edição de setembro

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Jornal da 3ª Idade São Paulo, setembro de 2012 - Um jornal a serviço dos direitos dos idosos - Ano 9 nº 77 Cuidadores Cuidados para os que cuidam dos que já são idosos A psicóloga Ana Lydia Miche- letti faz um alerta às pessoas que se adaptam ou renunciam a própria vida para cuidar de alguém, para a necessida- de de identificar os sinais de cansaço e cuidar de si mes- mo. Memória Os bons exercícios para uma memória estimulada e ativa Exercícios diários com dedi- cação e persistência, princi- palmente aqueles que exigem novos modos de pensar, são os melhores para manter uma boa memória, explica a psicóloga Letícia Ferreira Mota. Pag. 7 Jerry Adriani está lançando um CD de Natal, um novo musical na TV e com agenda de shows diz estar vivendo com alegria a maturidade Ele nasceu paulistano, no bairro do Brás, como Jair Alves de Souza. Começou a cantar aos quatro anos de idade músicas italianas influenciado pela avó, oriunda da Calábria, que lhe transmitiu parte do rico cancioneiro italiano. Ele lembra que antes de aprender a escrever e falar direito o português já cantava fluentemente na outra língua. Por isso foi natural começar a carreira em 1964 com a gravação do seu primeiro LP, “Italianíssimo”, e ainda no mesmo ano gravar seu 2º LP, “Credi a Me”. Hoje, aos 65 anos, ele virou um “carioca” da Barra da Tijuca que mantém uma agenda repleta de shows e vários novos projetos. Vai lançar nos próximos dias um CD só com músicas de Natal, com a participação especial de Moacyr Franco na última faixa e estreia até o final do mês um programa musical mensal na televisão, especialmente voltado para a terceira idade. Jerry Adriani tem mais de 35 discos gravados na carreira, sem contar os discos promocionais e tem sido requisitado pelos eventos que descobriram nos bailes, ao estilo anos sessenta, uma atração para os que eram jovens naquele tempo. “As pessoas tem que buscar se divertir, dançar e pensar nas coisas boas. O importante é não deixar de querer viver”, disse Jerry. Pag 10 Nicete Bruno participou do encontro de gerações realizado pela Ong Liga Solidária e falou sobre a falta na sociedade desse tipo de encontro Pag 4 Atualização Faculdades para a 3ª Idade retomam com novidades Mais de 100 mil pessoas em todo o país, com mais de 55 anos, retomaram a rotina es- colar buscando atualização e novos conhecimentos nas escolas ou faculdades abertas para a terceira idade. Pag. 3

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Page 1: Edição de setembro

Jornal da 3ª IdadeSão Paulo, setembro de 2012 - Um jornal a serviço dos direitos dos idosos - Ano 9 nº 77

Cuidadores

Cuidados para os que cuidam dosque já são idososA psicóloga Ana Lydia Miche-letti faz um alerta às pessoas que se adaptam ou renunciam a própria vida para cuidar de alguém, para a necessida-de de identificar os sinais de cansaço e cuidar de si mes-mo.

Memória

Os bons exercícios para uma memória estimulada e ativaExercícios diários com dedi-cação e persistência, princi-palmente aqueles que exigem novos modos de pensar, são os melhores para manter uma boa memória, explica a psicóloga Letícia Ferreira Mota.

Pag. 7

Jerry Adriani está lançando um CD de Natal, um novo musical na TV e com agenda de shows diz estar vivendo com alegria a maturidade

Ele nasceu paulistano, no bairro do Brás, como Jair Alves de Souza. Começou a cantar aos quatro anos de idade músicas italianas inf luenciado pela avó, oriunda da Calábria, que lhe transmitiu parte do rico cancioneiro italiano. Ele lembra que antes de aprender a escrever e falar direito o português já cantava fluentemente na outra língua. Por isso foi natural começar a carreira em 1964 com a gravação do seu primeiro LP, “Italianíssimo”, e ainda no mesmo ano gravar seu 2º LP, “Credi a Me”.

Hoje, aos 65 anos, ele virou um “carioca” da Barra da Tijuca que mantém uma agenda repleta de shows e vários novos projetos. Vai

lançar nos próximos dias um CD só com músicas de Natal, com a participação especial de Moacyr Franco na última faixa e estreia até o final do mês um programa musical mensal na televisão, especialmente voltado para a terceira idade.

Jerry Adriani tem mais de 35 discos gravados na carreira, sem contar os discos promocionais e tem sido requisitado pelos eventos que descobriram nos bailes, ao estilo anos sessenta, uma atração para os que eram jovens naquele tempo.

“As pessoas tem que buscar se divertir, dançar e pensar nas coisas boas. O importante é não deixar de querer viver”, disse Jerry.

Pag 10

Nicete Brunoparticipou do encontro de gerações realizadopela Ong Liga Solidária e falou sobre a falta na sociedade desse tipo de encontro Pag 4

Atualização

Faculdades para a 3ª Idade retomam com novidadesMais de 100 mil pessoas em todo o país, com mais de 55 anos, retomaram a rotina es-colar buscando atualização e novos conhecimentos nas escolas ou faculdades abertas para a terceira idade.

Pag. 3

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Jornal da 3ª Idade - setembro de 2012Opinião

Jornal da 3ª Idadewww.jornal3idade.com.br

Editora: Hermínia Brandão MTB 13.295 [email protected]

Distribuição - Nos eventos de terceira idade, pontos de encontros de idosos, pelos patrocinadores e anunciantes da edição, para assinantes de todos os Estados.

Distribuição em farmácias- A partir desta edição de setembro o jornal passa a ser distribuído grátis nas lojas da rede Farma Ponte e da rede Farma Conde, em todo o Estado de São Paulo.

Assinatura individual- Para receber um exemplar pelo correio, com direito a 12 edições, o preço é de R$50,00, por ano.

Cartas para: Caixa Postal 11.475 S.Paulo SP Cep 05422-970e-mail: [email protected]

Para contato com a redação: 11- 3112-1132Para fazer anúncio: Os anúncios pagos devem ser reservados até do dia 5 do mes corrente para sair na edição do mes. O fechamento geral ocorre todo dia 7 e a circulação é a partir do dia 15 de cada mes. [email protected] contato com o comercial: 11- 3105-0607

ISSN 1809-2527

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No inverno muito mais atenção à saúde respiratóriaValéria Martins,pneumologista, membro da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia

[email protected]

Editorial

O Estatuto do Idoso e os seus 10 anos de existência

No próximo ano o Estatuto do Idoso (Lei 10.741, de outubro de 2003) de autoria do Senador Paulo Paim com-pletará dez anos de existên-cia como um marco na his-tória da legislação brasileira. Ele regularmenta direitos assegurados a pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, e define medidas de proteção, além de obrigações para entidades de atendi-mento e situações nas quais caberão penalidades.

