direito internacional privado - resumos

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  • 7/24/2019 Direito Internacional Privado - Resumos

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    Ana Carolina Fernandes

    Direito Internacional Privado

    O DIP enquanto ramo do direito

    Noo de DIP- Havendo uma pluralidade de Estados soberanos na sociedadeinternacional, com diferentes sistemas jurdicas com autonomia entresi, existe assim uma diversidade de diferentes reula!"es nos Estadospara situa!"es jurdicas semel#antes

    $otivos da internacionali%a!&o mais acelerada 'ue ocorreu no s(c)**+

    internacionali%a!&o da economia movimentos miratrios

    surimentos de novos Estados processos de intera!&o reional novas tecnoloias de informa!&o e comunica!&o

    Problemas 'ue come!aram a necessitar de resolu!&o+ determinar o ordenamento 'ue #-de pedir a solu!&o do

    problema .determina!&o do direito aplicvel/ problema de compet0ncia internacional+ determinar os tribunais

    competentes problemas de recon#ecimento das decis"es estraneiras

    1 assim, o DIP suriu para reular as situa!"es transnacionais deDireito Privado)

    Situaes transnacionais1 todas as situa!"es em 'ue se colo'ueum problema de determina!&o do Direito aplicvel 'ue deva serresolvido pelo DIP)

    2tili%a-se o crit(rio do contacto relevante para se ver atransnacionalidade duma situa!&o .1 a situa!&o tem 'ue ter, nosseus elementos relevantes, contactos com diversos ordenamentosjurdicos/)

    Factores que do a uma situao carter transnacional:nacionalidadedos sujeitos, domiclio ou resid0ncia, luar da sede do ente coletivo,luar onde se produ%em certos factos, luar onde est situada acoisa, etc3 1 elementos de estraneidade 4 la!os 'ue liam asitua!&o a outros Estados

    5 crit(rio de transnacionalidade relevante, no entanto, dependedas normas de DIP em causa)

    Prof) 6ima Pin#eiro prefere apenas di%er 'ue reula situa!"es

    transnacionais, por'ue o DIP abrane certas situa!"es 'ue, no todoou em parte, n&o s&o reuladas pelo direito privado)

    7

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    Ana Carolina Fernandes

    Durante muito tempo, defendia-se 'ue todas as rela!"es deDireito p8blico estavam submetidas necessariamente ao mesmoDireito, tendo este pensamento sido in9uenciado por : domaserais+

    Dogma da absoluta territorialidade do dto. pblico = o

    direito p8blico seria territorial pelo 'ue toca aos seusr&os de aplica!&o e um Estado tamb(m n&o poderiaatuar em tribunais de outro Estado pretens"esfundadas no seu Direito p8blico

    Concepo absoluta da imunidade de jurisdio dosEstados = um Estado n&o poderia ser acionado nostribunais de outro Estado, salvo em casosverdadeiramente excecionais; e tamb(m n&o podiatentar jular os outros pases

    Assim, os litios emerentes de uma rela!&o estabelecida porum Estado ao abrio do seu Direito p8blico s podiam ser apreciadospelos tribunais deste Estado) E estes tribunais aplicavamnecessariamente o Direito p8blico interno)

    Hoje+ Imunidade de urisdio4 #oje, um Estado estaneiro s o%a de

    imunidade de jurisdi!&o relativamente aos atos praticados de iusimperri e n&o nos atos 'ue pratica em condi!"es de iualdade coma contraparte

    o

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    Ana Carolina Fernandes

    o 5 prof) 6ima Pin#eiro di%, no entanto, 'ue a ordem jurdica deum Estado ( inteiramente livre de decidir se tutela ou n&ojuridicamente a pretens&o de um Estado estraneiro fundadano seu Direito p8blico .pode um Estado n&o ter motivosespeciais para admitir tais pretens"es 4 ex)+ falta de

    solidariedade ou coopera!&o judiciria/

    5 DIP portuu0s ( aplicvel a todas as rela!"es 'ue, emboraimplicando Estados ou entes p8blicos autnomos estraneiros,orani%a!"es internacionais ou aentes diplomticos ou consulares deEstados estraneiros, sejam susceptveis de reula!&o na esferainterna)

    Processo Confitual 1 o DIP reula as situa!"es transnacionaisatrav(s de um processo con9itual

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    o justi!a material+

    serva um certo controlo sobre o resultado materialatrav(s da clusula de ordem p8blica internacional.:: CC/

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    Ana Carolina Fernandes

    H normas de con9itos materialmente orientadas, 'ueatendem ao resultado material .ex)+ BG e G CC e 77oma I/ untam crit(rios de justi!a formal e materialJ

    5 direito dos con9itos tem uma fun!&o modeladora nadisciplina das situa!"es transnacionais, ou seja, por um

    lado comanda a resolu!&o de muitos problemassuscitados pela concreti%a!&o dos elementos deconex&o e pela conjua!&o das ordens jurdicasc#amadas a intervir, e por outro tamb(m n&o sedesinteressa do ajustamento da solu!&o material >scircunstKncias do caso

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    Planos, Processos e Tcnicas de Regulao das

    itua!es Transnacionais

    Planos de Regulao"

    Viso tradicional As situa!"es transnacionais s&o sempre reuladas na esfera de um

    ordem jurdica estadual e, ent&o, o 8nico plano de reula!&oconsiderado ( o 'ue corresponde > ordem jurdica estadual)

    endo assim, as partes das situa!"es internacionais devemorientar-se exclusivamente pelas normas e princpios vientes nasordens jurdicas estaduais conectadas com a situa!&o)

    Decorre da tica tradicional 'ue o 8nico plano de reula!&o

    considerado ( o 'ue corresponde > ordem jurdica estadual, tendoo DIP8blico, o D2E ou o Direito Autnomo do Com(rcioInternacional .le& mercatoria/ 'ue ser objeto de rece!&o ouremiss&o operada por determinada ordem jurdica estadual paraserem considerados como reuladores de situa!"estransnacionais)

    Viso atual As situa!"es transnacionais tem 'ue atender > reula!&o no plano

    do DIP8blico, do Direito Comunitrio e do Dto Autnomo doCom(rcio Internacional .le& mercatoria/)

    Planos de eula!&o existentes+- Pelo Direito Estadual- Pelo DIP8blico- Pelo Direito Comunitrio- Pelo Direito Autnomo do Com(rcio Internacional

    Processos de Regulao- Deve fa%er-se em fun!&o da necessidade ou desnecessidade de umavalora!&o con9itual . 1 avalia!&o do elemento de conex&o maisade'uado para a dtermina!&o do Direito aplicvel a uma cateoria desitua!"es ou a uma 'uest&o jurdica com vista a formular uma normade con9itos/

    Processo Confitural ou Regulao Indireta 1 sistema decon9itos ou conjunto de normas ad 'oc remetem para a situa!&o

    material controvertida)

    G

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    A reula!&o das situa!"es transnacionais na ordem jurdicaestadual (, em rera, indireta, ou seja, recorrem a uma norma decon=tos para determina!&o do Direito material aplicvel

    Processo de Regulao Direta #Consiste na aplica!&o direta do

    Direito material, sem a media!&o de uma norma de con9itos,desinadamente atrav(s de B tcnicas de regulao direta+7) aplica!&o direta do Direito material comum do foro

    Luando o direito material comum do foro for aplicado a'uais'uer situa!"es independentemente da exist0ncia deelementos de estraneidade .ex)+ Estado * aplica a todas assitua!"es trasnacionais, sem distin!&o, o direito materialcomum aplicvel >s situa!"es internas/

    :) cria!&o de Direito material especial .ad 'oc/ de fonte internaLuando solu!"es ad 'ocouMe Direito material especial de

    fonte interna forem aplicados a situa!"es 'ue comportamdeterminados elementos de estraneidade, independentementedos la!os 'ue apresentem com o Estado local .o Estado * crianormas espec=cas para uma mat(ria especi=ca, por exemplo,para reular todos os contratos internacionais/

    B) uni=ca!&o internacional do Direito material especial de fontesupraestadual

    Luando Direito material especial de fonte supraestadualfor aplicado a situa!"es transnacionais, independentemente deuma conex&o entre estas situa!"es e um dos Estados em 'ueviora esse Direito .ex)+ conven!"es internacionais 'ueapli'uem um Direito material uni=cado aplicvel a certo tipo decontratos internacionais/

    Plano de Regulao $stadual

    A reula!&o pelo Direito Estadual implica 'ue a situa!&o seja, em

    primeira lin#a, reulada pela Direito viente na ordem jurdicaestadual em causa e 'ue os litios 'ue l#e diam respeito sejamapreciados pelos respetivos tribunais estaduais)

    A reula!&o das situa!"es transnacionais pelo Direito Estadual (,em rera, feita pelo processo de reula!&o indireta, sendo 'ue oprocesso direto s se justi=ca excecionalmente, relativamente acertas reras de Direito material especial)

    Processo de Regulao Indireta 5 sistema de Direito deCon9itos ( formado essencialmente por um conjunto de normas de

    con9itos bilaterais e de normas sobre a interpretea!&o e aplica!&odestas normas bilaterais)

    N

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    Processo de Regulao Direta:t(cnicas7) Aplica!&o Direta do Direito $aterial Comum- As situa!"es transnacionais seriam reuladas como se de situa!"espuramente internas se tratassem- ?(cnica 'ue prescinde da exist0ncia de normas de con9itos

    (antagens:- via mais fcil para os r&os de aplica!&o do Direito, 'ue est&o maisfamiliari%ados com o Direito material interno do 'ue com oestraneiro e assim tamb(m n&o tem 'ue aplicar o sistema de direitodos con9itos

    Des)antagens:

    - P"e em risco a seuran!a jurdica e a #armonia internacional desolu!"es- 5 Direito aplicvel nunca seria previsvel, variando consoante oEstado em 'ue a 'uest&o se colocasse e condu%indo > incerte%a sobreas situa!"es jurdicas existentes- A aplica!&o de um Direito diferente em cada Estado fomentaria adesarmonia internacional de solu!"es- 6evava > frustra!&o das expectativas objetivamente fundadas dosinteressados, em contradi!&o com o princpio da con=an!a- Fomentaria o Forum *'opping1 a escol#a do foro mais conveniente> pretens&o .o autor prop"e a a!&o no Estado cujo Direito material l#efor mais favorvel, se #ouver mais do 'ue o tribunal de um Estado aconsiderar-se internacionalmente competente/

    - Claro 'ue #avendo diver0ncias entre o dto dos con9itosdos diferentes Estados # possibilidade de #aver +orums'opping, mas com esta t(cnica seria muito mais facilitadotal

    - eria incompatvel com o DIP8blico, 'ue obria os Estados aasseurar aos estraneiros um padr&o mnimo de prote!&o

    :) Cria!&o de um Direito material especial .ad #oc/ de fonte interna- Em ve% de aplicar o seu Direito material comum, os Estados podemcriar um Direito material especial aplicvel exclusivamente >srela!"es transnacionais- Esta ( uma t(cnica de reula!&o direta na medida em 'ue (aplicvel a 'uais'uer situa!"es 'ue comportem elementos deestraneidade independentemente de uma lia!&o com o Estado doforo- ?em oriem no ius entium romano .para estraneiros e romanos vs)

