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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC GUILHERME DOS SANTOS OLIVEIRA LIANE MARIA DE BARROS FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA PARA OBTENÇÃO DO EQUÍLIBRIO FINANCEIRO: Um estudo de caso em uma concreteira MACEIÓ 2017/ 2ª SEMESTRE

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC

GUILHERME DOS SANTOS OLIVEIRA

LIANE MARIA DE BARROS

FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA PARA OBTENÇÃO

DO EQUÍLIBRIO FINANCEIRO: Um estudo de caso em uma

concreteira

MACEIÓ

2017/ 2ª SEMESTRE

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GUILHERME DOS SANTOS OLIVEIRA

LIANE MARIA DE BARROS

FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA PARA OBTENÇÃO

DO EQUÍLIBRIO FINANCEIRO: Um estudo de caso em uma

concreteira

Projeto de pesquisa apresentado como requisito parcial, para conclusão do curso de Engenharia de Produção Do Centro Universitário Cesmac, sob a orientação da Professora M. Sc. Laryssa Ramos De Holanda.

MACEIÓ

2017/2° SEMESTRE

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Resumo

O artigo trata-se de um estudo de caso e teve como objetivo verificar a relevância do

uso do fluxo de caixa de forma direta como ferramenta de controle financeiro.

Auxiliando a empresa R a resolver os problemas financeiros que impactam na

produtividade da empresa. Por se tratar de um método que não precisa de altos

investimentos, para ser implantado, se torna viável sua implantação para resolução

de gargalos financeiros, exemplo que vinha ocorrendo com o pagamento de seus

fornecedores. O fluxo de caixa permite uma melhor visualização antecipada dos

excessos ou falhas a curto, médio e longo prazo, sendo possível criar possibilidade

de simulações, que vão dar suporte ao gestor para planejar as ações que serão

implementadas na empresa. As estratégias utilizadas para este estudo de caso, foi

documental onde foi possível levantar informações existentes para análise referente

aos meses de julho de 2016 a junho de 2017. O presente estudo foi direcionado para

uma usina de concreto, do ramo da construção civil.

Palavra-chave: Fluxo de caixa, Crise econômica, Gestão

1. Introdução

A atual situação econômica brasileira vem causando uma preocupação generalizada,

principalmente no setor da construção civil, que por sua vez, já viveu dias melhores.

Sem investimentos em novas obras públicas, poucos prédios privados sendo construídos

e altos estoques de moradias acabados, esta situação do setor civil vem causando a

empregados e empresários uma preocupação do futuro, pois negar a atual situação

contribui para o fracasso eminente.

Com o fim da euforia inicial e o excesso de ofertas, a crise da construção chegou a uma

velocidade estonteante, afetando diretamente a empresa R, que fez investimentos como

a compra de veículos, implementos, maquinário e software, para se adequar à grande

demanda que o mercado solicitava. A mesma começou a ter atrasos, que inicialmente

não gerava grandes transtornos, à medida que sua produtividade diminuía, foi possível

perceber que a falta de controle de seu caixa, estava atrasando os pagamentos dos

fornecedores, impedindo de efetuar suas compras em geral, e tendo consequência com

pagamentos de juros e multas com valores altos.

O fluxo de caixa é uma ferramenta de fácil aplicação e de grande utilidade para os gestores

que precisam de uma visão mais clara e eficaz do que está acontecendo dentro de sua

empresa. Esta ferramenta, além de ser muito utilizada com o objetivo de melhorar o

controle do setor financeiro, também é útil para estimar entradas e saídas futuras que

ocorrerá. Diante do atual cenário descrito, cada vez mais empresas vem utilizando este

caminho para sobreviver no mercado, e ampliando o conhecimento para tomada de

decisão.

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A aplicação do fluxo de caixa para a empresa R vai contribuir de forma considerável, já

que a mesma vem apresentando contratempos na parte financeira, com o intuito ampliar

a visão do controle de suas contas a pagar como todo, apresentando um controle eficiente

e eficaz, tendo como consequência a organização dos setores relacionados.

O trabalho tem como objetivo demonstrar que a implementação do fluxo de caixa na

empresa R pode ser uma boa opção para ter o setor financeiro organizado. Apresentando

contas recebidas e contas a pagar com previsões planejadas, e com isso influenciando de

uma forma positiva, no cenário atual que as empresas estão passando, já que terá uma

melhor organização financeira, todos que estão relacionados a este setor poder ter uma

tomada de decisão mais eficaz.

