edição 73 - revista hospitais brasil

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www.revistahospitaisbrasil.com.br Eliminar o uso de papel em hospitais: difícil, mas não impossível Surto de dengue dificulta (ainda mais?) o atendimento médico Profissão Condições de trabalho e baixa remuneração afastam pediatras do mercado Quíntuplos Case de sucesso do Sepaco HOSPITALAR 2015 NOVIDADES EM PRODUTOS E SERVIÇOS

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Na matéria “Epidemia”, apresentamos a forma como alguns hospitais vêm lidando com a dengue e, também, ações governamentais que visam minimizar o problema. Em “Profissão” outra polêmica que tomou conta da mídia: a redução do número de pediatras que prestam atendimento em todo o país. O caderno eHealth_Innovation está completando dois anos e a matéria principal trata de um assunto que soma tecnologia e sustentabilidade: Hospital 100% digital, verdades e desafios. Estamos comemorando também 12 anos de empresa e de participações na Feira Hospitalar, que em 2015 acontece no mês de maio.

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www.revistahospitaisbrasil.com.br

Eliminar o uso de papel em hospitais: difícil, mas não impossível

Surto de dengue difi culta (ainda mais?) o atendimento médico

Profi ssãoCondições de trabalho e baixa remuneração afastam pediatras do mercado

QuíntuplosCase de sucesso do Sepaco

HOSPITALAR 2015NOVIDADES EM PRODUTOS E SERVIÇOS

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O tempo passa mesmo muito rápido... parece que foi ontem que estávamos nos

preparando para as festas de fi nal de ano e, no entanto, já estamos

novamente quase na metade do ano e, consequentemente, na feira Hospitalar!

Mas antes de falar da feira, vamos dar destaque a uma má notícia que

vem assustando os brasileiros: a epidemia da dengue. A doença não

está poupando nenhuma região e, motivada por questões climáticas,

políticas, de gestão e até mesmo as que envolvem a participação da própria

população, não para de crescer. Entre 1º de janeiro e 18 de abril deste ano, os casos no país aumentaram 234,2% em relação ao mesmo período do ano

passado. E, obviamente, essa situação está impactando ainda mais o atendimento à

população em hospitais públicos e privados. Na matéria “Epidemia”,

apresentamos a forma como alguns hospitais vêm lidando

com o assunto e, também, ações governamentais que visam

minimizar o problema.

Outra polêmica que tomou conta da mídia neste período foi a

redução do número de pediatras que prestam atendimento em

todo o país. O estí mulo aos jovens que pretendam seguir por essa

especialidade pode ajudar a resolver parte dessa questão. Esse e outros ângulos do assunto estão na matéria “Profi ssão”, que conta

também com a parti cipação de alguns especialistas.

Primeiro a boa ou a má notícia???Agora a boa notí cia: a Hospitalar 2015 está

reunindo cerca de 1.250 expositores e deve receber 91.000 visitas profi ssionais,

incluindo pesquisadores, pensadores e milhares de profi ssionais do setor. A Revista Hospitais Brasil se orgulha de

mais uma vez estar entre as empresas que, graças ao seu trabalho árduo e dedicado, ajudaram a transformar a feira no maior evento especializado

em Saúde de todo o conti nente americano. Estamos comemorando 12

anos, nossa primeira edição foi lançada na Hospitalar de 2003.

Temos ainda mais um bom motivo para festejar: o caderno

eHealth_Innovation está completando dois anos. Nesses 24

meses, aprendemos muito com o setor de TI, tanto através das

empresas fornecedoras, como também dos estabelecimentos de saúde, que se preocupam

em implantar soluções que deem dinamismo aos seus negócios e possibilitem atendimento

de qualidade aos pacientes.

Desta vez, a matéria principal do caderno trata de um assunto que soma tecnologia e sustentabilidade: Hospital 100% digital,

verdades e desafios. Eliminar o papel dentro das instituições de saúde não é um

processo fácil, mas as empresas do setor consideram que o Brasil tem evoluído

bastante nesse campo. Vale a pena dar uma espiadinha!

Até a próxima.

Diretor GeralAdilson Luiz Furlan de Mendonç[email protected]

Diretora AdministrativaVanessa Borjuca [email protected]

Diretora de RedaçãoLeda Lúcia Borjuca - MTb 50488 DRT/[email protected]

JornalistaCarol Gonçalves - MTb 59413 DRT/[email protected]

Redatora de Conteúdo WebLuiza Mendonça - MTb 73256 DRT/[email protected]

Na capa, Karina Bárbara Barreira e João Biagi Júnior, os pais dos quíntuplos que nasceram em abril no Hospital Sepaco, em São Paulo, SP. Crédito: Cristiane Amaral

Ano XII - Nº 73 - MAI | JUN 2015Circulação: Junho 2015A Revista Hospitais Brasil é distribuída gratuita-mente em hospitais, maternidades, clínicas, santas casas, secretarias de saúde, universidades e demais estabelecimentos de saúde em todo o país.

A Revista Hospitais Brasil não se responsabiliza por concei-tos emitidos através de entrevistas e artigos assinados, uma vez que estes expressam a opinião de seus autores e também pelas informações e qualidade dos produtos, equipamentos e serviços constantes nos anúncios, bem como sua regula-mentação junto aos órgãos competentes, sendo estes de exclusiva responsabilidade das empresas anunciantes.

Não é permitida a reprodução total ou parcial de artigos e/ou matérias sem a permissão prévia por escrito da editora.

EXPEDIENTE

A Revista Hospitais Brasil é uma publicação da PUBLIMED EDITORA LTDA., tendo o seu registro arquivado no INPI-Instituto Nacional de Propaganda Industrial e Intelectual.

Rua Prof. Castro Pereira, 141 - 02523-010São Paulo/SP - Tel.: 11 3966 2000

www.publimededitora.com.brwww.revistahospitaisbrasil.com.br

Gerentes de NegóciosMarcio Augusto [email protected]

Ronaldo de Almeida [email protected]

Assistente ComercialRafaela dos [email protected]

Gerente de RelacionamentoAndréa Neves de Mendonç[email protected]

Design Grá� co e Criação PublicitáriaLilian [email protected]

DiagramaçãoCotta Produções Grá� [email protected]

O tempo passa mesmo muito rápido... parece que

vem assustando os brasileiros: a epidemia da dengue. A doença não

está poupando nenhuma região e, motivada por questões climáticas,

políticas, de gestão e até mesmo as que envolvem a participação da própria

população, não para de crescer. Entre 1º de janeiro e 18 de abril deste ano, os casos no país aumentaram 234,2% em relação ao mesmo período do ano

passado. E, obviamente, essa situação está impactando ainda mais o atendimento à

Agora a boa notí cia: a Hospitalar 2015 está reunindo cerca de 1.250 expositores e

deve receber 91.000 visitas profi ssionais, incluindo pesquisadores, pensadores

e milhares de profi ssionais do setor. A Revista Hospitais Brasil se orgulha de

mais uma vez estar entre as empresas

americano. Estamos comemorando 12 anos, nossa primeira edição foi lançada

empresas fornecedoras, como também dos estabelecimentos de saúde, que se preocupam

em implantar soluções que deem dinamismo aos seus negócios e possibilitem atendimento

dentro das instituições de saúde não é um

bastante nesse campo. Vale a pena dar uma

estabelecimentos de saúde, que se preocupam

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32 GOVERNOLinha de crédito ajuda Santas Casas e hospitais

fi lantrópicos a renegociarem dívidas

34 HB – MONTE KLINIKUMReferência em atendimento humanizado no Ceará

36 HB – MORIAHSão Paulo ganha unidade de alta complexidade

42 HUMANIZAÇÃOSkati sta e voluntários se unem para criar jardim

terapêuti co em hospital público

44 ANIVERSÁRIOFAMI comemora centenário

58 TRATAMENTOTerapia inovadora melhora a qualidade de vida de

pacientes com regurgitação mitral

64 MEIO AMBIENTEProjeto sustentável do Moinhos de Vento reduz

impacto ambiental e gera economia

66 PESQUISAEstudo revela a importância das plantas no

tratamento de várias patologias

70 SUSTENTABILIDADEProjeto da Dasa garante a economia de 14 mil

litros de água potável por dia

71 NOVIDADES DA HOSPITALARProdutos e serviços apresentados pelos

expositores do maior evento de Saúde das Américas

104 INFRAESTRUTURAGoverno entrega apenas uma em cada quatro

obras do PAC

110 NOVIDADESSoluções voltadas à área médica-hospitalar

118 GENTE QUE FAZDr. José Fábio Lana: destaque em medicina

regenerati va no Brasil

122 CENTRO CIRÚRGICONovo critério para indicação de cirurgia

metabólica é baseado em riscos e não apenas no IMC

85PAPERLESSLegislação burocráti ca, conservadorismo dos profi ssionais e gestores, além do custo do investi mento em infraestrutura e TI são alguns dos entraves que impedem as insti tuições de adotarem soluções digitais para diminuir ou eliminar o uso de papel.

124 SAÚDE NA MÍDIACirurgia profi láti ca na atriz Angelina Jolie

abre discussão sobre o tema

126 COMPORTAMENTOA importância da ampliação da oferta de

métodos contracepti vos no SUS

126 HIGIENIZAÇÃOTreinamentos garantem qualidade em

limpeza hospitalar

128 LIVROPublicação do Einstein revela a contribuição

da enti dade no desenvolvimento de Paraisópolis

130 PROCEDIMENTOTécnica pioneira para tratamento de tumores

hepáti cos

130 RECONHECIMENTOAparelho da Serdia conquista Prêmio Inova 2015

134 ARQUITETURASão Cristóvão investe em ambiente lúdico

para crianças

14EPIDEMIAUma em cada quatro cidades do Brasil já apresenta epidemia de dengue, e o estado com situação mais críti ca é São Paulo, que tem 82% dos municípios nessa condição. Hospitais, clínicas e governo revelam estratégias para lidar com o surto da doença.

94 TELEMEDICINAAssistência médica a crianças carentes de Sergipe

98 DIAGNÓSTICOResultados de exames com precisão e rapidez

98 MEDIÇÃOMonitoramento preserva insumos

100 EQUIPAMENTOSComputação gráfi ca e impressoras 3D

102 ACONTECE EHEALTHNovidades do setor de Tecnologia da

Informação em Saúde

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26PROFISSÃOBaixa remuneração e más condições de trabalho fazem com que menos pediatras entrem ou permaneçam no mercado. A alta procura pelo profi ssional e a falta dele causam superlotação em hospitais, acirrando os ânimos de quem busca assistência.

136 TREINAMENTOResidência médica em cirurgia

bariátrica pode reduzir fi las no SUS

136 SAÚDE PÚBLICASanta Casa de Porto Alegre

reduz atendimento

137 FINANÇASValor pago na judicialização

da saúde” aumentou 129%

137 PREMIAÇÃOONA abre inscrições para

Prêmio Melhores Práti cas em Destaque

138 DESTAQUESAs mais signifi cati vas

inovações para o setor

139 SEGURANÇA DO PACIENTEDicas para valorização e

treinamento da força de trabalho

140 MERCADOImportadora EFE completa

30 anos de ati vidades

141 LEANLíderes devem desenvolver

as equipes para que resolvam seus próprios problemas

142 EXPANSÃO Inauguração de novas

torres duplica área fí sica do Hospital Sírio-Libanês

143 PREVENÇÃO40% dos pacientes que

desenvolvem infecção em UTIs não sobrevivem

143 CAPACITAÇÃOProtocolos para

reconhecimento precoce de sepse e conscienti zação de profi ssionais

LEIA NO PORTAL E NO APLICATIVOTÉCNICAHCor Neuro reduz riscos de cirurgias de alta complexidade em áreas cerebrais críti cas

SUSTENTABILIDADEUnimed Rio Verde (GO) é o primeiro complexo hospitalar 100% led do Brasil

www.revistahospitaisbrasil.com.br

COLUNISTAS

50 CONSULTORIAA economia recessiva não pode

servir de muleta para os gestores não fazerem a lição de casa, escreve José Cleber

56 JURÍDICOSandra Franco acredita que as

melhorias no setor só vão acontecer com projetos intersetoriais

82 GESTÃOVocê está pronto para ser um líder

de fato? É o que questi ona Genésio Körbes em sua coluna

132 ENGENHARIA CLÍNICALúcio Flávio ensina como

planejar a visita à Hospitalar para escolher equipamentos com segurança

MATERNIDADEO Hospital Sepaco conta sua experiência com o parto de quíntuplos, realizado em abril, que mobilizou 34 profi ssionais, revelando que ações médicas bem planejadas em procedimentos de alto risco ajudam, em muito, a garanti r a segurança dos pacientes.

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144 ACONTECENovidades sobre eventos, parcerias

e ações de responsabilidade social realizadas pelos hospitais e empresas voltadas à Saúde

146 RESÍDUOSEquipamentos

trituram e esterilizam lixo infectante

148 OPINIÃOA terceirização das

ati vidades-fi m vista por outro ângulo

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O Ministério da Saúde registrou 745,9 mil casos de dengue no país entre 1º de janeiro e 18 de abril deste ano. O total é 234,2% maior em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2015, foram confi rmadas 229 mortes causadas pela doença nas 15 primeiras semanas do ano, um aumento de 44,9% em relação ao mesmo período de 2014. De janeiro a abril, o governo já aplicou R$ 8,1 milhões, ou seja, 60% dos R$ 13,7 milhões previstos no orçamento da Coordenação Geral do Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD) para 2015.

Uma em cada quatro cidades do Brasil já apresenta epidemia, e o estado com situação mais críti ca é São Paulo, que tem 82% dos municípios nessa condição, entre eles, a capital paulista que, pela primeira vez, aparece em situação epidêmica da doença no mapa do Governo Federal. Até o fechamento desta edição, das 5.570 cidades brasileiras, 1.397 decretaram epidemia, sendo 530 em São Paulo.

Por isso, foi criada uma “força táti ca” para reforçar ações de combate à dengue nos municípios paulistas, com ênfase naqueles que registram elevado número de casos. As operações especiais são desenvolvidas por 500 novos agentes contratados pela Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), autarquia vinculada à pasta, e contam com o apoio de 30 médicos militares, mobilizados em parceria com a Secretaria de Segurança Pública.

As armas contra a denguePor Carol Gonçalves

Que não se deve deixar água parada já é de conhecimento da população, mas e quando a contaminação já aconteceu? Hospitais, clínicas e governo revelam estratégias para lidar com a doença que já ati nge uma em cada quatro cidades do país.

Com o intuito de ampliar o alcance de informações sobre prevenção, combate e sintomas da dengue, a Secretaria também firmou parcerias com instituições públicas e privadas, que auxiliam na distribuição de mais de 15 milhões de materiais informativos, em diversos formatos.

Apesar de toda essa ação, os casos de dengue conti nuam crescendo na capital paulista, superlotando hospitais públicos e privados. Muitos pacientes fi cam horas esperando por atendimento e centros médicos confi rmam que têm registrado crescimento na demanda.

NA PRÁTICAO Hospital Infanti l Sabará, na Zona Central da cidade, tem computado aumento nos casos de dengue desde fevereiro, quando o pronto-socorro passou a ter volume de atendimento 8% maior que o habitual para a época. Até o dia 10 de abril deste ano, 80 casos de dengue já foram comprovados, superando 2014 inteiro, quando 50 casos foram confi rmados durante todo o ano.

A insti tuição adotou medidas para atendimento da demanda sazonal do período entre os meses de março a junho, normalmente considerado de pico nos prontos-socorros devido à maior incidência de doenças respiratórias e que neste ano foi agravado pela epidemia de dengue.

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“Implantamos nosso plano de conti ngência para atender com qualidade e segurança os pacientes. Estamos operando com aumento da equipe de médicos e de triagem, incluindo critérios de dengue grave com o objeti vo de agilizar a identi fi cação de casos emergenciais e urgentes”, conta o Dr. Felipe Lora, pediatra e chefe do Pronto-Socorro.

Ele explica que situações emergenciais são atendidas de forma imediata, e as urgentes – aquelas em que o paciente corre maiores riscos – têm recebido atendimento na metade do tempo preconizado, ou seja, em 30 minutos.

“A classifi cação de risco é calculada a parti r de protocolos internacionalmente reconhecidos e avaliados na triagem, procedimento realizado antes mesmo do cadastro do paciente que chega ao Sabará. Nossa triagem é diferenciada, feita por enfermeiros, e a classifi cação de risco de Manchester uti lizada é adaptada para crianças e atualizada conti nuamente para que seja cada vez mais precisa”, conta.

O pronto-socorro disponibilizou orientações sobre a dengue e enviou protocolos específi cos aos médicos em conjunto com o serviço de controle de infecção. Além disso, foi ministrada aula ao corpo clínico sobre o tema pelo serviço de infectologia pediátrica do hospital.

Dr. Felipe conta que o Sabará já está operando com capacidade máxima de atendimento. “Temos o PS com maior número de médicos pediatras em atendimento simultâneo, e somos o único especializado e exclusivamente pediátrico de São Paulo, com uma infraestrutura de três andares com cerca de 3.000 m², divididos em diferentes espaços: consultórios, sala de emergência, avaliações para alta médica e cuidado aos pacientes que se encontram em observação”, descreve.

Devido ao grande número de retorno de pacientes com suspeita de dengue no pronto-socorro, a insti tuição estuda, em conjunto com o serviço de controle de infecção hospitalar, a possibilidade de uma alternati va de atendimento suplementar caso o problema se agrave.

No Hospital São Luiz, também da capital de São Paulo, desde a segunda quinzena de março foi registrado aumento na procura pelos prontos-socorros infantil e adulto, em todas as suas unidades, em função dos casos de suspeita de dengue, além das doenças sazonais do período. Por exemplo, na Anália Franco, em março deste ano foram confirmados 290 casos de dengue; no mesmo mês do ano passado, foram 21. Já na unidade Jabaquara, foram 685 contra 17, em igual período.

Todos os hospitais do São Luiz já implantaram, como em anos anteriores, plano de conti ngência para atender adequadamente todos os seus pacientes.

ALTERNATIVASCom os crescentes casos de dengue, as clínicas parti culares de baixo custo também ti veram aumento na demanda, pois atendem tanto aqueles que não encontram disponibilidade no serviço público quanto os que possuem convênio médico, mas não conseguem agendar consultas com rapidez ou ter acesso de qualidade em prontos-socorros.

Um exemplo é a Clínica Fares, centro de atendimento médico especializado que possui mais de 300 médicos e 250 colaboradores em duas unidades, uma na Zona Norte e outra na Zona Sul. Em fevereiro, foram registrados 134 casos da doença e, em março, esse número saltou para 1.063, representando quase 800% de aumento.

“Apesar de não termos setor para urgências, aumentamos o efeti vo de médicos clínicos e infectologistas só para atender o crescimento da demanda e oferecer aos pacientes o correto atendimento e diagnósti co”, conta o Dr. Hyun Seung Yoon, Diretor

Médico Administrati vo.

De acordo com ele, a alta procura por pessoas que possuem convênio médico demonstra a insati sfação dos usuários quanto à qualidade do atendimento oferecido pelos planos de saúde. “Esse é, justamente, o ponto que faz com que as pessoas paguem clínicas parti culares”, declara.

Atualmente, o Brasil é o quarto mercado de saúde no mundo. Porém, cerca de 85% dos problemas de saúde seriam resolvidos com uma consulta e um simples exame. “E o consumidor está cada vez mais atento a isso, pois está buscando soluções mais efi cazes e rápidas”, salienta o Dr. Hyun.

Mais uma alternati va aos hospitais são as tendas de atendimento instaladas pela Prefeitura de São Paulo em parceria com cinco hospitais fi lantrópicos da cidade (Sírio-Libanês, Hospital do Coração, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Hospital Albert Einstein e Hospital Samaritano), que parti cipam cedendo médicos. A zona norte recebeu três unidades porque concentra 47% de todos os casos de dengue na cidade.

TREINAMENTO RÁPIDO EM SERVIÇOS DE SAÚDE

Frente a um caso suspeito de dengue, o profissional deve avaliar se:

• Está seguro que pode dispensar esse paciente?

• Ele apresenta sinais de gravidade?

• Ele apresenta sinais de alarme ou sangramento?

• Ele faz parte do grupo especial?

• Deve ser reavaliado?

O Hospital Infantil Sabará está operando com aumento da equipe de médicos e de triagem, incluindo critérios

de dengue grave

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sido previamente avaliado com forte suspeita da doença. A estrutura foi planejada para atender 150 casos por dia e funcionar 10 horas ininterruptas.

ALERTA AOS SERVIÇOS DE SAÚDENo site da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo estão disponíveis materiais de apoio e videoconferências para ajudar as insti tuições de saúde a lidarem com o problema da dengue.

Nele, o governo explica que a doença apresenta desde quadros leves, com sintomas semelhantes aos de diversas viroses, até quadros graves que evoluem para óbito. Em momentos de endemia e epidemia, como o que estamos vivendo em diversos municípios do estado de São Paulo, bem como de outros estados da União, a assistência médica deve estar alerta para o diagnósti co clínico. “O tratamento oportuno pode ser a diferença entre a vida e a morte. E os recursos necessários são os mais básicos possíveis: simplesmente manter o paciente hidratado é um deles”, informa o comunicado.

Na forma clássica, os sintomas mais frequentes são a febre abrupta e geralmente alta (39°C a 40°C), associada a cefaleia, mialgias, artralgias e dor retro-orbital. Anorexia, náuseas, vômitos e diarreias também podem estar presentes em cerca de 50% dos casos.

Sinais de alarme podem aparecer entre o terceiro e o séti mo dia do início dos sintomas, e consti tuem em: vômitos frequentes, dor abdominal intensa e contí nua, hepatomegalia dolorosa, desconforto respiratório, sonolência ou irritabilidade excessiva, hipotermia, sangramento de mucosas, diminuição da sudorese e derrames cavitários (pleural, pericárdico, ascite). Esses sinais indicam choque, por isso, intervenções nessa fase são de extrema importância e melhoram o prognósti co.

“Dessa forma, é sempre oportuno alertar aos profi ssionais médicos de unidades básicas e, em especial, aos que atuam nas unidades de pronto atendimento, para que estejam atentos ao cenário epidemiológico do seu município em relação à dengue. Em tempos de grande progressão de casos, sinais clássicos de viroses podem ser da dengue”, fi naliza o alerta.

Todo o material está disponível no link goo.gl/PKxvUc.

Segundo dados do Einstein, que montou tenda na Vila Brasilândia, o balanço na primeira semana foi de 858 atendimentos com 25% de retornos e cinco internações, duas por dengue hemorrágica.

Em uma semana, o hospital se mobilizou para providenciar as condições para a operação, incluindo ar condicionado, laboratório, poltronas reclináveis, materiais e medicamentos. Movidos pela solidariedade, colaboradores escolheram quebrar a sua roti na de trabalho para dedicar um ou mais plantões ao atendimento à dengue.

A tenda não é um hospital de campanha, mas uma extensão ambulatorial da UBS e, como tal, funciona nos mesmos dias e horários. Tem como principal objeti vo evitar mortes pela dengue, detectando precocemente os casos com potencial hemorrágico, através de exame de sangue, indicando a internação para tratamento de suporte. Outro objeti vo é verifi car o grau de desequilíbrio fi siológico e oferecer hidratação oral ou venosa, se necessário.

Na tenda, atuam três médicos clínicos, um pediatra, quatro enfermeiros e cinco técnicos de enfermagem. Além disso, há o serviço online que pode auxiliar os profi ssionais à distância.

Foi instalada no local uma das cinco máquinas de exames rápidos de sangue que começaram a funcionar em 6 de abril. Os aparelhos são conhecidos como “point of care” e informam em cinco minutos o número de plaquetas dos pacientes, mecanismo de defesa que atua, entre outras coisas, para evitar a perda de sangue.

A tenda está preparada para atender exclusivamente à dengue sendo, portanto, necessário que o doente tenha

CRITÉRIOS DE ALTA HOSPITALAR

• Estabilização hemodinâmica durante 48 horas;

• Ausência de febre por 48 horas;

• Melhora visível do quadro clínico;

• Hematócrito normal e estável por 24 horas;

• Três plaquetas em elevação e acima de 50.000/mm3.

O Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco computou em março deste ano 290 casos de dengue; no mesmo mês do ano passado, foram apenas 21

Dr. Hyun Seung Yoon, Diretor Médico Administrativo da Clínica Fares, centro de atendimento de baixo custo que teve aumento de quase 800% em casos de dengue

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Gestão de pessoas e planejamento: o sucesso do Sepaco no parto dos quíntuplos

De acordo com a Lei de Hellin, que esti ma a probabilidade de nascimentos múlti plos, a de quíntuplos é de aproximadamente de 1 para 40 milhões a 1 para 55 milhões. Foi com essa chance que um casal da cidade de Santos, SP, conseguiu engravidar de cinco bebês, após um tratamento de ferti lidade para ovulação e melhoria das condições do endométrio.

Na 22ª semana de gestação, a operadora de saúde da gestante entrou em contato com a Superintendência do Hospital do Sepaco, da capital de São Paulo, solicitando que absorvesse os cuidados desta gravidez de alto risco, incluindo todo o período neonatal.

Prontamente, o corpo executi vo da insti tuição, composto por Rafael Antonio Parri, Superintendente Geral; Dr. Linus Pauling Fascina, Superintendente Médico Hospitalar; e Dra. Luci Meire Pivelli Usberco, Superintendente Operacional Hospitalar, encarou este desafi o. Afi nal, o hospital conta com um parque assistencial de excelente estrutura, composto pelo centro obstétrico, chefi ado pelos doutores Raimundo Nunes e Carlos Del Roy, e pela Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, liderada pelo Dr. Lucio Flavio Lima.

