godzine 09 (julho / agosto 2012)

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Jul/Ago’12 Férias de Deus pág. 6

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A Revista da juventude que acredita - www.cristojovem.com

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Page 1: Godzine 09 (Julho / Agosto 2012)

Jul/Ago’12Férias

de Deuspág. 6

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Indíce

1Notade abertura

2Youcat

4Parábolas

6Dialetosda Palavra

85 minutoscom o Mestre

10Folhados santos

14Cristo JovemBrasil

16Juventudeque acredita

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NOTA DE ABERTURA 1

Olá juventude que acredita!

Em tempo de início de férias surge a velha questão: Também vais tirar férias de Deus?Sim, com o cansaço acumulado de um ano de trabalho e o Verão a chamar, porque não deixar um pouco Deus de lado? Provavelmente também fazemos isso durante o ano inteiro, por isso ninguém vai reparar se o fizermos no Verão, excepto Ele…No tempo de férias retemperamos energias e para nós não há melhor energia que Cristo. Porque não aproveitarmos para levar Cristo connosco para que Ele nos preencha?Para quem gosta de ler na praia, para alem do seu livro favorito, porque não uma Bíblia para acompanhar, ou um Novo Testamento? Já os fazem tão pequenos que cabem no bolso ao pé do telemóvel.E porque não aproveitar as propostas de acampamentos ou actividades de férias que vão sendo divulgadas no Cristo Jovem? Claro que não podemos esquecer o Festival Jota, que este ano vai decorrer em Braga, nos dias 20 a 22 de Julho! Concertos, workshops e muita animação não vão faltar. Por isso, todos a visitar www.festivaljota.com e a inscreverem-se no melhor acontecimento jovem cristão em Portugal!Depois do sermão desfrutem desta edição da Godzine. Fiquem bem, fiquem com Cristo Jovem!

Nuno SousaSara Amaral

4Parábolas

10Folhados santos

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YoucatTHINC

Na Nova Evangelização estão depositadas muitas esperanças da Igreja, e a juventude tem um papel fundamental neste projeto, uma vez que representa o futuro (e o pre-sente) da Igreja. Por isso vou deter-me um pouco mais a falar sobre o YOUCAT como um instrumento privilegiado para a Nova Evangelização. Hoje gostaria de apresentar o projeto YOU-CAT THINC. Ok, eu sei que é mais um nome estranho, mas os amantes do YOUCAT já se habituaram a estas inovações, não é? THINC é ao mesmo tempo um projeto para a juventude, um método para a Nova Evan-gelização e uma forma dinâmica de usar o YOUCAT. As ideias por detrás deste projeto são fazer da Nova Evangelização da juven-tude a prioridade número 1; ver a juventu-de não como objeto da missionação, mas como sujeito e portador da evangelização; e compreender o Catecismo como elemen-to central e motor da evangelização. Quer--se entusiasmar de tal modo os jovens que eles se decidam duradoiramente por Cristo e de tal modo qualificá-los para que eles mesmos se tornem portadores da Evange-lização.

Como? Através do precioso conteúdo do YOUCAT e da interação entre diversas pes-soas e meios. Precisa-se de uma pessoa da Igreja, que abre o Catecismo com coração e inteligência (sacerdote, freira, catequista,

professor de religião…); um virtuoso da In-ternet, que tecnicamente se move bem na rede; um líder ou comunicador que reúne pessoas; um criativo, que dá nova expres-são à fé no texto, imagem e som. Assim teremos o TH-I-N-C! Theology (= através do catecismo descobrir a riqueza da fé), Internet (= no mundo virtual mostrar cor, confessar a sua fé e encontrar adeptos, que trabalham na fé e em comum a querem

Ir. Darlei Zanon | Religioso paulista, editor do YOUCAT para a língua portuguesa

THINC é ao mesmo tempo um projeto

para a juventude, um método para a Nova Evangelização e uma

forma dinâmica de usar o YOUCAT.