    Estraneiros/

    O

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    Ana Carolina Fernandes

    (antagnes:- maior ade'ua!&o >s especi=cidades das rela!"es internacionais

    Des)antagens:- P"e em risco a seuran!a jurdica e a #armonia internacional de

    solu!"es- 5 Direito aplicvel nunca seria previsvel, variando consoante oEstado em 'ue a 'uest&o se colocasse e condu%indo > incerte%a sobreas situa!"es jurdicas existentes- A aplica!&o de um Direito diferente em cada Estado fomentaria adesarmonia internacional de solu!"es- 6evava > frustra!&o das expectativas objetivamente fundadas dosinteressados, em contradi!&o com o princpio da con=an!a- Fomentaria o Forum *'opping1 a escol#a do foro mais conveniente> pretens&o .o autor prop"e a a!&o no Estado cujo Direito material l#e

    for mais favorvel, se #ouver mais do 'ue o tribunal de um Estado aconsiderar-se internacionalmente competente/

    - Claro 'ue #avendo diver0ncias entre o dto dos con9itosdos diferentes Estados # possibilidade de #aver +orums'opping, mas com esta t(cnica seria muito mais facilitadotal

    - eria incompatvel com o DIP8blico, 'ue obria os Estados aasseurar aos estraneiros um padr&o mnimo de prote!&o

    6P 1 di% 'ue esta t(cnica de reula!&o direta ( de rejeitar comoalternativa lobal ao processo con9itual)

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    ,-todos de unicao internacional/ni+ormi0ao 4 cria!&o, por uma fonte supraestadual, de Direitouniforme, ou seja, de Direito aplicvel tanto nas rela!"es internascomo nas rela!"es internacionais, relativamente a um temaespec=co, substituindo, inclusive, o Direito comum de fonte internadentro do seu Kmbito material de aplica!&o) .ex)+ 6ei uniforme emmat(ria de letras e livran!as/

    /nicao *trictu *ensu 4 consiste na cria!&o, por uma fontesupreestadual, de Direito material uni=cado .Direito material especialde fonte supreestadual/) Ao lado do Direito comum de fonte internapassa a viorar na ordem interna um Direito especial aplicvel >ssitua!"es transnacionais)

    Principais reas+ venda internacional de mercadorias;

    transportes internacionais; direito martimo; testamento; propriedadeintectual3

    1armoni0ao 2 estabelecimento de reras ou princpiosfundamentais comuns) 5 seu objetivo ( de aproximar os sistemasnacionais .ao contrrio, nos outros, visa-se estabelecer um reimeid0ntico nos diversos sistemas nacionais/ ex)+ leis-modelos, DiretivasEuropeias; princpios; m(todos promovidos principalmente pororani%a!"es n&o overnamentais3J

    (antagens:

    - n&o # 'ue escol#er o sistema local aplicvel- os Estados contratantes assumem uma posi!&o uniformesobre a reula!&o jurdica da situa!&o- 5 reime material aplicvel nos diferentes Estados ( o mesmo,facilitando-se, assim, o con#ecimento da disciplina jurdia dasitua!&o, arantindo a seuran!a jurdica

    Des)antagens:- 5 processo ( moroso, difcil e oneroso- A desejada Qsupress&o dos con9itos de leisR s seria atinida

    se a uni=ca!&o fosse eral e universal

    Regulao pelo DIP%&lico1 a'uela 'ue opera na esfera da ordem jurdica internacional

    A situa!&o ( reulada nesta esfera 'uando l#e for imediatamenteaplicvel o DIP8blico e os ltiios 'ue l#e di%em respeito foremapreciados por jurisdi!"es fundadas no DIP8blico

    itua!"es sobre as 'uais tradicionalmente se ocupa o DIP8blico+

    7S

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    *itua3es que4 apesar da sua 5internacionalidade64 rele)amprimariamente nas es+eras institucional e de regulao dosEstados, por'ue+o Tr&os de aplica!&o do Direito c#amados a apreci-las - r&os

    estaduaiso

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    Ana Carolina Fernandes

    ?em uma voca!&o mais ampla 'ue o DIP8blico atual para reularimediatamente as situa!"es transnacionais)

    elevKncia das rela!"es entre particulares na esfera institutcional da

    E2+ ( limitada 4 as jurisdi!"es competentes para con#ecerem doslitios emerentes das rela!"es entre particulares s&o normalmenteestaduais ou arbitrais) Estas institui!"es est&o #ierar'uicamentesubordinadas ao ?2E)

    5 mecanismo de reenvio prejudicial, embora faculte 'ue otribunal nacional solicite o concurso da jurisdi!&o do ?2E com respeito> validade de disposi!"es de Direito derivado e > interpreta!&o doD2E, representa ainda uma forma de coopera!&o entre as instKnciasnacionais e europeias)

    Para 'ue as jurisdi!"es estaduais atuassem como r&os da 2Eseria necessrio 'ue o seu estatuto fosse de=nido pelo D2E e 'ue,assim, a aplica!&o do D2E decorresse do prprio D2E e n&o dasnormas de recep!&o da Constitui!&o nacional)

    Prevalece entre ns 'ue, na ordem interna, a Constitui!&onacional tem supremacia sobre o D2E)

    Em certos casos, j # jurisdi!"es europeias 'ue temcompet0ncia para decidir litios emerentes de rela!"estransnacionais)

    Regulao pelo Direito (ut)nomo do Comrcio

    Internacional1 reras e princpios aplicveis >s rela!"es do com(rcio internacional'ue se formam independentemente da a!&o dos r&os estaduais esupreestaduais

    ?em em vista os usos e costumes do com(rcio internaiconal,reras criadas no Kmbito da autonomia associativa dos operadores docom(rcio internacional ou por entidades estoras de mercados

    reulamentados de instrumentos =nanceiros)C#amado tamb(m de le& mercatoria)

    - Estas reras e princpios podem ser relevantes na ordem jurdicaestadual, atrav(s de rece!&o na ordem jurdica interna ou 'uando amesma remete con9itos vientes na sua ordem para 'uest"es dedireito autnomo do com(rcio internacional

    Arbitraem ?ransnacional 1 o 'ue interesse neste aspeto ( a

    reula!&o imediata de situa!"es transnacionais pelo DACI,independentemente da media!&o de uma ordem jurdica estadual)

    7:

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    Ana Carolina Fernandes

    A arbitraem transnacional ( o modo normal de resolu!&ojurisdicional de litios no com(rcio internacional, sendo o recurso aostribunais estaduais, neste domnio, marinal)

    ?ribunais de Arbitraem Internacional 1 modo normal de resolu!&o dediferendos no com(rcio internacional

    !uesto essencial ": !uando " !ue as situaestransnacionais so o#$eto de regulao imediata %elo DCI& Ueri=ca-se 'uando as partes estipulam uma conven!&o de

    arbitraem V a conven!&o de arbitraem 'ue permite inserir a situa!&o num

    espa!o transnacional, relativamente autnomo perante as ordensjurdicas estaduais

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    - 5 acento ( colocado na Qcria!&o jurdicaR reali%ada pelasorani%a!"es, estando o costume os usos do com(rcio colocados em: plano- o Dto transnacional fundamentar-se-ia no recon#ecimento direto ou

    indireto pelos Estados

    Crticas+- Apessar de se ajustar relativamente bem > realidade da arbitraemtransnacional, relativamente aos tribunais estaduais isso j n&oacontece, por'ue tem-se 'ue averiuar at( 'ue ponto o Dto?ransnacional funciona validamente para desempen#as fun!"es deinterpreta!&o e intera!&o dos contratos internacionais e,eventualmente, de fonte subsidiria relativamente > lei- arbitraem e a

    observKncia das suas decis"es por parte dos sujeitos do com(rciointernacional, aliadas > autonomia 'ue l#e ( recon#ecida por randen8mero de sistemas internacionais

    Assim, os tribunais de arbitraem internacional serviriam+- dirimir os ltios emerentes das rela!"es do com(rciointernacional seundo as reras e princpios transnacionais- contribuir para a sua revela!&o e desenvolvimento

    - Woldman defendia 'ue a lex mercatoria ( aplicvel, como 'ual'ueroutro Direito, por for!a de uma rera de con9itos, podendo ser

    escol#ida pelas partes ao abrio da mesma

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    Signi1cado real da le, mercatoria na regulao das relaescomerciais internacionais- Apesar de existirem opini"es distintas, # um vasto consenso sobrea exist0ncia de ramos da atividade econmica marcados por um

    elevado rau de internacionali%a!&o, de padroni%a!&o do conte8doneocial dos contratos e de recurso > arbitraem para resolu!&o dosltiios dele emerentes .ex)+ resseuros, contratos bancriosinternacionais3/

    Wrau de desenvolvimento da lex mercatoria > escala mundial 4raramente os usos obt(m um recon#ecimento > escala mundial,revistindo essencialmente carter reional, e formando-se, emprincpio, no Kmbito de cada um dos setores do com(rciointernacional

    ini=cado da jurisprud0ncia arbitral para o desenvolvimento da lexmercatoria 4 nos 8ltimos anos, o acervo de solu!"es autnomasformuladas pela jurisprud0ncia arbitral tem crescidoconsideravelmente)

    A jurisprud0ncia arbitral n&o constitui per si uma fonte de DACIem sentido t(cnico-jurdico, pois as decis"es arbitrais n&o constituemprecedente vinculativo, s tendo as mesmas importKncia imediatapara o caso concreto a resolver)

    As solu!"es desenvolvidas pela jurisprud0ncia arbitral san#am validade normativa 'uando interam um costumejurisprudencial, sendo necessrio, para o efetio, 'ue se forme umaconvic!&o eral, no crculo dos interessados, de 'ue essas solu!"ess&o juridicamente relevantes)

    Apesar da importKncia do costume como fonte de DACI ser, poraora, limitada, tem-se desenvolvido as solu!"es arbitrais baseadasna concreti%a!&o de princpios erais de QprincpiosR comuns aossistemas nacionais e em modelos de reula!&o)

    Princpios relativos aos contratos de com(rcio internacional 4 n&o s&oum elenco de princpios erais, nem uma codi=ca!&o de usos ecostumes do com(rcio internacional)

    ?rata-se de um conjunto sistemati%ado de solu!"es, 'ue umvasto rupo de especialisas provenientes de diferentes culturasjurdicas considerou serem comuns aos principais sistemas nacionaiseM ou mais ade'uadas aos contratos internacionais)

    &o meros modelos de reula!&o 'ue poedm ser incorporados

    no contrato, com o valor de clusulas contratuais, ou podem ser

    7

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    recebidos no conte8do de normas materiais de um Dto estadual, deuma Conven!&o internacional ou de um instrumento da E2)Ex)+ Princpios de Direito Europeu dos Contratos2%osio da Doutrina 'radicional ao DCI

    1 autores para 'uem as situa!"es transnacionais s&o semprereuladas ao nvel da ordem jurdica estadual por meio da remiss&opara um Dto estadual)

    - Para estes autores, as ferramentas do DACI s relevariamjuridicamente mediante a sua Qrece!&oR pelo Dto de Con9itos ou peloDireito material dos sistemas nacionais individualmente considerados

    Criticas feitas+7) As situa!"es transnacionais s relevariam imediatamente peranteas ordens jurdicas estaduais

