importÂncia do uso de epi’s na construção civil procurar conhecer o acidente do trabalho em...
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ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 11 Vol. 01/ 2016 julho/2016
IMPORTÂNCIA DO USO DE EPI’S -
Na Construção Civil
Geíza de Almeida Nascimento – [email protected]
Gerenciamento de Obras e Tecnologia da Construção Civil
Instituto de Pós-Graduação - IPOG
Goiânia, GO. 28 de julho de 2015.
Resumo
Visão de uma jovem arquiteta sobre os equipamentos de proteção individuais, no interior
norte-goiano em pleno século XXI. Porque a grande classe trabalhadora que fomenta a
construção civil, insiste em não utilizar os equipamentos de proteção individuais?A iniciativa
de abordar este assunto, veio da experiência em testemunhar sobre um acidente, ocorrido há
um pedreiro, numa das obras sob-responsabilidade da autora deste artigo. São inúmeros
acidentes que podem ocorrer ao trabalhador na construção civil. O objetivo desta pesquisa
foi levar o conhecimento dos equipamentos, para cada etapa da obra devemos utilizar como
prevenção, dentro do espaço de atuação. O desenvolvimento da pesquisa iniciou com dados
quantitativos no território nacional, são gráficos estatisticos do Ministério da Previdência
Social e Tribunal Superior do Trabalho, mostrando a porcentagem dos acidentes no local de
trabalho. Os resultados encontrados indicam que a Região Centro-Oeste está em 3º lugar,
com alto índice de acidentes de trabalho. Isto é, aquilo que os resultados encontrados
demonstram é que o uso adequado dos equipamentos de proteção reduz o número de
acidentes dentro do canteiro de obras.
Palavras-chave: Acidentes. Equipamentos. Proteção. Individual. Epi’s.
1. Introdução
EPI é todo equipamento de uso individual, destinado à proteção de riscos suscetíveis de
ameaçar a segurança e a saúde do trabalhador.
Abaixo, observamos os dados quantitativos dos acidentes de trabalho fatais no período
de 2007 a 2011, no território nacional, que por sinal o ano de 2008 teve o maior registro. O
segundo gráfico, separado por macrorregião, o ano de 2011, pode-se observar que a região em
estudo: Centro-Oeste teve 9% (nove por cento) de 711.164 acidentes.
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Gráficos 1 e 2 – Número total de acidentes de trabalho fatais no período comparativo 2007 a 2011 e
Trabalho Seguro – Estatísticas - Dados Nacionais Seguro. Fonte: MPAS e TST 2015.
Ao fundamentar-se nos autores MONTEIRO e BERTAGNI, o que se diz respeito à
FAP (Fator Acidentário de Prevenção), §3º da LEI n. 8.212/91, a versão original e atualmente
ainda em vigor, prevê que o Ministério do Trabalho e da Previdência Social, pode alterar, com
base nas estatísticas de acidente de trabalho apuradas em inspeção, o enquadramento das
empresas para efeitos da contribuição adicional para o custeio do SAT (Seguro de Acidentes
de Trabalho).
O art. 27 do Regulamento (Decreto n. 356/91) determinava que o “MTPS deverá
revisar, trienalmente, com base em estatísticas de acidentes d trabalho em relatórios
de inspeção, o enquadramento das empresas de que trata o art. 26, visando a
estimular investimento das empresas de que trata o art.26, visano a estimular
investimentos em prevenção de acidentes do trabalho”. (MONTEIRO e
BERTAGNI, 2009: 5)
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Houve uma inovação no setor, o art. 27 permitia que o MPAS autorizasse a empresa a
reduzir em até 50% as alíquotas dessa contribuição, a fim de estimular investimentos
destinados a diminuir os riscos ambientais do trabalho, através de investimentos em
prevenção e em sistemas gerenciais de risco. Junto ao INSS, inclui todos os benefícios por
incapacidade, são eles: auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, auxílio-acidente e pensão
por morte.
De acordo com a Lei n. 8.213/91 conceitua acidente de trabalho, primeiro no sentido
restrito, depois, no sentido amplo ou extenso. Segue por classificação: Acidente-tipo, Doenças
ocupacionais, doenças excluídas e Acidente por equiparação.
