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ENEM Exame Nacional do Ensino Médio

SIMULADO 2011Ciências Humanas e suas Tecnologias

Ciências da Natureza e suas TecnologiasINSTRUÇÕES 1. Você deve receber do fiscal

a) este caderno com 90 itens (questões objetivas), sem repetições ou falhas;b) um cartão-resposta destinado à marcação das respostas da parte objetiva da prova.

2. Verifique se este material está em ordem. Havendo alguma divergência no nome e número de inscrição ou identi-ficando falhas de impressão (folhas em branco, páginas trocadas, falta de página) notifique imediatamente o fiscal.

3. Após conferência, assine no espaço próprio do cartão-resposta, preferivelmente com caneta esferográfica preta.

4. No cartão-resposta, use caneta esferográfica preta ou azul-escura para marcar a letra correspondente à sua opção de resposta, preenchendo todo o espaço compreendido no círculo, com traço contínuo e denso, sem deixar claros. Não assinale X. A leitora ótica é sensível a marcas escuras. No item inscrição, preencha as bolhas correspondentes com os números de sua inscrição.

5. Os cartões sem marcações nos campos prova (prova de sábado: 1; prova de domingo: 2) e inscrição serão anu-lados. Confira outras instruções importantes no seu cartão-resposta.

6. Para cada item (questão) são apresentadas cinco alternativas classificadas com as letras (A), (B), (C), (D), (E). So-mente uma responde adequadamente ao quesito proposto. Assinale apenas uma alternativa para cada item (questão). A marcação em mais de uma alternativa anula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta.

7. Cada item (questão) é identificado pelo número situado acima e à esquerda de seu enunciado.

8. Será excluído do exame o participante que:a) se utilizar, durante a realização da prova, de máquinas e/ou relógios de calcular, rádios, gravadores, headphones,

telefones celulares ou fonte de consulta de qualquer espécie.b) se ausentar da sala em que realiza a prova levando consigo o caderno de questões e/ou o cartão-resposta.

9. Reserve os trinta minutos finais para marcar seu cartão-resposta. Rascunhos e marcações no caderno de ques-tões não serão levados em conta.

10. Por motivo de segurança, você somente poderá ausentar-se do recinto de prova decorridas duas horas e trinta minutos do seu início. Caso deseje sair antes desse tempo mínimo, entregue este caderno de questões e o cartão--resposta ao fiscal.

11. Quando terminar, entregue o cartão-resposta ao fiscal.

12. O tempo disponível para esta prova é de quatro horas e trinta minutos.PROVA

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45 90

a b c d e a b c d eRespostas

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Simuladão ENEM 2011 3

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS1.

Suas mais sérias consequências foram sociais: a transi-ção da nova economia criou a miséria e o descontentamen-to, os ingredientes da revolução social.

HOBSBAWM, Eric J. A era das revoluções – 1789-1848. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000. p. 55.

A alternativa correta sobre os movimentos de trabalhado-res, na Inglaterra, que manifestaram seu descontentamen-to com os efeitos da revolução industrial no século XIX, éa) o ludismo, organização que visava reunir os trabalha-

dores em sociedades de socorro mútuo.b) o socialismo utópico, que propunha a destruição das

máquinas e fábricas e o retorno a uma economia rural.c) os niveladores, que defendiam a instalação de uma

república que garantisse a existência de direitos iguais para todos.

d) o cartismo, movimento importante na década de 1830 e reivindicava o direito de voto para os trabalhadores.

e) o jacobinismo, que propunha aliança de classes e cola-boração entre proletariado e burguesia como forma de solução para os problemas.

2.Nem incentivos econômicos nem insegurança forneciam

um mecanismo geral realmente efetivo para manter o traba-lho no seu ponto máximo; o primeiro porque sua amplitude era limitada, o último porque sua obtenção parecia tão impos-sível como a previsão do tempo. As classes médias achavam este argumento de difícil compreensão. Porque deveriam ser exatamente os melhores, mais capazes e sóbrios trabalhado-res, aqueles com maior tendência a formar sindicatos, já que eles eram precisamente os que mereciam os melhores salários e o emprego mais regular? Mas os sindicatos eram de fato compostos e liderados por estes homens, embora a mitologia burguesa visse os sindicatos como multidões de estúpidos e desencaminhados, instigados por agitadores que não conse-guiriam obter uma melhor forma de vida de outra maneira. Certamente não havia nenhum mistério nisso. Os trabalhado-res que eram objetos de competição entre empregadores não eram apenas aqueles que tinham força de barganha para fazer a existência de sindicatos possível mas também aqueles mais conscientes de que o “mercado” sozinho não lhes garan-tia nem segurança nem aquilo a que eles pensavam ter direito.

HUBERMAN, Leo. História da riqueza do homem. 1982. p. 233.

O texto refere-se a) ao apoio das camadas médias às primeiras organiza-

ções operárias. b) à aposta que o operariado fazia na força reguladora do

mercado. c) ao controle do estado nos sindicatos operários.d) à incompreensão das camadas médias ao processo de

organização operária. e) ao controle do estado sobre os detentores dos meios

de produção.

3.(...) a economia colonial não se esgotava nas plantações

de açúcar voltadas para o mercado europeu. (...) Havia os pe-quenos produtores de alimentos que, utilizando o trabalho fa-miliar e/ou escravo, abasteciam os engenhos e as cidades. (...) No momento do declínio do preço internacional, houve am-pliação das áreas de cultivo de cana e produção de açúcar. (...) As mais ricas regiões produtoras de açúcar da Bahia tinham, em média, 12 escravos por engenho. Somente 17% dos cativos se encontravam em engenhos com mais de 150 escravos.

FRAGOSO, João; FLORENTINO, Manolo & FARIA, Sheila de Castro. A economia colonial brasileira (séculos XVI-XVII). São Paulo: Atual,

1998. p. 49-56) op. cit. SCHMIDT, Mario. Nova história crítica. São Paulo: Nova Geração, 2005. p. 219.

Conforme o texto,a) o trabalho escravo era difundido na colônia, não se res-

tringindo às unidades produtoras em grande escala.b) a economia praticada na América portuguesa colonial

era autossuficiente, voltada para a produção e circula-ção interna, destinando seus produtos excedentes ao mercado externo.

c) a utilização da mão de obra escrava era uma prática exclusiva das atividades econômicas de exportação.

d) a escravidão era uma fonte segura de lucros, razão pela qual a sua presença era incompatível com qualquer outra forma de trabalho.

e) a economia colonial brasileira era muito diversificada, tendo como base principal a produção do açúcar e do café nas áreas do interior de São Paulo, Minas Gerais e Bahia.

4.O movimento dos skinheads está ameaçado de rachar. Che-ga ao Brasil o Sharp (Skinheads Against Racial Prejudice – Ski-nheads Contra o Preconceito Racial). A facção, diferente das outras (que perseguem homossexuais, judeus e, em alguns casos, nordestinos e negros), segue o lema “Orgulho sem Preconceito”, prega a igualdade entre as raças e a não dis-criminação a homossexuais e a judeus. O Sharp pretende “converter” neonazistas a viver em paz com o restante dos adeptos do movimento. Isso não significa que não usarão a violência até para defender “vítimas” de neonazistas.Segundo o texto,a) o movimento skinhead demonstra a formação de uma

dissidência em relação a grupos já existentes exclusi-vamente no Brasil.

b) estratégias de atuação pretendidas pela nova dissidên-cia visa ao desmonte dos grupos já existentes

c) novo grupo de skinheads deixa implícito que os demais grupos são movidos pelo orgulho e pelo preconceito.

d) o lema “Orgulho sem Preconceito” dos skinheads signi-fica a igualdade entre as raças para todos os grupos do movimento.

e) o Sharp (Skinheads Against Racial Prejudice) pretende a união de todos os grupos existentes em torno dos ideais originais do movimento.

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Simuladão ENEM 20114

5.Os retirantes, de volta ao Nordeste

É uma cena que se repete há cem anos e, como mostram os relatórios oficiais, veio ganhando expressão à medida que o tempo avançava. Ficou evidente nos anos 30 do sé-culo XX, com a expansão da produção agrícola no estado de São Paulo, e ainda mais pujante na década de 60, com o boom experimentado pela construção civil na capital e pelo acelerado processo de industrialização puxado pelo setor automobilístico, que começava a se desenvolver nos municípios do ABC. Primeiro eles somavam alguns milhares; depois passaram a ser contados aos milhões. O contingente de nordestinos que deixaram os estados de origem, fugindo da fome, da miséria e da seca atrás de melhores oportunida-des e condições de vida no Sudeste, em especial na cidade de São Paulo, mudou para sempre a cara do Brasil.

’A industrialização e a urbanização da capital paulista sem-pre atraíram os brasileiros do Nordeste’, observa a socióloga Dul-ce Maria Tourinho Baptista, docente da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo. ’Dadas as precárias condições de vida no lugar de origem, eles continuam correndo atrás de uma vida melhor, alimentados pela ilusão de que São Paulo é a res-posta a seus desafios’, diz. Essa interpretação da cidade como local do emprego e da boa qualidade de vida, no entanto, co-meçou a ruir anos atrás, fazendo com que parcela considerável dos migrantes passasse a observar melhor o destino de suas an-danças antes de se aventurar na direção do Sudeste.

Além disso, outro processo vem sendo observado. Apeli-dado de migração de retorno, o fenômeno decorre, dentre ou-tras coisas, da elevada taxa de desemprego amargada pelos paulistanos e dos baixos salários pagos às pessoas com pouca ou nenhuma capacitação. ’Há duas ou três décadas, o tempo consumido pelo migrante para conseguir um emprego não era mais que uma semana ou um mês, na pior das hipóteses’, explica Luiz Bassegio, secretário do Serviço Pastoral dos Mi-grantes e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e do Grito dos Excluídos Continental. ’Agora, não só é mais de-morado como quase não se encontra trabalho. Além disso, há os sérios problemas da falta de moradia e da violência.’

O adeus a São Paulo, portanto, parece compor uma ten-dência irrefreável, e ninguém coloca em dúvida que o pró-ximo censo exibirá números ainda mais encorpados acerca dos migrantes que estão indo embora.

NÍTOLO, Miguel. Problemas brasileiros, nov./dez. 2006. (Adaptado)

Segundo o texto, a) há indícios de que a migração para fora de São Paulo

seja revertida nos próximos anos.b) a migração nordestina para São Paulo teve seu

momento mais expressivo na década de 60.c) a imagem de São Paulo como lugar que oferece boas

condições de vida persiste, apesar do movimento migratório para fora dessa metrópole.

d) a hostilidade da população paulistana em relação aos nordestinos inibe a chegada de novas levas de migrantes.

e) os nordestinos têm uma tendência ao nomadismo, por isso não se fixam em seus estados de origem nem no Sudeste.

6.Num mundo dominado pela noção do politicamente

correto, um autor como o Marquês de Sade não teria am-biente para aparecer à luz do dia. Afinal, o nobre e devasso parisiense contemporâneo da Revolução Francesa fazia a apologia de um conceito um tanto peculiar de liberdade. Para ele, gozá-la em sua plenitude é privilégio para aqueles poucos que derivam prazer da escravização do outro. Nada mais atentatório ao princípio básico da civilização. E, no entanto, Sade está de novo entre nós: num ciclo de filmes, numa montagem teatral, em ensaios recentes e numa nova tradução de seu primeiro e mais maldito romance: Os 120 dias de Sodoma. [...]

PILAGALLO, Oscar. Entre Livros, ano 1, n. 12.

Segundo o texto, é correto afirmar quea) a obra do Marquês de Sade não é hoje compreendida

por seu autor ter vivido num mundo politicamente correto.

b) no período da Revolução Francesa defendia-se, como se pode ver na obra do Marquês de Sade, a escraviza-ção do outro.

c) o mundo atual, apesar de politicamente correto, não faz uso do conceito de liberdade.

d) a noção de liberdade do Marquês de Sade, em termos atuais, é politicamente incorreta.

e) a recuperação da obra do Marquês Sade corrige o que ela tem de politicamente incorreto.

7.A linguagem politicamente correta

A expressão “politicamente correto” (ou incorreto) aplica-se não apenas à linguagem, embora esta seja a candidata mais constante àquela qualificação, mas a variados campos. Por exemplo, num recente dia dos namorados, um jornal afirma que ’casais entram na era do politicamente correto, são fiéis, trocam anéis e fazem sexo responsável’. Uma revista de va-riedades informou, há pouco tempo, que as redes inglesas de TV BBC e Channel 4 tiraram do ar algumas mímicas (p. ex.: o dedo em forma de gancho para significar ’judeu’, puxar os cantos dos olhos para representar um chinês), que eram utilizadas em programas para surdos-mudos, por julgá-las politicamente incorretas.

O movimento em defesa de um comportamento, in-clusive linguístico, que seja politicamente correto inclui em especial o combate ao racismo e ao machismo, à pretensa superioridade do homem branco ocidental e a sua cultura pretensamente racional. Estas são, digamos, as grandes questões. Mas o movimento vai além, tentando tornar não marcado o vocabulário (e o comportamento) relativo a qualquer grupo discriminado, dos velhos aos canhotos, dos carecas aos baixinhos, dos fanhos aos gagos, passando por diversos tipos de “doenças” (lepra, aids etc.). As formas lin-guísticas estão entre os elementos de combate que mais se destacam, à medida que o movimento acredita (com muita justiça, em princípio) que reproduzem uma ideologia que segrega em termos de classe, sexo, raça e outras caracterís-

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ticas físicas e sociais que são objeto de discriminação, o que equivale a afirmar que há formas linguísticas que veiculam sentidos que evidentemente discriminam (preto, gata, bi-cha), ao lado de outros que talvez discriminem, mas menos claramente (mulato, denegrir, judiar etc.).

Para alguns, este movimento é basicamente um efeito do relativismo e da crise da racionalidade, em especial quando ele ataca valores ligados à cultura clássica. Para outros, é um dos resultados da organização das minorias. É um movimento con-fuso, com altos e baixos, e comporta algumas teses relevantes, outras extremamente discutíveis e outras francamente risíveis.

ISTOÉ. 1 208, 25 nov. 1992.

O exemplo seguinte é interessante para discutir os limites do movimento. Observe a carta, publicada na revista e a resposta seguintes:

Sr. Diretor,Sou assíduo leitor desta revista, sempre a tive como gran-

de veículo de comunicação sério e de grande responsabilida-de. Porém, na edição 1 206, assunto religião, onde vocês co-mentam a grande importância de Galileu Galilei na história, há um trecho onde se lê ’um dos períodos mais negro (sic) da história’. Devido a essa frase, venho expor meu repúdio e questionamento. No momento em que isso é referido, não há afirmação de que negro é sinônimo de desgraça histórica?

Robson Carlos Almeida, Salvador-BA.

IstoÉ explica: No sentido em que a palavra negro foi usada, ela é tão

ofensiva quanto dizer que houve um golpe branco em um determinado país, por exemplo.

POSSENTI, Sírio. Os limites do discurso. Curitiba: Criar, 2002. p. 37-48. (Adaptado)

Em outra passagem do mesmo texto, Sírio Possenti re-produz alguns comentários veiculados na imprensa em 1994, a propósito de uma afirmação do então candidato à presidência da República Fernando Henrique Cardoso, que se declarou “mulato”: “Só se ele é filho de mula. Mulatinho é cruzamento com mula, não com negro.” (militante negro)

“... atribuir a todo uso da palavra ‘mulato’ um sentido ofen-sivo ou discriminatório, como tantos estão fazendo, é negar a natureza dinâmica da linguagem, com sua permanente modi-ficação de formas e sentidos. Mesmo que a procedência etimo-lógica de ‘mulato’ tenha a incomprovada relação com ‘mula’, seu sentido não guarda sequer vestígio desta suposta origem.”

Jânio de Freitas

Relacionando os comentários anteriores com o texto de Possenti, é correto afirmar quea) para Jânio de Freitas, o uso da palavra “mulato” só

poderá ser considerado ofensivo se for comprovada sua origem etimológica.

b) para o militante negro, a palavra “mulato” é ofensiva em qualquer circunstância, por associar o negro a um animal.

c) para Possenti, o uso da palavra “mulato” é discriminató-rio, uma vez que se pode reconhecer em sua forma a palavra que lhe deu origem: “mula”.

d) tanto para o militante negro quanto para Jânio de Frei-tas o uso da palavra “mulato” deveria ser abolido em qualquer contexto.

e) Sírio Possenti e Jânio de Freitas defendem as propostas do movimento pelo uso de uma linguagem politica-mente correta.

8.Para quem sempre viveu numa sociedade como a nossa,

a existência de uma grande parte da população desprovida de meios de produção e de subsistência pode parecer inteira-mente ‘natural’. Nem sempre houve um proletariado ‘livre’, isto é, desprovido de recursos e, ao mesmo tempo, liberado de obri-gações, podendo, portanto, vender sua força de trabalho para quem pagar por ela melhor preço. O proletariado livre, nesse duplo sentido, caracteriza um modo específico de produção. É de origem relativamente recente em termos históricos.

SINGER, Paul. A formação da classe operária. São Paulo: Atual, 1985. p. 10. op. cit. RICARDO; ADHEMAR; FLÁVIO. História – 2. Belo Horizonte:

LÊ, 1995. p. 1. (Adaptado)

Pode-se inferir do texto anterior quea) o regime de trabalho assalariado prescinde da separa-

ção dos trabalhadores dos meios de produção para se consolidar.

b) a prática do trabalho assalariado é inerente à “raça” humana, por isso escapa às determinações sociais e históricas.

c) o trabalho assalariado, como forma predominante de trabalho no mundo, é exclusivo da ordem capitalista, não sendo a base das relações de trabalho na Idade Média, por exemplo.

d) a ordem capitalista é a única capaz de garantir a liber-dade dos trabalhadores, mesmo que limitada pelo domínio do grande capital.

e) o trabalho assalariado e o proletariado tiveram suas origens na Antiguidade Clássica, quando os conquis-tados de guerra eram transformados em trabalhadores compulsórios.

