiais quanto a produtos e locais perigosos.

NR 27 – Registro Profissional do Técnico de Segurança Revogada.

NR 28 – Fiscalização e penalidades Procedimentos para concessão de prazos, autuação, multas, a serem adotados pela fiscalização trabalhista de segurança e medicina do trabalho.

NR 29 – Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário Regulamenta a proteção, prevenção contra acidentes e doenças profissionais, facilitar os primeiros socorros e alcançar as melhores condições de segurança e saúde aos trabalhadores portuários. As disposições contidas nessa NR aplicam-se aos trabalhadores portuários em operações tanto a bordo como em terra, assim como aos demais trabalhadores que exerçam atividades nos portos organizados e instalações portuárias de uso privativo e retroportuárias, situadas dentro ou fora da área do porto organizado.

NR 30 – Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário Aplica-se a toda embarcação comercial utilizada no transporte de mercadorias ou de passageiros, na navegação marítima de longo curso, na cabotagem, na navegação interior, no serviço de reboque, plataformas marítimas e fluviais, quando em deslocamento, e embarcações de apoio marítimo e portuário. A observância desta NR não desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições legais.

NR 31- Segurança e saúde no Trabalho na agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal a aqüicultura Preceitos a serem observadas na organização e no ambiente de trabalho, no planejamento e o no desenvolvimento de atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aqüicultura com a segurança, saúde e meio ambiente do trabalho

NR 32 – Segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde Estabelecer diretrizes para a implementação de medidas de proteção á segurança e a saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde.

NR 33 – Segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados Estabelece requisitos mínimos para a identificação de espaços confinados e o controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores. Entende-se por espaço confinado qualquer área não projetada para ocupação humana, que tenha meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação seja insuficiente para remover os contaminantes, que possa existir enriquecimento ou insuficiência de oxigênio exigido para uma respiração natural.

NR 34 – Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção e reparação naval Estabelece requisitos mínimos para a proteção e segurança, á saúde e ao meio ambiente do trabalho na construção e reparação naval.

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NR 35 – Trabalho em Altura Requisitos mínimos para proteção do trabalho em altura, garantindo a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos.

NR 36 – Trabalho no Abate e Processamento de Carnes e Derivados Requisitos mínimos para a avaliação, controle e monitoramento dos riscos existentes nas atividadesda indústria de abate e processamento de carnes e derivados.

HIGIENE OCUPACIONAL - AGENTES

Definições: “Ciência e arte dedicada ao reconhecimento, avaliação e controle daqueles fatores ou tensões ambientais, que surgem no ou do trabalho, e que podem causar doenças, prejuízos à saúde ou ao bem-estar, ou desconforto significativos entre trabalhadores ou entre os cidadãos da comunidade”. (BREVIGLIERO et al., 2008) e ACGIH

“Ciência que trata da preservação da saúde do trabalhador por meio da antecipação, do reconhecimento, da avaliação e do controle da ocorrência dos riscos ambientais existentes no ambiente de trabalho, considerando a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais”. (NR-9 , subitem 9.1.1)

OBJETIVO DA H.O. - Reconhecer, avaliar e controlar os fatores de riscos presentes no ambiente de trabalho, considerando o meio ambiente e os recursos naturais.

Reconhecimento: planejamento da abordagem do ambiente em estudo, compreendendo o conhecimento profundo dos produtos envolvidos no processo, métodos de trabalho, o fluxo do processo, layout, número de empregados expostos.

Avaliação: qualitativa e quantitativa dos agentes presentes nos pos-tos de trabalho. Calibração dos instrumentos, tempo de coleta, amos-tragem e tipo de análise química, etc. HIGIENE DE CAMPO E HIGIENE ANALÍTICA.

Controle : propor e adotar medidas relativas ao homem e ao ambi-ente, que objetivem a eliminação ou redução do risco.

1. Relativas ao Ambiente/Coletivas: fonte ou trajetória. Substituição do produto tóxico, isolamento do poluente, ventilação local ou geral, limpeza do local. Prioridade do técnico.

