estudo de caso da escola estadual vereador antônio laurindo da cidade de iporá-go, levantamento de...

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE IPORÁ DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA ESTUDO DE CASO DA ESCOLA ESTADUAL VEREADOR ANTÔNIO LAURINDO DA CIDADE DE IPORÁ GOIÁS, LEVANTAMENTO DE HIPÓTESE DE INDISCIPLINA LIGIA BERSANO Iporá - Goiás 2009.

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  • UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIS

    UNIDADE UNIVERSITRIA DE IPOR

    DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA

    ESTUDO DE CASO DA ESCOLA ESTADUAL VEREADOR

    ANTNIO LAURINDO DA CIDADE DE IPOR GOIS,

    LEVANTAMENTO DE HIPTESE DE INDISCIPLINA

    LIGIA BERSANO

    Ipor - Gois

    2009.

  • LIGIA BERSANO

    ESTUDO DE CASO DA ESCOLA ESTADUAL VEREADOR

    ANTNIO LAURINDO DA CIDADE DE IPOR GOIS,

    LEVANTAMENTO DE HIPTESE DE INDISCIPLINA

    Monografia apresentada como exigncia para obteno do grau de licenciada no Curso de Licenciatura em Geografia da Universidade Estadual de Gois Unidade Universitria de Ipor sob a orientao da Professora Msa. Vanilda Maria de Oliveira.

    Ipor - GO

    2009.

  • UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOISUNIDADE UNIVERSITRIA DE IPOR

    COORDENAO ADJUNTA DE TRABALHO DE CONCLUSO DOCURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA

    Estudo de caso da Escola Estadual Vereador Antnio Laurindo da cidade de Ipor Gois, levantamento de hiptese de indisciplina

    Ligia Bersano

    Monografia submetida Banca Examinadora designada pela Coordenao Adjunta de Trabalho de Concluso do Curso de Licenciatura em Geografia da Universidade Estadual de Gois, UnU- Ipor como parte dos requisitos necessrios obteno do grau de Licenciada em Geografia, sob orientao da profa Vanilda Maria de Oliveira.

    Ipor, ....... de ............... de ...........

    Banca examinadora:

    ________________________________________________

    Prof. ........ UEG - Ipor

    ________________________________________________

    Prof. .......... UEG - Ipor

    ________________________________________________

    Prof. ...... UEG - Ipor

  • Aos meus filhos que so tudo na minha vida,

    conheci o amor e os amarei sempre.

    Ligia Bersano.

  • AGRADECIMENTOS

    Agradeo a Deus, por mais um momento em que posso demonstrar minha

    capacidade.

    Agradeo ao diretor que aceitou que a pesquisa fosse realizada na escola e

    contribuiu com a minha insero na escola junto aos professores, funcionrios e alunos

    Agradeo em especial aos alunos e alunas que concordaram em participar da

    pesquisa e em fornecer as entrevistas para que eu pudesse realizar esse estudo

    A minha orientadora por fazer florescer da simples idia de um trabalho, a

    concluso de um sonho.

    Agradeo aos professores e professoras que por todos esses anos de curso de

    geografia contriburam para o meu aprendizado e amor geografia e educao.

    Agradeo s professoras que aceitaram participar desta banca e vivenciar

    ativamente esse momento nico da minha formao acadmica.

  • "O amor a fora mais abstrata, e tambm a

    mais potente, que h no mundo.

    Mohandas Karamchand Gandhi

  • RESUMO

    O presente trabalho trata-se de uma pesquisa em que se procurou saber o que um

    grupo de alunos do 8 ano do ensino fundamental pensa da sua prpria rotina escolar, considerando

    especialmente o quadro de indisciplina da turma. A pesquisa foi realizada na Escola Estadual

    Vereador Antonio Laurindo, situada no bairro da guas Claras, um bairro da periferia da cidade de

    Ipor Gois. Dentre outros aspectos, a pesquisa captou o que adolescentes pensam sobre a

    indisciplina na sala de aula e seus reflexos na sua educao e nas relaes escolares.

    Palavras chaves: Educao, Indisciplina escolar, sociabilidade na escola

  • ABSTRACT

    The present work it is an experiment where we wanted to know what a group of students in

    the 8th grade of elementary school thinks of its own school routine, especially considering the

    context of indiscipline in the class. The survey was conducted in the Escola Estadual Vereador

    Antonio Laurindo, located in the district of guas Claras, a neighborhood on the outskirts of

    the city of Ipor - Gois Among other things, the survey tapped into what young people think

    about the discipline in the classroom and its impact in their education and school relations.

    Key words: Education, school indiscipline, sociability at school

  • SUMRIO

    INTRODUO ..........................................................................................10 E 11

    CAPITULO I ...................................................................................................... 12

    CONCEITO DE INDISCIPLINA

    CAMINHOS DA IDENTIDADE DO COMPORTAMENTO

    CONCEITO DE INDISCIPLINA

    CAMINHOS DA IDENTIDADE DO COMPORTAMENTO

    A ESCOLA E A DISCIPLINA

    A SOCIEDADE E A INDISCIPLINA

    OS LIMITES

    CONCINCIA DA ADOLESCENCIA E CONSTRUO DA CIDADANIA

    CAPITULO II .................................................................................................... 21

    METODOLOGIA

    OBSERVAES DE CAMPO

    APLICAO DO QUESTIONRIO SOCIOECONMICO

    ENTREVISTAS

    CAPITULO III ....................................................................................................25

    RESULTADOS DA PESQUISA

    CONSIDERAES FINAIS........................................................................32

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS.................................................... 33 E 34

    ANEXOS ...............................................................................................35, 36 E 37

  • 10

    INTRODUO

    A presente pesquisa aborda o tema indisciplina, tendo como vrtice a realidade

    vivida no 8 ano da Escola Estadual Vereador Antnio Laurindo, de Ipor, Gois, no ano de

    2009. Propem realizar uma analise cientifica do grupo de alunos que apresentam um quadro

    de indisciplina considerado pelos(as) professores(as) da escola prejudiciais a formao dos

    mesmos e ao andamento natural desta instituio. Diante de tal desafio e da complexidade do

    objeto de analise, por se tratar de comportamento, foi necessrio contar com a aceitabilidade

    de toda a comunidade escolar em receber um pesquisador e se abrir para contribuir com a

    pesquisa.

    Nesse trabalho sero analisados os pontos de vista dos prprios alunos a respeito

    da indisciplina que ocorre na sala de aula do 8 ano da Escola Estadual Vereador Antnio

    Laurindo no ano de 2009, situada em uma regio perifrica da cidade de Ipor, no bairro

    guas Claras, em que vive especialmente uma populao de baixa renda. A proposta para

    iniciar os primeiros passos a fim de delinear este trabalho, percorrera alem da busca terica,

    um levantamento do perfil dos alunos da turma referida a partir da utilizao e aplicao de

    questionrios socioeconmico. Num segundo momento sero vivenciados o ato da observao

    que a pesquisadora ter a oportunidade de conferir as formas de indisciplina sua intensidade,

    como ela influencia e influenciada na dinmica da sala e pela relao dos alunos na

    comunidade escolar.