    Isto fal#a na medida em 'ue n&o ( s nas ordens jurdicasestaduais 'ue se conformam as situa!"es transnacionais) H,no mnimo, um determinado crculo de contratos do com(rciointernacional 'ue s&o direta e imediatamente reulados naordem jurdica internacional e na ordem jurdica da 2E

    :) A cria!&o de Direito por particulares dependeria da permiss&o doleislador estadual

    Isto tamb(m fal#a, por'ue pode #aver fontes de Dtoautnomas relativamente aos Direitos estaduais esupreestaduais)

    A institucionali%a!&o de erupos sociais 'ue prosseuem=ns limitados a uma certa esfera da vida pressup"e a exist0nciade complexos normativos) Este processo de cria!&o normativaautnoma veri=ca-se 'uer na constitui!&o das sociedades de=ns espec=cos infraestaduais, 'uer na constitui!&o dassociedades paraestaduais, 'ue transcendem a esfera social deum Estado)

    Como a cria!&o de Dto por particulares dependeria dapermiss&o do leislador estadual, estes complexos normativoss seriam juridicos na medida em 'ue fossem criados ourecebidos pela ordem jurdica estadual)

    Fim letimo deste pensamento+- ecusar a juricidade >s reras criadas no seio de orani%a!"escriminosas ou de =ns iletimos2%inio de 3P %ara a %ossi#ilidade de e,ist0ncia de uma

    ordem $urdica aut-noma do com"rcio internacional

    7G

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    Ana Carolina Fernandes

    7 Pressuposto para forma!&o 1 exist0ncia deu m espa!otransnacional ade'uado para o efeito, ou seja, de uma esfera de a!&oem 'ue os sujeitos das rela!"es comerciais internacionais o%am danecessria autonomia

    Prof) Di% 'ue este pressuposto se veri=ca plenamente+ (permitido 'ue as rela!"es do com(rcio internacional sejam, emprimeira lin#a, reuladas pelos respetivos sujeitos com base nasua vontade, por costumes e usos do com(rcio internacional3

    : Pressuposto 1 exist0ncia de um consenso bsico sobre um certon8cleo de valores comuns, duma disposi!&o para seuir =ns comuns)5u seja, deve-se 'uestionar se os operadores do com(rciointernacional formam um conjunto su=cientemente #omo(neo eorani%ado)

    A'ui, a resposta deve ser neativa, pois n&o # umconjunto su=cientemente #omo(neo e orani%ado deoperadores para poderem criar Direito de alcance eral)

    Da 'ue se possa a=rmar 'ue n&o existe uma sociedademundial dos operadores do com(rcio internacional)

    Apenas se podem considerar fontes do DACI em sentido t(cnico-jurdico o costume comercial internacional, o costume jurisprudencialarbitral e as reras criados por centros autnomos no Kmbito da

    autonomia associativa ou de mercados eridos por entidadesprivadas)

    5pini&o+-

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    - s&o aplicadas na arbitraem transnacional,independentemente da sua rece!&o por uma ordem jurdicaestadual- s&o conformes com os princpios erais de Dto e os valores

    fundamenais laramente acol#idos no DIP8blico e na vastamaioria das ordens jurdicas nacionais- V um Dto 'ue deve ser favorecido, por'ue ( mais ade'uado >especi=cidade das rela!"es do com(rcio internacional 'ue o Dtocomum interno- Wra!as > sua uniformidade internacional, facilita-se o seucon#ecimento do reime aplicvel pelos interessados, aumentando aprevisibilidade jurdica e minorando o acr(scimo dos custos detransa!&o resultantes da transnacionalidade da rela!&o

    Rele(4ncia da le, mercatoria na ar#itragem internacional- A reula!&o de contratos internacionais no plano do DACI pressup"ea exist0ncia de jurisdi!"es em 'ue este Dto ( aplicvelimediatamente- A arbitraem transnacional ( a jurisdi!&o normal dos litios docom(rcio internacional e ( necessrio veri=car at( 'ue ponto a lexmercatoria ( fonte de Dto imediatamente aplicvel nesta situa!&o- 5s tribunais da arbitraem internacional n&o s&o criados pelo Dto deum Estado e, apesar de n&o =carem imunes >s compet0ncias

    normativas dos Estado 'ue tem la!os sini=cativos com a arbitraem,o%am de autonomia relativamente >s ordens jurdicas estaduaissinularmente consideradas, permitindo 'ue o seu estatuto seja emprimeira lin#a de=nido pelo Dto Autnomo-

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    Natureza do Direito de Confitos

    5rgos de %licao do Direito de Con6itos1 entidades 'ue, no exerccio de fun!"es jurisdicionais ou

    administrativas, aplicam o Direito de Con9itos)Tr&os upraestaduais 4 relevam da ordem jurdica internacional ouda 2ETr&os Estaduais 4 relevam das ordens jurdicas estaduais)Tr&os ?ransnacionais 4 nem relevam de uma ordem supraestadualnem se fundamentam numa particular ordem jurdica estadual)

    &o r&os excecionais de aplica!&o do direito)

    5rgos nacionais 7estaduais !ue rele(am da ordem $urdica

    %ortuguesa8- s&o, no 'uadro da ordem jurdica portuuesa, jurisdicionais eadministrativo

    rgos jurisdicionais: Incluem os tribunais estaduais e ostribunais arbitrais

    rgos administrati)os: conservadores; notrios; aentesdiplomticos no exerccio de fun!"es de conservadores)))

    5rgos 'ransnacionais- ?ribunais da Arbitraem ?ransnacional

    A arbitraem comercial internacional ( a 'ue p"e em joointeresses do com(rcio internacional);bjeto+ tanto litios transnacionais comerciais, como litios 'ue n&os&o de Direito comercial nem de direito privado

    ?ipos+7rbitragem 7d 'oc = 'uando trata de um procedimento arbitralinteiramente estabelecido para o caso concreto)7rbitragem Institucionali0ada = 'uando ( orani%ada por centros

    permanentesEm Portual os tribunais arbitrais s&o elementos do sistema

    jurisdicional .:S CP/ 4 mas n&o s&o r&os nacionais, por'ue n&os&o criados pelo Direito de um Estado 'ue surja como oexclusivamente competente para de=nir o seu estatuto)

    Autonomia dos tribunais arbitrais, por+- as compet0ncias estaduais concorrentes 'ue estabelecemcompet0ncias de reula!&o e controlo aos tribunais arbitrais podem

    condu%ir a diretri%es contraditrias, tornando necessria uma maremde aprecia!&o por parte dos rbitros

    7

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    Ana Carolina Fernandes

    - 5s Estados fa%em um uso moderado das suas compet0ncias,limitando-se a um en'uadramento do estatuto da arbitraem edeleando nas partes e nos rbitros a determina!&o da maior partedas reras 'ue #&o-de interar este estatuto

    - a arbitraem transnacional baseia-se, assim, principalmente, naauto-reula!&o neocial e em reras e princpios jurdicos autnomosAssim+- n&o est&o submetidos a um particular sistema nacional de DIP- ecorrem a crit(rios de determina!&o do Direito autnomos, taiscomo o recurso a princpios erais de Direito ou a Qprincpios comunsRaos sistemas nacionais e > le& mercatoria- Assim, atrav(s do recon#ecimento destes r&os, dentro das ordensjurdicas nacionais, por ve%es, existe uma diferencia!&o do reimeinternacionalprivatstico aplicvel em fun!&o da jurisdi!&o relevante

    5rgos Su%raestaduais1 jurisdi!"es internacionais, 'usi-internacionais e da 2E

    &o r&os de aplica!&o do Direito de Con9itos em : situa!"es+- 'uando na aplica!&o de normas de Direito Internacional e de D2E sesuscitam 'uest"es pr(vias 'ue n&o s&o reuladas na esfera da ordemjurdica internacional ou da ordem jurdica da 2E- 'uando esses r&os tem compet0ncia para apreciar, a ttulo

    principal, 'uest"es relativas a situa!"es 'ue por n&o seremnecessariamente conformadas pelo DIP ou pelo D2E colocam umproblema de determina!&o do Direito aplicvel

    urisdi!"es internacionais 1 ?ribunal Internacional de usti!a os Estados podem ser partes neste tribunal e as 'uest"es

    principais a submetidas di%em respeito ao DIP8blico) s 'uest"es

    :S

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    Ana Carolina Fernandes

    relativas > titularidade dos bens lesados o Direito do Estadodemandado, incluindo o seu Direito de Con9itos

    urisdi!&o Luasi-Internacional P8blica 1 ?ribunal Permanente de

    Arbitraem, sediado em Haia?anto pode ocupar-se do contencioso interestadual .arbitraemde DIP8blico/, como de diferendos entre um Estado e um particular,con=urando ent&o um exemplo de arbitraem 'uasi-internacionalp8blica

    ?ribunais da 2E 1 ?2E- Destina-se principalmente a controlar a lealidade dos atos dosr&os da 2E, asseurando o respeito do D2E na interpreta!&o eaplica!&o dos tratados constituintes- ?amb(m pode apreciar situa!"es transnacionais a ttulo principal

    urisdi!"es em $at(ria de Direitos Fundamentais 1 ?EDH?em compet0ncia para apreciar o facto ilcito ode 'ue o Estado r(u (responsvel relativamente a situa!"es internas ou transnacionais)Este facto ilcito pode concernir tanto > aplica!&o de Direito materialcomum, como de Direito de Con9itos ou de Direitos dos estraneiros)-

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    Ana Carolina Fernandes

    s fontes do Direito Internacional de Con6itos: Apesar de 'ual'uer dos processos espec=cos de cria!&o de

    normas pela comunidade internacional poder ser fonte de Direito

    Internacional de Con9itos, as mais importantes s&o os tratadosinternacionais 'ue instituem ou en'uadram jurisdi!"esinternacionais ou 'uasi-internacionais)

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    Ana Carolina Fernandes

    comunidade internacional, diretri%es para a conforma!&o dosDireitos de Con9itos nacionais;

    o 5 princpio do respeito dos direitos dos estraneiros (prevalentemente entendido como obriando os Estados atrata-los seundo um padr&o mnimo, conferindo-l#esuma tutela ra%ovel dos seus direitos e interesses;

    o Al(m disso, ao participar na comunidade internacional,um Estado n&o pode inorar a vi0ncia de outrosordenamentos estaduais, nem pode ter uma pretens&o decompet0ncia exclusiva de reula!&o das rela!"es 'ueatravessam as suas fronteiras+

    o Deste modo, o DIPrivado tem, um 8ltima instKncia, o seufundamento do Direito das Wentes e no recon#ecimentoda coexist0ncia de uma pluralidade de ordens jurdicas

    nacionais;o $as 'uanto > possibilidade de existirem normas de

    con9itos 'ue ten#am por fonte o costume internacional,estes autores dividem-se+

    A maior parte nea tal exist0ncia devido >indetermina!&o das proposi!"es jurdicas e daincerte%a do alcance destas noras, bem como >raridade das sua aplica!&o 'ue redundaria nainexist0ncia de uma convic!&o de obriatoriedade;

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    Ana Carolina Fernandes

    Con9itos aplicvel a situa!"es 'ue s relevam na ordem jurdicaestadual)

    s fontes da 9:

    Encontramos normas de DIPrivado nos tratados instituintes e,principalmente, no Direito derivado, emanado dos r&os da 2E)