O Estatuto chega a colocar alguns crimes contra o idoso no campo dos crimes con-siderados sem prescrição e sem fiança, ou seja, tão gra-ves como o crime de tortura. Infelizmente, as estatísticas demonstram que 90% das agressões ao idoso aconte-

cem na própria família.Milhões de pessoas estão

sendo beneficiadas com a Lei. Recordemos alguns direi-tos previstos no Estatuto:

Não há limite de idade para participação em concursos públicos. A idade torna-se um dos critérios de desem-pate na hora de conseguir a vaga. Os maiores de 65 anos tem direito a remédios grátis.

O Ministério Público ganhou mais força e as ações que envolvem idosos tem mais prioridade.

Idosos passaram a ter des-contos de pelo menos 50% nas atividades culturais, de lazer e esportivas.

O desconto ao transporte coletivo público gratuito foi assegurado. No caso de transporte coletivo intermu-

nicipal e interestadual, estão reservadas duas vagas gra-tuitas por veículo para idosos com renda igual ou inferior a dois salários mínimos. Se houver mais pessoas nessas condições elas têm direito a desconto e pagam a metade.

O reajuste das aposenta- dorias na data base do salá-rio mínimo com percentual definido em regulamento. A idade para requerer o benefí-cio assistencial, antigo LOAS passou para 65 anos.

Muitas melhorias ocor-reram, contudo, ainda é preciso uma conscientização maior do cidadão para que o Estatuto do Idoso tenha mais força de lei. E os próprios ido-sos tem que conhecer mais o seu texto para saber de todos os seus direitos.

Paulo Roberto SandyAdvogado, trabalha na Associação dos Aposentados e Pensionistas de Mogi Mirim, no Interior de São Paulo

[email protected]

No início dos anos 60 São Paulo passou a ser o principal polo econômico do país. As decisões políticas de subs-tituição de produtos impor-tados pelos produzidos pela indústria local se intensificou com a criação do setor auto-motivo, na Região do ABC. Para suprir toda a mão de obra necessária, São Paulo passou a receber milhões de nordestinos que tomaram o lugar dos antigos imigrantes, que então já faziam parte da classe média paulista.Foram esses novos operários, vindos de uma cultura tão diferente, que se fixaram em cidades próximas e amplia-ram a ainda tímida periferia. Muitos estudiosos defendem que esse rápido aumento populacional foi o responsá-vel pelo que chamamos hoje do processo de metropoliza-ção da cidade, para o bem e para o mal do seu desenvol-vimento desordenado. Nesses 52 anos de ocupação paulistana os nordestinos, que hoje somam mais de 2 milhões e 100 mil pes-soas com residência fixa em São Paulo, numa população geral de 11 milhões e 400 mil habitantes na Capital, deixaram sua marca na culi-nária, na música, na dança, na literatura, no cinema, no teatro e nas mais variadas expressões. É fácil encontrar repentistas e barracas de acarajé na oriental Praça da Liberdade e apresentação de Taikô na Praça do Forró, na Zona Leste. Antônio Ermírio de Moraes que se tornou símbolo do empresário pau-lista é filho de um senador pernambucano. A música que mais cantou São Paulo nos últimos anos, Sampa, foi composta por um baiano. É extensa a lista de exemplos do amor e desse segmento da população para a cidade que os adotou.

As inúmeras imagens dessa contribuição e afeto infe-lizmente ainda não con-seguiu acabar com muitos preconceitos. O lamentável é que ele existe, principal-mente, entre os paulistas mais velhos. Ainda assim, quase todos reconhecem que São Paulo não teria se trans-formado na megacidade que é - a sexta maior do mundo- sem a colaboração deles. Por tudo isso causa estra-nhamento que o centenário de Luiz Gonzaga, nascido em 13 de dezembro de 1912 e falecido em 2 de agosto de 1989 não tenha recebido a devida atenção das autori-dades culturais da cidade e do Estado para uma distinta homenagem. Faltou uma exposição que mostrasse a importância desse segmento na cidade. Faltou orientação das secre-tarias de educação para aproveitar o mês do folclore e dar oportunidade, através de trabalhos escolares, aos estudantes entenderem mais essa cultura e de História. Recordar ou descobrir as músicas dele não seria so- mente uma homenagem a esses nordestinos que ajuda-ram e continuam ajudando a São Paulo ser, independente dos vários problemas, a melhor cidade do país. Seria, e ainda pode ser, uma reve-rência a um brasileiro que não apenas cantou e encan-tou com seus dotes artísticos mas usou deles para ajudar a levar progresso e recursos para a sua terra natal e para dezenas de comunidades do sertão nordestino. No momento em que a história se reverte, que mui-tos paulistas migram para o Nordeste em busca de novas oportunidades em cidades que começam a se desenvolver é mais do que oportuna essa homenagem.

São Paulo não fez a devida homenagem a Luiz Gonzaga

e favorecendo as crises de doenças respiratórias alérgicas, como a rinite e a asma. Ao invés de esperar pas-sivamente por um descon-forto decorrente do inverno, é possível adotar algumas medidas simples de preven-ção. Manter uma boa hidra-tação, tomar bastante água durante o dia, é um bom começo. A prática de ati-vidade física também deve ser mantida, evitando os horários de baixa umidade do ar e cuidando para estar sempre bem agasalhado. A casa e o ambiente de trabalho devem estar sem-pre limpos e ventilados, evitando aglomerações e pessoas infectadas. E se a gripe já te pegou, cuidado para não espalhar a doença por aí. Lave bem as mãos sempre que possível e use lenços descartáveis. Outras importantes medi-das preventivas envolvem a aplicação de vacina da gripe, especialmente para grupos de risco; tomar cuidado com aparelhos de ar-condicionado, que devem estar sempre com o filtro higienizado; e manter essencialmente uma boa

alimentação. Os umidificadores ultras-sônicos, que umidificam ambientes, também podem ser uma boa alternativa, desde que utilizados cor-retamente.Estes aparelhos devem utilizar água des-tilada, que contém baixa concentração de minerais e ajudam na conservação do aparelho. Alguns modelos mais modernos monitoram a umidade relativa do ar, ligando e desligando auto-maticamente para manter o nível ajustado. Os demais modelos devem permanecer ligados por somente duas a três horas antes de dormir. Se ligados à noite inteira, podem levar à umidificação exagerada do ambiente, produzindo mofo em cortinas, tapetes e almofadas, que também ocasionam danos à saúde respiratória. E por fim, o mais impor-tante, e válido para todas as estações do ano, é evitar o tabagismo. Cuide bem dos seus pulmões, procure um médico em caso de dúvidas e respire aliviado o ano inteiro.

