gêneros dos jornais e do mundo do...

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APRESENTAÇÃO Este módulo faz parte da coleção intitulada MATERIAL MODULAR, destinada às três séries do Ensino Médio e produzida para atender às necessidades das diferentes rea- lidades brasileiras. Por meio dessa coleção, o professor pode escolher a sequência que melhor se encaixa à organização curricular de sua escola. A metodologia de trabalho dos Modulares auxilia os alunos na construção de argumen- tações; possibilita o diálogo com outras áreas de conhecimento; desenvolve as capaci- dades de raciocínio, de resolução de problemas e de comunicação, bem como o espírito crítico e a criatividade. Trabalha, também, com diferentes gêneros textuais (poemas, histórias em quadrinhos, obras de arte, gráficos, tabelas, reportagens, etc.), a fim de dinamizar o processo educativo, assim como aborda temas contemporâneos com o ob- jetivo de subsidiar e ampliar a compreensão dos assuntos mais debatidos na atualidade. As atividades propostas priorizam a análise, a avaliação e o posicionamento perante situações sistematizadas, assim como aplicam conhecimentos relativos aos conteúdos privilegiados nas unidades de trabalho. Além disso, é apresentada uma diversidade de questões relacionadas ao ENEM e aos vestibulares das principais universidades de cada região brasileira. Desejamos a você, aluno, com a utilização deste material, a aquisição de autonomia intelectual e a você, professor, sucesso nas escolhas pedagógicas para possibilitar o aprofundamento do conhecimento de forma prazerosa e eficaz. Gerente Editorial Gêneros dos jornais e do mundo do trabalho

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APRESENTAÇÃO

Este módulo faz parte da coleção intitulada MATERIAL MODULAR, destinada às três

séries do Ensino Médio e produzida para atender às necessidades das diferentes rea-

lidades brasileiras. Por meio dessa coleção, o professor pode escolher a sequência que

melhor se encaixa à organização curricular de sua escola.

A metodologia de trabalho dos Modulares auxilia os alunos na construção de argumen-

tações; possibilita o diálogo com outras áreas de conhecimento; desenvolve as capaci-

dades de raciocínio, de resolução de problemas e de comunicação, bem como o espírito

crítico e a criatividade. Trabalha, também, com diferentes gêneros textuais (poemas,

histórias em quadrinhos, obras de arte, gráficos, tabelas, reportagens, etc.), a fim de

dinamizar o processo educativo, assim como aborda temas contemporâneos com o ob-

jetivo de subsidiar e ampliar a compreensão dos assuntos mais debatidos na atualidade.

As atividades propostas priorizam a análise, a avaliação e o posicionamento perante

situações sistematizadas, assim como aplicam conhecimentos relativos aos conteúdos

privilegiados nas unidades de trabalho. Além disso, é apresentada uma diversidade de

questões relacionadas ao ENEM e aos vestibulares das principais universidades de cada

região brasileira.

Desejamos a você, aluno, com a utilização deste material, a aquisição de autonomia

intelectual e a você, professor, sucesso nas escolhas pedagógicas para possibilitar o

aprofundamento do conhecimento de forma prazerosa e eficaz.

Gerente Editorial

Gêneros dos jornais e do mundo do trabalho

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Todos os direitos reservados à Editora Positivo Ltda.

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@POR963Conceito e exemplos

sobre as funções da

linguagem

@POR963

© Editora Positivo Ltda., 2011Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio, sem autorização da Editora.

DIRETOR-SUPERINTENDENTE: DIRETOR-GERAL:

DIRETOR EDITORIAL: GERENTE EDITORIAL:

GERENTE DE ARTE E ICONOGRAFIA: AUTORIA:

ORGANIZAÇÃO: EDIÇÃO DE CONTEÚDO:

EDIÇÃO:ANALISTA DE ARTE:

PESQUISA ICONOGRÁFICA:EDIÇÃO DE ARTE:

ILUSTRAÇÃO:PROJETO GRÁFICO:

EDITORAÇÃO:CRÉDITO DAS IMAGENS DE ABERTURA E CAPA:

PRODUÇÃO:

IMPRESSÃO E ACABAMENTO:

CONTATO:

Ruben FormighieriEmerson Walter dos SantosJoseph Razouk JuniorMaria Elenice Costa DantasCláudio Espósito GodoyRobson Luiz Rodrigues de LimaRobson Luiz Rodrigues de LimaFernanda Rosário de Mello / Roland Cirilo da SilvaRoland Cirilo da Silva / Rose Marie WünschTatiane Esmanhotto KaminskiSabrina FerreriaAngela Giseli de Souza,DekoO

2 Comunicação

Rosemara Aparecida Buzeti / Arowak© Thinkstock/Getty Images; © Shutterstock/Valua Vitaly; © Shutterstock/Franck Boston; © Shutterstock/Slavoljub Pantelic; ©Shutterstock/ajt; ©Shutterstock/ilker canikligil; P. Imagens/Pith; © iStockphoto.com/Dean Mitchell PhotographyEditora Positivo Ltda.Rua Major Heitor Guimarães, 17480440-120 Curitiba – PRTel.: (0xx41) 3312-3500 Fax: (0xx41) 3312-3599Gráfica Posigraf S.A.Rua Senador Accioly Filho, 50081300-000 Curitiba – PRFax: (0xx41) 3212-5452E-mail: [email protected]@positivo.com.br

Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP)

(Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil)

L732 Lima, Robson Luiz Rodrigues de.Ensino médio : modular : língua portuguesa : gêneros dos jornais e do mundo do

trabalho / Robson Luiz Rodrigues de Lima ; ilustrações Deko. – Curitiba : Positivo, 2010.

: il.

ISBN 978-85-385-6498-0 (livro do aluno)ISBN 978-85-385-6499-7 (livro do professor) 1. Língua Portuguesa. 2. Ensino médio – Currículos. I. Deko. II. Título.

CDU 373.33

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SUMÁRIO

Unidade 1: Gêneros dos jornais

Unidade 3: Anúncio publicitário e resenha

Unidade 4: Gêneros do mundo do trabalho

Unidade 2: Resumo

Notícia 6

Reportagem 13

Editorial 21

Características do resumo 26

Anúncio publicitário 32

Resenha 36

A ficha de solicitação de emprego 40

Curriculum vitae 41

A entrevista de emprego 43

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4 Gêneros dos jornais e do mundo do trabalho

As definições do que é notícia estão inseridas

historicamente e a definição da noticiabilidade

de um acontecimento ou de um assunto implica

um esboço da compreensão contemporânea do

significado dos acontecimentos como regras do

comportamento humano e institucional.

TRAQUINA, Nelson. Teorias do jornalismo. Florianópolis: Insular, 2005. v. 2. p. 95.

Gêneros dos jornais1

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Ensino Médio | Modular 5

LÍNGUA PORTUGUESA

Atualmente, um dos temas mais discutidos no mundo é o consumo de forma consciente. A seguir, são propostas algumas questões que trazem essa temática para debate:a) Em sua opinião, é admissível que um aluno do Ensino Médio deixe a torneira aberta enquanto

escova os dentes?b) Em pleno século XXI, você acha que ainda existem pessoas que demoram mais de 30 minutos no banho?c) Na sua casa, há separação de lixo reciclável?d) Você compra produtos feitos de material reciclado?e) Em sua opinião, o desperdício é consequência da falta de consciência ou da falta de informação?

A adesão dos consumidores a comportamentos relacionados ao consumo consciente se dá, em grande parte, quando essas práticas geram algum tipo de economia. Pesquisa feita pelos institutos Ethos e Akatu mostra que comportamentos dessa natureza são adotados por mais de 60% dos consumidores.

Dessa forma, práticas simples, como fechar a torneira ao escovar os dentes, evitar deixar as luzes de ambientes vazios acesas, esperar os alimentos esfriarem antes de serem colocados na geladeira e desligar os aparelhos que não estão sendo usados, são comuns entre os brasileiros.

“A percepção de benefício pessoal e de curto prazo é um grande estímulo à adoção de determinadas práticas”, afirmam os pesquisadores. Para eles, a adesão a comportamentos que geram economia financeira deve-se aos impactos imediatos das prá-ticas para o indivíduo, pois possibilitam um maior acesso ao consumo.

Para o levantamento, foram ouvidas 800 pessoas, com idade igual ou superior a 16 anos, de todas as classes sociais e regiões do país.

QuedaApesar de a adoção de práticas relacionadas ao

consumo consciente ser significativa, houve queda na adesão a muitas delas, revela o estudo. Para se ter uma ideia, neste ano, 71% afirmaram que fecham a torneira quando escovam os dentes. Em 2006, o percentual era 75%.

Esperar os alimentos esfriarem para depois se-rem colocados na geladeira é uma prática que era

adotada por 77% dos consumidores em 2006. Hoje, 62% fazem isso. Desligar os aparelhos que não estão sendo usados é um comportamento adotado por 62% dos consumidores neste ano, contra 72% em 2006.

Desligar as luzes de ambientes que não estão sendo utilizados ainda é uma prática consciente comum entre os entrevistados, sendo adotada por 69% deles. Contudo, a adesão era maior antes, pois 77% dos brasileiros tinham esse comportamento.

Compras sustentáveisOs institutos também analisaram o comportamen-

to dos consumidores frente às compras sustentáveis e verificaram que a adesão a elas ainda é muito pequena e registrou, de maneira geral, queda.

Neste ano, 29% procuraram passar informações sobre produtos e empresas ao maior número de pessoas. Em 2006, esse percentual era de 34%. Já 23% dos consumidores afirmaram que compraram produtos feitos com material reciclado nos últimos seis meses. Esse percentual era de 27%.

O único item do grupo “compras sustentáveis” que registrou aumento foi o dos produtos orgânicos: 29% afirmaram que compraram esse tipo de item nos últimos seis meses, contra 24% de 2006.

Para os pesquisadores, comportamentos ligados ao grupo tendem a gerar impactos mais amplos e em geral pressupõem maior nível de reflexão por parte dos consumidores. “Neste sentido, uma vez adquirido o comportamento, torna-se mais improvável que o consumidor abra mão dele, mesmo em situações de estímulo menos controlado ao consumo”.

INFOMONEY (UOL). Consumo consciente: 60% dos consumidores aderem a práticas que geram economia. UOL, São Paulo, 15 dez. 2010. Disponível em: <http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/infomoney/2010/12/15/consumo-consciente-60-dos-consumidores-aderem-a-praticas-que-geram-economia.jhtm>. Acesso em: 4 abr. 2011.

Consumo consciente: 60% dos consumidores aderem a práticas que geram economia

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6 Gêneros dos jornais e do mundo do trabalho

1. Qual é o tema do texto?

2. De acordo com o texto, o que estimula a adoção de práticas de consumo consciente?

3. Onde o texto foi publicado? Em que a escolha do suporte pode influenciar na veiculação desse fato?

4. Comparando-se os dados obtidos na última pesquisa aos dados de 2006, pode-se afirmar:

a) Houve aumento na adesão a práticas de consumo consciente.

b) A prática de fechar a torneira enquanto se escovam os dentes apresentou um aumento significativo.

c) Hoje o número de consumidores que esperam os alimentos esfriarem para depois serem colocados na geladeira é maior que o apresentado pela pesquisa em 2006.

d) Algumas práticas de consumo consciente apresentaram queda em relação ao que se pesquisou em 2006, embora a adoção dessas práticas ainda seja significativa.

e) Desligar as luzes de ambientes que não estão sendo utilizados é o hábito de consumo consciente que menos se pratica, se comparado aos demais.

5. Que informações a notícia traz a respeito da pesquisa sobre compras sustentáveis?

Notícia

O texto que você acabou de ler é uma notícia.A notícia é um texto de caráter narrativo não ficcional e informativo, que se caracteriza pela atu-

alidade, objetividade e brevidade e tem o foco em temas de interesse geral.

Elementos da notícia:

1. Manchete: é o título da notícia. Informa o enfoque principal que será dado ao assunto abordado no texto.

Exemplo: “Consumo consciente: 60% dos consumidores aderem a práticas que geram economia”.

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2. Lide (lead), cabeça ou parágrafo-guia: o primeiro parágrafo que resume o que aconteceu a fim de despertar o interesse do leitor para a notícia e dar-lhe as principais informações do texto, tais como:

a) o quê: “Pesquisa [...] mostra que os comportamentos dessa natureza são adotados por mais de 60% dos consumidores”.

b) quem: “Pesquisa feita pelos institutos Ethos e Akatu [...]”

c) quando: 15 de dezembro de 2010

d) onde: no Brasil

3. Corpo da notícia: Corpo da notícia: após o lide, há o corpo da notícia onde são indicadas as infor-mações secundárias relativas ao assunto tratado até que se chegue aos detalhes. O corpo da notícia apresenta o desenvolvimento do fato noticiado, indicando o “como” e o “porquê” do assunto. É também no corpo da notícia que são apresentados o contexto e as consequências do fato narrado.

Exemplo: “Desligar as luzes de ambientes que não estão sendo utilizados ainda é uma prática consciente comum entre os entrevistados, sendo adotada por 69% deles. Contudo, a adesão era maior antes, pois 77% dos brasileiros tinham esse comportamento.”

Algumas características gerais da notícia:a) Normalmente, os assuntos são tratados do aspecto mais importante (ou seja, a informação central que

resume e situa o leitor com relação ao foco da notícia) ao secundário, no sentido de serem informa-ções acessórias relativas ao fato. A essa técnica, chama-se pirâmide invertida. Ela diferencia o texto jornalístico do texto ficcional, como o conto, no qual o clímax acontece no final do texto.

Exemplo: “A adesão dos consumidores a comportamentos relacionados ao consumo consciente se dá, em grande parte, quando essas práticas geram algum tipo de economia. Pesquisa feita pelos institutos Ethos e Akatu mostra que comportamentos dessa natureza são adotados por mais de 60% dos consumidores.” [Mais importante]

“Dessa forma, práticas simples, como fechar a torneira ao escovar os dentes, evitar deixar as luzes de ambientes vazios acesas, esperar os alimentos esfriarem antes de serem colocados na geladeira e desligar os aparelhos que não estão sendo usados, são comuns entre os brasileiros.” [Secundário]

b) O estilo das notícias é marcado por certa objetividade, por isso são redigidas em 3a. pessoa, redu-zindo-se, no texto, o envolvimento do enunciador com o fato noticiado.

Exemplo: “Para se ter uma ideia, neste ano, 71% afirmaram que fecham a torneira quando escovam os dentes”.

c) Não se exprimem diretamente emoções, desejos nem marcas de subjetividade do enunciador. A busca é pelo imparcial e objetivo.

Exemplo: O único item do grupo compras sustentáveis que registrou aumento foi o dos produtos orgânicos: 29% afirmaram que compraram esse tipo de item nos últimos seis meses, contra 24% de 2006.

d) Cita fontes de informação ou referência de modo a dar credibilidade ao que está sendo dito.

Exemplo: “A percepção de benefício pessoal e de curto prazo é um grande estímulo à adoção de determinadas práticas”, afirmam os pesquisadores. Para eles, a adesão a comportamentos que geram economia financeira deve-se aos impactos imediatos das práticas para o indivíduo, pois possibilitam um maior acesso ao consumo.

e) Conta com uma linguagem clara e precisa para que todas as pessoas possam entender. Exemplo: Para o levantamento, foram ouvidas 800 pessoas, com idade igual ou superior a 16 anos,

de todas as classes sociais e regiões do país.