Tomada a decisão, foi marcado o primeiro encontro com o pai dos quíntuplos, para iniciar uma relação de confi ança e propiciar uma estadia mais harmônica quando a gestante chegasse, o que aconteceu no dia 10 de março, na 23ª semana de gravidez.

O hospital optou por reservar cinco leitos na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e adquiriu novos equipamentos, entre eles cinco novas isoletes de paredes duplas, específi cas para prematuros, quatro novos venti ladores ti po servo e um venti lador de alta frequência. Os equipamentos se juntaram ao arsenal já existente, capacitado até para medidas hemodialíti cas e circulação extracorpórea à beira do leito (ECMO). A Unidade Neonatal do Sepaco, além de cuidar de prematuros extremos, vem se especializando em patologias cirúrgicas complexas, principalmente cardiopati as.

DESAFIOSNo centro obstétrico, a equipe médica se deparou com uma questão importante: como permiti r o atendimento de cinco recém-nascidos prematuros ao mesmo tempo, sem sair do campo de visão dos pais? A solução encontrada foi uti lizar uma sala de 60 m², usada para cirurgias complexas, onde foi colocada a mesa operatória para o parto, além de cinco berços ti po UTI. “Este local originalmente é usado para cirurgias cardíacas, mas fi zemos uma adaptação para este procedimento em virtude da necessidade do caso”, explica Parri.

À disposição dos neonatologistas, fi caram unidades venti latórias não invasivas para todos os cinco postos montados, bem como equipamentos de ressuscitação cardiocirculatória e manutenção das vias aéreas, separados e individualizados para cada gemelar.

Com esta estrutura previamente planejada, o hospital realizou no dia 13 de abril o parto de alto risco destes cinco bebês. Os obstetras, diante do caso, optaram por uma incisão ampla, que permiti sse a rápida saída dos recém-nascidos. Adotou-se também um esquema de cores para cada um, permiti ndo que os instrumentais que demarcassem seus cordões umbilicais indicassem claramente a qual pertencia.

Os bebês nasceram entre 10h55 e 10h58. O primeiro a vir ao mundo foi um menino, com 1.185 g, seguido por quatro meninas, com 905 g, 930 g, 595 g e 715 g.

EQUIPEO parto mobilizou uma equipe formada por 34 pessoas: três obstetras (duas chefi as incluídas), quatro anestesistas (sendo dois reservas), um instrumentador, sete

Karina Bárbara Barreira, mãe dos quíntuplos; Rafael Parri, Superin-tendente geral; Dra. Luci Meire Pivelli Usberco, Superintendente

Operacional; e Dr. Linus Fascina, Superintendente Médico Hospitalar

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pediatras/neonatologistas (incluindo dois reservas), três fi sioterapeutas, dez enfermeiras, o chefe da UTI Neonatal e Pediátrica e o Superintendente Médico Hospitalar. Fora da sala estava ainda uma equipe de apoio formada pela gerente do centro cirúrgico, um engenheiro clínico e dois técnicos de manutenção.

A gestão deste grupo de pessoas se iniciou com reuniões semanais desde o primeiro dia de internação da futura mamãe, com a participação de todos na construção do mais adequado processo de atendimento de gestação de alto risco. Seis times foram formados, o primeiro se dedicaria ao parto, cada um dos demais se voltaria única e exclusivamente a um dos recém-nascidos.

O grupo desenhou todos os cenários possíveis, os melhores e os piores, para capacitar toda a equipe a viver uma situação de emergência, concomitante com seis potenciais riscos (a gestante e seus cinco fi lhos). Para aumentar as chances de sucesso, foram feitas simulações e exausti vos treinamentos, do nascimento ao transporte dos recém-nascidos para a UTI Neonatal.

Dr. Fascina destaca que a criança menor foi quem provocou a decisão da intervenção cirúrgica. “Quando percebemos que a placenta da mãe já não estava mais mandando adequadamente sangue para o menor feto, tomamos a decisão, em conjunto com a família, de antecipar o parto. Para salvar todos, nos programamos e fomos treinados para uma reti rada rápida dos bebês”, declara.

SITUAÇÃOO menino e as quatro meninas foram levados para a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e terão alta quando alcançarem cerca de 1,8 kg. Após o nascimento, eles perderam um pouco de peso, situação considerada comum, mas começam a se recuperar gradualmente. A previsão é conti nuarem internados por um período de dois a três meses.

Durante a internação na UTI Neonatal, os bebês são assisti dos por uma equipe multi disciplinar formada por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fi sioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas e

farmacêuti cos, recebendo atenção específi ca para que se desenvolvam. “Eles estão evoluindo muito bem, respiram sem a ajuda de aparelhos e a alimentação está sendo feita por via endovenosa. A fase é de muitos cuidados”, declara a Dra. Luci.

O Sepaco foi um dos pioneiros a permiti r a permanência dos pais durante as 24 horas em suas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica, desenvolvendo já há muitos anos os métodos Mãe e Pai Canguru, além do forte incenti vo ao aleitamento materno. Desde o pós parto imediato, foi esti mulada a parti cipação dos pais dos quíntuplos em todos os momentos e decisões na unidade neonatal.

Diante do sucesso deste caso raro, o hospital afi rma que ações médicas bem planejadas em procedimentos de alto risco ajudam, em muito, a garanti r a segurança dos pacientes.

O vídeo completo do parto está disponível no link goo.gl/HjqRMb.

SISTEMA SEPACO DE SAÚDEO Sepaco, fundado em 1956, inicialmente para atender o setor papeleiro, transformou-se em um Sistema Integrado de Saúde, agregando hospital, operadoras de saúde e autogestão. Pioneiro no controle de infecção hospitalar no Brasil, atualmente também atende operadoras de saúde, assim como clientes parti culares.

www.sepaco.org.br

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Sete em cada dez pediatras já passaram por algum tipo de ato violento durante o exercício profissional. Destes, 63% relatam agressão psicológica, 10% física e 4% vivenciaram algum tipo de cyberbullyng. E, ainda, quanto mais jovem, maior o registro de ataques: 74% dos que confirmaram algum episódio de agressão têm entre 27 e 34 anos, contra 43% com 60 anos ou mais. Esses dados são resultados de uma pesquisa encomendada pela Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) junto ao Instituto Datafolha, sobre o perfil e atuação do pediatra no Estado.

Apesar de ter vivenciado poucos casos de agressão verbal em mais de 30 anos de carreira, o médico Maurício Tadeu Furlan de Mendonça, que atende em consultório próprio e também no Pronto-Socorro Municipal 21 de Junho, na Freguesia do Ó, em São Paulo, foi vítima de uma reclamação em redes sociais, sem nem sequer ter se encontrado com a paciente. “Ela marcou uma consulta de emergência comigo, mas teve algum impedimento por parte do convênio e se desentendeu com a secretária. A consulta não chegou a acontecer, mas fui totalmente exposto”, revela.

Diretor de Defesa Profissional da Sociedade de Pediatria de São Paulo e da Associação Paulista de Medicina, o Dr. Marun David Cury também passou por situações difíceis. Ele sofreu violência verbal de uma mãe que chegou para consulta no pronto-socorro às 18 horas,

Condições do mercado e

agressões dificultam carreira na Pediatria

Por Carol Gonçalves

Baixa remuneração e más condições de trabalho fazem com que menos pediatras entrem ou permaneçam no mercado. A alta procura pelo profi ssional e a falta dele causam superlotação em hospitais e longas fi las de espera, acirrando os ânimos de quem busca assistência e favorecendo a violência contra os médicos.

sem ser urgência, e queria atestado para o dia todo. “Eu disse que poderia assinar apenas para o horário correto, pois a criança não precisava de cuidados especiais, então ela começou a me xingar. Isto fez com que eu diminuísse meu ímpeto de trabalhar com consultas. Com 40 anos de Pediatria, eu atendia diariamente 60 crianças”, conta.

Má informação dos pais, difícil acesso a consultas de rotina, destruição da relação medico-paciente, nível de ansiedade elevado dos pais, falta de orientação das autoridades e convênios ao público em geral estão entre os fatores que desencadeiam essas agressões, na opinião do Dr. Marun.

Segundo ele, não existe mais a relação médico-paciente como antigamente, quando havia o vínculo de confiança mútua. “As pessoas estão muito agressivas e com limiar de tolerância muito baixo. Como não conseguem marcar consultas de rotina, tanto no SUS como no convênio, correm para o PS, causando superlotação. É difícil para os pais entenderem que PS é para urgências e emergências, eles o procuram por patologias simples, que poderiam ser tratadas em consultório com orientação adequada. O hospital é para casos de média e alta complexidades”, explica. O pediatra diz que a situação na saúde suplementar é parecida, mas a cobrança e o nível de exigência são maiores, já que as pessoas pagam e, por isso, esperam mais agilidade no processo.

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É justamente o que diz o Dr. Mário Roberto Hirschheimer, Presidente da SPSP. “Nós temos uma falha no sistema de saúde que reflete diretamente na qualidade do atendimento: o pronto-socorro substituindo as consultas rotineiras. Pela dificuldade no agendamento, as mães recorrem ao PS, com a ideia de que terão resolutividade, com diagnóstico e tratamento imediatos. No entanto, é somente no consultório que o pediatra promoverá a saúde, a prevenção de doenças e fornecerá orientações sobre os cuidados mais importantes”.

Já o Dr. Maurício acredita que essa situação caótica se deva ao número reduzido de pediatras que se dedicam à atenção primária da saúde, principalmente nas Unidades Básicas de Saúde, o que obriga as pessoas a procurarem atendimento nos serviços de emergência, que ficam sobrecarregados. “Para agravar ainda mais, vários prontos-socorros de hospitais públicos não contam mais com equipes de pediatras, desestimulados pelos baixos salários e más condições de trabalho. Isso obriga a população a realizar verdadeiras peregrinações aos poucos serviços existentes, o que acirra os ânimos e favorece a violência”, declara.

Esta também é a opinião do Dr. Mario, ressaltando que, pelo aumento da demanda nos prontos-socorros, os casos de agressão aos profissionais que trabalham sobrecarregados têm aumentado, lamentavelmente, pois são tão vítimas do mau funcionamento do sistema quanto os cidadãos. “Fica um apelo: só procurem os prontos-socorros em casos de urgência ou emergência, já que também há o risco de contágio nas salas de espera lotadas. Outro lembrete da maior importância: agredir os profissionais que estão trabalhando só piora a situação, não só por atrasar mais ainda o atendimento, mas também por provocar pedidos de demissão”.

Atualmente, São Paulo conta com um pediatra para cada 1.390 crianças. “Isso no estado, que tem 28,8% do total desses especialistas do país”, conta o Presidente da SPSP. Eles dedicam apenas um terço do tempo para atender convênios e, em média, têm 2,5 trabalhos em lugares diferentes, atuando cerca de 50 horas

semanais. Aproximadamente 20% dos entrevistados trabalham mais do que 60 horas semanais enquanto 51% trabalham à noite e 61%, aos fins de semana.

“Para agravar ainda mais a situação, a rede pública remunera mal o médico, sobretudo quando comparado aos plantões na rede privada. Assim, os hospitais particulares estão absorvendo praticamente a totalidade dos bons pediatras que são formados hoje em dia. Com a escassez de especialistas, estamos sujeitos a esse tipo de assédio, que sofremos constantemente”, destaca o Dr. Mario.

Em muitos locais, nem sempre são pediatras que atendem as crianças e não há estímulo profissional para o jovem que queira estudar a especialidade como um plano de carreira. “Eles são mal remunerados, a estrutura física e pessoal de suporte é deficitária e a rede hospitalar carece de mais qualidade”, salienta o Dr. Marun.

Sobre esse problema, Dr. Mauricio lembra que a Sociedade Brasileira de Pediatria há algum tempo desenvolve um programa de valorização da atividade, seja na área pública ou junto aos convênios e seguradoras, para tornar a Pediatria atraente às novas gerações. Já se percebe nas faculdades de Medicina um aumento de interesse e procura por residência médica na especialidade.

O presidente da SPSP diz que o tripé – falta de pediatras e de interesse dos novos médicos em seguir a atividade, a remuneração baixa nos sistemas público e suplementar e as condições de trabalhos disponíveis a estes profissionais – prejudica a qualidade do atendimento, afetando a relação dos cuidadores com os médicos, tornando-se motivos para que os pediatras sintam-se ameaçados, desrespeitados e inseguros em seu local de atuação.

SOLUÇÃOPara salvaguardar o profissional, Dr. Marun diz que os hospitais devem ter quadro suficiente para atender as

Dr. Marun David Cury, Diretor de Defesa Profissional da SPSP e da APM

“Nem sempre são pediatras que atendem as crianças e não há estímulo profissional para o jovem que queira estudar a especialidade como um plano de carreira”

“Agredir os profissionais que estão trabalhando só piora a situação, não apenas por atrasar mais ainda o atendimento,

mas também por provocar pedidos de demissão”

Dr. Mário Roberto Hirschheimer, Presidente

da SPSP

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demandas do PS, dar suporte para o médico desenvolver seu trabalho, remunerar adequadamente, não explorar o pediatra, dar possibilidade de desenvolvimento profissional, esclarecer a comunidade em geral, deixar o PS somente para urgências e emergências e não criar protocolos com objetivo apenas arrecadatório.

Dr. Maurício vai além e considera importante, para minimizar os problemas, que o governo gerencie, de forma ética e criteriosa, o repasse de verbas destinadas à Saúde, seja na área pública ou suplementar. “O pediatra deve trabalhar em locais onde existam condições dignas, o que inclui recursos de apoio para diagnóstico e tratamento, auxílio de equipes capacitadas e, obviamente, segurança”, expõe.

FALTA DE MÉDICOSReportagens veiculadas recentemente na televisão mostraram que diversos hospitais públicos da cidade de São Paulo não conseguem dar conta da demanda de pacientes pediátricos, que chegaram a esperar mais de dez horas pelo atendimento. Algumas unidades são, inclusive, fechadas por superlotação. No Hospital Cidade Tiradentes, na Zona Leste, o principal problema é o espaço físico, insuficiente para a demanda, e há apenas três médicos no atendimento. Já na UBS José Bonifácio, também da região, não há pediatras desde novembro.

Em São Paulo, são 4.767 pediatras, mais profissionais do que qualquer outra especialização médica. Mas nas AMAs, UBSs e hospitais municipais, metade das vagas não foram preenchidas, ou seja, 600 estão em aberto. As Secretarias de Saúde Estadual e Municipal anunciaram que pretendem se unir para resolver o problema das vagas ociosas na rede pública. Também foi pensada a reabertura do Hospital Sorocabana, na Zona Oeste, que precisa ser reformado e deve começar a atender a partir de 2016.

RETENÇÃO DE PROFISSIONAIS

A falta de profissionais, ou melhor, a má distribuição de profissionais, é um grande problema do país. Tanto

que o governo criou o Programa Mais Médicos, solução polêmica entre a

comunidade médica.

E nas instituições de saúde privadas, o problema

também acontece? Quem conta sua experiência é a

Unimed do Brasil, composta por 110 mil médicos ativos, reunidos em

352 cooperativas, 111 hospitais, 2.925 hospitais credenciados e 11 hospitais-

dia, além de 202 pronto atendimentos e 90 laboratórios espalhados pelo território brasileiro.

“Fala-se muito sobre a dificuldade de contratar profissionais da saúde. Como a Unimed é constituída por um sistema de

cooperativas, essa relação acontece de maneira diferente. Nos últimos anos, há cada vez mais médicos que nos procuram para se tornarem cooperados”, explica Edevard José de Araujo, Diretor de

Marketing e Desenvolvimento da empresa.

Segundo ele, a percepção de escassez de médicos que se reflete na área privada está diretamente relacionada ao modelo de atenção à saúde no Brasil, focado no excesso de consultas a

especialistas. “Ou seja, trata-se de uma demanda que poderia ser melhor distribuída entre os profissionais que estão atuando no

mercado se trabalhássemos pensando na atenção primária”, diz.

Araujo considera que a alta procura por especialistas para tratar doenças que poderiam ser evitadas ou amenizadas

se houvesse uma cultura de prevenção é uma das causas da sensação de escassez de profissionais.

“Hoje existe o hábito de procurar diretamente especialistas para o primeiro atendimento. Há uma ideia muito difundida entre os brasileiros de que o cuidado especializado imediato

é melhor; e o mesmo não acontece com outros pacientes do mundo. No que se refere à formação, o maior desafio é a necessidade de se reformular o modelo de atenção à

saúde, diante do baixo número de médicos especializados em Medicina de Família e Comunidade, que reúne os que atuam

em atenção primária”, conta.

A Unimed do Brasil é responsável por gerenciar a marca Unimed e congregar, representar e defender política e institucionalmente

as 352 cooperativas médicas que constituem o Sistema. Cada Unimed possui gestão autônoma e independente, e, assim,

pode administrar individualmente os processos de seleção e de treinamento realizados com médicos cooperados. Contudo, essa

característica não as impede de trabalhar a intercooperação na busca de um mesmo objetivo: prezar pela saúde e qualidade

de vida no atendimento aos seus beneficiários. Adesão livre e voluntária, gestão democrática pelos cooperados, participação econômica nos resultados da cooperativa, educação, formação

e informação e envolvimento com a comunidade completam os sete princípios cooperativistas que regem o Sistema.

Edevard José de Araujo, da Unimed do Brasil

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Responsáveis por quase 50% das cirurgias e internações feitas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o país, as Santas Casas e os hospitais fi lantrópicos têm contraído dívidas elevadas para conseguir manter as portas abertas. No estado de São Paulo, uma das medidas encontradas pelo governo para apoiar o setor foi a oferta de crédito sustentável para a renegociação dessas dívidas.

A Desenvolve SP é uma insti tuição fi nanceira focada no desenvolvimento sustentável da economia paulista. Trabalha com juros mais baixos e prazos mais longos dos que os oferecidos pelo mercado tradicional de crédito para poder atender o seu público-alvo: pequenos e médios empresários em busca de fi nanciamentos para ampliar ou modernizar o seu negócio de forma planejada.

A insti tuição já fi nanciou R$ 175 milhões para apoiar a reestruturação fi nanceira das Santas Casas e de insti tuições fi lantrópicas de saúde do estado. Até o momento, 19 hospitais foram benefi ciados por meio do “Saúde SP”, programa especial de crédito lançado em 2013 para que quitem seus débitos com bancos, sem comprometer o atendimento à população.

De acordo com um levantamento interno, antes do fi nanciamento obti do com a Desenvolve SP, os juros pagos pelas enti dades atendidas giravam em torno de 17% a 33% ao ano. Com o apoio da agência, passaram a pagar juros entre 8% e 6% ao ano e, com essa economia, puderam ampliar o atendimento e melhorar as instalações, por exemplo.

Além das baixas taxas de juros, a grande vantagem do programa é que os administradores dos hospitais contam com prazo de até 10 anos para sanar o emprésti mo. “Nosso objeti vo é dar fôlego às insti tuições que atravessam essa grave crise fi nanceira, abrindo espaço para que aprimorem sua gestão, invistam em melhorias e, principalmente, conti nuem atendendo a população”, diz Milton Luiz de Melo Santos, Presidente da Desenvolve SP.

HOSPITAIS FINANCIADOSFundado em 1979, o Banco de Olhos de Sorocaba é um centro médico de referência no país, responsável por manter, controlar e administrar o hospital oft almológico da cidade, que realiza, entre diversos serviços, a captação e o transplante de córneas.

Atendendo 48 municípios paulistas que somam mais de 2,3 milhões de habitantes, o Banco de Olhos buscou a Desenvolve SP para renegociar R$ 20 milhões em dívidas. Segundo a diretoria da insti tuição, esta reestruturação, aliada a outras medidas, permiti rá uma forte redução das despesas com juros pelo hospital, que cairá de R$ 2,4 milhões em 2014 para R$ 1,5 milhão em 2015, ou seja, uma economia de cerca de R$ 900 mil já no primeiro ano.

Linha de crédito ajuda Santas Casas e hospitais filantrópicos a renegociarem dívidas

Por sua vez, o Hospital São Francisco de Assis, de Jacareí, há mais de 30 anos atendendo a população regional, em 2013 ti nha uma dívida no valor de R$ 25,6 milhões com uma taxa média de juros de 22% ao ano. Renegociou por meio da agência 78% da sua dívida, com juros de 8% ao ano. Com o fi nanciamento, cerca de R$ 3,7 milhões foram economizados em juros apenas no ano passado.

Outras enti dades que buscaram a Agência de Desenvolvimento Paulista são: Apraespi – Ribeirão Pires, Associação Casa Fonte da Vida, Fundação Dr. Amaral Carvalho, Insti tuto do Câncer Arnaldo V. Carvalho, Santa Casa de Bragança Paulista, Santa Casa de São Bernardo do Campo, Santa Casa de Caconde, Santa Casa de Fernandópolis, Santa Casa de Marília, Santa Casa de Ourinhos, Santa Casa de Palmital, Santa Casa de São José dos Campos, Santa Casa de Lorena, Santa Casa de Novo Horizonte, Santa Casa de Itapeva, Santa Casa de Santa Cruz do Rio Pardo e Santa Casa de Batatais.

ATENDIMENTOAs insti tuições de fomento, como a Desenvolve SP, não possuem agências bancárias. Uma das formas de acesso à Agência de Desenvolvimento Paulista é online. Da solicitação à liberação do fi nanciamento, o interessado acompanha todo o processo de forma virtual, sem necessidade de se deslocar até a insti tuição. Basta se cadastrar no ícone “Negócios Online” e enviar a documentação necessária. Há também atendimento presencial na sede da agência, localizada na região central da cidade de São Paulo, ou em uma das mais de 60 associações empresariais parceiras, presentes nos municípios do estado.

A Desenvolve SP oferece também um simulador completo para quem deseja saber o quanto irá pagar ao contratar um fi nanciamento. Nele, todos os encargos, juros (se houver) e o período de carência já são calculados e apresentados detalhadamente, mês a mês, em uma planilha que pode ser uti lizada no processo da tomada de crédito.

www.desenvolvesp.com.br

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Fundado em abril de 1992, o Hospital Monte Klinikum é um dos mais renomados do estado do Ceará, localizado no bairro de Meireles, em Fortaleza. A insti tuição possui foco em procedimentos cirúrgicos de média e alta complexidades, com destaque para cardiologia, neurologia, oncologia e transplante. Atende ainda especialidades como dermatologia, endocrinologia, fi sioterapia, geriatria, ginecologia, infectologia, oft almologia, psicologia e urologia, além de disponibilizar também serviços de check-up para empresas.

A equipe de cardiologia é liderada pelo Dr. Carlos Roberto Marti ns (Dr. Cabeto), e a de neurologia, pela Dra. Fernanda Maia. Essas áreas possuem convênio de ensino e pesquisa com a Universidade Federal do Ceará e a Universidade de Fortaleza, respecti vamente, e a cada 15 dias, são realizadas sessões interati vas com estudantes, residentes e médicos.

O hospital realiza também o exame de cápsula endoscópica, por meio de equipamento de ponta fabricado pela empresa de tecnologia médica Given Imaging. O procedimento é indicado, principalmente, para a avaliação de problemas no intesti no delgado, como sangramentos de origem desconhecida, anemia crônica e doença intesti nal infl amatória, entre outros.

Trata-se de um método que uti liza uma espécie de câmera do tamanho de uma pílula, que, após a ingestão, percorre as

MONTE KLINIKUMReferência em atendimento humanizado no estado do Ceará

áreas do aparelho digesti vo a serem analisadas, capturando imagens que são transmiti das eletronicamente para um receptor que fi ca em uma bolsa, junto ao paciente. A precisão das imagens permite uma análise minuciosa e, com isso, um diagnósti co ainda mais asserti vo, contribuindo para a indicação do tratamento adequado a cada caso.

A insti tuição atende os principais planos de saúde da região de forma humanizada e por meio de uma equipe altamente qualifi cada, modernos equipamentos e serviços de hotelaria.

Atualmente, o Monte Klinikum conta com 98 leitos, sendo 20 na unidade de terapia intensiva (UTI), 12 na semi-intensiva, 60 apartamentos e seis enfermarias, além de leitos na emergência e de observação, consultórios e salas cirúrgicas. Ao todo, são 9.605 m² de área construída, divididos em quatro andares e um subsolo. O prédio possui estacionamento e auditório com capacidade para 50 pessoas.

Em abril de 2014, foi inaugurado o Pronto-Socorro Cardiológico 24 horas e, em março do mesmo ano, a recepção principal foi remodelada. Em 2015, o hospital inicia obras de adequação da estrutura para a melhoria de suas instalações e do fl uxo de atendimento. O plano diretor prevê a inauguração de apartamentos VIP e de um novo centro médico, além da ampliação do centro cirúrgico e da unidade de terapia intensiva. As mudanças incluem a reformulação do setor de Nutrição, com a inclusão de cardápio gourmet e renovação das louças.

“A instituição atende os principais planos de saúde da região através de uma

equipe altamente qualificada, modernos equipamentos e serviços de hotelaria”

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No Dia Mundial da Saúde, comemorado em abril, a cidade de São Paulo ganhou um moderno e compacto complexo hospitalar, localizado no bairro Planalto Paulista: o Hospital Moriah, que chega para atender pacientes que precisam realizar tratamentos e procedimentos cirúrgicos de alta complexidade.