Com a chegada do inverno, mesmo com temperaturas oscilando, em diversas regi-ões do país, é possível notar o aumento no número de atendimentos em prontos- socorros decorrentes de queixas de problemas res-piratórios. Gripes, resfriado, pneumonia, crises de asma e uma série de queixas tendem a se agravar nesta época do ano. As baixas temperaturas e o tempo seco são os princi-pais fatores. O frio, por dei-xar os ambientes fechados, com menor circulação de ar, favorecendo a transmissão destas doenças. A umidade relativa do ar é outro fator que interfere diretamente no sistema respiratório. O ideal seria manter entre 30% e 60%. Quando mais baixa, mais sintomas começam a apa-recer, como ressecamento do nariz e na garganta, pele mais seca, sangramento nasal, irritação nos olhos, entre outros. O tempo seco e a falta de chuvas também dificultam a dispersão dos poluentes atmosféricos que ficam sus-pensos no ar, ressecando ainda mais as mucosas

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Jornal da 3ª Idade - setembro de 2012

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Faculdades com programas para a 3ª idade oferecem atualização e modernização

Novos conhecimentos

Na USP A Universidade Aberta à Terceira Idade da Universidade de São Paulo existe há 18 anos, coordenado pela Profª Ecléa Bosi. As inscrições para o segundo semestre foram até 10 de agosto, mas como cada unidade da USP é soberana na gestão da UATI, os interessados podem encontrar vagas para os cursos regu-lares ou seminários e oficinas extras. O curso da USP tem um formato dife-renciado que permite aos idosos (só com 60 anos ou mais) terem aulas nos cursos regulares da gradução, com os jovens, embora não recebam diploma de formação da USP. Disciplinas muito específicas requerem exame prévio de currículo ou entrevista. Para a maioria delas, porém, nada é exigido.

Maiores informações:

11- 3091-3348 ou 3091-3277

www.prceu.usp.br/programas/3idade/index.php/programa

Aula inaugural do Programa Idade Ativa, no campus Santa Teresinha, no dia 9 de agosto de 2012, cujo tema foi Educar Para o Amor, com o Reitor da UNISAL, Padre Ronaldo Zacharias.

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Mais de 100 mil pessoas, com mais de 55 anos reto-mam a rotina escolar, em todo o país nesse segundo semestre de 2012, com o objetivo de atualizar os seus conhecimentos e bus-car novas ferramentas para viver a maturidade com mais qualidade de vida. Um terço delas está em São Paulo e vão participar de cursos das faculdades ou escolas abertas para a terceira idade, embora nem todas as escolas usem essa denominação. Diferente das crianças e dos jovens, muitos desses alunos voltam para a sala de aula com uma bagagem maior que seus próprios professores. Entre eles estão pessoas que nunca tiveram a oportunidade de frequentar uma faculdade e por isso se sentem estimu-ladas a conviver com esse ambiente, enquanto outros são profissionais aposenta-dos que querem descobrir novos recursos como infor-mática ou mesmo buscar oficinas de práticas total-mente diferentes das exer-cidas anteriormente. Todos,

graduados ou não, tem em comum uma grande expe-riência de vida.

Veteranos dos veteranos Existem os alunos vete-ranos dos programas para a terceira idade que são aqueles que renovam a cada ano suas matrículas. Eles encontram na facul-dade um espaço diferen-ciado com muita convivên-cia entre pessoas da mesma faixa etária e mesmo com jovens. Os cursos, em quase todas as faculdades, duram de dois a três anos e ministram disciplinas como história, economia, política, além de orientações de saúde e atividades culturais. No Programa “Idade Ativa”, do campus Santa Teresinha do UNISAL (Centro Uni-versitário Salesiano de São Paulo), coordenado pela Profa. Karen Simões Mon-teiro (que ainda tem vagas para o segundo semes-tre) os alunos terão uma grade bastante diversifi-cada: Informática, Práticas Corporais, Língua Portu-guesa, Literatura Brasileira

e Estrangeira, Filosofia e Ética, Direito, Antropologia Religiosa, Oficina de Memó-ria, Identidade, História da Arte, Relações Interpes-soais, Novas Tecnologias, Turismo, Qualidade de vida, Liderança e Autonomia, entre outras.

Geraldo Silva de Souza, de 65 anos, é o aluno da UATI da USP que estampa os catálogos do programa da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária. Baiano de Jequié, ele está em São Paulo desde os 15 anos trabalhando como mecânico de carros. Cursar a Engenharia Mecânica da Politécnica, na disciplina de Aerodinâ-mica, realizou um sonho de vida, segundo a apresentação da Profª Ecléa Bosi, coordenadora acadêmica da USP para a terceira idade.

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Jornal da 3ª Idade - setembro de 2012Aconteceu

Na quarta-feira dia 25 de julho a atriz Nicete Bruno- que entre outros sucessos da sua carreira foi a avó da última edição do Sítio do Picapau Amarelo na TV - foi a convidada especial de uma tarde também singu-lar. Ela esteve participando das comemorações do Dia dos Avós, do projeto Vovô Criança da ONG Liga Soli-dária, que reuniu crianças de creches atendidas pela entidade com idosos que vivem no Recanto Monte Alegre, também da Liga, no Complexo Educacional Educandário Dom Duarte, no Butantã. Foi uma tarde bonita de resgate do afeto e respeito aos mais velhos. A Liga Solidária é uma organização social sem fins lucrativos criada há 89 anos. Atualmente, atende mais de 3.200 pessoas nos seus programas sociais de educação e cidadania em várias regiões da cidade.

Jornal da 3ª Idade- O que significa para você - que é um simbolo de vovó- um evento como esse?Nicete Bruno- É um mo- mento de felicidade e de oportunidade. Fala-se tanto de integração de gerações mas faltam opor-tunidades. Para as crianças é um olhar para o futuro e para os idosos a chance da agilidade mental e do novo que elas trazem.

