godzine 14 (maio / junho 2013)

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Mai/Jun’13 O Idioma da Jornada pág. 16

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Esta edição chega até ti ainda em tempo Pascal. Os nossos desejos são de que Cristo ressuscitado permaneça eternamente nos nossos corações. O Verão começa-se a aproximar e com ele os festivais de verão (em especial o Festival Jota) e as tão aguardadas Jornadas Mundiais da Juventude, que decorrerão no Rio de Janeiro, de 23 a 28 de Julho. Esperamos que esta edição vos ajude a caminhar nessa direcção e sejam um apoio espiritual nessa caminhada.

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Mai/Jun’13O Idioma

da Jornadapág. 16

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1Notade abertura

2Youcat

5Parábolas

11Folhados santos

13JMJ Rio2013

18Juventudeque acredita

8Dialetos da palavra

16Cristo JovemBrasil

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NOTA DE ABERTURA 1

Olá Juventude que acredita!

Esta edição chega até ti após o tempo Pascal. Os nossos desejos são de que Cristo ressuscitado permaneça eternamente nos nossos corações.

O Verão começa-se a aproximar e com ele os festivais de verão (em especial o Festival Jota) e as tão aguardadas Jornadas Mundiais da Juventude, que decorrerão no Rio de Janeiro, de 23 a 28 de Julho.

Esperamos que esta edição vos ajude a caminhar nessa direcção e sejam um apoio espiritual nessa caminhada.

Um abraço em Cristo Jovem,Pl’A Coordenação da GODzine

Sara Amaral

5Parábolas

13JMJ Rio2013

O Verãoestá a chegar!

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YOUCAT e a JMJ

Ir. Darlei ZanonReligioso paulista, editor do YOUCAT

para a língua portuguesa

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YOUCAT 2 / 3

YOUCAT e JMJ formam um par perfei-to. A ligação entre ambos já tem uma longa história, e não apenas porque as suas páginas estão repletas de fotos da última JMJ. Deves recordar que o lan-çamento oficial do YOUCAT aconteceu em Roma, exatamente no Domingo de Ramos de 2011, Dia Mundial da Juven-tude. Foi um dia espetacular. A praça de São Pedro estava cheia de jovens vindos de todo o mundo. O então Papa Bento XVI convidou os jovens para a JMJ de Madrid, que iria acontecer em agosto daquele mesmo ano. Durante a cerimó-nia, um dos coordenadores do projeto YOUCAT e dois jovens alemães que par-ticiparam na elaboração das perguntas ofereceram ao Santo Padre três exem-plares do YOUCAT: um em alemão, outro em inglês e o terceiro em português. O Papa, que já conhecia o texto e já ti-nha escrito o prefácio, agora via a versão completa do Catecismo Jovem da Igreja Católica. Era visível a sua alegria. En-quanto cardeal Ratzinger, foi ele quem presidiu a equipa que elaborou o Cate-cismo e o Compéndio. Como Papa, via agora uma nova etapa a se cumprir: O Catecismo da Igreja adaptado para a linguagem e simbólica jovem. Olhou ra-pidamente, agradeceu em alemão e ca-minhou em direção ao grupo de jovens e editores ali presentes, eu entre eles.

Pousou para uma foto e o ritual estava completo: o YOUCAT era dado à luz.Quatro meses depois, uma nova página da história do YOUCAT se cruzava com a

JMJ. Todos os jovens presentes em Ma-drid receberam como oferta especial do Papa um exemplar do YOUCAT. Foram 750 mil exemplares distribuídos em sete línguas. O YOUCAT ganhava o mundo, e conquistava todos os jovens. Durante a JMJ de 2011, via-se pelas ruas de Ma-drid diversos jovens a lerem o YOUCAT. É uma sensação fantástica ver jovens de diversos países unidos por um mesmo ideal e pela mesma fé. E o YOUCAT ex-pressa isso de maneira muito dinâmica, por isso a identificação foi imediata. Mais uma JMJ se aproxima. Daqui a algumas semanas os jovens de todo o mundo estarão reunidos na cidade maravilhosa: Rio de Janeiro. E lá estará

Sugestões de navegação:www.youcat.org | www.paulus.pt | youcat.cristojovem.com

O Papa, que já conhecia o texto e já tinha escrito

o prefácio, agora via a versão completa

do Catecismo Jovem da Igreja Católica. Era

visível a sua alegria.

