ensino da matematica

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JANAÍNA APARECIDA KRACHUSKI BASEGGIO RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO Relatório de Estágio Curricular Obrigatório. Apresentado como requisito parcial para obtenção do Certificado de Licenciado em Matemática, por meio do Programa Especial de Formação pedagógica PROFOP/PARFOR, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Pato Branco. Orientador(a): Profª. Me. Eliane Farias Farias Domingues. PATO BRANCO 2015

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TCC orientado ao estudo do ensino da matemática

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    JANANA APARECIDA KRACHUSKI BASEGGIO

    RELATRIO DE ESTGIO CURRICULAR OBRIGATRIO

    Relatrio de Estgio Curricular Obrigatrio. Apresentado como requisito parcial para obteno do Certificado de Licenciado em Matemtica, por meio do Programa Especial de Formao pedaggica PROFOP/PARFOR, da Universidade Tecnolgica Federal do Paran, Campus Pato Branco. Orientador(a): Prof. Me. Eliane Farias Farias Domingues.

    PATO BRANCO

    2015

  • 2

    TERMO DE APROVAO

    JANANA APARECIDA KRACHUSKI BASEGGIO

    RELATRIO DE ESTGIO CURRICULAR OBRIGATRIO

    Relatrio de Estgio Curricular Obrigatrio, aprovado como requisito parcial para

    obteno do Certificado de Licenciado em Matemtica, pela Universidade

    Tecnolgica Federal do Paran - Campus Pato Branco.

    ____________________________________________ Prof. Me. Eliane Terezinha Farias Domingues

    Orientador

    ____________________________________________ Prof.

    a Dr.

    a Maria de Lourdes Bernart

    Coordenadora de Turma do PROFOP/PARFOR

    Pato Branco, 10 de abril de 2015.

  • 3

    Contra o pessimismo da razo, o otimismo da pratica Antnio Gramsci

    PATO BRANCO

    2015

  • 4

    AGRADECIMENTO

    Ao meu Pai GABRIEL KRACHUSKI (in memorian).

    Pai! difcil acreditar que nesta hora voc no esteja mais aqui... s vezes,

    fico imaginando como seria v-lo olhando para mim com os olhos cheios de lgrimas

    e o corao transbordando de orgulho. Vejo seu sorriso quando, no meio de uma

    orao, olho-o de lado. Nossa! Como voc importante! Sei que seu corpo hoje j

    no mais matria, mas sinto-o vivo em cada passo que dou e, hoje, esta histria

    tambm sua porque parte da minha vida pertence a voc!

    (Autor Desconhecido)

  • 5

    Talvez no tenha conseguido fazer o melhor, mas lutei para que o

    melhor fosse feito. No sou o que deveria ser, mas graas a Deus, no

    sou o que era antes.

    Martin Lutherking.

  • 6

    SUMRIO

    1 - INTRODUO................................................................................................................... 6

    2 JUSTIFICATIVA............................................................................................................. 14

    3 OBJETIVOS ..................................................................................................................... 15

    3.1 - OBJETIVO GERAL .................................................................................................... 15

    3.2 - OBJETIVOS ESPECFICOS ...................................................................................... 15

    4 FUNDAMENTAO TERICA .................................................................................. 16

    4.1 - A MATEMTICA NA EDUCAO ........................................................................ 16

    4.2 - DIRETRIZES PARA O ENSINO DA MATEMTICA ............................................ 17

    4.3 METODOLOGIA PARA O ENSINO DA MATEMTICA ..................................... 18

    5 - METODOLOGIA DE ENSINO ...................................................................................... 21

    5.1 PRTICA SOCIAL INICIAL ....................................................................................... 23

    5.2 PROBLEMATIZAO ............................................................................................... 24

    8 - INSTRUMENTALIZAO ............................................................................................ 25

    9 - CATARSE ......................................................................................................................... 26

    10 - PRATICA SOCIAL FINAL ......................................................................................... 28

    12 AVALIAO ................................................................................................................. 31

    13 - PLANO DE UNIDADE E DE AULA............................................................................ 33

    13.1 - PRTICA SOCIAL DO CONTEDO ..................................................................... 33

    13.2 PROBLEMATIZAO ........................................................................................... 35

    13.3 - VIVNCIAS DOS CONTEDOS............................................................................ 35

    13.4 - RECURSOS NECESSRIOS PARA A AULA ....................................................... 35

    13.5 CATARSE ................................................................................................................ 36

    13.6 - FORMAS DE AVALIAO PARA OBSERVAR SE A SNTESE FOI

    ALCANADA..................................................................................................................... 36

    14 AUTOAVALIAO. .................................................................................................... 40

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS:................................................................................ 44

    1 - INTRODUO

  • 7

    Nesse trabalho de concluso do Curso de Formao para Professores

    (PARFOR), a sondagem e a pesquisa foram essenciais para a formao dos alunos,

    pois, a sociedade moderna exige dos indivduos amplitude de conhecimento e

    rapidez na resoluo de problemas que lhes so apresentados tanto no contexto

    escolar, quanto na vida profissional.

    A matemtica como elemento indispensvel desde os primrdios, auxiliou os

    primitivos a resolver problemas relacionados com pesos, medidas, astronomia e etc.,

    bem como situaes financeiras envolvendo compra e venda de mantimentos,

    acessrios de vesturio e outros do cotidiano da populao . Atualmente, a

    matemtica, indispensvel para uma manipulao da situao financeira

    equilibrada ou no. E, tambm, para demais eventos corriqueiros como uma simples

    compra de sorvete, pois, envolve valores e estes esto diretamente relacionados

    com a mesma.

    Dessa forma, alguns parmetros foram adotados para o planejamento e

    aplicao deste Trabalho de Concluso de Curso. Tais parmetros tm

    caracteristicas especficas como a clareza e a objetividade, cujo enfoque e o

    aprendizado do aluno e sua associao com o cotidiano. Para tanto, o tema foi

    delimitado de forma a aprofundar as diferentes tcnicas de resoluo das diversas

    atividades, possibilitando ao final, que o aluno adquirisse a catarse do estudo

    proposto. O contedo a ser retomado foi escolhido depois de um diagnstico feito

    com os alunos da referida turma, o trabalho realizado envolveu o ensino de

    Equaes de Primeiro e Segundo Graus, as diferentes formas de resoluo, e suas

    razes reais.Nesse contexto foram desenvolvidas vrias atividades de retomada

    desses contedos, desde listas de exerccios resolvidas em sala de aula, como

    pesquisas no laboratrio de informtica, a medida que o contedo foi sido

    desenvolvido novas atividades com um maior grau de dificuldade foram

    apresentadas aos alunos, e estes puderam sanar suas dvidas em sala de aula.

    Para o desenvolvimento desse trabalho partiu-se do princpio de que a

    Matemtica, ainda se apresenta de forma isolada e com pouco entendimento,

    tornando-se na maioria das vezes abstrata e sem relao com o cotidiano do aluno,

    pois, a forma como trabalhada, resume-se a contedos isolados da realidade,

    metdicos e com exerccios repetitivos. Nesse contexto, surge a seguinte questo:

    O que pode ser feito para que a Matematica tenha relao e significado na vida

  • 8

    cotidiana, de forma concreta e real, e no passe apenas de meras repeties de

    livros didticos?

    Nessa perspectiva, entende-se que, com o conhecimento da historia da

    matematica, obtm-se novas possibilidade de buscar diferentes formas de ver e

    entender a disciplina, tornando-a mais contextualizada com as demais disciplinas e

    com a vida do aluno. Considera-se, dessa forma, que a organizao da disciplina

    Matematica no contexto escolar, deve estar relacionada com a interdisciplinaridade

    e a contextualizao, para que possibilite ao aluno uma viso ominilateral. Neste

    contexto, o ensino-aprendizagem da Matematica deve estar relacionado com seu

    meio, pois, permite que o individuo possa gerir sua vida nos eixos pessoal e

    profissional, tomando decises com condies efetivas para resolver multiplos e

    complexos desafios da vida moderna.

    Na atualidade, busca-se compreender que cada estudante desenvolve suas

    atividades de diferentes formas. Alguns com o auxlio da informtica, outros apenas

    com o livro didtico. Portanto, o que deve ser observado a agilidade e a destreza

    com que se usam os conhecimentos. Proporcionando assim um princpio

    fundamental para uma prtica ativa e critica, faz-se necessaria uma interveno na

    pratica docente. Segundo Medeiros (1987 apud DCE, 2006, p.24)

    ...abre-se espao para um discurso matematico voltado

    tanto para cognio do estudante como para relevncia

    social do ensino da matematica. A Educao matematica,

    assim, implica olhar a propria matematica do ponto de

    vista do seu fazer e do seu pensar, da sua construo

    historica e implica, tambem, olhar o ensinar e o aprender

    matematica, buscando compreend-los.