2. Medidas Administrativas: tempo de exposição, EPI, educação e treinamento, exames médicos regulares.

3. Exames Médicos: pré-admissional, periódico e demissional

H. O. E OUTROS RAMOS DE ATIVIDADES AFINS

1.MEDICINA DO TRABALHO : PCMSO 2.MEIO AMBIENTE : controle de poluentes na área externa da empresa. Os limites de tolerância dos trabalhadores são estabelecidos pelo MTE, enquanto que das áreas externas são estabelecidos por órgãos federais, estaduais e municipais. 3.DIREITO : adicional de insalubridade; aposentadoria especial; nexo causal para ação de reparação de danos. 4.ERGONOMIA : características psicofisiológicas do trabalhador. Uma pausa pode reduzir a exposição do trabalhador. 5.SEGURANÇA DO TRABALHO : prevenção dos acidentes através de medidas que reduzem os riscos ambientais (eletricidade, etc)

AGENTES AMBIENTAIS: aqueles que são capazes de causar, em função do tempo de exposição, danos à saúde dos trabalhadores.

1. AGENTES FÍSICOS : Ruído, Vibrações, Pressões Anormais, Temperaturas Extremas (calor e frio), Radiações (ionizantes e não ionizantes), Infrassom, Ultrassom.

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2. AGENTES QUÍMICOS : absorção pela pele, ingestão de substân-cias que podem causar danos à saúde: Poeiras, Fumos, Névoas, Neblinas, Gases ou Vapores.

3. AGENTES BIOLÓGICOS : Bactérias, Fungos, Bacilos, Parasitas, Protozoários, Vírus, entre outros.

O PROFISSIONAL DE H.O.

1.Não há regulamentação da profissão de higienista do trabalho.

2.A CLT (art. 195) determina que é competência do engenheiro de segurança do trabalho ou do médico do trabalho a elaboração de laudos para caracterização de insalubridade e periculosidade. O PPRA é atribuição do SESMT.

3.Um programa de Higiene Ocupacional vai exigir a participação de equipe multidisciplinar, pois, exige conhecimentos de Engenharia, Física, Química, Biologia, Processo Produtivo, entre outras.

SLIDE2 - AGENTES FÍSICOS – RUIDOS

RiscosRisco é a combinação de probabilidade de ocorrência e a magnitude do evento indesejado. Logo, RISCO = Probabilidade de ocorrer o dano X Gravidade do danoRISCO OCUPACIONAL = EXPOSIÇÃO X GRAVIDADE DOS EFEITOS À SAÚDENota: Perigo é uma palavra a ser evitada, pela dificuldade de entendimento. Por exemplo: pode significar um fator de risco principal ( -Aquele fio solto é um perigo !); a qualidade de um fator de risco (-Aquela ponte é um perigo !); ou indicar a gravidade do dano ( -A AIDS é um perigo !).

RUÍDO1.SOM: qualquer vibração que pode ser ouvida (16 Hz a 20.000 Hz)2.Limiar de Audibilidade: 2 x 10-5N/m2 (0,0 dB )3.RUÍDO: fenômeno físico vibratório com características indefinidas de variações de pressão em função da frequência, isto é, para uma dada frequência podem existir em forma aleatória através do tempo, variações de diferentes pressões.4.EFEITOS SOBRE A SAÚDE: auditivos e não auditivos5.Auditivos:deslocamento temporário do limiar auditivo / surdez profissional, que pode ser condutiva (ruptura do tímpano) ou neurossensorial ( destruição dos órgãos ciliados de Corti, com perda total da capacidade para frequências em torno de 4000Hz )6.Não Auditivos : dor de cabeça, irritabilidade, vertigens, cansaço excessivo, insônia, zumbido na orelha (100 dB(A)).7.Ruído Intenso: redução da atividade motora, a atenção e concentração, queda de produtividade.

FÍSICA DO SOM ONDA: uma perturbação que se propaga no meio. ONDA SONORA: movimento harmônico simples do tipo senoidal / não há transporte de massa / origem mecânica / audiofrequência. FREQUÊNCIA: ciclos produzidos em função do tempo ( 1Hz = 1 ciclo/s). PRESSÃO SONORA(*): É a variação média (RMS – root mean square) de pressão em relação à pressão atmosférica; medida em pascal (Pa) ou newtons por metro quadrado (N/m2) -> Lembrando: 1 Pa = 1 N/m2 O Nível de Pressão Sonora (NPS, ou em inglês, SPL - Sound Pressure Level) é expresso em decibéis e tem como valor de referência P0 = 20 Pa (2 x 10-5 N/m2). A intensidade é proporcional ao quadrado da média de variação de pressão. Portanto, I1/I2 = p12/p22

Assim, o NPS - Nível de Pressão Sonora será:

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dBNPS =10 log I/I0 =10 log p2/p02 = = 20 log p/p0 (*) VALOR MÉDIO EFETIVO DE UMA FUNÇÃO CONTÍNUA.

