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1 Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Medicina de São Jose do Rio Preto - FAMERP Aline Truzzi Andreu RISCO OCUPACIONAL DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM EM RADIOTERAPIA São José do Rio Preto 2016

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1

Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de

Medicina de São Jose do Rio Preto - FAMERP

Aline Truzzi Andreu

RISCO OCUPACIONAL DOS

PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM EM

RADIOTERAPIA

São José do Rio Preto 2016

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Aline Truzzi Andreu

RISCO OCUPACIONAL DOS

PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM EM

RADIOTERAPIA

São José do Rio Preto 2016

Trabalho de Conclusão do Curso apresentado a Faculdade

de Medicina de São José do Rio Preto, para obtenção do

grau de Enfermeira.

Orientadora: Profa Dra. Denise Beretta

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Ficha catalográfica:

Andreu, Aline Truzzi

Risco ocupacional dos profissionais de enfermagem em radioterapia/ Aline Truzzi Andreu. São José do Rio Preto, 2016

34 p.

Monografia (TCC) – Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto – FAMERP

Orientadora: Profa. Dra. Denise Beretta

1. Enfermagem; 2. Risco ocupacional; 3. Radioproteção; 4. Radioterapia, 5. Radiação ionizante

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Aline Truzzi Andreu

RISCO OCUPACIONAL DOS

PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM EM

RADIOTERAPIA

BANCA EXAMINADORA:

TRABALAHO DE CONCLUSÃO DE CURSO PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE

ENFERMEIRO

DATA: 06/Dezembro/2016

Presidente e Orientadora: Profª. Drª Denise Beretta

1º Examinador: Profª Dra Maria Helena Pinto

2º Examinador: Profª Dra Daniele Alcala Pompeo

São José do Rio Preto, 30/12/16.

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SUMÁRIO

Lista de Quadros ......................................................................................... i

Lista de Abreviaturas ................................................................................. ii

Resumo......................................................................................................... iii

Abstract ....................................................................................................... iv

1 INTRODUÇÃO........................................................................................... 01

2 OBJETIVO................................................................................................. 05

3 MATERIAL E MÉTODO............................................................................ 06

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................ 08

4.1 Identificação dos Estudos............................................................... 09

4.2 Caracterização dos Estudos............................................................ 11

4.3 Classificação dos Estudos.............................................................. 12

4.4 Principais Resultados...................................................................... 12

4.4.1 Serviços na Área de Radioterapia......................................... 12

4.4.2 Riscos Ocupacionais na Enfermagem.................................. 14

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................... 21

REFERÊNCIAS............................................................................................. 22

APÊNDICE ................................................................................................... 25

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1. Denominação e descrição das referências dos artigos

selecionados. SJRPreto, 2016.

08

Quadro 2. Distribuição de artigos selecionados segundo a denominação

numérica e principais resultados. SJRPreto, 2016

09

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LISTA DE ABREVIATURAS

BVS Biblioteca Virtual em Saúde

LILACS Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde

SciELO Scientific Electronic Library Online

PubMed Publicações Médicas

eV Elétron Volt

DNA Ácido Desoxirribonucleico

SRDI Serviço de Radiologia de Diagnostico por Imagem

COFEN Conselho Federal de Enfermagem

COREN Conselho Regional de Enfermagem

EPI Equipamento de Proteção Individual

NR Norma Regulamentadora

mSv Milisievert

CNEN: Comissão Nacional de Energia Nuclear

ICRP International Comission on Radiological Protection

NE Norma Nuclear

NN Norma Experimental

ISOE Estudos Especiais de Radiações Ionizantes

OIT Organização Internacional do Trabalho

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RESUMO

Introdução: O uso da radiação no ambiente hospitalar simboliza um grande

avanço tecnológico na área da saúde no que diz respeito a diagnósticos e

tratamento de doenças. Esse aumento tem favorecido a exposição ocupacional

dos profissionais que estão diariamente em contato com estas radiações,

desencadeando implicações diretamente para sua saúde. Objetivo: Levantar

os riscos ocupacionais a que estão expostos os profissionais de enfermagem

que trabalham na área de radioterapia. Material e Método: Levantamento

bibliográfico via internet, das produções científicas existentes sobre o tema, em

periódicos nacionais e internacionais, indexados no banco de dados da

Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), no período de 2005 a 2015, utilizando o

formulário avançado com as palavras-chave: Enfermagem, Risco ocupacional,

Radioproteção, Radioterapia, Radiação ionizante. Resultados: Os dados dos

seis artigos selecionados, um internacional e cinco nacionais, foram agrupados,

organizados e discutidos pautados nas evidências científicas. Considerações

Finais: A exposição desprotegida e excessiva de radiação é absorvida pelo

organismo do trabalhador causando danos celulares que podem afetar o

material genético, desencadear o aparecimento de doenças graves como as

neoplasias malignas e evoluir ao óbito. Os trabalhadores de enfermagem

conhecem as consequências dessa exposição, mas não avaliam a radiação

como um risco, negligenciando as normas e medidas de radioproteção.

Descritores: Enfermagem, Risco ocupacional, Radioproteção, Radioterapia,

Radiação ionizante.