Classificação dos Acidentes
Acidente-Tipo Aquele que ocorre pelo exercício do trabalho
provocando lesão corporal ou perturbação
funcional que cause a morte ou a
perda/redução da capacidade operacional.
Doenças Ocupacionais Ergopatias, tecnopatias ou doenças
profissionais típicas, são desencadeadas pelo
exercício peculiar de determinada atividade.
Decorrem de micro traumatismo acumulado
– ligada diretamente a atividade. Exemplos:
saturnismo (causada pelo chumbo),
hidragismo (causada pelo mercúrio).
Doenças excluídas Doença degenerativa (desgaste normal do
corpo humano). Exemplo: Hérnia de disco,
artroses. Doença inerente ao grupo etário.
Exemplo: Disacusia – PAIR. Doença
endêmica (aquela que existe em determinada
região de forma constante). Exemplo:
Malária.
Equiparação Relacionam apenas com a atividade, abriga a
principio da concausalidade. Ocorre no
percurso residência - local de trabalho e vice-
versa e representa a responsabilidade parcial
da empresa nestas ocorrências.
Importante ressaltar sobre o Seguro de Acidentes do Trabalho (SAT), extingue-se o
monopólio do setor público e permite-se ao setor privado atender concorrentemente a
cobertura do risco de acidente do trabalho. Atualmente, a visão geral sobre o Seguro está
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justificado como “Privatização do SAT”, em outros dizeres também chamamos de Reforma
da Previdência, essa questão não é fácil ser resumida, pois há muitos interesses relacionados.
Até o governo passado, duas eram as tendências: uma capitaneada pelo Ministério
da Previdência Social e apoiada pela maioria das empresase, ainda que não
oficialmente, pela CNI. Segundo essa proposta concretizada desde 2001 num
anteprojeto de lei, o novo SAT, atendendo ao §10 do art. 201 da Constituição, será
administrado pelo INSS e pelo setor privado. Em relação a esse último, o
anteprojeto prevê duas modalidades: através da Sociedade Administradora de Risco
e Danos do Trabalho, equivalente ás Seguradoras tradicionais e da Mútua de
Cobertura dos Riscos e Danos do Trabalho. (MONTEIRO e BERTAGNI, 2009: 5)
De acordo com a NR 6, os EPIs devem ser fornecidos gratuitamente pelas empresas,
sempre adequado aos riscos da função e em perfeito estado de conservação e funcionamento.
Cabe ainda à empresa, exigir aos seus funcionários o uso dos EPIs durante a jornada de
trabalho, realizar orientações e treinamentos sobre o uso adequado e a devida conservação,
além de substituir imediatamente quando danificado ou extraviado.
Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual, todo aquele
composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou
mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar
a segurança e a saúde no trabalho. O equipamento de proteção individual, de
fabricação nacional ou importado, só poderá ser posto à venda ou utilizado com a
indicação do Certificado de Aprovação - CA, expedido pelo órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho
e Emprego. (NR 6, Paragrafo 2 e 3, 2011.)
Todas as atividades profissionais que possam imprimir algum tipo de risco físico para o
trabalhador devem ser cumpridas com o auxílio de EPIs – Equipamentos de Proteção
Individual, que incluem óculos, protetores auriculares, máscaras, mangotes, capacetes, luvas,
botas, cintos de segurança, protetor solar e outros itens de proteção. Esses acessórios são
indispensáveis em fábricas e processos industriais em geral.
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Imagem 3 – Exemplos de Epi´s. Fonte: Google, 2015
Ainda segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), cerca de 4% do Produto
Interno Bruto (PIB) mundial, o equivalente a 2,8 trilhões de dólares, é perdido por ano em
custos diretos e indiretos devido a acidentes e doenças relacionados ao trabalho. Só no Brasil,
entre 2008 e 2013 foram gastos cerca de R$ 50 bilhões.
