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1 1 HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO “É a ciência e arte devotada ao reconhecimento, avaliação e controle dos agentes de risco presentes nos locais de trabalho que podem causar doença, comprometimento da saúde e bem estar ou significante desconforto e ineficiência entre os trabalhadores ou membros de uma comunidade”. 1. NORMAS REGULAMENTADORAS DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NR-1 Disposições Gerais NR-2 Inspeção Prévia NR-3 Embargo ou Interdição NR-4 Serviços especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho-SESMT NR-5 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA NR-6 Equipamento de Proteção Individual - EPI NR-7 Exame Médico NR-8 Edificações NR-9 Riscos Ambientais NR-10 Instalações e Serviço em Eletricidade NR-11 Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais NR-12 Máquinas e Equipamentos NR-13 Caldeiras e Recipientes sob Pressão NR-14 Fornos NR-15 Atividades e Operações Insalubres Anexo nº 1: . Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente Anexo nº 2 . Limites de Tolerância para Ruídos de Impacto Anexo nº 3 . Limites de Tolerância para Exposição ao Calor Anexo nº 4: Revogado Anexo nº 5 . Limites de Tolerância para Radiações Ionizantes Anexo nº 6 . Trabalho sob Condições Hiperbáricas Anexo nº 7 . Radiações não Ionizantes Anexo nº 8 . Vibrações Anexo nº 9 . Frio Anexo nº 10 . Umidade Anexo nº 11 . Agentes químicos cuja insalubridade é caracterizado por limite de tolerância e inspeção no local de trabalho Anexo nº 12 . Limites de tolerância para poeiras minerais Anexo nº 13 . Agentes químicos Anexo nº 14 . . Agentes biológicos NR- 16 Atividades e Operações Perigosas NR-17 Ergonomia NR-18 Obras de Construção, Demolição e Reparos NR-19 Explosivos NR-20 Líquidos Combustíveis e Inflamáveis NR-21 Trabalho a Céu Aberto

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HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO “É a ciência e arte devotada ao reconhecimento, avaliação e controle dos agentes de risco presentes nos locais de trabalho que podem causar doença, comprometimento da saúde e bem estar ou significante desconforto e ineficiência entre os trabalhadores ou membros de uma comunidade”. 1. NORMAS REGULAMENTADORAS DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NR-1 Disposições Gerais NR-2 Inspeção Prévia NR-3 Embargo ou Interdição NR-4 Serviços especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do

Trabalho-SESMT NR-5 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA NR-6 Equipamento de Proteção Individual - EPI NR-7 Exame Médico NR-8 Edificações NR-9 Riscos Ambientais NR-10 Instalações e Serviço em Eletricidade NR-11 Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais NR-12 Máquinas e Equipamentos NR-13 Caldeiras e Recipientes sob Pressão NR-14 Fornos NR-15 Atividades e Operações Insalubres Anexo nº 1: . Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente Anexo nº 2 . Limites de Tolerância para Ruídos de Impacto Anexo nº 3 . Limites de Tolerância para Exposição ao Calor Anexo nº 4: Revogado Anexo nº 5 . Limites de Tolerância para Radiações Ionizantes Anexo nº 6 . Trabalho sob Condições Hiperbáricas Anexo nº 7 . Radiações não Ionizantes Anexo nº 8 . Vibrações Anexo nº 9 . Frio Anexo nº 10 . Umidade Anexo nº 11 . Agentes químicos cuja insalubridade é caracterizado por limite de

tolerância e inspeção no local de trabalho Anexo nº 12 . Limites de tolerância para poeiras minerais Anexo nº 13 . Agentes químicos Anexo nº 14 . . Agentes biológicos NR- 16 Atividades e Operações Perigosas NR-17 Ergonomia NR-18 Obras de Construção, Demolição e Reparos NR-19 Explosivos NR-20 Líquidos Combustíveis e Inflamáveis NR-21 Trabalho a Céu Aberto

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NR-22 Trabalhos Subterrâneos NR-23 Proteção contra Incêndios NR-24 Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho NR-25 Resíduos Industriais NR-26 Sinalização de Segurança NR-27 Revogada NR-28 Fiscalização e Penalidades NR-29 Segurança e Saúde no Trabalho Portuário NR-30 Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário NR-31 Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura NR-32 Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde

2. INSALUBRIDADE “ São consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo ou exposição aos seus efeitos”. Limite de Tolerância ( LT ) A concentração ou intensidade máxima ou mínima relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador durante a sua vida laboral. 2.1 ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES São considerados atividades ou operações insalubres aquelas que se desenvolvem:

a) ACIMA DOS LIMITES DE TOLERÂNCIA: ruídos ; calor ; radiação ionizante ; agentes químicos ; poeiras minerais.

b) EXERCÍCIO DE ATIVIDADES ESPECÍFICAS : condições hiperbáricas ; agentes químicos ; agentes biológicos .

b) COMPROVADAS POR INSPEÇÃO NO LOCAL DE TRABALHO : radiação não ionizante ; vibração ; frio ; umidade .

2.2 ADICIONIAL DE INSALUBRIDADE O exercício de trabalho em condições de insalubridade assegura ao trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre 1 ( um ) salário mínimo oficial do país , equivalente a:

- GRAU MÁXIMO → 40%(quarenta por cento) de 1 salário mínimo

- GRAU MÉDIO → 20% (vinte por cento) de 1 salário mínimo - GRAU MÍNIMO → 10% (dez por cento) de 1 salário mínimo

GRAUS DE INSALUBRIDADE

Anexo

Atividades ou Operações que exponham o

trabalhador a

Percentual

1 Níveis de ruído contínuo ou intermitentes superiores aos limites de tolerância.

20%

2 Níveis de ruído de impacto superiores aos limites de tolerância

20%

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3 Exposição ao calor com valores de I.B.U.T.G. superiores aos limites de tolerância

20%

5 Níveis de radiações ionizantes com radioatividade superior aos limites de tolerância

40%

6 Condições hiperbáricas 40% 7 Radiações não ionizantes consideradas insalubres em

decorrência de inspeção realizada no local de trabalho 20%

8 Vibrações consideradas insalubres em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho

20%

9 Frio considerado insalubre em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho

20%

10 Umidade considerada insalubre em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho

20%

11 Agentes químicos cujas concentrações sejam superiores aos limites de tolerância

10%,20% e 40%

12 Poeiras minerais cujas concentrações sejam superiores aos limites de tolerância

40%

13 Atividades ou operações, envolvendo agentes químicos, consideradas insalubres em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho

10%,20% e 40%

14 Agentes biológicos

20% e 40%

3. PERICULOSIDADE Atividades ou operações perigosas são aquelas em que o empregado manuseia ou tem contato permanentemente com : inflamáveis, explosivos, eletricidade, radiação ionizante.

Será também considerado em atividade perigosa o empregado que estiver trabalhando dentro de uma denominada ÁREA DE RISCO apontada na NR-16, para cada atividade.

Exemplo: Na atividade de abastecimento de aeronave, praticada apenas por um homem, toda a área de operação é considerada ÁREA DE RISCO. Assim, todos os auxiliares necessários à operação são considerados sujeitos ao mesmo risco e, portanto, trabalhando em condições de PERICULOSIDADE. O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado percepção de adicional, incidente sobre 30% do salário base(salário sem as gratificações, horas extras e outros benefícios ). Esta parcela é conhecida como adicional de periculosidade.

Sempre é bom lembrar que o recebimento do adicional de periculosidade não garante a segurança do empregado nem da turma que trabalha na área de risco. A perfeita compreensão e obediência das normas de segurança, o treinamento consciente do pessoal empenhado no trabalho, a organização do trabalho e a responsabilidade de como ele é executado, são alguns dos fatores que favorecem a continuidade do trabalho. Observações Importantes:

I- No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas considerado o de grau mais elevado, sendo vedada a percepção cumulativa .

II- No caso de atividades que envolvam insalubridade e periculosidade. ao mesmo tempo, o trabalhador fará opção do adicional , sendo vedada a percepção cumulativa. III- O direito do empregado ao adicional de insalubridade e ou periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física ; IV- Aos menores de 18 anos de idade é vedado o exercício de atividade insalubre e / ou

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perigosa. V-. O exercício atividade insalubre ou perigosa poderá assegurar ao trabalhador o direito a aposentadoria especial(15, 20 ou 25 anos de serviço), segundo normas do INSS . VI.- A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade é feita através da perícia a cargo de médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho. VII - Os adicionais de periculosidade e/ou de insalubridade, no serviço público , são diferentes dos valores pagos aos empregados celetistas . VIII - Os estabelecimentos que mantenham atividades perigosas ou nocivas à saúde deverão afixar nos respectivos setores avisos e/ou cartazes com advertência quanto aos materiais e substâncias perigosas ou nocivas à saúde. IX- A empresa deve anotar na carteira de trabalho do empregado o fato de ele trabalhar em condições de periculosidade ou de insalubridade. Isto poderá evitar possíveis transtornos para o empregado no futuro. 4. ACIDENTE DO TRABALHO

A legislação define como sendo acidente do trabalho aquele que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução da capacidade para o trabalho, permanente ou temporária .

4.1 DIREITO AO ACIDENTE DO TRABALHO As prestações relativas aos acidentes do trabalho são devidas:

Ao empregado, exceto o doméstico. Ao trabalhador avulso (vigia portuário, guindasteiro, estivador, conferente de carga ,etc) Ao segurado especial ( produtor rural, arrendatário rural ,garimpeiro, pescador artesanal Ao médico residente, de acordo com a Lei 8138 de 28/12/90.

4.2 BENEFÍCIOS PAGOS PELO INSS EM VIRTUDE ACIDENTE DO TRABALHO : a ) PARA O SEGURADO: - AUXÍLIO DOENÇA- Será devido ao acidentado que ficar incapacitado para o seu trabalho

por mais de 15 ( quinze ) dias consecutivos. - AUXÍLIO ACIDENTE – Será concedido ao empregado segurado quando, após a

consolidação das lesões do acidente do trabalho. Este benefício é mensal e corresponde a um percentual do salário de contribuição do segurado, vigente no dia do acidente. O pagamento do benefício é suspenso quando o segurado se aposenta ou quando falece.

APOSENTADORIA POR INVALIDEZ –Será devida ao acidentado que, estando ou não em gozo de auxílio doença, for considerado incapaz para o trabalho e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência. b) PARA O(S) DEPENDENTE(S): PENSÃO POR MORTE –Será devida ao(s) dependente(s) do segurado falecido em conseqüência do acidente do trabalho, a contar da data do óbito. O valor da pensão será igual ao salário de contribuição vigente no dia do acidente. A pensão por morte, havendo mais de um pensionista, será rateada entre todos, em partes iguais e reverterá em favor dos demais a parte daquele cujo o direito a pensão cessar.

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4.3 CARACTERIZAÇÃO DO ACIDENTE DO TRABALHO

São consideradas como acidente do trabalho as seguintes enfermidades:

a) Doença profissional- Aquela produzida ou desencadeada pelo exercício de trabalho peculiar a determinada atividade e constante do Anexo do Regulamento dos Benefícios da Previdência Social.

b) Doença do trabalho- Aquela adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relaciona diretamente, desde que constante do Anexo do Regulamento dos Benefícios da Previdência Social.

Observação: Não são consideradas como doença do trabalho: - A doença degenerativa; - A inerente a grupo etário; - A que não produz incapacidade laborativa; - A doença endêmica adquirida por segurados habitantes de região em que ela se

desenvolva, salvo comprovação de que resultou de exposição ou contato direto determinado pele natureza do trabalho.

Também são equiparados ao acidente do trabalho as seguintes situações:

a) O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído para a morte do segurado, para a perda ou redução da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação. b) O acidente sofrido pelo segurado no local e horário de trabalho, em consequência de : - Ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho. - Ofensa física intencional , inclusive de terceiro , por motivo de disputa relacionada com o

trabalho. - Ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro, ou de companheiro de trabalho. - Ato de pessoa privada do uso da razão. - Desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos decorrentes de força maior. c) A doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade. d) O acidente sofrido, ainda que fora do local e horário de trabalho : - Na execução de ordem ou na realização de serviços sob autoridade da empresa. - Na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito. - Em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo, quando financiada por esta,

dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado.

- No percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.

e) Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras

necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho.

4.4 CONSEQUÊNCIAS DO ACIDENTE . Lesão ( ferimento) no homem ; . Danificação de material; . Incapacidade ( permanente total; permanente parcial; temporária );

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. Perda de tempo; - Problemas psicológicos e ou familiares; - Etc 4.5 CAUSAS DOS ACIDENTES: a) ATO INSEGURO OU ATOS ABAIXO DO PADRAO – Ë tudo aquilo que o trabalhador faz, voluntariamente ou não, e que pode causar acidente, como por exemplo: .Utilizar equipamentos, ferramentas, etc., em mal estado ou de forma errada; . Movimentar peças sem o devido cuidado; . Operar máquinas sem o devido cuidado; . Operar máquinas sem autorização ou habilitação; . Desenvolver velocidade em excesso com veículos automotores ou mesmo nas máquinas; . Manusear objetos pesados ao invés de movimentá-los com equipamentos mecânicos; . Ficar ou passar por baixo de cargas suspensas ou entre máquinas em movimento; . Não respeitar avisos de perigo; . Retirar proteções das máquinas; . Empilhar peças de maneira errada; . Lubrificar ou limpar máquinas em movimento; . Distrair-se com assuntos alheios ao trabalho; b) CONDIÇÃO INSEGURA OU CONDICOES ABAIXO DO PADRAO– São situações existentes no ambiente de trabalho e que podem causar acidentes, tais como: - Iluminação deficiente - Falta de proteção nas partes móveis das máquinas - Arranjo físico inadequado - Excesso de ruído e/ou calor - Falta de sinalização -Matéria prima com defeito -Etc c) FATOR PESSOAL DE INSEGURANÇA – São problemas pessoais do indivíduo e que agindo sobre o trabalhador podem vir a provocar acidentes , tais como: - Alcoolismo e outras dependências químicas; - Problemas de saúde não tratados - Conflitos familiares - Problemas de ordem social e/ou psicológicos; - Etc d) FENÔMENOS DA NATUREZA E OUTROS CASOS São situações que fogem ao controle do homem, tais como: - Inundação; vendaval; maremoto; incêndio etc. 4.6 COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE DO TRABALHO O acidente do trabalho deve ser comunicado pela empresa até o 1º dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, a autoridade competente, sob pena de multa variável cobrada pela previdência social. Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o médico de atendimento ou qualquer autoridade pública. A Comunicação do Acidente de Trabalho(CAT) será preenchida em seis vias, com a seguinte destinação: . 1ª via ao INSS; . 2ª via ao segurado ou dependente; . 3ª via ao sindicato dos trabalhadores; . 4ª via à empresa; . 5ª via ao SUS; e . 6ª via à DRT/Ministério do Trabalho

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De posse da CAT, o segurado deverá dirigir-se ao Serviço de Saúde mais próximo do local de trabalho ou do acidente ou da sua residência, que prestará o primeiro atendimento. A seguir, a CAT deverá ser entregue para registro, de imediato, no posto de benefício do INSS. 5. COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES - CIPA ( NR 5 ) 5.1-INTRODUÇÃO A Organização Internacional do Trabalho (OIT), entidade que visa à solução dos problemas relacionados ao trabalho, devido aos altos índices de acidentes do trabalho, criou, em 1921, comitês de segurança nas empresas. Os empregados integrantes deste comitê, além de suas atribuições normais, se preocupam também com a prevenção de acidentes. Após estudos, em 1923, para todos os países a recomendação foi passada, criando-se, então, a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). No Brasil, entretanto, só começou a ser cumprida a partir de 1944. Ao longo dos anos, a legislação específica da CIPA vem se aperfeiçoando e sofrendo as devidas alterações. 5.2 - O QUE É CIPA ? É uma comissão formada por empregados da empresa com objetivo de promover a segurança e saúde dos trabalhadores. 5.3-CONSTITUIÇÃO Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular funcionamento, as empresas privadas, públicas, sociedade de economia mista, órgãos de administração direta e indireta, instituições beneficentes, associações recreativas, cooperativas, bem como outras instituições que admitam trabalhadores como empregados. Esta disposição também se aplica para os trabalhadores avulsos e às entidades que lhes tomem serviços . Estabelecimento - " Cada uma das unidades da empresa , funcionando em lugares diferentes , tais como : fábrica , refinaria , usina , escritório , oficina , depósito , laboratório . " 5.4-ORGANIZAÇÃO A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados.A escolha dos representantes é feita da seguinte forma: - Representantes da empresa ( empregador) - A empresa escolhe os empregados, titulares e suplentes, que farão parte desta representação. - Representantes dos empregados - É feita através de eleição realizada na empresa, no horário de expediente, devendo ter a participação, na votação, de, no mínimo, a metade dos empregados do estabelecimento. Os candidatos eleitos assumirão a condição de titulares e suplentes respectivamente. 5.5- DIMENSIONAMETO O número de representantes da CIPA é feito segundo o número de empregados do estabelecimento, e da CLASSIFICAÇÃO NACIONAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS - CNAE Quando o estabelecimento não se enquadrar no quadro do dimensionamento, a empresa designará um responsável para realizar as a atribuições da CIPA. 5.6- MANDATO O mandato dos membros eleitos da CIPA terá duração de um ano, permitida uma reeleição.. 5.7- CARGOS NA CIPA Na estrutura da CIPA existem alguns cargos preenchidos da seguinte maneira:

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Presidente da CIPA Indicado pela da empresa entre os seus representantes .

Vice Presidente da CIPA Os representantes dos empregados escolherão entre os seus titulares .

Secretário da CIPA e respectivo suplente

Os membros da CIPA escolhem de comum acordo um componente da comissão. É necessária a concordância do empregador se a escolha recair num empregado não integrante da comissão.

5.8 - GARANTIA DE EMPREGO É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de direção da CIPA, desde o registro da sua candidatura até um ano após o final de seu mandato. 5.9- ALGUMAS DAS ATRIBUIÇÕES DA CIPA - Identificar os riscos do processo de trabalho e elaborar o MAPA DE RISCO , com a

participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT. - Realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando a

identificação de situações que venham a trazer riscos para segurança e saúde dos trabalhadores.

- Requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador,a paralisação de máquina ou setor

onde considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores. - Colaborar no desenvolvimento e implantação do PCMSO e PPRA e de outros programas

relacionados à segurança e saúde no trabalho. - Divulgar e promover o cumprimento das normas de segurança e medicina do trabalho ou

de regulamento e instrumentos de serviços visando a segurança e saúde dos trabalhadores .

- Participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador, da análise das causas das doenças e acidentes do trabalho, propondo medidas de solução dos problemas identificados. - Promover anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana interna de

Prevenção de Acidentes do Trabalho - SIPAT . - Participar , anualmente , em conjunto com a empresa , de campanhas de prevenção da

AIDS.

6. SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DOTRABALHO (SESMT) 6.1INTRODUÇÃO Este serviço é regulamentado pela norma regulamentadora no 4 e torna obrigatória a manutenção desses serviços nas empresas públicas e privadas, os órgãos públicos de administração direta e indireta e dos poderes legislativos e judiciários que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. 6.2 OBJETIVO

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Promover a saúde e proteger a integridade dos trabalhadores no local de trabalho. 6.3 DIMENSIONAMENTO É dimensionado de acordo com o número de empregados do estabelecimento e o grau de risco da atividade principal da empresa. 6.4 COMPOSIÇÃO DO SESMT O SESMT deverá ser integrado por Médico do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho, Técnico de Segurança do Trabalho e Auxiliar de Enfermagem do Trabalho. 6.5 ATRIBUIÇÕES DO SESMT

Aplicar os conhecimentos de Engenharia de Segurança e de Medicina do Trabalho ao ambiente de trabalho de modo a reduzir ou eliminar os possíveis riscos existentes à saúde do trabalhador.

Determinar, quando esgotados todos os meios conhecidos para a eliminação e redução do risco, a utilização, pelo trabalhador, do Equipamento de Proteção Individual (EPI).

Colaborar nos projetos e novas instalações físicas da empresa.

Responsabilizar-se tecnicamente pela orientação quanto ao cumprimento das normas de segurança na empresa e seus estabelecimentos.

Manter permanente relacionamento com a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).

Promover a realização de atividades de conscientização, educação e orientação dos trabalhadores para a prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, tanto através de campanhas, quanto de programas de duração permanente.

Esclarecer e conscientizar os empregados sobre acidentes do trabalho e de doenças ocupacionais, estimulando-os em favor da prevenção.

Analisar e registrar em documentos específicos todos os acidentes ocorridos na empresa ou estabelecimento, com ou sem vítima, e todos os casos de doença ocupacional. 7. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ( E P I )

7.1- DEFINIÇÃO: É todo dispositivo de uso pessoal, de fabricação nacional ou estrangeira, destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhados durante o exercício de suas atividades. "O EPI não evita que o acidente ocorra, mas reduz suas consequências, evitando ou reduzindo as lesões físicas." 7.2-QUANDO ESPECIFICAR O EPI ? - Sempre que as medidas de proteção coletivas forem tecnicamente inviáveis ou que não

ofereçam completa proteção ao empregado, quer no aspecto de acidentes e/ou doenças profissionais ou do trabalho.

- Enquanto as medidas de proteção estiverem sendo implantadas. - Em situações de emergência 7.3 - QUEM PODE RECOMENDAR O USO DO EPI AO EMPREGADOR?

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- Os profissionais do SESMT - Os componentes da CIPA, nas empresas desobrigadas de manter o SESMT. 7.4 -Quais as gravações que deverão aparecer no EPI ? "Todo EPI deverá apresentar, em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa fabricante ou importador e o número do CA."

7.5 -COMPETÊNCIAS a- CABE AO EMPREGADOR: - Adquirir o tipo de equipamento apropriado para a atividade do empregado; - Fornecer o equipamento gratuitamente ao empregado; - Treinar o empregado quanto ao uso do equipamento; - Tornar obrigatório o uso do equipamento; - Substituir o equipamento caso seja danificado e/ou extraviado; - Responsabilizar-se pela sua higienização e manutenção periódica. b- CABE AO EMPREGADO: - Usar o equipamento de proteção individual indicado para a finalidade a que se destinar; - Responsabilizar-se pela guarda e conservação do equipamento; - Responsabilizar-se pela danificação e/ou extravio do mesmo; - Comunicar ao empregador qualquer irregularidade ou situação que torne impróprio o uso do equipamento. 7.6 CLASSIFICACAO

PARTES DO CORPO

TIPOS DE EPI’S

CABEÇA E FACE

- Protetores faciais destinados à proteção dos olhosquímicos e radiações luminosas;

- Óculos de segurança para trabalhos que possamimpacto

de partículas, e para trabalhos que causam irritação- Máscara para soldadores; - Capacete de segurança para proteção do crânio no ( trabalhos a céu aberto); impactos provenientes elétrico. - Capuz, touca, rede

MEMBROS SUPERIORES

- Luvas e/ou mangas de proteção para: Produtos Frio ;

- Agentes biológicos; Materiais ou objetos aquecido MEMBROS INFERIORES

- Calçados de proteção ( sapatos , botinas ) contrlocais

enchar ados; úmidos etc... - Perneiras de proteção contra riscos de origem mec

PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS

- Cinto de segurança (dotados de corda de nylon);

- Cadeira suspensa. PROTEÇÃO AUDITIVA

- Protetores auriculares ( do tipo concha , inserção o

PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

- Respiradores contra poeira e produtos químicos; - Aparelho de respiração autônoma para locais onde o

PROTEÇÃO DO TRONCO

- Aventais, jaquetas, capas e outras vestimentas c . Térmica, radioativa e mecânica;. Agentes químic . Agentes meteorológicos; . Umidade.

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PROTEÇÃO CORPO INTEIRO:

- Aparelho de isolamento autônomo ou de adução de

8. COR E SINALIZAÇÃO

8.1-INTRODUÇÃO A utilização de cores não dispensa o uso de outras formas de prevenção de acidentes e a sua

utilização deve ser a mais reduzida possível, para não ocasionar distração, confusão e fadiga ao trabalhador.

8.2 CORES

COR APLICAÇÃO ( IDENTIFICAR ) Vermelho Caixa de alarme de incêndio; hidrantes; bombas de incêndio; sirene de alarme de

incêndio; extintores e sua localização; localização de mangueiras de incêndio; transporte com equipamento de combate a incêndio; portas de saída de emergência; “sprinklers”; e excepcionalmente, como sentido de advertência de perigo em obstruções perigosas.

Amarelo . identificar gases não liquefeitos, em canalizações; . indicar cuidado em: - partes baixas de escadas portáteis, corrimões, parapeitos, pisos e partes inferiores de escada, poços e entradas subterrâneas, meio-fios, partes de fundo de corredores sem fim.

Branco . passarelas e corredores de circulação, por meio de faixas; direção e circulação por meio de sinais; localização e coletores de resíduos; localização de bebedouros; áreas em torno dos equipamentos de socorro de urgência e de combate a incêndios; áreas de armazenamento e zonas de segurança.

Preto . indicar as canalizações de inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade(óleos lubrificantes, asfalto, óleo combustível, piche e etc.).

Azul: .canalizações de ar comprimido: . para indicar cuidado, ficando o seu emprego limitado a avisos contra o uso de equipamento, assim como a sua movimentação, que deverá permanecer fora de serviço. . barreiras e bandeirolas de advertência a serem localizadas nos pontos de comando, partida ou fontes de energia de equipamentos.

Verde: é a cor que caracteriza segurança

. caixas de equipamento de socorro de urgência, chuveiros de segurança; quadros para exposição de cartazes; boletins; avisos e localização de EPI; emblemas de segurança; mangueiras de oxigênio na solda; . canalizações de água.

Laranja . partes móveis de máquinas e equipamentos; faces internas de caixas protetoras de dispositivos elétricos; faces externas de polias e engrenagens; dispositivos de corte; prensas; bordas de serras; . canalizações de ácidos.

Púrpura . indicar perigos advindos de radiações eletromagnéticas; portas e aberturas que dão acesso a locais onde se manipulam ou armazenam materiais radiativos; locais onde tenham sido enterrados materiais contaminados e recipientes de materiais radiativos.

Lilás . indicar canalizações que contenham álcalis; . identificar lubrificantes nas refinarias de petróleo

Cinza Cinza claro: utilizado nas canalizações em vácuo; Cinza escuro: utilizado para identificar eletrodutos.

Alumínio . canalizações com gases liquefeitos; inflamáveis e combustíveis de baixa viscosidade(óleo diesel, gasolina, querosene, etc.)

Marrom: . a critério da empresa, para identificar qualquer fluido não identificável pelas demais cores

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8.3 Rotulagem preventiva Todas as instruções dos rótulos dos produtos ,perigosos ou nocivos à saúde deverão ser breves , precisas e redigidas em termos simples e de fácil compreensão. Do rótulo deverão constar os seguintes tópicos.

a ) Nome técnico do produto b) Palavra de advertência designando o grau de risco As palavras de advertência que devem ser usadas são: "Perigo", para indicar substâncias que apresentem alto risco; "Cuidado", para substâncias que apresentem risco médio; "Atenção", para substâncias que apresentem risco leve. c) Indicações de risco - As indicações deverão informar sobre os riscos relacionados ao manuseio de uso habitual ou razoavelmente previsível do produto.

Exemplos: "Extremamente Inflamáveis", "Nocivo se Absorvido Através da Pele", etc. d ) Medidas preventivas - Abrangendo aquelas a serem tomadas. Têm por finalidade estabelecer outras medidas a serem tomadas para evitar lesões ou danos decorrentes dos riscos indicados.

Exemplos: "Mantenha Afastado do Calor, Faíscas e Chamas Abertas" e "Evite

Inalar a Poeira".

e) Primeiros Socorros - Medidas específicas que podem ser tomadas antes da chegada do médico. f) Informações para médicos, em casos de acidentes. g) Instruções especiais em caso de fogo, derrame ou vazamento, quando for o caso.

9. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO 9.1 Características Físicas e Químicas do Fogo

Uma vez que o fogo é um processo de combustão que envolve reações químicas e

que, além disso, um dos efeitos mais evidentes do fogo, o calor, envolve a aplicação de

conceitos de física, não é possível que se aborde um tema relacionado diretamente com

o fogo sem que se faça menção aos seus aspectos químicos e físicos.

Assim, os fatos fundamentais acerca do fogo levam à compreensão de como

ocorre, tornando mais fácil a sua extinção.

Quando uma substância combustível se une com o oxigênio de um modo rápido,

liberando luz e calor, diz-se que a substância está em combustão.

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O fogo é, portanto, uma “reação química de oxidação, que se desenvolve em alta velocidade, acompanhada da liberação de energia sob a forma de luz e calor”.

Para que o fogo aconteça, é necessário:

a) combustível;

b) comburente;

c) fonte de ignição (com calor suficiente para iniciar a combustão); e

d) reação em cadeia.

Até algum tempo atrás, somente eram considerados como essenciais à combustão os

elementos que eram indicados por meio de um triângulo, denominado "triângulo do fogo",

que tinha como lados o combustível, o comburente e a fonte de ignição.

Com a introdução no conceito de combustão da reação em cadeia, necessária para

explicar o mecanismo de extinção do fogo por agentes químicos, tornou-se necessário

criar um novo meio, de fácil memorização, constituído de quatro elementos, um sólido de

quatro faces, denominado "tetraedro do fogo", cujas faces são: o combustível, o

comburente, a fonte de ignição e a reação em cadeia.

A ausência de qualquer uma destas faces faz com que o tetraedro deixe de existir,

ou seja, cessa a combustão, extingue-se o fogo.

Faremos, a seguir, algumas considerações acerca dos componentes do tetraedro

do fogo.

Combustível

Qualquer material oxidável (sólido, líquido ou gasoso) capaz de reagir com um

comburente, originando a combustão.

Comburente

Denomina-se comburente a substância oxidante indispensável ao fenômeno da

combustão. Geralmente, esta substância é o oxigênio do ar, mas existem outros

elementos que podem fazer o mesmo papel.

COMBUSTÍVEL COMBURENTE

FONTE DE IGNIÇÃO

REAÇÃO EM CADEIA

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O ar é formado, basicamente, por dois gases: nitrogênio (78%) e oxigênio (21%).

O nitrogênio age como diluente do oxigênio, reduzindo a intensidade da queima do

combustível.

Para que haja a combustão, há que se ter um mínimo de 17% de oxigênio em

volume. Em atmosfera de altas concentrações de oxigênio (acima de 18%), a combustão

se processa com uma enorme rapidez e torna-se muito difícil extingui-la.

Uma vez que o oxigênio existe no ar em forma gasosa, ele somente se combinará

com outras substâncias, num processo de combustão, se essas substâncias também

estiverem sob a forma gasosa. Isso significa que, na chama, o que queima não é o líquido ou o sólido, e sim o vapor ou o gás desprendido deles.

O carbono e alguns metais não obedecem à regra de que o combustível deve estar

sob a forma de vapor ou gás para queimar, pois tais materiais queimam, mesmo no

estado sólido.

Fonte de Ignição

A ignição de um material combustível ocorre quando uma fração desse material,

em mistura com o ar, dentro da faixa de inflamabilidade, é aquecida até uma

determinada temperatura, que nós denominamos temperatura de auto-ignição.

Observemos o seguinte exemplo: temos uma mistura de um gás combustível (por

exemplo, o propano) com o ar, dentro da faixa de inflamabilidade. Coloquemos no

interior dessa mistura um fósforo aceso e observemos o que vai acontecer. O fósforo

aceso é uma fonte de ignição; a reação de combustão da madeira está liberando uma

certa quantidade de energia, parte sob a forma de calor. Este calor é absorvido pela

mistura de propano e ar, produzindo-se, num determinado ponto dessa mistura, um

aquecimento localizado. Em determinado instante, a temperatura da mistura ultrapassa

a temperatura necessária para que seja iniciada uma reação química de combustão, ou

seja, a temperatura de auto-ignição. A partir desse momento, a combustão daquela

fração de mistura inflamável irá gerar mais calor, que irá aquecer, por sua vez, uma

outra fração vizinha à primeira, iniciando também nesta um processo de combustão,

que, por sua vez, liberará calor, que irá provocar a ignição de uma terceira, e assim por

diante. Este exemplo mostra não só como se inicia um processo de combustão, mas

também como ele se mantém, utilizando o calor gerado para provocar a ignição de uma

parte não queimada.

Existem várias maneiras de se conseguir provocar a ignição numa mistura

inflamável, mas todas elas se resumem na existência de uma fonte de ignição. As fontes

de ignição são divididas comumente em quatro tipos, segundo sua origem: química,

elétrica, mecânica e nuclear.

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Reação em Cadeia

O estudo moderno das reações de combustão levou à descoberta da formação de

certas frações químicas, instáveis e temporárias, denominadas "Radicais Livres". Estes

radicais são os responsáveis pela transferência de energia entre uma molécula

"queimada" e uma molécula "não queimada", e, embora sua vida não passe de frações

de segundos, são tão indispensáveis ao processo de combustão quanto o combustível

ou o comburente.

Imaginemos um recipiente contendo uma mistura de hidrogênio e cloro. Estes

gases não reagem entre si em temperatura e pressões normais, a menos que se

introduza um terceiro componente: energia, sob a forma de luz. A luz faz com que as

moléculas se transformem em radicais livres (ou átomos ativos), que, por sua vez, serão

capazes de reagir com outras moléculas, produzindo energia calorífica, que libertará

outros radicais, formando a reação em cadeia.

9.2 Misturas Inflamáveis

Os vapores ou gases de uma substância combustível, combinados com o oxigênio

do ar, são capazes de se inflamar, desde que a proporção ar/vapor ou gás combustível

esteja entre duas concentrações definidas para cada substância, denominadas “Limites

de Inflamabilidade (ou Explosividade)”, conforme se observa no esquema a seguir.

A concentração mínima de vapor ou gás combustível no ar, abaixo da qual a

mistura não se inflama, denomina-se "Limite Inferior de Inflamabilidade ou Explosividade

– LIE", e a concentração máxima acima da qual a mistura não queima denomina-se

“Limite Superior de Inflamabilidade ou Explosividade – LSE”, e são expressas,

geralmente, em forma de percentagem de vapor ou gás combustível no ar.

Quando a concentração da mistura está abaixo do Limite Inferior de

Inflamabilidade, diz-se que a mistura é pobre e não há queima; se estiver acima do

Limite Superior de Inflamabilidade, diz-se que a mistura é rica e também não há queima.

À região compreendida entre os limites inferior e superior dá-se o nome de "Faixa de

Inflamabilidade (ou Faixa de Explosividade)".

Os limites de inflamabilidade variam nos diferentes tipos de combustíveis, como

indica a tabela a seguir.

+ O2 - C2 LIE LSE - O2 +C2

FAIXA DE INFLAMABILIDADE

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Combustível LIE LSE

Butano 1,9% 8,5%

Gás Natural 4,0% 14,0%

Gasolina 1,4% 7,6%

Álcool Etílico 4,3% 19%

Querosene 0,7% 5,0%

Acetileno 2,5% 81,0%

Monóxido de Carbono 12,5% 74,0%

Hidrogênio 4,1% 74,2%

9.3 Propagação do Calor A propagação do calor é responsável pelo início e pela continuidade da maior parte

dos incêndios. O calor é transferido pelas seguintes formas:

Condução

A propagação do calor de um corpo para outro por condução se processa por meio

de contato direto ou de um condutor intermediário sólido, líquido ou gasoso, passando o

calor de molécula a molécula, como, por exemplo, o calor do café dentro de uma xícara,

que chega até os dedos passando pela própria xícara. Do mesmo modo, uma tubulação

de vapor em contato com um pedaço de madeira transfere para este parte de seu calor

por meio de contato direto. Neste exemplo, a tubulação de vapor é o condutor de calor

do vapor. Como na condução o calor se propaga de molécula a molécula, é fácil

entender por que não ocorre condução de calor por meio do vácuo perfeito. A

ATENÇÃO!

Verifique os exemplos a seguir.

1. Medimos a concentração de vapor de querosene num ambiente e

encontramos 0,4%. Consultando a tabela, verificamos que este valor está

abaixo do seu LIE. Não deverá haver explosão.

2. A concentração de vapor de gasolina medida num tanque foi de 2,3%.

Verifica-se pela tabela que 2,3% para a gasolina está dentro da faixa de

inflamabilidade. Logo, poderá haver explosão.

3. Ainda para a gasolina, se a concentração encontrada fosse de 9,0%, a

explosão, naquele momento, não deveria ocorrer, pois este valor está acima do

LSE para a gasolina.

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quantidade de calor transferida por condução depende da condutividade térmica, da

área e da espessura do material.