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ABSTRACT

Introduction: The use of radiation in the hospital environment symbolizes a

great technological advance in the health area with regard to diagnosis and

treatment of diseases. This increase has favored the occupational exposure of

professionals who are in daily contact with these radiations, unleashing

implications directly for their health. Objective: To raise the occupational

hazards to which nursing professionals working in the radiotherapy area are

exposed. Material and Method: Literature of the existing scientific productions

on the topic, in national and international journals, indexed in the database in

the Virtual Health Library (VHL) database, from 2005 to 2015, using the

advanced form with the words: Nursing, Occupational Risk, Radioprotection,

Radiation Therapy, Ionizing Radiation. Results: Data from six selected articles,

an international and four national, were grouped, organized and discussed

guided by the scientific evidence. Final Considerations: Unprotected and

excessive exposure of radiation is absorbed by the worker's body causing

cellular damage that can affect the genetic material, trigger the onset of serious

diseases such as malignant neoplasms and evolve to death. Nursing workers

are aware of the consequences of this exposure but do not assess radiation as

a risk, neglecting standards and radiation protection measures.

KEYWORDS: Nursing, Occupational risk, Radioprotection, Radiation therapy,

Ionizing radiation.

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1 INTRODUÇÃO

O uso da radiação no ambiente hospitalar simboliza um grande avanço

tecnológico na área da saúde no que se diz respeito a diagnósticos e

tratamento de doenças. Porém esse aumento tem favorecido a exposição

ocupacional dos profissionais que estão diariamente em contato com estas

radiações, desencadeando implicações diretamente para sua saúde. (Querido

e Poveda, 2015)

Radiação é energia que se propaga a partir de uma fonte emissora

(núcleo dos átomos), um fenômeno natural, que pode ocorrer de muitas

formas, podendo ser classificada como ionizante ou não ionizante em função

da quantidade de energia. (Okuno, 2013)

As radiações não ionizantes são as que não possuem energia suficiente

para arrancar elétrons dos átomos do meio por onde está se deslocando, mas

tem o poder de quebrar moléculas e ligações químicas. Já as radiações

ionizantes possuem energia suficiente para ionizar átomos e moléculas, ou

seja, podem alterar o estado físico de um átomo e causar a perda de elétrons,

tornando-os eletricamente carregados, sendo esse o causador de efeitos

nocivos à saúde. (Okuno, 2013).

Na área da saúde, as aplicações da radiação são feitas em um campo

genericamente denominado de radiologia, que, por sua vez, compreende a

radioterapia, a radiologia diagnóstica e a medicina nuclear. (Okuno, 1988)

A radioterapia é uma modalidade de tratamento eficaz para a terapêutica

do câncer, principalmente dos tumores malignos. Caracteriza-se pelo uso das

radiações ionizantes para promover a destruição ou redução do tumor por meio

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da absorção de energia, sem que órgãos vitais ou tecidos circunvizinhos ao

tumor sejam atingidos ou danificados. Quanto mais profundo o tumor, mais

energética deve ser a radiação a ser utilizada. (Brasil, 2012)

A exposição à radiação pode ocorrer de duas formas distintas: direta ou

indireta. A direta ocorre quando a radiação interage diretamente com as

moléculas importantes como as de DNA, podendo causar desde mutação

genética até morte celular. A indireta acontece quando moléculas de água (o

corpo humano tem 70% de água) são quebradas e formam radicais livres que

podem atacar outras moléculas. (Okuno, 2013)

A radiologia diagnóstica consiste na utilização de um feixe de raios X para

a obtenção de imagens do interior do corpo em uma chapa fotográfica, ou em

uma tela fluoroscópica, ou ainda em uma tela de TV. Seu uso está mais

relacionado com a anatomia e compreende a hemodinâmica, a tomografia

computadorizada, o setor de raios X e a medicina nuclear. (Okuno, 2013)

Sabe-se que os seres humanos, durante a vida toda, estão expostos

diariamente aos efeitos das radiações ionizantes, que podem ser de origem

natural ou artificial. Quanto à proteção radiológica de origem natural pouco

pode-se fazer para reduzir seus efeitos. No entanto, no que diz respeito às

fontes artificiais, todo esforço deve ser direcionado a fim de controlar seus

efeitos nocivos.

Nesse aspecto a proteção radiológica pode e deve ter um papel

importante. É no setor da saúde que a radiação ionizante é mais empregada

possibilitando uma maior exposição em termos de dose coletiva, é também

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onde mais são realizadas pesquisas no sentido de se produzir o maior

benefício com o menor risco possível.

Porém, apesar de toda uma legislação a respeito dos cuidados voltados

para o desenvolvimento das atividades de proteção radiológica é, ainda, de

pouco domínio, mesmo entre os profissionais da área, o conhecimento a

respeito dos efeitos maléficos produzidos por exposições que ultrapassam os

limites permitidos. (Flôr e Kirchhof, 2005)

No Brasil as normas de proteção radiológica quanto aos limites de

exposição à radiação ionizante para indivíduos ocupacionalmente expostos e

para público em geral é definida pela Comissão Nacional de Energia Nuclear

(CNEN) e se baseia em três princípios: da justificativa; da otimização da

proteção e da limitação de dose individual. (Okuno, 2013).

