godzine 12 (janeiro / fevereiro 2013)

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Jan/Fev’13 Família: Dom de Deus pág. 6

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A Revista da juventude que acredita - www.cristojovem.com

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Page 1: Godzine 12 (Janeiro / Fevereiro 2013)

Jan/Fev’13Família:

Dom de Deuspág. 6

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Indíce

1Notade abertura

2Youcat

4Parábolas

8Folhados santos

11Ajuda à Igreja que Sofre

18JMJ Rio2013

22Juventudeque acredita

6Dialetos da palavra

16Cristo JovemBrasil

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NOTA DE ABERTURA 1

Olá juventude que acredita!

No início de mais um ano civil, trazemo-vos uma novidade. Cada edição da GODzine terá um tema transversal aos diversos artigos.Este mês, debruçamo-nos sobre a família.A família onde somos gerados, que nos cria, nos ensina valores, nos protege, nos ama. A família é (ou devia ser) uma fonte de amor. Nestes tempos modernos temos vindo a assistir a uma certa derrocada dos valores da família, o que leva a uma falta de amor (de dar, receber e compreender).

Na nossa condição de cristãos, urge valorizar o sentido de família como núcleo gerador de amor. Não só a família que nos gera, mas também a família que nós somos como comunidade cristã, na nossa principal missão de espalhar amor ao próximo.

Aproveitamos para deixar um agradecimento ao Nuno Sousa, que por motivos de força maior teve de deixar este projecto. A ele um grande bem-haja pelo trabalho feito.

É com alegria da partilha nesta “família Cristo Jovem” que vos trazemos mais esta edição da Godzine e vos deixamos um abraço em Cristo Jovem.

Sara Amaral

4Parábolas

11Ajuda à Igreja que Sofre

22Juventudeque acredita

Ano Novo:Tema Novo

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Youcate a Família

Olá jovem. Cá estamos para iniciar mais um ano, cheio de expectativas e espe-ranças. Como não podia deixar de ser, começamos 2013 a refletir sobre o nosso Catecismo Jovem, o YOUCAT. Ao longo de 2012 falámos da história, do percurso, das diversas iniciativas e muitas outras questões ligadas ao projeto YOUCAT. Este ano gostaríamos de mergulhar no seu conteúdo, sempre a partir de temáticas específicas. Será uma espécie de “leitura imersiva”, ou uma navegação, sobre te-mas fortes. Um exemplo de leitura guia-da que depois poderá ser adaptado para qualquer tema que queiras ler e meditar com os teus amigos ou individualmente.O tema que escolhemos para esta pri-meira edição do ano é a “família”. Já em outro artigo falámos de quão importante é ler o YOUCAT em família, dialogar com os teus pais, irmãos, namorada/o sobre as questões do YOUCAT. Mas o tema da família, central na vida cristã, é também um tema muito bem desenvolvido no nosso Catecismo Jovem. No índice de conceitos poderás ver que o termos “família” aparece pelo menos 25

vezes no YOUCAT. Ao longo de todo o ca-tecismo há referências à família, mas há dois momentos fundamentais que vale a pena aprofundar. O primeiro é em torno ao sacramento do matrimónio, o ponto de partida para iniciarmos uma família (perguntas nn. 260-271); o segundo, em torno ao IV mandamento: «honrarás pai e mãe» (perguntas nn. 367-377). Há uma ligação muito forte entre estes dois pilares. No n. 368 do YOUCAT lemos que «um homem e uma mulher que se casam constituem uma família com os seus filhos. Deus quer que, tanto quanto possível, os filhos nasçam no amor dos pais. Os filhos, confiados à proteção e aos cuidados dos seus pais, têm a mesma dignidade deles».O IV mandamento era muito significativo na tradição judaica (Antigo Testamento), com as grandes famílias patriarcais. A tra-dição cristã (Novo Testamento) segue os passos da tradição judaica e tem na fa-mília a extensão da experiência de Deus. Ben Sirá (3,2-6.12-14), por exemplo, diz--nos que quem honra os seus pais acu-mula tesouros, será atendido nas suas