O Ministério do Trabalho também lançou a Campanha Abril Verde, que objetiva
propor iniciativas para a redução dos acidentes de trabalho mobilizando a sociedade
para a prevenção de doenças e cuidados durante a jornada trabalhista. O mês foi
escolhido para o lançamento da campanha por ter duas datas importantes para o
tema: o dia 7 de abril, Dia Mundial da Saúde, e o dia 28 de abril, Dia Internacional
em Memória às Vítimas de Acidentes do Trabalho. (Revista Techne, NR-18 deve ser
revisada, 2015)
Os responsáveis pela segurança não devem se ater somente ao conceito legal, mas
procurar conhecer o acidente do trabalho em toda a sua extensão e principalmente em suas
possibilidades de prevenção. Os acidentes que não causam ferimentos pessoais devem ser
considerados acidentes do trabalho do ponto de vista prevencionista, visando evitar os danos
materiais e perdas econômicas que possam ser por eles provocados.
2. Porque usar os EPI´s
EPI para garantir a saúde e proteção.
O uso do EPI é fundamental para garantir a saúde e a proteção do trabalhador, evitando
consequências negativas em casos de acidentes de trabalho. Além disso, o EPI também é
usado para garantir que o profissional não será exposto a doenças ocupacionais, que podem
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comprometer a capacidade de trabalho e de vida dos profissionais durante e depois da fase
ativa de trabalho.
Além do uso do EPI, o empregador deve estar atento em disponibilizar informações das
melhores práticas de segurança nas construções, através de conversas e reuniões, que
disponibilize os principais detalhes de como evitar acidentes dentro do canteiro de obras, pois
a falta de cuidado dos empregados pode ocasionar danos a si próprios e aos seus
companheiros de trabalho.
A prática de segurança deve ser realizada em todas as etapas da obra, evitando assim
acidentes com o impacto de objetos, quedas, ruídos, produtos químicos, biológicos e a
ergonomia, ou seja, o trabalhador está sujeito a danos internos e externos ao seu corpo.
Para facilitar o estudo dos vários fatores que podem gerar danos aos colaboradores estes
fatores foram divididos em 5 categorias, a saber:
Tabela 1 – Classificação dos principais riscos ocupacionais em grupos de acordo com a sua natureza e
padronização das cores correspondentes. Anexo IV. NR5. Fonte: Google, 2015.
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Existem pesquisas que apontam a desatenção do trabalhador como o principal motivo
dos acidentes, então ter equipamentos que possam suprir e proteger os indivíduos de possíveis
danos é essencial à saúde da equipe.
Tombamento de máquinas, choque elétrico, prensagem dos trabalhadores e,
sobretudo, queda de pessoas e materiais figuram entre os acidentes mais comuns
envolvendo sistemas de transporte vertical. A falta de pessoal qualificado na
montagem, operação e desmontagem dos equipamentos, falta de planejamento da
atividade e a não conformidade de alguns aparelhos com as NR-10 - Segurança em
Instalações e Serviços de Eletricidade, NR-12 - Segurança no Trabalho em
Máquinas e Equipamentos, NR-18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na
Indústria da Construção e NR-35 - Trabalho em Altura são os principais fatores de
risco. (Revista Construção e Mercado, edição 168, julho 2015)
No segmento de construção leve (residencial e comercial), os elevadores de obras e os
andaimes tubulares e suspensos são os dispositivos que mais registram problemas. O
consultor em segurança do trabalho Giovani Pons Savi diz que os andaimes se destacam nesse
aspecto porque são mais comumente empregados nos canteiros de obra.
Para que uma empresa possa conhecer todos os equipamentos de proteção individual
que devem ser fornecidos aos seus funcionários, é necessário elaborar um estudo dos riscos
ocupacionais. Esse tipo de trabalho facilita a identificação dos perigosos dentro de uma planta
industrial, por exemplo, e ajuda a empresa a reduzi-los ou neutralizá-los.
3. Equipamentos indispensáveis na Construção Civil
• Capacete: o capacete é um item importante nas construções civis, pois protege a parte
craniana de objetos que possam causar impacto na região.
• Camisas e calças: as camisas ou camisetas devem ter mangas longas, e as calças
devem ser compridas. É contraindicado o uso de camisetas de manga curta ou
bermudas, pois a cobertura do tecido nessas regiões evita contato da pele com agentes
como poeira, terra, resíduos de construção, respingos de tintas, entre outros.
