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Fisco e Impostos

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  • GUIA DO FISCO 2014IRS IRC IVA/RITI

    IMT/IMI

    AVALIAES FISCAIS

    IMPOSTO DE SELO

    BENEFCIOS FISCAIS

    PROCESSO TRIBUTRIO

    INFRACES FISCAIS

  • Ano XX Nmero XX Maio 2014

    Propriedade:INFORFI ComunicaoAv. Infante D. Henrique, 333H, Esc. 49 1800-282 LisboaTelefone: 21 711 21 80 Fax: 21 711 21 81

    Edio e Reviso:Jornal ADVOCATUS em parceria com a Sociedade de Advogados Pedro Raposo & Associados e a Sociedade de Revisores Oficiais de Contas Floriano Tocha, Paulo Chaves & Associado

    ISSN: 0873-0970Depsito Legal: 290463/09Nmero de registo no Ministrio da Justia: 118945ISBN: 978-972-8100-17-9

  • NOTA INTRODUTRIAA 20 edio do Guia do Fisco, lanada pelo BPI, envolveu na sua organizao

    e desenvolvimento de contedos a parceria especializada entre o Jornal ADVOCATUS, a Sociedade de Advogados Pedro Raposo & Associados e a Sociedade de Revisores Oficiais de Contas Floriano Tocha, Paulo Chaves & Associado.

    Uma parceria que, reconhecendo o Guia do Fisco como histrica publicao de referncia na rea da fiscalidade em Portugal, assume o compromisso de aprofundar a facilidade da consulta e a simplicidade da linguagem.

    Tudo o que preciso saber na dupla vertente direitos/deveres fiscais, reflec-tindo naturalmente as implicaes resultantes do Oramento de Estado para 2014 e das vrias alteraes legislativas entretanto aprovadas, est aqui, no Guia do Fisco, para informar e esclarecer todo o universo de contribuintes individuais e colectivos.

  • GUIA DO FISCO 2014 NDICE 5

    NDICE GERAL

    I PARTE IRS

    1. CAPTULO OS SUJEITOS PASSIVOS DE IRS 1. Caracterizao breve do IRS 232. Os sujeitos passivos de IRS 23

    2.1. Sujeitos passivos residentes em territrio portugus (continente) 252.2. Sujeitos passivos residentes em territrio portugus (regies autnomas) 262.3. Sujeitos passivos no-residentes em territrio portugus - regras gerais 262.4. Sujeitos passivos no-residentes em territrio portugus mas residentes noutro Estado-membro da Unio Europeia ou do Espao econmico europeu 282.5. Residentes no habituais em territrio portugus 28

    2.5.1. Os benefcios 29

    2. CAPTULO OS RENDIMENTOS TRIBUTVEIS EM IRS 1. Rendimentos do trabalho dependente Categoria A 31

    1.1. Incidncia objectiva 311.1.1. As reumeraes acessrias 321.1.2. A tributao das importncias devidas por cessao do vnculo laboral 33

    1.2. Atenuaes da tributao 341.2.1. Excluses tributrias 341.2.2. Os benefcios fiscais 35

    1.3. A determinao do rendimento lquido 371.3.1. A deduo especfica do art. 25. 371.3.2. Contribuies para regimes complementares de segurana social 381.3.3. Profisses de desgaste rpido: dedues 38

    1.4. Obrigaes declarativas 392. Rendimentos empresariais e profissionais Categoria B 39

    2.1. Incidncia objectiva 392.2. Atenuaes da tributao 40

    2.2.1. Excluses tributrias 402.2.2. Diferimento da tributao de rendimentos no mbito de actividades agrcolas, silvcolas, pecurias ou de pesca 412.2.3. A transmiso do patrimnio empresarial para a realizao do capital de sociedade 412.2.4. Os benefcios fiscais 42

  • 6 GUIA DO FISCO 2014 NDICE

    2.3. A determinao do rendimento lquido 432.3.1. O regime simplificado 432.3.2. O regime de contabilidade 452.3.3. Valor definitivo considerado para efeitos de liquidao de imposto municipal sobre as transmisses onerosas de imveis 492.3.4 Certificao de programas de facturao 492.3.5. A aplicao de mtodos indirectos na determinao do rendimento lquido 49

    2.4. Actos isolados 502.5. Opo pela tributao segundo as regras da categoria A quando o profissional

    preste servios a uma nica entidade 502.6. Deveres autnomos de natureza declarativa 512.7. Deveres autnomos de natureza contabilstica 51

    2.7.1. No mbito do regime simplificado 512.7.2. No mbito do regime de contabilidade 532.7.3. Aspectos comuns a ambos os regimes 54

    2.8. Actividades profissionais 553. Rendimentos de capitais Categorias E 56

    3.1. Incidncia objectiva 563.2. Atenuaes da tributao 56

    3.2.1. Excluso tributria 563.2.2. Benefcios Fiscais 573.2.3. Rendimentos de englobamento facultativo 57

    3.3. A determinao do rendimento lquido 583.3.1. Presunes 583.3.2. Formulao das regras de incidncia 583.3.3. O regime da tributao dos juros e dos lucros distribudos 59

    3.4. Obrigaes declarativas 604. Rendimentos prediais Categoria F 60

    4.1. Incidncia objectiva 604.2. Benefcios fiscais 614.3. A determinao do rendimento lquido 614.4. Obrigaes declarativas 61

    5. Incrementos patrimoniais Categoria G 625.1. Incidncia objectiva 62

    5.1.1. Mais-valias 62 5.1.1.1. Atenuaes tributrias 63 5.1.1.2. Da transmisso onerosa de imveis destinados a habitao prpria e permanente 64 5.1.1.3. Da permuta de partes sociais 65 5.1.1.4. Determinao do saldo das mais-valias 65

  • GUIA DO FISCO 2014 NDICE 7

    5.1.1.5. Apuramento de mais-valias 665.1.2. Os acrscimos patrimoniais no justificados, determinados nos termos dos art.s 87. ou 89. - A da Lei Geral Tributria. A avaliao indirecta por titularidade ou fruio de manifestaes de fortuna 67

    5.2. Obrigaes declarativas 686. Penses Categoria H 68

    6.1. Incidncia objectiva 686.2. Atenuaes da tributao 69

    6.2.1. Excluses tributrias 696.2.2. Benefcios fiscais 69

    6.3. A determinao do rendimento lquido 696.3.1. Determinao do montante sujeito a tributao 696.3.2. A deduo especfica 70

    6.4. Obrigaes declarativas 71

    3. CAPITULO A DETERMINAO DA MATRIA COLECTVEL ASPECTOS COMUNS 1. O Englobamento dos rendimentos 732. A imputao de rendimentos 743. Regime especial dos residentes no habituais 74

    3.1. Aspectos Gerais 744. Valores fixados em moeda diversa da moeda nacional e rendimentos em espcie 75

    4.1. Regras de equivalncia em moeda nacional de rendimentos ou encargos expressos em moeda diferente 754.2. Regras de equivalncia em moeda nacional de rendimentos em espcie 76

    5. O reporte de rendimentos 766. O fraccionamento de rendimentos 767. A acumulao de rendimentos 778. A separao de facto 779. A unio de facto e a vivncia em economia comum 7810. O regime de deduo de perdas 7811. A determinao da matria colectvel 78

    11.1. Da determinao do rendimento lquido total ao rendimento colectvel 7812. Rendimento colectvel 79

    4. CAPTULO A LIQUIDAO E O PAGAMENTO DE IRS 1. As declaraes de IRS 81

    1.1. Os modelos declarativos e sua finalidade 811.2. Prazos, locais, meios e forma de entrega das declaraes de IRS 811.3. A declarao anual de informao contabilstica e fiscal a apresentar

    por titulares de rendimentos da categoria B 83

  • 8 GUIA DO FISCO 2014 NDICE

    1.4. A declarao mod. 10 832. As taxas gerais de IRS para 2013 83

    2.1. Taxas Gerais 832.2. Sobretaxa de IRS 842.3. Taxa adicional de solidariedade 84

    3. Taxas especiais 854. Tributaes autnomas 85

    4.1. Despesas no documentadas 854.2. Despesas pagas a residentes em regimes fiscais privilegiados 864.3. Despesas de representao e viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, motos e motociclos 864.4. Encargos com ajudas de custo e compensao pela deslocao em viatura prpria em servio da entidade patronal 864.5. Extenso subjectiva das tributaes autnomas 87

    5. O quociente conjugal 876. As dedues colecta 87

    6.1. Nota introdutria 876.2. As dedues pessoalizantes: pelos sujeitos passivos, pelos dependentes e pelos ascendentes 886.3. As dedues subjectivizantes 89

    6.3.1. Por despesas de sade 896.3.2. Por despesas de educao, reabilitao e formao 906.3.3. Por penses de alimentos 906.3.4. Por encargos com lares 916.3.5. Por encargos com imveis para habitao prpria e permanente 916.3.6. Por benefcios fiscais 92

    6.4. Dedues meramente econmicas 946.4.1. A deduo por dupla tributao internacional 94

    6.5. As dedues financeiras: por imposto retido na fonte e por pagamentos por conta 946.6. As dedues no mbito do mecenato cientfico 95

    7. A restituio oficiosa do IRS 958. O pagamento do imposto 95

    8.1. As retenes na fonte 958.2. Os pagamentos por conta 968.3. O pagamento normal do imposto liquidado anualmente 968.4. O pagamento em prestaes 96

  • GUIA DO FISCO 2014 NDICE 9

    5. CAPTULO TRIBUTAO DE NO RESIDENTES1. Introduo 972. Aspectos particulares 983. Taxas 99

    3.1. Taxas liberatrias 993.2. Reembolso da reteno sofrida 993.3. Taxas especiais 1003.4. Excluses de tributao 101

    4. Representante fiscal 1015. Directiva da poupana 1026. Regime opcional para os residentes noutro Estado-membro

    da Unio Europeia ou do Espao Comum Europeu (EEE) 102

    6. CAPITULO O IRS E A EMPRESA1. Introduo 1052. Reteno na fonte - Regras gerais 105

    2.1. Rendimentos sujeitos a reteno na fonte 1052.2. Local de pagamento 1062.3. Incorreces nos montantes retidos 106

    3. Retenes - trabalho dependente e penses 1073.1. Remuneraes fixas, ou fixas e variveis, e penses - retenes 107

    4. Retenes - Outras categorias 1084.1. Taxas de reteno 1084.2. Taxa adicional de solidariedade 1084.3. Sobretaxa em sede do IRS 1084.4. Pagamento de subsidios em dudecimos 1094.5. Taxas liberatrias 1094.6. Dispensa na reteno 110

    5. Deveres acessrios 1115.1. Natureza contabilstica 1115.2. Natureza declarativa 111

    II PARTE IRC

    1. CAPTULO INCIDNCIA DO IRC 1. Pressuposto do IRC 1152. Incidncia subjectiva 1153. Incidncia objectiva 115

  • 10 GUIA DO FISCO 2014 NDICE

    4. Extenso da obrigao do imposto 1165. Transparncia fiscal 1176. Perodo de tributao 118

    2. CAPTULO ISENES 1. Isenes 121

    3. CAPTULO A DETERMINAO DA MATRIA COLECTVEL 1. Regras gerais 125

    1.1. Residentes que exeram a ttulo principal uma actividade de natureza comercial, industrial ou agrcola 1251.2. Residentes que no exeram a ttulo principal uma actividade de natureza comercial, industrial ou agrcola 1261.3. No residentes dispondo de estabelecimento estvel 1261.4. No residentes no dispondo de estabelecimento estvel ou dispondo de estabelecimento estvel, quando os rendimentos no lhe sejam imputveis 1271.5. Periodizao do lucro tributvel 1271.6. Regime Simplificado de determinao da matria colectvel 1271.7. Determinao da matria colectvel 129