    ?amb(m o Direito de Con9itos de fonte europeia pode operar aonvel da 2E ou ao nvel das ordens jurdicas dos E$[s)

    V indiscutvel 'ue opera ao nvel da ordem jurdica da 2E nos casosem 'ue se trata de Direito dos Con9itos contido no ?F2E+o Em primeiro luar, o ?2E ( competente para con#ecer dos

    litios relativos > responsabilidade extracontratual da 2E pordanos causados pelas suas institui!"es ou aentes e nestamat(ria remete-se para os princpios erais comuns aos Direitosdos E$[s;

    o Em seundo luar, # uma compet0ncia do ?2E 'ue pode serfundada em clusula compromissria constante de um contratode Direito privado ou p8blico celebrado pela 2E ou por suaconta e nesta #iptese o ?2E aplica a lei aplicvel ao contratoem causa)$as o D2E tamb(m ( fonte de Direito de Con9itos viente na

    ordem jurdica interna) ucede, por(m, 'ue o ?F2E n&o cont(mnormas de con9itos 'ue se dirijam aos r&os de aplica!&o do Direito

    dos E$[s; a maior parte destas disposi!"es est&o contidas emDiretivas e tratam-se de medidas de #armoni%a!&o dos Direitos deCon9itos dos E$[s)

    Esta situa!&o veio a ser alterada pela entrada em vior do?ratado de Amesterd&o, em 7, 'ue se orientou no sentido de umaampla comunitari%a!&o do DIPrivado) Assim suriram numerososreulamentos no domnio do DIPrivado, desinadamente os e)oma I, II, III, e U)

    A necessidade de uma codi=ca!&o europeia do DIPrivado

    tamb(m tem sido objeto de discuss&o) Esta necessidade tem sidosublin#ada principalmente com respeito > parte eral do Direito dosCon9itos, re'uerendo-se assim a cria!&o de um e) oma S, pois naverdade, o =m visado com a uni=ca!&o do DIPrivado pela D2E podeat( ser posto em causa pelas diferentes interpreta!"es e aplica!"esfeitas dos instrumentos europeus pelos E$[s)

    ;ontes trasnacionais:- Decorre do anteriormente exposto em rela!&o > reula!&o pelo

    DACI, 'ue a re0ncia aceita a exist0ncia de fontes transnacionais, isto(, de processos espec=cos de cria!&o de proposi!"es jurdicas no

    :

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    seio da comunidade dos operadores do com(rcio internacional 'ues&o independentes da a!&o dos r&os estaduais e supraestaduais)Estas fontes, no 'ue toca ao Direito de Con9itos, s&ofundamentalmente o costume jurisprudencial arbitral e os

    reulamentos dos centros de arbitraem)- Estas fontes t0m desempen#ado um papel sini=cativo na cria!&ode normas e princpios de DIPrivado da arbitraem transnacional,interando o Direito ?ransnacional da Arbitraem)

    ;ontes internas:Apesar da avan!o das fontes internacionais, europeias e

    transnacionais, ainda ( importante o Direito de Con9itos de fonteinterna) As fontes a considerar nesta sede s&o+

    o A lei+ a'ui temos 'ue considerar dois diplomas+o A CP;o E o CC;

    o 5 costume+o Foi importante antes do CC de 7GG, por'ue at( a o

    Direito de Con9itos portuu0s de fonte leal eraframentrio;

    o $as perante um sistema aora codi=cado o costumeainda por ter relevo no desenvolvimento eaperfei!oamento do sistema;

    o

    ?rata-se #oje fundamentalmente de costumejurisprudencial, assente numa base de jurisprud0nciauniforme e constante;

    o A jurisprud0ncia+o V uma fonte importante, se n&o mesmo a principal, nos

    sistemas em 'ue viora oprecedent la

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    Ana Carolina Fernandes

    o Em Portual, antes da entrada em vior do novo CC,muitas solu!"es foram estabelecidas pelo labor destaci0ncia e o seu contributo continua a ser especialmenteimportante em conse'u0ncia do DIPrivado ser uma

    disciplina nova e complexa, 'ue evolui rapidamente)

    Nature

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    Ana Carolina Fernandes

    6P 1 a posi!&o mais ajustada >s caractersticas atuais e >s tend0nciasde desenvolvimento do DIPrivado ( a de o considerar,fundamentalmente, Direito privado, sem excluir o surimento decertas reas especiali%adas em 'ue podem desenvolver-se solu!"es

    espec=cas para rela!"es 'ue comportam elementos p8blicos)

    :N

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    Ana Carolina Fernandes

    O&-eto e *uno da Norma de Confitos

    2#$eto da norma =realidade 'ue a mesma reula;uno ==m 'ue prosseue

    ;uno >urdica? '"cnico@$urdica =problema jurdico 'ue a normatem por miss&o resolver e o processo por'ue o resolve

    Normas 9nilaterais1 s determinam a aplica!&o do Direito doprprio foro)Normas Ailaterais? Plurilaterais = tanto remetem para o Direitodo foro como para o Direito estraneiro) .normas mais comuns doCC/)

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    Ana Carolina Fernandes

    - 9eceo material:ao remeter a resolu!&o do caso para a leiestraneira, a norma de con9itos cria na ordem jurdica nacionaluma norma com o conte8do da rera estraneira- 9eceo +ormal+ a norma de con9itos, ao estabelecer uma

    conex&o entre uma determinada rela!&o da vida e uma ordemjurdica estraneira, confere >s fontes desta ordem jurdica ovalor de fonte de normas jurdicas da ordem interna

    Cr#ticas+- Encara a norma de con9itos como uma norma de incorpora!&o doDto estraneiro, 'ue s se aplica >s situa!"es 'ue s&o submetidas aodto estraneiro) 6evaria a near a exist0ncia das normas de con9itos'ue s remetem para o dto do foro, como o s&o as normas unilaterais- realidade 'ue a norma de con9itos s se apli'ue>s situa!"es 'ue s&o submetidas ao dto estraneiro e 'ue, porconseuinte, o Dto material portuu0s se apli'ue diretamente >srestantes opera!"es internacionais) 5 dto material portuu0s n&o temuma voca!&o de aplica!&o universal 'ue justi='ue a sua aplica!&o,como Qdireito comumR, sempre 'ue a situa!&o n&o ( submetida auma lei estraneira por for!a de um Qdireito especialR, estando assimno mesmo plano 'ue os direitos materiais estraneiros

    Posi!&o Adotada por 6P

    - Defende 'ue a aplica!&o ou n&o aplica!&o do Direito estraneiro n&oest, em princpio, em causa um problema de respeito da soberaniaestraneira ou de defesa da soberania estraneira- ?rata-se assim de reular uma situa!&o privada mediante adetermina!&o da ordem jurdica 'ue vai fornecer a disciplina materialaplicvel- Assim, o objeto da norma de con9itos ( o mesmo 'ue o de DIPen'uanto ramo de direito+ as situa!"es transnacionais- A teleoloia da norma de con9itos dirie-se, primeiramente, para a

    reali%a!&o da justi!a do DIP em rela!&o aos interesses dosparticularesFuno t-cnico8jur#dica comum a todas as normas de con!itos 2reula!&o das situa!"es transnacionais mediante um processocon9itual ou indireto

    Escola de Coimbra+ o objeto da norma de con9itos seriam normasmateriais, por'uanto as normas de con9itos s&o encaradas comonormas sobre normas e n&o como normas de reula!&o indireta)

    ;uno das normas de con6itos #ilaterais:

    :

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    Ana Carolina Fernandes

    1 contribui para recon#ecer determinada esfera de aplica!&o noespa!o 'uer ao Direito do foro 'uer ao Direito estraneiro- econ#ece uma certa esfera de aplica!&o do Direito estraneiro)econ#ece-l#e, assim, relevKncia na ordem jurdica portuuesa

    Du%la ;uno das normas de con6itos no entendimento de3P:7) Determina o Direito aplicvel:) Ao remeter para um direito estraneiro ou extra-estadual, confere-

    l#e um ttulo de aplica!&o na ordem jurdica interna- 5u seja, perante sistemas de DIP como o portuu0s, a normade con9itos n&o atua como uma norma de rece!&o, desde loopor'ue n&o # rece!&o material, n&o sendo a norma tratadacomo norma portuuesa) ?amb(m n&o # rece!&o formal,

    por'ue a fonte estraneira n&o ( incorporada na ordem jurdicade foro- a norma de con9itos d um ttulo de aplica!&o ao Direitoestraneiro ou extra-estadual no contexto sistemtico dareula!&o do caso pelo DIP- As 8nicas coisas 'ue fa%em parte da ordem jurdica do foroen'uanto elementos s&o+ a norma de con9itos e o efeito jurdicodeterminado pelas normas materiais por ela c#amadas a decidiro caso

    2#$eto e ;uno das normas de con6itosunilaterais

    Parte Bist-rica- A conce!&o unilateralista nasceu na Aleman#a em =nais do s(c) *I*e permaneceu apenas como constru!&o terica at( aos anos BS- Come!ou-se por defender 'ue cada norma material conteria,necessariamente, a par da determina!&o do seu domnio material de

    aplica!&o, tamb(m a determina!&o dos limites da sua aplica!&o notempo e no espa!o

    As normas de con9itos de uma ordem jurdica estadual seriamincidveis ou indissociveis das suas normas materiais- 5 unilateralismo, ao tomar em conta a vontade de aplica!&o da leiestraneira, serviria mel#or a promo!&o da #armonia internacional desolu!"es 'ue o bilateralismo

    eservas+

    - n&o # uma lia!&o mecKnica entre as normas materiais e asnormas de con9itos

    BS

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    Ana Carolina Fernandes

    - o relacionamento entre normas materiais e normas decon9itos n&o obria ao unilateralismo- A vantaem do unilateralismo 'uanto > prossecu!&o da#armonia internacional de solu!"es s pode ser invocada

    perante um sistema em 'ue se nea a devolu!&o) Por meio dadevolu!&o os sistemas bilateralistas podem ter em conta avontade de aplica!&o do Direito estraneiro 'uando tal forjusti=cado pela promo!&o da #armonia internacional

    5 Direito estraneiro ( aplicado em Qiualdade decircunstKnciasR com o Direito do foro, o 'ue n&o ( arantido 'ueo e'uilbrio seja mantido 'uando se formulam normasunilaterais)- 5 unilateralismo ( suspeito de levar a um favorecimento daesfera de aplica!&o do Direito do foro em detrimento do Direitoestraneiro o 'ue condu% > desarmonia internacional desolu!"es- ?amb(m se veri=ca o problema das situa!"es 'ue seencontram fora da esfera de aplica!&o do Direito do foro,mandando o unilateralismo atender ao Direito estraneiro 'uese considere competente) 5 problema ( se : direitos seconsiderarem competentes ou nen#um se considerar)

    A'ui, o 'ue se veri=cou foi 'ue os tribunais dos diferentesEstados, 'uando c#amados a apreciar situa!"es 'ue

    caam fora da esfera de aplica!&o do Direito do foro,interaram as lacunas mediante uma bilaterali%a!&o denormas unilaterais