Radiação

A propagação do calor de um corpo para outro por radiação se processa por meio

de ondas eletromagnéticas, semelhantes à luz ou às ondas de rádio. É, também, desta

maneira que um incêndio em um tanque de petróleo provoca o aquecimento dos

tanques vizinhos. O calor radiante passa livremente pelo vácuo. Assim como a luz, o

calor radiante é refletido por superfícies polidas e passa por meio de objetos

translúcidos. Outros fatores que afetam a transferência de calor por radiação são: a

composição, a cor e o polimento das superfícies. As superfícies escuras e rugosas

absorvem calor mais rapidamente que as superfícies claras e polidas.

Convecção

Convecção é uma forma pela qual o calor se propaga somente por meio de um

corpo gasoso ou líquido. Consideremos a seguinte experiência: colocando-se ao fogo

um recipiente com líquido, por exemplo, a parte inferior se aquece primeiro; sua

densidade, em conseqüência, diminui e sobe, deslocando a parte superior que está mais

fria para baixo. Estabelece-se, assim, uma corrente de líquido, o que facilita o seu rápido

aquecimento.

9.4 Requisitos de proteção

A NR-23 estabelece as medidas que devem dispor os locais de trabalho visando à

prevenção da saúde e da integridade física dos trabalhadores. Determina os seguintes

requisitos mínimos e obrigatórios para o sistema de proteção contra incêndios de

todas as empresas:

saídas suficientes para a rápida retirada do pessoal em caso de incêndio;

equipamento suficiente para combater o fogo em seu início; e

pessoas adestradas no uso correto dos equipamentos.

a. Saídas de Emergência Os locais de trabalho deverão dispor de saídas em número suficiente e dispostas

de modo que todos os presentes nesses locais possam abandoná-los com rapidez e

segurança em caso de emergência.

ATENÇÃO! As vias de saída e de acesso devem estar sempre desobstruídas, iluminadas e

sinalizadas com a direção de saída.

A existência de iluminação de emergência nesses locais é muito importante,

sobretudo nos casos de abandono de área.

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b. Portas Considerações gerais:

As portas de saída devem ser de batentes ou corrediças horizontais, a

critério da autoridade competente em segurança do trabalho.

As portas verticais, as de enrolar e as giratórias não serão permitidas

em comunicações internas.

Todas as portas de batente, tanto as de saída como as de

comunicações internas, devem abrir no sentido da saída e situar-se de

tal modo que, ao se abrirem, não impeçam as vias de passagem.

As portas que conduzem às escadas devem ser dispostas de maneira

a não diminuírem a largura efetiva dessas escadas.

As portas de saída devem ser dispostas de maneira a serem visíveis,

ficando terminantemente proibido qualquer obstáculo, mesmo

ocasional, que entrave o seu acesso ou a sua vista.

Nenhuma porta de entrada ou de saída ou de emergência de um

estabelecimento ou local de trabalho deverá ser fechada à chave,

aferrolhada, ou presa durante as horas de trabalho.

Durante as horas de trabalho, as portas poderão ser fechadas com

dispositivo de segurança que permita a qualquer pessoa abri-las

facilmente do interior do estabelecimento ou do local de trabalho.

Em hipótese alguma, as portas de emergência deverão ser fechadas

pelo lado externo, mesmo fora do horário de trabalho.

c. Escadas e Portas Corta-Fogo

Todas as escadas, plataformas e patamares deverão ser feitos com

materiais incombustíveis e resistentes ao fogo.

As caixas de escadas deverão ser providas de portas corta-fogo,

fechando-se automaticamente e podendo ser abertas facilmente pelos

dois lados.

c. Sistemas de Alarme

Nos estabelecimentos de riscos elevados ou médios, deverá haver um sistema de

alarme capaz de dar sinais perceptíveis em todos os locais da construção.

Cada pavimento do estabelecimento deverá ser provido de um número suficiente

de pontos capazes de pôr em ação o sistema de alarme adotado. As campainhas ou

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sirenes de alarme deverão emitir um som distinto em tonalidade e altura de todos os

outros dispositivos acústicos do estabelecimento.

Os botões de acionamento de alarme devem ser colocados nas áreas comuns dos

acessos aos pavimentos, em lugar visível e no interior de caixas lacradas com tampa de

vidro ou plástico, facilmente quebrável. Esta caixa deverá conter a inscrição "Quebrar

em caso de emergência".

d. Exercícios de Alerta

Os exercícios de combate ao fogo deverão ser feitos periodicamente, sob a direção

de um grupo de pessoas capazes de prepará-los e dirigi-los, comportando um chefe e

ajudantes em número necessário, segundo as características do estabelecimento.

Os planos de exercício de alerta deverão ser preparados como se fossem para um

caso real de incêndio.

Nas fábricas que mantenham equipes organizadas de bombeiros, os exercícios

devem realizar-se periodicamente, de preferência sem aviso e se aproximando, o mais

possível, das condições reais de luta contra o incêndio.

9.5 Classes de Fogo Para facilitar a aplicação das disposições da NR-23, é adotada a seguinte

classificação:

Fogo classe A: é considerado o fogo em materiais de fácil combustão, com a

propriedade de se queimarem em superfície e profundidade, deixando resíduos,

tais como tecidos, madeira, papel, fibra etc.

Fogo classe B: é considerado o fogo em produtos inflamáveis que queimem somente

em sua superfície, não deixando resíduos, tais como óleos, graxas, vernizes,

tintas, gasolina etc.

Fogo classe C: é considerado o fogo que ocorre em equipamentos elétricos

energizados, tais como motores, transformadores, quadros de distribuição, fios

etc.

Fogo classe D: é considerado o fogo em elementos pirofóricos, tais como magnésio,

zircônio, titânio etc.

9.6 Sistemas de Extinção de Incêndio

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Os sistemas de extinção de incêndio podem ser com água e com extintores. Apresentamos a seguir, algumas recomendações importantes sobre estes sistemas. Leia com atenção.

a. Com Água Quando for usada a água em incêndios em edificações, deve-se ter o cuidado de

desligar toda a corrente elétrica antes de se iniciar o combate ao fogo, condição básica

para se evitar acidente com choque elétrico na equipe que combate o fogo.

Nos estabelecimentos industriais com 50 ou mais empregados deve haver um

aprisionamento conveniente de água sob pressão, a fim de, a qualquer tempo, extinguir

os começos de fogo de classe A.

Os pontos de captação de água deverão ser facilmente acessíveis e situados ou

protegidos de maneira a não poderem ser danificados. Estes pontos e os encanamentos

de alimentação deverão ser experimentados, freqüentemente, a fim de evitar o acúmulo

de resíduos.

Os chuveiros automáticos (splinklers) devem ter seus registros sempre abertos e

só poderão ser fechados em caso de manutenção ou inspeção, com ordem do

responsável pela manutenção ou inspeção.

Deve existir um espaço livre de, pelo menos, 1 metro abaixo e ao redor dos pontos

de saída dos chuveiros automáticos (splinklers), a fim de assegurar a dispersão eficaz

da água.

Especial atenção deve ser dada às mangueiras de incêndio. Elas devem ser

acondicionadas dentro de abrigos em ziguezague ou aduchadas. As mangueiras semi-

rígidas podem ser acondicionadas enroladas. É importante permitir sua utilização com

facilidade e rapidez.

As bombas de incêndio devem ser acionadas periodicamente, como manutenção

mínima, a fim de se verificar o seu perfeito funcionamento.

b. Com Extintores

Todos os estabelecimentos, mesmo os dotados de chuveiros automáticos, deverão

ser providos de extintores portáteis, a fim de combater o fogo em seu início. Tais

aparelhos devem ser apropriados à classe do fogo a extinguir.

Os aparelhos extintores de maior porte, de 60kg a 150kg, deverão ser montados

sobre rodas.

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O extintor tipo "Água Pressurizada" ou "Água-Gás" deve ter capacidade variável

entre 10 e 18 litros.

Outros tipos de extintores portáteis só serão admitidos com a prévia autorização da

autoridade competente em matéria de segurança do trabalho.

b.1 Extintores de Incêndio

De acordo com o agente extintor, o princípio de extinção e o sistema de expulsão,

os extintores são classificados conforme a tabela a seguir.

Agente Extintor Princípio de Extinção

Água Resfriamento

Espuma mecânica Abafamento Resfriamento

Pó químico B/C Reação química

Pó químico A/B/C Reação química Abafamento (classe A)

Pó químico D Reação química Abafamento Resfriamento

Gás carbônico (CO2)

Abafamento Resfriamento

Hidrocarbonetos halogenados

Reação química Abafamento (classe A)

De acordo com a sua massa total (recipiente + agente extintor + acessórios), os

extintores são classificados em portáteis e sobre rodas.

Seleção do Agente Extintor

De acordo com a natureza do fogo, os agentes extintores devem ser selecionados

entre os constantes da tabela a seguir.

Classe de fogo Água Espuma

mecânicaGás carbônico Pó B/C Pó

A/B/C HC halogenados

A (A) (A) (NR) (NR) (A) (A)

B (P) (A) (A) (A) (A) (A)

C (P) (P) (A) (A) (A) (A)

D

Nota: (A) Adequado à classe de fogo.

(NR) Não recomendado à classe de fogo.

(P) Proibido à classe de fogo.

Sinalização

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Os locais destinados aos extintores devem ser sinalizados para fácil localização.

Para sinalização de paredes, recomenda-se a utilização de indicadores vermelhos

com bordas amarelas, situados acima dos extintores. Na faixa vermelha da sinalização

deve constar, no mínimo, a letra “E” na cor branca.

A sinalização de coluna deve aparecer em todo o seu contorno, recomendando-se

que utilize setas, círculos ou faixas vermelhas com bordas amarelas, situadas em nível

superior aos extintores e que, na parte vermelha da sinalização, conste a letra “E” na cor

branca, em cada uma de suas faces.

Nas áreas industriais e depósitos, deve ser pintada de vermelho, com bordas

amarelas, uma área de piso sob o extintor, a fim de evitar que seu acesso seja

obstruído. Esta área deve ter, no mínimo, as seguintes dimensões:

Área pintada de vermelho: 0,70cm x 0,70cm.

Bordas amarelas: 0,15cm de largura.

Em áreas que dificultem a visualização das marcações de parede e coluna, devem-

se utilizar, também, setas direcionais, dando o posicionamento dos extintores, as quais

devem ser instaladas onde forem mais adequadas e visíveis. Recomenda-se que seja

utilizada a cor vermelha com bordas amarelas.

Simbologia

Para efeito de representação em peças gráficas integrantes do projeto de sistema

de proteção por extintores, deve ser usada a simbologia a seguir.

Extintor de água

Extintor, sobre rodas, de água

Extintor de espuma química

Extintor, sobre rodas, de espuma química

Extintor de espuma mecânica

Extintor, sobre rodas, de espuma mecânica

Extintor de gás carbônico (CO2)

Extintor, sobre rodas, de gás carbônico (CO2)

Extintor de pó químico

Extintor, sobre rodas, de pó químico

Extintor de hidrocarboneto halogenado

Extintor, sobre rodas, de hidrocarboneto halogenado

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9.7 Pontos de fulgor, combustão e de ignição Os combustíveis, para se queimar, se transformam primeiramente em vapores. A

passagem de uma substância para o estado de vapor se dá a determinada temperatura,

que é variável conforme a natureza do combustível, conforme se observa a seguir.

PONTO DE FULGOR ( FLASH POINT ) É a mais baixa temperatura em que os combustíveis desprendem vapores,

capazes de se incendiar em presença de chama, mas insuficientes para manter a

combustão, devido a insuficiência de vapores.

Ex: Tentar acender uma vela, ao retirarmos a fonte de calor, a combustão logo

cessa.

PONTO DE COMBUSTÃO OU INFLAMAÇÃO ( FIRE POINT ) É a menor temperatura em que os combustíveis liberam vapores que se queimam

de forma contínua, ao entrar em contato com a fonte de calor.

PONTO DE IGNIÇÃO OU AUTO INFLAMAÇÃO ( AUTO IGNITION POINT ) É a temperatura mínima em que os vapores liberados dos corpos combustíveis,

que em contato com o oxigênio do ar atmosférico iniciam e mantém a combustão,

independente do contato de qualquer fonte de calor.

9.8 HIDRANTES

Quando o fogo toma grandes proporções e se torna impossível combatê-lo com

aparelhos extintores, os bombeiros e os componentes da brigada de incêndio usam o

sistema de hidrantes, porque utiliza água em abundância e sob forte pressão.

Podemos definir o sistema de proteção por hidrantes como: “conjunto de

canalizações, abastecimento d’água, válvulas ou registros para manobras, hidrantes,

mangueiras de incêndio, esguicho, equipamentos auxiliares e meios de avisos e

alarmes.

ATENÇÃO! A manutenção periódica e preventiva dos extintores, assim como o treinamento

regular do pessoal da empresa, faz parte do sistema de prevenção de incêndios.

Nenhum extintor terá eficácia se não houver alguém capacitado para utilizá-lo

corretamente na hora oportuna. O sistema de proteção por extintores está baseado

na premissa da existência de pessoal treinado para usá-lo. Portanto, treinar o pessoal

da empresa para a utilização dos extintores é uma forma de dar manutenção ao

sistema.

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HIDRANTE É o ponto de contato da água entre a tubulação fixa (canalização)

e a tubulação móvel (mangueira).

- Canalizações fixas São compostos de tubo de ferro fundido, aço

galvanizado, aço preto, devendo os mesmos a resistir à pressão no mínimo 50

% acima da pressão máxima de trabalho e não podendo ter diâmetro inferior a

2 ½ “ (63 mm).

. Mangueiras de incêndio São constituídas de fibras naturais ou sintéticas,

revestidas internamente com borracha sintética, tendo nas extremidades, juntas

metálicas de união de roscas ou de engate rápido do tipo STORZ. Portanto, servindo

para canalizar a água do hidrante até o fogo; atualmente são fornecidos em lances de

15 metros nos diâmetros de ½ “ (38 mm) e 2 ½ “ (63 mm).

Os danos causados as mangueiras são ocasionados por arrastamento,

calor, mofo, ferrugem, ácidos, gasolina, óleos e etc., devendo ser guardadas no interior

das caixas dos hidrantes em forma de rolo.

Esguicho São dispositivos acoplados a extremidade da mangueira com a

finalidade de dar forma , dirigir e controlar o jato de água. Existem vários tipos de

esguichos podendo fornecer jato sólido, jato sólido ou regulável (sólido ou neblina) Bomba de incêndio Utilizadas para dar pressão na rede.

9.9 CHUVEIROS AUTOMÁTICOS ( SPRINKLERS )

São aparelhos instalados em vários pontos de uma tubulação e equipados com

um elemento que, ao ser submetido a uma temperatura pré-fixada, funde-se ou rompe-

se permitindo a passagem livre de água da rede de distribuição. Esta água, ao atingir o

dispositivo denominado defletor, é distribuída na forma de um chuveiro sobre o foco do

incêndio.

Este tipo de sistema apresenta a vantagem de evitar a propagação do fogo e os

danos causados pela água a locais ainda não atingidos por ele, pois quando se origina

um principio de incêndio, o equipamento entra automaticamente em operação fazendo

soar, simultaneamente, um alarme, porém somente os chuveiros nas proximidades do

fogo se rompem e entram em funcionamento. Permitem também a proteção durante 24

horas ao dia, protegendo vidas e propriedades, proporcionando descontos nos prêmios

de seguro.

A tubulação contêm água sob pressão cuja a passagem é vedada por uma

ampola (bulbo) de cristal contendo um líquido muito dilatável, ou por um elemento

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fusível metálico. Estes elementos rompem-se a uma temperatura fixa. Normalmente

nas ampolas a temperatura é identificada pela cor do líquido, conforme tabela abaixo:

COR DO LÍQUIDO DO

BULBO TEMPERATURA DE

ACIONAMENTO TEMPERATURA

MÁXIMA AMBIENTE Vermelho 68 ° C 38 ° C Amarelo 79 ° C 49 ° C Verde 93 ° C 63 ° C Cinza 121 ° C 91 ° C Azul 141 ° C 111 ° C

Malva 182 ° C 152 ° C Obs.: Há variação quanto a temperatura máxima ambiente de fabricante para fabricante.

Os chuveiros automáticos devem ter seus registros sempre abertos e só poderão

ser fechados em casos de manutenção ou inspeção. Deverão ter um espaço livre pelo

menos 1,00 ( um metro ) abaixo e ao redor das cabeças dos chuveiros, a fim de

assegurar em inundação eficaz.

9.10 EVITE O FOGO EM SUA CASA O mau uso da eletricidade e o gás de cozinha são os maiores geradores de incêndio

caseiros.

* A sobrecarga na rede elétrica através da instalação de vários equipamentos numa

mesma tomada, é causa de expressivo número de incêndios caseiros.

* Quando o disjuntor cair, tome medidas corretas, pois sua queda é um aviso de que há

sobrecarga e problemas na rede elétrica.

* Quando lâmpadas começam a queimar com freqüência é sinal de que há problemas na

instalação. Não passe fios por baixo de almofadões, tapetes ou portas.

* Tente tornar um hábito antes de deitar: revisar cinzeiros, fogão e outras fontes de calor,

para evitar risco de fogo.

* Mantenha fósforos e isqueiros longe de crianças.

* Fios desencapados, roídos por ratos ou desgastados por algum vazamento, significam

alto risco de incêndio.

* Sempre feche bem o registro do gás e deixe alguma vidraça aberta para que haja

ventilação. Quando entrar em casa e sentir cheiro de gás, não acenda lâmpadas,

fósforos ou isqueiros. Qualquer centelha causará uma explosão. Feche o registro e abra

janelas.

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* Ao cozinhar, muito cuidado para não esquecer panelas no fogo. * Não deixe panelas com cabos para fora do fogão, de forma que as crianças possam

tentar alcança-las.

* Os eletrodomésticos devem sempre estar em boas condições de funcionamento. Não

improvise com eletricidade.

* Ensine às crianças que o fogo e a eletricidade tem muitas faces. Mostre a utilidade do

fogo e o perigo dele quando mal usado, assim como é com a eletricidade.

* O ferro é um grande gerador de incêndios, porque as pessoas esquecem de desligá-

lo.

* Não armazene líquidos inflamáveis em casa. Muito cuidado inclusive com o álcool,

muito usado na limpeza da casa. Ele precisa estar bem guardado, bem fechado e ser

usado com cuidado. Não use álcool para alimentar o fogo da churrasqueira ou da lareira.

Há inúmeros casos de incêndio e de queimaduras graves em pessoas que lidaram com

álcool próximas ao fogo.

* Permita a circulação de ar ao redor da televisão e outros aparelhos elétricos que ficam

permanentemente ligados, para evitar superaquecimento.

* Nunca amontoe jornais ou revistas perto de fontes de calor.

