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UC: Turismo e Desenvolvimento Sustentável | Marketing Turístico EaD | 2012-2013 | Teresa Santos., # 4100330
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Instituto Politécnico de Leiria Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar
Marketing Turístico - 3º ano 2012/2013
Turismo e Desenvolvimento Sustentável
Trabalho Prático para Exame - Época Normal
UC: Turismo e Desenvolvimento Sustentável 5º semestre Discente: Teresa Santos, # 4100330 Docente: Professora Patrícia Reis
22 de Janeiro de 2013
UC: Turismo e Desenvolvimento Sustentável | Marketing Turístico EaD | 2012-2013 | Teresa Santos., # 4100330
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Índice
1. Introdução .................................................................................................................... 1
2. Fundamentação Teórica .............................................................................................. 2
2.1. Os Impactes do Turismo ...................................................................................... 2
2.2. Tipos de Impacte Turístico ................................................................................... 3
2.2.1. Impacte Turístico Económico ............................................................................... 3
2.2.2. Impacte Turístico Sociocultural ............................................................................ 4
2.2.3. Impacte Turístico Ambiental ................................................................................ 6
2.3. O Turismo Sustentável ......................................................................................... 7
3. Estudos de Caso - As Unidades Hoteleiras selecionadas .......................................... 9
3.1. Unidade Hoteleia 1 – H2Otel, Congress and Medical Spa ................................. 9
3.2. Unidade Hoteleira 2 – Hotel Soleil Peniche ......................................................... 9
3.3. Unidade Hoteleira 3 – Hotel NH Liberdade ......................................................... 9
3.4. Unidade Hoteleira 4 – Convento do Espinheiro, Hotel & Spa ........................... 10
4. Medidas para a sustentabilidade nas Unidades Hoteleiras selecionadas................ 11
4.1. Avaliação de Sustentabilidade – H2Otel ........................................................... 11
4.1.1. Proposta de outras ações a implementar .......................................................... 13
4.2. Avaliação de Sustentabilidade – Hotel Soleil Peniche ...................................... 13
4.2.1. Proposta de outras ações a implementar .......................................................... 15
4.3. Avaliação de Sustentabilidade – Hotel Soleil NH Lisboa .................................. 15
4.3.1. Proposta de outras ações a implementar .......................................................... 16
4.4. Avaliação de Sustentabilidade – Convento do Espinheiro ................................ 18
4.4.1. Proposta de outras ações a implementar .......................................................... 20
5. Conclusões ................................................................................................................. 21
6. Bibliografia .................................................................................................................. 22
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1. Introdução
O presente trabalho foi realizado no âmbito da Unidade Curricular (UC) de Turismo e
Desenvolvimento Sustentável do Curso de Marketing Turístico EaD, 3º Ano, 5º Semestre,
Ano Letivo 2012/2013, do Instituto Politécnico de Leiria – Escola Superior de Turismo e
Tecnologia do Mar, em Peniche, pela discente nº 4100330 - Teresa Santos.
A sua realização teve como objetivo sumarizar os conhecimentos adquiridos ao longo do
semestre, através da sua aplicação a casos práticos, mediante a avaliação das políticas de
sustentabilidade em curso para quatro unidades hoteleiras à escolha da discente, assim
como a posterior elaboração de propostas de medidas a implementar em cada uma delas.
Para tal, foi desenvolvido um trabalho estruturado de acordo com as seguintes etapas:
Fundamentação Teórica, resultante da leitura dos recursos disponibilizados pela
docente, e de pesquisa bibliográfica adicional, oportunamente referida;
Apresentação das Unidades Hoteleiras selecionadas, justificação para a escolha das
mesmas e sua caracterização;
Pesquisa sobre os Impactes causados e sobre as Politicas de Sustentabilidade
atualmente seguidas por essas unidades hoteleiras, desenvolvida com base em
consultas aos respetivos websites e em abordagem direta, via email, a duas das
unidades hoteleiras selecionadas;
Apresentação de propostas de ações complementares, que permitam minimizar os
impactes detetados, assim como contribuir para o desenvolvimento sustentável da
comunidade em que estão inseridas;
Em suma, este trabalho abarca, na sua generalidade, a totalidade dos conceitos estudados
no decurso da UC, particularizando a temática com a análise de quatro casos específicos de
Hotelaria em Portugal, que foram selecionados por representarem realidades diferentes
entre si, o que permitiu aferir a especial pertinência das práticas de turismo sustentável na
minimização dos impactes causados pela atividade turística, ao nível sociocultural,
económico e ambiental.
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2. Fundamentação Teórica
Por forma a fornecer um enquadramento teórico adequado, abordam-se neste capítulo os
conceitos fundamentais de desenvolvimento sustentável em turismo, começando por
recordar a relevância do turismo enquanto pilar da economia mundial, assim como o
conceito de sustentabilidade.
Segundo as previsões feitas pelo autor George Cazes em 1998, e referidas pelo advogado
Carlos Torres para a Publituris, a totalidade das populações mundiais estaria exposta ao
fenómeno turístico no final do século XX. Ainda que seja altamente improvável que
possamos referir-nos à “totalidade”, o facto é que o turismo é hoje em dia “a maior atividade
mundial de serviços, aproximando-se da indústria petrolífera e automóvel” (TORRES, 2009).
Este argumento é, aliás corroborado pelos mais recentes estudos do Barómetro do Turismo
Mundial, publicado em Novembro de 2012 pela Organização Mundial do Turismo (OMT),
que indicam que apesar do clima de incerteza económica mundial, a demanda turística se
mantém. Globalmente, os resultados do turismo internacional não foram afetados pela
volatilidade da economia, e as previsões continuam a ser de franco crescimento para a
década 2010-2020. (OMT - Organização Mundial do Turismo, 2012)
E é neste contexto de crescimento exponencial do turismo enquanto atividade económica
que a temática da sustentabilidade e dos impactes exercidos pelo turismo começa a assumir
um papel preponderante.
2.1. Os Impactes do Turismo
Toda a atividade turística acontece num determinado ambiente que, quer seja natural ou
não, sofre um processo de descaracterização pela ação humana. Como afirma o autor Chris
Cooper: “assim que a atividade turística ocorre, o ambiente é inevitavelmente modificado,
seja para facilitar o turismo, seja através do processo de produção do turismo”. (COOPER,
FLETCHER, FYALL, GILBERT, & WANHILL, 2007, p. 210)
Por impactes do turismo entende-se então o conjunto de intervenções e modificações
decorrentes do desenvolvimento turístico nos núcleos recetores ou, como define
Ruschmann (RUSCHMANN, 1997): “São a consequência de um processo complexo de
interação entre os turistas, as comunidades e os meios recetores”. São, portanto, todos os
efeitos causados pela atividade turística no “destino” onde essa atividade se realiza, e que
podem revelar-se tanto positivos como negativos, de ordem económica, sociocultural, ou
ambiental.