Seu desenvolveu se deu através de um grupo que acredita em um novo modelo de atenção hospitalar, a Life Empresarial Saúde, que investi u R$ 105 milhões e preza pela excelência no atendimento, baseado em valores humanistas intrínsecos ao exercício da medicina. “O atendimento humanizado é um diferencial que buscamos no mercado. Internamente, chamamos essa forma acolhedora de ‘Jeito Moriah de Atender’”, diz David Marti ns, Superintendente do hospital.

Desde o início, o empreendimento foi planejado para favorecer a humanização do atendimento. Sua estrutura moderna e compacta possui uma fachada com duas cúpulas de vidro, que benefi cia o aproveitamento da luz natural em vários ambientes, desenvolvido pelo escritório de arquitetura Siegbert Zanetti ni.

No térreo, as baias da recepção são baixas e possuem divisórias de vidro, proporcionando conforto e privacidade. Nos apartamentos, cores neutras de pisos e mobiliários, bem como fotografi as da natureza nas paredes, trazem tranquilidade para quem chega com a saúde fragilizada. No segundo piso, há um espaço ecumênico para o exercício da espiritualidade. Já no subsolo, onde se concentra o Centro de Diagnósti cos, as salas de ressonância e tomografi a são decoradas com painéis de imagens de praia para tornar a experiência mais relaxante durante a realização de exames.

O paisagismo também é um elemento relevante do Hospital Moriah. Nos dois vãos existentes no interior do prédio, foram criados jardins verti cais que chamam a atenção pela beleza de seus 16 metros de altura e ati ngem áreas importantes, como a Terapia Infusional, a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e os corredores de acesso aos quartos dos pacientes. Em frente à entrada principal há também um jardim temáti co com espécies tí picas de Israel,

HOSPITAL MORIAHCapital paulista ganha unidade de alta complexidade

com destaque para uma oliveira centenária, plantada no centro, com idade aproximada de 250 anos.

ACABAMENTOS E MOBILIÁRIOTodos os acabamentos do Moriah oferecem uma atmosfera acolhedora, com elementos neutros que lembram a natureza, e pisos vinílicos que imitam madeira.

Nos apartamentos, as cores das paredes, pisos e mobiliários proporcionam tranquilidade para o paciente, familiares e visitantes. Já as áreas comuns são decoradas com um mix de peças clássicas e modernas, em cores neutras, que criam ambientes elegantes e confortáveis.

O Hospital Moriah possui ainda um restaurante com vista privilegiada para o Aeroporto de Congonhas, decorado com um painel gigante do renomado arquiteto Siegbert Zanetti ni – mesmo autor do projeto arquitetônico do hospital, que contou também com a consultoria para ambientação e design da Planetree.

INFRAESTRUTURAO hospital tem capacidade para realizar 450 cirurgias por mês e possui aparelhos de ponta em suas cinco salas cirúrgicas, uma delas híbrida, que possibilita tanto procedimentos convencionais como aqueles que necessitam de exames. O arco cirúrgico e o sistema de navegação ultramoderno permitem que o cirurgião realize procedimentos de alta complexidade, com máxima precisão e segurança.

A área de medicina diagnósti ca foi equipada com aparelhos de últi ma geração como tomografi a computadorizada, ressonância magnéti ca 3T, mamógrafo digital, ultrassons e Raios-X digitais.

Quando esti ver operando com 100% de sua capacidade, o hospital deverá disponibilizar 52 leitos, sendo 31 eleti vos, 11 de UTI e 10 no pronto atendimento, onde contará também com quatro consultórios. Terá ainda seis salas para consultas eleti vas, auditório com capacidade para 60 pessoas e 470 colaboradores.

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Skatista e voluntários criam jardim terapêutico em hospital público

integrando-os ao projeto”, comenta.

O resultado foi um espaço de 90 m² elaborado pelos arquitetos André Rogov e Vinícius Patrial, e as paisagistas Aline Sini e Emi Ishigai, que funciona como um lugar para ser apreciado, com o intuito de acalmar, confortar e causar reações positivas. Lá, existem ainda algumas plantas frutíferas, como jabuticabeira, aceroleiras e romãzeiras, que além de servir de alimentação, atraem diversas espécies de pássaros. As paredes foram grafitadas por artistas urbanos famosos como Chivitz, Miau, Flavio Samelo e Jay, com a intenção de acrescentar alegria no local. O ambiente conta também com trepadeiras, bancos de madeira construídos com troncos de árvores e desenhos com temas infantis em todas as paredes.

“O projeto Jardim Terapêutico visa tornar o ambiente hospitalar mais humanizado, oferecendo aos pacientes, acompanhantes e funcionários um espaço em que possam descansar e relaxar por meio do contato com a natureza”, explica Sérgio Sarrubo, Diretor do hospital.

O jardim fi ca aberto aos usuários todos os dias até as 19h.

“O novo espaço do Hospital Estadual Infantil Darcy Vargas, criado com apoio

do voluntariado, conta com decoração de artistas urbanos famosos”

Diversos voluntários, inclusive o empresário do skate Roger Mancha, resolveram se unir para oferecer um espaço de relaxamento e descanso para crianças, pais e funcionários no Hospital Infantil Darcy Vargas, unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo localizada no bairro do Morumbi. Dessa união surgiu o projeto Jardim Terapêutico, o primeiro espaço com graffitis, que foi inaugurado em março.

A ideia inicial foi da voluntária Monica Mallart, uma administradora que mantém o projeto Mamãe Que Fez, desti nado a oferecer o ensino de trabalhos manuais às mães que aguardam no hospital os fi lhos em tratamento de hemodiálise, também como uma alternati va para a geração de renda.

“Convivendo com as mães no hospital e com os funcionários, sempre me questionei sobre como seria possível amenizar o clima estressante, e daí surgiu o Jardim Terapêutico, para ocupar um espaço ocioso, ao lado da Recepção. Conheci o Mancha por meio de outro projeto que fazemos parte, o Patas Therapeutas, e ele foi me ajudando a formatar”, declara.

Mancha é voluntário do Patas Therapeutas há cerca de um ano. No projeto, donos de animais podem inscrevê-los – com perfil dócil e após treinamentos – para levar diversão às crianças no hospital. Além dessa ação, ele mantém ainda o Firstpush, que conecta pessoas com o intuito de mobilizar causas, e foi a partir dessa rede de contatos que conseguiu reunir as pessoas certas para a realização do Jardim Terapêutico.

“Quando a Monica me falou sobre o Jardim Terapêutico, decidi utilizar o Firstpush para contribuir. Como faço parte do cenário artístico e cultural urbano, acabo conhecendo bastante gente, e utilizei isso para alcançar profissionais como jardineiros, artistas e paisagistas,

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Há 100 anos nascia a FAMI, especialista em soluções para CME

O ano de 2015 é muito especial para a FAMI – Fábrica de Artefatos Metalúrgicos Itá, afi nal, não é qualquer empresa que completa 100 anos de existência, reunindo tantas histórias de superação.

A Fábrica de Artefactos de Metal Italiana, como era chamada na época, começou em um galpão de aproximadamente 300 m² com dois ou três funcionários, uma pequena afi ação de instrumentos de corte, fundição e montagem de peças de enfeite para o lar. Hoje está estabelecida em um terreno de 2.200 m², com quase 60 funcionários, uma linha de fabricação própria composta por 300 itens e um portf ólio de mais de 2.000 arti gos. Desde sua fundação, está localizada em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo.

A FAMI trabalha com uma linha de embalagens e recipientes, ou seja, caixas, tambores e cubas, produzidos em aço inoxidável AISI 304 e alumínio anodizado, incluindo itens de cabeceira de cama, comadres e papagaios, também em aço inoxidável e polipropileno. Sua linha técnica é composta por Container System e seus acessórios, dividida em tradicional e ecológica, ambas em alumínio anodizado; lavadoras de comadre e papagaio; e steamers para limpeza a vapor de instrumentais e canulados. Da área de logísti ca de esterilizáveis, fazem parte as mesas de preparo, as prateleiras e os carros para transporte. Além disso, oferece acessórios em geral, como escovas, fi tas adesivas, eti quetas e inúmeros arti gos uti lizados geralmente em Centrais de Materiais e Esterilização (CME).

HISTÓRIASeu fundador, o imigrante italiano Romeu Masini, chegou ao Brasil no fi nal do século XIX e iniciou suas ati vidades em São Paulo com a prestação de serviços de manutenção em arti gos de cutelaria e instrumental cirúrgico. Depois, com a impossibilidade de importar esses produtos, decidiu fabricá-los e adquiriu um terreno de aproximadamente 1.000 m², onde fundou, em 1915, a Fábrica de Artefactos de Metal Italiana.

William Pesinato, um dos atuais diretores e herdeiros da empresa, ouviu de parentes muitas histórias interessantes envolvendo a empresa. Uma delas é sobre

o que levou seu bisavô a fabricar tambores e caixas. Ele importava instrumentais cirúrgicos da Alemanha e os vendia a casas cirúrgicas da época, mas, com a Primeira Guerra Mundial, em 1914, tornou-se impossível trazer qualquer produto da Europa. Como os clientes conheciam a fábrica do senhor Masini, pediram a ele que produzisse estes artigos. O empresário, então, passou a confeccioná-los por unidade, comprando pedaços de chapa de latão na medida necessária e, quando as peças ficavam prontas, utilizava o trem da antiga São Paulo Railway, cuja estação São Caetano ficava há 50 metros da FAMI, e entregava pessoalmente as encomendas. “Esse fato é muito significativo para nós, pois mostra o espírito empreendedor de Masini, que diante das dificuldades decidiu abrir uma pequena indústria”, conta William.

Da mesma forma que a Primeira Guerra Mundial foi importante para o início da ati vidade fabril da empresa, a Segunda Guerra também teve seu signifi cado, pois com a entrada do Brasil no confl ito, intensifi cou-se no país a repressão às nacionalidades ligadas às Potências do Eixo: alemã, italiana e japonesa. E, assim, vieram as restrições às liberdades individuais: necessidade de autorização para viajar dentro do país, apreensão de livros, revistas, jornais e documentos, com destruição de parte da memória histórica da imigração e eventual prisão daqueles que não falassem português. Essas circunstâncias fi zeram com que a FAMI alterasse parte da sua razão social, de “Italiana” para “Itá”, como é conhecida por muitos até hoje.

Mais um fato curioso é como Matheus, genro de Masini, foi trabalhar na FAMI. Ele era fi lho de um comerciante que ti nha um armazém de secos e molhados ao lado da casa em que Masini foi morar, no Brás, bairro de São Paulo. Matheus estudava no Liceu de Artes e Ofí cios de São Paulo. Quando o empresário construiu a fábrica, convidou-o para trabalhar e, assim, o moço acabou se casando com sua fi lha mais velha.

Um dos fatos mais marcantes da trajetória da empresa aconteceu em 1946, quando o neto de Masini, Concetto Constantino, assumiu a direção da FAMI e começou a “modernizar” os equipamentos e a produção. Após alguns anos, chamou seu cunhado Welington Pesinato, que já cuidava da parte contábil da empresa, para trabalhar com ele. Em 1990, William, que é filho de Welington, começou sua trajetória na companhia com o primo Alexandre Nardi, neto de Concetto, e houve nova atualização de processos e equipamentos. Por volta de 2008, o início da expansão de novos produtos,

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importados em partes e montados aqui, além daqueles totalmente importados, também é um fato que merece ser lembrado, pois gerou o crescimento físico da FAMI, com a ampliação das instalações e o aumento de pessoal, bem como sua transformação de fabricante de artigos metalúrgicos para fornecedora de soluções para CME e controle de infecção.

SUCESSOWilliam diz que para criar uma empresa de sucesso, é preciso gostar do que faz, entender os processos, o mercado e os clientes, ou seja, tudo que cerca o negócio. “É importante sempre pesquisar, conhecer o que há de novo em termos de fabricação, produto, métodos em geral e, acima de tudo, ser muito correto e honesto”, descreve.

Fundamental também, em sua opinião, é saber cuidar dos colaboradores com respeito, educação, justi ça e fi rmeza. Parti cipar de enti dades do setor, que abrem muitas oportunidades, tanto de desenvolvimento técnico como comercial, é outra dica.

NOVIDADESA empresa planeja lançar uma linha de caixas entre os modelos Premium e Luminox, objeti vando um reposicionamento dos preços e implantando um novo conceito de qualidade, já uti lizado em outros países, mas que só será divulgado na feira Hospitalar deste ano.

“Também está entre nossos planos, o treinamento de distribuidores, representantes e clientes, pois entendemos que educação é a base para um trabalho de qualidade. Temos, inclusive, uma parceria com a Escola de Engenharia Mauá, que envia alunos para executar trabalhos em nossa empresa. Gostaríamos de estender essa ação às escolas de enfermagem, odontologia e até de medicina, levando nosso conhecimento a esses profissionais. Entendemos que um médico não tem que esterilizar seu material, mas se tiver uma noção de como isso é feito, o que se utiliza na desinfecção e o que este produto pode provocar em seu instrumental se mal utilizado, poderá cuidar melhor do que é seu e contribuir para o controle das infecções”, destaca.

www.fami.com.br(11) 3775-0300

COMEMORAÇÃO NA HOSPITALAR

A empresa aproveita a Hospitalar 2015, maior feira de saúde da América Latina, para

comemorar seu centenário junto aos clientes, distribuidores, representantes, amigos,

organizadores do evento e todos aqueles que passarem por seu estande, localizado no

Pavilhão Branco, ruas G/H 23/24.

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Na construção de cenários para 2015 e 2016, visando um planejamento com mínimos erros, todos os gestores de saúde consideraram crescimento negati vo, desemprego e câmbio altos, taxas de juros exorbitantes, baixo crédito e políti ca sem estadista forte. Assim, temos vazios de lideranças e dúvidas sobre a real capacidade do estado em conter a chaga da corrupção nas esferas pública e privada. Embora tenhamos terras agricultáveis em abundância, bom clima, proteínas, água e demais recursos naturais, ainda nos falta um modelo de educação, saúde e segurança que nos torne uma pátria mais esperançosa.

Entretanto, este pano de fundo macroeconômico negati vo não pode servir de muletas para os gestores não fazerem suas lições de casa. Urge uma redução de custos em todos os níveis, uma gestão íntegra nos processos de compras e de contratações, além da urgência de revisitar processos operacionais, na busca de oportunidades e qualidade. A fi nidade dos recursos, em tempos de crise ou não, deve moti var o gestor a ser mais racional no exercício da sua arte. Não o contrário. A escassez ajuda o bom gestor a treinar suas habilidades técnicas.

Vejamos o caso da judicialização e seus impactos nos sistemas público e privado, com custos crescentes. Há lobbies da indústria farmacêuti ca, da indústria de equipamentos e de insumos, de médicos, de advogados e de tantos outros. São poderes que trabalham para forçar a Anvisa e a ANS a aprovar seus fármacos e/ou tecnologias, o SUS a padronizar seus produtos, os benefi ciários a fi carem contra a saúde pública e/ou privada, ou outras situações que resultam em avalanches de ações judiciais. Claro que existem decisões desastrosas por parte de alguns juízes, mas hoje já se discute a criação de câmaras técnicas para auxiliar nas decisões judiciais e outras medidas que possam minimizar estes equívocos. Entretanto, a culpa não é do poder judiciário: este só responde quando é acessado, independentemente de quem esteja no polo passivo. O poder judiciário precisa funcionar, afi nal, o equilíbrio e a liberdade dos três poderes não são a fundamentação do estado democráti co?

Não há solução juridicamente fácil e nem moralmente simples quando a questão é o direito à vida e à saúde. Assim, cada gestor precisa estudar como evitar que sua organização não seja alvo destas ações, identi fi cando onde estão as maiores incidências, como fazer um direito preventi vo, como distribuir melhor as estruturas assistenciais, como ouvir e dialogar produti vamente com os seus clientes, funcionários e médicos, para que não procurem caminhos que onerem a insti tuição.

Sendo maior que a crise

Da mesma forma, também levam a um aumento de custos a super ou a subuti lização dos recursos, a ausência de promoção da saúde e prevenção da doença, seja pelos cidadãos ou pelas organizações, e a falta de oti mização de redes assistenciais, hospitais, recursos humanos e materiais.

Cada gestor precisa ter indicadores assistenciais, de produção e de qualidade para uti lizar recursos da maneira mais racional. A tomada de decisão com base em informações confi áveis deve ser a exigência em tempos de crise ou não.

Os administradores devem ser os motores que impulsionem a sociedade a buscar estratégias para promover um envelhecimento ati vo. Controlando-se os gastos com saúde, será possível investi r mais em educação, gerando círculos virtuosos de prosperidade e competi ti vidade.

Mais: a falta de gestão das doenças crônicas, cardiovasculares, respiratórias e infectocontagiosas, dentre outras, bem como suas sequelas, eleva consideravelmente a uti lização de recursos desnecessários, além de contribuir com as estatí sti cas de óbitos precoces. O controle de gastos precisa envolver todos os atores de saúde e não apenas o setor público e as operadoras.

Assim, a economia recessiva não deve pautar o discurso dos gestores; antes, eles devem se valer das suas capacidades de planejar, racionalizar e de liderar nos seus microambientes, para demonstrar à sociedade que estão fazendo a sua parte, entregando um modelo que contemple todos os anseios dos cidadãos que neles confi aram as suas vidas. Todos nós queremos viver com qualidade e segurança. E também queremos gastar menos com saúde; ou os exageros da carga tributária e dos preços dos planos privados de saúde ainda não sensibilizaram a nossa sociedade?

Para fi nalizar, gostaria de lembrar que em São Paulo, no mês de maio, ocorre a feira Hospitalar, o maior encontro de profi ssionais de saúde. Aí está uma oportunidade única para encontrar colegas e conversar, fazendo um benchmarking para as suas organizações, a parti r de experiências bem-sucedidas. Copiar e aperfeiçoar o que é bem feito não é feio. Feio mesmo é não fazer uma gestão competente e colocar a culpa em variáveis externas incontroláveis. Vamos controlar as variáveis que estão ao nosso alcance e teremos, nestes tempos de crise, uma oportunidade ímpar de provar que os administradores hospitalares são maiores que os tempos ruins.

José Cléber do Nascimento CostaAdministrador Hospitalar, Diretor Geral da Ricel, empresa

especializada em consultoria na área da saúde, e Diretor Técnico da ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar

[email protected]

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Em tempos de baixo crescimento econômico e crise políti ca causada pela má administração (já secular) do dinheiro público, os problemas sempre presentes no país destacam-se em painéis luminosos e piscantes, difí ceis de ignorar. O cidadão, não mais cego pelas luzes do crédito fácil, está sendo obrigado a discuti r os problemas enraizados na sociedade.

Certamente a Saúde é um dos temas mais difí ceis de debater, pelos muitos aspectos que a envolvem (desde a atenção primária até o uso da tecnologia). Bastante comum é que se coloque a responsabilidade do caos instaurado apenas na falta de recursos repassados aos estados e municípios. Seria isso?

Outros sugerem que o dinheiro está disponível, mas a aplicação dele pelos gestores não se destina a políticas públicas a longo prazo, mas sim a manter uma estrutura mínima em funcionamento e a “apagar” incêndios, que consistem no pagamento pelo poder público de tratamentos caríssimos aos cidadãos que pedem a tutela jurisdicional para garantir seu direito constitucional à saúde integral.

Dividir por partes, quando se trata de resolver problemas complexos, pode ser uma forma de solução adequada, não a única. A escolha de resolver em conjunto os problemas, de forma a analisá-los e implementar ações concatenadas, pode ser uma alternati va necessária.

Para ilustrar a gritante falta de comunicação entre os setores, cito o caso de um grande hospital público de São Paulo que se encontra há anos sem determinado aparelho, único para realizar no estado um procedimento indicado para pacientes com câncer. Sem o tratamento disponibilizado pelo SUS, as pessoas que não podem arcar com o alto valor do serviço privado, provocam o Judiciário para obrigar o estado a pagar pelo tratamento a um custo quatro vezes superior ao realizado pelo SUS. Para se consertar o aparelho, o gasto seria de R$ 18.000,00. Um paciente que realiza o tratamento na rede parti cular repassa ao estado a conta de R$ 70.000,00.

Está no gestor a responsabilidade de escolher a quais cidadãos irá oferecer o tratamento necessário a sua cura e bem-estar? Evidente que não. Mas também não deveria ser do poder judiciário tal tarefa – o que tem ocorrido com bastante frequência. No entanto, se há grande difi culdade de o gestor público administrar seus recursos, principalmente pelo fenômeno da judicialização, o que dizer com relação aos serviços ambulatorias e de pronto atendimento, em que faltam pessoal e equipamentos? Isso

Qual é o segredo para qualidade na saúde pública?

não seria o mínimo a oferecer à população que paga os serviços através dos impostos?

Filas e fi las para os postos de atendimento, meses para a marcação de consulta, anos para a realização de certos exames mais complexos. Esse é o cenário atual, ainda que muitas pessoas estejam migrando para planos de saúde ou buscando clínicas populares que prati quem valores acessíveis às classes C e D.

Há não muito tempo, o Secretário de Prevenção da Corrupção e Informações Estratégicas da Controladoria Geral da União (CGU), Sergio Seabra, de forma clara, indicou que cabe ao cidadão supervisionar e exigir um melhor atendimento: “Um cidadão que precisa de atendimento em um hospital público, mas não há médicos disponíveis, pode solicitar a relação de médicos que deveriam estar de plantão e questi onar o poder público sobre essa ausência”. Tal comentário fora realizado dentro do contexto da Lei de Acesso, pela qual se insti tucionaliza o direito do cidadão de obter informações do poder público.

Embora não seja nada simples conseguir qualquer documento dos hospitais, é fato que o cidadão comum ao ter acesso a essa listagem de nomes poderá acusar os envolvidos. Do ponto de vista da responsabilidade civil, criminal e administrati va, se o profi ssional plantonista não esti ver no trabalho e houver algum prejuízo a outrem, ele estará obrigado a indenizar. Não somente ele, mas também o poder público (esse de forma objeti va).

Seria mais um caso exemplifi cati vo de que o estado gasta mais dinheiro com demandas judiciais do que com a prevenção do problema; neste caso, a contratação de mais médicos com bons salários ou, ainda, condições melhores de vida e de higiene para a população, para evitar muitas doenças que lotam os hospitais.

As políti cas de saúde pública devem tratar o indivíduo como parte de uma sociedade que requer mudanças e que carece de um gerenciamento mais efeti vo que propicie resultados positi vos.

Os projetos precisam ser pensados de forma intersetorial no país, envolvendo vários autores, sob pena de não se conseguir mudanças duradouras, mas sim, soluções imediati stas que não tratam diretamente da matriz do problema da Saúde.

Sandra FrancoConsultora jurídica especializada em direito médico e da saúde, presidente da Comissão de Direito da Saúde e Responsabilidade

Médico-Hospitalar da OAB de São José dos Campos (SP), conselheira no Conselho Municipal de Saúde (COMUS) da

mesma cidade e presidente da Academia Brasileira de Direito Médico e da Saúde l [email protected]

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O primeiro dispositivo para tratamento da insuficiência mitral

tratamento capaz de reduzir signifi cati vamente os sintomas, a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida de pacientes que apresentam regurgitação mitral.

Vários estudos clínicos, relatórios publicados e registros de tratamentos com o dispositi vo demonstraram de forma consistente um perfi l de segurança positi vo, redução na regurgitação mitral e melhora nos sintomas como falta de ar, fadiga e exaustão. Com base nisso, o procedimento com MitraClip demonstrou resultados bem-sucedidos e trouxe benefí cios hospitalares, como redução no tempo de recuperação e permanência no hospital para 2,9 dias para insufi ciência cardíaca, além de diminuição de 73% na taxa de hospitalização. E, ainda, 87% dos pacientes que antes do procedimento precisavam de cuidados médicos por conta da doença, têm alta hospitalar.

As pessoas tratadas com o dispositi vo podem apresentar melhoras signifi cati vas quando sua regurgitação mitral é reduzida e o coração pode bombear sangue de maneira mais efi ciente. Muitos destes pacientes sofrem por não ter acesso a outras opções de tratamento, o que torna a aprovação do MitraClip no Brasil uma importante alternati va.

Desenvolvido pela Abbott , ele repara a válvula mitral sem necessidade de um procedimento cirúrgico invasivo. É inserido no coração através da veia femoral, um vaso sanguíneo na perna, e uma vez que esteja implantado, permite que o coração bombeie sangue de maneira mais efi ciente, aliviando assim os sintomas e melhorando a qualidade de vida.

A Abbott é uma companhia global dedicada ao desenvolvimento de produtos e tecnologias que ampliam os limites dos cuidados com a saúde. Com um portf ólio de produtos que inclui as áreas de diagnósti cos, dispositi vos médicos, nutricionais e farmacêuti cos, está presente em 150 países, com aproximadamente 73.000 colaboradores.

“A empresa está cada vez mais focada em trazer soluções inovadoras de modo que as pessoas possam viver melhor, seguindo tendências globais de tratamento, especialmente com relação às doenças cardiovasculares”, declara Ricardo Ueoka, Gerente Geral do Negócio Vascular.