• Calçados: é fundamental que o trabalhador utilize sapatos fechados e reforçados na
sola, sejam eles tênis ou botas, para conferir a proteção adequada contra perfurações,
impactos e demais incômodos nos pés.
• Viseira: a viseira impossibilita que poeira e outros resíduos entrem em contato com os
olhos, permitindo realizar as atividades de trabalho sem incidentes nessa parte do
rosto.
• Protetores auditivos: como as obras costumam envolver o alto ruído dos
equipamentos, é necessário preservar o sistema auditivo com os protetores auriculares.
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• Cinto de segurança: o cinto de segurança é um equipamento obrigatório nas
atividades acima do solo, pois evita a queda e garante mais confiança durante o
trabalho.
• Luvas de couro ou de plástico: proteção contra material corrosivo ou toxico e contra
materiais que possam provocar cortes.
• Máscara ou respiradores: para proteção contra pó da obra e químico: proteção para
as vias respiratórias.
Imagem 4 – Exemplos do Trabalhador utilizando EPI´s. Fonte: Google, 2015
4. Dicas preciosas de Prevenção de Acidentes
No dia a dia do profissional, temos que estar ligados em todas as noticias e dicas que
correspondem a prevenção de acidentes.
Todos os anos milhões de trabalhadores são vítimas de acidentes no trabalho. Grande
parte deles é causada pela falta de atenção, e também pelo não uso de equipamentos
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adequados as atividades que exercem. Sendo assim, aqui vão algumas dicas para evitar o
afastamento e licenças médicas, afinal, prevenir é o melhor remédio.
Evite se distrair durante suas atividades, mantenha atenção! Assim, será bem
difícil que aconteça algo com você.
Horário de descontrair é durante as horas de folga. Lugar de trabalhar é lugar de
trabalhar!
Já ouviu falar “a pressa é inimiga da perfeição”? Pois é, procure fazer suas
atividades com antecedência. Seu trabalho com certeza terá mais qualidade e
será mais seguro para você.
Tem alguma dúvida em relação a algum serviço? Melhor perguntar a seu
supervisor qual é a melhor forma de realizá-lo para evitar que algo saia errado!
Ao perceber que a máquina ou equipamento que opera está com algum problema
ou apresentando falhas, comunique imediatamente a seu supervisor. Lembre-se
que operar máquinas que não estejam em perfeito funcionamento são um grande
risco para sua segurança.
Evite fumar em locais proibidos, principalmente se houver risco de explosão ou
tenha produtos inflamáveis por perto ou no local.
Não dê uma de inventor, improvisando ferramentas. Se as suas estiverem em
más condições, a empresa é responsável pela manutenção e troca delas.
Tem um novo colega em seu setor? Seja cordial e avise-o dos perigos ali no
ambiente do qual você fazem parte. Assim como você, ele tem uma família e a
vida dele é tão importante quanto a sua!
Caso aconteça algum acidente de trabalho, chame um profissional que entenda
de verdade de como cuidar de você ou de ser colega, pois uma atitude errada
pode causar danos irreversíveis à saúde.
Não é eletricista? Não se meta fazer trabalhos ligados a essa função. Além do
poder causar danos na rede, corre o risco de levar um choque e sofrer
consequências mais sérias.
Máquinas não pensam, apenas executam funções coordenadas por você. Cuide
delas, mas principalmente de sua segurança.
Respeite as ordens de seu chefe ou mestre.
Procure conhecer as normas e regras de segurança do ambiente em que você
trabalha.
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Anéis, pulseiras, brincos, correntes, gravatas e demais acessórios não fazem
parte do seu uniforme. Evite usar enquanto estiver trabalhando.
A máquina estragou? Pare ela para realizar consertos ou lubrificá-la.
É muito importante aprender como se usa os extintores e dispositivos de
combate a incêndio. Nunca se sabe quando vai precisar e para isso é
extremamente importante saber como funcionam.
Por mais que alguns equipamentos de proteção sejam incômodos e não muito
bonitos, eles são indispensáveis! Adquira o hábito de trabalhar protegido
sempre.
