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Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto – FAMERP Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto FAMERP MARCELA MINCHIO ALVES QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS HIPERTENSOS E DIABÉTICOS PARTICIPANTES DE GRUPOS EDUCATIVOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE São José do Rio Preto 2016

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Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto – FAMERPCurso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Medicina de São

José do Rio Preto FAMERP

MARCELA MINCHIO ALVES

QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS HIPERTENSOS E DIABÉTICOSPARTICIPANTES DE GRUPOS EDUCATIVOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA A

SAÚDE

São José do Rio Preto

2016

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MARCELA MINCHIO ALVES

QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS HIPERTENSOS E DIABÉTICOSPARTICIPANTES DE GRUPOS EDUCATIVOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA A

SAÚDE.

Trabalho de Conclusão de Cursoapresentado à Faculdade deMedicina de São José do Rio Pretopara obtenção do grau deEnfermeira

Orientadora: Profa. Dra. Maria de Lourdes Sperli Geraldes Santos

Co-Orientadora: Profa. Dra. Natália Sperli Geraldes Marin dos Santos Sasaki

São José do Rio Preto

2016

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Alves,Marcela Minchio

Qualidade de vida de idosos hipertensos e diabéticos participantes de grupos educativos na atenção primária a saúde/ Marcela Minchio Alves.São José do Rio Preto, 2016 49 p.

Monografia (TCC) – Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto – FAMERP.

Orientadora: Profa Dra Maria de Lourdes Sperli Geraldes SantosCo-orientadora: Profa. Dra. Natália Sperli Geraldes Marin dos Santos Sasaki

1.Qualidade de vida. 2.Educação em saúde. 3. Diabetes Mellitus. 4. Promoção da saúde. 5. Hipertensão.

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FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – AUTARQUIAESTADUAL

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEMDEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM E SAÚDE COLETIVA E

ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL.

BANCA EXAMINADORA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO-TCC

DATA: 06 de dezembro de 2016

ORIENTADOR: Profa. Dra. Maria de Lourdes Sperli Geraldes Santos

1ª EXAMINADOR: Profa. Dra. Zaida Aurora Sperli Geraldes Soler

2ª EXAMINADOR: Profa. Dra. Rita de Cassia Helu Mendonça Ribeiro

SUPLENTE: Profa. Dra. Denise Beretta

São José do Rio Preto

2016

SUMÁRIO

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Dedicatória

Agradecimentos

i

ii

Lista de Figuras iii

Lista de Tabelas e Quadros iv

Lista de Abreviaturas v

Resumo vi

Abstract vii

1. INTRODUÇÃO 1

2. OBJETIVO 4

3. MATERIAL E MÉTODO 6

4. RESULTADOS 10

4.1 Qualidade de vida geral

4.2 Domínios do Whoqol - Bref

5. DISCUSSÃO

12

13

17

6. CONCLUSÕES 23

7. REFERÊNCIAS

8. ANEXOS

25

32

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DEDICATÓRIA

Dedico esse Trabalho de Conclusão de Curso:

Aos meus pais e ao meu irmão pelo incentivo de sempre, e por terem me tornado quem eu sou hoje.

Aos meus avôs, pela dedicação em me ajudar quando precisei.

A minha orientadora Maria de Lourdes que me ajudou em tudo sempre, me ajudando em todas as dificuldades, por ser esse exemplo de força e superação.

Aos meus amigos e o meu namorado que sempre estiveram ao meu lado.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por esse momento, pela alegria e satisfação proporcionada com aconclusão desse trabalho.

Aos meus pais, meu irmão e meus avôs, por estarem ao meu lado em todos osmomentos, pelo amor e compreensão.

A orientadora Maria de Lourdes, pela confiança, pela paciência, por sempre estar porperto me orientando e me ajudando.

A co-orientadora Natália pela colaboração e esclarecimentos.

Ao Luciano Garcia Lourenção, Lucia Helena Rack dos Santos, e a Danielle pelacolaboração.

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Lista de Figuras

Figura 1 - Distribuição dos escores médios para os domínios do Whoqol-Bref na escala de 0 a 100, segundo a avaliação dos idosos....................................................15

Figura 2 - Distribuição dos escores médios para as facetas dos domínios do Whoqol-Bref, segundo a avaliação dos idosos.............................................................16

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Lista de Tabelas e Quadros

Tabela 1 - Distribuição das características sociodemográficas dos idosos......................11

Tabela 2 - Distribuição das frequências de respostas dos idosos e os escores médios paraas questões gerais de qualidade de vida..........................................................13

Tabela 3 - Distribuição dos escores médios e desvios-padrão, coeficiente de variação,valores mínimo e máximo e amplitude, para os domínios do Whoqol-Bref,segundo a avaliação dos idosos.......................................................................14

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Lista de Abreviaturas e Símbolos

SUS- Sistema Único de Saúde

DCNT- Doenças Crônicas não Transmissíveis

HAS- Hipertensão Arterial Sistêmica

DM- Diabetes Mellitus

QV- Qualidade de Vida

HIPERDIA- Sistema de Cadastramento e acompanhamento de Portadores de

hipertensão arterial e ou diabetes mellitus atendidos na Rede Ambulatorial do Sistema

Único de Saúde

FAMERP- Faculdade Medicina de São José do Rio Preto

WHOQOL-BREF- World Health Organization Quality of Life - Abreviado

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas

DATASUS – Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil.