* Importante: Tenha à mão o número do telefone do Corpo de Bombeiros e treine com

as crianças como deve ser feito o telefonema. Importante informar endereço, locais

próximos, tipo de prédio e esperar telefonema de confirmação dos Bombeiros.

9.11 INSTRUÇÕES PARA CASO DE INCÊNDIO * Se notar fogo no prédio onde você trabalha ou habita, dê imediatamente o alarme à

administração do mesmo.

* Não tente combater o incêndio, a menos que você saiba usar extintores ou

mangueiras. Também não procure salvar objetos, salve sua vida! Saia rapidamente

fechando portas atrás de si mas sem trancá-las.

* Alerte os demais ocupantes em voz alta e bata à suas portas, se estiverem fechadas. * Ajude e acalme os outros. * Não use o elevador! Procure alcançar o térreo usando a escada mais próxima.

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* Se ficar preso em meio à fumaça, ponha um lenço molhado no nariz e ande de

rastros, pois o ar perto do chão é mais respirável. Mantenha-se vestido e procure molhar

suas roupas. Não se tranque em qualquer compartimento. Em breve a madeira da porta

será consumida e você poderá ser queimado.

* Se estiver preso, tente arrombar paredes com o impacto de qualquer objeto que seja

resistente.

* Antes de abrir uma porta, toque-a com a mão. Se estiver fria, abra-a com cuidado,

protegendo-se detrás dela. Se estiver quente, não abra. Aplique toalhas molhadas nas

fendas e aberturas dela.

* Se não puder sair, mantenha-se junto ao chão e próximo de uma janela. Abra a janela

e coloque perto de si um móvel para servir de anteparo contra o calor, que se propaga

em linha reta. Atire para fora o que puder queimar facilmente (tapetes, cortinas, papeis,

etc).

* Não fique parado na janela sem nenhuma defesa: o fogo procura espaço para queimar

e irá buscá-lo, se você não estiver guarnecido.

*Se encontrar todas as vias de fuga bloqueadas, refugie-se em um banheiro, molhando

a porta e vedando-a com panos e papéis. Se puder sair do prédio, não retorne antes de

debelado o incêndio.

*Se for vencer alguns andares por meio de corda de pequeno diâmetro, faça nós de 1

em 1 metro, para que você consiga segurar.

* Quando usar as escadas do Corpo de Bombeiros, desça com o peito voltado para a

escada, olhando sempre para cima.

* Se a laje estiver quente, procure uma posição favorável ao vento. Se houver telhas de

amianto, faça uma pilha de três ou quatro folhas, depois monte uma cobertura, como um

castelinho feito de cartas de baralho, e fique debaixo dela protegendo-se do calor.

* Em caso de salvamento por helicóptero, tenha calma. Considere que a capacidade

média de um helicóptero de salvamento é de 7 pessoas. Em cem viagens, em 2 horas e

30 minutos, poderá salvar 700 pessoas. Em caso de pânico, poderá matar os poucos

sobreviventes sobre um prédio e os tripulantes do aparelho.

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10. SEGURANÇA EM SERVIÇOS DE ELETRICIDADE 10.1 INTRODUÇÃO Os acidentes com eletricidade são freqüentes e ocorrem tanto nas instalações de alta como nas de baixa voltagem. As pessoas ao se depararem com uma instalação de alta voltagem sentem um certo receio, o mesmo não acontecem nas de baixa , pois nosso hábito de utilizá-la diariamente nos nossos lares ou locais de trabalho, nos torna displicentes quanto ao perigo, expondo-nos constantemente ao tentar consertar utensílios elétricos, interruptores, trocar fusíveis etc, sem as devidas precauções e conhecimento técnico suficiente, contribuindo com isto para os acidentes. Portanto, podemos concluir que a imperícia, imprudência, indisciplina, são os fatores que levam o homem aos acidentes com eletricidade. 10.2 CORRENTE ELÉTRICA A corrente elétrica se mantém sempre dentro de um fio devidamente isolado. Se houver falha no isolamento, linhas quebradas , conexões soltas , curto circuito etc, a corrente pode escapar e procurar a terra onde se dissipará, escolhendo sempre o material que oferecer menor resistência em seu caminho. Se for o homem, provocará o choque elétrico. 10.3 CHOQUE ELÉTRICO Manifestação que se instala no organismo humano quando este é percorrido em certas condições por uma corrente elétrica. GRAVIDADE DO CHOQUE ELÉTRICO A natureza e os efeitos da perturbação variam e dependem de certas circunstâncias tais como: - Voltagem - Quantidade de corrente que atravessa o corpo humano (amperagem) - Percurso da corrente no corpo humano - Duração do choque - Condições orgânicas do indivíduo. EFEITOS DA CORRENTE ELÉTRICA NO ORGANISMO Qualquer atividade biológica, seja glandular, nervosa ou muscular é originada de impulsos de corrente elétrica. Se essa corrente fisiológica interna somar-se a uma corrente de origem externa, devido a um contato elétrico, ocorrerá no organismo humano uma alteração de funções vitais normais que, dependendo da duração da corrente, pode levar o indivíduo até a morte.

PRINCIPAIS EFEITOS: - Tetanização (contração muscular) É a paralisia muscular provocada pela circulação da corrente elétrica através dos tecidos nervosos que controlam os músculos. Neste caso, a corrente elétrica externa anulou as ordens emanadas dos centros de comando das atividades musculares localizadas no cérebro. De nada adianta a consciência dos indivíduos e sua vontade de interromper o contato. Geralmente nota-se que uma pessoa está presa a um fio elétrico ativo sem capacidade de se liberar quando verifica-se um tremor violento que lhe sacode todo o corpo. Em muitos casos há, também, a contração dos músculos da garganta, impedindo que a vitima grite por socorro. - Parada Respiratória

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Este quadro acontece quando a corrente elétrica externa anula ou sufoca as correntes emanadas dos centros de comando da respiração, localizados no cérebro, e como conseqüência os músculos que controlam a respiração são afetados, os pulmões bloqueados, parando a função vital da respiração. - Fibrilação Ventricular O coração é um órgão de funcionamento independente, isto é, não necessita de comando do cérebro para executar suas tarefas, uma vez que estas são contínuas e repetidas. No atrio direito do coração existe um nódulo denominado NÓDULO KEITH FLACK ou “marca passo” que, a intervalos regulares, emite impulsos elétricos que atuam sobre as fibras dos músculos que formam o coração, fazendo com que se contraiam e dilatem, ordenada e ritimadamente, comprimindo e dilatando alternadamente o coração na sua função contínua de bombear o sangue através do corpo humano. Caso uma corrente externa, para atingir o solo, passe pelo coração e atinja diretamente o músculo cardíaco, poderá perturbar o seu funcionamento regular. Ou seja, os impulsos periódicos que em condições normais regulam as contrações (SÍSTOLE) e as expansões (DIÁSTOLE) são alteradas e o coração vibra de forma desordenada. A este fenômeno chamamos de FIBRILAÇÃO VENTRICULAR. Até bem poucos anos a fibrilação ventricular era um fenômeno irreversível, resultando na morte do homem. Com a invenção do aparelho denominado “DESFIBRILADOR” passou a ser possível recuperar o paciente com fibrilação ventricular. - Queimadura A passagem da corrente elétrica pelo corpo humano é acompanhada do desenvolvimento de calor por efeito JOULE, podendo produzir queimadura. Este fenômeno ocorre principalmente nos pontos de entrada e saída da corrente pelo corpo, tendo em vista, principalmente: a elevada resistência da pele e maior densidade de corrente naqueles pontos. As queimaduras produzidas por corrente elétrica são, via de regra, as mais profundas e as de cura mais difícil. - Outros efeitos A vítima em contato com energia elétrica poderá ficar presa no circuito e os sintomas são os acima citados, mas poderá também ser arremessada a distância e, com a queda, Ter fraturas, entorse e até morte. Também poderá ocorrer manifestações nervosas, devido ao susto e ao pavor. EFEITOS DA AMPERAGEM NO CORPO HUMANO Os que não estão familiarizados com esta medida devem ter em mente que para acender uma lâmpada de 10 W na voltagem de 110 V é preciso 0,090 A, ou seja: 10 I = ____ = 0,090 A (90 Ma) 110 CORRENTES NÃO PERIGOSAS Até 1 miliampére (Ma.) - Nada é sentido De 1 a 8 Ma. - Sente-se o choque sob forma de formigamento, porém, sem dor. Não há perda de controle muscular, daí poder a vítima livrar-se, com facilidade, do contato com a fonte de eletricidade.

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De 8 a 15 Ma. - Choque com sensação de dor. Ainda não há perda do controle muscular, podendo a vítima livrar-se facilmente por si só. CORRENTES PERIGOSAS De 15 a 20 Ma. - Choque com sensação de dor. Perda do controle muscular nas adjacências do ponto de incidência do choque. Geralmente a pessoa não poderá livrar-se sozinha. De 20 a 25 Ma. - Choque doloroso, com contrações musculares mais sérias. A respiração torna-se difícil. De 25 a 100 Ma. Produz uma condição cardíaca que poderá, eventualmente, resultar em morte instantânea. De 100 a 200 Ma. - Produz-se uma condição cardíaca que fulmina a vítima. Acima de 200 Ma. - Produzem-se queimaduras sérias com acentuadas contrações musculares, tão acentuadas que os músculos do peito podem apertar o coração e pará-lo enquanto durar o choque.

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Como dito anteriormente, a corrente tende a procurar os materiais que ofereçam menor resistência, portanto os materiais com baixa resistência são bons condutores e os com alta resistência são maus condutores. - metais - 10 a 50 OHM (Ω) - corpo humano - mão-mão - 1000 a 1500 OHM - mão-pé - 1000 a1500 OHM - mão-tórax - 450 a 750 OHM - madeira - 100.000.000 OHM É bom frisar que em caso de materiais úmidos estes valores são bem menores

VOLTAGEM Qual a voltagem que pode causar danos? Levando em consideração a resistência do corpo humano = 1500 Ω e que 25 Ma. é suficiente para causar o morte do indivíduo, temos como aplicação da Lei de OHM. V = I . R V = 0,025 x 1.500 = 37,5V É lógico que a condição do indivíduo leva em consideração: Citamos um exemplo de uma pessoa que, imersa numa banheira com água, foi atender o telefone com o fio com falha de isolamento. Como resultado, foi eletrocutada. - A tensão do fio = 24V - Admitindo a resistência do corpo humano na ordem de 1000 Ω para este caso, temos: V = I R 24 I = _____ = 24 Ma. 1000

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PERCURSO DA CORRENTE NO CORPO O corpo humano é condutor de corrente e os efeitos fisiológicos dependerão, em parte, do percurso. - entrando na mão e saindo na outra mão. - Neste caso percorrerá o tórax e atingirá a região dos centros nervosos que controlam a respiração, os músculos do tórax e o coração. É um dos circuitos mais perigosos. - entrando pela mão e saindo pelo pé. - Neste caso, ocorre atuação sobre o diafragma e órgãos abdominais. Também é um circuito perigoso. - entrando pelo pé e saindo pelo outro pé. Transitando através das pernas, coxas e abdomem os efeitos são diferentes, pois o coração e os centros nervosos não foram afetados, mas pode haver efeitos perigosos sobre outros órgãos. obs: Em todos os casos, dependendo da intensidade do corrente, poderá haver queimadura. 10.4 MEDIDAS PREVENTIVAS - Toda fonte de possíveis “vazamentos” de corrente deve ser cuidadosamente investigada, pois a corrente pode “escapar” e constituir um risco; - Os fios quebrados e cordões puídos devem ser prontamente substituídos; - As pontas de fio e emendas soltas devem ser isoladas com fita isolante; - As emendas frouxas devem ser apertadas; - Os materiais condutores situados na vizinhança de circuitos devem ser afastados ou então devem se tomar precauções para evitar contato acidental entre tais materiais e os circuitos elétricos; - O equipamento elétrico deve ser sempre ligado à “terra”. A inspeção destes equipamentos deve incluir a verificação da existência da “ligação terra” e se estas ligações foram feitas de forma adequada. - Não ter contato direto com a eletricidade; - Não improvisar ou sobrecarregar instalações elétricas; - Manter o corpo e, principalmente o rosto, afastado ao ligar uma chave elétrica ou fechamento de um circuito; - Não usar equipamentos elétricos em locais úmidos ou molhados; - Não reparar instalações elétricas ou equipamentos elétricos sem que esteja devidamente capacitado; . Desligar a corrente ao fazer reparos; . Usar adequadamente as luvas de borracha, capacete de segurança, sapatos de segurança dielétrico, vara de segurança, cintos de segurança (para trabalhos em alturas) e ferramentas com isolamento elétrico. - Evitar o uso de objetos de adornos (pulseiras metálicas, correntinhas, canetas de corpo metálico nos bolsos da camisa) ao realizar serviços em eletricidade. - Usar tapetes ou borrachas (devidamente secos) próximo aos quadros elétricos.

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10.5 PROVIDÊNCIAS Cada segundo de contato com a eletricidade diminui a possibilidade de sobrevivência da vítima. Devemos socorrê-la o mais rápido possível. Para tal é necessário o socorrista tomar algumas providências: 1- Não tocar na vítima até que ela esteja separada da corrente; 2- Desligar a tomada ou a chave geral, se estiver próxima; 3- Para afastar a vítima do fio, use somente material não condutor de eletricidade devidamente seco, como vara, corda ou mesmo um pano; 4- Após libertar a vítima da corrente e se a mesma estiver desmaiada, faça a respiração artificial acompanhada ou não de massagem cardíaca.

11 RISCOS AMBIENTAIS 11.1 DEFINIÇÃO São situações existentes nos ambientes de trabalho capazes de provocarem lesões à integridade física, bem como comprometer a saúde do trabalhador. 11.2 - TIPOS DE RISCOS Os riscos estão divididos em 5 (cinco) grupos , conforme tabela abaixo:

RISCOS AMBIENTAIS GRUPO I GRUPO II GRUPO III GRUPO IV GRUPO V AGENTES QUÍMICOS

AGENTES FÍSICOS

AGENTES BIOLÓGICOS

AGENTES ERGONÔMICO

S

AGENTES MECÂNICOS

Poeira

Ruído

Vírus

Trabalho Físico Pesado

Arranjo Físico

Fumos Vibração Bactéria Posturas Incorretas

Máquinas e Equipamentos

Névoas Radiação Ionizante e não Ionizantes

Protozoários Treinamentos Inadequados/ Inexistentes

Ferramentas Defeituosas, Inadequadas ouInexistentes

Vapores Pressões Anormais

Fungos Trabalhos em turnos e Noturnos

Eletricidade/ Sinalização

Gases Temperatura Extremas

Bacilos Atenção e Responsabilidade

Perigode Incêndio Explosão

Produtos Químicosem geral

Umidade Parasitas Monotonia Transporte de Materiais

Neblina Ritmo Excessivo Edificações/ ArmazenamentoInadequado

Outros Outros Outros Outros Outros VERMELHO VERDE MARROM AMARELA AZUL

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11.3 RISCOS QUÍMICOS a. CONTAMINANTE QUÍMICO É toda substância orgânica e inorgânica, natural ou sintética, que durante sua fabricação, manuseio, transporte e utilização, pode incorporar-se ao ar ambiente em forma de aerodispersóides, gases e vapores, com efeitos irritantes, corrosivos, tóxicos, asfixiantes, etc..., em quantidade que tenham probabilidade de lesionar a saúde dos trabalhadores que estão em contato com elas. b. ABSORÇÃO E ELIMINAÇÃO DOS AGENTES QUÍMICOS b.1. VIAS DE PENETRAÇÃO As três principais vias de penetração dos agentes químicos no organismo são a via respiratória, via cutânea e via digestiva. - Via Respiratória1 É a mais importante, visto que a maior parte dos agentes químicos encontra-se suspensa na atmosfera em forma de gases, vapores e poeiras. - Via Cutânea É menos freqüente. Muitos agentes químicos no entanto, possuem a propriedade de penetrar através da pele intata, como é o caso dos solventes industriais e de alguns agrotóxicos. - Via Digestiva É acidental, pode ocorrer pelo fato de se comer, beber ou fumar no local de trabalho contaminado. b.2. MECANISMOS DE ELIMINAÇÃO Uma vez absorvidos pelo organismo as substâncias poderão, ou não, serem eliminadas do mesmo. Diversas substâncias possuem a propriedade de se acumularem no organismo, sendo a sua eliminação demorada ou difícil. Quando eliminada do organismo, as substâncias podem ser metabolizadas formando outros compostos, ou se apresentar inalterada. c. CLASSIFICAÇÃO Os contaminantes químicos são classificados de acordo com o estado físico em : C.1- AERODISPERSÓIDES SÓLIDOS OU LÍQUIDOS C.2- GASES E VAPORES C.1. AERODISPERSÓIDES: São partículas sólidas ou líquidas que ficam dispersas no ar, podendo permanecer durante longo tempo no ar dependendo do seu tamanho, peso e velocidade de movimentação do ar. As partículas mais perigosas são as que se situam abaixo de 5 microns ,visíveis apenas com o microscópio, pois podem ser absorvidas pelo organismo através do aparelho respiratório e causar as doenças profissionais. As partícula maiores que 5 microns são retidas no aparelho respiratório superior, ou nos cílios da traquéia. poeiras

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sólidos fumos AERODISPERSÓIDES névoas líquidos neblinas c.1.1. POEIRAS: Partículas sólidas produzidas mecanicamente por: manuseio, moagem , raspagem, esmerilhagem, impacto rápido, detonação, etc., de materiais como: pedras, carvão, madeira, grãos, minérios e metais. c.1.2. FUMOS: Partículas sólidas produzidas por condensação ou oxidação de vapores metálicos de substâncias que são sólidas à temperatura ambiente (ex: fumos gerados em processo de soldagem) c.1.3. NÉVOAS: Partículas líquidas produzidas por ruptura mecânica de líquidos (ex: processo “spray”, pintura a pistola) c.1.4. NEBLINAS: Partículas líquidas produzidas por condensação de vapores de substâncias que são líquidas à temperatura ambiente.

T A B E L A I

Estado Físico Sólidos Líquidos Tamanho das Formação Partículas Ruptura Mecânica Poeiras Névoas 0 > 0,5 µ Condensação de Vapores

Fumos Neblinas 0 < 0,5 µ

c.2. GASES E VAPORES: GÁS- É qualquer substância que, em condições normais de temperatura e pressão, se encontra no estado gasoso.(T = 25ºC e p = 760 MM HG) Não tem forma nem volume e tendem a se expandir indefinidamente. VAPOR – É a fase gasosa de uma substância que em condições normais é líquida ou sólida. Os vapores em recinto fechado podem alcançar uma concentração máxima, chegando ao ponto de saturação. Qualquer aumento a partir desse ponto produzirá a condensação.