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YOUCAT 2 / 3

desenvolver), Networking (= encontrar-se no mundo real) e Creativity (= celebrar a fé, apresentá-la nos media, na vida, em ações sociais, em formas em formas artísticas).Vamos lá ver como o THINC funciona. Qua-tro pessoas juntam-se (um TH + um I + um N + um C) e formam um THINC Team. Há, portanto, sempre um teólogo (= homem ou mulher da Igreja, de Deus), um especialista em Internet, um comunicador e um criati-vo. Um THINC Team pode ser constituído por mulheres e homens, pessoas jovens ou adultas, graduados ou estudantes. Pode--se trabalhar por projetos ou por tempo mais longo. O THINC Team trabalha com o meio YOUCAT na finalidade da Nova Evan-gelização e trabalha «catolicamente», isto é, universalmente e para além dos limites da língua. Ele mostra que a fé é o fermento decisivo da unidade de um mundo global, mas profundamente dividido por conflitos.Estas pessoas formam um THINC-Escola, que aperfeiçoa o YOUCAT e com ele traba-

lha criativamente. Elas aproveitam o YOU-CAT como motor da evangelização entre os jovens e incluem os jovens ativamente neste trabalho, para que eles mesmos se tornem cristãos decididos e portadores da Evangelização. Deste modo os jovens podem responder ao desejo de Bento XVI expresso no prefácio do YOUCAT: «Estudai o catecismo!», «tendes de saber em que credes». O primeiro THINC Team já está em funcio-namento na Alemanha e o objetivo é que em breve se estenda aos demais países onde o YOUCAT está presente, formando uma verdadeira Escola de Fé, na qual to-dos são alunos e professores e assim cada um aprende do outro. Que tal pensares na ideia de formares um THINC Team? No site www.youcat.org ou em contacto com a Paulus Editora podes descobrir muito mais sobre como este projeto funciona.

Sugestões de navegação:www.youcat.org | www.paulus.pt | www.cristojovem.com/youcat

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Jesus apresentou-lhes outra parábola: «O reino dos céus é semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo. Mas enquanto toda a gente dormia, veio o inimigo, semeou joio no meio do trigo e foi-se embora.

Quando as plantas cresceram e se começaram a formar as espigas, apareceu também o joio.

Então os trabalhadores do dono da casa foram ter com ele e perguntaram-lhe:

- “Senhor, não foi boa semente que semeaste no teu campo? Como é que apareceu este joio?”

- “Foi um inimigo que fez isso”, respondeu ele.Os trabalhadores tornaram a perguntar-lhe:

- “Queres que vamos arrancar o joio?”Mas ele replicou:

- “Não, para que não suceda que, ao arrancardes o joio, arranqueis também o trigo. Deixai um e outro crescer juntos, até à ceifa; e, nessa altura, direi aos ceifeiros:

Apanhai primeiro o joio e atai-o em feixes para ser queimado; e recolhei o trigo no meu celeiro.”

“O trigo e o joio”Texto: Pe. Ricardo José, scjIlustração: Solange Costa

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PARÁBOLAS 4 / 5

A parábola que Jesus apresenta é extraor-dinariamente simples. Temos o Senhor que semeia o trigo, um inimigo que se-meia a erva daninha e temos os servos preocupados com o futuro da colheita. Nada disto nos parece estranho. O que parece anormal é a reacção do “senhor” à “crise”: dá ordens para que deixem cres-cer trigo e joio até à ceifa e só aí será feita a separação.Sem sombra de dúvidas que esta parábola deve ser vista à luz da vida de Jesus. Ele sentou-se à mesa com os pecadores, com os que levavam vidas duvidosas… Com este comportamento, pretende dizer que Deus os amava e que os convida a serem membros do Seu Reino.O “campo” é o nosso mundo, onde coe-xistem o trigo (os sinais de vida, de espe-rança) e o joio (os caminhos de morte, de sofrimento). É também o coração de cada homem e de cada mulher, capaz de op-ções de vida e de morte.Convém ter presente que não há o mal de um lado e o bem do outro… Mal e bem misturam-se no mundo, na vida e no co-ração de cada um de nós. Dividir em os bons e os maus é uma atitude simplista, que nos leva frequentemente a assumir atitudes injustas, que geram exclusão, marginalização, sofrimento e morte.