Ir. Darlei Zanon | Religioso paulista, editor do YOUCAT para a língua portuguesa

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YOUCAT 2 / 3

orações, terá vida longa, será perdoado dos seus pecados. Honrar os pais significa amá-los, dar carinho, cuidar, dar atenção, dedicar tempo, reconhecer o seu valor e importância no nosso passado, presente e futuro (cf. nn. 371 e 372). Amar e obedecer aos nossos pais signi-fica amar e obedecer a Deus, a fonte da vida. A família é a primeira comunidade, a primeira igreja (cf. n. 271), o princípio e o alicerce da fé e da nossa vocação à santidade. No n. 368 do YOUCAT lemos também que «o próprio Deus, na Sua profundidade, é comunhão. No âmbito humano, a família é o protótipo da co-munhão». É primeiramente na família que experimentamos Deus. Exatamente por isso devemos resgatar e exaltar o va-lor da família, o nosso alicerce, ponto de segurança e de referência especialmente nestes tempos de crise e incertezas que estamos a enfrentar. Recordemos que «a família é a célula original da socieda-

de humana. Os valores e os princípios que são vividos no pequeno âmbito da família possibilitarão aos filhos uma vida social solidária quando eles crescerem» (n. 369).O próprio Jesus precisou da ajuda da Sua família humana para crescer em «sabe-doria, estatura e graça». Foi nesta família que aprendeu a rezar, como nos diz o n. 474, e onde recebeu amor e afeto, como nos diz o n. 86 do YOUCAT. «Pelo facto de Deus ter desejado nascer numa família humana e aí ter crescido, transformou a família num lugar de Deus e num mode-lo de comunhão eficaz» (n. 86). A família de Nazaré é por isso o nosso modelo de família. Dela devemos aprender e nela devemos nos inspirar para uma relação saudável entre todos os membros: côn-juges e filhos.Valoriza a tua família, pois ela é expres-são de Deus e caminho para chegar até Ele.

Sugestões de navegação:www.youcat.org | www.paulus.pt | youcat.cristojovem.com

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«Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Foi ter com o primeiro e disse-lhe:

‘Filho, vai hoje trabalhar na vinha’. Mas ele respondeu-lhe: ‘Não quero’. Depois, porém, arrependeu-se e foi.

O homem dirigiu-se ao segundo filho e falou-lhe do mesmo modo. Ele respondeu: ‘Eu vou, Senhor’. Mas de

facto não foi. Qual dos dois fez a vontade ao pai?» Eles responderam-Lhe: «O primeiro».

Jesus disse-lhes: «Em verdade vos digo: Os publicanos e as mulheres de má vida irão diante de vós para o reino de Deus.

João Baptista veio até vós, ensinando-vos o caminho da justiça, e não acreditastes nele; mas os publicanos

e as mulheres de má vida acreditaram. E vós, que bem o vistes, não vos arrependestes,

acreditando nele.»

Texto: Pe. Ricardo José, scj

Os dois filhosMateus 21, 28-32

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PARÁBOLAS 4 / 5

Esta parábola serve para iluminar duas atitudes diferentes face às propostas de Deus.Antes de mais, sugere que, na lógica de Deus, todos os seus filhos são iguais e têm a mesma responsabilidade na cons-trução de um mundo melhor. Deus tem um projeto para o mundo e todos os seus filhos – sem distinção de raça, de estatu-to social, etc... – devem estar envolvidos na edificação desse projeto. Ninguém está dispensado de colaborar com Deus na construção de um mundo mais huma-no, mais justo, mais verdadeiro.Agora, diante desta proposta de Deus, há duas respostas… Há os que escu-tam o chamamento de Deus, mas não são capazes de vencer o comodismo, o egoísmo, e não vão trabalhar para a vinha (mesmo que tenham dito “sim” a Deus); e há aqueles que muitas vezes por caminhos não tão “diretos” até são capazes de acolher a Deus e lhe respon-der generosamente.O que é que significa, exatamente, dizer “sim” a Deus? É ser batizado ou crisma-do? É casar na igreja? É fazer parte de um movimento da paróquia? É ir todos os dias à missa?Atenção: nesta parábola, não chega di-zer um “sim” inicial; não bastam pala-vras e declarações de boas intenções;

