grupos de bergey - apontamentos 2.docx

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2 Grupo de Bergey:Grupo das Bactrias aerbico/micro-aerflas, mveis, helicais/vibriidesEste grupo do manual de Bergey contm gneros avulsos que, apesar de exibirem algumas semelhanas, ainda no foram colocados numa mesma famlia. Todos eles partilham as seguintes caractersticas: a) clulas rgidas de morfologia helical ou vibriide;b) mveis com flagelos polares;c) metabolismo respiratrio com O2 como aceitador ltimo de electres e so aerbicas ou microaerfilas;d) geralmente so indol-negativos e oxidase positivas (pois possuem citocromos c e enzimas que podem oxidar);e) a maioria no cataboliza hidratos de carbono: usam aminocidos ou a.orgnicos como fontes de carbono e energia.O grupo, sob o ponto de vista ecolgico, muito diversificado podendo ser encontrado no solo, gua doce e em hbitos marinhos. Algumas espcies podem estar associadas s razes de alguns vegetais ou crescer no trato intestinal, cavidade oral e rgos reprodutivos de seres humanos e outros animais.. Aquaspirillum SpirillumOs gneros Spirillum, Aquaspirillum, Oceanospirillum e Azospirillum esto bastante espalhados nos ecossistemas e so fcilmente isolados. Constituem, geralmente, uma parte pouco significativa da populao bacteriana p.ex. Azospirillum est associado com razes da forragem usada na alimentao do gado (gramneas), bem como no milho, sorgo e legumes, fixando azoto em condio de microaerfiliaHelicobacter

O gnero Campylobacter inclui bactrias patognicas e no patognicas p. Ex. C. fetus provoca doenas reprodutivas e abortos espontneos no gado e ovelhas. Est tambm associada com uma diversidade de condies, nos Humanos que vo desde Septicemia (presenas de microrganismos ou suas toxinas no sangue) a enterites (inflamao do trato intestinal); C. Jejuni provoca abortos nas ovelhas e enterites e diarreias nos seres Humanos; Helicobacter pylori - provoca gastrites e lceras gstricas e ppticas.

O gnero Bdellovibrio um gnero de bactrias que tm uma caracterstica peculiar, predador de outras bactrias G (-), alternando fases de vida livre com fases de vida parasitria (fase reprodutiva intracelular).

Ciclo de vida de Bdellovibrio

3 Grupo de Bergey:Grupo das Bactrias Gram (-), imveis (ou raramente mveis), curvasNeste grupo de bactrias incluem-se pequenos grupos de bactrias imveis, curvas. So frequentes no solo, gua doce e salgada; todas as espcies conhecidas so de vida livre.So bactrias includas numa famlia Spirosomaceae com trs gneros: Spirosoma , Amella e Flectobacillus . As restantes esto incluidas em 4 gneros dos quais o gnero Microcyclos o melhor estudado. Este ltimo tem bactrias de forma anelar e possui vacolos gasosos. Spirosoma Flectobacillus

4 Grupo de Bergey:Grupo das bactrias baciliformes e cocides aerbicasEste grupo compreende uma tremenda variedade de gneros aerbios a maioria dos quais est distribuda por 21 (vinte e um) gneros. Para alm destes existem 16 gneros adicionados no colocados em nenhuma famlia. - O novo Bergeys Manual Determinative Bacteriology, lista 80 gneros aerbios (adicionando 3 gneros microaerfilos ) .Neste grupo encontram-se grupos de grande importncia mdica e prtica, por exemplo Brucella, Bordetella, etc.