    So depois destes passos foram realizadas entrevistas com intuito de compreender

    como os alunos interpretam a indisciplina, seus impactos no aproveitamento escolar e nas

    suas relaes sociais no ambiente escolar. Tambm durante todo o processo do

    desenvolvimento da pesquisa foram coletados informalmente relatos dos professores,

    coordenadora e demais funcionrios que atuam na limpeza e merenda, a fim de compreender

    outros aspectos que poderiam influenciar no comportamento dos alunos no contexto escolar.

    Nesse trabalho foram analisados os pontos de vista dos prprios alunos a respeito da

    indisciplina que ocorre na sala de aula, considerando mais do que nunca uma parte dos

    verdadeiros protagonistas da educao em conseqncia a sociedade que forma a nao brasileira.

    A indisciplina numa viso geral apresenta um quadro perturbador e ao mesmo tempo tido

    como corriqueiro quando se fala em crianas e adolescentes. Mas, mesmo ao assumir uma

  • 11

    intensidade que prejudica toda estrutura de formao de jovens, em que lhe so apontadas

    expectativas em atuar no presente e no futuro como agente transformador da sociedade, no

    tem sido visto com relevncia pelas famlias, nas escolas, locais de socializao, e sim vem se

    configurando e um desconforto pelo fato de serem indisciplinados. Contudo o que tem

    ocorrido no bojo social e um jogo de culpas que no se chega a lugar algum. Pois o mais

    agravante notar que, apesar de incomodar, so tidos como comportamentos naturais num

    ngulo visto pelas prprias crianas, adolescentes e ate mesmo por uma parte da sociedade

    num jogo de perda da identidade.

    A naturalidade em que indisciplina relatada na rotina do dia a dia, por boa parte

    das pessoas, ao descreverem uma sala de aula ou mesmo os lares e inmeras situaes de

    convivncia social, a referncia passa pelo campo do comportamento, tanto positivo quanto

    negativo. Assim, nas conversas informais nas escolas o assunto de indisciplina toma uma

    posio de destaque, num sentido tpico para a idade, que permite concluir a aceitabilidade.

    Por esse motivo e pelos prejuzos educacionais tanto de contedo escolar como a convivncia

    social, esse objeto de estudo foi escolhido.

    No primeiro capitulo deste trabalho sero apresentadas discusses tericas sobre

    indisciplina, suas manifestaes, intensidade, bem como conceituao de indisciplina e

    disciplina.

    As reflexes do segundo capitulo abordam os aspectos metodolgicos da

    pesquisa, nele sero apresentados os mtodos e tcnicas utilizados para o desenvolvimento da

    pesquisa, que se tratou de uma pesquisa qualitativa, com uso das tcnicas de observao, de

    aplicao de questionrio socioeconmico e realizaes de entrevista, com os estudantes da

    turma do 8 ano da Escola Estadual Antonio Vereador Laurindo.

    No terceiro capitulo sero apresentados os resultados da pesquisa, que sero

    relacionados com a teoria discutida. Entre os aspectos que foram observados os estudantes

    relacionavam a indisciplina especialmente a conflitos entre eles mesmos e a percepo de uma

    falta de compromisso e de domnio de contedo do professor.

  • 12

    CAPITULO I

    CONCEITO DE INDISCIPLINA

    Na pesquisa bibliogrfica foi possvel perceber que o conceito de indisciplina tem

    sido atrelado noo de disciplina, pois foi mais comum encontrar autores que tratassem de

    disciplina e envolviam a indisciplina de forma mais ou menos direta na analise desse

    fenmeno.

    Como discute Vasconcellos (2000) a indisciplina relacionada com freqncia a

    adequao do comportamento do aluno ao que o professor deseja, as normas da escola e esta

    relacionada a obedincia. Vasconcellos compartilha a noo de disciplina como capacidade de

    comandar a si mesmo ou tendo em referencia as normas do grupo no qual o sujeito esta

    inserido, sendo assim ela forma na interao social. No entanto, ele conclui que a disciplina

    deve apontar os limites, mas tambm as possibilidades do comportamento.

    Para Garcia (2000) a idia de disciplina vai se atrelar noo medieval de castigo e

    punio, fortemente conectado noo de controle sobre a conduta, contando com diversos

    aparatos tais como a avaliao educacional, advertncia, ameaas. Indicaes comprovadas na

    pesquisa feita. A indisciplina, como contraposio de disciplina, est associada a conduta

    contestatria ou divergente dos esquemas de controle social.

    Garcia (2000) mostra ainda que as expresses de indisciplina tem sido relacionadas a

    fatores internos ou externos escola. Entre as razes internas estariam, por exemplo, as

    condies de ensino e aprendizagem, as caractersticas dos alunos, aos modos de

    relacionamento estabelecidos entre alunos e professores, e o prprio sentido atrelado

    escolarizao. Entre os fatores externos destacam-se a violncia social, a influncia da mdia e

    o ambiente familiar dos alunos.

    CAMINHOS DA IDENTIDADE DO COMPORTAMENTO

    Na busca em compreender a indisciplina crucial analisar o contexto histrico

    social. Logo as geraes influenciam as demais que se formam na mesma linha ou oposta a

    ela, por esse motivo ao olhar para o comportamento familiar de algumas dcadas atrs

    deparamos com uma gerao marcada pelo autoritarismo. Da entra em cena analisar como

  • 13

    ela desencadeou a formao que se tem hoje. Como mostra Tiba (1996), a psicologia analisou

    os excessos e extremos e se viu na posio de levantar questionamentos, em que a tendncia

    partiu por uma distoro entre o autoritarismo e permissividade, esses dois pontos opostos no

    foi dosado pela sociedade das ultimas dcadas, assim o modelo de hoje sofre pela

    conseqncia da dosagem errada do que nada se pode e o de pode tudo.

    De acordo com TIBA (1996),

    A Psicologia contribuiu muito para isso ao divulgar frases como: No reprima seu filho, Seja amigo de seus filhos, Liberdade sem medo. Boa parte dos adultos quis aderir ao modelo horizontal, em que pais e filhos tm os mesmos direitos, evitando neuroticamente o uso da autoridade, por confundi-la com autoritarismo. As intensas mudanas vividas de maneira muito rpida pela segunda gerao tiveram um custo na educao da terceira, cujo preo, provavelmente alto, ainda no podemos estimar.

    Esse modelo horizontal resultou em uma falta de limites e reconhecimento dos

    padres de comportamento, segundo Tiba (1996), em que os jovens acreditam que possuem

    mais direitos que deveres, mais liberdade que responsabilidade.

    Essa afirmao permite aprofundar sobre pontos chave de reflexo de um

    problema mal resolvidos nos conflitos de geraes em busca de um modelo ideal de educao.

    Considerando a indisciplina como um problema social, que se manifesta em todo

    ncleo social, a geografia humana, leva a uma compreenso de que esse problema to

    corriqueiro possui tentculos em todos os nveis sociais. Os seus reflexos so imensurveis a

    todo o circulo social desta criana ou adolescente e tais prejuzos marcaram suas vidas pra

    sempre.

    Segundo PRECIOSA E PESTANA (2004, p.30):

    O problema da indisciplina , efectivamente, um fenmeno complexo que no s se manifesta dos mais diversos modos e graus de intensidade como tem subjacente mltiplos factores, uns de ordem social, familiar e pessoal e outros de ordem escolar. (...)(...) As desigualdades econmicas e sociais, a crise de valores e o conflito de geraes, so exemplos de alguns factores que podem explicar os desequilbrios que afectam tanto a vida social, como a vida escolar e, por conseguinte, a disciplina escolar.

