godzine 10 (setembro / outubro 2012)

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Set/Out’12 YouCat no Ano da Fé pág. 6

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A Revista da juventude que acredita - www.cristojovem.com

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Page 1: Godzine 10 (Setembro / Outubro 2012)

Set/Out’12YouCat

no Ano da Fépág. 6

Page 2: Godzine 10 (Setembro / Outubro 2012)

Indíce

1Notade abertura

2Youcat

4Parábolas

85 minutoscom o Mestre

10Folhados santos

19JMJ Rio2013

20Juventudeque acredita

13Ajuda à Igreja que Sofre

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NOTA DE ABERTURA 1

Olá juventude que acredita!

Para muitos é o rentrée, até pode ser o último, das lides dos estudos, para outros o começo ou o final de uns merecidos diazinhos de descanso.Sinal disto é que um pouco por todo o país as romarias e festas paroquiais a pouco e pouco vão sessando e vão dando lugar à azáfama de preparação do novo Ano Pastoral que se avizinha.

O desafio é simples. Que nós, como juventude que acredita, possamos nos comprometer com a formação, missionação ou qualquer outra forma de levar este rosto jovem e atual deste Jesus que habita em nós pelas ruas das nossas cidades e aldeias (freguesias, para os ilhéus).

Abraço em Cristo Jovem!

Nuno SousaSara Amaral

4Parábolas

6Dialetosda Palavra

16Cristo JovemBrasil

NovoAno Pastoral

13Ajuda à Igreja que Sofre

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Youcatno Ano da Fé

No próximo dia 11 de outubro iniciamos o Ano da Fé, um momento privilegiado para redescobrirmos a beleza da nossa fé e do ser cristão. Uma ocasião única para reafirmarmos as verdades em que cremos e atualizarmos os preciosos en-sinamentos do Concílio Vaticano II e do Catecismo da Igreja. O YOUCAT, como «verdadeiro catecismo», como afirmou D. Rino Fisichella, é certamente um apoio fundamental neste percurso.O Ano da Fé foi proposto pelo Papa Bento XVI como uma tentativa para tirar os cris-tãos da indiferença na qual se encontram em relação à fé, especialmente na socie-dade europeia. Nós recebemos a fé por “herança” familiar, mas muitas vezes não sabemos o que fazer com ela. Como mui-tas heranças, acaba por ficar abandonada, sem uso, a degradar-se. O Ano da Fé con-vida-nos exatamente a rever a nossa fé; a explorá-la, como um cientista no laborató-rio, um pesquisador na biblioteca, ou um bom escoteiro num novo acampamento. Convida-nos a redescobrir os fundamen-tos da nossa fé, o que realmente importa, o que a torna essencial para a nossa vida.

D. Ilídio Leandro, no último conselho da Pastoral Juvenil, dizia que a Nova Evan-gelização significa dar corpo ao Evange-lho e ao Vaticano II e que o Ano da Fé é momento ideal para a juventude tomar contacto com essa riqueza, receber o en-

sinamento do Concílio que foi realizado há 50 anos. Mas para isso, é preciso or-ganizar as verdades da nossa fé, realizar uma síntese da fé. Se é verdade que na vida se torna necessário fazer a síntese em tantas coisas, o mesmo se deve di-zer para a fé. Ela consiste em deixar-se interpelar por Jesus, agora e sempre, do mesmo modo e com as mesmas palavras: «E vós, quem dizeis que Eu sou?» O pró-prio D. Ilídio afirmou que já temos esta

Ir. Darlei Zanon | Religioso paulista, editor do YOUCAT para a língua portuguesa

Ler, meditar, partilhar, estudar

profundamente o YOUCAT é portanto o primeiro passo para bem viver o Ano da Fé.