SPSS – Software e soluções de analítica preditiva.

OMS – Organização Mundial da Saúde.

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RESUMO

Introdução: O envelhecimento no Brasil duplicou nos últimos 20 anos. Diabetes

Mellitus e Hipertensão Arterial são as doenças que mais afetam os idosos. Os grupos

educativos visam melhorar a qualidade de vida de idosos com Hipertensão e Diabetes na

atenção primária à saúde. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida de idosos hipertensos e

diabéticos participantes de grupos educativos na atenção primária em saúde. Materiais

e Métodos: Pesquisa descritiva do tipo inquérito, com uso de um questionário

estruturado e versão abreviada do Instrumento de Avaliação de Qualidade de Vida da

Organização Mundial da Saúde (Whoqol-bref) a ser realizada em um Centro de Saúde

Escola de São José do Rio Preto. Participarão do estudo, idosos que frequentaram

grupos para Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial Sistêmica. Serão analisadas as

variáveis sociodemográficas e qualidade de vida dos idosos. Os dados obtidos foram

armazenados no programa Microsoft Excel®, e a análise dos dados foi realizada com o

programa SPSS, versão 17.0. Resultados:A faixa etária variou entre 60 e 91 anos, com

mediana de 71 anos, sem diferença para ambos os grupos.Houve prevalência de idosos

brancos (83,3%), do sexo feminino (72,3%), casados (49,6%) ou viúvos (34,8%),

aposentados (81,8%), com ensino fundamental incompleto (62,5%), renda de 1 a 5

salários mínimos (78,4%), sedentários (70,1%), não fumantes (90,5%), não ingeriam

bebidas alcoólicas (82,6%), com 10 anos ou mais de diagnóstico da DCNT. Observou-se

um importante número de idosos morando só (22,0%) e analfabetos funcionais (18,2%).

Conclusão: A qualidade de vida autodeclarada dos idosos participantes de grupos

educativos foi boa, reforçando a importância desta ação na promoção da saúde desta

população. Avaliar a qualidade de vida é necessário devido aos impactos que o

envelhecimento traz, sendo subsídio para o planejamento das ações de saúde.

Descritores: Qualidade de vida; educação em saúde; Diabetes Mellitus; Promoção da

saúde; Hipertensão.

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ABSTRACT

Introduction: Aging has doubled in Brazil in the last 20 years. Diabetes Mellitus and

Hypertension are the diseases that most affect the elderlies. Educational groups aim to

improve the quality of life of elderlies with hypertension and diabetes in the primary

health care. Objective: To evaluate the quality of life of hypertensive and diabetic

elderlies participants in educational groups in the primary health care.Materials and

Methods: This is a descriptive research; survey typeusing a structured questionnaire

and brief version of the Instrument for Assessment Quality of Life from the World

Health Organization (WHOQOL-BREF) to be performed in a School Health Center of

São José do Rio Preto. Elderlies who have been attending groups for Diabetes Mellitus

and Systemic Arterial Hypertension will participate in the study. Sociodemographic

variables and quality of life of the elderlies will be analyzed. Data were stored in

Microsoft Excel®, and data analysis was performed using SPSS, version 17.0.Results:

The age ranged from 60 to 91 years, with a median of 71 years, with no difference for

both groups.There was prevalenceof white elderly (83.3%), female (72.3%), married

(49 6%) or widowed (34.8%), retired (81.8%), with incomplete primary education

(62.5%), income from 1 to 5 minimum wages (78.4%), sedentary (70.1%), non-smokers

(90.5%) did not consume alcoholic drinks(82.6%), with 10 or more years of diagnosis

of NCDs. A significant number of elderly people living alone (22.0%) and functional

illiterates (18.2%) were observed. Conclusion: The quality of lifeself-reported from

elderlies participants of educational groups was good, reinforcing the importance of

this action in promoting the health of this population. To access the quality of life is

necessary because of the impact that aging can provide, being a subsidy for the planning

of health actions.

Keywords: Quality of life; health education; Diabetes Mellitus; Health promotion;

Hypertension.