é preciso viver, dia a dia, os valores do Evangelho, seguir Jesus nesse caminho de amor e de entrega que Ele percorreu, construir, com gestos concretos de jus-tiça, de bondade, de solidariedade, de perdão, de paz.Nas nossas comunidades cristãs apare-

cem, com demasiada frequência, pes-soas que “sabem tudo” sobre Deus, que se consideram parte da “melhor” famí-lia de Deus, e que desprezam os irmãos que não têm um comportamento “reli-giosamente correto” ou que não cum-prem exatamente as regras do “bom comportamento” cristão…Nós não temos qualquer autoridade para catalogar as pessoas, para as ex-cluir e marginalizar… A este propósito, Jesus diz algo de espantoso aos “santos” que “os publicanos e as mulheres de má vida irão diante de vós para o Reino de Deus”. Afinal a resposta que mais inte-ressa é a da vida!

Ninguém está dispensado de colaborar com Deus na construção de um mundo mais humano, mais justo,

mais verdadeiro.

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“Novamente vos digo: alegrai-vos!”

Pe. Nuno Westwood

“Irmãos: Alegrai-vos sempre no Senhor. Novamente vos digo: alegrai-vos. Seja de todos conhecida a vossa bondade. O Senhor está próximo. Não vos inquieteis com coisa alguma; mas em todas as circunstâncias,

apresentai os vossos pedidos diante de Deus, com orações, súplicas e ações de graças. E a paz

de Deus, que está acima de toda a inteligência, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos

em Cristo Jesus.” (Fil 4, 4-7)

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DIALETOS DA PALAVRA

Já estamos em 2013. Tivemos nos últi-mos tempos oportunidade de viver di-versas celebrações que nos convidaram à esperança e nos fizeram recuperar a alegria. Esta alegria não surge no nosso caminho como uma simples diversão. E algo que se agarra à vida interior, e, por isso, é bem consciente. É a forma de uma pessoa testemunhar a verdade do que vive. Porque quem encontra Cristo e vive de Cristo inevitavelmente tem uma vida conseguida. A alegria é esta satisfação.A alegria tem a característica de ser algo que se vê. Por isso é a maneira por ex-celência de testemunhar a vida cristã e a presença de Jesus Cristo. Não se anuncia Cristo apenas dizendo que é mal não o seguir, - embora isso também tenha o seu lugar no anuncio cristão -, mas mos-trando a alegria inteligente que acontece quando se pertence a Ele. Esta alegria cria curiosidade, atrai. Quando uma pessoa está contente, de uma felicidade profunda e não inventada, não consegue esconder o que sente. E este é o grande serviço que podemos prestar aos outros todos. Um serviço que não é um frete mas um comunicar aquilo que vivemos.Claro que a alegria verdadeira não é um adormecimento diante dos problemas, um analgésico que impede de sofrer, mas é uma paz que os ajuda a enfren-tar, é uma certeza de que Deus está pre-

sente e nos leva ao colo nos momentos difíceis, ao mesmo tempo que nos puxa para andarmos mais depressa quando as coisas nos correm bem e somos ten-tados a ficar parados.

Esta alegria é, ainda, aquilo que dá senti-do aos sacrifícios que tantas vezes temos de fazer para não deitarmos fora as coi-sas que têm maior valor. O sacrifício de recusar um pecado para viver na alegria de Deus, o sacrifício de não ficar “de papo para o ar” para ir dar o meu tempo aos que mais precisam. Numa palavra a alegria torna-se caridade. Atenção ao ou-tro e dom de si mesmo ao que precisa.A alegria é, ainda, capaz de inventar, não se limita a imitar o que já se fazia, mas cria coisas novas fruto da imensidade de Deus que vivendo em nós nos faz desco-brir sempre novos caminhos.A alegria é o amor vivido!

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A alegria é, ainda, capaz de inventar, não se limita a imitar o que já se fazia,

mas cria coisas novas fruto da imensidade de

Deus que vivendo em nós nos faz descobrir sempre

novos caminhos.