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YOUCAT 2 / 3

síntese verdadeira da fé expressa numa linguagem jovem: o YOUCAT.Ler, meditar, partilhar, estudar profun-damente o YOUCAT é portanto o primei-ro passo para bem viver o Ano da Fé. «Tendes de saber em que credes» como afirma o Papa Bento XVI no prefácio do YOUCAT. Praticamente todos os planos pastorais diocesanos sugerem o estudo do Catecismo Jovem como iniciativa para melhor viver o Ano da Fé. O DNPJ junta-mente com a Paulus Editora também vão percorrer todas as dioceses do país, com o projeto YOUthTRAVEL, a fim de ofe-recer apoio aos grupos que desejarem aprofundar o estudo deste catecismo. O incentivo das Igrejas locais associado à criatividade própria dos jovens certa-mente farão nascer ótimas iniciativas. Fica já aqui o primeiro desafio a ti, jo-vem: no teu grupo de amigos, procura realizar uma ação nova, diferente e criativa a partir do YOUCAT. Informa-te

sobre o dia em que vai ocorrer o YOU-thTRAVEL na tua diocese e junta-te a este grupo de jovens que não têm medo de expressar a própria fé. Dá o teu con-tributo, ele é importante e pode fazer surgir ótimas ideias. «A fé tem necessidade de ser repensada e vivida sempre com crescente convic-ção, coragem e entusiasmo para que, a quantos encontremos, seja dada uma palavra de esperança e um olhar de amor», afirma D. Rino Fisichella. Nes-te Ano da Fé temos a oportunidade de mostrar que vale a pena ser cristão, que não é preciso ter medo de manifestar a fé. Que cada um de nós, jovens, sai-ba responder com convicção, empenho e criatividade a esta “provocação” do Papa Bento XVI, e ao longo deste Ano da Fé procuremos, em nossa mente, ações e orações, responder constantemente às questões por ele lançadas: em que creio? como creio? por que creio?

Sugestões de navegação:www.youcat.org | www.paulus.pt | www.cristojovem.com/youcat

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Estas duas parábolas são muito seme-lhantes. Nas duas pretende-se mani-festar a desproporção entre o início e o resultado final. O grão de mostarda é uma semente pequena mas que pode dar origem a um arbusto de razoáveis dimensões; o fermento é algo que apa-rentemente não tem importância mas em si tem a capacidade de transformar uma grande quantidade de massa.Jesus apresenta estas duas parábolas para que os discípulos possam entender

a lógica da sua mensagem: o grão de mostarda e o fermento parecem algo in-significante, que tem inícios muito mo-destos e humildes, mas contém poten-cialidades para encher o mundo, para o transformar e renovar.O cristianismo, nos seus dois mil anos, trata-se de um dinamismo de vida nova que começa como uma pequena se-mente lançada à terra numa província insignificante do império romano, mas que levedando a história dos homens

Jesus propôs-lhes outra parábola: “o Reino do Céu é semelhante a um grão de mostarda que um homem

tomou e semeou no seu campo. É a mais pequena de todas as sementes; mas, depois de crescer,

torna-se a maior planta do horto e transforma-se numa árvore, a ponto de virem as aves do céu

abrigar-se nos seus ramos.”Jesus disse-lhes ainda outra parábola: “o Reino

do Céu é semelhante ao fermento que uma mulher toma e mistura em três medidas de farinha,

até que tudo fique fermentado.”Mateus 13, 31-33

Grão de MostardaTexto: Pe. Ricardo José, scj

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PARÁBOLAS 4 / 5

vai potenciar o aparecimento de um mundo novo.Muitas vezes no nosso próprio desâni-mo ou no nosso cristianismo morno, escutar estas parábolas é receber um novo ânimo e uma nova esperança, para impulsionar a um compromisso mais sé-rio e mais exigente com o Jesus Cristo e a sua mensagem.Muitas vezes eu próprio me pergunto se o que faço, o que prego, o que celebro, ..., se aquela mensagem de um carpin-teiro de Nazaré, pode fazer surgir uma

proposta de vida, capaz de fermentar o mundo e a história.É Jesus quem nos garante que a sua pala-vra é uma realidade imparável, que veio para ficar e para transformar o mundo. Bem sei que muitas vezes duvidamos, que pode ser difícil perceber esta se-mente a crescer ou este fermento a le-vedar a massa, quando vemos multipli-carem-se as violências, as injustiças, as crises, o desemprego... É difícil acreditar que o Reino de Deus está em processo de construção com tanto mal na nossa sociedade. No entanto também temos de nos recordar que eu faço parte des-sa sociedade que tantas vezes acuso de ser má e corrupta e é nessa sociedade que Deus me chama a ser seu fermento e semente.Eu não me preocupo com o mal que há, preocupo-me com o bem que tenho que fazer. É a Palavra de Deus que nos convida a não perder a confiança e a es-perança. Apesar das aparências, o dina-mismo do Reino de Deus está presente, transformando positivamente a história e a vida dos homens.