RUÍDO : definições importantesCiclo de Exposição : sequência definida que se repete, continuamente durante a jornada.Critério de Referência (CR):nível médio ( 85 dB(A)) para o qual a exposição, por um período de 8 h, corresponderá a uma dose de 100 %.Dose: expressa em porcentagem de energia sonora, tendo como referência o valor máximo da energia sonora diária admitida, definida com base em parâmetros preestabelecidos.Dose Diária: referente à jornada diária de trabalho.Dosímetrode Ruído:medidor integrador de uso pessoal que fornece a dose da exposição ocupacional ao ruído.

Grupo Homogêneo: tem exposição semelhante, de forma que o resultado de parte do grupo seja representativo da exposição de todos os trabalhadores que compõem o mesmo grupo.Incremento de duplicação da dose (q): em decibéis que, quando adicionado a um determinado nível, implica a duplicação da dose de exposição ou redução para a metade do tempo máximo permitido.Limite de exposição ocupacional (LEO): a exposição que se acredita que a mai-oriados trabalhadores possa estar exposta, repetidamente, sem sofrer efeitos adversos à sua capacidade de ouvir e entender uma conversação normal.Limite de exposição ocupacional valor teto (LEO-VT): valor máximo, acima do qual não é permitida exposição em nenhum momento da jornada de trabalho.

RUÍDO : Equipamentos de MediçãoDosímetrode Ruído:medidor integrador de uso pessoal que fornece a dose da exposição ocupacional ao ruído.Audiômetro (Decibelímetro) : mede a pressão sonora instantânea em determinado ponto. É útil para averiguação de suspeita de ruído excessivo.

NÍVEL DE PRESSÃO SONORA (DECIBEL - dB): Sendo: p1 = raiz média quadrática (RMS) das variações dos valores instantâneos da pressão sonora p2 = pressão de referência que corresponde ao limiar de audibilidade (2 x 10-5 N/m2)dBNPS=20 log p1 + 94 Db

FREQUÊNCIA DO SOM (f) : vibrações na unidade de tempo(s): Hz -> f= v/c = 1/T NÍVEL DE INTENSIDADE SONORA (NIS): quantidade média de energia sonora transmitida através de uma unidade de área perpendicular à direção de propa-gação. ) dBNIS=10 log(I/ I0)I0 = 10-12 W/m2

EXERCÍCIOS:1.Um medidor de som registra nível de ruído: 100 dB . Quais as pressões sonoras ? 2.Um medidor de som registra nível de ruído: 74 dB. Quais as pressões sonoras ?

Perda da Audição (surdez profissional) : as perdas começam nas frequências superiores, imperceptíveis para a conversação (2000 a 5000 Hz).Exame Audiométrico : detecta a perda de audição para cada ouvido.

NÍVEL DE INTENSIDADE SONORA : dBNIS=10 log(I/ I0)

Sendo: I = intensidade sonora(energia) que passa por uma área; I0 = intensidade de energia igual a : 10-12W/m2

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NÍVEL DE POTÊNCIA SONORA (NWS) : NWS =10 log(W/ W0)

Sendo: W = potência sonora da fonte em Watt (energia por unidade de tempo) W0 = potência sonora de referência igual a : 10-12W

EXERCÍCIOS:1.Determine a intensidade da onda sonora a uma distancia de 2,5m de fonte e o nível sonoro cuja potencia é 0,25W? Dados: P = 0,25 W ; R = 2,5 m ; A = 4πR² = 4π .2,5² ; I = P/A; I0= 10-12W/m2

2.O nível sonoro, medido em decibéis (dB), de uma onda sonora de intensidade I é definido como b = 10.log(I/Io), onde Io= 1,0 x 10-12W/m2 foi escolhida como uma intensidade de referência, corres-pondendoa um nível sonoro igual a zero decibéis.