    Esse conceito permite refletir sobre os caminhos que passa a indisciplina e como

    apresenta na forma destrutiva do individuo, portanto o tema possui uma relevncia

  • 14

    incontestvel a todo o ciclo de convivncia, assim os prejuzos aos mesmos trazem resultados

    negativos a sua construo de individuo social.

    A ESCOLA E A DISCIPLINA

    O questionamento deste tema leva ao pensamento de como pode se caracterizar a

    indisciplina, da um ponto referencial o definir etimologicamente o significado de

    indisciplina:

    Portanto esclarecer os significados evidencia sua importncia na organizao da

    sociedade, que alem de boa parte desconhecer seu significado paga o preo por no praticar o

    conhecimento.

    Mas esse conceito leva a uma reflexo ainda mais aprofundada, pois para tirar as

    vendas do desconhecimento de suas causas e condicionantes que favorece a indisciplina deste

    grupo de alunos, foi pertinente buscar uma associao a concepes de disciplina em que a

    ligao da sociedade e a convivncia escolar se completam.

    Vasconcellos (2000, p.37) afirma que:

    A questo da disciplina bastante complexa, uma vez que um grande numero de variveis influenciam o processo de ensino-aprendizagem. No entanto, apesar dessa complexidade, a verdade que h um consenso sobre o fato de que sem disciplina no se pode fazer nenhum trabalho pedaggico. (...)

    Essa viso remete a avaliao do valor da disciplina e da escola e que ambas

    completam uma a outra e no podem ser desassociadas.

    A SOCIEDADE E A INDISCIPLINA

    A indisciplina vem prejudicando todo contexto de formao intelectual e social

    dos jovens, em que o presente assunto vem se tornando um agravante nos lares, nas escolas e

    em todo o convvio social. Logo, o assunto indisciplina vem a cada dia mais sendo

    apresentando como um problema que desencadeia inmeros atos de violncia, que vai do

  • 15

    campo fsico ao psicolgico, o agravante nessa fase e quando o quadro ultrapassa os limites,

    como a gravidez na adolescncia, o buling, discriminao racial e demais desmando que so

    denigrem a condio de racionalidade dos pilares da sociedade. Portanto, deve- se ressaltar

    parte das etapas de desenvolvimento humano, caracterizado por alteraes fsicas, psquicas e

    sociais, na infncia e adolescncia.

    Para TIBA (1996, p.140):

    Assim como a infncia, a adolescncia tambm tem vrias etapas, delimitadas, sobretudo, por modificaes hormonais e psicossociais. Cientes delas, os educadores tero mais elementos para compreender o aluno e saber o que se pode esperar dele.Um mesmo adolescente pode agir de maneiras distintas (...)

    Nesse contexto o que acontece e como lidar com essas transformaes, cabe uma

    evidente compreenso do processo que o pr-adolescente e adolescente vive.

    Nessa sequncia de questes sociais abordadas nesse trabalho, evidenciaram

    buscar elementos afim de esclarecer as ligaes da sociedade com a indisciplina. Deve-se ao

    bom ou ao mau dilogo a natureza do relacionamento. Vasconcellos (2000, p.92) ressalta o

    valor do dialogo, portanto, deve ser desarmado: no acusatrio, no moralista, no

    ameaador; deve ser investigativo, estar atento ao outro, tentar compreende-lo. nesse

    momento a existncia dos combinados tanto em casa quanto na escola uma ferramenta de

    uso contra a indisciplina, mas pode ocorrer prejuzos muito maiores se no forem cumpridos

    por ambas as parte. A palavra deve ter valor como marco para uma boa convivncia.

    Para trazer o significado da falta de limites que vemos nos meios de comunicao

    e no dia a dia e necessrio verificar que acontece em todas as classes sociais, ao contrario do

    que a maioria pensa, este problema no pertence somente as classes menos favorecidas, o fato

    que se manifesta em qualquer parte do mundo o que pode se afirmar que so os mtodos de

    tratamento que cada pais executa diferem nas aes e nos resultados.

    Nota se uma tolerncia maior nos pases em desenvolvimento como o Brasil, ao

    revelar no site da UNESCO (Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia

    e a Cultura) do Brasil e tambm em debate pelo PNUD (Programa das Naes Unidas para o

    Desenvolvimento) do Brasil, que discute o contexto mundial e nacional atravs de dados

    estatstico, em que prope discusses e aes de ordem organizacional para reverter o quadro

    atual, uma dessas reas a serem tratadas so os valores.

  • 16

    Para trazer o significado da falta de limites que vemos nos meios de comunicao e

    no dia a dia e necessrio verificar que acontece em todas as classes sociais, ao contrario do que a

    maioria pensa, este problema no pertence somente as classes menos favorecidas, o fato que se

    manifesta em qualquer parte do mundo o que pode se afirmar que so os mtodos de tratamento

    que cada pais executa diferem nas aes e nos resultados.

    Nos pases em desenvolvimento como o Brasil tem surgido uma preocupao em debater

    valores como meio para diminuir a violncia das relaes interpessoais como se pode ver em

    relatrios da UNESCO1 e tambm em debate pelo PNUD2, em que para tratar da diminuio da

    violncia nas escolas e a famlia, so propostas discusses e aes de ordem organizacional para

    reverter o quadro atual. Tanto que a questo dos valores foi incorporada como tema transversal na

    elaborao do Relatrio de Desenvolvimento Humano Nacional em razo de uma preocupao

    com o modo como crenas pessoais tem resultado em atitudes prejudiciais convivncia entre as

    pessoas na sociedade. O tema educao foi mencionado pelos participantes no apenas como a

    educao formal nas escolas, mas de forma ampla, o que inclui, por exemplo, uma educao sobre

    direitos e deveres.

    Assim a nao aguarda por resultados de muitos programas e projetos

    governamentais e no governamentais, a fim de sanar o perfil perturbador que se encontra a

    educao e que ela conquiste nas prioridades do alicerce do desenvolvimento do Brasil e que

    nesse contexto a sociedade tenha condies de desenvolver a cidadania.

    Para DOWBOR (2007, p.113):

    Ser cidado estar preocupado com nossos direitos e nossos deveres. estar ainda

    ocupado com o outro; ser solidrio, respeitoso, tolerante com aqueles com quem

    convivemos, com aqueles a quem educamos e com aqueles com quem trabalhamos.

    No entanto, quando penso no exerccio cotidiano de ser cidado o que considero

    mais importante constatar que no posso ser cidado sozinho. Necessito da

    presena do outro tanto para aprender a ser como tambm para saber sobre a

    forma como estou sendo cidado.

    1

    1

    Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura.

    2

    2

    Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento.

  • 17

    Contudo faz necessrio notar a relevncia da indisciplina como elemento da

    origem de alguns problemas sociais, o que deveria levar toda sociedade a repensar as suas

    causas, para que assim possam tratar do assunto como um agravante na formao individual e

    coletiva.