Nesta parábola, Jesus pretende dar-nos uma lição sobre a “lógica” de Deus. O nos-so Deus é um Deus paciente e misericor-dioso, lento para a ira e rico de misericór-dia, que dá sempre aos Homens todas as oportunidades para integrar plenamente a comunidade do “Reino”. Ele tem um pla-no de salvação a oferecer gratuitamente a todos, bons e maus.O “senhor” da parábola não aceita a in-transigência, a agitação, a intolerância dos “servos” que pretendem “cortar o mal pela raiz”. Quantas vezes, somos demasia-dos ligeiros em julgar e condenar, como se a vida fosse tão simples!E só mesmo para vos dar um exemplo que ireis entender com bastante facilidade (e também porque escrevo no dia em que Portugal passou para os quartos de final do europeu) basta ver o exemplo do jo-gador Cristiano Ronaldo... em 90 minutos passou de besta a bestial... E se voltar a fa-lhar? – infelizmente o que fazemos neste caso, fazemos em relação a demasiados aspectos da nossa vida...Ai, como somos tão rápidos a julgar, cri-ticar, condenar, arrancar... A Palavra de Deus neste texto convida-nos a moderar a nossa dureza, a nossa intransigência e a contemplar os irmãos com os olhos de Deus.

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“Vinde…e descansai um pouco”

Chegou a época das férias e nesta altura é impossível não falar da importância do descanso. E quando toco neste assunto lembro-me sempre do encerramento do Ano Sacerdotal que ocorreu em Roma, a 10 de Junho de 2010. Tive a sorte de estar lá juntamente com cerca de 17.000 padres. A certa altura o Papa Bento XVI disse aos sacerdotes que é preciso saber descansar: “Descansem um pouco! Este é também um trabalho pastoral: encon-trem tempo e tenham a humildade e co-

ragem de descansar!”. E isto reporta-me automaticamente para uma frase de um sacerdote com quem tive o privilégio de trabalhar na paróquia do Estoril que di-zia muitas vezes: “um homem cansado, é um homem perigoso!”É importante então aproveitar as férias para um descanso que reabilite as nos-sas forças, reanime o nosso entusiasmo e nos revigore interiormente. Que sejam um tempo de verdadeiro descanso.Contudo, a imagem de férias idílicas ven-

Pe. Nuno Westwood

“Os Apóstolos reuniram-se a Jesus e contaram-lhe tudo o que tinham feito e ensinado. Disse-lhes, então: «Vinde,

retiremo-nos para um lugar deserto e descansai um pouco.» Porque eram tantos os que iam e vinham, que

nem tinham tempo para comer.” (Mc 6, 30-31)

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DIALETOS DA PALAVRA

didas pelas agências de viagens ou pela publicidade, passam a ser a ambição e obrigação de cada um. Tudo o que ficar aquém dessas imagens pré concebidas passa a ser uma grande frustração. Além do fato do fazer férias se tornar uma obri-gação, tudo tem que ser planeado com muita antecedência, o que não deixa es-paço para nenhuma espontaneidade.As férias deveriam ser antes de tudo um estado de espírito, uma saída da rotina, um descanso para recuperar forças, uma pausa, o estar mais atento as pessoas que contam para nós, e que durante o ano são afastadas pelas obrigações diá-rias.Certamente que todos já reparamos como muitos voltam das férias exaustos, frustrados, com a sensação de que o rit-mo continuou acelerado.Urge viver as férias que possam renovar o espírito e nos façam estar disponíveis para saborear os bons momentos, estan-

do abertos aos imprevistos, disponíveis para conhecer melhor os amigos ou um membro da família que passa o ano fora, atentos para ouvir as memórias daqueles que, porventura, podemos não voltar a ver.

Quando fores fazer as malas para as fé-rias, no meio das roupas leves de verão, põe também na bagagem uma dose de paciência, de amor, de atenção, de aber-tura à novidade e também determinação para um bom descanso… e certamente sentirás Deus como nunca! E, provavel-mente, nessa altura, também Ele te dirá: “Anda… vem descansar um pouco tu também!” (cf. Mc 6, 31).

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“um homemcansado, é um homem

perigoso!”

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O essencialem férias

Todos aqueles que estudam estão pra-ticamente de férias, bem como alguns daqueles que já trabalham e estão ago-ra a gozar do tão merecido e aguardado descanso.Em tempo de férias, muitas são as op-ções de escolha nos mais variados cam-pos. Em férias, as oportunidades para estarmos em festas quadruplicam, a oportunidade de estarmos com aque-les de quem gostamos, aumentam sig-nificativamente, e a oportunidade de

escolhermos inúmeras actividades para realizarmos aumentam imenso. Muitas são as nossas diversões, as nossas ídas à “nigth”, as nossas estravagâncias. Aten-ção! Isto não é mau. É saudável! Desde que saibamos fazê-lo com “peso e me-dida”, de forma a não faltarmos ao res-peito aos outros nem a nós mesmos. Em férias, tendemos a dar valor só aos ami-gos e às festas, e o essencial fica esque-cido e ignorado. O essencial passa para último plano quando deveria ocupar o