    Quando o assunto e a questo politico-pedagogica e a busca por um curriculo

    organizado em que as disciplinas, apesar de seguirem normas especficas,

    dialoguem entre si numa perspectiva interdisciplinar, de forma que estejam explcitas

    quais concepes de interdisciplinaridade contextualizao que esto ali

    fundamentadas, pois as disciplinas so pressupostos para a interdisciplinaridade, e

    onde suas correlaes acontecem.

  • 9

    Desta perspectiva, estabelecer relaoes interdisciplinares no significa apenas

    readequar a proposta curricular, mas sim elaborar uma proposta onde as diferentes

    disciplinas tenham relaes entre si, estas baseadas no cotidiano do aluno e tragam

    significado para seu ensino-aprendizagem de modo significativo.

    Quando aborda-se a Educao, segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais

    do Ensino Mdio, os contedos devem ser organizados de forma integrada de modo

    que propicie ao aluno uma formao humana e integral, pois essa articulao

    interdisciplinar formar o sujeito de forma crtica, e no uma concepo

    tradicionalista hermtica sem articulao onde o sujeito /aluno visualize contedos

    estanques sem viso de mundo e integrao com outras disciplinas.

    Hoje vive-se em um mundo globalizado, onde informaes so repassadas

    diria e instantaneamente. Entretanto, se no houver integrao e mediao entre

    tais informaes com associao ao conhecimento cientfico, aplicado de acordo

    com a realidade do aluno, o aprendizado ocorrer de forma desorganizada e sem

    sentido ao sujeito.

    Por outro lado, observa-se que nem tudo que se aprende em sala tem relao

    com o cotidiano do aluno, da mesma forma que nem tudo que o aluno traz consigo

    ou aprende fora do contexto escolar, possui alguma relao com os conhecimentos

    repassados na escola. Nesse momento que o professor se torna seletivo,

    interdisciplinar e mediador de saberes diferenciados, objetivando a formao do

    aluno.

    Destaca-se ainda que h muito para ser mudado, pois de nada adianta um

    currculo pronto e acabado sem flexibilidade, sem sentido para o aluno, onde no h

    associaes com sua realidade, dessa forma o aprendizado se torna insignificante.

    Nesse contexto os conhecimentos perdem a dimenso da totalidade

    (ominilateralidade), ocorrem divises entre disciplinas, fazendo com que a escola

    deixe de cumprir seu papel de desenvolver o sujeito com formao humana integral,

    intelectual e transcendental, e as especificidades disciplinares se distanciam da

    realidade e necessidade do aluno, deixando de promover o conhecimento e a

    cidadania.

    A educao no Brasil precisa ser remodelada, para que possa atingir o

    educando na sua essncia, contribuindo em sua formao para o mercado de

  • 10

    trabalho e para a cidadania, tornando-o um sujeito crtico, com conhecimento do

    sistema socio-cultural onde est inserido, despertando sua criatividade, autonomia e

    responsabilidade em decises cotidianas, s assim tm-se cidados preparados

    para o futuro, capazes de enfrentar e se posicionarem frente s situaes impostas

    pelo mundo moderno.

    Nesse contexto que surge a interdisciplinaridade, utilizada como mtodo de

    trabalho, tendo a pesquisa como princpio pedaggico, norteando o trabalho

    docente, e reduzindo essa distncia entre as disciplinas e o aprendizado do aluno.

    Buscou apontar os problemas da organizao curricular atual, problematizando

    essas questes, tentando apontar uma saida como desafio. Comentou-se sobre a

    fragmentao em disciplinas, o que apresenta em si a fragmentao do

    conhecimento, o que leva o homem a no ter domnio sobre o prprio conhecimento

    produzido, sendo encarado como uma patologia.

    Nesse contexto, observa-se que o ensino mdio aponta novas possibilidades

    de pensar as disciplinas, de tal forma que possibilitem compactao. Para tanto,

    propoem-se a interdisciplinaridade, a qual visa dirimir a distncia entre o

    conhecimento cientfico e o conhecimento do aluno e suas correlaes. Pois, se no

    houver integrao e mediao entre todas as disciplinas propostas e a associao

    com o conhecimento cientfico aplicado de acordo com a realidade do aluno, o

    aprendizado ocorrer de forma fragmentada e com pouco ou nenhum sentido para o

    mesmo.

    Em seminrios, estudos e apontamentos, observa-se e acredita-se que todos

    possuem vontade em modificar, em encarar o novo, quando o assunto ensino-

    aprendizagem, porm admite-se angstias, no adianta mudar apenas porque so

    apresentadas novas propostas. Novas formas de trabalho no so bem recebidas,

    ao passo que os sujeitos esto adestrados a livros didticos, (sempre foi assim, e

    deu certo, no agora que vou mudar), ensino de forma fragmentada.

    Por mais que tenha-se atividades integradoras, nem sempre consegue-se unir

    as diferentes reas. Observa-se que, mal consegue-se unir para um planejamento

    os professores da prpria rea. Ser que dispoem-se de uma escola preparada para

    organizar um currculo igualitrio por disciplina, que se aplique tanto no matutino

    quanto no vespertio ou noturno? E que em um contexto geral, seja diagnisticado,

  • 11

    planejado e embasado na ralidade de seus sujeitos, para que assim alcance seus

    objetivos.

    Questiona-se porm a ideia de que os projetos so melhores do que a forma

    que se trabalha hoje em dia, (forma tradicional, com o uso do livro didtico como

    suporte), mas se no tem-se um diagnostico aprofundado, um planejamento

    direcionado e suporte para realizao das atividades diferenciadas, o aprendizado

    no ser efetivo.

    Essa mudana ocorre gradativamente em um lapso temporal mdio. No

    ocorre de hora para outra, ou seja, imediatamente. Acredita-se que as mudanas

    devem ser iniciadas no ensino fundamental e no apenas no ensino mdio e em

    uma construo coletiva.

    Para trabalhar em um contexto interdisciplinar, tem-se que abordar questes

    relacionadas ao trabalho, moradia, escolaridade. Situaes estas que envolvem todo

    o contexto scio cultural que o sujeito est inserido e suas transformaes. Dessa

    maneira, deve-se levar em considerao sua origem, suas expectativas, a forma

    como vive e suas relaes com os demais sujeitos, bem como o trabalho que

    desempenha. Para tanto, imaginar o sujeito como ser isolado sem interferncia do

    meio que participa, como analisar um sujeito sem interrelaes.

    No contexto escolar pode-se interligar a histria, com as diversas disciplinas

    que formam o currculo: a qumica, a fsica, a matemtica, a sociologia, a filosofia, a

    lngua portuguesa, a arte e educao fsica. Tornando assim, um conhecimento

    interdisciplinar e que tenha sentido ao aluno, e no simplesmente disciplinas

    isoladas, as quais seguem um padro formal de repasse de contedos com

    avaliaes estanques sem carter problematizador.

    Um exemplo clssico o estudo da qumica, onde o foco o estudo do meio

    ambiente e suas reaes, os gases consumidos e os liberados, a mudana da

    estrutura que ocorre aps cada reao qumica.

    Na fsica, as formas de energia geradas, provocadas e transformadas, desde

    sua gerao at seu consumo, contextos estes que mesmo parecendo obsoletos

    fazem parte do cotidiano de todas as pessoas. Assim, tambm ocorre com a

    matemtica que aborda o uso da estatstica nas planilhas dos gastos mensais, o

    uso da porcentagem na hora da compra e venda de diversos produtos. Na

    sociologia, a abordagem tem como ponto de partida, a questo social, a formao

  • 12

    das comunidades, a origem e aglomerao dos moradores, da mesma maneira que

    a geografia aborda a forma geogrfica, e o porqu dos moradores de determinadas

    regies, e dessa forma que a interdisciplinaridade ocorre, unindo todas as

    disciplinas em um nico contexto, o scio cultural do envolvido, s assim seu

    aprendizado ocorrer de forma efetiva e significativa.

    Neste contexto, no estudo da matemtica, tambm importante que se faa

    um diagnstico sobre o aluno, sujeito dessa interao, e seu contato direto com a

    disciplina. Quando fala-se em Histria da Matemtica, verifica-se que esta esteve e

    est presente na sala de aula em diversos contextos. A apresentao da

    Matematica pode ocorrer de forma ludica, envolvendo situaes problemas,

    enigmas, curiosidades ou apenas como fonte de pesquisa em livros didticos,

    seguida de atividades complementares envolvendo o contedo apresentado.

    O ensino da Matemtica teve sua construo nos primrdios, e suas

    utilidades eram de acordo com a demanda da sociedade da poca. Muitos mtodos

    e tcnicas foram desenvolvidos de forma a expandir o horizonte da disciplina, sendo

    que, atualmenteestes auxiliam nas atividades humanas.

    Neste momento, o professor torna-se o protagonista do ensino da matemtica

    em sala de aula. Explamando objetivos claros e auxiliando na introduo do

    raciocnio matemtico e na resoluo de problemas cotidianos.

    Com o conhecimento da matematica, tem-se a possibilidade de buscar uma

    nova forma de ver e entender o cotidiano, tornando-a mais contextualizada, mais

    integrada com as outras disciplinas, mais agradavel, mais criativa, mais humanizada.