9.No Brasil dos anos 60 havia os profetas da catástrofe demo-

gráfica, que acreditavam que o país chegaria ao final do século XX com cerca de 205 milhões de habitantes. Mas o Censo de 2000 revelou que a população brasileira não chegou aos 170 milhões. Não se trata de uma população pequena (o Brasil é o quinto país mais populoso do mundo), e as projeções da ONU indicam para 2050 uma população nacional de 247 milhões, mas com um ritmo de crescimento francamente declinante.

BRITO, F.; CARVALHO, J. A. M. Somos um país de jovens? In: Albu-querque, E. S. (Org.). Que país é esse? Pensando o Brasil contempo-

râneo. São Paulo: Globo, 2005. p. 183. (Adaptado)

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Pode-se inferir quea) a entrada de imigrantes sempre foi muito importante para a determinação das taxas de crescimento demográfico do

Brasil, pois o crescimento vegetativo sempre foi inferior à imigração.b) até 1960, a migração cidade-campo contribuiu para o crescimento vegetativo da população, porque a natalidade era alta nas

cidades e porque melhorou o acesso dos pobres aos serviços de saúde e de saneamento básico. c) o fenômeno descrito no texto está ligado ao envelhecimento da população brasileira, já que a queda da mortalidade e

da taxa de fecundidade são processos que constituem a chamada “transição demográfica”.d) as previsões sobre o crescimento demográfico brasileiro se confirmaram em razão da não aceitação dos métodos con-

traceptivos artificiais no país.e) as mudanças demográficas não foram afetadas pelos fatores socioeconômicos, como a inserção das mulheres no mer-

cado de trabalho, que contribuiu para a queda da taxa de fecundidade.

10.

Taxa Anual de Crescimento do PIB2006 (*)

Em p

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Chinaíndia

Argentina

MéxicoEUA

PolôniaChile

Rússia Brasil

10,39,3

8,6

5,5 5,3 5,24,6 4,6

3,4

(*) Primeiro trimestre de 2006 em comparação com o primeiro trimestre de 2005. Dados básicos: GRC Visão. Fonte: VEJA . 7 jun. 2006.

A análise do gráfico permite concluir quea) taxas de crescimento do PIB indicadas confirmam estudos geopolíticos que demonstram as vantagens dos países que

possuem grandes reservas de recursos naturais para se desenvolver.b) o gráfico mostra que o ritmo de crescimento de cada país emergente varia muito, apesar da conjuntura internacional

contemporânea ser estável.c) países com maior dificuldade para crescer são aqueles com alta dependência de investimentos de empresas multina-

cionais, atraídos pela oferta de mão de obra barata nesses países.d) dados exemplificam a perversidade do processo de globalização, pois as economias que crescem mais depressa são

justamente as dos países que possuem PIB e população muito grandes, aumentando as disparidades internacionais.e) pelo gráfico pode-se verificar que as economias que mais crescem são as dos países que lideram o processo de inova-

ção tecnológica, graças a elevados investimentos em pesquisa.

11.A morfologia e a paisagem de uma cidade apresentam

marcas da história, da cultura, da economia e dos princípios urbanísticos de todas as gerações humanas que a habita-ram. Apesar disso, em escala mundial, podemos identificar algumas semelhanças e contrastes na aparência geral das cidades. Nos países pobres, o ritmo da urbanização é muito mais acelerado do que nos países ricos, e as cidades são mar-cadas por fortes contrastes sociais e econômicos. Esses contrastes evidenciam-se a) nos aglomerados urbanos em que há duas paisagens

nitidamente distintas: a legal, construída segundo as normas urbanísticas; a ilegal, resultado da ocupação de terrenos públicos e privados.

b) na dinâmica urbana pouco acelerada: indústrias fixam-se nas periferias, residências nobres permanecem em áreas centrais e cidade cresce tanto verticalmente quanto horizontalmente.

c) nas áreas centrais urbanas caracterizadas como cen-tros de negócios e zonas residenciais para classes mais abastadas.

d) na situação da população pobre que habita imóveis superprotegidos, enquanto uma parte pequena da população vive em casas precárias, privada de serviços e instalações elementares.

e) no fato de que, apesar da indústria e do setor terciário não serem suficientemente desenvolvidos, o nível de empregos é alto.

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12.

Fonte: ATLAS de Santa Catarina, Florianópolis: IGSC, Departamento Estadual de Geografia/IBGE, 1958.

A análise do mapa permite concluir quea) Santa Catarina encontra-se com 2/3 de suas terras na porção setentrional do Trópico de Capricórnio. b) Em relação ao Meridiano de Greenwich, o território do Paraná está totalmente inserido no Hemisfério Oriental. c) Na América do Sul, o Brasil é o único país cortado pelos paralelos de 0° e 23°27’S.d) Santa Catarina possui fronteira com todos os países membros do Mercosul. e) O Brasil possui fronteiras com todos os países da América Andina.

13.O imperialismo foi, certamente, o ingrediente definitivo

da rivalidade entre as nações no início do século XX, uma vez que seu funcionamento previa, como ponto estrutural, a eli-minação da concorrência e o estabelecimento do monopólio.

HOBSBAWM, Eric. A era dos impérios. São Paulo: Cia. das Letras, 2002. p. 67.

Com base no raciocínio anterior pode-se inferir quea) imperialismo não pode ser relacionado à Primeira

Guerra Mundial, pois suas controvérsias estavam supe-radas à época do conflito.

b) potências industriais aproveitaram dos recursos natu-rais das regiões dominadas para abastecer sua indús-tria bélica, fator que contribuiu para grandes dimen-sões do conflito.

c) muitos avanços tecnológicos foram obtidos pelas nações dominadas, inclusive na indústria bélica. Isso agravou ainda mais a crise do final do século XX.

d) o uso de violência foi sistematicamente evitado ao longo da primeira guerra, a fim de evitar que as con-sequências da guerra atingissem setores inocentes da sociedade europeia, como os civis.

14.No período da Guerra Fria os fatores externos se rela-

cionavam com a territorialidade e a soberania do estado e os internos com a suposta ameaça comunista. Os externos direcionavam a política de defesa para o planejamento e a manutenção de forças voltadas para as principais hipóteses

de guerra. Os internos impuseram a manutenção de forças para o combate a movimentos revolucionários no interior do estado.

Os externos determinavam a necessidade de manter uma reserva mobilizável suficiente para fazer face ao possí-vel inimigo, bem como o desenvolvimento de uma indústria bélica para diminuir a dependência externa e aumentar as exportações num ramo que se mostrava bastante promissor. A partir da década de 1980, profundas mudanças acabaram logicamente refletindo nas políticas e nos orçamentos de de-fesa. A ’década perdida’ determinou o fim de um período de crescimento e a incompetência do estado em cumprir com suas obrigações financeiras no plano internacional.

Disponível em: <www.arqanalagoa.ufscar.br/abed/Integra/Ser-gio%20Aguilar%2002-07-07.pdf>. Acesso em: 5 ago. 2011.

A análise da Guerra Fria e sua influência no Cone Sul con-clui-se quea) o “possível inimigo” externo citado no texto refere-se à

política soviética e de seus aliados.b) governos autoritários pró-URSS tiveram presença mar-

cante no cenário político do Cone Sul no período da Guerra Fria, principalmente no Brasil.

c) a experiência capitalista do Plano Marshall teve influ-ência decisiva no Brasil, alinhado aos EUA desde 1946.

d) países do Cone Sul foram influenciados pela doutrina Bush, como foi o caso do Brasil e da Argentina.

e) nesse período os governos do Cone Sul não mobiliza-ram grandes verbas para os setores militares, em razão da paz reinante na região.

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15.Muitas vezes, os escravos que se encontravam relaciona-

dos a situações de prisão, punição por fugas, condenação ju-dicial – ou mesmo a possibilidade de condenação – acaba-vam por darem fim às suas vidas. Esse é o exemplo extraído do jornal Gazeta de Campinas de 1882.

Elesbão, um escravo condenado pela justiça por assassi-nar a mulher do feitor, pouco antes de entrar em julgamento foi encontrado pelos guardas ‘caído, de bruços, com a roupa toda ensanguentada’. A notícia ainda informa que ‘Elesbão, sem que os seus companheiros de prisão vissem, quebrara um vidro do lampião e com ele fizera sobre o pescoço uma grande incisão. O ferimento foi julgado mortal. Este inciden-te fez adiar o seu julgamento’.

GAZETA DE CAMPINAS. 12 set. 1882.

As informações anteriores mostram como a justiça se posicionava diante dos casos de crimes cometidos pelos escravos. Por isso, pode-se afirmar quea) o fato de o escravo ter um dono abrandava a pena que

deveria cumprir.b) a condenação por fugas ou crimes era constante e

podemos imaginar que era rigorosa, levando muitos condenados a optar por tirar a própria vida.

c) ser escravo era um atenuante em qualquer tipo de condenação no período imperial. Fato este que elevou o índice de crimes nas regiões com mais escravos.

d) a falta de apoio dos “donos” de escravos indiciados por crimes e fugas facilitava a ação da justiça na captura e aplicação de pena aos condenados.

e) o texto deixa claro que escravos quando eram conde-nados tinham por destino a pena de morte.

16.De onde vem a expressão ’voto de Minerva’?

Da Grécia antiga. Minerva é o nome romano da deu-sa grega da sabedoria, Atena. ‘O episódio que deu origem à expressão está narrado na peça Eumênides, de Ésquilo (525 a.C. – 456 a.C.)’, conta o professor de Língua Portuguesa Francisco Platão Savioli, da Universidade de São Paulo. Nes-sa tragédia, Clitemnestra, ajudada pelo amante, Egisto, as-sassina o marido, Agamenon. Orestes, o filho dela, mata os dois para vingar o pai e é perseguido pelas Fúrias, três mons-truosas divindades aladas que puniam os criminosos. Para julgar o crime, Atena funda um tribunal chamado Areópago (que realmente existiu, na Antiguidade, em Atenas). Só que o julgamento terminou empatado e a deusa decidiu pela ab-solvição de Orestes.

A tragédia de Ésquilo, o primeiro dos grandes dramatur-gos clássicos gregos, projetou o mito muito além da sua épo-ca. Com a posterior elaboração e a consolidação da jurispru-dência romana, Atena virou Minerva e a instituição do voto de desempate, dado pelo presidente de um tribunal, passou para outras civilizações.

SUPERINTERESSANTE. jul. 1998, p. 20.

A frase “A tragédia de Ésquilo, o primeiro dos grandes dra-maturgos clássicos gregos, projetou o mito muito além da sua época” deve ser entendida comoa) o fato de os romanos terem se apropriado da expres-

são “voto de Atena” para justificar o poder jurídico dos imperadores.

b) a herança cultural jurídica grega que foi incorporada pelos tribunais de outras civilizações.

c) a crença de que a justiça, em última instância, está nas mãos divinas.

d) a situação na qual um juiz na Antiguidade deveria sempre apelar para a justiça divina.

e) o fato de as civilizações ocidentais desprezarem a juris-prudência romana e se apoiarem na grega.

17.A Alemanha engana-se completamente com a sua re-

ação de pânico, escreve, por seu lado, o Trouw (diário ho-landês). É verdade que a energia nuclear envolve perigos e é humano entrar em pânico quando as coisas correm mal, sublinha o diário holandês. Mas Merkel devia ter mantido o sangue frio, porque parar algumas centrais para as inspecio-nar é um absurdo.

Disponível em: <http://www.presseurop.eu/pt/content/picture/558461-o-pensador-atomico>. Acesso em: 7 ago. 2011.

A partir do texto e da charge do cartunista francês Plantu, publicados no site Presseurop, pode-se afirmar quea) o pensador atômico do cartunista Plantu apenas faz

uma crítica às usinas atômicas construídas em zonas de risco de tsunamis.

b) independente do acidente de Fukushima, a primeira ministra alemã, Ângela Merkel, propõe parar as cons-truções de hidrelétricas em construção na Alemanha por questão de segurança.

c) o tsunami no japão, ocorrido em março de 2011, gerou pânico e discussão na Holanda com relação à segu-rança dos diques que protegem o litoral do país.

d) historicamente, as usinas nucleares nunca provocaram polêmica, pois jamais ocorreram acidentes que justifi-cassem tal debate.

e) o acidente na central de Fukushima, no Japão, relan-çou o debate histórico sobre a energia nuclear na Europa e no mundo.

18.O pós-modernismo é um movimento contemporâneo.

É forte e está na moda. E, sobretudo, não é completamente claro o que diabo ele é. Na verdade, a claridade não se en-contra entre os seus principais atributos. Ele não apenas fa-lha em praticar a claridade mas em ocasiões até a repudia abertamente ... (...) O pós-modernismo parece ser claramente favorável ao relativismo, tanto quanto ele é capaz de clarida-de alguma, e hostil à ideia de uma verdade única, exclusiva, objetiva, externa ou transcendente. A verdade é ilusiva, poli-

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morfa, íntima, subjectiva ... e provavelmente algumas outras coisas também. Simples é que ela não é ... Tudo é significado e significado é tudo e a hermenêutica o seu profeta. Qual-quer coisa que seja, é feita pelo significado conferido a ela...

GELLNER, Ernest. Pós-modernismo, razão e religião. 1992.

GEHRY, Frank. Edifício dançante, Praga. Disponível em: <http://viaggiapraga.myblog.it/tag/casa%20danzante>.

Acesso em: 6 ago. 2011.

Museu do Louvre, Paris. Disponível em: <http://viagenslacoste.blogspot.com/2011/06/

nao-perder-em-paris-museu-do-louvre.html>. Acesso em: 6 ago. 2011.

Deve-se entender o chamado Pós-Modernismo como sendo a expressão a) da cultura criada pelas grandes transformações do

mundo europeu, manifestadas por meio do movi-mento renascentista.

b) do movimento cultural que passou a vigorar desde a Revolução Francesa do século XVIII até a década de 1920, como manifestação das angústias do mundo contempo-râneo que conduziram a humanidade à I Guerra Mundial.

c) do estágio do capitalismo pós-industrial, contemporâ-neo, com a aceitação de todos os estilos e estéticas, aceitando a inclusão de variadas culturas como mer-cados consumidores.

d) da mentalidade e da prática cultural de negação dos estilos artísticos que vigoravam desde o Renasci-mento, caracterizando-se pelo desprezo ao clássico.

e) da reação cultural iniciada no Pós-Segunda Guerra, com o movimento denominado “contracultura”.

19.Eu estava ontem no East End (bairro operário de Londres)

e assisti a uma reunião de desempregados. Ouvi discursos exaltados. Era um grito só: ‘Pão! Pão!’. Revivendo toda a cena ao voltar a casa, senti-me ainda mais convencido do que antes da importância do imperialismo... A ideia que consi-dero mais importante é a solução do problema social, a sa-ber: para salvar os quarenta milhões de habitantes do Reino Unido de uma guerra civil destruidora, nós, os colonizadores, devemos conquistar novas terras a fim de nelas instalarmos o excedente de nossa população, de nelas encontrarmos novos mercados para os produtos de nossas fábricas e de nossas minas. O império, sempre repeti, é uma questão de sobrevivência. Se vós quiserdes evitar a guerra civil, cumpre que vos torneis imperialistas.

RHODES, Cecil. 1895.op. cit. BEAUD, Michel. In: História do capitalis-mo de 1500 até os nossos dias. Tradução de: Pereira, Maria Ermantina

Galvão Gomes. São Paulo: Brasiliense. 1987. p. 230-1.

Segundo o comentário de C. Rhodes, pode-se afirmar quea) o expansionismo imperialista era justificado como

forma de evitar o acirramento da luta de classes no Reino Unido.

b) o caráter classista do imperialismo resolvia a desigual-dade social existente nas metrópoles e na periferia.

c) a burguesia devia aumentar o arrocho salarial do pro-letariado metropolitano como forma de evitar a revo-lução socialista.

d) o imperialismo era visto como uma forma de sobrevi-vência para as camadas pobres que migrariam para as regiões conquistadas em busca de riquezas.

e) a ideia de imperialismo deveria servir aos interesses das classes dominantes inglesas para se fortalecer diante das revoltas populares reinantes.

20. Foi através da porta da fábrica que o homem pobre, a

partir do século XVIII, foi introduzido ao mundo burguês [...] O ‘sistema de fábrica’, como um universo de relações sociais, estendeu-se pelas inúmeras instituições (públicas e priva-das), que não só permitiram e legitimaram o controle e a dis-ciplina fabril, como também abriram caminho para que se produzisse uma esfera de conhecimentos tecnológicos onde se opera a radical apropriação do saber.

DE DECCA, E.. O nascimento das fábricas.

A Revolução Industrial, associada aos demais movimen-tos revolucionários entre os finais do século XVIII e as primei-ras décadas do século XIX, marca o início de uma nova época no Ocidente e o surgimento de um novo conceito de civiliza-ção. Novos valores, em contraposição aos do período ante-rior (História Moderna), passaram a fazer parte do universo mental do homem contemporâneo. São eles: civilização industrial, democracia representativa, soberania nacional, liberalismo e socialismo.

MOTA, C. G. História moderna e contemporânea.

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Sobre as transformações sociais provocadas pela Revolu-ção Industrial é correto afirmar quea) propiciou o surgimento de duas novas classes sociais:

a burguesia comercial e o proletariado urbano.b) fez surgir movimentos sociais e ideológicos como o

sindicalismo, que propunha normas de comporta-mento do trabalhador dentro das fábricas para melho-rar a produtividade.

c) unificou capital e trabalho, produtos e meios de pro-dução, consolidando a dinâmica sociedade de classes.

d) novos valores passaram a fazer parte do universo mental do homem contemporâneo, tais como desprezo pelo conhecimento científico e pelas instituições políticas.

e) a fábrica alterou as relações de trabalho, e as tecnolo-gias adotadas constituíram-se em elementos de con-trole e de hierarquia na produção.

21. O legado da Grécia à filosofia ocidental é a filosofia oci-

dental.Bernard Williams. In: Finley M. I. O legado da Grécia, 1998.)