Jornal- Sua presença tem sido constante em eventos

O maior festival de cultura japonesa da América Latina, realizado anualmente no Centro de Exposições Imi-grantes, pela Federação das Associações de Províncias Japonesas no Brasil, com o objetivo de divulgar e preservar as suas tradi-ções aconteceu no perí-odo de 13 a 15 de julho. O Festival do Japão nesse ano teve um público esti-mado em 190 mil pes-soas. Um dos destaques foi a área dedicada para a terceira idade coorde-nada pelos voluntários da Igreja Evangélica Holiness do Brasil, capitaneados pelo Pastor da Igreja de Santo André, William Maki Suzuki. Todas as atividades ofe-recidas ao idosos foram gratuitas. O espaço contou com 15 estandes diversos, com jogos de tabuleiro tradicional japonês, mas-sagens, podologia, aula de auto-maquiagem, gateball, ginástica, dança sênior e o show de cães terapeutas, além do auditório com pales-tras sobre saúde para idosos (algumas em japonês) e instruções para cuidadores.

Nicete Bruno participou do projeto Vovô Criança da Liga Solidária

sociais. Isso é uma pro-posta de vida?Nicete- É o mínimo que posso fazer para viver fraternalmente. Sempre que posso eu aceito convi-tes, eu trabalho em insti-tuições. É uma forma de passar pela vida deixando um trabalho realizado.

Jornal- Isso vem de berço?Nicete- Minha avó era uma mulher muito ligada aos empreendimentos sociais. Ela construiu um orfa-nato em Niterói e desde pequena eu ia com ela para declamar e brincar com as crianças de lá. Isso foi fundamental na minha formação para que eu pu- desse entender o que é comunicação, o que é rela-cionamento com pessoas. O que é ser e não apenas ter.

Jornal-Na sua última novela seu personagem era de uma idosa moderna que trabalhava e mantinha a sua independência. Esses são exemplos que podem ajudar outros idosos?Nicete- Eu fiquei feliz. Nem sempre a gente recebe o personagem que gosta-ria e na Vida da Gente o trabalho ajudou porque era uma idosa ligada aos parâmetros normais de uma família, com limites morais, mas aberta para o moderno. No final ela dizia que o tempo passa e as realizações é que perdu-ram e essa é uma grande mensagem para todos nós.

Espaço 3ª Idade no Festival do Japão

A Psicóloga Clara Nakagawa, vice-presidente da Associação Brasil Parkinson, com uma volun-taria no estande da entidade que distribuiu material educativo aosque visitaram a área dos idosos.

Marilene G.S.Maciel, vice-presi-dente e Gersonita C. Bargalho, 2ª tesoureira, da recém criada Asso-ciação de Cuidadores de Idosos da Região Metropolitana de São Paulo, no espaço de consultas.

“O nosso objetivo foi prestar um atendimento diferenciado ao idoso, tra-zendo novidades e divulgando conhecimentos”, disse William Maki Suzuki.

Associação Grupo da Melhor Idade Gente Feliz da Vila Marieta, festejou o Dia do Amigo, em 20 de julho com um sarau musical com o Coral Luar de Prata, do Tatuapé

A barraca de doces do Grupo da Terceira Idade Estrela D´Alva, coordenado por Iracema Silva era a mais animadada da festa julina do Clube Escola Jalisco, na Vila Santa Catarina , em 21 de julho.

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Jornal da 3ª Idade - setembro de 2012

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Jornal da 3ª Idade - setembro de 2012Saúde

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A prevenção nos primeiros sinais de problemas de visão

A perda de visão engana. Normalmente, aparece tão devagar que a pessoa nem percebe, achando que sofre apenas do que popularmente é chamado de “visão cansada”. Inicialmente, a pessoa se queixa de ter dificuldade em focar objetos e acredita que o quadro logo vai desaparecer. Porém, normalmente, a perda visual vai piorando e só então ela decide consultar um oftalmologista. Quanto mais tarde, mais difícil fica tratar a condição. É importante reconhecer que, na maioria das pessoas, a visão perfeita de 20/20 só se verifica até os 40 anos. Depois dessa idade, a visão quase sempre começa a deteriorar. Afortunada-mente, um par de óculos normalmente resolve, mas, às vezes, o problema pode ser glaucoma ou retinopatia diabética, e até a mais temida das enfermidades oculares, a degeneração macular relativa à idade, a chamada DMRI, que dificulta ou elimina a visão central e que até hoje não tem cura. GLAUCOMA- Normalmente começa com o paciente perdendo parte da visual lateral. Como outras patologias dos olhos é uma condição silenciosa, pois não causa dor e o portador nem percebe o que está acontecendo. Na realidade o nervo ótico está sendo pressionado, dificultando a visão normal. Pode ser controlado com medicamentos. DMRI- Manifesta-se com maior frequência em pessoas com mais de 50 anos e também avança lentamente. A pessoa man-tém parte da visão lateral, mas vai perdendo a visão central. O paciente é ajudado usando lupas eletrônicas super potentes já encontradas no mercado. Há dois tipos de DMRI, o do tipo “seco” e o “molhado”, como são popularmente chamados. O seco é mais comum. Para o chamado molhado já existem medi-camentos. Pessoas com DMRI tem dificuldade em ler textos, placas, identificar atores na Tv e ver as cores reais. RETINOPATIA DIABÉTICA - Essa condição é ainda mais enganosa. A pessoa vê bem em determinado momento, e, depois, tudo fica meio borrado. Por quê? Quase sempre, a reti-nopatia diabética é causada em virtude de o paciente sofrer de diabete tipo dois, ou possuir a pressão arterial muito elevada, o que causa ruptura dos vasos sanguíneos finos dentro da retina. Essas mudanças repentinas na visão exigem uma visita ao oftalmologista. Quanto maior a demora no início do tratamento, tanto maior o agravamento da situação. O que fazer em caso de dúvida? Procurar um oftalmologista para checar os olhos e tomar as medidas certas o quanto antes.

Os que já são idosos e os que estudam o enve-lhecimento sabem que os avanços da medicina e da tecnologia possibilitam o aumento na longevidade, mas, não garantem a qua-lidade dessa existência.

Muitos idosos se encon-tram comprometidos em sua capacidade funcional, seja por doenças crônicas ou mesmo pela fragilidade inerente a essa temporali-dade, o que demanda, cada vez mais, a necessidade de cuidados e atendimentos especiais.

A responsabilidade por esses cuidados é atribuída à família, especialmente às esposas e filhas, que são as principais cuidadoras dos idosos em situação de vul-nerabilidade. Os homens, na condição de filhos, mui-tas vezes, alegam ter suas próprias famílias para cui-dar e assim, não se sentem responsáveis diretos por seus genitores.