    Segundo DAmbrosio (1999), citado por, Wlasta N. H. De Gasperi, Edilson Roberto

    Pacheco:

    As ideias matematicas comparecem em toda a evoluo da humanidade, definindo estrategias de ao para lidar com o ambiente, criando e desenhando instrumentos para esse fim, e buscando explicaoes sobre os fatos e fenomenos da natureza e para a propria existncia. Em todos os momentos da historia e em todas as civilizaoes, as ideias matematicas esto presentes em todas as formas de fazer e de saber. (p. 97)

    O ensino da matematica subjetiva a construo do conhecimento matemtico,

    tendo como ponto de partida a viso historica. Inicialmente apresenta-se o tema e

  • 13

    este torna-se fonte de pesquisa, discusso, construo e reconstruo, de forma a

    influenciar na formao do pensamento humano. Neste sentido viabilizar a resoluo

    de situaes problemas de diferentes complexidades.

  • 14

    2 JUSTIFICATIVA

    Para a concluso do Programa Especial de Formao Pedaggica

    PROFOP/PARFOR, necessrio se faz a realizao do Estgio Curricular

    Obrigatrio, composto por 100 horas/aula. As normas para a sua realizao esto

    dispostas no Regulamento do Estgio Supervisionado do Programa Especial de

    Formao Pedaggica PROFOP/PARFOR, no Regulamento dos Estgios dos

    Cursos de Educao Profissional Tcnica de Nvel Mdio e do Ensino Superior da

    UTFPR, na Instruo Normativa Conjunta 03/2011 PROGRAD/PROREC e na Lei

    n 11.788 de 25/09/2008, que obedecem Legislao Federal Lei n. 9.394, de

    20/12/96.

  • 15

    3 OBJETIVOS

    3.1 - OBJETIVO GERAL

    Aps a investigao do nvel de aprendizado dos alunos e, considerando os

    conhecimentos trazidos para sala de aula, proporcionar diferentes metodologias de

    ensino, de forma a atender s necessidades de todos os alunos, respeitando seu

    tempo de aprendizagem.

    3.2 - OBJETIVOS ESPECFICOS

    Diagnosticar as diferentes formas de aprendizado em sala de aula, e a partir

    da diversificar a construo do conhecimento de forma a oportunizar o

    desenvolvimento de todos os membros envolvidos no processo.

    -Auxiliar os alunos na resoluo de problemas, sejam eles no contexto escolar

    ou na vida cotidiana.

    -Compreender conceitos e procedimentos matemticos e suas relaes com o

    dia a dia.

    -Desenvolver diferentes mtodos de raciocnio e resoluo dos problemas

    matemticos.

    -Desenvolver e aperfeioar a capacidade investigativa nas atividades

    matemticas;

    -Estabelecer relaes entre a matemtica e outras reas do conhecimento;

    -Comunicar-se usando cdigos e linguagens matemtica;

    -Utilizar a histria da matemtica como ferramenta auxiliadora no processo

    ensino-aprendizagem.

  • 16

    4 FUNDAMENTAO TERICA

    4.1 - A MATEMTICA NA EDUCAO

    Desde a antiguidade j se identificam preocupaes com o ensino da

    matemtica, embora a importncia seja maior ou menor em cada momento histrico.

    Estudos apontam que a matemtica vista no contexto escolar como um bicho de

    sete cabeas, e como consequncia, causa de fracasso e abandono escolar.

    O ensino da matemtica, deve ser entendido como objeto de contextualizao

    com as demais disciplinas propostas no contexto escolar. Desta forma, pode ser

    associada com o cotidiano dos alunos envolvidos, possibilitando um maior

    desenvolvimento do raciocnio lgico, maior agilidade de pensamento e ao na

    resoluo de problemas dirios, desmistificando a inutilidade e a dificuldade na

    resoluo de problemas com diferentes nveis de complexidade. Segundo

    DAmbrosio (1999, p.97)

    As ideias matemticas comparecem em toda a evoluo da humanidade, definindo estratgias de ao para lidar com o ambiente, criando e desenhando instrumentos para esse fim, e buscando explicaes sobre os fatos e fenmenos da natureza e para a prpria existncia. Em todos os momentos da histria e em todas as civilizaes, as ideias matemticas esto presentes em todas as formas de fazer e de saber.

    DAmbrosio, sabiamente e claramente expe a utilidade atual e nos primrdios,

    do uso da matemtica, com estratgias definidas a fim de facilitar a prpria

    existncia. Destarte a matemtica seja vista como disciplina puramente lgico-

    cientfica, embasada na razo, ela perfaz diferentes momentos histricos, e para

    cada momento so desenvolvidas diferentes estratgias que buscam explicar

    fenmenos do cotidiano, associadas as diferentes formas de saber e fazer utilizando

    linguagens especficas.

  • 17

    4.2 - DIRETRIZES PARA O ENSINO DA MATEMTICA

    Povos primitivos desenvolveram os primeiros conceitos matemticos por volta

    de 2000 anos aC., e tais utilizam-se at hoje.

    As primeiras propostas de ensino da Matemtica, baseadas em prticas

    pedaggicas, ocorreram no sculo V antes de Cristo como os sofistas, estes que

    eram considerados profissionais do ensino. Seus objetivos eram formar o homem

    poltico, que deveria dominar a arte da persuaso. A estes povos (sofistas), deve-se

    a popularizao do ensino da Matemtica, bem como seu valor formativo e sua

    incluso de forma regular nos crculos de estudos.

    Porm, entre os sculos IV a II aC., a educao era ministrada de forma

    clssica e enciclopdica e a Matemtica estava reduzida a contagem de nmeros

    naturais, cardinais e ordinais, na forma de memorizao e repetio. (DCEs 2008. p.

    38).

    De acordo com as diretrizes curriculares, acima citadas, compreende-se que a

    matemtica desde sua descoberta at sua comprovao cientfica e sua insero

    como disciplina no currculo escolar, permeia vrias discusses a cerca de suas

    dimenses e sua influncia na resoluo de problemas com diferentes graus de

    complexidades.

    De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional (Lei n

    9.394/96), o ensino medio possui como finalidades a consolidao e o

    aprofundamento dos conhecimentos adquiridos durante o nivel fundamental.

    Salienta-se ainda o intuito de garantir a continuidade dos estudos, a preparao para

    o trabalho, o exercicio da cidadania, a formao etica, o desenvolvimento da

    autonomia intelectual e a compreenso dos processos produtivos.( MEC 2006, pg.

    69).

    A referida lei, tem como intuito a adequao do ensino brasileiro s

    transformaes que ocorrem no mercado de trabalho e a nova interpretao de

    mundo moderno, fruto da globalizao.

  • 18

    Ao longo da histria a matemtica teve vrias mudanas, sendo essas

    discutidas e analisadas de modo a justificar que seu aprendizado consiste em criar

    estratgias, construir significados e formalizar dados atravs de conceitos e frmulas

    os quais chegam a um resultado satisfatrio, beneficiando a formao do indivduo.

    Nessa perspectiva, a matemtica deixou de ser vista como um conjunto de

    conhecimentos universais e definidos, e passou a ser considerada um saber prtico,

    dinmico e relativo, onde a relao professor aluno ser de forma dialtica com troca

    de conhecimentos entre ambos com intuito de resolver diferentes problemas

    apresentados em seu cotidiano.

    Segundo conceito apresentado nas DCES (2008. p 45):

    [...] a aprendizagem consiste em criar estratgias que possibilitam ao aluno atribuir sentido e construir significados s ideias matemticas de modo a tornar-se capaz de estabelecer relaes, justificar, analisar, discutir e criar. Desse modo, supera o ensino baseado apenas em desenvolver habilidades, como calcular e resolver problemas ou fixar conceitos pela memorizao ou lista de exerccios.

    Portanto, a ao do professor de articular o processo de ensino

    aprendizagem, fomentando e instigando o aluno a raciocinar matematicamente, sem

    deixar de considerar a viso de mundo deste, suas histrias e seus conhecimentos

    cotidianos.

    4.3 METODOLOGIA PARA O ENSINO DA MATEMTICA

    Quando o assunto ensino-aprendizagem, parte-se do princpio de que h

    uma relao entre quem ensina e quem aprende. Esta relao deve ser

    condicionada ao processo, caso contrrio se houver distanciamento o saber se torna

    fragmentado e obsoleto.

    No ensino da matemtica, para que haja efetivao do ensino-aprendizagem,

    necessrio seguirmos alguns passos, como a introduo dos conceitos de estudo,

  • 19

    fazer a contextualizao entre contedos anteriores e os novos, bem como

    contextualizar a matemtica com as demais disciplinas e com o cotidiano dos

    alunos, para que esta deixe de se tornar apenas mais uma mera disciplina de sala

    de aula e auxilie-os na resoluo de questes cotidianas, embasadas no raciocnio

    lgico. O processo de ensino-aprendizagem da matemtica, passou por diferentes

    correntes pedaggicas, onde inicialmente ensinar matemtica era apenas transmitir

    uma gama de contedos isolados e para os alunos era um mero repasse de

    contedos com pouca ou nenhuma associao com seu cotidiano. Nesse contexto o

    ensino era visto apenas como a verbalizao do conhecimento pelo professor e o

    aluno era o sujeito passivo receptor.