No Brasil, a Abbott trabalha há 77 anos para proporcionar acesso às soluções médicas inovadoras, contribuindo para a melhoria da saúde dos pacientes em todo o país.

www.abbott brasil.com.br

A expectati va de vida da população brasileira aumentou signifi cati vamente nos últi mos anos e esti ma-se que o país seja o sexto no número de idosos em 2025, quando deve ati ngir 32 milhões de pessoas com 60 anos de idade ou mais, de acordo com pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso signifi ca que estamos vivendo mais, porém, as chances de desenvolvermos doenças crônicas também são mais altas, especialmente as cardiovasculares, que são a principal causa de morte no país. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde, em 2013, 4,2% (6,1 milhões) dos indivíduos com 18 anos de idade ou mais apresentaram um diagnósti co clínico de cardiopati a, dos quais, os com mais de 75 anos de idade foram os mais afetados.

A condição cardíaca denominada regurgitação mitral (RM), por exemplo, é comum e afeta uma em cada 10 pessoas com 75 anos ou mais. Pode ser uma doença debilitante, progressiva e de risco à vida, na qual uma válvula mitral com extravasamento causa um fl uxo contrário de sangue no coração. Isso pode aumentar o risco de bati mentos cardíacos irregulares, acidente vascular cerebral e insufi ciência cardíaca. A cirurgia de válvula mitral cardíaca aberta é o tratamento padrão, mas diversos pacientes possuem um risco muito alto para o procedimento invasivo. As medicações são limitadas em reduzir os sintomas, mas não são capazes de interromper a progressão da doença.

Recentemente chegou ao Brasil uma terapia à base de cateter MitraClip, que oferece uma opção inovadora de

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Frascos de soro transformados em sacos de lixo. Toneladas de materiais impressos que geram rolos de papel higiênico, evitando o consumo de 2% da matéria-prima de uma árvore adulta com 10 metros de altura. Estes são apenas alguns resultados do Projeto Bumerangue, ação sustentável realizada no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, RS, com um objeti vo simples, mas que refl ete o signifi cado do nome: vai resíduo e volta insumo.

O programa, que entrou em funcionamento no ano passado, dá desti no correto aos resíduos com alto poder de reciclagem, como frascos de soro, embalagens de polieti leno, bombonas de água, além de papel e papelão, fazendo com que o material retorne para uti lização no próprio hospital.

“Muitos buscam ati ngir primeiro o pilar da sustentabilidade econômica com a venda de resíduos gerados dentro dos hospitais, comercializando esse material para obter recursos e investi r em outras necessidades. Já o Moinhos de Vento fi rmou parcerias com empresas privadas e no primeiro mês reciclou seis toneladas de papel, que voltou a

Reduzindo o impacto ambiental e gerando economia

ser uti lizado”, revela o responsável pelo projeto estratégico de gestão ambiental do hospital, Rogério Almeida da Silva.

Ele explica ainda que, dessa forma, foi possível deixar de comprar papel higiênico para algumas áreas administrati vas. “Reduzimos assim o consumo de recursos naturais e, como consequência, obti vemos queda nos gastos com a compra de insumos”, conclui.

PAPEL E PAPELÃODevido à necessidade de descartar papéis com informações sigilosas, foi necessário fazer um trabalho especial para garanti r a segurança das informações conti das nesses documentos. Para isso, eles foram armazenados com segurança e logo após destruídos, garanti ndo a segurança do processo.

Mas o retorno foi signifi cati vo logo no primeiro encaminhamento, que somou 3.804 quilos de papel e papelão em duas semanas e resultou em 35 fardos de papel higiênico, com oito rolos de 300 metros cada. A garanti a de que o reaproveitamento do material não gera qualquer risco à saúde vem através de diversas análises bacteriológicas, além das certi fi cações do Inmetro e da Anvisa.

PLÁSTICOA insti tuição também uti liza uma quanti dade signifi cati va de frascos e embalagens plásti cas e esse material é segregado, armazenado e encaminhado para a indústria, de forma que, após ser submeti do a um processo de reciclagem, retorna como sacos de lixo com capacidade para 60 litros.

REDUÇÃO NO IMPACTO AMBIENTALCom o Projeto Bumerangue, que já permiti u a reciclagem de mais de três mil quilos de papel, o hospital deixou de consumir papel higiênico extraído de celulose, poupando o equivalente a 50 kg da matéria oriunda de árvores nati vas, como eucalipto e pinho.

Além da redução do impacto ambiental, também houve vantagens econômicas. Cada fardo de papel higiênico comprado pela insti tuição custa R$ 69,84. Assim, o retorno com os 35 fardos reciclados gerou uma economia de R$ 2.444,40 em apenas um mês.

“O Hospital Moinhos de Vento reduziu o consumo de recursos naturais e, como consequência, obteve queda nos gastos

com a compra de insumos”

Programa dá desti no correto aos resíduos com alto poder de reciclagem, como frascos de soro, embalagens de polieti leno e bombonas de água

Papel e papelão reciclados resultaram em 35 fardos de papel higiênico

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Estudo reúne ciência e medicina popular

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O poder terapêutico das plantas deu origem à tese de doutorado do biólogo Wallace Ribeiro Correa, orientado pelo professor Marcos José Salvador, do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp – Universidade Estadual de Campinas, SP. O docente atua no Departamento de Biologia Vegetal, onde mantém uma linha de pesquisa na área de tecnologia fito-farmacêutica, produtos naturais e bioensaios, investigando produtos de origem vegetal com utilizações terapêuticas, entendendo como a bioquímica da planta pode servir de fonte de moléculas e suas aplicações.

Para o trabalho, foram consideradas duas plantas do gênero Pfaffia conhecidas como ginseng brasileiro ou Paratudo, da família Amaranthaceae, importantes na medicina popular e empregadas no combate a dores, inflamações e processos infecciosos. Estudos farmacológicos reportam algumas espécies de Pfaffia que possuem atividade analgésica, antinociceptiva, anti-inflamatória, antimicrobiana e antitumoral, sugerindo o potencial destas matrizes vegetais como fonte de agentes biologicamente ativos.

A abordagem da pesquisa foi multidisciplinar e começou com a coleta e a identificação taxonômica do material vegetal, seguido do preparo de extratos, avaliação da bioatividade frente a diferentes modelos biológicos (in vitro e in vivo) e identificação dos princípios ativos que poderiam estar correlacionados com os efeitos biológicos observados, dentre eles, a atividade antiproliferativa frente a células tumorais; a alguns parasitas relacionados a doenças negligenciadas, como o Trypanosoma cruzi, agente etiológico da doença de Chagas, e a Leishmania (L.) amazonensis, protozoário causador da leishmaniose.

As espécies vegetais selecionadas nascem em regiões específi cas do território nacional e os resultados encontrados apontam na direção de um recurso genéti co importante em termos de fonte de moléculas ati vas. Como a pesquisa centrou-se em espécies pouco estudadas, as informações obti das são inéditas.

O biólogo Correa explica que as Pfaffi as são plantas medicinais amplamente conhecidas pela população e que seu trabalho objeti vou confi rmar suas ati vidades biológicas. “Não basta apenas comprovar a bioati vidade, é preciso identi fi car quais os componentes químicos presentes na planta medicinal, responsáveis pelas diversas ati vidades biológicas a ela associadas e efeti vamente comprová-

las. É desta forma que a investi gação cientí fi ca justi fi ca e corrobora o conhecimento popular”.

RESULTADOSA pesquisa revelou que as propriedades antioxidantes das plantas estudadas são particularmente importantes no tratamento de várias patologias, como câncer, doenças cardiovasculares, de Alzheimer e de Parkinson, inflamatórias e imunológicas, como artrite, asma, alergia e outras relacionadas com o processo de envelhecimento. Como essas doenças apresentam em sua etiologia, pelo menos em parte, os efeitos danosos da produção de radicais livres, há um interesse crescente no estudo de plantas medicinais, alimentos e produtos naturais ricos em antioxidantes visando a quimioprevenção.

Também foi verifi cado que essas plantas são fontes de fi toderivados que apresentam ati vidade anti microbiana, o que as torna úteis no enfrentamento às cepas bacterianas e fúngicas, resistentes às medicações conhecidas. Elas revelam-se também inibidoras do desenvolvimento de algumas linhagens de células tumorais e de uma excelente ati vidade anti -infl amatória.

“O trabalho vem, pelo menos em parte, justi fi car a uti lização popular das Pfaffi as e mostra que a população desenvolveu, durante anos, uma ciência com base na experimentação pelo uso, reveladora, mesmo que empírica, de um certo viés de caráter cientí fi co”, explica Correa.

Esse estudo abre perspecti vas para novas abordagens, detalhamento dos efeitos biológicos observados e para o desenvolvimento de produtos uti lizando essa matéria-prima de origem vegetal. A parti r dessas informações, novas perguntas surgem, dando origem a outras investi gações, já que a obtenção de um produto qualifi cado em termos clínicos demanda muitos anos de pesquisas.

Sobre a importância e o alcance do estudo, os pesquisadores enfatizam que a indústria farmacêutica tem grande interesse em moléculas ativas provenientes de produtos naturais para aplicações terapêuticas. Entre os medicamentos prescritos e registrados no mundo, mais de 30% são constituídos de fármacos obtidos a partir de produtos naturais ou de outras moléculas deles originadas.

“As propriedades antioxidantes das plantas estudadas são particularmente

importantes no tratamento de várias patologias”

O biólogo Wallace Ribeiro Correa

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Projeto da Dasa gera economia de 14 mil litros de água por dia

“O sistema de purificação permite a transformação da água potável, recebida

pelas redes de abastecimento, em água reagente, específica para utilização em

laboratórios”

A Dasa, especializada em serviços auxiliares de apoio diagnósti co, investi u em um sistema que permite que quase 100% da água excedente em seus processos de fi ltragem e purifi cação retorne para a caixa de abastecimento e inicie um novo ciclo de tratamento. O procedimento tem garanti do a economia de 14 mil litros de água diários extremamente potáveis que seriam descartados na rede de esgoto.

De acordo Fabiana Barini, Diretora da área de Qualidade da empresa, apenas 1/3 da água envolvida na ati vidade é aproveitada, enquanto os 2/3 restantes seriam simplesmente descartados. “Em todo o sistema de purifi cação, que conta com quatro máquinas, passam 3.200 litros por hora, já que em cada uma passam 800 litros. Deste total, podemos dizer que apenas 200 litros seriam aproveitados durante as fi ltragens e os outros 600 seriam rejeitados”, alerta.

Toda a água uti lizada em laboratórios clínicos deve ser rigorosamente tratada. Esse processo vai desde a visualização de seu aspecto até uma análise completa dos contaminantes. “Ao fi nal do processo temos a certeza de que nossa água tem a pureza necessária para ser uti lizada nos processos de automação dos equipamentos, e o excedente retorna para a cisterna inicial, dando conti nuidade a esse ciclo virtuoso”, explica Fabiana.

O sucesso do projeto levou a Dasa a implementar os mesmos fi ltros, que inicialmente faziam parte do Núcleo Técnico Operacional (NTO) de Alphaville, SP, aos demais NTOs da companhia, replicando a experiência para Tamboré, SP (que atende a marca Cienti fi caLab), Duque de Caxias, RJ (Sergio Franco), e atualmente o de Cascavel, SC (Laboratório Alvaro). Para atender as demandas das marcas Delboni Auriemo e Lavoisier Medicina Diagnósti ca, que

conti nuam crescendo, o NTO de Alphaville está recebendo sua quinta máquina, o que aumenta a circulação de água purifi cada para 1.000 litros por hora.

COMO FUNCIONAO sistema de purifi cação permite a transformação da água potável, recebida pelas redes de abastecimento, em água reagente (ti po específi co para uti lização em laboratórios). Em linhas gerais, durante o ciclo de tratamento, a água é submeti da à deionização – processo comum uti lizado em laboratórios e na indústria para produzir solventes puros, isentos de íons –, osmose reversa, fi ltros de carvão, sílica e outros processos de fi ltragem que identi fi cam até microbactérias.

INVESTIMENTO EM INFRAESTRUTURAComo os purifi cadores iniciais ocupavam muito espaço fí sico e atrapalhavam o fl uxo de trabalho nos setores, em 2009, a Dasa idealizou a centralização dos equipamentos em uma área específi ca, uti lizando quatro aparelhos com capacidade total de obtenção de água purifi cada de 800 litros por hora, da marca Elga Lab Water.

O projeto foi realizado em parceria com a empresa Nova Analíti ca e com a Roche Diagnósti ca Brasil. Os quatro equipamentos adquiridos são responsáveis por tornar a água purifi cada ideal para o uso no NTO.

Para o Diretor de Análises Clínicas da companhia, Dr. Cláudio Pereira, o primeiro passo para a instalação desses equipamentos foi designar uma sala com 23 m2, além de realizar uma avaliação estrutural do local. “Essa medida foi necessária para garanti r que não haveria sobrecarga na estrutura, já que cada máquina em operação pesa cerca de 540 kg”, revela.

O passo seguinte foi realizar obras de infraestrutura, como instalações elétricas, de água de alimentação e do sistema de pré-fi ltração, controle de temperatura, tubulação para efl uentes e revesti mento do piso. Também foi projetado um dique de contenção capaz de suportar possíveis vazamentos.

Dr. Pereira ainda afi rma que a grandiosidade do projeto vai além das tecnologias de últi ma geração uti lizadas. “Administrar um volume tão grande de água é uma grande responsabilidade, e conseguimos fazê-lo com 100% de aproveitamento. Estamos muito sati sfeitos e orgulhosos deste resultado”, fi naliza.

Atualmente, o NTO de Alphaville, piloto no projeto, está ampliando a ação e receberá mais uma máquina que contribuirá para uma economia de cerca de 17 mil litros de água por dia.

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Novidades da Hospitalar 2015

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NOVIDADES DA HOSPITALAR

A Konex, distribuidora dos produtos RaySafe no Brasil, apresenta o

medidor radiológico RaySafe X2, ferramenta

de controle de qualidade de radiodiagnósti co. Seu

sistema touch screen oti miza o tempo de trabalho e

permite obter a primeira medição em 33 segundos.

(11) 5063-0932 www.konex.com.br

(19) 3887-2977 www.unorth.com.br

(11) 3132-9888 www.protec.com.br

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(11) 5081-4115 www.magnamed.com.br

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(15) 3218-2100www.gmimedicall.com

Pav. Vermelho Rua K 63/65

Práti co, silencioso e efi ciente, o inalador portáti l Medicate

MD 4000, comercializado pela Dorja, pode ser uti lizado

em qualquer lugar, pois funciona com duas pilhas

pequenas (AA) ou em tomada 127/220V. Com

design moderno e membrana vibratória, é fácil de manusear

e limpar, e pode ser usado por adultos e crianças.

(11) 3872-4266 www.jamir.com.br

Pav. Branco Rua C 37/41

Pensando na segurança e conforto dos pacientes,

a U’North Medical oferece a mesa cirúrgica

elétrica com avanço longitudinal, modelo UN 5012. Com acionamento

elétrico, possibilita maior abrangência para o uso de intensifi cador de imagens,

além de ser um produto nacional.

Pav. Branco Ruas E/F 107/110

Desenvolvidos no Brasil pela Protec/R&D

Mediq, os monitores multi paramétricos da

família G séries e M séries estão disponíveis nas

seguintes confi gurações: Oximetria, Capnografi a, NOX

e FiO2, pressão invasiva e agentes anestésicos. Com

tela touch screen colorida de sete polegadas, possibilitam

acesso simples e intuiti vo.Pav. Azul

Ruas C/D 35/42

A Neurotec apresenta seu novo eletroneuromiógrafo

e potencial evocado - Neuromap EQPE041, que

realiza exames de roti na de forma dinâmica, analisa a ati vidade neuromuscular

e oferece informações que permitem um diagnósti co

preciso. Outra novidade são os eletroencefalógrafos,

que passaram por melhorias de soft ware.

Pav. Vermelho Rua M 64/66

A Magnamed está completando 10 anos e

para comemorar lança o novo FlexiMag Plus, um

venti lador pulmonar para UTIs. O equipamento

venti la desde pacientes neonatais de baixo peso

até adultos, e tem recursos como índice de Tobin,

WOBi, P0.1, Pimáx. Além disso, possibilita o uso de

capnografi a e oximetria.Pav. Branco

Ruas C/D 73/74

As luvas nitrílicas Nugard Nitril, da Kevenoll, são

descartáveis, não estéreis e isentas de pó. Indicadas

para procedimentos não cirúrgicos, são

ideais para uti lização em hospitais, clínicas

médicas, odontológicas, veterinárias, laboratórios e

demais estabelecimentos onde há necessidade de

proteção.Pav. Azul Rua E 35

A GMI oferece um sistema completo para CPAP nasal neonatal, com circuitos e

pronga 100% silicone, macios e com pontas anatômicas.

O kit possui também conectores para ramo

inspiratório e expiratório, tubos para umidifi cador,

gorro de algodão e linha de monitoração da pressão com

adaptador para respirador neonatal.Pav. Azul

Rua F 4

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NOVIDADES DA HOSPITALAR

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NOVIDADES DA HOSPITALAR

A RC Móveis apresenta a cama Fawler RC 10240, que vem equipada com

cabeceira, peseiras e grades em polieti leno injetado de alto impacto. Suas grades

são embuti das embaixo do leito, o que possibilita

melhor acesso ao paciente. Como garanti a de alto

desempenho, também está disponível em versão

elétrica.(19) 2119-9000

www.rcmoveis.com.br

(19) 3738-9600 www.formedical.com.br

(41) 3661-1800 www.nilko.com.br/armarios

(62) 3549-9493www.inalamed.com.br

(11) 4055-1011www.cdk.com.br

(11) 5573-9773www.jgmoriya.com.br

(11) 5060-3030www.medcir.com.br

Pav. Branco Ruas E/F 107/110

A Confi ance Medical lança a primeira fonte LED

para videolaparoscopia totalmente desenvolvida

e fabricada no Brasil. Seguindo tendência

mundial de adoção dessa tecnologia, que permite alta qualidade luminosa

com 50 mil horas de uso, a empresa confi rma sua

tradição em inovação no mercado nacional.

(21) 3293-1650www.confi ancemedical.com.br

Pav. Azul Ruas E/F 7/8

Com mais de 24 anos de experiência, a Formedical

Produtos e Engenharia Clínica traz para o Brasil

mais uma marca inovadora, a Alpinion. Especializada em

ultrassonografi a, incluindo ultrassom acústi co,

diagnósti co e terapêuti co, a Alpinion possui tecnologias

patenteadas com grande desempenho.

Pav. Vermelho Ruas M/N 55/60

Na organização de vesti ários, os armários Nilko

garantem desempenho, beleza, segurança e

resistência. Fabricados em aço galvanizado, têm cinco anos de garanti a e dobras enroladas, além

de exclusiva pintura anti bactérias, anti mofo e

sem cheiro. Disponíveis em diversas cores, modelos e

com fechaduras.Pav. Branco

Rua E 114/116

A Inalamed apresenta o berço com cesto removível

Rubmed. Modelo RB 2008, possui balança

digital, cuna acrílica em polipropileno transparente com bordas arredondadas, para-choque frontal e alça

para transporte. Executa trendelemburg e proclive,

tem porta-papeleta e rodízios com freio diagonal.

Pav. Branco Rua D 124

Totalmente repaginado, o conjunto radiológico Diafi x

de alta frequência possui mais de 600 programações

anatômicas pré-selecionáveis. Tem capacidade de 16 Kw a 80 Kw, e de 200 mA a 1.000

mA. Conta com sistema que calcula a massa do

paciente e a dose correta de radiação. Todas essas funções conferiram ao equipamento o

nome Dynamic®.Pav. Vermelho

Rua L 63/65

O AirSense 10 AutoSet™ é um dispositi vo terapêuti co

de pressão autoajustável da ResMed. Comercializado

pela Moriya, é ideal para terapia do sono,

possui tecnologia sem fi o integrada e permite acesso

remoto às confi gurações. Conta ainda com

umidifi cação aquecida e recurso que detecta o início

do sono.Pav. Branco

Ruas E/G 21/22

Os bisturis eletrônicos PowerCut LED 300W e

400W são os mais novos integrantes da linha de

eletrocirurgia Medcir, do Grupo Newmed.

Com design inovador e plataforma operacional de alto desempenho, contam

com 13 modos de corte - sendo cinco endoscópicos

- e sistema Power Sure.

Pav. Branco Ruas B/C 63/64

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NOVIDADES DA HOSPITALAR

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NOVIDADES DA HOSPITALAR

A Dräger apresenta o Evita V300, um venti lador de

cuidados intensivos para adultos, crianças e bebês prematuros. Totalmente

confi gurável, realiza venti lação invasiva e não invasiva, além de terapia de alto fl uxo de oxigênio.

Pode ser integrado em unidade de suprimento ou transportado com o

paciente.(11) 4889-4900

www.draeger.com

(11) 2109-9000www.drillermed.com.br

(21) 2573-0969www.agaplasti c.com.br

(11) 3322-6565 www.niaziprofi ssional.com.br

(11) 2028-8866 www.sincron.com.br

(11) 5545-4544 www.betaeletronic.com.br

(11) 3465-5400 www.rwr.com.br

Pav. Branco Ruas F/G 23/28

A Ortosintese traz ao mercado o exclusivo sistema

de recirculação de água ECO-SMART. Por meio de um

revolucionário mecanismo eletrônico de ciclo fechado,

permite redução de até 90% no consumo de água em autoclaves. Outra grande

vantagem é a possibilidade de ser implantado em

equipamentos novos ou anti gos.

(11) 3948-4000www.ortosintese.com.br

Pav. Branco Ruas C/E 21/22

O Mastersonic, da DrillerMed, é um bisturi ultrassônico combinado

com micromotor elétrico brushless, que propicia

corte suave e seguro para tecidos duros e ossos. Atende especialidades

como maxilo-facial, otorrino, ortopedia (mão e pé), cirurgia de coluna

e neuro, cirurgia plásti ca, implantes e tumores.

Pav. Branco Ruas A/B 33/38

Os espaçadores AgaChamber Extra, da

Agaplasti c, são indicados para a administração

de medicamentos inalatórios do ti po

aerossol em pacientes com infl amações brônquicas. Disponíveis nas versões

Baby, Adulto/Infanti l e TRAC, para pacientes

traqueostomizados, são livres de Bisfenol A.

Pav. Azul Rua M 36

A Niazi Chohfi confecciona e distribui completa linha de enxovais hospitalares

composta por protetores de colchões, travesseiros, colchas,

edredons e cobertores, além de toalhas bordadas, alto

relevo ou silk screen e lençóis de 180 a 1000 fi os. Sua linha

cirúrgica engloba aventais, capotes, camisolas, pijamas,

conjuntos, toucas e capas para biombos.Pav. Azul

Ruas A/B 23/24

Em parceria com a empresa italiana Boscarol, a Sincron

traz ao Brasil unidades de sucção. Portáteis e à

bateria, são uti lizadas em emergência, reanimação,

primeiros socorros e atendimento domiciliar,

desobstruindo vias aéreas. Regulamentadas pela

Anvisa, possuem diferentes potências e dimensões que

facilitam o manuseio.Pav. Branco

Rua G 114/116

Em virtude dos riscos nos procedimentos médicos,

cuidados especiais são tomados na segurança

elétrica, especialmente fuga de tensão ao fi o terra.

O Sistema IT Médico, da Beta Eletronic, detecta a existência do problema, permiti ndo a correção e

evitando o desligamento dos equipamentos em

operação.Pav. Branco

Rua C 8

Fabricado em perfi s de alumínio extrudado com

pintura eletrostáti ca a pó, o painel de teto SPU 2000 possui um módulo

para monitor e venti lador (seco) com bandejas

em vidro temperado; e outro para soro e infusão

com haste tripla em aço inoxidável (úmido). Executa

movimentos giratórios e transversais.Pav. Branco

Ruas B/C 23/24

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NOVIDADES DA HOSPITALAR

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NOVIDADES DA HOSPITALAR

Voltado para procedimentos especiais, o

carro Multi line possui corpo em monobloco, gavetas de

polímero de alto impacto e proteção anti bacteriana.

Liso e com cantos arredondados, o que facilita

a limpeza, foi projetado para evitar problemas com

oxidação, amassados e descascamentos.

(14) 3815-6569 www.healthmoveis.com.br

(11) 5011-5288 www.celmat.com.br

(16) 4009-5454www.deltronix.com.br

(11) 4063-0023www.biolandbrasil.com.br

(44) 3518-3430 www.cristofoli.com.br

(11) 2059-4848www.balancasmicheletti .com.br

(11) 2185-2300www.stratt ner.com.br

Pav. Branco Rua C 70

A calandra Monorol, com três ti pos diferentes

de aquecimento (vapor, elétrico ou a gás), é uma

máquina de passar roupas que proporciona alta

produção, com economia de esforço e tempo, devido

à concentração de calor num único cilindro de

grande área de contato sobre o tecido.

(41) 2106-6363 www.suzuki.ind.br

Pav. Branco Rua C 23

A Celmat preparou promoções especiais para

a aquisição de maletas para via aérea difí cil nesta

edição da Hospitalar, como o modelo com laringoscópio McCoy

de fi bra óti ca, bougies dobráveis, tubo laríngeo

com aspiração e outros itens. A Anvisa exige o

uso desses produtos para segurança do paciente.