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d. CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES QUÍMICOS E SEUS EFEITOS SOBRE O ORGANISMO HUMANO d.1. IRRITANTES: São aqueles compostos químicos que produzem uma inflamação, devido a uma ação química e física na áreas com que eles entram em contato, principalmente pele, mucosas e sistema respiratório. Ex: AMÔNIA, CLORO, ÁCIDO CLORÍDRICO , ÁCIDO SULFÚRICO, SODA CÁUSTICA , ETC. d.2. ASFIXIANTES d.2.1 ASFIXIANTES SIMPLES: São os que sem interferir nas funções do organismo podem provocar asfixia por reduzir a concentração de oxigênio no ar. Ex: METANO , HIDROGÊNIO ,GÁS CARBÔNICO, ETC. d2.2 ASFIXIANTES QUÍMICOS Os de atuação química interferem no processo de absorção do oxigênio pelos tecidos. EX: MONÓXIDO DE CARBONO E OS CIANETOS ( ÁCIDO CIANÍDRICO,CIANETO DE SÓDIO, CIANETO E FERRICIANETO DE POTÁSSIO, CLORETO E BROMETO DE CIANOGÊNIO ,ETC. ) d.3 ANESTÉSICOS OU NARCÓTICOS São substâncias capazes de provocar depressão sobre o SISTEMA NERVOSO CENTRAL, produzindo efeito anestésico após terem sido absorvido pelo sangue. PODEM PROVOCAR: perda da sensibilidade, da consciência e a morte. EX: ETER, TETRACLORETO DE CARBONO , ETC d.4. TÓXICOS SISTÊMICOS: São aquelas substâncias químicas que, independentemente de sua via de entrada, se distribuem por todo o organismo produzindo efeitos diversos, se bem que certos compostos apresentam efeitos específicos e seletivos sobre um órgão ou sistema. EX : MERCÚRIO, BENZENO , CHUMBO , ARSÊNICO , ETC. e- DOENÇAS CAUSADAS POR AGENTES QUÍMICOS e.1 PNEUMOCONIOSE- São doenças pulmonares resultantes da inalação de POEIRAS DE ORIGEM MINERAL, VEGETAL E ANIMAL. e.1.1 PNEUMOCONIOSE DE ORIGEM MINERAL - SILICOSE- inalação de poeira de sílica Ex: FABRICAÇÃO DE LOUÇAS E VIDROS, FABRICAÇÃO DE SAPONÁCEOS, BRITADORES DE PEDRA , PERFURADORES DE TÚNEIS , CORTADORES DE MÁRMORES E GRANITOS, POLIMENTO A JATO DE AREIA. - ASBESTOSE- inalação de poeiras de asbestos ( amianto ). EX: FABRICAÇÃO DE

LONAS DE FREIOS, FABRRICAÇÃO DE TELHAS E CAIXA D’AGUA , JUNTAS PARA MÁQUINAS.

- SIDEROSE – inalação de poeira de ferro. e1.2 PNEUMOCONISE DE ORIGEM VEGETAL - BISSINOSSE – inalação de poeiras de algodão

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- BAGAÇOSE - inalação de poeira do bagaço da cana - ANTRACOSE – inalação de poeira de carvão e.1.3 PNEUMOCONISE DE ORIGEM ANIMAL: BRONQUITE ASMÁTICA- inalação de pelos e ou penas de animais, poeiras de couro. e.2 – DO0ENÇAS CAUSADAS POR OUTROS AGENTES QUÍMICOS Agente químico

Doença Efeito no organismo

Ocorrências

Chumbo

Saturnismo

Sistema formador do sangue, sistema nervoso central , rins, aparelho digestivo.

Fundição, gráfica , pintura , soldagem, indústrias : de plástico ; de borracha ; de tintas ; de baterias.

Cloro

Clorismo Irritação nas vias respiratórias; Alterações oculares; Alterações digestivas; Alterações na pele.

Lavanderias e tratamento de piscinas

Arsênico Arsenismo Pele e pulmões Fabricação de inseticidas, raticidas , herbicidas ,cerâmicas , vidros ; Conservação de peles e plumas

Manganes Manganismo

Sistema nervoso central Fabricação de aço, solda elétrica ( eletrodo)

Benzeno Benzolismo

Sistema nervoso central como depressor. Na medula óssea poderá causar : anemia , leucemia.

É usado como solvente e matéria prima em diversos produtos : tintas, colas , vernizes, borracha , detergentes, plásticos, inseticidas , etc

Mercúrio Hidrargirismo

Sistema respiratório , sistema nervoso central , inflamação nas gengivas, quedas de dentes , salivação em excesso e lesões na pele.

Indústria de termômetros, barômetros , garimpeiros , fabricação de lâmpadas incandescentes.

Cadmio Cadmiose

Causa irritação pulmonar, Sistema nervoso central e rins, colo dos dentes e lesões ósseas.

Trabalhadores de galvanoplastia e da indústria fotográfica ; soldadores.

Fósforo Fosforismo

Via respiratória e pele Fabricação de fogos de artifício, material bélico e defensivos agrícolas

f – MEDIDAS PREVENTIVAS Para evitar o aparecimento de doenças, em primeiro lugar deve-se conhecer os produtos utilizados. Abaixo relacionamos algumas medidas de caráter geral . - MUDANÇA NO PROCESSO DE FABRICAÇÃO - VENTILAÇÃO E OU EXAUSTÃO NO LOCAL - LIMITAÇÃO DO TEMPO DE EXPOSIÇÃO - EXAME MÉDICO

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- EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - HIGIENE PESSOAL - ETC 11.4 RUÍDO a- INTRODUÇÃO O som é parte tão comum da vida diária que raramente apreciamos todas as suas funções. Ele nos permite experiências agradáveis, como ouvir músicas ou o canto dos pássaros. Possibilitando-nos a comunicação falada com familiares e amigos. O som nos alerta ou previne em muitas circunstâncias: o tintilar do telefone, uma batida á porta, ou o toque de uma sirene. Contudo, com muita freqüência na sociedade moderna, o som nos incomoda. Muitos sons são desagradáveis ou indesejáveis, por isso chamamos ruído. Como fator de poluição é um dos elementos de maior freqüência no meio industrial. Devemos levar em consideração que a sensibilidade humana é fator muito importante, pois os indivíduos reagem de formas diferentes ao ruído existente. Podemos citar os seguintes exemplos: Uma torneira pingando, um assoalho rangendo, podem incomodar mais que um forte ruído. Uma onda sônica pode destruir vidraças, quebrar o reboco das paredes e até mesmo danificar, destruir o ouvido humano. b- DEFINIÇÕES: SOM⇒ Qualquer variação de pressão (no ar, água ou algum outro meio) que o ouvido humano possa detectar. RUÍDO⇒ Uma vibração sonora, indesejável, que, de acordo com sua intensidade, duração ou intermitência, se torna irritante, dolorosa e nociva ao ouvido. FREQUÊNCIA ⇒ O número de oscilações completas por unidade de tempo é denominado freqüência ( ƒ ), que é medido em ciclos por segundo ou Hertz ( Hz ), como é chamado internacionalmente ULTRA-SOM ⇒ Apresenta freqüência superior a 20.000 Hertz. INFRA-SOM⇒ Apresenta freqüência inferior a 20 Hz. OBS: O ultra-som e o infra-som são praticamente inaudíveis para as pessoas. c- ALCANCE DA AUDIÇÃO O alcance da audição humana se estende aproximadamente de 20 Hz a 20000 Hz, chamado de audiofreqüência. As vibrações sonoras são detectáveis com pressões de 2 x 10-5 N/m2 (pressão mínima audível) ) a 200 N/m2, desde que a freqüência de vibração esteja na faixa de audiofreqüência. d-PROPAGAÇÃO DO SOM O som pode se propagar no ar, e este, sendo formado por moléculas distribuídas uniformemente no espaço, que se movimentam no acaso, provoca sobre os demais objetos uma pressão conhecida como pressão atmosférica. Quando um objeto vibra, ou se movimenta, altera o valor da pressão normal, provocando compressões e depressões. Zonas da compressão⇒ correspondem aos picos positivos da onda . Zonas de depressão ⇒ Correspondem aos picos negativos da onda Comprimento de onda ⇒ A distância percorrida pela onda em cada oscilação completa é chamada de comprimento de onda, representada pela letra grega λ (lambida).

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Propagação do som⇒ A velocidade de propagação da onda ( c ) depende da temperatura do ar, o que significa que, se a temperatura por uniforme, a velocidade do som do ar é uma constante. Podemos relacionar a velocidade da propagação do som com o comprimento da onda e a freqüência, através da fórmula: C = λ x ƒ C ⇒ Velocidade do som, para a acústica de espessura com 340 metros por segundo ( 340 m/s ). λ ⇒ Comprimento da onda ( m ) ƒ ⇒ Freqüência ( Hz) Exemplo: Para ƒ = 20 Hz, C = 340 m/s, qual será o comprimento da onda ( λ ) ? C = λ x ƒ 340 = λ x 20 λ = 340 = 17 m 20 Para 20.000 Hz, C = 340 m/s, qual será o novo comprimento da onda ? C = λ x ƒ 340 = λ x 20.000 λ = 340 = 0,017 m ou 1,7 cm 20.000 Os valores do comprimento da onda de um determinado som são importantes na avaliação ambiental. e- Decibel ( dB ) Medir pressão sonora não e tarefa simples. O aparelho auditivo consegue ouvir variações de pressão numa faixa de 0,00002 N/m2(2 x 10-5) a 200 N/m2 . A pressão de 0,00002 N/ m2 é tão pequena que causa, na membrana do ouvido humano, uma deflexão infinitesimal. Sendo assim, para medir o som, teríamos uma escala aritmética muito extensa, com valores variando de 0,00002 a 200, tornando-a impraticável. Para evitar isto, foi criada outra escala, a escala Decibel ( dB ). O meio criado foi uma relação logarítmica, expressa em decibeis ( dB ), entre uma pressão de referência adotada e a pressão sonora real que existe no local. A relação é conhecida como nível de pressão sonora ( NPS) e é calculada pela seguinte fórmula: NPS = 10 log ( P 2 ) (Po

2) P ⇒ Pressão sonora do local Po ⇒ Pressão sonora de referência NPS = 10 log ( P / Po ) 2 NPS = 20 log P Po Adota-se 0,00002 N/m2 ( 2x1 0-5 N/m 2 ) como sendo o ponto de partida ou pressão de referência, e para corresponder a 0 dB.

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Exemplo: 1 ) Calcular o nível de pressão sonora , em dB, para 2x10-5 N/m 2 NPS = 20 log P Po No caso: P= 2x10-5 N/m 2 e Po adotado em, = 2x10-5 N/m 2 NPS = 20 log 2x10-5 N/m 2/2x10-5 N/m 2

NPS = 0 dB 2 ) P =2x10-4 N/m 2 NPS = 20 log P Po NPS = 20 log 2x10-4 N/m 2

2x10-5 N/m 2

NPS = 20 dB

OBS: Podemos observar que ao multiplicarmos o nível de pressão sonora por 10, observa-se que soma-se 20 dB: f- LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE

Nível de Ruído dB (A)

Máxima Exposição Diária Permissível

85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 min 90 4 horas 91 3 horas e 30 min 92 3 horas 93 2 horas e 40 min 94 2 horas e 15 min 95 2 horas 96 1 hora e 45 min 98 1 hora e 15 min 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos

Exemplos : Canto de pássaro 20 dB ; buzina 80 dB ; britador 120 dB; avião 120 dB

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Os limites de tolerância devem ser entendidos como conjunto de níveis de pressão sonora e as durações de exposição diária a cada um deles , aos quais a maioria dos trabalhadores podem estar expostos dia após dia, durante toda uma vida útil de trabalho, sem resultar efeito adverso na sua habilidade de ouvir ou entender uma conversação normal. → Os tempos de exposição aos níveis de ruído não devem exceder os níveis de tolerância fixados no quadro acima. → As atividades ou operações que exponham os trabalhadores a níveis de ruído, contínuo ou intermitente superiores a 115 dB(A), sem proteção adequada, oferecerão risco grave e iminente. → Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 dB(A) para indivíduos que não estejam adequadamente protegidos. → O aparelho para medir nível de ruído é conhecido na prática por decibelímetro, mas o nome correto é Medidor de Nível de Pressão Sonora. Este aparelho possui um circuito eletrônico e já fornece o resultado em decibeis ( dB ) e também possui curvas de composição na escala A, B, C e, dependendo da sofisticação, escala linear e respostas lentas e rápidas e ruído equivalente. Normalmente a mais usual é a escala A. → Os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis (dB) com instrumento de nível de pressão sonora operando no circuito de compensação “A” e circuito de resposta lenta (SLOW). As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador. g- CÁLCULO DA DOSE DE RUÍDO Se durante a jornada de trabalho ocorrerem dois ou mais períodos de exposição a ruído de diferentes níveis, devem ser considerados os seus efeitos combinados, aplicando-se a equação.

D = C1 / T1 + C2 / T2 + C3 / T3 + .............................. + Cn / Tn Onde: Cn indica o tempo total em que o trabalhador fica exposto a um nível de ruído específico e Tn indica a máxima exposição diária permissível a este nível. D < 1 ATIVIDADE SALUBRE D = 1 ATIVIDADE SALUBRE D > 1 ATIVIDADE INSALUBRE É importante frisar que, às vezes, o empregado executa várias atividades durante a sua jornada de trabalho, sendo difícil quantificar o tempo de exposição. Neste caso, para maior precisão, o dosímetro é o instrumento mais adequado. Esse instrumento fornece, no período avaliado, a dose ou efeitos combinados (Σ Cn / Tn ) . EXEMPLOS 1 - Um trabalhador executa sua atividade num determinado local com NPS = 84 dBA durante 6 horas . Após um certo tempo , o NPS sobe para 95 dBa e ele permanece durante 2 horas . O limite de tolerância foi excedido ? 84 dBa ------- durante 6 horas (C1) 95 dBa ------- durante 2 horas (C2) Segundo anexo 1 ( NR 15 ) Para 84 dBA T = não entram no cálculo ruídos abaixo de 85 dBa Para 95 dBA T = 2 horas Solução: Dose = C1 / T1 + C2 / T2 + ............. + Cn / Tn D = 2 / 2 = 1 O limite não foi ultrapassado, logo a atividade é salubre.

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2 - Se fosse : 95 dBA ------- durante 4 horas (C1) 85 dBA ------- durante 4 horas (C2) Na tabela anexo 1 da NR 15, limite tolerável de exposição: 95 dBA ------- durante 2 horas (T1) 85 dBA ------- durante 8 horas (T2) D = C1 / T1 + C2 / T2 D = 4 / 2 + 4 / 8 D = 2,5 2,5 > 1 , logo o limite de tolerância foi ultrapassado. Sendo assim, a atividade é INSALUBRE. h-LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDOS DE IMPACTO Entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia acústica de duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo. Os níveis de impacto deverão ser avaliados em decibéis (dB), com medidor de nível de pressão sonora operando no circuito linear e circuito de resposta para impacto. As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador. O limite de tolerância para ruído de impacto será de 130 dB (LINEAR). Nos intervalos entre os picos, o ruído existente deverá ser avaliado como ruído contínuo. No caso de não se dispor de medidor do nível de pressão sonora com circuito de resposta para impacto, será válida a leitura feita no circuito de resposta rápida (FAST) e circuito de compensação “C”. Neste caso, o limite de tolerância será de 120 dB(C). As atividades ou operações que exponham os trabalhadores, sem proteção adequada, a níveis de ruído de impacto superiores a 140 dB(LINEAR), medidos no circuito de resposta para impacto, ou superiores a 130 dB(C), medidos no circuito de respostas rápida (FAST), oferecerão risco grave e iminente. i - CONSEQUÊNCIAS DO RUÍDO O ruído, além de causar a perda da audição, diminui o rendimento, põe em risco a segurança do trabalho e, provavelmente, é um fator de vários distúrbios orgânicos. Essa perda auditiva depende de componentes como o tempo de exposição e a sensibilidade individual. Surdez Temporária: Ocorre uma mudança temporária do limiar de audição - fadiga auditiva. Após termos estado em um local bastante barulhento por algum tempo, notamos uma certa dificuldade de audição, bem como precisamos falar mais alto para sermos ouvido. Esta condição permanece temporariamente, sendo que a audição do indivíduuo retorna a condição anterior após algum tempo. Após 24 horas há uma recuperação total, ou quase. Em geral, o barulho capaz de provocar uma surdez temporária é, potencialmente, capaz de provocar uma perda auditiva permanente, desde que as exposições sejam prolongadas e se repitam dia após dia. Surdez Permanente: A exposição repetida durante um longo período de tempo a barulhos de uma certa intensidade pode levar o indivíduo a surdez permanente. Quando adquirida no trabalho denomina-se surdez profissional, sendo decorrente de lesão nas células nervosas do ouvido interno - coclea. Estudos realizados demonstraram que uma exposição a 90 dB de 8 horas diárias, após cinco anos de trabalho, 4% dos trabalhadores apresentavam uma surdez irreversível. Ruptura do Tímpano: pode decorrer a ruptura do tímpano por deslocamento muito forte do ar, como resultante de uma explosão, ou outros ruídos de impacto violento. A ruptura desta membrana que separa o ouvido externo do médio é devido a variação brusca e relativamente acentuado. É geralmente reversível.

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Na maioria dos casos, níveis de 120 dB causam sensação de extremo desconforto, a 130 dB à sensação de prurido no ouvido com início de dor, e a 140 dB há sensação de dor. Daí em diante pode ocorrer ruptura do tímpano, muito provável a 150 ou 160 dB. Tem havido casos raros de deslocamento dos ossículos médio como resultado de explosões violentas. Alguns autores chamam de “trauma acústico” a perda auditiva de instalação repentina. j- MEDIDAS DE CONTROLE DO RUÍDO 1 - NA FONTE –

- Substituição do equipamento por outro mais silencioso - Balancear e equilibrar partes móveis - Lubrificar eficazmente mancais , rolamentos, etc - Modificação do processo de fabricação. - Regular os motores - Programar as operações de forma evitar muitas máquinas funcionando

simultaneamente - Reapertar as estruturas - Substituir engrenagens metálicas por outras de plástico ou celeron

2 - NA TRAJETÓRIA

- Isolamento acústico na fonte ou no meio - Aumento da distância entre a fonte e o receptor.