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8 Gêneros dos jornais e do mundo do trabalho

Escolha um fato e pesquise a maneira como jornais e revistas diferentes o noticiam. Para isso, você precisa selecionar pelo menos duas fontes que versem sobre o mesmo fato e responder às questões a seguir:

1. Qual é o fato noticiado?

2. Localize, na fonte número 1, o lide e complete:

a) o quê:

b) quem:

c) quando:

d) onde:

3. Localize, na fonte número 2, o lide e complete:a) o quê:

b) quem:

c) quando:

d) onde:

4. Localize, na fonte número 1, o corpo da notícia e complete:a) como:

(ENEM)O dia em que o peixe saiu de graça

Uma operação do IBAMA para combater a pesca ilegal na divisa entre os estados do Pará, Maranhão e Tocantins incinerou 110 quilômetros de redes usadas por pescadores durante o período em que os peixes se reproduzem. Embora tenha um impacto temporário na atividade econômica da região, a medida visa preservá-la ao longo prazo, evitando o risco de extinção dos animais. Cerca de 15 toneladas de peixes foram apreendidas e doadas para instituições de caridade.Época. 23 mar. 2009 (adaptado)

A notícia, do ponto de vista de seus elementos constitutivos:

a) apresenta argumentos contrários à pesca ilegal.

b) tem um título que resume o conteúdo do texto.

c) informa sobre uma ação, a finalidade que a motivou e o resultado dessa ação.

d) dirige-se aos órgãos governamentais dos estados envolvidos na referida operação do IBAMA.

e) introduz um fato com a finalidade de incentivar movimentos sociais em defesa do meio ambiente.

(ENEM

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LÍNGUA PORTUGUESA

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b) por quê:

5. Localize, na fonte número 2, o corpo da notícia e complete:a) como:

b) por quê:

6. Seguindo as orientações dadas anteriormente, transcreva trechos da fonte número 1 que compro-vem as seguintes características da notícia:a) Normalmente, os assuntos são tratados do mais

importante para o menos importante:

b) É redigida na 3ª. pessoa do singular ou plural:

c) Não se exprimem emoções nem desejos do enun-ciador:

d) São citadas fontes de informação ou referência de modo a dar credibilidade ao que está sendo dito:

e) A linguagem deve ser clara e precisa para que todas as pessoas possam entender:

7. Seguindo as orientações dadas anteriormente, transcreva trechos da fonte número 2 que compro-vem as seguintes características da notícia:

a) Normalmente, os assuntos são tratados do mais importante para o menos importante:

b) É redigida na 3ª. pessoa do singular ou plural:

c) Não se exprimem emoções nem desejos do enun-ciador:

d) Cita fontes de informação ou referência de modo a dar credibilidade ao que está sendo dito:

e) Conta com uma linguagem clara e precisa para que todas as pessoas possam entender:

8. As duas fontes noticiam o fato da mesma forma? Justifique a sua resposta:

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10 Gêneros dos jornais e do mundo do trabalho

Como mudar hábitos de consumo para produzir menos lixoO ritmo alucinado das grandes cidades está fazendo mal ao nosso planeta. Nossos hábitos

cotidianos, como a produção crescente de equipamentos tecnológicos e o acúmulo de resíduos, estão exigindo da Terra mais do que ela pode suportar. A saída é uma só: conscientização.

O consumo está ligado ao mundo em que vivemos, em maior ou menor grau em diferentes países. Apesar de serem unânimes em afirmar que o hábito é responsável pelo esgotamento do planeta, os especialistas admitem que não é possível acabar com ele. A saída é comprar com critério e moderação. Quando se fala em consumo exagerado, no entanto, os Estados Unidos são o país que primeiro vem à nossa mente. Para a maior parte dos 310 milhões de norte-americanos, o consumo é a ferramenta ideal para atingir o ideal de vida confortável. Graças a incentivos públicos, a partir de 1945, milhões de habitantes do país deixaram

Estrutura do

gênero textual

notícia

@POR722

Proposta 1

Leia a notícia abaixo, publicada em 18 de abril de 2011:

Lei que proíbe uso de sacolas plásticas em BH entra em vigor Estabelecimentos vão começar a ser fiscalizados nesta segunda-feira (18).

Comércio que descumprir pode ser multado e interditado.

A partir desta segunda-feira (18), as tradicionais sacolas de plástico não poderão mais ser distribuídas no comércio de Belo Horizonte. Os estabelecimentos vão começar a ser fiscalizados. Os locais que continuarem a fazer uso das sacolas plásticas estão sujeitos ao pagamento de multa no valor de R$ 1 mil e podem ser interditados.

A lei foi aprovada em fevereiro de 2008 e os comerciantes tiveram mais de três anos para se adaptar. A Associação Mineira dos Supermercados informou que o setor está preparado para a mudança. Para o Sindicato dos Lojistas do Comércio de Belo Horizonte (Sindilojas), que representam os comerciantes menores, este prazo não foi suficiente. [...]

LEI que proíbe uso de sacolas plásticas em BH entra em vigor. Globo Minas Gerais, Belo Horizonte, 18 abr. 2011. Disponível em:<http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2011/04/lei-que-proibe-uso-de-sacolas-plasti-cas-em-bh-entra-em-vigor.html>. Acesso em: 27 maio 2011.

A gravata ou linha fina, localizada logo abaixo na manchete, é um recurso utilizado por jornais ou revistas para especificar o que é apresentado pela manchete. A gravata pode tentar direcionar, de certa forma, a opinião do leitor a fim de que ele faça uma interpretação predefinida a respeito do fato. Por isso, um leitor atento deve notar se a gravata o está levando a ver os fatos de determinado modo ou apenas antecipando o assunto.

Agora, elabore um texto cuja ideia central seja semelhante à do texto acima, noticiando a adoção de práticas de consumo consciente no seu colégio, nos estabelecimentos comerciais ou nas indústrias da sua região. Para isso, você deve:

a) pesquisar de que forma os estabelecimentos comerciais e indústrias da sua região dão a sua contribuição para ajudar o meio ambiente;

b) entrevistar consumidores e verificar se eles dão preferência para comércios e produtos ecologicamente corretos; c) seguir a estrutura da notícia trabalhada nesta unidade.

Proposta 2 Você estudou que a notícia é uma narrativa não ficcional, porém, nesta proposta de

redação, será aberta uma exceção. Redija uma notícia que você gostaria de dar ao mundo. Use sua criatividade e pense em algo interessante, mas lembre-se de que seu texto deverá respeitar a estrutura do gênero “notícia”.

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LÍNGUA PORTUGUESA

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o agito das grandes cidades e migraram para casas maiores nos tranquilos subúrbios. Não que as famílias hoje sejam maiores. Dados de 2009 do US Census Bureau, responsável pelo censo nor-te-americano, indicam que cada lar é ocupado por, em média, 2,57 pessoas. Em 1950, eram 3,37.

As pessoas fogem do estresse, mas seus empregos estão nas metrópoles. E o carro é indispensá-vel. As vendas de veículos caíram de 2001 para cá, mas a frota dos EUA continua sendo maior que o número de motoristas habilitados. Gastar tempo na cozinha é inimaginável diante da praticidade do fast-food e dos alimentos congelados. Na virada do século, os norte-americanos gastaram 110 bilhões de dólares em restaurantes de refeições rápidas – ou 390 dólares por pessoa. E o conforto também está nas facilidades tecnológicas. Pesquisa da Pew Research Center de 2006 mostra que 71% da população acreditam que ter um aparelho de ar-condicionado em casa é fundamental.

Qual é o custo desse estilo de vida para o nosso planeta? Embora sejam 5% da população mundial, os norte-americanos são responsáveis por 32% do consumo. Em média, cada cidadão dos EUA produz 760 quilos de lixo por ano – quase o dobro que um do Japão. O relatório State of the World 2010, da Worldwatch Foundation, calculou quantas pessoas o mundo conseguiria manter de forma adequada se elas tivessem os hábitos dos norte-americanos. Resultado: 1,4 bilhão. Porém, já somos 6,6 bilhões.

O dado mais alarmante é a pegada ecológica, conceito criado em 1992 por dois pesquisadores: o canadense William Rees e o suíço Mathis Wackernagel. O cálculo da pegada considera quantos hectares produtivos seriam necessários para recompor os recursos gastos pelo homem. O índice ideal, de acordo com eles, é 1,8 hectare, mas o mundo já consome 2,2. Os norte-americanos pre-cisariam de 9,4 hectares para manter seu ritmo: mais de cinco planetas.

“O consumo é um sintoma de um modo de vida, assim como a deterioração ambiental”, diz Eda Terezinha Tassara, professora do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Para ela, a publicidade usa imagens e valores para alimentar a vontade de consumir, pois cria novas necessidades e reinventa os objetos de desejo. E a máquina é poderosa: levantamento da agência McCann-Erickson estima que, em 2006, foram gastos 630 bilhões de dólares em publicidade no mundo. Esse valor representa mais da metade do PIB brasileiro no mesmo ano.

É claro que nem todos os norte-americanos vivem assim. Um exemplo no outro extremo são as pequenas comunidades conservadoras da igreja cristã Amish. Isoladas em áreas rurais, elas rejeitam o contato com o exterior a ponto de deixar de usar a energia elétrica. Os trajes, os equi-pamentos agrícolas e muitos hábitos do grupo pouco se alteraram do século XVIII para cá. Em algumas aldeias, há geradores a querosene e ônibus que levam os amish às cidades próximas em caso de emergência. Mas o uso de combustíveis poluentes é mínimo se comparado ao do restante do país. [...]

ALBERT, André. Como mudar hábitos de consumo para produzir menos lixo. Nova Escola, São Paulo, [s.d.]. Disponível em: < http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/pratica-pedagogica/habitos-consumo-lixo-produzido-reciclagem-tecnolo-gia-586717.shtml >. Acesso em: 5 abr. 2011.

1. De acordo com o texto, não é possível indicar como sendo uma forma de se exigir demais do planeta:

a) o ritmo alucinado das grandes cidades.

b) o crescente desmatamento que coloca em risco dezenas de espécies.

c) a produção crescente de equipamentos tecnológicos

d) o acúmulo de resíduos.

e) os hábitos cotidianos.

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12 Gêneros dos jornais e do mundo do trabalho

2. Entre as alternativas a seguir, apenas uma comprova que os EUA consomem mais do que precisam. Identifique-a:

a) Para a maior parte dos 310 milhões de norte-americanos, o consumo é a ferramenta ideal para atingir o ideal de vida confortável.

b) Graças a incentivos públicos, a partir de 1945, milhões de habitantes do país deixaram o agito das grandes cidades e migraram para casas maiores nos tranquilos subúrbios.

c) Dados de 2009 do US Census Bureau, responsável pelo censo norte-americano, indicam que cada lar é ocupado por, em média, 2,57 pessoas. Em 1950, eram 3,37.

d) Pesquisa da Pew Research Center de 2006 mostra que 71% da população acreditam que ter um aparelho de ar-condicionado em casa é fundamental.

e) As vendas de veículos caíram de 2001 para cá, mas a frota dos EUA continua sendo maior que o número de motoristas habilitados.

3. “O relatório State of the World 2010, da Worldwatch Foundation, calculou quantas pessoas o mundo conseguiria manter de forma adequada se elas tivessem os hábitos dos norte-americanos. Resultado: 1,4 bilhão. Porém, já somos 6,6 bilhões.” Com base nessa informação, é possível afirmar que:

a) o mundo não tem capacidade de manter, de forma adequada, mais da metade de seus habitantes.

b) o hábito de vida dos norte-americanos consegue manter de forma adequada apenas 1,4 bilhão de pessoas.

c) o número de habitantes dos EUA passou de 1,4 bilhão para 6,6 bilhões em 2010.

d) apenas cerca de 1/6 da população do planeta pode consumir como os norte-americanos.

e) cerca de 6,6 bilhões de habitantes estão impedidos de consumir da mesma forma que os norte-ameri-canos.

4. De acordo com o texto, o que é “pegada ecológica”? Explique esse conceito e aponte qual dado alarmante ele revela:

5. De acordo com a professora Eda Terezinha Tassara, qual o efeito da publicidade para a deterioração ambiental? Por que a professora Eda foi escolhida para opinar sobre o assunto?

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Reportagem

Agora que você já revisou o que é e como se constrói o gênero “notícia”, será trabalhado outro gênero textual muito comum em jornais e revistas impressos e on-line: a reportagem.

O texto “Como mudar hábitos de consumo para produzir menos lixo” é uma reportagem, um gênero que faz uma investigação a respeito de um assunto, segundo um ângulo escolhido pelo jornalista. Após a investigação, o jornalista seleciona os fatos e escreve sobre eles, integrando citações dos personagens ou de documentos importantes para validar os fatos apresentados.

É na reportagem que o talento do jornalista se evidencia, já que ele precisa tecer fatos, citações, documentos e argumentos de modo a informar e prender a atenção do leitor até o final do texto.

Em alguns casos, as reportagens apresentam também fotos que realcem o conteúdo informativo do texto, deixando-o ainda mais atrativo ao leitor.

Como elaborar uma reportagemUma reportagem é composta por:

a) Título: o título deve resumir o tema sobre o qual a reportagem versará e seduzir o leitor para a leitura do texto.

Exemplo: “Como mudar hábitos de consumo para produzir menos lixo”.

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6. Por que o repórter cita o exemplo dos amish? Qual a intenção do autor da reportagem ao citar esse exemplo?

7. Cite três semelhanças e três diferenças entre os textos “Consumo consciente: 60% dos consumidores aderem a práticas que geram economia” e “Como mudar hábitos de consumo para produzir menos lixo”:

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Note que a expressão “Como mudar hábitos” no início do título dá a impressão de que, ao ler a reportagem, o leitor aprenderá a produzir menos lixo. Esse recurso atrai quem está interessado em colaborar com o meio ambiente e, por isso, quer aprender como ajudar o planeta.

Como o título é conciso, cada palavra deve ser muito bem pensada.

b) Lide ou lead: é a síntese da reportagem. Assim como na notícia, o lide da reportagem deve apresentar os dados mais importantes, de modo a confirmar a expectativa levantada pelo título e intensificá-la para que o leitor leia a reportagem até o final. Não é à toa que o lide da reportagem é também conhecido como “ataque”.

Exemplo: O ritmo alucinado das grandes cidades está fazendo mal ao nosso planeta. Nossos hábitos cotidianos, como a produção crescente de equipamentos tecnológicos e o acúmulo de resíduos, estão exigindo da Terra mais do que ela pode suportar.

Repare que o lide é construído com duas afirmações que chamam a atenção do leitor para a urgência de se discutir o tema proposto pela reportagem:

Afirmação 1: O ritmo alucinado das grandes cidades está fazendo mal ao nosso planeta.Afirmação 2: Nossos hábitos cotidianos, como a produção crescente de equipamentos tecnológicos

e o acúmulo de resíduos, estão exigindo da Terra mais do que ela pode suportar.O lide é encerrado com uma possível solução para os problemas anunciados: “A saída é uma só:

conscientização”. E, é claro, a conscientização começa pela leitura da reportagem.Assim, o “ataque” da reportagem foi feito por meio de duas afirmações, destacando problemas a

serem combatidos, e com a apresentação de uma possível solução que passa pela leitura da reporta-gem, apresentada como uma forma de conscientização.

c) Corpo: é o desenvolvimento da reportagem, sendo mais complexo que o da notícia, já que a repor-tagem tem caráter investigativo-expositivo. No corpo, são fornecidas respostas mais detalhadas às questões “como” e “por quê”, previamente abordadas no lide.

Exemplo: Na virada do século, os norte-americanos gastaram 110 bilhões de dólares em restaurantes de refeições rápidas – ou 390 dólares por pessoa. E o conforto também está nas facilidades tecnológicas. Pesquisa da Pew Research Center de 2006 mostra que 71% da população acreditam que ter um aparelho de ar-condicionado em casa é fundamental. [...]

Características do texto de reportagema) O texto apresenta objetividade, detendo-se essencialmente no “como” e no “por quê”, já que, diferen-

temente do que ocorre com a notícia, que tem caráter meramente informativo, a reportagem apresenta também caráter investigativo.