A afirmativa do autor justifica o porquê da importância da filosofia grega na formação do pensamento ocidental. Isso significa dizer quea) a filosofia platônica da “teoria das formas” influenciou

boa parte do pensamento acidental ao argumentar que o mundo sensível, o que se apreende pelos sen-tidos, é apenas um aspecto do mundo real (o “mundo das ideias”), que só podem ser conhecidas intelectual-mente, por meio da razão pura.

b) a doutrina socrática, ao rejeitar a teoria das formas de Platão e propor a visão dialética do mundo, contribuiu para a formação do pensamento pragmatista contem-porâneo.

c) a filosofia de Aristóteles, para quem a finalidade da vida é a busca da felicidade, exige o livrar-se de todas as ansiedades, inclusive o medo dos deuses e da morte, serviu de base para o pensamento bíblico.

d) o pensamento dos epicuristas, ao defender que a vir-tude é o bem supremo e pode ser atingida pela inteli-gência (saber o que é bom e mau), pela bravura (saber o que temer ou não temer), pela justiça (saber o que cabe a cada um) e pelo autocontrole (saber quais pai-xões moderar ou extinguir) serviu de base para o pen-samento liberal.

e) a doutrina estoica, por acreditar que a virtude e os mais altos valores éticos estão profundamente arraiga-dos no inconsciente dos indivíduos e “extrair” as ideias do mundo inconsciente se dá pelo método da maiêu-tica, serviu de base para o pensamento da psicanálise criada por Freud.

22. Com humor mordaz e desenho caligráfico, Henfil destaca-

se como um dos militantes mais ativos na resistência ao regime militar. De suas mãos saem personagens antológicos como os

fradinhos Baixim e Cumprido, a ave Graúna, o bode Orellana, Capitão Zeferino e Ubaldo, o paranoico, que provocam mu-danças na história dos quadrinhos brasileiros não tanto pela inovação formal – apesar de ser marcante o seu traço nervoso e espontâneo –, mas pelo uso dessa linguagem gráfica específica como o melhor suporte para crítica e comprometimento social.

ÁGUA!TÃO BUTANDO ÁGUA NA CAATINGA!

JÁ ASSENTARAM O CANO E TÃO ARMANDO A CAIXA D‛ÁGUA...

ABRE AÍ, O CHUVEIRIM CHEGOU!

TEM SEGREDO! VÔ TENTAR. 222 30

Disponível em: <http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclope-dia_ic/index.cfm?fuseaction=artistas_biografia&cd_verbete=3593&cd_

item=2&cd_idioma=28555>. Acesso em: 10 ago. 2011.

Com base no texto e na charge pode-se concluir quea) durante a ditadura o Brasil cresceu e deu prioridade na

resolução dos problemas do sertão nordestino.b) os investimentos priorizaram as populações mais

pobres do país.c) durante a ditadura a economia e o país se “moderniza-

ram”, mas algumas necessidades básicas da população, como acesso a água no semiárido nordestino, continu-aram se agravando.

d) a indústria no Brasil só foi possível com o maciço inves-timento na produção de tecnologia.

e) durante a ditadura a indústria brasileira se concretizou com os investimentos em pesquisas.

23.O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é um dado

utilizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para analisar a qualidade de vida de uma determinada popula-ção. Os critérios são: renda, saúde e escolaridade.

De acordo com dados divulgados em novembro de 2010 pela ONU, o Brasil apresenta IDH de 0,699, valor considerado alto, atualmente ocupa o 73° lugar no ranking mundial. A cada ano o país tem conseguido elevar o seu IDH, fatores como au-mento da expectativa de vida da população e taxa de alfabeti-zação estão diretamente associados a esse progresso. (...)

Em novembro de 2010, a ONU, utilizando os novos crité-rios de cálculo, divulgou uma lista de IDH dos países. Porém, esse novo método ainda não foi aplicado para o cálculo dos estados brasileiros.

Disponível em: <http://www.brasilescola.com/brasil/o-idh-no-brasil.htm>. Acesso em: 11 ago. 2011. (Adaptado)

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Entende-se por Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de um país, até agora utilizado pela ONU:a) a divisão do Produto Interno Bruto pela população

economicamente ativa, calculando-se assim a média produtiva per capita.

b) o resultado de um ranqueamento de um conjunto de médias, considerando-se, entre outros fatores, o Pro-duto Interno Bruto, a renda per capita, a porcentagem da população economicamente ativa, a participação do setor terciário na economia e o balanço entre exportação e importação.

c) uma média que se expressa numa escala que varia de 0 a 1, incluindo os indicadores de expectativa de vida, grau de escolaridade e renda per capita.

d) o coeficiente obtido pela média ponderada entre Pro-duto Interno Bruto e Produto Interno Líquido, e entre renda per capita e porcentagem de população econo-micamente ativa.

e) um indicador que não se expressa em termos de quantificação, mas em termos de avaliação qualitativa de numerosos fatores socioeconômicos.

24. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimen-

to, buscando um modelo de comparação para o nível de bem-estar social dos países do mundo, criou o IDH – Indi-cador de Desenvolvimento Humano. Comparando-se o IDH de certos estados brasileiros com outros países do mundo, verificamos que os estados do sul do Brasil têm índices acima da média da América Latina, enquanto que os estados da região Nordeste se encontram com valores próximos aos de países africanos e asiáticos.

Uma das medidas necessárias para que o IDH do nordes-te brasileiro possa ocupar melhor posição éa) o investimento em educação básica e pesquisa cientí-

fica, reforma do sistema de previdência social e dimi-nuição drástica da concentração de renda.

b) apenas a adoção de uma reforma agrária urgente e ampla (entendendo-se aqui não apenas acesso à terra, mas assistência técnica e creditícia)

c) contar com novas práticas, guiadas pela ética e a puni-ção dos culpados por danos ao estado, pois o IDH tem conotações políticas.

d) a política de grandes investimentos na formação de recursos humanos qualificados, a exemplo de Cuba, que exibe um dos maiores IDHs.

e) colocar o Brasil entre as 10 maiores economias, pois o processo todo tem relação somente com a questão econômica.

25.O sonho acabou. Para muitos nordestinos que escolheram

São Paulo como local para construir uma nova vida, o cami-nho agora é de volta. A terra paulista, que foi nas últimas déca-das o principal destino dos migrantes do Nordeste, perdeu seu principal atrativo. Os empregos, abundantes nas décadas de

1980 e 1990 desapareceram com a precarização do trabalho. Quando encontra o ’serviço’, o nordestino ganha menos. Na terra natal, além de reencontrar os familiares, os programas sociais do governo, como o Bolsa Família, garantem a sobre-vivência e são hoje um dos principais atrativos para o retorno.

O GLOBO. 12 nov. 2006, p. 18.

Sobre a atual mobilidade espacial da população brasilei-ra, pode-se afirmar quea) no Sudeste brasileiro, a diminuição do número de

empregos em setores da economia que tradicional-mente absorviam muita mão de obra, a exemplo da indústria de transformação e da construção civil, está entre as principais razões da “migração de retomo” de nordestinos para seus estados de origem.

b) no Brasil, com exceção do Sul e Sudeste, todas as demais regiões vêm recebendo benefícios do pro-grama de governo Bolsa Família, responsáveis, dentre outros, pela redefinição dos fluxos migratórios no sen-tido periferia/centro do território nacional.

c) diante do atual contexto do mercado de trabalho no nordeste brasileiro, emerge uma nova dinâmica demográfica na região, marcada, exclusivamente, pela atração de uma população de alta escolaridade, com excelente qualificação técnica.

d) apesar de o dinamismo das atuais transformações eco-nômicas na Região Nordeste não ter sido capaz de resol-ver o problema da demanda de empregos, ele significou, porém, um importante fator de atração para uma popu-lação estrangeira, sobretudo africana e latino-americana.

e) no Sudeste brasileiro, o aumento do número de empregos e a migração de sulistas provocou a “migra-ção de retorno” de nordestinos.

26. A figura retrata um fenômeno socioespacial brasileiro.

Norte – 1970Transamazônica

AmazôniaBorracha

1860 – 1910

São PauloRio de Janeiro

Indústriaapós 1930

Minas GeraisGoiás

Mato Grosso(mineração – séc. XVIII)

Centro-Oeste(construção de Brasília)

Década de 1960

Planosde Colonização

Norte e Centro-Oeste)1970 – 1980)

MARTINS, O.; VANAWS. Migrantes . 4. ed. São Paulo: Contexto, 2001. p. 41. (Repensando a Geografia).

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A alternativa que melhor caracteriza esse fenômeno éa) a pobreza nordestina fez sua população migrar para

outras regiões do país em busca de melhores condi-ções de sobrevivência, fenômeno socioespacial verifi-cado somente nas diversas décadas do século passado.

b) a Transamazônica e a colonização oficial dos anos 70 constituíram uma força de atração de nordestinos para a Amazônia, os quais serviram como mão de obra exce-dente que só foi integralmente absorvida pelos grandes projetos que posteriormente se instalaram na região.

c) desde o Período Colonial, nota-se o deslocamento de nordestinos para outras regiões do país, caracte-rizando o movimento demográfico conhecido como migração intrarregional.

d) a concentração fundiária, no passado, expulsou o trabalhador nordestino de sua terra, em busca de emprego em outras regiões do país, problema que nos dias atuais foi resolvido em virtude da melhor distribui-ção de terras na região.

e) A migração caracterizou a participação do Nordeste na antiga divisão territorial do trabalho, como região for-necedora de mão de obra para os vários investimentos nacionais, principalmente em decorrência da industria-lização e do processo de integração do espaço nacional.

27. O eixo Rio-São Paulo concentra, atualmente, o maior

volume de indústrias instaladas no país, sendo que, em con-sequência, aproximadamente metade do valor da produção industrial brasileira provém desse eixo.

Sobre a industrialização brasileira e sobre a localização de indústrias pode-se afirmar quea) a concentração industrial se mantém no eixo Rio-São

Paulo em função dos seguintes fatores: proximidades dos maiores mercados consumidores de produtos industrializados e proximidade do Porto de Santos, o maior canal de exportação do país.

b) embora o eixo Rio-São Paulo ainda seja responsá-vel pela maior concentração industrial do país, já se observa o início de um processo de deslocamento de indústrias em direção às cidades médias do interior, seguindo uma tendência observada em países desen-volvidos.

c) mesmo sendo a desconcentração industrial uma polí-tica de estado, poucas indústrias se dispõem a sair do eixo Rio-São Paulo e novas indústrias são ali instaladas, principalmente as indústrias do setor automobilístico.

d) as indústrias relutam em sair do eixo Rio-São Paulo porque, nas cidades do interior, falta mão de obra qualificada, o fornecimento de energia elétrica é insu-ficiente e o custo do transporte é mais elevado.

e) as indústrias estão se instalando em zonas mais atrasa-das, sob o ponto de vista econômico, caso do Sertão e do Agreste nordestinos, aproveitando os subsídios governamentais e o baixo custo da mão de obra des-sas regiões.

28. A expressão Cidade de Deus ou Reino de Deus tem a sua

origem na Bíblia e nos ensinamentos de Jesus. Agostinho acreditava que a história do homem era a história da luta entre o Reino de Deus e o Reino do Mundo...

GAARDER, Jostein. O mundo de Sofia.

A obra Cidade de Deus, de Santo Agostinho, é fonte docu-mental que registra a organização da sociedade da Alta Idade Média, porquea) com esse pensamento, a Igreja se autoproclamava a

representante da “Cidade de Deus”, tendo por missão o combate ao “Reino do Mundo”.

b) baseado no pensamento agostiniano, o Ocidente medie-val se considerava a “Cidade de Deus”, discriminando os não-cristãos considerados do “Reino do Mundo”.

c) graças a concepção “Cidade de Deus”, a Igreja ordenou a sociedade feudal em bases militaristas.

d) ao concluir a existência de dois “Reinos” incompatíveis, o pensamento de Santo Agostinho originou o antro-pocentrismo característico da Idade Média.

e) na sociedade medieval, guerreira e servil, despreza-vam-se concepções religiosas.

29. Logo foram a um castelo e ali ainda fizeram pior, pois

prenderam o cavaleiro e o ataram a uma estaca muito fortemente e muitos violaram a mulher e a filha diante do cavaleiro. Depois mataram a mulher, que estava grávida, a sua filha e todos os filhos, e o marido, depois de torturá-lo, o queimaram e destruíram o castelo. (...)

Assim fizeram em muitos castelos e boas casas, e foram cres-cendo tanto que chegaram a seis mil. Aumentavam porque to-dos os de sua condição lhes seguiam por todos os lados por onde passavam, de tal modo que cavaleiros, damas, escudeiros, suas mulheres e seus filhos fugiam deles. Damas e donzelas levavam seus filhos dez ou vinte léguas distantes, ali onde pudessem se proteger, abandonando suas casas com todos os seus bens. (...)

Tinha um líder entre eles que chamavam Jacques Bo-nhomme, que era, como então se dizia, de Clermont em Be-auvaisis, e o elegeram o pior dos piores.

Froissart (1337-1410) Crônicas: a Jacquerie. Tradução de: COSTA, Prof. Dr. Ricardo da.

O texto se referea) à revolução Russa de 1917, como resultado da explo-

ração das camadas operárias por parte da burguesia industrial então nascente.

b) à revolta camponesa na França, conhecida como Jac-querie, fruto da superexploração servil reinante nos fins da Idade Média.

c) à guerra dos zulus contra a dominação inglesa na África, no século XIX.

d) aos conflitos ocorridos na França, às vésperas da Revo-lução Francesa.

e) aos movimentos camponeses ocorridos durante a II Guerra mundial contra dominação nazista na Polônia.

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30. Conviver com o pluralismo e continuar pensando em uma

sociedade melhor não são atividades incompatíveis, embora tornem a vida e a teoria um pouco mais complicadas. Essa é, porém, a garantia de uma utopia política racional de fim de século, que respeite os seres humanos assim como são, com toda a complexidade de suas motivações e de suas aspirações, sem exigir homens e mulheres novos. As liberdades, de mais a mais, atingem as ’nossas’ vidas e não aquelas de nossos contes-tadores “transformados”, graças à vara de condão dos filósofos políticos (relativamente inócuos) ou o que é pior, e certamente mais sério, pelo exercício do domínio de elites despóticas e tirâ-nicas, sejam das políticas, religiosas, econômicas, tecnológicas ou militares. A propósito, parece-me que, para os netos de 1789, ainda haja muito para ser feito.

Salvatore Veca, filósofo, professor da Universidade de Milão.

A luta pela liberdade tem sido uma constante na socie-dade atual. Dentre as lutas mais significativas à busca das liberdades podemos destacara) a Revolução Francesa, o movimento estudantil dos

anos 60 e a jihad islâmica.b) os movimentos neonazistas, as independências das

colônias Americanas e o movimento hippie dos anos 60.

c) o Reacionarismo do século XIX, o movimento estudan-til dos anos 60 e o movimento dos “sem-terra” no Brasil.

d) a Independência dos Estados Unidos, a jihad islâmica e a Segunda Guerra Mundial.

e) a Revolução Francesa, as descolonizações afro-asiáti-cas do pós-guerra e o movimento feminista.

31.

Jihad é uma palavra que depois dos atentados tornou-se popular entre governantes, analistas e mídia em geral. Em árabe, seu significado é guerra santa, ou seja, uma pessoa ou grupo convoca os muçulmanos de todo o mundo a partir para uma guerra santa em defesa de sua fé. Osama bin Laden teria feito isso depois dos atentados. (...)

Passado o susto inicial, fechados os aeroportos, derrubadas as torres gêmeas e localizados todos os aviões que ainda estavam no ar, George Bush fez um pronunciamento ‘à América’, dizendo que aquela atitude havia sido uma declaração de guerra aos EUA (e portanto ao ‘mundo civilizado’) e que Deus abençoava a América (quantas vezes ouvimos God bless America?). O expansionismo político-religioso mais uma vez começava a ser usado para a defesa de interesses. Quais? De quem?

PASSETTI, Gabriel. Disponível em: <http://www.klepsidra.net/klepsidra10/terrorismo10.html>. Acesso em: 10 ago. 2011.

Os interesses aos quais o autor se refere são osa) dos Estados Unidos em não querer perder o controle sobre a região petrolífera do Oriente Médio.b) da igreja católica, aliada dos Estados Unidos, desejosa de uma nova era de cruzadas que impeçam o crescimento do

mundo islâmico.c) dos sacerdotes muçulmanos – os aiatolás – interessados na propagação do Islamismo para o mundo ocidental.d) do governo Busch, preocupado em manter seu partido no poder, após as violentas críticas ao seu governo pela inope-

rância quanto aos casos de 11 de setembro e à destruição do furação “Katrina” na Louisiana. e) dos países árabes na busca do controle da economia ocidental, liderada pelos Estados Unidos.

32. Alguns pretendem que o poder do senhor é contra a natureza, que se um é escravo, e o outro livre, é porque a lei o quer, que

pela natureza não há nenhuma diferença entre eles e que a servidão é obra não da justiça, mas da violência. A família, para ser completa, deve compor-se de escravos e de indivíduos livres. Com efeito, a propriedade é uma parte integrante da família, pois sem os objetos de necessidade é impossível viver e viver bem. Não se saberia, pois conceber lar sem certos instrumentos. Ora, entre os instrumentos, uns são inanimados, outros vivos... O escravo é um instrumento vivo. Se cada instrumento pudesse, por uma ordem dada ou pressentida, executar por si mesmo o seu trabalho, (...) então os chefes de família dispensariam os escravos. O escravo é uma propriedade que vive, um instrumento que é homem.

ARISTÓTELES. Política (Fragmento). ln: FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos de História. Lisboa, Plátano, 1977. p.70.

Interpretando o pensamento de Aristóteles conclui-se que, para ele,a) a escravidão foi criada pela exploração de alguns homens sobre os outros.b) o senhor de escravos, como um pai de família, deveria tratá-los como se fossem seus filhos.c) os escravos deveriam lutar pela liberdade, pois a natureza os criou livres.d) a escravidão foi criada pela própria natureza, e, como tal o escravo é um instrumento do seu senhor.e) nada justifica a escravidão, nem a lei natural, nem a lei divina ou e nem mesmo a lei positiva (a criada pelos homens).

