edição 37 - setembro de 2012

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Pág. 1 Vargem Grande do Sul e Região - Setembro de 2012 - Ano III - Nº 37 - Distribuição Gratuita Foto: Falcão Foto & Arte

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Edição 37 - Setembro de 2012

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Vargem Grande do Sul e Região - Setembro de 2012 - Ano III - Nº 37 - Distribuição GratuitaFoto: Falcão Foto & Arte

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EDITORIAL

O Jornal do Produtor é uma publicação mensal, editadoà rua Quinzinho Otávio, 64, Centro, Vargem Grande doSul - SP. E-mail: [email protected]: (19) 3641-1392

Jornalista ResponsávelBruno de Souza - MTb 46.896

Diagramação, Fotos e ArtesRicardo Falcão - Angelino Jr.

PublicidadesFernando W. Franco - (19) 9310-5700Eduardo Manzini - (19) 9856-5661

Circulação: Vargem Grande do Sul -Aguaí - Águas daPrata - Caconde - Casa Branca – Campinas

( Ceasa) - Divinolândia - Espírito Santo do Pinhal -Itobi – Itapetininga - Mococa - Santa Cruz das

Palmeiras - Santo Antônio do Jardim - São João daBoa Vista - São José do Rio Pardo - São Sebastiãoda Grama - Tambaú - Tapiratiba – Porto Ferreira -Ribeirão Preto - Tapiratiba - Em Minas Gerais

Poços de Caldas - Sacramento e Araxá.

EXPEDIENTE

O Índice Quadrissemanal dePreços Recebidos pelaAgropecuária Paulista (IqPR) re-gistrou alta de 2,38% na terceiraquadrissemana de agosto de2012, de acordo com o Institutode Economia Agrícola – IEA/Aptada Secretaria de Agricultura eAbastecimento. Os índices estãopositivos desde a primeiraquadrissemana de junho, comple-tando 10 quadrissemanas conse-cutivas de elevação.

Segundo os pesquisadores LuisHenrique Perez, Danton Leonel deCamargo Bini, Eder Pinatti e JoséAlberto Angelo, autores do artigo,os produtos que registraram asmaiores altas foram: carne suína(44,04%), tomate para mesa(41,25%), milho (22,18%), soja(14,49%), carne de frango(13,51%) e trigo (10,49%).

Já os produtos que apresenta-ram quedas de preços nestaquadrissemana foram: feijão(13,97%), banana nanica(5,37%), carne bovina (2,40%),cana-de-açúcar (1,67%) e leite“B” (0,84%).

No período analisado, 15 pro-dutos apresentaram alta de pre-ços (11 de origem vegetal e qua-tro de origem animal) e cinco apre-sentaram queda (três vegetais edois de origem animal).

Índices positivos

Jornal do Produtor celebratrês anos de fundação

Consolidado como um dosprincipais meios de comunicaçãodo setor agropecuário na região,o Jornal do Produtor completatrês anos de fundação neste mêsde setembro. Idealizado pelo fo-tógrafo e diagramador RicardoCardoso de Lima, responsávelpelo estúdio Falcão Foto & Arte,que tem como sócio FernandoWagner Franco, responsável pelaparte administrativa.

O informativo é assinado pelojornalista Bruno de Souza e tema colaboração de Marcos Eduar-do Manzini na área de vendas eAngelino Teixeira da Silva Júniorna diagramação.

Com o slogan “A informaçãoabrindo porteiras”, o Jornal doProdutor é uma publicação men-sal que retrata o agronegócio re-gional, levando informações pre-cisas aos produtores. O jornal évoltado exclusivamente para osetor agropecuário e tem comoprincipal diferencial o seu conteú-do, pois traz informações de di-versas culturas, como batata,café, feijão, cebola, tomate emuitas outras, além de novida-des sobre eventos e cursosagropecuários, deixando os lei-tores atualizados com tudo o queestá ocorrendo no campo.

Atualmente o Jornal do Pro-dutor tem como colunistas o ve-terinário Alessandro de Souza,responsável pelo espaço RadarTécnico, e também o engenhei-ro agrônomo e pesquisadorPedro Hayashi, presidente da As-sociação dos Bataticultores daRegião de Vargem Grande do Sul(ABVGS).

Ampliando cada vez mais suaárea de distribuição, o jornal con-ta com os importantes apoioscomo a Cooperativa dosBataticultores da Região deVargem Grande do Sul(Cooperbatata), a Associaçãodos Bataticultores da Região deVargem Grande do Sul e também

Publicação tem ampliado seu mercado e levado informações do ramo agropecuário para toda região

a Coordenadoria de AssistênciaTécnica Integral (CATI), atravésde seu escritório regional em SãoJoão da Boa Vista.

Com uma boa aceitação nomercado, o Jornal do Produtornecessitou aumentar seu núme-ro de páginas. Atualmente ele tem16 páginas, todas coloridas. Noentanto, o informativo costumasair com até 20 páginas em edi-ções especiais, como a que re-tratou a cobertura da Agrishow2012, por exemplo.

Sua distribuição é feita gratui-tamente em associações, sindi-catos rurais, casas da agricultu-ra e estabelecimentos comerci-ais que atuam no setor

agropecuário, além de ser enca-minhado através de mala direta atodos os associados daCooperbatata e da ABVGS, sendoenviado também ao Ceasa, emCampinas. Desta maneira, a pu-blicação tem abrangido municípiosdo interior paulista, Minas Gerais etambém da região sul do país.