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“Vinde… e descansai um pouco”

O mês de setembro é sempre um mês para recomeços nos estudos e também na vida da Igreja. E este ano temos, en-tre outros, um motivo forte para come-çar em grande o ano pastoral. Trata-se do “Ano da Fé” proclamado pelo Papa Bento XVI que terá início a 11 de Outu-bro de 2012, pelos 50 anos do Concílio Vaticano II, e terminará na Solenidade de Jesus Cristo Rei do Universo, a 24 de Novembro de 2013. Na referida data de 11 de Outubro de 2012, completar-se--ão também vinte anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica.

Em primeiro lugar, é uma oportunidade excelente para voltar a ler os textos que o Concílio Vaticano II nos deixou como he-rança, uma vez que, como dizia João Pau-lo II, esses textos «não perderam o seu valor nem a sua beleza». «Se o lermos e recebermos guiados por uma justa inter-pretação, o Concílio pode ser e tornar-se cada vez mais uma grande força para a renovação sempre necessária da Igreja», afirma o Papa. Porque não assumirmos a leitura e a reflexão individual e nos nos-sos grupos dos textos conciliares e do Ca-tecismo na sua versão juvenil, o Youcat?

Pe. Nuno Westwood

“Trabalhai, não pelo alimento que desaparece, mas pelo alimento que perdura e dá a vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará; pois a este é que Deus, o Pai, confirma

com o seu selo.» Disseram-lhe, então: «Que havemos nós de fazer para realizar as obras de Deus?» Jesus

respondeu-lhes: «A obra de Deus é esta: crer naquele que Ele enviou».” (Jo 6, 27-29)

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DIALETOS DA PALAVRA

“Vinde… e descansai um pouco” Será com certeza uma ocasião propícia

para introduzir a Igreja e a vida de cada cristão num tempo de reflexão e redes-coberta da fé. Apesar da profunda crise de fé que se vive atualmente, “não po-demos aceitar que o sal se torne insípi-do e a luz fique escondida (cf. Mt 5, 13-16). Também o homem contemporâneo pode sentir de novo a necessidade de ir como a samaritana ao poço, para ouvir Jesus que convida a crer n’Ele e a beber na sua fonte, donde jorra água viva (cf. Jo 4, 14). Devemos readquirir o gosto de nos alimentarmos da Palavra de Deus, transmitida fielmente pela Igreja, e do Pão da vida, oferecidos como sustento de quantos são seus discípulos (cf. Jo 6, 51). De facto, em nossos dias ressoa ainda, com a mesma força, este ensina-mento de Jesus: «Trabalhai, não pelo alimento que desaparece, mas pelo ali-mento que perdura e dá a vida eterna» (Jo 6, 27). E a questão, então posta por aqueles que O escutavam, é a mesma que colocamos nós também hoje: «Que havemos nós de fazer para realizar as obras de Deus?» (Jo 6, 28). Conhecemos a resposta de Jesus: «A obra de Deus é

esta: crer n’Aquele que Ele enviou» (Jo 6, 29). Por isso, crer em Jesus Cristo é o caminho para se poder chegar definiti-vamente à salvação”, lembra-nos o Papa Bento XVI.Está na hora de arregaçar as mangas e aceitar o desafio deste ano: aprofundar as razões da nossa fé para uma vivência

cheia de vigor e mais consciente e da nossa adesão a Cristo e à Igreja. E assim estaremos a transmitir aos jovens de hoje e às gerações futuras a fé de sempre, esta fé que nos faz reconhecer Jesus vivo e presente na nossa vida e na história.

