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EDUCAÇÃO E CIDADANIA UM PROGRAMA PARA ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE RISCO SOCIAL A leitura e a escrita Projeto Quem sou eu? Quem somos nós? Projeto Dicionário Projeto Agenda Projeto Correspondência Projeto Construindo uma revista musical Projeto Rimando e aprendendo Projeto Divulgando o que aprendemos Projeto Elaborando um anúncio diferente Projeto Um sonho de comunidade

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EDUCAÇÃOE CIDADANIA UM PROGRAMA PARA ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE RISCO SOCIAL

A leitura e a escritaProjeto Quem sou eu? Quem somos nós?

Projeto DicionárioProjeto Agenda

Projeto CorrespondênciaProjeto Construindo uma revista musicalProjeto Rimando e aprendendo

Projeto Divulgando o que aprendemosProjeto Elaborando um anúncio diferenteProjeto Um sonho de comunidade

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EDUCAÇÃOE CIDADANIA UM PROGRAMA PARA ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE RISCO SOCIAL

ORGANIZAÇÃO CURRICULAR PARA ASUNIDADES DE INTERNAÇÃO PROVISÓRIADA FEBEM/SP

Letramento eAlfabetização

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Governador do Estado de São PauloGeraldo AlckminSecretário de Estado da EducaçãoGabriel ChalitaSecretário AdjuntoPaulo Alexandre Pereira BarbosaChefe de GabineteMariléa Nunes ViannaCoordenadora de Estudos e Normas PedagógicasSonia Maria SilvaCoordenadoria de Ensino da Região Metropolitana da Grande São PauloAparecida Edna de MatosCoordenadoria de Ensino do InteriorElcio Antonio Selmi

Secretaria de Estado da EducaçãoPraça da República, 53 Centro01045-903 São Paulo SPTelefone: (11) 3218-2000www.educacao.sp.gov.br

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Letramento eAlfabetização

Autoria

SECRETARIA DEESTADO DA EDUCAÇÃO

Realização

EDUCAÇÃOE CIDADANIA UM PROGRAMA PARA ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE RISCO SOCIAL

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Transpondo os desafios do ler e escrever“Conheço distritos em que os jovens se prostram diante dos livros e beijam com barbárie as páginas, mas não sabem decifrar uma única letra”

Jorge Luis Borges em A Biblioteca de Babel

Logo cedo a criança começa a ter contato com o mágico mundo das letras. Por

todos os lados seu universo está repleto de símbolos então indecifráveis, grandes

enigmas que bailam em sua mente esperando a combinação exata para tornarem-se

inteligíveis.

A chave para abrir esse cofre chama-se alfabetização. Durante o processo de

apropriação do alfabeto descobrem-se letras, pontos, acentos. A linguagem escrita

vai se descortinando ao olhar espantado do pequeno aprendiz, que começa a ver

sentido naquela seqüência de símbolos.

Um dos primeiros ensinamentos revela de início a importância que esse

aprendizado terá para a vida. Uma lição relacionada à própria identidade, à

individualização, que destaca o fato de cada ser humano ser único: ser e ter um

nome.

No papel, com traços incertos, surgem os primeiros registros, linhas que ganham

formas, sinais gráficos que se transformam em palavras. O mesmo lápis que escreve

“violência” pode anotar “paz”. A mão que redige “ódio” aprende a descrever “amor”.

Essa escolha poderá depender de como será o ensinamento da interpretação para

decifrar o mundo.

O aprendizado da leitura é um grande caminho a percorrer e, nesse percurso,

nossa preocupação deve ser exatamente com o entendimento que os jovens farão dos

textos que surgirão ao longo da sua vida.

Nossa proposta é convidar o estudante para passear sem temor pelo maravilhoso

labirinto do alfabeto. Apresentar a ele o universo como a infinita biblioteca de

Borges, entregando a chave que decifra todas as combinações das letras. “Não há,na vasta Biblioteca, dois livros idênticos... suas prateleiras registram todas aspossíveis combinações dos vinte e tantos símbolos ortográficos”.

Com a resposta em mãos, os jovens deixarão de ver os textos à sua frente como

um grande enigma e conseguirão ler e escrever o universo ao seu redor, ler e

escrever o próprio mundo.

Gabriel ChalitaSecretário de Estado da EducaçãoSecretário de Estado da EducaçãoSecretário de Estado da EducaçãoSecretário de Estado da EducaçãoSecretário de Estado da Educação

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ApresentaçãoA Oficina de Letramento e Alfabetização foi organizada para atender a demandassurgidas no processo de implementação do Projeto Educação e Cidadania,desenvolvido nas Unidades de Internação Provisória da Febem-SP, de 2002 a 2004.

Tem como propósito subsidiar os professores no desenvolvimento de um trabalhoespecífico de apropriação da leitura e da escrita no contraturno das aulas, com osalunos que, no desenvolvimento das atividades propostas pelo Projeto, apresentamdificuldade de ler e escrever.

Com isso, procuramos atender tanto os professores quanto os próprios alunos que,embora participassem ativamente das situações de letramento previstas,manifestavam desejo e interesse em superar suas dificuldades.

Coerente com nossa concepção de que o ensino da leitura e da escrita deve estardiretamente vinculado ao seu uso social, optamos por compor esta oficina comvivência de situações reais do cotidiano, trazidas pelos próprios temas integrantesdo Projeto: Educação, ponte para o mundo; Justiça e cidadania; Família e relaçõessociais; O trabalho em nossas vidas e Saúde, uma questão de cidadania. Destaforma, o repertório trabalhado nas atividades propostas, nesta oficina, se insere nocontexto do Projeto, fazendo sentido para os alunos.

Com essa publicação, esperamos contribuir para que os adolescentes envolvidos noProjeto Educação e Cidadania possam, no seu percurso de escolarização, ampliarcada vez mais suas capacidades de leitura e escrita. Esses conhecimentos serão degrande valia para que esses jovens vivam uma cidadania plena.

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CENPEC - CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS EMEDUCAÇÃO, CULTURA E AÇÃO COMUNITÁRIAR. Dante Carraro 68 Pinheiros05422-060 São Paulo SPhttp://www.cenpec.org.br

Diretora presidenteMaria Alice SetubalCoordenação geralMaria do Carmo Brant de Carvalho

Coordenação do projeto (Equipe Currículo & Escola)Maria Silvia Bonini Tararam (Coord.)e-mail: [email protected] José Reginato RibeiroMarilda F. Ribeiro de MoraesAutoria do módulo Letramento e AlfabetizaçãoMarlene Coelho AlexandroffEdição de textoAmérica A. C. MarinhoRevisãoSandra A. MiguelEdição de arteEva Paraguassú de Arruda CâmaraJosé Ramos NétoCamilo de Arruda Câmara RamosIlustraçãoLuiz Maia

Coleção Educação e CidadaniaMaterial produzido no âmbito do projetoElaboração e Implementação de Proposta Pedagógica para Adolescentes emSituação de Conflito com a Lei, desenvolvido pelo CENPEC paraa FEBEM/SP – Fundação para o Bem-Estar do Menor do Estado de São Paulo eSEE/SP - Secretaria de Estado da Educação

Letramento e alfabetização / Centro de Estudos e Pesquisas em Educação,Cultura e Ação Comunitária – CENPEC – São Paulo; CENPEC;SEE/SP;2005. Coleção Educação e Cidadania.

Módulo acrescentado à Coleção – sem numeração

Coleção: Educação e Cidadania, proposta pedagógica; 1. Educação,ponte para o mundo 2. Família e relações sociais 3. Justiça e cidadania4. Saúde, uma questão de cidadania 5. O trabalho em nossas vidas 6. Artesvisuais e cênicas 7. Conto 8.Correspondência 9. Educação ambiental:problemas globais, ações locais 10. Hora de se mexer 11. Jogos da vida12. Jornal 13. Música e movimento 14. Poesia 15. Ponto de encontroI. Título II. CENPEC III. FEBEM

CDD-370.11

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SUMÁRIO

Introdução 11

A leitura e a escrita 13Dicas para leitura coletiva 14

Projetos de leitura e escrita 17Orientações para o professor no trabalhocom projetos de leitura e escrita 17

Referências bibliográficas 24

Projeto Quem sou eu? Quem somos nós? 25Aprendendo com os nomes 25A história de um nome 26Formando um álbum ou um livro de história de vida 27Aprendendo com os jogos 31

Projeto Dicionário 39

Projeto Agenda 41

Projeto Correspondência 43

Projeto Construindo uma revista musical 47

Projeto Rimando e aprendendo 51

Projeto Divulgando o que aprendemos 53

Projeto Elaborando um anúncio diferente 55

Projeto Um sonho de comunidade 57

Anexos 59

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INTRODUÇÃO“(...) o ideal seria alfabetizar letrando, ou seja: ensinar aler e a escrever no contexto das práticas sociais da leiturae da escrita, de modo que o indivíduo se tornasse, aomesmo tempo, alfabetizado e letrado.”

(Magda Soares)

A Oficina de Letramento e Alfabetização integra o conjunto de oficinas culturais doProjeto Educação e Cidadania. Tem como objetivo atender, no contraturno das aulas, osadolescentes com dificuldades em leitura e escrita.

A proposta de um trabalho dessa natureza exige, inicialmente, a definição do que seentende por alfabetização e letramento.

Alfabetização e letramento são dois processos essencialmente diferentes, mas, aomesmo tempo, interdependentes, indissociáveis e não seqüenciais. O letramento refere-se a um processo que começa muito cedo para a criança de uma sociedade letrada(acesso a rótulos, placas, embalagens, revistas, cantigas de ninar etc.) e se prolongapor toda a vida, com a possibilidade de participação em diversas práticas sociais, nasquais a linguagem escrita está presente (leitura e redação de contratos, de livroscientíficos, de obras literárias etc.).

Processo de apropriação do sistema alfabético de escrita, a alfabetização é sobretudo acompreensão de que a escrita representa os sons da fala e o entendimento de como asletras e outros sinais se organizam para representar esses sons.

Há quem compartilhe da visão de que, uma vez alfabetizado, o aluno poderá chegar daletra à sílaba e à palavra, e delas à frase e ao texto. Segundo Magda Soares, as pessoasse alfabetizam, aprendem a ler e a escrever, mas não necessariamente incorporampráticas de leitura e escrita, nem adquirem competência para envolver-se com aspráticas sociais de escrita. Do mesmo modo, TERZI (2001) afirma que “o domínio dacodificação e decodificação, isto é, da transformação de sons em símbolos gráficos, evice-versa, formando sílabas, palavras e frases, é necessário, mas não suficiente para aparticipação do cidadão numa sociedade letrada. Saber ler e escrever uma centena depalavras e frases não capacita o indivíduo para a leitura do jornal, de uma crônica, deum documento etc.”.

O letramento refere-se ao exercício eletivo e competente da tecnologia da escrita, queimplica o uso de várias habilidades, tais como a capacidade de ler e escrever paraatingir determinados objetivos (informar, aprender, seduzir, divertir, orientar, lembraretc.), relacionando-se, por isso, ao desenvolvimento de competências lingüísticas eliterárias na elaboração de textos diversos.

No desenvolvimento dessas competências, percebem-se diferentes níveis: mesmo semestar alfabetizado, o indivíduo pode “ler” um livro ou “escrever” uma carta, pois, aindanão tendo o domínio do código, utiliza-se de outras pessoas que têm esse domínio comoestratégia para sua sobrevivência na vida cotidiana. Daí encontrarmos entre osalfabetizandos diferentes níveis de compreensão dos usos e funções da escrita, que vãodesde o conhecimento de textos limitados, como a cédula de identidade ou a placa do

11LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

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12EDUCAÇÃO E CIDADANIA

ônibus que utiliza diariamente, até a percepção de que o cidadão tem de saber ler eescrever para poder usufruir de bens culturais, ter suas opiniões respeitadas etc., numaperspectiva de inclusão social.

No entanto, o desenvolvimento dessas capacidades de leitura e escrita só podeacontecer em situações significativas para o sujeito e pelo acesso à diversidade degêneros discursivos que circulam na sociedade e sua familiaridade com eles.

Por essa razão, o trabalho curricular, proposto no Projeto Educação e Cidadania, emtodos os módulos temáticos, oferece oportunidade para o adolescente interagir comdiferentes linguagens e variados gêneros discursivos, por meio da vivência de situaçõesdiversas que contribuem para desenvolver capacidades lingüísticas mais elaboradas,como argumentar, analisar, interpretar.

Essa interação com os textos das oficinas temáticas é importante no processo deapropriação da leitura e da escrita, mas não é suficiente, particularmente para aquelescuja história se desenvolve em contextos culturais em que a leitura e a escrita não sãopráticas rotineiras.

Essa é a razão de ser desta oficina, que propõe trabalho de alfabetização com odesenvolvimento das habilidades de leitura e escrita. Mais do que se restringir à meraaquisição do código escrito, ela incorpora a noção de letramento, que perpassa aspráticas já vivenciadas pelo adolescente no horário escolar. Por isso, em váriosmomentos da oficina há referência aos módulos temáticos e oficinas culturais domaterial, remetendo o educador aos conteúdos ali propostos. Contemplar de formaarticulada e simultânea a alfabetização e o letramento torna-se, assim, o desafio de umaação pedagógica que pretende ser adequada e produtiva para educadores e educandos.

Coerentemente com as concepções aqui afirmadas, as atividades propostas nestaoficina estão organizadas em pequenos projetos de leitura e escrita, que contemplamconteúdos e vocabulário presentes nos temas e oficinas culturais, assegurando osmesmos princípios e pressupostos do projeto. Os eixos em torno dos quais o projetoestá estruturado – identidade, ética e cidadania – perpassam todas as atividadespropostas, dando-lhes sentido no conjunto do material.

A Oficina de Letramento e Alfabetização deve, preferencialmente, ser deresponsabilidade dos diferentes educadores envolvidos no projeto, devendo ocorrer, sepossível, simultaneamente ao trabalho com os temas e demais oficinas. Isso otimizará otrabalho desenvolvido tanto no horário escolar quanto no contraturno, ampliando acompreensão e o domínio da leitura e da escrita, como instrumento de acesso aoconhecimento.

É importante que o educador conheça o conjunto dos projetos de leitura e escritapropostos nesta oficina, para que possa conjugá-los aos conteúdos temáticos,garantindo assim o sucesso da aprendizagem dos adolescentes.

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13LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃOA LEITURA E A

ESCRITA“Não se aprende a ler primeiramentepalavras, depois frases, depois textos e,enfim, textos dos quais se temnecessidade. Aprende-se a leraperfeiçoando, desde o princípio, osistema de interrogação dos textos queprecisamos ler, mobilizando o ‘conhecido’para reduzir o ‘desconhecido’.”

(Foucambert, 1994)

A linguagem escrita tem especificidades queprecisam ser aprendidas. Uma das melhoresmaneiras de adquirir esse aprendizado é pormeio do estudo de textos, de suas condiçõesde produção1 e das estratégias utilizadaspelos autores. Assim, leitura e produção detextos são processos estruturados deapropriação de capacidades lingüísticas.

A apropriação da linguagem escrita é denatureza social, uma vez que o domínio dosistema de escrita não se reduz ao domíniográfico, nem à transposição da linguagemverbal. A linguagem escrita tem funções bemdefinidas e se manifesta por meio dediferentes registros. Não se escreve umacarta da mesma maneira que uma notícia, euma narrativa para adultos não tem o mesmoteor que uma história escrita para crianças.

Na linguagem verbal, os participantesencontram-se face a face e a linguagem ficaapoiada em elementos extralingüísticos, taiscomo a entonação, os gestos e as expressõesfaciais. A linguagem escrita, por sua vez, éformal, exige o uso de uma gramáticadiferente da oralidade; sendo abstrata,precisa ser bem explicitada em todos osdetalhes porque o interlocutor está ausente.

A leitura é, então, um espaço de interlocuçãoentre o leitor e o autor, mediado pelo texto.Isso nem sempre ocorre na prática escolar,

que acaba apenas enfatizando a leitura comopretexto para o ensino de gramática e para oreconhecimento e reprodução mecânica depalavras e frases.

A prática tem demonstrado que o aluno seacostuma apenas a identificar no texto asrespostas pretendidas pelo professor,decodificando sem atribuir sentido, semcriticar ou assumir um posicionamento diantedo texto. Como afirma SMITH (1998),“esperar que a criança aprenda a ler atravésde material sem sentido é o método mais fácilde tornar o aprendizado da leituraimpossível”.

A leitura é um processo dialógico, de idas evindas, em que o leitor interage com o texto ecom o autor, construindo e reconstruindo osignificado. A leitura não se dá linearmenteou acumulando significados das palavrasisoladas para se chegar ao significado dotexto. Na realidade, cada palavra serve paraativar conhecimentos já adquiridos, quecontribuirão para a significação do texto, numprocesso contínuo de construção de sentido.Ler, então, é atribuir sentido ao texto e nãoapenas decodificar letras e sinais.

Dependendo das necessidades e interesses doleitor, os usos e funções da leitura sediferenciam nos diversos gêneros. Assim,contos de fadas, fábulas, lendas, histórias deaventura e de ficção científica, romancespoliciais, crônicas literárias etc. possuemcaracterísticas lingüísticas bem diversas edistintas e, para ler cada um deles, usamosdiferentes estratégias, de acordo com oobjetivo que temos em mente, com o grau decomplexidade do texto, com o conhecimentoprévio que temos sobre o assunto e com aspráticas discursivas a que temos acesso.

É preciso ir além da leitura de textosfragmentados e indiferenciados,oportunizando o acesso a diferentes gênerosdiscursivos e a diferentes portadores de texto(livros, revistas, jornais, cartazes, outdoors,talões de cheque, bulas, embalagens, listastelefônicas, notas fiscais, folhetos depropaganda, instruções de jogo, dicionários,carnês etc.), para que o aluno aprenda a ler

1 CONDEMARIN, Mabel, CHADWICK, Mariana. Oficina deescrita. São Paulo: Psy II, 1994.

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14EDUCAÇÃO E CIDADANIAutilizando-se das estratégias discursivas comque se tecem os gêneros.

Gêneros discursivos: Os textos, orais ou escritos,variam em função de suas finalidades – informar,entreter, instruir, emocionar, seduzir, convencer etc.A finalidade do texto determina sua organização,sua estrutura e seu estilo: seu gênero. E como sãonumerosas as finalidades com que são produzidosos textos no contexto social, muito numerosos sãoos gêneros do discurso, ou as formas de dizernecessárias a cada esfera da atividade humana.Assim, pode-se afirmar que os gêneros do discursoou as práticas discursivas são as diferentesespécies de textos, falados ou escritos, quecirculam e que são reconhecidos com facilidadepelas pessoas, como carta, bilhete, notícia dejornal, reportagem, poema, romance, sermão,piada, contrato de aluguel, regulamento, letra demúsica etc.

O acesso aos diferentes gêneros dentro dopróprio material sem dúvida alguma temampliado as capacidades de leitura dosjovens. Muitos professores relatam quepercebem, mesmo em pouco tempo, osavanços de seus alunos no uso dessesprocedimentos e capacidades. Relatamtambém que muitos alunos identificam o queaprenderam e o que lhes falta aprender,permitindo assim, aos poucos, o uso deestratégias cognitivas e metacognitivas, istoé, voltar-se para os próprios conhecimentos ehabilidades para avaliá-los ou reformulá-los.

Estratégias metacognitivas são aquelasoperações (não regras) realizadas com algumobjetivo em mente, sobre as quais se temcontrole consciente, no sentido de sermoscapazes de dizer e explicar a nossa ação.(KLEIMAN, 1995)

Os avanços dessas capacidades sefundamentam no processo de construção doleitor e do escritor. É importante destacar quea explicitação clara dos objetivos da leitura aser realizada pelos jovens e a monitoração dacompreensão da leitura são estratégiasmetacognitivas e contribuem para odesenvolvimento de outras capacidades:ativação de repertório já conhecido,reconhecimento e identificação de conteúdosjá trabalhados, capacidades lógicas e deinteração social etc.

Essa explicitação dos objetivos dirige efacilita a compreensão, permitindo que aleitura vá muito além da simplesdecodificação de palavras em sons. Para isso,sugerimos alguns procedimentos quepropiciam uma compreensão maisaprofundada da leitura pelos jovens.

DICAS PARA LEITURACOLETIVAAntes da leitura• Escolha textos de boa qualidade.

• Prepare-se para esse momento lendo otexto antes.

• Procure criar um clima de envolvimento.Se possível, peça aos alunos que sesentem em círculo, próximos a você.

• Diga o nome do(a) autor(a) e pergunte sejá o(a) conhecem, se já leram algum livroou texto dele(a).

• Fale sobre a época e o lugar em que otexto foi escrito, caso você tenha essainformação.

• Mostre-lhes a capa e pergunte sobre o queseria o texto.

• Aponte o nome do(a) autor(a), o título dolivro, leia o texto da quarta capa oucontracapa (se houver). Se o livro contivermuitos textos, mostre a eles comolocalizar o que vão ler pelo índice.

Durante a leitura• Se os ouvintes se dispersarem, utilize

alguns recursos para resgatar a atenção:faça algum tipo de suspense, lanceperguntas que permitam a formulação dehipóteses sobre o que virá a seguir etc.

• Faça algumas interrupções também senotar que a compreensão está difícil,dando algumas pistas para ajudar, masnão se alongue em explicações, evitandofragmentar a leitura.

• Se os jovens interromperem comperguntas, responda ao estritamentenecessário e retome rapidamente otexto.

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15LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

Após a leitura• Caso perceba que não compreenderam o

texto, ajude-os com pistas, fazendoperguntas e respondendo às deles.

• Estimule comentários e discussões arespeito de usos e costumes de outrasépocas e povos, sobre as característicasdos personagens.

• Desafie-os a ir além do texto,relacionando-o com as própriasexperiências.