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Chiara Badano

Após 11 anos de espera, a 29 de outubro de 1971, na cidade Apeninos lígures, na diocese de Acqui nascia Chiara (Clara, em português). Foi educada pela mãe com as parábolas do Evangelho a conversar com Jesus e a lhe dizer “sempre sim”.Era uma menina saudável e, gostava não só da natureza bem como, de brincar. Na sua infância, era já de realçar o amor pe-los que eram desprezados. Chiara cobria--os de atenções e de serviços, muitas vezes renunciando momentos de diverti-mento. O amor ao próximo era tal que, sendo criança de tenra idade, tinha uma pequena caixa para as “crianças de cor”e era seu desejo formarr-se em medicina para um dia ir a África e cuidar destas crianças.Cresceu uma menina, como tantas ou-tras crianças da sua idade contudo, Chia-ra trazia consigo uma sensibilidade às coisas divinas. No dia em que, fez a sua primeira Comunhão recebeu um livro dos Evangelhos. Ela mesma afirmou: “ Para mim, é fácil aprender o alfabeto, deve ser a mesma coisa viver o Evange-lho!”.Com 9 anos viveu a sua primeira espiri-

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FOLHA DOS SANTOS 8 / 9

tualidade, no Movimento dos Focolares. Pouco a pouco seus pais foram envolvi-dos. A partir de então, Deus foi colocado como primeiro lugar na sua vida.

Até aos 17 anos, Chiara Badono, fez uma vida perfeitamente normal quando de repente, sentiu uma dor aguda no ombro esquerdo. Após alguns exames médicos e inúteis operações foi detetado uma os-teossarcoma (tumor maligno nos ossos). Ao contrário daquilo que possamos imaginar, Chiara não chorou nem se re-voltou. Ficou imóvel em silêncio e após 25 minutos afirmou, o sim à vontade de Deus. Foram 2 anos de um intenso calvá-rio em que, ela repetia: “Se é o que você quer, Jesus, é o que eu quero também”.Ao longo deste tempo, em que os trata-mentos eram dolorosos, Chiara mantinha

um sorriso luminoso e arrastava consigo Amor a quem dela se aproximasse. As dores eram muitas porém, ela negou sempre a morfina para não perder a lu-cidez e, oferecia tudo pela Igreja, pelos jovens, os ateus, pelo Movimento dos Focolares, pelas missões, permanecendo serena e forte. Repetia: “Não tenho mais nada, contudo tenho o meu coração e com ele posso sempre amar”.Todo o seu espaço era a sua igreja, ha-vendo unidade e encontro. Os médicos, sendo eles ateus ficavam abismados com a sua paz. Alguns reaproximaram-se de Deus. Era algo inexplicável e ainda hoje, se recordam de Chiara Bandono e a invo-cam.A doença causa nela sofrimento toda-via a mãe ao perguntar-lhe se ela sofria muito ela respondia: “Jesus tira de mim as manchas dos pontinhos pretos com a água sanitária e isso queima. Quando eu chegar ao Paraíso serei branca como a neve”. Esta era a prova de que se deixou envolver pelo Amor de Deus. Na verda-de, afirmava: “Deus me ama imensamen-te” e, depois de uma noite particular-mente dura, acrescentou: “Sofria muito, mas a minha alma cantava…”.

...Chiara, desde muito jovem fez o propósito

de não “doar Jesus aos amigos com as

palavras, mas com o comportamento”

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Segundo os seus amigos não eram eles que a consolavam mas, Chiara a eles. Estava quase a falecer quando, reve-lou: “Vocês não podem imaginar como é agora o meu relacionamento com Je-sus… Sinto que Deus me pede algo mais, algo maior. Talvez seja ficar neste leito por anos, não sei. Interessa-me unica-mente a vontade de Deus, fazê-la bem no momento presente: aceitar os desa-fios de Deus. Se agora me perguntassem se quero andar (a doença chegou a pa-ralisar as pernas com contrações muito dolorosas), eu diria não, porque assim estou mais perto de Jesus”.É de salientar que Chiara, desde muito jo-vem fez o propósito de não “doar Jesus aos amigos com as palavras, mas com o com-portamento”. É certo que, nem sempre isso era fácil e ela repetiu algumas vezes: “Como é duro ir contra a corrente!”. E para chegar à meta repetia: “É por ti, Jesus!”.A doença agrava todavia dos seus lábios apenas se ouvia: “Com você, Jesus, por você, Jesus!”.Ao ver sua mãe preocupada, pois ficaria sem ela, Chiara repetia confiante: “Confie em Deus, pois você fez tudo”; e “Quando