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Está na hora de arregaçar as mangas

e aceitar o desafio deste ano: aprofundar as

razões da nossa fé para uma vivência cheia de

vigor e mais consciente e da nossa adesão a Cristo e à Igreja.

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Hoje foi...

Hoje foi um dia daqueles…Hoje foi para (não) esquecer…Hoje precisei de…Hoje senti que…

Hoje foi mais um dia como os outros, mas diferente dos outros, vivido da mesma forma que os outros, mas senti-do de outra forma, visto com os mesmos olhos, mas observado com olhos reno-vados e límpidos.Hoje, senti necessidade de sair e de me afastar de tudo aquilo, que vejo, sinto e ouço a cada dia que me é proporcionado. Precisei de me isolar no meio de outros que não via há algum tempo, precisei de

almoçar sozinho com gente que também há muito não via, precisei de deixar o meu “habitat” para ter um pouco de paz e pensar mais naquilo que é essencial. Hoje consegui perceber que afinal não sou só eu que vejo determinadas situa-ções como situações catastróficas e sem resultado positivo aparente, percebi que outros têm a mesma opinião que eu, e que afinal não sou assim tão louco como dizem, compreendi que não sou só eu a ter medo de denunciar determinadas coi-sas, mas que os outros também sentem os mesmos medos que eu; compreendi que não sou o único a querer dar o máxi-mo mesmo sabendo que sou frágil, mas

Adriano Batista

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5 MINUTOS COM O MESTRE 8 / 9

que há sempre alguém no meio da multi-dão disposto a fazer o mesmo, reconhe-cendo também as suas limitações; perce-bi que não sou o único a querer mudar o mundo, mas que como eu existem imen-sas pessoas camufladas pelo medo e pela vergonha daquilo que os outros poderão pensar e dizer; entendi que na primeira abordagem a alguém nunca se percebe tudo como queríamos e que quase sem-pre retiramos conclusões precipitadas; Hoje, redescobri o quão belo é ser louco pela vida, o quão belo é lutar pelas vitó-rias do dia-a-dia a todo o custo, o quão belo é sentir-se preenchido total e ver-dadeiramente, dando tudo o que se tem

sem esperar receber qualquer elogio ou homenagem, e sobretudo, o quão gratifi-cante é ter aptidão de, perante as maio-res dificuldades da vida, permanecer com um sorriso capaz de contagiar todo aquele que por mim passe, porque nin-guém tem obrigação de saber que hoje o meu dia foi menos bom, mas eu tenho o dever de tornar melhor o dia daqueles que comigo se cruzam estrada fora.O meu hoje não foi igual ao ontem que passou, nem será igual ao amanhã que virá. Contudo, ver cada dia com os olhos renovados é o desafio lançado para não cairmos na monotonia e na generaliza-ção de tudo e de todos.

“...ver cada dia com os olhos renovados é o

desafio lançado para não cairmos na monotonia e

na generalização de tudo e de todos.”

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Santa Teresinhado Menino Jesus

Santa Teresa de Lisieux, também conhecida por Teresinha do Menino Jesus, é conhe-cida pela sua espiritualidade e o seu culto espalhou-se por todos os recantos do mun-do católico.

Nasceu em Alençon, norte da França, a 2 de janeiro de 1873. Os pais quando eram novos queriam seguir a vida religiosa, mas acabaram por não ser aceites. Então a fu-tura mãe de Teresinha, Zélia Guerin, pediu a Jesus que lhe desse filhos consagrados, já que ela não conseguiu seguir esse cami-nho. Aquele casal gerou nove filhos, três dos quais bastante cedo, em tenra idade. As restantes, todas meninas, tornaram-se religiosas tal como a mãe desejou.Com quatro anos de idade Teresinha ficou órfã de mãe e o pai mudou-se com a família para Lisieux, onde tinha um cunhado cuja esposa zelou pela educação das filhas.Teresinha cresceu num ambiente de amor puro e de fé profundamente vivida. Sendo a mais nova, o pai chamava-a “a minha ra-inhazinha”. As irmãs mais velhas, uma após

“Não me arrependo de me ter entregue ao amor.”