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33.Vi também as coisas que se trouxe ao rei do novo país do ouro: um sol em ouro medindo uma toesa de largura; do mesmo

modo, uma lua toda de prata e igualmente grande; também dois gabinetes repletos de armaduras idênticas e toda sorte de armas por eles usadas, escudos, bombardas, armas de defesa espantosas, vestimentas curiosas, atavios de noite e toda espécie de coisas surpreendentes para diversos usos, muito mais belas de ver do que estranhas. Tais coisas eram preciosas e foram estima-das em 100 000 florins. E jamais vi em minha vida algo que rejubilasse tanto meu coração. Pois vi objetos artificiais admiráveis e surpreendi-me com o gênio sutil dos homens de regiões estranhas.

Impressões retiradas do diário do pintor alemão Albrecht Dürer sobre a exposição de objetos astecas ofertados por Montezuma a Fernão Cortez em 1520.

LEHMANN, Henri. As civilizações pré-colombianas. Rio de Janeiro. Bertrand Brasil, 1990. p. 7 – 10.

Sobre a conquista espanhola nas Américas, pode-se afirmar que tinha como principal objetivoa) a conquista de regiões produtoras de metais preciosos.b) o intercâmbio comercial com povos americanos de culturas tecnicamente mais avançadas.c) a exploração de regiões produtoras de cana-de-açúcar.d) o controle das especiarias das Américas.e) a difusão da fé cristã, então em crise na Europa.

34. É exclusivamente na minha pessoa que reside o poder

soberano... é só de mim que os meus tribunais recebem a sua existência e a sua autoridade; a plenitude dessa au-toridade, que eles não exercem senão em meu nome, per-manece sempre em mim, e o seu uso não pode nunca ser voltado contra mim; é a mim unicamente que pertence o poder legislativo sem dependência e sem partilha... a or-dem pública inteira emana de mim, e os direitos e interes-ses da nação, de que se ousa fazer um corpo separado do monarca, estão necessariamente unidos com os meus e repousam unicamente nas minhas mãos.

FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos de história. v. 111. Lisboa, Plátano, 1976. p. 22.

Com relação ao fragmento do texto anterior, pode-se afir-mar que ele diz respeitoa) à doutrina da escolástica, pregada pela Igreja na Idade

Média.b) à filosofia política dos Estados Nacionais Absolutistas.c) ao pensamento dos filósofos iluministas do século XVIII.d) aos princípios estabelecidos na Carta Magna, imposta

ao rei João Sem Terra, no século XIII, na Inglaterra.e) à doutrina nazifascista do período entreguerras, no

século XX.

35. Um dos fatos mais importantes destes anos da década de

70 foi, sem dúvida, uma tragédia: a insurreição militar que em 11 de setembro de 1973 derrubou o governo democrático de Salvador Allende e mergulhou o Chile num banho de sangue.”

GALEANO, Eduardo. As veias abertas da América Latina.

“E esta reivindicação é parte de nosso ‘destino manifes-to’ de avançar e possuir todo o continente que a Providência nos concedeu pelo desenvolvimento da grande experiência a nós confiada da liberdade e do autogoverno federalista.”

O’Sullivan, jornalista do New York Morning News, em artigo de 27 de fevereiro de 1845.

Comparando o segundo texto com o primeiro, pode-se in-ferir que a análise comparativa desses permite concluir que

a) golpes militares em países latino-americanos, com apoio dos Estados Unidos, visavam à defesa de seus privilégios político-econômicos no continente.

b) a política do destino manifesto, baseada nos princípios dos direitos da ONU, impediu a participação dos USA nos golpes militares da América Latina.

c) a militarização dos países da América Latina na década de 70 foi inspirada na política socialista de Cuba para fazer frente aos interesses dos USA.

d) o projeto de integração econômica latino-americana promovido pela OEA (Organização dos Estados Ame-ricanos) era controlado pela política soviética para a América Latina.

e) a política de direitos humanos proposta pela ONU, que auxiliava promover reformas sociais nas áreas mais carentes do continente, era uma forma de intervenção pacífica dos USA na América Latina.

36. Não há, sem dúvida alguma, ser na face da Terra cuja

ação cause tantas modificações ao ambiente quanto o ser humano. Nossos hábitos de consumo, nossa tecnologia, economia, comércio, enfim, toda ação do homem afeta incontestável e profundamente a delicada engrenagem que movimenta a vida na Terra. Se por um lado, evoluímos com nossos conhecimentos e com nossa percepção das responsabilidades que temos sobre todos os aspectos da vida neste planeta, por outro lado, há indicadores muito claros que mostram a total falta de ação para minimizar os efeitos e as consequências da exploração desmedida dos recursos naturais. O aquecimento global é apenas um dos inúmeros efeitos causados pela ação do homem sem a devida racionalização dos impactos ambientais que nossa cultura global impõe sobre o planeta e por consequência sobre nós mesmos. Felizmente, há muito, possuímos tecno-logias e práticas que, devidamente utilizadas, reduziriam drasticamente a poluição das grandes cidades, dos mares e o aquecimento global.

Disponível em: <http://pt.shvoong.com/exact-sciences/1778433-impacto-ambiental/#ixzz1Uv427kKx>. Acesso em: 10 ago. 2011

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Dentre as ações que, individualmente podem parecer pe-quenas, mas que neutralizariam ou ao menos reduziriam drasticamente vários problemas de aspecto ambiental, pode-se destacara) a reciclagem caseira de lixo doméstico. b) a utilização de iluminação a gás.c) as políticas de extração de madeira certificada.d) a utilização de fontes limpas de energia, como o car-

vão mineral.e) a substituição total dos automóveis por transporte

coletivo.

37.O solo é um corpo vivo, de grande complexidade e muito

dinâmico. Tem como componentes principais a fase sólida (matéria mineral e matéria orgânica), e a água e o ar na de-signada componente “não sólida”.

Dentro do amplo conceito de degradação dos solos, po-demos distinguir alguns tipos:

Degradação da fertilidade – é a diminuição de capaci-dade de o solo suportar e manter vida. São produzidas mo-dificações comprometedoras em suas capacidades físicas, químicas, fisioquímicas e biológicas, que conduzem a sua degradação. Isso pode ser ocasionado por fatores químicos (perda de nutrientes, acidificação, salinização etc.), físicos (perda de estrutura, diminuição de permeabilidade etc.) ou biológicos (diminuição de matéria orgânica).

Erosão – é a destruição física das estruturas do solo e seu carregamento é feito, em geral, pela água (erosão hídrica) e ventos (erosão eólica).

Degradação por contaminação – A contaminação do solo tem se tornado uma das preocupações ambientais, uma vez que, geralmente, a contaminação interfere no am-biente global da área afetada (solo, águas superficiais e sub-terrâneas, ar, fauna e vegetação), podendo mesmo estar na origem de problemas de saúde pública.Do texto pode-se inferir quea) o uso da terra para centros urbanos, para as atividades

agrícolas, pecuária e industrial tem tido como conse-quência elevados níveis de contaminação do solo.

b) o processo de erosão menos grave é o causado pelas atividades do ser humano (erosão antropogênica), que apresenta um desenvolvimento muito rápido, se com-parado com a erosão natural.

c) descargas acidentais ou voluntárias de poluentes nas águas não obrigatoriamente afetam os solos, provo-cando sua degradação.

d) numerosos casos de contaminação do solo em zonas urbanas e rurais ocorridos na história demonstram que a contaminação não provoca erosão do mesmo.

e) ao se degradar, o solo não perde sua capacidade de produção, pois com grandes quantidades de adubo, recupera-se a produtividade sem danos ambientais.

38.Paraíso perdido, eldorado... inferno verde... As imagens

extremadas historicamente construídas sobre a Amazônia se reproduzem hoje com novas feições e intensidade. O rá-

pido movimento de apropriação desse espaço imenso e rico, um dos últimos escassamente povoados no planeta, e a ma-neira clara e brutal com que aí se desenvolvem os conflitos intrínsecos à sociedade brasileira mobilizaram o debate na-cional sobre a Amazônia, envolvendo uma forte carga sim-bólica. A via de desenvolvimento por ela trilhada passou a ser identificada com a do próprio país.

BECKER, Bertha K. Amazônia. São Paulo: Ática, 1990. p. 7.

O sentido do “rápido movimento de apropriação desse espaço imenso e rico” a que o texto se refere deve ser en-tendido comoa) a proliferação de empregos diretos e indiretos gerados

pelo intenso êxodo rural, provocado pelo desenvolvi-mento da indústria e do comércio da cidade de Manaus.

b) a condição de uma nova “fronteira demográfica”, povo-ada por excedentes populacionais do nordeste e por investidores do agronegócio do centro-sul do país.

c) a ocupação da região por empresas detentoras da tec-nologia moderna de extrativismo, pois a Amazônia é o pulmão do mundo.

d) o avanço da “fronteira agrícola” decorrente de uma nova forma de estrutura fundiária baseada na pequena propriedade.

e) a “invasão estrangeira” de interessados nas riquezas da região, tais como empresários da atividade extrativa e cientista da área farmoquímica.

39.O Brasil está quase lá

Em entrevista à revista Veja, Vinod Thomas, economista indiano, diz que ’o Brasil pode deixar Índia e China para trás se fizer o pouco que falta para deslanchar de vez’.

– Os desafios do Brasil, na sua opinião, são mais simples do que os da Índia e China?

Pelo menos não há nenhuma revolução envolvida, ape-nas quatro ou cinco áreas de reforma. A boa notícia é que são mudanças que se retroalimentam, criando um círculo virtuoso. A primeira seria resolver a questão fiscal do gover-no, centrando nas questões tributária e previdenciária. A se-gunda seria melhorar a qualidade dos gastos públicos e in-vestimentos. A terceira seria otimizar os recursos destinados às áreas de educação e saúde. Uma quarta questão seria for-mular uma política inteligente para a exploração de recursos naturais de uma forma sustentável. Claro que, para viabilizar tudo isso, o Brasil teria de fazer uma reforma política.

– Isso quer dizer que não é tão simples assim... Realmente, às vezes pequenas reformas são mais difíceis

de aprovar do que grandes reviravoltas políticas. Mas acho que 2006 é um ano de ouro para aprofundar essa discussão. Em primeiro lugar, por causa da eleição presidencial, que for-çará o Brasil a discutir seus problemas. Em segundo, por cau-sa da pressão do mundo globalizado. O Brasil não pode mais esperar. A concorrência nos dias de hoje não vem apenas dos países asiáticos, mas também do Leste Europeu, que está en-trando com tudo no mercado mundial. Se o Brasil não fizer suas reformas rapidamente, corre o risco de ficar para trás.

VEJA. ed. 1953, ano 39, n. 16, 26 abr. 2006. (Adaptado)

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Pode-se inferir, pela leitura do texto, que é difícil aprovar pequenas reformas porquea) o Brasil não revolucionou sua política sociocultural.b) o Brasil ainda não se integrou à comunidade do Leste

Europeu.c) o Brasil não enfrentou questões do mundo globali-

zado.d) o Brasil espera demais pelas decisões da União Europeia.e) o Brasil não agiliza suas reformas políticas.

40.Longevidade: o limite está logo ali

O entusiasmo pela tecnologia, pelos avanços da medici-na e pela higiene mais difundida na população levou muita gente a acreditar que o homem poderá viver cada vez mais, que não haveria limite para a expectativa de vida. Essa ideia tem seus adeptos, e tem certo fundamento. Mas é otimista demais. É verdade que vivemos hoje, em média, o dobro do que viviam nossos bisavós, há quase 200 anos. Somente nos últimos 50 anos, a expectativa de vida aumentou em uma década. A maioria, 85%, das crianças nascidas hoje tem a possibilidade de viver mais que 65 anos. E vários são os fa-tores que contribuíram para uma explosão no número de idosos na população em geral. Segundo o texto, é correto afirmar quea) durante a última década, a expectativa de vida apre-

sentou um aumento de 25%. b) nos últimos 200 anos, a expectativa de vida dos seres

humanos teve um aumento de 100%. c) 85% das crianças nascidas em 2005 devem morrer

antes de completar 65 anos. d) 15% das crianças nascidas em 2005 devem morrer

antes de 2055. e) para saber qual a sua expectativa de vida, a pessoa

deve multiplicar por 2 a média de vida de seus bisavós.

41. Uma visão sistêmica da educação

Nas últimas décadas, desenvolveu-se visão fragmenta-da da educação como se níveis, etapas e modalidades da educação não fossem momentos de um processo, cada qual com objetivo particular, mas dentro de uma unidade geral.

Criaram-se falsas oposições. A mais indesejável foi a opo-sição entre educação básica e superior. (...)

A segunda oposição não foi menos danosa e se estabe-leceu no nível da educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e médio. A atenção exclusiva ao ensino fundamental resultou em certo descaso com as outras duas etapas e prejudicou o que se pretendia proteger. Sem que se tenha ampliado a já alta taxa de atendimento do ensino fundamental (93% em 1994), verificou-se uma queda no de-sempenho médio dos alunos dessa etapa. Sendo a educação infantil e o ensino médio, respectivamente, o esteio e o horizon-te do ensino fundamental, sem eles este não avança.

HADDAD, Fernando (Ministro da Educação). In: Folha de S.Paulo. 25 set. 2005.

Segundo o que o ministro expressa no texto, a causa da visão fragmentada da educação se deve à falta dea) articulação entre o ensino médio e o ensino profissio-

nalizante.b) recursos públicos, os quais asfixiaram o sistema federal

de educação.c) visão geral do processo educacional, que deve traçar

metas em cada etapa de ensino.d) professores habilitados para os alunos de ensino

médio.e) vagas nas universidades públicas.

42.Cola é instituição nacional

Se quiser me tachar de rabugenta, sinta-se à vontade. A verdade é que ninguém conseguirá me persuadir de que a corrupção, este câncer terminal que acomete o nosso en-crencado país, não emane da primeira cola. (...)

Na primeira vez que os futuros políticos, fiscais, jornalis-tas, juízes, empresários e comerciantes falsificam um resulta-do na escola, pode crer, a porteira se abre. Quem cola passa a achar a coisa mais natural do mundo usar de truques e enganação para atingir o sucesso. A cola é tão natural que acabou se tornando uma instituição nacional, tão enraiza-da em nosso dia a dia quanto a propina e a sonegação de impostos.

’Faz parte’ chegar a casa depois de alguma prova e anunciar aos pais que só se conseguiu um bom resultado em razão de se ter colado. ’É isso aí, filhão! Garoto esperto!’ Também ‘faz parte’ pais e mães aplaudirem a molecada pelo bom resultado escolar, tenha ele sido obtido na base da cola ou do suor da testa. Chegamos ao requinte de ver pais ajudando os filhos na compra de equipamentos eletrônicos, como fones de ouvido para telefone celular, que serão usa-dos exclusivamente para perpetrar a cola.

(...) Depois o pessoal ainda chia quando o Brasil é trata-do como um país de trapaceiros, até pelos autores de nosso desenho animado predileto. ‘Quem não cola não sai da es-cola’. Parece brincadeira, mas estamos acostumados a con-viver placidamente com o lamentável ditado, como se fosse mesmo verdade que só se dá bem na escola e na vida quem engana, mente e trapaceia. Será rabugice minha ou esse tipo de fundamento escroque não causa a proliferação de tudo aquilo que se opõe à ética e ao talento?

GANCIA, Barbara. Folha de S. Paulo. (Adaptado)

De acordo com a autora do texto.a) A relação estabelecida entre a cola e o primeiro sutiã é

a de que nem um nem outro serão esquecidos jamais.b) A cola é colocada como o primeiro ato ilícito somente

das pessoas que poderão ter vida pública.c) A cola é considerada por todos, apesar de comum, um

ato ilícito.d) A cola não se opõe ao talento e à ética do estudante.e) No texto expõe-se a ideia de que a propina e a sonega-

ção de impostos são comuns no Brasil.

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43. As recentes invasões dos Estados Unidos aos territórios

do Afeganistão e do Iraque e a deposição dos respectivos governos nacionais têm suscitado comparações entre o antigo Império Romano e o Império Americano de hoje. Por exemplo: a missão do Império Americano seria levar, para os bárbaros do Sul, mesmo pela força militar, a democracia e o liberalismo, valores fundamentais do mundo ocidental civi-lizado, mascarando os objetivos de conquista. Quanto aos romanos, estes passaram a nomear povos não romanos de bárbaros e a si próprios como civilizados, baseando-se na designação criada por Políbio, historiador grego que viveu em Roma no século III. A missão dos romanos seria, então, civilizar os povos bárbaros, levando-lhes suas instituições, formas de pensar o mundo e maneiras de agir.

Considerando a relação do Império Romano com os po-vos sob o seu domínio, é correto afirmar quea) a dominação romana era baseada, única e exclusiva-

mente, na força, não sendo admitido nenhum tipo de autonomia para os povos dominados.

b) os romanos rejeitavam a influência dos povos domi-nados, não permitindo a expressão de elementos que não fossem os da cultura dos dominantes.

c) os povos dominados permaneceram sempre distantes da influência de Roma, não incorporando as contribui-ções da sua cultura (especialmente a língua e os códi-gos de leis), após o fim da dominação.

d) Roma exercia violenta dominação militar e econômica, mas permitia relativa liberdade para os povos domi-nados, incorporando muitos dos seus valores, como a filosofia e a religião.

e) os povos dominados pelos romanos dispunham da mais ampla autonomia política, sendo governados por instituições próprias e apenas sujeitos ao poder militar e econômico de Roma.

44. A Pré-História pode ser dividida em três períodos: o Pa-

leolítico [...]; o Neolítico [...]; e a Idade dos Metais. [...] Ao deixar à margem da história a quase totalidade da expe-riência humana, essa periodização assume uma conota-ção negativa. As sociedades ‘pré-históricas’ ou primitivas muitas vezes são caracterizadas de maneira igualmente negativa, a partir do critério da falta: sociedades sem es-tado, sem escrita, sem história, sem tecnologia e, no plano econômico, sociedades de economia de subsistência, sem produção de excedentes e, portanto, sem mercado. [...] trata-se de uma análise preconceituosa, tendenciosa, feita de ‘fora para dentro’.