Além da sua edição impressa,o Jornal do Produtor tem sua pá-gina na Internet desenvolvidapelo webmaster JonathanDomingues. Hospedado no en-dereço www.jornaldoprodutor.com.br, o site conta com diver-sas informações sobre o jornal etraz todas suas edições e galeriade fotos.

Equipe do Jornal do Produtor, durante a cobertura da Agrishow 2012

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Produtores podem utilizarcrédito de ICMS na produção agrícola

Créditos de ICMS. A maioria dosprodutores já ouviu falar deles e desua utilização para os pagamentosde diversos itens da produção agrí-cola, mas os créditos ainda são pou-co utilizados. A vantagem é que elespodem reduzir os custos. Trata-sede um ativo do produtor, que podeser utilizado a qualquer momento.

O Governo do Estado de São Pau-lo oferece aos produtores rurais apossibilidade de transferirem cré-dito acumulado de ICMS, tambémválido às cooperativas. Com o de-creto, eles podem transferir seuscréditos de ICMS para aquisição demáquinas e implementos agrícolas,insumos agropecuários e embala-gens, além de combustível, ener-gia elétrica, sacaria nova e materi-ais de embalagem, entre outros.

Quem pode fazer arecuperação?

Todo e qualquer produtor ruraldevidamente inscrito na Fazenda doEstado de São Paulo, devendo tam-bém estar inscrito no Cadastro Na-cional de Pessoas Jurídicas (CNPJ).

Quais insumos dão origem àrecuperação?

Tudo o que for utilizado pelo pro-dutor em sua atividade agropastoril,desde que tais insumos (combustí-veis, corretivos de solo em geral,agroquímicos em geral, embalagens

Créditos podem ser usados para comprar tudo o que for utilizado pelo produtor na atividade agropastoril

descartáveis de venda da produção,eletricidade, frete, dentre outros)sejam onerados pelo ICMS na horada compra.

O que pode ser feitocom os créditos de ICMS?

No caso de São Paulo, o produ-tor pode trocar os seus créditos pordinheiro, caso faça a venda de suaprodução a uma indústria que acei-te a troca. Essa modalidade é umanegociação pela qual a indústria queadquiriu a produção não é obriga-da a receber os créditos, portanto,só será feita a transferência se aindústria quiser.

O produtor ainda poderá adqui-rir bens ou insumos destinados àsua produção agropastoril e pagarcom seus créditos. Mas não háobrigatoriedade de as empresasvendedoras aceitá-los em paga-mento, o que deverá ser negociadocaso a caso, em particular.

Os bens que podem ser adquiri-dos com os créditos são:

a) Tratores, máquinas eimplementos agrícolas, suas partese peças em geral;

b) Sacaria nova e materiais deembalagem descartáveis;

c) Combustíveis - óleo diesel,gasolina (para veículos e aviões depulverização), álcool, gás veiculare gás para aquecimento de aviário;

d) Energia elétrica utilizada namovimentação de máquinas e equi-pamentos destinados à atividadeagropastoril;

e) Insumos agropecuários: inse-ticida, fungicida, formicida,herbicida, parasiticida, germicida,acaricida, nematicida, raticida,desfolhante, dessecante,espalhante, adesivo, estimulador ouinibidor de crescimento (regulador),vacina, soro ou medicamento, comdestinação exclusiva a uso na agri-cultura, pecuária, apicultura,aqüicultura, avicultura, cunicultura,ranicultura ou sericicultura; raçãoanimal, concentrado, suplemento,aditivo, premix ou núcleo, sendo ofabricante ou o importador devida-mente registrado nos ministérios daAgricultura e da Reforma Agrária eo seu número seja indicado no do-cumento fiscal; calcário ou gesso,como corretivo ou recuperador dosolo; composição ou fabricação deração animal; esterco animal; mu-das de plantas; sêmen congeladoou resfriado; enzimas preparadaspara decomposição de matéria or-gânica animal; amônia, uréia, sul-fato de amônio; nitrato de amônio,nitrocálcio, MAP (mono-amônio-fosfato), DAP (di-amônio fosfato)ou cloreto de potássio; adubo sim-ples ou composto, ou fertilizante;girino, alevino, ovo fértil e aves deum dia, exceto as ornamentais;

gipsita britada destinada ao uso naagropecuária ou à fabricação de salmineralizado; milheto, quandodestinado a produtor e à coopera-tiva de produtores.

Como são feitas essas “com-pras”?

Primeiro, o produtor tem de es-tar com seus créditos aprovadosaté o mês imediatamente anteriorao da compra. Depois, precisa ve-rificar se o produto ou bem estádentro da listagem dos permitidospelo Governo. Após esses procedi-mentos, procurar qual a empresaaceitará os créditos e acertar to-dos os detalhes (forma de venda,valor a ser transferido, data pro-vável da transferência etc). Tirar anota fiscal do produto (NF), fazen-do constar da nota de venda todosos dados de sua propriedade de-tentora do crédito (lembrando queos créditos são da propriedade enão do produtor). Após receber aNF de venda, fazer a nota fiscal deprodutor (NFP) em transferência decréditos nos exatos moldes do con-tido na Portaria CAT 17/03. Levara NF de venda (primeira e terceiravias) e a NFP de transferência (1ª,2ª e 4ª vias) no Posto Fiscal da pro-priedade para pegar o carimbo deliberação do crédito, enviando aseguir a primeira e quarta vias daNFP ao vendedor.