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também a família YOUCAT, que entre-tanto cresceu. Os jovens brasileiros, especialmente, estarão muito animados para receber o novo Papa Francisco. Para ajudar nesta preparação, os edito-res do YOUCAT, novamente em parceria com a Ajuda à Igreja que Sofre, fizeram uma nova edição para oferta. A distri-

buição, porém, será diferente. Neste ano 2013 os exemplares do YOUCAT não farão parte da mochila da JMJ. Eles serão distribuídos para as dioceses de todo o Brasil. Ou melhor, já estão a ser distribuídos. Uma parte já foi entregue e uma nova impressão está a caminho. O objetivo desta distribuição antecipa-da é bastante simples. É uma resposta ao pedido do Papa Bento XVI feito no prefácio do YOUCAT: “Estudai o catecis-mo! Esse é o desejo do meu coração!”

Ao longo deste período que antecede a JMJ, os jovens brasileiros irão estudar o Catecismo Jovem da Igreja Católica. Irão conhecer e aprofundar a sua fé, pois só assim será possível “Ir e fazer discípulos entre todas as nações!” (cf. Mt 28,19). Deste modo, fortemente enraizados na fé, estarão também melhor preparados para acolherem o Papa Francisco. E será uma bela homenagem que fazem ao Pa-pa-emérito, Bento XVI, que os acolheu em Madrid.Não há dúvidas de que a JMJ do Rio será uma grande festa. Um momento único de encontro, partilha, alegria, troca de experiência e principalmente de teste-munho e evangelização. O YOUCAT não poderia ficar de fora, pois foi exatamen-te para isso que nasceu. Nasceu para dar apoio aos jovens; para oferecer aos cris-tãos do mundo todo uma base segura para fortalecerem a sua fé; para mostrar a todos que a fé é viva, é eficaz, é sempre jovem, é sempre bela e dinâmica. Estan-do ou não presente na JMJ do Rio, tenho a certeza que tu, jovem, estará em sinto-nia com todos os jovens católicos se, ao longo deste período, também estudares o catecismo. Fica aqui o desafio a entra-res em sintonia com os jovens do Brasil nesta preparação rumo a JMJ. •

Neste ano 2013 os exemplares

do YOUCAT não farão parte da mochila da JMJ.

Eles serão distribuídos para as dioceses de todo

o Brasil.

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Parábolada figueira

estérilMateus 13, 6-9

Pe. Ricardo José, scj

PARÁBOLAS 4 / 5

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“Disse-lhes, também, a seguinte parábola: «Um homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e foi lá procurar frutos, mas não os encontrou.Disse ao encarregado da vinha: ‘Há três anos que venho procurar fruto nesta figueira e não o encontro. Corta-a; para que está ela a ocupar a terra?’Mas ele respondeu: ‘Senhor, deixa-a mais este ano, para que eu possa escavar a terra em volta e deitar-lhe adubo.Se der frutos na próxima estação, ficará; senão, poderás cortá-la.’ ”

O lema das Jornadas Mundiais da Juventu-de é “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28,19). Certamente à primeira vista, parece que a parábola escolhida não terá muito sentido. Não fala da necessida-de de cada cristão ir, sair do seu comodis-mo, e fazer discípulos, como se fosse uma coisa que se faz facilmente. Contudo a pri-meira forma de ir e anunciar a Boa Notícia de Deus é começar por si uma mudança de vida para a Vida plena de Jesus.O que esta parábola pretende ilustrar é que

Deus espera que a figueira (cada um de nós) dê frutos, isto é, aceite a proposta de salvação que lhe é feita em Jesus; dá-lhe, até, algum tempo (e várias oportunidades), para que essa transformação ocorra. Deus revela, portanto, a sua bondade e a sua paciência; no entanto, não está disposto a esperar indefinidamente, pactuando com a nossa recusa em acolher a salvação. Po-demos pensar que se trata de uma amea-ça, contudo, há como pano de fundo uma nota de esperança: Jesus confia em que a