Brucella BordetellaFaremos de seguida referncia mais detalhada a algumas famlias e gneros mais interessantes.A. Pseudomonas

Pseudomonas aeruginosa

Este gnero inclui bactrias rectas (bacilos) ou ligeiramente curvas com 0.5 a 1.0 m, mveis por meio de 1 ou mais flagelos polares e no tm prosteca nem banhas. Estes quimioheterotrficos so aerbios e levam a cabo a respirao tendo como aceitadores de electres o O2 (e por vezes o nitrato). Todas as pseudomonas tm ciclos cidos tricarboxlicos funcionais e podem oxidar os substratos a CO2. A maioria das hexoses degradada pelo ciclo Entner- Doudoroff em vez de o serem pela via glicoltica. O gnero um taxon extraordinariamente heterognio formado por 70 ou mais espcies. Muitas delas so colocadas em um de cinco grupos distintos de acordo com o rRNA- homologias.

Os grupos de I a III so os melhores caracterizados e so subdivididos de acordo com propriedades tais como a presena de PHB, a produo de pigmentos fluorescentes, patogenicidade, presena de dihidrolose da arginina e a utilizao de glucose. Por exemplo o sub-grupo das fluorescentes no acumula PHB e produz um pigmento difusivel na gua, que sob radiaes UV aprecenta uma fluorescncia amarelo- esverdeado: P. aeroginosa, P. flurescens, P. putida e P. syringae.Com os estudos do rRNA deu-se uma reviso radical do grupo tendo sido retiradas 25 espcies nos grupos II e III do gnero Pseudomonas. Pelo menos 7 novos gneros foram criados: Acidovorax, Aminobacter, Burkholderia, Comamonas, Deleya, Hidrogenophaga e Methylobacterium. Provavelmente o gnero Burkholderia, , destes novos gneros, o que contem mais espcies do grupo II incluindo as antigas P. cepacia e P. solanaceum.As pseudomonas apresentam um grande impacto prtico, nomeadamente: 1. Muitas delas degradam uma enorme variedade de compostos orgnicos. Por isso, elas so importantes no processo de mineralizao (transformao microbiana de matria orgnica em substncias inorgnicas) na natureza e nos tratamentos de esgotos- guas residuais; as pseudomonas fluorescentes podem utilizar cerca de 80 substncias diferentes como fonte de energia e carbono, o caso extremo est representado por Burkholderia cepacia que pode degradar cerca de 100 molculas orgnicas diferentes.2. Diversas espcies (por exemplo P. aeruginosa) so objecto de estudos experimentais importantes. Muitos dos avanos na fisiologia microbiana e na sua bioqumica devem-se ao seu estudo.3. Algumas das pseudomonas so agentes patognicos importantes para o Homem e vegetais.P. aeruginosa infecta pessoas com resistncias diminudas, invadindo reas queimados ou causando infeces do tracto urinrio. B. cepacia provoca Wilts em muitos vegetais devido produo de pectinases, celulases e cido indolactico e etileno. B. cepacia e P. syringae so agentes patognicos vegetais importantes.4. P. flurescens est envolvida nas alteraes nefastas dos leite refrigerado, carne, ovos e marisco, visto crescerem a 4C e degradarem lpidos e protenas. B. Azotobacter e RhizobiumApesar de ambos os gneros fixarem azoto, diferem na morfologia e estilo de vida. O gnero Azotobacter constitudo por bactrias de grandes dimenses, geralmente mveis, ovides com 1.5 a 2.0 m de dimetro, muitas vezes pleomrficas e formando, muitas vezes, quistos dormentes em culturas velhas.O gnero Rhizobium constitudo por bactrias baciliformes, com 0.5 a 0.9 m por 1.2 a 3.0 m, mveis, possuindo muitas vezes grnulos de PHB, podendo tornar-se pleomrficas como respostas a condies ambientais adversas. Esta ltimas so simbiontes dos ndulos radiculares dos legumes onde se transformam em bacterides (clulas com a morfologia alterada e capazes de fixar azoto molecular). Azotobacter por sua vez um organismo de vida livre que fixa azoto atmosfrico no simbioticamente. RhizobiumDeste gnero j foi feita uma breve descrio. A sua importncia na rizosfera impe um estudo mais detalhado do seu ciclo de infeco.O ciclo inicia-se com a produo de molculas especficas por parte da planta hospedeira, j que no processo existe uma marcada especificidade de algumas espcies bacterianas infectarem determinados hospedeiros. Esta primeira ligao das bactrias ao hospedeiro controlada por molculas que actuam como agentes sinalizadores; estas molculas so do grupo das flavonides. Etas molculas estimulam a produo de molculas especficas por parte dos Rizbios, o que leva ligao das bactrias aos plos radiculares. Aps a ligao bacteriana o plo radicular enrola-se e a bactria induz a formao de um tubo de infeco que cresce no interior do plo radicular.O Rizobium penetra por esta estrutura na clula. medida que esta bactria passa do tubo de infeco para a clula hospedeira fica envolvida por uma membrana produzida pela clula hospedeira. Esta membrana tem a designao de membrana peribacteroide formando-se assim um bacteride. Aps mais algum desenvolvimento e diferenciao dos bacteroides forma-se a estrutura chamada Simbiosoma que pode fuxar o azoto. Nesta fase forma-se a Legohemoglobina que protegem o sistema de fixao de azoto do O2 (a legohemoglobina liga-se ao O2 impedindo o acesso deste ao sistema enzimtico de fixao do N2 o que provocaria a sua inactivao) e assim se completa a formao dos ndulos. Os ndulos quando seccionados apresentam uma cor vermelha devido legohemoglobina.