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1. INTRODUÇÃO

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Introdução

O envelhecimento da população afeta diretamente a composição econômica, assim

como o estado geral da saúde de um país, considerando a necessidade de políticas

públicas que contemplem a qualidade de vida (QV) dos idosos, além de profissionais

capacitados para atuar na promoção da saúde desta população. 1 Segundo o IBGE, o

número de idosos dobrou nos últimos 20 anos. Pessoas com mais de 60 anos somam

23,5 milhões de brasileiros no ano de 2011, enquanto em 1991 esse número era de 10,7

milhões de brasileiros. 2

As Doenças Crônicas não transmissíveis (DCNT) geram anualmente um número

alto de óbitos em idosos, destacando-se as doenças do aparelho circulatório, diabetes,

câncer e doença respiratória.3 O Diabetes mellitus (DM) acomete 9 milhões de

brasileiros, ou seja 6,2% da população adulta e predominância nas mulheres, os idosos

entre 65 e 74 anos de idade chega a 19,9% de acometimento, sendo a sexta causa mais

frequente de internações hospitalares.(4,5,6)

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença de natureza multifatorial,

sendo um importante problema de saúde pública com alta prevalência, sendo duas vezes

mais frequente do que o Diabetes Mellitus (DM) é um fator de risco para morbidades

cardiovascular sendo, a principal causa de mortalidade no Brasil.(4,7)

Visando os problemas causados pela HAS e DM, o Ministério da Saúde criou o

Hiperdia, que segundo o DATASUS é definido como: “Cadastramento e o

acompanhamento dos portadores de hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus

atendidos na rede ambulatorial do Sistema Único de Saúde – SUS, permitindo gerar

informação para aquisição, dispensação e distribuição de medicamentos de forma

regular e sistemática a todos os pacientes cadastrados.” (8, 9)

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Introdução

Uma das estratégias de promoção a saúde está ligada aos grupos educativos,

com objetivo de reunir pessoas portadoras de uma mesma doença, e profissionais que

atuam para prevenção, promoção e reabilitação. A educação em saúde para portadores

de Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial Sistêmica contribui para melhorar a

qualidade de vida dos idosos, investindo no autocuidado. (10,11,12,13,14)

O Grupo de QV da OMS definiu qualidade de vida como “A percepção do

indivíduo de sua posição na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais

ele vive e em relação a seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações, neste

contexto incluem elementos de avaliação tanto positivos como negativos”.

A QV é um conceito que vem sendo discutido nas últimas décadas, pois, é um

assunto de extrema importância para que possam ser criadas ações e políticas públicas

que melhorem as condições dos idosos. Avaliar a QV é algo necessário devido aos

impactos que envelhecimento traz, pois, os idosos tornam-se mais sedentários,

aumentando assim a chance de agravamentos das DCNT já presentes. (15,16)

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2. OBJETIVO

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Objetivos

Avaliar a qualidade de vida (QV) e o perfil sociodemográfico de idosos

hipertensos e diabéticos participantes de grupos educativos na atenção primária em

saúde.

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3. MATERIAL E MÉTODO

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Material e Método

Estudo transversal realizado entre idosos, de ambos os sexos, portadores de

Diabetes Mellitus tipo 2 e Hipertensão Arterial Sistêmica, cadastrados no HIPERDIA

em 2011, participantes de grupos educativos realizados entre março de 2012 e maio de

2014, em uma unidade básica de saúde de um município de médio porte do noroeste

paulista.

A amostra total foi 264 pacientes, que consentiram em participar da pesquisa

depois de informados sobre os objetivos e finalidade da pesquisa, e após assinarem o

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo I). Foram excluídos do estudo os

participantes dos grupos com idade inferior a 60 anos.

Coleta de dados realizada com dois instrumentos: um instrumento elaborado

pelos autores (Anexo 2), contendo dados pessoais como idade, sexo, cor, estado civil,

ocupação, escolaridade, renda familiar, tempo do diagnóstico da doença, prática de

atividade física, número de pessoas no domicílio, consumo de cigarro e bebidas

alcoólicas; e a versão abreviada do Instrumento de Avaliação de QV da Organização

Mundial da Saúde (Whoqol-bref) composto por 26 questões, das quais duas são gerais,

sendo que uma se refere à vida e a outra à saúde (Anexo 3). As demais 24 perguntas são

relativas a quatro domínios e suas respectivas facetas:

Domínio I: Físico, focalizando as facetas: Dor e desconforto; Energia e fadiga;

Sono e repouso; Mobilidade; Atividades da vida cotidiana; Dependência de medicação

ou de tratamentos; Capacidade de trabalho. Domínio II: Psicológico, cujas facetas são:

Sentimentos positivos; Pensar, aprender, memória e concentração; Auto-estima; Imagem

corporal e aparência; Sentimentos negativos; Espiritualidade/religião/crenças pessoais.

