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Ansiolíticos e Hipnóticos

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Ansiolíticos e Hipnóticos

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História• Desde muito tempo beberagens alcoólicas foram

usadas para produzir sono.• O Brometo foi o primeiro agente específico como

sedativo-hipnótico no século XIX.• 1903 surge o barbital e em 1912 o fenobarbital, este

dominaram as prescrições até meados de 1961.• Em 1950 surge a clorpromazina que apresentava

grande capacidade de amansar animais e prepara o terreno para o lançamento em 1950 do clordizepóxido, sendo comercializado apartir de 1961.

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Diferenças• Um fármaco sedativo diminue a atividade, modera a

excitação e acalma quem o recebe.• Um fármaco hipnótico produz sonolência e facilita o início

e manutenção do sono, que lembra um sono natural onde o indivíduo pode ser facilmente acordado.

• A palavra ansiedade tem origem do termo grego anshein, que significa "estrangular, sufocar, oprimir". O termo correlato, angústia, origina-se do latim angor que significa "opressão" ou "falta de ar", e angere quer dizer "causar pânico". Essas palavras latinas derivam da raiz germânica angh, indicando "estreitamento ou constrição". Todos esses termos se referem, metaforicamente, à experiência subjetiva característica da ansiedade.

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A Ansiedade• Nossa resposta normal quando somos ameaçados

(comportamento de defesa) será de produzido reflexos autônomos (despertar e alerta), secreção de corticosteróides e emoções negativas.

• Quando temos ansiedade estas reações ocorrem de maneira antecipada, sem que tenha havido eventos externos.

• Esta separação entre o normal e o “patológico” nem sempre é muito clara, o que torna estes fármacos muito utilizados na clínica médica (10% da população).

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Tipos de Ansiedade• Distúrbio da Ansiedade Generalizada: sintomas

contínuos sem que haja nenhuma razão ou foco claro.• Síndrome de Pânico: medo opressivo associado com

sistemas somáticos marcantes como sudorese, taquicardia, dores no peito, tremores, sensação de asfixia. Estas crise também podem ser induzidas por lactato de sódio.

• Fobias: medo intenso de situações especiais (cobras, alturas, aviões).

• Distúrbios do Estresse Pós-traumático: ansiedade ativada por lembranças de situações vividas no passado.

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Regiões do Cérebro associadas à Síndrome do

Pânico e Ansiedade

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Classificação dos Fármacos Ansiolíticos e Hipnóticos

• Benzodiazepínicos: agentes ansiolíticos e hipnóticos e são o principal grupo.

• Buspirona: agonista do receptor 5-HT1A é ansiolítico sem ação como sedativo.

• Antagonistas dos Receptores ß-adrenérgicos (propranolol), usados naquelas ansiedade onde temos uma presença de sintomas físicos (sudorese, taquicardias).

• Barbitúricos: foram ultrapassados pelos benzodiazepínicos e atualmente são usados somente para tratamento de epilepsia e em anestesias.

• Outras: difenildramina (anti-histamínico) usados algumas vezes para tratamento de insônia em crianças.

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Benzodiazepínico• Foram a classe mais importante para

tratamento da ansiedade e a insônia.• O clordiazepóxido foi o primeiro

benzodiazepínico sintetizado por acaso por Hoffman la Roche em 1961.

• Seu mecanismo de ação será seletivamente sobre o subtipo A de receptores para o ácido gama-aminobutírico (receptores GABA), que medeiam a transmissão sináptica inibitória rápida no sistemas nervoso central (SNC).

• Os benzodiazepínicos potencializam a resposta ao GABA, por facilitarem a abertura dos canais de Cloreto ativados pelo GABA.

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Efeitos e Uso Farmacológico• Redução da ansiedade e da agressividade: com exceção

do alprazolam, eles não tem efeito antidepressivo, podem causar irritabilidade em alguns indivíduos.

• Sedação e indução do sono: diminuem o tempo de início e aumentam o tempo total de sono, efeito que tende a desaparecer com 1-2 semanas. Todos reduzem a proporção de sono REM.

• Redução do tônus muscular e da coordenação motora: acontece por uma ação central independente da sedação.

• Efeitos anticonvulsivantes: o clonazepam é usado para tratamento de convulsões com risco de vida e mal epiléptico.

• Amnésia anterógrada: bloqueiam a memória de eventos experimentados enquanto sob sua influência.

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Aspectos Farmacocinéticos• São bem absorvidos quando por via oral e atingem

pico de ação em torno de 1h. Ligam-se fortemente a proteínas plasmáticas, e em função de sua alta lipossolubilidade, acumulam-se gradualmente na gordura corporal.

• São metabolizados e eliminados na forma de conjugados glicuronídeos na urina. Sua duração varia amplamente e podem ser divididos em curta, média e longa duração.

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Efeitos Adversos dos Benzodiazepínicos

• Efeitos tóxicos resultantes de superdosagem aguda. São menos perigosos. Em doses excessivas causam sono prolongado, sem depressão grave da respiração, más quando combinados com o álcool podem causar depressão severa.

• Efeitos indesejáveis do decurso do uso terapêutico normal. Os principais são sonolência, confusão mental, amnésia e coordenação motora prejudicada.

• Tolerância e dependência. São efeitos comuns e observados com todos os benzodiazepínicos. Foram a principal desvantagem destes tratamentos.

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Antagonistas dos Benzodiazepínicos

• Os antagonistas competitivos dos benzodiazepínicos foram descobertos em 1981. O composto mais conhecido é o Flumazenil. Pode ser usado para reverter os efeitos da superdosagem dos benzodiazepínicos. Reservado para os casos onde a depressão respiratória está presente.

• O flumazenil tem início de ação rápido (IV), más sua duração é curta (2h), deste modo podemos ter retorno da sonolência.

• Está indicado em casos de coma com suspeita de doses excessivas de benzodiazepínicos.

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Buspirona• Agonista parcial dos receptores 5-HT1A, usada para tratar

vários distúrbios de ansiedade e depressão.• Apresenta um grau de dependência praticamente zero.• É ineficaz para tratar síndromes agudas como a do

pânico.• Seus efeitos demoram dias ou semanas para

aparecerem.• Seus principais efeitos colaterais são náuseas, tonturas,

cefaléia e agitação.

• A dose média usada varia entre 15 e 30mg/dia. Dose máxima 60mg por dia.

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Barbitúricos• Foram descobertos no início do século XX e até 1960 foram os

hipnóticos/sedativos mais usados.• Todos eles tem atividade depressora do SNC, produzindo

efeito semelhantes aos anestésicos inalatórios.• Causam morte por depressão respiratória e cardiovascular se

usados em altas doses.• Dos que permanecem em uso temos o fenobarbital que tem

ações anticonvulsivantes e o tiopental com propriedades anestésicas específicas.

• Participam como os benzodiazepínicos aumentando a capacidade da ação do GABA embora ajam em sítio diferente.

• Induzem a alto grau de tolerância e dependência e aumentam a atividade do citocromo P-450 hepático.

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Barbitúricos

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