No caso especificamente dos profissionais da enfermagem que

trabalham nos setores de Radioterapia, Medicina Nuclear e Serviços de

Imagem nos estabelecimentos de saúde existe uma complementação desta

proteção, a Resolução 211/98 do Conselho Federal de Enfermagem. (Brasil,

1998)

As Leis brasileiras que regulamentam as normas para assegurar

condições adequadas de trabalho destes profissionais são: normas da CNEN:

NE-3.01 (diretrizes básicas de radioproteção), ICRP26 (estabelece que todas

as exposições devem ser mantidas tão baixas quanto razoavelmente

exequíveis), NE-3.05 (requisitos de radioproteção e segurança nos serviços de

Medicina Nuclear), NE-3.06 (requisitos de radioproteção e segurança para

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serviços de radioterapia) e a NN6-01 (estabelece a capacitação técnica em

radioterapia) e decreto nº 81.384/1978. (Brasil, 1988)

Estudos apontam que os profissionais de enfermagem estão expostos a

diversos riscos ocupacionais inerentes a sua profissão que quando somados a

exposição à radiações ionizantes no desenvolver de suas atividades

assistenciais aos clientes dos setores de hemodinâmica, tomografia

computadorizada, raios X e a medicina nuclear o tornam mais vulnerável aos

efeitos noviços desencadeando serias implicações na saúde, principalmente

quando não se atentam para o uso mínimo da radioproteção. (Flôr e Kirchhof,

2005; Farias e Oliveira, 2012; Okuno, 2013; Querido e Poveda, 2015)

Diante do exposto deve se entender que cabe ao enfermeiro planejar,

organizar, supervisionar, executar e avaliar as atividades, alicerçados na

metodologia assistencial de enfermagem; participar de protocolos terapêuticos

de enfermagem; assistir de maneira integral aos clientes e suas famílias tendo

como base o código de ética dos profissionais de enfermagem e a legislação

vigente; promover e participar da integração da equipe multiprofissional;

formular e implementar manuais técnicos operacionais para a equipe e

manuais educativos aos clientes e familiares; dentre outras competências.

(Oliveira, Moreira, 2009)

Para tanto, buscou-se revisar a literatura específica visando aprofundar

o conhecimento sobre os riscos decorrentes da exposição à radiação ionizante.

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2 OBJETIVO

Levantar os riscos ocupacionais a que estão expostos os profissionais de

enfermagem que trabalham na área de radioterapia.

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3 MATERIAL E MÉTODO

Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica sobre a exposição

ocupacional dos profissionais de enfermagem aos efeitos nocivos da radiação

ionizante.

O estudo bibliográfico tem a finalidade de buscar conhecer e analisar as

contribuições científicas sobre o assunto, tema ou problema, fazendo com que

o pesquisador, após a análise, das produções científicas, chegue a conclusões

inovadoras. (Cervo & Bervian, 1996; Lakatus & Marconi, 2001)

Foi realizado um levantamento bibliográfico, via internet por meio do

serviço gratuito, das produções científicas existentes sobre o tema, em

periódicos nacionais e internacionais, indexados na base de dados da

Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), no período de 2005 a 2015, utilizando o

formulário avançado com as palavras-chave: Enfermagem, Risco ocupacional,

Radioproteção, Radioterapia, Radiação ionizante.

Foram realizadas as seguintes combinações entre os descritores:

I – Enfermagem e Risco ocupacional

II - Enfermagem e Radioterapia

III – Enfermagem e Radioproteção

IV – Risco ocupacional e Radiação ionizante

V – Radiação ionizante e radioproteção

VI – Enfermagem e Radiação Ionizante

VII – Risco ocupacional e radioterapia

Foram excluídos os artigos sem a possibilidade do acesso on-line e que

não atendam aos critérios de inclusão.

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Após a leitura exploratória dos resumos e aplicação dos critérios de

inclusão e exclusão, os artigos selecionados foram submetidos a uma leitura

interpretativa na íntegra, com a finalidade de direcionar e organizar os

conteúdos encontrados de forma a atender o objetivo proposto neste estudo.

Para a análise dos estudos foi desenhado um instrumento de coleta de

dados embasado no modelo proposto por Gomes (2010), constituído pelas

variáveis: Identificação dos estudos (título do artigo, tipo de periódico, ano da

publicação, base de dados indexada, autores e instituição sede do estudo);

Caracterização dos estudos (tipo de estudo, amostra/sujeitos, metodologia

empregada); Classificação do estudo (segundo o nível de evidência baseado

em Pompeo, Rossi, Galvão, 2009) e principais resultados.

Os dados selecionados foram agrupados, organizados e descritos em

quadros síntese, no item de resultados, e submetidos à discussão, pautadas

nas evidências científicas.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram levantados 110 artigos sobre os riscos ocupacionais da

enfermagem em radiação. Entretanto a grande maioria fazia referencia a

enfermagem em quimioterapia ou aos técnicos em radiologia.

Para análise foram selecionados seis artigos por atender os critérios de

seleção estabelecidos para este estudo, e serão apresentados, inicialmente,

quanto à denominação numérica e a descrição das referências. (Quadro 1).