Pav. Branco Ruas D/E 103/104

Os bisturis eletrônicos Precision, das linhas

TC e RC, uti lizam microprocessadores de

últi ma geração, projetados para uso em cirurgias de baixa, média e alta

complexidades, permiti ndo o trabalho simultâneo de dois cirurgiões. Executam

corte e coagulação em campo úmido com

comando digital.Pav. Branco

Ruas B/C 33/38

A Controller traz ao Brasil a fi ta de kinésio Tmax,

projetada para esporti stas e pessoas em recuperação. Indicada para profi ssionais que buscam recuperações

musculares e melhores desempenhos na práti ca

de exercícios fí sicos, estão disponível em nove cores e sua apresentação é em

rolos de cinco centí metros por cinco metros.

Pav. Azul Rua K 23

Com painel digital iluminado, design moderno e membrana diferenciada,

a autoclave Vitale possui sensor que cruza as

informações de pressão e temperatura, transferidas

para os indicadores através de LEDs no painel.

Está disponível em duas versões, com capacidades

para 12 e 21 litros.

Pav. Branco Ruas A/B 33/38

A MIC Baby é uma balança totalmente eletrônica

com estrutura em ABS e berço em ABS ou aço

inoxidável. Práti ca e segura, proporciona leituras fáceis, rápidas e com alta precisão

nas pesagens de bebês e recém-nascidos. De baixa

manutenção, é indicada para clínicas, hospitais, ambulatórios e outros.

Pav. Azul Rua H 15

A H.Stratt ner trouxe para o mercado nacional o

mais moderno sistema de elevação e transferência

de pacientes, da Guldmann, para ajudar nos procedimentos de

movimentação. Com sistema automáti co de

recarregar baterias e balança incorporada, oferece ampla

variedade de módulos de elevação e especifi cações.

Pav. Branco Rua E 40/42

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NOVIDADES DA HOSPITALAR

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NOVIDADES DA HOSPITALAR

Com tela de 8,4”, o CardioMax 8 é um monitor

cardioversor desfi brilador bifásico que conta com a nova tecnologia CTR

(checagem em tempo real), que realiza autodiagnósti co

constante e informa, antecipadamente, se

existe qualquer ação de manutenção a ser realizada,

garanti ndo disponibilidade imediata.

(51) 3073-8200www.instramed.com.br

(11) 4612-0722www.tt sbrasil.com.br

(11) 5567-1766www.oxigel.com.br

+41 32 720 1188www.masimo.co.uk/root

(81) 4009-9900 www.efe.com.br

(11) 2335-1000www.transmai.com.br

(41) 3665-5700www.vallitech.com.br

Pav. Branco Ruas C/D 40/42

A Unidade Híbrida Duett o 2386, primeiro

equipamento desta categoria fabricado

no Brasil, opera como incubadora e unidade de

calor irradiante. Vencedora do prêmio Inova Saúde 2014 de excelência em inovação, foi projetada

para atender a todas as necessidades para um

tratamento amplo e seguro.(11) 2972-5700

www.fanem.com.brPav. Branco

Ruas H/I 23/26

Seguro, práti co e fácil de manusear, o sistema para

higienização de superfí cies Dosely, da TTS, proporciona a dosagem exata da solução

química, seja na limpeza concorrente e/ou terminal de tetos, paredes e pisos.

Com conceito de uso e descarte, é 100% ecológico e proporciona economia de água e produtos químicos.

Pav. Branco Rua F 107/109

A Oxigel desenvolve, fabrica e comercializa

produtos para Anestesia, Inaloterapia,

Oxigenoterapia e Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Entre os mais recentes lançamentos estão a

lâmina para laringoscópio arti culada convencional e fi bra óti ca, o kit máscara Venturi e o aparelhos de anestesia modelo 1722.

Pav. Branco Rua H 71

Root®, da Masimo, é uma plataforma intuiti va

de monitoramento do paciente. Com

display touch screen, realiza monitoramento

da função cerebral, capnografi a e oximetria.

Exibe parâmetros automati camente e conta

ainda com confi gurações de visualização e interpretação

instantânea.Pav. Branco

Rua C 87

Devido à sua leveza, o fotóforo ML4 LED com

câmera vídeo digital DV1, comercializado pela Efe,

proporciona conforto e ajuste seguro. Graças à precisão óti ca HEINE,

permite ajustes no campo de iluminação em poucos

segundos, além de reproduzir imagens digitais de alta resolução em todos

os exames.Pav. Branco

Rua C 30

Com sistema confi gurável e tela de LCD, o monitor

de sinais vitais MX-600, da Transmai,

incorpora as últi mas inovações cardiológicas.

Com tecnologia digital e poderosos

microprocessadores que fornecem parâmetros, sinais e registros de alta qualidade

e resolução, proporciona excelente custo-benefí cio.

Pav. Branco Ruas D/E 36/38

A cama modelo VLT-932 é construída com tubos

de aço e revesti da de material termoplásti co

de alta resistência. Possui leito arti culável, para-choques rotati vos de

alto impacto, cabeceira e peseira removíveis. Executa

movimentos de fowler de pernas e dorso, elevação de

altura, posição poltrona e autocontorno.

Pav. BrancoRuas C/D 63/64

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NOVIDADES DA HOSPITALAR

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Quem costuma acompanhar as revistas especializadas e as novidades no mercado editorial voltadas ao mundo dos negócios, certamente, vez ou outra se depara com o tema “liderança”. Tem as regras de ouro, os ti pos de líder, a lista do que fazer e do que não fazer para ser um líder respeitado. Tem quem defenda a liderança éti ca, a comparti lhada, a inovadora e a democráti ca. Ou seja, tem de tudo!

Manter-se bem informado é mandatório para um executi vo ou dirigente do setor hospitalar. Mas, sem fazer a lição de casa, o efeito de tanta informação é muito pouco, quase nulo. Para fazer a diferença em uma área de ati vidade como a nossa, só realmente compreendendo que ser líder é muito mais do que o nome do cargo, a posição na hierarquia da empresa ou a experiência acumulada em anos de atuação.

Há diversas defi nições de liderança. Gosto em especial de uma delas, do autor James C. Hunter, segundo o qual liderança é a “habilidade de infl uenciar pessoas para trabalharem entusiasti camente visando ati ngir os objeti vos identi fi cados como sendo para o bem comum”. Aprecio também a ideia do líder como condutor de pessoas. E acredito na liderança através do exemplo.

Falando em exemplo, daria para escrever dois arti gos para enumerar líderes inspiradores – um só sobre talentos brasileiros, nossa prata da casa, e outro sobre executi vos, gurus e mentores que fi zeram e fazem bonito lá fora. Afi rmo, com certo pesar: difi cilmente, neste rol de homens e mulheres brilhantes, encontraríamos um representante do setor hospitalar.

Se enfrentamos adversidades na gestão da saúde, se lamentamos o crescimento ou o lucro abaixo do esperado, se nos frustramos com o baixo nível de engajamento ou comprometi mento dos ti mes é porque ainda estamos muito distantes do perfi l de líder que faz a diferença. Ou melhor, de líder que ajuda, incenti va e ensina as pessoas a fazerem a diferença.

Ainda carecemos de uma cultura baseada em conceitos modernos de gestão de negócios e de pessoas. A mistura de religião, fi lantropia e políti ca que está na origem do setor hospitalar brasileiro, por mais nociva que possa ser, ainda está muito presente e não nos deixa avançar o tanto que precisamos para melhorar nossos resultados e, quem sabe, dar nossa contribuição aos modelos de administração, operação e liderança que vão parar nos livros que todo mundo lê para saber como fazer melhor.

À parte do cenário pessimista, contudo, uma boa notí cia: ainda dá tempo de preencher esta lacuna. Mas não vai ser atrás da mesa elegante, sentado na cadeira luxuosa, ou somente observando, como quem opera os voos na torre

Você está pronto para ser líder de fato?

de controle. O líder deve ser observador, sim, mas também precisa dar as coordenadas e acompanhar o painel de bordo sem cessar. Tem que emanar autoridade e inspirar respeito. E as atribuições não param por aí. O perfi l de liderança evoluiu e vai conti nuar se aprimorando no ritmo das mudanças no mundo corporati vo.

Alguns conceitos, no entanto, não envelhecem e podem ser o ponto de parti da para o dirigente da área de saúde que está disposto a sair da zona de conforto e, quem sabe, se tornar referência para os seus pares. Eu também ti ve minhas referências, a principal foi Jack Welch, quase uma lenda no mundo corporati vo após seus feitos e conquistas em 20 anos à frente da General Eletric.

Em seu livro “Paixão por vencer”, escreveu uma frase que não me saiu mais do pensamento quando o assunto é conduzir negócios e pessoas: “Você não é líder para ganhar um concurso de popularidade – você é líder para liderar”. Simples, certo? Bem, para ajudar, ele foi além e enumerou algumas ati tudes que os líderes – os líderes de fato, quero dizer – prati cam dia após dia. Tomo a liberdade de reproduzi-las aqui. Os líderes:

• “São incansáveis em melhorar a equipe, usando todos os encontros como oportunidade para avaliar, treinar e reforçar a autoconfi ança.”

• “Se empenham para que as pessoas não só compreendam a visão, mas também para que a vivenciem e a respirem.”

• “Se põem no lugar de todos, transpirando energia positi va e oti mismo.”

• “Angariam confi ança com franqueza, transparência e reconhecendo os méritos alheios.”

• “Têm coragem para tomar decisões impopulares e agir com base no insti nto.”

• “Questi onam e insti gam, por meio de uma curiosidade constante que se aproxima do ceti cismo, esforçando-se para que suas perguntas sejam respondidas com ação.”

• “Inspiram a assunção de riscos e o aprendizado constante, dando o exemplo.”

• “Comemoram.”

Ainda não conheci, nas minhas andanças por hospitais e serviços de saúde Brasil afora, um líder que concentre, ao mesmo tempo, todas essas qualidades. Já vi alguns muito bons em construir autoconfi ança. Outros, experts em correr riscos. Tem os que prati cam a empati a e emanam franqueza e transparência. Mas não ti ve a oportunidade de trocar ideias com aquele líder que vai se juntar aos outros tantos “papas” do mundo dos negócios que estampam as capas dos best-sellers da área. E você? Está pronto para ser um líder de fato e, quem sabe, entrar para a história?

Genésio Körbes Sócio da Korbes Consulti ng com MBA em Gestão Empresarial

genesio@korbesconsulti ng.com

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Projeto-piloto de telemedicina leva assistência para crianças

carentes em Sergipe

COMPUTAÇÃO GRÁFICA E SUA APLICAÇÃO PARA PRODUÇÃO 3D

Os desafi os da implantação de soluções paperless nos hospitais

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Com o constante desenvolvimento da tecnologia e o forte apelo sustentável, cada vez mais se fala

na diminuição ou eliminação do papel dentro das empresas, incluindo, por que não, as instituições de

saúde. A evolução já permitiu o voto eletrônico, o “dinheiro eletrônico” e até o recolhimento de impostos

por meio da tecnologia, mas na área da Saúde, o processo não é tão simples assim.

Ainda há muitos entraves para que se elimine o papel nas atividades hospitalares. Gilberto Rodrigues,

consultor que já ocupou cargos executivos em empresas voltadas ao setor financeiro e conta com mais de 25

anos de experiência na área de tecnologia, diz que um dos maiores desafios é a nossa burocrática legislação.

“Em várias situações, o documento em papel ainda é considerado a única forma efetiva de comprovar a

veracidade de uma informação. Existe um movimento da Justiça no sentido de reconhecer documentos

Hospital 100% digital: verdades e desafiosPor Carol Gonçalves

Eliminar o papel dentro das insti tuições de saúde não é um processo fácil. A legislação burocráti ca, o conservadorismo dos profi ssionais e gestores, os custos do investi mento em infraestrutura e TI são alguns dos entraves. Apesar das difi culdades, empresas do setor consideram que o Brasil tem evoluído bastante na adoção de tecnologias.

eletrônicos como válidos, mas ainda não é a realidade na maioria das situações”, salienta.

Outro ponto, segundo ele, é o aspecto cultural, não somente no caso de funcionários, mas também

do corpo executivo dos hospitais, que tende a ser bem conservador em relação à adoção de soluções

tecnológicas. Os grandes problemas são: como treinar e convencer as pessoas a usarem o sistema? Como

padronizar a nomenclatura, os procedimentos, as fichas?

Por fim, Rodrigues cita o aspecto econômico, pois a eliminação do papel até bem pouco tempo exigia

pesados investimento em tecnologia da informação, segurança e na melhoria de processos, desestimulando sua adoção, mesmo com a certeza de que os benefícios

viriam em médio prazo. Ainda há o desafio da infraestrutura, uma vez que ao eliminar o papel, todo

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o ambiente de TI, energia elétrica e telecomunicações tornam-se imprescindíveis.

Andre Luiz de Almeida, Presidente da Abcis – Associação Brasileira CIO Saúde também frisa os

aspectos culturais que dificultam a adoção da tecnologia. De acordo com ele, o Brasil tem uma

história cartorial muito enraizada que dificulta todo o processo de eliminação do papel. As relações entre

o hospital, o profissional de saúde, o paciente, a operadora e o poder público são todas baseadas

em documentos impressos. “Acho utópico pensar em um hospital 100% sem papel, administrativa e assistencialmente falando. Claro que existem

exemplos de que é possível, mas não se pode ignorar o ambiente favorável para o caso. Prefiro pensar em um

consumo consciente racional e indispensável de papel, pois em alguns casos ele ainda é um aliado”, expõe.

Para Almeida, as opções de eliminação do material passam, principalmente, por dois processos, que devem

ser repensados e levados muito a sério. O primeiro deles é a autenticidade de quem fez o ato, um ponto

delicado na área de saúde, mas que em diversos outros setores já foi resolvido e serve de aprendizado. O

segundo diz respeito à redundância: não basta ter um hospital digital, é preciso imaginar o que pode ser feito

quando houver uma falha.

No entanto, apesar das dificuldades, a adoção de tecnologias pelo segmento está evoluindo bastante no

Brasil, nas áreas pública e privada, segundo Ricardo Fernandes, Country Manager da InterSystems no Brasil. “Cada vez mais as instituições enxergam a TI como uma

grande aliada para se tornarem mais competitivas, proporcionando serviços de melhor qualidade ao

cidadão, otimizando o trabalho dos profissionais de saúde e reduzindo custos”, afirma.

Ele acredita que a expectativa de vida do brasileiro deu um salto nos últimos anos, o que tem despertado

os investimentos das organizações de saúde para

suprir esta demanda. “Investir em saúde é promover o desenvolvimento de uma nação. Por isso, já está mais

do que na hora de direcionar a atenção para tecnologias inovadoras”, ressalta.

Na opinião de Almeida, da Abcis, a maior preocupação dos hospitais é atingir o ponto máximo econômico

sem perder a segurança. “As políticas atuais de relação entre as operadoras e os hospitais não são uniformes

e, em alguns casos, a comunicação não é fluida. Outro ponto que precisa ser reavaliado é a relação dos

hospitais com o poder público”, salienta, acrescentando que há necessidade de se rever processos sob uma

nova ótica, na qual paradigmas precisam ser rompidos e etapas podem ser simplificadas e aperfeiçoadas com

o uso de TI.

Já de acordo com Fernandes, da InterSystems, entre as maiores preocupações está a adoção da equipe médica, pois muitos profissionais ainda se sentem

mais confortáveis descrevendo o cuidado prestado ao paciente de forma manual, relutando em utilizar a tecnologia como uma aliada. “Os hospitais postergam

este tipo de projeto para não ter o trabalho de fazer uma grande mudança cultural na equipe”, considera.

A aceitação por parte dos pacientes também é outro desafio, na visão de Fernandes, já que eles precisam

autorizar as organizações a utilizarem seus dados clínicos, o que, por lei, faz parte do sigilo médico.

De fato, o Diretor Geral da empresa Green, Adriano Duarte Albuquerque, salienta que a implementação de soluções sem papel sempre envolve importantes

quebras de paradigmas, com a adoção de novas atitudes, como a utilização da impressão nas atividades

diárias, o descarte dos documentos físicos após a digitalização com certificação digital e a questão da

automação de processos onde há a interação humana.

BENEFÍCIOSO papel está assumindo a condição de vilão dos

negócios, impedindo as empresas de serem ágeis e dificultando o uso da informação em estratégias de

competitividade, opina Rodrigues.

Os benefícios de soluções paperless são vários e tão importantes para a melhoria do atendimento ao

paciente que o consultor afirma que todos os hospitais já consideraram investir na eliminação de papéis de

seus principais processos. “Certamente vamos demorar

“A liberação de espaços utilizados para arquivos dentro dos hospitais possibilita ocupar essa área

para setores produtivos”

Adriano Duarte Albuquerque, da Green

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Integração de sistemas no laboratório de uma UPA, com solução paperless da empresa Eco

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• Diminuição do consumo de água e de energia para produção do papel; e

• Redução da liberação de gás carbônico e de poluentes químicos gerados no processo de fabricação.

Por sua vez, Albuquerque, da Green, diz que a utilização de prontuários digitais garante a segurança de acesso

ao documento e a integridade da informação, sem falar na eliminação do risco de deterioração do material.

Além disso, a liberação de espaços utilizados para arquivos dentro dos hospitais possibilita ocupar a área

para setores produtivos. “O gerenciamento automático de tarefas e seu tempo para execução ajudam a manter

as pessoas alertas com relação às suas atividades diárias”, salienta.

De forma mais geral, Fernandes, da InterSystems, acrescenta que as vantagens da tecnologia começam a

partir da automatização das informações de saúde, que gera o histórico clínico e de cadastro dos pacientes para

futuras consultas. Mas esse é só o primeiro passo.

É preciso contar com sistemas que promovam a interoperabilidade dos dados, viabilizando o que é

chamado de Saúde Conectada, que é a possibilidade de trocar informações entre diferentes unidades

(clínicas, laboratórios, hospitais). “Esses sistemas são fundamentais para que, tanto governo, quanto

instituições privadas possam trabalhar a saúde de uma maneira muito mais preventiva, com ações efetivas,

para que o paciente fique o mais longe possível do hospital”, explica.

Além disso, a interoperabilidade permite analisar de forma detalhada informações clínicas longitudinais do paciente, otimizando o tempo gasto no atendimento e

evitando a realização de exames duplicados.

EXPERIÊNCIASA InterSystems tem dois cases de sucesso para ilustrar

a implantação de sistemas paperless, um no Distrito Federal e outro no Ceará.

um pouco para chegar lá, com a nossa burocracia atual, mas, de qualquer forma, é um objetivo a ser perseguido, afinal, a solução oferece rapidez e eficiência aos hospitais na entrega de serviços ao consumidor”, destaca.

Entre os benefícios, Rodrigues cita:

• Financeiro – Segundo dados de órgãos americanos, um hospital digital apresenta melhores margens operacionais e lucros maiores, além de grande eficiência. Há casos em que foram atendidos cerca de 50% mais pacientes com apenas 10% a mais de funcionários.

• Agilidade e acurácia no atendimento – Imagine a cena em que um homem chega ao hospital tendo um ataque. Enquanto enfermeiros e paramédicos o preparam para a transferência, um membro da equipe digitaliza seus documentos, ou colhe a impressão digital, e verifica os registros de exames anteriores. Imediatamente, os profissionais ficam cientes do histórico de saúde, que também está disponível para todos os médicos envolvidos no tratamento desse paciente, onde quer que estejam.

• Diminuição da probabilidade de perder registos – Atualmente, médicos e enfermeiros têm de adicionar manualmente todos os dados, como solicitação e resultados de exames, medição dos batimentos, pressão, etc., que já estão no formato digital e poderiam ser capturados diretamente dos equipamentos que os geraram.

• Melhora na relação entre hospitais e planos de saúde – Com os registros de pacientes em meio digital, termina a necessidade de preenchimento e armazenamento de fichas de convênios médicos para registrar quais foram os serviços prestados e qual o valor a ser ressarcido. As informações são enviadas eletronicamente, agilizando o processo de pagamento e reduzindo fraudes.

Analisando pelo lado ambiental, Marco Aurelio Duarte Silva, Diretor Presidente da ECO Sistemas, acrescenta:

• Preservação de árvores como eucalipto e pinus;

“O papel está assumindo a condição de vilão dos negócios, dificultando o uso da informação em estratégias de competitividade"

Gilberto Rodrigues, consultor de TI

“Com implantação de sistema, a UPA Botafogo, do Rio de Janeiro, reduziu o uso de papel e preservou

170 árvores em um ano”

Marco Aurelio Duarte Silva, da ECO Sistemas

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Em 2008, o Governo do Distrito Federal iniciou um projeto considerado um dos maiores em informatização

da saúde pública do mundo. Já em fase final de implantação, o Sistema Integrado de Saúde (SIS),

como é chamado, informatiza e integra toda a rede assistencial do DF, incluindo o desenvolvimento de

um registro de dados único do paciente, que pode ser acessado pela internet, em qualquer unidade de saúde.

Além de beneficiar a população, o projeto facilita o acesso dos profissionais aos dados vitais do paciente e

economiza recursos do governo, permitindo não apenas uma melhor gestão, mas também o uso de informações integradas de forma analítica para a realização de ações

preventivas junto à população.

O sistema de saúde do Distrito Federal passou a contar, também, com um software que permite aos gestores

controlar, por exemplo, o número de leitos disponíveis e em utilização, estoque de medicamentos, faturamento,

gerenciamento da equipe de profissionais, entre outros.

Com a conclusão da implantação do sistema em todos os estabelecimentos, o próximo passo do projeto será

fazer análises mais profundas sobre a base de dados consolidada para, dessa forma, desenvolver ações preventivas e de qualidade de vida. Com isso, será

possível detectar a incidência de uma epidemia em determinada região de Brasília, por exemplo, sabendo

com precisão o número de pessoas que dão entrada nos hospitais e se esse número está evoluindo, ou se está faltando profissional de alguma especialidade, entre

outros avanços.

O outro caso de sucesso da empresa é com a Unimed Ceará, que compreende nove filiadas. Trata-se do

primeiro contrato no Brasil da InterSystems envolvendo a plataforma estratégica de integração de informações clínicas HealthShare. Em fase piloto na Unidade Cariri

(com sede em Juazeiro do Norte), deve ser implantado em toda a Rede Unimed do estado em cerca de 12

meses.

No projeto teste, o sistema vai reunir em uma única fonte de consulta para a equipe médica todas as informações clínicas dos pacientes que utilizam

a estrutura da Unimed Cariri, atualmente com dois hospitais, dois laboratórios e cinco clínicas,

compreendendo 30 mil vidas.

“Nossos profissionais poderão compartilhar informações vitais do paciente, como alergias,

hipertensão e diabetes, podendo traçar um diagnóstico mais rápido, preciso e baseado em informações seguras

e em tempo real”, explica Darival Bringel de Olinda, Presidente da Unimed Ceará.

A Eco Sistemas também conta um case de sucesso, envolvendo o Sistema UPA 24h – Paperless, que,

através de ferramenta web, automatiza o processo de atendimento, agilizando o registro dos atendimentos ocorridos, isentando, ao máximo, os profissionais da

necessidade de utilização de papel.

A solução gera controle informatizado no processo, desde a chegada do paciente até a sua alta efetiva.

Tem como base o controle das várias filas que orientam o atendimento nas especialidades e nas

internações por observação, respeitando a priorização dada pela classificação de risco de cada paciente

acolhido na unidade. O UPA 24h – Paperless realiza o controle das seguintes etapas: acolhimento, registro,

classificação de risco, atendimento nas especialidades de clínica médica, pediatria e odontologia. Além de monitorar todos os serviços pertinentes aos postos

de enfermagem, aos serviços de apoio diagnóstico e terapêutico e ao controle de estoque.

A primeira unidade a utilizar o sistema foi a UPA Botafogo, no Rio de Janeiro, que, por ano, com a

redução do uso de papel, preservou 170 árvores e economizou 795.600 litros de água e 79.560 KW de

energia elétrica.

Já a Green oferece duas soluções. Uma delas é o Saúde Sem Papel, projeto de automação de processos e gestão

de conteúdo focado na substituição de documentos físicos por documentos digitais implantado nas áreas

assistencial e administrativa do hospital.

Outro projeto é o Same Digital, de digitalização dos prontuários com certificação digital conforme exige a

resolução 1.821 do CFM. Albuquerque explica que o visualizador de prontuários tem sua chamada integrada

ao software de gestão do hospital e beneficia o uso pelo corpo clínico e usuários do faturamento.

“Nossas soluções são 100% SAAS – Software como Serviço e 100% Cloud Computing – infraestrutura em

nuvem sem necessidade de investimentos em TI”, ressalta.

Os resultados da implantação do Same Digital nos hospitais são a diminuição no trabalho manual dos

colaboradores em acessar e buscar documentos em arquivos que às vezes estão geograficamente

distantes, a redução nos custos de impressão, papel e transporte, a eliminação do trâmite desses

documentos no atendimento assistencial e auditoria, e o acesso pelo médico e enfermagem aos documentos

do paciente na tela.

“Os hospitais postergam implantar soluções paperless para não ter o trabalho de fazer uma grande mudança cultural na equipe”

Ricardo Fernandes, da InterSystems

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Em 2014, a Cisco e a Universidade Federal de Sergipe (UFS) lançaram um projeto-piloto de telemedicina para

oferecer assistência médica a crianças carentes no estado, como parte do programa global de responsabilidade social

Connected Healthy Children.

Os resultados foram recentemente divulgados e revelam que a

telemedicina não só ajuda a melhorar a qualidade do atendimento aos pacientes, mas também reduz a

necessidade de viagens das famílias que moram em áreas remotas até

médicos especialistas.