    2. Lucro tributvel 1302.1. Resultado lquido contabilstico 1302.2. Variaes patrimoniais positivas 1302.3. Variaes patrimoniais negativas 1312.4. Correces fiscais 131

    2.4.1. Rendimentos 1312.4.2. Gastos 134 2.4.2.1. Mensurao e perdas por imparidades em activos correntes 137 2.4.2.2. Depreciao amortizaes e perdas por imparidades em activos no correntes 139 2.4.2.3. Provises 141 2.4.2.4. Outros gastos 142

    2.4.2.4.1. Crditos incobrveis 142 2.4.2.4.2. Realizaes de utilidade social 142 2.4.2.4.3. Quotizaes a favor de associaes empresariais 143 2.4.2.4.4. Activos intangveis, propriedades de investimento e activos biolgicos no consumveis 143

    2.4.3. Outras correces 143 2.4.3.1. Diferena negativa entre menos-valias e mais-valias realizadas na transmisso onerosa de partes de capital 143 2.4.3.2. Reconstruo de jazidas 144

  • GUIA DO FISCO 2014 NDICE 11

    2.4.4. Tributaes autnomas 1442.4.5. Medidas Anti-abuso 147

    2.4.5.1. Preos de transferncia 147 2.4.5.2. Correces ao valor de transmisso de direitos reais sobre bens imveis 148 2.4.5.3. Pagamentos a entidades no residentes sujeitas a um regime fiscal privilegiado 148 2.4.5.4. Subcapitalizao 1492.5. Mtodos de determinao do lucro tributvel 149

    2.5.1. Mtodos indirectos 150

    4. CAPTULO TAXAS, LIQUIDAO E PAGAMENTO 1. Taxas 151

    1.1. Taxas gerais 151 1.1.1. Entidades residentes que exeram a ttulo principal uma actividade comercial industrial ou agrcola e entidades no residentes com estabelecimento estvel 151 1.1.2. Entidades residentes que no exeram a ttulo principal uma actividade comercial, industrial ou agrcola 151 1.1.3. Entidades no residentes sem estabelecimento estvel 151

    1.1.4. Cooperativas Estatuto Fiscal Cooperativo 1521.2. Taxa adicional 152

    1.2.1. Derrama estadual 1522. Dedues Colecta 153

    2.1. Dupla Tributao Internacional 1532.1.1. Convenes celebradas por Portugal 1542.1.2. Dupla tributao econmica internacional 157

    2.2. Benefcios Fiscais 1572.3. Pagamento Especial por Conta (PEC) 158

    3. Pagamento 1583.1. Pagamentos por conta 1583.2. Pagamento da derrama estadual 1603.3. Pagamento especial por conta 1613.4. Retenes na Fonte 162 3.4.1. Regras gerais 162 3.4.2. Dispensa de reteno na fonte 164 3.4.2.1. Dispensa de reteno na fonte sobre rendimentos auferidos por residentes 164 3.4.2.2. Dispensa total ou parcial de reteno na fonte sobre rendimentos auferidos por entidades no residentes 165

  • 12 GUIA DO FISCO 2014 NDICE

    5. CAPTULO OBRIGAES ACESSRIAS1. Obrigaes declarativas 171

    1.1. Declarao de inscrio, de alteraes ou de cessao 1711.2. Declarao peridica de rendimentos 1711.3. Declarao anual de informao contabilstica e fiscal 1731.4. Modelos de impressos de IRC 173

    1.4.1. Declaraes de rendimentos 1731.4.2. Declarao anual de informao contabilstica e fiscal 174

    2. Outras obrigaes 1752.1. Obrigaes contabilsticas 1752.2. Designao de representante 1772.3. Deveres de cooperao dos organismos oficiais e outras entidades 1772.4. Obrigaes das entidades que devem efectuar retenes na fonte de IRC 1772.5. Processo de documentao fiscal (dossier fiscal) 178

    6. CAPITULO REGIMES ESPECIAIS E OUTRAS MATRIAS1. Regime especial de tributao dos grupos de sociedades (RETGS) 1792. Regime aplicvel transformao de sociedades 1813. Regime especial aplicvel s fuses, cises e entradas de activos 1814. Liquidaes de sociedades e outras entidades 1835. Transferncia de residncia de uma sociedade para o estrangeiro

    e cessao de actividade de entidades no residentes 184

    III PARTE IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO

    1. CAPTULO REGIME GERAL 1. Introduo 1892. Incidncia 189

    2.1. Incidncia objectiva 1892.2. Incidncia subjetiva 192

    3. Localizao das operaes 1933.1. Localizao das transmisses de bens 1933.2. Localizao das prestaes de servios 193

    4. Facto gerador e exigibilidade do imposto 2005. Isenes 201

    5.1. Isenes nas operaes internas 2015.2. Isenes nas importaes 205

  • GUIA DO FISCO 2014 NDICE 13

    5.3. Isenes nas exportaes, operaes assimiladas a exportaes e transportes internacionais 2065.4. Outras isenes 207

    6. Valor tributvel 2076.1. Valor tributvel nas transaces internas 2076.2. Valor tributvel na importao de bens 208

    7. Taxas 2088. Liquidao e pagamento do imposto 2109. Outras obrigaes 214

    9.1. Obrigaes declarativas 2149.2. Obrigaes de facturao 2169.3. Obrigaes contabilsticas 218

    10. Outras disposies 21810.1. Centralizao da contabilidade ou da escrita 21910.2. Servio de finanas e tesouraria de finanas competentes 21910.3. Regularizaes 21910.4. Responsabilidade solidria 22210.5. Liquidao oficiosa do imposto 223

    11. Regimes especiais 22411.1. Regime de iseno (artigos 53. a 59.) 22411.2. Regime dos pequenos retalhistas (artigos 60. a 68.) 22511.3. Outros regimes 226

    2. CAPTULO REGIME DO IVA NAS TRANSACES INTRACOMUNITRIAS (RITI)1. Introduo 2292. Incidncia 2293. Conceitos 2304. Territorialidade 2355. Factor gerador e exigibilidade do imposto 2416. Isenes 2417. Valor tributvel e taxas 2448. Liquidao e pagamento do imposto 2449. Outras obrigaes dos seujeitos passivos 245

    IV PARTE IMPOSTOS SOBRE O PATRIMNIO

    1. CAPTULO IMPOSTO MUNICIPAL SOBRE IMVEIS 1. Incidncia Real (CIMI, art. 1.) 253

  • 14 GUIA DO FISCO 2014 NDICE

    1.1. Conceito de prdio (CIMI, art. 2.) 2531.2. Classificao dos prdios (CIMI, art.s 3 a 6.) 253

    2. Incidncia subjectiva (CIMI, art. 8.) 2552.1. Entidades Pblicas: (CIMI, art. 11.) 2552.2. Incio da tributao (CIMI, art. 9.) 255

    3. Valor tributvel (CIMI, art. 7.) 2564. Taxas (CIMI, art. 112.) 2575. Liquidao e pagamento (CIMI, art.s 113. a 122.) 2586. Matrizes prediais (CIMI, art. 12.) 2597. Obrigaes declarativas (CIMI, art. 13.) 2598. Fiscalizao (CIMI, art.s 123. a 128.) 2609. Benefcios fiscais 26010. Entidades residentes em parasos fiscais 261

    2. CAPTULO IMPOSTO MUNICIPAL SOBRE AS TRANSMISSES ONEROSAS DE IMVEIS1. Incidncia Real (CIMT, art.s 1. e 2.) 263

    1.1. As promessas de aquisio e de alienao 2631.2. Arrendamento 2631.3 Arrendamento ou subarrendamento a longo prazo 2631.4. Quotas e partes sociais 2631.5. Contratos 264

    2. Incidncia subjectiva (art. 4.) e territorial (art. 2.) 2653. Base tributvel (CIMT, art. 12. a 16.) 2664. Isenes 268

    4.1. Compra de prdios para revenda 2684.2. Iseno pela aquisio de prdios destinados exclusivamente habitao 2694.3. Iseno pela aquisio de imveis por Instituio de Crdito 269

    5. Taxas (CIMT, art. 17.) 2696. Liquidao (CIMT, art. 19.) 270

    6.1. Restituio do IMT 2716.2. Liquidao posterior transmisso 2716.3. Competncia para a liquidao 272

    7. Pagamento (CIMT, art. 36.) 2728. Obrigaes declarativas (CIMT, art.s 19., 20. e 34.) 272

    3. CAPTULO AVALIAES FISCAIS1. Introduo 2752. Critrios de avaliao 275

    2.1 Prdios rsticos 275

  • GUIA DO FISCO 2014 NDICE 15

    2.2 Prdios urbanos 2762.2.1. Valor base dos prdios edificados (Vc) 2772.2.2. rea bruta de construo e rea excedente (A) 2772.2.3. Coeficiente de afectao (Ca) 2782.2.4. Coeficiente de localizao (Cl) 2782.2.5. Coeficiente de qualidade e conforto (Cq) 2782.2.6. Coeficiente de vetustez (Cv) 280

    3. Terrenos para construo 2804. Organismos de coordenao e avaliao 2805. Iniciativa da avaliao 280

    5.1. Reclamao das matrizes 2815.2. Contestao de valor nas transmisses 281

    6. Primeira e segunda avaliaes 282

    V PARTE OUTROS IMPOSTOS

    1. CAPTULO IMPOSTO DO SELO1. Incidncia objectiva 2882. Incidncia territorial 3063. Incidncia subjectiva 3074. Valor tributvel, liquidao e cobrana 308

    4.1. Valor tributvel 3084.2. Liquidao 309

    5. Pagamento 3135.1. Regras gerais. Responsabilidade tributria 3135.2. Transmisses gratuitas. A eventualidade do pagamento a prestaes 314

    6. Obrigaes acessrias 3157. Restituio do imposto 316

    2. CAPTULO OUTROS IMPOSTOS E CONTRIBUIES ESPECIAIS1. Impostos especiais de consumo 317

    1.1. Regime geral do CIEC 3181.2. Regime especial do CIEC 324 1.2.1. Imposto sobre o consumo de bebidas alcolicas 324 1.2.2. Imposto sobre os produtos petrolferos e energticos 326 1.2.3. Imposto sobre o tabaco 328

    2. Tributao automvel 3302.1. Imposto sobre veculos 330

    3. Imposto nico de circulao 334

  • 16 GUIA DO FISCO 2014 NDICE

    VI PARTE BENEFCIOS FISCAIS

    1. CAPTULO BENEFCIOS FISCAIS 1. Conceito, caducidade e desagravamento fiscal (EBF, art.s 2., 3. e 4.) 3392. Benefcios automticos e dependentes de reconhecimento (EBF, art. 5. e CPPT, art. 65.) 3393. Reconhecimento dos benefcios fiscais 340

    3.1. Impostos sobre o rendimento (IRC e IRS) 3403.2. Imposto Municipal sobre Imveis (IMI) 3473.3. Imposto Municipal sobre as Transmisses Onerosas de Imveis (IMT) 3483.4. Imposto do Selo (CIS) 3483.5. Benefcios fiscais de natureza contratual (EBF, art. 41.) 349

    3.5.1. Grandes projectos de investimento (DL n. 203/2003, de 10.9) 3493.6. Sociedades Gestoras de participaes especiais (SGPS) e Sociedades de Capital de Risco (SCR) 3503.7. Benefcios s zonas francas 3503.8. Contratos fiscais. Caducidade. Tributao (LGT, arts. 37. e 46., n. 2, al. b)) 350