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FOLHA DOS SANTOS

outra, consagraram-se a Deus e seguiram a vida religiosa. Teresinha também queria seguir esse caminho.Com quinze anos de idade, a 9 de Abril de 1988, entrou no Carmelo de Lisieux, onde viveu oito anos. Recebe o hábito da Ordem da Virgem no dia 10 de Janeiro do ano se-guinte. Em 1895, começa a escrever as suas me-mórias que serão publicadas, após sua morte, com o título História de uma Alma. Este livro é o responsável pela divulgação da vida e espiritualidade de Santa Teresi-nha no mundo inteiro e foi traduzido em 58 línguas.Nesse período não fez nada de extraordiná-rio, apenas cumpriu bem os seus deveres de monja enclausurada. Num momento de entusiasmo, Teresinha escreveu que, por amor ao Amor Supremo, desejava ser cava-leiro das cruzadas, padre, apóstolo, evan-gelista, missionário, mártir. “Compreendi, que só o amor fazia agir os membros da Igreja e que se o amor viesse a desaparecer, os apóstolos não anunciariam mais o Evan-gelho, os mártires recusariam derramar o seu sangue... Compreendi que o amor encerra todas as vocações e que o amor é tudo, abraça todos os tempos e todos os

lugares... Numa palavra, o amor é eterno... encontrei minha vocação: o amor!” Citan-do a sua autobiografia, com o título “Histó-ria de uma alma”.Estas palavras poderiam parecer român-ticas, se não fossem fundamentadas pela vida de oração, de sacrifícios, de provações, de penitências e de entrega no dia-a-dia de Teresinha como Carmelita.Todos os gestos e sacrifícios, do menor ao maior, oferecia a Deus, para a salvação das almas. O mais profundo desejo do coração de Teresinha era ter sido missionária “des-de a criação do mundo, até a consumação dos séculos”.

Apanhou tuberculose e o seu estado de saúde foi piorando até que em 8 de julho de 1897 é levada para a enfermaria do Carmelo. As suas irmãs e as outras mon-

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Teresinha amplia o conceito de missão,

levando-nos a compreender que, pela

oração, também podemos nos tornar missionários.

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jas, para não perderem nenhuma das suas palavras, anotam tudo que ela diz. Pouco antes de morrer, disse: “Não me arrependo de me ter entregue ao amor.” Deixou-nos como proposta a sua vida, sela-da na autobiografia, como intercessora dos missionários, sacerdotes e pecadores que não conhecem Jesus. Um dia profetizou: “Eu sei que o mundo inteiro vai-me amar.” De facto, em vinte cinco anos foram conta-dos mais de quatro mil prodígios atribuídos à sua intercessão. A leitura e meditação de “História de uma Alma” já causou, incontá-veis conversões.Foi proclamada a principal padroeira das missões em 1927. padroeira secundária da França em 1944, e Doutora da Igreja, que nos ensina o caminho da santidade pela humildade em 1997, na data do seu cen-tenário. Teresinha não realizou nada que merecesse aplausos do mundo. Não fundou mosteiros como Teresa d’Ávila, nem foi viver no meio dos leprosos como Francisco de Assis. Deus convidou-a a realizar miudezas, coisas insig-nificantes. Deu-lhe a missão de nos lembrar o valor dos “pequenos nadas”.

O ardor missionário de Teresinha manifes-ta-se no seu zelo em salvar almas, isto é, conduzir as pessoas a Deus, fazendo-as ver do quão são amadas pelo Senhor Miseri-cordioso.A eficácia da evangelização depende da união com Deus, portanto a oração é o sus-tento da acção missionária. Neste sentido, Teresinha foi uma apóstola, uma autêntica missionária pois ajudou, pela oração e por sacrifícios, os missionários, participando de seus trabalhos através de seu coração so-lidário, sedento de conduzir as pessoas ao conhecimento do amor misericordioso de Deus.A sua missão é fazer que Deus seja amado, adorado, por seu amor, por sua bondade. Teresinha amplia o conceito de missão, levando-nos a compreender que, pela ora-ção, também podemos nos tornar missio-nários.