As filhas, ainda que tam-bém tenham sua própria família, frequentemente acabam por abandonar ou reduzir suas atividades

profissionais para cuidar de seus pais. Culturalmente, a atribuição do cuidado à mulher ainda é vista como natural e inquestionável, como se decorrente de sua condição “maternal” ou ainda por força de uma realidade não mais vigente, segundo a qual as mulheres não traba-lhavam fora de casa e eram as responsáveis pelos cuida-dos domésticos de todos os membros da família.

Essa “exclusividade” no desempenho das funções de cuidadora, em certas condições de excesso de demanda, pode levar a uma sobrecarga emocional, físi-ca e muitas vezes também econômica, que compromete a estrutura e a qualidade da vida de quem está em contínuo contato com um idoso que solicita cuidados constantes. A situação se agrava quando se trata de cuidador único, que por for-ças das circunstâncias, se isola do convívio social, não tem outra ocupação, nem lazer ou descanso. O amor, a gratidão e o altruísmo representam atenuantes no exercício do cuidado, porém

não impedem o cansaço, as angústias e as frustrações a que estão sujeitas as pessoas que, de alguma forma, tive-ram que adaptar ou mesmo renunciar à própria vida para cuidar de alguém. Nessas condições, se intensificam a irritabilidade, a raiva, a cul-pa, o remorso e até mesmo a agressividade, que sinalizam e alertam para a exaustão e a fadiga excessiva do cuidador.

Algumas vezes, eles atri-buem esses sinais a causas externas ou se recusam a ad-mitir os próprios sentimen-tos, por entendê-los, inade-quadamente, como egoísmo, ingratidão ou falta de amor. Em outras, envergonham-se, sofrem e se culpam pelo can-saço e desejo de retomar a própria vida e serem felizes.

Identificar esses sinais e compreendê-los como natu-rais e pertinentes à condição humana é essencial para alertar o cuidador de que ele precisa, nesse momento, mais do que ninguém, cuidar de si mesmo.

Cuidados para quem está cuidando de idosos

Ana Lydia MichelettiPsicóloga clínica com ênfase nos casos de depressão, de angústia, luto e melancolia no processo de envelhecimento.

[email protected]

ENCONTROS PSICOEDUCACIONAIS PARA CUIDADORES DE PACIENTES COM DEMÊNCIA

grátis- vagas limitadas (necessário inscrição)27/10/2012 ( sábado)Módulo 3: Aspectos importantes08h - 09h -Abertura09h - 10h Aspectos legais10h - 10h20 - Intervalo10h20 - 11h20 - Envelhecimento e Personalidade11h20 - 12h20 Mudança dos papéis familiares12h20 - 12h30 Encerramento

Local: Anfiteatro principal do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSPRua Dr. Ovídio Pires de Campos, 785 Cerqueira CésarPúblico:Familiares e cuidadores de pacientes com demênciasPROTER - 11- [email protected]

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Jornal da 3ª Idade - setembro de 2012Saúde

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Letícia Ferreira MotaPsicóloga, faz atendimento domiciliar, Oficina de Memória e preparação para aposentadoria

[email protected]

Como está a sua memó-ria, tem exercitado regular-mente? Então, saibam quais são os melhores exercícios para estimular a memória. Os exercícios precisam for-çar você a pensar enquanto os pratica (montar quebra--cabeças, fazer palavras cru-zadas, responder perguntas de programas de televisão); desafia você a fazer coisas ro-tineiras de um modo diferente (escolher um novo caminho de volta do trabalho ou para casa, pentear o cabelo com a outra mão, vestir a roupa com a outra perna, comer com pauzinhos); incluem níveis progressivos de um novo aprendizado (aprender uma nova língua, buscar um novo passatempo, apren-der a dançar outros ritmos); É importante que os exercícios sejam feitos diariamente, é um treino que exige dedicação

Quais os melhores exercícios para manter boa a memória

e persistência. Faça exercícios que exigem novos modos de pensar (criar um poema, pintar um quadro, ler livros de ficção, romance...); envolvam desafio sinestésico (tênis, atividades na piscina, andar de bicicleta, dança de salão); aqueles que são socialmente interativos (jogar baralho, xadrez, assistir uma peça de teatro ou um filme, participar de oficinas da memória); os que incluem exer-cícios aeróbicos, que bombeiam sangue e importantes nutrien-tes para o cérebro (andar rápi-do, nadar, ginástica aeróbica, exercitar-se com aparelhos). Se você quer ter uma boa me-mória ou percebe que os lapsos estão cada vez mais freqüentes deixe a preguiça de lado, mexa o corpo, mexa os olhos, a boca, exercite a mente. Você encon-trará algo que goste de fazer, mas para isto precisa tentar se não gostou de algum exercício,

achou difícil ou chato, encontre outro que lhe dê prazer que se adapte ao seu caso, ao seu qua-dro de saúde, etc. O importante é exercitar a mente e o corpo. A prática regular de exercícios físicos moderados durante um ano pode aumentar o tamanho do hipocampo cerebral em adultos com mais de 55 anos, proporcionando um aumento da memória espacial. O hipo-campo é a área do cérebro responsável pela formação de todos os tipos de memória. Manter uma alimentação saudável e o corpo hidratado é fundamental, pois quase 80% do cérebro é formado por água e, se esse nível cai muito, a ati-vidade cerebral é prejudicada.

Os interessados em fazer con-tato com a Dra. Letícia podem escrever diretamente para o

o seu e-mail.

O Laboratório de Avaliação e Condicionamento em Reumatologia do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da USP, recruta mulheres, de 55 a 65 anos de idade, com artrose de joelho para participarem de pes-

quisa clínica que irá avaliar os efeitos da atividade física no fortalecimento das pernas.

Os exercícios acontecerão duas vezes por semana, num período de três meses, nas dependências do Instituto Central do Hospital das Clínicas. O público alvo são mulheres na pós- menopausa, com índice de massa

corpórea menor que 30, sem infiltrações no joelho nos últimos seis meses, sedentárias e que façam uso de medi-

camentos para artrose, nos últimos três meses.

Informações e inscrições pelo telefone: 11-2661.8022, das 8 às 15 horas, ou por e-mail

[email protected];

Hospital das Clínicas busca mulheres com artrose de joelho para pesquisa

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Saúde

A presbiacusia é a perda auditiva ocasionada pelo processo biológico do enve-lhecimento, pois nele ocorre a morte de células da cóclea responsáveis pela audição. Como esse é um processo irreversível em nossas vidas o que pode ser feito é atra-sar ou procurar bloquear sua continuidade, estimulando as células que ainda estão vivas com o uso de uma prótese auditiva.