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PARÁBOLAS 6 / 7

resposta final de cada um de nós à sua mis-são seja positiva.A proposta principal de Jesus é um convi-te à mudança radical, à reformulação total da vida, da mentalidade, das atitudes, de forma que Deus e os seus valores passem a estar em primeiro lugar. É este caminho a que somos chamados a percorrer neste tempo, a fim de renascermos, com Jesus, para a vida nova do Homem Novo. Só as-sim podemos começar a “fazer” discípulos, não esquecendo que eu sou o primeiro que preciso de ser mudado, eu sou o primeiro que preciso de dar fruto.Essa transformação da nossa existência não pode ser adiada indefinidamente. Temos à nossa disposição um tempo relativamente curto: é necessário aproveitá-lo e deixar que em nós cresça, o mais cedo possível, o Homem Novo. Está em jogo a nossa fe-licidade, a vida em plenitude, assim como a vida de toda a nossa humanidade, somos as figueiras que podem dar frutos… Porquê adiar essa concretização? •

“...Deus espera que a figueira (cada um de nós)

dê frutos, isto é, aceite a proposta de salvação que

lhe é feita em Jesus;”

www.festivaljota.com

www.facebook.com/festivaljota

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Quando orardes, dizei:

“Pai”Pe. Nuno Westwood

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“Quando orardes, dizei: ‘Pai’. Também vos digo: Pedi e dar-se-vos-á; procurai e encontrareis; batei à porta e abrir-se--vos-á. Porque quem pede recebe; quem procura encontra e a quem bate à porta, abrir-se-á. Se um de vós for pai e um filho lhe pedir peixe, em vez de peixe dar-lhe-á uma serpente? E se lhe pedir um ovo, dar-lhe-á um escorpião? Se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo àqueles que Lho pedem!” (Lc 11, 2. 9-13).

Uma vez que esta edição do Godzine é dedicada às Jornadas Mundiais da Ju-ventude, lembrei-me que talvez fosse interessante recordarmos o Evangelho próprio do domingo, dia 28 de julho, dia do encerramento das JMJ.Nesta passagem do Evangelho, os discí-pulos, vendo a intimidade de Jesus com o Pai, querem aprender a orar. Jesus dá-lhes vários ensinamentos sobre a oração, começando por ensinar-lhes o “Pai-Nosso”, que é o modelo de toda a oração. Depois convida-os a implorar de Deus, com persistência, o auxílio para as suas necessidades, convidando-os a di-rigirem-se ao Pai com toda a confiança.

A primeira recomendação de Jesus, quando vamos fazer oração, é a lem-brança da filiação divina. «Quando orar-des, dizei: ‘Pai.’». Trata-se de nos lem-brarmos de que não nos vamos dirigir a alguém muito acima do nosso nível social, económico ou cultural, a quem é preciso fazer muitas mesuras antes de começar a falar. Tudo é muito mais sim-ples: dirigimo-nos ao nosso Pai do Céu. E, como Pai!Ele não tem horários de atendimento. Está sempre disponível: de noite ou de dia, quando estamos na rua, no traba-lho, na cama ou no templo. Basta um leve bater à Sua porta, manifestando

DIALETOS DA PALAVRA 8 / 9

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que Lhe queremos falar, e logo somos recebidos nos seus braços abertos de Pai.Não há restrição de assuntos. Estamos habituados a que as pessoas importan-tes comecem a mastigar, quando lhes fa-lamos em determinados temas, a deixar reticências nas conversas, ou simples-mente a dizer que não é conveniente meter-se neste assunto. Com o nosso Pai é diferente. Ele encara os assuntos e ilumina-nos, para vermos as suas im-plicações, acabando por nos ajudar a encontrar uma solução.Não há sequer respostas evasivas. Mui-tas vezes saímos das entrevistas com os homens de alma vazia, desiludidos ou, pelo menos, com uma enorme incerteza sobre a segurança que nos merecem as suas palavras. O Senhor faz-nos ver cor-dialmente se uma solução não nos con-vém e porque não nos convém.E quando isto acontece, há oração. E pode-se saborear ver como Deus é bom (Sal 34, 9)… é Pai! Quando experimenta-mos isto é fácil ir, espalhar esta boa nova e fazer discípulos entre todas as nações! (cf. Mt 28, 19) •

O Senhor faz-nos ver cordialmente se uma

solução não nos convém e porque não nos convém.

E quando isto acontece, há oração.