A presena destes ndulos caracterstica de algumas espcies de leguminosas e aumenta grandemente a fertilidade do solo. Da que muitas vezes se cultiva termoceiros e depois cortam-se e enterram-se nos campos aumentando assim a sua produtividade. Um outro aspecto curioso que o nmero de rizobios por grama de solo ter de ser superior a 104 de outro modo no se dar a ligao planta hospedeira.No final de todo o processo de nodulao a bactria no poder voltar a reproduzir-se. Agrobacterium Este gnero pertence tambm s rhizibiceas porm difere do gnero Rizobium pelo facto de no induzir a formao de ndulos radiculares, nem fixar azoto. Estas bactrias invadem as razes, a copa e os caules de muitos vegetais superiores transformando as clulas hospedeiras em clulas tumurais de poliferao autnoma. A espcie melhor estudada Agrobacterium Tumefasciees, que penetra nas plantas de folha larga (por exemplo Crucferas legumionosas, etc) atravs de feridas e provocando nestas uma doena chamada Crown-gall. A capacidade induzir as formaes tumurais deve-se presena de um plasmdeo de grandes dimenses chamado Ti. C-MethylococcaceaeEsta famlia inclui organismos com a forma de vbrios, bacilos e cocos e a sua caracterstica a de utilizarem metano e metanol como nica fonte de carbono e energia em condies de aerobiose e microaerobiose. So chamadas metilotrficas as bactrias que apresentam este tipo de metabolismo; por vezes, chamam-se metotrficas s bactrias que utilizam somente metano como fonte de carbono e energia. A famlia est dividida em 7 gneros. As bactrias que oxidam o metano apresentam um conjunto complexo de membranas intracelulares (estas membranas s esto presentes quando as bactrias esto a fixar activamente o metano).

5 Grupo de Bergey:Grupo das bactrias anaerbicas facultativas G (-)Este grupo abarca presentemente cerca de 46 gneros de bactrias anaerbicas facultativas baciliformes. A caracterstica fundamental exactamente o seu tipo de metabolismo - anaerobiose facultativa.Dos 46 gneros, 39 esto includos em trs famlias: Enterobacteriaceae; Vibrionaceae; Pasteurellaceae