Domínio III: Relações Sociais, que inclui as facetas: Relações pessoais; Suporte

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Material e Método

(apoio) social; Atividade sexual. Domínio IV: Meio Ambiente, abordando as facetas:

Segurança física e proteção; Ambiente no lar; Recursos financeiros; Cuidados de saúde

e sociais: disponibilidade e qualidade; Oportunidades de adquirir novas informações e

habilidades; Participação em, e oportunidades de recreação/lazer; Ambiente físico:

(poluição/ruído/trânsito/clima); Transporte.

As respostas para as questões do Whoqol-bref são dadas em uma escala do tipo

Likert. As perguntas são respondidas através de quatro tipos de escalas (dependendo do

conteúdo da pergunta): intensidade, capacidade, frequência e avaliação.

Os dados obtidos foram armazenados e um banco de dados utilizando-se uma

planilha do programa Microsoft Excel®, de forma a possibilitar a análise, conforme os

objetivos propostos.

A análise dos dados foi realizada com o programa SPSS, versão 17.0. Os dados

foram analisados a partir do cálculo de escores médios para as facetas e os domínios do

Whoqol-bref e sofreram tratamento estatístico apropriado, de forma a responder os

objetivos do estudo, considerando significante valor-p menor ou igual a 0,05.

Os cálculos dos escores do Whoqol-bref foram realizados conforme modelo

estatístico disponibilizado pelo Grupo Whoqol que calcula os escores médios, a partir

de um intervalo de 4 a 20, para cada domínio do instrumento, sendo:

Domínio Físico: (Mediax6(Q3+Q4+Q10+Q15+Q16+Q17+Q18))x4.

Domínio Psicológico: (Mediax5(Q5+Q6+Q7+Q11+Q19+Q26))x4.

Domínio Social: (Mediax2(Q20+Q21+Q22))x4.

Domínio Ambiente: (Mediax6(Q8+Q9+Q12+Q13+Q14+Q23+Q24+Q25))x4.

Para auxiliar na análise dos dados e favorecer a comparação com outros estudos,

os escores obtidos na escala de 4 a 20 foram convertidos para uma escala de 0 a 100 por

8

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Material e Método

meio da fórmula [(Média-4)x100/16], onde a Média corresponde aos escores 0 a 20

calculados anteriormente, para cada domínio. Para a classificação dos níveis de QV dos

idosos, os escores foram escalonados em cinco níveis, conforme proposto por Koetz,

Rempel e Périco: 0 a 20 – muito ruim; 21 a 40 – ruim; 41 a 60 – nem ruim, nem boa; 61

a 80 – boa; 81 a 100 – muito boa.

Para a análise da QV foram utilizados os seguintes procedimentos de cálculo e

análise: Frequências e medidas estatísticas descritivas para as questões gerais referentes

à “vida” e à “saúde” dos indivíduos estudados (Como você avaliaria sua qualidade de

vida?; Quão satisfeito(a) você está com a sua saúde?) e Escores médios e desvios-

padrão, coeficiente de variação, valores mínimo e máximo e amplitude, para cada

domínio.

O estudo respeitou as exigências formais contidas nas normas nacionais e

internacionais regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos.

Este projeto faz parte de um projeto mãe intitulado “Influências das ações

educativas nos parâmetros antropométricos e glicêmicos em portadores de Diabetes de

Hipertensão” aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de

São José do Rio Preto (FAMERP). CAAE: 17367013.1.0000.5415, em: 13/06/2013.

(Anexo 4)

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4. RESULTADOS

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Resultados

Participaram do estudo 264 idosos hipertensos e diabéticos, participantes de

grupos educativos na atenção primária a saúde.

A faixa etária variou entre 60 e 91 anos, com mediana de 71 anos. Houve

predominância de idosos brancos (83,3%), do sexo feminino (72,3%), casados (49,6%)

ou viúvos (34,8%), moram pelo menos 1 ou 2 pessoas (63,6%), aposentados (81,8%),

com ensino fundamental incompleto (62,5%), renda de 1 a 5 salários mínimos (78,4%),

sedentários (70,1%), não fumantes (90,5%), não ingerem bebidas alcoólicas (82,6%),

com 10 anos ou mais de diagnóstico da DCNT. Observou-se um importante número de

idosos morando só (22,0%) e analfabetos funcionais (18,2%).

A Tabela 1 apresenta a distribuição das características sociodemográficas dos

idosos participantes do estudo.

Tabela 1 - Distribuição das características sociodemográficas dos idosos. São José do Rio Preto, 2016.

Variável n %Sexo

Masculino 73 27,7Feminino 191 72,3

Faixa Etária60 – 65 anos 60 22,7366 – 70 anos 64 24,2471 – 75 anos 58 21,9776 – 80 anos 49 18,5681 anos ou mais 33 12,50

CorBranca 220 83,3Parda 28 10,6Preta 16 6,1

EscolaridadeAnalfabeto funcional 48 18,2Ensino Fundamental Incompleto 165 62,5Ensino Fundamental Completo 7 2,7Ensino Médio Incompleto 16 6,1Ensino Médio Completo 22 8,3Ensino Superior Completo 6 2,3

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Resultados

Tabela 1(continuação): Distribuição das características sociodemográficasdos idosos. São José do Rio Preto, 2016.