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Frederico Ozanam

(1813-1853)

Fontes:http://www.vatican.va/news_services/liturgy/saints/ns_lit_doc_19970822_ozanam_po.html

FOLHA DOS SANTOS 10 / 11

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No dia 23 de abril de 1813 Frederico Ozanam nascia em Itália. Seus pais, Jean-Antoine e Marie Ozanam apesar dos seus ofícios dedicavam- à assistên-cia de pobres e enfermos. Desde tenra idade foi alicerçado em Frederico, “… um profundo espírito de caridade com-partilhado pelos seus pais.” Em 1822 Frederico Ozanam iniciou os seus estudos secundárias. Ele era um aluno empenhado e um leitor “ insa-ciável” e, com apenas 17 anos de idade depara-se com o grego, latim, italiano e alemão, iniciando o curso de hebraico e sânscrito. Em 1831, Frederico, começa a escrever em jornais e revistas de Paris para onde se tinha ido viver. Ozanam, era um jo-vem tímido e de um comportamento simples levando “ … com clareza tanto a sua profunda humanidade como o seu rigor moral: a sua imensa cultura, as suas opiniões actualizadas e o seu cato-licismo empenhado tornam-no rapida-mente uma personalidade relevante.” Este jovem participa em debates sobre religião e política. Isto no meio estudan-til e tinha como tema «Conferência de história» Em determinada fase da sua vida, ele anuncia a um amigo que gostaria de “… realizar finalmente um projecto, que há tempo lhe era muito querido: uma «Conferência de caridade»,” Seria uma associação que ajudaria e daria assistên-cia a pobres, «a fim de pôr em prática o nosso catolicismo». Fundou assim, com

apenas 20 anos a conhecida fundação “ As Conferências de S. Vicente Paulo” Em 1841 Amélie Soulacroix casa com Frederico. Este desempenha o seu papel de marido, professor e literário, leigo comprometido. Gere assim o seu tempo nunca esquecendo as suas obrigações. Frederico viveu com ternura para Amé-lie e Marie, sua filha. Ele queria sempre mais e “ … pede ao Senhor que o ajude a ser melhor, luta contra o orgulho até se esquecer do próprio valor. “ Inicialmente é-lhe detetado uma grave infecção renal que, é confundida com uma doença nos pulmões. Apesar da gravidade, Frederico, não fica parado e continua a dedicar-se, até não poder mais, nas suas tarefas e em todos os projectos antes começados.Em 1849, a sua saúde agrava-se e chega mesmo a ignorar aquilo que os médicos lhe diziam. Em Maio de 1853, vai para a Itália e com receio de deixar os seus en-tes queridos, os sucessos profissionais e debates políticos todavia, sentia-se pronto para o sacrifício e dirigindo-se a Deus diz-Lhe: «Senhor, quero o que Tu queres, quero como o queres e por todo o tempo que o quiseres, quero-o porque Tu o que-res». A 8 de setembro de 1853, Frederico Oza-nam, faleceu em Marselha após uma agonia longa e dolorosa. João Paulo II beatificou-o no dia 22 de Agosto, em Paris numa Eucaristia onde tinha muitos fieis sobretudo jovens. •

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Fogo de Palha

Bruno Victor

JMJ RIO2013 12 / 13

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Faltam, hoje, menos de 100 dias para o encontro que promete reunir milhões de jovens na querida cidade maravilho-sa do Brasil. Cada vez o coração bate mais forte, buscando proporcionar o melhor calor receptivo brasileiro à todos e assim fazer da próxima Jornada uma experiência inesquecível.Porém, até que ponto será realmente inesquecível? Quero dizer, até que nível os jovens realmente enxergarão Jesus Cristo nesse grande momento? Ele se fará presente por diversas formas e pes-soas, desde um abraço até o acolhimen-to de um desconhecido, desde o sorriso de um irmão até sua presença real no nosso meio, através dos Sacramentos. Mas e o foco, se mantém?O “alerta” que aqui trago é que não dei-xemos a graça de Deus passar. Podemos ver centenas de grupos, movimentos, comissões e pastorais se mobilizando fortemente para essa festa. Não duvido em momento algum da força da Trinda-de Santa de se fazer presente e trans-formar a todos, porém, para a transfor-mação é necessário abrir o coração. E depois da Jornada, esse real protagonis-mo jovem ainda se fará presente? Ou to-dos os projetos, movimentações e união de forças acabarão dia 30 de Julho?“Porque as ideias dos homens viram moda, mas depois passam. Enquanto a Palavra de Deus permanece eternamen-te.” disse Pe Caetano Minetti. Sendo assim, é necessário o verdadeiro enrai-zamento do jovem dentro da sua igreja!