    OS LIMITES

    Para alcanar uma melhor compreenso do campo da indisciplina e preciso buscar

    o sentido do limite, que vem a ser o ncleo de equilbrio ou a perda dele que resulta em

    disciplina ou indisciplina, por esse motivo a afirmao em por limites desde cedo quando a

    criana pode formar em sua personalidade o conhecimento de que seu direito comea quando

    termina o do outro, norteia todo sentido de construo do verdadeiro limite, que no e

    apresentado de forma imposta, mas colocada de forma clara e bem definida e natural.

    Para DOWBOR (2007, p.106):

    Trabalhamos a noo de limite quando damos espao ao educando e criamos

    situaes para que ele possa exercitar-se na construo e compreenso do que j

    consegue e do que ainda no consegue fazer, do que permitido e do que no

    permitido. S posso saber do meu limite quando me deixam viv-lo. Quando mais

    me permitido ser eu mesmo, maiores so as chances de descobrir meus limites.

    A funo de traar o caminho desse exerccio desde a infncia e dar continuidade

    do significado de limite por toda a vida do individuo e o diferencial para a construo da

    cidadania. Essa abordagem ainda no foi identificada como ideologia revolucionaria do

    sentido de racionalidade, pelos atores principais que constroem a educao nos dias atuais.

    O agravante nessa faze e quando o quadro ultrapassa os limites.

    Para TIBA (1996, p.190):

    Quando uma criana cresce sem limites, podendo fazer tudo o que tiver vontade, acaba no desenvolvendo plenamente o uso da razo, vivendo no estilo animal de vida. Suas vontades so saciadas, mas a criana no feliz porque, to logo a saciedade passa, pede outra vez aquilo pelo qual seus instintos clamam.

  • 18

    Essa falta de limites demanda um auto desgaste da sociedade que vivencia tais

    problemas com um estilo de vida sem controle das emoes e atitude manifestada pela

    intolerncia.

    CONCINCIA DA ADOLESCENCIA E CONSTRUO DA CIDADANIA

    No inicio da formao da criana que passa pela infncia e chega na adolescncia,

    perodo de intensas transformaes fsicas e psicolgicas. Por esses motivos apresentam um

    quadro delicado, mais um motivo para a famlia e comunidade escolar dar ateno e manter

    um dialogo aberto e franco, para que ele desenvolva e absorva em seu carter o respeito ao

    prximo, no deixando ser dirigidos por impulsos de confuso de identidade que pode

    comprometer a conscincia de ser cidado, e que para atingir sonhos construdos envolto por

    adversidades s conquistara atravs de aes estruturadas no respeito ao prximo. Para

    exercitar a convivncia a criana necessita de amor, compreenso e cultivar bons hbitos de

    valorizao, em que a famlia e a escola devem atuar de perto. Na adolescncia, esses laos

    devem cada vez mais se fortalecer, podendo este ter condies sociais para ampliar mais o

    dialogo e assim minimizar os danos que o afastamento nessa fase pode provocar.

    Considerando os objetivos deste trabalho, que visa analisar um caso de

    indisciplina, abordar o campo de sociabilidade na escola pelo ponto de vista dos prprios

    alunos permitir ressaltar que as relaes sociais bem desenvolvidas em casa e tambm na

    escola aliceram o senso de respeito e desenvolve a cidadania.

    Para Dowbor (2007, pg.113):

    (...) processo de incluso social da criana, o qual teve incio no ambiente familiar.

    No por acaso que tanto a escola como a famlia so consideradas instituies

    sociais formadoras de gente e, portanto, transmissoras de valores ticos e morais.

    Diante desta colocao fica claro que a famlia e a escola so elementos

    responsveis na construo do carter da criana e dos adolescentes e se o bom senso for claro

  • 19

    em evidenciar que os pilares da sociedade esta no cultivo de uma educao compromissada

    com o futuro de cada criana e adolescente numa viso coletiva, em que os pais fazem sua

    parte e a escola sustenta as bases dada pela famlia, o quadro de indisciplina e seus prejuzos

    continuaram sendo geradores de violncia e de uma dezena de outros atrasos sociais.

    Ao aprofundar o papel direto da indisciplina vivida no dia a dia deste grupo de

    alunos escolhidos para essa pesquisa, a questo de trabalhar limite, regras de condutas e

    demais conceitos que preserve o convvio escolar que Preciosa e Pestana (2006, pg.9) afirma

    que: (...) os alunos devero ter regras de reconhecimento que lhes permitam reconhecer as

    relaes de controlo que esto presentes na prtica reguladora do seu professor(...). Dado a

    relevncia de tais comportamento e notrio a importncia da preparao professora, que em

    sala possui a responsabilidade e a autoridade de ser mediador tanto dos contedos escolares,

    bem como o compromisso de gerar o comportamento de cidado critico.

    MANIFESTAES DE INDISCIPLINA

    Sobre tudo o foco deste trabalho prope um levantamento do significado e a

    viso deste grupo que ser analisado, e nessa amostragem, a proposta em verificar a viso

    desse grupo diante das situaes vividas por eles o que pensam a respeito de indisciplina e o

    quanto acreditam que vem prejudicando sua formao no ambiente escolar e se manifestam de

    diferentes formas.

    De acordo com Vasconcellos (2000, p.13):

    Onde se manifesta? No corredor, no ptio, nas imediaes da escola, nas festas e eventos da escola e na sala de aula (...). Como se manifestam? Conversas paralelas, disperso; professor entra na sala como se no tivesse entrado (...), pintam carteiras com liquido corretor, (...)

    Diante dessa observao fica claro o quanto esses comportamentos levam a

    questionamentos do processo de ensino e como esta se convivendo no ambiente escolar.

    Portanto o ponto da pesquisa parte pelo campo da observao, percepo e a

    sensibilidade em compreender os caminhos dos sentimentos desses alunos. E dar a chance em

    expressar a essncia de sua natureza individual diante do cotidiano, logo saber o porqu de

  • 20

    aes agressivas com palavras, expresses e atitudes violentas tem ocupado boa parte do seu

    tempo, que deveria ser melhor aproveitado para construir outros conceitos de boa convivncia

    social e construo da formao intelectual alicerada em respeito e dignidade.

  • 21

    CAPITULO II

    METODOLOGIA

    Para a realizao deste trabalho, foi necessrio realizar uma pesquisa bibliogrfica

    a fim de compreender os conceitos que envolvem os elementos da indisciplina e a delimitao

    do tema e da abordagem. Dessa forma, definiu-se como escolha em executar a pesquisa

    atravs do mtodo qualitativo, cujo mtodo foi considerado o melhor caminho para

    compreender as causas de indisciplina, logo atravs deste mtodo se trabalha a natureza dos

    elementos, bem como a intensidade dos mesmos.

    DUARTE (2002, p.14) diz que,

    Assim, fragmentos de discursos, imagens, trechos de entrevistas, expresses

    recorrentes e significativas, registros de prticas e de indicadores de sistemas

    classificatrios constituem traos, elementos em torno dos quais construir-se-o

    hipteses e reflexes, sero levantadas dvidas ou reafirmadas convices.

    Portanto a funo da pesquisa qualitativa, atendeu as necessidades deste trabalho,

    e revela uma analise pertinente para uma compreenso do objeto que a indisciplina.