    4. Extino de benefcios fiscais (EBF, art. 14.) 3505. Benefcios fiscais em vigor em 2013 352

    VII PARTE CONTENCIOSO FISCAL

    1. CAPTULO SISTEMA FISCAL E CONTENCIOSO TRIBUTRIO 1. Sistema fiscal e contencioso tributrio 3572. O sistema fiscal 358

    2.1. Fontes e princpios do Direito Fiscal 3582.2. As normas fiscais. Interpretao e aplicao no tempo e espao 360

    3. Garantias dos contribuintes 3613.1. Garantias gerais. O princpio da legalidade 3613.2. Princpio da segurana jurdica 362

    3.2.1. O prazo de caducidade do direito de liquidao 3623.2.2. O prazo de prescrio das obrigaes tributrias 3643.2.3. Outras situaes de tutela da certeza e segurana das obrigaes tributrias 365

    3.3. Celeridade 3653.4. Confidencialidade 3663.5. Presuno da verdade das declaraes e escrita 3673.6. Direito de informao 371

  • GUIA DO FISCO 2014 NDICE 17

    3.7. Direito fundamentao e notificao 3743.8. Direito a juros indemnizatrios 3763.9. Direito de audio, reclamao, impugnao e oposio 377

    4. Garantias do Estado 3864.1. Responsabilidade subsidiria 3864.2. Providncias cautelares de arresto e arrolamento (art.s 136. a 140. do CPPT) 3884.3. Privilgios creditrios, penhor ou hipoteca legal 3884.4. Compensao 3894.5. A execuo fiscal (art.s 148. e seguintes do CPPT) 389

    4.5.1. Penhora e venda dos bens penhorados 3924.6. Reclamaes e recursos das decises do rgo da execuo fiscal (art.s 276. a 278. do CPPT) 393

    5. Arbitragem em matria tributria 3935.1. Objecto 3935.2. Funcionamento dos tribunais arbitrais 3945.3. Tramitao 3955.4. Recursos 396

    2 Captulo - Infraces Fiscais1. Crimes e contra-ordenaes fiscais 399

    1.1. Disposies comuns 4001.2. Disposies aplicveis aos crimes tributrios 4021.3. Disposies aplicveis s contra-ordenaes 404

    2. Processo penal tributrio e crimes tributrios 4072.1. Processo penal tributrio 4072.2. Crimes tributrios 410

    3. Processo de contra-ordenao tributria. As contra-ordenaes 4143.1. Processo de contra-ordenao tributria 4143.2. O regime contra-ordenacional especial aplicvel ao chamado planeamento fiscal agressivo 4173.3. As contra-ordenaes tributrias (tipos 417

    VIII PARTE

    INFORMAES TEIS 425Direces Distritais de Finanas 426Direco Geral dos Impostos 427Servios de Apoio ao Contribuinte 429 Repartio das Finanas 431

  • 18 GUIA DO FISCO 2014 NDICE

  • GUIA DO FISCO 2014 NDICE 19

    ABREVIATURAS

    CA Contribuio AutrquicaCCA Cdigo da Contribuio AutrquicaCIRC Cdigo do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColectivasCIRS Cdigo do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas SingularesCIVA Cdigo do Imposto sobre o ValorCPT Cdigo do Procedimento TributrioCIMI Cdigo do Imposto Municipal de Bens ImveisCIMT Cdigo do Imposto Municipal de Transmisses Onerosas de Bens Imveis

    DL Decreto-LeiEBF Estatuto dos Benefcios FiscaisIA Imposto AutomvelICA Imposto de camionagemICI Imposto de CirculaoIMI Imposto Municipal de Bens ImveisIMT Imposto Municipal de Transmisses Onerosas de Bens Imveis

    IRC Imposto sobre o Rendimento das Pessoas ColectivasIRS Imposto sobre o Rendimento das Pessoas SingularesISSD Imposto sobre as Sucesses e DoaesIVA Imposto sobre o Valor AcrescentadoMAR Registo Internacional de NaviosPORT PortariaRITI Regime do IVA nas Transaces IntracomunitriasRJIFNA Regime Jurdico das Infraces Fiscais no Aduaneiros

  • GUIA DO FISCO 2014 OS SUJEITOS PASSIVOS DE IRS 23

    1. Captulo

    OS SUJEITOS PASSIVOS DE IRS

    1. CARACTERIZAO BREVE DO IRS

    Um imposto uma prestao pecuniria, coactiva, unilateral e definitiva, que tem como fonte a lei, a favor do Estado ou de outro Ente Pblico para a satisfao de fins pblicos, sem carcter de sano, ou seja, no representa uma reaco da ordem jurdica a um acto ilcito.

    Nos termos do artigo 104., n. 1 da CRP, o IRS dever ser nico e pro-gressivo, tendo em conta as necessidades e os rendimentos do agregado familiar e visando a diminuio das desigualdades. O IRS assim um imposto que pode ser definido como um imposto directo, pessoal, peridico e que tendencialmente incide sobre a totalidade dos rendimentos auferidos pela pessoa singular.

    O IRS encontra-se subordinado a princpios gerais, como o da justia, da legalidade, da tipicidade, da igualdade, da proteco da famlia e da proteco da propriedade privada, bem como a outros princpios especficos, como o da legalidade fiscal, da capacidade contributiva na tributao do rendimento, da totalidade ou generalidade, da universalidade, da territorialidade, da realizao e do imediatismo.

    O IRS , em segundo lugar, um imposto sobre o rendimento, estando previstas seis categorias de rendimentos. Por ltimo, o IRS um imposto sobre o rendimento das pessoas singulares, sendo portanto um imposto pessoal, estando conexos com a incidncia subjectiva aspectos como o da caracterizao dos sujeitos passivos, a composio do agregado familiar e a residncia em territrio portugus, enquanto elemento subjectivo de conexo territorial, que legitima o poder de tributar o rendimento auferido numa base mundial.

    A Lei n. 66-B/2012, de 31 de Dezembro (Lei do Oramento do Estado para 2013) veio agravar bastante a tributao das pessoas singulares, conforme se ver infra. A ttulo exemplificativo, refira-se a reduo do nmero de escales de IRS e consequente ajustamento das taxas aplicveis, a reduo do rendimento colectvel ao qual se aplica a taxa mxima de IRS (passou de 153.300 para 80.000) e a aplicao, a ttulo excepcional, da sobretaxa de IRS e da taxa adicional de solidariedade.

    Esta sobretaxa de IRS veio novamente consagrada no Oramento do Estado para 2014 (Lei n. 83-C/2014, de 31 de Dezembro), tendo sido igualmente fixada em 3,5%.

    2. OS SUJEITOS PASSIVOS DE IRS

    O CIRS considera sujeitos passivos as pessoas singulares residentes em terri-trio portugus e as que, nele no residindo, aqui obtenham rendimentos (art. 13., n.1).

  • 24 GUIA DO FISCO 2014 OS SUJEITOS PASSIVOS DE IRS

    As pessoas singulares residentes em territrio portugus, de acordo com o princpio da universalidade ou do rendimento mundial, so tributadas pela totalidade dos seus rendimentos, incluindo os obtidos fora do territrio portugus (art. 15., n.1). As pessoas singulares no residentes em territrio portugus, de acordo com o princpio da territorialidade, so tributadas apenas pelos rendimentos obtidos em territrio portugus (art. 15., n. 2). No caso das pessoas residentes em territrio portugus, deve ainda distinguir-se entre as pessoas singulares residentes no territ-rio do continente (art. 16.), e as pessoas singulares residentes na Regio Autnoma da Madeira e na Regio Autnoma dos Aores (art. 17.).

    Existindo agregado familiar, o imposto devido pelo conjunto de pessoas que o constituem. Existindo agregado familiar, o artigo 13. n. 2 considera como sujeitos passivos as pessoas singulares a quem incumbe a sua direco.

    O agregado familiar , nos termos do CIRS, constitudo por (art. 13., n.3): a) Os cnjuges no separados judicialmente de pessoas e bens e pelos seus

    dependentes;b) Cada um dos cnjuges ou ex-cnjuges, respectivamente, nos casos de

    separao judicial de pessoas e bens ou de declarao de nulidade, anu-lao ou dissoluo do casamento, e os dependentes a seu cargo;

    c) O pai ou me solteiros e pelos dependentes a seu cargo; d) O adoptante solteiro e pelos dependentes a seu cargo.

    O artigo 13., n. 4 considera dependentes:a) Os filhos, adoptados e enteados, menores no emancipados, bem como

    os menores sobre tutela;b) Os filhos, adoptados e enteados, maiores, bem como aqueles que at

    maioridade estiveram sujeitos a quem incumbe a direco do agregado familiar, que, no tendo mais de 25 anos nem auferindo anualmente rendimentos superiores ao valor da retribuio mnima mensal garanti-da, tenham frequentado no ano a que respeita o imposto o 11. ou o 12. ano de escolaridade, estabelecimento de ensino mdio ou superior;

    c) Os filhos, adoptados, enteados e os sujeitos a tutela, maiores, inap-tos para o trabalho e para angariar meios de subsistncia, quando no aufiram rendimentos superiores ao salario mnimo nacional mais elevado.

    A situao pessoal e familiar relevante para efeitos de tributao dos sujei-tos passivos aquela que se verificar em 31 de Dezembro de cada ano (art. 13. n. 7).

    Duas pessoas que, independentemente do sexo, vivam em unio de facto h mais de dois anos, podem optar pelo regime de tributao dos sujeitos passivos ca-sados e no separados judicialmente de pessoas e bens (art. 14.) a aplicao deste regime verifica-se desde que, no ano da tributao conjunta, e nos dois anos anterio-res, tenham tido o mesmo domiclio fiscal e desde que ambos assinem a respectiva declarao de rendimentos (art. 14., n. 2).

  • GUIA DO FISCO 2014 OS SUJEITOS PASSIVOS DE IRS 25

    Optando por este regime, so ambos os unidos de facto responsveis pelo cumprimento das obrigaes tributrias e tal como sucede quanto ao agregado familiar, o imposto devido pelo conjunto dos rendimentos das duas pessoas que vivam em unio de facto (art. 14., n.3).

    De acordo com o artigo 7. da Lei n. 6/2001, de 11 de Maio, situao das pessoas que vivam em economia comum aplicvel o disposto no CIRS para as Unies de Facto. Entende-se por economia comum, nos termos da lei, a situao de pessoas que vivam em comunho de mesa e habitao h mais de dois anos e tenham estabelecido uma vivncia em comum de entreajuda ou partilha de recursos.

    2.1. Sujeitos passivos residentes em territrio portugus (continente)

    O art. 16. dispe que so residentes em territrio portugus as pessoas que, no ano a que respeitam os rendimentos:

    a) Hajam nele permanecido mais de 183 dias, seguidos ou interpolados; b) Tendo permanecido por menos tempo, a disponham, em 31 de Dezem-

    bro desse ano, de habitao em condies que faam supor a inteno de a manter e ocupar como residncia habitual;

    c) Em 31 de Dezembro sejam tripulantes de navios ou aeronaves, desde que aqueles (tripulantes) estejam ao servio de entidades com residn-cia, sede ou direco efectiva nesse territrio;

    d) Desempenhem no estrangeiro funes ou comisses de carcter pbli-co, ao servio do Estado Portugus (incluindo, desde 1 de Janeiro de 2013, os deputados ao Parlamento Europeu).

    Sero sempre havidas como residentes em territrio portugus as pessoas que constituem o agregado familiar, desde que naquele resida qualquer das pessoas a quem incumbe a direco do mesmo (art. 16. n. 2).

    So tambm consideradas residentes em territrio portugus as pessoas de nacionalidade portuguesa que mudem o seu domiclio fiscal para pas, territrio ou regio, sujeito a um regime fiscal mais favorvel (cfr. Portaria n. 150/2004 de 13 de Fevereiro, entretanto alterada), no ano em que se verifique aquela mudana e nos quatro anos subsequentes, salvo se o sujeito passivo demonstrar que essa alterao se deve a razes atendveis, nomeadamente o exerccio naquele territrio de actividade temporria por conta de entidade patronal domiciliada em territrio portugus.