• Incentive os alunos a exercitar aimaginação, o raciocínio lógico e acoerência, questionando sobre o queaconteceria se determinado fato fossealterado (E se Fulano tivesse agido assim?O que mudaria na história, se Beltranotivesse respondido...?) ou se o autorutilizasse outro argumento etc.

• Chame a atenção para: o estilo do(a)autor(a), os recursos que ele(a) utilizapara prender a atenção do leitor, a riquezade expressões, as frases bem construídas,expressões regionais, gírias, linguagemfigurada etc.

• Abra espaço para que manifestem seussentimentos e opiniões e ajude-os a iralém do “é legal” ou do “gostei”, pedindoque justifiquem suas opiniões sobre otexto, as ilustrações, o estilo do autor (ojeito de contar/escrever) etc.

É bom lembrar que, quando a escola sóproporciona atividades de leitura dirigida epredeterminada, pode desmotivar o aluno,dificultando o desenvolvimento de leituramais autônoma.

Outro dado importante em relação ao usoautônomo das habilidades de leitura é queelas facilitam o desenvolvimento do discursoescrito. Um escritor iniciante não identificafacilmente os problemas surgidos ao longo daprodução, principalmente aqueles relativosaos aspectos internos e de organizaçãotextual. A seqüenciação de um texto vem, namaioria das vezes, marcada pela oralidade,principalmente em textos em que odestinatário é mais explicitado, como é o caso

de cartas e bilhetes. A aglutinação depalavras e a dificuldade em paragrafardecorrem dessa falta de distinção entre aoralidade e a escrita apresentada peloescritor inexperiente, pois sua produção seconfigura na oralidade.

Se cada texto tem uma característicalingüística própria, seja conto, receita,notícia, propaganda ou poesia, para setransitar com facilidade entre os diferentesgêneros é preciso, além do acesso a eles, apercepção das diversas marcas que osdiferenciam. Cada um exigirá planejamento eseqüenciação diferentes, de acordo com oobjetivo que se tiver em mente.

A apropriação da linguagem escrita é denatureza social, uma vez que o domínio dosistema de escrita não se reduz nem aodomínio gráfico, nem à transposição dalinguagem verbal. A linguagem escrita temfunções bem definidas e se manifesta pormeio de diferentes registros. Quem produz oulê um texto o faz a partir de certo lugar –como diz Leonardo Boff2, a partir de ondeestão seus pés e do que vêem seus olhos. Nemsempre os horizontes de quem escreve e os dequem lê estão próximos. As leituras produzeminterpretações que revelam valores, crenças.

Ao ler ou escrever, o aluno pode tomarconsciência de si e do outro, partindo do quefor significativo, ampliando assim seurepertório e o processo de apropriação daspráticas sociais de leitura e de escrita e,naturalmente, das capacidades nelasenvolvidas.

Nesse sentido, quando se fala em letramentoé preciso fugir da literalidade dos textos einterpretá-los, colocando-os em relação comoutros textos e discursos, de maneira situadana realidade social.

No Projeto Educação e Cidadania, esta temsido uma preocupação: todos os módulos eoficinas proporcionam textos significativos

1 “Cada um lê com os olhos que tem. E interpreta apartir de onde os pés pisam.” (BOFF, Leonardo. Aáguia e a galinha: uma metáfora da condição humana.37. ed. Petrópolis: Vozes, 2001.)

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16EDUCAÇÃO E CIDADANIApara a vida dos jovens. Oportuniza-se assim adiscussão, incentivando-se o questionamentoe a avaliação de posições e ideologias,ampliando-se as capacidades necessárias aoexercício pleno da compreensão.

Portanto, formar o cidadão participativosignifica propiciar aos jovens condições de

conhecer as práticas de letramento(práticas sociais que incorporam a escrita):suas características e o poder que poderáadvir de sua apropriação. Para tanto, pormeio dos projetos de leitura e escritapropostos, esta oficina remete o tempo todoaos conteúdos temáticos e culturais doProjeto Educação e Cidadania.

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17LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃOPROJETOS DE

LEITURA E ESCRITA“A folha aprisiona as idéias e, quandoabrimos a gaiola da escrita, com a chaveda leitura, os pássaros de papel saemvoando enlouquecidos, desordenando aseqüência das páginas e, em seucontentamento, de ter voz para voltar àvida, as vozes se misturam, as mãos seconfundem e é aí que a criação podesurgir.”

(Ana Maria Netto Machado)

A decisão de trabalhar com projetos de leiturae escrita tem como objetivo criar situaçõesem que a escrita se torne necessária,passando a ter uma finalidade real de uso, ouseja, uma função social e não meramenteescolar.

Com os projetos, a apropriação da leitura e daescrita dar-se-á por meio do trabalho com ostemas integrados ao Projeto Educação eCidadania, que tem como eixo a questão daidentidade, da cidadania e da ética.

O projeto tem um objetivo a sercompartilhado por todos os envolvidos e umproduto final que terá destinação, divulgaçãoe circulação social, na escola ou fora dela.

Um projeto da forma como propomos é umconjunto de atividades que se desenvolvemem torno de gêneros discursivos ou de umeixo temático (que por sua vez também ensejaa leitura e a produção – oral e escrita – dediferentes gêneros). Trata-se de uma propostade trabalho com objetivos previamentedelineados, com ações planejadas, executadascom divisão de trabalho e avaliadas quanto aoprocesso e ao produto final. As atividades quecompõem o projeto possuem uma relaçãoentre si, formam um todo articulado econcorrem para que se atinja a metaproposta.

Os projetos transformam a sala de aula numaoficina, pois o processo de produção exige

várias idas e vindas na busca de um produtobem acabado que será exposto e divulgado. Aresponsabilidade passa a ser de todos e nãosó do professor, abrindo espaço para adiscussão, problematização, cooperação esolidariedade.

Nos projetos de leitura e escrita há sempreduas características fundamentais: aproblematização de um tema e a produção deum objeto ou ação por parte dos alunos. Aprodução deve ter um destino ou finalidadesocial real para garantir a participação ativados alunos; por isso, o projeto precisa proporum problema real para ser resolvido, tal comoconfeccionar um álbum de sua história ouuma agenda para guardar endereços quepoderão interessá-los.

É preciso ficar claro que, independentementedo nível de letramento de cada aluno, todospodem e devem participar dos projetos deleitura e escrita propostos, pois é nodesenrolar desse trabalho, no contato com osdiferentes gêneros discursivos que ele poderádesenvolver suas capacidades de leitura eescrita.

Também é importante que o professorconheça a situação de letramento de cada um,para que possa melhor atendê-los, ajudando-os a se desenvolver.

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSORNO TRABALHO COM PROJETOS DELEITURA E ESCRITAO que o aluno já sabe? Como ele aprendeu?

Antes de começar o trabalho, é importanteque você pesquise como foi a história deletramento de seus alunos: o que eles jáaprenderam e como eles aprenderam?

A que materiais os alunos tiveram acesso?Cartilhas e livros didáticos mais tradicionaisou livros de literatura, rótulos, propagandas,revistas, jornais etc.?

Seus alunos já sabem para que serve aescrita? O que ela representa e como seorganiza?

Para aprender a ler e escrever, é preciso

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18EDUCAÇÃO E CIDADANIAencontrar um objetivo para essaaprendizagem. É importante participar deatividades, na própria sala de aula e nasoficinas, que favoreçam o acesso a diferentesgêneros discursivos e atividades que ajudem oaluno na apropriação das regularidades dalíngua – no reconhecimento de letras, nodestaque das letras iniciais e finais, narelação som/grafia (rimas, listas, jogos etc.).Assim, investigue:

O que foi feito para que o aluno fosse seapropriando das regularidades da língua? Elesempre esteve envolvido com exercícios maismecânicos ou teve oportunidade de ler,comparar, trocar informações, analisar etc.?

Como ele se comporta nas atividades emgrupo? Recusa-se a fazer as atividades,tumultua e faz “bagunça”, atrapalhando oscolegas em vez de fazer as tarefas propostas?

O professor deve se aproximar do aluno paradescobrir a causa da resistência e/ouindisciplina. Muitas vezes o adolescente oucriança tem vergonha de mostrar que nãosabe e, por isso, recusa-se a participar dasatividades ou transforma sua timidez em atosde indisciplina.

Como está a aceitação dos professores e dosalunos em relação ao aluno não alfabetizado?Ele está sendo rotulado?

Está sendo discriminado?

Provavelmente esse aluno está precisando deajuda e os colegas poderão ser de grandevalia: a classe pode e deve ser envolvida noatendimento ao aluno que não lêconvencionalmente. A solidariedade é um dossentimentos mais fortes entre osadolescentes, que a usam para fortalecer aprópria identidade dentro do grupo; por isso oprofessor pode canalizar esse sentimentopara a ajuda aos alunos com mais dificuldade,fazendo com que seja dada uma atençãoespecial a eles, dentro e fora da sala. Noentanto, deve cuidar para que os colegas nãofaçam por ele, mas sim incentivá-lo aparticipar da atividade com pistas,oportunizando pequenos sucessos quecontribuirão para o fortalecimento de sua

auto-estima. Se não houver uma finalidadeprática, as atividades de cópia devem serevitadas.

Conhecendo melhor o alunonão alfabetizadoOs alunos com grande defasagem naapropriação da leitura e da escrita precisamde ajuda para avançar, independentemente dasérie em que estejam. Como primeiro passo,procure averiguar o que já sabem sobre ofuncionamento do sistema alfabético deescrita e o que ainda não conseguiramcompreender. Assim, analise se eles:

• conhecem as letras do alfabeto;

• percebem a relação entre os sons da falae a grafia das palavras;

• ao escreverem, trocam muitas letras oucolocam-nas fora de lugar, mesmoconhecendo as letras do alfabeto ecompreendendo a relação entre som eescrita.

Para ajudar você nessa pesquisa, algunspontos podem ser destacados:

Conhece as letras do alfabeto?Por vivermos em uma sociedade cercada daescrita por todo lado, fica muito difícilacreditar que ainda existam jovens que nãoconheçam as letras do alfabeto. No entanto,há alunos que ainda não reconhecem letras,ou que as usam indistintamente e precisam deatividades que os levem a perceber a relaçãosom-grafia, a convencionalidade das letras,como elas se organizam.

No texto a seguir, há indícios de que o alunousa as letras indistintamente. Há poucaspalavras escritas convencionalmente, masque foram copiadas da lousa.

Assim, se o aluno não conhece as letras, ou asusa indistintamente, é preciso explorarpalavras que sejam modelos estáveis, taiscomo: nomes próprios, rótulos, embalagens,folhetos de propagandas, títulos de histórias,listas de palavras significativas etc.

Em todas essas atividades, é importantechamar a atenção para as letras utilizadas: a

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19LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

nomeação e identificação das letras doalfabeto é importante. Há alunos que chegamà escola sabendo apenas “dizer” o alfabeto,sem identificar as letras, da mesma forma quecrianças “recitam” a seqüência dos numeraissem reconhecê-los. Dependendo da forma deconduzir as atividades, essa dificuldade podeser superada aos poucos, com oestabelecimento da relação entre o nome daletra e o respectivo traçado.

Por isso, é importante que o alfabeto fiqueexposto e seja feita a apresentação das 26letras [inclui K, W, Y], seguindo a ordemalfabética, permitindo uma visão de conjunto,facilitando a compreensão do todo e adistinção de cada unidade, conhecimentoindispensável para alunos que apresentemescritas semelhantes à de Carlos.

Além desse trabalho, outro ponto de partida éa escrita do próprio nome e de pessoaspróximas, como familiares, amigos,namorada(o). Assim, para saber o que o aluno

já sabe, peça-lhe que escreva o próprio nome.Pergunte que letras são necessárias paraescrevê-lo. Faça o mesmo com outros nomespróprios que ele tentar escrever. Utilize letrasde plástico ou de cartolina para compor, juntocom ele, essas e outras palavrassignificativas.

Ao trabalhar com jovens que ainda tenhamesse tipo de dificuldade, repita o processocom palavras significativas que você retirardos temas, destacando as letras iniciais efinais, as letras que se repetem, as letrasdiferentes, e utilize jogos que envolvam letrase palavras, tais como: sopa de letras, palavrasecreta, corrida de letras etc., repetindo-osem diferentes contextos.

Faça também algumas atividades comsímbolos, tais como marcas de carro, clubesde futebol, para que eles se sintamfortalecidos. Pequenos sucessos contribuempara fortalecer a auto-estima e a crença nacapacidade de aprender.

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20EDUCAÇÃO E CIDADANIA

Percebe a relação entreo som da fala e a grafia daspalavras?Os alunos que ainda não escrevemconvencionalmente pensam, têm idéias e sãocapazes de expressá-las, mesmo queutilizando uma escrita não totalmentecompreensível para outras pessoas. Nasproduções de texto ao lado, em meio apalavras sem sentido, percebe-se um iníciode estabelecimento da relação som-escrita.

Para alunos com escritas semelhantes, éimportante desenvolver atividades quelevem à consciência sonora – percepção darelação entre o som da fala e a escrita –,ampliando a compreensão da naturezaalfabética de nosso sistema de escrita.O trabalho com rimas, poesias, letras demúsica, adivinhas, parlendas e trava-línguas ajuda muito nesse processo.

Assim, faça-os memorizar algumas trovasou letras de canções populares;apresente-aspor escrito; solicite que leiam (elessabem de memória) apontando as palavras;dê partes da trova ou da letra da canção paraeles completarem; peça-lhes que tentemescrever os versos como souberem, semcopiar.

Proponha vários jogos (forca, pare, encontre opar, adivinhe a palavra, dominó etc.), sempreque possível, no início da oficina, quando osjovens estão mais receptivos e atentos.

Além disso, seja um modelo de leitor e leiasempre para eles. Quando você (ou umcolega) lê para o aluno não alfabetizado, eletambém é leitor, porque atribui sentido aotexto lido.

Indague seu aluno sobre o que ele quisescrever e traduza suas tentativas de escritapara a escrita convencional, anotando, notexto, as construções elaboradas por ele. Nasproduções como a do texto ao lado, a ação daprofessora traduzindo o texto do aluno foifundamental tanto para tornar seu textolegível, como para planejar intervençõesadequadas. Dessa forma, é possível ler e

escrever pequenos textos, mesmo antes de seter domínio do sistema da escrita.

Proponha também produções coletivas detextos, pois quando você (ou um colega)registra as idéias do aluno não alfabetizadonum texto coletivo, ele também é autor dotexto.

Assim, quando os alunos não alfabetizadosestiverem imersos em situações verdadeirasde leitura e escrita, acabarão compreendendopara o que serve a escrita, atribuindosignificado a ela. É importante que eles sejamdesafiados a escrever e, se houverresistência, insista, pois o fato de nãosaberem escrever não deve ser impedimentopara que participem das atividades. Nãopermita que eles se acomodem querendo sódesenhar ou que outros façam sempre poreles. É importante que sejam encorajados aescrever e, se necessário, fique perto ou deixeque algum colega fique, dando-lhesassistência, apoio e pistas.

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21LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

Compreende a relação entresom e escrita e conhece as letrasdo alfabeto, mas ao escrever,troca muitas letras ou coloca-asfora de lugar?Quando os alunos começam a fazer a relaçãosom-escrita, acabam escrevendo do jeito quese fala. Por isso, as intervenções atentas dosprofessores e a colaboração dos colegascontinuam fundamentais.

Os dois textos abaixo foram escritos porjovens que tinham recentemente construído abase alfabética. Marcos apresentabasicamente duas dificuldades relacionadas àconvenção: troca o quequequequeque por cecececece e usa o sssss por zzzzzno final de palavras. Eduardo escreve aspalavras com mais dificuldade, usando muitoa oralidade e aglutinando palavras:

que utilizem vocabulário significativo.

No trabalho com ortografia, os jogos citadossão importantes, pois certas palavras sópodem ser apreendidas pela memorização –g/j, ch/x, e/i, o/u/l, s/z, s/ss/ç/c/sc eacentuação nasal (m,n, til) –, enquanto comoutras isso ocorre por meio de regras: mp/mb,r/rr, s/ss, g/gu, c/qu. Desse modo, os alunospodem aprender gradualmente a grafiacorreta das palavras mais utilizadas, de formaagradável e desafiante ao mesmo tempo.

Além dessas atividades, pode-se tambémcriar com a classe uma legenda para ascorreções de textos. O ensino das regrasortográficas é parte integrante do processo dealfabetização. A própria situação de produçãode texto pode desencadear questões dosalunos sobre a forma correta de grafaralgumas palavras, que devem serprontamente respondidas pelo professor, compistas ou pela indicação do uso do dicionário.O cuidado com a ortografia deve estar focadoprincipalmente nos textos que serãodivulgados (cartazes, anúncios, notícias,livretos etc.), pois não se devem expor textoscom incorreções.

No entanto, é preciso, ao mesmo tempo,incentivar a produção de textos livres ereproduzidos, coletiva e individualmente, epromover a leitura de textos de diferentesgêneros.

Tornar-se um usuário da escrita, de formaautônoma e eficiente, exige o desenvolvimentode algumas capacidades, como planejar (oque e para quem se vai escrever), escrever,revisar (reler cuidadosamente), avaliar(julgar se está bom ou não) e reelaborar(alterar, reescrever) os próprios textos. Essascapacidades podem ser desenvolvidas desdeas primeiras atividades de escrita. Quando oaluno escreve o próprio nome num crachá,pode-se questionar: O nome está grafadocorretamente? A letra está legível? Você usouadequadamente o espaço do papel?

O domínio dessas capacidades começa com asorientações do professor para, aos poucos, irse interiorizando e se tornando uma

Nesses casos, é preciso perguntar aos alunos:

• O que você quis escrever?

• Você escreveu o que pretendia?

• Que letras você precisaria colocar paraescrever essa palavra? Em que seqüênciaé preciso colocar as letras?

Eduardo e Marcos precisam também perceberque a escrita não representa a fala, mas alíngua e que ela é ortográfica. Para ajudaralunos como os dois jovens a superar taisdificuldades, trabalhe com jogos, tais comojogo-da-velha, encontre o par, transformando,palavra mágica, corrida das letras, dominó,forca, além de cruzadinhas e caça-palavras

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22EDUCAÇÃO E CIDADANIAcapacidade autônoma. Dentre as atividadesque se podem realizar para ajudar nessainteriorização, destacam-se aquelas em queos alunos lêem o próprio texto como se outrapessoa o estivesse lendo, buscandocompreender o que é necessário explicitarpara o leitor.

No entanto, não é um aprendizado fácil, nemse completa em pouco tempo. Tanto naorganização textual, como no uso de recursosdiscursivos mais adequados ao gêneroutilizado, é preciso dar atenção à escolha daspalavras. Se o aluno for escrever uma cartapara o diretor, não poderá utilizar gírias eexpressões coloquiais como faz em suascartas pessoais. Se for escrever uma notíciapara um jornal mural, deverá usar outro tipode vocabulário e de estruturação sintática.Grande parte desse aprendizado depende doacesso e da familiaridade com diferentesgêneros. O material, como já vimos,oportuniza esse acesso, mas é preciso que sefaça um trabalho explícito, apontando nostextos, lidos ou escritos, os recursos maisadequados.

Nessa tarefa, o professor ocupa um lugarmuito importante e o texto do aluno, o lugarcentral. No trabalho de aperfeiçoamento dostextos dos alunos, são realizadas atividadesde análise lingüística em que se busca oaprimoramento de textos e pistas para aelaboração de outros. O objetivo da prática deanálise lingüística é promover a clareza, acoerência e a coesão dos textos escritos pelosalunos, bem como a apropriação dos aspectosgramaticais que envolvem maioresdificuldades para o escritor iniciante.

Em relação à organização textual, podem-seseguir os seguintes procedimentos:

• Selecionar um texto que sejarepresentativo das dificuldades que aclasse apresenta.

• Convidar o autor para ocupar lugar dedestaque e ser consultado sempre que fornecessário.

• Copiar o texto na lousa (ou trazê-lo jácopiado em papel pardo), corrigido nos

aspectos ortográficos e gramaticais.

• Propor questões à classe em função dosaspectos a serem reestruturados,anotando as hipóteses na lousa. (Observarcom a classe se há redundâncias, lacunasou aspectos que podem ser eliminados.)

• Analisar com os alunos as melhoressoluções, mas respeitar a opinião doautor, que deverá dar a solução final.

• Reescrever o texto (ou trecho dele) nalousa, incorporando as alteraçõesdiscutidas.

• Solicitar que os alunos comparem o textoreescrito com o original.

• Permitir que copiem o texto e queverifiquem se há problemas semelhantesem seus textos, corrigindo-os.

Em relação aos aspectos gramaticais:

• Escolher um problema que tiver maiorfreqüência em sua classe.

• Selecionar um dos trechos a sertrabalhado.

• Copiar o trecho na lousa (ou trazê-lo jácopiado em papel pardo).

• Apontar as incorreções e discuti-las com aclasse, promovendo um levantamento dehipóteses e registrando-as na lousa.

• Incentivar os alunos a pesquisar a melhorsolução e orientar essa pesquisa, por meioda consulta à gramática ou ao dicionário.

• Reescrever o texto com a solução doproblema.

• Solicitar que verifiquem seus textos e, senecessário, que os corrijam em duplas ouindividualmente.

Esse trabalho deve ser dinâmico esignificativo, mas não pode deixar de lado aperspectiva de reflexão presente nos módulos,nem a compreensão de que o domínio daleitura e da escrita deve efetivamentecumprir seu objetivo: ser instrumento deacesso ao conhecimento de si e da cultura.Esperamos que os projetos de leitura eescrita e os jogos propostos neste módulosirvam de mediação entre seu trabalho e as

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23LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

demandas que surgirem nesse processo.Estamos propondo os seguintes projetos:

• Quem sou eu? Quem somos nós?