    Para GIL (1999), o estudo de caso vem sendo utilizado com freqncia cada vez

    maior pelos pesquisadores sociais, por esse motivo a contribuio desse mtodo ser utilizada

    com diferentes propsitos, entre elas, explorar situaes da vida real cujos limites no esto

    claramente definidos, caso dessa pesquisa.

    A observao de campo se deu por meio da presena da pesquisadora em algumas

    aulas ou atividades da turma, sem qualquer tipo de manifestao ou interferncia de qualquer

    natureza, somente realizadas depois de obter o consentimento de professores(as) e alunos(as)

    para tal. As observaes da turma foram fundamentais para compreender as diferentes

    manifestaes da indisciplina e para a formulao do roteiro de entrevistas.

    Posteriormente, na busca de mais elementos, o recurso de entrevistas semi

    estruturadas foi utilizado com o auxilio de um roteiro previamente construdo.

  • 22

    Gil, ressalta que (1999, p. 117):

    Pode-se definir entrevista como a tcnica em que o investigador se apresenta frente ao investigado e lhe formula perguntas, com o objetivo de obteno dos dados que interessam investigao. A entrevista , portanto, uma forma de interao social. Mais especificamente, uma forma de dialogo assimtrico, em que uma das partes busca coletar dados e a outra se apresenta como fonte de informao.

    Portanto, fica obvio o quanto a entrevista possui um papel na coleta de dados

    crucial para os demais passos definidos.

    As gravaes foram efetuadas em udio e a identidade dos alunos e alunas

    entrevistados (as) ser preservada. As entrevistas foram realizadas individualmente com doze

    alunos e durou em media trinta minutos. A seleo dos (as) entrevistados (as) aconteceu por

    sorteio e foi adotado o uso de codinomes para garantir o sigilo das identidades.

    OBSERVAES DE CAMPO

    A realizao das observaes de campo foi aceita pelo Diretor e pelos alunos do

    8 ano da instituio referida. Elas aconteceram de forma formal, em que assisti trs dias de

    aulas no perodo integral, intercalando os dias aleatoriamente, sem marcar data para ocorrer

    tais observaes.

    A produtividade da observao de campo foi de extremo valor para o trabalho.

    Como havia dito aos alunos que a minha proposta era a de no alterar a rotina da sala e

    permanecia sempre ao fundo da sala, notei que eles no se preocupavam com minha presena

    e que depois de um perodo ate mesmo me ignoravam.

    Foi tomado o cuidado de assistir a aulas tanto de professores de ambos os gneros

    e em diferentes horrios para verificar se algum desses elementos influenciavam o

    comportamento da turma. Em relao ao gnero dos professores no apresentou fator

    determinante para o comportamento mais ou menos indisciplinado. No entanto, foi verificado

    que o horrio influencia o nvel de indisciplina j que geralmente aps o recreio os estudantes

    voltavam mais agitados e agressivos, em decorrncia de desentendimentos que ocorria com

    freqncia nesse perodo. Sempre foi perguntado se a minha presena intensificou ou mesmo

    diminuiu a intensidade das manifestaes indisciplinares. Os professores afirmaram que no e

    que tudo aquilo que presencie era uma rotina diria, perguntei se havia trabalhado os

  • 23

    combinados no inicio do ano, responderam que sim, mas no cotidiano tudo havia se tornado

    obsoleto diante aos reais poderes que o professor possui diante as leis que regem todo o

    processo educacional e em todas as escalas.

    Declararam espontaneamente, a busca do conselho para ministrar palestras a fim

    de alertar e conscientizar dos direitos e deveres dos alunos, mas os efeitos foram nulos na

    rotina indisciplinar do quadro apresentado.

    Tambm, os professores coordenadores tentaram argumentar com esse grupo de

    alunos dizendo que seus benefcios como salrio escola, pet, seriam cortados se no

    reavaliassem suas posturas na escola. Mas responderam que basta ter presena para receber

    dos programas do governo.

    APLICAO DO QUESTIONRIO SOCIOECONMICO

    Foi tambm aplicado um questionrio socioeconmico para obter o perfil da

    turma, assim, pode se ter elementos que auxiliam na compreenso do grupo e do contexto

    vivenciado por eles, com perguntas claras e objetivas da condio socioeconmico do grupo

    em questo.

    O questionrio socioeconmico foi aplicado pela prpria pesquisadora, que

    esclareceu aos alunos a importncia para a pesquisa proposta, a fim de descrever a situao

    social e econmica do grupo.

    Os dados demonstraram que a turma composta especialmente por meninas, que

    so 58%. No que diz respeito a idade, 81% da turma tem 13 ou 14 anos. Sobre a naturalidade

    92% so do estado de Gois e os outros 8% so do estado do Mato Grosso. No tocante

    identificao tnico/racial, 8% se identificaram como negros, 62% como pardos e 27% como

    brancos. Quanto a religio, 31% so catlicos e 65% protestantes. Dos 26 respondentes, 85%

    estudou somente em escola publica, 58% s estudam, 19% trabalham em tempo parcial e 23%

    disseram que trabalham quando aparece. Desses estudantes, 62% so beneficiados por

    programas governamentais de auxilio a renda de famlia com criana na escola e 38% no

  • 24

    recebem esse tipo de benefcio. Observe que os dados mostram que uma parte dos

    beneficiados (4%) tambm trabalham em algum momento para complementar a renda familiar

    ou prpria.

    ENTREVISTAS

    Para a realizao das entrevistas foi criado um roteiro que abordava como aconteciam

    os atos de indisciplina, o que entendem por indisciplina, a forma e intensidade com que a

    indisciplina atrapalha a compreenso dos contedos e como poderia atrapalhar a construo

    do futuro para eles. Tambm foi perguntado se o (a) entrevistado (a) se considerava

    indisciplinado (a) e por que.

    Portando, o objetivo era buscar declaraes espontneas e verdadeiras que trariam

    elementos riqussimos de como convivem e quais as perspectivas de cada um diante do

    quadro indisciplinar da turma.

    As entrevistas foram realizadas sem data marcada, no laboratrio de informtica,

    portas fechadas e individual, num clima criada pela pesquisadora descontraidamente e de

    forma clara, em que o aluno poderia iniciar se fosse de sua vontade ou poderia interromper

    quando quisesse, e a garantia de que as falas no seria ligadas aos seus respectivos nomes,

    mas apenas algumas falas seria usada no corpo do trabalho sem qualquer tipo de identificao.

    Por esse motivo foram atribudos pseudnimos aos entrevistados, sendo assim, os nomes que

    aparecem nos resultados da pesquisa so fictcios.

  • 25

    CAPITULO III

    RESULTADOS DA PESQUISA

    Na observao da turma ficou explicito atitudes como ignorar a presena do

    professor, tanto durante a chamada com conversas muito alta e ate mesmo um dos dias

    bateram palmas na aula irritando o professor gerando um clima desagradvel e tenso. Outros

    momentos como piadinhas de natureza vexatria e agressivas verbalmente deixou claro a falta

    de respeito com os colegas e professores, por muitos momentos chegam a revidarem com

    agresses alem de verbais fsicas, como empurres e ameaas.