Quadro 1 – Denominação e descrição das referências dos artigos selecionados. SJRPreto, 2016.

Número do artigo

Descrição das Referências

1 Flôr RC, Gelbcke FL Tecnologias emissoras de radiação ionizante e a necessidade de educação permanente para uma práxis segura da enfermagem radiológica. Rev. bras. enferm. [Internet]; 2009;. [acessado 2016 Jul 09]; 62(5):766-770. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid.

2 Pereira Sales OP, Oliveira CCC, Spirandelli MFAP, Cândido MT. Atuação de enfermeiros em um centro de diagnóstico por imagem. J Health Sci Inst [Internet]. 2010; [acessado 2016 Jul 09]; 28(4):325-8. Disponível em:https://www.unip.br/comunicacao/publicacoes/ics/edicoes/2010/04_out-dez/V28_n4_2010_p325-328.pdf

3 Menezes LP, Sarturi F, Franco GP The team of nursing and radiological hazards. R. pesq.: cuid. fundam. [online] 2013; [acessado 2016 Jul 09]; 5(2);3580-87. Disponível em: http://dx.doi.org/10.9789/2175-5361.2013.v5i1.3580-3587.

4 Melo JAC de, Gelbcke FL, Andrea Huhn A, Vargas MAO. Processo de trabalho na enfermagem radiológica: a invisibilidade da radiação ionizante. Texto contexto - enferm. [Internet]. 2015 [acessado 2016 jul 09]; 24(3):801-808. Disponível em//www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-07072015000300801&lng=em

5 Flôr RC1, Gelbcke FL. Proteção radiológica e a atitude de trabalhadores de enfermagem em serviço de hemodinâmica. Texto contexto - enferm. [Internet]. 2013 [acessado em 2016 Jul 09]; 22(2):416-422. Disponível em:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-07072013000200018&lng=en

6 Dianati M, Zaheri A; Talari HR; Deris F; Rezae S. Intensive care nurses’ knowledge of radiation safety and their behaviors towards portable radiological examinations. Nurs Midwifery Stud. [Internet]. 2014 [acessado em 2016 Jul 09]; 3(4): 23354. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4348725/

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Para melhor apresentação, análise e compreensão os resultados são

apresentados atendendo a ordem das variáveis dos instrumentos de coleta de

dados como: Identificação dos estudos (título do artigo, tipo de periódico, ano

da publicação, base de dados indexada, autores e instituição sede do estudo);

Caracterização dos estudos (tipo de estudo, amostra/sujeitos, metodologia

empregada); Classificação do estudo (segundo o nível de evidência) e

Principais resultados.

4.1 Identificação dos Estudos

O quadro abaixo apresenta os principais resultados dos seis artigos

selecionados para análise, obedecendo a numeração que lhe foi atribuída no

quadro 1.

Quadro 2 – Distribuição de artigos selecionados segundo a denominação

numérica do artigo e principais resultados. SJRPreto, 2016.

Artigo Principais Resultados

1 A radioterapia é uma área de atuação da enfermagem, em media 80% da equipe multiprofissional é composta de trabalhadores de enfermagem os quais não possuem conhecimentos específicos sobre proteção radiação ionizantes e de como se operacionalizam os equipamentos de segurança existentes. O programa de treinamento de proteção radiológica para os trabalhadores de enfermagem no preparo do usuário para o tratamento de radioterapia e a Educação Continuada e Permanente foram as sugestões apontadas como um caminho para que exerçam suas atividades de mais forma consciente, prevenindo os danos causados pela radiação ionizante a sua saúde.

2 Quando os enfermeiros especialistas e atuantes em diagnostico por imagem, não utilizam as proteções individuais ficam expostos a riscos profissionais inerentes a essa atividade entre eles a leucopenia. Que por sua vez ocasiona em resistências diminuídas para as infecções; células linfáticas danificadas no baço; náuseas, vômitos e úlceras; problemas na glândula tireóide, medula vermelha e olhos; danos no sistema urinário e nos órgãos reprodutores.

3 A exposição desprotegida e excessiva de radiação pode causar neoplasia maligna de cavidade nasal e seios paranasais, neoplasias malignas de brônquios e pulmões, de pele, de osso e cartilagem das articulações de membros, leucemia, outras doenças especificas de células brancas do sangue como leucocitose, reação leucemoide, entre outras. São considerados como equipamentos de proteção a serem usados no trabalho

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Na identificação dos artigos analisados observa-se que as publicações

ocorreram com uma frequência anual entre os anos de 2009 a 2015. Com

exceção do ano de 2013 que apresentou duas publicações sobre o assunto

pesquisado.

direto com fontes radioativas: roupas de segurança que oferecem proteção ao tronco e com mangas para proteção de braços e mãos, telas de chumbo; equipamentos de proteção individual (EPIs) como luvas, máscaras e aventais de látex nitrílico para proteção de agentes químicos usados durante o preparo das soluções, e mascaras fit para retenção de impurezas e agente biológicos que expõem um colaborador durante os exames. Os sintomas apresentados pelos técnicos em radiologia que participaram desta entrevista foram basicamente: anorexia pelo menos uma vez ao mês, náusea, vomito, diarréia, astenia e fibromialgia, sendo que a dor de cabeça foi um dos sintomas mais prevalentes.