Os impactes turísticos no meio envolvente são inevitáveis, pelo que, deste modo, podemos
dizer que o meio ambiente e o turismo têm uma relação de interdependência inevitável. Os
impactes do turismo resultam de um processo e não constituem eventos pontuais
(RUSCHMANN, 1994, p. 2).
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2.2. Tipos de Impacte Turístico
Como referido, o impacte do turismo revela-se nas dimensões económica, sociocultural e
ambiental.
2.2.1. Impacte Turístico Económico
Segundo as estimativas do World Travel and
Tourism Council (WTTC), os contributos
diretos e indiretos do sector representaram,
por exemplo em 2010, mais de 9% do PIB
mundial e mais de 8% do emprego.
Efetivamente, o turismo tem contribuído para a
redução dos desequilíbrios da balança de
pagamentos, para o aumento das receitas
(nomeadamente as fiscais) e para a criação de
emprego. Adicionalmente, e igualmente
importante, é o facto de a despesa efetuada
pelos turistas ser uma alternativa às
exportações tradicionais, na medida em que
se pode considerar o turismo internacional
como uma atividade de exportação de bens e
serviços turísticos.
É indiscutível que sejam considerados os
benefícios económicos do Turismo, pelo seu contributo para o desenvolvimento. No entanto,
é importante reconhecer que o desenvolvimento turístico acarreta uma série de custos para
o destino. Faz-se necessária uma análise das vantagens (benefícios) e desvantagens
(custos) da economia do turismo:
Benefícios Económicos do Turismo
a) Contribuição do Turismo ao Produto Interno Bruto (PIB) - através das receitas
geradas pela atividade turística.
b) Equilíbrio da balança de pagamentos - expresso em termos de entradas e gastos
realizados pelos nacionais no exterior. Existem contribuições diretas, indiretas e
induzidas, mas para efeitos de cálculo são mais relevantes as contribuições
primárias pela sua afetação direta: hotéis, restaurantes, companhias aéreas, entre
outros.
c) Criação de empregos – por depender em grande parte do fator humano, a
indústria turística é naturalmente geradora de emprego.
d) Efeito multiplicador - devido às suas múltiplas ligações com outros sectores da
economia. A indústria turística é composta por um grupo heterogéneo de
empresas, dependendo umas das outras para se suprirem. O crescimento da
atividade turística estimula o crescimento da procura de bens locais e dos níveis
económicos do destino em geral.
Figura 1 - Contribuição do sector do Turismo para o PIB Global (fonte: WTCC)
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e) Criação de infraestruturas - o turismo necessita da instalação de infraestruturas
que beneficiam tanto os demais sectores da economia como a comunidade
envolvente, que, devido ao seu custo, costuma ser realizado por investimentos
estrangeiros.
f) Aumento e distribuição da riqueza – considera-se que o turismo representa uma
oportunidade de melhoria económica no nível de vida da população, assim como
um excelente instrumento para potenciar as possíveis mudanças positivas que
possam ocorrer localmente.
Custos Económicos do Turismo
O desenvolvimento da atividade turística acarreta também alguns custos que devem
ser considerados, ao mesmo tempo que os benefícios, de forma a serem
corretamente avaliados os impactes económicos do turismo sobre um destino.
a) Custos derivados das flutuações da procura turística – causada pela
interdependência entre o turismo e outros sectores da economia, para além de ser
temporária e sensível às variações de preços, às mudanças políticas e à moda.
b) Possível inflação derivada da atividade turística – originada pelos prestadores de
serviços locais, com o intuito de obtenção de lucros, e pelos conflitos pela
utilização do solo.
c) Perda de potenciais benefícios económicos - verificado onde o número elevado de
instalações turísticas pertence a investidores estrangeiros e, portanto, os lucros
obtidos não são investidos no país recetor.
d) Distorção da economia local – por promover o desenvolvimento da economia
local, o turismo pode prejudicar o desenvolvimento de outra região do mesmo país
que não se encontre nas mesmas circunstâncias para competir.
2.2.2. Impacte Turístico Sociocultural
Por outro lado, enquanto atividade que envolve o contacto próximo e interação entre
pessoas provenientes de culturas, níveis económicos e extratos sociais diferentes, o turismo
impacta também, de forma direta, a vertente sociocultural das comunidades. Assim, o
impacte sociocultural do turismo pode ser entendido como o impacte sobre as pessoas –
tanto as residentes nos locais que acolhem os turistas, como o impacte gerado nos próprios
turistas ao contactarem com uma sociedade diferente da sua origem.
Na opinião de alguns autores como Agustín Santana, estes impactes podem ser analisados
em duas vertentes: na perspetiva do impacte social propriamente dito, i.e. das mudanças
registadas na qualidade de vida e na adaptação à atividade turística das pessoas que
compõem a comunidade de destino, assim como nas suas relações sociais; e na perspetiva
cultural, na medida em que a longo prazo se verificarão inevitavelmente alterações, que
emergem gradualmente, desde as alterações verificadas ao nível da cultura material, e que
impactarão o Padrão Cultural de toda a comunidade – dando-se o fenómeno da aculturação.
(SANTANA, 1997, pp. 90-104).
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Habitualmente, estes impactes são analisados tendo em conta os seus aspetos negativos,
frequentemente associados à perda de identidade, à banalização e à marginalização da
comunidade recetora de turistas.
Segundo o já referido autor (SANTANA, 1997), existem dez áreas do foro sociocultural que
são diretamente impactadas pela atividade turística. São elas:
A comunidade, de uma forma genérica/ampla,
As relações interpessoais,
A organização social (constituição das famílias, relações das gerações, entre
outros),
O ritmo de vida social,
Os movimentos migratórios,
A divisão do trabalho,
O tipo de ocupação preferencial da comunidades,
A estratificação social,
A distribuição do poder,
A mudança de costumes e hábitos,
A análise dos impactes registados nessas áreas pode ser feita pela perspetiva positiva, ou
seja, pelas influências positivas que se registam na comunidade, nomeadamente:
Nas crescentes tendências de preocupação com a preservação do património
cultural do destino turístico;
Na também crescente tendência para a recuperação e revitalização de costumes
e tradições, assim como no reavivar de artes e festividades locais;
No aumento do orgulho e interesse dos residentes pela cultura local e no reforço
da identidade cultural;
No enriquecimento através do intercâmbio de culturas;
No aumento das oportunidades económico-sociais;
Na melhoria generalizada das condições de vida – decorrentes dos investimentos
ao nível das condições sanitárias, da educação, da melhoria de infraestruturas,
entre outros.