Com a perda auditiva as habilidades relacionadas à audição são prejudicadas levando a várias dificuldades no dia a dia, tais como: en-tender o que as pessoas di-zem; acompanhar uma con-versação com uma ou mais pessoas – principalmente quando existir ruído- lembrar o que escutou; localizar a fonte sonora, identificar e di-ferenciar o som que escutou, entre outras adversidades.

Hoje em dia tratamentos acompanhados por profis-sionais treinados e o uso da prótese auditiva ajuda a recuperar estas habilidades. É bom lembrar, porém, que os novos recursos não devem ser feitos isoladamente. É preciso buscar estratégias para facilitar a comunicação e o entendimento, sempre

que possível buscando o en-volvimento de toda a família nesse processo de reabili-tação.

São várias as maneiras simples e diretas que po-dem ser utilizadas: prestar atenção na pessoa que fala; olhando nos lábios; expres-sões faciais e gestos; pedir para a pessoa falar sempre de frente e articular melhor a fala; prestar atenção no contexto do que é dito mes-mo que não consiga perceber as palavras isoladamente; aprender a manusear a pró-tese auditiva (inserir correta-mente, estar atento quando a pilha acaba, manusear o controle de volume e botão de programa e identificar quando há alguma alteração no seu funcionamento).

A compreensão do que é a Presbiacusia e o entendi-mento de que a maioria das pessoas passarão por ela é o primeiro passo. Fazer o uso adequado da prótese auditiva, seguindo sempre as orientações do profissional de Fonoaudiologia, compare-cer nas revisões da prótese periodicamente são requisi-tos para uma boa adaptação e consequentemente melhor qualidade de vida.

Ouvindo Melhor na Terceira IdadeAngélica V.AdduciFonoaudióloga com especi- alização em Audiologia, da Audireal Aparelhos Auditivos

Nina Rosa é reeleita coordenadora da PPI-Pastoral da Pessoa Idosa na Região de Santana na Capital A PPI– Pastoral da Pessoa Idosa da igreja cató-lica, que faz um trabalho de atendimento domiciliar aos idosos realizou no dia 25 de agosto, no Centro de Formação Pastoral Santo Frei Galvão, na Parada Inglesa, a assembleia eletiva para a coordenação dos seus trabalhos na Região Episcopal Santana, em São Paulo. A coordenadora Nina Rosa, que vinha conduzindo os trabalhos nos últimos dois anos foi reeleita para mais dois anos. A PPI na Região de Santana está implantada em 12 paróquias e 3 comunidades com mais de 100 líderes visitando mensalmente mais de 600 idosos. Em todo o Brasil a PPI atende 180 mil idosos em 5400 comunidades com 184 dioceses.

21 de setembro é o Dia Mundialdo Alzheimer uma das doenças mais difíceis do envelhecimento Lapsos de memórias, alterações comportamen-tais, desorientação espacial e dificuldades em reali-zar tarefas corriqueiras são os primeiros sintomas da Doença de Alzheimer, que precisam ser observa-dos com acompanhamento médico para que paciente e os seus familiares possambuscar tratamento. A Doença de Alzheimer é uma das maiores preocupa-ções do processo de enve-lhecimento e por isso é lem-brada em todo o mundo no dia 21 de setembro, através de atividades coordenadas pela ADI Alzheimer’s Dise-ase International, entidade que congrega todas as Associações de Alzheimer. No Brasil, a ABRAz – Asso-ciação Brasileira de Alzhei-mer, que tem regionais em todos os Estados, é a enti-dade que congrega o maior número de estudiosos e familiares de portadores e a responsável por coordenar a maioria das atividades que ocorrerão na data. No Brasil, estima-se que cerca de 1 milhão e 500 mil pessoas são portadoras da doença que tem causa desconhecida. Somente o diagnóstico precoce e o tratamento adequado garantem ao paciente uma vida mais longa e com mais qualidade. Quanto mais

cedo o Mal de Alzheimer for identificado, mais tempo o paciente poderá man-ter suas funções cogniti-vas preservadas, dizem os especialistas. O Mal de Alzheimer é uma doença degenerativa que provoca a morte gradual dos neurônios, a perda de memória e de outras fun-ções cognitivas, como racio-cínio, juízo crítico, orienta-ção e outras. Nos estágios mais avan-çados, o paciente não reco-nhece os familiares e nem os amigos. Com o tempo, ele perde a identidade e tornar-se dependente. A assistência ao paciente deve obedecer cada fase da evolução do processo demencial para melhoria dos sintomas. Até agora não foi descoberto nenhum tratamento capaz de impe-dir ou curar a doença. Para Vera Caovilla, dire-tora da ABRAz Nacional deparar- se com o diag-nóstico da doença é algo que costuma desagregar as famílias e para evitar isso é preciso buscar ajuda nos grupos de apoio formados por familiares de portadores da doença e profissionais de saúde. “Infelizmente o desconhe-cimento da doença ainda é grande. Existem dificulda-des no diagnóstico e no

tratamento e nas infor-mações que o leigo pode usufruir”, fala Vera Caovilla. As pessoas interessadas em participar ou indicar grupos de apoio podem buscar mais informações na página da Abraz onde tam-bém estão listados todos os eventos que se realizarão no país, em 21 de setem-bro: www.abraz.org.br

no dia 21 de setembro

local: SESC Santo Amaro hora: 14h às 15h00atividade: palestraAlzheimer: quanto antes souber, mais tempo terá para lembrar - Dia Mundial da doença de AlzheimerPalestrante: Vera Caovilla

local:Parque do Ibirapuerahora: 8h às 12hatividade: distribuição de material informativo.

local:Teatro Eva Herz hora: 16hatividade: palestraparticipantes: Fernanda Gouveia Paulino, Presi-dente ABRAz NacionalCelso Bottino, Diretor Cien-tífico ABRAz NacionalFabiana Satiro de Sousa, Diretora ABRAz Regional São Paulo.

ABRAZ São [email protected]

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Destaque

Jerry Adriani é o grande destaque do 29º Encontro da Feliz Idade, em Porto Seguro, na Bahia, em novembro, onde pretende com calma conversar com os fãs. Ele promete um show inesquecível para todos.