4 A radiação ionizante possui uma invisibilidade no processo de trabalho. Assim, nota se um conhecimento fragilizado que os profissionais de enfermagem possuem acerca das tecnologias radiológicas e os riscos da exposição à radiação ionizante. É valorizado mais o conhecimento técnico, como se faz e não os motivos, ignorando assim os cuidados necessários. Os desgastes ou alterações negativas como consequência da ação das cargas (EPIs, haja vista o peso dos mesmos, e o tempo durante o qual esses profissionais utilizam esses equipamentos) sobre o corpo humano.

5 O conhecimento sobre radioproteção constitui instrumento de trabalho fundamental para os trabalhadores da enfermagem. Porém verificou-se o descumprimento da legislação no que se refere à capacitação para o exercício dessas atividades e também no uso das medidas de radioproteção. Não sabendo como se proteger, esses profissionais utilizam estratégias de defesas para justificar o não uso de algumas medidas de radioproteção como: desconforto e peso das vestimentas de chumbo e do desconhecimento da necessidade do uso de alguns equipamentos. Evidenciou-se ainda que as medidas relativas à distância da fonte de radiação e do tempo de exposição nem sempre foram adotadas, alegando esquecimento. Por meio das análises dos relatórios de dosimetria, monitorados com regularidade, percebeu-se com frequência: o uso incorreto dos monitores, o esquecimento dentro da sala de exame e o não uso pelos trabalhadores.

6 A radiação pode causar efeitos agudos, como vermelhidão na pele, perda de cabelo, queimadura por radiação ou síndrome aguda de radiação Tais efeitos são mais graves quando as doses e as taxas são altas. Nas doses baixa com exposição por períodos curtos, mas durante um longo prazo, existe uma maior possibilidade das células danificadas conseguirem reparar-se com sucesso. Entretanto os efeitos em longo prazo ainda existe a possibilidade de ocorrer o reparado do dano celular porém os erros podem ser incorporados, gerando uma célula irradiada, que mantém a capacidade de realizar divisão celular, o que pode levar ao aparecimento de um câncer. Efeitos desse tipo não irão sempre acontecer, mas sua possibilidade de ocorrência é proporcional a dose de radiação.

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Os estudos foram publicados em seis periódicos diferentes, um deles na

literatura internacional. O periódico Texto e Contexto na Enfermagem publicou

dois artigos, seguidos das demais revistas Brasileira Enfermagem, Pesquisa

Cuidados Fundamentais, Nursing Midwifery Stud e J Health Science Institute

com apenas uma publicação anual.

Os artigos localizados estavam indexados na e SciELO (três) , LILACS

(dois) e PubMed (um)

Todos os estudos tiveram como pesquisadores envolvidos enfermeiros,

sendo que um deles contou com a participação de outros dois profissionais: um

do Departamento cirúrgico e outro do Estatístico do hospital onde foi realizada

a pesquisa.

Todos os estudos tiveram como instituição sede hospitais públicos das

cidades onde foram realizadas as pesquisas.

4.2 Caracterização dos Estudos

Em relação ao tipo de estudo, foram predominantemente do tipo

observacional descritivo exploratório com abordagem qualitativo com pesquisa

de campo (cinco), seguido de um do tipo revisão de literatura.

Quanto a amostra e sujeitos quatro deles abordavam especificamente só

os profissionais de enfermagem, um abordou tanto os profissionais de

enfermagem como os técnicos em raio X, ambos de serviços hospitalares e o

revisão pesquisou apenas os profissionais da equipe de enfermagem.

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4.3 Classificação dos Estudos

Os artigos selecionados para análise foram organizados, sintetizando as

informações de maneira concisa, visando levantar o nível de evidência de cada

estudo a fim de determinar a confiança no uso de seus resultados e fortalecer

as conclusões que irão gerar o estado do conhecimento atual do tema

investigado.

Segundo o nível de evidencia descrito no Quadro I, pág. 438, por

Pompeo, Rossi, Galvão (2009) os artigos foram classificação nos níveis V (um)

e VI (cinco).

4.4 Principais Resultados

4.4.1 – Serviços na Área de Radioterapia

Define-se irradiação como a exposição de objeto ou corpo à radiação;

irradiar, portanto, não significa contaminar. A contaminação radioativa se

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caracteriza pela presença indesejável de um material em determinado local.