eu tiver morrido, siga Deus e encontrará a força para ir em frente”.Chiara estava preparada para o encontro com Deus: “É o Esposo que vem me en-contrar” . Escolheu o vestido de noiva, as canções e as orações para a “sua” Missa; o rito deveria ser uma “festa”, onde “nin-guém deverá chorar”. A última que co-mungou, ficou imersa Nele e pediu que se fizesse esta oração: “Vinde Espírito Santo, mandai do Céu um raio da tua luz”.No dia 7 de outubro de 1990, o “Espo-so” veio buscá-la. Antes de falecer disse à sua mãe: “Não peço mais a Jesus para vir me pegar e me levar para o Paraíso, porque quero ainda lhe oferecer o meu sofrimento para dividir com ele ainda por um pouco a cruz”. “Mãezinha, seja feliz porque eu o sou. Adeus”. Ela também fez a doação das suas córneas.No dia 3 de julho de 2008 ela foi decla-rada Venerável com o reconhecimento do exercício heróico das virtudes teolo-gais e cardeais. No dia 19 de dezembro de 2009, o Papa Bento XVI reconhece o milagre atribuído à intercessão da Vene-rável Chiara Badano, e assinou o Decreto para a sua Beatificação.

Feito com base: www.it4unity.com/chiaraluce/?page_id=27

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Proposta radical para 2013: rezar pelos Cristãos perseguidosO poder dos superjovens

Ajuda à Igreja que Sofre

Um novo ano é sempre uma boa ocasião

para lançarmos novos desafios para a nossa vida.

Aqui fica um: em 2013 vamos usar o poder

da oração em favor dos cristãos

perseguidos por motivos religiosos no mundo.

Vamos nisso?

AJUDA À IGREJA QUE SOFRE 10 / 11

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Não há ninguém, provavelmente, que não conheça as aventuras do Super-ho-mem, o famoso Clark Kent, um jornalista tímido e discreto que esconde uma natu-reza extraordinária. Ele é capaz das maio-res proezas, portador de poderes fora do alcance do comum dos mortais. Curio-samente, os cristãos têm ao seu alcance algo ainda maior, a possibilidade de con-cretizaram façanhas que não cabem nos livros de ficção, nem nas aventuras do cinema. E, no entanto, quase não se lhes

pede nada para conseguirem isso. Mas esse “quase” pode fazer toda a diferença. O delito da féNeste momento, infelizmente, há cristãos encarcerados por causa do delito da fé. Ser Cristão pode significar arriscar a vida em muitos países. Pensemos apenas em Asia Bibi, encarcerada ainda em Sheikupu-ra, no Paquistão, depois de ter sido conde-nada à morte, por blasfémia, por causa de um simples copo de água. Se não tivesse sido a enorme pressão internacional em

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AJUDA À IGREJA QUE SOFRE 12 / 13

favor desta mulher cristã, casada e mãe de cinco filhos, provavelmente a senten-ça já teria sido executada e Asia Bibi faria parte da tremenda estatística de martírio que se continua a abater sobre os cristãos nos dias de hoje. E que nos diz essa esta-tística? Que, a cada cinco minutos, algures no mundo, um cristão é morto por causa da intolerância religiosa.

CORRENTE DE ORAÇÃOE que tem isto a ver com Clark Kent? Sim-ples. Todos os dias haverá milhares de pessoas que rezam por Asia Bibi, pela sua família, para que os dias de tormenta pos-sam acabar e que esta história tenebrosa possa ter um final feliz. O ano passado, mais concretamente no dia 20 de Abril, houve algo de extraordinário no mundo.