Fonte: www.angelfire.com/ar2/jcarthur/stateresinha.htm

Ligações: Podem visitar o site Site Oficial da visita das Relíquias de Santa Teresinha em: www.carmelitas.pt/teresinha

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Quanto vale a vida de uma mulher no Paquistão?A história de Asia Bibi

Ajuda à Igreja que Sofre

19 de Junho de 2009. Por querer partilhar um simples copo de água com algumas mulheres muçulmanas,

Asia Bibi, uma paquistanesa mãe de cinco filhos, foi acusada de blasfémia e condenada à morte. Apenas

a enorme campanha internacional que tem vindo a mobilizar milhares de pessoas em todo o mundo

impediu para já a sua concretização. Mas não se sabe se ela vai sair da prisão ainda em vida.

AJUDA À IGREJA QUE SOFRE 12 / 13

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Dá para imaginar isto? Na vida há imensas situações absurdas, mas algumas fazem--nos pensar. A história de Asia Bbi obriga-nos a reflectir no valor da liberdade religio-sa. Em Portugal, ninguém é impedido de rezar, de professar a sua fé, seja ela qual for, ou, até, de não ter nenhuma religião. Asia Bibi, porém, foi condenada à morte porque tornaria impuro o copo com que queria partilhar a água com as mulheres muçulmanas. Perante a acusação, e por-que recusou converter-se ao Islão, mantendo-se fiel a Cristo, ela arriscou tudo. Até a própria vida. Desde então, desde Junho de 2009, está fechada numa minúscula cela na tenebrosa cadeia de Sheikhupura. Os dias e as noites são de puro terror. A sua cabeça está a prémio: vale cinco mil euros, uma verdadeira fortuna no Paquistão. Por causa disso e, acima de tudo, por causa do ódio desenfreado que se abateu sobre os cristãos, Asia Bibi sabe que podem assassiná-la a qualquer instante.

UMA ATITUDE EXEMPLAR

É difícil imaginar o seu estado de espírito. Ela está só, praticamente não tem visitas, é uma mulher frágil, não sabe como defender-se. Na cadeia, tudo mete medo, até a escuridão, a humidade, o frio, os ruídos, os sons dos passos, os outros. Mas, mesmo assim, Asia Bibi nunca renegou a sua fé. Quando foi levada a tribunal, por causa da acusação de blasfémia, o juiz, Naveed Iqbal, deu-lhe uma oportunidade para sair em liberdade. Bastaria converter-se ao

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Islão. Asia Bibi, porém, disse que não e esse “não” transformou-a de imediato num exemplo para todo o mundo. Ela teve a coragem de dizer que estava ali por ser cristã. E acrescentou, mais tarde, ao seu advogado: “Se o juiz me condenou à morte por amar a Deus, estarei orgulhosa de sacrificar minha vida por Ele”.

A CAMPANHA POR ASIA BIBI

Desde Junho de 2009, milhares de pessoas em todo o mundo já se mobilizaram pela libertação de Asia Bibi. Governantes, líderes de vários países, gente anónima. Em Portugal, uma das instituições que mantém acesa a chama desta luta é a Funda-ção AIS, uma instituição da Igreja Católica, que depende directamente do Vaticano e que tem por missão precisamente dar apoio aos cristãos vítimas de intolerância religiosa no mundo. Todos nós podemos fazer muito para salvar Asia Bibi. Todos nós temos o dever de a ajudar. Rezar por ela é, seguramente, a forma mais eficaz de o fazer. E isso depende apenas da nossa vontade. Junta-te a nós nesta campanha.

Saiba mais em:www.fundacao-ais.pt

AJUDA À IGREJA QUE SOFRE 14 / 15

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Olá juventude que acredita, tudo em paz com vocês?

Hoje venho falar sobre algo que particu-larmente tem mexido com meu interior, sinto que cada passo dado em direção a vontade de Deus tem exigido de mim uma vivência radical no que diz respeito a escolhas feitas ao longo do caminhar, a um encontro pessoal com àqueles que podem e que certamente me ajudarão a viver de forma concreta uma nova es-tação de vida, é uma nova etapa que o Pai me convida experimentar, mesmo a contragosto meu...

