ficha para identificaÇÃo da produÇÃo didÁtico … · no campo da matemática as...

19

Upload: truongnguyet

Post on 17-Dec-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA TURMA PDE/2012

Título: A heurística na resolução de problemas e o ensino

Autor Marilene Garcia Gazarini

Disciplina/Área Matemática

Escola de Implementação do projeto e

sua localização

Escola Estadual “Anastácio Cerezine”- Ensino Fundamental.

Rua: Natal Bufalo de Moraes,513

Município da escola Alvorada do Sul – PR

Núcleo Regional de Educação Londrina

Professor Orientador Prof. Dr. Túlio Oliveira de Carvalho

Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual de Londrina – UEL

Relação Interdisciplinar Língua Portuguesa; Artes; Ciências.

Resumo Este Plano de Implementação Pedagógica será desenvolvido com uma turma de 7º. Ano do Ensino Fundamental. O trabalho partiu da percepção da autora, professora de Matemática, de que na resolução de problemas o aluno sempre experimenta a sensação de descoberta, e para isso nem sempre se utiliza de algoritmos, pois, ele se sente desafiado e busca alternativas para realizá-los a partir de seus próprios recursos, o que é chamado de Heurística. As atividades apresentadas servem para perceber os procedimentos e estratégias das quais os alunos se apropriam para solucionar questões do ensino, pois, isso não acontece apenas com a Matemática.

Palavras-chave: Heurística. Problemas de ensino. Matemática.

Formato do Material Didático: Unidade Didática

Público Alvo: 7º. Ano do Ensino Fundamental

1 APRESENTAÇÃO

Para ensinar Matemática, uma primeira preocupação tem sido a de motivar a

criatividade dos alunos para que o processo de ensino-aprendizagem seja

desenvolvido a partir do desejo do aluno de aprender a resolver problemas.

Normalmente o ensino da Matemática e a resolução de problemas estão

baseados em algoritmos e problemas padrão, que, em grande medida, são

responsáveis pela insegurança dos alunos em dominar tais regras para obterem os

resultados na resolução de problemas. Mesmo não podendo prescindir dos

problemas-padrão nem tampouco abandonar os algoritmos, pois são modelos a

partir dos quais os alunos eventualmente elaboram suas estratégias de solução,

sabe-se que o uso da heurística pode estimular os estudantes e levá-los ao

entendimento de que eles mesmos são capazes de chegar aos resultados.

O uso da heurística como estratégia da resolução de problemas matemáticos

possibilitará ao aluno conseguir solucionar um determinado problema sem

necessariamente a utilização de um algoritmo, e mesmo que tenha se baseado nele,

seu nível de trabalho mental se equivale ou até supera o de uma solução que segue

passos totalmente padronizados.

Este Plano de Implementação Pedagógica será desenvolvido com uma turma

do 7º ano do Ensino Fundamental, com o objetivo de colocar em segundo plano a

utilização dos algoritmos na resolução de problemas, introduzindo a heurística como

modus operandi de investigação matemática, de forma a envolver os alunos em

atividades e desafios que encetem a capacidade de inventar e fazer descobertas.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 ASPECTOS RELEVANTES DO APRENDIZADO DA MATEMÁTICA

O pensamento matemático é uma construção humana, entendido a partir

das diferentes práticas sociais que foram responsáveis por sua produção. No

entanto, para que ele aconteça, muitos recursos cognitivos são necessários para

que haja uma apropriação significativa dessas ideias, sem perder de vista que o

desenvolvimento cognitivo do ser humano está relacionado a fatores sociais,

biológicos, psicológicos e afetivos.

O envolvimento da perspectiva psicológica no estudo dos processos de

ensino e aprendizagem da Matemática (GODINO, 2003) é importante ser

considerado, pois este se dá pelo fato de que a aprendizagem é um processo

contínuo, mas seu desenvolvimento acontece de forma diferenciada em cada ser

humano dependendo da forma como são desenvolvidas as estruturas mentais

cognitivas, por meio das quais os indivíduos se adaptam e se organizam em seu

meio.