• Dicionário

• Agenda

• Correspondência

• Construindo uma revista musical

• Rimando e aprendendo

• Divulgando o que aprendemos

• Elaborando um anúncio diferente

• Um sonho de comunidade

Dentre os projetos, há alguns que poderão sertrabalhados na Oficina de Letramento eAlfabetização, no contraturno ou junto com osmódulos e oficinas (Dicionário, Agenda,Divulgando o que aprendemos, Elaborando umanúncio diferente, Um sonho de comunidade,e alguns dos jogos) e outros que deverão sertrabalhados especificamente numa oficina emque se dê mais atenção às dificuldades dosjovens (Quem sou eu? Quem somos nós?,Construindo uma revista musical, Rimando eaprendendo, além dos jogos aqui propostos).

Bom trabalho!

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24EDUCAÇÃO E CIDADANIA

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FOUCAMBERT, J. A leitura em questão. Porto Alegre:Artes Médicas, 1994.

KLEIMAN, A. Os significados do letramento. Campinas:Mercado de Letras, 1995.

MATÊNCIO, M.L.M. Leitura, produção de textos e aescola. Campinas: Mercado de Letras, 1994.

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25LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

PROJETOQUEM SOU EU?QUEM SOMOS NÓS?Escolhemos este projeto para iniciar a Oficinade Letramento e Alfabetização considerando aimportância do nome de cada um como marcade sua identidade. Valorizar o nome évalorizar a auto-estima; reconhecer o próprionome é reconhecer-se como sujeito único emsua individualidade.

Este é um eixo importante do ProjetoEducação e Cidadania, que considera aidentidade como processo constante deconstrução, portanto passível detransformação. Serão retomadas algumasatividades dos módulos temáticos e dos módulosde oficinas culturais que trabalham o nome dosalunos, tais como: Jogos da vida (A importânciado nome; Desenho do nome; História do nomeda Esmeralda); Educação, ponte para omundo (Nome e movimento; Descobrindonomes; Jogo de boliche; A direita está vaga).

O projeto Quem sou eu? Quem somos nós? foidividido em quatro subprojetos, a saber:

1. Aprendendo com os nomes

2. A história de um nome

3. Formando um álbum ou um livro dehistória de vida

4. Aprendendo com os jogos

Obs.: O quarto subprojeto contém umconjunto de jogos que trabalha com ovocabulário presente nas outras oficinas emódulos do Educação e Cidadania. Porisso, ele deverá ser utilizadoconcomitantemente aos demais, ampliandodessa forma o repertório do jovem.

APRENDENDO COM OS NOMESEscreva as frases do texto que consta doAnexo 1 em letras grandes (tipo bastão) ecoloque-as, uma a uma, num papel pardo oumesmo na lousa, remontando-o, lendo aspalavras bem devagar, parando nos nomes.

Compare os nomes com outros que os jovensjá conheçam, destaque as letras iniciais efinais e indague que letras são necessáriaspara escrevê-los. Chame a atenção para ofato de que J. Pinto Fernandes apareceapenas com a inicial do primeiro nome, mas éo único com sobrenome.

Observe que a repetição da expressão “queamava” parece reproduzir o movimento dadança da quadrilha. Pare nessas palavras quese repetem, mostrando que todas elas sãoescritas com as mesmas letras.

Depois de remontar todo o texto, releia-o comseus alunos. Pergunte, então, por que ele temo nome “Quadrilha”. Deixe que cada umexpresse sua opinião. Se julgar necessário,pergunte se já dançaram quadrilha, seobservaram como ela é composta e se não hásempre uma troca de pares. Explique que oautor usou o nome do poema em alusão àjunção e troca de pares existentes naquadrilha.

Leia o texto novamente, mostrando que opoema tem dois momentos: um maisdescritivo em que predomina o sentir e outromais narrativo em que predomina o fazer.

Incentive os jovens a construir uma paródiaou paráfrase a partir do poema deDrummond, trocando os nomes por outros quejá conhecem. Registre na lousa.

Divida a classe em duplas ou trios e soliciteque recriem outros poemas, incentivando aparticipação de todos, mesmo daqueles queainda não reconhecem as letras ou os sons.Peça para que leiam para o grupo, destacandoa variedade de possibilidades que surgirem apartir do texto original. Coloque as produçõesnum cartaz, valorizando a autoria dos jovens.

Em seguida, faça com eles os exercícios quese seguem ao poema (Anexo 1), destacando asletras dos nomes, principalmente se vocêtiver alunos que não conheçam as letras outenham dificuldade no reconhecimento dossons. Incentive a participação de todos. Sehouver alunos com muita dificuldade,distribua letras móveis e deixe que escrevamos nomes em duplas ou trios, para depois

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26EDUCAÇÃO E CIDADANIAregistrá-los no papel. Em todas essasatividades, é importante chamar a atençãopara a ordem alfabética utilizada nas listas. Amemorização da seqüência do alfabeto ajuda oaluno a buscar a letra de que necessita paraescrever. Em geral os alunos chegam à escolasabendo “dizer” o alfabeto, ainda que nãoassociando o nome da letra a seu traçado.

A HISTÓRIA DE UM NOMERetome (ou introduza, se seus alunos aindanão vivenciaram) a atividade “A importânciado nome”, que pertence à Oficina Jogos davida. Proponha que escrevam seus nomes,desenhando as letras, como está propostonaquela oficina. Leia a história do nome deEsmeralda e discuta com eles a importânciados nomes, se a oficina não tiver sidorealizada ainda.

Em seguida, apresente o texto ROBERTO semCARLOS (Anexo 2), escrito numa folha depapel pardo. Leia o texto lentamente,envolvendo os alunos. Faça uma leituracompartilhada, chamando um aluno para lerum trecho do texto. Dê-lhe pistas, ajudando-oa antecipar as palavras (leia uma parte dotexto e peça para que o aluno complete).Repita com outros alunos até terminar aleitura do texto.

TRABALHANDO COM O TEXTONa leitura compartilhada, você ajudou seusalunos a formular previsões sobre o texto aser lido. Faça perguntas (oralmente) sobre oque foi lido, esclarecendo dúvidas sobre otexto e ajudando-os a resumir as idéiasprincipais do texto:

Roberto encontrou uma maneira de escrever seunome. De que outras maneiras ele poderia resolveressa situação?Antes de aprender a escrever, você já deve terpassado por situações em que precisou usar aescrita para resolver algo do seu dia-a dia. Comovocê resolveu essa situação?O nome é uma marca de identificação. Queoutras marcas identificam as pessoas? Observeseus colegas e anote as marcas que osidentificam. (Você pode retomar a atividade deelaboração do crachá realizada na introdução do

subtema 1 do Módulo Educação, ponte para omundo, pág. 11, ou a Oficina 1 – Símbolos,marcas e logotipos – da Oficina Artes visuais ecênicas, pág. 8.)O primeiro nome pode ser composto por váriosnomes e o sobrenome é o nome de família. Vocêconhece pessoas com sobrenomes iguais? Aspessoas que têm o mesmo sobrenome são sempreparentes?

TRABALHANDO COM OS NOMESROBERTO CARLOS é um nome compostoporque tem dois nomes. Há muitos nomescompostos. Relembre com seus alunos osnomes compostos que eles conhecem eregistre-os na lousa, lendo-os pausadamente,destacando onde começam e onde terminam.Peça aos alunos que ainda não estabelecem arelação som-escrita para que se dirijam àlousa e leiam os nomes. Esteja atento(a) paraque o fato da história não se repita. Seacontecer, explore nomes que os alunosconheçam, promova um levantamento dehipóteses com eles, dê-lhes pistas para quecomecem a perceber que uma emissão sonorapode conter várias letras. Repita essaatividade várias vezes para dar maissegurança a seus alunos, oferecendo-lhes achance de ter pequenos sucessos e assimpoder acreditar que são capazes de ler eescrever.

Ajude os alunos a fazer os exercícios que seseguem ao texto ROBERTO sem CARLOS(Anexo 2)

TRABALHANDO COM SOBRENOMESExplique que o sobrenome é uma marca quenos identifica, que é o nome de família e quevem depois do primeiro (ou segundo, quando onome for composto). Geralmente ossobrenomes são compostos pelo sobrenomeda mãe e do pai. Quando a mulher se casa,pode optar por adotar também o sobrenomedo marido. Leia com eles os exemplos queconstam do Anexo 2.

PAULO DA SILVA FERNANDES(nome) (sobrenome da mãe) (sobrenome do pai)

VALÉRIA MARIA SOARES PEREIRA(nome) (sobrenome do pai) (sobrenome do marido)

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27LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

Proponha que leiam a lista que se segue aosexemplos e descubram como foi organizada.

Escreva os nomes e sobrenomes de seusalunos na lousa. Analise seus sobrenomes. Hásobrenomes iguais? As pessoas que têm omesmo sobrenome são sempre parentes?Discuta com seus alunos, mostrando alistagem de nomes, e, junto com eles, coloquea lista em ordem alfabética.

FORMANDO UM ÁLBUMOU UM LIVRO DE HISTÓRIA DEVIDAVocê deve ter em sua classe alunos comdiferentes histórias de letramento. Alguns jálêem e escrevem bem, enquanto outros nemsabem os nomes corretos das letras. Éimportante planejar atividades que acolhamalunos que estão em diferentes níveis.

Uma atividade que você pode desenvolver comsua turma e que o(a) ajudará a conhecermelhor seus alunos e, ao mesmo tempo, aapresentar-lhes o mundo letrado de formasignificativa para eles é construir umálbum ou livro da história de cada um,registrando seus gostos, suas lembranças,seus sonhos...

As atividades foram pensadas para todos osalunos da classe, pois mesmo as maissimples, como incluir escrita de listagem,servirão como fonte de reflexão para aquelesque estiverem começando, a fim de quepercebam o som das letras e sua seqüêncianas palavras, e poderão sanar as dificuldadesortográficas daqueles que já estãoescrevendo.

Cada página do álbum será uma folha desulfite com o nome da atividade a serrealizada. Guarde-a num envelope ou folha deplástico e, ao final, cada um poderá colocar onome numa capa e ilustrá-la como acharmelhor.

No álbum você poderá utilizar diferenteslinguagens e diferentes gêneros discursivos,incentivando cada um a escrever do jeito quesouber. Você ou um colega poderá ajudarquando o aluno precisar.

A HISTÓRIA DO MEU NOMEConvide os jovens a fazer um relato, contandocomo seu nome foi escolhido, quem oescolheu, o que ele acha de seu nome etc. Sealgum jovem não souber, estimule-o aperguntar para a família.

Leia a história do nome da Esmeralda (nabiblioteca você poderá encontrar o livro:Esmeralda – por que não dancei) e conversecom seus alunos. Explique que todo nome temuma história, pois alguns receberam o nomeem homenagem a alguém, outros por motivoreligioso, outros até por junção de algunsnomes...

Explique também que os nomes têmsignificado e pergunte se eles sabem qual é odo seu nome. Leve para a sala um dicionáriode nomes e pesquise com eles. Tenha acerteza de que haverá muito interesse e deque alguns poderão mudar a impressão quetêm de seus nomes.

Depois, peça para que relatem por escrito ahistória de seu nome. Se houver algum alunoque não saiba escrever convencionalmente,incentive-o a registrar de seu jeito e depoisregistre embaixo, explicando que outraspessoas poderão ver o álbum e será muitoimportante que tenha pistas paracompreender sua história.

Se, ao escrever, seu aluno trocar muito asletras, indague sobre o que ele queriaescrever e, se não escreveu o que pretendia,que letras precisaria colocar para escreveressa palavra e em que seqüência deveriacolocar as letras, dando-lhe pistas sobre aescrita convencional. Esteja atento(a) e repitaessas orientações, sempre que necessário, naelaboração das diversas páginas do álbum.

O ACRÓSTICOVocê já percebeu que os jovens gostam muitodo texto poético. A Oficina Poesia propõe aatividade com acrósticos, que os adolescentesusam muito. Recorra a ela se precisar.

Escreva na lousa um nome conhecido (o deEsmeralda, por exemplo) e faça junto comeles um acróstico para a pessoa. Depois,

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28EDUCAÇÃO E CIDADANIAincentive-os a fazer outros, utilizando-se dasletras móveis. Peça que escrevam o nome dealguém especial, como o da mãe, danamorada, da irmã, e faça vários exercícios.

Os alunos com mais dificuldade talvezprecisem de ajuda. Então, faça esta atividadeem duplas ou trios, com alunos de diferentesníveis de letramento.

Em outro momento, repita a atividade com onome de cada jovem. Se ainda houvernecessidade, proponha esta atividade emduplas ou trios, e depois cada um copiará seuacróstico na página do álbum.

MEUS JOGOS PREDILETOSCada aluno poderá fazer a listagem dos jogosde que gosta. Se em sua turma houver muitosalunos com dificuldade de alfabetização, useletras móveis.

Como na atividade anterior, forme duplas outrios, entregue as letras móveis para queescrevam os jogos em conjunto, separandodepois as preferências para serem copiadasna página preparada. Você pode também fazerum cartaz com os jogos da classe, deixando-oexposto na sala para dar pistas para aquelesque tiverem mais dificuldades.

A atividade com letras móveis facilita aalfabetização inicial porque:

• os alunos arriscam-se mais em suastentativas de escrita e corrigem commaior rapidez e menor esforço quandoerram;

• favorece a reflexão sobre a escrita: queletras usar, quantas, em que ordem;

• facilita o acompanhamento do processopelo professor;

• estimula a cooperação entre os colegas –aqueles que já têm mais conhecimento deescrita ajudam os que têm menos.

UM AMIGO MARCANTEPeça aos alunos que procurem se lembrar doamigo mais importante. Converse com elespara que se lembrem de que como é esseamigo, por que se tornou tão significativo, se

ele ainda faz parte de suas amizades ou se fazmuito tempo que não o vêem.

Distribua a página do álbum, peça para quedesenhem o amigo e escrevam um textorelatando a história de sua amizade por ele.Esteja atento(a) para que não fiquem somenteno desenho. Incentive seus alunos a escrever,mesmo que ainda não consigam produzir umtexto. Para você saber o que o jovem jáconhece sobre a escrita, será muito maissignificativo que ele escreva uma palavra, emvez de copiar um texto escrito por outrapessoa.

MINHA HISTÓRIA PREFERIDAConverse com seus alunos e relembre algunslivros que eles conhecem. Se já fizeram aOficina de Contos, será melhor ainda, poiscom certeza o repertório deles ampliou-seconsideravelmente.

Se houver muitos alunos não alfabetizados ecom pouco conhecimento de literatura,aproveite e leve para a classe alguns livros(que poderão já estar sendo previamenteutilizados em leituras diárias por você oupelos colegas).

Depois da discussão sobre os livros, peçapara que cada um comente por escrito o textode que mais gostou. Se você perceber que ocomentário está confuso, ajude-os areorganizá-lo.

Em seguida, peça para que desenhem ahistória escolhida em forma de quadrinhos,usando um texto mais simplificado. Estaatividade será demorada. Muitoprovavelmente você terá de desmembrá-la emvários dias, mas o resultado valerá a pena.

A realização de atividades com histórias émuito importante para os alunos com baixoletramento, isto é, com pouco conhecimentosobre a escrita, pois:

• desperta o gosto pela leitura;

• favorece o conhecimento intuitivo dalinguagem escrita;

• facilita a memorização dos começos e finsdas frases feitas.

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29LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

• favorece a internalização do discursoescrito. A leitura freqüente de textosnarrativos possibilita a apropriação dascaracterísticas desses gêneros,contribuindo para que o aluno produzatextos mais claros e coerentes;

• favorece os jogos simbólicos e a vivênciade diferentes papéis, pois, para sernarrador, é importante ter vivenciado opapel de espectador ou ter se colocado nolugar do personagem do texto.

UM ACONTECIMENTO DE SUCESSOConverse com os alunos sobre algo “desucesso” que tenham feito. Se não aparecernenhuma atividade, conte algo de sua vidaque considere importante e incentive-os a selembrar e falar de suas experiências. Depoisque estiverem bem aquecidos, distribua apágina do álbum e peça para relatarem porescrito tal acontecimento para que possa serconhecido pelos colegas e parentes.

Deixe que utilizem as próprias escritas,mesmo que tenham muita dificuldade. Dêpistas, ajude no que puder, mas não deixe queninguém faça por eles, nem incentive a cópia.

É preferível que se limitem a escrever apenasalgumas palavras ou frases sozinhos aescreverem textos perfeitos, mas semnenhum significado para eles. Temosencontrado vários jovens que se tornaramcopistas, não reconhecendo letras nempalavras, mas tendo uma “escrita” perfeita.

Você pode escolher, com autorização do autor,um dos textos escritos e fazer uma reescritacoletiva. Esta é uma atividade muitoimportante e que dará muitas pistas aosalunos com baixo letramento.

MINHAS COMIDAS PREDILETASLeve para a sala de aula algumas gravuras derevistas com fotos de comidas maisconhecidas, bem diversificadas. Discuta sobreas preferências de cada um e distribua tirasde papel (cortadas todas do mesmo tamanho)para que escrevam o nome de seu pratopredileto. Se algum aluno tiver dificuldade, dêpistas de como se escreve. Prepare um cartazem que você poderá organizar uma tabela,como a descrita abaixo.

Peça aos alunos para listar as comidas de quemais gostam e, se quiserem, ilustrar com

LASANHA

LASANHA BIFE COMBATATASFRITAS

LASANHA BIFE COM CHURRASCOBATATASFRITAS

LASANHA BIFE COM CHURRASCO FEIJOADABATATASFRITAS

LASANHA BIFE COM ARROZ E CHURRASCO FEIJOADABATATAS FEIJÃOFRITAS

LASANHA BIFE COM BOLO DE ARROZ E CHURRASCO FEIJOADABATATAS CHOCOLATE FEIJÃOFRITAS

6 5 1 2 4 3

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30EDUCAÇÃO E CIDADANIAdesenhos ou recortes de revistas.

Você pode aproveitar para fazer uma listageme promover diversos jogos como os que sãosugeridos neste módulo, permitindo que osalunos se apropriem da escrita ludicamente.

Para terminar esta página de modosignificativo, leve para a sala a letra damúsica Comida, que está na (pág. 61) doMódulo Família e relações sociais, escrita emletra bastão numa folha de papel pardo.Coloque o CD e cante a música com os jovens.Leia com eles a letra da música, destacandoas palavras que se repetem. Passe o dedo,mostrando o lugar em que elas estão escritas.Chame aqueles que ainda não fazem a relaçãoentre som e grafia e peça para que leiamessas palavras. Destaque as palavras queforem mais significativas e coloque-as numcartaz. Explore essas palavras e a letra damúsica, promovendo alguns jogos com elas,facilitando o trabalho de sala de aula, poisquando os jovens estiverem trabalhando oMódulo Família lerão com mais facilidade.

Como se pode observar, a letra da músicapossui várias palavras que se repetem e aapropriação dessas palavras ajudará aquelesque ainda não fazem a relação som-grafia eaqueles que ainda escrevem com maisdificuldade, trocando muito as letras oucolocando-as fora de lugar.

ComidaArnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Sérgio BrittoBebida é águaComida é pastoVocê tem sede de quê?Você tem fome de quê?A gente não quer só comida,A gente quer comida, diversão e arte.A gente não quer só comida,A gente quer saída para qualquer parte.A gente não quer só comida,A gente quer bebida, diversão, balé.A gente não quer só comida,A gente quer a vida como a vida quer.Desejo, necessidade e vontadeNecessidade e desejoNecessidade e vontadeNecessidade e desejoNecessidade e vontadeNecessidade e desejoNecessidade e vontade, au!

Necessidade.A gente não quer só comer,A gente quer comer e quer fazer amor.A gente não quer só comer,A gente quer comer e quer fazer amor.A gente não quer só comer,A gente quer prazer pra aliviar a dor.A gente não quer só dinheiro,A gente quer dinheiro e felicidade.A gente não quer só dinheiro,A gente quer inteiro e não pela metade.Extraído do CD Titãs 1984-1994 (Titãs, 1994)

MEU MAIOR SONHONo Módulo Educação, ponte para o mundo,você teve a oportunidade de conhecer ossonhos de Claudemir e de Elifas, além dossonhos de cada jovem. Se na classe houveralunos que ainda não vivenciaram essemódulo, converse com eles retomando aintrodução do subtema 5, explicando aimportância de terem projetos de vida.Converse com eles e deixe que falem àvontade sobre seus sonhos, sobre o quegostariam de aprender, estudar ou fazer.

Depois, entregue a página do álbum e peçaque escrevam um texto sobre seu sonho,deixando que escrevam do seu jeito,incentivando-os para a escrita.

UM “CAUSO” DE FAMÍLIASe sua classe já vivenciou a Oficina deContos, provavelmente já fez uma atividadesemelhante, mas mesmo assim éimportante retomá-la, pois com certeza elesgostam de contar “causos” e lembrar-se dafamília.

Retome alguns “causos” com eles e deixe quefalem, pois mesmo que parte da classe játenha feito a atividade, há alunos novos que adesconhecem. Retome também o “causo” doROBERTO sem CARLOS e explore com elesalgumas dificuldades que os jovens nãoalfabetizados têm.

Depois de conversarem, distribua a folha epeça-lhes que escrevam o “causo”. Estaatividade poderá ser difícil para alguns deles,mas incentive-os a registrar do seu jeito. Vocêpoderá pedir para que leiam e ser a escribadeles, explicando que está transcrevendo a

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31LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

sua história para que possam mostrá-la àmãe ou à namorada.

Para ter mais subsídios na condução dotrabalho, releia também o “Aprofundando” dapágina 11 (Identidade e Personagem) doMódulo O trabalho em nossas vidas, pois, aocontarem os “causos”, identidade epersonagens podem se misturar e se vocêtiver mais clareza desses pontos poderáintervir, se for necessário.

O QUE MAIS GOSTO DE VERNA TVFaça na lousa ou num cartaz uma listagemdos programas de televisão de que maisgostam. Se quiser, você poderá repetir atabela feita anteriormente para descobrir osprogramas prediletos do grupo. Poderátambém distribuir letras móveis e fazer aatividade em grupos ou trios.