A avaliação/medição do Impacte Sociocultural do turismo
Xerardo Pérez (PÉREZ, 2009), na sua obra “Turismo Cultural, uma visão antropológica”,
refere o Sistema de Doxey como sendo uma das mais importantes formas de medição do
Impacte Sociocultural da atividade turística: utiliza o conceito de capacidade de carga social,
que se refere à capacidade máxima de receção de turistas parametrizada no espaço e no
tempo. Esta medição é efetuada mediante uma escala – o “Indice de Irritação de Doxey”.
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Figura 2 - Índice de Irritação de Doxey
(fonte: PÉREZ, 2009 - Turismo Cultural, uma visão antropológica)
2.2.3. Impacte Turístico Ambiental
No início dos anos 50 e 60, com o aumento da produção, aumenta também a poluição que
dá origem a uma degradação do ar que respiramos, bem como uma degradação do meio
ambiente em geral. Nesta fase não existia responsabilidade ambiental corporativa. Nos anos
70 e 80, começa então a fazer-se sentir uma atitude mais reativa, com foco no
controlo/planeamento, assim como no maior cumprimento das normas. Começa a sentir-se
uma maior responsabilidade ambiental corporativa isolada.
O grande desenvolvimento que se fez sentir nos anos 50 e o aproveitamento do homem em
relação à natureza, fizeram com que o processo de degradação ambiental aumentasse. E,
com o grande aumento da indústria turística, surgiu também a necessidade de aumentar e
instalar infraestruturas, como meios de hospedagem, restaurantes ou outras - o que foi feito
de forma inadequada, sem se avaliarem previamente os seus efeitos sobre o ambiente local.
Inevitavelmente, o impacte de grande parte destes projetos turísticos foi negativo, causando
degradação ao meio ambiente.
Para enfrentar os desafios em relação aos problemas ambientais surge o conceito de
turismo sustentável, no sentido de preservar e melhorar o meio ambiente, bem como o
património histórico e cultural e promover o bem-estar e equidade social.
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2.3. O Turismo Sustentável
Em suma, não obstante a importância do turismo para o desenvolvimento de economias e
países, ao aumento do turismo estão associados inúmeros impactes negativos,
nomeadamente a referida deterioração dos ecossistemas e dos recursos naturais, a erosão,
a perda da identidade cultural, o incómodo das populações locais causado pela excessiva
presença de turistas, a dependência do exterior, a inflação, o aumento da criminalidade ou
as falhas no mercado laboral.
Para a Organização Mundial do Turismo (OMT), o turismo só é sustentável se for feita a
gestão dos recursos ambientais e culturais de forma íntegra, e se forem satisfeitas as
necessidades económicas, sociais e estéticas. Trata-se de um modelo de desenvolvimento
(e não de um tipo de turismo), que promove a rentabilidade económica, a preservação dos
ecossistemas, a equidade social, o ordenamento do território e a fixação de populações.
Historicamente, o conceito de turismo sustentável deu os primeiros passos em 1972, no
âmbito da Cimeira de Estocolmo, com o objetivo arranjar soluções concretas para minimizar
os problemas ambientais. A cimeira teve a participação de um grande número de países e
Organizações Não Governamentais (ONGs), e foi o acontecimento pioneiro neste tema.
Seguiram-se-lhe outras iniciativas, como a criação de uma Comissão Mundial para o
Ambiente e Desenvolvimento, da qual, em 1987, saiu o Relatório Brundtland. E é
precisamente neste documento que surge a primeira conceptualização de “Desenvolvimento
Sustentável” - o desenvolvimento capaz de responder às necessidades do presente sem
comprometer a satisfação das necessidades das gerações futuras. Este conceito tem por
base o princípio de que o ser humano deve gastar os recursos naturais de acordo com a sua
capacidade de renovação, de forma a acautelar o seu esgotamento e responsabilizando
cada indivíduo enquanto consumidor. (COOPER, FLETCHER, FYALL, GILBERT, &
WANHILL, 2007)
A propósito da Cimeira Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável (Joanesburgo, 2002),
foi elaborado o Plano de Implementação do Turismo Sustentável, que fornece guias e
apoios aos sectores públicos e privados dos estados membros das Nações Unidas, a que se
seguiu a criação dos Critérios Globais para o Turismo Sustentável. Estes destacam-se pela
demonstração de uma eficiente gestão sustentável, maximização dos benefícios
socioeconómicos para a comunidade local e minimização dos seus impactes negativos,
maximização dos benefícios inerentes ao património cultural e minimização dos seus
impactes negativos, maximização dos benefícios trazidos pela qualidade ambiental e
minimização dos seus impactes negativos (GSTC, 2008).
As profundas mudanças socioculturais e ambientais, que têm provocado alterações na
perceção do turista, exigem que a oferta turística se adapte constantemente, de modo a
ajustar-se às recentes motivações e necessidades dos consumidores. A implementação,
com cada vez maior rigor dos critérios estabelecidos pela GSTC/UNWTO, demonstra do
lado da oferta uma atitude proactiva, em oposição à tradicional atitude reativa, defensiva e
acomodada. Cabe, portanto, a cada um dos atores do desenvolvimento da atividade turística
– dos órgãos governamentais, ao próprio turista – a implementação de boas práticas.
De conjunto de iniciativas atrás enumeradas, e com relação direta com a atividade turística,
resulta um conjunto de instrumentos de gestão, que permitem uma gestão eficaz e
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sustentável dos recursos naturais/ambientais, contribuindo decisivamente para a
preservação do ambiente.
Destaquemos então o âmbito desses instrumentos, que podem ter um carácter obrigatório
ou voluntário (OLIVEIRA, 2010-2011):
Instrumentos de carácter obrigatório:
Para governos/destinos: Regulamentação Específica, no que respeita às políticas
de ordenamento de território e avaliação de impacte ambiental dos destinos
turísticos;
Para as empresas turísticas: Regulamentação Específica, no que respeita à
avaliação do impacte ambiental da sua atividade;
Para os turistas: Regulamentação específica referente ao cumprimento de normas
de conduta em área específicas protegidas. Implementação do pagamento de
taxas para preservação de recursos.