Só assim ele conseguirá ir e fazer novos discípulos. Necessita entender onde está depositando seu tempo, esforço, sacrifício e fé, para entender que não será nada em vão, mas tudo em busca da graça e evangelização. Para ser mis-sionário ele precisa amar a Igreja, e para amar a Igreja ele precisa conhecê-la.

O momento já se faz e será ainda mais propício para retornar e levar Filhos Pró-digos ao Pai, mas precisamos saber se posicionar como acolhedores ou acolhi-dos, saber até que ponto necessitamos da graça e quanto podemos proporcio-nar o céu aos nossos irmãos.No Brasil, a Conferência Nacional de Bispos do Brasil – CNBB, traz todos os anos a Campanha da Fraternidade, como itinerário de conversão pessoal, comunitário e social durante do tempo da Quaresma e Páscoa. Este ano, o tema é Fraternidade e Juventude, com lema “Eis-me Aqui, Envia-me”, onde deseja refletir e rezar com os jovens, apresen-tando-lhes o Evangelho como sentido de vida e missão. “Propiciar aos jovens um

“Porque as ideias dos homens viram moda, mas depois passam. Enquanto

a Palavra de Deus permanece eternamente.” disse Pe Caetano Minetti.

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encontro pessoal com Jesus Cristo a fim de contribuir para sua vocação de discí-pulo missionário e para a elaboração de seu projeto pessoal de vida. Possibilitar aos jovens uma participação ativa na co-munidade eclesial, que lhes seja apoio e sustento em sua caminhada, para que eles possam contribuir com seus dons e talentos. Sensibilizar os jovens para serem agentes transformadores da so-ciedade, protagonistas da civilização do amor e do bem comum.”. Esses são os Objetivos Específicos da Campanha da Fraternidade 2013, proposta essa que se encaixa perfeitamente ao nosso en-gajamento com a JMJ. Propiciar, Possibi-litar e Sensibilizar. Muita coisa já mudou, está mudando e ainda podemos mudar depois desse tempo. “É um evento mun-dial em que os jovens nos ensinarão que é possível ter esperança em um mundo novo e que é possível ser jovem nesse atual momento de mudança de época cultural da humanidade, tendo valores importantes para a vida da pessoa hu-mana e da sociedade.” Dom Orani João Tempesta, Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro. Uma Jornada brasileira, com um Papa Latino Americano, a primeira em língua portu-guesa. Um tempo novo para uma vida que se renova. “Como jornalista, entendo o poder das palavras, mas também reconheço que as ações são o que realmente mudam o mundo.” Fabíola Goulart, jornalista vo-luntária na JMJ. Ações que, eu, seguin-

do esse raciocínio de uma jovem que busca fazer do mundo um lugar melhor, contam com cada pedaço das nossas diversas vocações. Todos, sem exceção, inseridos nessa gigante estrutura, te-mos no que ajudar e deixar ser ajudado. Que possamos aflorar nossa juventude, nossa vocação, nossa vida e fé cada vez mais, para que realmente vivamos uma Jornada, não apenas em Julho, mas por toda nossa vida, junto daquele que mor-reu Jovem e ressuscitou Eterno.

O fogo do Amor de Deus é aquele que arde, impulsiona e faz mudar, mas não se consome. Não é “fogo de palha”, mas Chama Eterna. Venham e vamos todos nos fortalecer, fazendo novos discípulos, em nossas próprias vidas e para todo o mundo. •

Uma Jornada brasileira, com um Papa Latino

Americano, a primeira em língua portuguesa.

Um tempo novo para uma vida que se renova.