UM GRANDE MEDOPergunte se já sentiram medo, como reagiramquando isso aconteceu, se aconteceu há muitoou há pouco tempo etc. Há uma coleção delivros muito interessante que trata dos maisdiversos medos. É uma coleção da Scipione,de Anny Joly e Jean-Noël Rochut. Se puderlevar alguns dos livros para a classe, seráótimo. Leia alguns deles ou peça para algunsalunos lerem.

Depois de explorar bastante o tema, peçapara escreverem seus medos, ajudandoaqueles que mais precisarem. Peça para eleslerem e seja escriba quando o texto estivercom muitos problemas, pois, ao fazê-lo, darápistas sobre a escrita, o que ajudará muitoseus alunos.

AH! QUE MÚSICA MAIS LINDA(ESCRITA DE MEMÓRIA)Um dos gêneros mais apreciados pelosadolescentes são as letras de música e aspoesias. Elas estão mais próximas dalinguagem utilizada por eles e podem servirde ponto de partida para uma reflexão que osleve a perceber as regularidades da língua.

Por isso, o texto poético, como já foicomentado antes, é uma excelente fonte dereflexão, porque:

• desperta e desenvolve o gosto por essesgêneros;

• desenvolve a sensibilidade e acriatividade;

• ajuda a desenvolver a consciência sonora,fundamental para a alfabetização;

• familiariza o aluno com aspectosdiscursivos do texto poético: rima, ritmo,repetição, uso de metáforas e aspectosgráficos de organização desses textos;

• por ser fácil de memorizar, o texto poéticopode ser usado na alfabetização inicial:

- como modelo de escrita convencional;

- como texto para “leitura de memória”;

- como desencadeador de atividadeslúdicas do tipo: descobrir a palavra quefalta; colocar em ordem os versos;remontar estrofes, recortando e colandoas palavras da poesia, canção ouparlenda etc.

Assim, uma das atividades que você poderádesenvolver e que dará muito prazer aosjovens é retomar suas músicas prediletas. Elapode durar vários dias, sendo a elaboração dapágina do álbum a culminância da atividade.

Deixe que cantem, que relembrem e, se acharnecessário, divida a classe em trios para queescrevam as letras das músicas. Você podeescolher algumas para colocar num cartaz eservir de pistas para a escrita de outras.

Depois de ter explorado bastante o tema,distribua a folha, vire os cartazes para que nãocopiem as letras das músicas e incentive-os aescrever de memória suas músicas prediletas.Se não conseguirem escrevê-las inteiras,podem escrever os nomes, os pedaços de quemais gostarem ou o estribilho. O importante éque haja reflexão sobre a escrita.

Muitos outros temas poderão ser anexados aoálbum ou livro, como os times do coração, asmarcas de carro prediletas, uma aventurainesquecível etc. Depende do tempo de que vocêdispõe e do interesse da classe. O importante

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32EDUCAÇÃO E CIDADANIA

neste projeto é que o aluno tenha a oportunidadede se expressar utilizando-se de diferentespossibilidades de escrita e que sua história deletramento seja respeitada e ampliada.

APRENDENDO COM OS JOGOSO jogo é um excelente instrumento naaprendizagem de nomes e palavrassignificativas, e por isso se tornamfundamentais dentro do projeto Quem sou eu?Quem somos nós? Eles podem ser usadosparalelamente à elaboração do álbum ou livrode história de cada aluno, aproveitando-se aspróprias palavras utilizadas/sugeridas pelosjovens durante o projeto.

O jogo, como qualquer outra atividade, deve serusado não de forma descontextualizada, mas nocontexto deste projeto ou de outros que virão aseguir: lembre-se de que toda atividade deveproporcionar reflexão para o aluno, dando-lhepistas sobre as regularidades da língua e ajudando-o a se apropriar da leitura e da escrita.

Jogos são atividades que auxiliam muito naapropriação da leitura e da escrita e naaquisição da base alfabética, porque:

• levam ao reconhecimento das letras doalfabeto;

• ajudam a relacionar som e grafia;

• contribuem para a percepção de como secombinam letras para formar palavras;

• fixam a grafia correta de palavras maisusuais;

• favorecem a aprendizagem de conteúdosgramaticais.

BINGO DE LETRAS(integrante do material Aprender Pra Valer!)Se seus alunos ainda não conhecem as letrasdo alfabeto ou têm muita dificuldade emestabelecer a relação som-grafia, este jogopoderá ajudá-los. Ele pode ser repetido váriasvezes, pois seu caráter lúdico envolve a todos.

InstruçõesMaterial necessário: Cartelas, alfabetos (Anexo 3),marcadores, conjunto de alfabeto em tamanhogrande

Número de jogadores: variávelObjetivo do jogo: Cobrir com marcadores todas ascasas da cartelaRegra do jogo: Distribui-se uma cartela para cadajogador; este escolhe seu conjunto de letrasmóveis, 11 letras para colocar nas “casas” dacartela. Um jogador sorteia uma a uma as letras doalfabeto, colocando-as em uma caixa ou saco,dizendo seu nome e mostrando-a a todos. Se aletra sorteada estiver em sua cartela, o jogador devemarcá-la. Aquele que primeiro preencher a cartelacom marcadores grita “Bingo!” e ganha o jogo.

BINGO DE NOMESO ambiente da sala de aula pode ser propíciopara jogos com os nomes próprios, poisnormalmente os alunos recorrem aos nomesdos colegas ou de alguém especial para eles,pensando na letra ou sílaba que usarão paraescrever outra palavra. Por exemplo: Queroescrever tigela; como é mesmo que começa onome do Tiago? Para escrever cidadania, euuso o C da Cibele? Por esse motivo, devem-seaproveitar os nomes dos alunos paraconstruir vários jogos que servirão de pistas,principalmente para aqueles que estiverem noinício do processo de construção da escrita.Um desses jogos é o Bingo de nomes, em quese retoma a escrita dos nomes da sala.

Para realizar o jogo, você deverá montar ascartelas, combinando os nomes de diversasformas. Veja o exemplo abaixo:

FÁBIO FERNANDO MARCELO ANDRÉHENRIQUE MAURO ALEXANDRE FELIPETIAGO MAURÍCIO EDUARDO PEDRO

TIAGO WAGNER PEDRO ALEXANDRENELSON WANDERLEY ANDRÉ FELIPEMAURÍCIO HENRIQUE MAURO EDUARDO

Com quinze alunos você poderá criar pelomenos quinze combinações de nomesdiferentes. Além das cartelas, você iráprecisar de grãos ou bolinhas de papel paramarcar os nomes sorteados. Como há umagrande rotatividade de alunos, é importanteque todos tenham crachás, o que, além deauxiliar na identificação, ajuda a dar pistas

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33LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

para os alunos com menos conhecimento deescrita.

Repita o bingo, utilizando os nomes dascomidas prediletas do grupo, de jogadoresfamosos, dos times preferidos, de músicasque gostam de ouvir, das palavras maisdesafiadoras do Módulo Saúde, uma questãode cidadania etc.

SOPA DE LETRASO desafio deste jogo é usar todas as letrasque estão dentro de um envelope e formarcinco nomes sem deixar nenhuma letra defora. Faça, com cartolina, pequenas tirasdivididas em quadradinhos e escreva nelas osnomes de todos os alunos, com letras deforma maiúsculas. Forme grupos com cincode seus alunos. Por exemplo:

W A N D E R L E YM A U R I C I O T I A G O E D U A R D O A L E X

Recorte as letras e coloque-as num envelope.Siga o mesmo procedimento para cada grupo,usando todos os nomes dos alunos de sua sala.Repita alguns nomes se tiver poucos alunos.

Distribua os envelopes e informe-os de que emcada um há letras que formam cinco nomes daclasse e deverão usar todas as letras.

Depois que cada grupo tiver formado os cinconomes, oriente-os para que troquem osenvelopes – assim, os grupos poderão formaros nomes de todos os colegas.

Observe se há alunos com mais dificuldade eoriente-os para recorrer à lista de nomes dasala. Este momento é precioso para vocêobservar as hipóteses que seus alunos têmem relação à escrita. Anote suas observaçõespara poder fazer novas intervenções.

Repita a atividade com outras palavras(nomes de profissões, palavras que acharammais interessantes no Módulo Justiça ecidadania etc.).

PALAVRA SECRETAOs alunos escolhem uma palavra dos cartazesexpostos na sala, que integram os temasdesenvolvidos no PEC, e a escrevem numatira de papel quadriculado, com letras deimprensa maiúsculas, colocando uma letra emcada quadradinho. Depois recortam,separando uma letra da outra, e trocam com ocolega do lado. Cada um deverá adivinhar apalavra que o colega escolheu, reagrupandoas letras. Por exemplo:

C O M U N I D A D ES O N H OP A S S A T E M P OT R A J E T Ó R I AC I D A D A N I A

PARE!Numa folha de sulfite, desenhe seis colunas.Uma delas, mais estreita, servirá paraescrever as letras que serão sorteadas; asdemais servirão para escrever as palavrasrelativas às categorias indicadas na partesuperior da folha. Ex.: letra, nome, comidaetc. Explique na lousa como o jogo funciona,dando alguns exemplos. O objetivo do jogo éescrever, no menor tempo possível, palavrascom a mesma letra inicial, em cada categoria.Quem completar todos os nomes primeirogrita “Pare!”. E se as palavras estiveremcorretas, ganha os pontos da rodada.

Este jogo poderá ser repetido muitas vezes,com outras categorias de palavras. Ajuda adestacar a sílaba inicial para aqueles queestiverem se iniciando no letramento e servepara ampliar o vocabulário e melhorar aortografia dos alunos mais avançados.

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34EDUCAÇÃO E CIDADANIA

LETRA NOME COMIDA FRUTA ANIMAL JOGOP PAULO PIZZA PERA PANDA PULA-PULAB BRUNO BRIGADEIRO BANANA BURRO BANCO

IMOBILIÁRIOA ALBERTO ARROZ ABACAXI ANTA AUTORAMA

Você pode também realizar este jogo com aspalavras contidas no material. Por exemplo:

LETRA NOME DE UMA PALAVRA NOME DE UMAPESSOA QUE ACHEI ATIVIDADE

DIFÍCILMAS APRENDI

Educação E ELIFAS ESTRELA ESCOLA/ALUNOSaúde A ANTÔNIO ADOLESCÊNCIA APARELHOSREPRODUTORESTrabalho L LUCY LATIFÚNDIO LUCY,A METALÚRGICAFamília e C CAETANO CIRCUNFERÊNCIA AS CASASRelações (E SUAS FORMAS)SociaisJustiça e G GILBERTO GUAIANAZES GUERRA DOSCidadania BOTÕES

ADIVINHE A PALAVRAEste jogo é excelente para que os jovens seapropriem do vocabulário do material. Deveser realizado com todos os alunos, emdiferentes momentos de apropriação dosistema de escrita, dando pistas tanto paraaqueles que estão no início doestabelecimento da relação som-grafia, comopara os que estão se apropriando daortografia correta das palavras. Selecionecom eles algumas que considerem difíceis eas escreva num cartaz para que possamconsultar durante o uso do material.

Para o jogo, chame um aluno para ir à frenteda sala e selecionar uma das palavras dalista, a qual os colegas têm de adivinhar, apartir de pistas do tipo “começa/termina comtal letra; rima com a palavra...” etc. Estealuno pode também sortear uma das palavrasselecionadas, incentivando a leitura e acriação de pistas para a classe identificar.Depois de terminado o jogo, discuta com aclasse qual dica foi melhor. Incentive aparticipação de todos. É importante quefaçam algumas vezes em conjunto, paraaprenderem o jogo.

Por exemplo: Você escreve palavras utilizadas

nos módulos O Trabalho em nossas vidas eSaúde, uma questão de cidadania num cartaz:

APRENDIZ DOENÇAORGANIZAÇÃO PARASITASPROFISSIONAL AMBIENTERIQUEZA HUMANOTRABALHADOR EQUILÍBRIOCONSTRUÇÃO SAUDÁVELEMPREGO REPRODUÇÃO

Separe a classe em dois grandes grupos eescolha um líder para sortear uma daspalavras. Ele não deve saber qual é a palavra(só o professor). Junto com seu grupo, fazperguntas ao professor, que só poderáresponder “sim” ou “não” por determinadotempo, previamente acordado com a classe.Se acertar no prazo previsto, ganha os pontose o outro líder começa tudo novamente. Senão acertar, a palavra fica para o outro grupo,que se aproveitará das pistas deixadas pelasperguntas já feitas pelo grupo anterior. Ganhaquem adivinhar (e ler) mais palavras.

Vamos supor que seja escolhida a palavraAPRENDIZ. Há várias possibilidades de setentar adivinhar a palavra. Ex.: A palavracomeça com a letra R? (Não) A palavracomeça com a letra A? (Sim) A palavra tem 8letras? (Sim) A palavra termina em E? (Não)A palavra rima com juiz? (Sim) Então apalavra é APRENDIZ! (Sim)

Pode-se também fazer um jogo de adivinhaçãopor mímicas, mas se seu objetivo for ajudarno estabelecimento da relação som-grafia, aatividade anterior é mais adequada.

PALAVRA MÁGICAComo o jogo anterior, este é um excelentemediador para que os jovens se apropriem dovocabulário do material, devendo serrealizado com todos os alunos, em diferentesmomentos de apropriação do sistema deescrita.

Utilizando, por exemplo, palavras do MóduloJustiça e cidadania, como aquelas que estãono dicionário jurídico (ou outra listagem quevocê elaborar), escolha uma das palavras e

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copie na lousa. Chame um de seus alunos eele terá de descobrir outras palavras, quepoderão ser escritas com as mesmas letrasem outras seqüências. Faça o mesmo comvárias palavras até que a classe tenhaentendido o jogo.

Divida a classe em duplas, trios ou grupos edistribua uma cartela para cada grupo.Marque tempo para que descubram aspalavras. Se sua turma tiver menosdificuldade, você poderá deixá-los completara cartela toda (ver Anexo 3), mas seprecisarem de muita ajuda, dê duas ou trêspalavras somente. Ganha o jogo quemconseguir descobrir mais palavrasescondidas. Ex.:

MINISTÉRIO: MINI MISTÉRIO RIO TER TRIOAUTORIDADE: AUTO IDADE RIO AUTOR ROTA

Se tiverem muita dificuldade, você poderálevar 47 todas as palavras já recortadas numenvelope e pedir que descubram onde elaspodem se encaixar, utilizando, aí, menospalavras. Ex.:

AUTORIDADE: IDADE AUTOR TRIODIREITO: DITO RETO DIREI

FORCAProvavelmente seus alunos conhecem essejogo, mas verifique se há alguém que odesconheça e, se isso acontecer, explique e dêexemplos.

Desenhe uma “forca” na lousa e diga que iráescolher uma palavra de determinado móduloe colocar na lousa um tracinho para cadaletra dessa palavra. A cada letra que a turmasugerir, você irá preenchendo os tracinhos; sea palavra contiver a mesma letra mais deuma vez, você deverá preencher os tracinhoscorrespondentes, mas se a palavra nãocontiver a letra, você desenha uma parte docorpo na forca. Se você completar o desenhodo corpo antes que acertem palavra, osalunos “morrem na forca”.

As letras que já tiverem sido utilizadas podemser registradas, evitando-se repetições. Se

não conseguirem terminar a palavra,preencha os tracinhos restantes com gizcolorido, para que saibam qual era a palavraescolhida.

Para jogar com todos os alunos, você podedividir a classe em dois grupos, que irãodisputar para acertar a palavra escolhidapelo professor. Para os alunos que estiveremem processo inicial de alfabetização, algumasorientações devem ser feitas:

• Ofereça sempre alguma informação sobrea palavra escolhida: por exemplo, se énome de pessoa, de animal, de objeto. Issoajudará o aluno na antecipação da palavrae na seleção das letras.

• Combine com eles que deverão adivinharprimeiro as vogais e depois as consoantes.Isso ajudará aqueles que ainda estãocomeçando a relacionar som e grafia.

• Cada grupo deverá dizer uma letra. Estejaatento(a) para que não haja amonopolização de um aluno que já saibamais. É importante que todos do grupoopinem, aproveitando-se a reflexãodaqueles que ainda têm mais dificuldade.

Esta atividade pode ser repetida várias vezescom a turma toda ou em duplas ou trios,quando já tiverem aprendido a estrutura dojogo.

CORRIDA DAS LETRASEste jogo é para ser utilizado com alunos quetêm muita dificuldade e ainda nãoreconhecem as letras do alfabeto e precisamde uma intervenção adequada. Visa aoreconhecimento das letras e à suaidentificação no início das palavras.

Organize a classe em duplas de forma acombinar alunos com maior domínio daescrita e outros com mais dificuldade, paraque um ajude o outro.

Este jogo foi preparado para que vocêtrabalhe junto com o Módulo O trabalho emnossas vidas, mas se tiver alunos que aindanão identificam as letras do alfabeto, façafichas com palavras de outros módulos erepita o jogo por várias vezes.

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36EDUCAÇÃO E CIDADANIAMaterial necessário:Material necessário:Material necessário:Material necessário:Material necessário: 23 fichas compalavras, cada uma iniciada por uma letra;um tabuleiro (ver no Anexo 3) com as letrasdo alfabeto para cada quatro alunos – duasduplas –; um dado; dois marcadoresdiferentes

Objetivo do jogo:Objetivo do jogo:Objetivo do jogo:Objetivo do jogo:Objetivo do jogo: Chegar ao final dopercurso

Número de jogadores:Número de jogadores:Número de jogadores:Número de jogadores:Número de jogadores: Quatro (duas duplasem parceria)

Regra do jogo:Regra do jogo:Regra do jogo:Regra do jogo:Regra do jogo: Espalham-se as fichas, deforma que todos possam visualizar aspalavras. Cada dupla lança o dado e “anda”tantas casas quanto o número sorteado notabuleiro apresentado. A cada rodada, osparceiros da dupla se revezam para lançar odado, para dizer o nome da letra da casa emque caiu e para pegar a palavra que começacom aquela letra. O jogador pega a palavra,mostra para o grupo e a recoloca na mesa. Oparceiro pode ajudar na identificação daletra e da palavra. Se nenhum dos doissouber, a dupla fica na casa onde estava. Aoutra dupla repete o mesmo procedimento eganha o jogo quem chegar primeiro ao finaldo percurso.

Se você precisar adaptar o jogo para umnúmero maior de jogadores por tabuleiro, esteprecisará ser aumentado e as regrasprecisarão ser alteradas, ou seja, haverámaior número de palavras que começam coma mesma letra. Ganhará quem conseguirchegar ao final do percurso com o maiornúmero de palavras.

JOGO DAS RIMASEste jogo propicia a percepção da relaçãoentre som e grafia. Destina-se a alunos eminício da aprendizagem.

Neste foram utilizadas palavras da OficinaPoesia, mas você poderá inventar outros jogossemelhantes, construindo-os no computador.Utilize palavras de diferentes módulos, poisatividades com rima são fundamentais paraajudar os alunos na construção daconsciência sonora, fundamental no processode alfabetização.

Material necessário:Material necessário:Material necessário:Material necessário:Material necessário: 20 fichas compalavras para cada dupla

Objetivo do jogo:Objetivo do jogo:Objetivo do jogo:Objetivo do jogo:Objetivo do jogo: Formar pares compalavras que rimem

Número de jogadores:Número de jogadores:Número de jogadores:Número de jogadores:Número de jogadores: Dois

Regra do jogo:Regra do jogo:Regra do jogo:Regra do jogo:Regra do jogo: Colocam-se as fichas sobre amesa. O primeiro jogador escolhe uma ficha,em seguida o adversário escolhe outra fichacom uma palavra que rime com a primeirapara fazer o par. Se acertar, retira o par parasi. Se errar, devolve a vez para o primeirojogador, que deverá pegar a palavra que rime.Se acertar, retira o par para si. Se nãosouber, devolve a ficha para a mesa. Osegundo jogador faz o mesmo em relação aoprimeiro. O jogo prossegue até que todos ospares sejam formados. Ganha o jogo quemfizer mais pares. (Ver Anexo 3)

TRANSFORMANDONeste jogo, o aluno transforma uma palavra,substituindo apenas sua letra inicial. Porexemplo, na palavra DEVER, trocando o Dpelo R teremos REVER.

Este jogo utilizou palavras do MóduloEducação, ponte para o mundo, mas vocêpoderá inventar outros jogos semelhantes,com palavras dos outros módulos. Umavariante dele é substituir a última letra emlugar da primeira.

Material necessário:Material necessário:Material necessário:Material necessário:Material necessário: 12 fichas compalavras; 23 cartas com letras do alfabeto

Número de jogadores:Número de jogadores:Número de jogadores:Número de jogadores:Número de jogadores: Dois

Regra do jogo:Regra do jogo:Regra do jogo:Regra do jogo:Regra do jogo: Colocam-se as fichas depalavras com a parte escrita virada parabaixo. Espalham-se as cartas de letras com aparte escrita virada para cima. Um dosjogadores sorteia uma ficha de palavra e a lêalto. O outro jogador deve escolher uma cartade letra, colocá-la sobre a letra inicial dessapalavra formada. Se acertar, faz ponto. Cadaficha de palavra que é sorteada é retirada dojogo. A carta de letra usada permanece namesa e poderá ser utilizada novamente, senecessário. Ganha o jogo quem fizer maispontos. (Ver Anexo 3)

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37LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

MEMÓRIAEste jogo tem por objetivo fixar a ortografiado vocabulário utilizado no Módulo Saúde,uma questão de cidadania. Você poderá fazeroutros jogos de memória com palavras dosdemais módulos. Se quiser, poderá usardesenhos para ilustrar as palavras e depoisrecortar e colar em cartolina.