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Definida a programação da 35ª Festa Nacional do Café

A prefeitura de EspíritoSanto do Pinhal, através doDepartamento de Culturae Turismo, já definiu a pro-gramação da 35ª FestaNacional do Café. A festi-vidade acontecerá entre osdias 25 e 28 de outubro econtará com vários shows,além de eventos técnicos,onde serão apresentadaspalestras sobre diversasáreas da cafeicultura eapresentações com ban-das pinhalenses no palcoalternativo.

Na tarde de quarta-fei-ra, dia 15 de agosto, a di-retora de Cultura e Turis-mo, Cecília Martini DelGuerra Borges, e os pro-dutores do evento, NelsonUliani Júnior e RenanRochite, anunciaram a grade deshows. A abertura da 35ª FestaNacional do Café será na quinta-feira, dia 25 de outubro serámarcada pela apresentação dadupla Rio Negro e Solimões. Nasexta-feira, dia 26 de outubro, afestividade terá como atração ocantor Luan Santana. Já no sába-

Evento será entre os dias 25 e 28 de outubro em Espírito Santo do Pinhal e contará com shows epalestras sobre diversas áreas da cafeicultura

do, dia 27 de outubro, a dupla JoãoCarreiro e Capataz agitarão a noi-te. O encerramento será no do-mingo, dia 28 de outubro, e con-tará com o show de Munhoz eMariano, que apresentará seussucessos ao público.

A prefeitura anunciou ainda queos shows do Rio Negro e Solimões

e Munhoz e Mariano serão deportões abertos para a população,sendo cobrado apenas um valorsimbólico de R$ 5,00, o qual serátotalmente revertido para as enti-dades organizadoras do evento. Oshow do Rio Negro e Solimões serávendido separadamente do pas-saporte e as entidades tomarão

conta da bilheteria.Já o passaporte

para os dias 26, 27 e28 terá seu primeirolote vendido pelo va-lor de R$ 50,00 até odia 13 de outubro. Osegundo lote custaráR$ 60,00. As entida-des receberão R$10,00 de cada unida-de vendida, o quecorresponderá à por-centagem combina-da, mais os R$ 5,00do show do Munhoze Mariano.

Os ingressos ante-cipados para osshows do LuanSantana e JoãoCarreiro e Capataz te-rão o primeiro lote

vendido por R$ 25,00 até 13 deoutubro. O segundo lote será R$30,00.

O camarote para as quatro noi-tes sairá por R$ 1.200,00 e com-portará 10 pessoas. Quem com-prar o camarote terá direito a en-trar na boate que haverá após osshows.

Organização do evento anunciou as atrações deste ano

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A Arysta LifeScience é uma em-presa que atua no Brasil a mais de40 anos, estando presente nos mer-cados de soja, milho, algodão, cana-de-açúcar, hortaliças, frutas e pas-tagem. Pela primeira vez, ela trazpara a Cooperbatata (Cooperativados Bataticultores da Região deVargem Grande do Sul) um projetode grande sucesso: o Meu Pé de Ba-tata, que busca promover uma com-petição saudável entre os coopera-dos.

Na abertura do evento os repre-sentantes da Arysta, GuilhermeOgata e Frabricio Biazoto Fernandes,apresentaram para os participantesseu novo produto, o fungicida Legacy,destinado ao controle das principaisdoenças da batata.

Para o projeto os participantes re-ceberam um vaso e uma semente debatata, cultivar Asterix. Durante umperíodo de quatro meses, cada coo-perado teve a chance de aplicar seusconhecimentos e suas técnicas demanejo para tentar alcançar o máxi-mo de produtividade nessa única se-mente.

A virada dos vasos foi realizada dia31 de agosto, no Recinto de Exposi-ções “Cristiano Dutra do Nascimen-to”, em Vargem Grande do Sul, poruma comissão formada por um re-presentante da Arysta, um represen-tante da Cooperbatata, e um repre-sentante dos cooperados, que foi es-colhido na hora. A comissão realizoua pesagem da produção de cada vasoe premiou os três primeiros coloca-dos, sendo estes:

1º Colocado: Francisco Dotta2º Colocado: Frank R. Cavalari3º Colocado: Carlos A.Gomes

Após a premiação foi realizadauma confraternização com os repre-sentantes, cooperados e funcioná-rio da Cooperbatata.

Espera-se que para o próximoano seja realizado novamente esseevento, com uma taxa ainda maiorde participação.

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Natural da América, o giras-sol (Helianthus annuus L.) temse firmado como artigo de cul-tivo em larga escala para a pro-dução de grãos e óleo, além deser utilizado na ornamentaçãode jardins e em arranjos paradecoração. Na região, os irmãosMaurílio e Antônio DonizeteEvangelista são os pioneiros docultivo desta planta em CasaBranca.

Tudo começou em 1998,quando estiveram em MogiGuaçu e conheceram a cultura.Instigados pela possibilidade de

poderem desbravar um novomercado, os irmãos Evangelistacomeçaram a fazer testes comalgumas sementes. A partir daí,surgia uma paixão que vem seestendendo por anos.