    A condio de residente que resulta da presuno que so sempre residentes em territrio portugus as pessoas que constituem o agregado familiar pode ser afas-tada pelo cnjuge que no tiver permanecido mais de 183 dias, seguidos ou interpo-lados, em territrio portugus, desde que este efectue prova da inexistncia de uma ligao entre a maior parte das suas actividades econmicas e o territrio portugus. Neste caso o sujeito passivo tributado como no residente relativamente aos rendi-mentos de que seja titular e que se considerem obtidos no territrio portugus para efeitos do CIRS. O cnjuge residente em territrio portugus apresenta uma nica

  • 26 GUIA DO FISCO 2014 OS SUJEITOS PASSIVOS DE IRS

    declarao, da sua parte nos rendimentos comuns e dos seus prprios rendimentos e dos rendimentos dos seus dependentes, segundo o regime aplicvel s pessoas na situao de separados de facto (art. 59. n.2).

    2.2. Sujeitos passivos residentes em territrio portugus (Regies Autnomas)

    Nos termos do artigo 17., se uma pessoa residente no territrio portugus permanecer mais de 183 dias por ano no territrio de uma Regio Autnoma conside-ra-se, para efeitos fiscais, que essa pessoa residente numa Regio Autnoma. Esta presuno entende-se verificada se o sujeito passivo tiver a sua residncia habitual nessa Regio Autnoma e a esteja registado para efeitos fiscais.

    So ainda considerados residentes numa Regio Autnoma os residentes no territrio portugus que ali tenham o seu principal centro de interesses (local onde se obtenha a maior parte da base tributvel), determinvel dos termos do CIRS.

    Em todo o caso, sero havidas como residentes na Regio Autnoma as pes-soas que constituem o agregado familiar, desde que a se situe o seu principal centro de interesses, nos termos j referidos.

    2.3. Sujeitos passivos no-residentes em territrio portugus regras gerais

    So consideradas no-residentes em territrio portugus as pessoas singu-lares que no possam ser consideradas residentes em territrio portugus de acordo com os critrios referidos nos n.s anteriores.

    De acordo com o art. 15. n.2 e de acordo com o princpio da territoriali-dade, tratando-se de no residentes, o IRS incide unicamente sobre os rendimentos obtidos em territrio portugus.

    O art. 18. define os rendimentos que se consideram obtidos no nosso ter-ritrio. Estes so:

    a) Os rendimentos do trabalho dependente decorrentes de actividades nele exercidas, ou quando tais rendimentos sejam devidos por entida-des que nele tenham residncia, sede, direco efectiva ou estabeleci-mento estvel a que deva imputar-se o pagamento;

    b) As remuneraes dos membros dos rgos estatutrios das pessoas colectivas e outras entidades, devidas por entidades que nele tenham residncia, sede, direco efectiva ou estabelecimento estvel a que deva imputar-se o pagamento;

    c) Os rendimentos de trabalho prestado a bordo de navios e aeronaves, desde que os seus beneficirios estejam ao servio de entidade com residncia, sede ou direco efectiva nesse territrio;

    d) Os rendimentos provenientes da propriedade intelectual ou industrial, da prestao de informaes respeitantes a uma experincia adquirida no sector comercial, industrial ou cientfico, ou do uso ou concesso do uso de equipamento agrcola, comercial ou cientfico, quando no cons-

  • GUIA DO FISCO 2014 OS SUJEITOS PASSIVOS DE IRS 27

    tituam rendimentos prediais, bem como os derivados de assistncia tc-nica, devidos por entidades que nele tenham residncia, sede, direco efectiva ou estabelecimento estvel a que deva imputar-se o pagamento;

    e) Os rendimentos de actividades empresariais e profissionais imputveis a estabelecimento estvel nele situado;

    f) Os rendimentos que no se encontrem previstos na alnea anterior de-correntes de actividades profissionais e de outras prestaes de servi-os, incluindo as de carcter cientfico, artstico, tcnico e de interme-diao na celebrao de quaisquer contratos, realizadas ou utilizadas em territrio portugus, com excepo das relativas a transportes, telecomunicaes e actividades financeiras, desde que devidos por en-tidades que nele tenham residncia, sede, direco efectiva ou estabe-lecimento estvel a que deva imputar-se o pagamento;

    g) Outros rendimentos de aplicao de capitais devidos por entidades que nele tenham residncia, sede, direco efectiva ou estabelecimento es-tvel a que deva imputar-se o pagamento;

    h) Os rendimentos respeitantes a imveis nele situados, incluindo as mais-valias resultantes da sua transmisso;

    i) As mais-valias resultantes da transmisso onerosa de partes represen-tativas do capital de entidades com sede ou direco efectiva em terri-trio portugus, incluindo a sua remio e amortizao com reduo de capital e, bem assim, o valor atribudo aos associados em resultado da partilha que, nos termos do artigo 81. do Cdigo do IRC, seja consi-derado como mais-valia, ou de outros valores mobilirios emitidos por entidades que a tenham sede ou direco efectiva, ou ainda de partes de capital ou outros valores mobilirios quando, no se verificando essas condies, o pagamento dos respectivos rendimentos seja impu-tvel a estabelecimento estvel situado no mesmo territrio;

    j) As mais-valias resultantes da alienao dos bens referidos na alnea c) do n. 1 do artigo 10., quando nele tenha sido feito o registo ou pratica-da formalidade equivalente;

    k) As penses e os prmios de jogo, lotarias, rifas, totoloto e apostas mtuas, bem como importncias ou prmios atribudos em quaisquer sorteios ou concursos, devidos por entidade que nele tenha residncia, sede, direco efectiva ou estabelecimento estvel a que deva imputar--se o pagamento;

    l) Os rendimentos de actos isolados nele praticados; m) Os incrementos patrimoniais no compreendidos nas alneas anterio-

    res, quando nele se situem os bens, direitos ou situaes jurdicas a que respeitam, incluindo, designadamente, os rendimentos provenientes de operaes relativas a instrumentos financeiros derivados, devidos ou pagos por entidades que nele tenham residncia, sede, direco efec-tiva ou estabelecimento estvel a que deva imputar-se o pagamento;

  • 28 GUIA DO FISCO 2014 OS SUJEITOS PASSIVOS DE IRS

    n) Os rendimentos derivados do exerccio, em territrio portugus, da actividade de profissionais de espectculos ou desportistas, ainda que atribudos a pessoa diferente.

    Do exposto podemos depreender que os elementos de conexo territorial se prendem nomeadamente com o local de produo ou o local onde os rendimentos so pagos, sendo que em alguns casos estes elementos so cumulativos.

    2.4. Sujeitos passivos no-residentes em territrio portugus mas residentes noutro Estado-membro da Unio Europeia ou do Espao Econmico Europeu

    Os residentes noutro Estado-membro da Unio Europeia ou no espao econ-mico europeu quando sejam titulares de rendimentos obtidos em territrio portugus e estes representem, pelo menos, 90% da totalidade dos seus rendimentos relativos ao ano em causa, incluindo os rendimentos obtidos fora desse territrio, podem optar pela respectiva tributao de acordo com as regras aplicveis aos sujeitos passivos residentes em territrio portugus desde que exista intercmbio de informaes em matria fiscal.

    Os sujeitos passivos nas situaes definidas, casados e no separados de pessoas e bens, unidos de facto ou economia comum podem optar pelo regime de tributao conjunta dos rendimentos auferidos pelos membros do agregado familiar nos termos explicitados no ponto 2.1.

    Independentemente da opo pela tributao de acordo com as regras apli-cveis aos sujeitos passivos residentes em territrio nacional, os no residentes esto em todo o caso sujeitos a reteno na fonte s taxas aplicveis aos rendimentos obti-dos em territrio portugus, sem prejuzo, se for caso disso, da aplicao de conven-o de dupla tributao internacional.

    2.5. Residentes no habituais em territrio portugus

    Em 2009 foi criada a categoria dos residentes no habituais, definidos como os sujeitos passivos que, tornando-se fiscalmente residentes nos termos dos n.os 1 ou 2, no tenham sido residentes em territrio portugus em qualquer dos cinco anos anteriores .

    A criao desta categoria encontra-se justificada por razes de competitivi-dade e de atraco de determinados investimentos e de profissionais qualificados, em determinadas actividades consideradas de elevado valor acrescentado com carcter cientfico, artstico ou tcnico. Alis, neste contexto, entrou em vigor no dia 8 de Outubro de 2012 o novo regime de autorizao de residncia para actividades de in-vestimento (ARI), do qual podem beneficiar os cidados nacionais de estados terceiros que exeram uma das actividades descritas infra, a ttulo pessoal ou atravs de uma sociedade Portuguesa e cumpram os demais requisitos previstos na lei.

    Considera-se actividade de investimento qualquer actividade exercida pes-soalmente ou atravs de uma sociedade Portuguesa/estabelecimento estvel em Por-tugal que conduza, em regra, concretizao de, pelo menos, uma das seguintes situaes em territrio nacional e por um perodo mnimo de cinco anos:

  • GUIA DO FISCO 2014 OS SUJEITOS PASSIVOS DE IRS 29

    i) Transferncia de capitais no montante igual ou superior a 1 milho de euros;ii) Criao de, pelo menos, 30 postos de trabalho;iii) Aquisio de bens imveis de valor igual ou superior a 500 mil euros.O facto de dispor em Portugal, a 31 de Dezembro de determinado ano, de

    habitao em condies que faam supor a inteno de a manter e ocupar como re-sidncia habitual permite que um sujeito passivo se torne residente no habitual em Portugal para efeitos fiscais, desde que no tenha sido residente fiscal neste pas nos ltimos cinco anos, e desde que verificadas as condies legalmente previstas.

    2.5.1. Os benefcios

    Este regime, que aplicvel por um perodo de dez anos consecutivos, es-tabelece uma iseno de tributao para rendimentos de fonte estrangeira, nomea-damente, rendimentos do trabalho dependente e independente, prediais, mais-valias, juros, dividendos, bem como outros rendimentos de capitais, desde que cumpridos certos requisitos, nomeadamente o Estado da fonte do rendimento tenha o direito a tributar, ao abrigo de um Acordo de Dupla Tributao (ADT) ou que esse rendimento tenha sido sujeito a tributao num outro Estado, com o qual no haja ADT e desde que este no conste da lista dos parasos fiscais.

    Os residentes no habituais que obtenham rendimentos do trabalho depen-dente e independente, resultantes de actividades consideradas como de elevado valor acrescentado, com carcter cientfico, artstico ou tcnico, sero sujeitos a tributao a uma taxa especial de 20%.

    Para poderem beneficiar da aplicao deste regime, os sujeitos passivos devem estar registados no registo de contribuintes da DGCI como residente no habitual. Para o efeito, necessrio requerer a aplicao do regime e provar onde foi residente fiscal nos 5 anos fiscais anteriores, apresentando os respectivos certificados de residncia fiscal e declaraes anuais de rendimentos.

    Este regime bastante atractivo para quem pretenda estabelecer em Portu-gal a sua residncia permanente ou temporria, nomeadamente (i) pensionistas es-trangeiros ou (ii) trabalhadores das reas acima identificadas que disponham de uma habitao em Portugal, na medida em que o nvel de tributao se revela bastante in-ferior ao dos residentes ou dos no residentes que c desenvolvam outras actividades.