    Dessa forma, com o passar dos anos a matemtica sofreu diferentes

    evolues, sendo que hoje o ensino da matemtica baseia-se na contextualizao

    do aluno com o meio onde est inserido e com as demais disciplinas do currculo

    escolar, mas com esse processo de contextualizao necessrio que se observe

    os problemas fechados, os quais no incentivam o aluno em sua resoluo e dessa

    forma acabam desestimulando e em alguns casos provocando desistncia.

    A forma mecnica, cristalizada de resolver situaes problemas no instiga o

    aluno ao aprendizado, pois se tornam formas implcitas, e sem importncia nenhuma

    para seu cotidiano, pois o exerccio da cidadania depende de anlise, ante as

    decises a serem tomadas e a matemtica tem papel fundamental na agilidade de

    raciocnio.

    Recentemente, estudos no campo matematico tambem evidenciram os

    caminhos diferentes para o ensino da Matematica na escola, surge ento a ideia de

    modelagem matematica, que entendida como a habilidade de transformar

    problemas da realidade em problemas matematicos e assim resolv-los no contexto

    escolar, pois muitas vezes o aluno se depara com conceitos matemticos e no

    consegue transform-la em linguagem matemtica para ento resolv-la dessa

    forma unem-se cotidiano e saber cientfico, e o aluno precisa mobilizar um leque

    variado de competncias: selecionar variaveis que sero relevantes para o modelo a

    construir; problematizar e formular hipteses explicativas para o problema.

    Para melhor evidenciar esse saber matemtico, surgem os projetos, que

    favorecem a criao de novas estratgias de organizao e resoluo de situaes

    problemas integrando diferentes disciplinas com a ideia de modelagem matematica,

  • 20

    tem-se a alternativa de trabalho com projetos. Um projeto pode favorecer a criao

    de estrategias de organizao dos conhecimentos escolares, ao integrar os

    diferentes saberes disciplinares partindo da sua realidade, que ser trabalhada sob

    uma viso interdisciplinar, relacionando conteudos escolares com assuntos do dia a

    dia dos alunos e enfatizando diversos aspectos onde ele se encontra, da

    comunidade, da escola, do meio ambiente, da familia, da etnia, etc.

    Outra questo importante a ser tratada no ensino-aprendizagem da matemtica

    o uso do livro didtico, que muitas vezes o nico material de apoio tanto para o

    professor quanto para o aluno, e muitas vezes foge da realidade de onde foi

    inserido, por exemplo, uma escola do campo trabalha com o mesmo livro didtico de

    uma escola de um grande centro, dessa forma o contexto fica isolado, incoerente

    com a realidade vivida pelos alunos, gerando uma concepo de que o livro didtico

    a melhor proposta de ensino e este deve ser trabalhado integralmente seguindo

    todos os passos apresentados no mesmo.

  • 21

    5 - METODOLOGIA DE ENSINO

    No ensino da matemtica o princpio a ser seguido o estmulo de pensar. O

    qual vai desenvolver as habilidades que envolvem o raciocnio matemtico, para a

    resoluo de diferentes situaes problemas apresentadas. Dessa forma,

    necessrio que se priorize a qualidade dos contedos ensinados. E no

    simplesmente optar pela quantidade, vencendo um cronograma com pouco ou

    nenhum aprendizado. Neste sentido, observa-se que sempre deve haver a retomada

    dos contedos dos nveis anteriores de forma que o aluno se aproprie do

    conhecimento j visto e dos que ainda sero apresentados.

    No ensino mdio, faz-se a retomada dos conceitos vistos nas sries finais do

    ensino fundamental, como: funes, expresses numricas, fraes, equaes de

    primeiro e segundo graus, para que o aluno relembre tais conceitos e possa se

    apropriar dos novos modelos a serem resolvidos nos prximos contedos.

    Nas fases seguintes, aps a retomada dos contedos vistos anteriormente,

    prope-se uma nova metodologia de ensino para fixao dos contedos e suas

    diferentes formas de resoluo. Ou seja, a retomada de conceitos, apresentao de

    novas frmulas e listas de exerccios as quais envolvem o contedo.

    Aps essa anlise de caso, encaminha-se para o desenvolvimento dos

    contedos e a utilizao de ferramentas especficas para a resoluo das situaes

    problemas de acordo com sua complexidade, observando as condies de

    aprendizado dos alunos envolvidos.

    A metodologia da Pedagogia Historico-Critica tem como ponto de partida a

    considerao dos conhecimentos que os alunos trazem de suas vivncias sociais e

    ou profissionais.Tal metodologia, busca implementar a construo de novos

    conhecimentos e aperfeioar os j existentes, de modo sistematizado.Nesse

    momento, o professor deve iniciar sua prtica pedaggica com o diagnstico de

    seus alunos e o conhecimento trazidos poe eles de suas vidas, s assim, partindo

    desse pressuposto, traar e implementar seu processo de ensino-aprendizagem,

    aperfeioando os conhecimentos ja existentes e repassando os novos de forma

    sistematizada, e fazendo a verificao da apropriao desse conhecimento ao final

    de determinado perodo.

  • 22

    Para a realizao desse trabalho, utilizou-se a metodologia histrico- crtica,

    tendo como referencial bibliogrfico joo Luis Gasparin.O referido autor define com

    clareza os passos da Pedagogia Histrico Crtica, a qual tem razes na teoria

    Histrico- Cultural de Vigotsky e tambm est na proposta de SAVIANI em seu livro

    Escola e Democracia (2008).

    De acordo com Gasparin (2013, p.1), a escola tradicional recebe muitas

    crticas, pois considerada uma mera transmissora de contedos estticos,

    desconectados de suas finalidades sociais. Mas, se isso verdade, deve ser

    lembrado que a escola perpassa por diferentes momentos histricos e dessa forma

    constitui uma expresso, uma resposta sociedade onde est inserida, sendo

    comprometida e cumprindo sua funo especfica, para tanto a escola deve estar

    preparada para mudanas sociais para enfrentar os novos desafios que surgem.

    Dessa maneira, a metodologia da pedagogia histrico-crtica, valoriza o saber

    do aluno, o qual ser transformado de conhecimento emprico saber elaborado, ou

    seja, conhecimento cientfico com apropriao do saber. Tal metodologia de ensino

    foi utilizada durante o desenvolvimento do Plano de Estgio Supervisionado.

    A metodologia da Pedagogia Histrico-crtica busca, a construo de novos

    saberes de modo sistematizado, e nesse contexto o professor que desenvolve sua

    prtica pedaggica. Em um primeiro momento analisando os saberes trazidos para o

    contexto escolar, e em seguida partindo dessa fase de diagnstico o professor ir

    em um segundo momento elaborar seu plano de trabalho, de forma a contemplar a

    todos com os novos saberes, fazendo um comparativo com o conhecimento anterior

    trazido e o recebido em sala de aula.

    Para essa metodologia, histrico-critica, teoria e prtica andam juntas. Uma

    vez que o aluno deve fazer associaes entre o contedo aprendido em sala de aula

    e sua vida cotidiana, criando assim uma situao prazeirosa e um interesse na

    aprendizagem. Essa metodologia se fundamenta em cinco passos metodolgicos,

    os quais orientam a prtica escolar: A prtica social inicial; problematizao;

    instrumentalizao; catarse e, a prtica social final, descritas a seguir.

  • 23

    5.1 PRTICA SOCIAL INICIAL

    Como primeiro passo, dessa prtica pedaggica, ocorre a preparao do aluno,

    para a construo do conhecimento e neste momento que so feitos os

    diagnsticos tanto do aluno quanto do professor, e partindo da o professor ir

    conduzir o contedo em sala de aula.

    Nesse momento de diagnstico, o aluno deve ser motivado, sensibilizado, de

    forma a perceber a relao entre o contexto escolar e sua vida cotidiana, e a forma

    como ocorre o diagnstico o professor que ir escolher, que pode ser formal ou

    informal, oral ou escrito, pois sua inteno verificar o nvel cognitivo dos alunos,

    s assim, poder traar as estratgias de ensino do assunto a ser estudado.

    Segundo Gasparin (2013, p.14),

    [...] o interesse do professor por aquilo que os alunos j conhecem uma ocupao prvia sobre o tema que ser desenvolvido. um cuidado preliminar que visa saber quais as pre-ocupaoes que esto nas mentes e nos sentimentos dos escolares. Isso possibilita ao professor desenvolver um trabalho pedaggico mais adequado, a fim de que os educandos, nas fases posteriores do processo, apropriem-se de um conhecimento significativo para suas vidas.

    Essa deciso, far com que a distncia entre o professor e o aluno seja

    estreitada e que o saber anterior ser o ponto de partida para o desenvolvimento

    dos demais contedos a serem apresentados em sala de aula.