Assumimos como verdade que o indivíduo consegue desenvolver melhor a

aprendizagem quando encontra um ambiente que lhe favorece.

A teoria de desenvolvimento cognitivo de Piaget aponta para o fato de que

tanto o pensamento matemático quanto o pensamento humano requerem

habilidades como intuição, senso comum, apreciação de regularidades, senso

estético, representação, abstração e generalização, entre outros. Desde os

primeiros anos de vida tem-se início esse complexo processo por onde passa o

desenvolvimento das funções cognitivas da inteligência (PIAGET apud MORAIS,

2009).

Para Piaget (1974), o processo de aprendizagem se baseia na ação do

indivíduo. Em primeiro lugar, a partir das ações concretas com objetos concretos e

no último estágio, por meio de ações abstratas (operações) sobre objetos abstratos,

acabando por constituir os conceitos. Para ele a aprendizagem acontece na medida

em que um resultado é adquirido a partir da experiência que pode ser do tipo físico

ou do tipo lógico-matemático, ou ambos.

A teoria cognitiva preocupa-se com o processo de compreensão,

armazenamento e transformação envolvidos no plano cognitivo.

Além da percepção cognitiva existe também o papel da interação social, a

quem Vygotsky (1998) dá grande importância, atribuindo-lhe o papel de protagonista

no desenvolvimento humano e no processo de aprendizagem, que acontece por

meio de rupturas que provocam, consequentemente, contínuas reorganizações por

parte de todo individuo que aprende.

Piaget dá ênfase aos fatores biológicos dos indivíduos enquanto que

Vygotsky os sobrepõe com o papel desempenhado pelas interações sociais.

No campo da Matemática as contribuições de Piaget e Vygotsky são

orientações sobre a aprendizagem e o desenvolvimento das estruturas lógico-

matemáticas.

De acordo com Novaes (2005) a teoria psicológica de Piaget, principalmente

aquela que se refere ao desenvolvimento da aprendizagem da criança, veio ao

encontro das propostas do Movimento da Matemática Moderna, justamente por

afirmar que havia uma forte relação entre o desenvolvimento das estruturas

psicológicas do indivíduo e a forma de ensinar matemática proposta pelos

modernistas que tinham dois principais objetivos. O primeiro deles, o da renovação

pedagógica, onde existiria um ensino mais livre, construtivo e o segundo objetivo

seria o da modernização dos programas de matemática em conjunto com o

desenvolvimento psicológico da criança.

Mas, de todas as afirmações da teoria de Piaget, a que interessa a essa

pesquisa é aquela que garante que o conhecimento é construído a partir de

percepções e ações do sujeito e, portanto, pensando no fazer matemático, ele irá

depender de experimentar, interpretar, visualizar, induzir, abstrair, generalizar e

demonstrar. O conhecimento é construído a partir de muita investigação e

exploração.

2.2 A METODOLOGIA DA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

Durante todo processo de aprendizagem da matemática é possível perceber

a necessidade que os alunos têm de obter habilidades e estratégias que lhes

proporcionem a obtenção do conhecimento e raciocínio lógico-matemático.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998) já indicam algumas

metodologias destacando dois aspectos básicos com caráter relacional: o de

observar o mundo real com a apropriação dos signos matemáticos, aprendendo seu

significado, relacionando-os com outras áreas do conhecimento e o de estimular a

falar e a escrever explorando as possibilidades desse processo de aprendizagem.

A Educação Matemática nas escolas, geralmente, consiste no ensino-

aprendizado de algoritmos, na transmissão e resolução de exercícios a partir de

passos e regras formais, com papel fundamental e a intenção voltada para formação

do cidadão, enfatizando a autonomia do aluno, conforme destacado nos PCNs

(BRASIL, 1998, p. 56):

[...] a matemática é importante na medida em que a sociedade necessita e se utiliza, cada vez mais, de conhecimentos científicos e recursos tecnológicos que por sua vez são essenciais para a inserção das pessoas como cidadãos no mundo do trabalho, da cultura e das relações sociais.

É importante que a metodologia utilizada desenvolva nos alunos

competências e habilidades necessárias para o avanço na busca de novos

conhecimentos. E nessa busca de saberes, da aprendizagem da matemática, os

problemas são fundamentais.