Uma banda de rock pode conseguir, com seu equipamento de som,um nível sonoro b = 120 dB, a uma distância de 40 m das caixas acústicas. Qual a potência do som produzido na condição acima, por essa banda (aqui considerada uma fonte puntiforme e isotrópica), em watts ?

RUÍDO –conceito de doseLIMIAR DE DOR : 200 N/m2 ( 130 dB )

Limite de Tolerância (NR 15) : exposição máxima que não causará dano à saúde do trabalhador durante sua vida laboral. Visa proteger a população de forma que a perda auditiva média produzida pelo ruído nas frequências de 500 Hz, 1000 Hz e 3000Hz, durante 40 anos de exposição, não exceda a 2 dB.•Não é permitida a exposição a nível de ruído superior a 115 dB(A).•Para 2 ou mais níveis de ruído ou exposição, considerar efeitos combinados:

Nível Equivalente de RuídoNE= Leq: representa a exposição ocupacional do ruído durante o tempo de medição e considera a integração dos diversos níveis instantâneos de ruído ocorridos nesse período (decibéis). Portanto, a NR 15 adota :

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RUÍDO -ImpactoRuído de impacto é aquele que apresenta picos de energia acústica de duração inferior a 1 segundo, a intervalos superiores a 1 segundo.

Medidor : curva C, com circuito de resposta rápida (Fast). Limite de Tolerância igual a 120 dB(C) . Maior que 130 dB(C) > risco grave e iminenteNão deve ser permitida nenhuma exposição sem EPI a níveis de pico acima de 140 dB(C).O estudo sobre a nocividade de um ruído é possível através de uma análise da distribuição de frequências, bem assim os meios adequados de controle.

Adição de Níveis de Ruído de Duas FontesExemplo: duas fontes de ruído A e B, isoladamente produzem no ponto X, os seguintes níveis de ruído:

A > NPS a = 92 dBB > NPS b = 86 Db

Duas fontes de mesmo nível de ruído, no mesmo local: F + 3 dBPara N fontes iguais > NPS (total)= NPS F+ 10 logN

Quando as fontes tem níveis de ruído diferentes:Para N fontes diferentes > NPS (total)= 10 logΣ 10 0,1 NPS F

Subtração de Níveis de Ruído Diferentes

Quando as fontes tem níveis de ruído diferentes:NPS F= 10 log(10 0,1 NPS T -10 0,1 NPS F ) , onde :

NPSF = nível de pressão sonora da fonteNPST = nível de pressão sonora totalPor ex.:

Subtrair da fonte F1= 100 dB(A) a fonte F2 = 93 db(A)

Δ= 7 db(A) > Ábaco > -1db(A)

Logo, a fonte resultante será de 99 db(A).

AVALIAÇÃO DO RUÍDO

1.Avaliação Ocupacional do Ruído : G.H.E./ NR 9 e NR 15; dosimetria, medidor de NPS, audiodosímetro(dose < ou = 1 e nível equivalente : Leq= 16,61 logD + 85); dose >50% -exige ação. NHO-01 Fundacentro. Relatório com memorial. A finalidade é o controle do risco.2.Avaliação do Ruído para Caracterização da Insalubridade : NR 15 ; perícia judicial : exposição ao risco; calcular a dose e o Leq.3.Avaliação para Fins de Aposentadoria Especial: NR 15, NHO-01 e normas da previdência. Caracterizar o risco (exposição permanente)4.Avaliação para Fins de Conforto :NR 17 e ABNT (NBR 10.152/00); conforto 65 dB(A); curva de avaliação de ruído < 60 dB(A)5.Avaliação da Perturbação do Sossego Público:NBR 10.151 e 10.152

G.H.E -Grupo Homogêneo de Exposição, por exemplo: operador de empilhadeira, vigilante, etc.

CONTROLE

Fonte ou Trajetória : decisão no projeto; layout.

Ábaco: Basta calcular a diferença entre as fontes, no caso: 6 dB > Ábaco > Adicionar mais 1 dB na maior fonte. Logo: NPS f = 93dB

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•Substituir o equipamento•Balancear as partes móveis;•Lubrificação•Reduzir impactos•Alterar o processo•Programar as operações•Regular motores•Engrenagens de plástico•Abafador•Altura de queda

Isolamento da Fonte ou do Indivíduo: paredes duplas revestidas com material absorvente. Absorção -Ex.: lã de vidro; cortiça: Usar materiais com alto índice de redução acústica. Isolar (separar) : materiais rígidos (alvenaria).