Exemplo: O consumo está ligado ao mundo em que vivemos, em maior ou menor grau em diferentes países. Apesar de serem unânimes em afirmar que o hábito é responsável pelo esgotamento do planeta, os especialistas admitem que não é possível acabar com ele.

b) A reportagem pode imprimir comentários pessoais do jornalista e, inclusive, ser assinada por ele. Exemplo: É claro que nem todos os norte-americanos vivem assim. É claro para quem? É claro para o jornalista que, embora não tenha assinado a reportagem, manifesta um

comentário pessoal.

c) O discurso usado está, geralmente, na terceira pessoa do singular ou plural, podendo o repórter optar pelo uso da primeira pessoa, caso seja conveniente.

Exemplo: Quando se fala em consumo exagerado, no entanto, os Estados Unidos são o país que primeiro vem à nossa mente.

Exemplo: O consumo está ligado ao mundo em que vivemos, em maior ou menor grau em diferentes países.

d) A linguagem é clara, viva e tem um estilo que varia de acordo com a maneira de se exprimir do autor. Exemplo: Qual é o custo desse estilo de vida para o nosso planeta? Note que o autor utiliza um recurso retórico: a pergunta, para suscitar a reflexão por parte do leitor.

Isso faz parte do estilo do jornalista.

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Pesquise uma reportagem de seu interesse e, após ter feito uma análise do conteúdo, responda às questões a seguir:

1. Qual é o título da reportagem?

2. Explique de que modo o título da reportagem que você leu, além de resumir o tema do texto, consegue chamar a atenção do leitor para a leitura:

3. Quais são as informações mais importantes presen-tes no lide?

4. De que forma o “ataque” foi montado no lide a fim de que o leitor seja levado a se interessar pela leitura do restante da matéria?

5. Localize o tópico frasal de cada parágrafo que com-põe o corpo da reportagem e transcreva todos eles na ordem em que aparecem.

6. Observe se os argumentos são organizados da informação mais importante para a menos im-portante ou da menos importante para a mais importante.

7. Transcreva exemplos, extraídos da sua repor-tagem, que comprovem as características da linguagem do texto de reportagem elencadas a seguir:

a) O texto apresenta objetividade, detendo-se es-sencialmente no “como” e no “por quê”.

b) A reportagem pode imprimir comentários pes-soais do jornalista e, inclusive, ser assinada por ele.

c) O discurso usado está, geralmente, em terceira pessoa, podendo o repórter optar pelo uso da primeira pessoa, caso seja conveniente.

d) A linguagem é clara, viva e tem um estilo que varia de acordo com a maneira de se exprimir do autor.

e) O tom da reportagem é, muitas vezes, de denún-cia.

f) O uso de citação tem como objetivo dar maior veracidade às informações apresentadas pelo jornalista.

e) O tom da reportagem é, muitas vezes, de denúncia. Exemplo: Para a maior parte dos 310 milhões de norte-americanos, o consumo é a ferramenta ideal

para atingir o ideal de vida confortável.

f) O uso de citação tem como objetivo dar maior veracidade às informações apresentadas pelo jornalista. Exemplo: “O consumo é um sintoma de um modo de vida, assim como a deterioração ambiental”,

diz Eda Terezinha Tassara, professora do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. A citação deve vir sempre acompanhada do nome da pessoa que a proferiu e da ocupação dessa

pessoa, no caso Eda Terezinha Tassara, professora do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.

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Proposta 1

Escolha um tema de sua preferência e faça uma reportagem a respeito. Para isso:

a) Delimite o tema da sua reportagem. Por exemplo: o consumo de cosméticos por homens; o consumo de doces por crianças de 8 a 10 anos; o consumo de frituras por adolescentes de 14 a 18 anos, etc.

b) Organize um roteiro de perguntas para fazer entrevistas que lhe ajudem a aprofundar o tema. As perguntas vão depender do tema escolhido.

c) Entreviste pessoas em shoppings, lojas, nas ruas, na sua escola, etc. para coletar dados que podem ser apre-sentados em sua reportagem.

d) Converse com especialistas no assunto escolhido por você (médicos, psicólogos, professores, advogados, etc.). As falas dessas pessoas podem ser citadas em sua reportagem para comprovar os dados apresentados.

e) Ao redigir seu texto, fique atento para as partes componentes da reportagem e para a função de cada uma.

f) Lembre-se de que a reportagem tem caráter investigativo-informativo, portanto busque, investigue, mate a sua curiosidade para, depois, matar a curiosidade do seu leitor.

g) Crie seu estilo de redigir a reportagem: dialogando com o leitor ou optando por manter uma distância em relação a ele; fazendo ou não perguntas ao longo do texto. O importante é levar o leitor a querer ler seu texto até o final.

h) Você pode tornar sua reportagem mais interessante se utilizar fotos como argumentos para convencer o leitor. Por exemplo, se o tema for o consumo de frituras por adolescentes de 14 a 18 anos, você pode tirar uma foto somente da boca de alguém comendo aquele pastel gorduroso e a gordura escorrendo-lhe no queixo.

Proposta 2

(UEM – PR) A coletânea de textos a seguir aborda a temática O destino dos resíduos urbanos atualmente nas cidades. Tendo-a como apoio, redija o gênero textual solicitado.

Lixo urbanoJairo Augusto Nogueira Pinheiro

Desde o surgimento dos primeiros centros urbanos, a produção de lixo se apresenta como um problema de difícil solução. A partir da Revolução Industrial, com a intensificação da migração dos trabalhadores do campo para a cidade, aumentaram as dificuldades referentes à produção de resíduos sólidos de diferentes naturezas (domésticos, industriais, serviços de saúde, etc.). [...]

Os excedentes vão se acumulando cada vez em maior escala, colocando a questão do lixo urbano como uma das mais sérias a ser enfrentada atualmente. Com a elevação da população e, principalmente, com o estímulo dado ao consumismo, o problema tende a se agravar. [...]

A grande preocupação em torno do destino do lixo se dá principalmente em face da sua característica de inesgotabilidade, comprometimento de grandes áreas e pela sua complexidade estrutural, devido à grande variedade de materiais, desde substâncias inertes a substâncias altamente tóxicas. A heterogeneidade é uma das características principais dos resíduos sólidos urbanos, que apresentam uma composição qualitativa e quantitativa muito variada. Essas variações ocorrem geralmente em função do nível de vida e educação da população, do clima, dos modos de consumo, das mudanças tecnológicas, etc. [...]

A partir da Revolução Industrial, as fábricas começaram a produzir objetos de consumo em larga escala e a introduzir novas embalagens no mercado, aumentando consideravelmente o volume e a diversidade de resíduos gerados nas áreas urbanas. O homem passou a viver então a era dos descartáveis, em que a maior parte dos produtos – desde guardanapos de papel e latas de refrigerante, até computadores – são utilizados e

Wik

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Estrutura do

gênero textual

reportagem

@POR935

16 Gêneros dos jornais e do mundo do trabalho

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jogados fora com enorme rapidez. Ao mesmo tempo, o crescimento acelerado das metrópoles fez com que as áreas disponíveis para colocar o lixo se tornassem escassas. A sujeira acumulada no ambiente aumentou a poluição do solo e das águas e piorou as condições de saúde das populações em todo o mundo, especialmente nas regiões menos desenvolvidas.

Até hoje, no Brasil, a maior parte dos resíduos recolhidos nos centros urbanos é simplesmente jogada sem qualquer cuidado em depósitos existentes nas periferias das cidades. O lixo urbano é, portanto, um dos maiores problemas da atualidade, pois os moldes de consumo adotados pela maioria das sociedades modernas estão provocando um aumento contínuo e exagerado na quantidade de lixo produzido.

(Texto adaptado de http://www.webartigos.com/articles/10684/1/Lixo-Urbano/pagina1.html)

Destinação correta dos resíduos sólidos urbanos requer inicialmente investimentos da ordem de R$ 1,3 bilhão

Mônica Pinto

O Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil é um estudo realizado pela Associação Brasileira de Empre-sas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais – Abrelpe – desde 2003. Em sua segunda edição, com dados referentes ao ano de 2004, ele mostra que a questão do lixo no país demanda não só vontade política para fazer andarem os projetos, para levar ao povo procedimentos de asseio basilares.

Mais que isso, todo esse processo requer investimentos vultosos, da ordem de R$ 1,3 bilhão na fase pré-operacional e R$ 80 milhões/mês na fase operacional. [...]

O Brasil tem hoje 237 cidades, em todas as regiões, com coleta seletiva de lixo. Parece pouco diante do universo de 5 560 sob a bandeira verde-amarela, mas a curva é ascendente e os números otimistas. Ainda mais se observados os estímulos à reciclagem, que invariavelmente caminham junto com a coleta seletiva. Os dados mais significativos quanto à reciclagem podem ser sintetizados a seguir:

a taxa de recuperação de papéis recicláveis evoluiu de 30,7%, em 1980, para 43,9%, em 2002; a reciclagem de plásticos pós-consumo é da ordem de 17,5, sendo que, na Grande São Paulo, o índice

é de 15,8% e, no Rio Grande do Sul, é da ordem de 27,6%; a reciclagem de embalagens PET cresceu de 16,25%, em 1994, para 35%, em 2002; a reciclagem das embalagens de vidro cresceu de 42% para 45% entre 2001 e 2003; o índice de reciclagem de latas de aço para bebidas evolui de 43%, em 2001, para 75%, em 2003.

(Texto adaptado de http://noticias.ambientebrasil.com.br/exclusivas/2005/06/28/19786-exclusivo-destinacao-correta-dos-residuos-solidos-urbanos-requer-icialmenteinvestimentos-da-ordem-de-r-13-bilhao.html)

Você sabe a diferença entre lixão, aterro controlado e aterro sanitário?Um lixão é uma área de disposição final de resíduos sólidos sem nenhuma preparação anterior do solo.

Não tem sistema de tratamento de fluentes líquidos – o chorume (líquido preto que escorre do lixo). Este penetra pela terra levando substâncias contaminantes para o solo e para o lençol freático. [...] No lixão, o lixo fica exposto sem nenhum procedimento que evite as consequências ambientais e sociais negativas.

Já o aterro controlado [...] é uma célula adjacente ao lixão [...] que recebeu cobertura de argila, grama (idealmente selado com manta impermeável para proteger a pilha de água de chuva), captação de chorume e gás. [...] Tem também recirculação do chorume que é coletado e levado para cima da pilha do lixo, dimi-nuindo a sua absorção pela terra ou eventualmente outro tipo de tratamento. [...]

Aterro sanitário [...] tem o terreno preparado previamente com o nivelamento de terra e com o selamen-to da base com argila e mantas de PVC extremamente resistente. Com essa impermeabilização do solo, o lençol freático não será contaminado pelo chorume. [...] A operação do aterro sanitário, assim como a do aterro controlado, prevê a cobertura diária do lixo, não ocorrendo a proliferação de vetores, mau cheiro e poluição visual.

(Texto adaptado de http://www.lixo.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=144&Itemid=251)

Gênero textual 1 – notíciaRedija uma notícia, com até 15 linhas, aos leitores do Jornal da Cidade, apresentando informações sobre o destino dos resíduos urbanos nas cidades brasileiras.

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Quem escolhe a profissão de jornalista deve se pre-parar, ainda na faculdade, para chegar ao mercado de trabalho com um mínimo de experiência. Durante a graduação, os estudantes devem tirar proveito dos labo-ratórios em diferentes áreas ou ingressar em programas de trainee mantidos pelas empresas de comunicação. [...]

Portas de entrada para o mercado de trabalhoPara complementar o ensino teórico em sala de aula,

as escolas de comunicação social de melhor nível desen-volvem, como meio de acesso à prática do jornalismo, a produção de diferentes produtos jornalísticos, entre os quais periódicos feitos pelos próprios alunos e que, em alguns casos, são distribuídos para a comunidade do campus ou para os moradores do bairro em que atua.

Os veículos mais comuns são jornais e revistas, mas há instituições que também produzem sites e programas de rádio e TV. Esses veículos, estruturados como disci-plinas obrigatórias do curso de graduação, têm a função de preparar os alunos para o mercado de trabalho, e os estudantes participam de todas as etapas do desen-volvimento: reunião de pauta, reportagem e edição de textos. “Esses laboratórios são a melhor maneira de preparar o aluno para o mercado de trabalho. Por isso é imprescindível que ele participe ativamente”, afirma Cristiane Finger, coordenadora do curso de Jornalismo da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

Outra modalidade de prática que vem se tornando co-mum nas escolas de jornalismo são as empresas juniores. Além de preparar o jovem para o dia a dia profissional, representam eficiente meio de acesso ao mercado de tra-balho. Muitos dos estudantes que passam por essa etapa acabam sendo contratados por empresas para as quais já prestaram algum tipo de serviço enquanto estagiavam nas juniores.

O ingresso em programas de trainee promovidos por veículos de comunicação também se destaca como um caminho para pôr em prática o que se aprende durante o curso, além de facilitar o acesso ao primeiro emprego. Os estágios independentes, divulgados em anúncios nos murais das escolas, também podem ser uma alternativa, desde que não se transformem em subempregos. [...]

Por ser ainda estudante, o estagiário não deve se res-ponsabilizar por atividades que não correspondam à sua condição de aprendiz, tais como a responsabilidade pela veiculação de material jornalístico ou outra atividade de-finida como privativa do jornalista profissional, de acordo com o Decreto no 83.284, de 13 de março de 1979, que regulamenta a profissão.

Entre as atividades que podem ser desenvolvidas pelos

estagiários, estão as seguintes:— clipping (pesquisa de material publicado pelos veí-

culos de comunicação);— rádio-escuta (acompanhamento de noticiário divul-

gado pelos veículos eletrônicos);— mailing/follow up (envio e confirmação de recebi-

mento de material enviado para os veículos pelas asses-sorias de imprensa);

— pesquisa (coleta prévia de material a respeito de determinado assunto, para elaboração da pauta);

— agenda (agendamento e confirmação de entrevistas);— paginação eletrônica (aplicação de textos e fotos

em sites);— arquivamento (de fotos, vídeos, fitas cassete e tex-

tos). [...]

Dez mandamentos do futuro jornalista1. O domínio da língua portuguesa é requisito básico na

profissão. Habitue-se a ler diariamente jornais, revistas e livros e a manter-se atualizado com os demais meios de comunicação.

2. Prepare-se para passar alguns sábados e domingos dentro de uma redação ou na rua apurando uma matéria. A notícia não cumpre agenda e precisa ser divulgada todos os dias, sem descanso.

3. Saiba que o trabalho em equipe é importante na profissão. Ouça o que as pessoas têm a dizer, aprenda com os mais velhos e respeite os mais jovens. O jornalismo é uma carreira dinâmica, e nada melhor do que construir uma sólida rede de contatos.

4. Nem o melhor dos jornalistas sabe tudo de todos os assuntos. Seja humilde e, em dúvida, não tenha vergonha de perguntar.

5. Domine as ferramentas básicas de informática e aprenda um ou mais idiomas, em especial o inglês.

6. Descubra “quem é quem” na área; mais do que isso, saiba construir sua rede de relacionamento, sua network, importante em qualquer carreira, principalmente na área de comunicação.

7. Seja curioso, busque novos conhecimentos e amplie seus horizontes. Um bom jornalista tem na bagagem um vasto repertório de informações.

8. Seja ético e honesto em seu trabalho, pois só assim conseguirá o respeito e a credibilidade que o distinguirão na carreira.

9. Procure especializar-se numa área pela qual você tenha interesse genuíno.

10. Valorize a vida acadêmica e desenvolva senso crítico para ingressar e permanecer no mercado de trabalho.

Conheça o mercado de trabalho do jornalismo e veja como conseguir emprego

CONHEÇA o mercado de trabalho do jornalismo e veja como conseguir emprego. Folha de S.Paulo, São Paulo, 29 jan. 2009. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/publifolha/ult10037u320943.shtml>. Acesso em: 6 abr. 2011.