Material necessário:Material necessário:Material necessário:Material necessário:Material necessário: 24 cartões compalavras

Número de jogadores:Número de jogadores:Número de jogadores:Número de jogadores:Número de jogadores: Dois

Regra do jogo:Regra do jogo:Regra do jogo:Regra do jogo:Regra do jogo: Inicia-se o jogo com todos oscartões virados para baixo. Cada jogador viradois cartões. Se formar o par, retira-o para si.Se não formar o par, recoloca-os no mesmolugar, com a parte escrita virada para baixo.Ganha o jogo quem fizer mais pares.

DOMINÓ DE PALAVRASOs alunos devem combinar letras cursivas ede imprensa ou vice-versa, como no jogo dedominó. O objetivo é a leitura de palavras e aampliação e fixação de vocabulário eortografia.

Material necessário:Material necessário:Material necessário:Material necessário:Material necessário: 28 cartões compalavras utilizadas nos módulos, em letracursiva e de imprensa

Número de jogadores:Número de jogadores:Número de jogadores:Número de jogadores:Número de jogadores: Quatro

Regra do jogo:Regra do jogo:Regra do jogo:Regra do jogo:Regra do jogo: Cada jogador recebe setepeças e segura-as de forma que osadversários não as vejam. O primeiro jogadorcoloca uma peça sobre a mesa e o jogadorseguinte deverá colocar uma peçacombinando com a letra maiúscula ouminúscula. Se não tiver a palavra, passa avez. Ganha o jogo quem ficar primeiro semnenhuma peça.

Este jogo utilizou palavras do poema“Operário em Construção”, inserido noMódulo O trabalho em nossas vidas, mas,como nos jogos anteriores, você poderáinventar outros jogos semelhantes, utilizandopalavras do repertório de outro módulo ouoficina.

JOGO DA VELHAEste jogo destina-se a alunos já alfabetizados,mas que ainda têm problemas naaprendizagem da ortografia. Eles poderãojogá-lo com autonomia, enquanto você dáatenção para aqueles que mais necessitam desua intervenção.

É provável que os alunos já conheçam o jogo:costuma-se jogá-lo fazendo-se marcas nasdivisões da cartela. Por exemplo, um jogadormarca com uma cruz e o outro com umabolinha, tentando fazer três marcas iguaisseguidas, na diagonal, horizontal ou vertical.Um jogador procura impedir que o outroatinja seu objetivo, “fechando o caminho” doadversário com sua marca. No jogo queestamos propondo, em vez de usar marcas,eles preenchem as casas da cartela comfichas de palavras.

Escolhemos palavras do material que podemser aprendidas mais facilmente por meio dojogo, pois normalmente os alunos erram aspalavras que apresentam sons semelhantes egrafias diferentes. Jogando, eles irãofamiliarizar-se com essas particularidades dalíngua escrita. De cada vez, os alunos jogamcom as fichas de um mesmo grupo. Cadagrupo de 16 fichas é formado metade compalavras escritas de um jeito, metade deoutro; por exemplo, metade com SS, metadecom Ç; um jogador fica com as que têm SS,outro com as que têm Ç.

Este jogo trabalha cinco dificuldades: SS/Ç, L/U, JE-JI/GE-GI, M/N e CH/X. Junto com seusalunos, você poderá confeccionar fichas comoutras palavras, envolvendo as dificuldadesque estejam apresentando em suas escritasespontâneas.

Material necessário:Material necessário:Material necessário:Material necessário:Material necessário: Cartela comnove divisões e 80 cartões com palavras,separadas em cinco grupos(Ver Anexo 3)

Número de jogadores:Número de jogadores:Número de jogadores:Número de jogadores:Número de jogadores: Dois

Objetivo do jogo:Objetivo do jogo:Objetivo do jogo:Objetivo do jogo:Objetivo do jogo: Colocar três palavras,uma em seguida da outra, na vertical,horizontal ou diagonal e lê-las

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38EDUCAÇÃO E CIDADANIARegra do jogo:Regra do jogo:Regra do jogo:Regra do jogo:Regra do jogo: Cada jogador, na sua vez,coloca sobre a cartela uma das fichas do seugrupo, procurando formar uma trinca na

horizontal, vertical ou diagonal. Ganha o jogoquem conseguir fazer primeiro a trinca e leras palavras colocadas.

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39LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

PROJETODICIONÁRIONas oficinas culturais Conto,Correspondência, Jornal e Poesia, há umaficha que orienta o uso do dicionário. É muitoimportante que os jovens saibam utilizar odicionário para que tenham autonomia nabusca dos significados das palavras. Noentanto, os alunos não alfabetizados não sótêm muita dificuldade em utilizar esse tipo deportador, como nem sempre conhecem aindaas letras e a seqüência do alfabeto.

Assim, dentro do processo mais específico daalfabetização, é muito importante que sedêem pistas para que os não alfabetizadosconheçam as letras e se apropriem daseqüência do alfabeto.

Explique a seus alunos que a ordem alfabéticaé uma organização que facilita a procura deinformações em dicionários, listas telefônicas,agendas e também serve para organizar:

• assuntos em livros e enciclopédias;

• autores e livros nas prateleiras dabiblioteca;

• remédios nas farmácias;

• discos nas lojas;

• nomes de ruas e avenidas em guias deendereços.

Para ajudá-los nessa apropriação é queestamos propondo algumas atividades (ver

Anexo 4) complementares à ficha, queorientam no uso do dicionário.

Repita muitas vezes as atividades deordenação alfabética (ver atividade 6 doAnexo 4, que utiliza vocabulário da ficha 1Bdo Anexo, do Módulo Saúde, uma questão decidadania), utilizando-se dos nomes dosjovens que freqüentarem a oficina e dovocabulário do tema que estiver sendotrabalhado.

CONSTRUINDO UM DICIONÁRIOConstrua com seus alunos um dicionário comas palavras que eles escolherem, dentreaquelas utilizadas no dia-a-dia da sala de aulae do vocabulário dos módulos e oficinas.Indague sempre qual significado eles achamque a palavra tem, discutindo com eles, e, seprecisar, lance mão de seu dicionário, dandoexemplos de como você o utiliza.

Esta atividade será importante na ampliaçãode vocabulário para os alunos já alfabetizadose dará pistas àqueles que não estãoalfabetizados, pois o repertório construído osajudará no desvendamento da linguagemescrita.

Você pode utilizar um caderno brochura,separando as folhas com pequenos pedaçosde cartolina contendo as letras do alfabeto, oumontar o dicionário com folhas de sulfitecortadas ao meio, separando-as com as letrasdo alfabeto e colocando uma capa de cartolinaque os jovens podem ilustrar.

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PROJETOAGENDAEste projeto pode ser feito após a realizaçãoda maquete orientada no Módulo Educação,ponte para o mundo, numa oficina específicade letramento e alfabetização.

A elaboração da agenda é uma atividademuito importante, porque elenca lugares eentidades que oferecem espaços deaprendizagem e atuação aos jovens e podemdar apoio a eles quando necessitarem,estabelecendo uma rede de proteção por meiodo acesso aos endereços registrados. Aomesmo tempo, evidencia a importância daleitura e da escrita, de modo significativo emsua vida. Verifique se os alunos sabem o que éuma agenda, para que serve e como se podeorganizá-la. Leve uma agenda para a sala,deixe que os jovens a folheiem e chameatenção para o fato de que os nomes sãoorganizados por ordem alfabética, isto é, pelaprimeira letra.

Oriente seus alunos para que façam umlevantamento de lugares próximos de ondemoram em que possam realizar atividades,conhecer pessoas e aprender coisas novas.Esses lugares podem ser: comunidades debairro, igrejas, sindicatos, grupos de jovens,clubes desportivos e culturais, bibliotecas, eaté secretarias municipais e estaduais,conselhos municipais de direito das criançase adolescentes, conselhos tutelares, entreoutros.

Em seguida, converse com a classe sobre olevantamento realizado. Registre na lousa osnomes dos lugares e marque quantas vezescada um apareceu para identificar os quemais se destacam. Em seguida, organize comeles os nomes dos lugares em ordemalfabética.

Aproveite para apresentar os endereços dasONGs e entidades que constam dos módulostemáticos. Faça com eles uma listagemdessas entidades e, em seguida, pergunte seas conhecem e se sabem onde elas estão

localizadas. Alguns jovens podem nãoconhecer exatamente o nome da rua e onúmero dos lugares apontados, mas sabembem explicar o local em que se encontramquando são da região.

Faça também um levantamento dos endereçosdos locais que você listou com a classe. Seeles não souberem o endereço, diga que vocêtambém vai pesquisar para completar os quefaltam. Como na atividade anterior, coloque osnomes das ONGs e entidades em ordemalfabética.

Anote os nomes pesquisados pelos jovens (oufaça o levantamento numa folha de papel) eleve-os digitados na próxima aula em letra deimprensa maiúscula, para facilitar a leituradaqueles que tiverem menos conhecimento deescrita, destacando a letra inicial.

Você pode pedir que os alunos copiem na agendaos nomes pesquisados. Se houver dentre seusalunos jovens copistas, isto é, que copiam sematribuir sentido ao que escrevem, evite fazê-loscopiar. Incentive a leitura, dê pistas, chame aatenção para a letra inicial e final da palavra, váriasvezes e em várias situações.

Por exemplo:

FIQUE VIVORUA SANTA CRUZ, 8104121 - 000 – SÃO PAULO – SPPOSTO DE SAÚDERUA......CONSELHO TUTELARRUA ......

Relembre o que foi trabalhado no projetoDicionário e retome a questão da ordemalfabética. Peça que recortem todas as tirascujos nomes comecem com a letra A e colemnuma folha de sulfite cortada ao meio. Depois,todos os que comecem com a letra B e assimpor diante, até que você tenha esgotado todaa lista da classe, montando assim uma agendade endereços.

Você pode utilizar um caderno brochura,separando as folhas com pequenos pedaços decartolina contendo as letras do alfabeto, ou montara agenda com folhas de sulfite cortadas ao meio,separando-as com as letras do alfabeto e

41LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

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42EDUCAÇÃO E CIDADANIA

colocando uma capa de cartolina que os jovenspodem aproveitar para ilustrar, como você já fez naelaboração do dicionário.

Este projeto vai ajudá-los na aprendizagem doalfabeto, permitindo que cada um se apropriedele de forma relevante e significativa.Quanto mais endereços tiverem na agenda,melhor será para eles. Essas atividadespodem ser feitas aos poucos e paralelamentea outros projetos, para que os alunos nãoalfabetizados não desanimem.

Uma das atividades que você poderá fazer,paralelamente, depois do levantamento dosnomes, será a elaboração de um anúncio deuma das entidades, conforme orientação queconsta do Módulo Educação, uma ponte parao mundo. Leve para a sala vários anúncios dejornais e revistas e deixe-os ler em duplas. Senão souberem ler, ajude-os com pistas efazendo-os formular hipóteses. Chame aatenção para as palavras utilizadas e ajude-osa perceber que a linguagem empregada é bemobjetiva.

Coloque um dos nomes escolhidos na lousaem letra bastão e explore-o dando pistas dotipo “Começa/termina com a letra...”, “O nome

tem tantas letras”, “Há tantos nomes nasala que começam com a mesma letra”, ou,então, “A palavra começa com a mesmaletra do nome de...”. Repita essas atividadesquantas vezes julgar necessário. Pareceevidente para nós, que já lemos eescrevemos, quais letras devemos usar,mas, para aqueles que ainda não fazemrelação entre os sons e a escrita, essasatividades servirão de pistas preciosas.

Faça um exercício de criação oral de umanúncio, auxiliando no desenvolvimento dasidéias, e somente depois da discussãocoletiva é que você deve fornecer papel paraque os alunos tenham a responsabilidade defazer um anúncio também. Deixe-os criarem duplas, procurando reunir alunos commais e com menos conhecimento de escrita,mas incentive os dois a trabalhar juntos.Você pode incentivá-los a recortar letras derevistas e ilustrar com desenhos ougravuras. Acompanhe a escrita, dê pistas ecorrija quando necessário.

Faça um painel com os anúncios e escolhaalguns deles para ser colocados no jornalmural.

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43LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

PROJETOCORRESPONDÊNCIAA Oficina Correspondência, integrante doconjunto dos módulos culturais do ProjetoEducação e Cidadania, tem, em suaintrodução, várias atividades que dão pistaspara o trabalho com os não alfabetizados.Essas pistas são muito importantes e servempara todo e qualquer projeto de leitura eescrita. Assim, a própria oficina já propiciavárias atividades que serão facilmenterealizadas pelos jovens, dando-lhes segurançapara poderem avançar em direção à leitura eescrita de textos mais complexos.

Por isso, neste material, reforçamos aimportância das atividades já elaboradas naOficina Correspondência e sugerimos algumasque podem ser feitas paralelamente, paraajudar os não alfabetizados.

EXPLORANDO CARTASComece o projeto lendo para os alunos o texto– reproduzido a seguir – que contém odepoimento de um rapaz que não sabiaescrever, mas, assim que aprendeu, logo quisescrever uma carta para a mãe que mora noCeará. É uma história bonita, de alguém comuma enorme força de vontade.

Imprima o texto e leia-o para seus alunos.Discuta com eles vários aspectos do relato deAntônio e destaque alguns deles:

• Para ler e escrever, é preciso encontrarum sentido, um objetivo. Antônio percebeucomo fazia falta não saber ler nemescrever e foi à luta.

• Para se alfabetizar, é precisocompreender para que serve a escrita eatribuir significado a ela. Antônioprocurou compreender os diversosindícios por meio do contato comdiferentes textos (jornal, placas, nomes),observando a escrita e descobrindoalgumas regularidades do sistema.

• Antônio contou com a colaboração depessoas que lhe deram informações sobre

a escrita. Ele aproveitou as informaçõesporque seu olhar atento estava abertopara o conhecimento.

Quando vim pra São Paulo, não sabia ler e fuitrabalhar na construção, como ajudante. Foi lá queeu senti que precisava aprender um pouco, porqueficar a vida toda fazendo massa e carregando areianão ia dar. Eu nem sabia que tinha escola praadulto. Mas não sei se ia lá não. Eu achava umavergonha ficar exibindo que não sabia. Pensei,então, em aprender sozinho.Toda noite pegava num pedaço de jornal queachava na obra, ou mesmo na rua. Fiquei muitotempo só olhando as letras. Foi aí que eu vi quetinha letra que aparecia muito, toda hora aparecia,e outras que eram difíceis de aparecer. Uma coisaque eu também vi é que tem letra que não fica nofim das palavras. As do fim eram a, s, o, l, m ealgumas outras. As letras que não podiam ficar nofim eram como g, t, q, v, f. Vi também que sópoucas letras, como o, e, a, ficavam sozinhas.Tinha palavras de duas letras, não eram muitas.Comprei um caderno e fui fazendo cópia das letras.Um dia fiquei sabendo que meu nome estava todoescrito na identidade. Minha namorada memostrou onde estava o nome e eu fiqueiescrevendo até saber todo ele de cor. Comecei aachar pedaço do meu nome em todo jornal que eupegava. Um dia achei Antônio inteiro lá, no retratode um homem que parecia muito importante. Játinha visto ele na televisão.Agora, eu aprendi mesmo foi quando fiqueiolhando pras placas. Na minha obra, tinha o nomeda construtora: SEABRA. Brasil era o nome queestava no caderno que eu comprei. Brasil eSEABRA ficavam muito parecidos quando estavamescritos. Do jeito que começa Brasil acabaSEABRA. Fui aprendendo a ler e a escrever umaporção de nomes: Antônio, Seabra, casa, SãoPaulo, rua, avenida, Santana, Ceará, Maria.Fui tentando um pouquinho aqui, olhando o que jásabia, fazendo uma perguntinha ali e de repente foicomo um susto porque estava lendo tudo. Fiqueitão satisfeito que escrevi uma carta pra minha mãeque mora no Ceará.(Antônio Costa de Abreu, transcrito de LAJOLO, Marisa,BARRETO, Vera (Orgs.). Poetizando: livro do educador. SãoPaulo, Brasília: Vereda – Centro de Estudos em Educação, MEB– Movimento de Educação de Base, 1994.)

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44EDUCAÇÃO E CIDADANIAExplique que você irá trabalhar com elesvárias cartas. Desafie seus alunos para quemantenham os olhos bem atentos, procurandofazer como Antônio, observando as letrasiniciais e finais, as letras de seus nomes, aspalavras que se repetem, o que já sabem e oque precisam saber.

A próxima atividade foi planejada tendo comometa atingir jovens que tenham pouco contatocom a escrita, como o Antônio, e por issoprecisam interagir com textos de formasignificativa. Para tanto, estamos nosutilizando do livro de literatura infanto-juvenilCorrespondência3, que faz parte do acervo doProjeto Educação e Cidadania. Além disso, otrabalho com esse livro pretende facilitar aapropriação do gênero, por meio do estudodas diversas cartas nele contidas.

Explique que esse livro contém idéiasfundamentais de nossa Magna Carta, isto é,de nossa Constituição. Na época daConstituinte4, houve um debate para preparara Constituição, que contou com a participaçãode vários segmentos da sociedade brasileira.Nesse processo, é fundamental que hajarealmente a participação de todos para que aConstituição tenha leis abrangentes, justas e

representativas, garantindo assim o direito detodos. O povo brasileiro desconhece suaMagna Carta e, por isso, nem sempre arespeita, esquecendo-se de que todos têmdireitos iguais. Na construção de umasociedade mais justa e democrática, é precisoacordar algumas palavras e fazer dormiremoutras. Foi nesse sentido que o autorescolheu palavras que dão sustentação ànossa Constituição. Em sua última carta, issose torna evidente, mas durante toda apreparação do livro houve essa preocupação,pois começa com uma carta pessoal(necessidade de envolvimento pessoal) até acarta maior (envolvimento de todos),fornecendo junto com essas noções os váriossignificados da carta.

Assim, é oportuno destacarmos que:

• a carta possui uma organização textualque a diferencia dos demais textos –estabelece um diálogo direto entreremetente e destinatário, contém umamensagem pontual e apresenta umaorganização de texto que se mantém:evocação, desfecho e data;

• é importante que os adolescentes entremem contato com a maior variedadepossível de tipos de carta, aprendam a lê-los e analisá-los, apropriando-se de suaestrutura.

Proposta de trabalho• Coloque na lousa, em letras bastão, o

título do livro, incentivando os jovens aformular hipóteses sobre o que estáescrito. Dê pistas, como: “Começa com aletra C e termina com a letra A” ou “Trata-se de uma atividade que todos gostam defazer e que seria uma alegria receber”.Destaque outras letras da palavra,comparando com os nomes dos jovens oucom outras palavras que eles jáconheçam.

• Leve um cartaz com a frase: “ASPALAVRAS SABEM MUITO MAIS LONGE”.Leia a frase e pergunte o que eles achamque significa. Deixe que todos falem.Registre na lousa as idéias dos alunos

1 QUEIRÓS, Bartolomeu Campos de. Correspondência.Belo Horizonte: Miguilim, 1987. O autor escreveu estelivro a pedido do governo de Minas Gerais durante aConstituinte, para explicar a noção de Constituição paracrianças.4 Durante os primeiros meses do governo Sarney,ocorreram intensos debates a respeito da convocação deuma Assembléia Constituinte. A sociedade brasileira eraunânime em aceitar a necessidade de um novo textoconstitucional, pois a Carta em vigor havia sidoreformulada várias vezes, autoritariamente, durante oregime militar e não expressava mais a nova ordempolítica do país. Mas havia divergências quanto àcomposição e à natureza da Constituinte. Os setores maisprogressistas defendiam a formação da Assembléia derepresentantes, eleitos pelos cidadãos, com a funçãoexclusiva de elaborar a nova Constituição. UmaAssembléia Constituinte exclusiva teria maiorrepresentatividade e soberania para elaborar a novaCarta. No entanto, prevaleceu a tese do CongressoConstituinte, isto é, os deputados federais e senadoreseleitos em novembro de 1986 acumulariam as funções decongressistas e de constituintes. A Assembléia NacionalConstituinte, composta por 559 congressistas, foiinstalada em 1º de fevereiro de 1987, sendo presididapelo deputado Ulysses Guimarães, do PMDB. Ostrabalhos dos constituintes se estenderam por dezoitomeses. Em 5 de outubro de 1988, foi promulgada a novaConstituição brasileira.

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45LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

para que possam perceber que cada idéiaé valorizada e pode ser convertida empalavras (muito importante para aquelesque têm menos contato com a escrita).

• Leia com os jovens o livro todo para quepercebam que há um enredamento entreas cartas e verifiquem o destaque dado àspalavras que cada uma das cartas fornecepara acordar ou adormecer. (As palavrasdevem estar escritas em letra bastão bemgrandes.) Leia bem devagar, dando relevoàs palavras:

- LIVRE, TERRA, IRMÃO

- PÁTRIA, TRABALHO, JUSTIÇA

- VIOLÊNCIA, OPRESSÃO, FOME

- PAZ, ESPERANÇA, RESPEITO

- VERDE, AMARELO, AZUL

- IGUALDADE

- ELEITOR, EXPRESSÃO, ESCOLA

- JUSTOS, PRÓXIMOS, VERDADEIROS

Depois da leitura, deixe que eles comentem oque entenderam do texto. Ajude-os a perceberse ainda há algum mal-entendido ou dúvida.Volte às palavras, leia-as devagar, passando odedo por elas. Em seguida, pergunte se elestêm outras palavras que também gostariamde fazer dormir ou acordar e anote-as nalousa (ou num cartaz).

Coloque o nome do livro, a frase, as palavrasdestacadas nas cartas e as palavras quequerem fazer dormir (ou acordar) num cartaze leia com eles, fazendo o que Antônio fezsozinho. Faça essa exploração várias vezes,antes do estudo de cada carta, dando pistasaos alunos que ainda não fazem relação entresom e escrita.

Obs.: Se o tempo for curto ou se os alunos tiveremmais dificuldade, faça a atividade no primeiro diasomente até a leitura da história e das palavras,deixando-as coladas num cartaz. A cada aula,coloque uma ou duas cartas na lousa (ou numcartaz) separadamente, explorandodetalhadamente as palavras acima, comoaparecem nas cartas, existentes no livroCorrespondência.