    A importncia do saber cientfico, nesse momento de fundamental

    importncia, uma vez que os alunos vm com uma viso emprica, confusa, tida

    como natural, a qual representa sua viso de mundo e que deve ser moldada e

    aperfeioada pelo professor na sala de aula, tambm nesse momento o professor

    questiona o que desejam saber sobre os novos contedos e quais suas relaes

    com suas realidades.

    Segundo Gasparin (2013, p.17):

    [...] A viso dos alunos sincrtica porque, apesar dos conhecimentos que possuem sobre o assunto, a partir do cotidiano, ainda no realizaram, no ponto de partida, a relao da experincia pedaggica com a prtica social mais ampla de que participam. Este passo, para o

  • 24

    educando, consiste no primeiro contato que mantm com o contedo sistematizado que ser trabalhado posteriormente pelo professor.

    Para a criana, a assimilao das caractersticas fundamentais de um conceito

    muito mais fcil, quando tais conceitos so apresentados associados com imagens

    visuais, da mesma forma que quando conceitos e imagens so apresentados de

    forma contraditria, a assimilao se torna muito mais difcil, porm conceitos

    cotidianos so aprendidos pela criana antes mesmo de se tornarem sistematizados

    e ou formalizados em sala de aula.Tais conceitos esto empregnados em sua

    experincia de forma em que se apia somente em experincias vividas,na

    observao de coisas e nao em teorias e mtodos cientficos, aquele

    conhecimento adquirido durante a vida, no dia a dia, e o que se faz necessrio

    saber qual acompreenso por parte desse aluno sobre esses conceitos.

    (GASPARIN, 2013, p17).

    Para tanto, a tarefa do professor consiste em definir estratgias para a

    evoluo e assimilao do conhecimento, de forma a envolver o maior nmero de

    alunos para a efetivao do aprendizado (GASPARIN 2013, p 20)

    5.2 PROBLEMATIZAO

    Na concepo de Gasparin (2013, p.33), [...] a problematizao um elemento

    chave na transio entre a prtica e a teoria, isto , entre o fazer cotidiano e a

    cultura elaborada. o momento em que se inicia o trabalho com o contedo

    sistematizado.

    nesse momento que a investigao do professor traz tona o nvel de

    conhecimento de seus alunos e o interesse de cada na busca pelo conhecimento

    sistematizado, para Gasparin (2013, p 33): A problematizao um desafio, ou

    seja, a criao de uma necessidade para o educando, atravs de sua ao,

    busque o conhecimento. Da mesma forma na concepo de Vasconcellos(1993, p

    70), citado por Gasparin(2013, p 33), [...] na origem do conhecimento esta colocado

    um problema ( oriundo de uma necessidade).

  • 25

    Na problematizao ocorre um confronto entre contedo escolar e prtica

    social, pois surgem problemas da vida cotidiana que precisam ser resolvidos

    associando-os a prtica social escolar, e nesse caso grandes problemas pedem

    seleo especfica de contedos, relacionados diretamente com a situao problema

    a ser desvendada.

    De acordo com Gasparin (2013, p36), os contedos deveriam ser escolhidos

    pelo professor de acordo com a individualidade de seus alunos, mas nesse

    momento os contedos tomam novas caractersticas, novas dimenses, o

    momento em que se comea a anlise da prtica e da teoria, revelando as diversas

    faces que um contedo pode ser visto, baseando-se em contornos e especificidades

    de acordo com regies e ou necessidades locais.

    Nesse contexto entende-se como problematizao, a busca pela soluo de

    questes que surgem da prtica social, e que seguem paralelas aos contedos

    trabalhados em sala de aula, especificados pelo professor, tornando-se assim o elo

    de ligao, e o fio condutor das prticas que chegaro a construo e

    sistematizao do conhecimento.

    8 - INSTRUMENTALIZAO

    A instrumentalizao, segundo Gasparin (2013, p,51), [] o caminho pelo

    qual o contedo sistematizado posto disposio dos alunos para que o

    assimilem e o recriem e, ao incorpor-lo, transformem-no em instrumento de

    construo pessoal e professional. nessa fase, que ocorrem as condies

    necessrias para a construo do conhecimento cientfico, aps apresentao

    sistemtica dos contedos expostos pelo professor com ao intencional, para que

    se apropriem de tal conhecimento, nesse processo que o professor auxilia os

    alunos a elaborarem sua representao mental do objeto do conhecimento.

    O aprendizado comparado a um espiral, ascendente, onde aspectos do

    conhecimento anterior se juntam com os novos, e o conhecimento se constri

  • 26

    atravs de aproximaes sucessivas e a cada nova abordagem, so aprendidas

    novas dimenses do contedo, onde a tarefa de ambos, professor e aluno,

    desenvolvem-se por meio de aes efetivas para a construo do conhecimento, e a

    orientao do professor decisiva, pois os alunos necessitam desse auxlio para

    realizarem suas aes pedaggicas, perfazem no apenas a dimenso escolar, e

    sim as dimenses cientficas, histricas e sociais, e para cada rea o professor

    dispor de diferentes instrumentos para a apropriao do conhecimento. Gasparin

    (2013, p 50).

    Considerando que a Instrumentalizao a fase na qual os conceitos

    cientficos se estruturam, de vital importncia conhecer o processo mental de

    construo desses conceitos, isso porque as aes didtico-pedaggicas docentes e

    discentes tm nesse processo um de seus fundamentos principais que a

    construo do conhecimento que vai do emprico ao abstrato para o concreto.

    (Gasparin, 2013)

    Para Gasparin (2013, p.123) a instrumentalizao uma anlise para a

    construo do conhecimento, que uma operao mental bsica.

    9 - CATARSE

    Na concepo de Gasparin (2013), na catarse a operao fundamental a

    sntese, pois uma vez incorporados os contedos, o aluno em determinado momento

    convidado a mostrar a apropriao de tal conhecimento abordado anteriormente,

    ou seja nessa fase que o aluno sistematiza e manifesta que assimilou o contedo,

    seja ela pela forma espontnea ou formal, mostrando que passou para um nvel

    mais elevado e mais bem estruturado, compreendendo-o com maior clareza.

    Na catarse, o aluno situa-se de forma mais organizada, fazendo associaes

    entre o contedo sistematizado e sua pratica social, tendo uma nova viso e dando

    um novo sentido aprendizagem, pois ele passa a perceber que no s assimilou o

    contedo, mas a importncia e a relao do mesmo com sua vida e com seu

  • 27

    comprometimento e transformao social, pois o contedo nessa fase passa a a ter

    um novo significado, o qual constitui um novo instrumento de trabalho, de

    construo da sua realidade social e pessoal.( GASPARIN 2013).

    Segundo Gasparin, quando o aluno se manifesta de forma mais elevada a

    anterior, o mesmo adquiriu uma nova postura mental, ou seja, a catarse a

    expresso de que o aluno se modificou intelectualmente e passa a agir de forma

    mais elevada.

    [...] Catarse a demonstrao da nova postura mental do educando em relao ao contedo estudado.Essa atitude manifesta-se em seu modo de proceder ou agir intelectualmente, que, necessariamente, deve ser muito diverso daquele expresso na Pratica Social Inicial do contedo. Este o momento da efetiva aprendizagem. No significa, todavia, que ela ocorra somente nessa fase.Ela d-se no processo inteiro, nos cinco passos, mas a Catarse a expresso mais evidente de que, de fato o aluno se modificou intelectualmente. (GASPARIN 2013, p. 129).

    Entende-se como catarse a concluso de um trabalho que foi construdo passo

    a passo at sua realizao completa, e que todas as fases precedentes concluso

    desse trabalho so importantes, pois a construo e a apropriao do conhecimento

    se d atravs de investigao, sistematizao, formulao e concluso de

    resultados para a apropriao do conhecimento, e para que haja a apropriao

    desse conhecimento, necessrio que sejam criadas condies para que

    exteriorizao desse aprendizado, atravs de avaliaes.

  • 28

    10 - PRATICA SOCIAL FINAL

    De acordo com Gasparin (2013, p.139), [..] o ponto de chegada do processo

    pedaggico na perspectiva histrico-crtica o retorno prtica social. Esta fase

    representa a transposio do terico para o prtico dos objetivos das unidades de

    estudo, das dimenses do contedo e dos conceitos adquiridos?

    Conforme Saviani (2005, p.145):

    [...] a prtica social inicial e final a mesma, embora no o seja. a mesma enquanto se constitui o suporte e o contexto, o pressuposto e o alvo, o fundamento e a finalidade da prtica pedaggica. E no a mesma, se considerarmos que o modo de nos situarmos em seu interior se alterou qualitativamente pela mediao da ao pedaggica.

  • 29

    na Pratica Social Final, que professores e alunos se modificam

    intelectualmente e qualitativamente, em relao aos contedos que reconstruram,

    perfazendo um estgio de menor compreenso cientfica, para um com maior

    clareza e compreenso, embora esse processo de compreenso de contedo ainda

    no se concretizou como prtica, pois exige uma ao real do sujeito que aprendeu.