Onuchic ( 2008) lembra também que:

Atualmente, gente do mundo todo está trabalhando na reestruturação da Educação Matemática. „Ensinar‟ bem Matemática é um empenho complexo e não há receitas fáceis para se fazer isso. Não há um caminho único para se „ensinar‟ e „aprender‟ Matemática.

Onuchic e Allevato (2005), afirmam ainda que a resolução de problemas é

destacada como um dos padrões para o ensino de matemática, e o ensino através

da resolução de problemas é fortemente recomendado.

Para Dante (1998) os objetivos da resolução de problemas são:

• Fazer o aluno pensar produtivamente;

• Desenvolver o raciocínio do aluno;

• Ensinar o aluno a enfrentar situações novas;

• Dar ao aluno a oportunidade de se envolver com as aplicações da

Matemática;

• Tornar as aulas de Matemática mais interessantes e desafiadoras;

• Equipar o aluno com estratégias para resolver problemas;

• Dar uma boa base matemática às pessoas.

Dante (1998) classifica os problemas em vários tipos e dentre eles os

problemas-padrão, cuja solução já está contida no enunciado, e a tarefa consiste em

transformar a linguagem usual em linguagem matemática, com o objetivo de

recordar e fixar os fatos básicos através dos algoritmos das quatro operações.

Eles são usados para fixação e constam sempre no final dos capítulos dos

livros didáticos, exigindo apenas a aplicação dos algoritmos.

Por outro lado, para se colocar em prática a metodologia de Resolução de

Problemas não existem fórmulas exatas, tanto que Onuchic e Allevato (2008)

concordam que a proposta atual consiste em organizar as atividades seguindo

algumas etapas, quais sejam, a preparação do problema, a leitura individual, a

leitura em grupo, a resolução dos problemas, a observação e o incentivo, o registro

e a resolução na lousa, o debate posterior, a busca do consenso e, por último, a

formalização do conteúdo.

Tanto Onuchic e Allevato (2008) quanto Pólya (1994) oferecem etapas que

devem ser observadas no momento da resolução das atividades com problemas

matemáticos. O professor, desejoso de sucesso em sua metodologia, não pode

prescindir desses autores.

2.3 A HEURÍSTICA NA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

As primeiras iniciativas sobre o ensino de matemática através da resolução

de problemas aconteceram com Pólya, em seu livro A Arte de Resolver Problemas

(1994), oferecendo nele as seguintes etapas para se chegar solução deles:

compreender o problema, elaborar um plano, executar um plano, fazer o retrospecto

ou realizar a verificação do problema original.

A resolução de problemas, segundo Dante (2005), pode contribuir para que

o aluno, em seu processo de formação, não só construa esquemas conceituais, mas

também desenvolva uma visão crítica que lhe permita manipular grandes volumes

de informações, selecionando e compreendendo quais são as mais relevantes.

A escola e o professor são imprescindíveis para esta tarefa de preparar o

aluno a desenvolver habilidades que o tornarão capaz de cumprir as exigências que

o mundo vai lhes impor, e isso vai desenvolver nele sua capacidade de “fazer

matemática” (DANTE, 1998), aumentar sua autoestima, sua perseverança, enquanto

busca as soluções para um problema.

Os problemas heurísticos são aqueles cuja solução não está diretamente

explícita em seu enunciado. As soluções destes problemas não se resumem à

aplicação de algum algoritmo e por isso, acabam sendo sempre muito mais

instigantes que os problemas-padrão, sendo capazes de fazer com que a

curiosidade dos alunos seja aguçada.

Diante de um problema de resolução heurística o aluno tem que explorar

inúmeras possibilidades para encontrar a estratégia adequada para chegar à

resposta certa. Do ponto de vista metodológico, este é um dos mais importantes

objetivos, pois a busca por estratégias e pelo melhor percurso para o

desenvolvimento do problema é o que interessa a esse método.