Instrumentos de carácter voluntário:
Para governos/destinos e organizações:
Códigos de conduta
Declarações ou cartas internacionais
Guias de boas práticas
Prémios – como os prémios “Green Key”, que reconhecem a qualidade
ambiental em unidades hoteleiras, a nível internacional
Rótulos ecológicos – criados para promover e informar sobre produtos com
impacte ambiental reduzido utilizados. Atualmente 3000 empresas de turismo
envolvidas na aplicação de 50 sistemas de rótulos ecológicos (Fonte:
Ecostrans)
Certificações SGAs (Sistemas de Gestão Ambiental)
Relatórios Ambientais e de Sustentabilidade – Indicadores
Agenda 21 / Agenda 21 Local – “é um documento assinado por quase duas
centenas de governos, entre os quais Portugal, e que procura unir a proteção
do ambiente com o desenvolvimento económico e com a coesão social.”
(Agenda 21 Local - Portugal).
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3. Estudos de Caso - As Unidades Hoteleiras selecionadas
As unidades hoteleiras usadas como casos de estudo neste trabalho foram selecionadas em
função de alguns critérios objetivos, como o conhecimento pessoal da discente, que
procurou assegurar a seleção de tipologias de hotel distintas e localizadas em diferentes
regiões nacionais. Assim, foram escolhidos:
3.1. Unidade Hoteleira 1 - H2otel, Congress and Medical Spa
A seleção desta unidade hoteleira está relacionada com as raízes familiares da discente, em
Unhais da Serra (concelho do Fundão) e, por conseguinte, com o seu conhecimento
pessoal.
Trata-se de uma unidade hoteleira de 4 estrelas, inaugurada em 2009, à qual está
associado um complexo termal, que configura o “core-business” do hotel no âmbito do
Turismo de Saúde e Bem-estar, embora possa igualmente endereçar mercados com outras
motivações (como natureza, aventura, rota das aldeias históricas, etc.)
Situado em pleno coração do Parque Natural da Serra da Estrela, o H2otel foi construído de
raiz, e procurou ser “arquitetonicamente integrado na paisagem, permitindo assim uma
íntima ligação à natureza”, segundo refere o autor do projeto arquitetónico. O hotel dispõe
de 90 quartos, sendo 17 deles em suite. Possui ainda um Restaurante que “oferece as
riquezas e sabores da gastronomia de alta montanha, com ementas vegetarianas e ligth”.
Possui facilidades para a realização de congressos e ventos, lounge e lounge bar com
esplanada, loja gourmet, sala de jogos, media center, ginásio e um amplo parque de
estacionamento. (Natura IMB Hotels, 2009)
3.2. Unidade Hoteleira 2 – Hotel Soleil Peniche
A escolha desta unidade hoteleira prende-se com o facto de se localizar na mesma
localidade da ESTM, e de a discente ter ficado alojada neste hotel recentemente, sem que
ficasse com boa impressão do mesmo. Foi, portanto, considerado um interessante desafio.
Trata-se de uma unidade hoteleira de 3 estrelas, situada em primeira linha de praia, que
dispõe de cerca de 100 quartos, sendo 2 deles em suíte, e 4 com capacidade para receber
hóspedes com mobilidade condicionada. Possui ainda um restaurante, um bar, piscina
exterior e interior aquecida, e capacidades para a realização de reuniões e eventos até um
máximo de 170 pessoas em plateia. (Hotel Soleil Peniche, 2012)
3.3. Unidade Hoteleira 3 – Hotel NH Liberdade
Esta foi a terceira unidade hoteleira selecionada para este trabalho, não só por ser do
conhecimento pessoal da discente, mas também por se diferenciar dos restantes hotéis
selecionados por ser um Hotel de Cidade, e por se incluir numa cadeia internacional, o que
confere diferentes contornos quando à abordagem à sustentabilidade.
Situado no centro da cidade de Lisboa, no centro histórico a principal artéria comercial da
capital, a Avenida da Liberdade, o NH Liberdade “está próximo de várias atrações, incluindo
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entretenimento, lojas e restaurantes. Tudo o que o hóspede precisa está por perto,
satisfazendo as necessidades e os desejos mais exigentes. Os principais monumentos e
pontos turísticos estão a apenas 15 minutos a pé do hotel, que também é bem servido por
táxis e transportes públicos”.
Possui 83 quartos elegantes e modernos, restaurante, bar, e um terraço panorâmico com
piscina e uma deslumbrante vista sobre o centro histórico e o rio (NH Hotels, 2012).
3.4. Unidade Hoteleira 4 – Convento do Espinheiro, Hotel & Spa
Por último, foi selecionado o Convento do Espinheiro, Hotel & Spa, também por ser do
conhecimento pessoal da discente, mas sobretudo porque nos remete para um projeto de
integração do património arquitetónico e cultural/religioso com a hotelaria, mediante a
reconversão de um antigo convento do século XV numa unidade hoteleira de luxo, sob
gestão da cadeia internacional Starwood Hotels – Luxury Collection.
O Convento do Espinheiro dispõe de 86 quartos, 6 dos quais em suite, espalhados por duas
alas - uma das quais arquitetonicamente mais moderna, mas que procura estar integrada no
restante conjunto arquitetónico. Possui ainda um Restaurante, dois Bares, um Wine Bar, um
Spa e um Health Club, piscinas exterior e interior, facilidades para a prática desportiva,
realização de reuniões e eventos, business center, heliporto, e 8 hectares de jardins
deslumbrantes. (Starwood Hotels, 2012)
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4. Medidas para a sustentabilidade nas Unidades Hoteleiras
selecionadas
Para elaboração das avaliações a seguir apresentadas, foram consultados os websites de
cada uma das unidades hoteleiras selecionadas, sendo que o H2Otel e o Hotel Soleil
Peniche foram contactados por email sem que tenha sido obtida resposta em tempo útil. A
observação direta foi, também, outra forma de recolha da informação base desta análise.
As medidas propostas para cada uma das unidades são meramente indicativas e, dado o
cariz académico deste trabalho, pelo que a viabilidade da sua implementação careceria de
um estudo mais aprofundado.
4.1. Avaliação de Sustentabilidade – H2Otel
A) Impactes Económicos
Unhais da Serra dispõe desde sempre de um valioso espólio termal, que levou a que Unhais
da Serra tivesse “vivido a sua grande época turística termal nos finais do séc. XIX e
princípios do séc. XX”. Nessa altura, o próprio Conde da Covilhã converteu a sua residência
num grandioso hotel com casino, e cujo público-alvo era a classe abastada de industriais
têxteis da região (Junta de Freguesia de Unhais da Serra, 2012).