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Não foi notícia nas televisões, nem nas rá-dios ou nos jornais. No entanto, envolveu milhares de pessoas, cidadãos anónimos e, muito especialmente, comunidades de vida consagrada. Foi uma corrente de oração em favor de Asia Bibi. No mesmo dia, o nome desta paquistanesa foi repe-tido pelas Clarissas de Lovere (Itália), as Pobres Damas de clausura de Nova York (EUA); a comunidade dos franciscanos de Thu Duc, em Hochiminh City (Vietname), a Diocese de Batouri (Camarões); as Ir-mãs de São José de Tarbes, no Brasil, as comunidades cristãs da Nova Zelândia; os maronitas do Líbano e os ortodoxos na Indonésia… e pelos cristãos em Portu-gal, através da Fundação AIS que lançou a campanha “you are not alone”. Foi um número incontável de cristãos unidos na mesma prece, imbuídos da mesma fé, juntos pela mesma mulher.

UM DESAFIORezar todos os dias por Asia Bibi e todos os que estão detidos por causa da into-lerância religiosa é um dever de todos nós. As prisões, como a de Sheikupura, no Paquistão, são lugares perigosos onde tudo pode acontecer e onde ninguém está a salvo. O que uniu o mundo cristão no ano passado foi a certeza de que as palavras escritas por São Mateus, citando

Jesus, não são apenas palavras. São uma certeza: “Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: ‘Muda-te daqui para acolá’, e ele há-de mudar-se;

e nada vos será impossível.” Aquilo que é necessário é “ter fé”. Nem mais, nem menos. A partir daí tudo está ao nosso alcance, até fazer mexer uma montanha. Aquilo que se pede aos jovens de hoje é que não tenham medo de usar esse po-der extraordinário para fazer acontecer todos os dias algum milagre. Aquilo que se pede é que este ano todos nós usemos um pouco desse poder extraordinário da oração em favor dos cristãos persegui-dos. Nem que sejam apenas 5 minutos por dia. Esse é o poder dos superjovens. O teu poder.

Departamento de Informação da Fundação AIS - [email protected]

Rezar todos os dias por Asia Bibi e todos os que estão detidos por causa

da intolerância religiosa é um dever de todos nós.

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Oração pelos Cristãos perseguidos

Em cada cinco minutos, um Cristão é assassinado no mundo por causa da sua fé. Não posso nem quero ignorar este facto.

Ofereço o meu pensamento, as minhas orações, toda a minha fé em Deus pelos Cristãos perseguidos.

Preocupo-me por eles, quero rezar por eles. Enquanto vivo livremente, aqui, neste momento, estes Cristãos, meus irmãos, são perseguidos, presos, torturados e mortos.

Como posso ignorar isto, todo este sofrimento?

A partir de agora, durante a peregrinação da minha vida, comprometo-me que não esquecerei estes irmãos perseguidos na fé e que vou rezar por eles e pela Igreja que Sofre.

Saiba mais em:www.fundacao-ais.pt

AJUDA À IGREJA QUE SOFRE 14 / 15

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Olá juventude que acredita, tudo em paz com vocês?Comecei 2013 com a feliz missão de par-tilhar com vocês sobre um assunto que muito me anima o coração. Falar sobre isso é fazer memória de todos os meus dias, de todos os momentos vividos ao lado de quem nunca me abandona, de quem nunca desiste de me formar e me amar, de quem está ali presente em minha vida da forma mais intensa e precisa... já sabem de quem ou do que estou a falar? Pois bem, falo sobre família. A família é o primeiro lugar onde fazemos a experiên-cia de vida em comunidade, é nela onde aprendemos a dividir o pão que nos é ser-vido à mesa e o pão que é preparado em nosso coração: bondade, alegria, amor etc.A Igreja católica reconhece o lar como “’igreja doméstica’. É uma comunidade de fé, de esperança e de caridade; na Igreja ela tem uma importância singular, como se vê no Novo Testamento. (...) é onde os filhos de Deus aprendem a orar “como Igreja” e a perseverar na oração. Para as

crianças, particularmente, a oração fami-liar cotidiana é o primeiro testemunho da memória viva da Igreja reavivada pacien-temente pelo Espírito Santo.” (CIC 2204, 2685b). Vocês entendem o valor de se vi-ver bem em família? É no lar onde a crian-ça e o jovem tem o seu caráter formado durante os primeiros anos de sua vida, é ali onde aprendemos a ser quem somos hoje.