    Demonstrando diante dos pontos expostos pelos coordenadores e professores que

    a falta de controle e limites tem sido vencido pela indisciplina espontnea dos alunos que

    contaminam toda sala com a falta de respeito ao prximo e consigo mesmos, logo o

    desempenho escolar a nvel de conhecimento nitidamente esta prejudicado mesmo que o

    quadro de notas no apresentam tantos ndices de quedas bruscas e inaceitveis pelos padres

    exigidos em termos de nota, justificaram que atravs de trabalhos, freqncia conseguem

    atingir entre altos e baixos o nvel mnimo para a maioria passar, mas ressaltaram que a

    presso aos professores pela Secretaria de Educao regente do sistema educacional Estadual,

    no quesito nota um fato, e no h acompanhamento real das devidas necessidades de apoio

    individual as escolas de modo geral.

    COMO OS ALUNOS PENSAM O ESTUDO E A ESCOLA

    A escola transitria e fundamental para garantir melhoria de vida

    no futuro. algo entendido como o presente obrigatrio para tornar possvel o

    futuro que se deseja. Mas no l igam essa melhoria de vida a bagagem de

    conhecimento, nem a estrutura de que ela acontea, concluindo assim que

    basta graduar atravs de anos de frequncia e notas para completar os anos

  • 26

    letivos que vem pela frente e alguns dizem que s precisam de diploma e o

    resto acontece.

    Nesse sentido, percebe-se uma avaliao negativa do espao escolar,

    pois no algo visto como prazeroso ou importante no presente. No algo

    positivo no domnio do vivido, do cotidiano escolar. Uma demonstrao desse

    pensamento a resposta do aluno Carlos sobre a escola para ele:

    Eu gosto e no gosto, eu gosto pensando de es tudar pensando no meu futuro e no gosto de es tuda pensano no presente. No gosto porque. . . levant cedo todo dia, f ica olhando essas aula chata ruim e e eu gosto porque penso mui to no meu futuro, e eu penso qui se eu es tuda eu vo consegui s alguma coisa na vida. (Carlos , pardo, 15 anos)

    Todos os entrevistados afirmaram que gostam de estudar, contudo,

    foi enfatizado por diversos deles que os estudos so importante para garantir

    um futuro melhor. H portanto um reconhecimento de que a educao esta

    diretamente ligado a uma melhoria da qualidade de vida. No entanto, ficou

    evidente que na opinio dos estudantes o espao escolar deveria ser agradvel

    e atraente para os jovens, com uma estrutura melhor com arborizao, quadras

    poliesportivas coberta, piscinas, maior espao com reas gramadas e

    cimentadas. Esse ultimo desejo justificado pela grande quantidade de rea

    com terra, produzindo hora poeira e lama.

    Eu queria assim, uma escola de dois andares, que tem piscina, ah... toda arrumadinha, n, toda gramada ou ento cimentada, com a quadra tampada em cima, novinha tudo cimentada, n... Com p de coco, aula de natao trs veiz por semana, gosto dimais, bo (Murilo, pardo, 14 anos)

    Outro aspecto evidente no depoimento acima que alem de vontade

    de melhorias de infra-estrutura da escola h um anseio de atividades

    esportivas que no fazem parte do universo escolar deles.

    Alem de demonstrarem expectativas com relao ao espao escolar,

    a maior parte dos depoentes afirmaram que gostariam de uma melhoria

    tambm nas relaes com os colegas, algo considerado fundamental para a

  • 27

    melhoria da escola e dos estudos, o que fica muito claro no depoimento de

    Mnica:

    Primeiramente, a escola ser grande, com tudo, tudo que um aluno merece. Segundo, eu queria que os aluno comportasse mais, ficasse mais queto dentro da sala, porque eu queria que as professora fosse mais rigorosa. (Monica, branca, 13 anos)

    Podemos ressaltar do depoimento acima um elemento que se

    mostrou consensual entre os alunos, o reconhecimento da necessidade de um

    melhor comportamento dos alunos e, para isso, de um maior rigor dos

    professores (as). Esse tema ser melhor desenvolvido nos tpicos a seguir.

    O QUE ENTENDEM POR INDISCIPLINA:

    Analisando o aspecto geral que foi dito pelos entrevistados pode se

    compreender que indisciplina na opinio deles esta relacionado a um

    comportamento que seja prejudicial para as relaes entre eles e/ou para a boa

    produtividade da aula, como no depoimento da Monica

    As briga dentro da sala muito ruim, eles f icam brigando, gr i tando, no deixa agente ouvi . (Monica, branca, 13 anos).

    Em busca de um diagnostico da viso dos entrevistados necessrio

    compreender o que os incomoda no contexto vivido escolar no aspecto das

    relaes entre eles. Adriana foi mai uma entrevistada que deu destaque ao

    barulho com algo que atrapalha o andamento das aulas e, conseqentemente, o

    aprendizado dos alunos.

    Acho que mais a a baguna na sala, porque quando o professor ta explicando alguma coisa, logo um comea a conversar la no fundo, comea a convers p p p, ai o professor vai tem no meio da matria explicando ai outro vai ei menino silncio! ce perde tudo. (Carolina, parda, 13 anos).

  • 28

    Mas no s a conversa que os incomodam, a analise do entrevistado revela que

    as briga e agresses tambm so um desconforto para a maior parte dos componentes da sala

    observada. Isso porque, qualquer tipo de apelido, cutuces serve para explodir uma situao

    de agresses fsicas e verbais das mais diversas intensidades, desde tapas para arrancar bons

    a perseguir com pau colega com o objetivo de espancar.

    No depoimento de Carlos mais uma demonstrao de como eles

    analisam que a indisciplina prejudica a relao entre as pessoas na escola seja

    entre os prprios alunos ou entre eles e os professores

    Pudia s ass im, todo mundo conversa numa boa ass im na hora do recreio, todo mundo ass im amigo um do outro, num tesse nenhuma briga, nem impl icao, nenhum racismo n, professores c educado n, tem alguns professor que mal educado, qualquer cois inha j ta com a resposta na ponta da l ngua. (Carlos , pardo, 15 anos)

    Como possvel notar no depoimento acima, uma das agresses das

    quais os jovens entrevistados mencionaram foi a pratica de comportamentos

    racistas, como atribuies de apelidos ofensivos, isolamento pelo fato de ser

    negra e mesmo xingamentos racistas. Esse o caso da aluna Dbora, da qual

    alguns depoentes falaram quando foram exemplificar casos de racismo entre

    eles. Contudo eles afirmaram que Dbora no se intimida diante dessas

    atitudes, reagindo, inclusive, com violncias fsica contra os seus agressores.

    A nfase dos alunos nas relaes sociais ao falar de indisciplina est

    de acordo com os estudiosos, como Vasconcellos (2000), que identif icam

    indisciplina como interrelaes.

    Dbora ao ser abordada sobre as diferentes formas de

    comportamento agressivo entre os colegas, admitiu reconhecer que sofre

    preconceito por causa da sua cor, tendo dito, inclusive, que teria sido

    apelidada por colegas de fusco preto. Alm disso, ela revela que se sente

    ignorada por alguns colegas por causa de sua cor.

    Sei que ex is te , porque quando eu uma vez falei com X ele no me respondeu,

    sei que porque sou preta , mais num to nem ai (Debora, negra, 15 anos)

  • 29

    Podemos analisar esta atitude de Dbora de ignorar a violncia a partir do

    conceito de disciplina de Vasconcellos (2000), ou seja como atitude de autocontrole, assim

    Dbora demonstra a capacidade de agir de acordo com as normas pr estabelecidas pela

    escola.