MEDIDAS DE CONTROLE1.Limitação do tempo de exposição. Ex.: rodízio de empregados pelos locais de risco. Altera o método de trabalho.2.EPI –protetor auricular : inserção ou concha (comparação). O melhor protetor é aquele que o trabalhador irá efetivamente usar. Devem ser capazes de reduzir a intensidade do ruído abaixo do limite de tolerância.3.Capacidade de Atenuação: Análise de Frequência –considera a capacidade de atenuação do protetor para cada faixa de frequência e o nível de ruído em cada faixa de frequência. 4.NRR (NoiseReductionRating): Dúvida –capacidade medida em laborató-rio. Concha tem melhores resultados. Aceitar apenas a metade da capa-cidadefornecida pelo fabricante.5.Método NRR Corrigido (ANSI S.12.6-1984):

NPS (C)= NPS (dB(C)) -NRR x f sendo: f-fator de correção: concha 25%; inserção moldável 50%; inserção comum 75%.

6.Dupla Proteção: Não existe cálculo preestabelecido, entretanto o prof. Samir N. Y. Gergesrecomenda o ensaio em laboratório ou o acréscimo de 6 dB ao NRRsf(subjectfit) de maior valor. Por ex., para Leq= 100 dB(A), onde são usados simultaneamente o tipo concha (NRRsf=18) e o tipo inserção (NRRsf=11). A proteção aproximada será: 100 dB(A) –(18+6) = 76,0 dB(A).

ULTRASSOM E INFRASSOM

INFRASSOM -A NR 09 não estabelece o limite de tolerância. A ACGIH fixa para sons de baixa frequência (1 Hz a 800 Hz) valores de NPS inferiores a 145 dB (linear).

ULTRASSOM -Trata-se de frequências acima de 10 kHz e até 100 kHz. Norma ANSI SI.4-1983, R1997 e IEC 804. Por exemplo, a ACGIH recomenda o limite de 88 dB para exposição de 8 horas na frequência de 10 kHz ( valor teto 105 dB). Valores para transmissão no ar. Se a fonte de ultrassom tiver contato com o corpo não se aplica.

Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho

QUAL A DIFERENÇA ENTRE O PPRA E OLTCAT?

O PPRA é um Programa, com a finalidade de reconhecer e reduzir e/ou eliminar os riscos existentes no ambiente de trabalho, servindo de base para a elaboração do PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional). O PPRA precisa ser revisto e renovado anualmente. O LTCAT é um Laudo, elaborado com o

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intuito de se documentar os agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho e concluir se estes podem gerar insalubridade para os trabalhadores eventualmente expostos. Somente será renovado se forem introduzidas modificações no local de trabalho.

As empresas podem ser multadas caso não possuam o LTCAT? O parágrafo 3º do Art. 58 da Lei 8213/91, alterado pela Lei 9528/97 diz que: A empresa que não mantiver laudo técnico atualizado com referência aos agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho de seus trabalhadores ou que emitir documento de comprovação de efetiva exposição em desacordo com o respectivo laudo, estará sujeito à penalidade prevista no Art. 133 desta Lei.

EXERCÍCIO DE CONTROLE DO RISCO DO AGENTE RUÍDO

O engenheiro do SESMT realizou avaliação do GHE (operador de colheitadeira) para ruído contínuo, com jornada de 8h, e tempo de amostragem de 6h30min, tendo obtido a dose igual a 2,5 ou 250%. Uma vez que o GHE utiliza protetor auricular com NRRsf=10dB, pergunta-se se essa empresa está em conformidade com as exigências legais.

SLIDE3 - AGENTES FISICOS – VIBRAÇÃO

Efeitos à Saúde: região dorsal e lombar; gastrointestinais; sistema reprodutivo, desordens no sistema visual; degeneração da coluna; discos intervertebrais; síndrome dos dedos brancos (doença de Raynaud).

VIBRAÇÃO: Movimento oscilatório de um corpo, em razão de forças desequilibradas de componentes rotativos e movimentos alternados de uma máquina.

No reconhecimento estão envolvidos: movimento oscilatório e periódico, com deslocamento num certo tempo. Coletar informações do movimento, como velocidade(m/s), a aceleração (m/s2ou dB) e frequência da vibração.