Com uma produção voltadapara o comércio de grãos para aalimentação de aves, eles atu-almente plantam em três áreasdistintas: a primeira tem setealqueires, a segunda tem oitoalq. e a terceira cinco. Ao todo,são colhidos cerca de três tone-ladas por alqueire. “Isso depen-de muito do clima. Este ano, o

tempo tem sido muito bom”,comenta Maurílio.

Entusiasmado com a boaprodutividade, o agricultorrelata que o panorama domercado também estápositivo, uma vez queo preço pago pelo qui-lo da semente de gi-rassol tem variadoem torno de R$ 1,20a R$ 1,50. “O mer-cado está bom. Asaca da semente temsido vendida a médiade R$ 36,00”, afirma.

Bruno de Souza

Fotos: Falcão Foto & Arte

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O girassol é uma cultura de am-pla capacidade de adaptação às di-versas condições de latitude, lon-gitude e fotoperíodo. Nos últimosanos, vem se apresentando comoopção de rotação e sucessão deculturas nas regiões produtoras degrãos. De acordo com a EmpresaBrasileira de Pesquisa Agropecuária

(Embrapa), a melhor tolerância àseca, a baixa incidência de pragase doenças, além dos benefícios queproporciona às culturassubsequentes são alguns dos fa-tores que fez com que o girassolviesse conquistado os produtoresbrasileiros. “É uma planta de fácilcultivo. Não necessita deagrotóxicos ou fungicidas”, desta-

ca Maurílio. “Outro ponto im-portante é que o girassol fixao nitrogênio e matéria or-gânica na terra, enrique-cendo-a. No entanto,não é aconselhávelplantá-lo em áreas ondese cultiva feijão”, expli-ca o produtor casa-branquense.

Arrancadeira de Batata

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Na cultura do girassol, a colheita é uma das prá-ticas que requer cuidados, principalmente porqueos seus frutos, quando maduros, são muito aprecia-dos pelos pássaros, o que pode reduzir sensivel-mente o rendimento. O momento da colheita variade acordo com a época em que se tenha realizado oplantio. Em geral, depois de quatro ou cinco meses,pode-se colher. Em Casa Branca, os irmãosEvangelista plantaram em abril e colheram sua pro-dução em agosto.

De acordo com a Embrapa, o momento de se fa-zer a colheita é quando os grãos já tiverem saído doseu estado leitoso, estando maduro e não comple-tamente seco. Se esperar que eles fiquem bem se-cos, arrisca-se a ter perdas, porque as sementes sedesprendem com relativa facilidade, caindo ao solo.

Fonte de vitaminasAs sementes de girassol contêm de 20% a 25%

de proteínas. Essa proteína é relativamente bemequilibrada quanto à sua composição emaminoácidos, e ela é particularmente rica emisoleucina e triptofano, dois aminoácidos essenciais.Ela tem também uma boa presença em metionina eem cisteína, dois aminoácidos deficientes tanto nomilho como na soja.

As sementes de girassol contêm também muitoferro, cálcio, fósforo, sódio e potássio, vitaminas B(tiamina, riboflavina e niacina), beta-caroteno, pre-cursor da vitamina A e da vitamina E, os tocoferóis.Dentre todos os óleos vegetais, o de o girassol con-tém a maior proporção de alfa-tocoferol, a formamais ativa da vitamina E.

Introduzido na Europa no século XVI, o girassol éhoje cultivado nos cinco continentes

ÓleoAlém de ser utilizado na silagem para alimenta-

ção animal, o girassol também é empregado para aextração de óleo. Segundo informações da Embrapa,a planta possui um dos óleos de melhor qualidadenutricional e organoléptica (aroma e sabor), sendosaudável para a alimentação humana, uma vez quepossui propriedades que reduzem o nível decolesterol. Além disso, a massa resultante da extra-ção do óleo, rende uma torta altamente protéica,usada na produção de ração.

Outro fator importante é que o girassol tem suaimportância renovada pela crescente busca por fon-tes renováveis de energia, já que seu óleo é maté-ria-prima para a fabricação de biodiesel.

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Cooxupé é destaque no ranking Valor 1000A Cooperativa Regional de

Cafeicultores em Guaxupé(Cooxupé) foi classificada comoa quarta maior empresa do su-deste, do setor agropecuário, noranking do Valor 1000, edição2012. Foram analisados na pes-quisa vários critérios, dentreeles, receita líquida, geração devalor, rentabilidade, entre ou-tros.

O Valor 1000 é um anuáriopublicado pelo jornal Valor Eco-nômico que divulga a lista dasmil maiores empresas brasilei-ras de 25 setores. Na classifica-ção final por critérios, a Cooxupéaparece no segundo lugar emreceita líquida, nono lugar emgeração de valor e primeiro lu-gar em rentabilidade. A Cooxupésubiu 70 posições, saltou do200º lugar no anuário de 2011e ocupa a posição de 130º lugarneste ano, figurando em desta-que entre as mil maiores em-presas no ranking geral.

Para o presidente da Coope-rativa, Carlos Alberto Paulino daCosta, estes números demons-tram que a união dos pequenosagricultores de café pode alcan-çar grandes resultados. “Esseranking mostra a força do

Cooperativa foi apontada como a quarta maior empresa do sudeste do setor agropecuário pelo Valor 1000cooperativismo. Temos muitoorgulho de conquistar este es-paço e vamos continuar traba-lhando não só para alcançar no-vas posições, mas principalmen-te para o benefício do nosso co-operado, que é a maior razão dacooperativa”, avalia.