De acordo com o dicionário de Língua Portuguesa Aurélio (FERREIRA,1986,

p.891) a definição de heurística está expressa da seguinte maneira:

Denomina-se Heurística a um procedimento pedagógico pelo qual se leva o aluno a descobrir por si mesmo a verdade que lhe querem inculcar [...] é um conjunto de métodos e regras que conduzem à descoberta, à invenção e à resolução de problemas.

Firmino & Brotto (2008, p.3) também colaboram com essa definição

complementando-a quando afirmam que: “Uma heurística consiste numa coletânea

de conhecimentos aplicados a uma solução para problemas ou dificuldades”.

Newell, Shaw & Simon (apud FIRMINO & BROTTO, 2008, p.3) acrescentam:

As heurísticas […] constituem-se como regras baseadas na experiência e no planejamento, substituindo as anteriores baseadas na procura algorítmica que chega às soluções corretas depois de ter combinado o problema com todas as soluções possíveis.

Isso significa que não se dispensam os algoritmos, mas o processo de

resolução de problemas a partir da heurística estimula e motiva a busca de

soluções, reduzindo as informações anteriormente apreendidas apresentando

sequências interessantes de raciocínio, com a possibilidade de serem apresentados

vários repertórios de respostas até atingir o objetivo final.

Um aluno que muitas vezes não consegue resolver um problema de

matemática por não se lembrar de uma equação pode, perfeitamente, chegar ao

resultado por meio da heurística, pois ele processará as informações armazenadas

cognitivamente e superará o obstáculo de ter se esquecido da fórmula matemática,

aplicando tais informações.

Esse tipo de resolução de problemas vai recair sobre a filosofia de

pensadores como Sócrates e Platão que afirmavam ser preciso “pensar sobre o

pensamento” (PEREIRA, 2002, p.8). Ainda, de acordo com o mesmo autor,

Sócrates era perito em fazer as pessoas resolverem teoremas apenas respondendo

a suas perguntas, que era sua maneira de encaminhar para a solução do problema.

Na atualidade é possível encontrar nas ideias de Pólya (1985) muitas

contribuições relacionadas à heurística de resolução de problemas matemáticos,

justamente por considerar a Matemática uma “ciência observacional” (PEREIRA,

2002, p.11).

Para a Matemática, Pólya foi o primeiro a apresentar resolução de

problemas específicos e suas ideias acabaram por representar referência inicial

sobre o tema, servindo como base para os trabalhos sobre o assunto.

As etapas de resolução de problemas propostas por ele servem para a

resolução de todo tipo de problema na matemática, mas, muito mais para organizar

a resolução de problemas heurísticos.

Também vale considerar o que lembra Onuchic (2008, p.10) quando diz

que: “[...] havia uma estrutura para olhar a Resolução de Problemas: que há

dificuldades no conhecimento; que bons resolvedores de problemas usam

estratégias heurísticas e que os iniciantes podem aprender a usá-las; [...]”.

O que se percebe é que na didática da resolução de problemas de

matemática depende-se muito da mediação professor/aluno, mas, em grande

medida é a prática dos exercícios, o treinamento, os erros e acertos, com o

amadurecimento e acúmulo de informações, que vão se constituir no processo de

aprendizagem.

3 ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS 1ª. ETAPA- Etapa Diagnóstica

OBJETIVO: Verificar o raciocínio lógico dos alunos em relação à resolução de

problemas

DURAÇÃO: 50min

Será realizado um diagnóstico, junto aos alunos, a partir da resolução de

problemas abertos (sem fórmulas específicas). A expectativa em relação ao trabalho

dos alunos é que muitos tentarão resolvê-los a partir de algoritmos, outros

conseguirão a partir de estratégias heurísticas, mas não reconhecidas como tal.

METODOLOGIA: todas as atividades deverão respeitar as etapas propostas em

Onuchic e Allevato (2008): a preparação do problema, a leitura individual, a leitura

em grupo, a resolução dos problemas, a observação e o incentivo, o registro e a

resolução na lousa, o debate posterior, a busca do consenso e, por último, a

formalização do conteúdo

3.1 ATIVIDADE 1 – OS FÓSFOROS E O QUADRADO

Com os palitos que você recebeu, monte uma figura idêntica a que você vê

abaixo e, logo após, retirando apenas 3 palitos, consiga 3 quadrados. Espere para

que seja fotografado seu resultado.