    Coe,ist0ncia de #ilateralismo e unilateralismo nosatuais sistemas de DIP

    - Embora o paradima leado por avin\ seja essencialmentebilateralista, no DIP ps-estatutrio n&o # sistemas puramente

    unilateralistas nem puramente bilateralistas

    'i%os de normas unilaterais:Werais 1 referem-se normalmente a estados ou cateorias derela!"es jurdicasEspeciais 1 encontram-se numa rela!&o de especialidade com outrasnormas de con9itos, bilaterais ou unilaterais

    $odalidades deste tipo+- ue se reportam a estados ou categorias de rela3es jur#dicas

    4 encontram-se numa rela!&o de especialidade com outrasnormas de con9itos 'ue se reportam a cateorias normativas

    B7

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    Ana Carolina Fernandes

    mais amplas .ex)+ BM7, :Y parte CC em rela!&o deespecialidade com a 7Y parte do n 7 do mesmo artio/- ue se reportam a quest3es parciais que4 em princ#pio4estariam englobadas no dom#nio de aplicao de outras normas

    de con!itos 4 ex)+ validade de uma determinada clusulacontratual, 'ue se encontra, em princpio, dentro do domnio deaplica!&o da lei reuladora do contrato .ex)+ :OM7/8 $orma de con!itos ad 'oc 4 norma ou lei materialindividuali%ada

    ?0m normalmente uma rela!&o ntima e direta com anorma ou lei material a 'ue se reportam, atrav(s de umaintencionalidade normativa

    Sistema de con6itos %ortugu0s- Assenta essencialmente em normas de con9itos bilaterais 'ue est&oconjuadas com normas sobre a sua interpreta!&o e aplica!&o- As normas unilaterais especiais .especialmente as ad 'oc/ s&ofre'uentemente encaradas como normas adversas ao sistema denormas de con9itos

    -

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    Ana Carolina Fernandes

    Isto resulta de+- por'ue a norma material ( acompan#ada de uma norma decon9itos unilateral ad #oc- ou de uma valora!&o casustica, feita pelo int(rprte face ao

    conjunto das circunstKncias do caso

    Cateorias de normas QautolimitadasR+7) $orma de >ipo I- normas 'ue tem uma esfera de aplica!&o no

    espa!o mais vasta do 'ue a'uela 'ue decorreria do Direito deCon9itos eral)

    Aplicveis sempre 'ue o Direito do foro ( c#amado peloDireito de Con9itos eral)Ex)+ BO D6 n 7NOMOG, contrato de a0ncia 4 temos a'ui umanorma de con9itos unilateral 'ue alara a compet0nciaatribuda > lei portuuesa pelas normas de con9itos erais

    :) $orma de >ipo II 2tem uma esfera de aplica!&o no espa!o 'ues em parte coincide com a'uela 'ue decorreria do Direito deCon9itos eral)

    Aplicam-se em aluns casos em 'ue o Direito do foro (c#amado pelo Direito de Con9itos eral, mas n&o em todos, etamb(m se aplicam noutros casos em 'ue o Direito do foro n&o( competente)

    Ex)+ normas de direito da concorr0ncia

    B) $orma de >ipo III 2 tem uma esfera de aplica!&o no espa!omais restrita do 'ue a'uela 'ue decorreria do Direito deCon9itos eral

    ) $orma de >ipo I( 2 tem uma esfera de aplica!&o no espa!ointeiramente diferente da 'ue decorreria do Direito de con9itoseral)

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    Ana Carolina Fernandes

    - A exi0ncia de tal crit(rio 'ue dia respeito ao conte8do ou =m danorma tem dividido a doutrina

    - $uitos autores tem defendido 'ue s s&o de aplica!&onecessria a'uelas normas 'ue prosseuem =ns com determina

    nature%a ou intensidade valorativa .tem o objetivo de restriniras normas imperativas 'ue podem ser consideradas deaplica!&o imediata ou necessria/- possibilidade de, na omiss&o do leislador, oint(rprete determinar a aplica!&o imediata ou necessria de uma

    determinada norma ou lei imperativa

    5 ?2E, no ac?rdo /namar sublin#a a excecionalidade dasnormas de aplica!&o imediata ou necessria)- Essas exi0ncias excecionais normalmente s&o justi=cadas peloQinteresse p8blicoR- Em Portual, tem-se respeitado o carter excecional das normas deaplica!&o imediata ou necessria) A sobreposi!&o de normasimperativas > lei competentee tem sido extremamente rara)

    uando - que o int-rprete de)e entender que determina regra -5autolimitada6@ uais as )ias que se abrem para a qualicao deuma regra material como sendo suscept#)el de aplicao necessriae4 mais amplamente4 como norma 5autolimitada6:

    EF tra("s de soluo e,%ressa %elo legislador

    B

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    Ana Carolina Fernandes

    - 5 leislador pode formular expressamente um norma de con9itos ad'occom respeito a determinada rera ou lei material

    endo uma norma de con9itos especial, prevalece sobre odireito de con9itos eral, dentro dos limites tra!ados por normas

    internacionais europeias)$as este tipo de casos s&o redu%idos)- esfera de aplica!&o no espa!o, sendoduvidoso 'ue a interpreta!&o da norma material possa por sicondu%ir a uma solu!&o con9itual

    - e a aplica!&o da norma material do foro depende de umanorma de con9itos ad 'oc ou de uma valora!&o con9itualcasustica, esta norma nunca (, por certo, imediatamenteaplicvel) ?rata-se de um processo de reula!&o indireta- QAutolimita!&oR atrav(s de um raciocnio con9itual+ valora osini=cado dos diferentes elementos de conex&o)- As normas QautolimitadasR suscetveis de aplica!&o necessrian&o constituem uma alternativa ao processo con9itual ou dereula!&o indireta, mas sim uma manifesta!&o de um certo

    tipo de unilateralismo, 'ue coloca o problema do Direitoaplicvel em fun!&o de normas individuali%adas)- Problema+ as normas materiais n&o autolimitam a sua esferade aplica!&o no espa!o) A especial esfera de aplica!&o noespa!o de uma norma material n&o resulta da valora!&omaterial nela contida mas de uma valora!&o con9itual 'ue l#e (exterior)

    - >ese que de+ende que se 'ou)er omisso do legislador4 o int-rpreteno pode qualicar uma norma como sendo de aplicao necessria

    B

  • 7/24/2019 Direito Internacional Privado - Resumos

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    Ana Carolina Fernandes

    /0 Criao de uma soluo con6itual ad .oc J lu< dasteorias das lacunas da lei- A": da excepcionalidade das normas de aplica!&o imediata ounecessria decorre 'ue a possibilidade de o int(rprete 'uali=car como

    uma norma material como QautolimitadaR tem de estar sujeita adiretri%es metodolicas muito estritas- A norma de con9itos implcita deve inferir-se das proposi!"esleais ou de prticas acompan#adas de uma convic!&o devinculatividade- 2ma norma de con9itos implcita tamb(m se pode inferir,relativamente >s reras materiais 'ue sejam concreti%a!&o dedireitos fundamentais, da norma de con9itos especial 'ue ten#asido estabelecida com respeito > aplica!&o no espa!o da reraconstitucional 'ue consare este direito fundamental-

  • 7/24/2019 Direito Internacional Privado - Resumos

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    Ana Carolina Fernandes

    - A fun!&o da norma de con9itos unilateral assume certaespeci=cidade conforme o tipo de norma unilateral em causa

    - sua bilaterali%a!&o- $as a mesma s ( possvel 'uando a rera unilateral val#a comorevela!&o de um Qprincpio eralR, ou seja, como conex&o ade'uada >situa!&o ou 'uest&o parcial em causa

    - s&o normas 'ue se reportam > aplica!&o do Direito materialuni=cado ou de determinadas normas ou leis de fonte interna .a suaestatui!&o normalmente fa%-se tendo em conta as normas materiais/

    Como o fa%er+7 - aber se existe uma lacuna) Para saber tal, ( necessriodistinuir os diferentes tipos de normas unilaterais

    2nilaterais erais 2nilaterais especiais 'ue se referem a estados ou cateorias de

    pessoaso Deve-se 'uestionar se, 'uando n&o ( aplicvel, ao estado ou

    > rela!&o jurdica visados na norma unilateral, o Direito doforo, se # uma lacuna ou se deve simplesmente aplicar-se anorma de con9itos eral

    o Para determinar se # lacuna, ( letimo tomar em contatodos os valores e princpios do sistema

    2nilaterais especiais 'ue se referem a 'uest"es parciais e normasunilaterais ad #oc

    o Estas, em princpio, estariam enlobadas no domnio deaplica!&o de normas de con9itos bilaterais

    BN

  • 7/24/2019 Direito Internacional Privado - Resumos

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    Ana Carolina Fernandes

    o s referidassitua!"es ou aspetos de situa!"es por meio da norma decon9itos unilateral, se n&o dever recorrer >s normas de

    con9itos eraiso bilaterali%a!&o+o A circunstKncia de n&o se terem enerali%ado, noutros

    sistemas nacionais, reimes com conte8do e =nalidadesemel#antes

    o

  • 7/24/2019 Direito Internacional Privado - Resumos

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    Ana Carolina Fernandes

    - Zilaterali%a!&o

    Normas Ailaterais Im%erfeitas1 s&o as 'ue, podendo determinar a aplica!&o tanto de Direito do

    foro como de Direito estraneiro, limitam o seu objeto a certos casos'ue t0m uma lia!&o especial com o Estado do foro, n&o fornecendopois, diretamente, a solu!&o para as situa!"es do mesmo tipoabstrato, mas em 'ue falta a referida lia!&o- Caso do 7M7 e : CC

    exist0ncia de normas comdeterminado conte8do ou intencionalidade normativa)- A Qvontade de aplica!&oR das normas em causa tamb(m n&o tem deser especial ou excepcional face >s normas de con9itos erais dosistema a 'ue pertencem) Ela pode resultar do Direito de Con9itoseral- A t(cnica de remiss&o condicionada parece justi=car-seprincipalmente em : tipos de situa!"es+

    - Luando se admita um desvio excepcional > lei normalmentecompetente, 'ue se s justi=ca 'uando a situa!&o esteja liadapor determinado elemento de conex&o a outro Estado e aordem jurdica deste Estado reclame aplica!&o-

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    - vontade de aplica!&o, j n&o se atendendo aoretorno de compet0ncia ou > transmiss&o de compet0ncia) A'uimanifestar-se-ia uma abordaem unilateralista, 'ue se distinue

    claramente da devolu!&o

    Normas de Recon*ecimento1 a'uela 'ue estabelece 'ue determinado resultado material ou 'ueefeitos jurdicos de uma determinada cateoria se produ%ir&o naordem jurdica do foro caso se veri='uem noutro Direito

    V uma norma de remiss&o por'ue determina a aplica!&o doDireito estraneiro ou extra-estadual > produ!&o do efeito)

    Assim, no reime do recon#ecimento dos efeitos de senten!asestraneiras est implicita uma proposi!&o seundo a 'ual o Direitodo Estado de oriem da decis&o ( aplicvel ao efeito de caso julado)

    Ex)+ recon#ecimento de efeitos de senten!as estraneiras

    5pini&o de 6P+- exist0ncia de uma conex&oade'uada entre o Estado de oriem da decis&o e a situa!&o)- Podem ter como objeto efeitos desencadeados por um ato p8blicoestraneiro constitutivo, modi=cativo, extintivo ou outros efeitos'uese produ%em independentemente de ato p8blico- ?amb(m podem ser utili%adas para o favorecimento de resultadosmateriais determinados .ex)+ B7M: CC/