Seguir adiante dentro do propósito que Deus me chama e certamente te chama a vivenciar, sem temer que as coisas deem errado e sem dar importância ao que os outros vão pensar é algo que só os valentes ou malucos(vai saber?), poderão experimentar. Cumprir os pro-pósitos que nos farão mais cristãos é tarefa das mais difíceis, requer cortes em nossos galhos, mas apenas naqueles

que nos fazem mais egoistas e fechados em nós mesmos. É preciso nos despojar máscaras que ao longo dos anos vão surgindo em nossa face, é necessário agarrar com todas as forças que temos no corpo e na alma, a Verdade que nos faz ver além de nós mesmos.

Para seguir no Caminho é importante guerrearmos contra nós mesmos, é um combate interior que reflete vida de dentro pra fora, isso é ser cristão! Isso é viver o tempo da poda de forma autênti-ca e sem medo de buscar a Verdade. Em cada estação vivenciada, uma história da vida que, desta vez, ficará secreta... pra que permaneça o que é mais impor-tante: o amado de nossas almas, o Se-nhor Jesus!

Em Cristo que é jovem,Roberto Alves

Tempoda podaRoberto Alves

“...a Verdade que nos faz ver além de nós mesmos.”

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CRISTO JOVEM BRASIL 16 / 17

Se você pegar a história da Igreja, lá nos primeiros séculos onde o cristianismo estava em ascensão, vai conhecer his-tórias de pessoas que se escondiam em catacumbas para realizar missas. Estes cristãos tinham sinais entre eles pois se o governo da época soubesse os mata-riam, e quantas pessoas morreram em nome de Jesus naquela época.Eles não tinham medo, arriscavam suas pró-prias vidas para anunciar o reino de Deus! E se hoje a igreja é o que é hoje, é também de-vido a essas pessoas, os santos mártires da Igreja. Mas, e você tem feito isso?Eu não preciso dizer que você é a criação mais perfeita de Deus, pois é sua ima-gem e semelhança e Ele te contemplou (Gen 1,31). Ou não preciso te dizer que Deus te fez profeta das nações (Jer 1,5) e que existe uma ordem dada por Jesus para anunciar e batizar por todo o mun-do em nome do Pai, do Filho e do Espíri-to Santo (Mt 28,19).E por que a gente não faz isso? É… eu me incluo nessa também!Na minha caminhada sempre foi muito

fácil ver pessoas rezando por pessoas, dando profecias, passando horas e ho-ras na frente do santíssimo, mas tudo isso sempre dentro da igreja. Cansei de escutar servos dizendo: “eu sou apenas coordenador dentro do grupo, fora não!”

A igreja, o grupo e missa devem ser para nós lugar de abastecimento, para que sejamos curados, restaurados e ensi-nados e assim, ser luz no mundo! Deus não pediu pra ninguém ser luz dentro da igreja, mas sim onde estão as trevas, a escuridão, os pobres e os pecadores.No seu trabalho, as pessoas sabem que você é um servo de Deus?Na sua escola ou na sua faculdade, você leva Jesus para os que precisam?Quando você sai para se divertir, você leva sua personalidade de cristão ou

Você tem anunciado Jesus com a sua vida?

Fernando Mininelli

Ele te salvou para que você pudesse levar a

salvação para aqueles que necessitam!

Page 20: Godzine 10 (Setembro / Outubro 2012)

deixa ela em casa?O maior desafio de todo cristão é esse e sempre será: ser luz nas nações.É muito lindo você ver uma igreja cantan-do em voz alta: “USA-ME SENHOR”, mas na prática esse Jesus fica dentro do sacrá-rio sozinho na capela da igreja e você sim-plesmente desliga ou esquece q Ele existe.Quantas e quantas pessoas já não pas-saram pela sua vida e você deixou ela ir embora porque teve vergonha de fa-lar de Deus, ficou com vergonha ou até mesmo você a ignorou porque pensou que a vida dela não era problema seu. Olha se eu fosse Jesus, mandava um raio sobre sua cabeça pra você aprender, mas como eu não sou, Jesus te ama e te da sempre mais uma chance.