Fonte: arquivo da autora

3.2 ATIVIDADE 2 – OS PALITOS E OS TRIÂNGULOS

Observando a figura abaixo, monte um desenho idêntico e depois, movendo

apenas 2 palitos, forme 4 triângulos. Espere para que a professora possa fotografar

seu resultado.

Fonte: arquivo da autora

3.3 ATIVIDADE 3 – OS PALITOS E A SENTENÇA

Pensando numa sentença matemática, monte a seguinte sentença

matemática: 1+3=2 com palitos de fósforos, conforme demonstra a figura abaixo.

Logo após, movendo apenas um dos palitos, obtenha uma sentença matemática

verdadeira. Aguarde para que o resultado seja fotografado.

Fonte: arquivo da autora

3.4 ATIVIDADE 4 – AS PROFISSÕES

Em grupos de 5 alunos cada um, vocês deverão sentar-se em círculos e

descobrir e ordenar as profissões que estão abaixo representadas. Para isso vocês

deverão se utilizar do alfabeto móvel distribuído a cada grupo. Após resolverem o

problema aguardem para que seja fotografado o resultado.

3.4.1 Professor

Fonte: arquivo da autora

3.4.2 Advogado

Fonte: arquivo da autora

3.4.3 Médico

Fonte: arquivo da autora

2ª ETAPA – ETAPA DA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS SEM ALGORITMOS

OBJETIVO: Investigar as estratégias utilizadas pelos alunos para resolução de

problemas.

DURAÇÃO: 120min

3.5 ATIVIDADE 5 - CABEÇAS E PÉS

Resolva os problemas abaixo.

Num jornal havia uma foto com crianças e gatos numa passeata. Contei que

nesta foto havia 10 cabeças e 24 pés. Quantas crianças e quantos gatos estavam na

foto do jornal?

(Resposta esperada: 8 crianças e dois gatos)

3.6 ATIVIDADE 6 – ARANHAS E JOANINHAS

Os alunos da aula de Biologia recolheram para o laboratório joaninhas e

aranhas. Ao todo recolheram 7 animais. Os alunos contaram o número de patas

(pés) recolhidas e obtiveram o resultado de 48. Agora é preciso saber: quantas

aranhas e quantas joaninhas eles haviam recolhido?

8 patas para aranha 6 patas para a joaninha

______________________

Fonte: adaptado de Paraná (2009, p. 59)

3.7 ATIVIDADE 7 – OS CACHORRINHOS

Somos três irmãos: eu, João e José. Cada um de nós tem um cachorrinho. Os

cachorrinhos se chamam: Daqui, Dali e Dalá. Um dos cachorros é branco, outro é

preto e o terceiro é malhado. Delá não é branco, e é o meu predileto. João prefere o

cachorro preto que não é Daqui; José não gosta do cachorro malhado.

Descubra o dono de cada cachorro e a cor do meu cachorrinho.

Fonte: Arquivos do clip art

(Resposta esperada: Delá, cachorro do narrador que é malhado; João tem o

cachorro preto que é o Dali e José o cachorro branco que é o Daqui)

_______________________

Fonte: adaptado de Paraná (1997, p.36)

3.8 ATIVIDADE 8 – O “PESO” NA BALANÇA

Os alunos serão levados ao centro da sala para assistirem juntos uma

“pesagem” de 3 colegas e a professora pedirá que eles anotem o “peso” total dos 3

amigos. Na sequência, um dos amigos deverá descer da balança e os alunos

anotarão o “peso” que ficou no visor, depois o segundo amigo descerá da balança e

todos anotarão o “peso” que ainda sobrou e assim eles terão anotado em seus

cadernos 3 pesos: o “peso” inicial total dos três colegas; o segundo “peso” que

corresponde a massa de dois amigos e o terceiro “peso” quando, finalmente, ficará

apenas um colega sobre a balança. A partir de então deverão responder quanto

“pesa” cada um dos colegas que subiram na balança. A cada “pesagem” a

professora fotografará o visor e os resultados apresentados pelos alunos.