QUERIDO MATEUSPALAVRAS QUE AMAMOS TANTO, HÁ MUITOSANOS, DORMEM EM DICIONÁRIO. HOJE TIREI DOSONO TRÊS PALAVRAS PARA DAR DE PRESENTEA VOCÊ: LIVRE, TERRA E IRMÃO.QUANDO ESCRITAS, LÊ-SE POESIA; SE FALADAS,SÃO MELODIA; SOMADAS FAZEM NOVO DIA.COM SAUDADES, DESPEDE AANA

LIVRE, TERRA, IRMÃOExplore bem as três palavras: comocomeçam, como terminam, quantas letrastêm, quem conhece outra palavra parecida ouquem se lembra do nome de alguém quecomece ou termine igual etc.

Palavras das cartas podem ser utilizadas emjogos já indicados nos projetos anteriores,assim como em caça-palavras e palavrascruzadas.

Você pode proceder da mesma forma com asoutras cartas do livro. Quando as palavras jáexploradas aparecerem em outras cartas,incentive aqueles que têm mais dificuldadepara localizá-las no texto, dando-lhes pistas eajudando-os a perceber que são capazes deler. Esse incentivo é fundamental para odesenvolvimento dos jovens.

O ideal é que cada sala tenha seu livro, paraque os jovens comparem os tipos de letra,mas se isso for impossível, estamostranscrevendo as cartas do livro:

MARIA, AMIGA MINHARECEBI CARTA DE ANA. CARTA PEQUENA, MASGRANDE EM AMOR: VEIO DE LONGE, COM TRÊSPALAVRAS DE PRESENTE. NO SILÊNCIO ENTREAS PALAVRAS, EU LI SEU CORAÇÃO MUITOLIVRE. AO ME FALAR DE NOSSA TERRA, MECHAMOU DE IRMÃO.ACORDEI TRÊS OUTRAS PALAVRAS PARA ENVIARA VOCÊ: PÁTRIA, TRABALHO E JUSTIÇA.PROMETA-ME NÃO DEIXÁ-LAS DORMIR DENOVO.COM SAUDADES, DESPEDE OMATEUS

PÁTRIA, TRABALHO, JUSTIÇA

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46EDUCAÇÃO E CIDADANIA

AMIGO MARCOSEU JÁ LHE FALEI DO MEU CARINHO PELASPALAVRAS. MATEUS ME ESCREVEU. DENTRO DOENVELOPE ESTAVAM TRÊS PALAVRASESCOLHIDAS. DISSE-ME QUE PÁTRIA, TRABALHOE JUSTIÇA NÃO PODEM FICAR ESQUECIDAS.GUARDEI COM CUIDADO, NO CORAÇÃO O SEUPRESENTE. SINTO VONTADE DE GRITÁ-LAS. SEIQUE A TERRA INTEIRA VAI GOSTAR DE OUVI-LAS.NÃO VOU ACORDAR PALAVRAS PARA DAR DEPRESENTE A VOCÊ. PEÇO SUA AJUDA PARAFAZER DORMIR PALAVRAS QUE HÁ MUITOANDAM ACORDADAS: FOME, OPRESSÃO EVIOLÊNCIA.TODO O CARINHO DAMARIA

FOME, OPRESSÃO, VIOLÊNCIA

MARTA, AMIGA QUERIDAQUANDO O DIA AMANHECE, VEJO O SOLENTRAR POR DEBAIXO DA PORTA. HOJE, JUNTOCOM SUA LUZ CHEGOU UMA CARTA. TROUXENOTÍCIAS DE MARIA, QUE ME PEDIA UM FAVOR:AJUDAR A FAZER DORMIR PALAVRAS QUE HÁMUITO NOS MACHUCAM. AO LEVAR ASPALAVRAS PARA O SONO, DESCOBRI OUTRASQUE ESTAVAM ACORDANDO.ABRI AS PÁGINAS DO DICIONÁRIO. ELASVOARAM CÉU ADENTRO: PAZ, ESPERANÇA ERESPEITO. PENSO QUE MUITO EM BREVE NÓSVAMOS LER ESTAS PALAVRAS NO ROSTO DECADA UM.COM A AMIZADE DE SEMPRE,MARCOS

PAZ, ESPERANÇA, RESPEITO

CARO LUCASA CHUVA, NESTA MANHÃ, LAVOU OS CAMPOS.AO ABRIR A JANELA, VI UMA FITA COLORIDAABRAÇANDO O MUNDO. TOMEI DO ARCO-ÍRISTRÊS CORES PARA VOCÊ: VERDE, AMARELO EAZUL.NÃO SEI SE O CARTEIRO VAI DESCOBRIR MEUPRESENTE. ESTOU LHE ENVIANDO O BRASIL.ABRA A CARTA E DEIXE A LIBERDADE VOARSOBRE NÓS.SUA AMIGA, MARTA

VERDE, AMARELO, AZUL.

SARA, AMADACOMO SÃO FORTES AS PALAVRAS! ELAS DIZEMCOISAS QUE SÓ O CORAÇÃO ESCUTA. SEESCRITAS SOBRE PAPEL CLARO, FICAM MAIS

ILUMINADAS E ETERNAS. SEI QUE AS PALAVRASPODEM ABRIR NOVO CAMINHO.PROCUREI DENTRO DE MIM ALGUMA PALAVRADORMINDO. SÓ ENCONTREI UMA: IGUALDADE.ELA NOS PERMITE VIVER AS DIFERENÇAS.ATÉ MUITO BREVE,LUCAS

IGUALDADE

MEU CARO JOÃOUM DIA TODOS NÓS VAMOS RECEBER UMACARTA. ELA CHEGARÁ COMO UM SONHO, NOSACORDANDO PARA NOSSOS DIREITOS EDEVERES. TODAS AS PALAVRAS SERÃOCONHECIDAS. SERÁ UMA CARTA CLARA COMOOS NOSSOS DESEJOS. PASSAREMOS A MORAREM UM PAÍS CORRESPONDIDO.MANDO AINDA TRÊS PALAVRAS PARA NOSSACORRESPONDÊNCIA: ELEITOR, EXPRESSÃO EESCOLA.SUA AMIGA,SARA

ELEITOR, EXPRESSÃO, ESCOLA

CARÍSSIMA ANANO PRINCÍPIO VOCÊ DEU PALAVRAS DEPRESENTE A MATEUS. ELE ACORDOU OUTRAS,MULTIPLICOU AS CARTAS. AGORA MUITASPALAVRAS MORAM ACORDADAS EM NOSSOSONHO.É TEMPO DE ESCOLHER QUEM SAIBA SOMARNOSSAS PALAVRAS EM UMA GRANDE CARTA.CARTA MAIOR, FEITA DE PEQUENAS CARTAS.QUE ESSES NOSSOS REPRESENTANTES SEJAMJUSTOS, PRÓXIMOS E VERDADEIROS. E QUESEJAMOS ATENTOS, PARA NÃO FICAR UMA SÓPALAVRA ESQUECIDA.ASSIM, AS PALAVRAS VÃO SAIR DO NOSSOSONHO PARA VIVER ENTRE NÓS – SEMPRE.COM MUITO AMOR,JOÃO

JUSTOS, PRÓXIMOS, VERDADEIROS

Assim que explorar todas as cartas e tê-lasexpostas na sala, peça que escrevam paraalguém especial, colocando em destaque aspalavras que querem fazer acordar ou dormir.Garanta que essa carta chegue aodestinatário.

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47LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

PROJETOCONSTRUINDO UMAREVISTA MUSICALO trabalho com poemas e letras de músicafavorece a reflexão sobre a escritaconvencional e oportuniza a utilização dediferentes estratégias de leitura, levando oleitor a um mundo especial, em que aspalavras não só dizem alguma coisa, comotambém o fazem de maneira original.

No mundo todo, as pessoas tocam e ouvemmúsica. Ela existe em todas as culturas edesempenha uma parte muito importante na vidadas pessoas. Em qualquer país é natural a mãeacalentar o bebê com canções de ninar e ascrianças maiores usarem a música para jogos ebrincadeiras. Faz parte dos momentos alegres etristes das festas e dos ofícios religiosos.

É importante levar música para a escola,para aguçar a sensibilidade e “educar” oouvido. Não basta levar apenas as músicasque os jovens ouvem normalmente. Osclássicos e as músicas populares de boaqualidade devem fazer parte do acervo detrabalho em sala de aula.

Nos diversos módulos do Educação eCidadania, há letras de música de diferentesestilos, que na maioria das vezes despertammuito o interesse dos jovens, contribuindopara a construção do conhecimento e para aampliação de seu repertório cultural. Por issotudo, converse com os jovens e pergunte segostam de cantar, dançar ou tocar alguminstrumento. Pergunte que músicas ecantores preferem.

EXPLORANDO UMALETRA DE MÚSICAA canção O que é, o que é? integra o MóduloJustiça e cidadania e está reproduzida noAnexo 6. Ela foi escolhida por vários motivos:pela riqueza da linguagem, peloencadeamento do poema, pelo vocabuláriopróximo ao jovem. Como o texto é grande, énecessário que você ajude aqueles que estão

se iniciando no processo de apropriação daleitura e da escrita.

Transcreva-a num papel pardo em letrasbastão. Coloque a fita ou CD com a música edeixe os jovens cantarem.

Explore a letra da música, lendo-a bemdevagar e perguntando se há alguma palavraque desconheçam. Selecione algumas quesejam significativas, retire-as da canção eexplore-as como de outras vezes. Ex.: “Circuleas palavras terminadas em ÃO”, “Grife aspalavras que terminem em ER”, “Procure umapalavra no texto que termine igual à palavraAPRENDIZ”, “Cite um nome que comece comoas palavras AMOR e MORRER” etc.

crianças irmão prazerbonita coração viveraprendiz ilusão sofrercantar amor morrer

Leia várias vezes a letra, em pequenostrechos, para garantir que todos estejamacompanhando.

Cante novamente com os jovens e depoistrabalhe com eles a técnica da lacuna:selecione algumas palavras (de preferênciaaquelas que você explorou com eles) ecoloque-as numa caixa (ou bexiga, se forpossível). Peça para os alunos sortearem umapalavra (ou estourarem a bexiga para retirara palavra), procurá-la nas fichas que estãoem cima da mesa e colarem essa ficha naletra da canção previamente escrita, em quevocê deixou lacunas. Por exemplo:

EU FICO COM A PUREZA DA RESPOSTA DAS __________É A VIDA, É ____________ E É ________________________ E NÃO TER A VERGONHA DE SER FELIZ_____________ E ____________E ____________A BELEZA DE SER UM ETERNO ____________AH, MEU DEUS, EU SEI, EU SEIQUE A VIDA DEVIA SER BEM MELHOR E SERÁMAS ISSO NÃO IMPEDE QUE EU REPITAÉ____________, É ____________ E É ____________E A VIDA ?

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48EDUCAÇÃO E CIDADANIAComo a letra é grande, você também poderáseparar os versos e trabalhá-los aos poucos,até que os alunos se apropriem da letra comoum todo. Ou ainda, dependendo da dificuldadedeles, você pode repetir em outro dia a letratoda, mudando as palavras e as lacunas,antes de realizar as atividades diversificadas,em pequenos grupos.

ATIVIDADES DIVERSIFICADASOrganização:Organização:Organização:Organização:Organização: pequenos grupos

Uma das grandes dificuldades do professor élidar com os diferentes níveis deaprendizagem existentes em sua sala de aula.Numa oficina de alfabetização, o professorpoderá encontrar jovens em diferentesmomentos de apropriação do sistema deescrita. Por isso, estamos propondo umconjunto de atividades para que você atenda aesses diferentes grupos. Elas foram inseridasno módulo também como uma alternativa amais de trabalho.

Ao envolver os alunos em atividadesdiversificadas, o professor propicia umambiente de trabalho amistoso e atraente, emque todos têm oportunidade de exercer acooperação, o respeito e a convivência emgrupo.

É importante marcar o tempo e deixaralgumas atividades suplementares paraserem desenvolvidas por algum grupo queterminar antes dos outros, evitando-se adispersão. Outro cuidado a ser tomado é emrelação à organização do espaço, que devefacilitar a circulação dos alunos, a troca deinformações e o acesso a materiaiscomplementares. Para tanto, é importanteque regras sejam estabelecidas com a classe,pois nesse modo de trabalhar podem ocorrerdificuldades de compreensão por parte dosalunos, acostumados a depender sempre sódo professor.

No Projeto Educação e Cidadania háindicações de que o planejamento dasatividades deve contemplar momentoscoletivos, individuais e em grupo. No trabalhoem grupo, normalmente há uma mesma tarefa

para os grupos realizarem. Aqui estamospropondo diferentes tarefas para um mesmogrupo em um mesmo contexto, como seguemabaixo:

Leve envelopes contendo as orientações dasatividades para cada grupo (ver Anexo 5).Leia-as com eles, certificando-se de que todosentenderam o que fazer.

Grupo AOrganização do grupo:Organização do grupo:Organização do grupo:Organização do grupo:Organização do grupo:Jovens em faseinicial de apropriação da base alfabética, istoé, que não conheçam as letras do alfabeto ouque estejam no início da relação som-escrita.(Esse grupo de alunos foi colocado junto comouma estratégia de intervenção.)

O objetivo da atividade é fazê-los perceberque faltam letras e, ao procurá-las noalfabeto, estabelecer a relação entre o nomeda letra e o respectivo traçado. É importanteque cada aluno tenha, pelo menos, três jogosde alfabeto.

As atividades propostas para esse grupo sódeverão ser realizadas em conjunto com o(a)professor(a). Devem utilizar letras móveisprimeiro, para depois passarem para o papel,pois do contrário as atividades poderão tornar-se mecânicas. Procure permanecer com essegrupo que precisa mais de sua ajuda.

Depois das atividades realizadas, certifique-se de que o grupo reconhece as letraspropostas, sistematizando com os alunos assuas descobertas. Se não houver alunos comessa dificuldade, você poderá substituir estaatividade por outra que contenha maisdesafios.

Grupo BOrganização do grupo:Organização do grupo:Organização do grupo:Organização do grupo:Organização do grupo: Jovens em início darelação som-grafia com outros recém-alfabetizados.

Essas atividades parecem simples, masajudarão na reflexão sobre o sistema deescrita e darão pistas para a criação daparódia, atividade que será proposta maisadiante e que exige mais conhecimento deescrita.

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49LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

Grupo COOOOOrganização do grupo:rganização do grupo:rganização do grupo:rganização do grupo:rganização do grupo: Jovens que játenham compreendido a relação entre som eescrita e conheçam as letras do alfabeto, masque, ao escreverem, trocam muitas letras ouas colocam fora de lugar.

Esta atividade é muito desafiadora e deveráser repetida para todos, pois, ao selecionaremuma palavra que considerem difícil, os alunoslerão com mais atenção e estarão maisatentos às letras que deverão utilizar,apropriando-se de sua escrita.

Grupo DOrganização do grupo:Organização do grupo:Organização do grupo:Organização do grupo:Organização do grupo: Quatro jovens,sendo três deles com muitas dificuldadesortográficas e outro que escreva bem.

Na escrita dos jovens deste grupoprovavelmente aparecerão palavras escritasemendadas e com problemas ortográficos.É preciso muita atenção para que percebamsuas dificuldades. Quando for corrigir aatividade com o grupo, dê pistas para queescrevam de modo correto. Se essadificuldade persistir, peça que procurem naletra da música a escrita convencional.

Grupo EOrganização do grupo:Organização do grupo:Organização do grupo:Organização do grupo:Organização do grupo: jovens que estão emfase inicial da apropriação da base alfabética,(aglutinando palavras na escrita) e no inícioda transferência da letra bastão para cursiva.

Quando os alunos começam a trocar a letrabastão pela cursiva, podem misturar os doistipos de letras. Oriente a escrita, pedindo queusem só uma delas. Se houver necessidade,ensine o traçado de alguma letra para queescrevam com maior facilidade e economia detempo e esforço.

Grupo FOrganização do grupo:Organização do grupo:Organização do grupo:Organização do grupo:Organização do grupo: Jovens comescrita alfabética e dificuldades desegmentação com alunos que estão no inícioda relação som-escrita.

Na escrita dos jovens deste grupoprovavelmente aparecerão palavras escritasemendadas e com problemas ortográficos.

Como no grupo anterior, quando for corrigir aatividade, dê pistas para que escrevam demodo correto. Se essa dificuldade persistir,peça que procurem na letra da música aescrita convencional ou faça a reescritacoletiva da paródia, seguindo as orientaçõesda introdução do módulo.

Fechamento:Fechamento:Fechamento:Fechamento:Fechamento: Painel com apresentação dasatividades realizadas pelos grupos, fazendo asintervenções conforme já está orientado aofinal de cada atividade.

Obs.: As atividades podem e devem ser repetidas,trocando-se os participantes para que todospossam vivenciar todas as atividades. No entanto,o professor precisa estar atento para que essasatividades sirvam de reflexão. Se forem entreguessem explicação ou forem feitas isoladamente doprojeto, podem se tornar atividades mecânicas.

MÚSICAS QUE MARCARAM ÉPOCAOrganização:Organização:Organização:Organização:Organização: Individual/grupo

Entregue três tarjas para os jovens,solicitando que escrevam em cada uma delasos nomes de músicas que marcaram asdiferentes etapas de sua vida. Com certeza,muitos precisarão de ajuda. Circule entreeles, dando-lhes pistas.

Monte o painel com os nomes das músicas,colocando-os num cartaz para consultarposteriormente. Certamente haverá muitosnomes de músicas semelhantes. Você poderáobservar junto com eles qual a músicapredileta do grupo, para levar a letra eexplorá-la numa próxima aula, conforme foifeito com a letra da música anterior.

Anote na lousa os nomes que mais serepetiram. Proponha que os jovens comparemcada um deles, identificando os que começamou terminam com a mesma letra. Circuleessas letras e peça que os alunos asidentifiquem.

Na próxima aula, leve a letra da músicapreferida pelo grupo numa folha de papel, emletra bastão, ou escreva-a na lousa. Se houveralunos que ainda não conheçam as letras doalfabeto, diga-lhes que você trouxe a letra de

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50EDUCAÇÃO E CIDADANIAuma das músicas escolhidas da aula passada.Explore-a com a turma, da mesma forma quena aula anterior. Se houver alunos que aindanão fazem a relação som e escrita, explore asrimas existentes na letra da canção, aponteas palavras e peça para lerem. Vire a folha epeça para que os jovens escrevam os versoscomo souberem, sem copiá-los, ou dê partesda letra da canção para que eles completem.

Digite as letras das canções em folhas desulfite, compondo um acervo que os jovenspoderão consultar ou complementar fora daoficina, formando assim uma Revista Musical.

Leve revistas para a sala e deixe que elespercebam o que elas contêm. Você podeexplorar a capa e a contracapa, o editorial,o índice etc., ajudando-os a compor arevista musical de sua turma.

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51LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

PROJETORIMANDO EAPRENDENDOA Oficina Poesia é muito rica em atividadesque auxiliam no letramento e alfabetização denossos alunos. Nela há várias dicas quedevem ser exploradas pelos professores, poiso trabalho com rimas, poesias, letras demúsica, parlendas, trava-línguas, adivinhasserve para:

• despertar e desenvolver o gosto por essegênero;

• desenvolver a sensibilidade e acriatividade;

• ajudar no desenvolvimento da consciênciasonora, fundamental para a alfabetização;

Muitas brincadeiras infantis permitem trabalharcom as unidades fonológicas, como asbrincadeiras de roda (Atirei o pau no gato), a línguado pê, os trava-línguas. Elas contêm rimas,aliterações (repetição de um fonema numa fraseou palavra, por exemplo: “quem com ferro ferecom ferro será ferido”), assonâncias (espécie derima em que não há identidade entre os traçosfônicos do final das palavras, como nos versos deManuel Bandeira:”Belo, belo, belo/Tenho tudoquanto quero” etc. (Cf. CÂMARA JR., J.M.Dicionário de filologia e gramática. Rio deJaneiro: J. Ozon, 1970.).

• familiarizar o aluno com os aspectosdiscursivos do texto poético: rima, ritmo,repetição, uso de metáforas e aspectosgráficos de organização desse tipo detexto;

• facilitar a memorização.

Por isso, o texto poético pode ser usado naalfabetização inicial:

• como modelo de escrita convencional;

• como texto para “leitura de memória”;

• para atividades lúdicas do tipo: descobrira palavra que falta, colocar em ordem osversos, remontar estrofes, recortar e

colar as palavras da poesia, canção ouparlenda etc.

Leve para a sua sala uma caixa contendovárias quadras, parlendas e trava-línguas (nolivro Armazém do Folclore, de RicardoAzevedo, você poderá encontrar um excelenteacervo). Deixe que os jovens escolham e leiamuns para os outros. Se houver alunos queainda não saibam ler, leia para eles eincentive-os a decorar algumas das quadras.Procure saber se eles conhecem outra versãodessa quadra ou se conhecem outra paraensinar à classe.

EXPLORANDO TRAVA-LÍNGUASExplore com a turma o trava-língua, queconsta do Anexo 6, escrevendo-o no quadro ounum cartaz, e leia-o em voz alta para seusalunos.

O TEMPO PERGUNTOU PRO TEMPOQUANTO TEMPO O TEMPO TEM.O TEMPO RESPONDEU PRO TEMPOQUE TEM TANTO TEMPOQUANTO O TEMPO TEM.

Discuta por que é difícil ler rapidamente essetexto. Leia o trava-língua várias vezes comseus alunos e, quando eles o souberem de cor,proponha que façam as atividades do Anexo,após o trava-língua:

1. Solicitar que completem o que estiverfaltando.

2. Pedir que coloquem em ordem as estrofesdo trava-língua.

3. Propor que escrevam de memória otrava-língua (ou parte dele).

4. Pedir que escolham palavras queconsiderem difíceis e ditem uns para osoutros.

5. Perguntar se alguém conhece outrostrava-línguas e registrá-los na lousa,explorando-os.

6. Retomar as atividades propostas naOficina 10 (Trava-línguas & Poesia),repetindo-as junto com seus alunos.

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52EDUCAÇÃO E CIDADANIA

EXPLORANDO RIMAS E QUADRASExplore com os alunos as quadras que seencontram no Anexo 6, destacando as rimas.Incentive-os a decorar as quadras, registre-asem papel pardo e deixe-as expostas na sala,para que os alunos possam relê-las.