Adriano Batista

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5 MINUTOS COM O MESTRE 8 / 9

primeiro lugar. O essencial é como de-vem saber, o Mestre, Jesus Cristo. É Ele o essencial, pois é Ele que nos dá sen-tido à vida, mais do que qualquer festa

que possamos participar. Note-se que as festas nada têm de mal, antes pelo con-trário, são óptimas, mas temos de saber aproveitá-las, e saber fazer festa com Je-sus é ainda melhor.Saibamos fazer festa com Ele nestas fé-rias. Façamo-lo participando em cada Eucaristia em que Ele se entrega por

nós; Façamo-lo quando estamos com aqueles que amamos, não tendo medo nem vergonha de O apontarmos como modelo de perene felicidade; Façamo-lo em qualquer parte do mundo, imitando os Seus gestos e as Suas atitudes.Que nestas férias aproveitemos todos mui-to bem as festas em que possamos porven-tura participar, aproveitemos ao máximo o convívio com os outros, mas não nos es-queçamos que o essencial é Cristo. Saibamos retirarmo-nos para o “monte” para estarmos mais juntos a Ele, e de-pois, cheios de força, tenhamos a cora-gem de regressar à planície inundados do Seu amor, para sermos testemunhas fiéis da Sua Palavra, imitando-O em tudo aquilo que realizarmos.Não nos envergonhemos do que somos nem do que acreditamos.Boas férias cheias de sol, de alegria e com as bênçãos do Senhor Jesus!

“...aproveitemos ao máximo o convívio

com os outros, mas não nos esqueçamos que o

essencial é Cristo.”

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São Domingos

“Diogo e Domingos conseguem convence-

los a viver de forma simples ao estilo apostólico e

mendicante.”

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FOLHA DOS SANTOS

Domingos nasceu na zona fronteiriça do Reino de Castela, em Caleruega, a 24 de Junho de 1170. Era filho de Joana de Aza e Félix de Gusmão. Os seus pais pertenciam à nobreza guerreira, que era encarregue de assegurar as tropas da fronteira com o sul, que era dominado pelos muçulmanos.Domingos, teve desde cedo inclinação para a vida religiosa. Vai estudar em 1189 para Palência. Após a conclusão dos estudos em 1196, torna-se cónego na sua Diocese natal, Osma.Em 1203, o rei de Castela solicitou ao bispo de Osma que fosse negociar e trazer uma princesa dinamarquesa para que ela se casasse com o seu filho. Do-mingos foi companheiro de viagem do seu bispo, Diogo. Durante a viagem, Domingos ficou impressionado com o desconhecimento da doutrina cristã dos povos da Europa do norte. Verificou que necessário ir evangelizar aqueles povos, em especial os cumanos, guerreiros nó-madas. Esta tornou-se a paixão da sua vida.

Em 1205, Domingos e Diogo, partiram para uma nova missão ao norte da Eu-ropa. Ao passarem pelo sul de França, junto a Montpellier, encontraram en-viados do Papa que pregavam contra os Albigenses e os Cátaros. Dois grupos que defendiam uma vida apostólica, ba-seada na vida de Cristo e dos primeiros apóstolos. No entanto, foram conside-rados heréticos, ao defenderem ideias contrárias aos fundamentos da Igreja. Por essa razão o Papa decidiu interfe-rir. Enviou delegados para que catequi-zassem, pregassem, convertessem e denunciassem os erros destes grupos, considerados heréticos.Mas estes enviados viajavam rodeados de criados e riquezas, logo não estavam a ser bem sucedidos. Diogo e Domingos conseguem convence-los a viver de for-ma simples ao estilo apostólico e men-dicante. Com a condição de que Diogo e Domingos os acompanhassem e os dirigissem. E assim fizeram.O Papa Inocêncio III, aprovou esta nova forma de pregação. Mas Diogo, por ser