EnterobacteriaceaeEsta famlia a maior das trs famlias (em nmero de gneros).Nesta famlia incluem-se bactrias G (-), imveis ou ento mveis com flagelao pertrica, anaerbicas facultativas, baciliformes rectas, com necessidades nutricionais simples; algumas delas so patognicas; muitos delas so parasitas dos mamferos, aves e vegetais, so oxidase negativo. Muitos dos membros desta famlia so frequentemente chamadas bactrias entricas ou enterobacteria visto residirem no intestino (do grego enterikos - respeitante a intestino), todas elas degradam acares por intermdio do ciclo Embden - Meyerhof e clivam cido pirvico a cido frmico nas fermentaes do cido frmico. Estas bactrias produzem grandes quantidades de gs durante as fermentaes dos acares, por exemplo Escherichia spp. Possui hidrogenilase frmica que degrada o cido frmico a H2 e CO2. Esta famlia pode ser subdividida em dois grupos, em funo dos produtos finais de fermentao. Assim temos:1. Fermentadores cidos mistos: Escherichia, Proteus, Salmonella, Shigella;2. Fermentadores butanodilicos: Enterobacter, Serratia, Erwinia, Klebsiella.Nas fermentaes cidas mistas os produtos finais so o lactato, acetato, succinato, formato (ou H2 e CO2) e etanol.Nas fermentaes butanodilicas o principal produto final o 2.3- butanodiol, a par do etanol e do CO2.Os dois tipos de fermentao so identificados pelo teste de vermelho de metilo e pelo Voges-Proskauer.Os testes bioqumicos so fundamentais na identificao das bactrias deste grupo devido sua enorme semelhana morfolgica.Hoje em dia utilizam-se testes miniaturizados de galeria ou outros para simplificar estas tarefas poupando-se tempo e recursos humanos e materiais (por exemplo nas aulas faremos a identificao por intermdio de galerias API20 da BioMrieux r.Este grupo de bactrias to comum e importante que provavelmente o grupo que mais se encontra em laboratrios de microbiologia. A bactria E. Coli a bactria melhor estudada, tendo servido como modelo de trabalho para muitos dos trabalhos cientficos publicados nesta rea.A importncia mdica e ambiental destas bactrias grande, havendo muitas delas que so agentes patognicos importantes para o homem utilizando-se as presena ou ausncia de algumas delas para aferir da qualidade microbiolgica de muitos produtos alimentares.1. SalmonellaAs salmoneloses podem ser provocadas por um dos quase 2000 serovares (estirpes diferentes de uma mesma espcie e que apresentam diferenas a nvel da composio antignica de uma estrutura ou produto; no fundo so subespcies de uma dada espcie).A espcie mais frequentemente responsvel pela gastroenterite por Salmonella (Salmonelose) a espcie S. typhimurium. A fonte deste microrganismo o tracto intestinal dos animais. A bactria contamina os seres humanos atravs de alimentos por ela contaminados (carne de bovinos, de aves; ovos e produtos derivados ou gua). S nos EUA existem cerca de 2-3 milhes de casos por ano.A bactria, uma vez no corpo, demora 8-48 horas a incubar, invadindo e multiplicando-se na mucosa intestinal. O doente apresenta dores abdominais, espasmos, diarreias, nuseas e pirose (febre). Estes sintomas duram geralmente dois a cinco dias podendo estender-se por um perodo de semanas. Na fase activa da doena pode encontrar-se at um milho de salmonelas por grama de fezes. A maioria dos adultos recupera sem qualquer tipo de tratamento, porm a desidratao pode constituir um problema especialmente nas pessoas idosas e nas crianas. A espcie S. typhii responsvel pela febre tifoide. 2. ShigellaA shigellose ou disenteria bacilar uma diarreia resultante de um processo inflamatrio agudo de natureza reactiva, do tracto intestinal, causado por 4 espcies do gnero Shigella nomeadamente S. sonnei, S. flexneri.O nico hospedeiro o Homem e transmitido via fecal-oral - primariamente alimentos, unhas, dedos, fezes e mosquitos (4 Fs - food, finger, feces, flies) sendo muito prevalente nas crianas (prevalncia - refere-se ao nmero total de indivduos infetados existentes numa populao, num dado momento independentemente de quando a doena comeou) com 1-4 anos. Estas bactrias so parasitas intracelulares facultativas que se multiplicam no clon intestinal a nvel do epitlio. As bactrias induzem a fagocitose nas clulas mucosas. Aps a sua reproduo no citoplasma (a membrana do fagossoma rompe-se) elas invadem as clulas mucosas adjacentes. Elas produzem endo e exotoxinas (toxina - produto de origem microbiana que pode induzir danos numa clula ou organismo mesmo em concentraes baixas. Muitas delas so de natureza proteica, porm tambm existem molculas lipdicas e outras que actuam da mesma forma. Estes produtos podem atacar clulas e regies especficas do corpo) porm no invadem outras zonas a no ser o clon intestinal. As fezes podem ser sanguinolentas e/ou pirulentas e mucosas. Nos casos mais graves, o clon pode ficar ulcerado.O tempo de incubao pode ir de 1 a 3 dias e o organismo expelido por um perodo que flutua entre 1 a 2 semanas.A doena geralmente restringe-se aos adultos e dura, em mdia, 4-7 dias; nas crianas jovens a doena pode ser fatal. Geralmente, nos casos ligeiros, no necessria a administrao de antibiticos. A preveno passa essencialmente por uma boa higiene pessoal e por um consumo de gua microbiologicamente boa.3. EscherichiaA E. coli (algumas das estirpes responsvel pela chamada diarreia do viajante, assim chamada pelo facto de afectarem essencialmente os turistas e outros viajantes que vo para regies que possuem vrus, bactrias (neste caso estirpes de E. coli) que no existem no sue clon e no afectam a populao residente.As principais vias de contaminao so a gua e alimentos diversos - um dos conselhos dados aos viajantes ferva, tire a casca, depile, coza-o ou ento esquea.A E. coli pode induzir a diarreia por diversos tipos de mecanismos. Hoje em dia conhecem-se 6 categorias ou estirpes de E. coli indutoras de diarreia. Assim consideram-se: E.coli Enterotoxignicas - ETEC E.coli Enteroinvasivas - EIEC E.coli Enterohemorrgicas - EHEC E.coli Enteropatognicas - EPEC E.coli Enteroagregativas - EAggEC E.coli Difusas aderentes DAEC