Hoje em dia, são novamente as atividades como o termalismo, o turismo de montanha ou a
pesca desportiva (pesca da truta) que chamam os visitantes para a Vila de Unhais e
garantem o sustento da sua população. E é um facto inegável que o H2otel contribui
decisivamente para o desenvolvimento sustentável da região. Jorge Patrão, presidente da
entidade de Turismo da Serra da Estrela (TSE) em entrevista ao jornal “Porta da Estrela”,
destaca o investimento feito pelo hotel, que recebe mais de 50 mil dormidas por ano e para
quem “esse movimento está a contribuir para a sustentabilidade da zona” - para além da
requalificação do complexo termal, houve criação de infraestruturas na vila e a dinamização
de atividades na natureza. (Jornal Porta da Estrela, 2010)
O hotel foi inaugurado em 2009, e em seu torno assistiu-se ao “renascer” desta vila Beirã,
reconhecido pelos residentes. Destacam-se como principais impactos económicos:
O repensar das estratégias da vila por parte do poder local – com o investimento da
autarquia na modernização da praia fluvial, ou com a aposta na modernização das
vias de acesso – com acesso a programas específicos de requalificação e incentivo.
O crescimento do mercado de trabalho, com a criação de inúmeros postos de
trabalho afetos ao hotel e estância termal, e indiretamente, no comércio local e
serviços
Abertura de negócios “satélites” no comércio local, como lojas de artesanato,
estabelecimentos de restauração, serviços, etc. que contribuem para o
desenvolvimento económico local;
O aumento generalizado dos preços na vila (em especial na restauração), assim
como os preços praticados pelo acesso às Termas, desde sempre consideradas um
“património do povo”.
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B) Impactes Socioculturais
O H2Otel aposta na preservação do património e da identidade cultural de Unhais da Serra.
Envolvendo-se ativamente com a comunidade local, esta unidade hoteleira procura
potenciar a transmissão dos valores culturais de Unhais da Serra aos seus hóspedes
através da criação dos programas “Feel the Spirit” – Unhais da Serra. Estes programas
divulgam a cultura Unhaense, as festas e romarias da região, e promovem o conhecimento
sobre o património cultural e edificado: a história da Penteadora e dos lanifícios, os antigos
engenhos movidos a água; a barragem Padre Alfredo no Covão de Ferro, as Capelas e
Igrejas, a Casa Museu e o Rancho Folclórico, o Miradouro do Cruzeiro, etc.
Por outro lado, o Hotel garante o acesso ao Complexo Termal a todos os residentes, em
condições preferenciais, permitindo-lhes continuar a usufruir daquele que sempre foi
considerado, como já referido, um património do povo – as Termas a que outrora chamavam
“O Banho”. No entanto, este é o mais “polémico” ponto de impacte, uma vez que a
população apresenta alguma resistência à mudança:
As alterações estruturais introduzidas nas termas não foram recebidas com abertura
pela população, que critica fortemente todo o “luxo” que lhe está associado.
A população sente que os custos decorrentes da utilização do complexo termal (que
antigamente tinha preços irrisórios e alguns serviços gratuitos) são incomportáveis
para os níveis de rendimento dos locais.
Por último, o H2Otel procura promover a satisfação dos seus colaboradores, proporcionando
oportunidades de desenvolvimento de carreira, um plano de desenvolvimento pessoal e
formação profissional contínua, e uma gestão de recursos humanos fundamentalmente
colaborativa e baseada em valores.
C) Impactes Ambientais
Como refere o arquiteto autor do projeto, o “H2otel é um hotel de montanha construído de
raiz, arquitetonicamente integrado na paisagem, permitindo assim uma íntima ligação a
natureza”. No entanto além da dimensão paisagística, são ainda contempladas outras
práticas no domínio da sustentabilidade:
A racionalização do consumo de água,
A gestão racional do consumo de energia elétrica e de gás
A preocupação com a aquisição de produtos cujas embalagens são recicláveis
A gestão interna de resíduos
A redução do número de produtos utilizados que contêm substâncias perigosa
Neste âmbito, o hotel detém a certificação Eco-Hotel da TÜV-Rheinland, assim como
certificações ISO 9001 e 14001.
As suas práticas “amigas do ambiente” foram já reconhecidas pela atribuição do Prémio
Energia Elétrica e Ambiente 2010, promovido pela EDP, e foi igualmente reconhecido como
Bike Friendly Hotel pela Specialized.
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4.1.1. Proposta de outras ações a implementar
No sentido de melhorar o desempenho e minimizar os impactes negativos detetados,
sugerem-se as seguintes medidas adicionais:
A) No plano sociocultural:
Promover ações específicas que permitam à população local usufruir do Complexo
Termal gratuitamente, através da criação de um “Open Day” em que a população,
mediante marcação prévia” possa beneficiar de tratamentos termais como ocorria
outrora.
Fomentar o sentimento de pertença e orgulho da comunidade local, proporcionando
aos residentes condições preferenciais no acesso aos serviços do hotel – como
descontos no restaurante ou no bar, ou descontos significativos em alojamento para
os familiares da população local que residam fora do Distrito.
Potenciar a formação profissional e a empregabilidade entre os residentes, através
da realização de eventos formativos na área hoteleira, e da criação de estágios
curriculares para os residentes
B) No Plano Ambiental
Além de promover a sensibilização dos hóspedes para a utilização responsável de recursos
básicos como a água e a energia (instalado dispositivos específicos em torneiras mantendo
as práticas atualmente em curso), sugere-se:
Tratamento de Desperdícios Alimentares – Compostagem para aproveitamento de
resíduos alimentares da cozinha e bares, para posterior utilização na conservação
dos jardins.
Energias Alternativas – Instalação de Painéis Solares para produção parte da
energia elétrica a utilizar
Preservação do Ambiente – Sensibilização dos turistas para que se desloquem a pé
dentro da vila e para os locais limítrofes, fazendo caminhadas na natureza e
disfrutando da paisagem, minimizando assim o seu impacte no ambiente.
Adicionalmente, criação de circuitos Pedestres na Vila e Programas de Visitas em
Grupo às principais atrações, de forma a reduzir o número de deslocações em
viaturas individuais.