Variável n %Estado Civil

Casado 131 49,6 Solteiro

Viúvo 25

92 9,5 34,8

Divorciado 16 6,1Ocupação

Aposentado 216 81,8Autônomo 5 1,9Trabalhador Informal 4 1,5Sem renda 31 11,7Com vínculo formal 8 3,0

Renda FamiliarAté 1 salário mínimo 48 18,21 a 5 salários mínimos 207 78,46 a 10 salários mínimos 9 3,4

Atividade FísicaSim 119 45,1Não 145 54,9

Número de Pessoas no Domicílio1 59 22,32 109 41,33 a 5 89 33,7Mais de 5 7 2,7

TabagismoSim 25 9,5Não 239 90,5

Ingestão de Bebidas AlcoólicasSim 46 17,4Não 218 82,6

Tempo de Diagnóstico da Doença< 10 anos 79 29,9≥ 10 anos 185 70,1*Valor do Salário Mínimo: R$788,00

4.1 Qualidade de vida geral

Os resultados da avaliação da QV geral são apresentados pela distribuição da

frequência de respostas e os escores médios com o respectivo desvio-padrão para cada

uma das duas questões gerais sobre qualidade de vida (Tabela 2).

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Resultados

Observou-se que 160 (60,61%) idosos avaliaram a QV (questão 1) como boa ou

muito boa, enquanto 25 (9,47%) idosos a julgaram como ruim. Quando questionados

sobre a satisfação com a saúde (questão 2), 84 (31,32%) idosos referiram-se muito

insatisfeitos ou insatisfeitos. Esses resultados chamam a atenção para as condições de

saúde dos idosos estudados, principalmente quando consideramos, ainda, que 55

(20,83%) idosos referiram não estarem nem satisfeitos nem insatisfeitos com a sua

saúde.

Tabela 2 - Distribuição das frequências de respostas dos idosos e os escores médios para as questões gerais de qualidade de vida. São José do Rio Preto, 2016

Respostas N %Como você avaliaria sua qualidade devida?

1-muito ruim 0 02-ruim 25 9,473-nem ruim nem boa 79 29,924-boa 159 60,235-muito boa 1 0,38Escore Médio 3,51Desvio-padrão 0,59

Quão satisfeito(a) você está com a suasaúde?

1-muito insatisfeito 1 0,382-insatisfeito 83 31,443-nem satisfeito nem insatisfeito 55 20,834-satisfeito 124 46,975-muito satisfeito 1 0,38Escore Médio 3,15Desvio-padrão 0,81

4.2 Domínios do Whoqol-Bref

Na escala de 4 a 20, os escores médios para os domínios variaram de 12,93 a

14,65 (Tabela 3) e na de 0 a 100 variaram de 55,82 a 66,54 (Figura 1).

13

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Resultados

Observou-se que o menor escore foi para o domínio Físico, composto pelas

facetas: Dor e desconforto; Energia e fadiga; Sono e repouso; Mobilidade; Atividades da

vida cotidiana; Dependência de medicação ou de tratamentos; Capacidade de trabalho.

O maior escore obtido refere-se ao domínio Relações Sociais (66,54), apontando

boa qualidade de vida neste domínio composto pelas facetas Relações pessoais, Suporte

(apoio) social e Atividade sexual.

Os escores dos demais domínios mostram que os idosos apresentaram QV nem boa,

nem ruim.

Tabela 3 - Distribuição dos escores médios e desvios-padrão, coeficiente de variação, valores mínimo e máximo e amplitude, para os domínios do Whoqol-Bref, segundo a avaliação dos idosos. São José do Rio Preto, 2016.

Domínio MédiaDesvioPadrão

Coeficientede Variação

ValorMínimo

ValorMáximo

Amplitude

Físico 12,93 2,15 16,63 7,43 17,14 9,71Psicológico 13,73 1,94 14,13 7,33 16,67 9,33Relações Sociais 14,65 1,71 11,67 8,00 17,33 9,33Meio Ambiente 13,39 1,82 13,57 8,00 34,00 26,00Auto-avaliação da QV 13,34 2,62 19,62 8,00 18,00 10,00Total 13,49 1,41 10,45 8,46 20,15 11,69

14

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Resultados

Figura 1 - Distribuição dos escores médios para os domínios do Whoqol-Bref na escala de 0 a 100, segundo a avaliação dos idosos. São José do Rio Preto, 2016.

A Figura 2 apresenta a distribuição dos escores médios para as facetas dos

domínios do Whoqol-Bref, considerando a escala de 0 a 100.

Destaca-se que os idosos apresentaram comprometimento na faceta Recreação e

lazer, classificada com ruim (escore 35,98).