Veja se eles conhecem alguma quadra eanote-a na lousa, procedendo da mesmaforma que anteriormente.

Solicite que os alunos façam as atividadespropostas no Anexo 6. Depois, retome aoficina 9 – Rimas e quadras – da Oficina

Poesia e faça as atividades com seus alunos.

ELABORAÇÃO DE UM LIVRETOForme com a sua classe um livreto contendoas quadras, as parlendas e os trava-línguas deque os alunos mais gostaram ou que foramescritas por eles no desenvolvimento daoficina. Com certeza, você se surpreenderácom a riqueza de textos que encontrará. Sehouver tempo, digite os textos produzidos edeixe que os jovens os ilustrem, organizandocada um o próprio livreto, que deverá serguardado no portfólio.

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53LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

PROJETODIVULGANDO O QUEAPRENDEMOSO Módulo Saúde, uma questão de cidadaniafornece muitas informações para nossosjovens. Nele há várias atividades que ensinamo jovem a se cuidar e a prevenir doenças.

Dentre as diversas atividades preparadaspara que aprendam a cuidar melhor do corpo,está a atividade Cuidar é prevenir. Essaatividade culmina com a realização de umfolheto informativo.

Há uma orientação para a realização dofolheto na ficha 2B, pág. 45 do referidomódulo, bem como uma preocupação com oaluno não alfabetizado, fornecendo váriaspistas de como incluí-lo na tarefa. No entanto,alguns alunos que ainda não fazem a relaçãosom-grafia terão mais dificuldade em suarealização. Por isso, propomos outra atividadeque pode ser feita na Oficina de Letramento eAlfabetização, depois que o educador retomaresse conteúdo para que os alunos formem umrepertório básico.

Pergunte aos jovens se já repararam noscartazes que aparecem em lugares públicos ese sabem para que servem. Estimule-os afalar sobre as funções e as característicaspresentes nesse portador de texto. Registrena lousa e depois compare com asorientações abaixo:

Os cartazes são anúncios ou avisos que trazeminformações sobre diferentes temas. Sãoadequados para serem lidos a distância, poisnormalmente contêm:• ilustração chamativa;• mensagem principal escrita com letras maiores

(tem o objetivo de chamar a atenção do leitor);• informações complementares escritas com letras

menores;• diversidade de cores;• espacialização organizada;• texto reduzido ao essencial para causar impacto.

Esclareça também que os cartazes sãoutilizados para informar, convidar, alertarcontra perigos ou incentivar a comprar ou aconsumir.

Leve um cartaz para a sala e explore seusindícios com os jovens. Comece perguntando oque eles acham que o cartaz contém, quem oelaborou, com que objetivo etc. Procure incluirtodos, até aqueles que não sabem ler. Eviteque eles apenas adivinhem, dando-lhes pistase incentivando acertos.

Explore mais de um cartaz, de preferênciaalguns que tenham objetivos diferentes.Organize uma recapitulação escrita dascaracterísticas desse gênero, preparando-ospara a produção.

Retome os conteúdos da atividade Cuidar éprevenir e peça para que construam, emduplas ou trios, um cartaz com esse tema.

Para o planejamento do cartaz, oriente:

• Que assunto vai ser tratado?

• O que é mais importante todos saberemsobre o assunto escolhido?

• Que imagens podem usar?

• Qual a mensagem principal? Que outrasinformações vão fazer parte?

• Que tamanho de letra vai ser usado?

Se tiverem dúvidas, oriente-os a pesquisarmais sobre o assunto, revendo o MóduloSaúde, e a fazer um rascunho, buscando ajudapara aperfeiçoar o texto. Alerte-os sobre aimportância de todos compreenderem amensagem que querem passar.

Esteja atento(a) para que todos participem detodas as etapas de construção, desde oplanejamento, a coleta de dados, a escrita do texto,até a revisão coletiva, incluindo os alunos nãoalfabetizados.

Disponibilize papel pardo, pedaços de papelcolorido, canetas hidrográficas, revistas,jornais, réguas etc. Ajude as duplas ou triosque precisarem; circule entre os jovens dandopistas, incentivando e orientando.

Depois de elaborado o cartaz, faça umaavaliação com eles: A mensagem está clara?

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54EDUCAÇÃO E CIDADANIAO visual está chamativo? O tamanho da letraestá adequado? Etc. Se houver aindanecessidade de alguma revisão, não deixe defazê-la, pois nada do que vai ser exposto deveconter erros.

Esta atividade pode parecer muito difícil paraos jovens que não conhecem as letras ou quenão fazem a relação som-grafia, mas estejacerto(a) de que o jovem gostará de participar e

ficará feliz em se perceber como autor, poisseu nome irá aparecer no cartaz. Comoparticipou de todas as etapas de elaboração,recebeu muitas pistas que irão ajudá-lo naapropriação do sistema de escrita.

Você pode repetir essa atividade com outrosmódulos e oficinas, utilizando objetivosdiferentes (informar, convidar, alertarcontra perigos etc.).

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55LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

PROJETOELABORANDO UMANÚNCIO DIFERENTEA Oficina Jornal propõe atividadesriquíssimas que são orientadas passo a passo,ajudando os jovens que estão se alfabetizandoa se familiarizar com a organização e com alinguagem do jornal. Nela pode-se aprender aler a primeira página, os títulos, as fotos, asmanchetes, as chamadas etc.

Essa oficina discute vários gênerosdiscursivos que podem ser explorados:editorial, notícias e reportagens, artigos deopinião, anúncios, propagandas, entrevistas,cartas de leitor, resumos de programas detelevisão e filmes etc.

Dentre as atividades propostas destaca-se aorganização de um jornal mural. Vamospropor uma atividade muito diferente,complementar às atividades da OficinaJornal, com o objetivo de estimular a leiturados jovens. Por se tratar de uma atividadedivertida, ela leva o jovem a ler e a criar. Noentanto, como ele precisará de ajuda,recomendamos que essa atividade seja feitaem duplas ou trios.

A atividade está proposta no livro Oficina deEscrita1. Trata-se de “quebrantahuesos”, umamodalidade de escrita idealizada por NicanorParra (Chile), que serviu de base a um jornalmural publicado na década de 1960 e queconsiste em alterar organizadamente osmateriais impressos, mudando de formaradical o sentido das frases.

Leve alguns anúncios para a sua sala. Leia-ospara os alunos, destacando as característicasdesses textos, conforme orientação daatividade com cartazes. Em seguida, perguntese algum anúncio lhes chamou a atenção.

Explique que irão ler e selecionar algunsanúncios de revistas, imaginando

combinações originais, divergentes ou comduplo sentido, para compor anúnciosdiferentes e divertidos. Faça com eles alguns“quebrantahuesos” para que entendam o quefazer, como os que aparecem no Anexo 8.

Forneça revistas e tesouras, deixe que elesrecortem as frases e façam novos arranjoscom elas. Circule entre eles, dê pistas esugestões, verifique se há sentido nascomposições realizadas. Destaque asorganizações mais originais e bem-humoradas, dando pistas para aqueles queainda tiverem mais dificuldade.

Pode parecer difícil para os alunos nãoalfabetizados participarem da atividade, maslembre-se de que as pistas dos colegas facilitarão aleitura e a montagem dos novos textos.

Forme um círculo com os alunos para queapresentem seus trabalhos e discuta comeles: Qual a mais divertida? Qual a maisinteressante? Há alguma mudança a ser feitano anúncio formado pelos colegas?

Revise os anúncios, lembrando que eles serãopublicados, observando se na montagem osimpressos concordam entre si. Coloque nojornal mural, valorizando a autoria de seusalunos.

Incentive sua turma a escrever e a brincar com aspalavras. Esta atividade pode ser repetida tambéma partir de manchetes de jornais, títulos denotícias, crônicas, avisos, entrevistas, editoriais,cartas ao leitor, tentando alterar os personagens, otempo, o lugar, o ambiente. Inverta os tópicos e ospapéis preestabelecidos.

5 CONDEMARIN, Mabel, CHADWICK, Mariana. Oficina deescrita. São Paulo: Psy II, 1994

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57LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

PROJETOUM SONHO DECOMUNIDADENas discussões sobre letramento ealfabetização, temos enfatizado a importânciada função social da escrita, isto é, de ela sernecessária, relevante e significativa na vidados jovens, permitindo espaços para reflexãoe aprendizagens concretas, sem ter apenasum caráter escolar, artificial e mecânico.

Uma das atividades que mais despertaminteresse nos jovens é a construção damaquete dentro do Módulo Educação, pontepara o mundo. Nela, os jovens podem refletirsobre suas comunidades, o que nelas existem,o que poderiam ter e como eles podemcolaborar na solução de possíveis problemas,incentivando assim o protagonismo e aconstrução do conceito de cidadania.

No entanto, o conceito de cidadania não podeser percebido desvinculadamente da práticadiária da vida, de seus direitos e deveres. Porisso, é importante que o jovem tenhacondições de participação ativa e construtivaem espaços que lhe possibilitem umenvolvimento em atividades direcionadas àsolução de problemas reais. A elaboração deprojetos proporciona maior confiança em si eem sua capacidade de intervirconstrutivamente em sua comunidade,contribuindo para a formação de suaidentidade pessoal e social e, até mesmo, deseu projeto de vida.

De acordo com Antonio Carlos Gomes daCosta2, quando se pretende que o jovem tenhaum papel de protagonista na elaboração deum projeto, é importante que se discutamcom ele algumas questões:

• O quequequequeque se pretende fazer?

• Quando Quando Quando Quando Quando começará a ação e quanto temposerá consumido em sua realização?

• Onde Onde Onde Onde Onde ocorrerão as atividades planejadas?

• QuemQuemQuemQuemQuem ficará responsável pelo quê, emcada etapa do trabalho a ser realizado?

• Como Como Como Como Como as atividades serão organizadas eencadeadas para se atingir o fim previsto?

• QueQueQueQueQue recursos serão necessários para odesenvolvimento das ações previstas?

No entanto, para alguns jovens, refletir sobrea capacidade de interferir em sua comunidadee planejar o que fazer podem ser um sonhomuito distante. Por exemplo, o jovem que nãosaiba ler nem escrever pode perder aconfiança em si e sentir-se excluído dasociedade e impossibilitado de ampliar seushorizontes. Mas se tiver a seu lado pessoasque acreditem nele e o ajudem na apropriaçãoda leitura e da escrita, o espaço de reflexãopoderá se ampliar, abrindo caminhos para seuprotagonismo. Essa confiança lhepossibilitará sentir-se capaz paraprotagonizar ações diferenciadas em suacomunidade e para tornar o sonho real.

Para encerrar a Oficina de Letramento eAlfabetização, seria interessante juntar aatividade que despertou tanto interesse dosjovens no Projeto Educação e Cidadania – aconstrução da maquete – com a questão daescrita real e significativa, fazendo daaprendizagem da leitura e da escrita mais umespaço para sonhar.

PROPOSTA DE TRABALHOSaber ler e interpretar informações sobreendereços é um procedimento necessáriopara nos localizarmos e nos locomovermos noespaço urbano. Por isso, comece explorandoas ruas existentes na maquete, escolhendocom os jovens os nomes das ruas e praças,construindo placas com esses nomes.

Lembre-se de que todos devem participar eajude aqueles que tiverem mais dificuldade.Se houver muitos jovens que não saibam ler,leve revistas e jornais, pois neles há muitosnomes de ruas e praças. Você pode levartambém mapas da cidade e guias deorientação. Os jovens poderão explorar osmapas e localizar os bairros em que moram.

6 COSTA, Antonio Carlos Gomes. A presença dapedagogia: teoria e prática da ação socioeducativa. SãoPaulo: Global, Instituto Ayrton Senna, 2001.

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Faça um levantamento das principais marcasde carro em circulação. Permita quedesenhem seus logotipos, comparando-os coma sua escrita. Leve revistas com propagandase comparem cada uma delas. Se não houvercarros na maquete, incentive-os a construircarros com massa para modelar, colocando osímbolo de acordo com o modelo que fizeram.Também pode fazer com eles um levantamentodas placas de trânsito, aproveitando paradiscutir a importância do respeito aosdiversos sinais, para evitar acidentes. Se asplacas não existirem, poderão seracrescentadas, enriquecendo a maquete.

Em seguida, passe para os equipamentossociais existentes: liste com eles os nomes deigrejas, lojas, supermercados, escolas,hospitais, shoppings etc. que conheçam edeixe que escolham o nome que gostariam quetivessem. Leve para a sala de aula folhetos depropaganda, revistas e jornais. Ajude-os alocalizar diferentes nomes de equipamentospara que tenham mais idéias e possamtambém comparar com as escritas queproduzirem posteriormente.

Organize seus alunos em duplas ou trios eoriente as escritas no caderno ou em folhasavulsas. Essas primeiras escritas servirão derascunho e você poderá intervir, corrigindo oudando pistas para quem tiver mais dificuldade.Em seguida, incentive a construção de placasque devem ser coladas nos equipamentos,utilizando retalhos de cartolina.

Não faça os nomes de todos os equipamentos deuma vez, mas aproveite para explorar a leitura e aescrita de cada um deles, abrindo espaço para atroca de conhecimento e para a reflexão sobre aescrita.

Se quiser, pode ampliar a atividadeaprofundando as possibilidades de escritaexistentes em cada equipamento. Porexemplo, no caso do supermercado, poderãocolocar placas de propaganda de produtos empromoção. Você poderá levar embalagens deprodutos que eles conhecem para dar pistasda escrita convencional. O mesmo poderáacontecer no sacolão, na loja ou no shopping.

Se a maquete for construída no litoral, poderáaparecer praia, e os alunos poderão fazerbarraquinhas e placas anunciando seusprodutos.

Se houver um estádio de futebol, poderãofazer um levantamento dos times de que maisgostam e desenhar seus símbolos, seguidosdos nomes e até mesmo de hinos de seustimes. Poderão pesquisar os nomes dosjogadores desses times e fazer um texto.

Quanto mais equipamentos houver, maispossibilidades de escrita surgirão.

Depois de explorar todas as possibilidades deescrita dessa comunidade, solicite queescrevam um texto sobre o lugar em quevivem e pensem em alternativas para resolveros problemas mais graves existentes, de modoque se torne um lugar melhor para viver. Leiaas produções e selecione uma delas para fazera reescrita coletiva, com a autorização doautor, seguindo as orientações da introduçãodeste módulo. Como o conteúdo foi bastantediscutido, observe se houve apropriação doque foi trabalhado, retomando individualmentecom aqueles que apresentarem maisdificuldade.

Vivenciando este projeto, acreditamos que osjovens poderão perceber que os textosescritos não existem isoladamente, mas sãoparte constitutiva de práticas sociais.

Dessa forma, podemos concluir, conforme aafirmação de TERZI (2001), que “formar ocidadão participativo significa propiciar-lhecondições de conhecer as práticas deletramento (práticas sociais que incorporam aescrita): suas características e o poder quepoderá advir da apropriação das mesmas”.

Ao conciliar a alfabetização e o letramento,esperamos ter deixado aqui o desafio para queo educador, em sua tarefa de ensinar, consigair além de simplesmente ensinar a traçarletras ou decodificar palavras, criandooportunidades para que os alunos seapropriem do sistema de escrita de nossalíngua, ampliando suas possibilidades deinserção social e de cidadania.

58EDUCAÇÃO E CIDADANIA

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Aprendendo com os nomesLEIA O TEXTO ABAIXO JUNTO COM O(A) PROFESSOR(A).

QUADRILHACarlos Drummond de Andrade

JOÃO AMAVA TERESA QUE AMAVA RAIMUNDOQUE AMAVA MARIA QUE AMAVA JOAQUIM QUE AMAVALILIQUE NÃO AMAVA NINGUÉM.JOÃO FOI PARA OS ESTADOS UNIDOS, TERESA PARA OCONVENTO,RAIMUNDO MORREU DE DESASTRE, MARIA FICOU PARATIA,JOAQUIM SUICIDOU-SE E LILI CASOU COM J. PINTOFERNANDESQUE NÃO TINHA ENTRADO NA HISTÓRIA.(Transcrito de DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos. Alguma poesia.Rio de Janeiro: Record. Carlos Drummond de Andrade© Graña Drummond www.carlosdrummond.com.br.)

EDUCAÇÃOE CIDADANIA

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ANEXO 1LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

HOMENS MULHERES

NOME DATA

ESCREVA NO QUADRO ABAIXO O NOME DE QUATRO MULHERES EQUATRO HOMENS:

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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EDUCAÇÃOE CIDADANIA

OBSERVE OS NOMES DO POEMA E COMPLETE OS QUADROS ABAIXOCOM OS NOMES NELE EXISTENTE:

ANEXO 1LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

A

J

NO CAÇA-PALAVRAS A SEGUIR APARECEM OS NOMES FEMININOS DOPOEMA QUADRILHA. ENCONTRE ESSES NOMES:J K H N B M V C X Z P O W. Q S D F G H JH B U M L T S D F G O A I G A F E O P M BO N E I U T E R E S A S L P A L A W X K ZD R N D U T E M I M A M I A Q O M I F C RR T L I M I K J P I Y T A L I T I T I F I O FH G T E L M A R I A F I O I E T I S Q M A S

A

COMPLETE A PALAVRA CRUZADA COM OS NOMES MASCULINOS DOPOEMA:

J

J

O

C

A

R

L

O

S

60

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EDUCAÇÃOE CIDADANIA

61

� ESCREVA AQUI O NOME QUE TEM O MAIOR NÚMERO DE LETRAS:

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

� ESCREVA DOIS NOMES QUE TENHAM O MESMO NÚMERO DE LETRAS:

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

� VAMOS FAZER UMA LISTA DE NOMES DE SUA SALA DE AULA?___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

� E AGORA, VAMOS COLOCAR OS NOMES DE SEUS COMPANHEIROS EMORDEM ALFABÉTICA?

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ANEXO 1LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

NOME DATA

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EDUCAÇÃOE CIDADANIA

62

ANEXO 1LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

� ESCREVA O NOME DE TRÊS PESSOAS FAMOSAS QUE VOCÊCONHECE:

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

� ESCREVA DOIS NOMES QUE COMECEM COM A MESMA LETRA DONOME DO(A) PROFESSOR(A):

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

� ESCREVA TRÊS NOMES QUE COMECEM COM A MESMA LETRA DONOME DE SUA MÃE:

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

� DESCUBRA OS NOMES QUE ESTÃO ESCONDIDOS DENTRO DOSNOMES ABAIXO:

ALESSANDRA: ____________________________________________________________________________________________________

VALDEMIR: _________________________________________________________________________________________________________

ROSANA: _________________________________________________________________________________________________________

VANDRÉ: _________________________________________________________________________________________________________

ANALICE: _________________________________________________________________________________________________________

AMARILDO: _________________________________________________________________________________________________________

ANDRESA: _________________________________________________________________________________________________________

JOANA: _________________________________________________________________________________________________________

MARIANA: _________________________________________________________________________________________________________

LUCICLEIDE: _________________________________________________________________________________________________________

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ANEXO 2LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

A história de um nomeLEIA O TEXTO ABAIXO JUNTO COM O(A) PROFESSOR(A).

ROBERTO SEM CARLOSRoberto Soares

Quando cheguei em São Paulo arranjei serviço numa oficina, pertoda casa da minha tia.Estava aprendendo o trabalho e via que todos os dias meus colegaspunham o nome num livro grosso que era guardado pelo dono daoficina. Ninguém me mandou assinar e eu estava achando bomporque não sabia escrever.Um dia, “seu” Osvaldo chegou para mim com o livro e disse:— Roberto, a partir de segunda-feira você começa a assinar seunome neste caderno. Todos os dias. Não esqueça.Era uma sexta-feira e eu saí de lá muito preocupado. Não queriadizer para ninguém o que estava sentindo.Em casa me veio uma idéia, que foi esta: meu primo tinha um discodo Roberto Carlos e eu fiquei pensando em copiar o Roberto dodisco até sabê-lo de cor. Pelo menos ia escrever meu primeiro nome.A Letra R eu já sabia e assim foi fácil achar o Roberto. Só que eu nãosabia onde acabava o nome Roberto e acabei decorando ROBERTOCARLOS.Todos os dias eu escrevia no livro: ROBERTO CARLOS.Meu patrão começou a me chamar de Roberto Carlos e os meuscolegas também.Não sabia como explicar que era só Roberto. Mudei de nome, masresolvi meu problema.