MOTA, Myriam Becho; BRAICK, Patrícia Ramos. História: das caver-nas ao terceiro milênio. 2 ed. São Paulo: Moderna, 2002. p. 19.

Com base no texto e nos conhecimentos mais recentes sobre a chamada Pré-História, é correto afirmar que esse período éa) interpretado negativamente por certos historiadores,

segundo uma concepção eurocêntrica de história, para a qual as sociedades europeias eram mais evo-luídas e, portanto, superiores às sociedades diferentes das suas.

b) incluído na história pelos estudiosos, apesar de não apresentar quaisquer formas de organização social.

c) excluído da história porque não há vestígios de nenhuma forma de desenvolvimento técnico/tecno-lógico ocorrida nessa etapa da experiência humana na Terra.

d) insignificante para a compreensão da experiência humana na Terra por não dispor de registros escritos.

e) caracterizado negativamente pelos historiadores, na atualidade, pois, apesar de constituir a parte mais longa da trajetória humana, é impossível de ser conhe-cida, dadas as diferenças das sociedades pré-históricas com a nossa sociedade.

45.Nas seguintes palavras textuais de Gandhi entenderemos melhor qual é a essência do seu pensamento e sua ação: O que quer que façam conosco, não iremos atacar ninguém nem matar ninguém; estou pedindo que vocês lutem, que lu-tem contra o ódio deles (do governo inglês), não para provo-cá-lo. Nós não vamos desferir socos, mas tolerá-los, e através do nosso sofrimento faremos com que vejam suas próprias injustiças e isso irá feri-los, como todas as lutas ferem, mas não podemos perder, não podemos... Eles poderão torturar meu corpo, quebrar meus ossos, até me matar, então terão meu corpo inerte, mas não a minha obediência.

Disponível em: <http://www.espirito.org.br/portal/artigos/mundo-espirita/gandhi-e-a-nao-violencia.html> Acesso em: 10 ago. 2011

Gandhi conseguiu mobilizar milhões de indianos na luta para tornar o país independente da dominação britânica, recorrendo aoa) socialismo e à guerra revolucionária.b) nacionalismo e à ação coletiva da não violência.c) tradicionalismo e à luta armada.d) capitalismo e à cooperação com o imperialismo.e) fascismo e ao fundamentalismo religioso.

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CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS46.

O conhecimento da nota fundamental é importante pois serve de referência para se construir a escala musical completa, pois podemos obter as demais notas simples-mente multiplicando-se a frequência da nota fundamental por determinados valores (ver tabela em sequência).

DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI DÓFrequência f 9f/8 5f/4 4f/3 3f/2 5f/3 15/f8 2f

Intervalo acústico 9/8 10/9 16/15 9/8 10/9 9/8 16/15

Disponível em: <http://www.cdcc.usp.br/ondulatoria/musica2.html>. Acesso em 5 Ago. 2011.

Numa corda afinada em Mi de um violão, para obter-mos a nota Lá devemos colocar o dedo em uma casa que reduz o comprimento da corda a uma fração dea) 4/5. d) 4/3.b) 3/5. e) 1/3.c) 3/4.

47.As ondas geradas por ventos corriqueiros e ondas de gra-

vidade têm um comprimento de onda (comprimento entre as cristas) de cerca de 100 metros e uma altura de alguns centímetros. Entretanto, um tsunami em alto mar tem um comprimento de onda de cerca de 200 km. Essa onda pode viajar a mais de 800 km/h, mas devido ao seu grande com-primento de onda, seu período (intervalo de tempo entre a passagem de uma crista e outra no mesmo local) pode durar de 20 a 30 minutos, e a amplitude de onda pode não passar de um metro. Isso torna difícil a detecção de tsunamis em águas profundas. Navios raramente notam sua passagem.

À medida que o tsunami se aproxima da costa e as águas se tornam rasas, o empolamento da onda compri-me a própria onda e sua velocidade diminui para menos de 80 km/h. Seu comprimento de onda diminui para menos de 20 km e sua amplitude cresce significativamente, produzin-do uma onda claramente visível. Com o advento do tsunami sobre águas cada vez mais rasas, a velocidade da onda dimi-nui gradativamente, podendo desacelerar para menos de 20 km/h. Seu comprimento de onda pode diminuir para ape-nas alguns metros e sua amplitude pode alcançar mais de 10 metros; a altura da onda pode variar dependendo da in-tensidade do tsunami e do relevo da plataforma continental.

Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Tsunami> Acesso em 30 Jul. 2011

Quando uma onda se aproxima da costa e diminui-se a profundidade, observa-se quea) aumenta a frequência e diminui a velocidade.b) aumenta a velocidade e diminui o comprimento de

onda.c) aumenta o comprimento de onda e diminui a veloci-

dade.d) diminui a frequência e diminui o comprimento de

onda.e) diminui a velocidade e diminui o comprimento de

onda.

48.Sempre que um corpo capaz de oscilar sofrer uma série

periódica de impulsos, com uma frequência igual a uma das frequências naturais de vibração do corpo, este, em geral é posto em vibração com uma amplitude relativamente gran-de. Esse fenômeno é chamado de ressonância e diz-se que o corpo entra em ressonância com os impulsos aplicados.

Um exemplo comum de ressonância é o que se obtém quando se empurra uma criança em um balanço, que po-demos generalizar como um pêndulo simples, em que sua frequência natural depende de seu comprimento. Se a frequ-ência de empurrões ou de balanços não for próxima à fre-quência de ressonância, dificilmente se consegue o balanço natural, pois o pêndulo sofrerá vibrações aleatórias.

Disponível em: <http://www.infoescola.com/fisica/ressonancia/>. Acesso em 02 Ago. 2011.

No fenômeno da ressonância, altera-se significativamen-te na onda a grandeza físicaa) amplitude. b) período. c) frequência.d) comprimento de onda.e) velocidade da onda no meio.

49.Estudo avalia impacto das queimadas e

desmatamento no clima amazônico

Data: 10/7/2002Local: Brasília-DF Fonte: Agência Brasil-EBC Link: http://www.agenciabrasil.gov.br/

Brasília - Durante setembro e outubro próximos, pesqui-sadores de várias instituições brasileiras, em colaboração com instituições de pesquisa estrangeiras, estarão envolvidos em uma grande campanha científica no estado de Rondônia para estudar os impactos das queimadas e desmatamento durante a fase de transição do período de seca para o chuvoso.

O tema foi apresentado hoje, no terceiro dia da II Con-ferência Científica Internacional do Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA), que se re-aliza em Manaus (AM). A pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP), Maria Assunção Dias, responsável pela Físi-ca do Clima, um dos sete componentes do LBA, ressaltou que em áreas desmatadas, convertidas em pastagens, a chuva cai em menor quantidade em relação a regiões de floresta. Segundo ela, a floresta amazônica depende da chuva para se manter. Em contrapartida, a floresta contribui na forma-ção de chuva, resultando um equilíbrio natural perfeito. ‘Tro-car áreas de floresta por pastos altera essa sintonia. Entre as principais consequências desta alteração está a mudança no regime de chuva na região’, ressaltou.

Disponível em: <http://www.amazonia.org.br/noticias/print.cfm?id=16525>. Acesso em 20 Jul. 2011

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Qual dos itens a seguir mais está relacionado com o fato de que trocar florestas por pastos é uma das principais conse-quências da mudança no regime de chuva na região?a) O pasto absorve mais as radiações solares, não dei-

xando que estas reflitam e impedindo a precipitação das chuvas.

b) A floresta tem baixa capacidade térmica, aumentando a temperatura do ar a sua volta.

c) A floresta, que retém água, possui elementos de maior calor específico que o pasto, com a terra mais exposta.

d) Os animais do pasto bebem a água, impedindo que estas evaporem para provocar chuva.

e) Pastos e florestas funcionam análogos na retenção da temperatura, não alterando o regime de chuvas.

50.

Atmosfera

Calor

Terra

Disponível em: <http://redeproensino.blogspot.com/2010/04/pa-ra-entender-o-efeito-estufa-alem-do.html>. Acesso em 20 Jul. 2011.

Sobre o efeito estufa descrito na imagem e sua propaga-ção de calor pode-se afirmar quea) o calor desloca-se do sol para a terra por condução.b) na atmosfera, o calor sofre apenas reflexão.c) na terra, todo o calor sofre o processo de absorção.d) o processo de transferência do calor do sol para a terra

é a irradiação.e) a atmosfera evita os processos de convecção.

51.A fonte energética mais utilizada depois do petróleo

O carvão mineral é a segunda fonte de energia mais utiliza-da do mundo, depois do petróleo, sendo responsável por 23,3% da energia consumida no mundo em 2003 e, no Brasil, por 6,6%. O carvão mineral é um combustível fóssil muito antigo, forma-do há cerca de 400 milhões de anos. Passou a ter grande impor-tância para a economia mundial a partir da Primeira Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra (século 19), quando a máquina a vapor passou a ser utilizada na produção manufatureira.

PAREJO, Luiz Carlos. Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/geografia/ult1694u298.jhtm>. Acesso em 10 Ago. 2011.

O carvão mineral para a produção de energia é principal-mente utilizado ema) usinas hidroelétricas.b) usinas termoelétricas.c) usinas eólicas.d) usinas de álcool.e) refinarias de petróleo.

52.Répteis dominaram a Terra por durante aproximada-

mente 300 milhões de anos durante a Era Mesozoica.

A afirmativa que melhor explica o grande sucesso, sua ex-traordinária expansão e domínio dos répteis em diversos ambientes terrestres éa) a capacidade de se adaptar tanto em terra quanto na

águab) aparecimento de anexos embrionários como âmnio

e ovo com casca, capaz de evitar a desidratação do embrião.

c) a locomoção sobre quatro patas.d) ausência de predadores naturaise) a sobra de alimento nos meios aquáticos que teria sido

abandonado pelos anfíbios.

53.Embriogênese é um processo de intensas alterações

morfogenéticas a partir dos três folhetos iniciais. Desses vão surgir, por diferenciação celular, os tecidos embrionários que dão origem aos tecidos definitivos e, posteriormente, um novo organismo se forma.

A alternativa que associa erroneamente a estrutura pre-sente em vertebrados e o folheto embrionário que lhe deu origem éa) endoderma origina o fígado.b) mesoderma origina os músculos lisos.c) ectoderma origina o tubo digestivo.d) notocorda origina o eixo de sustentação.e) tubo neural origina o sistema nervoso.

54.As macromoléculas orgânicas são ingeridas durante a

alimentação e precisam ser digeridas, ou seja, transforma-das em unidades básicas para que possam ser absorvidas pelo organismo.

Os componentes básicos da composição geral dos po-lissacarídeos, dos lipídios e das proteínas respectiva-mente sãoa) os monossacarídeos, nucleotídeos, e aminoácidos.b) os aminoácidos, ácidos graxos e glicerol e enzimas.c) os monossacarídeos, ácidos graxos e glicerol e amino-

ácidos.d) as vitaminas, sais minerais e enzimas.e) os dissacarídeos, triglicerídeos e nucleotídeos.

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55.Médicos indicam que crianças, mesmo no início de suas

vidas, sejam levadas para o banho de sol antes das 10h, para melhorar a absorção de cálcio no intestino, deixando os os-sos mais fortes. A necessidade de exposição ao sol diariamente está rela-cionada com a atividade daa) vitamina E.b) vitamina B3.c) vitamina C.d) vitamina D.e) vitamina B12.

56.O interior da célula é formado por organelas em meio a

uma solução aquosa denominada citosol. A água, é a subs-tância mais abundante nas estruturas celulares e tem papel fundamental em todas as suas atividades. A água não desempenha no citoplasma a função dea) ajudar a regular a temperatura.b) ser o principal meio onde ocorrem as reações quími-

cas celulares.c) ser o principal solvente das substâncias orgânicas e

inorgânicas.d) participar como fonte de energia para as atividades

celulares.e) participar no transporte de moléculas.

57.Uma prática comum em agricultura é a poda das plantas por meio da eliminação da parte apical. A finalidade desse pro-cedimento é retirar o principal local de síntese do hormônio vegetal auxina, conforme se pode observar nas situações indicadas na figura.

Uma planta é decapitada e um bloco de ágar sem hormônio é aplicado sobre a superfície cortada.

Um bloco de ágar contendo hormônio é aplicado no momento da decapitação.

Gema apical Ramo novo

Ramo novo

Gemas auxiliares

Gemas inibidas

Planta-controle Planta experimental: sem hormônio

Planta experimental: contendo hormônio

Bloco de ágar

PURVES, K. William; SADAVA D.; ORIANS H.; GORDON & HELLER, C. H.. Vida a ciência da biologia v.III. 6. ed. Porto Alegre: Artmed 2006.

Com base no texto e na imagem sobre o fenômeno conhecido como “dominância apical” pode-se afirmar quea) o crescimento dos ramos novos a partir das gemas auxiliares nada tem a ver com a presença ou não da auxina produ-

zida pela gema apical.b) nas plantas frutíferas, a técnica de poda das gemas apicais pode aumentar a produtividade estimulando o crescimento

de novos ramos laterais, os quais podem vir a formar flores e frutos.c) o bloco de Agar, contendo auxina aplicada na planta experimental com a gema decapitada, estimula a formação de

novos ramos laterais.d) a dominância apical resulta do crescimento das gemas apicais em razão da auxina produzida pelas gemas auxiliares.e) para se obter a ramificação do caule de uma planta, deve-se aplicar o hormônio auxina nas gemas auxiliares, de modo

a estimular o seu desenvolvimento e a consequente produção de novos ramos.

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58.O conceito de ancestral comum é crucial aos métodos modernos de classificação de organismos. Para determinar relações

evolucionárias, os pesquisadores agrupam fatos a partir de várias fontes, tais como: paleontologia, anatomia, fisiologia, embrio-logia, análise de proteínas e aspectos ecológicos. Nos últimos 30 anos desenvolveram-se novas tecnologias que permitem com-parar os genomas dos organismos. Atualmente é possível determinar quantos genes são compartilhados por diferentes espécies. Quanto mais genes as espécies apresentam em comum, mais provável é a possibilidade de que compartilhem um ancestral comum recente.

PURVES K. William; SADAVA D.; Orians H. GORDON & Heller C. H., Vida A ciência da biologia v.II. 6. ed. Porto Alegre: Artmed 2006 p. 9 e 10 715

Em 1990, o microbiologista Carl Woese propôs uma forma de classificação dos seres com base na análise do RNAr. Esse tipo de RNA esta presente em todos os seres vivos, podendo por isso ser usado como forma de comparação. Segundo Woese, os seres vivos são classificados em três domínios, categoria taxonômica superior ao reino: Archaea (Archaebacteria), Bacteria e Eucarya.

Ancestral comum de todos os organismos

Dominó

Bactéria

Archaea

Prostista

Plantae

Fungi

Animalia

Bactéria

Archaea

Eucarya

Considerando-se as informações do texto e do cladograma é válido afirmar quea) apenas no domínio Bactéria encontramos organismos procariotos – células únicas sem membrana nuclear e organelas

membranosas.b) archaea e Eukaria compartilham um ancestral comum não compartilhado por Bacteria.c) não há organismos unicelulares entre os seres vivos que formam o domínio Eukaria.d) os seres pertencentes ao domínio Archaea devem possuir mais genes em comum com os organismos do domínio

Bacteria do que em relação aos do domínio Eukaria.e) há organismos autótrofos apenas entre os seres pertencentes ao domínio Eukaria.

59.Durante o Devoniano – tempo geológico situado entre

417 e 354 milhões de anos – a Terra passava por uma ampla modificação. Quase não havia organismos em terra firme. Surgiam então as primeiras florestas de plantas primitivas como o grupo das samambaias (ou pteridófitas) e represen-tantes das licófitas e esfenófitas – todas elas plantas vascu-lares. Os insetos – que já se encontravam em plena conquista da terra – se diversificavam. E neste cenário surgiram os pri-meiros vertebrados capazes de se locomover em terra firme. O ator principal desta trama é o Ichthyostega, tido como o primeiro vertebrado a viver em terra firme. De forma geral, o Ichthyostega representa o que pode ser chamado de uma mistura de anfíbio e peixe.

KELLNER, Alexander. Da água para a terra.

Publicado em: 4 nov. 2005. Atualizado em: 18 dez. 2009. (Adaptado)

Répteis foram os primeiros vertebrados a conquistar de uma forma ampla o ambiente terrestre. Conseguiram isso desenvolvendo outras e melhorando muitas das característi-cas que já haviam permitido aos anfíbios chegar ao ambien-te terrestre. Eles apresentam soluções definitivas para alguns “problemas” que ainda mantinham os anfíbios dependentes do ambiente aquático. Dentre as alternativas, assinale aquela que não representa uma nova aquisição dos répteis em relação aos anfíbios atuais.a) Ovo provido de casca, fornecendo ao embrião prote-

ção, suporte e alimento.b) Pele resistente e seca que oferece proteção contra o

dessecamento e agressões.c) Homeotermia.d) Formação de patas.e) Desenvolvimentos de circulação fechada, dupla e com-

pleta permitindo a separação total do sangue venoso do arterial, através das circulações sistêmica e pulmonar.

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60.Observe os resultados de um experimento realizado em 1882 pelo médico e botânico norte-americano T. W. Engelmann (1808

– 1884). O diagrama esquemático demonstra a relação existente entre a intensidade de fotossíntese e as radiações de diferentes comprimentos de onda do espectro luminoso (espectro de ação da fotossíntese) nos cloroplastos espirais da alga verde filamen-tosa Spirogyra.