14 / 15JMJ RIO2013

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O idiomada Jornada

Antonio João do Nascimento Neto, SDB

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O Brasil, país sede da JMJ 2013, como sabemos, é um país “continental” (com 8.515.767 km²), 5º maior país do mun-do, ou seja, tem proporções gigan-tescas, se estas forem comparadas a países como Portugal (92.345 km²), Es-panha (505.992 km²) França (674.843 km²), Argélia (2.381.741 km²), Itália (301.230 km²), Austrália (7.692.024 km²), Reino Unido (243.610 km²), Ale-manha (357.021 km²)... Até a União Europeia, com seus 27 países mem-bros, caberia quase duas vezes no Bra-sil. Mas, medidas à parte, há algo que consegue, de certa forma, deixa-lo um pouco menor: o idioma. Não obstante às palavras geradas pelo regionalismo e também os vários sotaques, todos os brasileiros conseguem se comunicar sem problemas.A JMJ é um evento que, por si mesmo, exige de seus participantes, dentre ou-tas coisas, que saibam no mínimo duas línguas. Entretanto o Brasil ainda é um país em que seus habitantes – em gran-de parte – só sabem falar português. Por isso, tal situação não representaria um problema para a troca de experiên-cias e comunhão com os jovens estran-geiros (ou “gringos”, como se costuma falar por aqui)?Seria se não estivéssemos falando de um país como o Brasil. O povo brasilei-ro traz consigo mais uma característica que ajuda (e muito) na comunicação e, no caso da JMJ, na comunhão entre povos: sua alegria. Então, nesse caso,

não haveria problemas. Brasileiros são alegres, espontâneos e assim, recep-tivos. Logo, aos nossos irmãos jovens vindos de outros países, além de um “país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza1”, bastante convi-dativo e acolhedor, lhes será proporcio-nada a experiência de falar um idioma que excede os limites da fala, que é o idioma da alegria, transmitido através de um sorriso simpático, acompanhado de olhares atentos, calorosos abraços, apertos de mãos e música!

Esperamos ser esse o idioma da Jorna-da; da jornada dos discípulos do Mes-tre Jesus que, por sua ressurreição, nos comunica o Evangelho da alegria da vida que venceu a morte e a dor. Essa experiência com o Mestre e Amigo Je-sus nos inspire a ir ao mundo e, falando aquele idioma da Jornada, fazermos discípulos e amigos dele. Sintam-se abraçados pelo Cristo Redentor e BEM VINDOS AO BRASIL! •

1 Música “País Tropical” de Jorge Ben Jor.

“...será proporcionada a experiência de falar

um idioma que excede os limites da fala, que é

o idioma da alegria,...”

16 / 17CRISTO JOVEM BRASIL

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O impulso dos grandes

eventosna caminhada

dos jovensMiguel Mendes

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Acabámos de sair de mais um Fátima Jovem, a já tradicional peregrinação dos jovens portugueses ao Santuário de Fátima, e mais uma vez regressamos de coração cheio pela partilha, emoção, oração e momentos que todos lá vive-mos.De facto foram dois dias repletos de ati-vidades que procuraram levar os jovens a conhecer Maria de forma alegre e es-pontânea, tão características da sua for-ma de estar. Mas é no fim do encontro que o verdadeiro trabalho começa…Cada uma de nós, jovens, animadores e responsáveis da pastoral juvenil, deve pensar de que forma podemos usar essa força que todos trouxemos, a favor da nossa caminhada, dos nossos grupos de jovens e das nossas comunidades. O que fazer antes e depois são tão importantes como a participação, mas é no “depois” que devemos apostar!O Fátima Jovem, tal como a Jornada Mundial da Juventude e outros gran-des eventos juvenis, são capazes de dar um impulso fantástico na vida espiritual dos jovens, mas infelizmente continuam a ser vistos como um fim em si, e não como um meio para se atingir o fim. A própria altura em que se realizam, perto do verão, também dificulta a continui-dade desse trabalho pastoral que deve ser constante. Chega o Verão e todo esse trabalho se perde, porque não

existem alternativas e propostas capa-zes de motivar os jovens. Confesso que nunca percebi muito bem porque é que uma Igreja que se diz missionária nunca soube aproveitar bem as férias de Verão para atividades que realmente façam a diferença na sociedade em que vivemos.

Existem projetos de pastoral juvenil noutros países e em algumas congre-gações extremamente bem elaborados que apostam na continuidade e cujas áreas de intervenção vão desde a forma-ção à oração, passando pelo desporto, pela missão e pela educação. Se somos cristãos em todos os aspetos da nossa vida, devemos ser capazes de proporcio-nar aos jovens a formação e a base que os formem em pleno.É nesses projetos que devemos buscar referências e ideias, mas para isso é pre-ciso formação, evolução e crescimento dos animadores e responsáveis da pas-toral juvenil. •

O que fazer antes e depois são tão

importantes como a participação, mas é

no “depois” que devemos apostar!

18 / 19JUVENTUDE QUE ACREDITA

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