Após essa breve introdução, será apresentado o referencial teórico, onde estão as

teorias, utilização, aplicação e fundamentos sobre o fluxo de caixa que vai corroborar

para a análise dos resultados. Também será apresentada a metodologia, que trará a

abordagem dos métodos utilizados para realizar este trabalho. Na sequência, estarão

sendo demonstrados os resultados, que tem por sua finalidade evidenciar os

resultados obtidos. E por último, as considerações finais acerca do estudo realizado

sobre a empresa R.

2. A Importância do Fluxo de Caixa

Para Frezatti (1997), o Fluxo de Caixa constitui numa ferramenta indispensável de

sinalização financeira, que pode propiciar ao gestor uma visão ampliada do futuro dos

recursos financeiros da empresa, a partir da coleta de informações relativas a todas

as despesas e entradas de caixa. Essa ferramenta assume um importante papel no

planejamento geral financeiro, pois ele vai contribuir nas tomadas de decisões.

É preciso entender de forma ampla e claramente a função do tema evidenciado, pois

a inexistência de tal conhecimento e domínio pode causar a falta de dinheiro no caixa

da empresa, ocasionando até mesmo falência da mesma, assim com explica Tófoli

(2008).

De acordo com Zdanowicz (1998), o fluxo de caixa é um instrumento útil ao processo

de tomada de decisão, ou seja, através de prévias análises econômico-financeiras e

patrimoniais, obtêm-se as condições necessárias para definir as decisões corretas.

Assaf Neto & Silva (1997) explicam que fluxo de caixa, de maneira ampla, é um

processo pelo qual a empresa gera e aplica seus recursos de caixa determinados

pelas várias atividades.

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Para Silva (1996), o fluxo de caixa é um dos instrumentos de análise, que identifica a

movimentação do dinheiro, porque este método possibilita examinar todas as entradas

e saídas do dinheiro de uma empresa, e ter uma projeção para o futuro da mesma.

Ross, et al (2002) esclarecem que o fluxo de caixa no setor financeiro é uma das

informações importantes que podem ser encontradas neste setor, indica a

movimentação do dinheiro dentro de toda a instituição dando respaldo, aos gestores.

3. Metodologia

Este trabalho é um estudo de caso, segundo Gil (2008), consiste em um estudo

profundo exaustivo de um ou poucos objetivos, de maneira que permita seu amplo e

detalhado conhecimento.

O método utilizado nesse artigo será o fluxo de caixa, em uma empresa concreteira,

por ser uma ferramenta simples, de fácil manuseio e quando implementado na

empresa é de grande ajuda para obter controle no setor financeiro onde este esquema

será manuseado.

Para elaborar o fluxo de caixa é necessário saldo inicial da empresa, saldo

operacional, uma comparação entre o que sai e que entra dos meses anteriores,

registro de entradas de receitas adquiridas com as vendas de concreto, argamassa

para reboco, argamassa estabilizada interno e externo, argamassa contra piso, e

registro das saídas, como os pagamentos de matéria prima, manutenção de veículos,

manutenção da usina, entre outras, despesas fixa como telefone, aluguel, internet e

despesas variáveis como energia, comissão dos funcionários, hora extra.

Os dados apresentados serão tabulados através das informação dos meses

anteriores, obtidos junto à empresa estudada, serão tratados através do Excel. O fluxo

de caixa será apresentado em forma de planilha representado na tabela 1.

Tabela 1 – Fluxo de caixa

Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6

Entradas

Total de

entradas

Saídas

Total de

saídas

Fonte: Autores (2017)

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Após recolher as informações junto a empresa R, será especificado os ganhos e os

gastos da empresa no período julho de 2016 a junho de 2017, assim podendo

identificar qual o consumo individual, sendo possível realizar uma comparação entre

os meses relatados. Tendo como saída as despesas fixas e variáveis, os

investimentos existentes e futuros e as receitas dos matérias vendidos.