Ele não teve vergonha de morrer pelos seus pecados e foi muito mais além, Ele tomou sobre si os seus problemas e seus erros e foi pregado numa cruz. Ele te salvou para que você pudesse levar a salvação para aqueles que necessitam!

Então, por favor, não tenha vergonha de ser Cristão. Mas, tenha um orgulho que te faça se compadecer do mundo para ser luz e levar a salvação.

Se cuide em Deus,Fer Mininelli

Visita a nossa secção dedicada à JMJ em www.cristojovem.com/jmj-rio2013

Page 21: Godzine 10 (Setembro / Outubro 2012)

Sou marcado desde semprecom o sinal do Redentor,

que sobre o monte, o Corcovado,abraça o mundo com Seu amor.

(Refrão)

Cristo nos convida:“Venham, meus amigos!”

Cristo nos envia:“Sejam missionários!”

Juventude, primavera:esperança do amanhecer;

quem escuta este chamadoacolhe o dom de crer!

Quem nos dera fosse a terra,fosse o mundo todo assim!Não à guerra, fora o ódio,

Só o bem e paz a não ter fim.

Do nascente ao poente,nossa casa não tem porta,nossa terra não tem cerca,nem limites o nosso amor!Espalhados pelo mundo,

conservamos o mesmo ardor.É Tua graça que nos sustenta

nos mantém fiéis a Ti, Senhor!

Atendendo ao Teu chamado:“Vão e façam, entre as nações,

um povo novo, em unidade,para mim seus corações!”Anunciar Teu Evangelho

a toda gente é transformaro velho homem em novo homemem mundo novo que vai chegar.

Esperança do AmanhecerHino Oficial

JMJ RIO2013 18 / 19

Escuta o hino em:www.cristojovem.com/jmj-rio2013

Visita a nossa secção dedicada à JMJ em www.cristojovem.com/jmj-rio2013

Page 22: Godzine 10 (Setembro / Outubro 2012)

Põe-te a caminho!

Enquanto refletia sobre o tema do “Juven-tude que acredita” desta edição vieram--me à mente coisas disparatadas – como sempre – e outras mais sérias e que era importante falar: a realização da JMJ Rio2013, do YOUthTRAVEL e das Jornadas Nacionais da Pastoral Juvenil, são alguns dos eventos que marcam este ano pasto-ral que agora começa e que promete ser um dos mais ativos dos últimos tempos. Tive que optar pelas sérias… A urgência da Nova Evangelização assim o pede!

Muitas vezes pergunto-me se estaremos preparados para todas estas oportunida-des que temos diante de nós e se sabe-remos aproveitar tudo isto que o Senhor colocou no nosso caminho…

Miguel Mendes

A responsabilidade é tua! Cabe-te a ti

fazer este caminho de preparação com ânimo,

determinação e Fé.

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JUVENTUDE QUE ACREDITA 20 / 21

“Há uma linha que separa” os eventos de “folclore” dos eventos com conteú-do, e a pastoral juvenil em Portugal não se pode dar ao luxo de não retirar o máximo de todas estas atividades. Desenganem-se os que pensam que isso é responsabilidade dos diretores nacionais e diocesanos, ou até dos animadores. A responsabilidade é tua! Cabe-te a ti fazer este caminho de pre-paração com ânimo, determinação e Fé. Todos somos Igreja!

A verdade é que não importa o que se faz, mas como se faz. É uma frase ba-nal mas sempre muito assertiva no que transmite. Tu, como tens vivido a tua Fé? Como tens testemunhado o Amor

de Deus junto dos teus amigos e famí-lia? Como tens sido Seu discípulo?

Depois de participarmos numa Jornada Mundial da Juventude dizemos quase sempre a típica frase: “Se eu podia viver sem isto? Podia, mas não era a mesma coisa”. Se refletirmos porque saímos sempre com essa sensação percebemos que isso se deve ao sentido de comunhão que lá vivemos. Nesses momentos somos verdadeiramente as “pedras vivas” do templo do Senhor. Juntos somos Igreja!!!

Porque não conseguimos sê-lo também no dia-a-dia? Não sei… Sei apenas que podemos caminhar nesse sentido! Põe--te a caminho! Deus conta contigo!

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