    (GASPARIN, 2013, p.140).

    A Pratica Social Final a demonstrao da resoluo de situaes problemas

    por parte do aluno sem a ajuda dos outros, pois mesmo que trabalhando em grupo

    ele consegue resolver sozinho, expressando que se apropriou do contedo,

    aprendeu e aplicou, o que possibilita uma ao autnoma, a qual se encerra com a

    obteno de um nvel mais elevado de desenvolvimento, onde o aluno mostra que

    se superou, dessa forma destacamos que o ensino escolar produz o

    desenvolvimento de superao.(GASPARIN 2013, p. ).

    Na Pratica Social Final, h uma nova compreenso de realidade, de

    posicionamento diante dessa realidade no apenas em relao ao fenmeno sim

    essncia do real e do concreto, adquiri-se nessa fase um novo posicionamento, uma

    nova postura prtica, uma nova viso de mundo de cotidiano, de transformao

    social, a qual retina a Prtica Social Inicial, agora modificada pela aprendizagem.

    nesse momento que professor e aluno, depois da aproximao, mantm o

    dilogo, e juntos definiro estratgias para utilizao do aprendizado em aes

    prticas cotidianas, onde o aluno assume o compromisso de por em prtica na sua

    vida diria os novos conceitos aprendidos, com caractersticas concretas, e no

    apenas como meros conceitos visualizados em sala de aula.

    De acordo com Gasparin (2013) a prtica Social Final o momento da ao

    consciente do educando na realidade em que vive.

    Desse modo, a Prtica Social Inicial e Final, em um contexto prtico so a

    origem o fim do contedo definido e elaborado no processo de ensino -

    aprendizagem e a Problematizao, a Instrumentalizao e a Catarse so passos

    fundamentais na construo do conhecimento para a prtica social.

  • 30

  • 31

    12 AVALIAO

    As avaliaes tem por principal objetivo medir o conhecimento que o aluno

    adquiriu com aquele contedo, para um reflexo do docente em rever o contedo

    que precisa ser recuperado. O desafio exatamente esse a recuperao no deve

    estar ligada apenas com a nota, no deve ser levada em considerao apenas o tipo

    de avaliao de conhecimento, portanto a prova ou avaliao dever ser feita para o

    aluno poder realmente mostrar o seu conhecimento e est deve ser processual e

    continua de forma a no medir de forma fragmentada este ou aquele contedo,

    evidenciando saberes isolados.

    A avaliao deve ter a viso para que os alunos desenvolvam atividades

    individuais ou em grupos relacionados ao campo/natureza e aos elementos que ela

    compe, valorizando os alunos e seus familiares que se relacionam diretamente com

    a terra.

    Avaliao formativa visa que o professor tem a possibilidade de mudar seu foco

    de ateno, desenvolvendo a conscincia crtica deste e fazendo-o perceber-se

    como indivduo ativo e responsvel por seu prprio conhecimento.

    Trabalho em grupo, prova oral, prova escrita, trabalhos escritos, jogos so

    medidas de avaliao em matemtica, que reforam o aprendizado do aluno.

    Para a realizao deste sistema de avaliao o professor pode se utilizar dos

    mais diversos mtodos: prova (oral, escrita, em dupla, em grupo, com consulta),

    trabalho, pesquisa, experincia, debate, portflio, jogos matemticos entre outros. O

    mtodo passa a ser um meio para diagnstico, no mais o final de um processo e

    sim parte que permeia o processo.

    No crescimento intelectual do aluno com as formas citadas acima, a nota deve

    ser a analise do que o aluno aprendeu no uma forma de punio, at porque a nota

    consequncia do conhecimento adquirido e que permeia a vida.

    A avaliao depende do compromisso tico, cultural, social, poltico, filosfico,

    afetivo, individual dos sujeitos envolvidos no processo avaliativo-educativo em

    qualquer instncia, de tal modo que a avaliao cumpra o seu papel social e tico da

    democratizao.

    O processo de ensino e aprendizagem, se processa no cotidiano, e no

    desenvolvimento individual de cada aluno.

  • 32

    A avaliao diferenciada dos alunos que frequentam sala de recursos, sala de

    apoio, e que apresentam alguns diferenciais na compreenso dos contedos

    ministrados.

    A interdisciplinaridade e transdisiplinariedade como elas ocorrem no contexto

    escolar, e como compreendida pelos professores.

    Por fim avaliao, em um novo paradigma oportunizar diferentes aes e

    reflexes do aluno, com acompanhamento permanente do professor, propiciando ao

    mesmo, em seu processo de aprendizagem, novas vises, para a formao de

    cidados crticos e participativos na construo de verdades formuladas e

    reformuladas. A avaliao ocorre para diagnosticar avanos e obstculos, e com

    isso as aes sejam direcionadas aprendizagem.

  • 33

    13 - PLANO DE UNIDADE E DE AULA

    Instituio: Colgio Estadual do Campo So Roque Disciplina: Matemtica Professor(a): Janaina Aparecida Krachuski Baseggio Srie/Turma: 1A. Est unidade ser ministrada em 20 horas/aula

    13.1 - PRTICA SOCIAL DO CONTEDO Ttulo da Unidade: Equaes de Primeiro e Segundo Grau Objetivo Geral:

    Retomar conteudos de Equaoes de Primeiro e Segundo Graus, permitindo que o aluno do ensino medio tenha melhor desempenho na realizao das atividades propostas em sala de aula, utilizando-se diferentes mtodos para facilitar a resoluo das equaes, de forma a ampliar seus conhecimentos e desenvolver seu raciocnio de forma rpida e abrangente. Tpicos do Contedo e Objetivos Especficos: Tpico 1- Equaes de Primeiro Grau (2 horas/aula) Objetivos Especficos:

    Apresentar a proposta de trabalho sobre Equao de Primeiro Grau. Verificar atravs de dilogo com os alunos o conhecimento acumulado em

    relao a Equaes de Primeiro Grau. Explicar o contedo sobre Equaes de Primeiro Grau e os Princpios Aditivo e

    Multiplicativo para sua resoluo. Resolver exerccios envolvendo Equaes de Primeiro Grau, utilizando os

    princpios aditivo e multiplicativo. Tpico 2- Desigualdade de Primeiro Grau com uma varivel (3 horas/aula) Objetivos Especficos:

    Confeccionar uma balana, com materiais alternativos para abordar o conceito de Equilbrio e Desequilbrio nas Equaes de Primeiro Grau.

    Explorar os diferentes significados de desigualdade, atravs do uso de uma balana, observando o significado de igualdade e equilbrio.

    Estabelecer semelhanas e diferenas entre os princpios da igualdade e da desigualdade.

    Desenvolver atividades que relacionem expresses envolvendo desigualdades matemticas.

    Avaliar atravs de questes problematizadoras, o aprendizado dos alunos sobre Desigualdades Matemticas. Tpico 3- Desigualdade de Primeiro Grau com duas variveis (3 horas/ aula) Objetivos Especficos:

  • 34

    Explicar o conceito de inequaes, evidenciando a diferena entre Equaes e Inequaes.

    Relacionar os diferentes significados de desigualdade ao conceito de inequao do 1 grau com uma ou duas incgnitas.

    Relacionar expresses envolvendo desigualdades matemticas e os princpios de resoluo ( aditivo e multiplicativo). Tpico 4- Sistema de Equao de Primeiro Grau (3 horas/aula) Objetivos Especficos:

    Explicar o que um sistema de Equaes de Primeiro Grau. Explicar os mtodos de Adio, Comparao e Substituio para resoluo de

    Equacoes de Primeiro Grau. Determinar a representao e a soluo de situaes- problemas a partir de

    Equaes de Primeiro Grau, atravs dos mtodos de Adio, Comparao e Substituio. Tpico 5- Diferena entre Equaes de Primeiro e Segundo Graus ( 2 horas/aula) Objetivos Especficos

    Explanar sobre as diferenas entre Equaes de Primeiro e Segundo Graus. Explicar a diferena entre Equaes de Primeiro e Segundo Graus e os

    mtodos de resoluo, para cada tipo de Equao ( Bhskara, Soma e Produto, Fator em Evidncia).

    Resolver lista de exerccios sobre Equaes de Primeiro e Segundo Graus. Tpico 6-Equaes de Segundo Grau (2 horas/aula) Objetivos Especficos:

    Explicar o contedo Equaes de Segundo Grau. Diferenciar os mtodos de resoluo das Equaes de Segundo Grau, de

    forma que o aluno descubra atravs do mtodo investigativo, a melhor forma de resolver uma Equao de Segundo Grau ( Bhskara, Soma e Produto e Fator em Evidncia).