18 Gêneros dos jornais e do mundo do trabalho

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a) Unindo os conhecimentos que você adquiriu ao longo do bimestre, você acha que o consumo consciente pode ser uma forma de não se deixar alienar pela cultura pop?

b) Por falar em consumo consciente, você sabe exatamente quanto você gasta por mês?

c) Independentemente da profissão que você vai escolher, já pensou em planejar seu futuro financeiro?

d) Você sabe qual é o rendimento mensal da poupança?

e) Já ouviu falar em aposentadoria privada?

f) Que outro investimento você conhece?

g) Em sua opinião, é importante ter aula de Matemática Financeira para auxiliá-lo a organizar suas finanças?

Aulas de consumo conscienteO comitê que regula e fiscaliza o mercado de capitais brasileiro em parceria com a Bolsa de Valores de São

Paulo (Bovespa), intitulado Comerec, atestou através de um minucioso estudo o baixo nível da educação finan-ceira no Brasil. Os dados são alarmantes.

Durante a pesquisa foi levantado que quase 70% dos consumidores brasileiros têm uma planilha para orga-nizar os gastos da família e 66% dizem guardar os comprovantes de suas compras. Por outro lado, três em cada dez brasileiros pagam somente o valor mínimo da fatura do cartão de crédito, e pelo menos 25% afirmam ter restrições cadastrais em seu nome.

Para iniciar a reversão do quadro, o comitê criou na semana passada a Estratégia Nacional de Educação Financeira (Enef). Para o cidadão, a criação quer dizer acesso ao tema educação financeira nas salas de aula.

A iniciativa já começou a ser implantada em algumas escolas das capitais brasileiras. Desde agosto, por exemplo, 810 escolas públicas de São Paulo aplicaram o tema educação financeira nas matérias tradicionais da grade curricular. A previsão é de que o projeto seja ampliado em 2011 para outros estados, inclusive o Rio Grande do Sul.

Mas, infelizmente, o tema deve demorar a se fazer presente no currículo da maioria das escolas locais. É pre-ciso despertar para que este tema seja abordado não só nas escolas, mas em casa e na mídia para que, desde cedo, as pessoas possam lidar com o dinheiro de uma forma mais prazerosa. Os crescentes índices de inadimplência mostram como as pessoas lidam mal com dinheiro, criando uma espiral endividatória [sic] que compromete a qualidade de vida por meses e, em alguns casos, por anos.

Qual a sua relação com o dinheiro? Necessidade ou desejo? Devemos comprar o que precisamos, quando precisamos e não só porque está na promoção. Consumir é muito importante para o giro da economia, pois gera produção, emprego e renda. Mas é preciso um consumo consciente. Pensar em educação financeira é muito importante seja qual for a sua profissão, por mais humilde que ela seja, pois ela é para toda a vida.

É justamente pensando nisso que a Estratégia Nacional de Educação Financeira também quer atingir o público adulto. Projeto embrionário que deve ganhar força em 2011. Empresas, ONGs e faculdades poderão convocar especialistas do comitê para explanar sobre o complexo tema em suas dependências. Atividades on-line também devem ser expandidas para alcançar um número maior de adultos e crianças.

Especialistas afirmam que educação financeira não tem a ver com nível de escolaridade. Na verdade, trata-se de um problema global. O tema é objeto de preocupação em diversos lugares do mundo, não só no Brasil. E se dependermos de nosso atual sistema previdenciário, só há uma certeza para nosso futuro financeiro: isso não será suficiente. E o que fazer então? Esse aprendizado se torna essencial ao nosso dia a dia, com qualidade de vida da infância à melhor idade.AULAS de consumo consciente. Diário Popular, Pelotas, 29 dez. 2010. Disponível em: <http://www.diariopopular.com.br/site/content/noticias/detalhe.php?id=8&noticia=31618>. Acesso em: 5 abr. 2011.

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1. Qual é a ideia principal do texto que você acabou de ler?

2. Utilizando sua capacidade de inferência, explique qual o possível motivo de o autor do texto usar a frase que usou no final do primeiro parágrafo:

3. De acordo com os dados apresentados pelo Comerec, não se pode afirmar que:

a) 70% dos brasileiros organizam seus gastos familiares.

b) mais da metade da população guarda os comprovantes de suas compras.

c) 30% dos brasileiros paga somente o valor mínimo da fatura do cartão de crédito.

d) apenas 30% dos brasileiros possuem cartão de crédito.

e) ¼ da população possui restrições cadastrais.

4. Qual foi a solução encontrada para difundir a ideia do consumo consciente?

5. Que argumentos o autor do texto usa para mostrar como as pessoas usam mal o dinheiro?

6. Há um momento em que o autor do texto se dirige ao leitor. Em que parágrafo isso ocorre? Qual a intenção dessa estratégia argumentativa?

7. No último parágrafo, o autor retoma o tom ameaçador com que terminou o primeiro parágrafo. Isso pode ser comprovado pela utilização do seguinte argumento:

a) “Especialistas afirmam que educação financeira não tem a ver com nível de escolaridade.”

b) “Na verdade, trata-se de um problema global. O tema é objeto de preocupação em diversos lugares do mundo, não só no Brasil.”

c) “E se dependermos de nosso atual sistema previdenciário, só há uma certeza para nosso futuro financeiro: isso não será suficiente.”

d) “E o que fazer então?”

e) “Esse aprendizado se torna essencial ao nosso dia a dia, com qualidade de vida da infância à melhor idade.”

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Estrutura

do gênero

textual

editorial

@POR687

Editorial

O texto cujos sentidos você acabou de ampliar é um editorial. Como o próprio nome já diz, o editorial é o texto que expressa a opinião dos editores de um jornal ou revista a respeito de um tema de repercussão pública.

Estrutura do editorial:O editorial pode ser estruturado da seguinte forma:

a) Ideia principal: Expressa o ponto de vista do jornal ou revista sobre o tema, que deve ficar claro já no primeiro parágrafo.

Exemplo: “O comitê que regula e fiscaliza o mercado de capitais brasileiro em parceria com a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), intitulado Comerec, atestou através de um minucioso estudo o baixo nível da educação financeira no Brasil. Os dados são alarmantes.”

É possível observar que o primeiro parágrafo traz um fato e uma opinião.Fato: O comitê que regula e fiscaliza o mercado de capitais brasileiro atestou através de um mi-

nucioso estudo o baixo nível da educação financeira no Brasil.Opinião: “Os dados são alarmantes”.Repare que é na opinião do jornal que os dados apresentados são tidos como alarmantes. Olhando

por outro lado, é possível achar dados animadores que mostram que quase 70% da população brasileira organizam sua vida financeira por meio de planilhas.

b) Desenvolvimento: Constituído por argumentos que fundamentam a tese da ideia principal apre-sentada no primeiro parágrafo. Esses argumentos visam persuadir o leitor de que a tese defendida pelo veículo de comunicação é consistente. Os argumentos podem ser dos mais variados estilos:

Apresentação de dados numéricos: Exemplo: Durante a pesquisa foi levantado que quase 70% dos consumidores brasileiros têm

uma planilha para organizar os gastos da família e 66% dizem guardar os comprovantes de suas compras.

Apresentação de dados que tentam refutar a tese apresentada pelo editorial no pa-rágrafo inicial:

Exemplo: Para iniciar a reversão do quadro, o comitê criou na semana passada a Estratégia Nacional de Educação Financeira (Enef).

Exemplo: A iniciativa já começou a ser implantada em algumas escolas das capitais brasileiras.

Refutação dos argumentos contrários para confirmar a veracidade da tese:

Exemplo: Mas, infelizmente, o tema deve demorar a se fazer presente no currículo da maioria das escolas locais.

Diálogo com o leitor de modo a pressioná-lo a aceitar a tese defendida pelo jornal ou revista:

Exemplo: Qual a sua relação com o dinheiro? Necessidade ou desejo? Devemos comprar o que precisamos, quando precisamos e não só porque está na promoção.

c) Conclusão: Composta pelo último parágrafo do texto, tende a reforçar o que foi afirmado no primeiro parágrafo.

Exemplo: Especialistas afirmam que educação financeira não tem a ver com nível de escolaridade. Na verdade, trata-se de um problema global. O tema é objeto de preocupação em diversos lugares do mundo, não só no Brasil. E se dependermos de nosso atual sistema previdenciário, só há uma certeza para nosso futuro financeiro: isso não será suficiente. E o que fazer então? Esse aprendizado se torna essencial ao nosso dia a dia, com qualidade de vida da infância à melhor idade.

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(ENEM)

A carreira do crimeEstudo feito por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz sobre adolescentes recrutados pelo tráfico

de drogas nas favelas cariocas expõe as bases sociais dessas quadrilhas, contribuindo para explicar as dificuldades que o Estado enfrenta no combate ao crime organizado.

O tráfico oferece ao jovem de escolaridade precária (nenhum dos entrevistados havia completado o ensino fundamental) um plano de carreira bem estruturado, com salários que variam de R$ 400,00 a R$ 12.000 mensais. Para uma base de comparação, convém notar que, segundo dados do IBGE de 2001, 59% da população brasileira com mais de dez anos que declara ter uma atividade remunerada ganha no máximo o ‘piso salarial’ oferecido pelo crime. Dos traficantes ouvidos pela pesquisa, 25% recebiam mais de R$ 2.000 mensais; já na população brasileira essa taxa não ultrapassa 6%.

Tais rendimentos mostram que as políticas sociais compensatórias, como o Bolsa-Escola (que paga R$ 15,00 mensais por aluno matriculado), são por si só incapazes de impedir que o narcotráfico continue ali-ciando crianças provenientes de estratos de baixa renda: tais políticas aliviam um pouco o orçamento familiar e incentivam os pais a manterem os filhos estudando, o que de modo algum impossibilita a opção pela deliquência. No mesmo sentido, os programas voltados aos jovens vulneráveis ao crime organizado (circo-escola, oficinas de cultura, escolinhas de futebol) são importantes, mas não resolvem o problema.

A única maneira de reduzir a atração exercida pelo tráfico é a repressão, que aumenta os riscos para os que escolhem esse caminho. Os rendimentos pagos aos adolescentes provam isso: eles são elevados precisamente porque a possibilidade de ser preso não é desprezível. É preciso que o Executivo federal e os estaduais desmontem as organizações paralelas erguidas pelas quadrilhas, para que a certeza de punição elimine o fascínio dos salários do crime.Editorial. Folha de S. Paulo. 15 jan. 2003.

Com base nos argumentos do autor, o texto:

a) faz uma denúncia de quadrilhas que se organizam em torno do narcotráfico.

b) constata que o narcotráfico restringe-se aos centros urbanos.

c) traz a informação de que as políticas sociais compensatórias eliminarão a atividade criminosa a longo prazo.

d) tenta convencer o leitor de que, para haver a superação do problema do narcotráfico, é preciso au-mentar a ação policial.

e) realiza uma exposição numérica com o fim de mostrar que o negócio do narcotráfico é vantajoso e sem riscos.

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Proposta 1:

Coloque-se no lugar do editor de um jornal que, observando o comportamento do seu filho, que quer tudo o que aparece na TV, resolve escrever um editorial discutindo a influência da cultura pop sobre o consumo das pessoas.

Redija um editorial posicionando-se em relação ao tema “A influência da cultura pop sobre o consumo”.No seu editorial você deve:a) apresentar sua posição a respeito do tema já no primeiro parágrafo;b) elencar argumentos que sustentem sua posição;c) retomar, na conclusão, a tese defendida no primeiro parágrafo.

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Proposta 2:

Simulado Unicamp 2010

Coloque-se na posição de um jornalista que, com base na leitura do texto abaixo, deverá escrever um editorial, isto é, um artigo jornalístico opinativo, para um importante jornal do país, discutindo o crescimento do e-lixo no Brasil. Seu texto deverá, necessariamente:

abordar dois dos problemas relacionados ao crescimento do e-lixo no Brasil levantados pelo texto abaixo;

apontar uma forma possível de enfrentar esse crescimento.

Atenção: Por se tratar de um editorial, você deverá atribuir um título ao seu texto.Lembre-se de que não deverá recorrer à mera colagem de trechos do texto lido.

Aumento na geração de e-lixo e responsabilidade compartilhadaQuando você descarta um equipamento eletrônico, você está gerando o que se conhece como “e-lixo”.

São materiais tais como pilhas, baterias, celulares, computadores, televisores, DVD’s, CD’s, rádios, lâm-padas fluorescentes e muitos outros que, se não tiverem uma destinação adequada, vão parar em aterros comuns e contaminar o solo e as águas, trazendo danos para o meio ambiente e para a saúde humana. Com a rápida modernização das tecnologias, os aparelhos tornam-se ultrapassados em uma velocidade assustadora. Na composição dos equipamentos eletrônicos existem substâncias tóxicas como mercúrio, chumbo, cádmio, belírio e arsênio – altamente perigosos à saúde humana.

A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu em 22 de fevereiro de 2010 medidas urgentes contra o crescimento exponencial do lixo de origem eletrônica em países emergentes como o Brasil. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) apresentou um relatório que ressalta a urgência de estabelecer um processo ambicioso e regulado de coleta e gestão adequada do lixo eletrônico uma vez que a geração desse lixo cresce mundialmente a uma taxa de cerca de 40 milhões de toneladas por ano.

Casemiro Tércio Carvalho, coordenador de planejamento ambiental da Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo, credita a posição do Brasil à ampliação da inclusão digital no país e ao aumento do poder aquisitivo das classes C, D e E. Para o professor Fernando S. Meirelles, da FGV (Fundação Getúlio Vargas), a questão do lixo eletrônico no Brasil não é necessariamente um problema de governo. “É um fator cultural. O mercado de reciclados ainda é muito incipiente e não há coletores suficientes.”

Embora ainda tramite no Senado o projeto de lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS (aprovado pela Câmara dos Deputados em março de 2010 após 19 anos de tramitação), é possível fazer alguns comentários sobre o conjunto de obrigações legais que estruturarão juridicamente, no Brasil, a Logística Reversa (o retorno do equipamento usado para o fabricante ou comerciante), que tem como implicação a Responsabilidade Compartilhada entre os Produtores/Fabricantes, os Comerciantes e Distribuidores, e os Consumidores. Está visto que não adianta a boa vontade dos consumidores se não existir uma infraestrutura de recolha do lixo eletrônico. É essa falta de estrutura que representa o grande entrave na política de gestão prevista na PNRS. Não podemos ignorar que a nossa cultura de gestão de resíduos é “zero”. Daí por que o planejamento de política pública é o ponto inicial para qualquer medida que pretenda ser eficaz nessa área.

(Adaptado das seguintes fontes: http://www.e-lixo.org/elixo.html (acessado em abril de 2010); www.uol.com.br por Juan Palop (publicada em 22.02.2010) e http://lixoeletronico.org por Diogo Guanabara (publicado em 20.04.2010) FONTE: http://www.comvest.unicamp.br/vest2011/simulado/download/simulado2011.pdf

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Gêneros dos jornais e do mundo do trabalho24

Resumo2

Uma escolha profissional consciente leva em conta pelo menos três elementos: quem é você, o que se estuda durante o curso e como é o dia a dia da profissão. “O primeiro ponto importante para uma decisão responsável é o autoconhecimento. O estudante deve se voltar para ele mesmo, precisa conhecer suas habilidades, seus interesses e seus valores”, afirma Selena Garcia Greca, psicóloga especialista em orientação profissional e desenvolvimento de carreira. Não adianta cursar Arquitetura ou Design, por exemplo, se você não possui um traço legal na hora de desenhar, ou estudar Filosofia se não está disposto a ficar horas e horas lendo.