Com sede em Guaxupé, a co-operativa tem atuação em maisde 200 cidades do sul de MinasGerais, cerrado mineiro e Valedo Rio Pardo, sendo considera-da a maior cooperativa de cafédo mundo. Com cerca de 12 milcafeicultores cooperados, 80%deles pequenos produtores, aCooxupé reúne números expres-sivos ao longo dos seus 55 anos,ganhando liderança nas expor-tações do grão e ampliandomercados, como o de cafés es-peciais e certificados.

Atualmente a ela conta com16 unidades e seis escritóriosavançados, que prestam assis-tência técnica ao produtor,promovem eventos específicosse aproximando dos coopera-dos e também operam comocentros de comercialização enegócios, atendendo as neces-sidades de cada cafeicultor in-dividualmente.

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Ceagerp será inaugurada em setembroO entreposto da Companhia de

Entrepostos e Armazéns de SãoJosé do Rio Pardo (Ceagerp) seráinaugurado neste mês de setembro.A notícia foi anunciada pelo empre-sário Vinícius Petrônio Ferraz Vieira,presidente do Grupo Ferbras, res-ponsável pelo empreendimento.

Situado em local de fácil acessopara quem chega de qualquer par-te da região, junto à Cooxupé, aCeagerp irá operar com 33 boxes,sendo oito para frutas, 12 destina-dos a comercialização de legumes,oito para verduras, um para flores,um para banco, uma loja, uma far-mácia e uma lanchonete, além deum pavilhão para uma cooperati-va, uma extensa área coberta parao Mercado Livre do Produtor (MLP)e, em breve, a área destinada acâmaras frias, que estarão locadaspara permissionários.

Para o prefeito de São José doRio Pardo, João Luís Cunha, queiniciou nos primeiros meses de suaadministração, em 2009, a buscade um empreendimento capaz deabsorver o crescimento da agricul-tura regional, é uma vitória da so-ciedade a próxima inauguração doentreposto. “Nossa região lestepaulista, na qual se insere São Josédo Rio Pardo, tem tradição de gran-de produção e distribuição de pro-dutos agrícolas, com inúmeras em-presas nesse segmento”, afirma.“Os produtores riopardenses podemsomar-se aos agricultores de mui-tas cidades do leste paulista e atédo sul de Minas Gerais, nas facili-dades e economia a serem propor-cionadas pela nova central de abas-tecimento”, complementa.

Lembrando ser oriundo da zonarural, João Luís acentua que vinhabuscando a efetividade do empre-endimento que agora se solidificacom o contrato assinado com aFerbras, empresa de âmbito nacio-nal com vasta experiência em as-sessoria e consultoria de centraisde abastecimento.

A Ceagerp será, desde o iníciode sua atividade, a maior centralde abastecimento particular do país,já que todas as centrais até aquiexistentes são públicas – seja daUnião, do Estado ou de municípios.

O empresário José Ibrahim Cury,presidente do Sindicato do Comér-

Com fácil acesso aos produtores de qualquer parte da região, entreposto irá operar com 33 boxes

cio Varejista da Região de São Josédo Rio Pardo, apóia integralmentea instalação da companhia. Paraele, os principais fatores que favo-recem a operação dessa unidadesão custo reduzido substancialmen-te, face às enormes distâncias dosgrandes centros de distribuição dosprodutos que serão comercializados(pedágio, combustível, riscos, etc)e escoamento dos produtos produ-zidos na região que se contém noraio de atuação da Ceagerp.

Ibrahim destaca que a reduçãodesses custos tanto para os produ-tores quanto para os possuidoresde boxes no entreposto que farãoas vendas, e também para cliente-la. “Haverá fatalmente, após o iní-cio dos trabalhos, interesse no plan-tio de muitos produtos que antesnão havia na região e que fazemparte da mesa da população, cri-ando mais oportunidades econômi-cas para os agricultores e tambémpara o revendedor que tiver seu boxna Ceagerp”, relata. “Até mesmoalguns tipos de frutas poderão en-trar nas lavouras da região”, com-pleta. Um exemplo típico é a voca-ção incontestável de nossas cida-des mais altas, como Caconde eDivinolândia, para a produção defrutas tropicais de altitude.

O presidente da Associação Co-mercial e Industrial de São José doRio Pardo, Izonel Tozini, com conhe-cimento no agronegócio acumula-do durante 20 anos, vê na Ceagerpa possibilidade de crescimento emtodas as áreas da agricultura, res-saltando a importância dos produ-

tores de toda a região estarem pre-sentes desde o início das ativida-des do entreposto. Ele acredita queem pouco tempo a companhia es-tará muito conhecida. “Nossa regiãotem grande importância na agricul-tura, pois passou por uma reforma

agrária natural, oriunda das própri-as famílias que dividiam suas terrasentre os filhos e estes sempre pros-seguiram com suas plantações, au-mentando a diversidade de produ-tos e gerando renda para todas asfamílias”, lembra. “Em Belo Horizon-te, por exemplo, os produtores nãotiveram interesse de início naCeagesp, e empresários de fora, dointerior de Minas Gerais e mesmode outros Estados, adquiriram as‘pedras’ (bases de comercialização),fazendo com que se tornasse umgrande negócio, não deixando es-paço para os agricultores da própriacidade”, diz.