Por ex., se o medidor indicar 1,0 m/s2, o valor de decibéis será :NA = 20 log1/10-6 = 120 dB

NR 15 -ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES ANEXO N.º 8 -VIBRAÇÕES (Alterado pela Port. SSMT n.º 12, 06 de jun. de 1983)1. As atividades e operações que exponham os trabalhadores, sem a proteção adequada, às vibrações localizadas ou de corpo inteiro, serão caracterizadas como insalubres, através de perícia realizada no local de trabalho. 2. A perícia, visando à comprovação ou não da exposição, deve tomar por base os limites de tolerância definidos pela Organização Internacional para a Normalização -ISO, em suas normas ISO 2631 e ISO/DIS 5349 ou suas substitutas. 2.1. Constarão obrigatoriamente do laudo da perícia: a) o critério adotado; b) o instrumental utilizado; c) a metodologia de avaliação; d) a descrição das condições de trabalho e o tempo de exposição às vibrações; e) o resultado da avaliação quantitativa; f) as medidas para eliminação e/ou neutralização da insalubridade, quando houver. 3. A insalubridade, quando constatada, será de grau médio.

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Aceleração Equivalente (mais de um posto de trabalho): AEQ

Onde: an: magnitude da vibração para exposição de duração tn, em m/s2

Exemplo: Para a1= 0,14; a2= 0,99 e a3 = 0,0 para respectivamente, t1=60 min; t2= 360; t3=60 min, teremos: AEQ= 0,86 m/s2 ou AEQ= 0,92m/s2 ? (precaução em relação aos riscos potenciais > gráfico de aceleração ponderada)AEQ> 0,5 m/s2 para 8 horas exige nível de ação

Aceleração Normalizada :

T –duração total diária

VIBRAÇÃO1. Vibração Ocupacional de Corpo Inteiro2. Vibração Ocupacional de Mão e Braço3. Vibração Ocupacional para Conforto -ISO 26314. Vibração no Meio Ambiente5. Vibração de Máquinas

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Aceleração Resultante ou total para o corpo inteiro

LIMITES DE EXPOSIÇÃO: ISO 2631, 1997

•Usar o Método Detalhado: Análise de Frequências de Vibração;•Ponderação de frequências conforme sensibilidade do corpo;•Faixa de Frequências de 0,5 Hz a 80 Hz;

•Maior sensibilidade: eixo z de 4 a 8 Hz; eixos x e y de 1,0 a 2,0 Hz. LIMITES DE TOLERÂNCIA

A NR 15, Anexo 8 determina que os limites de tolerância deverão ser os adotados nas Normas ISO 2.631-1:1997 e ISO 5.349:2001

A ISO 2.631, Anexo B, preocupa-se com exposições entre 4 e 8 h, pessoas sentadas –eixo z.

A alteração da ISO 2.631 em 2010, definiu uma faixa de precaução, delimitada pela exposição de 10 min, para acelerações de 3,0 e 6,0 m/s2 , e 0,25 m/s2 e 0,50 m/s2, para a exposição de 24 h.

A avaliação da aceleração ponderada deve ser feita para os três eixos da pessoa sentada: x, y e z, adotando-se o maior deles.

A Diretiva 2002/44/EC (-Europa-) definiu níveis de exposição para vibração de corpo inteiro (qualquer eixo, 8h): 0,5 m/s2–NÍVEL DE AÇÃO e 1,15 m/s2–LIMITE EXPOSIÇÃO (8 h)

Aceleração Ponderada nas Frequências Aeqw

Sendo,n= número de banda de frequênciawi= o fator de ponderação para cada banda de frequência correspondenteai= a aceleração obtida em cada frequência

Estrutura de Frequências: terça de oitavas

EXERCÍCIOS1.Um motorista dirige um caminhão durante 8 horas por dia. A vibração medida no assento, representativa da exposição, medida no eixo longitudinal foi de 0,70 m/s2. A exposição está acima do limite estabelecido pela ISO 2631 ? Em caso positivo, quais medidas poderiam ser tomadas para reduzir o risco?