O próximo passo é buscar informações sobre o curso em que você planeja passar quatro ou cinco anos. Uma dica importante é verificar a qual grande área do conhecimento a graduação pertence: Ciências Humanas, Ciências Biológicas ou Ciências Exatas. “Muitos escolhem Engenharia Ambiental imaginando que é um curso da área Biológica, porque trata do meio ambiente. E só descobrem que a graduação está ligada à área de Exatas quando estão dentro do curso”, alerta.

A carreiraAs feiras de cursos e profissões organizadas por escolas e universidades são uma boa oportunidade para co-

nhecer a rotina de cada profissão. Além disso, é importante visitar ambientes de trabalho e conversar tanto com quem acabou de entrar no mer-

cado quanto com profissionais mais experientes. O objetivo é conhecer o lado agradável e o lado espinhoso da profissão. “Proponho ao aluno fazer entrevis-

tas com profissionais. Ele deve levar uma lista de perguntas. O estudante pode questionar quais foram as piores dificuldades que o profissional encontrou e como enfrentou a situação”, exemplifica Flávio Pereira, psicólogo e conselheiro vocacional.

[...]

Os três pilares que sustentam a escolha da profissãoConhecer a si mesmo, saber como será o curso e se informar a respeito do dia a dia da carrei-

ra são passos fundamentais para acertar na decisão. Veja onde buscar essas informações.

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AutoconhecimentoQuem está muito indeciso pode procurar pelos serviços de orientação profissional oferecidos por universidades,

escolas e consultórios de psicologia. Não se deve confundir orientação profissional com teste vocacional, modelo muito comum há alguns anos e que ainda é encontrado aos montes na internet.

O teste consiste num questionário rápido e simples, que aponta algumas áreas de afinidade do estudante. A orientação inclui também entrevistas com psicólogos, pesquisas sobre as diferentes ocupações e, algumas vezes, dinâmicas de grupo.

“É um processo mais demorado, que depende muito de cada pessoa. Há jovens que em três ou quatro encontros semanais já definiram uma carreira. Mas, em média, são necessários oito encontros”, afirma a psicóloga Luciana Albanese Valore.

A orientação profissional não aponta os cursos ideais para cada um; essa é uma decisão que só você pode tomar. “Não é dada uma resposta pronta. Costumo dizer que a pessoa entra com uma minhoca ou duas na cabeça e sai com várias. Mas os encontros criam um antídoto contra fantasias, da pessoa que participa da orientação e dos outros que convivem com ela”, explica Flávio Pereira, psicólogo e conselheiro vocacional.

O cursoUm dos caminhos é visitar feiras. Nesses locais você pode conversar com estudantes e professores, que apre-

sentarão o curso e as possibilidades de atuação profissional. Não se esqueça, porém, de que essas pessoas estarão lá para convencê-lo. “Na faculdade, o pessoal está pre-

parado para vender o curso. Isso pode gerar mais fantasia na cabeça do jovem”, afirma Flávio Pereira, psicólogo e conselheiro vocacional.

Luciana Valore concorda e diz que é importante procurar também outras fontes de informação. “Nas feiras, alunos e professores apaixonados pelo curso é que falam sobre a profissão. De preferência, o jovem deve conversar com vários profissionais, com pessoas do meio acadêmico e com quem está no mercado”, diz.

Outra dica é conhecer as matérias básicas de cada curso e analisar os currículos de várias instituições de ensino, pois a mesma graduação pode ter ênfase diferente de acordo com a universidade. Você também deve visitar os laboratórios e as outras instalações do curso, para verificar como se sente nesses locais.

[...]

CAMPOS, Marcela. Os três pilares que sustentam a escolha da profissão. Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/vestibular/conteudo.phtml?tl=1&id=1098270&tit=Os-tres-pilares-que-sustentam-a-escolha-da-profissao>. Acesso em: 14 nov. 2011.

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26 Gêneros dos jornais e do mundo do trabalho

1. De acordo com o texto, quais são os três pilares para a escolha de uma profissão?2. De acordo com o texto, qual a importância do autoconhecimento para a escolha de uma profissão?3. De acordo com o texto, de que forma conhecer a carreira pode auxiliar na escolha da profissão?4. Com base no que você leu, é possível afirmar que conhecer peculiaridades a respeito do curso

auxilia na escolha da profissão? 5. Agora, resgate as respostas dadas nas questões anteriores, unindo-as de modo coeso e coerente.

Faça os ajustes necessários para tornar seu texto o mais lógico possível.

Repare que, respondendo à questão 5, você acabou deixando o texto lido mais curto, mas manteve as informações tidas como mais relevantes no texto original. A esse tipo de técnica dá-se o nome de resumo.

Ao contrário do que se possa pensar, o resumo não é apenas uma técnica de escrita, mas uma técnica de leitura e apreensão de conteúdo. Ele tem por objetivo apresentar com fidelidade ideias ou fatos essenciais contidos em um texto. Por isso, esse gênero textual exige uma boa capacidade de leitura e síntese, pois o resumo tem que reduzir o texto original, mantendo sua estrutura e seus pontos essenciais. Em um resumo, não se pode colar partes do texto original, alegando que isso traria mais fidelidade às ideias apresentadas. O resumo precisa ser autoral, pois é o resultado de uma síntese de leitura, de uma “filtragem” das ideias essenciais do texto.

Para se elaborar um resumo, é preciso:

ler atentamente o texto, selecionando os tópicos frasais de cada parágrafo (a ideia principal);

classificar as ideias do parágrafo em principal e secundária(s);

identificar os principais recursos utilizados para fundamentar as ideias (exemplos, comparações, depoimentos, dados numéricos). Esses recursos não são utilizados no resumo, mas servem para a compreensão das informações presentes no texto original;

elaborar um esquema de resumo, separando as ideias de acordo com a ordem em que aparecem;

redigir o texto, cuidando para que ele tenha sequência lógica, coesão e coerência. O resumo não é uma colcha de retalhos, mas um texto coeso;

fazer menção ao autor do texto original, deixando claro no resumo, por diversas formas, que aqueles são posicionamentos do autor. A voz do autor do texto original não pode ser confundida com a voz do autor do resumo.

Características do resumo

Da telinha para a vida realÉ comum séries de tevê influenciarem as escolhas dos vestibas. Mas cuidado: nem sempre o que elas

mostram é realmente o que está à espera do futuro profissional

É bem conhecido o potencial dos seriados de tevê para gerar milhares de fãs completamente viciados, que não perdem nenhum capítulo e são capazes de passar horas falando sobre seus perso-nagens prediletos. Mas algumas vezes, mais do que entreter, elas influenciam na escolha de profissões. Ainda que muitas vezes a rotina dos personagens não reflita exatamente o que acontece na vida real, esses médicos, policiais ou jornalistas da ficção inspiram em muitos jovens o desejo de viver as situações apre-sentadas. O Vestibular escolheu algumas das séries

que dão ênfase a profissões específicas e apresenta um paralelo entre aquilo que os episódios mostram e o verdadeiro dia a dia de quem trabalha na área.

Smallville(por Jônatas Dias Lima)

Uma das profissões mais romantizadas pela cul-tura moderna não poderia ficar de fora do mundo das séries de tevê. Em Smallville, o jornalismo é apenas pano de fundo para as histórias do jovem Clark Kent, mas elementos da profissão estão presentes desde o

Estrutura do

gênero textual

resumo

@POR1142

Dicas sobre

como elaborar

um resumo

@POR1060

@

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primeiro capítulo até a última das dez temporadas que a série teve.

Muito antes da aparição do jornal "Planeta Diá-rio", imortalizado pelos quadrinhos e pelo cinema, em Smallville é uma amiga de Clark Kent quem exerce primeiro o papel de jornalista, com todos os estereótipos frequentemente vinculados à área. Chloe Sullivan é responsável pelo jornal da escola em que Kent e seus amigos estudam.

[...]“Smallville apresenta uma característica das es-

colas norte-americanas, que é a existência de um jor-nal estudantil. Essa não é uma prática muito comum por aqui”, diz Rodolfo Stancki, repórter da “Gazeta do Povo” e fã da série. Além de assistir Smallville, Stancki acumula outros materiais relacionados ao jornalista superpoderoso, como quadrinhos, DVDs da série Lois & Clark (dos anos 90), filmes do Su-perman da década de 80 e até uma antiga série sobre o herói produzida nos anos 50.

Nas temporadas finais, quando Kent enfim che-ga a Metrópolis, outros aspectos da rotina jornalística passam a ser retratados, como o começo modesto dentro do “Planeta Diário”, escrevendo obituário e classificados, e, mais adiante, a evolução para um profissional competente, mas workaholic, incapaz de se desligar da rotina de investigações. “Nessa fase de Smallville, o jornalismo é retratado como algo romântico, realmente capaz de transformar a sociedade, quase tão poderoso quanto o próprio Superman”, conta Stancki.

Marcia Sttopa, aluna do 5º. período de jornalismo na Uni Brasil, também assiste a Smallville e comenta situações vividas pelos perso-nagens que refletem uma dificuldade real na área. “Quando descobriam crimes feitos por alguma pessoa influente, os

envolvidos sempre tentavam impedir a publicação das matérias”, conta Marcia, que, apesar de gostar de Clark Kent, revela a preferência por um outro jornalista famoso dos quadrinhos, o fotógrafo Peter Parker (o Homem-Aranha).

[...]

House(por Anna Simas)

Ele é irônico, sarcástico e mal-humorado, mas consegue desvendar os mistérios da medicina como nenhum outro profissional. Assim como um de-tetive, junta quebra-cabeças a partir dos sintomas dos pacientes e consegue curar doenças raras, que requerem diagnósticos sofisticados e brilhantes. O Doutor House, protagonista da famosa série de mes-mo nome que acaba de encerrar a sétima temporada, serve de inspiração para muitos vestibulandos que pretendem cursar Medicina. Mas cuidado: decidir a profissão apenas pela série é um equívoco. Nem tudo o que o genial médico e sua equipe fazem é o que realmente acontece no dia a dia da profissão.

“Ele não tem contato com o paciente, e isso é impossível, principalmente para fazer um diagnósti-co. O lado humano – que o House não tem – é muito forte na profissão. Se você não gosta de pessoas e não se preocupa com elas, essa não é a sua área”, diz o médico cardiologista e chefe da emergência do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Eduardo Ferreira Lourenço.

As doenças raras que aparecem na série tam-bém não são tão frequentes na vida real e, quando elas acontecem, é normal que um bom médico tente todos os esforços para tratar o caso. Não funciona como é em House, em que o protagonista é o único a solucionar um caso.

Mas as semelhanças também existem. Na hora de descobrir a doença, o médico busca pistas na conversa com o paciente, independentemente da especialidade. Além disso, o glamour, aquela sen-sação de um certo poder em curar uma vida que aparece na série, também é recorrente na realidade.

A estudante de Medicina Priscilla Avellar, que era fã da série antes de entrar na faculdade, con-segue sentir na prática algumas características de House. “Quando estava no cursinho eu o via deci-frando os casos, ligando um sintoma a outro para

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descobrir a doença e achava muito legal. Hoje, que estou no quinto ano do curso e já estudei bastante, vejo que muita coisa faz sentido, que os casos que

ele e sua equipe pegam fazem parte da realidade médica.”

[...]

Utilize o que você aprendeu sobre resumo e, em seu caderno, resuma os textos anteriores. Para isso, utilize a tabela de resumos e não se esqueça de que o resumo deve ser coeso e coerente.

Parágrafosdo texto original

Tópicos frasais Ideias secundáriasRecursos para funda-

mentar as ideias

Proposta 1 (UFPR)

Faça um resumo de até 10 linhas do texto a seguir:

Palavras sem fronteiras

Muito se combate a penetração de palavras estran-geiras na nossa língua. Se até certo ponto esse combate se justifica, todo radicalismo, como exigir o banimento puro e simples de todo e qualquer termo estrangeiro do idioma, cheira a preconceito xenófobo, fanatismo cego e, mais ainda, ignorância da real dinâmica das línguas.

Antes de lançar ao fogo do inferno tudo o que vem de fora, é preciso tentar compreender sem paixões por que os estrangeirismos existem. Se olharmos atentamente para todas as línguas, veremos que nenhuma tem se mantido pura ao longo dos séculos: intercâmbios comerciais, con-tatos entre povos, viagens, grandes ondas migratórias, disseminação de fatos culturais, tudo isso tem feito com que as línguas compartilhem palavras e expressões. Até o islandês, que, para muitos, é a língua mais pura do mundo, sem nenhum termo de origem estrangeira, é na verdade um idioma altamente influenciado por línguas mais centrais e hegemônicas. O que ocorre é que o islandês traduz os vocábulos que lhe chegam de fora, usando material nativo. Mas, sendo a Islândia um país bem pouco industrializado e bastante periférico em termos culturais, é natural que seja muito mais um polo atrator do que disseminador de criações culturais – e de palavras. No islandês, os estran-geirismos estão apenas camuflados.

Aliás, a política oficial do país de traduzir todas as palavras estrangeiras beira o ridículo e a esquizofrenia eugenista. Afinal, em viagens pelo mundo, é reconfortante reconhecer vocábulos familiares como "telefone", "hotel", "restaurante", táxi", "hospital", ainda que ligeiramente mo-dificados pela fonética e ortografia do país que visitamos.

Portanto, quando se trata de discutir uma política de proteção do idioma contra uma suposta "invasão bár-bara", é preciso, em primeiro lugar, compreender que nenhuma língua natural passa incólume às influências de outras línguas, e que isso, na maioria das vezes, é benéfico tanto para quem exporta quanto para quem importa palavras. Toda língua se vê enriquecida com contribuições externas, que sempre trazem novas visões de mundo, por vezes simplificam a comunicação e, so-bretudo, tiram o idioma de uma situação de "autismo" linguístico. Assim como viajar para o exterior é saudável e enriquecedor, acolher em nossa terra influências exter-nas (na culinária, moda, música, tecnologia e, por que não, na língua) tem o mesmo efeito salutar.

Dando por assentada a questão de que o emprésti-mo de palavra estrangeira é um fenômeno legítimo da dinâmica das línguas e, acima de tudo, inevitável, cabe então distinguir quando um empréstimo é necessário ou não, quando é oportuno ou inoportuno. Afinal, uma coisa é a introdução em nossa sociedade de um novo conceito (por exemplo, uma nova tecnologia, um fato social inédito, uma nova moda) que, por ser originário de outro país, chegue até nós acompanhado do nome que tem na língua de origem. Outra coisa é dar nomes estrangeiros a objetos que já têm nome em português, como chamar "entrega" de delivery ou "salão de beleza" de esthetic center.

Mas será que as lojas estampam sale em lugar de "li-quidação" e off em vez de "desconto" por uma pressão da clientela, que só compra nessas lojas se a vitrine estiver em

LIMA, Jônatas Dias; SIMAS, Anna; CAMPOS, Marcela. Da telinha para a vida real. Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/vestibular/conteudo.phtml?tl=1&id=1140541&tit=Da-telinha-para-a-vida-real>. Acesso em: 16 nov. 2011.

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Proposta 2 (UFPR)

inglês? Ou será que foram os lojistas que inventaram essa moda besta de escrever tudo em inglês? Que me conste, o freguês deseja produtos bons e baratos, pouco importa se eles estejam sendo vendidos com desconto ou off price.

Ou seja, essa história de sale, off e outras pataco-adas do gênero parece ser invenção de comerciantes desinformados, que acreditam aumentar os lucros com tais macaquices. O máximo que a maioria dos clientes faz em relação a isso é não fazer nada (ninguém vai deixar de comprar numa loja só porque o letreiro está

em inglês). E aí todos nós ficamos com a pecha de bregas, macacos, subservientes ao capitalismo global e toda aquela lengalenga pra lá de conhecida. Mas insisto no ponto de que essa tendência a idolatrar as pa-lavras estrangeiras e usá-las maciçamente para vender surge da indústria e do comércio, não de uma reivindi-cação dos próprios consumidores. O marketing, braço armado do capitalismo e de sua ética do vale-tudo em busca do lucro, é quem cria nas pessoas o desejo por coisas de que elas efetivamente não precisam.