Saber que mesmo em uma sociedade onde é possível encontrarmos valores de-turpados, mentiras, medos e ódios sendo oferecidos gratuitamente em cada esqui-na de nossa cidade, ter a graça de encon-

O meu ponto de partidaRoberto Alves

Eu costumo dizer que minha família é o alicerce

que me permite alçar livre voo em busca de ser

um jovem realizado em todas áreas de minha

vida

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CRISTO JOVEM BRASIL 16 / 17

trar-se no aconchego e amor familiar que tudo cura e tudo ensina e tudo modela em nós é como provar do céu sem mesmo precisar ter partido. Ser família e abrir-se a experiência de viver cada detalhe cotidia-no em seu mais simples e autêntico senti-do é desde já sentir-se abraçado por Deus, é ser reflexo daquela família que viveu em Nazaré há exatos 2013 anos.Eu costumo dizer que minha família é o alicerce que me permite alçar livre voo em busca de ser um jovem realizado em todas

áreas de minha vida, que sem eles eu não iria longe. Não há nada mais precioso na terra que meus pais e minhas duas irmãs. É aqui onde eu aprendo com meus erros e acertos a continuar e nunca parar de buscar maturidade humana e espiritual... se você ainda não conseguiu ter uma ex-periência intimista com eles, permita-se também, abra o seu coração e alma pois é no lar onde “crescemos em sabedoria, graça e estatura aos olhos de Deus e dos homens” (Lc 2, 52)..

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As famílias de acolhimento dos peregrinos e como essa campanha de angariação está a decorrerBruno Victor

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Todos nós, que somos Batizados, traze-mos conosco a missão de fazer aconte-cer a vontade do Pai aqui na Terra, com os ensinamentos de seu Filho, Jesus Cristo, e guiados pelo Espírito Santo. “Assim, por existir uma missão é que te-mos a Igreja, e não ao contrário” (pala-vras do Pe Marcelo Gualberto). E nessa Jornada Mundial da Juventude trazemos como principal objetivo a Missão, para diversas pessoas, com suas diferentes vidas, localidades, empregos, estudos, cada um com sua vocação, dentro e pro-fessando uma mesma Fé.O brasileiro vai viver a mesma Jornada que peregrinos de diversos países do

mundo, porém, cada coração será trans-formado, fortalecido e tocado de forma única. O jovem brasileiro, em sua vez, acolhe o peregrino, de braços abertos e com muito afeto, assim como o mo-numento do Cristo Redentor no Rio de Janeiro. Já o jovem peregrino vem co-nhecer o Brasil, a realidade da Igreja no país, a espiritualidade, cultura e missão

do jovem nacional, vivenciando a cari-dade, uma virtude cristã que ultrapassa qualquer diferença física, cultural ou econômica.Entre suas missões, o Brasil tem como prioridade “arrumar a casa” para os vi-sitantes, tendo em vista que iremos ser sede desde tão magnífico evento.Para melhor planejamento e execução

JMJ RIO2013 18 / 19

Toda conscientização e preparo possível está sendo feito juntamente

com as famílias e demais locais que possam servir como moradia, para que os peregrinos recebam o melhor acolhimento

possível e vivam ótimos momentos nessa

Jornada.

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das ações da JMJ Rio 2013, foi criado o COL (Comitê Organizacional Local), no Rio de Janeiro, onde se concentra toda movimentação do evento. A partir do site Oficial da JMJ www.rio2013.com, que se encontra em sete idiomas dife-rentes, os jovens podem realizar suas inscrições, tirar dúvidas, conhecer os projetos, hino, orações, patronos e in-tercessores e outras diversas novidades do acontecimento.No ato da inscrição, além de participar do evento que acontece de 23 a 28 de Julho no Rio de Janeiro, o peregri-no pode optar por vivenciar a Semana Missionária, que acontece de 17 a 20 de Julho, em alguma Diocese do Brasil.