1. Estirpes ETECProduzem um e/ou duas eterotoxinas distintas que so responsveis pela diarreia. As toxinas distinguem-se pela sua termoestabilidade: uma termoestvel (ST) outra termolbil (LT). Os gnes responsveis pela produo das ST e LT e para os factores de colonizao so geralmente codificados por um plasmdeo.2. Estirpes EIECEstas bactrias provocam diarreia penetrando e invadindo as clulas do epitlio intestinal. Esta capacidade invasiva depende da presena de um plasmdeo. Estas bactrias tambm produzem uma citotoxina e uma enterotoxina.3. Estirpes EHECEstas bactrias possuem determinantes genticas para produzir leses (AE) e tambm para produzir toxinas do tipo Shiga (as toxinas Shiga so produzidas por Shigella dysenteria sob controlo cromosmico actuam sobre RNA n- glicosidase inibindo a sntese proteica e matando a clula).4. Estirpes EPECEstas bactrias atacam o prato estriado do intestino (microvilosidades das clulas do epitlio intestinal), provocando uma leso celular tpica na qual as microvilosidades adjacentes ao local onde a bactria se encontra so destrudas o que leva destruio da clula e, posteriormente, diarreia - as leses so designadas na literatura anglo-saxnica por attaching-effacing lesions- (AE) da que se use tambm o termo de AE-E. coli para os membros deste grupo.5. Estirpes EAggECEstas aderem a clulas epiteliais em regies localizadas, formando agregados de bactrias com um aspecto de tijolos empilhados. No foram detectadas enterotoxinas extracelulares EAggEC, mas surgem leses de aspecto singular nas clulas epiteliais, o que sugere o envolvimento de toxinas.6. Estirpes DAECEstas estirpes aderem sobre toda a superfcie das clulas epiteliais e causam igualmente doenas em crianas malnutridas ou com sistema imunolgica incipiente. Foi aventada a hiptese deste grupo poder ter um factor de virulncia ainda no definido.