Após o desenvolvimento do fluxo de caixa da empresa R será elaborado uma previsão

de fluxo, com as informações obtidas nos meses de julho de 2016 a junho 2017, e

será feito uma análise de variação nos custos mês a mês, com isso podendo realizar

uma estimativa de previsão do fluxo de caixa para o ano 2018, de modo a evitar saldos

negativos ou meses deficitários, ocorrendo atraso nos pagamentos dos fornecedores

e na produção, melhorando o planejamento e controle da empresa.

4.Resultados

4.1 Caracterização da empresa

A Empresa R, que atua no setor da construção civil, surgiu em agosto/2011, após os

sócios perceberem que em Maceió havia uma mercado amplo, apesar do monopólio

existente, e também uma carência por parte dos clientes (pessoa física), que apesar

do baixo volume de suas compras, mas com uma constante procura, normalmente os

fornecedores trabalham com contrato fechado com construtoras, deixando de fora

fornecedores entrantes deste seguimento.

A empresa produz argamassas e concretos do tipo bombeáveis e convencionais, além

de concreto customizado a pedido dos seus clientes. Atualmente possui uma frota de

15 caminhões betoneiras, 02 bombas, sendo uma estacionária e lança,

01 caminhão volvo, um cebolão e 01 caçamba. Conta com 20 colabores e uma gama

de clientes tanto pessoa jurídica, como física.

A empresa R, investiu muito nos anos de 2011/2012 pois estava havendo muitas

promessas em relação à construção, devido ao governo da época estar investindo

em meios para que a população adquirisse casa própria. Nos anos subsequentes

foram realizados investimentos altíssimos no segmento civil, após esse período de

alta no mercado, houve uma queda significativa no segundo semestre de 2015, por

conta de vários fatores econômicos e governamentais.

Atualmente esse mesmo mercado continua em crise, pois não ouve mais

investimentos, aumento dos juros nas construções habitacionais, restrição no crédito,

desemprego, entre outros fatores. A crise no setor de construção, chegou a uma

velocidade estonteante, afetando diretamente a empresa R, que investiu na compra

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de veículos, implementos, maquinário e software, para se adequar à grande demanda

que o mercado solicitava.

A empresa R vem enfrentando grandes problemas em relação ao seu fluxo de caixa,

pois não consegue receber suas contas, no mesmo prazo que deveria pagar seus

fornecedores. A corporação não tem um controle sobre o seu fluxo de caixa, ou seja,

não tem a movimentação das entradas e saídas da empresa organizadas,

consequentemente prejudica a instituição, gerando problema como falta de

pagamento dos fornecedores, além de não ter uma previsão de quanto será gasto nos

próximos meses. A previsão do fluxo de caixa torna-se relevante para que a empresa

R não fique à deriva no mercado, e não acarrete em uma queda na sua produção,

consequentemente gerando perdas de lucratividade.

4.2 Aplicação do fluxo de caixa

Foram levantados os dados das entradas e saídas da Empresa R, do período de julho

de 2016 a junho de 2017, para confecção do fluxo de caixa apresentado na tabela 2,

tento como objetivo visualizar o fluxo financeiro da empresa atual.

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Tabela 2 – Fluxo de caixa

Fontes: Autores (2017)

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4.2.1 Análise das saídas do caixa

Ao analisar o fluxo de caixa percebe-se que existem muitas variações de um mês para

outro na matéria prima, no entanto só é relevante para a empresa as oscilações acima

de 30%, visto que abaixo são variações admitidas pelo estoque reserva.

As variações nos gastos na matéria prima ocorre por conta da baixa

demanda/produção, assim como pode-se observar nos períodos de setembro para

outubro de 2016 e outubro para novembro de 2016, o aditivo sofreu uma variação de

100%, o cimento também acompanhou essa variação no mesmo período, tendo uma

variação de 67,99% do mês anterior, sendo justificado ambos pela baixa demanda,

estoque remanescente e diversificações de concretos produzidos no período.

Foi perceptível que o combustível consumido no período setembro e outubro de 2016,

apresentou uma discrepância, comparado a outros meses, pois naquele período

houve uma queda nas vendas, já em comparação com os meses de outubro e

novembro de 2016 ocorreu um grande aumento, por dois motivos; aumento do valor

do diesel S10 e houve uma aumento nas vendas. Em fevereiro de 2017, foi instado

uma bomba de combustível dentro da empresa, gerando assim uma grande

economia.