Para o secretário municipal deAgricultura e Meio Ambiente de SãoJosé do Rio Pardo, Felipe Quessada,a Ceagerp tende a melhorar muitoo escoamento da produção em todaregião. “O empreendimento está lo-calizado em um ponto estratégicodevido a fácil logística e acesso paraos caminhões, além do escoamentopor rodovias que saem do chamadotrevo da Cooxupé, com saídas paratodas as direções. As instalações sãobastante adequadas ao trabalho pro-posto e estão muito bem feitas”,comenta. “Temos os exemplos dosentrepostos dos grandes centros,sendo visível o avanço para as cida-des e a facilidade de negociações atépara os pequenos produtores, redu-zindo os custos”, finaliza.

Fachada principal da Ceagerp

Galpão do Mercado Livre do Produtor

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Curso deAgroflorestaem Caconde

Entre os dias 12 a 14 deoutubro acontece o CursoPrático de Agrofloresta, noSítio do Tiê, localizado naEstrada do Fuga, emCaconde. As aulas serão mi-nistradas por NamastêMesserschimdt e GabrielMenezes e são voltadas paraagricultores de toda região.

O curso abordará os prin-cípios dos sistemasagroflorestais dirigidos pelasucessão natural, baseadosnos ensinamentos dopesquisar e agricultor ErnstGötsch, a apresentação deexperiências, além da su-cessão, estratificação e fun-ção das plantas na evolu-ção do sistema, a recupe-ração de áreas degradadas,restauração de APPs e RLs,bem como outros assuntosespecíficos.

Para saber mais informa-ções, basta contatar a orga-nização do curso através dose-mails: [email protected],[email protected] [email protected].

Um estudo feito na Universi-dade de São Paulo (USP) identi-ficou um tomateiro com alto po-tencial de tolerância à contami-nação pe lo meta l pesadocádmio. O trabalho de doutora-do, defendido por Fernando An-gelo Piotto, no Laboratório deGenética e Bioquímica de Plan-tas da Escola Superior de Agri-cultura Luiz de Queiroz (Esalq)da USP, foi orientado pelo pro-fessor Ricardo Antunes de Aze-vedo e faz parte do ProjetoTemático “Estresse oxidativo in-duzido por metais - Novas abor-dagens”.

Segundo Azevedo, o trabalhoconsistiu na avaliação de gran-de número de cultivares de to-mateiros e na análise da varia-bilidade genética induzida pormutagênese – abordagem queconsiste na introdução de mu-tações em sequências de DNApela ação de agentes químicosou físicos. De acordo com o pro-fessor, o estudo contribui para acompreensão das alterações ge-néticas, fisiológicas e bioquími-cas causadas nas plantas pelaexposição aos metais pesados,o que poderá levar a avanços nodesenvolvimento de novos mei-os de controle da contaminação.“Nosso laboratório tem um ban-co de material genético com cul-tivares de tomateiros provenien-tes de diferentes partes do mun-do. Além de analisar essas vari-edades, Piotto utilizou uma plan-ta modelo para, por meio daindução de mutagênese, obterplantas mutantes mais toleran-tes ao estresse causado pelapresença do metal. O estudoidentificou pelo menos um cul-tivar mais tolerante e um maissensível ao cádmio, além de umaplanta mutante que apresentoumaior tolerância ao metal”, dis-se Azevedo à Agência FAPESP.

Piotto teve proposta de Bolsade Pós-Doutorado aprovada pelaFAPESP para dar continuidade aoestudo sobre determinação deparâmetros de tolerância aocádmio em tomateiros.

“O Projeto Temático envolvediversos estudos sobre as res-

Estudo identifica tomate tolerante àcontaminação por cádmio

postas de plantas ao estresseambiental causado por metaispesados como cádmio e níquel.É muito comum que as plantascresçam em ambientes contami-nados por esses metais – sejaem decorrência da proximidadecom atividades de mineração oupela poluição de rios que depoistêm suas águas utilizadas parairrigação. Essa contaminaçãopode ter impactos muito gravesno desenvolvimento da planta eum efeito tóxico muito forte nascélulas de animais e pessoas”,explicou Azevedo.

O tomate é um modelo impor-tante para esse tipo de estudo,por ser um fruto geneticamentemuito bem caracterizado e umaespécie de elevada importânciaeconômica. “A identificação deespécies tolerantes ao metal pe-sado é importante, porque podelevar ao desenvolvimento de umcultivar que não absorva essesagentes contaminantes nas par-tes da p lanta que sãoconsumidas por humanos e ani-mais”, afirmou Azevedo.

Por outro lado, segundo o pes-quisador, é importante estudaros cultivares muito sensíveis aosmetais, porque eles se tornam

modelos importantes para estu-dos que permitam compreenderos mecanismos que levam aoestresse por contaminação.“Identi f icar esses cult ivarestambém poderá ser útil paraap l i cações de técn icas defitorremediação – que é o uso deplantas para recuperação de áre-as poluídas. Podemos utilizarplantas hiperacumuladoras demetais pesados para limpar osolo de uma área contaminadacom esses agentes”, comentou.