Jerry Adriani quer fechar 2012 com vários novos projetos, com novo disco programa na Tv e shows“Acabei de gravar um dos

discos mais bonitos da minha vida chamado Natal em Família. Ele tem apenas um convidado especial que é o cantor Moacir Franco, para mim dos maiores artistas do Brasil. Vou começar a gravar um programa musical mensal para a terceira idade. Estou com vários shows marcados e repleto de planos”.É assim que Jerry Adriani

explica como está vivendo a sua maturidade. Ele está com 65 anos, tem três filhos (um de 30 anos, um de 29 anos e um de 9 anos). Manteve a carreira nos últimos anos com repertório romântico, gravações em italiano, traba-lhos na Tv e no cinema.Paulistano do bairro do Brás,

ele mora na Barra da Tijuca, mas vive rodando pelo Brasil fazendo shows, muitos deles requisitados pelos eventos de terceira idade. Afinal aqueles que eram jovens nos anos 50 e 60 não esquecem seus ídolos.

Poucos sabem que seu nome verdadeiro é Jair Alves de Souza. Como é que eu podia cantar Rock com esse nome?, lembra ele, contando que no final dos anos 50 muitos artistas tinham pseudônimo com nome em inglês.Ele começou a cantar aos

quatro anos de idade músicas italianas influenciado pela avó oriunda da Calábria, que lhe transmitiu parte do rico cancioneiro italiano. Ele lem-bra que antes de aprender a escrever e falar direito o português já cantava fluen-temente na outra língua. Por isso foi natural começar a carreira em 1964 com a gravação do seu primeiro LP, Italianíssimo, e ainda no mesmo ano gravar seu 2º LP, Credi a Me.Sobre o envelhecimento

ele tem uma posição clara: “Melhorou a atenção que se dá ao idoso no Brasil, mas ainda está longe do ideal. Nosso país é muito grande e nem todos os lugares a

atenção é a mesma. Essa é a época que as pessoas mais precisam de acompa-nhamento; é quando a força física começa a declinar, a saúde está mais fragilizada e é quando os planos de saúde duplicam. A gente tem que cobrar do governo qualidade de vida para os idosos”.

Para ele a falta de perspec-tiva das pessoas é o maior motivo do declínio. “Eu sem-pre me lembro do B.B.King, um dos mais importantes cantores e guitarristas de Blues dos Estados Unidos, que está com 86 anos e diz sempre que enquanto tiver um fio de vida ele quer

fazer música. Isso é demais e todas as pessoas deviam pensar assim. Enquanto a gente está fazendo planos, elaborando novos projetos, a tristeza, as doenças, as decepções ficam em segundo plano e a vida continua tendo um futuro”, explica Jerry Adriane.

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Agenda de bailes

Vem Dançar da Prefeitura de São Paulo comemora o Dia do Idoso em outubro com baile no Juventus

Vem Dançar de junho, quando foi realizado no salão do Clube Espéria, na Zona Norte.

ProfessorMedinaAposentadoparticipa de bailes comdança de salão há 50 anos

Dança Comigo

Como leitor do Jornal da 3ª Idade sempre senti falta de um espaço que desse noticias, comentários, ende-reços e até crônicas sobre uma das mais preferidas ati-vidades dos idosos: a dança de salão. Cada vez mais as pessoas, independente da idade, descobrem na dança uma forma de diversão saudável, que segundo os médicos faz bem para o espírito e para o corpo. A prova disso é que inúmeras academias de ginástica vem abrindo cursos especiais de dança de salão para ajudar seus alunos na modelagem do corpo com um processo divertido e prazeroso. Quem dança aumenta a frequência cardíaca, estimula à circulação do sangue, melhora a sua capacidade res-piratória e até pode queimar calorias. As pessoas procuram os bailes por motivos diferentes. Na terceira idade, o baile é uma atividade social que proporciona bem-estar, troca de experiencias, exige o diálogo, interação entre as pessoas. Quem costuma frequenter bailes tem mais vontade de encontrar os amigos antigos e fazer novos e assim sentir mais motivado na vida, combatendo a depressão e o desanimo, dois problemas que costumam acometer os idosos com certa frequência. Escolher uma roupa bonita e confortável, se olhar no espelho, sentir que está atraente, pensar que terá muitas companiad por algumas horas são motivações suficientes para justificar a sua ida a um baile. Tem gente que acha que dança de salão é coisa antiga e que alguns ritmos, tais como o bolero, a valsa, o tango é coisa do passado. Quando começa a freqüentar um salão de dança, esse conceito muda. Além disso os programas mais populares da televisão vem criando quadros que coloquem artistas e mesmo anônimos para dançar, como prova de talento. Quero lhe fazer um convite para mensalmente nos encontramos aqui com boas histórias que aconteceram nos bailes e com dicas de futuros encontros. Isso não impede que a gente se encontre num salão de baile, dos vários bons e familiares que temos em São Paulo.

Esta coluna está aberta para quem quiser mandar alguma sugestão sobre locais de baile ou mesmo um assunto para ser comentado ou um artigo para ser

publicado. É só entrar em contato pelo e-mail.

Os2no SambaDo encontro dos artistas Lupa Mabuze e Ana Paula Lopes surgiu a dupla Os2noSamba, com um show contagiante de música brasileira com ritmos de samba, choro e gafieira. A dupla encontrou neste universo musical uma perfeita sincronia em que voz, palco e plateia. SESC Pompéia grátis26/9 às 16h30 11-3871-7700

No Osasco PlazaO Baile Nostalgia, organizado mensalmente aos domingos, na praça de eventos do Osasco Plaza Shopping, por Renato Galhardo, terá sua próxima edição em-balada pela Banda Fox. O evento é aberto a todos os interessados de todas as idades, de todas as cidades. grátisOsasco Plaza Shopping30/9 das 14h às 19 horas 11-2117-2777

Stella Damares e os TremendõesA banda relembra os tempos áureos da jovem guarda apresentando músicas de Erasmo e Roberto Carlos, Wanderléa, Os Vips, Os Incríveis e Celly Campello. Retirada de ingressos na Rede IngressoSESC a partir de 31/08. grátisSESC São Caetano26/9 às 16h 11-4223-8800

Lembrar a Jovem Guarda

Baile Nostalgia

Sambachoro e gafieira

Banda Ponto de ImpactoEntretenimento com a Banda Ponto de Impacto, afim de socializar as pessoas e exercitar o corpo através da cultura da dança. Comedoria.