3- NO HOMEM: Preliminarmente, deve-se atuar na fonte, quando não for possível, tenta-se na trajetória, e só em última instância, no indivíduo.

- Exame médico (teste audiométrico nas freqüências 500, 1000, 2000, 3000, 4000,

6000, 8000 HZ (HERTZ). - Limitação do tempo de exposição - Educação do trabalhador - Protetores auriculares Observação: 1. Ultra-Som: Apresenta freqüência superior a 20.000 Hertz. Quando a freqüência é superior a 31.500 Hertz só ocorre manifestação quando se entra em contato com o gerador da freqüência. Entre 20.000 e 31.500 Hertz pode ocorrer dor de cabeça, fadiga, tonturas e desconforto geral. 2. Infra-Som: Apresenta freqüência inferior a 16 Hz. Os principais efeitos sobre o organismo são: . alterçaão de motricidade; . problemas neurológicos; . necrose de ossos dos dedos; . deslocamentos anatômicos; . alteração da sensibilidade tátil. 11.5 RADIAÇÕES Correspondente à energia emitida por uma fonte e que se propaga sob a forma de um feixe de partículas ou sob a forma de ondas eletromagnéticas. Num corpo livre de influências exteriores, os átomos permanecem tranquilos e seus elétrons circulam pelos respectivos níveis em ritmo normal.

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Quando a energia de uma fonte externa atinge os átomos, podem acontecer os seguintes consequências: - Retirada dos elétrons das camadas mais externas dos átomos e das moléculas do corpo.

- Os elétrons ganham energia suficiente para saltar de um nível para o outro.

Assim, pode-se dizer que, dependendo do efeito que produzam sobre os

corpos, podem ser classificadas em ionizantes e não ionizantes . 11.5.1 RADIAÇÕES IONIZANTES São radiações de baixo comprimento de onda e de alta energia e que podem tirar os elétrons das camadas externas dos átomos ou moléculas e formar pares iônicos . Estas radiações não sensibilizam os orgãos dos sentidos dos seres vivos . a) Características: A matéria é formada por átomos, os quais podem agregar-se em moléculas. Os átomos constituem-se de elétrons, que orbitam ao redor do núcleo, o qual abriga os prótons e nêutrons. Uma das propriedades do núcleo relaciona-se com a capacidade de se transformarem espontaneamente em outros núcelos, ou seja, de se desintegrarem, provocando o aparecimento de novos átomos diferentes.

Recebem o nome de radioativos, radioisótopos ou radionuclídeos, os isótopos instáveis em que se observa este fenômeno (isótopo é o elemento químico que apresenta números de massa diferentes), os quais, após uma série de desintegrações, tendem a adquirir uma configuração estável. b) Tipos

TIPOS DE RADIAÇÕES IONIZANTES

RADIAÇÕES CORPULARES São aquelas que produzem ionização graças a interação da carga da partícula do racionuclídeo com um elétron do átomo que sofreu a radiação. Quando a partícula se aproxima do átomo, sua carga positiva ou negativa expulsa o elétron pela atração ou repulsão elétrica. Compreende as partículas ALFA, BETA e Neutrons.

Partícula ALFA: São partículas invisíveis, emitidas pelo núcleo de elementos como o urânio, tório e o polônio, constituídas por 2 prótons e 2 nêutrons. Apresentam trajetória quase retilínea e percorrem uma distância muito pequena(no ar, apenas 1,67 cm, e no tecido humano, 1,00 x 10 -2 cm). Logo, não conseguem penetrar na pele humana, sendo apenas perigosos Quando ingeridos como radioisótopos. Partícula BETA: São os elétrons emitidos durante a desintegração de um átomo radioativo, como o urânio, tório, polônio, trítio e carbono-14. Por serem leves (pequena massa), apresentam trajetória tortuosa e se deslocam com a velocidade da luz. O seu alcance no ar é de 1260 cm e no tecido humano 1,5 cm. São utilizados no tratamento do hipertireodismo e da angina pectoris. Nêutrons: São partículas de carga elétrica, com velocidade da luz, que percorrem grandes distâncias através da matéria, sendo muito penetrantes. São emitidos quando ocorre a desintegração beta.

Eletromagnéticas ou de fotons : São aquelas constituídas por ondas eletromagnéticas extremamente energéticas, de grande poder de penetração e que percorrem grandes distâncias. Produzem ionização ao transferir a

Radiações Gama São ondas eletromagnéticas oriundas do núcleo atômico. Deslocam-se com a velocidade da luz e podem penetrar em matérias muito densas (alumínio, 2,5 a 4 cm; madeira, 25 cm). Ocorrem após uma desintegração alfa ou beta. São empregadas no tratamento de tumores e em algumas atividades industriais. Radiações X: São ondas eletromagnéticas originadas fora do núcleo. Apresentam características semelhantes aos dos raios gama e são utilizados em medicina, metalurgia, genética, geologia, química e astronomia.

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energia de seu fóton para os elétrons dos átomos da matéria, os quais são ejetados.

OCORRÊNCIAS

NATURAIS . Raios cósmicos São raios vindos do espaço. Tão grande é o seu poder de penetração que as quantidades desse tipo de radiação recebidas por todos os órgãos do corpo humano são uniformes e praticametne iguais fora e dentro de casa. Variam com a altitude e são maiores nos polos do que na zona equatorial. Rochas: Que compõem a crosta terrestre. Nela encontram-se radionuclídeos tais como o potássio-40, rubídio-87, urânio-238, tório-232 e o rádio.

ARTIFICIAIS * aplicações médicas de radioisótopos e de raios-x; *fissão e fusão nucleares, que liberam para a atmosfera carbono-14, césio-137, zircônio-95 e estrôncio-90; * reatores nucleares; * aparelhos de TV a cores; * mostradores e ponteiros de relógios luminosos, pintados com tinta que contém rádio; * detetores de fumaça, que contém amerício-241; * pára-raios, que contém amerício-241. Uma outra fonte de radiação é representada pelos radionuclídeos situados no interior do nosso organismo, como o potássio-40, hidrogênio-3, carbono-14, urânio-238, tório-232, que podem penetrar no organismo pelo ar inspirado, pela água e alimentos.

c) Efeitos

Em geral, os efeitos das radiações ionizantes são quase sempre maiores nas células que tem maior atividade mitótica ou menor grau de diferenciação, como as da pele, do revestimento intestinal e dos órgãos hematopoiéticos. Uma exceção é dada pelos linfócitos, que, embora sejam células estáveis, são extremamente radiossensíveis.

. Somáticos: São aqueles que ficam restritos ao indivíduo contaminado ou irradiado(a contaminação resulta de um contato direto com o conteúdo da fonte e, na irradiação, o contato com o conteúdo da fonte se faz à distância).

. Agudos ou Imediatos: Ocorre pela exposição a doses rea dose de radiação recebida. Crônicos ou Tardios: Ocorre pela exposição a doses baixas

. Genéticos

São aqueles que se transmitem às gerações subseqüentes;

Teratogênicos

Que são aqueles que se manifestam no feto, causando a su

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Localizados

Que se manifestam em órgãos específicos, causando radiod

d) Avaliação

Visa determinar ou estimar o grau de exposição ou absorção de radiação. Pode ser realizar mediante: . métodos físicos: dosímetros físicos . métodos biológicos: dosimetria biológica Dosímetros Físicos: * contador Geiger-Muller * dosímetros de bolso e de filme * contador de corpo inteiro São instrumentos que determinam a quantidade de radiação no ambiente, no vestuário e no interior do organismo. Dosimetria Biológica ou Citogenética: Realiza-se por meio do estudo das aberrações cromossômicas. Fornece com precisão a dose de radiação absorvida por um indivíduo exposto.

UNIDADES DE MEDIDA DAS RADIAÇÕES IONIZANTES . Curie(Ci) e Becquerel(Bq): expressam o número de átomos de uma fonte radioativa que se desintegra em cada segundo ou em cada minuto. . Roentgen(R) e Coulombs(C): define a quantidade de radiação à qual a matéria está exposta. . Rad Gray (Gy): expressa a dose de radiação absorvida pela matéria que provoca a liberação, em l kg de matéria, de uma energia igual a l joule. . Sievert (Sv): define o efeito biológico da radiação absorvida pelo organismo. e) Controle *Distância: A quantidade de radiação que atinge um objeto qualquer decresce com a distância. Ex.: l metro de distância = dose de 10 rad/h 10 metros de distância = dose de 0,001 rad/h l km de distância = dose insignificante *Enclausuramento(contenção em recipiente); O conhecimento da meia-vida de um elemento químico permite determinar o tempo necessário para que seja eliminado(ou se torne estável). Meia-Vida é o tempo necessário para que metade da substância radiativa se decomponha e perca sua atividade. Ex.: estrôncio-90 tem meia-vida de 28 anos; césio-137, 27 anos; carbono 11, 20 minutos; carbono 14, 5760 anos; urânio 238, 4,5 bilhões de anos. *Blindagem:

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São usados materiais densos e espessos como o chumbo, concreto, ferro, aço inoxidável, rochas, solo, argila, com espessuras variáveis em função da energia da radiação e do material empregado. * educação * EPI * limitação do tempo de exposição * automatização * ventilação adequada * proibição a menores de 18 anos e mulheres grávidas

f) Limites de Tolerância

É dado em legislação específica da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN 11.5.2 RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES

São radiações de maior comprimento de onda e possuem menos energia . Não têm energia suficiente para ionizar os átomos . Têm energia apenas para excitar os átomos (excitação é o acréscimo de energia suficiente para transferir os elétrons de seus níveis orbitais) . Desta forma, o elétron fica com um acréscimo de energia que, não podendo ser armazenada em seu nível , é liberado sob forma de ondas eletromagnéticas . Estas radiações podem se transmitir no vácuo e suas interações com os tecidos humanos se caracterizam, em primeiro lugar, pela produção de calor.

TIPO APLICAÇÃO EFEITO

Radiofreqüências São radiações com grandes comprimentos de onda e baixas freqüências que não determinam problemas ocupacionais significativos.

* fontes térmicas em endurecimento de metais * esterilização de recipientes * moldagem de plásticos * radiodifusão * radionavegação * radioamadorismo

Em exposições prolongadas, pode provocar aumentos na temperatura corporal

* correta* treinam*não se

existem

Microondas São radiações com freqüência maior que as radiofreqüências que apresentam como característica penetrarem profundamente no corpo e produzirem aumento de temperatura no sentido do interior para o exterior do corpo.

* estações de radar * fornos de microondas *indústria de alimentos (secagem, aquecimento, desidratação e esterilização) * radiodifusão FM

1. térmico(afeta os olhos e testículos) -distúrbios cardio-vasculares -alterações no SNC(sistema nervoso central) -distúrbios endócrinos e menstruais 2.eletromagnéticos: afeta

implantes metálicos, microprocessadores, circuitos integrados e comandos numéricos

* enclau* vedaçõ* barremetálica* verifica* evitar podem e* evitar integradsofrer a * EPI(óc* evitar implantaradiação

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Infravermelho São radiações emitidas por corpos que apresentam superfícies com temperatura maior que a do ambiente. Em geral, os corpos com temperatura inferior a 500ºC emitem, predominantemente, radiações infravermelho. Acima desta

* aquecimento de ambientes * cozimento de alimentos * terapia de reumatismos, sinusites e traumatismos * lâmpadas de infravermelho * irradiação solar * arco voltaico * fornos metalúrgicos e siderúrgicos * fabricação e transformação do vidro * forja e operações com metais quentes * secagem e cozedura de tintas e vernizes * desidratação de material têxtil, papel, couro e alimentos * solda elétrica

* catarata térmica(opacificação do cristalino) • queimaduras na pele e olhos * lesões na retina

* barreir* EPI(ro* limitaç* exame

Ultravioleta São radiações com freqüência acima do violeta, conseqüêntemente, com mais energia que a luz e mais ainda que o infravermelho. Assim como as anteriores, não é percebida pelo olho humano.

* luz solar * lâmpadas de vapor de mercúrio *luz negra(usada em discotecas, gravação fotográfica, etc) *solda elétrica(quanto maior a amperagem, maior a produção e quanto mais limpo o ar, maior é a irradiação) * lâmpadas germicidas ( poder germicida) * metais em fusão * permite a transformação do calciferol em vitamina D, na pele *lâmpadas ultravioletas(com gastos nobres), utilizadas no tratamento do raquitismo, atraso no crescimento, anemia, feridas de difícil cura, tuberculose de pele, etc..)

* câncer na pele(trabalhadores ocupacionalmente expostos durante muitos anos à irradiação solar) * queimaduras na pele * irritação dolorosa nos olhos* conjuntivite * perda parcial da visão

* EPI(pr* isolam* enclavidros e

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Laser O termo laser significa “amplificação de luz mediante emissão estimulada de radiação”. É uma radiação visível, com a característica de emitir apenas com um comprimento de onda, e não com uma faixa como acontece com outros tipos de radiação, altamente concentrada, com dispersão insignificante e emitido em uma só direção. Para se obter atividade laser, deve ser alterada a estrutura atômica de uma susbstância, pela ação de energia externa – aquecimento, descarga elétrica ou radiação eletromagnética - à qual produzira e fornecerá fótons.

* nas telecomunicações * na astronomia, para medição de distâncias * destruição de tumores * queimaduras de verrugas * correção de miopia * como instrumento de perfuração, corte ou de solda * na construção civil, em tarefas de alinhamento e levantamentos de cotas do terreno *holografias (imagens tridimensionais)

* danos à visão(até a cegueira) * lesões na pele

* não en* trabalhgeral * EPI(óadequad* o feixerefletor* aciona* enclau

Radiação Visível Compreende a faixa do espectro eletromagnético capaz de ser detectada pelo olho humano. Possui freqüência alta, só superada pelo ultravioleta e constituída de sete cores básicas - violeta, azul, verde, amarelo, laranja e vermelho - cada uma com freqüência e comprimento de onda específicos, capazes de sensibilizar a retina. A intensidade da radiação visível nos ambientes deve ser adequada aos tipos de atividade e às características do local. Em razão disto, foram criados os níveis mínimos de iluminamento específicos para cada tipo de atividade e local. Para a avaliaçao do nível de iluminamento, utiliza-se um instrumento próprio - o luxímetro , o qual registra em lux a intensidade luminosa. Ambientes de trabalho bem iluminados proporcionam melhores condições de supervisão e diminuem as possibilidades de acidentes. Ambientes de trabalho mal iluminados oferecem maiores riscos de acidentes, diminuem a produtividade, aumentam os disperdícios de materiais, pioram a qualidade dos produtos, produzem maior fadiga visual e geral, proporcionam ambientes desagradáveis e baixam a moral dos trabalhadores 11.6 TEMPERATUARAS EXTREMAS Várias são as atividades profissionais que, em função de sua natureza e da geografia e clima em que são realizadas, oferecem aos trabalhadores condições ambientais de temperatura hostis ao seu organismo, isto é, submetem o homem a calor e frio intensos. Por este motivo, diversos procedimentos são adotados no sentido de

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oferecer ao trabalhador ambientes com um mínimo de conforto térmico, por meio de técnicas de controle ambiental e pessoal. 1. CALOR a) Ocorrência O calor representa, junto com o ruído, um dos mais nocivos sub-produtos da era industrializada, encontrando-se bem difundido em indústrias que utilizam processos quentes, que liberam energia térmica, como a siderúrgica, a de fabricação de vidro, olarias, fundições, têxtil e outras. Está presente, ainda, em atividades executadas ao ar livre, como os trabalhadores rurais e a construção civil. b) Efeitos do Calor sobre o Organismo . Desidratação É a perda excessiva de líquidos do organismo que pode provocar redução do volume de sangue, distúrbios celulares, uremia e morte. . Cãibras do Calor Ocorre em razão da perda excessiva de cloreto de sódio pelos músculos em situações de sudorese intensa. Provoca espasmos musculares. . Catarata Térmica É a opacificação do cristalilno provocada pela exposição prolongada à radiação infravermelha . Intermação e Insolação Resultam de distúrbios no centro termo regulador, localizado no hipotálamo. O indivíduo apresenta pelo seca e avermelhada, tonturas e delírios. . Prostração Térmica Quando a vasodilatação se manifesta no indivíduo, há, simultaneamente, aumento no trabalho do seu sistema cardio-circulatório. Eventualmente, poderão ocorrer distúrbios neste sistema, provocando dores de cabeça, tontura, fraqueza e mal-estar. c) Avaliação: Na avaliação do calor não se deve levar em conta apenas a temperatura do ar. Vimos que outros fatores que influem no ganho e perda de calor pelo organismo devem ser considerados (temperatura do ar, umidade do ar, velocidade do ar, calor radiante e tipo de atividade exercida pelo trabalhador). A Portaria 3214/78 estabelece que a exposição ao calor deve ser avaliada pelo índice de bulbo úmido-termômetro de globo - IBUTG. d) Limites de Tolerância: O limite de tolerância para exposições ao calor é determinado de dois modos: * regime de trabalho com descanso no próprio local de trabalho * regime de trabalho com descanso em outro local Em ambos, a quantificação do calor pelo IBUTG leva em conta a presença ou não de carga solar no momento da medição, sendo calculada como se segue: . ambientes internos ou externos sem carga solar IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg . ambientes externos com carga solar

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IBUTG = 0,7 tbn + 0,2 + 0,1 tbs onde: tbn = temperatura de bulbo úmido natural tg = temperatura de globo tbs = temperatura de bulbo seco

REGIME DE TRABALHO COM DESCANSO NO PRÓPRIO LOCAL DE TRABALHO

Obtida a temperatura por uma das fórmulas citadas anteriormente, a interpretação deve ser feita através da tabela abaixo.