As facetas Energia e fadiga; Sono e repouso; Mobilidade; Dependência de

medicação ou tratamentos; Capacidade de trabalho; Sentimentos positivos; Pensar,

aprender, memória e concentração; Recursos financeiros; Novas informações e

habilidades e a Autoavaliação da QV foram classificadas como nem boas, nem ruins.

As demais facetas foram classificadas como boas.

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Resultados

Figura 2 - Distribuição dos escores médios para as facetas dos domínios do Whoqol-Bref, segundo a avaliação dos idosos. São José do Rio Preto, 2016.

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5. DISCUSSÃO

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Discussão

O perfil sociodemográfico dos idosos hipertensos e diabéticos apresentados

nesse estudo são semelhantes aos de outros estudos analisados, destaca-se o predomínio

de idosos com idade entre 66-70 anos, provavelmente pela dificuldade de idosos a cima

de 70 anos participarem de pesquisas em conseqüência das limitações trazidas pela

idade avançada. (1,19,20,21,22,23) Assim como encontrado nas evidências científicas, houve

predomínio do sexo feminino. A literatura explica esta situação pelo fato das mulheres

viverem mais e estarem mais presentes no serviço de saúde, buscando programas de

prevenção e, além disso. (1,19,20,21) A raça branca foi predominante, perfil característico da

cidade de São José do Rio Preto, onde os dados foram coletados. (2,19)

Analisando o estado civil dos idosos, verificou-se um predomínio de casados,

que pode ser considerado positivo, pois, o companheirismo, afetividade e a convivência

são importantes para uma melhor qualidade de vida, em um estudo observou-se

predomínio de mulheres viúvas, justificado pela maior longevidade das mulheres.

(1,21,22,23) O grau de escolaridade dos entrevistados é baixo onde a maioria possui ensino

fundamental incompleto seguindo de analfabetismo funcional, dados semelhantes aos

achados da literatura, que atribui a condição de escolaridade dificuldade de acesso a

educação nos tempos antigos, quando era considerada como algo sem prioridade a e

inacessível para grande parte da população, pois a maioria das pessoas precisavam

trabalhar.(1,19,21, 22, 23,24)

Ressalta-se que a falta de estudo está proporcionalmente relacionada ao

desconhecimento das doenças presentes no individuo, quanto menor o grau de

escolaridade maioria falta de entendimento sobre as suas doenças, há também uma

dificuldade na compreensão das informações transmitidas pela equipe multiprofissional.

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Discussão

Em relação à ocupação, os aposentados foram maioria. Em relação a renda o

estudo mostrou que a população idosa apresenta uma renda familiar média de um a

cinco salários mínimos, considerada boa quando comparada há outros estudos que

mostraram renda até um salário mínimo. (1,23)

Observou-se um número importante de idosos morando só, algo que pode

interferir no bem estar e na qualidade de vida, principalmente quando o idoso apresenta

algum grau de dependência nas realizações de suas atividades da vida diária.Porém, a

maioria dos idosos entrevistados nesse estudo vive em um mesmo domicilio com uma

ou duas pessoas resultado que pode ser considerado positivo, pelo grau de dependência

dito anteriormente também pela questão da solidão que afeta diretamente na QV. (1,21,23)

Quanto ao hábito de ingerir bebidas alcoólicas e de fumar, 17,84 % dos idosos

relataram fazer uso de álcool e 9,5% são tabagistas. A taxa de ingestão de bebidas

mostra-se superior a encontrada no Brasil que é cerca de 12%, enquanto o tabagismo

está inferior ao valor médio do pais que é de 15,4%. (2,23)

A porcentagem de idosos fumantes é baixa ou semelhante quando comparada a

outros estudos que justificam o fato como consequência das campanhas antitabagismo

que mostram os malefícios que o cigarro pode causar.(1,23)

Em relação ao tempo dos diagnósticos das DCNT equivalente á 10 anos ou mais,

a literatura esclarece que as pessoas com esse tempo de diagnóstico têm maior risco de

desenvolver complicações relacionadas diabetes e doenças cardiovasculares. Uma das

medidas para melhorar a saúde das pessoas com esse tipo de problema é a educação

realizando medidas preventivas para evitar a ocorrência de agravos. (20, 26,27)

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Discussão

Em relação a QV dos idosos entrevistados, os resultados mostraram ser boa.