(Flôr, Gelbcke, 2009)

A radiobiologia considera como radiação ionizante aquela capaz de

deslocar um elétron a partir de um átomo incidente, com energia maior do que

10 eV. As reações químicas biomoleculares resultantes desse deslocamento

podem provocar um dano biológico ao corpo humano, atingindo os tecidos e

órgãos mais sensíveis (radio sensibilidade). Os efeitos biológicos nas células e

tecidos dependem da quantidade de dose absorvida, do tempo de exposição,

do grau de exposição e da porcentagem do corpo exposto (Okuno, 2013)

Na área da saúde, a radiologia, especialidade médica, engloba os

serviços de apoio diagnósticos e tratamento como: Serviços de Radiologia e

Diagnóstico por Imagem (tomografia computadorizada, ultrassonografia,

hemodinâmica, ressonância magnética e radiologia intervencionista-

hemodinâmica, neurorradiologia e radiologia vascular periférica), Serviços de

Radiologia para tratamento (braquiterapia, teleterapia e irradiação de sangue

com raios gama). Todos considerados serviços vitais na dinâmica de

funcionamento hospitalar, pois possuem um desenvolvimento técnico cientifico

de ultima geração que permite a eficiência no processo de diagnóstico ou

terapêutico. (Pereira, Oliveira, 2010)

Os Serviços de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (SRDI), em especial

na prática da enfermagem, passou e ainda passa por várias transformações

aliadas aos e avanços tecnológicos rápidos. Desde sua descoberta (por

Roentgen, em 1895), a radiação tem sido utilizada em grande escala na área

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da saúde para fins terapêuticos e diagnósticos, em contribuição para o

desenvolvimento tecnológico da área da saúde. (Flôr, Gelbeck, 2009)

Nos serviços de radioterapia voltada para tratamento, na prática da

enfermagem radiológica, estão a braquiterapia e teleterapia, entre outras áreas

de aplicações da radiação ionizante na saúde. (Flôr, Gelbeck, 2009)

Outra área de aplicação da radiação envolvendo a atuação da

enfermagem é a irradiação de sangue com raios gama. Esse método é usado

nos hemocentros, no sangue a ser ministrado em usuários com deficiência

imunológica, e diminui a quantidade de linfócitos T (células de defesa) no

sangue doado, o que reduz em muito o risco de rejeição do órgão ou dos

tecidos transplantados por parte do usuário. (Flôr, Gelbeck, 2009)

4.4.2 – Riscos Ocupacionais na Enfermagem

O efeito das radiações ionizantes no trabalhador depende basicamente da

dose absorvida (alta/baixa), da taxa de exposição (crônica/ aguda) e da forma

da exposição (corpo inteiro/ localizada). (Okuno, 2013)

Na medicina nuclear os usuários/pacientes são considerados fontes

radioativas uma vez que recebem doses de radiofármacos, expondo a radiação

ionizantes a todos os profissionais que ali trabalham. A enfermagem é o

profissional responsável pelo preparo e administração dessas medicações

parenterais ou orais, e requer conhecimentos específicos para a realização

desses procedimentos na sua prática. (Flôr, Gelbeck, 2009)

No caso da radioterapia medicamentosa os usuários/pacientes irradiados

para o tratamento não ficam radioativos. Assim, os trabalhadores de

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enfermagem estão menos exposto na prestação da assistência, desde que

façam uso de medidas de proteção radiológica apropriadas. (Flôr, Gelbeck,

2009)

A enfermagem radiológica é a especialidade da enfermagem relacionada

ao cuidado do usuário submetido a procedimentos diagnósticos e terapêuticos

nos SRDI.

No Brasil, a especialização para essa área é oferecida pela Faculdade de

Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo que em parceria com o Instituto

Fleury criaram o Curso de Especialização em Enfermagem em Centro

Diagnóstico. (Pereira, Oliveira, 2010)

Suas atividades estão relacionadas ao cuidado prestado ao

usuário/paciente submetido a procedimentos diagnósticos e terapêuticos nos

serviços de radioimagem e variam de acordo com o setor e devem basear-se

na prestação de uma assistência segura e de qualidade (Pereira, Oliveira,

2010; Flôr, Gelbeck, 2009)

Cabe ao enfermeiro, responsável técnico de sua equipe, a supervisão e

orientação direta quanto: administração da dose recomendada de

radiofármaco; aos procedimentos a serem realizados (incluindo os controles e

liberação dos usuários internados); agendamento dos exames preliminares;

coleta de sangue para dosagem hormonal; controle e administração da

medicação prescrita, atendimento de imediato às eventuais intercorrências

clínicas e o controle desse a internação/admissão até a alta do

paciente/usuário. (Flôr, Gelbeck, 2009)

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O enfermeiro deve estar preparado técnico e cientificamente, para

reconhecer os agravos e complicações que possam surgir, assim como

programar as intervenções necessárias e eficazes para reduzir as

complicações, pois é um profissional que atua diretamente com os

procedimentos de diagnóstico e administração de contraste. (Pereira, Oliveira,

2010)

Nesses serviços, os trabalhadores que prestam assistência não devem

permanecer por muito tempo nas proximidades devido à possibilidade de

exposição, assim como preconizado na lei. (COREN, 2008; Flôr, Gelbeck,

2009)

No que tange à legislação para a enfermagem o Conselho Federal de

Enfermagem (COFEN), determinou-se por meio da Resolução nº 211/98 as

normas técnicas de radioproteção para os profissionais de enfermagem que

trabalham com radiações ionizantes em radioterapia, medicina nuclear e

serviços de Imagem. Estabelecem-se ainda orientações sobre as medidas de

proteção radiológicas e treinamento dos profissionais para o uso correto dos

equipamentos de proteção individual (EPI) e radioproteção. (COFEN, 1998;

Pereira, Oliveira, 2010)