Regime de trabalho(descanso, com repouso

TIPO DE ATIVIDADE

no próprio local de trabalho(p/hora) LEVE MODERADA PESADA Traballho contínuo até 30,0 Até 26,7 até 25,0 45 minutos trabalho

15 minutos descanso 30,1 a 30,6

26,8 a 28,0

25,l a 25,9

30 minutos trabalho 30 minutos descanso

30,7 a 31,7

28,1 a 29,4

26,0 a 27,9

15 minutos trabalho 45 minutos descanso

31,5 a 32,2

29,5 a 31,1

28,0 a 30,0

Não é permitido o trabalho, sem a adoção de medidas adequadas de

controle

acima de 32,2

Acima De 31,1

acima de 30,0

e) Medidas de controle: Assim como outros agentes físicos, o calor pode ser controlado no ambiente e no local de trabalho. Do mesmo modo que naqueles, deve-se dar prioridade ao controle ambiental. As medidas de controle ambiental visam diminuir a quantidade de calor que o organismo produz e/ou recebe e aumentar a sua possibilidade de dissipá-lo. Para tanto, deve-se atuar principalmente sobre os fatores de influem nas trocas térmicas, como se vê abaixo. . Temperatura do ar: Insuflação de ar fresco no local de trabalho . Velocidade do ar: Maior circulação de ar no local de trabalho . Umidade do ar: Exaustão dos vapores de água . Calor radiante: Barreiras refletoras e absorventes . Calor produzido pelo metabolismo: Automatização do processo

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Quanto às medidas de controle pessoal, as principais são: . Exames médicos periódicos: Visa detectar possíveis problemas de saúde que possam ser agravados pela exposição ao calor . Aclimatização: Consiste na adaptação lenta e progressiva do trabalhador em local quente . Limitação do Tempo de Exposição: Consiste em adotar períodos de descanso compatíveis com o organismo humano . Ingestão de Água e Sal Visa compensar a perda desses elementos através do suor, a fim de se evitar a ocorrência de desidratação e cãibras do calor; . EPI: Os principais são: óculos de segurança com lentes especiais; luvas, mangotes, aventais e capuzes, feitos com amianto e tecido aluminizados. Recomenda-se o uso de vestimentas confeccionadas com tecido leve e de cor clara; . Educação e Treinamento: Consiste em orientar os trabalhadores no sentido de evitarem esforços físicos desnecessários e permanecerem longo tempo expostos à fonte de calor. 2. FRIO a) Ocorrência: O frio intenso é encontrado no exercício de algumas atividades profissionais, como as executadas ao ar livre, na qual se incluem as indústrias extrativas vegetais e minerais, a construção civil, a pesca e as atividades agrícolas e pastoris, e em indústrias que possuem e utilizem câmaras frigoríficas, como é o caso das indústrias de enlatados, de beneficiamento de pescado, matadouros e sorvetes. Genericamente, o frio intenso ocorre em exposições a ambientes com temperaturas iguais ou inferiores a 10º C. b) Efeitos: . palidez nas extremidades dos membros, em virtude da vasoconstricção periférica, à qual visa diminuir a perda de calor pelo organismo . enregelamento dos membros, que pode levar à gangrena e amputação . ulceração do frio: a pele resseca, produz feridas e necrose nos tecidos superficiais . pés de imersão: ocorre quando o trabalhador permanece com os pés submersos em água fria durante longos períodos, provocando estagnação do sangue. . possibilidade de acidentes: devido à diminuição da sensibilidade dos dedos e de flexibilidade das juntas. . diminuição da eficiência: devido à tremedeira, luvas grossas e considerável volume de roupas. c) Controle:

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Na aplicação das medidas de controle relativas ao frio é desejável adotar-se procedimentos que visem conservar o calor no organismo. Assim sendo, pode-se enumerar as seguintes providências: . ingestão de líquidos quentes; . ingestão de alimentos com elevado conteúdo calórico; . aumento da atividade física, que acarreta maior produção de calor interno; . roupas pesadas e isolantes; . quantidade de roupas que permita a transpiração do indivíduo a um mínimo, reduzindo a resfriamento da superfície do corpo; . vestimentas e calçados impermeáveis, para evitar a umidade; . educação; . exames médicos pré-admissionais, que visem detectar indivíduos portadores de doenças vasculares periféricas, alérgicos ou com lesões do frio; . aclimatação; . barreiras, toldos e tendas para serviços ao ar livre. 11.7 PRESSÕES ANORMAIS 1. INTRODUÇÃO São chamados de pressões anormais aqueles ambientes com pressão acima ou abaixo do normal. Entende-se por pressão normal a pressão atmosférica a que normalmente estão expostos os trabalhadores fora do ambiente de trabalho. Quando as pressões são acima da pressão atmosférica normal, são chamadas de altas pressões. Quando abaixo, são chamadas de baixas pressões. Baixas Pressões Estão sujeitos a esse ambiente os trabalhadores que realizam tarefas em grandes altitudes. No Brasil, há pouca ocorrência, apenas de uns poucos pilotos de aviões não pressurizados. Altas Pressões Afetam os trabalhadores que executam suas atividades em tubulões de ar comprimido, caixões pneumáticos, campãnulas, trabalhos executados por mergulhadores, etc... Tubulões de Ar Comprimido: São utilizados para fazer escavações abaixo do nível do lençol freático de água. As pressões acima do normal tem a finalidade de evitar infiltrações de água e desbarrancamento de terra, permitindo as diversas operações subterrâneas; Caixões Pneumáticos e Campânulas: São compartimentos estanques utilizados para executar trabalhos submersos. Os caixões pneumáticos e campânulas são colocados no local de trabalho e por injeção de ar comprimido, há um aumento da pressão, fazendo com que a água seja expulsa do interior do caixão, a fim de que os operários possam trabalhar. Os caixões comportam vários trabalhadores e podem ser usados na construção de pontes e barragens. As campânulas são geralmente individuais e são mais usadas para tarefas esporádicas ou de menor duração.

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2. DANOS QUE A COMPRESSÃO PODE CAUSAR AO ORGANISMO . ruptura do tímpano(se o aumento for brusco) . irritação nos pulmões . efeitos narcóticos 3. DANOS QUE A DESCOMPRESSÃO PODE CAUSAR AO ORGANISMO O principal deles é a doença descompressiva, que afeta os mergulhadores que fazem descompressão abrupta. 4. MALES DOS MERGULHADORES . barotrauma . embolia pelo ar . intoxicação pelo CO2 . exaustão do mergulhador . embriaguês das profundidades 5. MEDIDAS DE CONTROLE a) Relativas ao Meio Os equipamentos utilizados devem estar em perfeitas condições. Em locais onde o trabalhador fique exposto a pressões elevadas, além do equipamento convencional de primeiros socorros, deve haver, também, um equipamento de emergência específico; . câmara de descompressão: são câmaras que reduzem vagorosamente a pressão, a fim de não provocar danos à saúde do trabalhador. . máscara de oxigênio: devem ser usadas nos trajes do trabalhador até a câmara de recompressão, pois facilitam a desintoxicação. b) Relativas ao Pessoal . Deve ser feito um relacionamento médico do pessoal em relação à idade: 18 a 45 anos. Não devem ser admitidos pessoas muito gordas, devido à afinidade do nitrogênio pelo tecido adiposo. Não devem igualmente ser escolhidas pessoas emocionalmente instáveis ou portadoras de doenças nos ossos, ouvido, cardio-vasculares ou pulmonares. É importante também a realização de exames médicos periódicos. E necessário que o local esteja bem equipado para qualquer emergência. Antes, durante e depois da descompressão, deve-se fazer com que o trabalhador respire mistura de hélio e oxigênio para eliminar o nitrogênio. Outra medida de segurança exigida pela Portaria nº 3214 é o uso de plaquetas de identidade pelos trabalhadores expostos às pressões. . O trabalhador exposto a pressões anormais deverá estar devidamente treinado para executar seu trabalho, conscientizado do perigo a que está exposto e que a sua saúde depende da sua disciplina nos cumprimentos das normas de segurança.

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12. RISCOS ERGONÔMICOS 12.1 INTRODUÇÃO A ergonomia tem por objetivo estudar o trabalho e adaptá-lo às características psico-fisiológicas do trabalhador, de modo a proporcionar um máximo de conforto e segurança , para alcançar um desempenho eficiente. Os fundamentos da ergonomia estão aplicados nos projetos de máquinas operatrizes, na delimitação de área de trabalho, no dimensionamento de mobiliários, no desenvolvimento de uma atividade e em algumas situações como: localização de poltronas de ônibus , nos mobiliários e dependências de creches , nos colchões de diversos modelos , nas cabines dos carros de corridas etc . 12.2 EXEMPLOS DE RISCOS ERGONÔMICOS -monotonia -posturas incorretas -posições incomodas -trabalho físico pesado -trabalho de turno -jornada prolongada -trabalho repetitivo 12.3 CONSEQUÊNCIAS DOS RISCOS ERGONÔMICOS

Quando os fundamentos da ergonomia não são aplicados , poderemos causar no trabalhador as seguintes consequências : cansaço , fraqueza , fadiga , dores musculares e doenças . Estudaremos neste capítulo as LESÕES POR ESFORÇO REPETITIVOS ( LER ) e as LOMBALGIAS LER ( LESÕES POR ESFORÇO REPETITIVOS ) São doenças originadas de trabalho repetitivo, emprego de força, uso inadequado de ferramentas ou posições no trabalho que desviam os vários segmentos corporais do sua posição de maior conforto . Essas doenças causam inflamações nos tendões, músculos e nervos , atacando as seguintes partes do corpo : mãos , pulsos , dedos, braços , cotovelos , antebraços e ombros. Apesar de parecer inofensiva, não tem cura.

Essas doenças são comuns em digitadores, datilógrafos , empacotadores, caixas de bancos e de supermercados, jogadores de tenis, trabalhadores de linha de montagem, motoristas, nas atividades de tricô, crochê, bordado, etc . TIPOS DE LER TENDINITE - Inflamação nos tendões BURSITE -Inflamação nos ombros EPICONDILITE -Inflamação nos cotovelos TENOSSINOVITE - Inflamação dos tecidos que revestem os tendões. Geralmente inflama os punhos, mas pode se estender pelo braço inteiro até o ombro. SÍNDROME DE QUERVAIN - Inflamação do tendão da região polegar SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO - É a compressão do nervo mediano do punho

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- PRINCIPAIS SINTOMAS - No começo surge a sensação de cansaço - Depois surgem os inchaços , pele avermelhada , dores e perda de força daquele membro. -Em casos mais graves a pessoa não consegue realizar tarefas simples como segurar objetos, folhear um livro, atender um telefone, etc .

O funcionário tem que ser afastado do trabalho para tratamento. Se for diagnosticada a tempo, ela pode ser tratada e controlada, e se já estiver em fase crítica, a pessoa poderá ficar com o membro incapacitado. MEDIDAS PREVENTIVAS - Rodízio de tarefas - Pausa para descanso - Respeitar jornada de trabalho e evitar sobrecarga - A temperatura ambiente não deve provocar a sensação de frio para evitar o episódio da vasoconstrição - Realização de exercícios de alongamento e relaxamento nos músculos dos membros superiores - Utilizar mobiliários adequados e observar se a postura de trabalho está correta : - Os punhos devem ficar em linha reta com os antebraços e apoiados em suporte próprio . - A região lombar deve estar reta e apoiada no encosto da cadeira - O ângulo formado pelos braços e antebraços devem ser de aproximadamente 90 graus . - Manter os joelhos em ângulo de 90 graus com as coxas ou um pouco acima delas e os pés devem ficar totalmente apoiados no piso ou em suporte próprio . - Como alternativa, nas atividades de digitação, usar tala de imobilização do punho

LOMBALGIAS ( DOR NAS COSTAS ) A lombalgia ataca as pessoas que forçam a coluna sentando-se de forma incorreta ou fazendo movimentos penosos para as costas. TIPOS DE LOMBALGIAS HÉRNIA DE DISCO - Um dos discos gelatinosos que separa as vértebras da coluna sai do eixo, chocando-se com a medula nervosa e provocando dor DESLOCAMENTO DE VÉRTEBRA - Uma das vértebras sai de seu eixo chocando-se com a medula nervosa e provocando a dor. TENSÃO MUSCULAR - É o caso mais comum: os músculos ficam tensos e contraídos, impedindo a circulação de sangue no local e provocando a dor . MEDIDAS PREVENTIVAS -Levantar e abaixar peso mantendo a coluna ereta -Não carregar peso na cabeça: leve-o no ombro -Não carregar peso em uma só mão, procure dividi-lo em ambas as mãos, equilibrando a coluna -Não carregar peso além de sua capacidade: peça ajuda -Ao trabalhar abaixado, não fique curvado: ajoelhe-se para que os músculos das costas trabalhem menos -Ao subir escadas, incline-se ligeiramente para frente para dividir o peso do corpo e não sobrecarregar as costas -Evite cadeiras baixas e moles: prefira as de altura razoável e firmes -Para dormir, use colchões e travesseiros firmes e evite dormir de barriga par cima e não utilizar travesseiros que deixem a cabeça mais alta que o corpo -Fazer exercícios moderados, como alongamentos e caminhadas

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13. MEIO AMBIENTE

13.1 INTRODUÇÃO

Para sobreviver, o homem necessita de fontes de energia, isto é, luz solar, ar, água e alimentos. Ao utilizá-la, produz uma série de resíduos que devem sofrer tratamento para serem reutilizadas ou não. Contudo, é comum verificar que, ao contrário, as fontes de energia são destruídas por falta de tratamento.

13.2 POLUIÇÃO DO AR A poluição do ar ocorre quando são lançados na atmosfera gases, vapores e partículas geradas das diversas atividades humanas. Para os seres humanos é uma das mais graves ameaças, pois o homem não consegue viver sem respirar, sendo obrigado a respirar um ar poluído ou não . Esta poluição pode provocar vários danos ao homem,`a flora , `a fauna, aos materiais e ao clima .

COMPOSIÇÃO DO AR ATMOSFÉRICO

componentes % em volume para ar seco nitrogênio 78,10 oxigênio 20,93 argônio 0,9325 gás carbônico 0,03 hidrogênio 0,01 neônio 0,0018 hélio 0,0005 criptônio 0,0001 xenônio 0,000009 Todo ar natural possui um certo percentual de umidade e o ser humano adaptou o seu metabolismo a esta composição do ar . A manutenção desta condição é de vital importância para o seu bem estar

QUALIDADE DO AR RESPIRÁVEL - possuir no mínimo 18% de oxigênio - ser isento de produtos prejudiciais à saúde - ter pressão e temperatura normal - ser isento de substância que o torne desagradável

CONTAMINANTES DO AR Qualquer substância ou forma de energia que altere a sua qualidade, implicando em riscos, danos ou moléstias graves as pessoas. Os contaminantes podem apresentar-se na forma gasosa e na forma de partículas (aerodispersóides ) sólidas ou líquidas, podendo causar asfixia , irritação , envenenamento, tumores, pneumoconioses( silicose e asbestose), perda da sensibilidade, da consciência e morte .

PRICIPAIS FONTES DE POLUICAO - descargas dos veículos - emissões dos diversos processos industriais

DISPERSÃO DOS POLUENTES

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A atmosfera dispõe de mecanismos para dispersar e elimar os contaminantes. A dispersão depende dos seguintes fatores: direção e velocidade dos ventos, precipitações pluviométricas , umidade e temperatura.

MEDIDAS DE CONTROLE - instalação de equipamentos: filtros e lavadores - mudança de local de um processo de produção , da matéria prima , do combustível e até na mudança da indústria para outro local . - racionalização da circulação de veículos nas cidades . 13.3 ÁGUA No nosso planeta, a água esta na seguinte proporção: 97% de água salgada e menos de 1% está própria para o consumo humano. Com a crescente industrialização e aumento da população, o consumo de água vem aumentando e também as cargas poluidoras. Como consequência as fontes de suprimento cada vez mais insuficientes. a. Classificação das Águas - meteóricas : chuva , neve - superficiais ; rios , oceanos , lagos - subterrâneas : lençóis freáticos e artesianos b. Uso da água - doméstica : alimentação , higiene pessoal ambiental - pública : escolas , hospitais , lavagem de ruas . - comercial : bares , restaurantes , escritórios - agrícola : criação de animais , irrigação de plantações - industrial : como matéria prima c. Consumo de água - Consumo doméstico por pessoa cozinha________________________________________10 a 30 litros lavagem e limpeza_______________________________ 20 a 40 litros higiene pessoal ________________________________ _30 a 60 litros instalações sanitárias ___________________________ _15 a 30 litros outros usos e desperdício _________________________25 a 50 litros - Consumo industrial , comercial , pública e agrícola escritórios comerciais ____________________________50 litros / pessoa /dia restaurantes ______________________________________25 litros/ refeição hotéis, pensões ( sem cozinha e sem lavanderia )________120 litros / hóspede / dia lavanderia ______________________________________30 litros / kg de roupa hospitais________________________________________250 litros / leito /dia beber __________________________________________1/4 litro/ trabalhador / dia sanitários em indústrias ___________________________60 litros / trabalhador / dia posto de serviço para veículo _______________________150 litros / veículo / dia matadouros ( animais de porte ) _____________________300 litros / cabeça / abatida matadouros ( animais pequenos ) ____________________150 litros / cabeça / abatida laticínios _______________________________________1 a 5 litros / kg de produto curtumes _______________________________________50 a 60 litros / couro papel __________________________________________100 a 400 litros / kg papel tecelagem sem alvejamento_________________________10 a 20 litros / kg tecido d. Principais doenças

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São causados por agentes microbianos e agentes químicos. Agentes microbianos: - via oral : cólera , febre tifóide , hepatite, etc - via cutânea : leptospirosose Agentes químicos : - chumbo (saturnismo) - arsênico : provoca envenenamento (arsenismo) - fluor : em grande quantidade, pode atacar o esmalte dos dentes, causando a fluorose; em quantidade reduzida, pode aumentar a incidência de cárie dentária . e. Requisitos de qualidade da água. - Ser límpida, incolor, inodora e de sabor agradável. - Ser isenta de substância química e microorganismos em quantidade suficientes para não causar doenças. f. Tratamento da água Nem toda água disponível está em condições de uso e necessitando de tratamento para lhe devolver as condições de potabilidade . - Tratamento domiciliar : fervura, aplicação de cloro, filtração . - Tratamento na rede pública: As águas são captadas e levadas para estação de tratamento 1ª fase: Adição de produtos químicos Para agrupar as partículas ( cal e sulfato de alumínio ) Para matar as bactérias ( cloro ) 2ª fase : Decantação Separar pela ação da gravidade as matérias em suspensão ( remoção de flocos ) 3ª fase: Filtração Retirar as impurezas 4ª fase: Adição de produtos químicos Para manter a água livre de bactérias ( cloro ) Para corigir o PH da água ( cal ) Para evitar a cárie ( fluor ) 5ª fase: Distribuição para a população Obs: Durante o tratamento a água passa por vários testes para verificar a cor , turbides, dosagem de cloro e fluor e correção do ph . g. Águas residuárias São as águas de origens pluviais, despejos industriais e esgoto sanitário. Águas pluviais As redes de águas pluviais carregam águas das ruas e dos telhados, levando também areia e outros sólidos, causando o entupimento das redes . Esgoto sanitário Contém em sua composição: sabões, restos alimentares , fezes , etc Despejos industriais São os responsáveis pela poluição dos rios, mares , lagos e solo . Sua composição varia de acordo com o tipo de industria .

h. Efeitos dos contaminantes

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Matéria orgânica Consome o oxigênio das águas dos rios, lagos, mares, etc, destruindo a vida aquática, causando odores e gosto desagradável na água . Sólidos em suspensão Localizados no fundo ou na superfície da água, se decompõem causando odores, diminuindo o oxigênio e, por conseguinte, matando os peixes. Também evitam a passagem de luz e na água, tornando-a pouco transparente . Ácidos, Óleos, Graxas e Substâncias Tóxicas Destroem a flora e a fauna dos rios, mares , lagos, etc. Microorganismos patogênicos Doenças ao homem i. Consequências do não tratamento - Transmissão de doenças como: diarréia, verminose, cólera,etc. - Proliferação de insetos (mosca, mosquito), roedores e outros microorganismos causadores de doenças.

j. Tratamento do esgoto sanitário - Nas zonas rurais: fossa seca , fossa negra e fossa séptica. Fossa seca: É construída fazendo-se uma escavação não profunda, de cerca de 2,5m, sem atingir o lençol freático, isto é, ficando aproximadamente a 1,5m acima deste, evitando assim a contaminação da água. É usada para a disposição de dejetos humanos, sem auxílio ou interferência de água, e nele as águas domésticas não tem acesso. A fossa deve ser protegida contra enxurradas, coberta por uma casinha, sem luz direta, com ventilação junto ao teto e sem janelas, para evitar moscas. Fossa negra: Sua construção é inadequada, pois o fundo contata ou se aproxima do lençol freático, e, muitas vezes, recebe outros dejetos domésticos. Exala mau cheiro e atrai moscas. Fossa séptica: Consiste em uma caixa de concreto fechada e impermeável, enterrada no solo, recebendo todo dejeto dos vasos sanitários, tanques de lavar roupa, pias de cozinha e ralos. É aconselhável que as águas provenientes das pias de cozinha passem por uma caixa de gordura antes de chegarem à fossa. Na caixa séptica, as matérias insolúveis do esgoto doméstico são digeridas e sedimentadas , sofrendo decomposição por meio de bactérias anaeróbicas. A limpeza deve ser feita em intervalos que variam de 6 meses a 2 anos. Deve-se tomar cuidado com o fogo, pois normalmente há formação de gases inflamáveis. -No Sistema Público As águas residuárias de origem doméstica, industriais, pluviais e de infiltração são despejadas nos coletores gerais das ruas, onde são encaminhadas para as estações de tratamento, com o objetivo de reduzir o conteúdo orgânico e inorgânico, limitando os riscos que representam para saúde pública e ao meio ambiente. Dessa forma preservam-se os rios, lagos e mares para fins de abastecimento, agricultura, industria e recreação.