R$ 8,00 (inteira)R$ 4,00 (usuário inscrito no SESC e +60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes.R$ 2,00 (trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo matriculado no SESC e dependentes)SESC Santos21/9 sexta-feira as 19h 11-3234-3000

GafieiraAmericanaNanah Correa Estão presentes no reper-tório, sambas, choros, forró, frevo, salsa, boleros, merengue, cha-cha-cha e mambo, entre outros. A formação instrumental é composta por uma sessão rítmica que inclui teclado, contrabaixo, bateria e percussão. O vocal fica por conta da versátil cantora Nanah Correa, que trafega com tranquilidade por toda essa variedade de estilos. Choperia. Retirada de ingressos com 1h de antecedência. Na Choperia. grátisSESC Pompéia13/10 às 16h30 11-3871-7700

O Vem Dançar, o pro-grama de baile que é promovido mensal-mente pe la SEME- Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação da Prefei-tura de São Paulo, com música ao vivo, gratuito e aberto para todos os interessados já agendou seu próximo evento. Em outubro, para comemorar o Mês do idoso o baile será dia 2, no salão principal do Esporte Clube Juventus. Os grupos vinculados aos Clubes da Prefeitura ganham o ônibus para levarem seus idosos. Os organizadores do baile também aprovei-tam a oportunidade para um trabalho de conscientização sobre

a incidência de DST- Doenças Sexualmente Transmissíveis- entre os idosos. No Brasil, o Ministé-rio da Saúde não tem dados sobre o índice de transmissões das DSTs, porque a notificação não é obrigatória. A única doença a ter registro é a Aids. Segundo dados do Boletim Epidemioló-gico Aids e DST/2011, feito pelo Ministério, o número de novos casos entre pessoas acima de 50 anos passou de 2.707, em 2000, para 5.521, em 2010 – um aumento de 103%. Maiores informações na SEME-Secretaria Muni-cipal de Esportes, Lazer e Recreação : grátis 11-3396-6400

Cursos de dança e ritmos brasileiros

Vem DançarA Dança é um meio de sociabilização e interação com o outro. As aulas vão desenvolver expressão corporal, ritmo e condicionamento físico por meio de músicas e movimentos tendo como tema os tempos da brilhantina, em uma doce viagem às lembranças da época. Orientação de Bia Freitas. Inscrições na Central de Atendimentos de 03 a 10/09, ou enquanto houver vagas. No ato da inscrição será necessário apresentar atestado médico atualizado. Sala Gama, 7º andar. grátisSESC Consolação11/9 a 29/11 Terças e Quintas, as 14h 11-3234-3000

Geração de ideiasAtividade que valoriza a dança em pares, por meio de vários ritmos nacionais e internacionais como bolero, tango, choros, forró, frevo, samba, rumba e valsa, merengue, cha-cha-cha,entre outros. Local: Centro de Convivência da Terceira Idade “Profª Maria do Carmo César Bevilaqua”. Retirada de senhas na Central de Atendimento 1 hora antes (sujeito à disponibilidade de lugares).

SESC Ipirangaaté 30/9Sábados e Domingos, das 14h às 16h30 11-3340-2000

Baile em Santos

Anuncie aquio seu baile!

Baile do Verde e Amarelono CRI NorteCentro de Referência do Idoso da Zona Norte

o seu tradicional baile de toda a última sexta-feira do mês. Aberto a todos os interessados.

Rua Voluntários da Pátria, 4301 Informações: 11- 2972.9218

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AgendaDuas exposições de artes imperdíveis totalmente gratuita para os idosos

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Impressionismo Paris e a Modernidade

A exposição traz pela primeira vez ao Brasil uma seleção de 85 obras-pri-mas do acervo do Museu d’Orsay, de Paris, e ocupa todos os espaços do CCBB- Centro Cultural Banco do Brasil, de São Paulo. A mostra, que reflete a história da pintura ocidental no período que compre-ende a segunda metade do século XIX e início do século XX, é dividida em módulos temáticos que apresentam as obras de Camille Pis-saro, Claude Monet, Edgar Degas, Edouard Manet,

Henri Toulosse-Lautrec, Paul Cézanne, Paul Gau-guin, Pierre-Auguste Renoir e Vincent Van Gogh, entre outros mestres. A curadoria é de Guy Coge-val, presidente do Museu d’Orsay; Caroline Mathieu, conservadora chefe do Museu d’Orsay e de Pablo Jimenez Burillo, diretor--geral da Fundación Mapfre.

CCBBRua Álvares Penteado, 112Até: 7 de out10/20123ª a 5ª feira 10h 22h6ª, sábado e domingo até 23h11-3113-3651

Caravaggio e seus seguidores Proveniente de renomados museus italianos e coleções particulares está no desde o dia 2 de agosto uma signi-ficativa exposição de obras do gênio italiano Michelan-gelo Merisi de Caravaggio (1571-1610), considerado o principal representante do Barroco. A exibição de Caravaggio e Seus Segui-dores apresenta seis obras- primas do artista e outras

quatorze obras de artistas diretamente influenciados por sua obra e técnica – os “caravaggescos”, entre eles Artemisia Gentileschi, Bartolomeo Cavarozzi, Gio-vanni Baglione, Hendrick van Somer e Jusepe di Ribera.MASP- Av. Paulista, 1578Galeria Horário Lafer (1º and)Até 30 de setembro de 201211-3251-5644

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Semináriosobre idosofragilizado Refletir sobre as questões relativas às necessidades das pessoas idosas fragili-zadas com a finalidade de conscientizar responsáveis de instituições públicas e da sociedade civil sobre a magnitude do problema na cidade de São Paulo; conhe-cer experiências de serviços de cuidados a domicílio e incentivar a formação de cuidadores. Essas são as propostas do seminário internacional organizado pela ONG Reci-clazaro, que marcado para o dia 28 de setembro, com representantes de vários países. A entrada é grátis, mas é preciso fazer inscri-ção com antecedência já que são apenas 200 vagas.

Inscrições

até dia 25/09/2012 [email protected] Informações:11- 4661-1056

FENIX - Reeleição da Diretoria em 20/08/2012Presidente – Mercedes Lopes Mendes

Vice Presidente – Núncio Carelli Secretaria Geral – Isa Maria Borba; 1a. Secretária – Ruth

Rossi dos Santos; Tesoureiro – Walter Vicentini; 1a. Tesou-reira Marianna Mollica; Diretora Jurídica – Dra. Dulce Rita O.

Costa; Diretor Social – Felício Pereira Barbosa

Suplentes – Mercedes P. Backmann, Mercedes Gameiro, Maria Cân-dida Eleutério, Alzira Messias, Léa, Tereza Rodrigues, Manoel Otero Ocampo, Durval Sanches e Pedro Ragocini, Conselho Fiscal – Douglas Tassinari, Sebastião Venâncio de Oliveira e João Piola Marra Suplentes – Nelson Saule, Dermival Gomes dos Santos e Eduardo Monteiro Representantes na FAPESP – Mercedes Lopes Mendes e Felício Pereira Barbosa.

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