(BIZZOCCHI, Aldo. Revista Língua Portuguesa, n. 58, ago. 2010 – adaptado.)

A rede idiota

Segundo leio no Google, num site aberto ao acaso, a internet surgiu com objetivos militares, ainda em plena Guerra Fria, como uma forma de as Forças Armadas ameri-canas manterem o controle, caso ataques russos destruíssem seus meios de comunicação ou se infiltrassem nestes e trouxessem a público informações sigilosas. Outro site diz: “Eram apenas quatro computadores ligados em dezembro de 1969, quando a internet começou a existir, ainda com o nome de Arpanet e com o objetivo de garantir que a troca de informações prosseguisse, mesmo que um dos pontos da rede fosse atingido por um bombardeio inimigo”.

Entre as décadas de 70 e 80, estudantes e professores universitários já trocavam informações e descobertas por meio da rede. Mas foi a partir de 1990 que a internet passou a servir aos simples mortais. Hoje há um bilhão de usuários no mundo todo, afirma outro site. Outro informa que o Brasil é o quinto no ranking dos países com mais usuários na internet, tem hoje cerca de 50 milhões de internautas ativos, atrás apenas da Índia, Japão, Estados Unidos e China, estes últimos com 234 e 285 milhões de usuários, respectivamente, informa ainda outro site.

Ilustro com essas informações (suspeitas, como todas que vagam no espaço virtual) a abrangência que tem hoje a internet em todo o mundo, em especial no Brasil. Quase nada acontece hoje sem que passe pela grande rede. Coisas importantes e coisas nem tão importantes assim, como este texto, que não chegaria tão ágil à redação da IstoÉ se não fosse enviado de um computador a outro num piscar de olhos.

Não pretendo demonizar a internet, até porque sou bastante dependente dela. De todo modo, é his-tórico o mau uso que os humanos fazem de meios fantásticos de comunicação, e o rádio e a tevê estão aí e não me deixam mentir. De todas as ilusões que a internet alimenta, a que julgo mais grave é a terrível onipotência que seu uso desperta. Todos se acham capazes de tudo, com direito a tudo, opinar, julgar, sugerir, depreciar, mas sempre à sombra da marquise, no confortável “anonimato público” que o mundo paralelo da rede propicia. Consultam o Google como se consulta um oráculo, como se lá repousasse toda a sabedoria do mundo. Pra que livros, enciclopédias, se há Google? – perguntam-se.

No livro “A Marca Humana”, de Philip Roth, um personagem fala: “As pessoas estão cada vez mais idiotas, mas cheias de opinião”. Não sei o que vem por aí, é cedo para vaticínios sombrios, mas posso antever um mundo povoado por covardes anônimos e cheios de opiniões. O sujeito se sente participando da “vida coletiva”, integrado ao mundo, quando dá sua opinião sobre o que quer que seja: a cantora que errou o “Hino Nacional”, o discurso do presidente, a contratação milionária do clube, o novo disco do velho artista, etc. Julga-se um homem de atitude se protesta contra tudo e todos em posts no blog de economia e comentários abaixo do vídeo no YouTube. Faz tudo isso no escuro, protegido por um nickname, um endereço de e-mail, uma máscara. Raivosa, mas covarde.

(BALEIRO, Zeca. IstoÉ, 16 set. 2009.)

Resuma esse texto em seu caderno, utilizando até 10 linhas.

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Anúncio publicitário e resenha

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Considerada como a sétima arte, o cinema move um mercado bilionário. Criado pelos Irmãos Lumière no fim do século XIX, foi só em 28 de dezembro de 1895, no subterrâneo do Grand Café, em Paris, que foi reali-zada a primeira exibição pública e paga de cinema: uma série de dez filmes, com duração de 40 a 50 segundos cada, já que os rolos de película tinham quinze metros de comprimento. No Brasil a primeira exibição de cinema aconteceu em 8 de julho de 1896 no Rio de Janeiro. Um ano depois já existia no Rio uma sala fixa de cinema, o “Salão de Novidades Paris”.

De lá pra cá, não é nem preciso citar Holywood e a enorme fama dos filmes norte-americanos. O que mu-dou também foi que a telona passou a ser usada para a exibição de publicidade, seja incorporada ao filme, seja antecedendo-os junto aos trailers. Hoje a indústria cinematográfica fatura bilhões de dólares todos os anos. Bilhões esses que retratam o sucesso das marcas e da publicidade na divulgação de material cinematográfico e na experienciação do consumidor ávido por salas de cinema modernas.

O cinema e a publicidade

O cinema é uma arte que movimenta bilhões todos os anos e, para mover um mercado tão lucrativo, investe em publicidade antes, durante e após a exibição do filme. Você já reparou o quanto as pessoas são “bombardeadas” por publicidade quando vão ao cinema?

a) O que o leva a assistir a um filme?

b) Como você escolhe o cinema onde vai assistir ao filme escolhido?

c) Quando chega ao cinema, após comprar o ingresso, o que costuma fazer antes de a sala de exibição ser aberta?

d) Dentro da sala de exibição, antes de começar o filme, o que é projetado na tela e por quê?

e) Durante o filme, você já notou que a marca de alguns produtos é apresentada em cenas do filme? Você acha que isso é casual?

f) Após assistir a um filme, você já comprou algum artigo a ele relacionado: boné, camiseta, etc.?

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Para se ter uma ideia desse mercado, filmes como Titanic, O senhor dos anéis e o recente Avatar, fatura-ram mais de 1 bilhão de dólares cada, durante as exibições nas telas do mundo todo. Com o cinema também surgem as inovações tecnológicas que carregam surpresas para os espectadores e também aumentam o preço do bilhete. Os filmes 3D, por exemplo, que só de 2009 para cá realmente emplacaram como uma alternativa viável e rentável para as produtoras, trouxeram uma enorme expectativa quanto às mudanças da experiên-cia cinematográfica. Avatar, que foi especialmente criado para a tecnologia 3D atraiu um público de quase 70 milhões de pessoas no mundo todo. Sua produção custou 500 milhões de dólares. Desses, 300 milhões foram para a produção do filme e os outros 200 milhões para sua campanha de divulgação (publicidade).

Filmes como Last call da produtora/canal alemã 13th Street também vem revolucionando na interatividade com os espectadores. No filme, o espectador é convidado a registrar o número de seu celular em um banco de dados usado na sala de exibição. No decorrer da sessão, um dos números é aleatoriamente escolhido e o personagem do filme faz uma ligação para um dos números registrados. Logo o espectador participa do filme com comandos de voz pelo celular. É um projeto experimental e ousado, mas já é possível prever marcas como Nokia, Samsung, Sony, entre outras usando o poder dos celulares para interação com filmes e seriados.

Inseridas nos filmes, a publicidade, através de uma espécie de “merchandising editorial”, também ganha cada vez mais espaço dentro das telonas. Em filmes como Eu robô, Transformers, Minority Report, Náufrago e O diabo veste Prada, não é nem preciso pensar muito para se recordar das cenas onde uma marca foi a verdadeira protagonista em alguns, minutos ou horas.

Em Eu robô, por exemplo, filme estrelado por Will Smith, em 2004, o uso do product placement é notável. Marcas como Converse, JVC e Audi aparecem em vários momentos do filme. A Audi, inclusive, idealizou um protótipo somente para as gravações. A exibição da marca nas telas de todo o mundo fez valer o investimento. No caso de Náufrago, a presença de publicidade é ainda maior. Quem já assistiu ao filme estrelado por Tom Hanks, com certeza, lembra-se da bola “Wilson” que dá as caras em boa parte do filme, assim como a marca americana Fedex. Já em Minority Report, estrelado por Tom Cruise, a publicidade com reconhecimento facial, sugere exatamente o que o consumidor costuma comprar, ou seja, é baseada nos seus hábitos de consumo. Totalmente segmentado, inovador e possível.

No Brasil, apenas 8% dos municípios têm sala de cinema, segundo dados do Ministério da Cultura. Das 2.078 existentes no país, 1.244 estão na Região Sudeste e apenas 60 na Região Norte. Entre os estados, o Rio de Janeiro lidera o ranking com o maior percentual de municípios com salas de cinema, com 41,3%, seguido de São Paulo, com 22,3%.

O cinema aparece como uma ótima opção de entretenimento para todas as idades. Cada vez mais nos deparamos com uma enxurrada de salas modernizadas e novas tecnologias que nos fazem experienciar sensações e diferentes perspectivas do que é assistir a um filme em um cinema. As novas técnicas publici-tárias em conjunto com as novas tecnologias permitem que cada vez mais as marcas estejam presentes na experiência do cinema e que nós, espectadores, sejamos impactados e influenciados por essas, desde uma simples lembrança de marca, ou o desejo por algum produto.

AGNELLO, Felipe. O cinema e a publicidade. Disponível em: <http://www.odiario.com/blogs/ publistorm/o-cinema-e-a-publicidade/>. Acesso em: 10 nov. 2010. Publistorm é um blog que trata de assuntos ligados ao mundo da publicidade no site do jornal O Diário de Maringá.

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32 Gêneros dos jornais e do mundo do trabalho

Hoje é difícil falar em um texto publicitário, quando há um universo composto de vários gêneros textuais que geralmente compõem uma campanha publicitária. Sendo assim, pode-se dizer que há vários gêneros textuais na esfera publicitária.

O anúncio publicitário é um gênero geralmente veiculado nos suportes revista, fôlder, outdoor, etc. Ele também pode ser adaptado para veicular em rádio, televisão, internet, etc.

O anúncio deve:a) ser informativo;b) ser persuasivo;c) ser conciso;d) ser coloquial, chamando o interlocutor para uma conversa;e) ser constituído de frases curtas e em ordem direta para facilitar a leitura;f) ter um trabalho inteligente com o texto não verbal, atentando para a fotografia, cor, etc.;g) ser planejado para atingir seu objetivo;h) atingir o público a quem se destina;I) trazer informações como: quem, quando, o quê, como e por quê;j) apresentar slogan (frase de efeito que objetiva a memorização do produto ou da marca).

Anúncio publicitário

Muitas vezes, o slogan

é colocado em música publicitária

com o intuito de reforçar um produto

ou marca. Essas músicas

publicitárias são chamadas

jingles.

1. Ao apresentar a introdução em forma de reconstituição histórica, o autor:

a) pretende mostrar ao leitor sua erudição e seu conhecimento de história;

b) demonstra como o cinema sempre foi sofisticado;

c) pretende mostrar como o cinema evoluiu até ser o que é hoje;

d) supõe que o leitor não sabe como surgiu o cinema;

e) mostra que desde o princípio o cinema era uma indústria bilionária.

2. De acordo com o texto, além da evolução tecnológica, o que mais mudou na relação entre o filme e o público?3. De acordo com o texto, de que forma os filmes fazem publicidade? Justifique sua resposta com exemplos.4. Para fundamentar sua tese, o articulista utiliza um argumento de exemplificação irrefutável associando cinema

e publicidade. Que argumento é esse?5. De acordo com o texto, a publicidade está intimamente ligada à experiência do cinema. Explique essa ligação.

E você? Acha correto aproveitar um momento de lazer e cultura das pessoas para veicular marcas e conceitos? Escreva um artigo dissertativo-argumentativo, manifestando sua visão sobre esse tema.

Seu texto:

deve seguir a estrutura do gênero artigo dissertativo-argumentativo;

deve utilizar a norma-padrão de língua portuguesa;

pode se basear no artigo de Felipe Agnello para citar exemplos e números, porém sem copiar trechos do texto;

ter o limite de 15 a 25 linhas.

Estrutura do

gênero textual anúncio

publicitário

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LÍNGUA PORTUGUESA

Ensino Médio | Modular 33

Observe o anúncio a seguir:A peça publicitária explora vários fatores para cha-

mar a atenção do leitor para o produto. São eles:a) Variação linguística: adaptação da fala ou da escrita

ao contexto, público-alvo ou situação. Ex.: “Tão pequena, mas tão pequena que a gente até precisou encher linguiça...”b) Aspectos contextuais: onde foi publicado o anúncio.Ex.: “Toda teen, São Paulo, n. 171, p. 5, fev. 2010”, ou seja, a peça foi publicada em uma revista para adoles-centes.c) Aspectos extralinguísticos: uso de linguagem não verbal.

Repare que o espaço deixado para a escrita é maior que o espaço destinado à filmadora, o que colabora para a construção do sentido pretendido: a filmadora é pequena.

Outro aspecto importante para ser notado é que, como a revista é destinada, principalmente, ao público feminino, até a cor da filmadora é destinada a esse público. d) Aspectos fonológicos: brincadeiras com rima, ritmo,

aliteração, paronomásia, assonância, procurando unir o som das palavras à ideia que se pretende veicular.

Ex.: “Kodak ZX1. Compacta e potente.”Note que as consoantes p, t e c, que compõem o

slogan (Compacta e potente), além de aliterarem com Kodak, podem, também, pelo som, transmitir a sensação de força e resistência.

e) Aspectos sintáticos: utilização de recursos sintáticos estilísticos ou expressivos com simplicidade estrutural.

Ex.: “Tão pequena, mas tão pequena, que...”A ênfase dada pelo aposto é típica da linguagem coloquial. A sintaxe se curva ao propósito dis-

cursivo da propaganda.f) Aspecto semântico: uso de polissemia, ambiguidade, metáforas e outros recursos para prender a

atenção do leitor.Ex.: “...a gente até precisou encher linguiça no título deste incrível anúncio porque estava sobrando

muito espaço.”A expressão “encher linguiça” é metafórica e sugere que o publicitário teve que escrever para

preencher o espaço, já que a filmadora é compacta e não poderia ocupar todo o espaço. Além disso, como a propaganda é dirigida ao público adolescente, o termo ‘encher linguiça’ cabe muito bem, já que muitas vezes, durante as aulas de redação, quando os alunos não sabem o que escrever, costumam ser prolixos para preencherem as linhas em branco.

TODA TEEN, São Paulo, n. 171, p. 5, fev. 2010

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34 Gêneros dos jornais e do mundo do trabalho

Confira lista completa dos cem melhores filmes do cinema nos EUAO American Film Institute divulgou uma lista para comemorar os 10 anos da publicação da primeira

relação de 100 melhores longas-metragens. O filme Cidadão Kane (1941), do diretor Orson Welles, foi apontado mais uma vez pelos críticos

como o melhor filme da história. Confira a lista completa:

1. Cidadão Kane2. O poderoso chefão3. Casablanca4. Touro indomável5. Cantando na chuva6. ...E o vento levou

7. Lawrence da Arábia 8. A lista de Schindler 9. Um corpo que cai10. O mágico de Oz11. Luzes da cidade12. Rastros de ódio

13. Guerra nas estrelas14. Psicose15. 2001: uma odisseia no espaço16. Crepúsculo dos deuses

[...]

CONFIRA lista completa dos cem melhores filmes do cinema nos EUA. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u306140.shtml>. Acesso em: 10 nov. 2011.

Leia este anúncio publicitário e analise os aspectos estudados anteriormente que forem possíveis de serem aplicados ao anúncio.

MEN’S HEALTH, São Paulo, n. 67, p. 13, nov. 2011.

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Ensino Médio | Modular

LÍNGUA PORTUGUESA

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A vida é bela é um filme produzido na Itália, lançado em 1997 e dirigido por Roberto Benigni.O enredo nos apresenta Guido, um espirituoso filho de judeus que, durante a Segunda Guerra Mundial,

é mandado para um campo de concentração junto com seu filho Giosué. Guido, inteligente e simples, passa a tentar fazer com que o filho acredite que os dois estão participando de um jogo, para que o menino não perceba o horror da vida que passaram a levar.