__________________________

Fonte: adaptado de Paraná (1998, p.36)

3ª. ETAPA – RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS HEURÍSTICOS

OBJETIVO: Apresentar a heurística para resolução de problemas

DURAÇÃO: 160 min

3.9 ATIVIDADE 9 - APERTOS DE MÃO

Responda e explique qual a estratégia utilizada para chegarem ao resultado:

- Num encontro de Natal, 6 amigos se encontraram, e cada um trocou um aperto de

mão com os demais. Quantos apertos de mão foram trocados ao todo?

(Resposta esperada: que eles desenvolvam uma lista ou diagramas para chegar ao

resultado=15)

________________________

Fonte: adaptado de Dante (1997, p.18).

3.10 ATIVIDADE 10 – A GAVETA DE LUVAS

Responda e explique como chegou ao resultado.

Em uma gaveta da minha cômoda existe 12 pares de luvas brancas (iguais

entre si), 8 pares de luvas pretas (também iguais entre si) e 5 pares de luvas

marrons (iguais entre si). Houve uma queda de energia elétrica bem na hora em que

eu deveria viajar e tudo ficou escuro, antes de terminar de arrumar a bagagem. Eu

precisava pegar uma quantidade de luvas que me garantisse que duas luvas (um

par), ao menos, fossem da mesma cor. Assume-se que cada luva pode ser calçada

na mão direita ou na mão esquerda. Quantas luvas eu tive que pegar?

___________________

Fonte: adaptado de Pereira de Sá ( 2010, p.74)

3.11 ATIVIDADE 11 – A FRUTEIRA

Responda e apresente a estratégia utilizada.

- Numa fruteira há quinze frutas – entre laranjas, maçãs, peras e bananas, cada tipo

de fruta numa quantidade diferente. Sabe-se que, entre laranjas e maçãs, há seis

frutas; entre maçãs e peras há sete. Há quatro unidades de apenas um tipo de fruta:

qual?

(Resposta esperada: É a maçã. As laranjas são duas, as peras são três e as

bananas seis)

Fonte: adaptado de: Paraná (1997, p.16).

3.12 ATIVIDADE 12- OS BONÉS

Paulo tem três bonés A, B e C. Ele tingiu um de vermelho, um de branco e outro de

azul, não necessariamente nesta ordem. Sabendo que somente uma das afirmações

abaixo é verdadeira:

A é vermelho .

B não é vermelho.

C não é azul. A B C

Qual é a cor de cada boné?

(Resposta esperada: A é azul, B é branco e C é vermelho)

________________________

Fonte: Brasil (2010, p. 163).

Considerações

Ao desenvolver tais atividades, com o intuito de demonstrar que os alunos

podem chegar aos resultados sem a utilização dos algoritmos, não se prescindiu do

ensino e da aprendizagem de outros conteúdos matemáticos, como: equações de

primeiro grau (com uma e duas incógnitas/sistemas), probabilidades, adição,

subtração, divisão, percentagem e medidas.

O objetivo foi o de aguçar o pensamento matemático fazendo com que os

alunos deixassem de lado aquela visão de que “matemática é difícil”, ou a outra

recorrente que diz : “eu não sou capaz”. A partir destas situações-problemas os

alunos verificarão o quanto a matemática está presente em suas vidas e, além disso,

o quanto eles têm se utilizado dela, com facilidade, sem necessitar de “fórmulas”

(algoritmos) desenvolvendo a heurística.

4 AVALIAÇÃO

De acordo com as respostas apresentadas em cada problema o professor irá

perceber se os alunos estão se utilizando das etapas apresentadas por Onuchic e

Allevato (2008). É importante, ao final de cada atividade, que o conteúdo seja

formalizado, inclusive para que se atinja os objetivos programáticos.

Deve-se pensar que o professor é mediador de todo o processo e de todas as

atividades que foram propostas; ele deve saber que a avaliação deverá estar

servindo aos objetivos deste Plano, tanto que, na apresentação dos resultados, no

artigo posterior a este Trabalho, o professor-autor deverá se reportar a estas etapas

em cada atividade, apresentando o comportamento dos alunos em cada uma delas.