  • GUIA DO FISCO 2014 OS RENDIMENTOS TRIBUTVEIS EM IRS 31

    2. Captulo

    OS RENDIMENTOS TRIBUTVEIS EM IRS 1. RENDIMENTOS DO TRABALHO DEPENDENTE CATEGORIA A

    1.1. Incidncia objectiva

    Nos termos do n. 1 do artigo 2. do CIRS, consideram-se rendimentos do trabalho de-pendente todas as remuneraes pagas ou colocadas disposio do seu titular provenientes de:

    a) Contrato individual de trabalho, ou de outro a ele legalmente equiparado;b) Contrato de aquisio de servios ou outro de idntica natureza (sob a

    autoridade e a direco de pessoa ou entidade que ocupa a posio de sujeito activo na relao jurdica dele resultante);

    c) Exerccio de funo, servio ou cargo pblico (de referir que, a partir de 1 de Janeiro de 2013, se consideram aqui includas as remuneraes auferidas na qualidade de deputado ao Parlamento Europeu);

    d) Pr-reforma, pr-aposentao ou reserva;e) O montante das receitas nacionais de leiles relativos ao comrcio

    eropeu de licenas de emisso de (CELE), prevista no Decreto-lei n. 38/2013, de 15 de Maro.

    Estas remuneraes compreendem, designadamente, ordenados, salrios, ven-cimentos, gratificaes, percentagens, comisses, participaes, subsdios ou prmios, senhas de presena, emolumentos, participaes em coimas ou multas e outras remune-raes acessrias, ainda que peridicas, fixas ou variveis, de natureza contratual ou no.

    Consideram-se ainda rendimentos do trabalho dependente, entre outras:a) As remuneraes dos membros de rgos estatutrios das pessoas co-

    lectivas ou entidades equiparadas (excepto dos que neles participem como Revisores Oficiais de Contas);

    b) As remuneraes acessrias (quando excedam certos limites); c) Os abonos por falhas devidos a quem no seu trabalho tenha de movimen-

    tar numerrio, na parte em que excedam 5% da remunerao mensal fixa; d) As ajudas de custo e as importncias auferidas pela utilizao de auto-

    mvel prprio em servio da entidade patronal, na parte em que ambas excedam os limites legais;

    e) Quaisquer indemnizaes resultantes da constituio, extino ou mo-dificao da relao jurdica que origine rendimentos do trabalho de-pendente, incluindo as que respeitem ao incumprimento das condies contratuais ou sejam devidas pela mudana do local de trabalho (desde que excedidos os limites legais);

  • 32 GUIA DO FISCO 2014 OS RENDIMENTOS TRIBUTVEIS EM IRS

    f) A quota-parte, acrescida dos descontos para a Segurana Social que constitu-am encargos do beneficirio, devida a ttulo de participao nas companhas de pesca aos pescadores que limitem a sua actuao prestao de trabalho;

    g) As gratificaes auferidas pela prestao ou em razo com a prestao de trabalho quando no atribudas pela respectiva entidade patronal.

    Para efeitos de IRS, considerada entidade patronal toda a entidade que pague ou coloque disposio rendimentos que constituam rendimentos de trabalho dependente e equiparada quela qualquer outra que com ela esteja em relao de domnio ou de grupo, independentemente da respectiva localizao geogrfica.

    1.1.1. As remuneraes acessrias

    No que diz respeito aos rendimentos que so pela lei equiparados a rendi-mentos de trabalho, salientamos as remuneraes acessrias, que se entendem como direitos, benefcios ou regalias no includos na remunerao principal que sejam auferidos devido prestao de trabalho ou em conexo com esta e que constituem para o respectivo beneficirio uma vantagem econmica, ou seja, tem normalmente um carcter complementar face remunerao devida pela prestao de trabalho. Segundo a alnea b) do n. 3 do art. 2. as remuneraes acessrias so:

    a) Os abonos de famlia e respectivas prestaes complementares, na par-te em que excedam os limites legais estabelecidos;

    b) O subsdio de refeio na parte em que exceder o limite legal estabelecido (4,27) ou em 60% sempre que seja atribudo atravs de vales de refeio (6,83) - limites actualizados para 2013;

    c) As importncias despendidas, obrigatria ou facultativamente, pela en-tidade patronal com seguros e operaes do ramo Vida, contribuies para fundos de penses, fundos de poupana-reforma ou quaisquer regi-mes complementares de segurana social, desde que constituam direitos adquiridos e individualizados dos respectivos beneficirios, bem como as que, no constituindo direitos adquiridos e individualizados dos res-pectivos beneficirios, sejam por estes objecto de resgate, adiantamento, remio ou qualquer outra forma de antecipao da correspondente dis-ponibilidade, ou, em qualquer caso, de recebimento em capital, mesmo que estejam reunidos os requisitos exigidos pelos sistemas de segurana social obrigatrios aplicveis para a passagem situao de reforma ou esta se tiver verificado (permite acesso a benefcios fiscais);

    d) Os subsdios de residncia ou equivalentes ou a utilizao de casa de habitao fornecida pela entidade patronal;

    e) Os rendimentos imputveis a emprstimos sem juros ou a taxa de juro inferior de referncia para o tipo de operao em causa, concedidos ou suportados pela entidade patronal, com excepo dos que se destinem aquisio de habitao prpria permanente, de valor no superior a 134.675,43 e cuja taxa no exceda os limites legais;

  • GUIA DO FISCO 2014 OS RENDIMENTOS TRIBUTVEIS EM IRS 33

    f) As importncias despendidas pela entidade patronal com viagens e es-tadas, de turismo e similares, no conexas com as funes exercidas pelo trabalhador ao servio da mesma entidade;

    g) Os ganhos derivados de planos de opes, de subscrio, de atribuio ou outros de efeito equivalente, sobre valores mobilirios ou direitos equi-parados, criados em benefcio de trabalhadores ou membros de rgos sociais, incluindo os resultantes da alienao ou liquidao financeira das opes ou direitos ou de renncia onerosa ao seu exerccio a favor da en-tidade patronal ou de terceiros e, bem assim, os resultantes da recompra, pela entidade patronal, dos valores mobilirios ou direitos equiparados;

    h) Os rendimentos, em dinheiro ou em espcie, pagos ou colocados dis-posio a ttulo de direito a rendimento inerente a valores mobilirios ou direitos equiparados, ainda que de natureza ideal, bem como a ttulo de valorizao patrimonial daqueles valores ou direitos, independen-temente do ndice utilizado para a respectiva determinao, derivados de planos de subscrio, de atribuio ou outros de efeito equivalen-te, criados em benefcio do trabalhador ou membros de rgos sociais, mesmo que o pagamento ou colocao disposio s ocorra aps a cessao da relao de trabalho ou de mandato social.

    i) Os resultantes da utilizao pessoal pelo trabalhador ou membro de rgo social, de viatura automvel que gere encargos para a entidade patronal, quando exista acordo escrito entre o trabalhador ou membro do rgo social e a entidade patronal sobre a imputao quele da referida viatura automvel;

    j) A aquisio pelo trabalhador ou membro de rgo social, por preo inferior ao valor mdio de mercado, de qualquer viatura que tenha ori-ginado encargos para a entidade patronal.

    1.1.2. A tributao das importncias devidas por cessao do vnculo laboral

    Actualmente, as importncias auferidas por cessao do contrato de trabalho ou cessao das funes de gestor pblico, administrador ou gerente de pessoa colecti-va, bem como de representante de estabelecimento estvel de entidade no residente, as importncias auferidas, a qualquer ttulo, ficam sempre sujeitas a tributao:a) Pela sua totalidade tratando-se de gestor pblico, administrador ou ge-

    rente de pessoa colectiva, ou representante de estabelecimento estvel de entidade no residente; b) Na parte em que exceda o valor correspondente ao valor mdio das remu-neraes regulares com caracter de retribuio sujeitas a imposto, auferidas nos ltimos 12 meses, multiplicado pelo nmero de anos ou fraco de anti-guidade ou de exerccio de funes na entidade devedora, nos demais casos.

    Esta iseno s aplicvel se nos 24 meses seguintes no for criado um novo vnculo profissional ou empresarial, independentemente da sua natureza, com

  • 34 GUIA DO FISCO 2014 OS RENDIMENTOS TRIBUTVEIS EM IRS

    a mesma entidade ou por entidade em que, pelo menos, 50% do seu capital seja deti-do, isoladamente ou em conjunto com algum dos elementos do respectivo agregado familiar, pelo beneficirio ou por uma pluralidade de beneficirios das importncias recebidas, caso em que as importncias sero tributadas pela totalidade.

    De qualquer forma, este regime no aplicvel s importncias relativas aos direitos vencidos durante os respectivos contratos ou situaes, designadamente remuneraes por trabalho prestado, frias, subsdios de frias e de natal.

    O sujeito passivo no beneficia deste regime especial de tributao, sendo estas importncias tributadas na totalidade, quando tenha beneficiado nos ltimos cinco anos da no tributao prevista para esta situao.

    1.2. Atenuaes da tributao

    1.2.1. Excluses tributrias

    A) Por delimitao negativa da incidncia Encontram-se excludos da tributao por fora de delimitao negativa da incidncia: a) As prestaes efectuadas pelas entidades patronais para regimes obrigat-

    rios de segurana social, ainda que de natureza privada, que visem assegurar exclusivamente benefcios em caso de reforma, invalidez ou sobrevivncia;

    b) Os benefcios imputveis utilizao e fruio de realizaes de utilidade social e de lazer mantidas pela entidade patronal, ou previstos no Decreto--Lei n. 26/99, de 29 de Janeiro1, desde que observados os critrios estabele-cidos no art. 43. do Cdigo do IRC;

    c) As prestaes relacionadas exclusivamente com aces de formao profissional dos trabalhadores quer estas sejam ministradas pela entida-de patronal, quer por organismo de direito pblico ou entidade reconhe-cida como tendo competncia nos domnios da formao e reabilitao profissionais pelos ministrios competentes;

    d) As importncias suportadas pelas entidades patronais com aquisio de passes sociais a favor dos seus trabalhadores desde que a atribuio dos mesmos tenha carcter geral;

    e) Os rendimentos auferidos aps a extino do contrato individual de trabalho, sempre que o titular seja colocado numa situao equivalente de reforma segundo o regime de segurana social que lhe seja aplicvel, no obstante tais prestaes estarem sujeitas a tributao no mbito da categoria H;

    f) Os rendimentos provenientes do exerccio da actividade de profissionais de espectculos ou desportistas quando esses rendimentos sejam tribu-tados em IRC nos termos da al. d) do n. 3 do art. 4. do Cdigo do IRC;

    1 Este diploma estabelece as condies de emisso e atribuio com carcter geral de vales denominados vales so-ciais, destinados ao pagamento de creches, jardins-de-infncia e lactrios, mediante a constituio de fundos, em que a entidade empregadora faz entregas pecunirias s entidades emissoras de vales para a criao de fundos destinados emisso de vales a serem utilizados junto das entidades aderentes.

  • GUIA DO FISCO 2014 OS RENDIMENTOS TRIBUTVEIS EM IRS 35

    g) As bolsas atribudas aos praticantes de alto rendimento desportivo pelo Comit Olmpico de Portugal ou pelo Comit Paralmpico de Portugal, no mbito do contrato-programa de preparao para os Jogos Olmpicos ou Paralmpicos e pela respectiva federao titular do estatuto de utilidade pblica desportiva, nos termos do artigo 30. do Decreto-Lei n. 125/95, de 31 de Maio, na redaco que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n. 123/96, de 10 de Agosto;

    h) As bolsas de formao desportiva, como tal reconhecidas por despacho do Ministro das Finanas e do membro do Governo que tutela o despor-to, atribudas pela respectiva federao titular do estatuto de utilidade pblica desportiva aos agentes desportivos noz profissionais, nomea-damente, praticantes, juzes e rbitros, at ao montante mximo anual correspondente a cinco vezes o valor do indexante de apoios sociais (IAS) Neste caso o valor de 2.375,002;

    i) Os prmios atribudos aos praticantes de alto rendimento desportivo, bem como aos respectivos treinadores, por classificaes relevantes obtidas em provas desportivas de elevado prestgio e nvel competi-tivo, como tal reconhecidas por despacho do Ministro das Finanas e do membro do Governo que tutela o desporto, nomeadamente Jogos Olmpicos e Paralmpicos, campeonatos do mundo ou campeonatos da Europa, nos termos do Decreto-Lei n. 125/95, de 31 de Maio, da Portaria n. 393/97, de 17 de Junho e da Portaria n. 211/98, de 3 de Abril.

    j) As importncias suportadas pelas entidades patronais com seguros de sade ou doena em benefcio dos seus trabalhadores ou respectivos familiares desde que a atribuio dos mesmos tenha carcter geral.