Engelmann usou a taxa de produção de oxigênio para medir a taxa de fotossíntese. Como indicador de oxigênio, ele escolheu bactérias aeróbicas móveis (aerotácticas) que são atraídas por oxigênio. Usou um aparelho que projetava um diminuto espectro luminoso e um microscópio. Num meio que se encontrava a alga filamentosa e as bactérias ele fez incidir os diferentes compri-mentos de onda do espectro da luz visível. Observou que bactérias dependentes de oxigênio introduzidas no sistema acumula-vam-se na região do espectro onde os pigmentos da clorofila absorviam as radiações.

Comprimento de onda da luz (nm)

Bactérias aerotácticas

Cloropastos espirais

Célula de Spirogyra

Prisma

Luz

400 500 600 700

RAVEN, H. P. Biologia vegetal. 7. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.

Relação de cores espectrais na região da luz visível e os respectivos comprimentos de onda em nanômetro (nm).

Cor Comprimento de onda (nm)

Vermelho 620 a 700Laranja 592 a 620

Amarelo 578 a 592Verde 500 a 578Azul 446 a 500

Violeta 400 a 446

TAIZ, L.; ZEIGER E. Fisiologia vegetal. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009

A partir da análise dessa ilustração, pode-se concluir quea) o que atrai as bactérias é o calor oriundo da energia luminosa absorvida pela Spirogyra.b) o comprimento de onda verde é o mais eficiente para a realização da fotossíntese.c) a produção de O

2 é mínima quando as algas são submetidas a radiações na faixa dos 750 nm.

d) a maior eficiência fotossintética pode-se observar nas regiões da Spirogyra iluminadas pelas radiações do vermelho e do azul.e) o oxigênio produzido na respiração da Spirogyra que atraí as bactérias aerotácticas.

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61.Os insetos têm um exoesqueleto rígido, seu crescimento depende das mu-

das do mesmo. Sir Vicente Wigglesworth, fisiologista britânico, conduziu ex-perimentos com percevejos hematófagos pertencentes ao gênero Rhodnius, para comprovar a ação hormonal nesses processos. Esse inseto, que sofre me-tamorfose incompleta, é um animal experimental que muda cinco vezes antes de se desenvolver em um adulto maduro; alimentação com sangue dispara cada episódio de muda e crescimento. O Rhodnius é muito resistente, pode viver longo tempo após ser decapitado. No experimento 1, Wigglesworth ob-servou que o inseto juvenil Rhodnius quando decapitado uma hora após ter se alimentado com sangue pode viver por alguns anos, porém, sem sofrer mudas (metamorfose), permanecendo sempre na forma juvenil. Se for decapitado uma semana após ter se alimentado com sangue, sofre mudas.

No segundo experimento, Wigglesworth uniu os dois insetos decapitados com um pequeno pedaço de vidro tubular. Aquele que tinha acabado de to-mar sangue e o outro que se alimentara de sangue há uma semana e ambos sofreram a muda.

PURVES K. William; SADAVA D.; Orians H. GORDON & Heller C. H., Vida A ciência da biologia v.III. 6. ed. Porto Alegre: Artmed 2006 p.715

A partir dessas informações e dos conhecimentos sobre a metamorfose dos insetos pode-se afirmar que a) a muda dos insetos em geral depende da capacidade que têm de se

unir entre si.b) as mudas dos insetos em geral dependem apenas da alimentação com

sangue.c) como sua metamorfose é incompleta, o Rhodnius passa pelas fases de

ovo – larva – pupa – adulto.d) uma substância difusível de uma região da cabeça é necessária para a

muda.e) os experimentos demonstraram que a passagem do inseto Rhodnius

para a forma adulta independe do estágio usado ou do momento da decapitação após a alimentação com sangue.

62.A invasão da terra pelos vegetais foi uma tarefa titânica, pois o meio terrestre oferecia condições muito pouco atrativas para

qualquer ser vivo que tentasse ocupá-lo. O surgimento de tecidos de sustentação rígidos (lignificados) e de um sistema condutor eficiente capaz de transportar água, nutrientes, sais minerais e hormônios para as diferentes partes dos vegetais permitiu que plantas como algumas árvores alcançassem mais de uma centena de metros de altura. O desenvolvimento das folhas permitiu melhor captação dos raios solares utilizados na fotossíntese. A perda de água pela transpiração excessiva que poderia resultar deste processo foi evitada com o surgimento de uma cutícula que cobre e impermeabiliza as porções expostas aéreas dos vege-tais. Contudo, a presença desse revestimento poderia dificultar a captação e dispersão de gases. Para evitar esse problema, peque-nos poros reguláveis localizados nas folhas surgiram como uma forma de controlar a captação de CO

2 do ambiente.

Entre os grupos vegetais terrestres como os musgos (briófitas) e samambaias (pteridófitas), a fecundação ainda dependa da água. Porém, entre as gimnospermas (plantas com sementes e sem frutos) e angiospermas (plantas com, flores e frutos), os grupos vegetais mais evoluídos, os grãos de pólen são transportados pelo vento ou por outros seres vivos e também ocorreu a for-mação de estrutura especializada para o transporte de gametas, dessa forma a fecundação passou a não depende mais da água.

BORGES, Jerry. Uma história vitoriosa. Publ. em: 3 nov. 2006. Atual. em: 11 dez. 2009. (Adaptado)

A história da evolução das plantas está inseparavelmente relacionada primeiro com a ocupação progressiva do ambiente terrestre e depois com o aumento da sua independência da água para a reprodução. Assinale a alternativa que contém características que foram importantes para o desenvolvimento do atual processo repro-dutivo dos vegetais mais evoluídos.a) Habilidade em sintetizar lignina, que é incorporada às paredes das células dos tecidos de sustentação. b) Formação de tecidos condutores de seiva (xilema e floema).c) Formação da cutícula para evitar a perda de água pela transpiração excessiva. d) Formação de estômatos, estruturas com pequenos poros reguláveis localizados nas folhas para controlar a captação de

CO2 do ambiente e secundariamente regular à transpiração, auxiliando assim o controle térmico desses seres.

e) Realização da polinização e formação do tubo polínico.

Experimento 1

MÉTODO

RESULTADOS

Inseto juvenil decapitado em diferentes estágios após a alimentação com sangue.

Inseto juvenil (terceiro estágio)

Decapitação uma hora após a alimentação com sangue

Não mudou (permanece juvenil)

Mudou para adulto

Decapitação uma semana após a alimentação com sangue

Experimento 2

MÉTODO

RESULTADOS

Decapitar no terceiro estágio em diferentes estágios após a alimentação com sangue.

Decapitação uma hora após a alimentação com sangue

Juntar os insetos com tubo de vidro

Inseto não-ligado não muda

Inseto não-ligado muda para adulto

Ambos os insetos mudam para adulto

Decapitação uma semana após a alimentação com sangue

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63.No gráfico estão representadas as taxas de fotossíntese e respiração de uma determinada planta, quando submetida a diferentes intensidades luminosas.Taxas de fotossíntese e respiração podem ser calculadas em função da relação entre a quantidade de oxigênio produzido ou consumido num tempo determinado.Ponto de compensação fótico é determinada intensidade luminosa, em que a atividade fotossintetizante é igual à razão de respiração. A velocidade da fotossíntese está relacionada com a quantidade de luz, até ser atingido o ponto de saturação.

A partir das informações do texto e do gráfico é possível con-cluir quea) a planta tem melhor condição de sobrevivência quando

recebe intensidade luminosa igual ao do ponto A. b) no ponto B, a planta atingiu o ponto de saturação lumi-

noso.c) no ponto C, a quantidade de oxigênio produzido na fotos-

síntese é maior que a consumida na respiração.d) a fotossíntese depende do equilíbrio entre consumo e

produção de oxigênio e, portanto, ocorre na intensidade luminosa do ponto D.

e) acima do ponto de saturação, a taxa de fotossíntese res-ponde a qualquer aumento de intensidade de luz.

Intensidade do

processo

Intensidade luminosa

A B C

DFotossíntese

Respiraçãocelular

64.A aclimatação é uma mudança reversível na estrutura em resposta à mudança ambiental

A aclimatação pode ser pensada, como uma mu-dança no intervalo de tolerâncias fisiológicas do indiví-duo. Ela é uma estratégia às variações sazonais, reversí-vel e permite aos organismos acompanhar oscilações de seus ambientes. Contudo, a tolerância aumentada num extremo frequentemente reduz tolerância no outro.

A Larrea divaricata é um arbusto que habita o inte-rior dos desertos no oeste da América do Norte e man-tém uma atividade fotossintética durante os invernos frios, assim como durante os verões quentes.

A Tidestromia oblongifolia é uma erva perene nativa da Califórnia e também é encontrada fora da Califórnia, mas se limita à América do Norte ocidental.

A fotossíntese é reduzida uniformemente num amplo intervalo de temperaturas foliares de 10ºC a 40ºC, quan-do as plantas de Tidestromia oblongifolia são mantidas por longos períodos em temperaturas frias.

RICKLEFS, E. Robert A economia da natureza. 5. ed.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. p.174-5.

A taxa de fotossíntese em função da temperatura da folha é apresentada para essas duas espécies cultivadas sob duas condições de temperaturas diferentes: quentes – representadas por linha pontilhada; sob moderadas – representadas por linha continua. A taxa relativa de fotossíntese em relação à variação da temperatura da folha está representada no gráfico.

HOCHACHKA, P. W.; SOMERO, G. N. Biochemical adaptation, Princeton NJ (1984); segundo BJORKMAN, O,;BADGER, M. R..; ARNOLD, P.A., em TURNER, N. C.; KRAMER, P. J. Adaptation os Plants to Water and High Temperature Stress, Wiley, New York.

Considerando-se as informações do texto e do gráfico, conclui-se quea) as taxas relativas de fotossíntese da Larrea nunca atingem o mesmo nível quando cultivadas em temperatura amena

(20ºC) e em temperatura quente (45ºC). b) as taxas relativas de fotossíntese da Larrea cultivada em temperatura amena (20ºC) são iguais a 45ºC em relação às plan-

tas cultivadas em temperatura alta.c) baseando-se na taxa relativa de fotossíntese a Tidestromia é uma planta termófila (gosta de calor).d) as taxas relativas de fotossíntese da Tidestromia atingem o mesmo nível quando cultivadas em temperatura amena e

em temperatura quente.e) ambas as plantas possuem alta taxa relativa de fotossíntese e fácil aclimatação quando mantidas por longos períodos

em temperaturas frias.

Taxa

rela

tiva

de

foto

ssín

tese

Temperatura da folha (°C)

Larrea Tedestromia

10 1020 2030 3040 4050 50

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65.Podemos classificar os animais conforme a fonte de calor que determina sua temperatura corporal em ectotérmi-cos e endotérmicos.Endotérmicos produzem calor metabolicamente ou po-dem até mobilizar mecanismos ativos de eliminação de ca-lor. Esses podem regular sua temperatura corporal. Aves e mamíferos são exemplos de organismos endotérmicos. To-dos os demais são, na maior parte do tempo, ectotérmicos. Ectotérmicos dependem de fontes externas de calor, como a radiação solar, para manter a temperatura acima da temperatura ambiental.Num experimento foram colocados um pequeno la-garto (ectotérmico) e um rato, ambos com o mesmo tamanho corporal, dentro de uma câmara metabólica, imitando as variações da temperatura ambiental. Onde foram medidas a temperatura corporal e a taxa meta-bólica de cada um, à medida que a temperatura variava dentro da câmara desde 0ºC até 35ºC. Os dados obtidos estão representados no gráfico.

Temperatura ambiental (°C)

Taxa metabólica do rato (unidades arbitrárias)

Taxa

met

aból

ica

do la

gart

o (u

nida

des

arbi

trár

ias) 4

3

2

1

0 0

0 10 3020 40

1020

3040

WILLIAM K. P.; SADAVA, David.; GORDON, H. Orians; HELLER, H. Craig. Vida: a ciência da biologia. v. III. 6. ed. Porto Alegre: Artmed,

2005. p. 701. (Adaptado)

De acordo com seus conhecimentos e na interpretação dos dados, assinale a afirmativa verdadeira.a) O rato aparentemente não pode regular sua tempe-

ratura ou seu metabolismo independentemente da temperatura ambiental.

b) À medida que a temperatura corporal aumenta, a taxa metabólica aumenta no animal endotérmico.

c) Nas temperaturas ambientais de 10ºC e 20ºC, a taxa de metabolismo do lagarto é maior do que a do rato.

d) A temperatura corporal do lagarto deve equilibrar-se com a da câmara, enquanto a temperatura do rato permanece constante.

e) A taxa metabólica do rato diminui à medida que a temperatura aumenta de aproximadamente 31ºC.

66.TRÁFEGO DE AVIÕES FAZ CHOVER MAIS

Ao atravessar uma nuvem, uma aeronave causa pertur-bação em cadeia que resulta em chuva ou neve. Quando um

avião atravessa uma nuvem, perturba o equilíbrio das gotí-culas de água que estão flutuando dentro dela – e isso gera uma reação em cadeia que resulta em chuva ou neve. Essa é a conclusão de um estudo da Universidade do Colorado segundo o qual 7,8% a superfície terrestre está coberta por nuvens vulneráveis à ação dos aviões.

Disponível em: <http://super.abril.com.br/ciencia/trafego-avioes-faz-chover-mais-619606.shtml>. Acesso em 14 Ago. 2011.

Toda matéria pode se apresentar em um dos três esta-dos físicos (sólido, líquido e gasoso). As transformações de estado físico ocorrem pela absorção ou liberação de energia térmica (calor). A respeito dos estados físicos da matéria, não se pode afirmar quea) no estado gasoso, partículas estão em movimento

desordenado, relativamente afastadas umas das outras, e em virtude da massa, as partículas em movi-mento contêm energia cinética.

b) no estado líquido, embora ainda em movimento, par-tículas estão mais próximas que no estado gasoso. Não há formação de retículo cristalino, o que permite a um líquido associar-se homogeneamente a outro.

c) a pressão dos gases pode ser explicada pelo choque de suas partículas contra as paredes do recipiente.

d) o estado físico sólido é o único no qual as partículas não se movimentam.

e) as mudanças de estado em substâncias puras ocorrem sob temperatura constante.

67.O ciclo da água é de extrema importância para a manu-tenção da vida na Terra. Por meio do ciclo hidrológico ocorre a variação climática, criação de condições para o desenvolvimento de plantas e animais e funcionamento de rios, oceanos e lagos. Sobre o ciclo da água e as transformações no estado de agregação desta, não é válido afirmar quea) a quantidade da água mobilizada pela sublimação no

ciclo hidrológico é significante perante a que é envol-vida na evaporação e na transpiração, cujo processo conjunto se designa por evapotranspiração.

b) uma das etapas do ciclo hidrologico é a precipitação, que ocorre pela condensação do vapor de água do ar, que poderá regressar à superfície terrestre na forma de chuva, granizo ou neve.

c) nas nuvens, o vapor de água condensa-se formando gotículas, que permanecem em suspensão na atmos-fera. Sob certas condições, elas se agregam formando gotas maiores que se precipitam, ou seja, chove.

d) a quantidade total de água existente na Terra, nas suas três fases, sólida, líquida e gasosa, se tem mantido constante, desde o aparecimento do homem.

e) a água precipitada na fase sólida apresenta-se com estrutura cristalina no caso da neve e com estrutura granular, regular em camadas, no caso do granizo, e irregular, por vezes em agregados de nódulos, que podem atingir a dimensão de uma bola de tênis.

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68.A água é muito importante não só na vida do homem como de todos os seres vivos, pois estes têm, na sua cons-tituição uma elevada percentagem de água, sem a qual todo o metabolismo vital seria impossível. Sendo a água componente vital no sistema de sustentação da vida na Terra, esta deve ser preservada. Porém, isso nem sempre acontece, sendo várias as formas de poluição. Sobre a po-luição da água, assinale a alternativa incorreta.a) A água nunca é pura na natureza, pois nela estão dis-

solvidos gases, sais sólidos e íons. b) O uso de adubos, muitas vezes exagerado, acarreta o

aumento de nutrientes nos rios locais; isso propicia a ocorrência de uma explosão de bactérias decompo-sitoras que consomem oxigênio, contribuindo ainda para diminuir a concentração deste na água, produ-zindo sulfeto de hidrogênio, um gás de cheiro muito forte que, em grandes quantidades, é tóxico.

c) Resíduos líquidos, jogados nos rios, carregam poluen-tes orgânicos (mais difíceis de ser controlados do que os inorgânicos, quando em pequena quantidade, em função da semelhança química).

d) Construção de barragens, usinas hidrelétricas e polui-ção da água afetam e muito o ciclo hidrológico do pla-neta, causando transformações que podem ser preju-diciais. No caso de usinas hidrelétricas muito grandes a alteração se dá na quantidade de água que passa a evaporar naquela região onde se encontra o reserva-tório. O processo de evaporação mais intenso no local pode alterar a temperatura e a umidade, modificando consequentemente correntes atmosféricas que pas-sam por ele e o microclima da região.

e) A poluição das águas pode aparecer de vários modos, incluindo a poluição térmica – descarga de efluentes a altas temperaturas –, poluição física – descarga de material em suspensão –, poluição biológica – des-carga de bactérias patogênicas e vírus – e poluição química, que pode ocorrer por deficiência de oxigênio, toxidez e eutrofização.

69.A termodinâmica, ciência estudada principalmente nos

cursos de engenharia mecânica, relaciona as transforma-ções de energia térmica em mecânica e vice-versa.Dos fenômenos seguintes, o mais relacionado à termo-dinâmica éa) o acendimento de lâmpada.b) o funcionamento de alavanca.c) a produção de energia em usina hidrelétrica.d) o sistema de refrigeração de geladeira.e) o funcionamento de pilha.

70.Numa expansão adiabática, nenhum calor é trocado

entre o fluido de trabalho e o ambiente, de modo que ao re-alizar trabalho sobre o ambiente o fluido se resfria. Amiúde, tendemos a pensar que processos adiabáticos só são possí-

veis de ocorrer em situações controladas em laboratório e na presença de paredes isolantes. No entanto, vários processos naturais podem ser descritos por meio de uma expansão ou compressão sem troca de calor. Por exemplo, o processo de expansão adiabática está por trás do fenômeno conhecido em geografia como ascensão orográfica, isto é, a formação de nuvens nas encostas de montanhas, muitas vezes acom-panhada de precipitação.