O mesmo tem a oportunidade de viver uma experiência maior com a Igreja no País, conhecendo não somente o Rio,

mas também outros locais típicos brasi-leiros, dentre suas tantas diversidades, com momentos de espiritualidade, cul-tura e ação social. Juntamente com o COL, todas as Dioceses do País também montaram seus grupos e comissões para melhor prepararem todos os momentos necessários para a Semana Missionária e para a própria JMJ.Toda conscientização e preparo possível está sendo feito juntamente com as fa-mílias e demais locais que possam servir como moradia, para que os peregrinos recebam o melhor acolhimento possível e vivam ótimos momentos nessa Jorna-da. Tanto o COL Rio, no site oficial, na sua fan page no Facebook e com publi-cações em veículos externos, quanto di-versas Dioceses do País, estão fazendo esse belo trabalho.“Ainda que eu falasse a língua dos ho-mens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine” (1 Cor, 13). Com essa mensagem de Amor é que o bra-sileiro se prepara para receber os pere-grinos, tanto em estrutura, quanto de coração aberto.

As hospedagens serão em casas de fa-mília, paróquias, escolas públicas e par-ticulares, ginásios poliesportivos, casas de festas, centros comunitários e outros

Juntamente com o COL, todas as Dioceses do

País também montaram seus grupos e comissões

para melhor prepararem todos os momentos necessários para a

Semana Missionária e para a própria JMJ.

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JMJ RIO2013 20 / 21

locais que sejam seguros e cobertos para que o peregrino possa ser alojado para pernoite, tanto na Semana Missio-nária, quanto na própria JMJ.“ALEGRIA! Este é o sentimento ao espe-rar a chegada dos jovens peregrinos es-trangeiros. Conhecer e partilhar culturas com certeza é o ápice de toda a JMJ! Se-jam todos bem vindos aos nossos lares!”, essas são as palavras do jovem brasileiro Wellington Castellari, que mora em Jaca-reí/SP e irá receber dois jovens franceses em sua casa na Semana Missionária.

Pois como diz nosso Amado e Santo Pa-dre, Papa Bento XVI, um dos presiden-tes do evento, “As alegrias autênticas, as pequenas do dia a dia ou as grandes da vida, todas têm origem em Deus”. Cheios do Espírito Santo, de Alegria, Amor e Fé, estamos aqui, no Brasil, esperando to-dos os peregrinos, cada um de forma especial e única, para vivermos nossa Missão juntos! Venham todos para essa grande festa da juventude, venham para a JMJ Rio 2013!

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Crescer em famíliaMiguel Mendes

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JUVENTUDE QUE ACREDITA 22 / 23

Ser jovem ou adolescente nem sempre é fácil. Aliás, diria antes... Nem sempre é difícil. Isto porque cada dia é um drama, uma aventura ou um dilema. Para os jo-vens cada dia representa uma aprendiza-gem e o primeiro impacto que temos com cada aspeto da vida pode ser bastante complicado. A juntar a isso, temos a ha-bitual intensidade que os jovens colocam em tudo o que fazem e dizem. Às vezes dou por mim a pensar que quem supera a adolescência, conseguirá superar tudo na vida.

A adolescência, é de facto uma fase “com-plicada” na vida de um jovem que, se não tiver algum tipo de apoio, pode ter mais dificuldades em passar por este proces-so que a maioria dos jovens. É certo que nessa altura procuramos mais o apoio dos amigos, mas a verdade é que um núcleo familiar estável e seguro é o melhor supor-

te para o crescimento de um adolescente. Ainda que muitos não o desejem, são eles que nos ensinam a voar para fora do ninho, conscientes que vamos ter muitas quedas e muitos desafios.Se olharmos para o exemplo da Sagrada Família percebemos como a família pode ser importante na construção e suporte da nossa missão. Jesus contou com o apoio total dos pais que o amaram, respeitaram e ajudaram durante 30 anos.Ainda que nesta fase da nossa vida, não percebamos a importância desse suporte familiar, vai chegar uma altura em que seremos capazes de discernir e perceber todo o apoio que tivemos da parte deles.E tu? Consegues refletir na importância da tua família na construção da tua per-sonalidade? Consegues perceber os seus atos? Mesmo aqueles que te custam ou magoam?Deus também é nosso Pai, e tal como os pais da terra, também nem sempre conse-guimos perceber os Seus desígnios. Talvez seja algo próprio de quem é pai... Uma mania “irritante” de saber sempre o que é melhor para nós mesmo que nós não tenhamos consciência disso.

E tu? Consegues refletir na importância da tua

família na construção da tua personalidade?

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