    Pro#lema da Rele(4ncia de Normas Im%erati(asstrangeiras- podem ser aplicadas na ordem jurdica local por for!a do ttulo deaplica!&o 'ue um proposi!&o viente nesta ordem jurdica l#esconceda)

    Distingue@se entre:

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    o Por(m, # 'uem defenda 'ue a aplicabilidade de certas cateoriasde normas imperativas, desinadamente as normas deinterven!&o, p"e em joo interesses con9ituais espec=cos,diferentes dos 'ue s&o tutelados pelas normas de con9itos erais,

    devendo assim depender exclusivamente de normas de con9itosespeciais+o As normas de con9itos especiais limitam o domnio de

    aplica!&o das normas de con9itos erais, o 'ue ter porconse'u0ncia a inaplicabilidade das normas imperativas dale& causae'ue sejam recondu%veis > cateoria normativaprevista na norma de con9itos especial;

    o n&o ser assim se for con=urada uma conex&ocumulativa, por forma a 'ue tais normas imperativas sejamaplicveis 'uer 'uando interam a le& causae'uer 'uando

    vioram na ordem jurdica do Estado 'ue apresenta aconex&o especial com a situa!&o;

    o Este raciocnio, por(m, pressup"e a vi0ncia de uma normade con9itos especial ou a possibilidade do int(rpreteintrodu%ir um desvio >s normas de con9itos erais mediantea cria!&o de uma solu!&o ad 'oc;

    o 5utra di=culdade sure 'uando estas normas imperativas dale& causaesejam autolimitadas, excluindo a sua aplica!&o >situa!&o 'ue s&o c#amadas a disciplinar; esta di=culdade

    deve resolver-se por duas vias+ e a nea!&o de aplicabilidade n&o p"e em causa a

    compet0ncia da ordem jurdica a 'ue pertence, aautolimita!&o deve ser respeitada+ na maioria doscasos a norma autolimitada ( uma norma especial, e anea!&o da sua aplicabilidade apenas recondu% >aplica!&o da norma eral;

    e a nea!&o de aplicabilidade p"e em causa acompet0ncia da ordem jurdica a 'ue pertence, aautolimita!&o s poder relevar no 'uadro das rerassobre devolu!&o;

    E normas imperativas de terceiros ordenamentos+o Coloca-se a 'uest&o de saber se a ordem jurdica local l#es confere

    um ttulo de aplica!&o mediante proposi!"es jurdicas especiais ouse, de outro modo, permite a sua tomada em considera!&o;

    o V o caso do artio MB do e) oma I, 'ue permite darpreval0ncia >s normas de aplica!&o imediata do pas de execu!&odo contrato, na medida em 'ue seundo essas normas a execu!&o

    seja ileal)

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    Princi%ais teses so#re a rele(4ncia das normas im%erati(asestrangeiras:- Com respeito > relevKncia de norma imperativas de terceirosordenamentos em mat(ria de obria!"es contratuais existem : teses

    fundamentais na doutrina+

    ?eoria do estatuto obriacional+o ?eoria tradicional;o Defende 'ue as normas imperativas estraneiras apenas ser&o

    aplicadas 'uando interem a le& causae; normas de terceirosordenamentos s poder&o relevar en'uanto pressupostos de factode normas da le& causae;

    o (antagem: Promove a #armonia internacional entre a ordemjurdica do foro e a lei primariamente aplicvel > situa!&o e evita o

    c8mulo de normas imperativas de diferentes Estados;o Des)antagem: n&o tem em conta o bem comum universal nem a

    #armonia internacional com outros ordenamentos 'ue podem teruma conex&o sini=cativa com o caso, nem as exi0ncias 'uepodem s&o exiiveis entre E$[s da 2E;- 6evada >s suas 8ltimas conse'u0ncias, esta teoria impediria'ual'uer desenvolvimento e aperfei!oamento do sistema pelajurisprud0ncia e pela ci0ncia jurdica e estaria vedado odesenvolvimento de normas de con9itos especiais ou de clusulas

    erais, com carter bilateral, mesmo no caso do leislador do foroter consarado normas unilaterais ad 'ocou uma clusula eralcom respeito > aplicabilidade de certas normas materiais do foro;

    o Esta atitude ( contrria > tend0ncia atual para recon#ecer o papelcriativo da jurisprud0ncia e da ci0ncia jurdica e di=cilmente se v0ra%&o por'ue ao int(rprete #-de ser neada, em rela!&o >snormas unilaterais ad 'oc, a'uela possibilidade de bilaterali%a!&o'ue, em princpio, l#e ( recon#ecida com respeito a outras normasunilaterais;

    ?eoria da conex&o especial+

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    o ,arques dos *antos, partindo da ideia bsica de recon#ecimentono Estado do foro da vontade de aplica!&o das normas deaplica!&o imediata estraneiras, prop]s a ado!&o de uma rera derecon#ecimento 'ue d0 um ttulo e leitime a relevKncia, no

    Estado do foro, de tais reras, de acordo com as condi!"es edentro dos limites =xados por este 8ltimo Estado;o Como limites de recon#ecimento teramos+

    As pretens"es de aplica!&o exorbitante; t(cnica da clusula eral, 'ue deixa uma lara maremde interpreta!&o, uma incerte%a sobre o reime jurdico aplicvel eimprevisibilidade de solu!"es;

    o Aumenta o risco de c8mulo de normas imperativas de diferentesEstados)

    6P 1 considera 'ue uma maior certe%a, previsibilidade e ade'ua!&odas solu!"es s pode ser alcan!ada mediante uma determina!&o dasconex"es relevantes e das exi0ncias 'ue devem ser postas aoconte8do e =m das normas imperativas) Assim adota a seuinteposi!&o+o De iure condendod prefer0ncia > cria!&o de normas de remiss&o

    condicionada a certas cateorias de normas imperativas vientesem Estados 'ue apresentam determinada conex&o com a situa!&o;

    o A remiss&o ser condicionada > vontade de aplica!&o das

    normas em causa, 'uer se tratem de normas de aplica!&onecessria, 'uer de outras normas imperativas 'uereclamem aplica!&o por for!a do respetivo Direito deCon9itos;

    o

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    normas imperativas da le& causae'ue reclamem aplica!&oao caso;

    o V uma solu!&o 'ue encerra menor risco de cumula!&o denormas imperativas e permite ainda uma ampla marem deautonomia dos sujeitos das rela!"es transnacionais;

    o De iure constituto, n&o viora na ordem jurdica portuuesa'ual'uer rera eral sobre a relevKncia de normas imperativas deterceiros ordenamentos; todavia existem alumas normasrelevantes no DIPrivado portuu0s, em domnios espec=cos+

    o A mais importante ( a 'ue consta do artio MB do e)oma I, 'ue convere com a posi!&o defendida pelo reentede iure condendo, embora esteja rediido de forma maisrestritiva e apenas permita a relevKncia de normas deaplica!&o imediata;

    o 5utras reras relevantes s&o+ 5 artio 7G do e) oma II; 5 artio BS do e) oma U; 5 artio 7G da Conven!&o de Haia; 5s artios BGM7, MB, N e GM: do CC; E o artio 77M do e) oma I)

    - De modo eral, pode di%er-se 'ue o leislador portuu0s temmostrado aluma relutKncia perante a teoria da conex&o especial,devido > incerte%a jurdica, > sobrecara dos tribunais e aoindesejvel recon#ecimento da ordem p8blica internacionalestraneira no Estado do foro, introdu%idos por esta tese)- 5 mesmo se dia do leislador europeu > lu% do disposto noseulamentos 'ue uni=cam o Direito de Con9itos)

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    Rele(4ncia de normas im%erati(as de terceiros estados no!uadro do Direito material da le1 causae:

    - ordem jurdica do luar da execu!&o docontrato ou por n&o serem, nessa ordem jurdica, de aplica!&oimediata)

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    ( +ustia e os Princ2pios 3erais do Direito de

    Confitos

    ( +ustia do Direito de Confitos- Ao lono do tempo no DIPrivado tem dominado tend0ncias 'uep"em em relevo o seu conte8do valorativo+

    - atrav(s do reexame das solu!"es tradicionais > lu% deconsidera!"es teleoliccas e do desenvolvimento de novassolu!"es mais ade'uadas aos =ns- novos entendimentos sobre as opera!"es metodolicasenvolvidas na interpreta!&o e aplica!&o da norma de con9itos

    - As valora!"es subjacentes >s normas materiais s&o diferentes >snormas de con9itos

    Normas de cone,o = $ustia de cone,o 7= $ustiaformal ou con6itual8- atende ao sini=cado dos la!os 'ue a situa!&o estabelece com osEstados em presen!a e n&o >s solu!"es materiais ditadas pelosDireitos desses Estados

    5u seja, este tipo de justi!a n&o inclui as normas de con9itos'ue remetem para o Direito mais apropriado ao litio ou para oDIP8blico

    ustia Laterial = solu!&o material do caso

    >ustia Con6itual = mais abranente 'ue a justi!a de conex&o- Pode exprimir a ade'ua!&o a um Direito supreestadual ouparaestadual para reer determinadas cateorias de situa!"estransnacionais, ou atender a considera!"es jurdico-materiais e,desinadamente, > ade'ua!&o material de um Dto estadual ou n&o

    G

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    estadual para reer determinada cateoria de situa!"estransnacionais ou um seu aspeto

    5 DIPrivado reali%a a justi!a em dois estdios+

    7 - atrav(s da escol#a do elemento de conex&o mais ade'uado: - atrav(s de um controlo e de uma modela!&o da solu!&omaterial do caso

    "rinc#pios da ordem jur#dica do +oro 4 atuam como princpios deDIPrivado por via da reserva da ordem p8blica internacional"rinc#pios de DI"blico e D/E4 estabelecem limites > aplica!&o doDIPrivado, operando assim tamb(m como princpios de DIPrivado

    Evolu!&o do DIPrivado+- entido de uma certa materiali%a!&o do Dto de Con9itos

    ?al tradu%-se na orienta!&o material de certas normas decon9itos e na admissibilidade de solu!"es unilaterais 'uecomplementam o sistema de Dto de Con9itos de base bilateral, tendoem conta os =ns das normas e leis individuali%adas)-

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    $ustia concreti ideia de supremacia do Dto e aos valores formais

    do Dto de Con9itos+

    O

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    - de limites aplicao no tempo e no espao de Dto de Con!itos4considera!&o da norma de con9itos como crit(rio social de conduta eda tutela da con=an!a- de um certo +a)orecimento da )alidade dos neg?cios e da

    legitimidade dos estados4 fundamentado pela tutela da con=an!a,'ue pode encontrar justi=ca!&o na justi!a iualitria

    Valores Lateriais do Dto de Con6itosDinidade da Pessoa Humana 4 princpio do respeito da personalidadedos indivduos e a conformidade dos elementos de conex&o com osdireitos fundamentais)

    Este valor tamb(m imp"e o controlo da solu!&o material a 'uecondu% o Direito competente > lu% dos direitos fundamentais

    Iualdade 1 exprime-se, no Dto dos estraneiros, no princpio dae'uipara!&o entre nacionais e estraneiros) ?amb(m postula a#armonia internacional de solu!"es)