    B) Por no excederem os limites legais Algumas prestaes conexas com a prestao do trabalho dependente no

    esto sujeitas a tributao na medida em que no excedam os denominados limites legais, conforme referido supra.

    1.2.2. Os benefcios fiscais

    Os rendimentos do trabalho dependente podem usufruir de alguns benef-cios fiscais, nomeadamente:

    a) Os rendimentos de trabalho dependente, trabalho independente e de penses auferidos por sujeitos passivos deficientes, tal como em 2012, apenas so considerados em 2013 em 90%, com o limite de 2.500;

    b) So dedutveis colecta, nos termos previstos no CIRS, 20% dos valores aplicados no respectivo ano por sujeito passivo no casado, ou por cada um dos cnjuges no separados judicialmente de pessoas e bens em planos de poupana-reforma, tendo como limite mximo (art. 21. n.2 EBF):

    2 Disposies transitrias: At que o valor do IAS, institudo pela Lei n. 53-B/2006, de 29 de Dezembro, alterada pela Lei n. 3-B/2010, de 28 de Abril, atinja o valor da retribuio mnima mensal garantida em vigor para o ano de 2010, matem-se aplicvel este ltimo valor para efeitos das indexaes previstas nos artigos 12., 17.-A, 25., 79., 83., 84. e 87. do cdigo de IRS..

  • 36 GUIA DO FISCO 2014 OS RENDIMENTOS TRIBUTVEIS EM IRS

    i) 400 por sujeito passivo com idade inferior a 35 anos;ii) 350 por sujeitos passivo com idade compreendida entre os 35 anos

    e os 50 anos;iii) 300 por sujeito passivo com idade superior a 50 anos;

    c) Beneficiam de iseno total, com natureza de iseno com progressi-vidade, porque o seu montante considerado para efeitos de determi-nao das taxas a aplicar aos restantes rendimentos, os rendimentos de trabalho dependente auferidos pelo pessoal ao servio (e nessa quali-dade) das misses diplomticas e consulares, ou ao servio de organi-zaes estrangeiras ou internacionais, desde que exista reciprocidade (art. 37. do EBF);

    d) Beneficiam, ou podem beneficiar, de iseno total, com natureza de iseno com progressividade, os militares e elementos das foras de segurana quanto s remuneraes auferidas no desempenho de fun-es integradas em misses de carcter militar, efectuadas no estran-geiro, com objectivos humanitrios ou destinadas ao estabelecimento, consolidao ou manuteno da paz ao servio das Naes Unidas ou de outras organizaes internacionais, independentemente da entidade que suporta as respectivas importncias (art. 38. do EBF);

    e) Beneficiam de iseno total com natureza de iseno com progressividade os rendimentos dos tripulantes dos navios registados no Registo Interna-cional de Navios (MAR), criado e regulamentado no mbito da Zona Fran-ca da Madeira, relativamente s remuneraes auferidas nessa qualidade, e enquanto tais registos se mantiverem vlidos (art. 33., n.s 8 e 9, do EBF);

    f) Beneficiam de iseno total, as contribuies da entidade patronal para regimes complementares de segurana social que constituam direitos ad-quiridos, quando respeitem a contratos, se garantirem exclusivamente be-nefcios de reforma, complemento de reforma, invalidez ou sobrevivncia (desde que cumpridas certas condies e observados alguns limites);

    g) Beneficia de iseno o montante correspondente a um tero das impor-tncias pagas ou colocadas disposio se as importncias despendidas pela entidade patronal com seguros e operaes do ramo Vida, contri-buies para fundos de penses, fundos de poupana-reforma ou quais-quer regimes complementares de segurana social, mesmo que estejam reunidos os requisitos exigidos pelos sistemas de segurana social obri-gatrios aplicveis para a passagem a situao de reforma, ou se esta j se tiver realizado, com o limite de 11.704,70 (art. 18., n. 3, do EBF);

    Tabela das prestaes devidas a servidores do Estado cujo limite funciona como delimitao negativa de incidncia no mbito da categoria A3

    3 A presente tabela meramente indicativa e no dispensa a consulta dos diplomas legais que criaram, modificaram e actualizam as prestaes aqui referidas.

  • GUIA DO FISCO 2014 OS RENDIMENTOS TRIBUTVEIS EM IRS 37

    Subsdio de refeio

    Valor limite para efeitos de iseno ou no sujeio a IRS

    Subsdio de refeio pago em dinheiroSubsdio de refeio pago em vales de refeio

    2012 2013 2014

    5,126,83

    4,276,83

    4,276,83

    Ajudas de Custo - Valor limite para efeitos de iseno ou no sujeio a IRS (2014)

    Deslocaes 2014

    Deslocaes no Continente ou Regies Autnomas4 Membros do Governo 69,19

    Trabalhadores Varia entre 50,20 e 39,83

    Deslocaes ao e no estrangeiroMembros do Governo 100,24

    Trabalhadores Varia entre 89,35 e 72,72

    Subsdios de TransporteTransporte em automvel prprioTransporte em veculos adstritos a carreiras de servio pblicoTransporte em automvel de aluguer- Um funcionrio - Funcionrios transportados em comum:Dois funcionrios por cadaTrs ou mais funcionrios por cadaPercurso a pTransporte em veculo motorizado no automvel

    0,360,11

    0,34

    0,160,110,00

    0,14

    1.3. A determinao do rendimento lquido

    atravs da aplicao do regime da deduo especfica que se determina o rendimento lquido, e no mbito da categoria A este regime encontra-se consagrado nos art.s 25. a 27..4

    1.3.1. A deduo especfica do art. 25.

    De acordo com o art. 25., aos rendimentos brutos da categoria A, deduzem-se at sua concorrncia, por cada titular que os tenha auferido, os seguintes montantes:

    a) 72% de doze vezes o valor do IAS ( actualmente 4.104,005);b) As indemnizaes pagas pelo trabalhador sua entidade patronal por

    resciso unilateral do contrato individual de trabalho sem aviso prvio em resultado de sentena judicial ou de acordo judicialmente homolo-gado ou, nos restantes casos, a indemnizao de valor no superior remunerao de base correspondente ao aviso prvio;

    4 A partir de 1 de Janeiro de 2013, o abono de ajudas de custo apenas poder ser atribudo a deslocaes dirias reali-zadas para alm de 20 km do domiclio necessrio; j no caso das deslocaes por dias sucessivos, pode ser atribudo s deslocaes realizadas para alm de 50 km do mesmo domiclio. Adicionalmente, deve ter-se em conta que os valores acima referidos so valores dirios, mas que o valor a abonar aos trabalhadores depende da durao da deslocao.

    5 Disposies transitrias: At que o valor do IAS, institudo pela Lei n. 53-B/2006, de 29 de Dezembro, alterada pela Lei n. 3-B/2010, de 28 de Abril, atinja o valor da retribuio mnima mensal garantida em vigor para o ano de 2010, matem-se aplicvel este ltimo valor para efeitos das indexaes previstas nos artigos 12., 17.-A, 25., 79., 83., 84. e 87. do cdigo de IRS.

  • 38 GUIA DO FISCO 2014 OS RENDIMENTOS TRIBUTVEIS EM IRS

    c) As quotizaes sindicais na parte em que no constituam contrapartida de benefcios de sade, educao, apoio terceira idade, habitao, seguros ou segurana social e desde que no excedam, em relao a cada sujeito passivo, 1% do rendimento bruto desta categoria, sendo acrescido de 50%.

    No n. 2 do art. 25 encontramos uma excepo deduo referida na alnea. a) Se as contribuies obrigatrias para regimes de proteco social, e para subsis-temas legais de sade excederem o limite fixado de 4.104,00, a deduo ser pelo montante total dessas contribuies.

    Decorre no n. 4 do artigo 25. do CIRS, na redaco que lhe foi conferida pela Lei do Oramento do Estado para 2013, que a deduo prevista em a) supra pode ser elevada at 75% de 12 vezes o valor do IAS, (4.275,00) desde que a diferena re-sulte de quotizaes para ordens profissionais suportadas pelo prprio sujeito passivo e indispensveis ao exerccio da respectiva actividade desenvolvida exclusivamente por conta de outrem.

    1.3.2. Contribuies para regimes complementares de segurana social

    Quando, relativamente s prestaes devidas por regimes complementares de segurana social que devam ser consideradas rendimentos da categoria A nos ter-mos do disposto no n. 3) da al. c) do n. 3 do art. 2., no puder distinguir-se a parte de capital e a parte de rendimento, utilizar-se- a seguinte tabela, prevista no art. 26. e aprovada pela Portaria n. 543/2000, de 4 de Agosto, para proceder destrina, para que s a parte correspondente ao capital seja integrada na categoria A, sabendo-se desde j que a parte correspondente a rendimento ser tributada como rendimento de capitais, nos termos do n. 3 do art. 6.:

    Anos completos aps a primeira entrega Percentagem de capital %

    Menos 1De 1 a menos de 2 De 2 a menos de 3 De 4 a menos de 4De 4 a menos de 5 De 5 a menos de 6 De 6 a menos de 7 De 7 a menos de 8 De 8 a menos de 9

    De 9 ou mais

    97949289858176716660

    1.3.3. Profisses de desgaste rpido: dedues

    Aos rendimentos brutos da categoria A auferidos por praticantes desporti-vos, mineiros e pescadores (as consideradas profisses de desgaste rpido) podem ser deduzidas, sem qualquer limite, as importncias despendidas por aqueles na consti-tuio de seguros de doena, de acidentes pessoais e de seguros de vida que garantam

  • GUIA DO FISCO 2014 OS RENDIMENTOS TRIBUTVEIS EM IRS 39

    exclusivamente os riscos de morte, invalidez ou reforma por velhice, neste ltimo caso desde que o benefcio seja garantido aps os 55 anos de idade, desde que os mes-cio seja garantido aps os 55 anos de idade, desde que os mes-mos no garantam o pagamento e este se no verifique, nomeadamente, por resgate ou adiantamento, de qualquer capital em dvida durante os primeiros cinco anos, com o limite de 5 x o valor do IAS (2.096,10). Caso se verifique alguma das mencionadas condies resolutivas, devem ser apresentadas declaraes de substituio no prazo de 30 dias a contar da data da verificao da condio.

    1.4. Obrigaes declarativas

    Os sujeitos passivos devem apresentar anualmente uma declarao de mo-delo oficial (modelo 3), relativa aos seus rendimentos do ano anterior.

    Ficam dispensados de apresentar esta declarao os sujeitos passivos que, no ano a que o imposto respeita, (i) apenas tenham auferido, isolada ou cumulati-vamente, rendimentos sujeitos a taxas liberatrias e no optem, quando legalmente permitido, pelo seu englobamento, (ii) rendimentos de penses pagas por regimes obrigatrios de proteco social de montante inferior a 3.622,06 e (iii) rendimento do trabalho dependente de montante inferior a 3.622,06.