Com a carência de profi ssionais fora das grandes cidades, pessoas que

vivem nas áreas rurais têm difi culdade para encontrar locais de atendimento

à saúde. Outro desafi o é que os médicos que vivem em áreas afastadas

têm acesso limitado a tecnologias de colaboração, o que pode impossibilitar

uma conexão virtual para a troca de conhecimento ou discussão sobre um

caso.

Mesmo com esses desafi os, 40 pessoas ti veram a possibilidade de aproveitar o benefí cio de consultas por telemedicina. De acordo com o

relatório, o programa está pronto para receber mais consultas e será

expandido para atender centenas de pacientes em 2015.

“Os resultados nos mostram que levar a especialidade para Sergipe tornou viável o que antes parecia impossível. A Cisco

orgulha-se de oferecer assistência pediátrica para o estado através de sua tecnologia. Dessa forma, crianças podem ter mais acesso à assistência médica de qualidade e ser melhor

diagnosti cadas”, afi rma Brantz Myers, Gerente Sênior para as Soluções Globais de Saúde da Cisco Corporate Aff airs.

De acordo com Angelo Antoniolli, Reitor da UFS, entre os papéis de uma universidade pública estão voltar seu olhar para as questões sociais, avaliá-las e buscar soluções para

enfrentá-las. “Essa contribuição com o desenvolvimento social só é possível quando o conhecimento cientí fi co

organizado dentro das salas de aula se coloca à disposição da comunidade. Acreditamos que o alcance de nossas ações

tem se multi plicado por meio da parceria que construímos com a Cisco, pois estamos conseguindo enfrentar difi culdades

históricas de nossa sociedade com o auxílio da tecnologia”, diz.

CONNECTED HEALTHY CHILDRENDe acordo com a Cisco, o Brasil é uma boa escolha para a

implementação do Connected Healthy Children. Esse programa, que já obteve sucesso em pilotos nos Estados Unidos e na

Projeto-piloto da Cisco em Sergipe apresenta

ótimos resultados

província chinesa de Sichuan, usa tecnologia para melhorar a acessibilidade e a qualidade dos cuidados pediátricos, enquanto

também incenti va a colaboração entre as especializações médicas. Depois de uma avaliação rigorosa, Sergipe foi

selecionado como um local adequado para o programa.

Pelo projeto, as Clínicas de Saúde da Família dos municípios de Lagarto e Tobias Barreto foram conectadas

a hospitais e especialistas de Aracaju, capital do estado, e de São Cristovão, onde está o campus da UFS. A meta

é melhorar o acesso ao atendimento especializado e a qualidade no serviço.

As consultas foram acompanhadas em tempo real por especialistas no Hospital Universitário de Aracaju, evitando que

as crianças e suas famílias precisassem viajar em busca de atendimento

especializado. Já as equipes médicas puderam avaliar conjuntamente caso

a caso, sem precisarem sair de seus municípios. Graças à qualidade de som

e da imagem em alta defi nição com telepresença, os especialistas puderam

ver e conversar com as crianças, acessar resultados e auxiliar o médico

generalista local com uma segunda opinião.

O recurso também pode ser uti lizado em treinamentos e para apresentação

de projetos de alunos de cursos de medicina, por exemplo. A colaboração

possibilita aumentar o conhecimento e o treinamento de equipes de assistência

locais e facilitar o acesso ao conteúdo cientí fi co disponível em centros de

excelência. Já para as equipes médicas locais, a atuação de forma colaborati va

com especialistas aumenta a capacidade de intervenção e melhora o processo de

tomada de decisões.

O piloto do programa Connected Healthy Children Brasil foi concluído ofi cialmente no fi m de abril, sendo assumido pela Universidade Federal de Sergipe, que fi cará responsável por

sua implantação e supervisão.

PESQUISA

Para realizar a pesquisa, a Cisco entrevistou cerca de 30 pacientes sobre suas experiências com o sistema de telemedicina. As principais conclusões do relatório são:

• 100% dos entrevistados disseram que estavam sati sfeitos ou muito sati sfeitos com a consulta virtual;

• 93% dos que parti ciparam de consultas virtuais acharam a experiência efeti va;

• 96% afi rmaram que o uso da tecnologia em consultas reduziu a necessidade de viagem até a assistência especializada e que os gastos das famílias reduziram devido ao uso de telepresença na clínica;

• 92% concordam que o uso da telepresença na clínica local melhorou a qualidade do atendimento e recomendariam a técnica a outros membros da família.

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Imagine fazer um exame de sangue ou de imagem com resultados em 15 minutos. Este serviço já é uma realidade

no Brasil e foi desenvolvido pelo empreendedor Wagner Marques, natural de Curiti ba, PR. O projeto chama-se

Unidades de Exames Rápidos e já recebeu investi mentos de 4 milhões de dólares nos últi mos cinco anos.

Inicialmente, o objetivo foi desenvolver um programa de computador capaz de aprender protocolos

(conhecimento científico) e ajudar nos diagnósticos e terapias. No entanto, durante o projeto, a ideia

derivou e foi iniciado um relacionamento com grandes parceiros internacionais em equipamentos de exames

de ponta, que foram integrados a um software, através de um computador chamado de módulo de comando.

“Desenvolvemos um dispositivo inteligente capaz de dar resultados dos exames de sangue e imagem

imediatamente e com enorme precisão, como também teleguiar os exames e auxiliar na terapia, sugerindo ao

médico linhas de cuidado”, explica.

Atualmente, Marques é diretor da Nagis Health, empresa que atua com pesquisa e desenvolvimento de tecnologias

para a área de saúde, e acaba de voltar ao Brasil, onde mantém equipe médica e profi ssionais de saúde à frente das Unidades de Exames Rápidos. “Durante 2014 rodamos o país

com o projeto, que hoje pode atender insti tuições públicas e privadas através de unidades fi xas e móveis. Depois

disso, apresentamos estas tecnologias na América Lati na, Canadá, através

da Câmara Canadense

do Comércio, e Angola. No

últi mo semestre, as UERs foram

apresentadas em oito enti dades da Colômbia”,

destaca Marques.

www.nagis.com.br

Dispositivo inteligente garante exames com

rapidez e precisão

Maximizar o aproveitamento dos recursos é vital para manter os serviços de saúde. Os profi ssionais que atuam nos

laboratórios, clínicas e UTIs conhecem bem esta realidade. No caso de insumos como vacinas, sangue e medicamentos,

o processo de monitoramento, registro e controle de temperatura e umidade é fundamental para a preservação.

Esse ti po de material precisa ser armazenado de forma adequada ou corre o risco de ser inuti lizado. Medicamentos

e vacinas podem perder sua efi cácia ou tornarem-se inócuos. Danos em amostras biológicas e de sangue afetam

a confi abilidade dos exames e das análises e, no caso dos insumos de pesquisa, anos de estudos comprometi dos.

No processo manual existem fragilidades. O espaço de tempo entre as medições de temperatura prejudica o

controle e causa perdas. Dependendo do ti po de material, as verifi cações podem variar de quatro até 12 horas no

modo tradicional, período longo em que podem ocorrer desvios e danos. Com o sistema de medição remota,

os intervalos são programáveis, podendo variar de segundos a poucos minutos, conforme a necessidade. O

acompanhamento é em tempo real, realizado a parti r de qualquer lugar, o que diminui signifi cati vamente o risco e

identi fi ca desvios de controle pontuais.

O monitoramento tradicional também é suscetí vel a falhas humanas no processo de verifi cação e transcrição das variáveis

registradas. Já o remoto é automati zado com sensores calibrados, aumentando a confi abilidade das medições, pois o sistema está confi gurado e realiza suas ati vidades sem que

o usuário precise comandá-lo. Os riscos são infi nitamente menores. Como os equipamentos são conectados à internet, o

máximo que pode ocorrer é uma queda de conexão temporária.

Exatamente por olharmos sempre para o futuro e acreditarmos na tecnologia como uma ferramenta no apoio e gestão destes equipamentos, demos um passo a frente e investi mos em uma empresa especializada na internet das coisas. Estamos em franco trabalho de socorrer os clientes

das necessidades de monitoramento de temperatura e umidade, o que permite a rastreabilidade dos dados, ou

seja, histórico e alertas ocorridos. Isso é uma garanti a de que os insumos e produtos foram bem armazenados e

podem ser uti lizados. Embora o monitoramento à distância seja um meio de oti mizar o controle de qualidade, não

deve ser arti culado isoladamente. Mais do que medir e ser alertada em casos de desvio, a equipe precisa

estar instruída sobre as providências a serem tomadas quando uma anormalidade é identi fi cada e corrigir falhas

rapidamente para evitar a perda dos preciosos insumos.

Monitoramento à distância é fundamental

na preservação de insumos para a saúde

Djalma Luiz RodriguesDiretor Executi vo da Fanem, multi nacional brasileira pioneira

na fabricação de equipamentos médicos e de laboratório, com destaque no mercado de neonatologia

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Estamos vivendo uma fase de surgimento frequente de novas tecnologias, com impacto direto no comportamento social humano. Uma dessas novidades são as impressoras

3D, que eram equipamentos restritos a setores específi cos de pesquisas universitárias ou empresas de ponta, mas que cada

vez mais estão se popularizando. A cada dia surgem novos modelos, que uti lizam tecnologias diferentes para produção.

O termo impressoras 3D reúne um conjunto de equipamentos diferentes, que vão desde as impressoras

propriamente ditas, braços robóti cos que esculpem objetos ou equipamentos mecânicos autômatos que produzem estruturas complexas, até misturadores de substâncias.

Em síntese, são máquinas que possuem a capacidade de “materializar” alguma coisa a parti r de informações digitais.

A Disciplina de Telemedicina da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) vem desenvolvendo o Projeto Homem Virtual desde 2003. A parti r de 2013, sua equipe de Design de Computação Gráfi ca 3D começou a

expandir os setores de atuação e chegou até a área assistencial. Com sua popularização, o projeto teve a possibilidade de

criar uma nova linha de trabalho: a produção de estruturas anatômicas de referência, para facilitar o aprendizado, sua

correlação com a clínica, o entendimento de estrutura espacial 3D com exames de diagnósti cos por imagens, como ultrassom

e Raios-X. Além dos aspectos focados na educação profi ssional, as estruturas podem ser uti lizadas para a comunicação com pacientes e familiares, explicação de aspectos relevantes do

corpo humano e da saúde (que possam auxiliar nos cuidados do paciente) e ajudar no entendimento dos estudantes do

ensino fundamental II, através da correlação dos temas com as grades didáti cas, pois possibilita a contextualização dos assuntos

(aprendizado vivencial, como num laboratório sobre o corpo humano), o que facilitaria a implementação do Programa Saúde

nas Escolas (PSE). Para aquelas que já ti veram impressoras 3D ou as Fab Labs, os arquivos digitais para produção das estruturas poderão ser obti dos por meio de assinaturas, a parti r da Nuvem

da Saúde (www.nuvemdasaude.org.br).

A FMUSP também iniciou as ati vidades de produção de próteses sob medida, usando imagens de tomografi a para

a criação de estruturas, de acordo com as necessidades específi cas dos pacientes. Já estão sendo produzidas

próteses para fi ns de uso em cirurgias de cranioplasti a. Nesse caso, a impressora 3D está sendo uti lizada para

criar os moldes para produção das próteses com materiais já aprovados para uso no corpo humano. Com esta

sistemáti ca, é possível reduzir substancialmente os custos e agilizar a cirurgia, o que pode ser visto como uma das

opções para o SUS resolver a fi la de espera de pacientes que aguardam por este ti po de procedimento. Embora

existam impressoras 3D capazes de produzir objetos em alumínio, aço e ti tânio, o uso destes objetos como próteses

implantadas no corpo humano ainda não foi liberado.

Outra aplicação para esses equipamentos é no planejamento de cirurgia complexas, a parti r da reconstrução, em

computação gráfi ca 3D, usando imagens tomográfi cas, com a posterior produção de estrutura fí sica, com cortes para

Computação gráfica e impressoras 3D na Saúde

possibilitar a visualização de detalhes ou acessos anatômicos por diferentes ângulos. Este planejamento aumenta a

efi ciência cirúrgica, reduzindo riscos, intercorrências e a duração da cirurgia. As impressoras também podem ser

uti lizadas para a produção de guias de orientação em cirurgias minimamente invasivas. Esses dois serviços já

estão sendo disponibilizados para insti tuições que ti verem interesse pelo email [email protected].

No âmbito da educação, as impressoras podem ter dois eixos diferentes. No primeiro, o uso de modelos de baixo custo,

com média qualidade de impressão, possibilita a organização de uma rede para distribuir materiais educacionais com alto

teor cientí fi co, para qualquer região do país, necessitando apenas de uma conexão à internet. Além do uso para

ensino superior e profi ssional, as estruturas criadas poderão ser uti lizadas para ensinar assuntos abordados em livros

didáti cos dos ensinos fundamental e médio.

O segundo eixo é a uti lização de impressoras de alta qualidade para produção de acervos especiais, como a

reconstrução de imagens obti das por meio da Ressonância 7 Tesla, que por permiti r boa qualidade de imagens, possibilita

à equipe de Design de Computação Gráfi ca 3D criar estruturas anatomopatológicas coloridas e com consistências

diferentes, de acordo com o ti po de estrutura anatômica.

A Disciplina de Telemedicina dispõe atualmente de cerca de 200 arquivos de estruturas de órgãos (anatômicas e

histológicas) para produção 3D, e que estão vinculados a vídeos do Projeto Homem Virtual.

Para o aprendizado dos aspectos relacionados com a Computação Gráfi ca e sua aplicação para produção 3D com

fi ns assistenciais, de apoio a diagnósti cos e educação, será promovida a 1ª Ofi cina de Impressão 3D em Saúde, em julho

de 2015. Todos os interessados poderão obter informações pelo e-mail [email protected] ou se cadastrarem pelo

endereço www.saudedofuturo.org.br. No curso, será discuti do como criar um centro de produção 3D.

Chao Lung WenChefe da Disciplina de Telemedicina da Faculdade de Medicina

da USP l [email protected]

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APLICATIVO PARA RELATO DE INCIDENTES EM ANESTESIA

Durante o 12º Congresso Paulista de Anestesiologia, promovido em abril pela Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo, foi lançado o Sistema de Relato de Incidentes em Anestesia (SRIA). Trata-se do primeiro aplicati vo para

celular desti nado ao registro de eventos adversos, com o objeti vo de incenti var os profi ssionais a relatarem – sob sigilo – ocorrências antes, durante e após as

cirurgias. Os dados inseridos permiti rão, ao longo do tempo, a consolidação de um mapeamento real deste cenário no país, que ainda é caracterizado pela

subnoti fi cação. O SRIA é resultado de uma parceria da enti dade com o Anesthesia Quality Insti tute (AQI) e pode ser baixado gratuitamente no site www.sria.saesp.org.br.

SISTEMA PARA VISUALIZAR IMAGENS EM QUALQUER LUGAR

Um dos maiores complexos hospitalares do interior paulista, com mais de 45.000 atendimentos por mês, a Fundação Faculdade

Regional de Medicina – Funfarme, de São José do Rio Preto, tornou-se a primeira insti tuição de saúde do Brasil a implantar, em todas as suas instalações, um sistema tecnológico que permite aos

médicos o acesso a qualquer imagem digital obti da por exames diagnósti cos, uti lizando dispositi vos móveis (smartphones e

tablets), em qualquer lugar do complexo. “Dispomos de internet de alta velocidade e aplicati vos que nos possibilitam dar uma

resposta mais rápida ao paciente, e o tempo é precioso quando se trata do bem-estar das pessoas”, afi rma o nefrologista e diretor-

executi vo da insti tuição, Dr. Horácio José Ramalho.

REFORMULAÇÃO DE SITE MÉDICO

Desenvolvido a partir de pesquisa com médicos de todo o país, o novo site do Dr. Teuto traz inovações de layout e de conteúdo, com um

design mais responsivo, adaptado a qualquer dispositivo de acesso. O portal oferece também

novos vídeos 3D, que mostram a ação de medicamentos no organismo em diferentes

patologias e imagens do corpo humano, além de um calendário com os principais congressos e blogs com as últimas novidades da medicina

mundial. Lançados em 2014, dois aplicativos, disponíveis gratuitamente para os sistemas

Android e iOS, oferecem bulas de medicamentos, calculadoras funcionais e a possibilidade de

agendamento e monitoramento online de consultas.

www.drteuto.com.br

HOSPITAIS 100% DIGITAIS

Para ajudar a transformar instituições de saúde em hospitais

digitais, a Philips lançou o Programa Upgrade. Ao longo do projeto, 18

hospitais brasileiros entre públicos e privados terão, em um período

de quatro meses, a oportunidade de planejar o aprimoramento

de sua performance clínica, seu desempenho operacional e a gestão

de custos e prazos, por meio de workshops, avaliações e planos de

ação, tendo como base o modelo internacional de melhores práticas

da HIMSS. A Philips ainda facilita todo o processo, com a consultoria

da empresa FOLKS e-Saúde, parceira especializada na área de

Informática em Saúde.www.philips.com.br

COMPARTILHAMENTO DE IMAGENS MÉDICAS

O Figure 1, aplicativo para que profissionais da área médica e de enfermagem

compartilhem casos clínicos e discutam tratamentos de forma segura e em tempo

real, chega ao Brasil. Nesta comunidade é possível pesquisar sintomas, trocar

ideias, receber informações e encaminhar imagens para outros profissionais ao redor

do mundo com o intuito de disseminar conhecimento sobre problemas de saúde de forma integrada e global, preservando

a privacidade dos pacientes. “Acredito que a ferramenta vai ajudar efetivamente

os brasileiros a compreenderem, compartilharem e falarem sobre uma ampla variedade de descobertas médicas”, declara o Dr. Joshua Landy, médico especialista que

desenvolveu o conceito. O aplicativo está disponível para sistemas operacionais iOS e

Android e também pela web.www.fi gure1.com

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CFM revela que o governo entregou apenas uma em cada quatro obras do PAC

Apenas 25,7% das ações previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) para a área da Saúde foram concluídas desde 2011, ano de lançamento da segunda edição do programa. Segundo dados do Governo Federal, das 21.537 ações sob a responsabilidade do Ministério da Saúde ou da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), 5.538 foram fi nalizadas até outubro de 2014.

As informações constam da nova análise do Conselho Federal de Medicina (CFM), que, a parti r dos relatórios do 11º balanço do programa, divulgados em janeiro, constatou o baixo desempenho do PAC, “refl exo do subfi nanciamento crônico e da má gestão administrati va no setor”, considera a enti dade.

Este é o terceiro monitoramento do CFM sobre as obras do Programa e revelam porque a saúde é vista como uma das principais preocupações dos brasileiros. “Os problemas começam com a defi nição de prioridades e se estendem para a transposição de metas e para o orçamento e sua execução. Trata-se de um perverso ciclo, reforçado pela carência de recursos e pela desconti nuidade das ações administrati vas nos estados e municípios, além da leniência e da corrupção”, criti cou o Presidente da autarquia, Carlos Vital.

No monitoramento do PAC 2, embora o critério de valores investi dos seja indicado pelo Governo como o “mais adequado”, os resultados na área também são críti cos, de acordo com o CFM. Ao todo, o governo esti mava investi r R$ 7,3 bilhões no PAC Saúde entre 2011 e 2014. Até outubro, no entanto, os empreendimentos concluídos representaram só 20% (R$ 1,5 bilhão) do valor. Sem as ações de saneamento, o cálculo esti mado passa a ser de R$ 4,8 bilhões, com percentual de 11% (R$ 524 milhões) investi dos.

“São valores lamentáveis para um país que é considerado a 7ª maior potência econômica mundial. Se pensarmos ainda que, a cada R$ 1 investi do em saneamento são economizados R$ 4 na saúde, estamos, então, diante de um problema muito maior: além de desti nar pouco para o setor, o Brasil gasta mal”, resumiu o Presidente do CFM.

As informações englobam investi mentos previstos pela União, empresas estatais, iniciati va privada e contraparti da de estados e municípios em projetos de construção e de reforma de Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e ações de saneamento. Embora as UBSs e UPAs sejam as bases das ações previstas pelo PAC 2 para a saúde, estes são os projetos que apresentam pior desempenho de conclusão, conforme mostra a enti dade.

Para a construção de novas UBSs, estão previstos no Programa cerca de R$ 3,8 bilhões no período, dos quais 12%

(R$ 445,6 milhões) correspondem às obras já entregues. Em UPAs, os investi mentos em unidades concluídas somam R$ 78,5 milhões – 8% do investi mento previsto (R$ 1 bilhão). Já as ações em saneamento totalizam R$ 948,8 milhões, montante que representa 38% dos R$ 2,5 bilhões esti mados.

OBRASO CFM mostra que nos últi mos quase quatro anos, 15% das ações programadas permanecem nos estágios classifi cados como “ação preparatória” (estudo e licenciamento), “em contratação” ou “em licitação”. Enquanto isso, 12.767 ações constam “em obras” ou “em execução”, quanti dade que representa cerca de 60% do total. Na maioria dos estados, as promessas de construções, ampliações e reformas de UPAs e UBSs são as que mais aparecem no estágio “em execução” ou “em obras”.

Neste período, foram aprovadas 14.425 obras em UBS, das quais cerca de 9.000 estão em andamento. Mais de 2.100, no entanto, ainda permanecem no papel e pouco mais de 3.300 foram concluídas, observou a enti dade. No caso das UPAs (483 contratadas), 161 aparecem em ação preparatória ou em licitação, outras 283 em execução e somente 8%, ou seja, 39 unidades, foram entregues.

“É frequente a União tentar se isentar desse baixo desempenho com a justi fi cati va de que cabe aos estados e principalmente aos municípios executar essas obras. Não podemos esquecer, porém, que é dever do Governo Federal capacitar os gestores para viabilizar os projetos que ele incenti va, oferece e aprova”, lamentou Vital.

POR REGIÃOEntre as regiões do país, a que apresentou pior resultado percentual de execução foi o Sudeste, onde foram concluídas somente 811 (22,1%) das 3.662 obras previstas. Nessa região, apenas 19% das 2.662 unidades básicas foram efeti vamente entregues até outubro. Em relação às UPAs, 16 das 169 programadas foram concluídas.

Vital lembra ainda que a própria Lei nº 12.871/13, que insti tuiu o programa Mais Médicos, estabeleceu que o SUS tem prazo de cinco anos – ou seja, até outubro de 2018 – para dotar as unidades básicas de saúde de equipamentos e infraestrutura de qualidade. “Como um médico vai prestar assistência à população sem dispor de condições mínimas para exercer seu trabalho com dignidade e segurança?”, indagou.

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Nas regiões Sul e Nordeste, o percentual de conclusão é de 25%. Já os estados do Norte ti veram um resultado relati vamente melhor, mas somente 815 (31,2%) das 2.561 ações foram concluídas. No Centro-Oeste, o percentual de conclusão foi de 27,7%.

GOVERNOO Ministério da Saúde informou que vem priorizando investi mentos para construção de serviços de saúde, objeti vando ampliar o acesso a novas unidades e substi tuir prédios inadequados.

De acordo com o comunicado, atualmente existem 14.864 obras para a construção e ampliação de UBSs e UPAs com recursos do PAC 2, que somam investi mentos de R$ 4,7 bilhões, sendo R$ 3,6 bilhões desti nados à UBS. Mais da metade destas obras (55%), ou seja, 8.234 propostas de UPA e UBS foram aprovados no segundo semestre de 2013.

Dos 14.383 projetos de UBS contratados no PAC, 92% (13.237) estão em obras ou foram concluídos até março de 2015. Já em relação a UPAs, são 481 contratadas, sendo 76% (367) em obras ou concluídas. Assim, ao todo, 13.604 (92%) dos projetos previstos no PAC relacionados a UPA e UBS estão em obra ou foram concluídos.

A secretária-executi va do Ministério da Saúde, Ana Paula Soter, disse que as obras do PAC são muito importantes, pois irão garanti r a expansão da assistência. “As UBS, localizadas próximas à casa do cidadão, conseguem resolver cerca de 80% dos problemas de saúde. Além disso, com as novas UPAs em funcionamento, será possível reduzir os atendimentos nos prontos-socorros, uma vez que elas podem atender grande parte das demandas de urgência e emergência.”

Para ti rar os projetos do papel, o governo federal repassa o dinheiro e oferece algumas facilidades aos estados e municípios. “Reforçamos que as obras são executadas diretamente pelos estados e municípios, em parceria com o governo federal. Para apoiar, temos realizado algumas ações que visam aprimorar a execução das obras como a oferta de projetos para UPA e UBS, por exemplo, e atas de registro de preço para equipamentos e mobiliário, o que agiliza o início e o funcionamento efeti vo das unidades”, salientou Ana Paula.

Outro investi mento que benefi cia a área de saúde são os recursos para rede de água e esgoto. A primeira fase do PAC colocou R$ 2,5 bilhões em saneamento básico e resultou em 4.533 projetos (99% do total) já concluídos ou em execução. No PAC 2, o governo aumentou o investi mento para R$ 6,1 bilhões, e 59% dos 3.765 projetos já foram selecionados. Cada obra leva, em média, quatro anos para ser fi nalizada na área de saneamento.