4.2. Avaliação de Sustentabilidade – Hotel Soleil Peniche
C) Impactes Económicos
Peniche, enquanto destino turístico, tem procurado posicionar-se como destino de eleição
para desportos aquáticos, sendo já reconhecido internacionalmente como um dos principais
destinos de Surf e sendo já palco da realização de importantes eventos internacionais neste
área (como o Rip Curl Pro).
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O Hotel Soleil Peniche beneficia das oportunidades geradas pelo posicionamento do
destino, e contribui decisivamente para a economia local, na medida em que se trata de um
hotel com uma localização privilegiada na primeira linha de praia, junto ao centro da cidade
de Peniche, e a curta distância de todas as atrações locais.
Assim, podemos assumir o hotel Soleil Peniche contribui para a geração de riqueza e
emprego a nível local, muito embora não possamos retirar outras conclusões no âmbito do
impacte económico e das medidas de sustentabilidade em curso neste domínio
D) Impactes Socioculturais
O Hotel Soleil Peniche procura integrar-se eficazmente na sociedade e cultura locais,
promovendo a mesma junto dos seus hóspedes, quer através da divulgação de informação
sobre tradições e oferta cultural, quer através de uma atitude empenhada e proactiva que se
verifica por exemplo na realização de iniciativas que promovem a gastronomia local.
Uma vez mais, por não dispor de elementos adicionais neste âmbito, não é possível tirar
outras elações sobre outros impactes causados pelo Hotel Soleil Peniche no âmbito
sociocultural, nem sobre qual o seu posicionamento neste contexto.
E) Impactes Ambientais
Esta é, sem dúvida, a área em que o Hotel Soleil Peniche, tal como qualquer outra unidade
Hoteleira, exerce maior impacte negativo sobre o meio envolvente.
Apesar de ainda não serem particularmente visíveis esforços de grande monta na redução
do impacte negativos decorrentes da sua atividade, o Hotel Soleil Peniche denota já alguma
preocupação ao nível da sustentabilidade e que fica patente na adesão ao “Five-Leaf
System”, contando neste momento com a classificação de Nível 1 (uma folha), que é
atribuída a “hotéis que não tenham tido até ao momento qualquer preocupação ambiental
mas cuja Direção demonstre a partir de agora respeito pelo meio-ambiente” (Five-Leaf
System, 2012). Esta classificação traduz a simples intenção em que o hotel expresse
preocupação pelo impacte ambiental da sua atividade e que pretende, de futuro,
implementar uma política mais amiga do ambiente, envolvendo para isso hóspedes,
empregados, fornecedores e a comunidade local.
Aparentemente, as práticas de sustentabilidade no Hotel Soleil Peniche resumem-se ao
âmbito da reciclagem no domínio dos resíduos, com a separação de lixos, e às
preocupações com a poupança energética com a utilização de alternativas de iluminação e
aquecimento mais amigas do ambiente (como a utilização de lâmpadas de baixo consumo,
automatização programada dos consumos, automatização dos sistemas de ar-condicionado,
etc.)
Por não existir um esforço de comunicação com os diversos stakeholders sobre as práticas
ambientais em curso, e por também nesta área não dispormos de elementos adicionais que
nos permitam uma melhor avaliação do atual posicionamento face às políticas de
sustentabilidade, é proposto um vasto conjunto de medidas a implementar na alínea
seguinte.
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4.2.1. Proposta de outras ações a implementar
A) No Plano Sociocultural
Estabelecimento de parcerias locais, no caso de serem inexistentes, com a ESTM
para a abertura de estágios curriculares, e de ações de formação “expresso” em
técnicas de hotelaria, de forma a potenciar a empregabilidade e a aposta na
formação de recursos humanos
Criação de condições especiais para residentes e empresas locais, nomeadamente
na cedência de espaços para eventos e dos espaços de restauração, com o objetivo
de promover a integração e interação com a comunidade e contribuir para o
desenvolvimento da mesma;
Criar um programa de solidariedade social, através da cedência de recursos do hotel
e fomentando a participação dos funcionários em causas de caráter social local
(apoio à população idosa, voluntariado em instituições locais, etc.)
B) No Plano Ambiental
Rever todas as práticas em curso, criando uma “task-force” para o desenvolvimento
de um Plano Específico de Sustentabilidade
Procurar obter certificações oficiais, cumprindo as intenções formuladas na adesão
ao Five-Leaf System
Promover a utilização responsável dos recursos básicos mediante a instalação de
dispositivos automáticos nas torneiras, temporizadores e sensores de presença para
iluminação, etc
Criar mecanismos de sensibilização dos hóspedes para essa utilização responsável
de recursos básicos – alertá-los através de flyers, como é comum noutros hotéis,
para que não troquem as toalhas diariamente, ou para que utilizem a luz e a água
de forma racional
Implementar processos de aproveitamento das águas residuais, das piscinas, e
outras, para alimentação dos sistemas de rega do relvado
Adotar a utilização de produtos biodegradáveis em limpezas e lavandaria
4.3. Avaliação de Sustentabilidade – Hotel NH Lisboa
Como referido, o Hotel NH Lisboa insere-se numa cadeia hoteleira internacional, cujas
preocupações com a sustentabilidades são uma das prioridades institucionais.
As mesmas estão devidamente assumidas na declaração de Missão – “Aumentar o tempo
que nossos clientes passam connosco, elevando a sua experiência e contribuindo para um
mundo mais sustentável” (NH Hotels, 2000-2012). As políticas de sustentabilidade e RSE
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(Responsabilidade Social Empresarial) são concebidas a nível global replicadas para todas
as unidades integrantes da cadeia NH, em todas as localizações do mundo.
O Modelo de Gestão por Valores está diretamente relacionado com essas políticas de
sustentabilidade e RES e assenta em três patamares:
O Foco nas Pessoas, consideradas como o principal ativo da empresa - os clientes,
os funcionários, os acionistas, os fornecedores – e na satisfação das necessidades
de todos os envolvidos
A Inovação, na medida em que a aposta é em antecipar as necessidades atuais e
futuras de uma sociedade em constante mudança, através da criação de novos
produtos e serviços.
A preservação ambiental, comprometendo-se constantemente de respeitar o meio
ambiente e em reduzir a pegada ambiental.
A) Impactes Económicos
Especificamente ao nível local, por ser um hotel de cidade, o impacte económico do hotel
NH Liberdade está diluído no “bolo” do impacte económico do turismo na cidade de Lisboa.