    2. RENDIMENTOS EMPRESARIAIS E PROFISSIONAIS CATEGORIA B

    2.1. Incidncia objectivaNa categoria B encontramos os chamados rendimentos empresariais e pro-

    fissionais. Nos termos do art. 3. n.1 do CIRS, so qualificados como rendimentos empresariais e profissionais os seguintes rendimentos:

    a) Os decorrentes do exerccio de qualquer actividade comercial, industrial, agrcola, silvcola ou pecuria;

    b) Os auferidos, no exerccio por conta prpria, de qualquer actividade de prestao de servios, incluindo as de carcter artstico, cientfico ou tcnico qualquer que seja a sua natureza, ainda que conexas com qual-quer actividade mencionada no nmero anterior;

    c) Os provenientes da propriedade intelectual ou industrial ou da prestao de informaes respeitantes a uma experincia adquirida no sector in-dustrial, comercial ou cientfico, quando auferidos pelo seu titular ori-ginrio, considerando-se como provenientes da propriedade intelectual os direitos de autor e direitos conexos;

    Consideram-se ainda rendimentos da categoria B, face ao disposto no n. 2 do referido art. 3.:

    a) Os rendimentos prediais (categoria F) e de capitais (categoria E) imput-veis a actividades geradoras de rendimentos empresariais e profissionais;

    b) As mais-valias apuradas no mbito das actividades empresariais e pro-fissionais, definidas nos termos do art. 46. do Cdigo do IRC;

  • 40 GUIA DO FISCO 2014 OS RENDIMENTOS TRIBUTVEIS EM IRS

    c) As importncias auferidas a ttulo de indemnizao conexas com a ac-tividade exercida, nomeadamente pela sua suspenso, reduo e cessa-o ou pela mudana de local do respectivo exerccio;

    d) As importncias relativas cesso temporria de explorao de esta-belecimento;

    e) Os subsdios e subvenes, no mbito do exerccio de qualquer activi-dade comercial, industrial, agrcola, silvcola ou pecuria;

    f) Os subsdios ou subvenes no mbito da prestao de servios; g) Os derivados de actos isolados no mbito do exerccio de qualquer acti-

    vidade comercial, industrial, agrcola, silvcola ou pecuria ou no m-bito da prestao de servios.

    O artigo 4. define o que se consideram actividades comerciais e industriais, agrcolas, silvcolas e pecurias.

    2.2. Atenuaes da tributao

    2.2.1. Excluses tributrias

    Encontram-se excludos de tributao ao nvel da categoria B, nomeadamente: a) Os proveitos resultantes de actividades agrcolas, silvcolas e pecurias,

    cujo valor bruto isoladamente ou em conjunto com outros rendimentos ilquidos sujeitos, ainda que isentos, de qualquer das categorias e que devam ser ou tenham sido englobados, no excedam, por agregado fa-miliar, quatro vezes e meia o IAS;

    b) Os prmios literrios, artsticos ou cientficos que no envolvam a ce-dncia, temporria ou definitiva, do direito de autor, desde que atribu-dos em concurso, mediante prvio anncio pblico;

    c) Os rendimentos provenientes do exerccio da actividade de profis-sionais de espectculos ou desportistas quando esses rendimentos sejam tributados em IRC nos termos da al. d) do n. 3 do artigo 4. do Cdigo do IRC;

    d) As bolsas atribudas aos praticantes de alto rendimento desportivo pelo Comit Olmpico de Portugal ou pelo Comit Paralmpico de Portugal, no mbito do contrato-programa de preparao para os Jogos Olmpi-cos ou Paralmpicos e pela respectiva federao titular do estatuto de utilidade pblica desportiva, nos termos do artigo 30. do Decreto-Lei n. 125/95, de 31 de Maio, na redaco que lhe foi dada pelo Decreto--Lei n. 123/96, de 10 de Agosto;

    e) Os prmios atribudos aos praticantes de alto rendimento desporti-vo, bem como aos respectivos treinadores, por classificaes rele-vantes obtidas em provas desportivas de elevado prestgio e nvel competitivo, como tal reconhecidas por despacho do Ministro das Finanas e do membro do Governo que tutela o desporto, nomeada-

  • GUIA DO FISCO 2014 OS RENDIMENTOS TRIBUTVEIS EM IRS 41

    mente Jogos Olmpicos e Paralmpicos, campeonatos do mundo ou campeonatos da Europa, nos termos do Decreto-Lei n. 125/95, de 31 de Maio, da Portaria n. 393/97, de 17 de Junho e da Portaria n. 211/98, de 3 de Abril.

    2.2.2. Diferimento da tributao de rendimentos no mbito de actividades agrcolas, silvcolas, pecurias ou de pesca

    Os subsdios de explorao atribudos a sujeitos passivos no mbito das actividades agrcolas, silvcolas, pecurias ou de pesca exercidas, pagos numa s prestao sob a forma de prmios pelo abandono de actividade, arranque de planta-es ou abate de efectivos, e na parte em que excedam custos ou perdas, podem ser includos no lucro tributvel, em fraces iguais, durante cinco exerccios, sendo o primeiro o do recebimento do subsdio. (art. 36.). Feita esta opo, a cessao de ac-tividade, se a ela houver lugar, s poder ser dada no final do perodo de diferimento de imputao do subsdio (n. 2 do art. 114.).

    Cessando a determinao do rendimento tributvel com base na contabili-dade no decurso do perodo estabelecido no artigo 22. do Cdigo do IRC, a parte dos subsdios ainda no tributada ser imputada, para efeitos de tributao, ao ltimo exerccio de aplicao daquele regime (artigo 36.-A CIRS).

    2.2.3. A transmisso de patrimnio para a realizao do capital de sociedade

    Nos termos do disposto no artigo 38., no h lugar ao apuramento de qual-quer resultado tributvel por virtude da realizao do capital social resultante da transmisso da totalidade do patrimnio afecto ao exerccio de uma actividade em-presarial e profissional por pessoa singular, desde que seja observado um conjunto de condies (cumulativamente).

    No entanto, no pode beneficiar deste regime o patrimnio empresarial in-dividual quando deles faam parte elementos em relao aos quais tenha havido di-ferimento de tributao dos respectivos ganhos, nos termos da al. b) do n. 3 do art. 10. do CIRS.

    Se as partes sociais detidas por virtude da transmisso forem alienadas, a qualquer ttulo, antes de decorridos cinco anos a contar da data daquela, os ganhos auferidos so qualificados como rendimentos empresariais ou profissionais (rendi-mentos de categoria B), neste caso, os ganhos correspondentes a transmisso efectu-ada no tributada sero tributados, devendo ser majorados em 15% por cada ano, ou fraco, decorrido desde aquele em que se verificou a entrada de patrimnio para a realizao do capital da sociedade, e acrescidos ao rendimento do ano da verificao daquela operao.

  • 42 GUIA DO FISCO 2014 OS RENDIMENTOS TRIBUTVEIS EM IRS

    2.2.4. Os benefcios fiscais

    Os rendimentos empresariais podem usufruir, entre outros, dos seguintes benefcios fiscais:

    a) Os rendimentos de actividade empresarial e profissional, auferidos por sujeitos passivos deficientes tal como em 2011 apenas so considerados em 2012, em 90%, com o limite de 2.500 (cfr. artigo 188. da Lei n. 66-B/2014, de 31 de Dezembro);

    b) Os encargos com a criao lquida de postos de trabalho para jovens e desempregados de longa durao, admitidos por contrato de trabalho por tempo indeterminado, podem ser majorados, para efeitos da con-siderao como custo de exerccio, em 150% do respectivo montante, com o limite anual de 14 vezes a retribuio mnima mensal garantida, nos termos previstos no artigo 19. do EBF. pressuposto do acesso ao benefcio possuir contabilidade organizada;

    c) Aqueles a que houver lugar em virtude do disposto no art. 33. do EBF (actividades desenvolvidas na Zona Franca da Madeira e na Zona Fran-ca da Ilha de Santa Maria);

    d) A iseno prevista no art. 40. do EBF para os lucros de empreiteiros e arrematantes das obras ou trabalhos das infra-estruturas NATO rea-lizados em territrio portugus. Sendo que esta iseno no prejudica o englobamento dos rendimentos isentos, para efeitos da determinao da taxa a aplicar;

    e) De dedues por donativos efectuados ao abrigo do regime do Mecena-to e tambm do Mecenato cientfico;

    f) Os rendimentos provenientes da propriedade literria (excepto os de-rivados de obras escritas sem carcter literrio, artstico ou cientfico, obras de arquitectura e obras publicitrias), artstica e cientfica, consi-derando-se tambm como tal os rendimentos provenientes da alienao de obras de arte de exemplar nico e os rendimentos provenientes de obras de divulgao pedaggica e cientfica, quando auferidos por titu-lares de direitos de autor ou conexos residentes em territrio portugus, desde que sejam os titulares originrios, so considerados no engloba-mento, para efeitos de IRS, apenas por 50% do seu valor, lquido de ou-tros benefcios, no podendo a importncia a excluir do englobamento exceder 10.000 (art. 58. do EBF);

    g) Os rendimentos auferidos no mbito de um acordo de cooperao por pessoas deslocadas no estrangeiro, bem como pelos militares e elemen-tos das foras de segurana deslocados no estrangeiro, ao abrigo de acordos de cooperao tcnico-militar celebrados pelo Estado Portu-gus e ao servio deste, relativamente aos rendimentos auferidos no mbito do respetivo acordo, gozam de uma iseno com progressivida-de (art. 39. do EBF);

  • GUIA DO FISCO 2014 OS RENDIMENTOS TRIBUTVEIS EM IRS 43

    h) Face ao disposto na al. a) do n. 5 do art. 33. do EBF, beneficiam de iseno os rendimentos auferidos por no residentes em territrio portugus que neste (fora das zonas francas) no possuam estabeleci-mento estvel, provenientes de patentes de inveno, licenas de ex-plorao, modelos de utilidade, modelos e desenhos industriais, mar-cas, nomes e insgnias de estabelecimentos, processos de fabrico ou conservao de produtos e direitos anlogos, bem como os derivados da assistncia tcnica e da prestao de informaes relativas a uma dada experincia no sector industrial, comercial ou cientfico, desde que respeitantes actividade desenvolvida pelas empresas no mbito da respectiva zona franca;

    i) Face ao disposto na al. b) do n. 5 do art. 33. do EBF, beneficiam de iseno os rendimentos das prestaes de servios auferidos por enti-dades no residentes e no imputveis a estabelecimento estvel situ-ado em territrio portugus, fora das zonas francas, desde que devi-dos por entidades instaladas na zona franca e respeitem actividade a desenvolvida.

    2.3. A determinao do rendimento lquido

    A determinao dos rendimentos empresariais e profissionais, exceptuados os casos de imputao previstos no art. 20., far-se- de harmonia com o disposto no n. 1 do art. 28.:

    a) Com base na aplicao das regras decorrentes do regime simplificado; b) Com base na contabilidade.

    2.3.1. O regime simplificado

    a) Condies de acesso e formalismos a observarO regime simplificado , na configurao actual do respectivo regime jur-

    dico, o regime geral de tributao para os contribuintes que, exercendo uma activida-de empresarial ou profissional, tenham um volume de vendas ou de prestao de ser-vios igual ou inferior a 200.000 no perodo de tributao imediatamente anterior. Quando o contribuinte inicia a actividade, o enquadramento feito em conformidade com a projeco anual dos proveitos estimados: se essa projeco se situar dentro dos limites referidos, o contribuinte fica integrado, no ano do incio de actividade, no re-gime simplificado, excepto se optar logo por contabilidade; se a projeco ultrapassar os limites referidos, o contribuinte fica de imediato obrigado a possuir contabilidade.

    De qualquer forma, os sujeitos passivos abrangidos pelo regime simplifi-cado podem sempre optar pela determinao dos seus rendimentos com base no re-gime da contabilidade desde que mencionem essa opo na declarao de incio de actividade ou apresentem declarao de alterao at ao fim do ms de Maro do ano em que pretendem ver essa alterao. O perodo mnimo de permanncia no regime

  • 44 GUIA DO FISCO 2014 OS RENDIMENTOS TRIBUTVEIS EM IRS

    simplificado de 3 anos (assim como no regime de contabilidade organizada), pror-rogvel por iguais perodos.