Em pesquisas realizadas com colaboradores dos serviços de radiologia,

notou-se que as tecnologias radiológicas não foram incluídas como instrumento

de trabalho. Eles citam procedimentos técnicos realizados com o pacientes,

mas ignoram a presença da radiação ionizante no cotidiano. Alegou-se também

desconhecimento da necessidade do uso de alguns equipamentos,

desconhecimento das medidas relativas à distância da fonte de radiação e

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tempo de exposição, que nem sempre foram adotadas, sendo alegado

esquecimento. (Flôr, Gelbeck, 2013; Menezes, Sarturi, 2013)

A radiação ionizante possui uma invisibilidade no processo de trabalho,

desencadeia seu efeito negativo e danoso de forma gradativa e cumulativa ao

longo dos anos do trabalho, culminando com o aparecimento de suas

consequências anos após a exposição e agravado pelo fator idade, ou seja,

seu envelhecimento. (Melo, Gelbcke, 2015)

Esse fato justifica o baixo nível de reconhecimento dos riscos e

conhecimento das consequências da exposição em excesso sem proteção à

radiação. Percebe-se que é mais valorizado o conhecimento técnico, como se

faz e não os motivos, ignorando assim os cuidados necessários. (Melo,

Gelbcke, 2015)

Sabe-se que o conhecimento sobre radioproteção constitui instrumento de

trabalho fundamental para os trabalhadores dessa área. Fato esse respaldado

legalmente pela Resolução n. 290/2004 do COFEN, que estabelece as

questões relativas à obrigatoriedade de qualificação desse profissional para a

atuação nessa área. (COFEN, 2004; Flôr, Gelbcke, 2013)

Negligenciando os riscos a exposição, esses profissionais utilizam

estratégias de defesas para justificar o não uso de algumas medidas de

radioproteção, fato identificado nas observações dessa práxis. Tais estratégias

são evidenciadas pelo relato do desconforto e do peso das vestimentas de

chumbo. (Flôr, Gelbcke, 2013)

Outro risco ocupacional apontado refere-se ao desgaste físico decorrente

do uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), por conta do peso dos

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mesmos (chegam a pesar entre sete a dez quilos) e o tempo durante o qual

esses profissionais utilizam esses equipamentos. (Melo, Gelbcke, 2015)

Uma pesquisa realizada em um hospital público no Rio Grande do Sul

apontou que o profissional passa mais tempo do que o permitido no setor de

radiologia. Alem disso, quase metade respondeu que não faz uso dos EPIs,

não possui orientação de quais EPIs devem ser utilizados e não recebe

treinamento sobre os mesmos. Afirmaram ter conhecimento sobre riscos para

saúde e doenças relacionadas à exposição à radiação ionizante e que é

necessária a realização de educação permanente e treinamentos. (Menezes,

Sarturi, 2013)

Entre os cuidados a serem tomados pelos profissionais de saúde

expostos à fontes de radiação ionizante, segundo a NR32, estão: permanecer

nessas áreas pelo menor tempo possível para completar o procedimento, ter

conhecimento dos riscos radiológicos associados com o trabalho, ser treinado

no inicio e continuamente em proteção radiológica, uso apropriado de EPIs

para minimizar os riscos mencionados acima, ficar sob monitoração individual

das doses de radiação ionizante, nos casos em que a exposição é ocupacional.

(COREN, 2008)

As agressões à saúde causadas pela radiação ionizante podem ser

decorrentes de uma exposição aguda (altas taxas doses com exposição do

exposição breve e intensa) ou crônica (altas doses e exposições longas e

excessivas-acumulativas).

Entre as principais consequências da exposição estão o aparecimento

das manifestações clínicas iniciais como: eritema de pele, náusea, vômito,

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diarreia e mal estar geral. Essas podem comprometer e agravar o estado geral

do trabalhador, o que pode levar ao aparecimento de diversas lesões que

envolvem os sistemas: hematopoiético (anemias, leucemias, leucopenias,

trompobenia, entre outras), tegumentar (queimaduras, descamação,

espessamento, telangiectasia, ulceração, fibrose, e alopecia), gastrointestinal

(anorexia, desnutrição e sangramentos), reprodutor (esterilidade), esquelético,

e órgão e sentidos (catarata). (Okuno, 2013; Flôr, Gelbcke,2013; Menezes,

Sarturi, 2013; Flôr, Gelbcke, 2009)

Os profissionais expostos a radiação ionizante devem ser monitorados

periodicamente, a cada seis meses, pelo exame de hemograma completo, com

avaliação de leucócitos, eritrócitos e contagem plaquetária. (Menezes, Sarturi,

2013)

A primeira preocupação com proteção do trabalhador a exposições à

radiação ionizante ocorreu na conferencia da Organização Internacional do

Trabalho (OIT), em Genebra/agosto/2002. O resultado dessa conferência

mostrou a necessidade de otimização das práticas radiológicas, sendo aspecto

fundamental a programação do controle radiológico dos trabalhadores, que

deve ser consolidado por meio de redes de informações, tal como atualmente

ocorre com o Programa Internacional de Informações sobre Doses

Ocupacionais – ISOE, para as centrais nucleares. Recomendou-se concentrar

os esforços nos casos de doses individuais acima de 1 mSv (milisievert) mês.