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bispo, teve de regressar à sua diocese, falecendo pouco tempo depois. Domin-gos continuou na região, muitas vezes sozinho.Em 1206, um grupo de mulheres por si convertidas pedem-lhe apoio e ele ins-tala-as numa casa em Prouille. Dá-lhes instruções para uma vida simples, de oração e reclusão. Esta veio a ser a pri-meira comunidade religiosa dominicana de monjas de clausura. Andou vários anos sozinho a pregar pelas localidades do sul de França. Assiste a vio-lentos combates e em 1214, estando em Carcassonne, começa a juntar um peque-no grupo de companheiros que adoptam a vida de pregadores itinerantes. Em 1215 funda a Ordem dos Pregado-res. Domingos acreditava que apenas o estudo profundo das sagradas escrituras poderia dar os meios necessários para uma pregação eficaz. Envia os seus pri-meiros discípulos, dois a dois, a fundar novas comunidades em Paris, Bolonha, Roma e Espanha. Para as principais cida-des universitárias do seu tempo.Em 1217 chega a Portugal o primeiro do-minicano português, Frei Soeiro Gomes, companheiro de S. Domingos.

Foi prodigiosa a sua actividade nos últi-mos cinco anos de vida. Morreu ao re-gressar da pregação na Missão do Norte de Itália, a 6 de Agosto de 1221. Doze anos depois, em 1234, foi canonizado e seu culto espalhou-se largamente.O exemplo de S. Domingos está bem vivo e marcado em muita gente que trabalha na Evangelização e não é difícil encontrar membros da Família Domini-cana pelas paróquias de Portugal.

RESUMO DA FAMÍLIA DOMINICANA:

Irmãos pregadores: Mais conhecidos por irmãos dominicanos, estão hoje dispersos por mais de cem países e são cerca de 6.000 em todo o mundo. Dedi-cam-se essencialmente à pregação, sob variadas formas, orais e escritas e vivem em comunidades.

Monjas: Dedicadas totalmente á oração e ao louvor, alimentadas pela Palavra de Deus. Em Portugal há três Mosteiros au-tónomos de Monjas Dominicanas Con-templativas: Lisboa, Fátima e Lamego.Laicado Dominicano: Os leigos, são cha-mados a tornarem viva a presença de

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Cristo no meio dos povos. Reúnem-se em comunidades laicais (fraternidades, equipas, etc.) constituindo, com os ou-tros grupos dos vários ramos uma só Fa-mília Dominicana. Em Portugal existem as Fraternidades Leigas de S. Domingos e a Equipa de Santa Maria, no Lumiar, cada qual com a sua autonomia e esta-tutos próprios.

Irmãs Dominicanas de Vida Activa: De proveniência e fundação diferentes, existem em Portugal quatro Congrega-ções Dominicanas de vida apostólica: lrmãs Dominicanas Irlandesas; Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena; Irmãs Missionárias Dominicanas do Ro-sário; Irmãs Missionárias Dominicanas de S. Domingos.

A todos os seguidores de S. Domingos, Bem-Hajam. Saibamos também nós, vi-ver apoiados na Palavra de Deus.

Fontes:http://dominicanos.pmeevolution.comhttp://www.paroquiacristorei.pt/dominicanoshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Domingos_de_Gusm%C3%A3o

FOLHA DOS SANTOS 12 / 13

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Olá juventude que acredita, tudo em paz com vocês?Hoje venho partilhar de um modo muito pessoal sobre minhas reflexões sobre o Amor e o amor.Nos últimos dias me vi na feliz obri-gação de entender e rever melhor os conceitos que possuo acerca do “amar a Deus sobre todas as coisas”, e acabei por descobrir em mim, alguns aspectos interessantes... Creio que exercitarei a reflexão interior muitas outras vezes, o resultado até que foi surpreendente.Compreendi melhor que amar a Deus com todas as forças de minha vida signi-fica muito mais que eu e você possamos compreender. Amar a Deus é uma ale-gria que não passará!

Como é valoroso ao coração do homem descobrir que seu chamado de amor é a eternidade numa proporção inimaginá-vel que esse mesmo amor deve impul-sioná-lo a amar a Deus sem receios, sem nada possuir, sem nada querer e sem nada receber...Como é fatal que nosso coração dobre--se ao ponto de não mais resistir aos encantos do Infinito. Ele que deseja agarrar-se a nossa finitude espera em nosso “sim” cotidiano que sejamos ver-dadeiros instrumentos de louvor aqui na Terra. E não, o amor não é algo que beira o impossível. O amor é amor até mesmo em um simples olhar.

Em Cristo que é jovem,Roberto Alves.

“...sobre todasas coisas.”Roberto Alves

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CRISTO JOVEM BRASIL 14 / 15

Outro dia, ouvi algo muito interessante: nosso coração é uma planta e precisa estar no lugar certo para crescer e dar frutos.Talvez esteja aí todo o segredo da parábola da semente (Mt 13,1-9), quando Jesus fala que vamos dar frutos de cem por um, ses-senta por um e trinta por um, se ouvirmos e colocarmos em prática a sua palavra.Colocar em prática a palavra de Deus sig-nifica fazer a vontade Dele e para isso nós precisamos que a planta do nosso coração esteja no terreno certo.Cada um de nós tem uma essência. Se soubermos olhar para dentro e perceber o motivo pelo qual existimos, vamos ver que quando nosso ato não corresponde àquilo que nós somos temos aquela desconfiança que estamos fazendo algo de errado. Pois bem, nestes casos é nossa consciência nos dizendo que não deveríamos agir. É o Espí-rito Santo de Deus nos indicando que esta-mos saindo de nossa essência.Isso acontece principalmente quando pe-camos, e damos o passo errado, conse-quentemente, nos arrependemos.Quando iniciamos nosso trabalho com

Deus, principalmente quando somos jovens, aceitamos tudo que vem pela frente. Claro que nossas responsabilidades e nosso tem-po são diferentes de um adulto. Realizamos diversas atividades e quando percebemos passamos todos os finais de semana da nos-sa juventude trabalhando para a evangeliza-ção acontecer, e isso é lindo!Com o tempo, vamos crescendo e Deus vai nos dando um foco. O segredo é não se per-der em tantos serviços, mas perceber em cada serviço que você está crescendo na fé para descobrir o que Deus quer de você.Tudo é valido como experiência, mas hoje te convido a prestar um pouco de atenção em você e perceber onde está a planta do seu coração em tantas tarefas. Se você per-ceber que está no lugar errado, volte. Se perceber que está no lugar certo, continue e nunca saia deste terreno, pois é nele que sua árvore vai crescer e dar frutos de cem por um, sessenta por um e trinta por um.

Se cuide em Deus,Fer Mininelli

A Plantado Nosso Coração

Fernando Mininelli

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JUVENTUDE QUE ACREDITA 16 / 17

Amor silencioso

No último artigo desta rubrica, escrevi em jeito de comparação sobre Maria, minha mãe, e Maria, mãe de Jesus. Mas Jesus não teve só uma mãe, teve tam-bém um pai… Na verdade, Jesus teve dois pais! Ao enviar Jesus ao Mundo, Deus não escolheu apenas Maria para ser pro-genitora do seu filho. Escolheu também José como membro dessa Sagrada Fa-mília que iria servir de suporte ao cres-cimento e missão do Seu filho. E José, tal como Maria, disse SIM. Desenganem-se por isso os que pensam que José teve um papel secundário na educação de Je-sus. Se compararmos com a maioria das nossas famílias também o papel do pai é muitas vezes negligenciado pelos filhos, muitas vezes porque não sentem nos pais a mesma preocupação que as mães demonstram, pois por norma o homem tem uma maior dificuldade em expressar o que sente e as crianças precisam de si-nais claros e visíveis desse amor. Lá em casa não temos um José, temos um Francisco. E o Francisco, meu pai, tem sido ao longo das minhas 27 primaveras,

esse suporte que muitas vezes não per-cebemos quando somos mais pequenos. Trabalhador, criativo e dedicado, não é homem de muitas palavras e muito me-nos de expressar sentimentos de forma

clara e direta. O filho saiu ao pai nesse aspeto... Percebe-se que ama os filhos quando involuntariamente as lágrimas se misturam com os sorrisos a cada conquis-ta destes. É um amor silencioso, que nem sempre se mostra, mas que se sente. Que não procura mais… que apenas aceita... Faça eu o que fizer, esteja eu onde esti-ver, sei que o meu pai me ama, mesmo que não mo diga.Deus, o pai do céu, é também assim… Não diz “estou aqui”, mas todos os dias mostra que está e faz-se presente em nós.

Miguel Mendes

Faça eu o que fizer, esteja eu onde estiver, sei que o meu pai me ama, mesmo

que não mo diga.

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