    No entanto, h alunos que discordam que deveria haver mais rigidez

    por parte dos professores e que desejaria sim ter aulas mais descontradas em

    que pudesse conversar e ouvir musica

    Ah, eu gostar ia que as aula fosse mais discontraida, no fosse to r gidos os professores . Uai agente pe um fone de ouvido, ai os professor j enche o saco. . . a i no pode conversar nem um poquim aqui . . .que os professor j enche o saco. Queria umas aula mais discontraida (Murilo, pardo, 14 anos)

    Entretanto deve se destacar que esse o depoimento de um aluno que foi

    apontado por diversos outros como um aluno indisciplinado, exatamente porque conversa

    durante a aula.

    Nesse trecho possvel concluir que para Murilo a escola chata e ruim, como

    ele mesmo disse, s esta la porque pensa no seu futuro, que pode melhorar por causa da

    escola.

    Sendo assim, com exceo de Murilo e Carlos, o barulho foi um ponto consensual

    que atrapalha a aprendizagem e foi citado o que mais incomoda tanto individualmente dos 12

    alunos entrevistados, como tambm falaram em nome de todo os demais colegas da sala.

    Ao serem questionados se consideravam indisciplinados a resposta comum foi de

    que no. Novamente as excees foram Carlos e Murilo, alem deles, Carolina foi a nica

    menina que se auto avaliou como indisciplinada.

    Ah, eu acho apesar que, apesar que eu converso muito, eu tambm converso muito, existe muito aquela coisa de todo mundo ficar conversando, assim ai num da tempo de estudar. (Carolina, parda, 13 anos).

  • 30

    No depoimento dela fica claro que no e s a conversa dos outros que atrapalha mas o envolvimento dela tambm faz com que eles percam o foco dos estudos.

    Portanto, esclarecedor que h uma generalizao em relao ao excesso de conversas e ao mesmo tempo todos admitem possuir o habito de conversar fora de hora em sala.

    Ao serem questionados pela medida que poderiam se adotada para

    diminuir o quadro de indisciplina existente foi recorrente responderem que

    achavam necessrio a adoo de medidas mais rgidas e efetivas.

    Ao reconhecerem o valor da punio como medida de promover a disciplina os

    alunos mostram ter interiorizado valores que surgiram na poca medieval para controlarem os

    sujeitos. Podemos voltar aqui a Garcia (2000) mostrou que muitas vezes a disciplina e

    relacionada a punies e castigos. Pelo que parece esses valores continuam sendo legitimados

    na sociedade atual.

    Os alunos entrevistados afirmaram que conheciam as regras da instituio e que

    quando se comportavam indisciplinadamente eram ameaados de receberem punies que

    variavam entre advertncia, suspenso e corte dos benefcios governamentais que recebiam. A

    posio dos alunos diante dessas ameaas era de indiferena, como eles mesmos disseram.

    Foram duas as razes apontadas para esse comportamento, a primeira de que com essas

    ameaas no eram cumpridas elas perderam a legitimidade. Carlos por exemplo disse sobre

    advertncias

    Eu j recebi so umas dez, so esse ano e nunca aconteceu nada (Murilo, pardo, 14 anos)

    E complementa falando de medidas que seriam mais eficazes para

    inibir seu comportamento

    O edvalso, diretor, ta certo num negcio, ele falou que assim, a cada advertncia que um aluno fala ou fazer alguma coisa assim que ta fora, ele punha pra fazer servio comunitrio da escola, tipo lavar banheiro, capinar quintal, entende? Isso ai certo. (Carlos, pardo, 15 anos)

  • 31

    A segunda razo apontada para a falta de validao das ameaas de

    punio de que eles conheciam os seus direitos e que reconheciam no

    poderiam ser cumpridas, como o corte do beneficio.

    Essa cunversa de corta a bolsa faml ia , eu to sabeno que so ter presena ganhar (Carlos , pardo, 15 anos)

    Alem de justif icarem a no legitimao das ameaas com o fator que

    no justif ica a manuteno do comportamento indisciplinado os alunos

    tambm justif icavam essa atitude quando percebiam que no havia

    compromisso do professor com o ensino.

    Tem um profess que ele vai la da a aula dele e no ta nem ai com nada, na aula dele e aquela baguna, ele so ta la pra ganha o dinhero dele e pronto (Jorge, pardo, 13 anos)

    Esse depoimento evidncia no s que os alunos se comportam de

    uma forma indisciplinada de acordo com a avaliao que fazem do professor

    mas que tambm que a capacidade de um professor de manter a sala

    disciplinada e fundamental.

    A disciplina nesse contexto apresentado no atinge os objetivos de

    convivncia escolar, relacionado com o meio de socializao quanto com o

    compromisso em ensinar e aprender.

  • 32

    CONSIDERAES FINAIS

    A pesquisa revelou a perspectiva de uma rotina escolar em que, ao

    longo do tempo, a harmonia vem perdendo campo para a falta de limites.

    Tanto as discusses tericas tratadas neste trabalho quanto as entrevistas

    colhidas com os prprios alunos reafirmam que o fenmeno da indisciplina

    surge quando no so tratados os alicerces da boa convivncia.

    Nesse aspecto de desencontros um outro fator revelado foi os

    prejuzos que a indisciplina traz no campo do conhecimento, quando impede o

    bom andamento da aula em decorrncia de conversas e agresses na sala de

    aula. Isso, no entanto, esta relacionado com a falta de legitimidade da escola

    diante dos alunos, seja como o lugar de produzir conhecimento, promover a

    socializao e construir um ambiente escolar comprometido com a formao

    de cidado critico e reflexivo.

    O fato de os estudantes apontarem o futuro como o principal motivo

    para estarem num ambiente escolar, esclarece que a viso da escola no

    presente e de um lugar que no possui as caracterst icas desejadas para uma

    escola.

    Esse desencantamento pela educao, ficou evidente tanto na falta

    de prazer de freqentarem a escola, quanto na adoo da violncia como meio

    de resolver confli tos, que fez da escola um ambiente inspito para a

    convivncia e para o conhecimento.

    Portanto, segundo os entrevistados, essa fraqueza da educao, foi

    delineada pela falta de compromisso dos profissionais da educao com os

    estudantes, do no cumprimento de acordos pr estabelecidos, da falta de

    firmeza na construo dos l imites e, conseqentemente, os relacionamentos

    ficaram comprometidos. E como revelar a amizade e o prazer do conhecimento

    se no lugar so se encontra intolerncia, a qual contaminou todo os laos entre

    colegas e entre aluno/professor, onde haveria troca de valores, a

    desvalorizao da racionalidade abraa a escola com o gosto amargo da

    indisciplina.

  • 33

    REFERNCIAS BIBLIOGRAFICAS:

    DOWBOR, Ftima Freire. Quem educa marca o corpo outro :Organizadoras

    Sonia Lcia de Carvalho, Deise Aparecida Luppi. So Paulo: Ed. Cortez,

    2007.