    Resolver questes envolvendo Equaes de Segundo Grau, utilizando os trs mtodos de resoluo ( Bhskara, Soma e Produto e Fator em Evidncia). Tpico 7-Tipos de Equao de Segundo Grau (2 horas/aula) Objetivos Especficos

    Explicar a diferena entre Equaes completas e incompletas. Propiciar o estudos das equaes do 2 grau com uma ou duas incgnitas. Resolver exerccios sobre Equaes de Segundo Grau, evidenciando

    Equaes Completas e Incompletas. Tpico 8- Reviso sobre resoluo dos tipos de Equao de Segundo Grau (3 horas/aula) Objetivos Especficos

  • 35

    Revisar os diferentes mtodos para resoluo de problemas que envolvam Equaes de Segundo Grau.

    Verificar as soluoes das equaoes do 2 grau, completas e incompletas por meio da fatorao.

    Resolver problemas que utilizem Equaes de Segundo Grau, utilizando lista de exerccios.

    13.2 PROBLEMATIZAO

    No dia-a-dia depara-se com diversas situaes que pode-se descrever atravs

    de uma equao, como o movimento de um carro, o equilbrio de dois produtos

    sobre uma balana, a medida de um terreno, desenhos grficos, etc, e a pergunta

    que faz-se :

    - O que os alunos sabem e/ou ouviram falar sobre equaes?

    Nesse contexto, o desenvolvimento dessa atividade surgiu da necessidade de

    melhorar o ensino/aprendizagem na disciplina de matemtica, onde apresenta-se

    alguns questionamentos:

    - Que contribuies o ensino das equaes de 1 e 2 graus trazem para o cotidiano

    dos alunos?

    - Como ocorre o processo de aprendizagem, quando se parte da realidade do aluno

    e partindo desse pressuposto qual a semelhana entre a cincia e o cotidiano?

    - Qual o papel do professor no modelo tradicional de ensino/aprendizagem e como

    associar a realidade do aluno, no ensino das equaes?

    - Qual a importncia do ensino da matemtica, especificamente o estudo das

    equaes para o cotidiano dos alunos?

    13.3 - VIVNCIAS DOS CONTEDOS

    Ao ser retomado o contedo Equaes de Primeiro e Segundo Graus, tem-se a

    inteno de proporcionar aos discentes a reviso, permitindo que os mesmos

    apresentem melhor desempenho na realizao das atividades propostas em sala de

    aula, utilizando-se de diferentes mtodos para facilitar a resoluo das equaes, de

    forma a ampliar seus conhecimentos e desenvolver seu raciocnio de forma rpida e

    abrangente.

    Os alunos ao resolverem problemas em sala de aula, so instigados a pensar

    de forma diferenciada, descobrindo novas maneiras de resolver situaes problemas

    apresentadas em seu dia a dia, permitindo-lhes a capacidade de associar o

    conhecimento cientfico com a prtica social onde vivem.

    13.4 - RECURSOS NECESSRIOS PARA A AULA

    -Quadro

    -Pincel

  • 36

    -Rgua

    -Confeco da balana de dois pratos

    Materiais:

    - 01 pedao de cano PVC de 25cm, com um furo ao centro e um em cada

    extremidade.

    - 2 copo descartveis

    - 50 cm de barbante

    - bolinhas de gude com pesos diferentes

    13.5 CATARSE

    O aluno aps aulas expositivas e prticas dever elucidar suas dvidas com

    relao as diferentes formas de resoluo das Equaes de Primeiro e Segundo

    Graus, associando com seu dia a dia, onde antigamente era um conceito vago e

    obsoleto e hoje parte do cientfico e proporciona uma viso diferenciada de mundo.

    13.6 - FORMAS DE AVALIAO PARA OBSERVAR SE A SNTESE FOI ALCANADA

    A avaliao ser processual e contnua tendo a participao dos alunos nas

    atividades e a resoluo de alguns exerccios propostos, bem como a elaborao de

    situaes problemas envolvendo equaes.

    Prtica Social Final dos Contedos:

    Intenes Aes

    Buscar o conhecimento de forma a interagir dentro e fora do contexto escolar

    Participar ativamente das aulas

    Aperfeioar seus conhecimentos atravs dos contedos apresentados sobre Equaes Matemticas.

    Revisar o contedo visto em sala de aula atravs dos exerccios envolvendo Equaes Matemticas.Resolver exerccios envolvendo Equaes Matemticas.

    Buscar diferentes situaes problemas que envolvam Equaes de Primeiro e Segundo Graus, e as diferentes formas de resoluo.

    Resolver diferentes situaes usando o conhecimento adquirido em sala de aula.

  • 37

    PLANO DE AULA 1

    Nmero de horas-aula: 02 (29/10/14)

    Recursos utilizados: Quadro, Livro Didtico, Lista de Exerccios.

    Equaes de Primeiro Grau.

    1 Momento:

    Apresentao da proposta de trabalho sobre equao de Primeiro Grau.

    Conversao com os alunos sobre o conhecimento acumulado em relao a

    Equaes de primeiro grau.

    2 Momento:

    Explicao sobre o contedo sobre Equaes Primeiro Grau, e os princpios

    para sua resoluo.

    Resoluo de atividades sobre Equaes de Primeiro Grau.

    PLANO DE AULA 2

    Nmero de horas-aula: 03 (03/11 e 05/11/14)

    Recursos utilizados: Quadro, Laboratrio de informtica,Computador, Balana.

    Contedo: .Desigualdade do primeiro grau-uma varivel

    1 Momento:

    Explorar os diferentes significados de desigualdade,utilizando-se da balana

    para demonstrar o equilbrio e o desequilbrio.

    Aula expositiva sobre o que uma desigualdade em Equaes de Primeiro e

    Segundo Graus.

    Estabelecer semelhanas e diferenas entre os princpios da igualdade e da

    desigualdade, utilizando o laboratrio de informtica para resoluo de exerccios.

    2 Momento:

    Desenvolver atividades que relacionem expresses envolvendo

    desigualdades matemticas atravs do livro didtico

    Questes problematizadoras avaliativas,envolvendo expresses com

    desigualdades matemticas.

    PLANO DE AULA 3

    Nmero de horas-aula: 03 (10/11e12 /11/14)

  • 38

    Recursos utilizados: Quadro, Balana.

    Contedo: Desigualdade do primeiro grau-duas variveis

    1 Momento:

    Comparao entre os conceitos das desigualdades nas equaes com

    uma ou duas variveis.

    Reconhecer as diferenas entre Equaes de Primeiro Grau com uma

    ou duas variveis.

    2 Momento:

    Comparar as desigualdades de uma Equao, com uma balana de

    pesagem, mostrando as semelhanas e diferenas com relao ao equilbrio.

    PLANO DE AULA 4

    Nmero de horas-aula: 03 (17/11e 19/11/14)

    Recursos utilizados: Quadro, Computador,TV pendrive.

    Contedo: Sistema de Equao de 1 Grau

    1 Momento:

    Explicao sobre sistema de Equaes de Primeiro Grau, utilizando

    os mtodos de resoluo de Equaes de Primeiro Grau.

    Explicar sobre os diferentes mtodos de resoluo das Equaes de

    Primeiro Grau.( Mtodo de Substituio, Mtodo de Adio, Mtodo de Comparao.

    2 Momento:

    Resoluo de sistemas de Equaes de Primeiro Grau com duas

    variveis, utilizando os mtodos de substituio,comparao e adio.

    PLANO DE AULA 5

    Nmero de horas-aula: 02 (24/11/14)

    Recursos utilizados: Quadro, Laboratrio de Informtica Livro Didtico.

    Contedo: Diferena entre Equaes de primeiro e segundo graus.( 2

    horas/aula)

    1 Momento:

  • 39

    - Aula expositiva sobre as diferenas de Equaes de Primeiro e

    Segundo Graus.( Bhskara, Soma Produto e Fator em Evidncia).

    Diferenciar as razes das equaes de Primeiro e Segundo Graus,

    utilizando o laboratrio de informtica.

    2 Momento

    Resoluo de exerccios de fixao sobre Equaes de Primeiro e

    Segundo Graus e suas razes .

    PLANO DE AULA 6

    Nmero de horas-aula: 02 (26/11/14).

    Recursos utilizados: Quadro, Livro Didtico.

    Contedo: Equaes de 2 Grau

    1 Momento:

    Explanar sobre os conceitos de Equaes de Segundo Grau.

    Pesquisa no laboratrio de informtica sobre os mtodos de resoluo da

    equaes de 2 grau.

    Trabalhar o contedo de equaes de 2 grau,estimulando de forma simples,

    mtodos de resoluo ( Bhskara, Soma e Produto, Fator em Evidncia).

    2 Momento:

    Resoluo de problemas envolvendo equaes de Segundo Grau, utilizando o

    livro didtico.

    PLANO DE AULA 7

    Nmero de horas-aula: 02 (01/12//14)

    Recursos utilizados: Quadro,Lista Exerccios.

    Contedo: Tipos de Equao de 2 Grau

    1 Momento:

    - Explicao sobre os diferentes tipos de Equaes de 2 grau

    Explicar a diferena entre Equaes de Segundo Grau completas e

    incompletas.