Venceu o Oscar de 1999 nas categorias de melhor ator (Roberto Benigni), melhor filme em língua estrangeira e melhor canção original, bem como o Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes 1998 (França). Ganhou também um Prêmio Goya (Espanha) e uma indicação para o Grammy (USA).

EnredoA vida é bela são dois filmes em um. Até os 50 minutos, o que se vê é uma comédia leve, pastelão, que

retrata a vida que Guido levava antes de conquistar Dora, a mãe de Giosué. Vemos então uma grande co-micidade romântica, onde Guido é interpretado com maestria raramente vista. O personagem malandro- -inocente articula várias tentativas de se aproximar de Dora. Alguns dizem que essa parte do filme não causa impacto e seria “removível” sem causar perdas. Esse argumento é falho, pois a sensação de leveza passada no início do filme justamente retrata a forma com que aquelas pessoas levavam a vida antes da tragédia do holocausto, e causa um impacto ainda maior na mensagem que o filme deseja passar.

Resenha do filme A vida é bela“Excepcional!” é apenas um dos adjetivos atribuídos ao filme A vida é bela, vencedor

do Oscar de 1999 na categoria Melhor Filme Estrangeiro.

Especialistas de cinema costumam fazer a lista dos melhores filmes de todos os tempos para relembrar clássicos do cinema. Reúnam-se em equipes, escolham um filme que tenha marcado as suas vidas e façam uma campanha publicitária para persuadir as pessoas a assistirem ao filme. O que é bom tem que ser compartilhado! Para preparar sua campanha, você deve:

elaborar um anúncio publicitário para ser veiculado em uma revista semanal da sua escolha;

elaborar um slogan para o filme;

elaborar um jingle com um apelo para o público prestigiar seu filme;

gravar uma locução para ser veiculada numa rádio à sua escolha;

elaborar um comercial para ser veiculado na televisão. O comercial deve ter duração máxima de 15 segundos e pode ser filmado com celular.Usem a criatividade, sigam as orientações do seu professor e tenham muito sucesso!

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Cena do filme ...E o vento levou

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Cena do filme Um corpo que cai

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Cena do filme Cantando na chuva

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36 Gêneros dos jornais e do mundo do trabalho

O texto que você acabou de ler é uma resenha. A resenha é um gênero textual que tem o objetivo de dar informações sobre objetos de consumo cultural, como livros, filmes, peças de teatro, musicais, exposições de arte, etc. Existem resenhas produzidas especificamente no ambiente acadêmico, sobretudo as resenhas de livros.

As resenhas produzidas na mídia em geral recebem também o nome de crítica, geralmente veiculada em jornais, revistas e sites de cultura. Por isso, ao ler uma revista ou um jornal, por exemplo, é bastante comum encontrar textos dessa natureza sendo chamados de crítica (de filmes, de álbuns musicais, de peças teatrais, etc.).

Os resenhistas, além de resumir o conteúdo da obra, apresentam avaliações e comentários sobre ela, fazem uma crítica a seu respeito, considerando seus pontos positivos e negativos. A resenha é um texto informativo--opinativo e presta ao leitor um serviço de avaliação prévia da obra.

Resenha

Na segunda metade do filme, há uma mudança drástica da comédia para o drama. Guido e o Filho que teve com Dora (já com cinco anos de idade), são levados para um campo de concentração nazista, e Guido, junto do filho, passa a viver uma dupla realidade.

Ao mesmo tempo que sofre os horrores de tal situação, cria mentalmente um universo onde vive com o garoto, e o convence de que eles estão participando de um jogo, que terá uma excelente premiação ao final. A cada ida para tra-balhos forçados, ou a cada cena violenta que são obrigados a assistir, Guido fala para Giosué coisas como: “Essa foi outra fase do jogo, e passamos! Estamos quase ganhando!!”, a genial e emocionante interpretação de Benigni acentua a dualidade vivida pelo pai, que sabe ser a morte o destino dele e do filho, aceita isso e como última atitude busca somente fazer com que o filho não se aterrorize. Enquanto isso, Dora percebe que o marido e o filho foram levados e resolve também se entregar a um campo de concentração.

Esse é um dos poucos filmes que realmente emocionam. Uma história de amor que não é brega, nem cafona, nem apelativa. A realidade pesada e cruel do campo de concentração passa a segundo plano quando assistimos, e somos hipnotizados pelo amor existente entre pai e filho. Filme obrigatório para todos que não tenham medo de ver a realidade e, por que não, achá-la mais bela?

RESENHA do filme A vida é bela. Disponível em: <http://www.zun.com.br/resenha-do-filme-a-vida-e-bela/>. Acesso em: 14 nov. 2011.

1. Quais são os dados apresentados no primeiro parágrafo? Qual o objetivo dessa apresentação?2. Qual o objetivo do segundo e terceiro parágrafos, respectivamente?3. No quarto parágrafo, o resenhista afirma que “A vida é bela são dois filmes em um”. Justifique

essa afirmação.4. Em algum momento, o resenhista cita uma das falas do filme. Escreva essa fala e explique por que

o autor da resenha utiliza esse recurso.5. Durante a análise, o resenhista apresenta suas opiniões e impressões pessoais a respeito do filme.

Cite 4 exemplos.

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Estrutura do

gênero

textual

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LÍNGUA PORTUGUESA

Ensino Médio | Modular 37

Quando a obra resenhada se insere no campo artístico, o resenhista deve ser alguém que goste de determinado gênero artístico e esteja atualizado em relação ao que se produz nesse campo. Por isso, nem sempre quem faz resenha de filme escreve sobre livros ou musicais.

Em uma resenha de obra artística, devem constar basicamente:a) TítuloNão precisa, necessariamente, ser o mesmo da obra. O resenhista pode criar um título fantasia para chamar a atenção do leitor para a leitura do texto. É fundamental que o título informe o tema da obra resenhada.

b) A referência bibliográfica da obraEx.: ”A vida é bela é um filme produzido na Itália, lançado em 1997 e dirigido por Roberto Benigni.”

c) Alguns dados bibliográficos do autor e / ou premiações recebidas pela obra resenhada Ex.: “Venceu o Oscar de 1999 nas categorias de melhor ator (Roberto Benigni), melhor filme em língua estrangeira e melhor canção original, bem como o Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes 1998 (França). Ganhou também um Prêmio Goya (Espanha) e uma indicação para o Grammy (USA).”

d) O resumo, ou síntese do conteúdo Ex.: “O enredo nos apresenta Guido, um espirituoso filho de judeus que, durante a Segunda Guerra Mundial, é mandado para um campo de concentração junto com seu filho Giosué. Guido, inteligente e simples, passa a tentar fazer com que o filho acredite que os dois estão participando de um jogo, para que o menino não perceba o horror da vida que passaram a levar.”

e) Análise crítica Ex.: “Esse é um dos poucos filmes que realmente emocionam. Uma história de amor que não é brega, nem cafona, nem apelativa. A realidade pesada e cruel do campo de concentração passa a segundo plano quando assistimos, e somos hipnotizados pelo amor existente entre pai e filho. Filme obrigatório para todos que não tenham medo de ver a realidade e, por que não, achá-la mais bela?”

A análise crítica não precisa vir no final da resenha, ela pode ser feita durante todo o texto, ana-lisando os itens relevantes da obra. O tom da crítica é ditado pela subjetividade do resenhista e pela observação do público-alvo. Pode ser sério, irônico, debochado, sarcástico, etc.

Proposta:

Escolha outra obra ou evento de arte (livro, exposição, peça teatral, recital de poesia, concerto, etc.) e elabore uma resenha apresentando a obra. As resenhas produzidas serão reunidas em um jornal cultural.

Sua resenha deve:

ter a estrutura de resenha;

ser redigida em norma-padrão de língua portuguesa;

apresentar informações sobre a obra e validações sobre ela;

ter de 20 a 30 linhas.

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Gêneros dos jornais e do mundo do trabalho38

Gêneros do mundo do trabalho

4

Até agora você viu como a escolha de um curso é importante para o sucesso profissional. Mas, para que esse sucesso ocorra, não basta apenas escolher um curso de acordo com suas habilidades, pois é preciso ir à luta e buscar o primeiro emprego.

a) Você trabalha ou já pensou em trabalhar?

b) Acha que trabalhar durante o Ensino Médio ajuda, atrapalha ou isso é relativo?

c) Acha que trabalhar durante a faculdade aumenta suas chances de conseguir emprego depois de formado(a)?

d) Em sua opinião, qual o primeiro passo para se conseguir um emprego?

e) Você sabe quais são os passos de um processo seletivo?

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Ensino Médio | Modular 39

LÍNGUA PORTUGUESA

Busca de emprego: cinco passos para aumentar as chances de contrataçãoEspecialista ensina quais os caminhos para quem quer reduzir o tempo para encontrar um novo emprego

[...]

Para o fundador da empresa de recrutamento e seleção de profissionais AttractJobs, Jerome Young, existem cinco passos básicos em qualquer processo de busca de emprego. E, segundo ele, o desempenho dos profissionais em cada uma dessas etapas vai ser decisivo para determinar o tempo de recolocação no mercado.

Em seu blog na revista Forbes, Young cita quais os cinco passos que as pessoas devem seguir para aumentar as chances e diminuir o tempo para conquistar um novo emprego:Passo 1 – Utilize referências

Poucos candidatos a uma vaga de emprego se preocupam em buscar referências de antigos empregadores, ressalta o especialista da AttractJobs. Assim, ele indica que os profissionais busquem executivos ou gestores com os quais tra-balharam nos últimos sete anos, com o intuito de entender o que eles consideram seus pontos mais fortes e se estariam dispostos a servir de referência para potenciais empregadores. “Essa informação pode ser destacada mais tarde, durante a entrevista de emprego”, pontua Young.Passo 2 – Adeque o currículo e a imagem

Um currículo que busca enfatizar conhecimentos e experiências específicas para um determinado cargo exige que o profissional cite os resultados práticos que ele obteve em cargos anteriores, como parte do resumo de suas funções. Além disso, o perfil e as informações de redes sociais, como o LinkedIn, devem refletir essa vivência.

Outra preocupação que as pessoas devem ter quando buscam uma vaga de emprego é verificar quais informações aparecem quando seu nome é digitado em mecanismos de busca na internet, pois isso pode afetar, de forma positiva – ou negativa – o ânimo dos potenciais contratantes.Passo 3 – Amplie sua rede de contatos

Quando você está em busca de um novo emprego, não deve ter vergonha de divulgar isso para o máximo de pessoas possíveis, o que inclui os amigos do Facebook e a rede de contatos profissionais. “Não dá para saber quem pode indicá-lo para uma grande oportunidade de emprego”, cita o especialista. Ainda segundo ele, qualquer possibilidade de conhecer novas pessoas não pode ser desperdiçada, o que exige que os profissionais participem de eventos e encontros de sua área.Passo 4 – Aprimore suas habilidades para a entrevista

A entrevista pessoal costuma ser a parte mais estressante de um processo para busca de emprego. “De qualquer forma, se o seu currículo é forte o suficiente para convencer o recrutador de que você merece uma ligação telefônica, você já é um bom candidato ao emprego”, avalia Young.

Com base nesse pensamento, ele considera que o candidato deve preparar-se para a entrevista de emprego como ele faria em uma prova, ou seja, estudando. Assim, antes do encontro com o potencial recrutador, deve gastar um tempo analisando quais as possíveis perguntas que deverá responder. Além disso, precisa pensar em questões que pode fazer, com o intuito de demonstrar interesse pela vaga e mostrem que se preparou para a conversa.Passo 5 – Seja um concorrente agressivo

“Isso se aplica a qualquer momento da busca de emprego. Sempre, seja proativo e investigue as empresas para enten-deras necessidades de contratação delas”, ressalta o especialista. “Algumas vezes, isso significa ser determinado – mas educado – em uma entrevista, em vez de ficar enrolando quando você precisa responder a uma questão”, complementa.

Acima de qualquer coisa, ser um concorrente agressivo significa dedicar um tempo extra para preparação e análise de todas as fases do processo de emprego. “Se você está realmente preocupado em conseguir um trabalho rápido, invista na busca da vaga, em escrever um currículo adequado e em procurar o apoio necessário para fazer uma boa entrevista”, conclui.

BUSCA de emprego: cinco passos para aumentar as chances de contratação. Disponível em: <http://olhardigital.uol.com.br/nego-cios/digital_news/noticias/busca_de_emprego_cinco_passos_para_aumentar_as_chances_de_contratacao>. Acesso em: 16 nov. 2011.

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40 Gêneros dos jornais e do mundo do trabalho

1. De acordo com o texto, qual a importância das referências na hora de se conseguir um emprego?2. Qual a importância de uma boa imagem para o currículo?3. De que forma as redes sociais são importantes na hora de se conseguir uma vaga?4. De acordo com o texto, quais as etapas de um processo seletivo?5. Segundo Jerome Young, o que seria um concorrente agressivo?

A ficha de solicitação de emprego é a primeira coisa que o candidato a uma vaga encontra quando vai a uma empresa ou serviço de estágio. Trata-se de uma solicitação breve de dados a respeito do candidato.

À primeira vista, parece que a ficha é uma simples coleta de dados, mas, na verdade, é um dos primeiros critérios de seleção. Candidatos que deixam muitas partes em branco, por desconhecerem expressões, como UF, estado civil, RG, CPF, filiação, órgão expedidor da carteira de identidade, número de série da carteira de trabalho, etc., podem passar a impressão de que não são bem informados ou que não estão muito in-teressados na vaga. Portanto, fique atento no preenchimento da ficha de solicitação de emprego.

Os dados geralmente cobrados na ficha são:

a) Dados pessoais Nome: colocar preferencialmente o nome completo.E-mail: faça um e-mail especialmente voltado ao trabalho. Nada de colocar na ficha e-mails como: [email protected] ou [email protected].

A ficha de solicitação de emprego

E-mail alternativo: coloque um outro e-mail pessoal, seguindo a dica dada anteriormente.Endereço completo: não abrevie o endereço. Completo é com-pleto!Bairro: é o bairro que você mora.Cidade – UF: UF significa Unidade da Federação, ou seja, o estado em que você mora (Paraná, São Paulo, Amazonas, etc.).CEP: leve anotado o CEP antes de fazer a ficha do emprego. Não é interessante deixar informação em branco. Isso revela falta de interesse e desorganização.Telefone residencial: o número de telefone da sua casa. Telefone celular: de preferência, passe um celular que você costume atender.Telefone para recados: o telefone da casa de alguém que possa dar recados (madrinha, vizinho, etc.). Falar com: nome da madrinha ou do vizinho que será incomodado. Data nascimento: o dia, mês e ano em que você nasceu. De preferência, complete seguindo esse formato: 24/02/1977.

Na busca por um emprego, o candidato vai se deparar com alguns gêneros característicos desse momento profissional. São eles: ficha de solicitação de emprego, currículo e entrevista de emprego.