    DUARTE, Roslia. Pesquisa Qualitativa: Reflexes sobre o trabalho de

    campo. Cadernos de Pesquisa, n. 115, maro/ 2002. Departamento de

    Educao da Pontifcia Universidade Catlica do Rio de Janeiro

    [email protected]

    CIBIAC, ngela Fernandes. Um estudo sobre o engendramento da

    indisciplina no cotidiano escolar. Artigo Disponivel:

    http://WWW.anped.org.br/reunioes/24/tp1.htm. Acessado em 02 de fevereiro de

    2009, s hs:10:30.

    GARCIA, J. Interdisciplinaridade, tempo e currculo. So Paulo, 2000. 119 f. Tese de

    doutorado em Educao Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo, So Paulo,

    2000.

    GIL, Antonio Carlos. Mtodos e tcnicas de pesquisa social. 5. Ed. Atlas. So Paulo, 1999.

    PRECIOSA, Silva e PESTANA, Isabel Neves. O que leva os alunos a serem

    (in)disciplinados? Uma anlise sociolgica centrada em contextos diferenciados de

    interaco pedaggica. Verso pessoal revista do texto final do artigo publicado em: revista

    de Educao XII (2), 37-57 (2004). Homepage da Revista de Educao. Disponvel:

    http://revista.educ.fc.ul.pt/

    PNUD. NOME DO ARTIGO. Disponvel:

    http://www.pnud.org.br/recrutamento/arquivos/1248295488.pdf. Acessado em 05 de maio de

    2009, as hs: 15:00.

    Tiba, Iami. Disciplina, limite na medida certa. So Paulo: Editora Gente, 1996.

  • 34

    UNESCO Disponivel: http://unesdoc.unesco.org/images/0014/001475/147544POR.pdf.

    Acessado em 18 de julho de 2009, s hs:14:00.

    VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Disciplina Construo da Disciplina

    Consciente e Interativa em Sala de Aula e na Escola. Cadernos pedaggicos

    do Libertad-4. So Paulo: 11 Ed. impresso e acabamento Edies Layola,

    2000.

  • 35

    Anexo 1

    A presente pesquisa, desenvolvida por Ligia Bersano, aluna do quarto ano de Geografia da Universidade Estadual de Gois, tem por objetivo observar o perfil do grupo analisado. O Questionrio annimo e as informaes sero utilizadas para estudo.

    Perfil Scio Econmico

    01 QUAL A SUA IDADE? ____________________

    02 CIDADE ONDE NASCEU (COLOQUE SIGLA DO ESTADO) ______________

    03 VOC SE CONSIDERA:Branco(a).................................................................... 01ndio(a)....................................................................... 02Negro(a)..................................................................... 03Oriental....................................................................... 04Pardo(a)...................................................................... 05

    04 QUAL A SUA RELIGIO?Catlica...................................................................... 01Esprita....................................................................... 02Evanglica.................................................................. 03Tradio africana....................................................... 04Outra.......................................................................... 05Nenhuma.................................................................... 06

    05 VOC TEM ALGUMA DEFICINCIA ?Sim............................................................................ 01No............................................................................ 02

    06 EM CASO POSITIVO NO ITEM ANTERIOR, MARQUE UMA DAS OPES A SEGUIR:Deficincia motora. ....................................................01Deficincia visual....................................................... 02Deficincia auditiva ................................................... 03Mltiplas..................................................................... 05

    07 - ESTUDOU ATE HOJE EM INSTITUIO Todo em escola pblica ............................................ 01Maior parte em escola pblica .................................. 02Maior parte em escola particular .............................. 03Escola particular com bolsa de estudo....................... 04Outros......................................................................... 05

    08- QUAL A SUA OCUPAO ?So estuda .....................................................01Ajuda a famlia, no dia a dia com os afazeres ..... 02Trabalha por conta prpria.......................................... 03Empregado sem carteira assinada em fazenda ...........04Empregado sem carteira assinada na cidade ............. 05Estagirio.................................................................... 06Outros..........................................................................07

    09 - VOC EXERCE ATIVIDADE REMUNERADA?No..............................................................................01Sim, mas quando aparece ...................................... 02

  • 36Sim, em tempo parcial................................................ 03Sim, em tempo integral............................................... 04

    10 PARTICIPA DE PROGRAMAS DO GOVERNOSim ............................................................................ 01No ........................................................................... 02

    11 RENDA MENSAL PESSOALDe 100 ....................................................................... 01De 200 ....................................................................... 02De 300,00 ...................................................................03De R$ 300,00 a R$ 600,00 ........................................ 04

    12- RENDA MENSAL FAMILIAR (Soma dos rendimentos recebidos por todos que trabalham na casa)At R$ 300,00 ............................................................ 01De R$ 300,00 a R$ 600,00 ........................................ 02De R$ 600,00 a R$ 900,00 ........................................ 03De R$ 900,00 a R$1.200,00 ...................................... 04De R$ 1.200,00 a R$ 1.500,00 .................................. 05Mais de R$ 1.500,00 ..................................................06

    13 - SUA RESIDNCIA :Prpria........................................................................ 01Cedida......................................................................... 02Alugada....................................................................... 03Outros........................................................................ 04

    14 - COM QUEM VOC RESIDE ?Com a famlia............................................................ 01Com parentes............................................................ 02Com amigos.............................................................. 03Em instituio .......................................................... 04Sozinho..................................................................... 05Outros........................................................................ 06

    15 QUANTAS PESSOAS MORAM EM SUA CASA (Incluindo voc) Uma pessoa............................................................... 01Duas pessoas............................................................. 02Trs pessoas.............................................................. 03De 4 a 5 pessoas......................................................... 04Mais de 5 pessoas..................................................... 05

  • 37

    Carta de Anuncia

    Prezado Edvalson Furtunato de Freitas, diretor da Escola Estadual Vereador Antnio

    Laurindo de Ipor Gois.

    Eu, Ligia Bersano, aluna do Curso de Licenciatura em Geografia da Universidade Estadual

    de Gois, Unidade Unidade de Ipor. Estou realizando uma pesquisa que tem como tema:

    ESTUDO DE CASO DA ESCOLA ESTADUAL VEREADOR ANTNIO LAURINDO DA

    CIDADE DE IPOR GOIS, LEVANTAMENTO DE HIPTESE DE INDISCIPLINA.

    Por ser esta uma escola que se encaixa nos pr-requisitos da pesquisa, venho pedir sua

    autorizao para a realizao da coleta de dados em sua instituio. Vale ressaltar que a

    pesquisa tem como objetivo compreender como diferentes sujeitos (alunos e professores)

    dentro da instituio escola, representam a indisciplina escolar. Pois o termo indisciplina

    apontado por diversos educadores como um dos principais problemas enfrentados hoje nas

    escolas. importante dizer que a permisso para a realizao da pesquisa no lhe acarretar

    nenhum custo e no ser fornecida nenhuma recompensa, seja ela financeira ou de outro

    cunho.

    Tambm importante dizer que pretendo influenciar o mnimo possvel no andamento das

    atividades da instituio.

    Agradeo antecipadamente,

    Ipor, ________ de _____________ de 2009.

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    Ligia Bersano (Pesquisadora) Prof. MSc Vanilda Maria de Oliveira (orientadora)

    Telefone: (64) 3674-5329.

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    Diretor

    AUTORIZAO CONCEDIDA

    AUTORIZAO NEGADA