    Decorr0ncias+ carter bilateral das normas de con9itos;aplica!&o dos mesmos elementos de conex&o a nacionais e aestraneiros; iualdade de tratamento das situa!"es internas e dassitua!"es transnacionais; exclus&o de elementos discriminatrios;

    paridade de tratamento entre o Dto material estraneiro e o Dtomaterial do foro3

    Ade'ua!&o 4 Ideia nsita na ideia de justi!a da conex&o e em toda ajusti!a con9itual)

    Para a sua reali%a!&o, > 'ue atender > especi=cidade dodomnio jurdico-material a reular na escola# do elemento deconex&o; depois deve-se atender >s polticas leislativasprosseuidas por certas normas ou reimes materiais

    individuali%ados, justi=cando-se assim a cria!&o de Dto materialespecial de fonte supreestadual para a'ueles problemas de reula!&o'ue apresentam acentuada especi=cidade nas situa!"estransnacionais, tendo tamb(m em conta as circunstKnciasparticulares do caso)

    E'uilbrio 4 especialmente importante em mat(rias em 'ue relevamos interesses das partes, justi=cando este valor reras de con9itosespeciais 'ue visam a prote!&o da parte contratual mais frace)

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    Pondera!&o 4 exie uma #armoni%a!&o de bens e interesses e (importante nos casos em 'ue se utili%em conceitos desinativosindeterminados e clusulas de exce!&o, bem como na resolu!&o deproblemas de concurso e de fal#a de normas aplicveis

    6iberdade - tem de se respeitar a autodetermina!&o individual, apossibilidade de cada ser #umano decidir sobre a sua vida;

    Corolrio - princpio da subsidiariedade 1 postula 'ue s sejusti='ue a reula!&o pelo Direito da'ueles aspetos da vida social'ue, pela sua essencialidade ou especialidade, reclamam umainterven!&o de r&os p8blicos; assim o Direito n&o dever reularaspetos do espa!o livre de Direito, pois apenas deve tomar a suacaro as tarefas de reula!&o 'ue n&o podem ser reali%adas de modoade'uado pelos interessados, mediante auto-reula!&o neocial;

    Con=an!a - valor importante do Direito de Con9itos 'ue protee asexpectativas socialmente tpicas e relevantes dos sujeitos dasrela!"es transnacionais; perante um sistema codi=cado de Direito dosCon9itos a expectativa sobre a aplicabilidade de uma lei ( letima'uando se fundamenta no Direito de Con9itos de um Estado 'ueapresenta uma lia!&o especialmente sini=cativa com a situa!&oo Deve evitar-se a invoca!&o da tutela da con=an!a 'uando est&o

    em causa meras exi0ncias de certe%a e previsibilidade jurdicas

    ou confundi-la com a prote!&o de expectativas naturais;o A tutela da con=an!a tem relevKncia para+

    o A conforma!&o lobal do sistema de DIPrivado j 'ue ( ela'ue constitui o fundamento para a aplica!&o do Direitoestraneiro, visto 'ue a aplica!&o do Direito material do foroa todas as situa!"es transnacionais frustraria expectativasobjetivamente fundadas;

    A tutela da con=an!a tamb(m releva 'uando ocorreuma con=an!a objetivamente fundada em situa!"es'ue se constituram ou consolidaram seundo uma leidiferente da'uela 'ue l#es ( aplicvel por for!a dasnormas de con9itos erais e 'ue deve ser proteida >lu% do sistema de DIPrivado lobalmente considerado;

    o E para a fundamenta!&o de determinadas conex"es, o 'uese relaciona com os princpios da conex&o mais estreita e dapersonalidade, uma ve% 'ue a aplica!&o de uma lei com 'uea pessoa est familiari%ada ou tem uma lia!&o ntima eestvel contribui para o recon#ecimento de situa!"es em'ue a pessoa depositou uma con=an!a objetivamente

    justi=cada;

    S

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    Zem Comum - valor bifrontal em DIPrivado+- em comum da sociedade estadual'ue se dota de um sistema deDireito dos Con9itos, bem esse 'ue justi=ca 'ue na formula!&o dassolu!"es con9ituais se ten#am em conta interesses p8blicos postos acaro do Estado e as polticas prosseuidas para a sua reali%a!&o,desde 'ue tal n&o represente um sacrifcio inaceitvel de outrosvalores do sistema;- em comum uni)ersal, 'ue sendo um dos fundamentos do primadodo DIP8blico sobre o Direito estadual, ( um valor 'ue tamb(m deveser reali%ado pelo Direito de Con9itos, postulando 'ue as solu!"escon9ituais devem contribuir para o bem-estar econmico, social,cultural e ambiental da #umanidade;o Em particular esta orienta!&o valorativa justi=ca+

    o Lue o DIP8blico constitua um limite > aplica!&o do Direito

    estraneiro;o A bilaterali%a!&o de normas unilaterais liadas a reras

    materiais do foro 'ue prossiam =ns coletivos, por forma apermitir a aplica!&o de normas estraneiras 'ue prossiamesses mesmos =ns;

    o A formula!&o de reras de remiss&o condicionada paranormas imperativas de terceiros ordenamentos 'ueprosseuem =nalidades relevantes para a ordem jurdica doforo ou amplamente recon#ecidas pela comunidadeinternacional)

    - Por 8ltimo a justi!a do Direito dos Con9itos deve ser en'uadradapela justi!a do DIPrivado considerado no seu conjunto) En'uantodisciplina jurdica o DIPrivado pode ser representado por um triKnulocujos v(rtices s&o ocupados pelo Direito de Con9itos, Direito deCompet0ncia Internacional e Direito de econ#ecimento)- A coer0ncia do sistema reclama a articula!&o interna destescomplexos normativos e no Direito positivo manifesta-se por ve%es

    uma falta de articula!&o 'ue c#ea a repercutir-se em ravescontradi!"es valorativas^ A evolu!&o recente do Direito positivo n&ose tem mostrado sensvel a esta preocupa!&o e tem mesmo aravadoos desajustamentos e antinomias entre os complexos normativos emjoo)- 2re inverter esta tend0ncia, mediante a conscienciali%a!&o dainterdepend0ncia destes complexos normativos e da necessidade dassuas solu!"es serem interadas num sistema lobal e coerente,redu%indo a incerte%a e imprevisibilidade, tutelando a con=an!a

    jurdica e atenuando o dese'uilbrio criado entre as partes pelo +?rums'opping) Esta intera!&o deve passar pela codi=ca!&o destes tr0s

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    complexos normativos no mesmo diploma, 'uer a nvel nacional, 'uera nvel da 2E)

    2s %rinc%ios do Direito de Con6itos:

    A express&o princpio jurdico ( empreue em vrios sentidos+o a=rma!&o de 'ue em todo o sistema de DIPrivado viora umaclusula de exce!&o)

    6P - n&o concorda com esta posi!&o, pois entende 'ue as normas decon9itos s&o t&o vinculativas como as normas materiais e 'ue o nossosistema n&o consara enericamente uma clusula de exce!&o)Considerar as normas de con9itos como meras diretri%esinterpretativas s ser defensvel para 'uem l#es nea o carter denormas de conduta e entra em contradi!&o com as exi0ncia dasupremacia do Direito)5s valores e os princpios est&o subjacentes >s reras, servem para asua interpreta!&o e podem justi=car uma extens&o analica ou uma

    redu!&o teleolica) $as seundo o entendimento da re0ncia, n&oderroam reras leais^

    5s princpios de Direito dos Con9itos podem di%er respeito+o _ escol#a das conex"es relevantes 4 princpios de escol#a das

    conex"es;o 5u a caractersticas erais do sistema de Direito dos Con9itos 4

    princpios de conforma!&o lobal do sistema)

    :

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    Princ%ios de conformao glo#al do sistema:

    Princpio da #armonia jurdica internacionalFerrer Correia esbo!ou uma sistemati%a!&o dos princpios 'ue

    di%em respeito > conforma!&o lobal do sistema, baseada em estudosde `enler e eel j 'ue # muito em comum entre os sistemas deDireito dos Con9itos portuu0s e alem&o)

    Assim, para este autor, a seuran!a e a certe%a jurdicas s&o osvalores predominantes no DIPrivado e por conseuinte ele eleecomo princpio fundamental do DIPrivado o princpio da #armoniajurdica internacional) eundo este princpio, deve ser o mesmo oDireito aplicado a uma situa!&o 'ual'uer 'ue seja o Estado em 'ueven#a a ser apreciada, o 'ue tem obviamente m8ltiplas implica!"es+

    o Deve adotar-se um sistema de Direito dos Con9itos de basebilateral;

    o suadifus&o internacional;

    o Deve aceitar-se a devolu!&o 'uando isso permita alcan!ar a#armonia internacional;

    o E deve adotar-se um sistema 'ue permita o recon#ecimento,sob condi!"es apropriadas, de atos p8blicos estraneiro)

    V certo 'ue este princpio se manifesta claramente na

    con=ura!&o do sistema portuu0s de DIPrivado)

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    normas contidas nas leis aplicveis a diferentes sementos da mesmasitua!&o, desinadamente atrav(s da adapta!&o)

    Este princpio aponta ainda no sentido de uma limita!&o dod-peage, do fracionamento das situa!"es da vida pelo Direito de

    Con9itos, por forma a preservar a unidade de reula!&o de cadasitua!&o lobalmente considerada, mas a'ui existe uma tens&oconstante entre o princpio da #armonia material e a exi0ncia deade'ua!&o do elemento de conex&o > mat(ria a reular)

    Por 8ltimo, o princpio da #armonia material aconsel#a a 'ue'uest"es interdependentes sejam submetidas ao mesmo Direito) Istopode justi=car a preteri!&o da lei primariamente aplicvel a umasitua!&o em favor da lei aplicvel a outra situa!&o 'ue estejainterliada com a primeira .conex&o acessria/)

    Princpio da con=an!a2m terceiro princpio ( o da con=an!a, 'ue justi=ca, no contexto

    do Direito de Con9itos, 'ue sejam recon#ecidas as situa!"es jurdicas'ue se constituram ou consolidaram validamente perante o DIPrivadode uma ordem jurdica estraneira 'ue apresenta uma conex&oespecialmente importante com a situa!&o, mas 'ue n&o sejam vlidasperante as normas primariamente aplicveis do DIPrivado do foro)

    Isto pode ser justi=cado perante uma diver0ncia do Direito deCon9itos do foro relativamente ao da ordem jurdica estraneira 'ue

    apresenta a conex&o especialmente importante com a situa!&o emcausa) $as tamb(m deveria ser relevante a circunstKncia de asitua!&o jurdica ser de=nida por uma decis&o estraneira proferidapelo r&o de uma ordem jurdica 'ue apresenta uma conex&oespecialmente importante com a situa!&o, ou recon#ecida nestaordem jurdica, apesar de a decis&o n&o ser recon#ecvel ou aindan&o ter sido recon#ecida no Estado do foro)

    A tutela da con=an!a justi=ca ainda aluns desvios > leinormalmente competente, desinadamente a relevKncia da lei do

    luar de celebra!&o em mat(ria de capacidade neocial .arts) 7B doe) oma I e :O CC/ e a relevKncia da sede estatutria dassociedades comerciais, nas rela!"es com terceiros .art) BM7 CC/)