Já a variação nos gastos com brita se deve à falta de brita no mercado, ocorrida por

conta das duplicações das vias federais e estaduais que vem ocorrendo no estado de

Alagoas. A empresa R, no mês de setembro de 2016 comprou 40,61%, comparada a

outubro de 2016, permitiu que o estoque ficasse com uma quantidade necessária,

para não ocorrer risco que sua demanda não fosse atendida. Já em março para abril

de 2017 houve uma nova variação de 32,01%, referente aos outros meses, por conta

de uma parada da pedreira para manutenção corretiva.

Os impostos sofrem um aumento a cada trimestre devido ao acréscimo de dois

impostos, são eles IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica), CSLL (Contribuição

Social sobre Lucro Líquido). Em relação aos gastos que ocorre no trimestre no fim do

mesmo é tributado o valor dos impostos citados anteriormente.

No aluguel houve uma variação de 11,11% de dezembro de 2016 para janeiro de

2017, referente ao aumento anual de aluguel.

As retiradas dos sócios no início de 2017 ocorreu um aumento, pois houve acréscimo

no salário mínimo e também reajuste no plano de saúde utilizado pelos mesmos.

No início do ano de 2017 apresentou um gasto extra com manutenção de

veículos/impostos, porque houve impostos relacionados ao DETRAN (IPVA/DPVAR/

taxas e multas) que são pagos nesse período inicial. A empresa também escolheu

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como estratégia, fazer manutenção em toda a frota de caminhões, a cada dois meses,

ocasionando um acréscimo significativo nos custos no início do ano, de janeiro para

fevereiro de 2017. Mediante a isso, é possível perceber que há queda brusca nos

custos relacionados a manutenção, em comparação aos meses de subsequentes. Em

fevereiro para março de 2017 ocorreu a manutenção de 3 caminhões, que não foi

realizado nos meses seguintes (abril, maio, de 2017).

Nos demais gastos, não acontecem grandes variações, o que ocorre são reajustes

pequenos, devido ao aumento ou decréscimo de taxas governamentais.

4.2.2 Análise das entradas

No período de Julho de 2016 a Outubro de 2016, a produtividade foi baixa por conta

das chuvas, pois no seguimento da empresa R depende da estabilidade do tempo,

deve-se levar em consideração a crise do setor civil, e também a existência de que

algumas obras estão concretando muito pouco, pois as construtoras necessitam que

sejam repassados para elas o repasse realizado pelo governo federal junto à Caixa

Econômica Federal.

Nos meses de Agosto de 2016 e Novembro de 2016, houve aquisição de duas novas

obras temporárias, dando volume produzido nesse período, elevando as receitas

nesse período.

No primeiro semestre 2017, aparentemente houve uma reação inesperada do setor

civil, as construtoras retornaram o consumo de concreto e argamassas, como também

iniciaram novas obras, fazendo com que a empresa R tivesse suas entradas maiores,

até mesmo em meses que são de baixa procura como fevereiro, por conta dos dias

úteis serem menos em comparação a outros meses.

4.3 Previsão de fluxo de caixa para 2018

Com base na análise realizada sobre as variações no fluxo de caixa apresentado na

tabela 2, foi possível construir uma previsão de fluxo de caixa para 2018, como pode

ser observado na tabela 3.

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Tabela 3 - previsão de caixa de 2018

Fonte: Autores (2017)

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Mediante as informações do ano de 2017 foi realizado um estudo para identificar,

previsão das entradas e saídas do ano de 2018. Foi levado em conta as obras já

existentes, as obras que terão início em 2018, o clima, as perspectivas Sinduscon

(Sindicato da Industria da Construção) e a atual situação do setor civil.

A tabela 3, traz alguns possíveis ajustes com aumentos dos agregados e insumos,

aumento de aluguel, folha de funcionários e entre outros. Por se tratar de um

segmento muito instável, esse estudo tentou ao máximo prever como a empresa R se

comportará perante ao mercado.

Segundo ao Sinduscon (Sindicato da Industria da Construção), a indicação de cortes

adicionais no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) em 2018 aponta para

uma perspectiva negativa para o setor. “A construção civil vive seu pior período em

décadas. E, a julgar pela queda nos investimentos, não há expectativa de melhora no

curto prazo” (FOLHA DE SÃO PAULO, 09/2017).

A previsão de fluxo de caixa apresentado, irá ajudar ao gestor a prever quais meses

poderá ser negativos e positivos e quais tomadas de decisões deverá ser realizada.