Ministério da Saúde e Fundação Nacional de Saúde

Balanço do Programa de Aceleração do Crescimento PAC 2 2011 a abril de 2014

Investi mento UBS UPA Outras TotalTotal sem

saneamento

Previsto (R$) 3,8 bi 1 bi 2,5 bi 7,3 bi 4,8 bi

Concluído (R$) 445,6 mi 78,5 mi 948,8 mi 1,5 bi 524 mi

Execução (%) 12% 8% 38% 20% 11%

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Com sede em Ribeirão Preto (SP) e há 12 anos no mercado, a US e Cia. comercializa e aluga equipamentos de ultrassom seminovos de alta tecnologia, com a mesma qualidade e segurança de produtos novos. É regulamentada pela Anvisa e conta com estoque variado de equipamentos à pronta-entrega. Para atender clínicas médicas em todo o Brasil, cada equipamento passa por revisão técnica rigorosa.

A Universidade Metodista de São Paulo está com inscrições abertas para o processo seleti vo de ingresso no curso de Farmácia, para o 2ª semestre deste ano. Focado na produção de cosméti cos, medicamentos e na atenção farmacêuti ca, também inclui estágio supervisionado na própria insti tuição.

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A linha de cardiotocógrafos da Kolplast é formada

por três modelos: Silver, Gold e Diamond. São

uti lizados para avaliação da vitalidade fetal em ambiente hospitalar e

ambulatorial, em casos de gestação única, gemelar ou

trigemelar. Funcionam via wireless, realizam análises

computadorizadas e podem atender até dois leitos

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Comercializado pela Fleximed, o EasyOne PRO LAB realiza testes de espirometria, provas de medição da capacidade de difusão pulmonar baseada na absorção de Monóxido de Carbono (DLCO), bem como a determinação da Capacidade Residual Funcional (CRF) pela técnica de lavado de nitrogênio em circuito aberto por respiração múlti pla. (11) 3126-3126

www.promopress.com.br(11) 3864-6923

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O grupo Gnatus traz para o mercado médico-hospitalar,

através das marcas Gnatus Medical e Figlabs, uma

nova gama de produtos com a tecnologia da já

reconhecida marca do setor odontológico. Com amplo

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A JMC Elétrica comemora 43 anos no mercado de material elétrico e iluminação. Investi ndo em infraestrutura e qualidade no atendimento, a empresa possui duas lojas localizadas em pontos estratégicos de São Paulo (SP). A matriz tem 6.000 m2 e estacionamento, e a fi lial conta com um showroom de lustres. Em ambas as lojas, a JMC oferece uma gama completa de materiais elétricos.

Os furgões Sprinter podem ser transformados em vários tipos de UTI móvel, UTI resgate e ambulância. Seu amplo espaço interno propicia conforto e segurança para os pacientes, além de praticidade e comodidade aos profissionais de saúde. Possui grande porta lateral a amplas portas traseiras.

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Graduado em Medicina pela UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais, Dr. José Fábio Lana atua na área de Ortopedia e Traumatologia, Medicina Esporti va e Ultrassonografi a Musculoesqueléti ca direcionada para tratamento da dor.

Em fevereiro deste ano, publicou o livro “Platelet – Rich Plasma”, que aborda o estado da arte no campo do plasma rico em plaquetas (PRP), incluindo a experiência pessoal de profi ssionais e pesquisadores da área. O PRP é uma novidade terapêuti ca que consiste em aplicar as próprias proteínas de crescimento celular do paciente em diferentes áreas do corpo para favorecer seu rejuvenescimento.

Q���� �� ���� �������� ��������� �� O��������?Terapias celulares, biomateriais e tratamentos regenerati vos. Os enxertos autólogos (do próprio paciente) frescos ou processados em laboratório, como o PRP e as células tronco, que podem ser derivadas da medula óssea e do tecido adiposo, são exemplos de terapias celulares. O desenvolvimento de biomateriais com alta qualidade e biocompati bilidade como o ácido hialurônico e estruturas de suporte para engenharia e regeneração de tecidos (scaff olds) também não inovações, assim como a modulação do comportamento celular na regeneração de tecidos, nanotecnologia, hidrogéis inteligentes e sistemas de liberação controlada de fármacos. Os tratamentos regenerati vos mais atuais envolvem ondas de choque (TOC), oxigenoterapia hiperbárica e outros intervencionistas que esti mulam o processo cicatricial do próprio paciente.

Q��� � ������������������ �� B����� ��� ��������� �� ����?O Brasil tem muitas linhas de pesquisa relacionadas à aplicação de terapias celulares e ao desenvolvimento de biomateriais em Ortopedia e Traumatologia. Vários estudos de qualidade já foram e estão sendo publicados a cada dia nos mais importantes meios de divulgação de conteúdo cientí fi co brasileiro e internacional.

C���� ��� ����������� ����� � ������� ��� ������ ���� �� ��������� � � ��������� �� �����.Minha experiência com PRP vem desde 2006, quando comecei a estudar os fundamentos científicos e técnicos do procedimento e a desenvolver pesquisas para a otimização e aplicações dessa técnica, que vem evoluindo constantemente, tanto em aspectos técnicos quanto científicos. Essa evolução é fundamentada em nossa experiência clínica e em pesquisas desenvolvidas desde então no IOC – Instituto do Osso e da Cartilagem e na Unicamp – Universidade de Campinas, SP. Nosso livro é fruto desse trabalho. São 360 páginas e 19 capítulos, sendo oito nacionais e 11 escritos por autores dos Estados Unidos, Portugal, Itália e Polônia. A obra oferece para leitores iniciantes e experientes fundamentos científicos, o estado da arte da terapia celular com PRP, os usos específicos e experiências

Dr. José Fábio LanaSignificativa contribuição ao desenvolvimento da medicina regenerativa

Por Carol Gonçalves

profissionais dos mais importantes pesquisadores da técnica. Foi publicado nessa primeira versão somente em inglês pela editora alemã Springer, muito conceituada em livros médicos.

F��� ����� �� �������� �� �������� ��� ���� �������������.Um grande projeto de pesquisa com apoio da Fapesp – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo está se desenvolvendo em diferentes setores da Unicamp e tem por objeti vo a oti mização e padronização de técnicas em medicina regenerati va, como o PRP. Fruto desse trabalho, que começou há cinco anos, vários arti gos cientí fi cos e publicações nacionais e internacionais e alguns estudos estão em andamento, inclusive o livro já citado.

V��� ���� ������ ��� ����������� �������� �� ��� ����������?Em 2006, durante o IX Congresso Internacional de Artroscopia e Medicina do Esporte, em Buenos Aires, Argenti na, ti ve meu primeiro contato com a técnica do plasma rico em plaquetas. Nesse evento, o Dr. Ramon Cugat, Presidente do Comitê de Comunicações da ISAKOS – Internati onal Society of Arthroscopy, Knee Surgery and Orthopaedic Sports Medicine, me apresentou os princípios no qual se baseia a técnica, o que chamou muito a minha atenção. Vi naquela ocasião que ela poderia representar uma ferramenta com potencial regenerati vo e cicatricial que merecia destaque.

C��� � ��� ������?Atendo no IOC em Indaiatuba, SP, e, uma vez por mês, no IOC de Uberaba, MG. Frequento aulas da pós-graduação e coordeno a área de Ortopedia do grupo de Medicina Regenerati va da Unicamp. Sou diretor cientí fi co da Sociedade Brasileira de Médicos Intervencionistas da Dor e, desde 2009, professor convidado do The Ortho Biologic Insti tute Congress, evento que ocorre uma vez ao ano em Las Vegas, Estados Unidos.

Q���� �� ���������� ������� ��� �������� ��� ����?Família, éti ca, respeito e humildade. A lei de causa e efeito direciona minhas ações no dia a dia.

Q���� ���� �������� ���� � ������?Tenho alguns projetos importantes em vista. O primeiro deles é um curso internacional em Ortopedia e Medicina Regenerativa, o Orthoregen. Sua primeira edição será em 2015. Também estou investindo no Instituto do Osso e da Cartilagem em Indaiatuba, no qual trabalho para alcançar uma abordagem multidisciplinar no tratamento das doenças degenerativas musculoesqueléticas. Além disso, há as pesquisas do grupo Medicina Regenerativa na Unicamp.

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A Organização Mundial de Saúde (OMS) esti ma que há 347 milhões de casos de diabetes em todo o mundo, o que representa cerca de 5% da população. No Brasil, dados do Ministério da Saúde indicam que aproximadamente 11% da população têm diabetes. Considerada uma epidemia mundial, a enfermidade está relacionada ao sedentarismo, a dietas pouco saudáveis e ao aumento da obesidade.

Segundo o Dr. Ricardo Cohen, Coordenador do Centro de Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (São Paulo/SP) e Presidente do Conselho Consultivo e Fiscal da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), para auxiliar o controle desse cenário, a SBCBM, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO), o Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC) e o Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD) se uniram para traçar uma nova forma para determinar o tratamento da obesidade, do diabetes e de doenças crônicas associadas, com base num escore de riscos, não apenas no índice de massa corpórea (IMC).

O Escore de Risco Metabólico (ERM), que deverá ser submeti do à aprovação pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), considera diversos fatores de risco para a saúde do paciente e, assim, permite a avaliação do seu quadro clínico geral para determinar critérios de elegibilidade e priorização para realização de cirurgia metabólica, permiti ndo classifi cá-lo de acordo com os riscos relacionados às doenças.

“Sem dúvida, a uti lização isolada do IMC discrimina sexo, idade, grau de apti dão fí sica e raça dos pacientes portadores de obesidade e/ou Diabetes Mellitus Tipo 2. O critério atual não leva em consideração riscos cardiovasculares ou a quanti dade e distribuição de gordura corpórea, fator que agrava a síndrome metabólica. O IMC isoladamente não prevê se qualquer tratamento, seja clínico ou intervencionista, terá sucesso ou não. Com o Escore de Risco Metabólico é possível ampliar a indicação da cirurgia metabólica e permiti r que mais pacientes tenham o controle da doença, evitando os danos comuns associados”, explica o Dr. Cohen.

O especialista esclarece ainda que, diante de diversas evidências clínicas, no Brasil se faz necessária a adoção de outros parâmetros para a indicação cirúrgica em pacientes com Diabetes Mellito Tipo 2 não adequadamente controlados. O ERM é feito por meio de uma análise criteriosa e personalizada do quadro clínico, envolvendo indicadores básicos e pelo menos 10 pontos complementares, dentre eles: histórico de DMT2 por pelo menos 5 anos; idade mínima de 30 anos; hemoglobina glicosilada acima de 8%, mesmo em tratamento regular

Um novo critério de indicação para a cirurgia metabólica no Brasil

orientado por endocrinologista; IMC cima de 30 kg/m2 e indicação cirúrgica feita por um endocrinologista.

Atualmente, a indicação da cirurgia metabólica em pacientes não obesos mórbidos, isto é, com IMC menor que 35 kg/m², como opção terapêuti ca para controlar o Diabetes Tipo 2, foi comprovada com uma pesquisa realizada em 2012, pelo IECS – Insti tuto de Educação e Ciências em Saúde do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, e coordenada pelo Dr. Cohen, que demonstrou o controle da doença em 88% dos pacientes e com expressiva melhora em 11% com seguimento a longo prazo.

Outra pesquisa inédita, em fase de recrutamento, está sendo coordenada pelo especialista e também realizada no IECS, com o objeti vo de comprovar os benefí cios do tratamento cirúrgico em comparação ao melhor tratamento clínico para doenças microvasculares decorrentes do diabetes, como as reti nianas, renais e neuropati as. Com previsão de conclusão para 2015, a investi gação inclui pacientes com histórico de 15 anos ou menos da doença e IMC entre 30 e 35 kg/m2.

A CIRURGIA METABÓLICAAs cirurgias metabólicas envolvem principalmente a modifi cação do caminho dos alimentos pelo tubo digesti vo. Evitando-se a passagem da comida pela porção inicial do intesti no, existe imediata diminuição da resistência dos tecidos à ação da insulina, independente da perda de peso, confi gurando o que é chamado de ação anti diabéti ca direta dos procedimentos. Além disso, existe aumento de secreção de hormônios intesti nais que regulam a fome, a saciedade e também melhora a secreção de insulina pelo pâncreas. Essa somatória de menor ingestão de alimentos e aumento da saciedade leva ao emagrecimento, que é importante, a longo prazo, também para o controle do diabetes e de eventuais outras doenças associadas, como hipertensão e apneia do sono, entre outras.

www.hospitalalemao.org.br

“O Escore de Risco Metabólico considera diversos fatores de risco para a saúde do

paciente e permite a avaliação do seu quadro clínico geral”

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A Oncogenéti ca é uma subespecialidade médica, responsável pela detecção e acompanhamento de indivíduos portadores de algumas das Síndromes Hereditárias de Predisposição ao Câncer. Em casos raros, uma pessoa pode nascer com uma predisposição maior de desenvolver tumores, pois traz em seu DNA esta tendência, as chamadas mutações germinati vas. Cerca de 5% dos cânceres de mama se enquadram nesta situação.

O mapeamento genéti co para a prevenção do câncer voltou a ser assunto em toda a mídia, já que foi o moti vo da nova cirurgia profi láti ca realizada na atriz e diretora Angelina Jolie, de 39 anos, que em 2013 já havia se submeti do a um procedimento de dupla mastectomia e agora reti rou os ovários e as trompas, devido às chances de desenvolver um câncer.

Angelina anunciou em um arti go publicado pelo jornal New York Times que se submeteu a essa cirurgia preventi va. No texto, a atriz, que perdeu a mãe, a avó e uma ti a para a doença, explica que tem uma mutação no gene BRCA1, o que representa um risco de mais de 80% de desenvolver câncer de mama e quase 50%, de ovário. Como havia casos de câncer na família da atriz, a probabilidade de ela vir a ter a doença aumentaria signifi cati vamente. No arti go, ela contou ainda que o nível de uma proteína chamada de CA-125 no sangue, monitorada para detectar o câncer de ovário, era normal. No entanto, havia, segundo ela, uma série de marcadores infl amatórios altos.

Com base nesses resultados, Angelina, que tem seis fi lhos, três biológicos e três adoti vos, decidiu se submeter a uma salpingo-ooforectomia bilateral laparoscópica, que reti rou seus ovários e as trompas de falópio.

MAPEAMENTO GENÉTICOSegundo o médico oncogeneti cista e Coordenador do Departamento de Oncogenéti ca do Hospital de Câncer de Barretos, SP, Henrique Galvão, o risco de uma mulher da população em geral ter câncer de ovário é de apenas 1,5%, mas se houver a mutação, as chances crescem drasti camente para 45%.

A atriz usou de seu reconhecimento mundial para falar sobre o assunto. No arti go, escreveu que as decisões tomadas foram difí ceis, mas que é possível assumir o controle e enfrentar qualquer problema de saúde. “Você pode buscar o

Cirurgia profilática na atriz Angelina Jolie abre discussão sobre o tema

aconselhamento, estudar as opções e tomar as decisões que são apropriadas no seu caso. O conhecimento é o poder para resolver esses problemas”, concluiu.

No Brasil também temos casos semelhantes. Uma paciente de 47 anos, moradora na cidade de Porto Velho, em Rondônia, teve que realizar o procedimento de reti rada dos ovários e trompas de falópio, já que em 2011, descobriu que estava com um cisto em um dos ovários e logo depois da cirurgia concluiu-se que em um deles poderia ser câncer. A dona de casa começou o tratamento, fez acompanhamento genéti co e, durante o estudo, os médicos do Hospital de Câncer de Barretos descobriram que ela ti nha a mesma mutação da atriz norte-americana e que o ideal seria reti rar o outro ovário, as trompas e também o útero.

Agora, o Departamento de Oncogenéti ca do hospital a aconselhou a fazer uma dupla mastectomia, já que ainda existem chances de desenvolver a doença, desta vez nas mamas.

CONSEQUÊNCIASDe acordo com o cirurgião oncológico Carlos de Andrade, com a cirurgia de reti rada dos ovários e trompas, a mulher entra na menopausa de forma cirúrgica, pois vai parar de produzir estrógeno e progesterona. Porém, as chances de desenvolver a doença diminuem. “Quando uma mulher que não tem mutação faz a cirurgia para reti rar esses órgãos tem uma diminuição da expectati va de vida e vai ter alguns problemas. Já a mulher que tem a mutação, quando realiza a cirurgia, aumenta a expectati va e a qualidade de vida”, disse.

O médico explica ainda que a predisposição hereditária ao câncer é uma situação rara. “Uma conversa com o ginecologista ou um mastologista de confi ança é o caminho mais adequado para esclarecimentos”. O exame de mapeamento genéti co é feito de forma gratuita para os pacientes do Hospital de Câncer de Barretos.

OS EXAMES GENÉTICOS

Por meio de uma simples coleta de células da mucosa bucal ou de sangue, os exames genéti cos são capazes

de revelar os riscos para o desenvolvimento de câncer, como de ti reoide, mama, útero, ovário, cólon e próstata.

“Como muitos deles estão comprovadamente associados a alterações em um ou mais genes, os testes não

revelam se o paciente terá ou não a doença, mas se ele tem chances de desenvolvê-la em algum momento da

vida. Assim, pessoas mais predispostas a determinadas patologias podem adotar medidas preventi vas simples

ou assumir procedimentos mais rígidos para a prevenção, de acordo com orientações médicas”, explica Marcos

Kozlowski, bioquímico e responsável técnico do Lanac – Laboratório de Análises Clínicas de Curiti ba, PR.

Em muitos países, avaliações deste ti po já foram incorporadas à saúde pública, proporcionando

signifi cati vas reduções de custos e de mortalidade. Mas, de acordo com especialistas, a análise genéti ca é recomendada apenas para pessoas que se enquadram no grupo de risco, ou seja, com histórico de incidência de câncer precoce na família, quando a doença surge

antes dos 40 anos. “Comprovada a possibilidade, as medidas de prevenção são intensifi cadas e as chances

de o paciente nunca vir a desenvolver a doença aumentam”, conclui o bioquímico.

Dr. Henrique Galvão, coordenador do Departamento de Oncogenética do Hospital de Câncer de Barretos, SP

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A importância do planejamento reproduti vo para as mulheres chamadas vulneráveis, com pouca adesão aos métodos contracepti vos e, por isso, mais propensas a uma gravidez não planejada, foi tema do XXXII Ciclo de Debate Município Saudável Gravidez nas Mulheres Vulneráveis, promovido pela Câmara Municipal de São Paulo com apoio do laboratório MSD.

Dados mostram a importância da discussão e da sensibilização da sociedade e gestores de saúde acerca da ampliação da oferta no SUS de métodos contracepti vos adequados a essas mulheres – principalmente adolescentes e usuárias de drogas. Todos os anos, mais de 13 milhões de adolescentes se tornam mães. Duzentas morrem todos os dias por complicações relacionadas à gestação, ao abortamento, ao parto ou ao pós-parto. Só no Brasil, 21,5% dos partos são de mães com menos de 20 anos, e a reincidência de gestações é outro problema que afl ige esse grupo, já que cerca de 30% das adolescentes enfrentam uma nova gestação no primeiro ano pós-parto e entre 25% e 50%, no segundo ano.

A realidade das usuárias de drogas também é alarmante: muitas delas usam o sexo para fi nanciar o vício, e as consequências são ainda mais graves quando engravidam sem planejamento. Levantamento da Fiocruz mostra que ao menos 22,8% das usuárias afi rmam já ter engravidado duas ou três vezes desde que se envolveram com as drogas; 17,3% engravidaram pelo menos uma vez e 6,5% engravidaram quatro vezes ou mais.

O fato é que ainda não há no Brasil uma políti ca pública efeti va que atenda às necessidades dessas mulheres. Segundo publicação do NICE (Nati onal Insti tute for Health and Care Excellence) de 2014, os contracepti vos de longa ação são mais custo-efeti vos que a pílula, mas a oferta desses métodos no Brasil ainda é pequena: de três ti pos existentes no país – dispositi vo intrauterino de cobre (DIU), implante subcutâneo e sistema intrauterino de progesterona (SIU) –, apenas o DIU é ofertado no SUS.

Esses métodos são considerados aliados na luta contra a gravidez não planejada, já que oferecem proteção em longo prazo, podendo durar de três a 10 anos, dependendo do ti po. Há também a alta efi cácia: cerca de 99% e, ainda, podem ser interrompidos a qualquer momento, permiti ndo o retorno da ferti lidade de forma rápida, logo após a remoção.

www.msdonline.com.br

Encontro debate ampliação de acesso aos métodos contraceptivos

Terceirizar o serviço de limpeza é ótima solução para hospitais

A higiene hospitalar é fundamental para garanti r o bom atendimento e a segurança de pacientes e profi ssionais da saúde. Quando realizada de forma adequada, a limpeza do ambiente favorece a efi ciência do serviço prestado pela unidade e proporciona bem-estar aos usuários. Além disso, manter um hospital limpo é fundamental para o controle das infecções, reduzindo o número de contaminações.

Terceirizar essa ati vidade com empresas especializadas no assunto pode ser uma óti ma alternati va para organizações de saúde. “O serviço de higiene vem crescendo na sua importância, e estar preparado para executar o trabalho é ponto fundamental para o sucesso diário da tarefa. Limpar um hospital não é algo simples e que pode ser feito por qualquer profi ssional. Estar treinado para a função é essencial, já que além de varrer e limpar a mobília, o colaborador deve ter o cuidado de separar o lixo infectante em caixas coletoras, sacos padronizados de lixo hospitalar e comum”, explica Francisco Lopes de Aguiar, Presidente da Liderança, empresa que atua há 20 anos com terceirização de limpeza e conservação de ambientes.

A companhia aposta em treinamentos contí nuos para garanti r a excelência nos atendimentos a hospitais e empresas de saúde. “Capacitar o funcionário responsável pela limpeza é garanti r melhor condição de recuperação ao paciente e um bom ambiente de trabalho aos profi ssionais, e este é o nosso compromisso”, destaca Aguiar.

Entre seus clientes estão o SAMU, com limpeza predial e das ambulâncias, o Hospital Geral de Porto Alegre, RS, e o Hospital Universitário da Unifesp, em São Paulo. Seu ti me de colaboradores emprega mais de 400 pessoas.

www.lideranca.com.br(48) 3733-3100

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Einstein lança obra sobre a transformação social de Paraisópolis

“Muito além dos números, acompanhar a história e o desenvolvimento humano de milhares de pessoas da comunidade é o combustí vel que nos moti va a seguir em frente, com o mesmo entusiasmo que inauguramos o PECP. Hoje, tenho a alegria de poder eternizar, nestas páginas, o sonho que realizamos diariamente”, conta a escritora.

O livro traz, ainda, um DVD com depoimentos dos moradores, além de e-book para dispositi vos móveis nas versões inglês e português.

A AUTORAFormada em pedagogia pela Ponti fí cia Universidade Católica (PUC-SP) e com especialização na Universidade de Boston, Telma Sobolh ingressou no voluntariado em 1985 e, desde 1995, é presidente do Departamento de Voluntários da SBIBAE. Ela se destaca como idealizadora do Programa Einstein na Comunidade de Paraisópolis, inti tulado Complexo Telma Sobolh, responsável por atender a segunda maior comunidade carente de São Paulo.

A profi ssional possui mais de 10 trabalhos publicados sobre sua contribuição ao universo do terceiro setor, ações de cidadania e ati vidades inovadoras no trabalho voluntário, além do livro “Voluntariado: A Possibilidade da Esperança”, escrito com Simon Widman.

Como resultado de seu trabalho à frente do Departamento de Voluntários, recebeu cerca de 20 prêmios, entre os quais Mulher do Ano, da Fundação Nowill para os Cegos; Voluntária do Ano, da Na’amat Pioneiras; e Prêmio Excelência Mulher, da Distrital Sul do Ciesp e Fraternidade Aliança Aca Laurência.

A pedagoga Telma Sobolh, Presidente do Departamen-to de Voluntários da SBIBAE e autora do livro

“Acompanhar a história e o desenvolvimento humano de milhares de pessoas da comunidade é o combustível

que nos motiva a seguir em frente”

Após comemorar 17 anos de intensas ati vidades no desenvolvimento das populações de baixa renda de São Paulo, o Programa Einstein na Comunidade de Paraisópolis (PECP) ganhou um livro: “A Força da Esperança – O poder transformador do Programa Einstein na Comunidade de Paraisópolis”, escrito pela pedagoga Telma Sobolh, Presidente do Departamento de Voluntários da Sociedade Benefi cente Israelita Brasileira Albert Einstein (SBIBAE).

A publicação traz o prefácio de Claudio Luiz Lott enberg, Presidente da SBIBAE. “Este livro é um registro digno da história que a insti tuição construiu – e ainda constrói diariamente – dentro da comunidade. É como resgatar e manter vivo o espírito da justi ça social e da solidariedade que levaram os nossos antecessores a iniciar esse lindo projeto”, ressalta.

Uti lizando relatos envolventes de personagens que ajudaram a construir o PECP, a autora detalha o poder transformador da iniciati va. Na obra, os leitores poderão desfrutar de histórias como a de José Adalto Alves, que vive no bairro desde a década de 1970 e, desde então, assisti u a toda transformação social impulsionada pelos voluntários.

Seus dois fi lhos uti lizam o serviço de ambulatório desde cedo, com atendimento pediátrico garanti do em toda a infância. No decorrer dos anos, a família inteira pôde se benefi ciar de ati vidades socioeducati vas como esporte, música e informáti ca. “Se todos ti vessem a oportunidade de parti cipar de uma iniciati va como esta, seriam pessoas e profi ssionais melhores. É neste momento que você descobre o que é inclusão social. Se o Einstein me ajudou como adulto, imagina o que não faz pelos jovens. Além disso, o programa me abriu oportunidades de trabalho”, conta.