    2 Momento:

  • 40

    Realizao de atividades, envolvendo Equaes de Segundo Grau

    evidenciando as equaes completas (Coeficientes diferentes de zero),e

    incompletas(um ou dois coeficientes diferentes de zero)

    PLANO DE AULA 8

    Nmero de horas-aula: 03 ( 03/12/e 08/12/14)

    Recursos utilizados: Quadro, Computador, Projetor Multimdia e TV pendrive.

    Contedo: Processo de resoluo dos tipos de Equao de 2Grau

    1 Momento:

    Resoluo de equaes do 2 grau com uma ou duas incgnitas e os diferentes

    mtodos de resoluo.( Bhskara, Soma e Produto, Fator em Evidncia)

    Resolver e verificar as soluoes das equaoes do 2 grau, completas e

    incompletas por meio da fatorao.

    Resoluo das Equaes de Segundo Grau completas e incompletas por

    meio da fatorao.

    2 Momento:

    - Estudo Dirigido abordando os diferentes mtodos de resoluo de

    Equaes de Segundo Grau.

    14 AUTOAVALIAO.

    Com a evoluo da sociedade moderna, torna-se cada vez mais exigente uma

    nova abordagem com relao ao ensino-aprendizagem, pois so vrias as maneiras

    de repassar tal conhecimento, e com a revoluo tecnolgica, professores e alunos

    precisam estar preparados para enfrentar novos desafios em diferentes reas do

    conhecimento.

    A sociedade exige cidados crticos e com capacidade de resolver diferentes

    situaes problemas seja no contexto escolar, seja no cotidiano onde esto

    inseridos, para tanto necessrio que tanto alunos, quanto professores se

    especializem para acompanhar essa evoluo.

    Dessa maneira, leva-se em considerao, que informao so disponibilizadas

    a qualquer hora em todos os lugares, e cabe ao professor ser o mediador dessa

  • 41

    informao, em conhecimento, de forma que o aluno consiga filtrar tais informaes

    e agreg-las como informaes positivas para a construo de seu conhecimento,

    pois o aprendizado s acontece quando o conhecimento repassado atravs de

    passos ordenados e que se complementam, contribuindo para a elaborao e

    desenvolvimento das aulas e o alcance dos objetivos propostos.

    Dessa forma, a contextualizao, a socializao e a elaborao de

    conhecimentos devem ser conduzidas pelo professor, mediador do processo de

    ensino-aprendizagem, situando os alunos em relao ao conhecimento atravs de

    intervenes planejadas que favoream as aes mentais dos alunos.

    Nesse contexto, no que se refere autoavaliao todo processo, bem como

    todos os indivduos envolvidos na escola, deve-se fazer, ento uma reflexo

    permanente sobre a prtica pedaggica e administrativa da escola. Cada indivduo

    envolvido deve fazer uma auto anlise, que ocorre de forma processual e continua

    levando em considerao as partes e a totalidade, ainda que relativa, mas

    dinmica, no nica, e sim interdependente e inserida num sistema maior de

    educao. Todo o esforo de melhoria da qualidade da educao empreendido por

    cada escola deve estar conectado com o esforo empreendido pelo sistema ao qual

    cada indivduo pertence.

    Segundo Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Mdio, os contedos

    devem ser organizados de forma integrada de modo que propicie ao aluno uma

    formao humana e integral, pois essa articulao interdisciplinar formar o sujeito

    de forma crtica, e no uma concepo tradicionalista hermtica sem articulao

    onde o sujeito /aluno visualize contedos estanques sem viso de mundo e

    integrao com outras disciplinas.

    Hoje vive-se em um mundo globalizado, onde informaes so repassadas

    diria e instantaneamente, mas se no houver integrao e mediao entre tais

    informaes e associao com o conhecimento cientfico, aplicado de acordo com a

    realidade do aluno, o aprendizado ocorrer de forma organizada, interligada e com

    sentido ao sujeito.

    Por outro lado, observa-se que nem tudo que se aprende em sala tem relao

    com o cotidiano do aluno, da mesma forma que nem tudo que o aluno traz consigo

    ou aprende fora do contexto escolar, possui alguma relao com os conhecimentos

    repassados na escola, nesse momento que o professor se torna seletivo,

  • 42

    interdisciplinar e mediador de saberes diferenciados, objetivando a formao do

    aluno.

    V-se que ainda h muito para ser mudado, pois de nada adianta um currculo

    pronto e acabado sem flexibilidade, onde para o aluno no tem sentido, pois no

    consegue associar com sua realidade, o aprendizado se torna insignificante, pois os

    conhecimentos vm perdendo a dimenso da totalidade (ominilateralidade), ocorrem

    divises entre disciplinas, fazendo com que a escola deixe de cumprir seu papel de

    desenvolver o sujeito com formao humana integral, intelectual e transcendental, e

    as especificidades disciplinares se distanciam da realidade e necessidade do aluno,

    deixando de promover o conhecimento e a cidadania, dessa forma o principal

    responsvel pelo vis pedaggico com foco no aprendizado o professor, que deve

    escolher a melhor forma de atingir o aprendizado de forma concreta.

    Como docente, e com alguma experincia no ensino mdio pude observar que

    o estgio auxiliou-me muito no meu desenvolvimento pessoal e profissional. O uso

    da Metodologia Histrico Crtica, foi de grande valia pois leva em considerao a

    sabedoria emprica do aluno e possibilita reformular e reconduzir de forma

    organizada e cientfica. Assim, este aluno passa a usufruir tanto no contexto escolar

    como na vida cotidiana saberes sistematizados, que o auxiliam na resoluo de

    situaes problemas que se apresentam.

    Acredito que a escola deve ser um ambiente de troca e aprimoramento de

    informaes e que estas tenham carter pedaggico cientfico que transforme o

    aluno de sujeito passivo receptor a ativo, crtico e responsvel pelas suas decises

    ao longo da vida.

    Os desafios so muitos, mas acredito que se reavaliarmos nossos conceitos e

    mudarmos nossa postura em relao h educao, ser possvel agregar escola

    alm de transmissora de conhecimento cientfico, o papel de formadora de cidado

    capazes de reagir de forma emancipada, sendo responsveis por suas prprias

    aes frente as situaes que lhe so apresentadas.

  • 43

  • 44

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS:

    GASPARIN LUIZ, Joo e PETENUCCI CRISTINA, Maria. PEDAGOGIA HISTRICO CRTICA: DA TEORIA PRTICA NO CONTEXTO ESCOLAR. Disponvel em: . Acessado em 07/12/2014. GASPARIN LUIZ, Joo. A PROBLEMATIZAO COMO DESAFIO METODOLGICO NO ENSINO SUPERIOR GASPARIN. Universidade Estadual de Maring, 1998. Disponvel em: . Acessado em 05/12/2014. GASPERI N. H., Wlasta e ROBERTO PACHECO, Edilson. A HISTRIA DA MATEMTICA COMO INSTRUMENTO PARA A INTERDISCIPLINARIDADE NA EDUCAO BSICA. Disponvel em: . Acessado em 18/12/2014. MIGUEL, Antnio; GARNICA, V.M. Antnio; IGLIORI, B. C. Snia; D'AMBROSIO, Ubiratam. A EDUCAO MATEMTICA: BREVE HISTRICO, AES IMPLEMENTADAS E QUESTES SOBRE SUA DISCIPLINARIZAO. Revista Brasileira de Educao, 2004. Disponvel em: . Acessado em 11/01/2015. CHAGAS M. P. F., Elza. EDUCAO MATEMTICA NA SALA DE AULA: PROBLEMTICAS E POSSVEIS SOLUES. Educao, Cincia e Tecnologia. Disponvel em: . Acessado em 15/01/2015. BEZERRA C. B., Simone; BANDEIRA M. C. B.,Salete. METODOLOGIAS ALTERNATIVAS NO ENSINO DA MATEMTICA-JOGOS E OFICINAS PEDAGGICAS. Universidade Federal do Acre, 2002. Disponvel em: . Acessado em 22/01/2015.

  • 45

    METODOLOGIA E DIDTICA DO ENSINO DE MATEMTICA. Faculdade de Tecnologia e Cincias Ensino a Distncia. Disponvel em: . Acessado em12/02/2015. ORIENTAES CURRICULARES PARA O ENSINO MDIO CINCIAS DA NATUREZA, MATEMTICA E SUAS TECNOLOGIAS. Ministrio da Educao e Secretaria De Educao Bsica. Braslia, 2006. Disponvel em: . Acessado em 13/02/2015. PROPOSTA PEDAGGICA CURRICULAR DE MATEMTICA. Colgio Estadual Pacaembu, Cascavel-PR. Disponvel em: . Acessado em 03/03/2015. PROPOSTAS DIDTICAS DE MATEMTICA: UMA CONTRIBUIO DE FUTUROS PROFESSORES. Universidade Estadual do Oeste do Paran, 2013. Disponvel em: . Acessado em 20/03/2015. GASPARIN LUIZ, Joo. UMA DIDTICA PARA A PEDAGOGIA HISTRICO-CRTICA. 5 Edio, Editora Autores Associados, 2013.