Suas mãos levam o sustento para sua família. Evite expô-las a perigos e as
proteja sempre com luvas adequadas a sua atividade.
5. Aplicabilidade Cotidiana do Assunto
Tem histórias que escutamos enquanto estudantes na faculdade, e achamos que nunca
ocorrerá a situação conosco. Abordar esse tema para mim é antes de tudo “cutucar” ou
relembrar uma situação difícil.
Em 2014, estava acompanhando uma obra de reforma e ampliação, com projetos
aprovados pelos clientes, houve um acidente com o servente, ao levantar as barras de ferro pra
montar a laje da marquise de proteção da sacada, deixou encostar-se à fiação provinda da
companhia elétrica da cidade, e consequentemente levou um choque, onde teve que amputar
os 2 antebraços. Sempre ficará a pergunta: “Porque ele não estava usando os EPI´s
corretamente?”. O processo está em andamento na justiça, fui convocada como testemunha
para prestar depoimento, e confesso é muito triste, dói o coração ao vê-lo sem os braços.
A partir deste ocorrido veio a necessidade de montar uma palestra e compartilhar
experiências, foram uns 5 meses montando e organizando, convidei pessoas envolvidas na
construção civil (engenheiros, técnico em segurança, mestre de obra, pedreiros, serventes,
pintores, construtores), numa forma de obter apoio e crescer profissionalmente.
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Imagem 5, 6 – Sindicato Rural de Rubiataba – Palestra sobre Importância dos EPI´S – Fonte: Autora
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Imagem 7, 8 – Sindicato Rural de Rubiataba – Palestra sobre Importância dos EPI´S – Fonte: Autora
02.06.2015
Imagem 9,10 – Sindicato Rural de Rubiataba – Palestra sobre Importância dos EPI´S – Fonte: Autora
02.06.2015
Imagem 11,12 – Sindicato Rural de Rubiataba – Palestra sobre Importância dos EPI´S – Fonte: Autora
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Imagem 13,14 – Sindicato Rural de Rubiataba – Palestra sobre Importância dos EPI´S – Fonte: Autora
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O trabalho de conscientização deve ser constante, para que os resultados sejam
satisfatórios.
No decorrer destes 5 meses, fiz visitas em industrias, em oficinas, em canteiros de obra
sob responsabilidade de outros profissionais, intensifiquei as visitas em canteiros de obra sob
própria autoria, sempre levando a frase: “estão usando os equipamentos de proteção
individual?”.
Imagem 15,16 – Placas de sinalização, na oficina do Grupo Biriba, em Goiânia. Fonte: Autora, 2015
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Imagens 17, 18 e 19 – Capacete de soldador, cadeira motorizada, motor de caminhão adesivado na
oficina do Grupo Biriba, em Goiânia. Fonte: Autora, 2015.
6. Conclusão
O simples fornecimento dos equipamentos de proteção individual não garante a
proteção da saúde do trabalhador e nem evita contaminações. Incorretamente utilizados, os
EPI podem comprometer ainda mais a segurança do trabalhador. Acreditamos que o
desenvolvimento da percepção do risco aliado a um conjunto de informações e regras básicas
de segurança são as ferramentas mais importantes para evitar a exposição e assegurar o
sucesso das medidas individuais de proteção à saúde do trabalhador.
O uso correto dos EPI é um tema que vem evoluindo rapidamente e exige a reciclagem
contínua dos profissionais que atuam na área de ciências agrárias através de treinamentos e do
acesso a informações atualizadas. Bem informado, o profissional de ciências agrárias poderá
adotar medidas cada vez mais econômicas e eficazes para proteger a saúde dos trabalhadores,
além de evitar problemas trabalhistas.
Foi um trabalho gratificante e desde já vão meus agradecimentos a todos quanto
prestaram sua preciosa colaboração para o desenvolvimento deste artigo.
Referências
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SEGURANÇA NA EXECUÇÃO DE OBRAS E SERVIÇOS DE CONSTRUÇÃO. Rio de
Janeiro, 2002.
NR, NORMAS REGULAMENTADORAS. NR 6 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL – EPI. Texto dado pela Portaria SIT n.º 25, de 15 de outubro de 2001.
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