Observou-se menor escore para o domínio físico composto pelas facetas: Dor e

desconforto; Energia e fadiga; Sono e repouso; Mobilidade; Atividades da vida

cotidiana; Dependência de medicação ou de tratamentos; Capacidade de trabalho. Este

resultado pode estar relacionado ao envelhecimento, a incapacidade da realização de

algumas ações devido a idade avançada, e também as comorbidades referidas pelos

idosos, a dor é um fato prejudicial na realização das atividades de vida diária. O

incentivo e apoio da equipe multiprofissional para a realização de atividades físicas

pode gerar um aumento na qualidade de vida nesse domínio. (15, 16, 28)

O maior escore obtido refere-se ao domínio Relações Sociais, apontando boa

qualidade de vida neste domínio composto pelas facetas Relações pessoais, Suporte

(apoio) social e Atividade sexual, algo que pode ser justificado pela maioria dos idosos

viverem com pelo menos uma pessoa da família, podendo ser cônjuge, companheiro ou

filho, o que melhora o convívio social e as relações. (28,30)

A participação nos grupos educativos também pode ser considerada relevante

para um bom convívio social já que são trocadas informações e experiências, além do

fortalecimento do vínculo. Além disso, o nível de satisfação dos idosos na convivência

com outras pessoas aumenta com o decorrer da idade melhorando a QV. (15,16,29)

Destaca-se baixo escore na faceta Recreação e Lazer atribuído provavelmente ao

envelhecimento, falta de convívio com familiares, solidão e sinais de depressão. As

facetas Energia e fadiga; Sono e repouso; Mobilidade; Dependência de medicação ou

tratamentos; Capacidade de trabalho; Sentimentos positivos; Pensar, aprender, memória

e concentração; Recursos financeiros; Novas informações e habilidades e a

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Discussão

Autoavaliação da QV foram classificadas como nem boas, nem ruins, resultados

semelhantes com os de outros estudos. (28,29,30,31)

Quanto a faceta sentimentos negativos, neste estudo foi considerada a de melhor

escore, assim como em outros estudos que mostram, principalmente que as inquietações

sobre a morte não causam medo aos idosos. As facetas Transporte e Ambiente no lar

foram consideradas boas, assim como em outros estudos. (15,22,31)

Outra faceta em destaque foi a Espiritualidade/Religião e Crenças pessoais,

reforçando que a fé que os idosos possuem, contribuem para a sua QV. 15 Cuidados de

saúde também foi uma faceta importante para avaliar a QV dos idosos, a mesma

mostrou que os idosos estão satisfeitos com o serviço de saúde e com os cuidados

recebidos. Observou-se que a QV autodeclarada foi relativamente boa. Isso nos leva a

supor que participar de grupos educativos pode ser fator de promoção da saúde. 32

Ressalta-se que a HAS e o DM são doenças silenciosas, em que mesmo após ter

o diagnóstico, as pessoas acreditam ser saudáveis, e não se sentem motivadas a aprender

sobre a doença, mas quando sofre complicações graves e fica fragilizada procura maior

conhecimento em programas de saúde. 32

Esta situação pode justificar a maior qualidade de vida vista nos idosos com

maior tempo de diagnóstico.

Embora a QV tenha sido boa, estudos mostram dificuldades de adesão de

usuários do SUS em atividades de educação em saúde, abordagem da ação educativa

inadequada, generalista, mais para cumprir exigências programáticas provenientes dos

níveis superiores de gestão. (4,33)

O grupo educativo para ser resolutivo requer integração multiprofissional

fortalecimento de vínculos e canais de comunicação eficientes, investindo na

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Discussão

valorização do saber popular, na sensibilidade do profissional para estimular a aquisição

de conhecimento para o autocuidado. Neste sentido, acompanhamento, supervisão e

acolhimento são ferramentas fundamentais. (4,34)

As limitações do estudo foram: Cadastro desatualizado; dados referentes aos

grupos não digitalizados, dificuldade de entender a escrita das diversas caligrafias;

dificuldade do idoso em lidar com telefone; não comparecimento ao agendamento da

entrevista; dificuldades do idoso para locomoção; dependência de terceiros;

constrangimento de pedir ajuda a familiar ou responsável; acuidade visual diminuída;

debilidades devido a tratamentos prolongados; excesso de zelo e proteção do cuidador.

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6. CONCLUSÕES

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Conclusões

O estudo mostrou a média da faixa etária foi de 71 anos. Houve predominância

de idosos brancos, do sexo feminino, casados ou viúvos, aposentados, com ensino

fundamental incompleto, renda de 1 a 5 salários mínimos, sedentários, não fumantes,

não ingerem bebidas alcoólicas, com 10 anos ou mais de diagnóstico da DCNT.

Com vistas ao objetivo proposto, os resultados mostraram que os níveis de QV

desses idosos são bons. As facetas que mais contribuíram para a QV foram Transporte,

Espiritualidade/Religião e crenças pessoais, Cuidados de saúde e Ambiente no lar. As

questões físicas, recreação e lazer, e os sentimentos negativos que interferem

diretamente na QV prejudicando-a. Diante do exposto é possível concluir que os idosos

diabéticos e hipertensos deste estudo que freqüentam grupos educativos na Atenção

Primária possuem uma boa QV. Neste sentido, consideramos importante conhecer a QV

dessas pessoas, no sentido planejarem ações de promoção, interferindo assim, no

controle da HAS e DM e contribuindo para um envelhecimento bem sucedido.

