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AULA 3 – Jurisdição Indireta no Brasil (1ª parte): Homologação de Sentenças Estrangeiras. Faculdade Nacional de Direito Direito Internacional Privado II Prof. Marcos Vinícius Torres. sentença internacional; sentença estrangeira; sentença nacional;. Homologação de SENTENÇAS ESTRANGEIRAS:. - PowerPoint PPT Presentation

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Faculdade Nacional de DireitoDireito Internacional Privado IIProf. Marcos Vincius Torres
AULA 3 Jurisdio Indireta no Brasil (1 parte): Homologao de Sentenas Estrangeiras

Homologao de SENTENAS ESTRANGEIRAS:
sentena internacional;

sentena estrangeira;

sentena nacional;

Reconhecimento e Execuo de Sentenas Estrangeiras no DIPRI:
Problemtica: soberania estatal e jurisdio estatal;

Objetivo: possibilitar o bom funcionamento do sistema jurdico internacional, visto que no se pode pretender que as sentenas emitidas pelo judicirio de um Estado tenham fora executria ou valor jurisdicional automtico em outra jurisdio;

Determinantes: commity, reciprocidade, cooperao jurdica?

Homologao de Sentenas Estrangeiras no Brasil:
No Brasil, adoo do termo homologao para o reconhecimento de sentena estrangeira.

A homologao confere sentena estrangeira validade legal no Brasil e permite a produo de efeitos, em nosso territrio, atravs de execuo da deciso pela Justia Federal;

O juzo do STJ um juzo de delibao (giudizio de delibazione), pelo qual no se questiona o mrito da deciso, em sua substncia, seno para a verificao dos requisitos formais e de possveis ofensas ordem pblica, soberania nacional e aos bons costumes;

Competncia constitucional do STJ, de acordo com a Emenda Constitucional 45/2004 e a Resoluo 9/2005:Art. 4 A sentena estrangeira no ter eficcia no Brasil sem a prvia homologao pelo Superior Tribunal de Justia ou por seu Presidente.

Previses do CPC/73:
Art. 483: A sentena proferida por tribunal estrangeiro no ter eficcia no Brasil seno depois de homologada pelo Supremo Tribunal Federal.

Pargrafo nico: A homologao obedecer ao que dispuser o regimento interno do Supremo Tribunal Federal.

Art. 484: A execuo far-se- por carta de sentena extrada dos autos da homologao e obedecer s regras estabelecidas para a execuo da sentena nacional da mesma natureza.

Principais Tratados Internacionais Multilaterais sobre o Assunto (1):
Conveno de Bruxelas de 1968 relativa Competncia Judiciria e Execuo de Decises em Matria Cvel e Comercial (Lugano/1988), hoje, Regulamento 44/2001 (UE);

Regulamento n. 2.201/2003 (Conselho da Unio Europia), relativo Competncia, ao Reconhecimento e Execuo de Decises em Matria Matrimonial e em Matria de Responsabilidade Parental;

Conveno de Nova Iorque sobre Prestao de Alimentos no Estrangeiro de 1956 ( ONU);

Conveno Interamericana sobre Obrigaes Alimentares de 1989;

Principais Tratados Internacionais Multilaterais sobre o Assunto (2):
Cdigo Bustamante de 1928;

Conveno de Nova Iorque sobre o Reconhecimento e Execuo de Sentenas Arbitrais Estrangeiras de 1958;

Conveno Interamericana sobre Eficcia Extraterritorial das Sentenas e Laudos Arbitrais Estrangeiros de 1979;

Conveno da Haia sobre Aspectos Civis do Sequestro Internacional de Menores de 1980;

Tratados Internacionais Bilaterais e Cooperao Jurdica:
Convnio de Cooperao Judiciria em Matria Civil entre Brasil e Espanha de 1989;

Tratado Relativo Cooperao Judiciria e ao Reconhecimento e Execuo de Sentenas em Matria Civil entre Brasil e Itlia de 1989;

Acordo de Cooperao em Matria Civil entre Brasil e Frana de 1996;

Requisitos para a Homologao:
LICC/art 15: Ser executada no Brasil a sentena proferida no estrangeiro, que rena os seguintes requisitos:a) haver sido proferida por juiz competente;b) terem sido as partes citadas ou haver-se legalmente verificado a revelia;c) ter passado em julgado e estar revestida das formalidades necessrias para a execuo no lugar em que foi proferida;d) estar traduzida por intrprete autorizado;e) ter sido homologada pelo Supremo Tribunal Federal. Pargrafo nico. No dependem de homologao as sentenas meramente declaratrias do estado das pessoas.

Resoluo n. 9/2005:Art. 5 Constituem requisitos indispensveis homologao de sentena estrangeira:I - haver sido proferida por autoridade competente;II - terem sido as partes citadas ou haver-se legalmente verificado a revelia;III - ter transitado em julgado; e IV - estar autenticada pelo cnsul brasileiro e acompanhada de traduo por tradutor oficial ou juramentado no Brasil.

Competncia do Juiz Prolator (1):
Verificao se a causa era da competncia do juiz prolator(competncia intenacional versus competncia interna);Art. 88/CPC ( competncia concorrente da justia brasileira): submisso e efeitos da oposio de exceo declinatoria fori?Art. 89/CPC ( competncia exclusiva): inderrogabilidade da jurisdio brasileira e negativa do exequatur.Interpretao do art. 89, II/CPC: adaptao, para restringir a competncia exclusiva apenas aos casos de inventrio e partilha de bens mortis causae; aceitando-se as partilhas realizadas no exterior em caso de sentena/divrcio, resultantes de acordos.

Jurisprudncia I
REsp 535646 / RJ ; RECURSO ESPECIAL 2003/0049909-4 Relator(a)Ministro CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO DJ 03.04.2006 Ementa Partilha de bens. Separao decretada na Espanha. Competncia da Justia brasileira para decidir a partilha de bens imveis localizados no pas. Ausncia de necessidade de homologao de sentena estrangeira sobre o estado das pessoas. Art. 15, pargrafo nico, da Lei de Introduo ao Cdigo Civil. 1. Havendo nos autos, confirmado pelo acrdo, partilha de bens realizada em decorrncia da separao, impe-se o processo de homologao no Brasil, aplicando-se o art. 89, II, do Cdigo de Processo Civil apenas em casos de partilha por sucesso causa mortis. 2. No h necessidade de homologao de sentenas meramente declaratrias do estado das pessoas (art. 15, pargrafo nico, da Lei de Introduo ao Cdigo Civil). 3. Recurso especial conhecido e provido.

Competncia do Juiz Prolator (2):Homologao de Decises Estrangeiras de Divrcio por Via Administrativa?
SE 912 /1933 divrcio amigvel decretado pelo Rei da Dinamarca;SE 1.282 / 1952 deciso administrativa de divrcio da Noruega;SE 1.312 / 1953 divrcio decretado pelo Prefeito de Naka, distrito de Yokoama, Japo;

Citao Regular:
ordem pblica processual brasileira: ru domiciliado no Brasil s ser validamente citado por carta rogatria, com exequatur concedido pelo STJ?

Jurisprudncia II
SEC-6.729. Relator: Min. Maurcio Corra. Publicao: Julgamento: Tribunal Pleno. Ementa: Sentena Estrangeira proferida pela justia espanhola.Divrcio.Guarda de filhos menores. Citao por edital publicado somente na Espanha,que no produz efeitos no Brasil. 1. Se a parte contra quem se deseja efetivar o ato de citao reside no Brasil, no pode o edital para a consumao do procedimento, publicado apenas na Espanha, produzir efeitos em nosso Pas, sob pena de configurar-se violao aos princpios do contraditrio e da ampla defesa. 2. No preenchido o pressuposto de citao vlida, a sentena proferida por autoridade judicial estrangeira no tem validade jurdica no Brasil, nos termos do art.217,II, do RISTF. 3. No est sujeita homologao pelo Supremo Tribunal Federal a sentena estrangeira que tem como objeto pedido idntico em tramitao perante rgo do Poder Judicirio no Brasil, sob pena de ofensa aos princpios inerentes prpria soberania nacional (CPC,art.90;RISTF,art.216). 4. retorno de crianas ao domiclio de um dos cnjuges fora do Brasil. O pedido de homologao de sentena estrangeira, pelas suas caractersticas e peculiaridades, no sede adequada para o exame de circunstncias subjetivas ligadas ao mrito da controvrsia sobre guarda de menores. Conveno de Haia.Inaplicabilidade.Homologao indeferida.

Trnsito em Julgado da SE:
Art. 90/CPC?

litispendncia internacional versus coisa julgada estrangeira;

Jurisprudncia III
SEC 5526/REINO DA NORUEGARelator(a): Min. ELLEN GRACIEJulgamento: 22/04/2004 rgo Julgador: Tribunal Pleno Publicao: DJ 28-05-2004 PP-00007 EMENT VOL-02153-04 PP-00662

Ementa SENTENA ESTRANGEIRA CONTESTADA. PEDIDO DE HOMOLOGAO DE DECISES PROFERIDAS PELA JUSTIA NORUEGUESA QUE CONCEDERAM A GUARDA DA FILHA MENOR DAS PARTES AO REQUERENTE. EXISTNCIA DE DECISO PROLATADA POR AUTORIDADE JUDICIRIA BRASILEIRA, COM O MESMO TEOR, A FAVOR DA REQUERIDA. IMPOSSIBILIDADE DE HOMOLOGAO, SOB PENA DE OFENSA AOS PRINCPIOS DA SOBERANIA NACIONAL. ART. 216 DO RISTF. REQUISITOS FORMAIS DA HOMOLOGAO DE SENTENA ESTRANGEIRA. ARTS. 218 E 219 DO RISTF. INDISPENSABILIDADE DA JUNTADA DE CERTIDO OU CPIA DO TEXTO INTEGRAL DO ATO JUDICIAL OU ADMINISTRATIVO QUE SE QUER HOMOLOGAR. 1. O deferimento do pedido formulado representaria a prevalncia de uma sentena aliengena sobre a deciso de um juiz brasileiro que, embora proferida em sede liminar, seria modificada, importando numa clara ofensa aos princpios da soberania nacional.

Jurisprudncia IV
SE 3407 Relator(a): Min. OSCAR CORREAJulgamento: 07/11/1984 rgo Julgador: TRIBUNAL PLENOPublicao: DJ 07-12-1984 PP-20987 EMENT VOL-01361-01 PP-00069

Ementa SENTENA ESTRANGEIRA - GUARDA DE FILHO, DEFERIDA AO PAI, DEPOIS DO DIVRCIO, QUE A PREVIA PARA A ME. SENTENA REVESTIDA DAS FORMALIDADES LEGAIS, OBEDECIDO O R.I.S.T.F. OBJEES DE MRITO INEXAMINAVEIS. HOMOLOGAO DE SENTENA ESTRANGEIRA DEFERIDA. SE-AgR 2727AG.REG. NA SENTENA ESTRANGEIRARelator(a): Min. XAVIER DE ALBUQUERQUEJulgamento: 09/04/1981 rgo Julgador: TRIBUNAL PLENOPublicao: DJ 08-05-1981 PP-04116 EMENT VOL-01211-01 PP-00095

Ementa SENTENA ESTRANGEIRA. NO OBSTA A SUA HOMOLOGAO A PENDNCIA, PERANTE JUIZ BRASILEIRO, DE AO ENTRE AS MESMAS PARTES E SOBRE A MESMA MATRIA. AGRAVO REGIMENTAL NO PROVIDO.