NOME DATA63

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EDUCAÇÃOE CIDADANIA

ANEXO 2LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

COMPLETE OS NOMES COMPOSTOS ABAIXO:

A_____ M_____ A J_____ P_____ LOC_____ L O_____ A U_____ T O M A_____ A F R A N_____ C AA N T ________ C _______ J __ __ É E___________O

NO CAÇA-PALAVRAS ABAIXO HÁ ALGUNS NOMES COMPOSTOS.VAMOS DESCOBRI-LOS?V A M H J L O P M A M A R I A F E R N A N D AT A T T R E P M I U I L M N R O S A M A R I A PB T A N T O N I O M A N U E L P U H J M N W TP I L O J O S E G U I L H E R M E T V E A A O DV B N F V C P L A N D R E L U I S M A D R E F IC I U N O P L O U C A R L O S A L B E R T O P OR O B E R T O M A U R O C V W X O M N U T R PESCREVA O QUE SE PEDE:

• DOIS NOMES FEMININOS QUE COMECEM COM A LETRA M:

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

• DOIS NOMES QUE COMECEM COM A LETRA V:

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

• DOIS NOMES MASCULINOS QUE COMECEM COM A LETRA R:__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

64

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EDUCAÇÃOE CIDADANIA

ANEXO 3LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

• MUDE APENAS UMA LETRA E TRANSFORME OS NOMES MASCULINOSEM FEMININOS:

NOME DATA

PAULO ______________________________________________________

RENATO ______________________________________________________

ANTÔNIO ______________________________________________________

� ESCREVA TRÊS NOMES MASCULINOS QUE NÃO TERMINEM COM ALETRA O___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

� ESCREVA TRÊS NOMES FEMININOS QUE NÃO TERMINEM COM ALETRA A___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Trabalhando com sobrenomesO sobrenome é uma marca que nos identifica, é o nome de família evem depois do primeiro (ou segundo, quando o nome for composto).Geralmente os sobrenomes são compostos pelo sobrenome da mãe edo pai. Quando a mulher se casa pode optar por adotar também osobrenome do marido. Por exemplo:

PAULO DA SILVA FERNANDES(NOME) (SOBRENOME DA MÃE) (SOBRENOME DO PAI)VALÉRIA MARIA SOARES PEREIRA(NOME) (SOBRENOME DO PAI) (SOBRENOME DO MARIDO)

OBSERVE A LISTA ABAIXO E DESCUBRA COMO FOI ORGANIZADAALMEIDA, JOSÉ PAULOBARBOSA, CARLOS AUGUSTOCAMPOS, ALBERTO DANIELFERNANDES, J. PINTOGOUVEIA, MARIA DAS GRAÇASLIMA, PAULO PEREIRA

ROBERTO ______________________________________________________

BRUNO ______________________________________________________

ALESSANDRO ______________________________________________________

65

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Bingo de letrasEDUCAÇÃOE CIDADANIA

ANEXO 3LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

66

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EDUCAÇÃOE CIDADANIA

ANEXO 3LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

Y

A B C D E F G

H I J K L M N

O P Q R S T U

V W ZX

A B C D E F G

H I J K L M N

O P Q R S T U

V W Y ZX

67

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Pare!LETRA NOME COMIDA FRUTA ANIMAL JOGO

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ANEXO 3LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

6868

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EDUCAÇÃOE CIDADANIA

ANEXO 3LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

Palavra mágica I

MINISTÉRIOAUTORIDADE

RESPONSABILIDADEDIREITO

ADOLESCENTECIDADANIAJUSTIÇA

CONVIVÊNCIA

6969

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Palavr

a mági

ca II

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ANEXO 3LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

AUTORIDADE

IDADE

AUTOR

TRIO

INFRACIONAL

NACIONAL

FÁCIL

LONA

PROMOTOR

MOTOR

MOTO

POTRO

REMISSÃO

MISSÃO

REMO

ISSO

CONTRAVENÇÃO

TRAVE

CONTRA

CONVENÇÃO

70

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ANEXO 3LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

Corrid

a das

letras

ASSENTAMENTO

BANCO

CONSTRUÇÃO

DOMÉSTICO

ESPAÇO

FÁBRICA

GREVE

HISTÓRIA

IGREJA

JALECO

LATIFÚNDIO

MERCADO

NAÇÃO

OPERÁRIO

PROFISSÃO

QUARTEL

REFORMA

SINDICAL

TRABALHADOR

USINAGEM

VOZ

XÍCARA

ZUARTE

71

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ANEXO 3LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

Tabule

iro

AB

DC

FE

HG

JL

IM

ON

QP

SR

UT

XV

Z

72

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ANEXO 3LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

Jogo d

as rim

as

MINERAL

IRRACIONAL

DANÇAS

CRIANÇAS

PAPÉIS

PINCÉIS

LIXEIRO

BICHEIRO

CORAÇÃO

DISTINÇÃO

LITERATURA

DITADURA

JASMIM

AMENDOIM

TEMPO

VENTO

GAIOLA

VIOLA

BOLINHO

BARQUINHO

73

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ANEXO 3LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

Transf

ormand

o CONTE

MUNDO

RIOBOLINHA

FORA

MIMPALCO

CANTAR

META

FOLHA

74

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EDUCAÇÃOE CIDADANIA

ANEXO 3LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

Memó

ria

ESTÔMAGO

ESTÔMAGO

SARNA

SARNA

ESÔFAGO

ESÔFAGO

MICOSE

MICOSE

LARINGE

LARINGE

COCEIRA

COCEIRA

TRAQUÉIA

TRAQUÉIA

FRIEIRA

FRIEIRA

PULMÃO

PULMÃO

PIOLHO

PIOLHO

CORAÇÃO

CORAÇÃO

INFECÇÃO

INFECÇÃO

INTESTINO

INTESTINO

ESCABIOSE

ESCABIOSE

75

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ANEXO 3LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

Domin

ó de p

alavra

sVIO

LÊNCIA

violência

NAÇÃ

OOP

ERÁR

IOCO

RAÇÃ

OMA

CACÃ

OPAT

RÃO

MARM

ITAnação

operário

coração

macacão

patrão

marmita

VIOLÊN

CIANA

ÇÃO

OPER

ÁRIO

CORA

ÇÃO

MACA

CÃO

PATRÃ

OMA

RMITA

marmita

macacão

violência

nação

operário

coração

patrão

VIOLÊN

CIANA

ÇÃO

OPER

ÁRIO

CORA

ÇÃO

MACA

CÃO

PATRÃ

OMA

RMITA

VIOLÊN

CIANA

ÇÃO

OPER

ÁRIO

CORA

ÇÃO

MACA

CÃO

PATRÃ

OMA

RMITA

operário

patrão

macacão

marmita

coração

nação

violência

nação

operário

marmita

patrão

violência

macacão

coração

76

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Jogo-da-velha 1EDUCAÇÃOE CIDADANIA

ANEXO 3LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

77

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ANEXO 3LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

Jogo-da-velha 2CA

NSAÇ

OFO

RÇA

CANÇ

ÃO

PROD

UÇÃO

ESPER

ANÇA

SEÇÃ

ODA

NÇAR

CLASS

IFICAD

OPA

SSAT

EMPO

EXPR

ESSÃ

OPA

SSAG

EMPR

OFISS

IONAL

ABRA

ÇO

PRES

SAPA

SSAR

INHO

REMIS

SÃO

78

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ANEXO 3LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

Jogo-da-velha 3JEI

TOAN

JINHO

OBJET

OSU

JEITO

ORIGI

NAL

LAVA

GEM

INTELI

GENT

EGE

LÉIA

GEST

OPER

SONA

GEM

IMAGIN

AÇÃO

CHAR

GE

PROJ

ETOHO

JEINJ

EÇÃO

NOJEN

TO

79

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ANEXO 3LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

Jogo-da-velha 4FU

TEBOL

VOLEI

BOL

JORN

ALDIF

ÍCIL

COME

RCIAL

AMBIE

NTAL

CORP

ORAL

SOCIA

L

ADQU

IRIUVIU

CONC

LUIU

ACHO

U

FALIU

SEU

MEU

TROF

ÉU

80

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ANEXO 3LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

Jogo-da-velha 5LIX

OLU

XOBE

XIGA

CAIXI

NHA

BRUX

AAB

ACAX

IXÍC

ARA

DEBA

IXO

CHUC

HUFIC

HACA

CHOP

ACH

UVEIR

O

CHAP

ÉUFEC

HADO

BONA

CHÃO

CHEFE

81

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ANEXO 3LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

Jogo-da-velha 6IMP

ORTA

NTE

IMPRE

NSA

MEMB

ROEM

PREG

O

LIMPA

CAMP

ANHA

TEMPO

SIMPLE

S

MANC

HETE

MOVIM

ENTO

CONS

CIÊNC

IASE

QÜÊN

CIA

ADOL

ESCE

NTE

GARA

NTIA

MANJ

ERICÃ

OINF

RACIO

NAL

82

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ANEXO 4LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

DicionárioOrganizando a prateleira de discos

PAULO ACABOU DE CHEGAR AO NOVO EMPREGO E NÃO SABEORGANIZAR OS DISCOS EM ORDEM ALFABÉTICA. VAMOS AJUDÁ-LO?COLOQUEM EM SEU CADERNO OS DISCOS NA ORDEM ALFABÉTICA.

ELZASOARES

ROBERTOCARLOS

MARTINHODA

VILACAETANOVELOSO

CHITÃOZINHOE

XORORÓ

ZEZÉDI CAMARGO

E LUCIANOELBA

RAMALHORITALEE

DOMINGUINHOS

IVETESANGALO

ZECAPAGODINHO

DANIELAMERCURY

83

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EDUCAÇÃOE CIDADANIA

ANEXO 4LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

• QUE LETRAS VOCÊ USOU PARA COMPLETAR OS NOMES DA LISTAGEMACIMA?

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

• ALGUMAS LETRAS DO ALFABETO NÃO APARECEM NO INÍCIO DENENHUM DOS NOMES DESSA LISTA ACIMA. QUE LETRAS SÃO ESSAS?

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Completando nomes• COMPLETE COM AS LETRAS QUE ESTÃO FALTANDO EM CADA NOME.

APROVEITE PARA OBSERVAR A PRIMEIRA LETRA DE CADA NOME JÁQUE, NESSA LISTA, ELES ESTÃO EM ORDEM ALFABÉTICA:

L ____ ____ S

M ____ R ____ ____

N ____ ____ R

OD ____ L ____ N

P ____ DR____

R ____ S ____

S ____ RG ____ ____

T ____ D ____ ____

V ____ R ____

Z ____ C ____

AN ____

BEN ____ D ____ T ____

C ____ RL ____ S

DOR ____

EST ____ R

F ____ B ____ ____

G ____ N ____

H ____ MB ____ RT ____

IG ____ R

J ____ S ____

84NOME DATA

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• VOCÊ CONHECE ALGUÉM QUE TENHA UM NOME QUE COMECE COMESSAS LETRAS? DÊ TRÊS EXEMPLOS

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

• COLOQUE EM ORDEM ALFABÉTICA AS PALAVRAS.

PÂNCREAS 1.FARINGE 2.INTESTINO 3.LARINGE 4.FÍGADO 5.ESÔFAGO 6.CORAÇÃO 7.ESTÔMAGO 8.PULMÃO 9.

ANEXO 4LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

85

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Construindo uma revista musicalO que é, o que é?

Gonzaguinha

EU FICO COM A PUREZA DA RESPOSTA DAS CRIANÇASÉ A VIDA, É BONITA E É BONITAVIVER, E NÃO TER A VERGONHA DE SER FELIZCANTAR E CANTAR E CANTARA BELEZA DE SER UM ETERNO APRENDIZAH, MEU DEUS, EU SEI, EU SEIQUE A VIDA DEVIA SER BEM MELHOR E SERÁMAS ISSO NÃO IMPEDE QUE EU REPITAÉ BONITA, É BONITA E É BONITAE A VIDA ?E A VIDA, O QUE É ? DIGA LÁ MEU IRMÃOELA É A BATIDA DE UM CORAÇÃO ?É UMA DOCE ILUSÃO ? Ê ÔMAS, E A VIDA ?ELA É MARAVILHA OU É SOFRIMENTO ?ELA É ALEGRIA OU LAMENTO ?O QUE É, O QUE É, MEU IRMÃO ?HÁ QUEM FALE QUE A VIDA DA GENTEÉ UM NADA NO MUNDOÉ UMA GOTA NO TEMPO QUE NÃO DÁ UM SEGUNDOHÁ QUEM FALE QUE É UM DIVINO MISTÉRIO PROFUNDOÉ O SOPRO DO CRIADOR, NUMA ATITUDE REPLETA DE AMORVOCÊ DIZ QUE É LUTA E PRAZERELE DIZ QUE A VIDA É VIVERELA DIZ QUE O MELHOR É MORRER, POIS AMADA NÃO É,E O VERBO É SOFREREU SÓ SEI QUE CONFIO NA MOÇAE NA MOÇA EU PONHO A FORÇA DA FÉSOMOS NÓS QUE FAZEMOS A VIDACOMO DER, OU PUDER OU QUISERSEMPRE DESEJADA, POR MAIS QUE ESTEJA ERRADANINGUÉM QUER A MORTE, SÓ SAÚDE E SORTEE A PERGUNTA RODA, E A CABEÇA AGITAEU FICO COM A PUREZA DA RESPOSTA DAS CRIANÇASÉ A VIDA, É BONITA E É BONITAVIVER... E NÃO TER A VERGONHA DE SER FELIZCANTAR E CANTAR E CANTARA BELEZA DE SER UM ETERNO APRENDIZAH, MEU DEUS, EU SEI, EU SEIQUE A VIDA DEVIA SER BEM MELHOR E SERÁMAS ISSO NÃO IMPEDE QUE EU REPITAÉ BONITA, É BONITA E É BONITA.

EDUCAÇÃOE CIDADANIA

ANEXO 5LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

Extraído do CD Preferência nacional (Gonzaguinha, 1994)Gonzaguinha, nome artístico de Luiz Gonzaga doNascimento Jr., filho do famoso sanfoneiro nordestinoLuiz Gonzaga, nasceu em 29/08/1945 e faleceu em 29/04/1991, em um acidente de carro, no auge da carreira.

86

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Grupo A• USANDO LETRAS MÓVEIS REESCREVA AS PALAVRAS ABAIXO,

SUBSTITUINDO AS LACUNAS PELA LETRA CORRETA, DE ACORDO COMO VERSO DA MÚSICA:

VIV __ R, E NÃO T __ R A VERG __ NH __ DE SER FEL __ Z

CANT __ R E CANTA __ E C __ NTAR

A B __ L __ ZA DE S __ R UM ET __ RN __ APR __ ND __ Z• COMPLETE AS PALAVRAS QUE ESTÃO FALTANDO NESTE TRECHO DA

CANÇÃO DE GONZAGUINHA, ESCREVENDO-AS PRIMEIRO COM ASLETRAS MÓVEIS.

E A VIDA, _____________________?DIGA LÁ MEU________________________

ELA É A BATIDA DE UM_____________________________________________?

É UMA DOCE ______________________________________________? Ê Ô

MAS, E A ________________________________?

ELA É __________________________________________OU É SOFRIMENTO ?

ELA É ALEGRIA OU ___________________________________________?

O QUE É, O QUE É, MEU ___________________________________________?

EDUCAÇÃOE CIDADANIA

ANEXO 5LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

NOME DATA87

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Grupo B• COLOQUE EM ORDEM OS VERSOS DA LETRA DA MÚSICA

É BONITA, É BONITA E É BONITAE A VIDA ?QUE A VIDA DEVIA SER BEM MELHOR E SERÁMAS ISSO NÃO IMPEDE QUE EU REPITAAH, MEU DEUS, EU SEI, EU SEI

• MARQUE AS PALAVRAS QUE RIMAM E INVENTE OUTRAS RIMAS PARAELAS.

VOCÊ DIZ QUE É LUTA E PRAZERELE DIZ QUE A VIDA É VIVERELA DIZ QUE O MELHOR É MORRER,POIS AMADA NÃO É, E O VERBO É SOFRER

• REESCREVA A QUADRA COM A RIMA INVENTADA, BUSCANDO NÃOALTERAR MUITO O SIGNIFICADO DO TEXTO.

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

EDUCAÇÃOE CIDADANIA

ANEXO 5LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

88

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EDUCAÇÃOE CIDADANIA

ANEXO 5LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

Grupo C• ESCREVA DE MEMÓRIA O TRECHO DE QUE VOCÊ MAIS GOSTA DA

LETRA DA MÚSICAO QUE É, O QUE É?.

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

• ESCOLHA PALAVRAS QUE CONSIDERE DIFÍCEIS E DITE PARA UM DOSCOLEGAS.

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Grupo D• ALGUÉM MISTUROU TODAS AS PALAVRAS DESTES VERSOS. VOCÊ

PODE AJUDAR SEU COLEGA A CORRIGIR O TEXTO?HÁQUEMFALEQUEAVIDADAGENTEÉUMNADANOMUNDOÉUMAGOTANOTEMPOQUENÃODÁUMSEGUNDO

• PAULO ESCREVEU ALGUMAS PALAVRAS DA CANÇÃO O QUE É, O QUEÉ?, COM ALGUNS PROBLEMAS. JUNTO COM SEUS COLEGAS TENTEDESCOBRIR OS EQUÍVOCOS DE PAULO E REESCREVA ESTES VERSOS:

CANTA I CANTA I CANTAA BELESA DE SÊ UM ETERNU APERENDISGrupo E

• HÁ ALGUNS ERROS NA ESCRITA DOS VERSOS ABAIXO. AJUDE AMARIA PAULA A DESCOBRIR ESSES ERROS:

EU SÓ SEI QUI CONFIO NA MOSAE NA MOSA EU PONHO A FORÇA DA FÉSOMOS NOIS QUE FAZEMU A VIDACOMO DE, OU PUDE OU QUISE

89NOME DATA

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• ESCREVA OS TÍTULOS DE ALGUMAS CANÇÕES QUE VOCÊ CONHECE.

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Grupo F• NOS DOIS VERSOS ABAIXO, CARLOS ESCREVEU AS PALAVRAS MUITO

EMENDADAS. VAMOS AJUDÁ-LO A ORGANIZAR O TEXTO?É A VIDA, ÉBONITA EÉ BONITAVIVER... E NÃOTER AVERGONHA DESER FELIZ

• FAÇA UMA PARÓDIA COM A LETRA DA MÚSICA: O QUE É, O QUE É?

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EDUCAÇÃOE CIDADANIA

ANEXO 5LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

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EDUCAÇÃOE CIDADANIA

ANEXO 6LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

Rimando e aprendendoExplorando trava-línguas

• LEIA COM O(A) PROFESSOR(A) O TRAVA-LÍNGUA.O TEMPO PERGUNTOU PRO TEMPOQUANTO TEMPO O TEMPO TEM.O TEMPO RESPONDEU PRO TEMPOQUE TEM TANTO TEMPOQUANTO O TEMPO TEM.

• COMPLETE O QUE ESTIVER FALTANDO.

O _____________________________PERGUNTOU PRO ___________________

QUANTO ______________________ O ______________________ TEM.

O _____________________________ RESPONDEU PRO __________________

QUE TEM TANTO ________________________

QUANTO O ________________________ TEM.• COLOQUE EM ORDEM OS VERSOS DO TRAVA-LÍNGUA.

QUANTO TEMPO O TEMPO TEMO TEMPO PERGUNTOU PRO TEMPOQUANTO O TEMPO TEMO TEMPO RESPONDEU PRO TEMPOQUE TEM TANTO TEMPO

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91NOME DATA

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• ESCREVA DE MEMÓRIA – DO JEITO QUE VOCÊ SOUBER – UM TRAVA-LÍNGUA (OU PARTE DELE).

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EDUCAÇÃOE CIDADANIA

ANEXO 6LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

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EDUCAÇÃOE CIDADANIA

ANEXO 6LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

Explorando rimas e quadrasNO BRASIL EXISTEM MUITAS QUADRAS POPULARES. VEJA ESSAS.

AMANHÃ FAZ QUINZE DIASQUE MEU PEITO SE FECHOUQUEM MORAVA DENTRO DELEPEGOU A CHAVE E LEVOU.EM CIMA DAQUELA SERRAPASSA BOI, PASSA BOIADA,TAMBÉM PASSA MORENINHADA CABEÇA CACHEADA.

• COMPLETE AS PALAVRAS COM A LETRA QUE ESTIVER FALTANDO:

EM CIM ____ DAQUEL ____ SE ____ A

PASSA B ____ I, PA ____ A BOIAD ____,

TAMBÉM PASS ____ MOR ____ NINHA

D ____ CABE ____ A CA ____ EADA

• COMPLETE AS QUADRAS:AMANHÃ FAZ QUINZE DIASQUE MEU PEITO SE____________________________________________________________

QUEM MORAVA DENTRO DELE

PEGOU A CHAVE E __________________________________________________________

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• COPIE A QUADRA ABAIXO, SEPARANDO ADEQUADAMENTE ASPALAVRAS:

UMAVELHA MUITOVELHAMAISVELHA QUEOMEU CHAPÉUFOIPEDIDA EMCASAMENTOLEVANTOUASMÃOSAOCÉU.

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ANEXO 6LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

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EDUCAÇÃOE CIDADANIA

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ANEXO 6LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

VOCÊ ME MANDOU CANTAR

PENSANDO QUE EU NÃO_______________________________________

POIS EU SOU QUE NEM CIGARRA

CANTO SEMPRE TODO ________________________________________

SOMBRA DA NUVEM NO MONTE

SOMBRA DO MONTE NO ______________________________________

ÁGUA DO MAR EM TEUS OLHOS

TÃO CANSADOS DE ___________________________________________

A FOLHA DA BANANEIRA

DE TÃO VELHA _______________________________________________

A BOCA DE MEU AMOR

DE TÃO DOCE _________________________________________________

• COM AS PALAVRAS ABAIXO, COMPLETE AS QUADRAS A SEGUIR:

AMARELOU MAR AÇUCAROUCHORAR SABIA

CORAÇÃO DIA MÃO

NOME DATA

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EDUCAÇÃOE CIDADANIA

ANEXO 6LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

NÃO DÊS A PONTA DO DEDO

QUE LOGO TE LEVAM A________________________________________

DEPOIS DA MÃO, VAI O BRAÇO

VAI O PEITO E O _______________________________________

• JUNTO COM UM COLEGA, PROCURE COLOCAR EM ORDEM OSVERSOS DESTA QUADRINHA E DEPOIS COPIE NO CADERNO:

EU TENHO SEMENTE E DOU _________________________________________

QUEM QUISER COMPRAR SAUDADE_________________________________

QUE AQUELE INGRATO DEIXOU. _____________________________________

UM CANTEIRO TENHO CHEIO ________________________________________________________________________________________________________________________

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ANEXO 7LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

Elaborando um anúncio diferente 97

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ANEXO 7LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

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Autoria

SECRETARIA DEESTADO DA EDUCAÇÃO

Realização