4 - ProteusO gnero Proteus caracterizado pela rpida mobilidade e pela produo da enzima urease. uma causa frequente de infeces do tacto urinrio no ser humano e pode eventualmente causar enterites. Devido sua capacidade de degradar a ureia muito activa, os Proteus tm sido implicados em diversas infeces dos rins. As espcies dos Proteus, provavelmente, no formam um grupo homogneo, pelo facto da composio base do DNA variar grandemente. Como resultado da grande mobilidade das clulas proteus, as colnias que crescem em agar apresentam habitualmente uma caracterstica do fenmeno Swarming (= rastejar). As clulas da periferia da colnia em crescimento so mais rapidamente mveis do que aquelas no centro da colnia; estas movem-se a uma pequena distncia da colnia sofrendo uma reduo na mobilidade, estabilizando e dividindo, formando uma nova cultura de clulas mveis que rastejam novamente. Como resultado, a colnia matura apresenta-se sob a forma de sries de anis concntricos, com concentraes de clulas mais elevadas alternando com baixas concentraes.Embora todas as bactrias entricas possam usar o nitrato como aceitador de electres alternativo em condies anaerbicas, os Proteus tm a capacidade adicional de usar diversos compostos sulfurosos como aceitador de electres num crescimento anaerbico, tais como: tiossulfato, tetrationato e dimetilsulfxido.

5 - YersiniaO Gnero Yersinia foi criado para acomodar membros anteriores do gnero Pasteurella que so, obviamente, membros do grupo entrico. O gnero Yersinia consiste em 3 espcies, Y. pestis, o agente causal da antiga e muito temida peste bubnica; Y.pseudotuberculosis, o agente causal de uma doena parecida com tuberculose dos ndulos linfticos em animais (e raro em humanos); e Y. Enterocolitica, o agente causal de uma infeco intestinal (e, ocasionalmente, infeces sistmicas) em humanos e animais. Embora as duas ltimas espcies estejam raramente envolvidas em infeces fatais, Y.pestis foi responsvel pela chamada Morte Negra que atravessou a Europa durante o sculo XIV matando mais de um quarto da populao Europeia. Outras pandemias da peste bubnica ocorreram em sculos posteriores causando muito sofrimento e inmeras mortes. Em anos recentes a prevalncia de Y. enterocolitica como um agente patognico que contamina a comida e a gua foi notado, e agora h mtodos esto disponveis para o seu rpido isolamento e reconhecimento, est a ser detectada com bastante frequncia. 6 - Butanodiol - fermentativosEstes so, geneticamente, mais prximos do que os fermentadores de cidos - mistos, uma descoberta que est de acordo com as diferenas fisiolgicas observadas. Uma espcie de Klebsiella, K. pneumoniae, ocasionalmente causa pneumonia em Humanos, mas as Klebsiellas so mais frequentemente encontradas no solo e gua. A maior parte das estirpes de Klebsiella fixam o azoto molecular (N2) quando crescendo anaerobicamente, uma caracterstica no encontrada entre outras bactrias entricas. A maior parte das espcies so saprfitas e largamente distribudas na Natureza, em particular nas guas naturais. Tm - se detectado algumas espcies, como comensais, no intestino dos animais e do Homem, as quais funcionam como patognicos oportunistas dos tractos respiratrio ou urinrio, ou como agentes de infeces cutneas, particularmente quando se regista certo decrscimo da resistncia dos tecidos, ou outros factores predisponentes, e esto associadas a infeces hospitalares, endmicas ou epidmicas.10