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Ensino Médio | Modular

LÍNGUA PORTUGUESA

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Local de nascimento: cidade onde você nasceu.Idade: sua idade.Sexo: masculino ou feminino. Estado civil: casado, solteiro, viúvo, separado ou divorciado. Número de dependentes: se acaso você tiver filhos, é aqui que você coloca quantos filhos você tem.Altura: insira sua altura.Peso: insira seu peso.Filiação pai: nome de seu pai.Filiação mãe: nome de sua mãe.

b) DocumentosCarteira profissional: você deve colocar o número de série da carteira de trabalho e o estado em que ela foi feita. Este dado está na mesma página em que se encontra a sua foto.CPF: Cadastro de Pessoas Físicas. Você deve colocar o número completo.Número da identidade (RG): aqui você coloca o número que aparece na parte de trás do documento.Órgão expedidor da carteira de identidade: você encontra esse dado próximo à sua foto. Geralmente é Secretaria de Estado de Segurança Pública (SESP).Título eleitoral: número do título.Reservista: esse documento é para os meninos maiores de 18 anos que já cumpriram sua missão para com o Exército brasileiro.Dados bancários: se você tiver alguma conta em banco, é bom relacioná-la aqui. Tipo de conta (corrente ou poupança), banco, agência e número da conta.

c) ObjetivoFunção pretendida: o cargo que você pretende conquistar.Último salário: se você já trabalhava, colocar o salário. Caso nunca tenha trabalhado, é possível deixar em branco.Pretensão salarial: Nesse quesito, se você tem uma ideia de quanto quer ganhar, pode colocar o valor, com bom senso. Caso você não saiba, escreva: "Salário compatível com a função."

d) Histórico Escolaridade: coloque até que série você estudou. Idiomas: é interessante que pelo menos um idioma você elen-que e diga qual é seu nível de fluência (básico, intermediário ou avançado). Cursos: se você fez ou faz cursos de idiomas, informática, técnico, etc. Descreva as últimas empresas em que trabalhou: caso tenha trabalhado em outra empresa, cite qual foi a empresa, a função que você exerceu e o período em que trabalhou. Exemplo: de 21/04/2011 a 23/01/2012.Disponibilidade de horário: escreva os horários em que você está disponível para trabalhar. Como você é estudante, é in-teressante você disponibilizar apenas meio período para o trabalho, de manhã ou à tarde.Descreva seus conhecimentos: aqui, você pode listar outros conhecimentos e habilidades. Toca algum instrumento musical? Tem curso de teatro? Pratica algum esporte? Tem algum hobby?

Preencha a ficha de solicitação de emprego que se encontra no Material de Apoio.

O curriculum vitae, também chamado currículo, é um documen-to que agrupa informações pessoais, acadêmicas e profissionais de um candidato a uma vaga de emprego. De forma objetiva, o currículo descreve quem é o candidato e quais as qualidades e experiências profissionais que ele possui.

Um currículo bem apresentável e bem redigido, por si só,

não é a garantia de um emprego, mas é um passo muito im-portante para conquistá-lo. O currículo apresenta:a) cabeçalho: deve constar o seu nome completo, estado civil,

idade, endereço completo, cidade, estado, telefone residen-cial, telefone celular e e-mail.

Curriculum vitae

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Fernando Ribas Riobaldo Diadorim

Brasileiro, solteiro, 18 anos

Rua Cecília Meireles, número 234

Curitiba – Paraná – PR

Telefone: (41) 2224-24-24 cel: 8888-88-88 / E-mail: [email protected]

OBJETIVOTrabalhar como auxiliar de escritório.

FORMAÇÃO

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL

2009-2010 – Causas e Causos – advocacia

Cargo: office-boy

Principais atividades: pagamentos de contas, recebimentos, entregas de processos, entrega de

documentos, registros em cartórios.

2010-2011 – Dom Casmurro – Livraria

Cargo: auxiliar de escritório.

Principais atividades: contas a pagar e a receber, controle do fluxo de caixa, preparação de malotes,

recebimento de obras.

QUALIFICAÇÕES E ATIVIDADES PROFISSIONAIS

INFORMAÇÕES ADICIONAIS

42 Gêneros dos jornais e do mundo do trabalho

A seguir, há um modelo de currículo para que você possa ter uma ideia de como redigir esse documento.

Dicas gerais para a elaboração de currículo:

Seja breve: o currículo deve conter, no máximo, duas páginas. De preferência, use fonte arial 12.

Não mande o currículo anexado. Com tantos “vírus” que circulam por aí, as pessoas raramente abrem arquivos. Copie o currículo no corpo da mensagem.

Não mencione pretensão salarial. Lembre-se: é um currículo e não uma ficha de solicitação de emprego.

Não minta seus dados. A empresa pode pedir comprovação.

b) objetivo: aqui você deve deixar claro seu objetivo profissional.c) formação: é interessante listar onde cursou o Ensino Fun-

damental I e II, se você já tem curso universitário. Basta dizer onde cursou.

d) experiência profissional: é o que mais interessa em um currí-culo. Aqui deve constar o nome da empresa em que trabalhou, o período que passou em cada uma delas, que cargo ocupou e uma breve descrição de suas funções e responsabilidades

no cargo ocupado. Se você nunca trabalhou, liste habilidades que possam ser do interesse do empregador.

e) outras qualificações: aqui é importante você listar todos os cursos que você fez e que possam interessar ao empregador.

f) informações adicionais: nessa parte é interessante listar informações sobre suas atividades culturais para que o em-pregador saiba como você passa seu tempo livre.

Estrutura do

gênero textual

curriculum vitae@POR1135

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Ensino Médio | Modular

LÍNGUA PORTUGUESA

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Agora é a sua vez! Elabore um currículo com o objetivo de conseguir uma vaga de auxiliar de escritório em uma Agência de Modelos.

Seu texto deve:

seguir a estrutura de currículo;

ser redigido em arial 12;

ser entregue ao seu professor para que ele avalie seu desempenho na redação desse poderoso instrumento na luta por um lugar no mercado de trabalho.

A entrevista de emprego é outra etapa do processo de seleção. Nessa etapa, o candidato é chamado para ter uma conversa com o empregador ou alguém do departamento de Recursos Humanos da empresa, responsável pela contratação, manutenção e demissão de pessoal. O texto a seguir apresenta algumas dicas para essa etapa.

Tem uma entrevista de emprego e não sabe o que vão perguntar?

Nós daremos uma ajuda para saber o que responder. Leia com atenção, treine e boa sorte!1. Fale sobre si.

Esta pergunta é quase obrigatória em uma entrevista de emprego e deverá ser muito bem praticada para uma resposta sucinta, direta e, acima de tudo, que

valorize o seu perfil profissional.2. Quais são seus objetivos a curto prazo? E a longo prazo?

Seja específico e tente aproximar, de alguma forma, os seus objetivos aos da própria empresa. Respostas como "ganhar bem" ou "aposentar-se" são totalmente proibidas.3. O que o levou a enviar o seu curriculum a esta empresa?

Aproveite esta deixa para demonstrar que fez o seu "trabalho de casa" e fale sobre a atividade da empresa e a forma como o posicionamento desta a torna uma empresa de elevado interesse para qualquer profissional. Naturalmente, para responder a esta pergunta, é preciso fazer previamente uma pesquisa sobre a empresa. Vá ao site institucional, faça pesquisas usando mecanismos de busca, leia revistas da especialidade e converse com pessoas que trabalham ou já trabalharam lá.4. Qual foi a decisão mais difícil que tomou até hoje?

O que é pretendido com esta questão é que os candidatos sejam capazes de identificar uma situação em que tenham sido confrontados com um problema ou dúvida, e que tenham sido capazes de analisar alternativas e consequências e decidir da melhor forma.5. O que procura num emprego?

As hipóteses de resposta são várias: desenvolvimento profissional e pessoal, desafios, envolvimento, participação num projeto ou organização de sucesso, contribuição para o sucesso da sua empresa, etc.6. Você é capaz de trabalhar sob pressão e com prazos definidos?

Um "não" a esta pergunta pode destruir por completo as suas hipóteses de ser o candidato escolhido, demonstre- -se capaz de trabalhar por prazos e dê exemplos de situações vividas em trabalhos anteriores.7. Dê-nos um motivo para o escolhermos em vez dos outros candidatos.

A entrevista de emprego

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1. Leia atentamente as dicas dadas no texto anterior e, em seu caderno, escreva as respostas que você daria a um entrevistador que lhe fizesse as famosas 12 perguntas:

a) Fale sobre você.

b) Quais são seus objetivos a curto prazo? E a longo prazo?

c) O que o levou a enviar seu currículo para esta empresa?

d) Qual foi a decisão mais difícil que tomou até hoje?

e) O que procura num emprego?

f) Você é capaz de trabalhar sob pressão e com prazos definidos?

g) Dê-nos um motivo para o escolhermos em vez dos outros candidatos.

h) O que você faz no seu tempo livre?

i) Quais são as suas maiores qualidades?

j) E pontos negativos/defeitos?

k) Que avaliação faz da sua última (ou atual) experiência profissional?

l) Até hoje, quais foram as experiências profissionais que lhe deram maior satisfação? 2. Depois de responder às perguntas, em duplas, façam um com o outro a entrevista. Ora um é

o entrevistador, ora outro. Quando responder às perguntas, tente ser o mais natural possível, criando um clima agradável para a entrevista.

Esta é sempre das perguntas mais complicadas, mas o que se espera é que o candidato saiba "vender" o seu produto. Isto é, deverá focar-se nas suas capacidades e valorizar o seu perfil como o mais adequado para aquela função e a forma como poderá trazer benefícios e lucros para a empresa.8. O que você faz no seu tempo livre?

Seja sincero, mas sobretudo lembre-se de que os seus hobbies e ocupações demonstram não só a capacidade de gerir o seu tempo, preocupações com o seu desenvolvimento pessoal e facilidade no relacionamento interpessoal.9. Quais são as suas maiores qualidades?

Aponte aquelas características universalmente relacionadas com um bom profissional: proatividade, empenho, responsabilidade, entusiasmo, criatividade, persistência, dedicação, iniciativa, e competência.10. E pontos negativos/defeitos?

Naturalmente que a resposta não poderá ser muito negativa, pois serão poucas as hipóteses para um profis-sional que diga ser desorganizado, desmotivado ou pouco cumpridor dos seus horários.

Assim, o truque é responder partindo daquilo que normalmente é considerado uma qualidade mas agravando-o de forma a parecer um "defeito". Ou seja, exigente demais, perfeccionista, muito autocrítico, persistente demais, etc.11. Que avaliação faz da sua última (ou atual) experiência profissional?

Não se queixe e, em caso algum, critique a empresa e respectivos colaboradores. Diga sempre alguma coisa positiva, ou o ambiente de trabalho ou o produto/serviço da empresa. Se começar a apontar defeitos ao seu emprego anterior correrá o risco de o entrevistador achar que o mesmo pode acontecer no futuro relativamente aquela empresa.12. Até hoje, quais foram as experiências profissionais que lhe deram maior satisfação?

Seja qual for a sua escolha, justifique bem os motivos. Tente mencionar as mais recentes e que sejam mais adequadas aos seus objetivos profissionais.

TEM uma entrevista de emprego e não sabe o que vão perguntar? Disponível em: <http://www.curricular.com.br/artigos/entrevista-emprego/perguntas.aspx>. Acesso em: 20 nov. 2011.

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Nem só de emprego vive o ser humano. Além de ter sucesso em um emprego, é possível você ter muito sucesso em um empreendimento pessoal. Abrir o próprio negócio, além de ousado, abre oportunidades para muitas pessoas.

Muitos empresários começaram muito jovens, é o caso, por exemplo, dos donos do Google. Leia este texto, pense a respeito e veja o melhor jeito de abrir seu próprio negócio.

Dez dicas para abrir seu próprio negócioMuitos pensam em tomar a decisão de deixar de ser empregado para se tornar dono do próprio negócio.

Vários deles têm muitas ideias de como montar o empreendimento. Mas antes de tomar essa importante atitude, as pessoas passam por uma fase de dúvidas e insegurança sobre a viabilidade de montar a empresa.

O grande dilema é saber se existem reais chances de ter sucesso nessa empreitada. O Terra traz dicas para o empreendedor saber se está pronto para apostar na sua empresa:1 – Saiba quando e em que áreas inovar. É bom ter visão de futuro e ser criativo na condução do negócio. Quando for tratar dos custos de manutenção, porém, seja conservador. Até porque dificilmente você conseguirá grande destaque nessa área, ao menos, enquanto sua empresa for de pequeno porte.2 – Faça um planejamento detalhado, realista e conservador na projeção de resultados. Contenha expectativas e não espere grandes resultados logo de cara. Consolidar uma marca requer algum tempo de atuação em seu segmento.3 – Esteja preparado para possíveis turbulências, mesmo após o primeiro ano de existência. Isso vale tanto para sua empresa quanto para a conjuntura econômica nacional e externa.4 – Fique alerta para parte fiscal e jurídica com o mesmo empenho que dedica ao desenvolvimento do seu produto. Ter tudo direito envolve burocracia e uma enormidade de dinheiro, mas ainda é melhor que correr riscos na irregularidade.5 – Estabeleça uma relação bem definida com seu(s) sócio(s) e deixe bem claras a missão e a responsabilidade de cada um. É um bom jeito de evitar atritos futuros. Pense que, se uma atribuição é de um, não é dos outros. Se for de todo mundo, não é de ninguém.6 – Evite ao máximo rolar dívidas. Tente gerar capital próprio com o crescimento do negócio.7 – Prepare-se para negociar muito se for procurar um investidor. Convencimento não é uma ciência, mas pode estar certo de que persuadir alguém de que seu negócio é uma boa aposta requer um bocado de conversa, além de extensa pesquisa, de números e de mercado.8 – Contrate e trabalhe com gente competente e realizadora. Funcionários felizes produzem melhor, e se envol-vem mais com o processo, contribuindo com ideias ao longo do tempo.9 – Contrate um contador e mantenha contato com um advogado de confiança. Eles serão a fundação da sua empresa, e, se saírem, pesquise arduamente antes de fechar com alguém só para tapar buraco.10 – Aprenda a se disciplinar. A partir de agora, você é o dono do processo e ninguém vai dizer a você o que deve fazer. Ou seja, se não há um chefe de quem reclamar, sobra a responsabilidade.

Andrés Bruzzone

BRUZZONE, Andrés. Dez dicas para abrir seu próprio negócio. Disponível em: <http://empreendedorismo.terra.com.br/de-olho-no-mercado/dez-dicas-para-abrir-seu-proprio-negocio/>. Acesso em: 21 nov. 2011.

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Todo grande negócio começa com uma boa ideia. Você acha que levaria jeito para ter um negócio próprio? Seguindo as dicas, elabore um artigo dissertativo-argumentativo discorrendo a respeito do seguinte tema: “A importância de uma boa ideia para abrir um grande negócio”.

Seu texto deve:a) respeitar a estrutura do artigo dissertativo-argumentativo;b) observar a norma-padrão da língua portuguesa;c) ter de 15 a 20 linhas;d) utilizar exemplos consistentes para fundamentar seu ponto de vista;e) você pode pesquisar a história de empresários que enriqueceram trabalhando numa ideia inovadora e

ilustrar seu artigo com esse exemplo.

Proposta 2Nesta unidade, você pensou, pesquisou e discutiu a respeito da importância de se estar preparado para

escolher uma profissão e entrar para o mundo do trabalho. Escreva um artigo de opinião manifestando seu posicionamento a respeito do trabalho de orientação desenvolvido nesta unidade. Você acha que as discussões e dicas valeram a pena?

Seu texto deve:a) respeitar a estrutura do artigo de opinião;b) observar a norma-padrão da língua portuguesa;c) ter de 15 a 20 linhas;d) utilizar argumentos consistentes para fundamentar seu ponto de vista.

Proposta 1

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DALTRO, Ana Luiza; OYAMA, Érico. As lições dos vencedores. Veja, São Paulo, ed. 2245, ano 44, n. 48, p. 122-130, 30 nov. 2011.

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Material de apoio

Dados pessoaisNome: –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– E-mail: –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––E-mail alternativo: –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––Endereço completo: –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––Bairro: –––––––––––––––––––––– Cidade – UF: ––––––––––– CEP: –––––––––––––––Telefone residencial: ––––––––––– Telefone celular: ––––––––––––––––––––––––––––––Telefone para recados: –––––––––– Falar com: –––––––––––––––––––––––––––––––––––Data de nascimento: –––––––––––– Local de nascimento: ––––––––––––––––––––––––––Idade: ––––––––––– Sexo: –––––––––––––––––––––– Estado civil: –––––––––––––––Número de dependentes: –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––Altura: –––––––––––––––––––––– Peso: ––––––––––––––––––––––Filiação pai: –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––Filiação mãe: ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––Documentos

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