(Flôr, Gelbcke, 2009)

Outro tema debatido foi a necessidade de se manter a educação

permanente para assegurar boas práticas de segurança radiológica,

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recomendando que as instituições que empregam radiação ionizante facilitem o

acesso dos trabalhadores a cursos de treinamento nessa área do

conhecimento. (Flôr, Gelbcke, 2009)

A proteção radiológica se baseia nos princípios: da justificativa (justificar

porque o benefício supera qualquer malefício à saúde); da otimização da

proteção (diminuir o número de pessoas e a probabilidade de exposições); da

limitação de dose (obedecer aos limites individuais estabelecidos pela

legislação). (Okuno 2013)

Nesse sentido, a proteção radiológica constitui importante ferramenta na

promoção da saúde dos trabalhadores que exercem suas atividades com

radiação ionizante e, nesse caso, a educação permanente pode contribuir para

a melhoria desse processo de trabalho. Conhecendo o mecanismo de

produção, assim como da interação da radiação, os trabalhadores de saúde

podem fazer uso das radiações ionizantes em seu processo de trabalho de

forma melhor. (Flôr, Gelbcke, 2009)

Promover a manutenção da educação permanente para os colaboradores

que expõem-se a radiação ionizante é muito importante, pois demonstra que a

proteção não ocorre apenas pelo uso e promoção de equipamentos, mas

também pelo controle e validação dos procedimentos para proteção, tanto da

equipe de saúde e quanto para o paciente. (Menezes, Sarturi, 2013)

A educação permanente e a conduta consciente são condutas apontadas

como caminho para prevenção dos danos causados pelos equipamentos

emissores de radiação ionizante. (Flôr, Gelbcke, 2009)

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A exposição desprotegida e excessiva de radiação é absorvida pelo

organismo do trabalhador causando danos celulares que podem afetar o

material genético (DNA), desencadear o aparecimento de doenças graves

como as neoplasias malignas e evoluir ao óbito. Os danos celulares podem

ainda se manifestar nos descendentes desses trabalhadores expostos.

Embora tenham sido encontradas poucas pesquisas que abordassem

sobre os ricos ocupacionais da enfermagem em radioterapia, pode-se afirmar

que os trabalhadores de enfermagem conhecem as consequências dessa

exposição, mas eles não avaliam a radiação como um risco, por seus efeitos

aparecerem em longo prazo.

As normas de proteção radiológica não são rigorosamente cumpridas

apontando um descumprimento da legislação vigente quanto ao uso de

medidas de radioproteção.

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POMPEO, D. A.; ROSSI, L. A.; GALÃO, C. M. Revisão integrativa: etapa inicial do processo de validação de diagnóstico de enfermagem. Acta Paulista de Enfermagem (Impresso), São Paulo, v. 22, n. 4, p. 434-438, 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ape/v22n4/a14v22n4.pdf>. Acesso em: 19 out. 2016.

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APÊNDICE

INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS (adaptado do instrumento de Gomes, 2010)

*segundo Quadro I pág. 438 (Pompeo, Rossi, Galvão, 2009).

1. IDENTIFICAÇÃO DOS ESTUDOS

1.1 Título do artigo:

1.2 Ano de publicação:

1.3 Instituição sede do estudo:

1.4 Base de dados:

1.5. Nome do autor(es):

1.5.1 Formação acadêmica do autor(es):

2. CARACTERIZAÇÃO DOS ESTUDOS

2.1 Tipo de Estudo: Quanto a natureza ( ) Observacional ( ) Experimental

Quanto a forma de abordagem ( ) Abordagem quantitativa ( ) Abordagem qualitativa

Quanto os objetivos ( ) Pesquisa exploratória ( ) Pesquisa explicativa

Quanto aos procedimentos técnicos ( ) Pesquisa bibliográfica ( ) Pesquisa documental ( ) Pesquisa de laboratório ( ) Pesquisa de campo

Quanto aos desenvolvimentos no tempo ( ) Pesquisa transversal ( ) Pesquisa longitudinal ( ) Pesquisa prospectiva ( ) Pesquisa retrospectiva

2.2 Amostra: Tamanho__________ Tipo____________

2.3 Metodologia Técnica de coleta de dados ( ) questionário ( ) entrevista ( ) observação direta ( ) análise documental ( ) grupo focal ( ) Outros:

Instrumento de coleta de dados foi descrito? ( ) sim ( ) não ( ) não mencionado

3. CLASSIFICAÇÂO DOS ESTUDOS

3.1 Nível de Evidencia*: Evidências oriundas/ derivadas/provenientes/ originárias/obtidas

( ) I - revisão sistemática ou metanálise ( ) II - ensaios clínicos randomizado ( ) III - ensaios clínicos não randomizado ( ) IV - estudos de coorte e de caso-controle bem

delineados ( ) V - revisão sistemática de estudos descritivos e

qualitativos

( ) VI - um único estudo descritivo qualitativo ( ) VII - opinião de autoridades/relatório de comitê de

especialistas 4. PRINCIPAIS RESULTADOS

4.1 Descrever: