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1 Curso: Técnico em Mecânica Módulo I – Introdutório Município: PLANO DE ENSINO PROFESSOR (A) DISCIPLINA SMS CARGA HORÁRIA 40 horas SEMESTRE / ANO 2/2019 MÓDULO I DATA Introdução à segurança no trabalho, acidente no trabalho (NR 18), custos do acidente, CIPA, EPI’s, proteção ao meio ambiente, tratamento de resíduos, descarte de produtos, normas regulamentadoras, saúde e higiene do trabalhador. Organização de empresas, constituição e manutenção de empresas, empreendedorismo, impostos e taxas, encargos sociais, legislação trabalhista aplicada. GERAL •Assimilar os princípios éticos no trabalho; •Compreender a organização de empresas; •Entender a constituição e manutenção de empresas; • Conhecer ações sobre o empreendedorismo, impostos e taxas, encargos sociais; ESPECÍFICOS EMENTA OBJETIVOS

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Curso: Técnico em Mecânica

Módulo I – Introdutório

Município:

PLANO DE ENSINOPROFESSOR (A)

DISCIPLINA SMS

CARGA HORÁRIA 40 horas

SEMESTRE / ANO 2/2019

MÓDULO I

DATA

Introdução à segurança no trabalho, acidente no trabalho (NR 18), custos do acidente, CIPA, EPI’s, proteção ao meio ambiente, tratamento de resíduos, descarte de produtos, normas regulamentadoras, saúde e higiene do trabalhador. Organização de empresas, constituição e manutenção de empresas, empreendedorismo, impostos e taxas, encargos sociais, legislação trabalhista aplicada.

GERAL

• Assimilar os princípios éticos no trabalho;

• Compreender a organização de empresas;

• Entender a constituição e manutenção de empresas;

• Conhecer ações sobre o empreendedorismo, impostos e taxas, encargos sociais;

ESPECÍFICOS

OBJETIVOS

EMENTA

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Identificar seus direitos e deveres na relação de emprego.

•Calcular férias e décimo terceiro salário proporcional.

•Aplicar à relação de emprego às normas da Previdência.

•Conhecer os riscos de acidente nos principais processos da atividade, envolvendo fabricação e manutenção de equipamentos.

•Conscientizar da importância da análise de risco como ferramenta de prevenção de acidentes.

•Conhecer a responsabilidade do empregado, preposto, empregador e governo na prevenção de acidentes.

•Aplicar as normas e padrões estabelecidos na área de Segurança, Meio ambiente e Saúde.

O aluno precisa acessar o ambiente virtual diariamente; O aluno precisa dedicar 4h diárias para compor 20 horas semanais para

a disciplina;

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO•Conhecer as principais leis da CLT.

•Conhecer as regras de contagem dos tempos correspondentes.

•Conhecer os benefícios da Previdência social.

•Identificar os riscos nas diversas atividades ligadas a esta área e adotar técnicas de prevenção dos riscos.

•Adotar técnicas de análise preliminar de risco na programação dos serviços.

•Conscientizar-se das suas responsabilidades nos acidentes e as penalidades que poderão sofrer quando responsável pelo acidente.

•Conhecer a legislação aplicada.

•Identificar e usar procedimentos operacionais adequados.

•Conhecer as normas e regras básicas de segurança.

•Identificar e relacionar as não conformidades existentes no ambiente.

•Tratar das não conformidades.

.

METODOLOGIA

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As pesquisas propostas necessitam envolvimento e comprometimento do aluno;

A participação nos fóruns é para o desenvolvimento da aprendizagem; O acompanhamento das atividades será realizado pelos tutores a

distância e presencial; A correção das atividades será realizada pelos tutores à distância.

O processo de avaliação compreenderá a distribuição de 100 pontos por componente curricular, onde será aprovado o aluno que alcançar o minimo de 60 pontos. Essa pontuação será distribuinda entre a prova presencial, atividades de multipla escolha e participação em foruns de debate.

Prova Presencial equivalente a 40% da pontuação total;

Atividades de Multipla escolha equivalentes a 30% da pontuação total;

Participação dos foruns de debate equivalente a 30% da pontuação total.

A recuperação paralela acontecerá durante o processo online em que o tutor estará disponível para esclarecimento de dúvidas sobre o conteúdo estudado.

A recuperação final ocorrerá nos momentos presenciais, para os alunos que, após o término do componente curricular não atingirem os 60 pontos para aprovação.

A prova de recuperação final abrangerá todo conteúdo estudado no componente curricular, terá o valor de 100 pontos e o aluno que atingir o minimo de 60 pontos estará aprovado.

Referências Bibliográficas Básicas:

COTRIM, Gilberto Vieira. Direito e Legislação – Introdução ao Direito. 20. Ed. Editora Saraiva: São Paulo, 1997.

OLIVEIRA, Juarez de. Consolidação das Leis do Trabalho – C.L.T. São Paulo: Editora Saraiva, 1995.

SINCLAYR, Luiz. Organização e Técnica Comercial – Introdução à Administração.15. Ed. Editora Saraiva: São Paulo, 1993.

AVALIAÇÃO

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

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DIAS CAMPOPS, J. L., DIAS CAMPOPS, A. B., Responsabilidade penal, Civil e Acidentária do Trabalho.

Referências Bibliográficas Complementares:

SALIBA, T. M., CORRÊA, M. A. C., Insalubridade e Periculosidade: Aspecto Técnico e Práticos, Ed Ltr.

GONSALVES, E. A., Apontamentos Técnicos Legais de Segurança e Medicina do Trabalho. Ed. LTr.

MANUAL DE LEGISLAÇÃO ATLAS, Segurança e Medicina do Trabalho. Ed. AtlasSALIBA, T. M., CORRÊA, M. A. C., AMARAL, L. S., RIANI, R. R., Higiene doTrabalho e Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. Ed. LTr.

LIDA, I., Ergonomia: Projeto e Produção. Ed. Edgard Blucher

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APRESENTAÇÃO

O principal objetivo desta apostila é propiciar aos alunos uma apresentação do conteúdo básico da disciplina.Interpretar a legislação e as normas técnicas referentes aos processos produtivos, a manutenção, a saúde e segurança no trabalho, a qualidade e ao ambiente; Conhecer técnicas para elaborar relatório; Avaliar o impacto ambiental da manutenção; Emitir relatórios relativos ao controle do processo produtivo; Efetuar manuais de rotina de planejamento de produção e manutenção de máquinas; Pesquisar e Interpretar textos técnicos e artigos em língua Inglesa; Aspectos comportamentais na utilização de equipamento de proteção individua

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SUMÁRIO

1. CONCEITO E EVOLUÇÃO DA SEGURANÇA DO TRABALHO.............................................11.1 ORIGEM DA PROFISSÃO.....................................................................................................11.2 DEFINIÇÃO DE ACIDENTES...............................................................................................31.3 CAUSAS DE ACIDENTES.....................................................................................................31.4 ATO INSEGURO.....................................................................................................................41.5 CONDIÇÃO INSEGURA........................................................................................................5

2. NR 06 NORMA REGULAMENTADORA – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL.................................................................................................................................6

3. OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR – DIREITOS E DEVERES................................................84. DEVERES DO EMPREGADO.....................................................................................................10

4.1 TREINAMENTO...................................................................................................................114.2 PRINCIPAIS EPIS.................................................................................................................11

5. SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO.........................................................................................................................13

5.1 DIMENSIONAMENTO DO SESMT...................................................................................145.2 PPP –– PERFIL PROFISSIOGRÁFICO

PREVIDENCIÁRIO..............................................................................................................155.2.1 NR 05 – CIPA – COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE

ACIDENTES...........................................................................................................165.2.2 NR 07 PCMSO - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO E SAÚDE

OCUPACIONAL.....................................................................................................165.2.3 NR -09 PPRA...........................................................................................................18

5.3 NR 18 PCMAT -PROGRAMA DE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL.....................................................................................................................................19

5.3.1 MAPAS DE RISCOS AMBIENTAIS.....................................................................205.3.2 COMO SÃO ELABORADOS OS

MAPAS?..................................................................................................................205.3.3 RISCOS AMBIENTAIS........................................................................................22

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Segurança, Meio Ambiente e Saúde no Trabalho.

1 INTRODUÇÃO

O que é SMS?

Meio Ambiente

Prevenção de Acidentes

Prevenção de Doenças

Segurança Saúde

Prevenção de Impactos

Ambientais

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Figura 1 – O significado de SMS

Na Figura 1, PREVENÇÃO é a palavra que se repete nos três termos. Prevenção significa: “Precaução para evitar qualquer mal”.

Como anda o nosso país em relação aos acidentes do trabalho?

Dados da Inspeção em Segurança e Saúde no Trabalho – Brasil - ANO 2009

Setor Econômico

Ações Fiscais

Trabalhador es alcançados

Notifica ções *

Autuaç ões **

Embargo s / Interdições

Acidentes analisado s

Agricultura 10.914 1.236.457 13.402 7.461 189 71Comércio 37.365 2.934.060 21.985 5.268 421 197Construção 33.762 2.523.028 16.353 14.640 3.350 489Educação 2.524 315.680 279 207 10 8Hotéis/Restaurantes 5.618 278.848 1.546 688 16 26

Indú

stria

Ind. Alimentos 6.171 1.607.607 3.862 2.319 193 116Ind. Madeira e Papel 2.336 199.716

1.581 806 95 41

Ind. Metal 9,213 1.671.558 10.383 3.563 339 237Ind.Mineral 3.803 378.776 4.987 3.169 257 102Ind. Químicos 3.347 788.991 2.662 1.528 80 94Ind.Tecido e Couro 5.526 746.364 3.426 955 35 36Indústrias– Outras 2.112 179.711 1.303 481 36 60

Instituições Financeiras 1.610 624.092 372 317 5 5Saúde 9.166 1.129.324 9.963 1.446 36 42Serviços 10.846 2.944.203 4.126 2.713 128 155

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Transporte 9.878 2.059.152 3.146 1.661 64 105Outros 3.874 914.863 1.254 714 50 37TOTAL 158.065 20.532.420 100.630 47.936 5.304 1.821Fonte: Sistema Federal de Inspeção do Trabalho (acessado em www.mte.gov.br)

* concessão, pelo auditor-fiscal do trabalho, de prazo para regularização

** início do processo administrativo que pode resultar na aplicação de multa

O Brasil era conhecido como campeão mundial em acidentes do trabalho na década de 70.

Já melhorou muito os índices de acidentes do trabalho, mas ainda está longe de chegar aos índices dos países do primeiro mundo! Quais fatores contribuíram para isso?

Fatores positivos:

• Empresas buscam a Qualidade Total, certificação ISO série 9000 e selo verde série 14000, o que traz melhorias indiretas no setor de Higiene e Segurança Ocupacional, e a certificação na norma OSHAS 18001, que traz melhorias diretas;

• Aumento da automação, e consequente redução da permanência do trabalhador no chão de fábrica, reduzem a possibilidade de acidentes.

Fatores negativos:

• Terceirização (“gatas”) – pode levar à precarização do trabalho: sobrecarga de trabalho, baixa especialização e capacitação, falta de segurança no trabalho, etc;

• Desemprego – os que se encontram empregados, submetem-se a trabalhos inseguros com medo de perderem o emprego; os que estão desempregados se submetem a condições inadequadas de trabalho.

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Quem são os responsáveis pela segurança do trabalho no Brasil?

• Ministério do Trabalho e Emprego• Delegacias Regionais do Trabalho• Empresas• Empregados• Comunidades• Cidadãos• Nós!

Evolução Histórica do Ministério do Trabalho e Emprego

1912 – Foi constituída a Confederação Brasileira do Trabalho – CBT, incumbida de promover programa de reivindicações operárias: jornada de oito horas, semana de seis dias, construção de casas para operários, indenização para acidentes de trabalho, limitação da jornada de trabalho para mulheres e menores de quatorze anos, contratos coletivos ao invés de contratos individuais, seguro obrigatório para os casos de doenças, pensão para velhice, fixação de salário mínimo, reforma dos impostos públicos e obrigatoriedade de instrução primária.

1918 – Foi criado o Departamento Nacional do Trabalho, pelo Presidente da República Wenceslau Braz Gomes, para regulamentar a organização do trabalho no Brasil.

1928 – Foi criado o Conselho Nacional do Trabalho, pelo Presidente Washington Luiz.

1930 – Foi criado o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, pelo Presidente Getúlio Vargas.

1932 – Foram criadas as Inspetorias Regionais do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio.

1940 – As Inspetorias Regionais do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio foram transformadas em Delegacias Regionais do Trabalho.

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1960 – O Ministério passou a ser chamado de Ministério do Trabalho e Previdência Social.

1966 – Foi criada a Fundação Centro Nacional de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho – FUNDACENTRO, para realizar estudos e pesquisas pertinentes aos problemas de segurança, higiene e medicina do trabalho.

1974 – O Ministério passou a ser denominado Ministério do Trabalho.

1978 – Foi alterada a denominação da FUNDACENTRO para Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho.

1989 - Foi criado o Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, por meio da Lei nº 7.839, de 12 de outubro.

1990 – Foi criado o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador, por meio da Lei nº 7.998, de 11 de janeiro. O Ministério passou a ser chamado Ministério do Trabalho e da Previdência Social.

1992 – O Ministério passou a ser chamado Ministério do Trabalho e da Administração Federal.

1999 – O Ministério passou a ser chamado Ministério do Trabalho e Emprego.

2003 - O Decreto nº 4.764, de 24 de junho, estruturou a Secretaria Nacional de Economia Solidária; e foi instituído o Fórum Nacional do Trabalho pelo Decreto nº 4.796, de 29 de julho.

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2004 - O Decreto nº 5.063, de 3 de maio, deu nova Estrutura Regimental ao Ministério do Trabalho e Emprego, estruturando a Ouvidoria-Geral e o Departamento de Políticas de Trabalho e Emprego para a Juventude.

2008 - O Decreto nº 6.341, de 3 de janeiro alterou a nomenclatura das Delegacias Regionais do Trabalho para Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego, das Subdelegacias do Trabalho para Gerências Regionais do Trabalho e Emprego e das Agências de Atendimento para Agências Regionais. As Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego passaram a ser competentes pela execução, supervisão e monitoramento de todas as ações relacionadas às políticas públicas afetas ao Ministério do Trabalho e Emprego.

Na Figura 2 é apresentado o organograma do MTE no Brasil:

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Figura 2 – Organograma do Ministério do Trabalho e do Emprego

(Fonte: www.mte.gov.br)

Ministério do Trabalho e Emprego

Objetivo: Formação e desenvolvimento profissional, políticas e diretrizes para a geração de emprego e renda, para a modernização das relações de trabalho, fiscalização do mesmo, política salarial, segurança e saúde no trabalho.

Tripé básico das políticas de emprego

Benefício do seguro desemprego Intermediação de mão- de obra Qualificação social e profissional

FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador

É um fundo especial, de natureza contábil-financeira, vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), destinado ao custeio do Programa de Seguro- Desemprego, do Abono Salarial e do Programa de Financiamento de Desenvolvimento Econômico.

Seguro-Desemprego

O Seguro-Desemprego é um benefício integrante da seguridade social, garantido pelo art. 7º dos Direitos Sociais da Constituição Federal, e tem por finalidade promover a assistência financeira temporária ao trabalhador desempregado, em virtude da dispensa sem justa causa.

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Inclui assistência indireta: auxílio na manutenção e busca de emprego, promovendo para tanto, ações integradas de orientação, recolocação e qualificação profissional.

Quantidade de parcelas pagas:

três parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício de no mínimo seis meses e no máximo onze meses, nos últimos 36 meses;

quatro parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício de no mínimo doze meses e no máximo 23 meses, nos últimos 36 meses;

cinco parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício de no mínimo 24 meses, nos últimos 36 meses.

SINE – Sistema Nacional de Emprego

O SINE tem como objetivo colocar o trabalhador no mercado de trabalho. Para isso, dispõe de informações acerca das exigências dos empregadores ao disponibilizarem suas vagas juntos aos postos de atendimento do SINE.

O objetivo da intermediação da mão-de-obra é reduzir o desemprego e contribuir para que os postos de trabalho vagos não sejam extintos.

Intermediar - É o ato de realizar cruzamento da necessidade de preenchimento de um posto de trabalho com a de um trabalhador que procura por uma colocação no mundo do trabalho.

Público-alvo:

Trabalhadores em geral, desempregados ou em busca de novas ocupações;

Pessoas portadoras de deficiência; Idosos; Pessoas que buscam o primeiro emprego; Empregadores da iniciativa privada ou governamental.

Pró-Jovem Trabalhador

Esse programa do MTE tem como objetivo principal preparar o jovem para o mercado de trabalho e para ocupações alternativas geradoras de renda. Podem participar do programa os jovens desempregados com idades entre 18 e 29 anos, e que sejam membros de famílias com renda per capta de até meio salário mínimo.

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CBO - Classificação Brasileira de Ocupações

A Classificação Brasileira de Ocupações - CBO, instituída por portaria ministerial nº. 397, de 9 de outubro de 2002, tem por finalidade a identificação das ocupações no mercado de trabalho, para fins classificatórios junto aos registros administrativos e domiciliares. Os efeitos de uniformização pretendida pela Classificação Brasileira de Ocupações são de ordem administrativa e não se estendem às relações de trabalho. Já a regulamentação da profissão, diferentemente da CBO, é realizada por meio de lei, cuja apreciação é feita pelo Congresso Nacional, por meio de seus Deputados e Senadores , e levada à sanção do Presidente da República.

Desde a sua primeira edição, em 1982, a CBO sofreu alterações pontuais, sem modificações estruturais e metodológicas. A edição 2002 utiliza uma nova metodologia de classificação e faz a revisão e atualização completas de seu conteúdo.

A CBO é o documento que reconhece, nomeia e codifica os títulos e descreve as características das ocupações do mercado de trabalho brasileiro. Sua atualização e modernização se devem às profundas mudanças ocorridas no cenário cultural, econômico e social do País nos últimos anos, implicando alterações estruturais no mercado de trabalho.

O banco de dados do novo documento está à disposição da população também em CD e para consulta pela internet.

A nova CBO tem uma dimensão estratégica importante, na medida em que, com a padronização de códigos e descrições, poderá ser utilizada pelos mais diversos atores sociais do mercado de trabalho. Terá relevância também para a integração das políticas públicas do Ministério do Trabalho e Emprego, sobretudo no que concerne aos programas de qualificação profissional e intermediação da mão-de-obra, bem como no controle de sua implementação.

CNAE – Classificação Nacional de Atividades Econômicas

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CNAE é o instrumento de padronização nacional dos códigos de atividade econômica e dos critérios de enquadramento utilizados pelos diversos órgãos da Administração Tributária do país.

A CNAE resulta de um trabalho conjunto das três esferas de governo, elaborada sob a coordenação da Secretaria da Receita Federal e orientação técnica do IBGE, com representantes da União, dos Estados e dos Municípios, na Subcomissão Técnica da CNAE, que atua em caráter permanente no âmbito da Comissão Nacional de Classificação - CONCLA.

A tabela de códigos e denominações da CNAE foi oficializada mediante publicação no DOU - Resoluções IBGE/CONCLA nº 01 de 04 de setembro de 2006 e nº 02, de 15 de dezembro de 2006.

Sua estrutura hierárquica mantém a mesma estrutura da CNAE (5 dígitos), adicionando um nível hierárquico a partir de detalhamento de classes da CNAE, com 07 dígitos, específico para atender necessidades da organização dos Cadastros de Pessoas Jurídicas no âmbito da Administração Tributária.

Na Secretaria da Receita Federal , a CNAE é um código a ser informado na Ficha Cadastral de Pessoa Jurídica (FCPJ) que alimentará o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica/CNPJ.

Economia Solidária

Economia Solidária é um jeito diferente de produzir, vender, comprar e trocar o que é preciso para viver. Sem explorar os outros, sem querer levar vantagem, sem destruir o ambiente. Cooperando, fortalecendo o grupo, cada um pensando no bem de todos e no próprio bem.

A economia solidária vem se apresentando, nos últimos anos, como inovadora alternativa de geração de trabalho e renda e uma resposta a favor da inclusão social. Compreende uma diversidade de práticas econômicas e sociais organizadas sob a forma de cooperativas, associações, clubes de troca, empresas autogestionárias, redes de cooperação, entre outras, que realizam atividades de produção de bens, prestação de serviços, finanças solidárias, trocas, comércio justo e consumo solidário.

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Nesse sentido, compreende-se por economia solidária o conjunto de atividades econômicas de produção, distribuição, consumo, poupança e crédito, organizadas sob a forma de autogestão. Considerando essa concepção, a Economia Solidária possui as seguintes características:

Cooperação: existência de interesses e objetivos comuns, a união dos esforços e capacidades, a propriedade coletiva de bens, a partilha dos resultados e a responsabilidade solidária. Envolve diversos tipos de organização coletiva: empresas autogestionárias ou recuperadas (assumida por trabalhadores); associações comunitárias de produção; redes de produção, comercialização e consumo; grupos informais produtivos de segmentos específicos (mulheres, jovens etc.); clubes de trocas etc. Na maioria dos casos, essas organizações coletivas agregam um conjunto grande de atividades individuais e familiares.

Autogestão: os/as participantes das organizações exercitam as práticas participativas de autogestão dos processos de trabalho, das definições estratégicas e cotidianas dos empreendimentos, da direção e coordenação das ações nos seus diversos graus e interesses, etc. Os apoios externos, de assistência técnica e gerencial, de capacitação e assessoria, não devem substituir nem impedir o protagonismo dos verdadeiros sujeitos da ação.

Dimensão Econômica: é uma das bases de motivação da agregação de esforços e recursos pessoais e de outras organizações para produção, beneficiamento, crédito, comercialização e consumo. Envolve o conjunto de elementos de viabilidade econômica, permeados por critérios de eficácia e efetividade, ao lado dos aspectos culturais, ambientais e sociais.

Solidariedade: O caráter de solidariedade nos empreendimentos é expresso em diferentes dimensões: na justa distribuição dos resultados alcançados; nas oportunidades que levam ao desenvolvimento de capacidades e da melhoria das condições de vida dos participantes; no compromisso com um meio ambiente saudável; nas relações que se estabelecem com a comunidade local; na participação ativa nos processos de desenvolvimento sustentável de base territorial, regional e nacional; nas relações com os outros movimentos sociais e populares de caráter emancipatório; na preocupação com o bem estar dos trabalhadores e consumidores; e no respeito aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.

Considerando essas características, a economia solidária aponta para uma nova lógica de desenvolvimento sustentável com geração de trabalho e distribuição de renda, mediante um crescimento econômico com proteção dos ecossistemas. Seus resultados econômicos, políticos e culturais são compartilhados pelos participantes, sem distinção de gênero, idade e raça. Implica na reversão da lógica capitalista ao se opor à exploração do trabalho e

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dos recursos naturais, considerando o ser humano na sua integralidade como sujeito e finalidade da atividade econômica.

As Normas Regulamentadoras - NR

1.1 As NRs

• O MTE por meio da Portaria 3.214 de 08 de junho de 1978 aprovou as Normas Regulamentadoras (NR’s) de acordo com o Capítulo V do Título II da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), relativas à Segurança e Medicina no trabalho.

• Atualmente são 36 NRS;

Portaria N.º 3.214 , de 08 de Junho de 1978

Aprova as Normas Regulamentadoras - NR - do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas a Segurança e Medicina do Trabalho.

O Ministro de Estado do Trabalho, no uso de suas atribuições legais, considerando o disposto no art. 200, da consolidação das Leis do Trabalho, com redação dada pela Lei n.º 6.514, de 22 de dezembro de 1977, resolve:

Art. 1º - Aprovar as Normas Regulamentadoras - NR - do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho:

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Quadro 1 – As 36 NR’s

NR1 - Disposições Gerais: Estabelece o campo de aplicação de todas as Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho do Trabalho Urbano, bem como os direitos e obrigações do Governo, dos empregadores e dos trabalhadores no tocante a este tema específico. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 154 a 159 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.

NR2 - Inspeção Prévia: Estabelece as situações em que as empresas deverão solicitar ao MTE a realização de inspeção prévia em seus estabelecimentos, bem como a forma de sua realização. A fundamentação legal, ordinária e

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específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 160 da CLT.

NR3 - Embargo ou Interdição: Estabelece as situações em que as empresas se sujeitam a sofrer paralisação de seus serviços, máquinas ou equipamentos, bem como os procedimentos a serem observados, pela fiscalização trabalhista, na adoção de tais medidas punitivas no tocante à Segurança e a Medicina do Trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 161 da CLT.

NR4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho: Estabelece a obrigatoriedade das empresas públicas e privadas, que possuam empregados regidos pela CLT, de organizarem e manterem em funcionamento, Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 162 da CLT.

NR5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA: Estabelece a obrigatoriedade das empresas públicas e privadas organizarem e manterem em funcionamento, por estabelecimento, uma comissão constituída exclusivamente por empregados com o objetivo de prevenir infortúnios laborais, através da apresentação de sugestões e recomendações ao empregador para que melhore as condições de trabalho, eliminando as possíveis causas de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 163 a 165 da CLT.

NR6 - Equipamentos de Proteção Individual - EPI: Estabelece e define os tipos de EPI's a que as empresas estão obrigadas a fornecer a seus empregados, sempre que as condições de trabalho o exigirem, a fim de resguardar a saúde

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e a integridade física dos trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 166 e 167 da CLT.

NR7 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional: Estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 168 e 169 da CLT.

NR8 - Edificações: Dispõe sobre os requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nas edificações para garantir segurança e conforto aos que nelas trabalham. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 170 a 174 da CLT.

NR9 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais: Estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade física dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 175 a 178 da CLT.

NR10 - Instalações e Serviços em Eletricidade: Estabelece as condições mínimas exigíveis para garantir a segurança dos empregados que trabalham em instalações elétricas, em suas diversas etapas, incluindo elaboração de projetos, execução, operação, manutenção, reforma e ampliação, assim como

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a segurança de usuários e de terceiros, em quaisquer das fases de geração, transmissão, distribuição e consumo de energia elétrica, observando-se, para tanto, as normas técnicas oficiais vigentes e, na falta destas, as normas técnicas internacionais. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 179 a 181 da CLT.

NR11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais: Estabelece os requisitos de segurança a serem observados nos locais de trabalho, no que se refere ao transporte, à movimentação, à armazenagem e ao manuseio de materiais, tanto de forma mecânica quanto manual, objetivando a prevenção de infortúnios laborais. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 182 e 183 da CLT.

NR12 - Máquinas e Equipamentos: Estabelece as medidas prevencionistas de segurança e higiene do trabalho a serem adotadas pelas empresas em relação à instalação, operação e manutenção de máquinas e equipamentos, visando à prevenção de acidentes do trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 184 e 186 da CLT.

NR13 - Caldeiras e Vasos de Pressão: Estabelece todos os requisitos técnicos- legais relativos à instalação, operação e manutenção de caldeiras e vasos de pressão, de modo a se prevenir a ocorrência de acidentes do trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 187 e 188 da CLT.

NR14 - Fornos: Estabelece as recomendações técnicos-legais pertinentes à construção, operação e manutenção de fornos industriais nos ambientes de trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 187 da CLT.

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NR15 - Atividades e Operações Insalubres: Descreve as atividades, operações e agentes insalubres, inclusive seus limites de tolerância, definindo, assim, as situações que, quando vivenciadas nos ambientes de trabalho pelos trabalhadores, ensejam a caracterização do exercício insalubre, e também os meios de proteger os trabalhadores de tais exposições nocivas à sua saúde. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 189 e 192 da CLT.

NR16 - Atividades e Operações Perigosas: Regulamenta as atividades e as operações legalmente consideradas perigosas, estipulando as recomendações prevencionistas correspondentes. Especificamente no que diz respeito ao Anexo n° 01: Atividades e Operações Perigosas com Explosivos, e ao anexo n° 02: Atividades e Operações Perigosas com Inflamáveis, tem a sua existência jurídica assegurada através dos artigos 193 a 197 da CLT. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à caracterização da energia elétrica como sendo o 3° agente periculoso é a Lei n° 7.369 de 22 de setembro de 1985, que institui o adicional de periculosidade para os profissionais da área de eletricidade. A portaria MTB n° 3.393 de 17 de dezembro de 1987, numa atitude casuística e decorrente do famoso acidente com o Césio 137 em Goiânia, veio a enquadrar as radiações ionozantes, que já eram insalubres de grau máximo, como o 4° agente periculoso, sendo controvertido legalmente tal enquadramento, na medida em que não existe lei autorizadora para tal.

NR17 - Ergonomia: Visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às condições psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 198 e 199 da CLT.

NR18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção: Estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento de organização, que objetivem a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na indústria da construção civil. A fundamentação legal,

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ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 200 inciso I da CLT.

NR19 - Explosivos: Estabelece as disposições regulamentadoras acerca do depósito, manuseio e transporte de explosivos, objetivando a proteção da saúde e integridade física dos trabalhadores em seus ambientes de trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 200 inciso II da CLT.

NR20 - Líquidos Combustíveis e Inflamáveis: Estabelece as disposições regulamentares acerca do armazenamento, manuseio e transporte de líquidos combustíveis e inflamáveis, objetivando a proteção da saúde e a integridade física dos trabalhadores m seus ambientes de trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 200 inciso II da CLT.

NR21 - Trabalho a Céu Aberto: Tipifica as medidas prevencionistas relacionadas com a prevenção de acidentes nas atividades desenvolvidas a céu aberto, tais como, em minas ao ar livre e em pedreiras. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 200 inciso IV da CLT.

NR22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração: Estabelece métodos de segurança a serem observados pelas empresas que desenvolvam trabalhos subterrâneos de modo a proporcionar a seus empregados satisfatórias condições de Segurança e Medicina do Trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 293 a 301 e o artigo 200 inciso III, todos da CLT.

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NR23 - Proteção Contra Incêndios: Estabelece as medidas de proteção contra Incêndios, estabelece as medidas de proteção contra incêndio que devem dispor os locais de trabalho, visando à prevenção da saúde e da integridade física dos trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 200 inciso IV da CLT.

NR24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho: Disciplina os preceitos de higiene e de conforto a serem observados nos locais de trabalho, especialmente no que se refere a: banheiros, vestiários, refeitórios, cozinhas, alojamentos e água potável, visando a higiene dos locais de trabalho e a proteção à saúde dos trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 200 inciso VII da CLT.

NR25 - Resíduos Industriais: Estabelece as medidas preventivas a serem observadas, pelas empresas, no destino final a ser dado aos resíduos industriais resultantes dos ambientes de trabalho de modo a proteger a saúde e a integridade física dos trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 200 inciso VII da CLT.

NR26 - Sinalização de Segurança: Estabelece a padronização das cores a serem utilizadas como sinalização de segurança nos ambientes de trabalho, de modo a proteger a saúde e a integridade física dos trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 200 inciso VIII da CLT.

NR27 - Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no Ministério do Trabalho: Estabelece os requisitos a serem satisfeitos pelo profissional que desejar exercer as funções de técnico de segurança do trabalho, em especial no que diz respeito ao seu registro profissional como tal, junto ao Ministério do Trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica,

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tem seu embasamento jurídico assegurado través do artigo 3° da lei n° 7.410 de 27 de novembro de 1985, regulamentado pelo artigo 7° do Decreto n°92.530 de 9 de abril de 1986.

NR28 - Fiscalização e Penalidades: Estabelece os procedimentos a serem adotados pela fiscalização trabalhista de Segurança e Medicina do Trabalho, tanto no que diz respeito à concessão de prazos às empresas para a correção das irregularidades técnicas, como também, no que concerne ao procedimento de autuação por infração às Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, tem a sua existência jurídica assegurada, a nível de legislação ordinária, através do artigo 201 da CLT, com as alterações que lhe foram dadas pelo artigo 2° da Lei n° 7.855 de 24 de outubro de 1989, que institui o Bônus do Tesouro Nacional - BTN, como valor monetário a ser utilizado na cobrança de multas, e posteriormente, pelo artigo 1° da Lei n° 8.383 de 30 de dezembro de 1991, especificamente no tocante à instituição da Unidade Fiscal de Referência - UFIR, como valor monetário a ser utilizado na cobrança de multas em substituição ao BTN.

NR29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário: Tem por objetivo Regular a proteção obrigatória contra acidentes e doenças profissionais, facilitar os primeiro socorros a acidentados e alcançar as melhores condições possíveis de segurança e saúde aos trabalhadores portuários. As disposições contidas nesta NR aplicam-se aos trabalhadores portuários em operações tanto a bordo como em terra, assim como aos demais trabalhadores que exerçam atividades nos portos organizados e instalações portuárias de uso privativo e retroportuárias, situadas dentro ou fora da área do porto organizado. A sua existência jurídica está assegurada em nível de legislação ordinária, através da Medida Provisória n° 1.575-6, de 27/11/97, do artigo 200 da CLT, o Decreto n° 99.534, de 19/09/90 que promulga a Convenção n° 152 da OIT.

NR30 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário : Aplica-se aos trabalhadores de toda embarcação comercial utilizada no transporte de mercadorias ou de passageiros, na navegação

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marítima de longo curso, na cabotagem, na navegação interior, no serviço de reboque em alto-mar, bem como em plataformas marítimas e fluviais, quando em deslocamento, e embarcações de apoio marítimo e portuário. A observância desta Norma Regulamentadora não desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições legais com relação à matéria e outras oriundas de convenções, acordos e contratos coletivos de trabalho.

NR31 - Norma regulamentadora de segurança e saúde no trabalho na agricultura, pecuária silvicultura, exploração florestal e aqüicultura: Estabelece os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento das atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aqüicultura com a segurança e saúde e meio ambiente do trabalho. A sua existência jurídica é assegurada por meio do artigo 13 da Lei nº. 5.889, de 8 de junho de 1973.

NR32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde: Tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral.

NR33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados: Tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nestes espaços.

NR34 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DACONSTRUÇÃO E REPARAÇÃO NAVAL: Tem por finalidade estabelecer os requisitos mínimos e as medidas de proteção à segurança, à saúde e ao meio ambiente de trabalho nas atividades da indústria de construção e reparação naval, ou seja, aquelas desenvolvidas no âmbito das instalações empregadas

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para este fim ou nas próprias embarcações e estruturas, tais como navios, barcos, lanchas, plataformas fixas ou flutuantes, dentre outros.

NR 35 - TRABALHO EM ALTURA: 35.1. Objetivo e Campo de Aplicação

35.1.1 Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura,

envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos

trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade.

35.1.2 Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível

inferior, onde haja risco de queda.

35.1.3 Esta norma se complementa com as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos Órgãos

competentes e, na ausência ou omissão dessas, com as normas internacionais aplicáveis.

NR-36 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM EMPRESAS DE ABATE E

PROCESSAMENTO DE CARNES E DERIVADOS:36.1 Objetivos

36.1.1 O objetivo desta Norma é estabelecer os requisitos mínimos para a avaliação, controle e

monitoramento dos riscos existentes nas atividades desenvolvidas na indústria de abate e processamento de

carnes e derivados destinados ao consumo humano, de forma a garantir permanentemente a segurança, a

saúde e a qualidade de vida no trabalho, sem prejuízo da observância do disposto nas demais Normas

Regulamentadoras - NR do Ministério do Trabalho e Emprego.

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1.2 Conceitos Básicos

• Higiene Ocupacional ou do Trabalho – é o ramo de estudo voltado para o reconhecimento, avaliação e controle dos riscos ambientais, originados no local de trabalho, que podem causar doenças ou afetar o bem-estar dos trabalhadores, ou membros de uma comunidade.

• Segurança do Trabalho – é um ramo da engenharia cuja aplicação numa empresa compreende um conjunto de recursos e técnicas aplicadas preventiva ou corretivamente, para a proteção do homem dos riscos de acidentes oferecidos num processo de trabalho ou realização de uma tarefa.

• Medicina Ocupacional ou do Trabalho – é um ramo da medicina que tem por objetivo caracterizar o nexo causal entre a doença e sua relação com a atividade exercida pelo trabalhador, procurando reduzir, ou mesmo zerar, sua ocorrência no ambiente de trabalho.

• Acidente do Trabalho - é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, com empregado, no exercício de suas atividades, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução, temporária ou permanente, da capacidade para o trabalho.

2. RISCOS AMBIENTAIS

O que são riscos ambientais?

Descritos na NR-9 (PPRA – Programa de Prevenção aos Riscos Ambientais) – Consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes no ambiente de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador. Em outras NRs encontramos outros riscos ambientais: Ergonômicos e de Acidente. Riscos Psicosociais estão em fase de aprovação.

Os riscos ambientais estão presentes nos locais de trabalho e em todas as demais atividades humanas, comprometendo a segurança e a saúde das pessoas e a produtividade da empresa. Eles podem afetar o trabalhador a

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curto, médio e longo prazos, provocando acidentes com lesões imediatas ou doenças agudas ou crônicas.

Segundo o conceito de Higiene Ocupacional devemos Reconhecer, Avaliar e Controlar os Riscos Ambientais.

• Reconhecer – identificar, caracterizar, saber apontar qual dos agentes de risco estão presentes no ambiente de trabalho;

• Avaliar – é saber quantificar e verificar, de acordo com determinadas técnicas, a magnitude do risco comparando com determinados padrões;

• Controlar – adotar medidas técnicas ou administrativas, preventivas ou corretivas de diversas naturezas, que tendem a eliminar ou atenuar os riscos existentes no ambiente de trabalho.

É importante sabermos que a presença de riscos ambientais no local de trabalho não implica em recebimento de insalubridade. Isso dependerá do Limite de Tolerância.

Limite de tolerância é a combinação da concentração ou intensidade do risco ambiental e do tempo que a pessoa fica exposta a ele.

Periculosidade – São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aqueles que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado. Ex.: inflamáveis, explosivos1, radiações ionizantes e alguns casos de trabalho com eletricidade. Adicional de 30%.

Insalubridade – Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. Trabalhadores expostos a níveis acima do LT receberão adicional de insalubridade que varia de 10, 20 ou 40%;

1 possui ponto de fulgor inferior a 70oC e pressão de vapor que não exceda 2,8 Kg/cm2 absoluta a 37,7oC." " Explosivos são substancias capazes de rapidamente se transformarem em gases, produzindo calor intenso e pressões elevadas”.

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Os valores dos LT podem ser alterados a partir de novas descobertas toxicológicas. Também podem ser adotados valores diferentes em diversos países de acordo com o nível de exigência de suas normas NR-15, ACGIH ou NIOSH.

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Figura 3 - Exemplo de Tabela de Limite de Tolerância – ruído contínuo

No exemplo apresentado na Figura 3, um trabalhador que exerce suas atividades em 8h diárias se for submetido a um ruído contínuo de 85db, não receberá adicional de insalubridade. Caso o ruído fosse superior a este, e com a mesma carga horária de trabalho, o mesmo receberia o adicional de insalubridade.

Em situações onde existe execução de tarefa perigosa e insalubre o trabalhador optará pelo maior valor.

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No Quadro 2 são apresentados os riscos ambientais:

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Grupo 5- Azul

Grupo 4- Amarelo

Grupo 3-Marrom

Grupo 2 - Vermelho

Grupo 1- Verde

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Grupo 1- Verde Grupo 2 - Vermelho Grupo 3-Marrom Grupo 4- Amarelo Grupo 5- Azul

Riscos Físicos Riscos Químicos

Riscos Biológicos

Riscos Ergonômicos

Riscos de Acidentes

Ruídos Poeiras Vírus Esforço Físico Intenso Arranjo Físico inadequado

Vibrações Fumos Bactérias Levantamento e Transporte Manual

de peso

Máquinas e Equipamentos sem proteção

Radiações Ionizantes Névoas Protozoários Exigência de Postura Inadequada

Ferramentas Inadequadas

ou Defeituosas

Radiações Não-Ionizantes Neblinas Fungos Controle Rígido de Produtividade

Iluminação Inadequada

Temperaturas Extremas Gases Parasitas Imposição de Ritmo Excessivo

Eletricidade

Pressões Anormais Vapores

Bacilos

Trabalho em Turno e Noturno

Probabilidade de Incêndio ou Explosão

UmidadeSubstâncias

compostas ou Produtos

Químicos em Geral

Jornadas de Trabalho Prolongadas

Armazenamento Inadequado

Ultra-som/ Infra-somMonotonia e

RepetitividadeAnimais Peçonhentos

Outras Situações de stress Físico e/ ou

Psíquico

Outras Situações de Risco

Quadro 2 – Riscos Ambientais

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2.1Riscos Físicos

São as diversas formas de energia que os trabalhadores podem estarem expostos. Normalmente os riscos físicos são gerados por máquinas, equipamentos e condições físicas características do local de trabalho, que podem causar prejuízos à saúde do trabalhador. O Quadro 3 apresenta os agentes físicos presentes no ambiente de trabalho, estando entre eles:

Ruídos Temperaturasextremas

UltrassomInfrassom

Vibrações Umidade

Radiações Ionizantes)

(Ionizantes e Não- Pressões anormais

Risco Físico

Definição Danos à saúde

Ruído

Tipo de som que impeça ou interfira na atividade Humana de forma a provocar lesão fisiológica ou perturbação psicológica. Pode ser contínuo (motores, buzinas, sirenes etc) ou de impacto (marteladas, bate-estacas, estamparias etc). Unidade de Medição – Decibel.

O ruído age diretamente sobre o sistema nervoso, ocasionando:

fadiga nervosa; alterações mentais: perda de memória,

irritabilidade, dificuldade em coordenar idéias;

hipertensão; modificação do ritmo cardíaco; impotência Sexual modificação do calibre dos vasos

sanguíneos; modificação do ritmo respiratório; perturbações gastrointestinais; diminuição da visão noturna; dificuldade na percepção de cores. Atinge também o aparelho auditivo causando a perda temporária ou definitivada audição.

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Vibrações Localizadas e Generalizad as

Ocorre nas atividades com instrumentos manuais vibrantes de alta freqüência.

Localizadas - (em certas partes do corpo). São provocadas por ferramentas manuais, elétricas e pneumáticas localizada, como: martelete pneumático, perfuratrizes de rochas, moto- serras, etc

Generalizadas - (ou do corpo inteiro). As lesões ocorrem com os operadores de grandes máquinas, como os motoristas de caminhões, ônibus e tratores.

Localizadas: alterações neurovasculares nas mãos, problemas nas articulações das mãos e braços; osteoporose (perda de substância óssea).

Generalizadas: Lesões na coluna vertebral; dores lombares

Usa-se o acelerômetro para medir as vibrações.

Radiações

Radiações são ondas eletromagnéticas ou partículas que se propagam com uma determinada velocidade. Contém energia, carga elétrica e magnética. Podem ser geradas por fontes naturais ou por dispositivos construídos pelo homem. Possuem energia variável desde valores pequenos até muito elevados. Dependendo da quantidade de energia, uma radiação pode ser descrita como não ionizante ou ionizante.

Ionizantes: são originadas do núcleo de átomos, podem alterar o estado físico de um átomo e causar a perda de elétrons, tornando-os eletricamente carregados. Este processo chama- se "ionização".

Trabalhadores mais expostos: operadores de Raio-x, operadores de centrais nucleares, indústrias de manutenção mecânica que usa a Gamagrafia, indústrias químicas, Indústrias de celulose (controladores de nível e espessura do papel), hospitais, clínicas e laboratórios radiológicos.

O maior risco da radiação ionizante é o câncer! Ela também pode provocar defeitos genéticos nos filhos de homens ou mulheres expostos. Os danos ao nosso patrimônio genético (DNA) podem passar às futuras gerações. É o que chamamos de mutação. Crianças de mães expostas à radiação durante a gravidez podem apresentar retardamento mental.

A exposição à grande quantidade de radiação é rara e pode causar doenças em poucas horas e até a morte.

Não Ionizantes - possuem Perturbações visuais (conjuntivites,cataratas), queimaduras, lesões na pele,

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relativamente baixa energia.

Elas estão sempre a nossa volta.Ondas eletromagnéticas como a luz, calor e ondas de rádio são formas comuns de radiações não-ionizantes. São radiações não-ionizantes:

Radiação infravermelha, proveniente de operação em fornos, ou de solda oxiacetilênica,

Radiação ultravioleta como a gerada por operações em solda elétrica,

Raios laser, Microondas e Radiofreqüência.

etc

Calor - É característico de

Calor - Altas temperaturas podem provocar:

– desidratação;– erupção da pele;– câimbras;– fadiga física;– distúrbios psiconeuróticos;– problemas cardiocirculatórios;– insolação.

Frio – Baixas temperaturas podem causar perda de destreza manual e diminui as atividades fisiológicas e podem provocar:

– feridas, rachaduras e necrose na pele;– enregelamento: ficar congelado;– agravamento de doenças reumáticas;– predisposição para acidentes;

predisposição para doenças das vias respiratórias.

atividades onde há fundições,fornos, caldeiras, ect, ouambientes abertos onde possahaver grande carga solar.

TemperaturasExtremasCalor e Frio

Frio – Frio excessivo encontra-seprincipalmente em atividades emfrigoríficos ou trabalhos emgeleiras.

Baixas pressões: são as que se A exposição a pressões anormais podesituam abaixo da pressão atmosférica normal e ocorrem com trabalhadores que realizam tarefas em grandes altitudes. Ex.: Pessoasque trabalham em aviões,

causar:

a ruptura do tímpano quando o aumento de pressão for brusco

liberação de nitrogênio nos tecidos e

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Pressões Anormais

helicópiteros, escalam montanhas etc.

Altas pressões: são as que se situam acima da pressão atmosférica normal. Ocorrem em trabalhos realizados em tubulações de ar comprimido, máquinas de perfuração, caixões pneumáticos2 e trabalhos executados por mergulhadores.

vasos sangüíneos (embolia por nitrogênio)

morte.

Por ser uma atividade de alto risco, exige legislação específica (NR-15) a ser obedecida.

Umidade

As atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcadas, com umidades excessivas, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores.

A exposição do trabalhador à umidade pode acarretar:

doenças do aparelho respiratório, quedas, doenças de pele, doenças circulatórias, entre outras.

Quadro 3 – Danos à Saúde Provocados por Riscos Físicos

Medidas de Controle para os Riscos Físicos

Para evitar ou diminuir os danos provocados pelo ruído no local de trabalho, podem ser adotadas as seguintes medidas:

• Medidas de proteção coletiva: enclausuramento da máquina produtora de ruído; isolamento de ruído.

• Medida de proteção individual: fornecimento de equipamento de proteção individual (EPI) (no caso, protetor auricular). O EPI deve ser fornecido na impossibilidade de eliminar o ruído ou como medida complementar.

• Medidas médicas: exames audiométricos periódicos, afastamento do local de trabalho, revezamento.

• Medidas educacionais: orientação para o uso correto do EPI, campanha de conscientização.

• Medidas administrativas: tornar obrigatório o uso do EPI: controlar seu uso.

2 Caixões pneumáticos, compartimentos estanques instalados nos fundos dos mares, rios, e represas onde é injetado ar comprimido que expulsa a água do interior do caixão, possibilitando o trabalho. São usados na construção de pontes e barragens.

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Para evitar ou diminuir as conseqüências das vibrações é recomendado o revezamento dos trabalhadores expostos aos riscos (menor tempo de exposição), utilização de equipamentos mais modernos de menor vibração e lubrificação e manutenção constante nas máquinas.

Para que haja o controle da ação das radiações para o trabalhador é preciso que se tome:

• Medidas de proteção coletiva: isolamento da fonte de radiação (ex: biombo protetor para operação em solda), enclausuramento da fonte de radiação (ex: pisos e paredes revestidas de chumbo em salas de raio-x).

• Medidas de proteção individual: fornecimento de EPI adequado ao risco (ex: avental, luva, perneira e mangote de raspa para soldador, óculos para operadores de forno).

• Medida administrativa: (ex: dosímetro de bolso para técnicos de raio-x).• Medida médica: exames periódicos.

Para o controle das ações nocivas das temperaturas extremas3 ao trabalhador é necessário que se tome medidas:

• de proteção coletiva: ventilação local exaustora com a função de retirar o calor e gases dos ambientes, isolamento das fontes de calor/frio.

• de proteção individual: fornecimento de EPI (ex: avental, bota, capuz, luvas especiais para trabalhar no frio).

Para o controle das ações nocivas das pressões anormais ao trabalhador é necessário que se tome medidas:

• de proteção coletiva: uso de pressurizador nas cabine de aeronaves, redução de jornada de trabalho e revezamento .

• de proteção individual: fornecimento de EPI.

Para o controle da exposição do trabalhador à umidade podem ser tomadas medidas:

• de proteção coletiva- estudo de modificações no processo do trabalho, colocação de estrados de madeira, ralos para escoamento

• medidas de proteção individual - fornecimento do EPI - luvas de borracha, botas, avental para trabalhadores em galvanoplastia, cozinha, limpeza etc.

3 A morte ocorre quando a temperatura do corpo é inferior a 28º C, por falha cardíaca.

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2.2Riscos Químicos

São substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, fumaça, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão.

Figura 4 – Efeitos da cafeína no organismo humano

Os riscos químicos estão presentes na natureza nas formas: Sólida, Líquida, Gasosa e Vaporosa, conforme apresenta o Quadro 4.

A forma sólida pode ser de origem mineral: sílica livre e cristalina (silicose); de origem vegetal: fibras de vegetais (algodão = bissinose), (bagaço de cana = agaçose); de origem animal: pêlos – couro ou de origem sintética: plásticos e similares.

A forma líquida é composta por ácidos e solventes. Seus efeitos são normalmente queimaduras, irritação e dermatose.

A Forma de gases e vapores podem ser inertes ao nosso organismo, como é o oxigênio (O2), dióxido de carbono (CO2) e o nitrogênio (N2); ou tóxicos ao organismo, a exemplo do monóxido de carbono (CO), gás sulfídrico (H2S) e solventes (thinner, gasolina, etc.).

Classificação Física

AerodispersóidesPartículas

dispersas sólidas ou líquidas de tamanho reduzido (< 100 micra) que permanecem muito tempo no ar

Poeira Partículas sólidas formadas por desagregação mecânica de corpos sólidos (exemplo: pó de pedra)

Névoa Partículas líquidas formadas por desagregação mecânica de corpos líquidos (exemplo: spray)

Fumos Metálicos

Partículas sólidas formadas pela condensação de vapores metálicos (operações de fusão e derrame)

Neblina Partículas líquidas formadas pela condensação de vapores

Fumaça Partículas sólidas e líquidas formadas pela queima incompleta de Combustíveis orgânicos

Gases

São moléculas dispersas no ar. O ar é uma mistura de gases: oxigênio – o2; nitrogênio – n2; gases nobres - helio – argônio– kriptônio - outros gases. Os gases ocupam o espaço queos contém.

Vapores É a fase gasosa de substâncias nas temperaturas e pressões normais (25°C – 760 mm Hg).A concentração máxima de vapor no ar é a “de saturação”

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Quadro 4 – Classificação Física dos Produtos Químicos

Os agentes químicos também recebem uma classificação fisiológica de acordo com o que podem causar em nosso organismo, conforme apresenta o Quadro 5.

Classificação FisiológicaAlergisantes e irritantes - ação química e ação corrosiva (pele, mucosas e conjuntiva). Causam

alergias, requerem uma predisposição fisiológica do indíviduo (compostos de níquel, de cromo, fibras vegetais ou sintéticas, …). Exemplos:poeira de algumas madeiras (caviuna), óleos vegetais (castanhas de caju) e ácidos.No sistema respiratório:pólens, resinas e semente seca (mamona).

Asfixiantes - Asfixiantes simples reduzem a concentração do oxigênio do ar:metano – ch4, nitrogênio – n2 e dióxido de carbono – co2. Asfixiantes químicos: interferem no processo de absorção do oxigênio pelo sangue ou tecidos: gássulfídrico - h2s e monóxido de carbono - co

Narcóticos - Ação depressiva sobre o sistema nervoso central (efeito anestésico): éter etílico, acetona e gasolina. Causam inconciência (cloro, éteres, alcools, cetonas, …)

Causam lesões nos órgãos - hidrocarbonetos aromáticos:clorofórmio, bromofórmio, etc. 41Causam lesões no sistema formador do sangue

- benzeno: se acumula nos tecidos graxos e na medula óssea. Efeitos: anemia e leucemia

Tóxicos inorgânios - cianureto de potássio e cianureto de sódio

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Quadro 5 – Classificação Fisiológica de Produtos Químicos

Além dessas classificações, temos ainda: os Cancerígenos: causam tumores malignos (amianto, benzeno, cádio, cromo, …), os Mutagênicos: causam problemas hereditários (éteres de glicol, plomo, …), os Teratogênicos: causam má formação do feto (radiações ionizantes, …) e os Sistêmicos: afetam um órgão de forma seletiva (metílico, DMAc, urânio, …).

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O que fazer para saber sobre um produto químico? Deve-se procurar a FISPQ4 do produto. Toda empresa é obrigada a ter a FISPQ dos produtos que manipula, armazena ou transporta.

Um risco químico que pode ser considerado muito nocivo a nossa saúde são os gases. Normalmente eles são invisíveis, inodoros e insípidos, dificuldade a percepção ou o reconhecimento do risco. Os gases podem ser:

Gases irritantes Produzem inflamações nos tecidos com os quais entram em

contato direto, como a pele, conjuntiva ocular e vias respiratórias.

Ex: Cloreto de Hidrogênio, Dióxido de Enxofre, Amônia e etc.

Gases anestésicos Os gases anestésicos como o Éter e grande parte dos solventes

orgânicos, causam ação depressiva sobre o Sistema Nervoso central (SNC).

Gases asfixiantes Tais como o Hidrogênio, Nitrogênio e Dióxido de Carbono,

originam asfixia, ou seja, o bloqueio dos processos vitais tissulares, causados pela falta de oxigênio. Com isso, podem acarretar lesões definitivas ao cérebro, em poucos minutos.

Existem duas formas de asfixias: Simples e Química. Gases de asfixia simples provocam asfixia ocupando o lugar do oxigênio no ambiente. São, portanto, mais perigosos em ambientes confinados. As frações gasosas do petróleo, como metano, etano, propano e butano são asfixiantes simples. Gases asfixiantes químicos provocam asfixia independente de o local ser confinado, ou não. São gases letais. Os mais comuns são: H2S ou gás sulfídrico; HCN ou gás cianídrico; CO ou monóxido de carbono.

Atenção!!

De maneira geral, os gases e vapores afetam o organismo causando as mais variadas reações, como vertigem, fraquezas, desmaios, sonolências, impotência muscular, convulsões, vômitos, diarréias, depressão, dores de cabeça, perturbação da visão, tremores, tosse, lacrimejamento. Podem gerar perda de sentidos, o coma e até a morte.

4 Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico. Ela contém: Identificação do produto e da Empresa, Composição e informações sobre os ingredientes, Identificação de perigos, primeiros socorros em caso de contaminação, formas de manipular, armazenar, transportar e descarte do produto ou dos vasilhames que os conteve, entre outras informações.

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Medidas de Controle para os Riscos Químicos

Os riscos químicos devem ser controlados conforme é apresentado na Figura 5.

Produto Meio Receptor

1. Seleção de equipamentos e designes adequados;

2. Substituição de produtos3. Modificação do processo4. Controle do processo5. Isolamento do processo6. Extração localizada7. Manutenção

1. Limpeza2. Ventilação por

dissolução3. Aumento da

distância entre o transmissor e o receptor

4. Sistemas de alarme

1. Treinamento e informação2. Revesamento de pessoal3. Atenção do trabalhador4. Uso de EPIs

Figura 5 – Medidas de Controle dos Riscos Químicos

Processo – condições favoráveis à expansão das substâncias podem aumentar o risco tóxico, por isso o enclausuramento representa maior segurança. Altas temperaturas e pressões, por outro lado, significam maior risco. Substâncias mais voláteis também representam mais risco. É importante pensar sempre em substituir substâncias mais tóxicas por outras menos tóxicas, como, por exemplo, os aromáticos por solventes de cadeia aberta.

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Ambiente – ventilação, exaustão, presença de anteparos e outras condições no local, podem diminuir o contato do homem com as substâncias.

Organização do Trabalho – a forma como o trabalho é organizado pode implicar em um número menor de pessoas envolvidas em operações de maior risco ou maior proximidade da fonte tóxica.

Procedimentos – a maneira de realizar determinadas ações representa maior ou menor risco e esta é uma das bases do procedimento seguro.

Equipamentos – a manutenção dos equipamentos é importante no controle de risco, contribuindo na prevenção de acidentes que envolvam vazamentos e outros eventos de risco.

Uso de E.P.I – O Equipamento de Proteção Individual impede o contato entre o agente tóxico e o organismo humano, reduzindo o risco tóxico.

Armazenamento – as condições de armazenagem devem obedecer às instruções contidas nas fichas de informação das substâncias para evitar o risco de intoxicação. O mesmo vale para o transporte. No entanto, muitas vezes existe certa quantidade de substâncias no ambiente.

Se os efeitos dependem da quantidade, como saber se a quantidade no ar pode causar efeitos nocivos ou não? Fazendo testes com animais de laboratório, observando trabalhadores e levantando dados estatísticos, pode-se considerar que existe uma quantidade da substância no organismo que não provoca efeitos nocivos observáveis. Assim, foram estabelecidos limites considerados seguros para a maioria dos trabalhadores expostos durante a jornada de trabalho. São os Limites de Tolerância (TLV em inglês). Ou LT (Encontrado na NR-15 da Portaria 3214 do (MTE) (Fonte: http://azullimao.com.br/colunista15_2.htm)

Armazenamento e Manipulação de Produtos Químicos

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A estocagem de recipientes coletores deve ser realizada em local afastado das dependências dos laboratórios, seguro, muito bem ventilado e devidamente identificado por simbologia de periculosidade.Os recipientes precisam estar fechados de forma estanque. Atentar também para as questões relacionadas à incompatibilidade das substâncias.

O acesso ao depósito deve ser proibido a pessoas estranhas ao serviço. Deve ser o depósito projetado de forma a não permitir a entrada de animais diversos (roedores, aves, insetos, gatos, etc.).

O depósito deve oferecer proteção total, contra chuva, aos materiais nele depositados. A utilização de água para a limpeza do depósito deve ser desprezada.

O piso deverá ter caimento adequado, de preferência com ralos conectados a sistemas de contenção, a fim de impedir que, em caso de acidentes envolvendo a ruptura de frascos, que o material seja lançado diretamente no esgoto ou no ambiente.

Todo o pessoal envolvido na coleta, transporte e estocagem do material deverão estar paramentados com os equipamentos de proteção individual necessário e compatível com o tipo de material movimentado. O uso de uniformes de mangas longas, luvas, botas, óculos de segurança é obrigatório.

O pessoal que trabalha nessa área deverá ser suficientemente capacitado para administrar as situações que envolvem os riscos associados às substâncias químicas, principalmente nas questões relacionadas às incompatibilidades e aos cuidados a serem tomados com as mesmas. Deve estar pronto para a tomada de decisões.

Descarte de Produtos Químicos

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• Rejeitos inflamáveis devem ser colocados em recipientes à prova de fogo.

• Solventes e rejeitos inflamáveis não devem ser estocados em bancadas, armários, prateleiras e sob as pias.

• Recipientes vazios de substâncias químicas devem sofrer lavagem antes de serem descartados ou estocados.

• Ao proceder ao corte de tambores vazios de solventes orgânicos utilizando maçarico ou qualquer outro instrumento, providenciar a lavagem interna abundante com água, a fim de facilitar a expulsão dos gases que, porventura, estejam confinados no interior do tambor.

• Substâncias químicas não tóxicas podem ser despejadas na pia se, antes, forem devidamente diluídas. A torneira deverá permanecer aberta por um longo tempo, de maneira a favorecer o processo de diluição.

2.3Riscos Biológicos

Os riscos biológicos ocorrem por meio de microorganismos que, em contato com o homem, podem provocar inúmeras doenças.

Os microorganismos que podem "contaminar" o trabalhador são, basicamente, as bactérias, os fungos, os bacilos, os parasitas, os protozoários, os vírus, entre outros mais.

Muitas atividades profissionais favorecem o contato com tais riscos. É o caso das indústrias de alimentação, hospitais, limpeza pública (coleta de lixo), laboratórios, etc. Para que essas doenças possam ser consideradas doenças profissionais, é preciso que haja exposição do empregado a estes microorganismos. O empregado, em geral, é avaliado biologicamente e em laboratórios apropriados através da coleta de sangue, fezes, urina ou outro meio de pesquisa.

São necessárias medidas preventivas para que as condições de higiene e segurança nos diversos setores de trabalho sejam adequadas.

As fontes de exposição incluem pessoas, animais, objetos ou substâncias que abrigam agentes biológicos, a partir dos quais torna-se

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possível a transmissão a um hospedeiro ou a um reservatório. Reservatório é a pessoa, animal, objeto ou substância no qual um agente biológico pode persistir, manter sua viabilidade, crescer ou multiplicar-se, de modo a poder ser transmitido a um hospedeiro. A identificação da fonte de exposição e do reservatório é fundamental para se estabelecerem as medidas de proteção a serem adotadas.

Medidas de Controle para os Riscos Biológicos

Controles de engenharia Práticas no Trabalho EPI Redução na Fonte Programa de Imunizações ou esquema de vacinações

Exemplos de algumas doenças que podem ser consideradas ocupacionais:

Viroses

São várias as doenças produzidas por vírus que podem ser caracterizadas como ocupacionais. Elas abrangem viroses respiratórias, viroses eruptivas, enteroviroses e arboviroses. Esse tipo de infeção pode ser de transmissão direta, de pessoa para pessoa (rubéola, gripe) ou por um vetor (o mosquito na febre amarela silvestre) ou pelo manuseio de animais infectados.

As infeções adquiridas em laboratórios de patologia podem ser resultantes do trabalho com o vírus, de pequenos acidentes ou proveniente de animais em experimentos (na observação ou na autopsia), de aerossóis ou da contaminação dos materiais e utensílios usados (tubos, pipetas, placas etc.). O mesmo pode ocorrer no trabalho de saúde pública. A infeção por vírus pode acontecer simultaneamente em pacientes e no pessoal que trabalha no hospital. A temida e indesejável infeção hospitalar.

Dentre as viroses mais comumente ligadas ao trabalho temos:

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- febre amarela: é uma doença infecciosa transmitida por mosquitos contaminados por um flavivirus e ocorre na América Central, na América do Sul e na África.

- Hepatites virais (A-B-C-D) estão particularmente vulneráveis os que trabalham em hospitais e em postos de atendimento do público em geral, dentistas, pessoal de saneamento, lixeiros. Início geralmente súbito, com febre, anorexia, náuseas, dores abdominais e icterícia. Apresenta grande variedade clínica, desde formas benignas até as graves e mortais. Ocorre no mundo inteiro e seu reservatório é o próprio homem. Os surtos são mais freqüentes em instituições como industrias, quartéis e escolas. A transmissão se faz de pessoa a pessoa. As medidas de prevenção se baseiam principalmente na educação quanto as medidas de saneamento e higiene pessoal; evitar aglomerações e o uso de descartáveis. A vacinação deve ser obrigatória para todos engajados em serviços de saúde. ou que façam atendimento público.

Doenças bacterianas

As principais doenças bacterianas de origem ocupacional são em geral decorrentes da negligência nos cuidados com pequenos ferimentos , escoriações na pele. Essas infeções são em sua maioria causadas por estafilococus e estreptococus e podem ser evitadas com medidas de higiene e cuidados adequados. Entretanto existem aquelas mais graves e perigosas e entre elas destacamos:

- tuberculose: doença grave, transmitida pelo ar, que pode atingir todos os órgãos do corpo, em especial os pulmões; é geralmente adquirida no ambiente familiar. No trabalho o pessoal dos serviços de saúde são os mais sujeitos mas é preciso haver um contato freqüente e prolongado com casos ativos. O microorganismo causador da doença é o bacilo de Koch, cientificamente chamado Mycobacterium tuberculosis. Os exames de laboratório são fundamentais para se estabelecer o diagnóstico.

- brucelose: é também conhecida por febre de Malta ou ondulante é uma doença crônica causada pelas bactérias do gênero Brucella, transmitida pelos laticínios não pasteurizados; essa doença está ligada a todos aqueles que lidam com carnes (de vaca, porco e cabra), leite e derivados. Sua característica é a febre intermitente que tende a cronicidade com perda de peso e fraqueza acompanhada por manifestações esplênicas e renais e

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comprometimento das

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juntas. As medidas preventivas baseiam-se no controle , por vacinação, nos animais.

- tétano: é uma doença infecciosa grave que frequentemente pode levar à morte. É causada pela neurotoxina tetanospasmina que é produzida pela bactéria anaeróbica Clostridium tetani. A bactéria é encontrada nas fezes de animais ou humanos que se depositam na areia ou na terra. A infecção se dá pela entrada das bactérias por qualquer tipo de ferimento na pele contaminado com areia ou terra. Constitui-se num risco potencial para todos os trabalhadores, principalmente aqueles sujeitos a pequenos ferimentos penetrantes e os que lidam com animais. Também se constitui em risco para bombeiros, militares, policiais e todos aqueles expostos ao risco de lesões traumáticas na vida diária. Doença aguda devido à ação sobre o sistema nervoso central da toxina do bacilo tetânico em desenvolvimento anaeróbio em um ferimento, em geral perfurante (também queimaduras). Caracteriza-se por contraturas musculares dolorosas iniciando-se pelos masséteres e músculos do pescoço dando o trisma e a rigidez da nuca que lhe são característicos estendendo-se a seguir aos do tronco que se acompanha das contraturas. A letalidade pode chegar a 70%. Os animais herbívoros são seus reservatórios em especial o cavalo, em cujo intestino o germe vive como hóspede normal, inócuo. A vacinação geral de todos os trabalhadores é a grande medida para evitar essa perigosa infeção e confere sólida proteção

- febre tifóide: é uma doença infecciosa potencialmente grave, causada por uma bactéria, a Salmonella typhi. Caracteriza-se por febre prolongada, alterações do trânsito intestinal, aumento de vísceras como o fígado e o baço e, se não tratada, confusão mental progressiva, podendo levar ao óbito. A transmissão ocorre principalmente através da ingestão de água e de alimentos contaminados. A doença tem distribuição mundial, sendo mais freqüente nos países em desenvolvimento, onde as condições de saneamento básico são inexistentes ou inadequadas.

- carbúnculo: carbúnculo hemático ou antraz ou, ainda, antrax é uma doença infecciosa aguda provocada pela bactéria Bacillus anthracis e a sua forma mais virulenta é altamente letal. O Carbúnculo é uma doença comum dos animais herbívoros, quer dos selvagens quer dos domésticos, mas também pode afetar os seres humanos que sejam expostos a animais infectados, tecidos de animais infectados ou elevadas concentrações de esporos de carbúnculo. É um risco para quem lida com pelos e peles de animais. No local da entrada do bacilo inicialmente forma-se uma vesícula que progride para uma escara escura . A doença pode espalhar-se e dar uma septicemia. A prevenção

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baseia-se em medidas de higiene e no tratamento adequado de peles e pelos de animais que vão ser industrializados.

Micoses e fungos

Tanto podem ser manifestações sistêmicas, superficiais ou produzindo hipersensibilidade. Entre elas temos a candidiase ou moniliase, a aspergilose, histoplasmose, dermatofitose (pé de atleta), esporotricose, pulmão do fazendeiro, bagaçose, suberose, etc.

Doenças parasitárias

Tem significado ocupacional aquelas causadas por:

-protozoários como a malária, amebiáse, leishmaniose, tripanosomiase.

-helmintos como a esquistossómose, ancilostómose, ascarídiase.

-artrópodes como os ácaros, carrapatos, bicho do pé, etc.

- leishmaniose tegumentar americana, transmitida ao homem quando ele é picado por mosquitos vetores que carregam o protozoário Leishmania (Viannia) braziliensis após picarem o hospedeiro silvestre rato-do-mato.

- malária: ou paludismo é uma doença infecciosa aguda ou crônica causada por protozoários parasitas do gênero Plasmodium, transmitidos pela picada do mosquito Anopheles.

Picadas de cobras venenosas, escorpião, lacraia, centopéia e aranhas venenosas

Nesses casos as medidas de primeiros socorros são soberanas. Se você não

conhece cobras, leve se possível a cobra causadora do acidente para identificação (viva

ou morta). Atenção para as seguintes características de

identificação: Venenosa Não venenosa

Cabeça.......... Triangular.............................. Arredondada

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Olhos............ Pequenos............................... Grandes

Fosseta lacrimal.......... Tem....................................... Não tem

Escamas........ simétricos

Desenhos irregulares.............. Desenhos

Cauda............afinando gradativamente

Curta afinando abruptamente Longa e

Dentes ........ pequenos e mais

Duas presas ou maxilar Dentes

superior bem maiores ou menos iguais

que os demais dentes ..........

Picada.......... Com uma ou duas marcas Orifícios pequenos e

mais profundas................... mais ou menosiguais

A cobra coral constitui uma exceção: a cabeça não é triangular; a cabeça e a cauda são continuação do corpo.

Na ausência ou falta de médico e se identificar a cobra como venenosa, aplique um dos soros específicos, seguindo rigorosamente suas especificações:

Anticrotálico - para cascavel

Antibotrópico - para jararaca, urutu, jararacuçu

Antilaquésico - para surucucu “pico de jaca

Antielapídico - para coral.

No caso de picadas por escorpião aplicar o soro específico, dentro da primeira hora da picada

Nos demais casos o tratamento é local.

2.4Riscos Ergonômicos

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São as condições de trabalho em desacordo com as características psicofisiológicas dos trabalhadores, não proporcionando um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente das tarefas dos trabalhadores.

Essas condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho.

Relacionam-se aos Fatores Psicológicos e Fisiológicos do Trabalho:

- Postura no Trabalho

- Ritmo de Trabalho

- Fadiga (Stress)

- Preocupação

Como devemos levantar e carregar objetos?

Para levantar e carregar objetos corretamente, o trabalhador deve proceder da seguinte maneira:

• aproximar-se do objeto que vai ser levantado• manter os pés separados na largura dos ombros para melhor

sustentação• dobrar os joelhos, mantendo a coluna reta e a musculatura do abdome

contraída• levantar o objeto e mantê-lo junto ao tronco, apoiando-se nos músculos

das pernas com os joelhos levemente dobrados• evitar torcer o corpo durante o deslocamento do objeto

Medidas de Controle para os Riscos Ergonômicos

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Para evitar que estes riscos comprometam as atividades e a saúde do trabalhador, é necessário um ajuste entre as condições de trabalho e o homem sob os aspectos de praticidade, conforto físico e psíquico por meio de: melhoria no processo de trabalho, melhores condições no local de trabalho, modernização de máquinas e equipamentos, melhoria no relacionamento entre as pessoas, alteração no ritmo de trabalho, ferramentas adequadas, postura adequada, etc.

2.5Riscos de Acidentes

Riscos de Acidentes são todos os fatores que colocam em perigo o trabalhador ou afetam sua integridade física ou moral. São considerados como riscos geradores de acidentes: arranjo físico deficiente; máquinas e equipamentos sem proteção; ferramentas inadequadas; ou defeituosas; eletricidade; incêndio ou explosão; animais peçonhentos; armazenamento inadequado.

• Arranjo físico deficiente - É resultante de: prédios com área insuficiente; localização imprópria de máquinas e equipamentos; má arrumação e limpeza; sinalização incorreta ou inexistente; pisos fracos e/ou irregulares.

• Máquinas e equipamentos sem proteção - Máquinas obsoletas; máquinas sem proteção em pontos de transmissão e de operação; comando de liga/desliga fora do alcance do operador; máquinas e equipamentos com defeitos ou inadequados; EPI inadequado ou não fornecido.

• Ferramentas inadequadas ou defeituosas - Ferramentas usadas de forma incorreta; falta de fornecimento de ferramentas adequadas; falta de manutenção.

• Eletricidade - Instalação elétrica imprópria , com defeito ou exposta; fios desencapados; falta de aterramento elétrico; falta de manutenção.

• Incêndio ou explosão - Armazenamento inadequado de inflamáveis e/ou gases; manipulação e transporte inadequado de produtos inflamáveis e perigosos; sobrecarga em rede elétrica; falta de sinalização; falta de equipamentos de combate ou equipamentos defeituosos

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Em nossa legislação acidente do trabalho é definido pelo Decreto nº 611/92 Art. 139, que diz:

“É aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, ou ainda pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, ou perda, ou redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho.”

Medidas de Controle para os Riscos de Acidentes

A empresa deve estabelecer medidas de caráter administrativo e organizacional visando:

• que seus empregados adotem comportamento adequado, para evitar acidentes, doenças ocupacionais;

• no caso de acidentes, a adoção de medidas de respostas a emergências rápidas e eficazes

• que as ferramentas de trabalho sejam adequadas ao tipo de trabalho, usadas de maneira correta e nunca improvisada, mantidas em bom estado de conservação e enviadas para manutenção, quando reparos forem necessários.

3 MAPA DE RISCO

O Mapa de Risco foi criado através da Portaria n° 05 em 17/08/92 tratando da obrigatoriedade, por parte de todas as empresas, da

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"representação gráfica dos riscos existentes nos diversos locais de trabalho", e faz parte da NR-09.

O Mapa de Risco tem como objetivos:

– reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e saúde no trabalho na empresa;

– possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações entre os trabalhadores, bem como estimular sua participação nas atividades de prevenção.

Quais as etapas da elaboração do Mapa de Riscos?

• Conhecer o processo de trabalho no local analisado: os trabalhadores: número, sexo, idade, treinamentos profissionais e de segurança e saúde, jornada; os instrumentos e materiais de trabalho; as atividades exercidas; o ambiente.

• Identificar os riscos existentes no local analisado, conforme a classificação;

• Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia. Medidas de proteção coletiva; medidas de organização do trabalho; medidas de proteção individual; medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, armários, bebedouro, refeitório, área de lazer.

• Identificar os indicadores de saúde:- queixas mais freqüentes e comuns entre os trabalhadores

- expostos aos mesmos riscos;

- acidentes de trabalho ocorridos;

- doenças profissionais diagnosticadas;

- causas mais freqüentes de ausência ao trabalho.

• Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local;

• Elaborar o Mapa de Riscos, sobre o layout da empresa, indicando através de círculo, conforme apresenta a Figura 6:

– o grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada;– o número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser

anotado dentro do círculo;– a especificação do agente (por exemplo: químico - sílica, hexano,

ácido clorídrico; ou ergonômico - repetitividade, ritmo excessivo) que deve ser anotada também dentro do círculo;

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– a intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve ser representada por tamanhos proporcionalmente diferentes de círculos.

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PEQUENO MÉDIO GRANDE

Figura 6 – Confecção de Mapa de Risco

• Após discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Riscos, completo ou setorial, deverá ser afixado em cada local analisado, de forma claramente visível e de fácil acesso para os trabalhadores.

4 EPI – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

O uso dos EPI’s é regulamento pela NR-6, que estabelece definições legais, formas de proteção, requisitos de comercialização e responsabilidades (empregador, empregado, fabricante, importador e MTE.

A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 166 e 167 da CLT:

Artigo 166. A empresa é obrigada a fornecer aos empregados,

COR = TIPO DO RISCO• VERDE• VERMELHO• MARROM• AMARELO• AZUL

Físicos Químicos Biológicos Ergonômicos De Acidentes

CÍRCULO = GRAU DE INTENSIDADE

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gratuitamente, equipamento de proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados.

Artigo 167. O equipamento de proteção só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho.

A conservação dos EPI´s é de responsabilidade de cada colaborador. O seu uso correto lhe proporcionará segurança na realização de muitas tarefas.

É obrigatório o uso de uniformes limpos e adequados ao serviço, pois o uniforme também é EPI.

EPI não evita acidentes, evita a lesão.

elimina/neutraliza/sinaliza elimina/neutraliza

Figura 7 – EPC e EPI como medidas de prevenção e controle dos riscos de acidentes

Seguem partes transcritas e adaptadas da NR-6:

6.1 - Equipamento de Proteção Individual – EPI - todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

A LESÃO

AMBIENTE

EPC

HOMEM

EPI

O RISCO

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6.2 - EPI, nacional ou importado, só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação - CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.

6.3 - A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:

a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;

b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e,

c) para atender a situações de emergência.

6.4. Atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional, e observado o disposto no item 6.3, o empregador deve fornecer aos trabalhadores os EPI adequados, de acordo com o disposto no ANEXO I desta NR.

6.5 - Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT, ou a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, nas empresas desobrigadas de manter o SESMT, recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em determinada atividade.

6.5.1 - Nas empresas desobrigadas de constituir CIPA, cabe ao designado, mediante orientação de profissional tecnicamente habilitado, recomendar o EPI adequado à proteção do trabalhador.

6.6 - Cabe ao empregador

a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;

b) exigir seu uso;

c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;

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d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;

e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;

f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,

g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.

6.7 - Cabe ao empregado

a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;

b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;

c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e,

d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

6.8 - Cabe ao fabricante e ao importador

a) cadastrar-se junto ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;

b) solicitar a emissão do CA;

c) solicitar a renovação do CA, quando vencido o prazo de validade;

d) requerer novo CA, quando houver alteração das especificações do equipamento aprovado;

e) responsabilizar-se pela manutenção da qualidade do EPI que deu origem ao Certificado de Aprovação - CA;

f) comercializar ou colocar à venda somente o EPI, portador de CA;

g) comunicar ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho quaisquer alterações dos dados cadastrais fornecidos;

h) comercializar o EPI com instruções técnicas no idioma nacional, orientando sua utilização, manutenção, restrição e demais referências ao seu uso;

i) fazer constar do EPI o número do lote de fabricação; e,

j) providenciar a avaliação da conformidade do EPI no âmbito do SINMETRO, quando for o caso.

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6.9 - Certificado de Aprovação - CA

6.9.3 - Todo EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do CA, ou, no caso de EPI importado, o nome do importador, o lote de fabricação e o número do CA.

6.9.3.1 - Na impossibilidade de cumprir o determinado no item 6.9.3, o órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho poderá autorizar forma alternativa de gravação, a ser proposta pelo fabricante ou importador, devendo esta constar do CA.

6.10 - Restauração, lavagem e higienização de EPI

6.10.1 - Os EPI passíveis de restauração, lavagem e higienização, serão definidos pela comissão tripartite constituída, na forma do disposto no item 6.4.1, desta NR, devendo manter as características de proteção original.

6.11 - Da competência do Ministério do Trabalho e Emprego / MTE

a) cadastrar o fabricante ou importador de EPI;

b) receber e examinar a documentação para emitir ou renovar o CA de EPI;

c) estabelecer, quando necessário, os regulamentos técnicos para ensaios de EPI;

d) emitir ou renovar o CA e o cadastro de fabricante ou importador;

e) fiscalizar a qualidade do EPI;

f) suspender o cadastramento da empresa fabricante ou importadora; e,

g) cancelar o CA.

6.12. Fiscalização para verificação do cumprimento das exigências legais relativas ao EPI. (redação exclusa desta Apostila)

LISTA DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (conforme ANEXO I)

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A - EPI PARA PROTEÇÃO DA CABEÇA

A.1 - Capacete de segurança - para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio; choques elétricos; riscos provenientes de fontes geradoras de calor nos trabalhos de combate a incêndio.

A.2 - Capuz de segurança - para proteção do crânio e pescoço contra riscos de origem térmica e respingos de produtos químicos; para proteção do crânio em trabalhos onde haja risco de contato com partes giratórias ou móveis de máquinas.

B - EPI PARA PROTEÇÃO DOS OLHOS E FACE

B.1 - Óculos de segurança - para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes; luminosidade intensa; radiação ultra-violeta; radiação infra- vermelha; respingos de produtos químicos.

B.2 - Protetor facial de segurança - para proteção da face contra impactos de partículas volantes; respingos de produtos químicos; radiação infra-vermelha; e para proteção dos olhos contra luminosidade intensa.

B.3 - Máscara de Solda de segurança - para proteção dos olhos e face contra impactos de partículas volantes; radiação ultra-violeta; radiação infra-vermelha; luminosidade intensa.

C - EPI PARA PROTEÇÃO AUDITIVA

C.1 - Protetor auditivo - para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR - 15, Anexos I e II; tipos: circum-auricular; de inserção; semi-auricular.

D - EPI PARA PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

D.1 - Respirador purificador de ar - para proteção das vias respiratórias contra

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poeiras, névoas, fumos, radionuclídeos; vapores orgânicos ou gases ácidos em ambientes com concentração inferior a 50 ppm (parte por milhão); partículas e/ou gases emanados de produtos químicos;

D.2 - Respirador de adução de ar

a) tipo linha de ar comprimido - para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde e em ambientes confinados;

b) máscara autônoma de circuito aberto ou fechado - para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde e em ambientes confinados;

D.3 - Respirador de fuga - para proteção das vias respiratórias contra agentes químicos em condições de escape de atmosferas Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde ou com concentração de oxigênio menor que 18 % em volume.

E - EPI PARA PROTEÇÃO DO TRONCO

E.1 - Vestimentas de segurança - para proteção do tronco contra riscos de origem térmica, mecânica, química, radioativa e meteorológica e umidade proveniente de operações com uso de água.

F - EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES

F.1 - Luva de segurança - para proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes; cortantes e perfurantes; choques elétricos; agentes térmicos; agentes biológicos; agentes químicos; vibrações; radiações ionizantes.

F.2 - Creme protetor - para proteção dos membros superiores contra agentes químicos, de acordo com a Portaria SSST nº 26, de 29/12/1994.

F.3 – Manga de segurança - para proteção do braço e do antebraço contra choques elétricos; agentes abrasivos e escoriantes; agentes cortantes e perfurantes; operações com uso de água;

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agentes térmicos.

F.4 – Braçadeira de segurança - para proteção do antebraço contra agentes cortantes.

F.5 – Dedeira de segurança - para proteção dos dedos contra agentes abrasivos e escoriantes.

G - EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES

G.1 - Calçado de segurança - para proteção contra impactos de quedas de objetos sobre os artelhos; para proteção dos pés contra choques elétricos, agentes térmicos, agentes cortantes e escoriantes; para proteção dos pés e pernas contra umidade proveniente de operações com uso de água e respingos de produtos químicos.

G.2 - Meia de segurança - para proteção dos pés contra baixas temperaturas.

G.3 - Perneira de segurança - para proteção da perna contra agentes abrasivos e escoriantes; agentes térmicos; respingos de produtos químicos; agentes cortantes e perfurantes; umidade proveniente de operações com uso de água.

G.4 - Calça de segurança - para proteção das pernas contra agentes abrasivos e escoriantes; respingos de produtos químicos; agentes térmicos; umidade proveniente de operações com uso de água.

H - EPI PARA PROTEÇÃO DO CORPO INTEIRO

H.1 - Macacão de segurança - para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra chamas; agentes térmicos; respingos de produtos químicos; umidade proveniente de operações com uso de água.

H.2 – Conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó- para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra agentes térmicos; respingos de produtos químicos; umidade proveniente de operações com uso de água; chamas.

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H.3 - Vestimenta de corpo inteiro

a) Vestimenta de segurança - para proteção de todo o corpo contra respingos de produtos químicos; umidade proveniente de operações com água.

c) Vestimenta condutiva de segurança para proteção de todo o corpo contra choques elétricos. (Alínea com redação dada pela Portaria SIT 108/04)

I - EPI PARA PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE NÍVEL

I.1 - Dispositivo trava-queda de segurança - para proteção do usuário contra quedas em operações com movimentação vertical ou horizontal, quando utilizado com cinturão de segurança para proteção contra quedas.

I.2 - Cinturão de segurança - para proteção do usuário contra riscos de queda em trabalhos em altura; riscos de queda no posicionamento em trabalhos em altura.

Nota: O presente Anexo poderá ser alterado por portaria específica a ser expedida pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, após observado o disposto no subitem 6.4.1.

ANEXO II – referente à obtenção do CA (excluso desta Apostila)

ANEXO III – Formulário para cadastramento de empresa fabricante ou importadora de EPI (excluso desta Apostila)

5 EPC – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA

Equipamentos de Proteção Coletiva, ou EPC, dizem respeito ao coletivo,devendo proteger todos os trabalhadores expostos a determinado risco. Como exemplos, podemos citar:

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Extintores de incêndio Lava-olhos Chuveiros de segurança Exaustores Kit de primeiros socorros Enclausuramento acústico de fontes de ruído Ventilação dos locais de trabalho Proteção de partes móveis de máquinas e equipamentos Sinalização de segurança Capela Química, dentre outros.

Capela Química

A cabine deverá ser construída de forma aerodinâmica, de maneira que o fluxo de ar ambiental não cause turbulências e correntes, reduzindo, assim, o perigo de inalação e a contaminação do operador e do ambiente.

Kit de primeiros socorros

É composto de material usualmente indicado, inclusive antídoto universal contra cianureto e outros antídotos especiais.

6 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

A sinalização de segurança é baseada na NR 26 - Sinalização de Segurança, que define as cores que devem ser usadas nos locais de trabalho para prevenção de acidentes, identificando os equipamentos de segurança, delimitando áreas, identificando as canalizações empregadas nas indústrias para a condução de líquidos e gases e advertindo contra riscos.

Obs.:

- A utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas de prevenção de acidentes.

- O uso de cores deverá ser o mais reduzido possível, a fim de não ocasionar distração, confusão e fadiga ao trabalhador.

Vermelho

O vermelho deverá ser usado para distinguir e indicar equipamentos e aparelhos de proteção e combate a incêndio. Não deverá ser usado na indústria para assinalar perigo, por ser de pouca visibilidade em comparação

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com o amarelo (de alta visibilidade) e o alaranjado (que significa Alerta). É empregado para identificar:

- caixa de alarme de incêndio;

- hidrantes;

- bombas de incêndio;

- sirenes de alarme de incêndio;

- caixas com cobertores para abafar chamas;

- extintores e sua localização;

- indicações de extintores (visível a distância, dentro da área de uso do extintor);

- localização de mangueiras de incêndio (a cor deve ser usada no carretel, suporte, moldura da caixa ou nicho);

- baldes de areia ou água, para extinção de incêndio;

- tubulações, válvulas e hastes do sistema de aspersão de água;

- transporte com equipamentos de combate a incêndio;

- portas de saídas de emergência;

- rede de água para incêndio (sprinklers);

- mangueira de acetileno (solda oxiacetilênica).

A cor vermelha será usada excepcionalmente com sentido de advertência de perigo:

- nas luzes a serem colocadas em barricadas, tapumes de construções e quaisquer outras obstruções temporárias;

- em botões interruptores de circuitos elétricos para paradas de emergência.

Amarelo

Em canalizações, deve-se utilizar o amarelo para identificar gases não liquefeitos.

O amarelo deverá ser empregado para indicar "Atenção!", assinalando:

- partes baixas de escadas portáteis;

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- corrimões, parapeitos, pisos e partes inferiores de escadas que apresentem risco;

- espelhos de degraus de escadas;

- bordas desguarnecidos de aberturas no solo (poços, entradas subterrâneas, etc.) e de plataformas que não possam ter corrimões;

- bordas horizontais de portas de elevadores que se fecham verticalmente;

- faixas no piso da entrada de elevadores e plataformas de carregamento;

- meios-fios, onde haja necessidade de chamar atenção;

- paredes de fundo de corredores sem saída;

- vigas colocadas a baixa altura;

- cabines, caçambas e gatos-de-pontes-rolantes, guindastes, escavadeiras, etc.;

- equipamentos de transporte e manipulação de material, tais como empilhadeiras, tratores industriais, pontes rolantes, vagonetes, reboques, etc.;

- fundos de letreiros e avisos de advertência;

- pilastras, vigas, postes, colunas e partes salientes de estruturas e equipamentos em que se possa esbarrar;

- cavaletes, porteiras e lanças de cancelas;

- bandeiras como sinal de advertência (combinado ao preto);

- comandos e equipamentos suspensos que ofereçam risco;

- para-choques para veículos de transporte pesados, com listras pretas.Listras (verticais ou inclinadas) e quadrados pretos serão usados sobre o amarelo quando houver necessidade de melhorar a visibilidade da sinalização.

Branco

O branco será empregado em:

- passarelas e corredores de circulação, por meio de faixas (localização e largura);

- direção e circulação, por meio de sinais;

- localização e coletores de resíduos;

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- localização de bebedouros;

- áreas em torno dos equipamentos de socorro de urgência, de combate a incêndio ou outros equipamentos de emergência;

- áreas destinadas à armazenagem;

- zonas de segurança.

Preto

O preto será empregado para indicar as canalizações de inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade (ex: óleo lubrificante, asfalto, óleo combustível, alcatrão, piche, etc.).

O preto poderá ser usado em substituição ao branco, ou combinado a este, quando condições especiais o exigirem.

Azul

O azul será utilizado para indicar "Cuidado!", ficando o seu emprego limitado a avisos contra uso e movimentação de equipamentos, que deverão permanecer fora de serviço.

- empregado em barreiras e bandeirolas de advertência a serem localizadas nos pontos de comando, de partida, ou fontes de energia dos equipamentos.

Será também empregado em:

- canalizações de ar comprimido;

- prevenção contra movimento acidental de qualquer equipamento em manutenção;

- avisos colocados no ponto de arranque ou fontes de potência.

Verde

O verde é a cor que caracteriza "segurança". Deverá ser empregado para identificar:

- canalizações de água;

- caixas de equipamento de socorro de urgência;

- caixas contendo máscaras contra gases;

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- chuveiros de segurança;

- macas;

- fontes lavadoras de olhos;

- quadros para exposição de cartazes, boletins, avisos de segurança, etc.;

- porta de entrada de salas de curativos de urgência;

- localização de EPI; caixas contendo EPI;

- emblemas de segurança;

- dispositivos de segurança;

- mangueiras de oxigênio (solda oxiacetilênica).

Laranja

O laranja deverá ser empregado para identificar:

- canalizações contendo ácidos;

- partes móveis de máquinas e equipamentos;

- partes internas das guardas de máquinas que possam ser removidas ou abertas;

- faces internas de caixas protetoras de dispositivos elétricos;

- faces externas de polias e engrenagens;

- botões de arranque de segurança;

- dispositivos de corte, borda de serras, prensas.

Púrpura

A púrpura deverá ser usada para indicar os perigos provenientes das radiações eletromagnéticas penetrantes de partículas nucleares. Deverá ser empregada a púrpura em:

- portas e aberturas que dão acesso a locais onde se manipulam ou armazenam materiais radioativos ou materiais contaminados pela radioatividade;

- locais onde tenham sido enterrados materiais e equipamentos contaminados;

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- recipientes de materiais radioativos ou de refugos de materiais e equipamentos contaminados;

- sinais luminosos para indicar equipamentos produtores de radiações eletromagnéticas penetrantes e partículas nucleares.

Lilás

O lilás deverá ser usado para indicar canalizações que contenham álcalis. As refinarias de petróleo poderão utilizar o lilás para a identificação de lubrificantes.

Cinza

a) Cinza claro - deverá ser usado para identificar canalizações em vácuo;

b) Cinza escuro - deverá ser usado para identificar eletrodutos.

Alumínio

O alumínio será utilizado em canalizações contendo gases liquefeitos, inflamáveis e combustíveis de baixa viscosidade (ex.óleo diesel, gasolina, querosene, óleo lubrificante, etc.).

Marrom

O marrom pode ser adotado, a critério da empresa, para identificar qualquer fluído não identificável pelas demais cores.

Geral

O corpo das máquinas deverá ser pintado em branco, preto ou verde.

As canalizações industriais, para condução de líquidos e gases, deverão receber a aplicação de cores, em toda sua extensão, a fim de facilitar a identificação do produto e evitar acidentes.

Obrigatoriamente, a canalização de água potável deverá ser diferenciada das demais.

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O sentido de transporte do fluído, quando necessário, será indicado por meio de seta pintada em cor de contraste sobre a cor básica da tubulação.

Para fins de segurança, os depósitos ou tanques fixos que armazenem fluidos deverão ser identificados pelo mesmo sistema de cores que as canalizações.

Sinalização para armazenamento de substâncias perigosas

O armazenamento de substâncias perigosas deverá seguir padrões internacionais.

Considera-se substância perigosa todo material que seja, isoladamente ou não, corrosivo, tóxico, radioativo, oxidante, e que, durante o seu manejo, armazenamento, processamento, embalagem, transporte, possa conduzir efeitos prejudiciais sobre trabalhadores, equipamentos, ambiente de trabalho.

Também são utilizados alguns símbolos para sinalização. A Figura 8 apresenta alguns deles.

Radiação

Não fume!

Risco Biológico CIPA

Figura 8 – Alguns Símbolos da Segurança

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7. PREVENÇÃO E COMBATE CONTRA INCÊNDIOS

Fogo

Reação química com produção de chamas, liberação de energia (calor e luz) e produtos de combustão (gases, vapores, fuligens e cinzas)

Combustão

Reação química entre combustível e comburente ativada por uma fonte de energia (energia de ativação)

C(g) + O2 (g) CO2 (g) + CALOR

C=COMBUSTÍVEL

O2=OXIGÊNIO(COMBURENTE)

∆ = ENERGIA DE ATIVAÇÃO (IGNIÇÃO)

Incêndio

É o fogo que foge ao nosso controle, ocasionando danos à propriedade, vítimas (lesões corporais e mortes), impactos sociais negativos e processo civil e criminal.

Composição do Fogo

Para que ocorra a combustão são necessários:

• Material combustível (oxidável)• Material comburente (oxidante)• Fonte de ignição (energia)5 e• Reação em cadeia

5 As fontes de ignição mais comuns nos incêndios são: solda, linha quente, forno, calor de atrito, faísca de equipamento elétrico, eletricidade estática, raio, ignição espontânea, (fósforo, isqueiro, cigarro).

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Estes 4 componentes formam o Tetraedro do FOGO, conforme apresenta a figura 9:

Figura 9 – Tetraedro do Fogo

Na falta de qualquer um dos componentes, o fogo não se inicia. Se já estiver aceso, se apaga. Vem daí os métodos de extinção do fogo. Cada método irá retirar um dos componentes do tetraedro:

• Retirada ou exclusão do combustível = Isolamento, Bloqueio ou Substituição

• Cobertura do oxigênio = Abafamento, com tampa ou espuma • Retirada ou redução do calor (temperatura do combustível) =

Resfriamento• Interrupção da reação em cadeia = Quebra da Reação em Cadeia

Existem agentes extintores para a utilização de cada uma destas técnicas, com exceção da técnica de isolamento. Os agentes extintores são:

Água: é o agente extintor de incêndio por excelência. A água atua na eliminação da combustão por resfriamento. Ela não deve ser utilizada em materiais energizados devido à sua composição mineralógica, que conduz energia elétrica, agravando ainda mais o incêndio.

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CO2: O dióxido de carbono é um gás inerte e mais pesado que o ar, atuando sobre a combustão pelo processo de “abafamento” isto é, por substituição do oxigênio que alimenta as chamas, e também em parte por resfriamento. Como se trata de um gás inerte, tem a grande vantagem de não deixar resíduos após aplicação. Não é condutor de energia elétrica.

espuEspuma: É obtida por um processo mecânico de mistura de um agente

mífero, ar e água; indicada nas técnicas de abafamento e resfriamento.

Pó Químico: Composto químico que atua como quebra da reação em cadeia. Tem efeito corrosivo e de contaminação que se produz após a utilização de um extintor deste tipo. Quando utilizado, apresenta perda de equipamento e material, devido à corrosão produzida por ele.

Agentes halogenados: são substâncias contendo elementos ou compostos de flúor, cloro, bromo ou iodo. Atuam abafando, resfriando e inibindo o fenômeno da reação em cadeia. Não é condutor, por isso, pode ser utilidade em materiais energizados. Porém, tem fortes restrições ambientais.

Existem diferentes tipos de princípios de incêndios. A depender do tipo de combustível, os incêndios são classificados em:

Classe A: Incêndios em materiais sólidos fibrosos, tais como: madeira, papel, tecido, etc. que se caracterizam por deixar após a queima, resíduos como carvão e cinza e também por reterem calor dentro de si, correndo o risco de reignição. Por isso, a técnica mais eficiente é a de resfriamento. Mas no seu início também é possível utilizar o abafamento e o isolamento. Agentes extintores possíveis: Água (preferencialmente), Espuma, CO2 e agentes Halogenados.

Classe B: Incêndios em líquidos e gases inflamáveis, ou em sólidos que se liquefazem para entrar em combustão: gasolina, GLP, parafina, etc. Caracterizam-se por ocuparem o ambiente que os contém, com rapidez, e por queimarem na superfície. Por isso, não se deve utilizar água (ela espalha o fogo). Técnicas recomendáveis: isolamento, abafamento e quebra da reação

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em cadeia. Agentes extintores: Espuma, CO2, Pó Químico e agentes Halogenados.

Classe C: Incêndios que envolvem equipamentos elétricos energizados: motores, geradores, cabos, etc. Característica: não pode ter contato com materiais condutores de energia elétrica, por isso, não pode usar a água e nem a espuma. Técnicas de extinção: abafamento e quebra da reação em cadeia. Agentes extintores: CO2, agentes Halogenados e pó químico. Normalmente se evita utilizar este último, para evitar a perda do equipamento.

Classe D: Incêndios em metais combustíveis (pirofóricos), tais como: magnésio, titânio, potássio, zinco, sódio, etc. Característica: queimam apenas com o calor da temperatura ambiente, sem a necessidade de qualquer outra fonte de ignição. Só é possível a utilização do isolamento ou quebrada da reação em cadeia. Agente extintor: Pó Químico Especial, específico para o metal combustível que está incendiando.

Texto extraído da NR-23 – Proteção Contra Incêndio

Todas as empresas deverão possuir:

a) proteção contra incêndio;

b) saídas suficientes para a rápida retirada do pessoal em serviço, em caso de incêndio;

c) equipamento suficiente para combater o fogo em seu início;

d) pessoas adestradas no uso correto desses equipamentos.

Saídas.

Os locais de trabalho deverão dispor de saídas, em número suficiente e dispostas de modo que aqueles que se encontrem nesses locais possam abandoná-los com rapidez e segurança, em caso de emergência.

A largura mínima das aberturas de saída deverá ser de 1,20m (um metro e vinte centímetros).

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O sentido de abertura da porta não poderá ser para o interior do local de trabalho.

As aberturas, saídas e vias de passagem devem ser claramente assinaladas por meio de placas ou sinais luminosos, indicando a direção da saída.

As saídas devem ser dispostas de tal forma que, entre elas e qualquer local de trabalho não se tenha de percorrer distância maior que 15,00m (quinze metros) nas de risco grande e 30,00m (trinta metros) nas de risco médio ou pequeno.

Estas distâncias poderão ser modificadas, para mais ou menos, a critério da autoridade competente em segurança do trabalho, se houver instalações de chuveiros (sprinklers), automáticos, e segundo a natureza do risco.

Portas.

Todas as portas de batente, tanto as de saída como as de comunicações internas, devem:

a) abrir no sentido da saída;

b) situar-se de tal modo que, ao se abrirem, não impeçam as vias de passagem.

Nenhuma porta de entrada, ou saída, ou de emergência de um estabelecimento ou local de trabalho, deverá ser fechada a chave, aferrolhada ou presa durante as horas de trabalho.

Durante as horas de trabalho, poderão ser fechadas com dispositivos de segurança, que permitam a qualquer pessoa abri-las facilmente do interior do estabelecimento ou do local de trabalho.

Em hipótese alguma, as portas de emergência deverão ser fechadas pelo lado externo, mesmo fora do horário de trabalho.

Combate ao fogo.

Tão cedo o fogo se manifeste, cabe:

a) acionar o sistema de alarme;

b) chamar imediatamente o Corpo de Bombeiros;

c) desligar máquinas e aparelhos elétricos, quando a operação do desligamento não envolver riscos adicionais;

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d) atacá-lo, o mais rapidamente possível, pelos meios adequados.

As máquinas e aparelhos elétricos que não devam ser desligados em caso de incêndio deverão conter placa com aviso referente a este fato, próximo à chave de interrupção.

Exercício de alerta.

Os exercícios de combate ao fogo deverão ser feitos periodicamente, objetivando:

a) que o pessoal grave o significado do sinal de alarme;

b) que a evacuação do local se faça em boa ordem;

c) que seja evitado qualquer pânico;

d) que sejam atribuídas tarefas e responsabilidades específicas aos empregados;

e) que seja verificado se a sirene de alarme foi ouvida em todas as áreas.

Os exercícios deverão ser realizados sob a direção de um grupo de pessoas, capazes de prepará-los e dirigi-los, comportando um chefe e ajudantes em número necessário, segundo as características do estabelecimento.

Os planos de exercício de alerta deverão ser preparados como se fossem para um caso real de incêndio.

Nas fábricas que mantenham equipes organizadas de bombeiros, os exercícios devem se realizar periodicamente, de preferência, sem aviso e se aproximando, o mais possível, das condições reais de luta contra o incêndio.

As fábricas ou estabelecimentos que não mantenham equipes de bombeiros deverão ter alguns membros do pessoal operário, bem como os guardas e vigias, especialmente exercitados no correto manejo do material de luta contra o fogo e o seu emprego.

Classes de fogo.

Será adotada, para efeito de facilidade na aplicação das presentes disposições, a seguinte classificação de fogo:

Classe A - são materiais de fácil combustão com a propriedade de queimarem em sua superfície e profundidade, e que deixam resíduos, como: tecidos, madeira, papel, fibra, etc.;

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Classe B - são considerados inflamáveis os produtos que queimem somente em sua superfície, não deixando resíduos, como óleo, graxas, vernizes, tintas, gasolina, etc.;

Classe C - quando ocorrem em equipamentos elétricos energizados como motores, transformadores, quadros de distribuição, fios, etc.

Classe D - elementos pirofóricos como magnésio, zircônio, titânio.

Extintores.

Em todos os estabelecimentos ou locais de trabalho só devem ser utilizados extintores de incêndio que obedeçam às normas brasileiras ou regulamentos técnicos do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - INMETRO, garantindo essa exigência pela aposição nos aparelhos de identificação de conformidade de órgãos de certificação credenciados pelo INMETRO.

Extintores portáteis.

Todos os estabelecimentos, mesmo os dotados de chuveiros automáticos, deverão ser providos de extintores portáteis, a fim de combater o fogo em seu início. Tais aparelhos devem ser apropriados à classe do fogo a extinguir.

Tipos de extintores portáteis.

O extintor tipo "Espuma" será usado nos fogos de Classe A e B.

O extintor tipo "Dióxido de Carbono" será usado, preferencialmente, nos fogos das Classes B e C, embora possa ser usado também nos fogos de Classe A em seu início.

O extintor tipo "Químico Seco" usar-se-á nos fogos das Classes B e C. As unidades de tipo maior de 60 a 150 kg deverão ser montadas sobre rodas. Nos incêndios Classe D, será usado o extintor tipo "Químico Seco", porém o pó químico será especial para cada material.

O extintor tipo "Água Pressurizada", ou "Água-Gás", deve ser usado em fogos Classe A, com capacidade variável entre 10 (dez) e 18 (dezoito) litros.

Outros tipos de extintores portáteis só serão admitidos com a prévia autorização da autoridade competente em matéria de segurança do trabalho.

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Método de abafamento por meio de areia (balde areia) poderá ser usado como variante nos fogos das Classes B e D.

Método de abafamento por meio de limalha de ferro fundido poderá ser usado como variante nos fogos Classe D.

Inspeção dos extintores.

Todo extintor deverá ter 1 (uma) ficha de controle de inspeção (ver modelo no anexo).

Cada extintor deverá ser inspecionado visualmente a cada mês, examinando- se o seu aspecto externo, os lacres, os manômetros, quando o extintor for do tipo pressurizado, verificando se o bico e válvulas de alívio não estão entupidos.

Cada extintor deverá ter uma etiqueta de identificação presa ao seu bojo, com data em que foi carregado, data para recarga e número de identificação. Essa etiqueta deverá ser protegida convenientemente a fim de evitar que esses dados sejam danificados.

Os cilindros dos extintores de pressão injetada deverão ser pesados semestralmente. Se a perda de peso for além de 10% (dez por cento) do peso original, deverá ser providenciada a sua recarga.

O extintor tipo "Espuma" deverá ser recarregado anualmente.

As operações de recarga dos extintores deverão ser feitas de acordo com normas técnicas oficiais vigentes no País

.

Localização e Sinalização dos Extintores.

Os extintores deverão ser colocados em locais:

a) de fácil visualização;

b) de fácil acesso;

c) onde haja menos probabilidade de o fogo bloquear o seu acesso.

Os locais destinados aos extintores devem ser assinalados por um círculo vermelho ou por uma seta larga, vermelha, com bordas amarelas.

Deverá ser pintada de vermelho uma larga área do piso embaixo do extintor, a qual não poderá ser obstruída por forma nenhuma. Essa área deverá ser no mínimo de 1,00m x 1,00m (um metro x um metro).

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Os extintores não deverão ter sua parte superior a mais de 1,60m (um metro e sessenta centímetros) acima do piso. Os baldes não deverão ter seus rebordos a menos de 0,60m (sessenta centímetros) nem a mais de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) acima do piso.

Os extintores não deverão ser localizados nas paredes das escadas.

Os extintores sobre rodas deverão ter garantido sempre o livre acesso a qualquer ponto de fábrica.

Os extintores não poderão ser encobertos por pilhas de materiais.

Sistemas de alarme.

Nos estabelecimentos de riscos elevados ou médios, deverá haver um sistema de alarme capaz de dar sinais perceptíveis em todos os locais da construção.

As campainhas ou sirenes de alarme deverão emitir um som distinto em tonalidade e altura, de todos os outros dispositivos acústicos do estabelecimento.

Os botões de acionamento de alarme devem ser colocados nas áreas comuns dos acessos dos pavimentos.

Os botões de acionamento devem ser colocados em lugar visível e no interior de caixas lacradas com tampa de vidro ou plástico, facilmente quebrável. Esta caixa deverá conter a inscrição "Quebrar em caso de emergência".

Figura 10 – Rótulos utilizados nas Classes de Incêndio A, B e C

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Água Pressurizada CO2 (Gás carbônico) Espuma ou Pó Químico Seco

Figura 11 – Tipos de Extintores

Peso aproximado de cada um dos aparelhos extintores:

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- Água 2A, aproximadamente 13 quilos;- Espuma 2A 10B, aproximadamente 12 quilos;- Pó Químico Seco 20BC, com Pó a base de Bicarbonato de Sódio, 10

quilos;- Pó Químico Seco 20BC, com Pó a base de Monofosfato de Amônia, 6

quilos;- Gás Carbônico (CO2) 5BC, de 18 a 24 quilos.

Informações complementares:

Extintor de pó Multi Uso ou pó-ABC

Podem ser usados em quaisquer classes de incêndio A, B ou C, pois extinguem princípios de incêndio em materiais sólidos, em líquidos inflamáveis e gases. Também controlam incêndios em que haja a presença da corrente elétrica, sem transmiti-la, isto é, sem gerar risco ao operador. É largamente utilizado em veículos automotores, na Europa e nos EUA.

ESTE NOVO PÓ QUÍMICO É PREJUDICIAL À SAÚDE OU À NATUREZA ?

NÃO, Seu principal componente, o fosfato monoamônico, é um produto muito utilizado na produção de fertilizante agrícola; Após a utilização de um extintor ABC, recomenda-se apenas ventilar o local e as áreas atingidas.

POR QUE ESSA EVOLUÇÃO FOI NECESSÁRIA ?

Porque 90% dos incêndios que se iniciam no compartimento do motor (classes B e C) passam para o painel, o carpete e o estofamento (classe A) onde estão os passageiros do veículo.

Informações a serem investigadas:

O agente extintor Halon, utilizado em equipamentos elétricos por apagar incêndios sem deixar resíduos, foi banido pelo Protocolo de Montreal por ser nocivo a camada de ozônio.

O agente extintor NAF, considerado seguro, rápido, limpo, eficaz, além de não condutor elétrico, baixa toxicidade, não residual, não inflamável, é indicado para extinção em áreas ocupadas e por ser considerado um Agente Limpo (não

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deixa resíduos e não prejudica a camada de ozônio); é considerado ideal para extinção em áreas que possuam equipamentos eletrônicos; veio substituir o Halon.

Referências Bibliográficas

NR-6 – consultada no site www.mte.gov.br em 01/12/2008;

NR-23 – consultada no site www.mte.gov.br em 01/12/2008;

NR-26 – consultada no site www.mte.gov.br em 01/12/2008;

LIMA e SILVA, F.H.A. Barreiras de Contenção. In: Oda, L.M. & Avila, S.M. (orgs.). Biossegurança em Laboratórios de Saúde Pública. Ed. M.S., p.31-56, 1998. ISBN: 85-85471-11-5;

Segurança e Medicina do Trabalho. Atlas: São Paulo, 61ª ed., 2007.

ZOCCHIO, Álvaro. Prática da Prevenção de Acidentes – ABC da Segurança do Trabalho. Atlas: São Paulo, 7ª ed., 278p., 2002.

http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/virtual%20tour/hipertextos/up1/fogo.ht m consultado em 30/11/08.

http://paginas.terra.com.br/educacao/pts/pts_3/extintores.html consultado em 30/11/08.

Bibliografia Sugerida:

• BADIA, João Carlos Newman; RIBEIRO, Dagnon da Silva. Supervisor Técnico de SMS – Higiene e Segurança do Trabalho. PETROBRAS, CEFET-RS e PROMINP: Pelotas, 49p., 2006.

• BADIA, João Carlos Newman; RIBEIRO, Dagnon da Silva. Supervisor Técnico de SMS – Inspeção de Segurança. PETROBRAS, CEFET-RS e PROMINP: Pelotas, 12p., 2006.

• BADIA, João Carlos Newman; RIBEIRO, Dagnon da Silva. Supervisor Técnico de SMS – Prevenção e Combate a Incêndios. PETROBRAS, CEFET-RS e PROMINP: Pelotas, 20p., 2006.

• SCHNEIDER, Magda Maronice Machado. Supervisor Técnico de SMS – Primeiros Socorros. PETROBRAS, CEFET-RS e PROMINP: Pelotas, 49p., 2006.

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Sites:

• www.areaseg.com www.sobes.org.br• www.fundacentro.gov.br www.protecao.com.br• www.mte.gov.br • www.segurancaetrabalho.com.br