Disponível em: <http://omnis.if.ufrj.br/~ginette/cursos/fit122/2011_01/programa/termodinamica/adiabatico.html>.

O processo de expansão adiabática ocorre noa) aumento da temperatura de uma bomba ao encher

um pneu de bicicleta.b) congelamento de um botijão de gás ao escapar rapi-

damente seu conteúdo.c) aumento de pressão em uma panela de pressão para

cozinhar alimentos mais rapidamente.d) derretimento do gelo ao aumentar a pressão sobre

este.e) aumento de temperatura ao passar uma corrente elé-

trica por um fio.

71.A bússola é um instrumento de navegação e orientação

baseado em propriedades magnéticas dos metais e do cam-po magnético terrestre. A palavra bússola vem da italiano do sul bussola, que significa “pequena caixa” de madeira de buxo. As bússolas são geralmente compostas por uma agu-lha magnetizada colocada num plano horizontal e suspen-sa pelo seu centro de gravidade.

Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/B%C3%BAssola>

Bússola dentro de um navio que navega próxima ao equador orienta-sea) numa reta que passa pelo polo nortae magnético da

Terra.b) numa reta que passa pelo polo norte geográfico da

Terra.c) numa reta que passa pelo polo sul magnético da Terra.d) numa reta que passa pelo polo sul geográfico da Terra.e) numa reta tangente às linhas de indução do campo

magnético terrestre.

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72.QUANTO É “BEBER SOCIALMENTE”?

Tecnicamente, é até o quanto você consegue beber sem a sociedade reparar.

Definição clássica de quem não quer parecer nem irres-ponsável nem careta, “beber socialmente” equivale ao que os especialistas classificam como “risco moderado” de alcoolis-mo. Entra nessa categoria quem consome até 3 doses diárias de bebida alcoólica – na classificação-padrão, 1 dose equi-vale a 1 latinha de cerveja, uma 1 taça de vinho ou meros 25 mililitros de destilados, como uísque e vodca. (...)

Acontece que há uma linha tênue entre bebedores so-ciais e antissociais. Nesse sistema, a categoria acima do “ris-co moderado” já é “risco em crescimento”. Quem estiver nas 4 doses diárias deve ficar atento. (...)

Mas calma: passar de 3 doses diárias não quer dizer que você esteja virando alcoólatra. ’A dependência do álcool não é diagnosticada tendo como critério único, e nem principal, a quantidade de álcool que uma pessoa bebe, mas a relação com o álcool que a pessoa tem, ou seja, o quanto o consumo atrapalha sua vida’, explica a pesquisadora Ilana Pinsky.

Disponível em: <http://super.abril.com.br/alimentacao/quanto-beber-socialmente-619424.shtml>. Acesso em 10 Ago. 2011

O álcool etílico, utilizado como bebida alcoólica, causa dependência química. Para o organismo, é uma droga depressora do sistema nervoso central, causando desini-bição e euforia quando ingerida em pequenas doses, e estupor e coma em doses maiores. Sobre o álcool etílico pode-se afirmar quea) o álcool etílico (C

3H

7OH), também chamado etanol,

além de ser utilizado nas bebidas alcoólicas é consti-tuinte de produtos de limpeza e combustíveis.

b) o etanol é uma substância orgânica obtida, principal-mente, da fermentação de açúcares e hidrogenação do etileno; costuma se apresentar na forma hidratada e, quando se faz necessário, é concentrado por desti-lação simples. Nesse processo de separação ocorre a formação de um azeótopo (mistura de ponto de fusão constante) a 96% de etanol em água. Portanto, o eta-nol puro não pode ser obtido por destilação. A indús-tria utiliza agentes desidratantes ou prepara o etanol sinteticamente, a partir de acetaldeído, elaborado por meio do acetileno.

c) no Brasil, o etanol é também muito utilizado como combustível de motores de explosão, constituindo assim um mercado em ascensão para um combustível obtido de maneira renovável e o estabelecimento de uma indústria de química de base, sustentada na utili-zação de biomassa de origem agrícola e renovável.

d) o etanol, pertencente à classe orgânica dos álcoois. É um composto que tem grupo hidroxilo ligado ao átomo de carbono sp2. Pode ser visto como derivado orgânico da água em que um dos hidrogênios foi substituído por um grupo orgânico alquila.

e) o etanol apresenta-se como liquido incolor, de cheiro agradável e característico, com PE 78,5ºC e PF -115ºC, não sendo miscível em água.

73.No Brasil, o álcool, além de ser utilizado para consumo

humano, como agente de esterilização em farmácias ou di-luído em bebidas, é usado como combustível de automóvel e desde 2005 para a aviação, seja isoladamente ou misturado à gasolina em uma proporção de até 25%. Tem a vantagem de ser uma fonte de energia renovável e causar menor polui-ção que os combustíveis fósseis. Sobre os alcoóis e sua utilização como combustíveis po-de-se afirmar quea) o tipo de álcool misturado à gasolina, usado nos carros,

é respectivamente, etanol hidratado e etanol anidro.b) o metanol constitui o mais simples monol, com PE 64,

7ºC e PF-97ºC, não podendo ser usado como com-bustivel de carro, servindo no entanto como matéria-prima para produção de polímeros.

c) a adulteração da gasolina visa à redução de seu preço e compromete o funcionamento dos motores. De acordo com as especificações da Agência Nacional de Petróleo (ANP), a gasolina deve apresentar um teor de etanol entre 22% e 26% em volume. A determinação do teor de etanol na gasolina é feita por meio do pro-cesso de extração com água, pois a água e o etanol estabelecem interações do tipo dipolo permanente-dipolo permanente, resultando numa mistura hetero-gênea com a gasolina.

d) a parte alifática saturada das moléculas de etanol interage com as moléculas de água enquanto que o grupo hidroxila das moléculas de álcool interage com os componentes da gasolina.

e) as vantagens do uso do álcool combustível estão na menor dependência de combustíveis fósseis impor-tados, e da variação do preço destes, assim como na menor emissão de poluentes, já que grande parte dos poluentes resultantes da queima do combustível no motor é reabsorvida no ciclo de crescimento da cana-de-açúcar, e os resíduos das usinas são totalmente reaproveitados na lavoura e na indústria como fonte de energia elétrica obtida pela queima do bagaço, e como fertilizante da terra utilizada no plantio, tor-nando uma usina de álcool autodependente.

74.Desde que a Terra se formou, a todo instante substâncias

nela presentes estão continuamente se transformando. Du-rante o dia, as plantas transformam água e gás carbônico em glicose e oxigênio, por meio da fotossíntese. Pela respira-ção, seres vivos, em geral, convertem glicose em gás carbôni-co e água. A respiração e a fotossíntese são processos funda-mentais para a manutenção da biodiversidade no planeta. Considerando-se esses dois processos, é correto afirmar que ambosa) ocorrem em seres heterotróficos.b) participam do ciclo do carbono.c) produzem diferentes formas de energia.d) se realizam alternadamente durante o dia.e) a taxa respiratória aumenta com a elevação da intensi-

dade luminosa.

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75.A fotossíntese é um processo de transformação de energia luminosa em energia química, realizada por organismos autotró-

ficos. Apesar de ser tão importante, necessita de muito pouco para acontecer: água, dióxido de carbono e luz. Em seu processo, a planta liberta algumas substâncias de que não necessita como é o caso do oxigênio. Esse gás é fundamental para a respiração dos seres vivos. A afirmativa é correta visto que durante a fotossíntesea) as plantas absorvem o excesso de água atmosférica, o que ajuda na dissipação do calor vindo do Sol.b) a clorofila absorve a maior parte da luz solar, ajudando a diminuir a temperatura global.c) o excesso de O

2 absorvido faz com que a planta aumente sua biomassa e propicie o aparecimento de mais áreas som-

breadas, o que torna o clima global mais ameno.d) a planta absorve CO

2 da atmosfera e, como esse gás é um dos principais promotores do efeito estufa, isso ajuda a conter

o aumento da temperatura global. e) a planta absorve CH

4 em grande quantidade, um dos principais gases estufa.

76.Fotossíntese é um processo fisioquímico realizado pelos vegetais clorofilados. Estes seres sintetizam dióxido de carbono e

água, obtendo glicose, celulose e amido por meio de energia luminosa. O processo de fotossíntese libera para a atmosferaa) oxigênio oriundo da água.b) oxigênio proveniente do gás carbônico.c) gás carbônico proveniente da respiração.d) vapor d’água absorvido pela luz.e) gás carbônico e oxigênio provenientes da respiração.

77.A quantidade de gases no ar e na água pode ser expressa por meio da pressão parcial. A pressão parcial de oxigênio (PO

2) ao

nível do mar é aproximadamente 159 mmHg. No cume do monte Everest (8 848 m) a PO2 é de somente cerca 50 mmHg. A mioglo-

bina e a hemoglobina são proteínas responsáveis de transportar o oxigênio. A hemoglobina é encontrada nas células sanguíneas vermelhas do sangue. Existe uma diversidade de hemoglobina entre diferentes organismos e sua afinidade com o oxigênio. O feto humano tem um tipo de hemoglobina diferente da hemoglobina humana materna. O gráfico a seguir mostra a relação entre a pressão parcial de oxigênio e a capacidade de três tipos diferentes de hemoglobinas em transportar o oxigênio.

Satu

raçã

o de

oxi

igên

io (%

)

PO2 (mmHg)

100

80

60

40

200

20 40 60 80 100

Hemoglobina do ilhama

Hemoglobina fetal humana

Hemoglobina humana materna

PUVES K. W.; col. Vida: a ciência da biologia. Porto Alegre: Artmed, 2006. p.861.(Adaptado)

Assinale a afirmativa correta de acordo com seus conhecimentos e a análise do gráfico.a) Numa mesma pressão parcial de oxigênio, a hemoglobina fetal tem capacidade de transportar menos oxigênio que a

hemoglobina materna.b) A hemoglobina da lhama pode torna-se saturada em oxigênio em valores de PO

2 mais baixos do que a humana.

c) A disponibilidade de oxigênio aumenta com a altitude.d) Sabendo que o hábitat natural das lhamas está a mais de 5 mil metros acima do nível do mar, a PO

2 nesse local deve ser

maior que 160 mmHg.e) Nas células do corpo e não nos pulmões que o PO

2 é cerca de 100 mmHg e nesse caso a hemoglobina está 100% satu-

rada, isto é, com a capacidade máxima de transporte

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78.

A partir de uma única célula vegetal somática ou de um pequeno pedaço de tecido vegetal é possível a produção rápida de uma planta através da técnica de micropropagação. Essa técnica baseia-se em métodos de cultura de tecidos vegetais in vitro. É um processo de clonagem devido à obtenção de um número elevado de plantas a partir de uma só planta.

Pesquisadores da UFPR conseguiram através dessa técnica, obter pinhões produzidos pelos primeiros pinhei-ros da espécie Araucaria angustifolia (pinheiro-do-para-ná) clonados no Brasil. A desastrosa redução dessa planta foi devido ao desmatamento, causado pelo alto valor eco-nômico da madeira. Isso provocou um empobrecimento na diversidade de cruzamentos que pode levar à extinção. A diversidade genética é fundamental para garantir a pre-servação dessa planta. ´Seria um grande risco termos to-das as florestas com um ou dois clones’, explicou Dr. Flávio Zanette da UFPR. ‘A proposta é aumentar o número de in-divíduos com características sem homogeneizar as matas.’

As araucárias obtidas por clonagem produzem pi-nhões em apenas 14 anos enquanto que os comuns após 20 anos do plantio. Isso também abre as perspec-tivas no uso da madeira, pois as empresas de reflores-tamento preferem eucaliptos e pinus que produzem semente em apenas 10 anos.

LOPES, Gisele. Boa notícia para as matas do Paraná. 7 out. 2009.In: Ciência Hoje on-line Acesso em: 25 jul. 2011.

Sobre biotecnologia pode-se afirmar quea) em relação às técnicas convencionais, obtêm-se

menos plantas em maior tempo por meio da técnica de micropropagação.

b) uma vantagem da técnica da micropropagação é que as plantas produzidas não são iguais, pois a uniformi-dade genética é perigosa: se um clone é suscetível a uma doença, todos os outros também serão.

c) espécies geneticamente iguais têm maior probabilidade de sobreviver às constantes mudanças ambientais.

d) essa técnica deve aumentar a produção de pinhões, que são os frutos do pinheiro-do-paraná.

e) e pinheiro do Paraná, obtido por micropropagação, cultivado na Mata das Araucárias abre uma nova opção do uso da madeira e aumenta a possibilidade da variabilidade genética nessa espécie.

79.Produção agrícola e falta d’água nunca falaram a mes-

ma língua, mas devem começar a se entender em breve. Pes-quisadores brasileiros identificaram no café um gene capaz de tornar plantas resistentes a esse tipo de estresse hídrico. Equipes do Instituto de Biologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecu-ária (Embrapa) testaram mudas da espécie do café (Cofea

arabica) com esse gene a longos períodos sem água. Ob-servaram que, quanto mais seco ficava o ambiente, maior a sua contribuição na proteção da planta. O grupo adianta que pretende testar em campo, locais onde o índice pluvio-métrico é baixo, a resistência à seca em plantas como soja, cana-de-açúcar e algodão, mudas mais fáceis e rápidas de serem manipuladas que o café. Segundo Marcio Alves Fer-reira da Embrapa, não vai demorar muito para que essas plantas cheguem ao mercado, algo como cinco a dez anos.

BIOTECNOLOGIA contra a seca: Ciência Hoje. São Paulo, Abril, v. 47, n. 280, p. 58, abr. 2011. (Adaptado)

O objetivo desses pesquisadores é buscar novas pers-pectivas para aumentar a produção agrícola em biomas, cujas plantas que neles sobrevivem têm características necessárias para suportar o déficit hídrico. A alternativa que contém esse tipo de bioma e algumas características básicas dessas plantas para sua sobrevi-vência éa) o ciclo vital do café entre o plantio e a colheita é menor

do que da soja e do algodão por isso, o bioma esco-lhido para essas plantas geneticamente modificadas é a Mata das Araucárias.

b) o melhor bioma para essas plantas é o costeiro do tipo restinga, localizado no interior do país, pois nesse ambiente encontram-se plantas adaptadas às condi-ções de seca como as cactáceas.

c) essas plantas poderiam aumentar a produtividade agrícola nos estados brasileiros onde o bioma caracte-rístico apresenta plantas suculentas, com folhas redu-zidas e um rápido mecanismo de abertura e fecha-mento estomático.

d) o melhor bioma para essas novas plantas é a Mata Atlântica, pois é o menos devastado e apresenta solo e vegetação adaptada a ambientes com baixo índice pluviométrico.

e) campos cerrados, encontrados nos estados de Tocan-tins e Rio Grande do Sul, bioma cujo clima é subtropi-cal, com verão quente e vegetação rasteira com árvo-res tortuosas, casca grossa e folhas coriáceas.

80.Carências alimentares levam a várias consequências. Se-

gundo documento da Unicef, mais de 200 mil crianças per-dem a visão todo o ano por falta de uma vitamina, e cerca de 50 milhões de crianças atualmente têm seu metabolismo comprometido por falta de iodo.

FOLHA DE SÃO PAULO. 13 ago. 2010. (Adaptado)

Qual a vitamina cuja deficiência traz problemas de visão? E qual o órgão diretamente afetado pela falta de iodo? Respectivamente. a) Vitamina D e a glândula hipófise.b) Vitamina C e a glândula paratireoide.c) Vitamina A e a glândula tireoide.d) Vitamina E e o pâncreas.e) Vitamina B e a glândula hipófise.

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81.O maior cinturão contínuo de manguezais do mundo,

com cerca de 679 km liga os estados do Pará e do Maranhão. Manguezais da costa amazônica, situados no litoral atlânti-co, ainda desconhecido pela maioria dos brasileiros, corres-pondem a 70% dos manguezais do Brasil e caracterizam-se pelo sedimento lamacento e salino, inundado diariamente pela maré.

Plantas de mangue apresentam adaptações para sobre-viver num ambiente de solo lodoso e salgado. Para atacar o problema da alta salinidade do ambiente, muitas têm altos níveis de solutos orgânicos, como aminoácido prolina e açú-car sorbitol em suas raízes e folhas. Possuem glândulas de sal nas folhas, que secretam sal por transporte ativo, possuem raízes características para aumentar a fixação e melhorar a captação do oxigênio para respiração.A respeito dos manguezais e das adaptações que per-mitem às plantas sobreviverem nesse ambiente pode-se afirmar quea) compostos orgânicos como a prolina e o sorbitol têm

a função de tornar as células das raízes menos concen-tradas que o meio externo, facilitando a entrada de água por osmose.

b) glândulas de sais, encontradas nas folhas de algumas plantas de mangue, têm apenas a função de proteger contra o herbivorismo.

c) muitas das adaptações das plantas de mangue se assemelham àquelas das plantas dos ambientes onde a água é escassa.

d) formam raízes do tipo suporte ou escora para melho-rar o arejamento da planta.

e) vegetação de mangue é formada de árvores com tron-cos tortuosos, casca grossa e folhas coriáceas.

82.Mosquitos transgênicos serão soltos em Juazeiro, na

Bahia, para combater a dengue.Através da manipulação genética, uma população de

machos criados em laboratório de Aedes aegypti recebeu um gene modificado que produz uma proteína que mata a prole do cruzamento com fêmeas selvagens existentes em qualquer ambiente. Os descendentes desses acasalamen-tos herdam a proteína letal, morrendo ainda na fase larva ou pupa. Os músculos que dão sustentação à capacidade de voar são mais fortes nas fêmeas. Por isso elas sugam o sangue de outros animais, inclusive o homem e carregam os ovos. Os músculos que impulsionam o voo das fêmeas dependem de uma proteína denominada actina-4, codifi-cada (produzida) por um gene bem mais ativo nelas que nos machos. Eles possuem o mesmo gene, mas que se ex-pressa de forma mais branda. Os machos têm outro tipo de actina que atua nos músculos responsáveis pelo voo. Sabendo disso, cientistas projetaram um gene que produz uma substância tóxica para a actina-4, impedindo que de-sempenhe sua função nas células musculares. O resultado

são fêmeas que se desenvolvem normalmente até a fase de larva, mas que, ao se tornar adultas são incapazes de voar. Os machos transgênicos conseguem voar, mas isso não causa problema. Eles não se alimentam de sangue. Também continuam ativos sexualmente, passando à sua descendência o gene que impede os mosquitos do sexo fe-minino de voar.