O cultivar tolerante ao cádmioque é proven iente demutagênese será agora caracte-rizado geneticamente e, em se-guida, estudado do ponto de vis-ta da fisiologia e da bioquímica.“Se caracterizarmos de fato essaalta tolerância, vamos inseriresse cultivar na nossa linha deestudos sobre os mecanismos,rotas metabólicas e genes envol-vidos nessa tolerância”, desta-cou Azevedo.

Embora a metodologia damutagênese seja bastante difun-dida, segundo Azevedo, o estu-do contribuiu com o estabeleci-mento de todos os parâmetros ea otimização dos procedimentospara a aplicação da abordagemno caso específico dos tomates.

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No mercado fresco, o padrão debatatas sem dúvida foi introduzidopelas variedades européias. Assimtodos reconhecem batata de pelelisa e polpa amarela clara, polpacreme e formato alongado. Muitasvariedades podem enquadrar nes-tas características.

No entanto para batata de fritura,o padrão é totalmente diferente. Abatata ideal para chips deve ser re-donda, pele branca, polpa branca.Se imaginarmos uma batata comestas características, chegaremos auma variedade: a Atlantic. Assimcomo no Brasil é o padrão para ba-tata chips em todo o mundo.

OrigemA Atlantic é uma variedade

americana (USDABeltsville), re-sultado do cruzamentoWauseon X Lenape (B5141-6) .

Variedades de batata: Atlantic

Foi lançada em 1978. Varieda-de não protegida.

Características:Planta

Planta de porte médio a alto, has-tes vigorosas, ereta, com poucoflorescimento no inverno e intensona primavera e verão. Flores roxasclara. De crescimento rápido e comcobertura total do solo por volta de50 dias após o plantio.

Apresenta alta susceptibilidade arequeima (Phitophthra infestans) eboa tolerância a pinta preta (Alter-naria solani). Planta de bom desen-

volvimento em condições de tem-peraturas mais elevadas, apesar deapresentar defeitos fisiológicos nostubérculos. Alta susceptibilidade acanela preta (Erwinia sp).

Talvez o maior problema daAtlantic, seria a alta susceptibilidadea mosaico (PVY). Mesmo em cam-pos de sementes tecnicamente bemconduzidos, os níveis de contamina-ção por PVY são muito altos. Comosabemos o controle de pulgões atra-vés de produtos específicos não ga-rante uma boa sanidade da batatasemente devido a maneira de trans-missão não persistente, ou seja, um

pulgão contaminado pode transmi-tir a virose na picada de prova. Ape-sar de ser contaminada pelo vírusPVYntn, é baixo o número de tubér-culos com sintomas de anéisnecróticos não causando prejuízos.Quanto às outras viroses, apresen-ta boa resistência a PVX e média re-sistência ao vírus do enrolamento(PLRV).

Para contornar os problemascom viroses, na Atlantic, bem comoem outras variedades, seria come-çar os campos de sementes commaterial básico de alta sanidade, eplantio de campos de sementes iso-lados de áreas de consumo e outrasespécies botânicas que poderiamfuncionar como fonte de inoculo.

TubérculoFormato redondo, grande, uni-

forme, olhos profundos com cavi-dades também profundas na inser-ção do estolão. A pele brancarecoberta por escamas (russet),que dependendo do tipo de soloplantado pode variar um pouco acor externa dos tubérculos. A pol-pa é branca com a medula poucopronunciada.

Defeitos fisiológicos dos tubér-culos mais frequentes são choco-late (brown spot) e coração oco(hollow heart)

Foto: Super Frio

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As aptidões industriais da Atlantic

Nos Estados Unidos, a Atlanticpossui duas finalidades, a indus-trial (chips) e mercado fresco,onde entra no grupo que eles cha-mam de redondas brancas. Comodefeito para mercado fresco é fa-cilidade com que o tubérculo setorna verde. Mas a variedade fi-cou mesmo famosa na produçãoindustrial de chips e batata pa-lha. É sem dúvida a variedadepara chips mais plantada no mun-do e considerada padrão. Umavariedade que se adapta a qual-quer região, alto teor de maté-ria seca, baixo nível de açuca-res redutores, sabor agradável,são as características que leva-ram a Atlantic ser consideradaa mais popular batata industrialdo mundo. Como ponto negati-vo vale lembrar que apesar desuas excelentes qualidades in-dustriais não tem um bom de-sempenho no armazenamento,pois costuma reverter açucarese comprometendo a aparênciada batata frita.

Recomendações de cultivoA Atlantic tem uma taxa de

multiplicação muito baixa. Adominância apical (apenas umbroto desenvolve) é um dos fa-tores que levam a uma baixa po-pulação de hastes em campo e,consequentemente, a poucos tu-bérculos por cova e baixa produ-ção. Para melhorar isto, devemosplantar sementes bem descansa-das, preferencialmente sob regi-me de câmara fria. Utilizar bata-ta semente com boa sanidade,pois batata sementes contamina-das com PVY reduz ainda mais onúmero de tubérculos por plan-

ta. O espaçamento entre plantasdeve ser aproximadamente 30 a32 cm para tipo I (50 a 60 mm)27cm para tipo II (40 a 50 mm)e 22 a 25 cm para o tipo III (30 a40 mm) espaçamento entre li-nhas de 0,8 m. Também comorecurso para incrementar o nú-mero de hastes podemos usarjuntamente com fungicidas desolo, uma solução de ácidogiberélico 15 a 20ppm. Quandose usa o ácido giberélico, é co-mum as plantas emergiremestioladas e amarelas, mas empoucos dias as plantas voltam aonormal.