Resp.: Com a exposição de 8 h e a aceleração igual a 0,70 m/s2-> Gráfico

Zona Hachurada-> Precaução

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2.A vibração junto ao assento de operador de empilhadeira foi medida e apresentou os seguintes valores: x= 0,22 m/s2; y= 0,21 m/s2; z= 0,50 m/s2. O tempo efetivo diário de operação é de 6 horas. Quais conclusões podem ser tiradas quanto ao limite de exposição?

Resp.: Inicialmente, calcula-se a aceleração total para corpo inteiro (slide 12).Resultado : A total= 0,66 m/s2 . Entretanto, como se trata de um único posto de trabalho, este resultado é também Aeq. Logo, para consultar o gráfico, precisamos normalizar esse resultado.Faremos, então A8 = 0,66 x (6/8)1/2 = 0,57 m/s2 –fórmula no slide 7.

HIGIENE E SEGURANÇA I – EXERCÍCIOS PROPOSTOS – Março 2016

1. A mínima intensidade sonora perceptível para o ouvido humano é de 10-16 W/cm2 e a máxima intensidade suportável sem dor é de 10-4 W/cm2. Uma fonte produz ondas sonoras que se propagam uniformemente em todas as direções do espaço. Um observador aproximando-se da fonte começa a perceber as ondas emitidas a partir de uma distância de 1 km da fonte. Adotando pi = 3, determine: a) a potência sonora da fonte. b) a menor distância a que uma pessoa poderá chegar da fonte sem sentir dor. c) o nível sonoro correspondente a essa posição.

Resp.: a) 1,2 x 10-5 Watts; b) 0,1 cm. c) 120 dB

2. Uma fonte sonora emite ondas uniformemente em todas as direções. Supondo que a energia das ondas sonoras seja conservada e lembrando que a potência P da fonte é a razão entre a energia emitida e o tempo, define-se a intensidade sonora da fonte como a razão entre a sua potência e a área. (A= 4Pi R2) Nessas condições, considere que, à distância r de uma sirene, a intensidade do som seja de 0.36 W/m2. Pode-se concluir que a distância 3r da sirene, a intensidade sonora será em W/m2?

Resp.: I2=0,04 W/m2

3. Uma fonte sonora pontual emite em todas as direções do espaço com potência constante P, formando frentes de ondas esféricas. Sabe-se, que na distancia r1 da fonte, a intensidade sonora é I1 e o nível sonoro B1= 90dB e na distancia r2=2,5m da fonte, a intensidade sonora é I2= I1/100 e o nível sonoro é B2. Determine: a) a potência irradiada pela fonte b) o nível sonoro B2

Resp.: a) P = 0,0008 W/m; b) 70 dB

4. O nível sonoro β, medido em decibéis (dB), é dado por β = 10 log (I /Io ) onde I é a intensidade da onda sonora e Io = 10^(-12)W/m² é a mínima intensidade que uma onda sonora deve ter para ser audível (limiar de audição do ouvido humano). A relação entre a potência Pot da fonte sonora e a intensidade I da onda sonora, num local situado a uma distância d da fonte, é dada por: I =( Pot )/( 4 πd² ) Usando amplificadores um conjunto de rock produz sons de nível sonoro de 120 dB num local a 1 m de distância. A que distância da banda de rock uma pessoa deveria ficar para que percebesse o som com nível sonoro de 60 dB?

Resp.: d= 1000 m

5. O nível sonoro β, medido em decibéis (dB), é dado por β = 10 log (I /Io ), onde I é a intensidade da onda sonora e Io = 10^(-12)W/m² é a mínima intensidade que uma onda sonora deve ter para ser audível (limiar de audição do ouvido humano).

( ) A - O nível sonoro ß de um assobio, a 1 m de distância, em que I = 10^(-10), corresponde a 220 dB. ( ) B - O nível sonoro de uma banda de rock em que I = 10^(-1) é igual a 110 dB. ( ) C - 90 dB corresponde ao nível sonoro de um martelo hidráulico situado a 1m de distância em que I=10-3

( ) D - O nível sonoro de uma turbina a jato, a 50 m de distância, em que I = 10, não é igual a 130 dB. ( ) E - Sendo I = 1, o nível sonoro que corresponde ao limiar da dor é igual a 12 dB.

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6. Um cachorro ao ladrar emite um som cujo nível de intensidade é 65 dB. Se forem dois cachorros latindo ao mesmo tempo, em uníssono, o nível de intensidade será: (use log 2 = 0,30)

Resp.: 68 dB