    O regime simplificado apenas cessa obrigatoriamente no caso do montante de 200.000 ser ultrapassado em dois perodos de tributao consecutivos ou quando o seja num nico exerccio em montante superior a 25% (50.000,00), caso em que passamos a ter um regime de contabilidade organizada.

    Como o regime simplificado um regime de presuno de despesas, e no de presuno de rendimento, a Administrao Fiscal pode, mesmo no regime sim-plificado, corrigir os valores de base necessrios para o apuramento do rendimento tributvel mediante a aplicao de mtodos indirectos, em conformidade com o dis-posto no art. 39..

    Continua, porm, a permitir-se que se os rendimentos auferidos resultarem de servios prestados a uma nica entidade, o sujeito passivo possa optar pela tributao de acordo com as regras estabelecidas para a categoria A, mantendo-se essa opo por um perodo de trs anos (n. 8 do art. 28.). Naturalmente, segundo entendemos, esta obrigatoriedade cede perante a modificao das circunstncias, nomeadamente a que se refere ao nmero de entidades das quais so anualmente auferidos rendimentos ou se o titular dos rendimentos, mesmo que se mantenha a receb-los de uma nica entidade patronal, ficar obrigado a dispor de contabilidade ou se, podendo, por ela vier a optar.

    b) Em que consiste Sendo de natureza formal, o que distingue o regime simplificado de de-

    terminao de rendimentos na categoria B do regime da contabilidade, o facto de o titular dos rendimentos no ser obrigado a possuir contabilidade na acepo do Sistema de Normalizao Contabilstica ou de outro modelo contabilstico que lhe seja especificamente aplicvel, embora seja obrigado a possuir um certo nmero de livros de registo e a cumprir certos deveres de natureza eminentemente contabils-tica, como a emisso de facturas-recibo e conservar os documentos pelo perodo de dez anos. Substancialmente, o regime simplificado distingue-se do regime normal porque, naquele, os rendimentos so determinados por aplicao de coeficientes aos valores de vendas e ou servios prestados e outros rendimentos, sempre com um valor mnimo de rendimento lquido positivo, e, neste, os rendimentos so determi-nados a partir do resultado contabilstico apurado segundo as regras da contabilida-de, corrigido de harmonia com a lei fiscal, podendo ser positivos, nulos ou negativos.

    A lei prev, no art. 31. que os coeficientes de converso, em rendimento lqui-do, de vendas, servios prestados e outros rendimentos, venham a ser constitudos pelos indicadores objectivos de base tcnico-cientfica para os diferentes sectores de activida-de cuja referncia fundamental consta do art. 89. da LGT. Os indicadores objectivos de base tcnico-cientfica ainda no foram aprovados, pelo que subsidiariamente o rendi-mento tributvel ser determinado por aplicao dos seguintes coeficientes:

    a) Pela aplicao do coeficiente de 15% sobre o valor das vendas de mer-cadorias e produtos (excluindo a variao de produo), bem como s prestaes de servios efectuadas no mbito de actividades hoteleiras e similares, restaurao e bebidas;

  • GUIA DO FISCO 2014 OS RENDIMENTOS TRIBUTVEIS EM IRS 45

    b) Pela aplicao do coeficiente de 75% sobre o valor dos restantes rendi-mentos da categoria B, excluindo a variao de produo;

    c) 95% Dos dos rendimentos provenientes de contratos que tenham por objecto a cessao ou utilizao temporria da propriedade intelectual ou industrial ou a prestao de informaes respeitantes a uma experi-ncia adquirida no sector industrial, comercial ou cientfico, dos rendi-mentos de capitais imputveis a actividades geradoras de rendimentos empresariais e profissionais, do resultado positivo de rendimentos pre-diais, do saldo positivo das mais e menos-valias e dos restantes invcre-mentos patrimoniais;

    d) 30% dos subsdios ou subvenes no destinados explorao;e) 10% dos subsdios destinados explorao e restantes rendimentos da

    categoria B, que no se consideram includos nos casos supra referidos. Ao montante obtido por aplicao destes coeficientes so adicionados os

    rendimentos decorrentes de prestaes de servios efectuados pelo scio a uma so-ciedade abrangida pelo regime de transparncia fiscal.

    Neste mbito no so consideradas as menos-valias (no havendo compen-sao) pelo que aplicvel s mais-valias o coeficiente de 0,95. Para efeitos das mais--valias apuradas no mbito das actividades empresariais e profissionais, definidas nos termos do art. 46. do Cdigo do IRC, designadamente as resultantes da transfe-rncia para o patrimnio particular dos empresrios de quaisquer bens afectos ao ac-tivo da empresa e, bem assim, as mais-valias previstas na categoria G quando obtidas no mbito do exerccio de uma actividade empresarial ou profissional so utilizadas as quotas mnimas de amortizao, calculadas sobre o valor definitivo, se superior, considerando para efeitos de liquidao de imposto municipal sobre as transmisses onerosas de imveis.

    2.3.2. O regime de contabilidade

    A) Caractersticas O regime de contabilidade caracteriza-se por ser o que, em conformidade

    com o desiderato constitucional, procurar apreender o rendimento real do sujeito passivo atravs da contabilidade devidamente organizada, de harmonia com a Nor-malizao Contabilstica e outras modalidades aplicveis em vigor. Ao contrrio do Regime Simplificado, o regime da contabilidade organizada permite a deduo de todas as despesas verificadas e comprovadas de acordo com as suas regras e o lucro tributvel determinado a partir do resultado contabilstico, com as correces que, por fora de disposies fiscais, devam ser-lhe feitas, como mais adiante se ver. A integrao no regime de contabilidade tem tambm um perodo mnimo de 3 anos.

    Os sujeitos passivos integrados neste regime devero apresentar o anexo I declarao anual de rendimentos, bem como a declarao de elementos contabilsticos e fiscais, devidamente assinados por Tcnico Oficial de Contas.

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    Como j se referiu, ficam obrigatoriamente abrangidos por este regime os sujeitos passivos que, no exerccio da sua actividade, tenham ultrapassado, no pero-do de tributao imediatamente anterior, um montante anual ilquido de rendimentos de 200.000.

    B) A determinao do rendimento lquido De harmonia com o disposto no art. 32., na determinao dos rendimentos

    empresariais e profissionais dos sujeitos passivos no abrangidos pelo regime simpli-ficado, seguir-se-o as regras estabelecidas no Cdigo do IRC, com excepo da sub-seco relativa deduo de lucros e reservas distribudas e de mais e menos-valias realizadas com a transisso onerosa de partes sociais, e tendo em conta as adaptaes resultantes de alguns artigos do Cdigo do IRS.

    i) Imputao Tendo presente o disposto no art. 29., comum ao regime simplificado, na

    determinao dos rendimentos, s so considerados proveitos e custos os relativos a bens ou valores que faam parte do activo da empresa individual do sujeito passivo ou que estejam afectos s actividades profissionais ou empresariais por ele desenvolvidas.

    Consequentemente, no caso de afectao de quaisquer bens do patrimnio particular do sujeito passivo sua actividade empresarial e profissional, o valor de aquisio pelo qual esses bens so considerados corresponde ao valor de mercado data da afectao. No entanto, a tributao pelo acto de afectao s se torna exigvel no momento da ulterior alienao onerosa dos bens ou da prtica de acto de efeito equivalente, processando-se sempre atravs da categoria G - cf. art. 10., n. 1, al. a), e n. 3, al. b).

    No caso de transferncia de bens para o patrimnio particular do sujeito passivo de bens afectos sua actividade empresarial e profissional, o valor dos bens corresponde ao valor de mercado dos mesmos data da transferncia. Neste caso, h obrigatoriedade de apuramento imediato de resultados na categoria B, renas-cendo o bem no patrimnio particular pelo valor por que foi considerado no acto de transferncia. Neste caso, h obrigatoriedade de apuramento imediato de resultados na categoria B, renascendo o bem no patrimnio particular pelo valor por que foi considerado no acto de transferncia.

    Em qualquer caso, a Administrao Fiscal pode corrigir o valor dos bens, sempre que, fundamentadamente, considere que aquele no corresponde ao que teria sido praticado entre pessoas independentes.

    ii) EncargosnodedutveisparaefeitosfiscaisOs aspectos mais relevantes da remisso efectuada para o Cdigo do IRC no

    que diz respeito determinao dos rendimentos da categoria B so, naturalmente, os relativos no considerao como custo fiscal de encargos efectivamente suportados.

    O art. 33. prev que, para alm das limitaes previstas no CIRC, que no so dedutveis para efeitos de determinao de rendimentos da categoria B:

    a) As despesas de deslocao, viagens e estadas do sujeito passivo ou de membros do seu agregado familiar que com ele trabalhem na parte que exceder, no seu conjunto, 10% do total dos proveitos contabilizados su-

  • GUIA DO FISCO 2014 OS RENDIMENTOS TRIBUTVEIS EM IRS 47

    jeitos a IRS, mesmo quando contabilizadas como custos ou perdas de exerccio (art. 33. n.1);

    b) Os encargos com viaturas, em determinadas circunstncias;c) Os encargos dedutveis referentes amortizao ou rendas, energia,

    gua e telefone fixo no podem ultrapassar 25% das despesas da habi-tao, quando o sujeito passivo afecte sua actividade empresarial e profissional parte do imvel destinado sua habitao;

    d) As despesas ilcitas, designadamente as que decorram de comporta-mentos que indiciem a violao da lei penal portuguesa mesmo que ocorridos fora do mbito territorial da sua aplicao;

    e) As remuneraes dos titulares de rendimentos desta categoria, bem como as atribudas a membros do seu agregado familiar que lhes pres-tem servio, assim como outras prestaes a ttulo de ajudas de custo, utilizao de viatura prpria ao servio da actividade, subsdio de refei-o e outras prestaes de natureza remuneratria.

    Nos termos do disposto no n. 6 do art. 33, se a actividade for exercida em conjunto com outros profissionais, os encargos sero rateados em funo da utilidade de cada um ou, na falta de elementos que permitam o rateio, proporcionalmente. .

    iii) Deduo de prejuzos realizada nos termos do disposto no artigo 52. do Cdigo do IRC. Nos

    termos do disposto no art. 37., a dedutibilidade de prejuzos apenas nos casos de sucesso por morte aproveita aos sujeitos passivos que sucederem ao que suportou o prejuzo. Trata-se de um regime que igualmente aplicvel na tributao simplificada, embora, naturalmente, limitado aos prejuzos apurados antes da sua consagrao e entrada em vigor, dado que, naquele regime, por regra no se apuraro resultados negativos.

  • 48 GUIA DO FISCO 2014 OS RENDIMENTOS TRIBUTVEIS EM IRS

    CRITRIOS DE INCLUSO NO REGIME SIMPLIFICADO OU NO REGIME DE CONTABILIDADEIncio de actividade Regime simplificado Regime de contabilidade

    Valor estimado de vendas e ou de outros rendimentos inferior a 200.000,00

    Incluso automtica.Permanncia por um perodo mnimo de 3 anosSe se tratar de prestao de servios a uma nica entidade, pode ser exercida a opo pela tributao, segundo as regras aplicveis categoria A.

    Incluso por opo expressa, a efectuar na declarao de incio de actividade.Permanncia por um perodo mnimo de 3 anos

    Valor estimado de vendas e ou de outros rendimentos superior a 200.000.00

    No pode incluir-se no regime simplificado.

    Incluso obrigatriaCaso no atinja os valores estimados, a permanncia no regime dever manter-se por 3 anosCautelarmente, na ltima situao ref