Em suma, o NH Liberdade contribui, ao mesmo tempo que beneficia das oportunidades
geradas pela evolução do mercado do turismo na capital, que além de concentrar a maioria
do poder económico do país, tem vindo a crescer no que respeita ao número de turistas que
recebe, e aos seus gastos. Reportando-nos para os números divulgados pelo INE (INE -
Instituto Nacional de Estatistica, 2012), verifica-se que Lisboa registou um aumento de 4,7%
no número de dormidas em 2011, para as quais contribuiu, por exemplo, um crescimento de
turistas provenientes dos mercados Brasileiro de 20.6% e Francês de 15.6%. Estes
aumentos refletem-se no aumento dos proveitos em hotelaria, donde podemos concluir que
o NH Lisboa tem uma quota-parte de contribuição para o desenvolvimento económico da
cidade de Lisboa e do país em geral.
B) Impactes Socioculturais
O Hotel NH Lisboa, replicando as políticas de RSE da cadeia NH, aposta na ação
estratégica social, tendo desenvolvido um Código de Conduta que assegura a ética na sua
gestão e operação, assim como um Plano Estratégico de RSE que se baseia em três
abordagens traduzidas por três programas:
Up! For Opportunities – Programa internacional de formação e aprendizagem para
jovens em risco de exclusão social e pessoas portadoras de deficiência, nos hotéis
da cadeia. Engloba o envolvimento significativo de funcionários do hotel (coaching
NH).
Up! For Hospitality – Sendo uma cadeia de hotéis responsável, a NH Hotels dá
também o seu contributo para a sociedade disponibilizando os seus próprios
produtos e serviços a ONGs e Fundações, em prol de causas nobres (acolhendo
eventos solidários, alojando membros de ONGs, etc). Para isso, concebeu o
Programa “NH Amigo Solidário”, uma iniciativa através da qual as referidas entidades
podem obter descontos até 30% sobre a melhor tarifa disponível, em todos os
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serviços da Cadeia NH. Adicionalmente, foram estabelecidos inúmeros acordos
internacionais e/ou locais para o apoio a causas sociais, com organizações como a
UNICEF ou Associações de Luta contra o Câncro.
Up! For Volunteering – Este programa visa fomentar o espírito de voluntariado social
entre os colaboradores, promovendo uma cultura de voluntariado corporativo. Além
do apoio aos funcionários que prestam serviços de voluntariado, a NH Hotels
disponibiliza formadores para ações de formação específicas de hotelaria em países
subdesenvolvidos, como a Etiópia.
Outro exemplo de iniciativas no âmbito da solidariedade é a campanha “Natal para Todos”
em que a empresa e os funcionários colaboram globalmente com a doação de alimentos,
roupas e brinquedos para os mais necessitados, revertendo os donativos para instituições
locais.
C) Impactes Ambientais
No âmbito das boas práticas ambientais, a NH Hotels assume abordagem sustentável do
meio ambiente durante todo o ciclo de negócio, desde as tarefas envolvidas no planeamento
e construção dos hotéis, até ao seu funcionamento diário e no serviço ao cliente (NH Hotels,
2000-2012). Destacam-se algumas das medidas implementadas em campos como:
Proteção da Biodiversidade, mediante a utilização de materiais eco-friendly
(madeiras, detergentes, etc.) em áreas como o mobiliário dos quartos, as salas de
reuniões, ou mesmo na lavandaria;
Criação do Clube de Sustentabilidade NH – uma “incubadora” de ideias de
sustentabilidade que envolve os fornecedores e gestores da NH Hotels, num
conceito de partilha de conhecimentos e experiências que objetivem o
desenvolvimento sustentável e proteção ambiental
Compra de produtos “Fair-Trade”, como no caso do café e auditoria ambiental a
todos os fornecedores para avaliar o seu grau de sustentabilidade
Criação dos Eco-Meetings e Eco-Rooms, privilegiando os consumos racionais de
energia e água, e utilizando equipamentos como canetas de plástico biodegradáveis
nas reuniões e servindo água em jarro, em vez de garrafas individuais; ou utilizando
embalagens biodegradáveis para as “amenities” nos quartos
Preferência por produtos ingredientes de agricultura biológica nos restaurantes das
unidades hoteleiras
Redução dos consumos de água em itens como a instalação de dispositivos de
eficiência de consumo nas torneiras, chuveiros e autoclismos, redução do consumo
de água nas piscinas e reutilização das águas para a rega e afins, recorrendo a
tecnologias de última geração
Redução dos consumos energéticos, introduzindo pequenas alterações tecnológicas
em lâmpadas, elevadores, peliculas térmicas nos vidros, aparelhos eficientes (como
TVs e Minibares) ou iluminação exterior por Led’s.
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Aposta em energias renováveis, através da instalação de Painéis Solares no topo
das suas unidades hoteleiras para produção de parte da energia consumida, ou
disponibilizando pontos de recarregamento de veículos elétricos aos seus hospedes
Obtenção da certificação Eco-Hotel em todas as unidades;
4.3.1. Proposta de outras ações a implementar
Dada a já vasta lista de medidas já implementadas, apenas se sugerem pequenas ações
que podem complementar as políticas de sustentabilidade em curso
A) No âmbito Sociocultural:
Desenvolver uma participação ativa conjunta com organizações solidárias locais,
de forma a contribuir para a ajuda aos sem-abrigo e população carenciada que
prolifera no centro histórico da Cidade, disponibilizando cobertores, almofadas,
atoalhados e demais roupa de casa, que deixa de ser utilizada no hotel por ter
“pequenos sinais de uso”.
B) No âmbito ambiental
Promover a não utilização de carros no centro da cidade, através da oferta de
estacionamento fora do centro, e da disponibilização de um Cartão Lisboa Viva
pré-carregado com uma quantia simbólica e recarregável, para todas as
deslocações no centro da cidade.
4.4. Avaliação de Sustentabilidade – Convento do Espinheiro
A) Impactes Económicos
Tal como nos casos apresentados anteriormente, o impacte económico da implantação de
um hotel de luxo em Évora, reconhecida como cidade Património Mundial pela UNESCO,
reflete-se ao nível do seu contributo para o crescimento económico da região.
O facto de operar sob a marca de uma cadeia internacional, a Starwood Hotels, acrescenta
algum valor a este contributo, na medida em que veicula a captação do investimento
internacional para a região, assim como reforça a captação de turistas oriundos dos
mercados emissores estrangeiros através da promoção internacional e da reconhecida
notoriedade da Starwood Hotels.