SILVEIRA, Evanildo da Solução genética. In: Pesquisa Fapespe, n. 180, p. 77-78, fev. 2011.

Sobre a dengue, a partir do texto, pode-se afirmar quea) A liberação contínua e em número suficiente desses

insetos geneticamente modificados em ambientes infestados não deve alterar a população de mosquitos selvagens.

b) fêmeas que recebem esse gene não conseguem sair da água e não deixam descendentes.

c) se essa estratégia for eficiente para o controle de doen-ças transmitidas por mosquitos, como a dengue e a malária, o uso de inseticidas e larvicidas não vai dimi-nuir. Pois os mosquitos não adquirem resistência a esses venenos.

d) proteína actina-4, produzida pelo gene introduzido no genoma dos mosquitos impede o desempenho das células musculares.

e) fêmeas que recebem esse gene permanecem na fase de larva ou pupa e com capacidade de transmitir a dengue.

83.

Na Alemanha ocorreu um surto causado pela bac-téria Escherichia coli. Responsável pela morte de mais de trinta pessoas. Essa bactéria tem várias cepas, que nada mais são que subtipos, variações dentro da mesma es-pécie. A maioria desses subtipos é inofensiva. Existem ce-pas patogênicas, inclusive no Brasil. A mais comum é a O157:H17, que pode causar complicações em crianças. A cepa que está causando mortes na Europa, principal-mente no sul da Alemanha é a O104:H4. A Escherichia coli provoca lesões nas paredes do intestino, provocan-do a eliminação de sangue nas fezes. Por isso que essa cepa é também denominada entero-hemorrágica (Ehec – sigla em inglês). Ela também pode produzir uma to-xina denominada Shiga ou verotoxina que provoca a destruição de glóbulos vermelhos, levando o indivíduo ao um estado de anemia. Além disso, essa toxina pro-voca insuficiência renal. Sua transmissão é a fecal-oral, ou seja, a bactéria é eliminada nas fezes e, por falta de higiene pessoal, pode permanecer em suas mãos e, la-mentavelmente ser ingerida, contaminar outro indiví-duo ou os alimentos.

MENICONI, Tadeu. Surto da E. coli alemã não oferece riscos ao Brasil, afirma médica.

Disponível em: <globo.com-g1_ciência-e-saúde. Acesso em: 19 jul. 2011.

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O ocorrido na Alemanha nos leva à reflexão: Qual o risco de contaminação quando ingerimos frutas e hortigranjeiros crus? Afinal, esses produtos passam por uma longa cadeia de fazendeiros, transportadores e empacotadores. Se eles es-tiverem contaminados por algum microrganismo é possível contrair uma Doença Transmitida por Alimentos (DTA). No Brasil, as mais comuns são causadas pelas bactérias Salmo-nella, Escherichia coli patogênica e Clostridium perfringens, bactérias comuns nos intestinos de animais e humanos. Ou-tras patologias também podem ser adquiridas por meio da ingestão de água ou alimentos contaminados: hepatite A, botulismo, toxoplasmose, amebíase, giardíase, ascaridíase, dentre outras. Baseado no texto pode-se afirmar quea) das doenças citadas o botulismo, a hepatite A e a

amebíase também são exemplos de infecções bac-terianas.

b) o uso de pesticidas na agricultura elimina bactérias patogênicas do tipo Escherichia coli, que se multi-plicam principalmente nos períodos pós-colheita, em virtude das condições inadequadas de higiene e manuseio.

c) a cepa entero-hemorrágica que causou danos à popu-lação na Alemanha é a O157:H17.

d) para evitar a patologia causada pela bactéria Esche-richia coli (DTA), as frutas e hortigranjeiros devem ser bem lavados, principalmente se forem consumidos crus.

e) a simples presença da Escherichia coli e não seus pro-dutos provocam destruição de glóbulos vermelhos, levando o indivíduo ao um estado de anemia.

84.A Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB) é

realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ela faz um levantamento estatístico detalhado do saneamento básico, realizado em todos os municípios do Brasil. De acordo com a última pesquisa nacional de sane-amento básico referente ao ano de 2008, atualizado em 15 out. 2010, apenas 28,5% dos municípios do país têm trata-mento de esgoto. O estado de São Paulo é o que apresenta melhores condições de saneamento, com 78,4% dos municí-pios apresentam esse serviço. O Maranhão apresenta o pior quadro: o índice é de somente 1,4%. A alternativa que contém doenças ligadas diretamente com a falta de saneamento básico éa) doença de Chagas, hepatite B e sífilis.b) sarampo, giardíase e hepatite C.c) leptospirose, cólera e febre amarela.d) hepatite A, ascaridíase e amebíase.e) rubéola, gastrenterite causada por rotavírus e tricomo-

niase.

85.

A partir de 28 de novembro de 2010 entraram em vigor as novas regras estabelecidas pela Agência Na-cional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a compra de antibióticos. Uma das resoluções é sobre a receita médica que deverá ser expedida em duas vias: uma fica retida na farmácia e a outra carimbada para que não possa ser usada novamente. Outra mudança será no ró-tulo dos medicamentos, contendo tarja vermelha onde deverá vir escrito: “Só pode ser vendido com retenção da receita médica”. Essa nova resolução deveu-se às infec-ções e mortes provocadas por algumas superbactérias como a Klebsiella pneumoniae carbapenemase (produ-toras de KPC), encontrada no Recife, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Distrito Federal.

Bactérias do tipo KPC produzem enzima carbapene-mase que confere à bactéria a capacidade de resistên-cia a antibióticos carbapenêmicos, de amplo espectro, utilizado principalmente em ambiente hospitalar. Além da Klebsiella pneumoniae, outras são produtoras de carbapenemase, como a Klebsiella oxytoca, Enterobac-ter spp, E.coli, Salmonella, Serratia spp e Pseudomonas aeruginosa isoladas normalmente em pacientes hospi-talizados.

Baseado no texto e nos conhecimentos sobre o assunto, pode-se afirmar como verdadeiro quea) o surgimento de bactérias resistentes aos antibióticos

também está relacionado ao seu uso de forma indiscri-minada.

b) antibióticos atuam apenas sobre bactérias patogêni-cas, não eliminando outras populações bacterianas do organismo, por isso, que somente devem ser usados por pessoas com processos infecciosos.

c) enzima carbapenemase produzida pelas bactérias do tipo KPC não interfere na resistência aos antibióticos.

d) nos hospitais, antibióticos não favorecem a seleção natural, ao eliminar todos os tipos de bactérias sensí-veis, não permitindo com isso que espécies genetica-mente resistentes a esse medicamento sobrevivam no meio.

e) bactérias fazem mutações para se adaptar aos antibió-ticos, transmitindo essa característica aos seus descen-dentes.

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86.TUDO O QUE VOCÊ QUERIA SABER SOBRE PRÉ-SAL

O petróleo do pré-sal não é dos melhores, mas ainda assim é bem superior ao do pós-sal. Hoje, 70% do petróleo pós-sal é do tipo “pesado”, ou seja, tem enormes cadeias de carbono em sua composição. Para virar produtos de alto valor, como diesel, gasolina e lubrificantes, essas moléculas precisam ser quebradas em outras menores. Mas, como isso encarece muito o refino, ele acaba valendo bem menos. Já o pré-sal tem petróleo de densidade média – mais fácil de refinar, e mais valioso. Essa diferença de qualidade acontece por causa das temperaturas nas profundezas do pré-sal. O calor de 150ºC não permitiu proliferar bactérias que no pós-sal comeram frações mais leves do óleo. (...)

Junto com o petróleo vem de brinde o gás natural. Ma-ravilha? Não. Para transportar o gás, é necessário um caro gasoduto oceânico de 300 km ou liquefazê-lo na plataforma – processo que desperdiça energia.

Após ser realizada a extração e para obtenção de seus subprodutos, o petróleo passa por um processo chamado craqueamento, que consiste na quebra de cadeias longas em frações mais leves. Essa quebra acontece em torno de 500°C, com pressão variando de 2 a 8 atmosferas. A adi-ção de catalisador pode influir na quebra das moléculas. Em função de temperatura e pressão, a quebra é bastante variável, originando alcanos, alcenos, alcinos, hidrogênio e carbonos.

Disponível em: <http://super.abril.com.br/cotidiano/tudo-voce-queria-saber-pre-sal-619488.shtml>. Acesso em 6 Ago. 2011

Assinale as proposições.I. Todos os subprodutos podem ser devidamente tra-

balhados por hidrogenação e/ou polimerização, ori-ginando compostos de frações leves, muito impor-tantes, principalmente como combustíveis, dentre os quais o mais empregado é a gasolina.

II. Na destilação do petróleo, ao ser aumentada gradati-vamente a temperatura, são obtidos, sucessivamente óleo diesel, gasolina, águas amoniacais.

III. Todos os compostos derivados do petróleo são for-mados por hidrocarbonetos (moléculas de carbono e hidrogênio), que são semelhantes (apolares) e miscí-veis entre si. As ligações intermoleculares predominan-tes nas substâncias constituintes do petróleo são do tipo dipolo induzido-dipolo induzido.

IV. A densidade do petróleo é maior que a densidade da água.

V. O craqueamento pode converter hidrocarbonetos de pontos de ebulição mais altos em gasolina.

São corretas as afirmaçõesa) I e II. d) II, III e IV.b) II e IV. e) I, III e V.c) I, e V.

87.O petróleo faz parte de diversos produtos do dia a dia.

Além dos combustíveis, ele também está presente em fer-tilizantes, plásticos, tintas, borracha, entre outros, sendo o petróleo uma das principais commodities minerais produ-zidas pelo Brasil. Assim, para manter a produção, estudos são feitos para determinar regiões passiveis de exploração petrolífera. dentre as descobertas está o pré-sal conforme citação anterior.

Analise as proposições a seguir.I. Por se tratar de um produto com alto risco de conta-

minação, o petróleo provoca graves danos ao meio ambiente quando entra em contato com as águas de oceanos e mares ou com a superfície do solo. Vários aci-dentes ambientais envolvendo vazamento de petróleo (seja de plataformas ou navios cargueiros) ocorreram nas últimas décadas. Quando ocorre no oceano, as con-sequências ambientais são drásticas, pois afeta ecossis-temas litorâneos, provocando grande quantidade de mortes entre peixes e outros animais marítimos.

II. O petróleo é fundamental ao conforto da sociedade de consumo. Entretanto em bombásticas notícias sobre derramamento em mares e oceanos, torna-se vilão terrível. O petróleo bruto não é miscível com a água, pois seus constituintes possuem muitos grupos funcionais capazes de formar ligações de hidrogênio com a água.

III. Um poço perfurado representa uma fase de impactos agudos sobre a fauna e flora, pois o petróleo é insolú-vel em água e tem uma mistura corrosiva venenosa com efeitos difíceis de combater.

IV. Na fase do refino, existe o problema do descarte de efluentes líquidos, a emissão de gases e vapores tóxi-cos para a atmosfera, além dos resíduos sólidos, nor-malmente armazenados em aterros industriais.

V. Nos mangues, o petróleo mata plantas ao recobrir raízes, impedindo a nutrição. Contudo, a baixa veloci-dade das águas e o emaranhado vegetal nesses locais facilitam a limpeza.

Sobre o petróleo, quanto ao risco e benefício para o meio ambiente quanto a sua utilização, pode-se dizer que as proposições corretas sãoa) I e II. d) I, IV e V.b) II e V. e) I, III e IV.c) II, III e V.

88.Em relação à emissão de gases poluentes, a queima

do álcool emite menos gases poluentes na atmosfera, pelo fato de ser derivado da fermentação da cana-de-açúcar. A gasolina, além de ser derivada do petróleo, não possui um motor que faça a combustão de forma correta, lançando na atmosfera gases que prejudicam a saúde humana e o meio ambiente. O álcool e a gasolina poluem consideravelmente menos do que o diesel, graças ao catalisador. Esse importan-

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te equipamento faz com que gases mais prejudiciais, como monóxidos de carbono, sejam transformados em substân-cias menos perigosas. Mas ambos são responsáveis pela emissão do perigoso dióxido de carbono, que contribui para o efeito estufa e o aquecimento global.

Analise as proposições a seguir.I. Na combustão, a gasolina libera maior quantidade de

monóxido de carbono, em comparação aos demais combustíveis, e, por conter resíduos de enxofre, libera também dióxido de enxofre.

II. Hidrocarbonetos que compõem a gasolina são mais leves do que aqueles que compõem o óleo diesel, pois são formados por moléculas de menor cadeia carbônica (normalmente cadeias de 4 a 12 átomos de carbono), por isso o diesel se torna o grande vilão no trânsito.

III. Monóxido de carbono, liberado pela queima de com-bustíveis, é o poluente responsável pela formação da chamada “chuva ácida”.

IV. A principal causa da acidificação da chuva é a presença na atmosfera terrestre de gases e partículas ricos em enxofre e azoto reativo cuja hidrólise no meio atmosfé-rico produz ácidos fortes. Assumem particular impor-tância os compostos azotados (NO

x) gerados pelas

altas temperaturas de queima dos combustíveis fós-seis e os compostos de enxofre (SO

x) produzidos pela

oxidação das impurezas sulfurosas existentes na maior parte dos carvões e petróleos.

V. Uma das vantagens de se utilizar o álcool em substitui-ção à gasolina está no fato de ele ser uma fonte reno-vável de energia.

A análise das proposições permite concluir como corretas as a) I e III. d) I, IV e V.b) II e V. e) I, III e IV.c) II, III e V.

89.Reduzir consumo de sal pode não

trazer benefícios à saúde

Menor pressão sanguínea não seria capaz de prevenir os problemas cardíacos.

Reduzir o consumo diário de sal pode não ser tão eficaz quanto se pensava para diminuir os riscos de problemas cardíacos ou de morte prematura. Segundo uma revisão de artigos publicada pela organização sem fins lucrativos The Cochrane Collaboration, ingerir menos sal é eficiente apenas para diminuir a pressão sanguínea. O problema, no entanto, é que essa redução seria tão pequena, que não ajudaria a prevenir doenças cardíacas.

Disponível em: <http://veja.abril.com.br/noticia/saude/reduzir-con-sumo-de-sal-pode-nao-trazer-beneficios-a-saude-diz-pesquisa>.

Acesso em 6 Ago. 2011

A embalagem de um sal de cozinha comercial com redu-zido teor de sódio, o chamado “sal light”, traz a seguinte informação: “Cada 100 g contém 20 g de sódio ...”.

Isso significa que a porcentagem (em massa) de NaCℓ nesse sal é aproximadamente igual a (massas molares [g/mol] Na = 23; NaCℓ = 58)a) 20 d) 60b) 40 e) 80c) 50

90.Na Alemanha ocorreu um surto causado pela bactéria Es-

cherichia coli. Responsável pela morte de mais de trinta pessoas. Essa bactéria tem varias cepas, que nada mais são que subtipos, variações dentro da mesma espécie. A maioria desses subtipos é inofensiva. Existem cepas patogênicas, inclusive no Brasil. A mais comum é a O157: H17, que pode causar complicações em crianças. A cepa que está causando mortes na Europa, princi-palmente no sul da Alemanha é a O104: H4.. A Escherichia coli provoca lesões nas paredes do intestino, provocando a elimi-nação de sangue nas fezes. Por isso que essa cepa é também denominada entero-hemorrágica (Ehec – sigla em inglês). Ela também pode produzir uma toxina denominada Shiga ou ve-rotoxina que provoca a destruição de glóbulos vermelhos, levan-do o indivíduo ao um estado de anemia. Além disso, essa toxina provoca insuficiência renal. A sua transmissão é a fecal-oral, ou seja, a bactéria é eliminada nas fezes e, por falta de higiene pes-soal, pode permanecer em suas mãos e, lamentavelmente ser ingerida, contaminar outro indivíduo ou os alimentos.

Disponível em: < http://globo.com-dog1–ciênciaesaúde>. Acesso em: 19 jul. 2011.

Todo esse processo que ocorreu na Alemanha nos leva a reflexão, qual o risco de contaminação quando ingerimos frutas e hortigranjeiros crus? Afinal esses produtos passam por uma longa cadeia de fazendeiros, transportadores e empacotadores. Se eles estiverem contaminados por algum micro-organismo é possível contrair uma Doença Transmi-tida por Alimentos (DTA). No Brasil, as mais comuns DTAs são causadas pelas bactérias Salmonella, Escherichia coli patogênica e Clostridium perfringens. Bactérias comuns nos intestinos de animais e humanos. Outras patologias tam-bém podem ser adquiridas através da ingestão de água ou alimentos contaminados: hepatite A, botulismo, toxoplas-mose, amebíase, giardíase, ascaridíase, dentre outras.

Baseado no texto e a partir do conhecimentos sobre o tema é possível se afirmar quea) das doenças citadas o botulismo, a hepatite A e a ame-

bíase também são exemplos de infecções bacterianas.b) o uso de pesticidas na agricultura elimina as bactérias

patogênicas do tipo Escherichia coli, que se multipli-cam principalmente nos períodos pós-colheita, devido às condições inadequadas de higiene e manuseio.

c) a cepa entero-hemorrágica que causou danos a popu-lação na Alemanha é a O157: H17.

d) para evitar a patologia causada pela bactéria Escherichia coli (DTA) as frutas e hortigranjeiros devem ser bem lava-dos, principalmente se forem consumidos crus.

e) a simples presença da Escherichia coli e não os seus produtos provocam a destruição de glóbulos verme-lhos, levando o indivíduo ao um estado de anemia.

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