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7. REFERÊNCIAS

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8. ANEXOS

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Anexos

ANEXO 1

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Você está sendo convidado(a) para participar, como voluntário, em uma pesquisa chamada “Grupo Educativo e qualidade de vida de idosos hipertensos e diabéticos”

O objetivo da pesquisa é: Avaliar o impacto do grupo educativo na qualidade de vida de idososhipertensos e diabéticos.

Participar desta pesquisa é uma opção sua e há a possibilidade de desistência em qualquer

momento, e isso não lhe causará nenhuma penalização ou prejuízo financeiro ou no tratamento.

No caso de aceitar fazer parte do estudo, assine ao final deste documento, que está em duas vias,

uma é sua e outra do pesquisador. Antes de qualquer coisa gostaríamos que soubesse que:

a) A pesquisa é sigilosa, anônima e sua privacidade será preservada.

b) Será analisado o resultado do teste, porém, sem nenhum procedimento invasivo.

c) Não daremos contribuição alguma em dinheiro pela participação nesta pesquisa, sendo

ela voluntária. Do mesmo modo, não cobraremos dinheiro algum para tal.

Eu,_____________________________________________________________portador do

RG_____________________________, declaro ter sido informada e concordo em participar da

pesquisa” Impacto do grupo educativo na qualidade de vida de idosos hipertensos e diabéticos”,

à ser realizada com o apoio da FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

- FAMERP. Declaro ter recebido as devidas explicações sobre a referida pesquisa e concordo

que minha desistência poderá ocorrer em qualquer momento sem que ocorram quaisquer

prejuízos físicos, mentais ou financeiro. Declaro ainda estar ciente de que a participação é

voluntária e que fui devidamente esclarecido(a) quanto aos objetivos e procedimentos desta

pesquisa.

_______________________________________

Assinatura do sujeito ou responsável legal

São José do Rio Preto,______ de______________________ de 2015.

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Anexos

ANEXO 2:

Instrumento I: Questionário socioeconômico e Estilo de Vida

Pesquisa “grupo educativo e qualidade de vida de idosos hipertensos e diabéticos”- Centro de Saúde Escola Estoril do município de São José do Rio Preto/ SP

Data Coleta Dados: ___/___/___ PFJ:___________Idade:_______Data denascimento:____/____/____ Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino Cor: ( ) branco ( ) preto ( ) outrosOcupação: ( ) Aposentado ( ) Sem renda ( ) Trabalho com vínculo ( ) Trabalho semvínculoEstado civil: ( ) solteiro ( ) casado ( ) separado/divorciado ( ) viúvo Escolaridade:( ) Analfabeto funcional ( ) Ensino Médio completo ( ) Ensino Fundamental incompleto ( ) Ensino Superior completo( ) Ensino Fundamental completo ( ) Pós Graduação( ) Ensino Médio incompleto ( ) OutrosQuantas pessoas fazem parte do núcleo familiar no domicílio? ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) mais de 5Renda Familiar total em salários mínimos : ( ) até 1 ( ) 2 a 5 ( ) 6 a 10 ( ) mais de10Faz quanto tempo o diagnóstico da primeira doença crônica?(HAS/DIABETES) ( ) até 5anos ( ) 6 a 10 anos ( ) 11 a 20 anos ( ) 21 a 30 anos ( ) Mais de 30 anos Estilo de vidaVocê ingere bebidas alcoólicas? ( ) Sim ( ) Não Com que frequência? ( ) 1 -2 vezes/semana( ) 3-4 vezes/ semana ( ) 5-6 vezes/ semana ( ) todos os dias ( ) só em ocasiõesespeciaisVocê fuma? ( ) Sim ( ) Não Se sim, há quanto tempo/anos:____; Quantos cigarros por dia? ( ) até 5 ( ) até 10 ( ) até20 ( ) mais de 20Você faz Atividade Física/ Exercício Físico? ( ) Sim ( ) NãoSe sim quantas vezes por semana? ( ) 1-2 vezes /semana ( ) 3-4 vezes/ semana ( ) 5-6 vezes/ semana ( ) todos os dias Qual Atividade Física/Exercício você pratica?( ) Caminhada ( ) Alongamento ( ) Academia ( ) Dança ( ) Hidroginástica ( ) Vôlei ( )Outros Você come carne, frutas, verduras, legumes, leite/ derivados ? ( ) Sim ( ) Não Com quefrequência? ( ) 1 -2 vezes/ semana( ) 3-4 vezes/ semana ( ) 5-6 vezes/ semana ( ) todos os dias

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Anexos

ANEXO 3

INSTRUMENTO DE QUALIDADE DE VIDA (WHOQOL-BREF)

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Anexos

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Anexos

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Anexos

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Anexos

ANEXO: 4

Aprovação do Projeto pelo CEP