A recomendação de adubaçãopara a variedade Atlantic deve serfeita de acordo com a análise desolo. Para um solo de fertilidademédia podemos usar as seguin-tes quantidades: N-190 kg/há P-550 kg/há K -190 kg. A saturaçãode bases deve ser sempre acimade 60%. Também devemos estaratentos a sintomas de deficiênci-as tanto para os macros elemen-tos como para os micros elemen-tos. Em plantio de verão é comumobservar deficiências de magnésio.Aparecendo tais sintomas umasuplementação foliar deve ser fei-ta. Alguns elementos são supridosadequadamente desta maneira.Para estes níveis de adubação a

produtividade esperada é por vol-ta de 35 a 40 ton/há.

Os demais tratos culturais sãoos mesmos que para outras vari-edades. Devemos manter asplantas verdes o mais tempo pos-sível, pois sendo uma batata parauso industrial, tamanho, matériaseca são muito importantes.Quando por motivosfitossanitários há uma desfolhaprematura, alem da perda de pro-dução, a quantidade de sólidos cai

a níveis bem baixos, resultandoem menor rendimento industrial.

Considerações finaisApesar das inúmeras varieda-

des de batata que são testadastodos os anos no Brasil, ainda te-remos a Atlantic como padrão defritura por muitos anos. Então va-mos aprimorar as nossas técni-cas de cultivo e explorar ao má-ximo o potencial da nossa velhaconhecida.

Florada de batata Atlantic em Vargem Grande do Sul

Foto: Pedro Hayashi

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Brasil é o sétimo maior produtor mundial da fruta, porém,mercado ainda não é aproveitado pelos brasileiros

Pouco considerado e até desco-nhecido pelo produtor rural brasi-leiro como opção de cultura, oabacate tem grande potencial nomercado internacional. De adapta-ção fácil e manejo simples, compoucas pragas e doenças, a fruta,que é passível de exploração emdiferentes nichos de mercado, es-barra em fatores que limitam o seudesenvolvimento. De um lado estáo consumo mundial crescente e, deoutro, o Brasil com condições natu-rais privilegiadas que, no entanto,não são exploradas como deveri-am ser para a cultura.

Mesmo sem muito esforço, oBrasil é o sétimo maior produtormundial de abacate. No entanto,este mercado ainda não é aprovei-tado pelos brasileiros. Entre as ra-zões está a falta de conhecimentotécnico e, em especial, o desconhe-cimento da dimensão da indústriamundial do abacate. Pesa até mes-mo contra a cultura, a imagemconstruída no próprio mercado in-terno de que o abacate é uma frutaque engorda.

Por outro lá, o consumo interna-cional aumenta ano a ano e a pro-dução é insuficiente para atender àdemanda. De acordo com a dra.

Abacate: grande potencialno mercado internacional

Consumo internacional de abacateaumenta ano a ano e a produção é

insuficiente para atender à demanda

Tatiana Cantuarias-Avilés, pesqui-sadora chilena associada na EscolaSuperior de Agricultura Luiz deQueiroz, Esalq, e consultora da parapomares comerciais, há espaço,condições e, sobretudo, motivoseconômicos para que o produtorbrasileiro invista na cultura, que,durante a entressafra, pode pagaraté R$ 3,00 pelo quilo da fruta, cujorendimento por hectare pode che-gar a 50 toneladas em determina-das situações.

Mais informaçõesPara saber mais a respeito da cul-

tura do abacate, a pesquisadora dra.Tatiana Cantuarias-Avilés pode sercontatada através do [email protected].

Planeta Masseyapresentou tecnologias

Evento realizado em Pirassununga reuniu cerca de 100 clientes eapresentou vários equipamentos da Massey Ferguson

Trator Massey Ferguson modelo7415

O novíssimo Massey Ferguson 8670 de320 cavalos

Aconteceu nos dias 5 e 6 de se-tembro o Planeta Massey. Este é umprograma desenvolvido pela MasseyFerguson em conjunto com arevendedora Amici Tratores para ademonstração de suas máquinas dealta tecnologia. O evento foi reali-zado na Fazenda Cascalho, emPirassununga, e contou com a pre-sença de aproximadamente 100 cli-entes.

Na ocasião, o público teve a opor-tunidade de testar em campo o pul-verizador alto propelido MF9030, ostratores série MF 7415 de 215cv eo novíssimo MF 8670 de 320cv,além da plantadeira série 500. Tam-bém estavam presentes equipa-mentos da linha leve 4 cilindros e acolheitadeira axial MF 9690.

De acordo com a organização, oevento foi um sucesso, pois muitosclientes fizeram propostas paracompras de equipamentos, os quaisserão adquiridos através do Bancoda Fábrica e do Consórcio NacionalMassey Ferguson. O Planeta Masseyocorreu na mesma semana em queo BNDES reduziu os juros para aaquisição de equipamentos novosatravés do FINAME PSI para 2,5%ao ano. Desta forma, a economiapara a compra pode chegar a serquase R$ 10 mil num equipamentode R$ 100 mil, por exemplo. O pulverizador alto propelido MF9030