De fato, a etapa de preparação está sendo cumprida com a organização deste

material.

Ao pensar nesta avaliação a professora-autora deverá prestar atenção se os

alunos demonstram suas habilidades por meio dos procedimentos que escolhiam

para a investigação do problema aberto; notar se eles apresentam as respostas e os

caminhos que se utilizaram para chegar a elas. Na redação final de seu artigo,

pretende-se expor quais foram as estratégias escolhidas pelos alunos para

alcançarem os resultados e quais as ferramentas foram empregadas.

Desta forma a autora do Plano de Implementação estará avaliando seus

próprios resultados, visto que, durante a execução de todas as atividades desta

propostas, ela já terá condições de avaliar seus alunos e seu próprio trabalho.

5 INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS ALLEVATO, Norma S.G.. ONUCHIC, Lourdes de La Rosa. Ensinando Matemática na Sala de Aula, através da Resolução de Problemas. 11º. Congresso Internacional de Educação Matemática – ICME11. Monterrey/México: 2008 BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Fundamental. ParâmetrosCurriculares Nacionais: Matemática. Ensino de 5° a 8° séries. Brasília-DF: MEC, 1998. ______.Explorando o Ensino da Matemática. Atividades Vol.2. Ed. Especial de atividades da OBMEP,2009. Brasília, 2010. DANTE, Luiz Roberto. Didática da resolução de problemas de matemática. São Paulo: Atlas, 1997. DANTE, Luiz Roberto. Didática da resolução de problemas de matemática. São Paulo: Atlas, 2005. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. FIRMINO, Jeff Emmanuel Costa. BROTTO, Tullio Cezar de Aguiar. Raciocínio, heurísticas e resolução de problemas: um diálogo conceitual. Revista Mosaico Estudos em Psicologia. 2008. V.III, n1, 1-12. GODINO, J. Perspectiva de la Didática de las Matemáticas como disciplina científica. Universidad Granada: Programa de doctorado "Teoria de la Educación Matemática". 2003. NOVAES, Bárbara Winiarski Diesel. As Contribuições de Jean Piaget para a Educação Matemática. Curitiba: PUC/PR, 2005. Disponível em<http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2005/anaisEvento/documentos/painel/TCCI135.pdf>. Acesso em 20 abr.2012. OBMEP- Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas. 2008. Disponível em:<http://www.obmep.org.br/mapa_enc_insc_2008_content.html>. Acesso em: 08 mai.2012. ONUCHIC, L R.; ALLEVATO, N. S. G. Novas reflexões sobre o ensino-aprendizagem de matemática através da resolução de problemas. In: BICUDO, M. A. V.; BORBA, M. C. (orgs). Educação Matemática - pesquisa em movimento. 2.ed. São Paulo: Cortez, 2005. ONUCHIC, Lourdes de La Rosa. Uma História da Resolução de Problema no Brasil e no Mundo. Palestra de Encerramento. I Seminário em Relocução de Problemas- ISERP. Rio Claro: UNESP, 30-31 de outubro de 2008.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Matemática. Curitiba: SEED/PR, 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Coletânea de Atividades. Matemática- Aluno. Sala de Apoio Pedagógico. Curitiba: SEED/PR, 2009. ______. Ensinar e Aprender Matemática. Impulso Inicial. Curitiba: CENPEC, 1997. ______. Ensinar e Aprender Matemática. Volume 3. Curitiba: CENPEC, 1998. PEREIRA, Antonio Luiz. Problemas matemáticos: caracterização, importância e estratégias de resolução. Seminários de Resolução de Problemas. IME/USP. São Paulo: USP, março de 2002. PEREIRA DE SÁ, Ilydio. A Magia da Matemática. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2010. PIAGET, J. Aprendizagem e Conhecimento, em Piaget. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1974. POLYA, G.. A arte de resolver problemas. Rio de Janeiro: Interciência, 1994. ______b. A arte de resolver problemas. Rio de Janeiro: Interciência, 2006. VIGOTSKY, L. S. Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.