B) Impactes Socioculturais
Como referido, o Convento do Espinheiro Hotel & Spa, traduz um projeto de reconversão do
património arquitetónico e cultural/religioso da cidade numa unidade hoteleira de luxo, que
opera sob a gestão de uma das mais reconhecidas marcas internacionais.
Salienta-se primeiramente a excelência do projeto de reconversão, que conseguiu respeitar
e preservar os vestígios históricos e culturais afetos ao monumento, conferindo-lhe traços de
modernidade e conforto e mantendo em funcionamento a sua igreja, a capela adjacente, a
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biblioteca, e muitas das peças que fazem parte do espólio cultura religioso da comunidade
eborense.
Ao nível local, o Covento do Espinheiro é o principal garante de empregabilidade na
freguesia dos Canaviais, porém a população residente considera que o empreendimento
pratica preços proibitivos o que é um entrave a que a população disfrute do seu património.
Num contexto de responsabilidade social corporativa, e fazendo parte da marca Starwood, o
Convento do Espinheiro aposta em práticas de responsabilidade social, tendo desenvolvido
um programa a que chama “Starwood Cidadania Global”, que procura promover a
integração com populações dos locais onde opera, através de ações de formação
profissional e da realização de eventos e iniciativas culturais.
A criação da Fundação Starwood é também um dos marcos no âmbito da responsabilidade
social da Starwood, promovendo a equidado social tanto a nível local como global, através
de contribuições financeiras, trabalho voluntário de funcionários, e envolvimento dos
hóspedes. Um exemplo das iniciativas desenvolvidas neste âmbito é a campanha “Checkout
for Chilrden”, desenvolvida à escala gloval e que implica o envolvimento dos hóspedes na
doação de fundos para a UNICEF, sendo-lhes dada a possibilidade de fazer a doação de 1€
no check-out.
Por fim, visando a satisfação dos seus colaboradores e o apoio social aos mesmos, criou
uma fundação de ajuda aos funcionários Starwood – a “SARF - Starwood Associate Relief
Fund”. A sua missão é “auxiliar a garantir condições de vida seguras para funcionários em
situação de desastre natural ou catástrofe, por meio da concessão de ajudas financeiras que
assegurem as suas necessidades básicas” (Starwood Hotels, 2012).
C) Impactes Ambientais
Tratando-se, como já por diversas vezes referido, de um projeto de reconversão de um
edifício Conventual do Século XV numa unidade hoteleira de luxo, as preocupações
ambientais são uma constante na gestão do Convento do Espinheiro. Destacam-se as
seguintes iniciativas;
Agricultura Biológica: O facto é que, “quando os monges Jerónimos habitavam este
monumento do século XV, o convento era totalmente autossuficiente”. Assim, uma
das principais iniciativas no âmbito da sustentabilidade ambiental tem sido a
recuperação da horta do convento, “onde foram introduzidos diversos produtos e
ervas de agricultura biológica, eliminando assim o uso de químicos”. (Starwood
Hotels, 2012)
Tratamento de Desperdícios Alimentares – Compostagem: Todos os desperdícios da
cozinha, bem como folhas caídas e aparas de relva são colocados em tanques de
compostagem, para posteriormente serem utilizados como fertilizante para os nossos
jardins.
Redução / Rentabilização dos Consumos de Água - a recuperação do antigo
aqueduto permitiu começar a utilizar água de um poço para rega dos jardins,
tornando-nos assim autossuficientes em termos de irrigação.
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Redução dos Consumos Energéticos – adoção de pequenas medidas de combate ao
desperdício energético, como a substituição de lâmpadas normais por lâmpadas
economizadoras disponibilizando iluminação de alta eficiência nos quartos e zonas
públicas, instalação de sensores de presença para gestão da iluminação, instalação
de painéis solares para aquecimento de água, e informação regular aos
colaboradores relativa às boas práticas ambientais.
Implementaçã do programa “Make a Green Choice” – programa que recompensa os
hóspedes que optarem por preservar os recursos naturais no quarto
O Convento do Espinheiro obteve por isso a certificação de Nível 5 (5 folhas) pelo Five-Leaf
System, que implica o preenchimento de importantes requisitos de nível avançado.
4.5. Proposta de outras ações a implementar
Tal como no caso do Hotel NH Lisboa, a vasta lista de medidas já implementadas
condiciona a apresentação de propostas adicionais. Sugerem-se apenas:
C) No âmbito Sociocultural:
Apostar no apoio à população carenciada local, desenvolvendo parcerias com as
instituições de solidariedade social e, tal como sugerido para o NH Liberdade,
doar cobertores, almofadas, atoalhados e demais roupa de casa, que deixa de
ser utilizada no hotel por ter “pequenos sinais de uso” mas que pode fazer a
diferença junto dos mais necessitados.
D) No âmbito ambiental
Disponibilizar um espaço, retirado aos 8 hectares de terrenos disponíveis para
jardins, para a instalação de um projeto de Horta Comunitária, apoiada pelas
experiências de agricultura biológica do hotel, e cujos produtos revertam para a
população local (esta medida abarca também o domínio ambiental)
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5. Conclusões
A realização deste trabalho permitiu aferir a importância do desenvolvimento sustentável na
atividade turística, enquanto pilar fundamental da economia de países e comunidades.
O conceito, que visa a capacidade de responder às necessidades do presente sem
comprometer a satisfação das necessidades das gerações futuras, é de extraordinária
importância no domínio da operação de Unidades Hoteleiras, independentemente da sua
caracterização ou localização, como forma de minimizar os impactes negativos decorrentes
do exercício da sua atividade, nos domínios Económicos, Socioculturais e Ambientais.
É, principalmente no plano Ambiental que se verifica a necessidade de existência de uma
atitude marcadamente proactiva por parte dos responsáveis pela gestão das unidades
hoteleiras, notando-se um cada vez maior empenho dos gestores nesse sentido.
Por outro lado, compete a cada um dos “atores” envolvidos assegurar o cumprimento da sua
quota-parte no que respeita às práticas de sustentabilidade no turismo – dos órgãos
governamentais que devem criar as condições e fomentar o desenvolvimento nesse sentido,
até ao próprio turista a quem compete a prática da atividade turística responsável.
Neste trabalho, a aplicação dos conceitos teóricos estudados, resultou no mais claro
entendimento da temática da sustentabilidade em turismo.
Conclui-se por fim que, muitas das vezes, basta a implementação de pequenas ações
(embora num contexto de planeamento estratégico e englobadas numa política corporativa
para a sustentabilidade) para fazer uma grande diferença, rumo à preservação do planeta e
à garantia da equidade social das populações.
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6. Bibliografia
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