Traduo Juramentada e Chancela Consular:
sentena e/ou outros documentos?

tradutor juramentado?

chancela consular?

tratados de cooperao?

Ofensa Ordem Pblica:

Quando o contedo da sentena estrangeira contraria a ordem pblica?

Quando a forma da sentena estrangeira contraria a ordem pblica?

Jurisprudncia V
SEC- 4.415. Relator: Min. Francisco Rezek. Ementa: Sentena estrangeira. Estados Unidos da Amrica. Incompetncia do Juzo. Ofensa ordem pblica. Jri Civil. Deciso no fundamentada. I- A competncia internacional prevista no artigo 88 do CPC concorrente. O ru domiciliado no Brasil pode ser demandado tanto aqui quanto no pas onde deva ser cumprida a obrigao, tenha ocorrido o fato ou praticado o ato, desde que a respectiva legislao preveja a competncia da justia local. II- O Supremo j firmou entendimento no sentido de que o sistema do jri civil, adotado pela lei americana, no fere o princpio de ordem pblica no Brasil. III- Sentena devidamente fundamentada com invocao da legislao norte-americana respectiva,do veredicto do jri, bem como das provas produzidas. Ao homologatria procedente.

Jurisprudncia VI
SE 2521. Ementa: No homologvel a sentena estrangeira desmotivada. O art 458,II do CPC brasileiro norma de ordem pblica. () A competncia da Justia que proferiu o julgado acima transcrito promana do fato de Stuttgart, Repblica Federal da Alemanha, para dirimir as questes do negcio jurdico noticiado nestes autos. A citao pessoal do Ru para se defender no processo em que se proferiu a referida sentena est provada. Considerando que se trata de julgado que mereceu autenticao do Cnsul-Geral do Brasil em Munique, Repblica Federal da Alemanha, e que seu texto compreensvel, deve, finalmente, verificar-se, no caso, a consubstanciao do requisito indicado no art.17 da LICCB, segundo o qual no se pode homologar sentena estrangeira que seja ofensiva da ordem pblica brasileira. que, na espcie, o julgado alemo, que se v do seu texto, no contm qualquer fundamentao, e esta, por constituir um dos requisitos essenciais de validez da sentena proferida na jurisdio brasileira, deve ser tambm exigida na sentena estrangeira que se pretenda executar no Brasil. Com efeito, o art.458,II, do CPC, claro no exigir que a sentena contenha, como elemento essencial, a fundamentao em que o juiz analisa as questes de fato e de direito. Trata-se de norma de ordem pblica, porque ela envolve o direito de impugnao da sentena, direito este que, por sua vez, pertinente defesa da parte vencida.

Homologao de Decises Arbitrais Estrangeiras:
Laudo arbitral estrangeiro: arts. 34-40 da Lei de Arbitragem ou Conveno de Nova Iorque sobre o Reconhecimento e Execuo de Sentenas Arbitrais Estrangeiras de 1958?

Homologao de Sentenas Penais Estrangeiras?
CP/art. 9:

medidas de segurana;

efeitos de reparao civil;

Homologao de Sentenas Estrangeiras Falimentares:
CPC/39: art. 786-788;

Precedentes do STF;

Lei de Falncias;

Mercosul:
Protocolo de Las Leas de 1992 sobre Cooperao e Assistncia Jurisdicional em Matria Civil, Comercial, Trabalhista e Administrativa;

Procedimento de Execuo da Deciso Estrangeira Homologada:
Aps a homologao pelo STJ, o exequente pode propor a respectiva ao de execuo no juzo competente;

Art. 475-N, VI/CPC: So ttulos executivos judiciais: ()IV- a sentena estrangeira, homologada pelo Superior Tribunal de Justia;

Juzo competente: juzo federal (CRFB/ art. 109, X)

Resoluo n. 9 do STJ:
Tutela de urgncia em sede de HSE?

Medidas executrias?