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TIPOS DE TRATAMENTO

Lagoa de oxidação - Lago artificial no qual os dejetos orgânicos são reduzidos pela ação das bactérias. Decantação - Separação , pela ação da gravidade, das matérias em suspensão em meio líquido de menor gravidade. Para os despejos industriais existem vários tipos de equipamentos utilizados no tratamento como : - Separadores de óleo - Decantadoes - Flotadores - Filtros

ALGUMAS EXPERIÊNCIAS Podemos citar como exemplo a experiência da indústria álcool-açucareira que gera como resíduo a VINHAÇA. Este resíduo lançado sem tratamento nos rios , lagos etc , destruía qualquer tipo de vida . Com o tratamento descobriu-se as seguintes aplicações : - Produção de metano : usado como combustível para alimentação de caldeiras e veículos . - Produção de adubos para canaviais : permitindo o replantio da cana após 1 mes da colheita , aumentando a produtividade do solo . Antes só poderia fazê-lo com 12 meses . l. Resíduos Sólidos São os resíduos de várias atividades humanas e são classificados em : Resíduos domiciliares- composto de restos alimentares, papéis, latas, etc. Resíduos comerciais -oriundos dos restaurantes e lojas , sendo composto por restos alimentares, papéis, latas, etc. Resíduo industrial - resultante dos processos industriais. Resíduo público - oriundo das feiras livres, parques e ruas, sendo composto de galhos, terras, papéis, etc. Resíduo dos serviços de saúde - composto de esparadrapo, algodão, seringas, frascos, etc. Resíduo radioativo- oriundo das usinas nucleares e radiologia de hospitais e industrias. - Destino final dos resíduos Os materiais quando acondicionados de forma inadequada e descartados sem os devidos controles, geram a proliferação de ratos, baratas e moscas, exalam odores e causam a poluição dos solos e águas e aparecimento de doenças.

Os materiais poderão sofrer os seguintes tratamentos : enterramento , aterro sanitário , incinerados e reciclados.

Enterramento - É um método muito utilizado nas zonas rurais onde não há coleta urbana de lixo. Aterro sanitário - Os resíduos são espalhados em camadas finas , compactados e cobertos com terra. É um processo que exige técnica e local apropriado. Incineração - Quando realizados sem controle pode causar poluição. Para alguns resíduos industriais e o método mais adequado. ex: resíduo de ascarel .

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Reciclagem - É o método que permite o reaproveitamento de metais, vidro, plásticos, etc.

ALGUMAS EXPERIÊNCIAS Papel - Evitando o corte de árvore e reduzindo a quantidade de resíduos químicos na produção de celulose. Para cada tonelada de papel reciclado deixamos de derrubar de 15 a 20 árvores. Plástico - Ao reciclá-lo economizamos petróleo ( que é a sua matéria prima ) . Usado também como combustível para alimentação de fornos para fundição de metais . Vidro - Economia de matéria prima .Para obter 1 kg de vidro é necessário 1,3 kg de sílica . Escória de Alto Forno - Utilizada na industria do cimento e na pavimentação de ruas em substituição a brita. Alumínio - Economia de matéria prima. Para obtenção de 1 tonelada de alumínio é necessário processar 5 toneladas de bauxita.

14. PRIMEIROS SOCORROS SALVAR UMA VIDA É O PRINCIPAL OBJETIVO DA PRESTAÇÃO DOS PRIMEIROS SOCORROS. Os primeiros socorros protegem o paciente contra maiores danos, até a chegada do médico. Faça só o que for rigorosamente essencial para controlar a situação até a remoção da vitima para o hospital mais próximo. 1- IMPORTÂNCIA DA PRESTAÇÃO DOS PRIMEIROS SOCORROS O conhecimento exato das medidas de primeiros socorros e a correta aplicação pode significar a diferença entre a vida e a morte. Devido a falta de um atendimento adequado as pessoas morrem ou ficam deformadas. 2- VERIFICAÇÃO DOS SINAIS VITAIS O primeiro procedimento do socorrista é verificar os sinais vitais da vítima, que são:

- CONSCIÊNCIA → Verificar se a vítima consegue responder ou se está desmaiada.

-PUPILA→ Observar se a pupila se contrai ao levantar as pálpebras, dando sinais de que há circulação de sangue no cérebro. -RESPIRAÇÃO→ Observar se a pessoa está respirando. Uma pessoa com respiração normal respira por volta de 20 vezes por minuto. -BATIMENTO CARDÍACO→ Verificar se o coração está bombeando sangue, apalpando, de preferência, com dois dedos , a artéria localizada no pescoço.

- PULSO ARTERIAL→ De 60 a 100 batimentos por minuto.

. 3- CONDUTA DO SOCORRISTA a) Manter-se calmo......Inspirar confiança - Evitar pânico b) Sinalizar o local.......Dispersar curiosos c) Evitar maiores danos físicos, impedindo o agravamento das lesões, não virando, empurrando ou puxando o acidentado inconsciente

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d) Prevenir o estado de choque.....Manter a vítima deitada confortavelmente e aquecida e) Não dar líquidos para beber f) Proteger as áreas queimadas ou feridas.....Não respirar e não tossir sobre elas g) Manter os ossos fraturados imobilizados na posição em que ficaram após a fratura h) Só tocar em ferimentos para conter hemorragias i) Transportar a vítima cuidadosamente, de preferência deitada e de lado j) Não retirar objetos penetrantes do corpo do acidentado (vidros, estilhaços de aço, pedaços de madeiras, etc...) 4- RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL É preciso ajudar a vítima a respirar, quando seus movimentos respiratórios não são perceptíveis. Em caso de dúvida, comece a respiração artificial. Nenhum mal pode resultar de seu uso, e uma demora pode custar a vida da vítima. 4.1- RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL PELO MÉTODO BOCA-BOCA a)Deitar a vítima de costas com os braços estendidos ao longo do corpo. b) Verifique se há qualquer corpo estranho obstruindo a boca ou a garganta da vítima. Havendo, procure removê-lo com cuidado. c) Afrouxe as roupas da vítima, principalmente em volta do pescoço, peito e cintura d) Fazer a hiperextenção do pescoço para que o ar passe livremente. e)Fechar as narinas, usando o polegar e o indicador e encostando a palma da mão na testa da vítima.

f)Encher os pulmões de ar g)Cobrir a boca da vítima com a sua boca. h)Soprar até ver o peito da vítima se erguer i)Soltar o nariz, afastar sua boca da vítima e observar se respira. j)Respirar profundamente e repetir o movimento 15 vezes por minuto.

MESMO APÓS HAVER A VÍTIMA VOLTADO A RESPIRAR LIVREMENTE, ESTEJA PRONTO PARA INICIAR TUDO OUTRA VEZ.

4.2-ALGUMAS CAUSAS DE PARADA RESPIRATÓRIA a) Gases venenosos, vapores químicos ou falta de oxigênio . Remova a vítima para um local arejado e não contaminado; . Inicie a respiração de socorro pelo método boca-a-boca; b) Afogamento . Retire rapidamente a vítima da água; . Inicie a respiração boca-a-boca o mais rápido possível logo que alcance a vítima, ainda na água ou no barco, ou tão logo atinja um local mais raso; . Agasalhe a vítima. Se necessário, comprima seu estômago para expulsar a água c) Choque Elétrico . Só toque na vítima depois que ela estiver separada da corrente elétrica, ou esta interrompida; . Só tente retirar uma pessoa presa a um cabo elétrico exposto ao tempo, se você for especialmente treinado para este tipo de salvamento;

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. Lembre-se que cada segundo de contato com a eletricidade diminui a possibilidade de sobrevivência da vítima de choque elétrico; . Se você souber, desligue a tomada ou a chave geral da corrente elétrica. Se não souber, chame imediatamente quem entenda do assunto ou então use uma vara para afastar ou empurrar o fio da vítima. Toque apenas em material seco não condutor de eletricidade; Inicie a respiração boca-a-boca logo que a vítima esteja livre de contato com a corrente. d) Abalos violentes resultantes de explosão ou pancada na cabeça ou no abdome Inicie imediatamente a respiração boca-a-boca e) Envenenamento por ingestão de sedativos ou produtos químicos . inicie imediatamete a respiração boca-a-boca . provoque vômitos da vítima, calçando com o seu dedo a parte posterior da língua da vítima 5- PARADA CARDÍACA Quando o coração pára de bater, seu rítimo muitas vezes pode ser restaurado através de massagem cardíaca externa. Os casos de parada do coração exigem ação imediata. Inicie o socorro, mesmo antes de chegar a um médico. 5-1CAUSAS DE UMA PARADA DO CORAÇÃO a) ataque cardíaco b) choque elétrico c) estrangulamento d) sufocação e) reações alérgicas graves f) afogamento 5.2 SINAIS E SINTOMAS a) Ausência de batimentos cardíacos. b) Falta de pulsos. c) palidez acentuada d) Pele fria. e) Pupilas dilatadas 5.3 LOCALIZAÇÃO DO CORAÇÃO - Na parte superior esquerdo do tórax, entre os pulmões. - Atrás do osso esterno flexível. - Em frente à coluna vertebral. 5.4 MASSAGEM CARDÍACA Sua finalidade é para reiniciar a batida do coração MODO DE FAZER : a) Coloque a vítima deitada de costas sobre uma superfície dura. b) Coloque as duas mãos sobrepostas, acima dois dedos da parte inferior do esterno. c)Faca pressão suficiente para abaixar o tórax ( 5 cm ) sem tocar os dedos nas costelas, mas, apenas, com as palmas das mãos sobre o esterno. d) Repita o movimento 60 vezes por minuto. ( uma massagem por segundo ).

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6- PARADA CÁRDIO-RESPIRATÓRIA Apresenta os sintomas e causas da parada respiratória e parada cardíaca reunidos. 6.1 –MODO DE FAZER

- Colocar-se ao lado da vítima. - Executar primeiramente a respiração artificial e, em seguida, a massagem

cardíaca. - Se estiver sozinho, executar 2 respirações após terem sido executadas 15

massagens cardíacas. - Se houver duas pessoas, executar uma respiração para cada 5 massagens

cardíacas.

CASO TENHA QUE TRANSPORTAR A VÍTIMA, CONTINUE APLICANDO OS SOCORROS, ININTERRUPTAMENTE

7-HEMORRAGIA 7.1 Definição É o sangramento ocasionado pela ruptura de um vaso, devido a doença ou a traumatismo. 7.2- Classificação

- Interna→ Ocorre no caso de lesões internas no organismo, devido a úlceras nos órgãos ou traumatismo.

- Externa→ Ocorre quando há lesões da pele. 7.3- Sintomas

- palidez ; pele fria ; sudorese ; pulso rápido e fino ( acima de 120 batimentos por minuto ); mucosas descoradas;

OBS: O ser humano possui em média 5 LITROS DE SANGUE e a hemorragia abundante não controlada pode levar à morte rapidamente. 7-4 – MÉTODOS EMPREGADOS 7.4.1-TAMPONAMENTO

- Comprimir as bordas da ferida com um pano ou lenço limpos ou gaze. - Comprimir com a mão limpa caso não haja pano ou gaze. - Prender a gaze ou pano com uma atadura ou com pedaço de pano ( tirado

das vestes da vítima ). -

7.4.2-TORNIQUETE→ Quando não obtiver efeitos com o tamponamento ou quando a vítima tiver MEMBROS AMPUTADOS, DILACERADOS OU ESMAGADOS.

- Enrolar um pano em torno da parte superior do braço ou perna , acima do ferimento.

- Dar um nó - Colocar um pedaço de madeira no meio do nó - Dar um nó completo sobre a madeira - Torcer a madeira até parar a hemorragia - Fixar a madeira - DESAPERTAR GRADUALMENTE O TORNIQUETE A CADA 10 OU 15

MINUTOS 8-LESÕES NOS OSSOS 8.1- FRATURA→ É o rompimento de um osso.

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8.1.1 CLASSIFICAÇÃO A- FECHADA

- Sem deslocamento- o osso quebrado permanece no local. - Com deslocamento- o osso quebrado não se exterioriza na pele, mas fica

acavalado. B- EXPOSTA

O osso quebrado se exterioriza na pele. 8.1.2 –SINTOMAS

- Dor local; inchação; impotência funcional ; ossos rangendo ; deformidade do membro.

8.1.3 –PROCEDIMENTO DO SOCORRISTA

- Conter a hemorragia, caso haja. - Proteger a fratura com gaze ou pano limpo. - Imobilizar a fratura. - Transportar a vítima corretamente. - Procurar atendimento médico.

9- QUEIMADURA Lesões produzidas nos tecidos pela ação do calor ou reação química. 9.1- CAUSAS AGENTES FÍSICOS→ Substâncias que têm ação cáustica, como ácidos, soda cáustica, álcalis , derivados do petróleo, etc. AGENTES FÍSICOS→Líquidos quentes, sólidos superaquecidos, vapores, radiações, corrente elétrica, etc. AGENTES BIOLÓGICOS→ Animais, como larva de borboleta , água viva e vegetais, como seringueira, figueira, etc. 9.2- CLASSIFICAÇÃO 9.2.1- QUANTO AO TIPO -SUPERFICIAIS→ Atingem apenas algumas camadas da pele. -PROFUNDAS→ Destroem totalmente a pele e outros tecidos. 9.2.2 QUANTO AO GRAU 1º GRAU→ Apresenta lesão das camadas superficiais da pele, com vermelhidão e dor local suportável.. 2º GRAU→ Apresenta lesão das camadas mais profundas, formação de bolhas, desprendimento das camadas da pele, dor e ardência local de intensidade variável. 3º GRAU→ Apresenta lesões de todas as camadas da pele e dos tecidos mais profundos até os ossos( carbonização ). 9.2.3- QUANTO À GRAVIDADE A gravidade da queimadura é medida pela extensão da área corporal atingida, ou seja, QUANTO MAIOR A ÁREA QUEIMADA, MAIS GRAVE ÉA LESÃO, POIS HÁ MAIOR POSSIBILIDADE DE INFECÇÃO E INSTALAÇÃO DO ESTADO DE CHOQUE.

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A QUEIMADURA É CONSIDERADA GRAVE QUANDO ATINGE A FACE , ÓRGÃO GENITAL OU ACIMA DE 15% DA ÁREA DO CORPO. 9.2.4 CONDUTA DO SOCORRISTA

- Retirar a roupa queimada e suja. - Proteger a área queimada com tecido limpo. - Providenciar socorro médico com urgência.

9.2.4 ATENDIMENTO AO CORPO EM CHAMA 1ª - Se a vítima estiver deitada, deve-se abafar as chamas com um cobertor da cabeça para os pés, a fim de se evitar a intoxicação das vias aéreas superiores, pelos gases produzidos em combustão. 2ª- Se a vítima estiver correndo , deve-se derrubá-la e proceder da maneira anterior, ou tentar abafá-la com um cobertor, mesmo estando em pé. 10 – TRANSPORTE DE ACIDENTADOS É importante fazer um transporte correto do acidentado pois estaremos evitando o aumento das lesões. 10.1- CUIDADOS

- Examinar a vítima antes de removê-la - Controlar a hemorragia. - Prevenir o estado de choque. - Proteger os ferimentos. - Imobilizar as fraturas. - Manter a vítima deitada com a cabeça mais baixa que o corpo. - Não manejá-la constantemente.

10.2- MÉTODOS DE TRANSPORTE

- 10.2.1- MACA - É o melhor meio de transporte e deve utilizar 3 PESSOAS para colocar a

vítima na maca. - O corpo da vítima deve estar sempre em linha reta. - Ë o método mais adequado para transportar vítimas de fraturas.

10.2.2- Puxe sempre a vítima pela direção da cabeça ou pés. Nunca puxe pelos lados ou pelos ombros. 10.2.3- TRANSPORTE DE APOIO. 10.2.4 –TRANSPORTE EM CADEIRINHAS 10.2.5- TRANSPORTE EM CADEIRA. 10.2.6- TRANSPORTE EM COLO. 10.2.7- TRANSPORTE NAS COSTAS. 10.2.8- TRANSPORTE PELAS EXTREMIDADES

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