    5 princpio da con=an!a exie ainda o respeito da estabilidadee continuidade das situa!"es jurdicas, 'uando n&o #aja ra%"esobjetivas su=cientemente ponderosas 'ue impon#am a suamodi=ca!&o ou extin!&o)

    Princpio da efetividade

    2m 'uarto princpio ( o da efetividade, seundo o 'ual, naresolu!&o dos con9itos de leis #aver 'ue atender > circunstKncia de

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    certos Estados se encontrarem em posi!&o privileiada para imporemo seu ponto de vista sobre a reula!&o do caso)

    Este princpio podem contribuir para a fundamenta!&o daprpria conex&o primria, ma noutros casos limita-se a justi=car um

    desvio > lei normalmente competente)

    Princpio do favor neotiiComo 'uinto princpio sure o +a)or negotii) eundo este

    princpio devem ser favorecidos a validade dos necios jurdicos e aleitimidade dos estados, o 'ue leva > paralisa!&o da devolu!&o, noartio 7M7 CC, fundamenta autonomamente a devolu!&o emmat(ria de forma dos necios jurdicos .arts) BGM: e GM7 CC/ emanifesta-se ainda nas conex"es alternativas estabelecidas nosartios BGM7 e GM7 CC e 77 do e) oma I com respeito > forma

    do necio jurdico)

    Princpio da reserva jurdico-materialPor 8ltimo temos o princpio da reserva jurdico-material, 'ue

    imp"e 'ue a justi!a da conex&o ceda perante a justi!a material'uando est&o em causa normas e princpios supraestaduais oufundamentais da ordem jurdica portuuesa)

    Estas normas e princpios formam uma reserva jurdico-materialdo sistema portuu0s de DIPrivado 'ue limita o funcionamento do

    Direito de Con9itos)Este ( o princpio 'ue est na base da reserva de ordem p8blica

    internacional)

    Princ%ios de cone,o:Princpio da conex&o mais estreita2m primeiro princpio 'ue orienta a escol#a das conex"es ( o

    da conex&o mais estreita) ?em-se a'ui em vista o sentido de conex&omais estreita como aplica!&o do Direito com 'ue o interessado est

    mais liado, mas familiari%ado)H uma rela!&o entre este princpio assim entendido e a

    supremacia do Direito+ as pessoas s podem orientar-se por umDireito cuja aplica!&o seja previsvel e tendem a orientar-se peloDireito a 'ue est&o mais liadas)

    Depois, trata-se de um princpio de conte8do especialmenteindeterminado) ?anto contribui para fundamentar uma norma decon9itos com conceito desinativo indeterminado ou uma clusula deexce!&o, como para a consara!&o, por via eral e abstrata, de um

    determinado elemento de conex&o, sendo 'ue o camin#o a seuir

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    depender em parte da nature%a da mat(ria em causa e, noutraparte, dos princpios 'ue orientam a conforma!&o lobal do sistema)

    Em 'ual'uer caso, o princpio di=cilmente permite eleer um8nico elemento de conex&o como con9itualmente justo) nacionalidade, domiclio e resid0ncia #abitual)

    5 princpio da personalidade exie o respeito, na medida dopossvel, da inser!&o do indivduo da esfera sociocultural de umEstado, por forma a respeitar a sua identidade cultural) En=m, orespeito da compet0ncia da lei pessoal pode levar ao sacrifcio da

    #armonia internacional alcan!ada atrav(s da devolu!&o .arts) 7NM: e7OM: CC/)

    Princpio da territorialidadeA 'uest&o de saber se o princpio da territorialidade pode ser

    encarado como um princpio eral do Direito de Con9itos vientesuscita mais #esita!"es) 5 conceito de territorialidade das leis (ambuo e d a%o a e'uvocos+o 2ma lei ( territorial 'uanto aos r&os de aplica!&o 'uando se

    aplica a todas as situa!"es 'ue t0m uma dada conex&o com oterritrio do Estado 'ue a edita;

    o V claro 'ue um princpio de territorialidade nesta ace!&o n&oviora na nossa ordem jurdica;

    o 2ma lei ( territorial 'uanto >s situa!"es reuladas 'uando seaplica a todas as situa!"es 'ue t0m uma dada conex&o com oterritrio do Estado 'ue a edita)

    o H ainda uma terceira ace!&o, seundo a 'ual uma lei ( territorial'uando s produ%a efeitos para o territrio do Estado 'ue a edita;

    o Esta ace!&o ( verdadeiramente excecional)

    G

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    V certo 'ue no domnio do Direito patrimonial a maior parte doselementos de conex&o utili%ados pelo Direito de Con9itos eralapontam para um luar no territrio de um Estado como forma dedesinar o Direito a viente e nesta medida poderia di%er-se 'ue

    viora um princpio da territorialidade) $as isto ( limitado pelatend0ncia para admitir, cada ve% mais plenamente, a desina!&opelos interessados do Direito aplicvel e para 9exibili%ar os crit(riosde conex&o, atendendo a todos os la!os sini=cativos)

    Princpio da autonomia privada Este princpio veicula o valor liberdade e en'uanto princpio deescol#a das conex"es atua a dois nveis+o Por um lado, exprime-se na utili%a!&o de elementos de conex&o

    ujo conte8do concreto pode ser modelado pelos interessados; istoveri=ca-se com a nacionalidade, com o domiclio e a resid0ncia#abitual, com a sede dos entes coletivos e com o luar dacelebra!&o do necio;

    o H a'ui uma relevKncia indireta da vontade na determina!&odo Direito aplicvel;

    o $as tradicionalmente as aten!"es incidem sobre a liberdade dedesina!&o do Direito aplicvel, admitida pelo Direito dos Con9itoseral em mat(ria de contratos obriacionais e pessoas coletivasinternacionais)

    Para a justi=ca!&o da e=ccia jurdica da conven!&o sobre o

    Direito aplicvel a rela!"es jurdicas concorrem ra%"es de certe%a,previsibilidade e facilidade, pelo menos para os interessados, nadetermina!&o da disciplina material do caso) Estas ra%"es justi=cam'ue, mesmo > face do Direito de Con9itos eral, se admita adesina!&o do Direito aplicvel pelos interessados na eneralidadedas rela!"es disponveis e mesmo, ainda 'ue muito limitadamente,em rela!"es indisponveis)

    Princpio do favorecimento das pessoas merecedoras de

    especial prote!&oFinalmente temos este princpio do favorecimento das pessoasmerecedoras de especial prote!&o, desinadamente por seencontrarem em posi!&o de especial vulnerabilidade ou serem aparte contratual mais fraca)Este princpio manifesta-se em dois tipos de normas de conex&o+

    o Por um lado, normas de con9itos materialmente orientadas, 'uefavorecem determinados resultados materiais mediante autili%a!&o de conex"es alternativas, cumulativas ou optativas;

    N

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    o Por outro, normas de con9itos especiais 'ue condu%em >aplica!&o da lei do Estado em 'ue a pessoa carecida deprote!&o tem o seu centro de vida pessoal ou pro=ssional)

    E tem especial relevo nos seuintes casos+o

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    Depe!ae 1 fenmeno de fracionamento das situa!"estransnacionais pelo Direito de Con9itos)

    Para de=nir a disciplina aplicvel a uma rela!&o internacional

    por ve%es ( necessrio atuar uma pluralidade de normas de con9itos,'ue podem desencadear a aplica!&o de uma pluralidade de Direitos adiferentes aspetos da rela!&o) Isto leva a 'ue a especiali%a!&o doDireito de Con9itos acentue o fracionamento na reula!&o dassitua!"es transnacionais e ao aparecimento deste fenmeno)

    A lobalidade da disciplina de uma concreta rela!&o da vidainternacional s pode ser de=nida pela atua!&o de uma pluralidade denormas de con9itos, o 'ue provoca e admite o c#amamento de maisde um Direito para reer diferentes 'uest"es)

    ?r% consio o risco de contradi!"es normativas ou valorativasentre proposi!"es jurdicas 'ue s&o pedidas a diferentes ordensjurdicas)

    statuio1 a conse'u0ncia jurdica 'ue desencadeia ( tradicionalmenteidenti=cada com a conex&o .1 c#amamento de um ou mais Direitos areularem a 'uest&o/

    A estatui!&o da norma de con9itos carece sempre de umaconcreti%a!&o, 'ue resulta da concreti%a!&o do elemento de conex&o

    'ue ( co-erador da conse'u0ncia jurdica complexa)Problemas da remiss&o+

    - alcance con9itual da remiss&o+ abrane tamb(m o DIP estraneiroou n&oX- alcance material da remiss&o+ determinar, no seio do Direitodesinado pela norma de con9itos, 'uais as proposi!"es jurdico-materiais 'ue s&o c#amadas por esta norma)

    $odalidades de Conex&o+

    inular vs) Plural8 *ingular ='uando desencadeia a aplica!&o de um s Direito parareer a situa!&o)

    . *imples =a norma de con9itos desina por forma direta eimediata um 8nico Direito aplicvel > 'uest&o .GM7 CC/. *ubsidiria =a norma de con9itos disp"e de uma s(rie deelementos de conex&o 'ue operam de ordem sucessiva, porforma a 'ue a atua!&o do elemento de conex&o seuintedepende da falta de conte8do concreto do elemento da conex&o

    anterior .B e oma I; : CC/

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    G. 7lternati)a = a norma de con9itos cont(m dois ou maiselementos de conex&o, suscetveis de desinarem dois ou maisDireitos, sendo efetivamente aplicado a'uele 'ue, no casoconcreto, se mostrar mais favorvel > produ!&o de determinado

    efeito jurdico .77M7 oma I/)H. ;ptati)a =a norma de con9itos tamb(m disp"e de : ou maiselementos de conex&o, suscetveis de desinarem : ou maisDireitos, mas ( a vontade de umam determinada cateoria deinteressados 'ue vai determinar o Direito efetivamenteaplicvel .N oma II/)

    8 "lural ='uando desencadeia a aplica!&o de mais de um Direito parareular a 'uest&o)

    . Cumulati)a simples =a norma de con9itos exie, para 'ue seprodu%a certo efeito jurdico, a concorr0ncia de : ou maisDireitos; o efeito tem 'ue ser recon#ecido ou desencadeadosimultaneamente por : ou mais Direitos .BBMB CC/. Condicionante =n&o # a'ui uma atribui!&o de compet0nciaparitria a : ou mais Direitos) A norma de con9itos c#ama umDireito como primariamente competente, mas atribui a outrosistema uma fun!&o limitativa ou condicionante > produ!&o decerto efeito)

    Autnomas vs) Dependentes8 7ut?nomas = em rera as conex"es s&o-no, por'ue a respetivanorma de con9itos disp"e de um elemento de conex&o 'ue opera adesina!&o do Direito aplicvel)

    8 Dependente =a conex&o ( 'uando ( necessrio recorrer a outranorma de con9itos para determinar o Direito aplicvel, por'ue anorma de con9itos n&o disp"e de um elemento de conex&o

    autnomo)

    lemento de Cone,o

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    - num la!o ftico entre um dos elementos da situa!&o da vida e umdeterminado luar no espa!o 'ue permita individuali%ar o Direito aviente- vnculo ou 'ualidade jurdica 'ue permita individuali%ar o Direito 'ue

    o estabelece- conse'u0ncia jurdica 'ue se projeta num determinado luar noespa!o possibili