As vantagens de implantar o fluxo de caixa é poder fornecer uma estimativa dos

meses vindouros, sendo possível programar pagamentos, dentro de prazos

determinados, sem haver prejuízo para empresa e seus fornecedores. Mediante a

estimativa apresentada na previsão para 2018, a tomada de decisão será realizada

de forma consciente, facilitando a superação de problemas existentes tanto na

empresa quanto a crise econômica vivenciada atualmente.

Foi visualizado que no período de abril a junho de 2018, que os saldos apresentaram

negativos, esse estudo de caso propõe ao gestor financeiro que nos meses que

antecedem esse período, seja realizado uma estoque de matérias primas maior que

o estoque necessário para o mês, para que nos meses subsequentes sejam

comprados apenas o necessário, outra sugestão, seria fazer um acordo com

fornecedor de combustível para diminuir seus custo, modificando o tipo de pagamento,

já em relação aos impostos, que são tributados de forma trimestral, poderia junto à

contabilidade, analisar se seria viável o parcelamento deste imposto.

Conclui-se que mediante a planilha de fluxo de caixa para 2018, o resultado foi positivo

porque a empresa R, vai trabalhar com nove meses teve seu fluxo de caixa positivo,

o gestor só precisará estar atento para não ser surpreendido.

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5. Conclusão

Atualmente o ramo civil vem se recuperando aos poucos da crise que afetou a

empresa R, que nos últimos anos vem tendo problemas para organizar seus

pagamentos. A falta de organização financeira apresentou pontos negativos como

pagamentos de juros, insatisfação dos fornecedores e bloqueio de recebimentos de

materiais.

O principal objetivo deste estudo de caso, demostrar a implementação do fluxo caixa

para fornecer apoio para tomada de decisão financeira, pois o administrador financeiro

precisa de informações para gerir recursos financeiros existentes e suportar a atual

crise no setor civil, utilizando as análises e planejamento financeiro, apresentado ao

longo deste estudo.

Para os resultados deste trabalho, foram utilizados os dados existentes das entradas

e saídas no período de julho de 2016 a junho 2017 da empresa R, uma concreteira,

sendo assim analisados para criação do fluxo de caixa. Através do mesmo, foi visto

que as variações ocorreram mês a mês, e com essas oscilações apresentadas foi

possível estimar um fluxo de caixa para previsão do ano de 2018.

Mediante as informações fornecidas com a previsão estabelecida, o gestor financeiro

saberá com antecedência o que espera nos meses seguintes, podendo se precaver

com antecedência, para solucionar os problemas identificados, como o saldo negativo

verificado em três meses.

Recomenda-se para trabalhos futuros expandir a análise para anos anteriores,

podendo assim ter uma previsão mais robusta. Além disso, seria adequado também

o estabelecimento de cenários para previsões futuras, visto que este trabalho fez

apenas uma previsão, considerando que o mercado se mantivesse no mesmo cenário

econômico, no entanto o cenário da economia pode mudar.

Referências ASSAF NETO, Alexandre, SILVA, César Augusto Tibúrcio Silva. Administração do Capital de Giro. 2ª.ed. São Paulo : Atlas, 1997. FREZATTI, F. Gestão do fluxo de caixa diário: como dispor de um instrumento fundamental para o gerenciamento do negócio. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1997. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO/2017, Crise na construção civil deixa indústria fora da recuperação, (http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2017/09/1915224-crise-na-construcao-civil-deixa-industria-fora-da-recuperacao.shtml)

ROSS, A. Stephen; WESTERFIED, Randolph W.; JAFFE Jeffrey F. Administração Financeira: Corporate Finance. São Paulo: Editora Atlas S.A ., 2a. ed., 2002.

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SILVA, José Pereira da. Análise financeira nas empresas. 3.ed. São Paulo: Atlas, 1996 SILVA, Alexandre Alcântara da. Estrutura, Análise e Interpretação das Demonstrações Contábeis. 2º ed. São Paulo: Atlas S.A., 2010

TÓFOLI, I. Administração Financeira Empresarial: uma tratativa prática. Campinas: ArteBrasil/Unisalesiano, 2008. ZDANOWICZ, José Eduardo. Fluxo de Caixa. 7 ed. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1998