Somente em 2013, foram realizados na região mais de 100 mil atendimentos entre consultas pediátricas, procedimentos cirúrgicos e avaliações nutricionais. Neste período, esti ma-se que mais de 160 mil pessoas também foram benefi ciadas com ações de responsabilidade social nas áreas de saúde, educação, arte, comunicação e esportes.

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Equipamento da Serdia conquista Prêmio Inova Saúde 2015

Franco Pallamolla, Presidente da Abimo; Dr. Luiz Calistro Balestrassi, Conselheiro da Abimo e idealizador do

prêmio; Ruy Baumer, Presidente do Sinaemo; Rafael Holzhacker, representante da Serdia; e José Carlos Abrahão, Diretor da ANS

Durante o IV Encontro Anual, a Abimo – Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios revelou o vencedor do Prêmio Inova Saúde 2015, iniciativa da entidade para incentivar a inovação na indústria médica nacional. A Serdia Eletrônica foi a campeã, com o Timpel Enlight 1800, um equipamento para monitoramento à beira do leito dos pulmões em ambiente hospitalar.

Lançado por meio de uma parceria entre a Serdia e a Timpel, o aparelho fornece imagens em tempo real da distribuição da ventilação e perfusão pulmonar, tornando possível identificar colapsos e hiperdistensão alveolar, assincronias de enchimento, pneumotórax, intubação seletiva, alterações de perfusão pulmonar, entre outros. Ele realiza a captura ultrarrápida de imagens (50 por segundo), não emite radiação e dispensa o uso de contraste.

“Estou muito honrado com a conquista deste prêmio, pois represento um grupo de heróis que batalhou por mais de 10 anos para que este sonho de produzir um equipamento que permiti sse ver o pulmão na beira de um leito fosse realizado”, disse em seu discurso, Rafael Holzhacker, representante da empresa.

A inovação que culminou no lançamento do Enlight 1800 apresenta alta relevância, grande potencial, importantes vantagens com relação ao que existe no mercado e originalidade, não somente para o setor de saúde nacional, mas também o internacional, pois oferece maior segurança ao paciente, diagnósti co rápido da condição pulmonar, oti mização da venti lação (suporte à decisão) e rápida verifi cação da hemodinâmica (não invasiva).

Cleber de Paula/ABIMO

Uma nova técnica para tratamento de tumores hepáticos

O Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, SP, está uti lizando uma técnica pioneira no Brasil para o tratamento de câncer hepáti co. O procedimento de radioembolização, denominado Ytt rium-90, é consti tuído por microesferas contendo o princípio radioterápico isótopo de ítrio, que age internamente no tumor.

O tratamento é complexo, de alto custo e está sendo uti lizado apenas em casos específi cos de tumores e metástases hepáti cas que já não respondem aos procedimentos convencionais. Por meio de um cateter introduzido por uma artéria da perna, as microesferas alcançam as lesões hepáti cas, que são combati das internamente, por meio da radiação emiti da.

De acordo com o Diretor Geral do Centro de Oncologia do hospital, Dr. Paulo Hoff , a técnica é usada convencionalmente em centros da Europa e dos Estados Unidos que possuem equipes multi disciplinares especializadas em lesões de câncer do fí gado. No Brasil, é uti lizada há aproximadamente cinco meses pela equipe da insti tuição, a parti r da estratégia de oferecer tratamentos com tecnologia de últi ma geração.

O Ytt rium-90 pode ser usado juntamente com outros recursos, como a cirurgia e mesmo a quimioterapia. Havendo a indicação médica, a aplicação ocorre em um mês, a parti r da importação da substância. Conforme os médicos Airton Moreira e Francisco Carnevale, do Centro de Hemodinâmica do Sírio-Libanês, trata-se de mais um avanço nas técnicas de radiologia intervencionista.

O tratamento é realizado em duas fases. Na primeira, é feito um estudo dos vasos do fí gado e das lesões tumorais. A segunda etapa, com um intervalo mínimo de uma semana, consiste na aplicação das microesferas radioati vas de acordo com o que foi planejado na fase anterior.

Realizado por radiologistas intervencionistas, em uma sala do Centro de Intervenção Guiada por Imagem, o procedimento não exige internação e é acompanhado por uma equipe multi disciplinar composta por especialistas das áreas de Medicina Nuclear e Oncologia. “O uso da radioembolização possibilita mais uma opção real no controle ao paciente que tem doenças responsivas”, explica o Dr. Frederico Costa, do Centro de Oncologia.

A radioembolização é concentrada no interior das lesões tumorais, poupando o fí gado, que apresenta baixa tolerabilidade à exposição por radiação, o que impossibilita o uso da radioterapia convencional na maioria dos casos.

“Procedimento de radioembolização, o Yttrium-90 é constituído por microesferas

contendo o princípio radioterápico isótopo de ítrio, que age internamente no tumor”

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A Hospitalar sempre é uma óti ma oportunidade de atualização para aqueles que atuam no mercado da saúde. Em minha opinião, conhecer e rever pessoas são os pontos altos do evento, afi nal, é através delas que as organizações mudam e podem melhorar a sua contribuição ao setor de maneira contí nua.

Também é a oportunidade de comparar os equipamentos que a insti tuição já possui com os novos modelos ou versões atualizadas apresentadas pelos expositores. A experiência permite avaliar melhor o mercado e analisar a possibilidade de modernizar o parque de máquinas.

Fazer uma visita planejada é importante, caso a intenção seja fechar negócios durante da feira, mas é possível encontrar, de maneira não planejada, algum recurso tecnológico simples, porém inovador, que nem se imaginava existi r, mas que pode ajudar muito nas ati vidades do hospital. Por isso é importante que os visitantes estejam atentos para percebê-los e, os fornecedores, para mostrá-los.

As oportunidades são muitas, por isso, algumas considerações relevantes em termos de engenharia clínica podem ajudar o visitante a explorar e identi fi car as verdadeiramente genuínas e mais adequadas para a necessidade do hospital.

Caso o interesse seja substi tuir um equipamento, não se deve considerar somente o preço de compra do novo, mas também qual o custo que o recurso atual representa para cada paciente atendido. Durante a feira, convém pedir ao expositor que mostre esses valores, para que se tenha uma noção clara do incremento que a nova tecnologia trará à incorporação.

Igualmente, é importante conhecer os benefí cios que a nova tecnologia se propõe a oferecer, o que possibilita comparar de maneira mais objeti va se o acréscimo de benefí cios e de custos se encaixa no valor que o hospital está disposto a pagar. Aconselho evidenciar se a nova tecnologia oferece melhor resultado ao paciente ou se proporciona redução de despesas, o que ajuda a focar no planejamento.

Outro ponto a observar é a qualidade do material técnico que é oferecido ao hospital juntamente com a compra do equipamento. No fi nal dos anos 80, ainda era possível encontrar autoclaves a vapor, que eram operadas manualmente. O controle do tempo era feito por um relógio regressivo que, no período ajustado, soava, orientando o operador a fazer novas manobras de registros para produzir o próximo efeito desejado. Os consertos quase que se limitavam à troca de resistências elétricas, à limpeza do gerador de vapor ou mesmo à troca de um contato elétrico mal apertado. Mas

Aproveitando as oportunidades da feira Hospitalar

os equipamentos mudaram muito e hoje são capazes de fazer autodiagnósti co, memorizar dados e relatar erros. Também permitem programar inúmeros ciclos para diferentes ti pos de carga, possuem menu de operação e manutenção, senhas de acesso e realizam autotestes, “reclamam” se o tempo para injeção de vapor está muito lento ou se a temperatura passou do valor permissível pré-programado. Por isso, é importante conhecer que ti po de conteúdo técnico será entregue junto com o equipamento e como ele contribui para formar o novo perfi l de usuário requerido.

A exemplo das autoclaves, muitos equipamentos médicos estão mais seguros e mais complexos e, por isso, vale reforçar que toda tecnologia incorporada requer novos conhecimentos e habilidades, pois os usuários não devem hesitar quando operam um aparelho desta natureza e precisam saber como interagir de maneira produti va com as informações que cada recurso apresenta. Deste modo, o ganho é maior para todos.

Outro aspecto que destaco é a tendência errônea de comprar equipamentos simplesmente porque outro hospital comprou, pois nem sempre o que é bom para um também é para outro. É comum, ainda, encontrarmos equipamentos com grande quanti dade de recursos, porém subuti lizados, por várias razões, dentre elas, o desconhecimento completo de determinada função.

Aconselho contemplar nas aquisições a transferência de documentos, conhecimentos e também habilidades para a equipe de usuários e engenheiros, já que são os responsáveis pelas manutenções preventi va e correti va.

Ainda pensando em planejamento, ocorre com certa frequência a compra de um recurso fundamentada apenas no seu preço de compra ou venda. Quase sempre é incorreto pensar em menor preço sem considerar a especifi cação técnica do equipamento. Dois aparelhos com especifi cações técnicas semelhantes podem ser avaliados pelo preço. É prudente avaliar, em conjunto com o expositor, os custos que o aparelho vai impor ao hospital ao longo dos anos. Dependendo do valor do investi mento e da expectati va de vida do equipamento, os custos podem ser esti mados nos primeiros cinco, sete ou dez anos. O produto que apresentar o menor custo total deve receber uma atenção maior.

Deve-se avaliar, ainda, as despesas operacionais com insumos, consumíveis, substi tuição de peças e acessórios, contratos de manutenção, calibrações, treinamento, paralizações por “recall”, up grade, up date, geração de arquivos digitais para imagens ou dados, entre outros, o que dará mais segurança na aquisição. Contudo, caso não sinta confi ança para tomar uma decisão durante o evento, lembre-se que muitos bons negócios também são feitos depois da feira.

Lúcio Flávio de Magalhães BritoEngenheiro Clínico Certi fi cado

[email protected]

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Para se adequar ao crescimento da demanda, o Hospital São Cristóvão Saúde, de São Paulo, SP, decidiu investi r em um projeto ousado de ampliação de sua estrutura. Cibeli Bagnato, arquiteta da Verzino, conta que foi construído um novo Pronto-Socorro Infanti l, com área de 350 m2, colorido, lúdico e com imagens infanti s de tubarões e tartarugas. “Desenvolvemos um ambiente agradável e muito interessante para a criança, minimizando o stress causado pela doença”, revela.

Para facilitar o atendimento, o projeto também contemplou uma sala de internação com 26 leitos e uma UTI pediátrica com 10 leitos individualizados. A decoração e o mobiliário seguiram a mesma linha, dando identi dade ao ambiente.

“Fizemos novas instalações elétricas e hidráulicas, incluindo água de reúso nos vasos sanitários, detector de fumaça em todos os ambientes e monitoramento de segurança. Também investi mos em um novo sistema de chamada de enfermagem, que monitora o tempo de atendimento de todos os serviços nos leitos, ar condicionado na UTI e nos leitos vips, iluminação em led em todos os ambientes e rede wi-fi ”, acrescenta.

Sérgio Fix, sócio-diretor da Teto, empresa que forneceu o mobiliário, disse que o maior desafi o foi oferecer um ambiente confortável e lúdico para o público infanti l e, por isso, a escolha recaiu sobre itens com cores intensas. “Usamos produtos da nossa própria linha, que foram enviados para teste no hospital e atenderam totalmente as exigências”, conta. Segundo ele, a tendência do setor é o uso de móveis e estruturas que equilibrem as necessidades do corpo clínico com o conforto do paciente.

Cibeli finaliza dizendo que todas as equipes envolvidas, os pacientes e os acompanhantes ficaram muito satisfeitos com o resultado.

São Cristóvão investe em ambiente lúdico voltado ao público infantil

“O novo Pronto-Socorro, com área de 350 m2, é colorido, lúdico e com

imagens infantis de tubarões e tartarugas, compondo um ambiente agradável e

muito interessante para a criança”

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Em reunião pública realizada em maio, a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, RS, anunciou e justi fi cou as decisões tomadas pela insti tuição para enfrentar os impactos gerados pelo subfi nanciamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e pelo corte de recurso estadual na área da saúde. Entre as medidas anunciadas pelo Diretor Geral, Dr. Julio Dornelles de Matos, está o redimensionamento da assistência prestada à população através do SUS.

Com a readequação, o hospital deixará de realizar mais de 437 mil atendimentos por ano, de um total de cerca de 5 milhões, e fechará 118 leitos. É a primeira vez, em 211 anos, que a enti dade anuncia esse ti po de medida.

No ano passado, 47% dos pacientes que passaram pela Santa Casa eram da capital e 53% do interior. Esses últi mos devem ser os mais afetados pela redução, já que a prioridade serão os que vivem em Porto Alegre. A situação se agrava ainda mais pelo fato de que, em 197 municípios gaúchos, o único hospital existente é fi lantrópico e deve sofrer igualmente com os impactos da redução de investi mentos. Além do fechamento de leitos e diminuição da assistência, os hospitais não descartam demissões.

Em nota, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) informou que está aberta de forma permanente ao diálogo com a Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Rio Grande do Sul e que o planejamento proposto pelo governo objeti va adequar os repasses às enti dades ao orçamento da pasta, evitando, assim, o desajuste que gerou o atraso em 2014.

A pasta informou ainda que, mesmo com os cortes no custeio e investi mentos de todos os órgãos estaduais frente às limitações fi nanceiras do estado, está assegurada para 2015 a desti nação dos 12% da receita líquida para a área da Saúde.

ENTENDENDO O CASODe outubro de 2014 até o começo de maio, 245 insti tuições de saúde sem fi ns lucrati vos do Rio Grande do Sul deixaram de receber do governo do estado mais de R$ 207 milhões, referentes ao cofi nanciamento estadual do SUS. Este total equivale a duas parcelas de dívidas relacionadas ao ano de 2014, no valor de R$ 132 milhões, e três meses de cortes de recursos referentes a 2015, somando R$ 75 milhões.

Responsáveis por 75% do atendimento SUS no estado e empregando 65 mil funcionários, os hospitais fi lantrópicos arcam com mais de R$ 400 milhões ao ano de prejuízo, que vinha sendo amenizado pelo cofi nanciamento estadual, que o atual governo deixou de pagar.

Santa Casa de Porto Alegre anuncia redução no atendimento

Residência médica em cirurgia bariátrica pode diminuir filas no SUS

Após conquistar o reconhecimento da cirurgia bariátrica como área de atuação pelo CFM – Conselho Federal de Medicina, no início do mês de fevereiro, a diretoria da SBCBM – Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica trabalha agora no cadastramento de programas de residência médica nesse ti po de procedimento que serão implementados nos serviços habilitados para o atendimento ao indivíduo com obesidade.

O objeti vo de iniciar o quanto antes a residência e o treinamento dos cirurgiões é disponibilizar no serviço público mais profi ssionais gabaritados e, dessa maneira, agilizar o atendimento aos pacientes cadastrados nos centros de obesidade. Além disso, o Ministério da Saúde trabalha para ampliar o número de serviços de cirurgia no SUS. Essas ações, em médio prazo, contribuirão para a diminuição das fi las.

“Inicialmente, com mais serviços cadastrados, a espera pode aumentar devido à demanda reprimida. Porém, ainda para este ano, esti mamos um crescimento nas cirurgias em torno de 3%. As ações promovidas, paulati namente, terão um impacto positi vo com a consequente redução do tempo de espera”, explica o Dr. Josemberg Campos, Presidente da SBCBM.

A rede atual de atendimento pelo SUS conta com 77 serviços de assistência de alta complexidade ao indivíduo com obesidade, distribuídos por 21 estados.

CERTIFICAÇÕESCom o reconhecimento da área de atuação, o cirurgião também conquistou o direito de poder ter sua certi fi cação como especialista em cirurgia bariátrica. Para isso, ele precisará realizar uma prova de apti dões que as diretorias da SBCBM e da AMB – Associação Médica Brasileira estão formatando em conjunto.

“Iniciaremos o processo até o fi nal deste ano. Como em algumas especialidades, o cirurgião bariátrico realizará uma minuciosa avaliação para conseguir a certi fi cação. Com isso, queremos promover a excelência desses profi ssionais, além de elevar a qualidade dos serviços, tanto públicos quanto privados”, fi naliza o Dr. Josemberg.

“Devido ao corte nos recursos, o hospital deixará de realizar mais de 437 mil

atendimentos por ano, de um total de cerca de 5 milhões, e fechará 118 leitos”

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Gasto do Ministério da Saúde com ações judiciais cresce 129%

As despesas do Ministério da Saúde geradas por ações judiciais vêm crescendo em ritmo cada vez maior. Nos últimos três anos, o valor pago na chamada “judicialização da saúde” saltou de R$ 367 milhões em 2012 para R$ 844 milhões em 2014, representando um aumento de 129%. O acumulado desse período é de R$ 1,76 bilhão.

As ações judiciais são motivadas pela falta de acesso a tratamentos no SUS, seja por indisponibilidade dos medicamentos ou porque eles não fazem parte da lista da rede pública. Em outro levantamento recente da Interfarma – Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa, verificou-se que o Governo Federal recebeu 225 pedidos para incorporação de novos medicamentos ao SUS nos últimos três anos e, até agora, avaliou apenas 171. Desse total, mais da metade foi negada (55%).

“A judicialização é um instrumento de defesa da sociedade diante do país que determina, pela Constituição, que todos tenham acesso, mas acaba não oferecendo tratamentos e medicamentos”, afirma Antônio Britto, Presidente-Executivo da entidade. Ele explica que a população está bem informada e, apoiada por médicos com boa qualificação, vale-se da legislação para assegurar procedimentos que já estão ao alcance em diversos países.

DUAS MODALIDADESAo ser acionado pela Justiça, o Ministério da Saúde pode realizar os pagamentos de duas formas. A mais frequente é a modalidade “Compra”, que representava 83,32% dos gastos em 2014, enquanto a modalidade “Depósito em conta judicial” significava apenas 16,68%.

Vale lembrar que os gastos por depósito em conta judicial são proporcionalmente superiores aos da modalidade de compra. Isso acontece porque, em qualquer aquisição pública por judicialização, deve ser observada a aplicação do CAP – Coeficiente de Adequação de Preços sobre o preço de fábrica dos medicamentos; ou seja, o remédio é adquirido com descontos. Já no caso de depósito em conta, o paciente pagará o valor máximo ao consumidor (PMC), o que representa uma perda financeira aos cofres públicos.

“O crescimento da judicialização nos mostra que precisamos discutir mais o problema do acesso. O mesmo Brasil bem-sucedido em oferecer tratamento para as doenças básicas, que o SUS responde muitíssimo bem, tem encontrado dificuldade no atendimento de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, e problemas mais complexos, como o câncer”, avalia Britto. Segundo ele, a saúde é como um prédio, em que o térreo abriga as doenças transmissíveis que o SUS atende, mas faltam soluções no segundo, no terceiro, no quarto e no quinto andares de um edifício que não para de subir.

ONA abre inscrições para concurso de melhores práticas em saúde

A Organização Nacional de Acreditação – ONA vai premiar casos de sucesso relacionados a gestão, segurança do paciente e resultados assistenciais em organizações de saúde. As inscrições para o Prêmio Melhores Práticas em Destaque estão abertas por meio do site www.onaeventos.com.br/premio, até o dia 15 de julho.

Podem participar instituições certificadas ou acreditadas pela metodologia da ONA em qualquer nível. No ato da inscrição, é necessário enviar um relato completo do caso a ser avaliado. “O texto deve conter as lições extraídas de casos reais e apresentar com clareza o problema e as soluções encontradas, tecnologias adotadas e mudanças de processos e práticas”, explica a Dra. Maria Carolina Moreno, Superintendente da entidade.

A premiação faz parte da programação do Seminário Internacional de Segurança do Paciente e Acreditação em Saúde, que acontece nos dias 7 e 8 de agosto no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo. Os três casos vencedores serão anunciados no último dia do evento.

A programação completa do seminário é dividida em dois eixos temáticos: cuidado centrado no paciente, no primeiro dia, e comunicação, no segundo. Entre os palestrantes confirmados estão Patricia Rutherford, Vice-Presidente do IHI – Institute for Healthcare Improvement, dos Estados Unidos; Sue Sheridan, Diretora de Engajamento do Paciente do PCORI – Patient-Centered Outcomes Research Institute, e Timothy Gilligan, da Cleveland Clinic, ambos também dos Estados Unidos; John Sweeney, CEO do HCI – HealthCare Informed, da Irlanda; e Paulo Sousa, da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa, de Portugal.

São apoiadores do evento o Centro de Estudos em Planejamento e Gestão de Saúde da FGV-EAESP; a Fehoesp – Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo; o Sindhosp – Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Casas de Saúde no Estado de São Paulo; e o Iepas – Instituto de Ensino e Pesquisa na Área de Saúde.

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A Porto Seguro anuncia uma nova opção de seguro, voltado para máquinas e equipamentos, incluindo médico-hospitalares e odondológicos, como tomógrafos, Raios-X, ressonâncias magnéti cas, venti ladores pulmonares e desfi briladores, abrangendo também aparelhos estéti cos.Com ele, insti tuições de saúde, consultórios ou mesmo os médicos podem contar com coberturas por danos fí sicos ao bem, subtração e danos elétricos. “Alguns equipamentos portáteis, como ultrassom, são levados até o paciente e, neste trânsito, podem ser subtraídos. Mas a ocorrência mais comum em saúde é o dano elétrico”, conta Marcelo Santana, Gerente de Ramos Elementares da empresa.Ele explica que o valor do seguro é defi nido através de uma modelagem matemáti ca, que leva em conta uma série de itens que envolvem o uso do equipamento, assim como é feito no caso de seguro de automóveis.Santana sugere que as organizações de saúde tenham sempre um seguro empresarial, mas que também façam o seguro de algumas máquinas e equipamentos, para que o prejuízo seja o menor possível em caso de dano ou roubo.Os diferenciais da Porto Seguro, segundo o gerente, são: contratação rápida e simplifi cada; atendimento fl exível e ágil; ampla aceitação de equipamentos; limites diferenciados para contratação; e agilidade no processo de sinistro.

Seguro para máquinas e equipamentos1

2O VivanoMed Silicone Layer é o mais novo lançamento da Bace Healthcare, empresa do Grupo Hartmann, desenvolvido para auxiliar no tratamento de feridas complexas. Trata-se de uma interface de polieti leno, impregnada com gel de silicone, que impede a aderência, indicado para tratamento de feridas, enxertos e durante a Terapia por Pressão Negati va, permiti ndo a remoção do curati vo de forma atraumáti ca e indolor.O produto garante conforto e segurança ao paciente e pode ser associado a um curati vo secundário. Indicado para cicatrizes, queloides, feridas agudas, crônicas com leve exsudato ou não, é recomendado, especialmente, em casos em que se faz necessária a proteção de estruturas e tecidos sensíveis como órgãos, ossos, ligamentos e nervos. De acordo com a Diretora Técnica da

empresa, Gabriela Wilke, a cobertura apresenta uma textura fi na, suave e maleável que se adapta a qualquer perfi l anatômico. “Pode ser uti lizada também na proteção e no tratamento de pacientes com epidermólise bolhosa ou em outros onde não possa haver qualquer aderência dos curati vos”, explica.

Layer de Silicone para tratamento de feridas

Novidade no segmento de iluminação hospitalar, o foco cirúrgico Volista, da Maquet, empresa do grupo sueco Geti nge, conta com três temperaturas de cor e alto desempenho com a função Boost, que eleva a intensidade luminosa para 160.000 lux. Possui luz endoscópica na cor verde, que permite melhor visualização dos monitores durante a cirurgia minimamente invasiva, e iluminação sobre medida de fácil adaptação para cada procedimento.A Gerente de Marketi ng da Maquet, Jennifer Herbst, revela que o novo

foco possui leds brancos que asseguram cores naturais e sem sombras coloridas. “Os raios de luzes divergentes, perfeitamente sobrepostos no campo cirúrgico, garantem uma área luminosa circular. Mesmo que parte da cúpula esteja obstruída, o campo de visão jamais se deforma. Não há necessidade de ajustes durante o uso, reduzindo o tempo gasto na manipulação, fazendo com que os cirurgiões se concentrem exclusivamente em seus pacientes”, ressalta.

Novo foco de luz elimina sombra, brilho e calor

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O “coração” de uma empresa está em sua força de trabalho. São os colaboradores que ajudam uma instituição a crescer e ser reconhecida como referência. No campo da Saúde, a força de trabalho competente e capaz é fundamental para a prestação do serviço com qualidade e segurança. Tanto que há critérios internacionalmente recomendados nesse aspecto.

Inicialmente, vale destacar que o papel de uma organização de saúde é garantir que seus profissionais de nível superior tenham credenciais válidas para atuarem no cuidado aos pacientes, desenvolvendo meios para recolher, verificar e avaliar estas credenciais.

Também cabe a ela desenvolver um conjunto de medidas para assegurar capacitação, orientação e educação continuada de seus trabalhadores, definindo processos para garantir o conhecimento e as habilidades dos profissionais clínicos e não clínicos. Deve ser incluído também o treinamento nas técnicas de ressuscitação, para garantir o suporte à vida de forma apropriada, quando necessário.

É importante, ainda, desenvolver procedimentos para descrever as responsabilidades e as designações de cada profissional, com base nas suas credenciais, instituindo medidas para a avaliação de desempenho ao longo de todo o período de atuação. Assim, a qualificação deve ser tomada como algo perene que se modifica, se aprimora e se desenvolve ao longo do tempo.

A importância dessa temática é tão valorosa para instituições de qualquer porte que o CBA – Consórcio Brasileiro de Acreditação, representante exclusivo da JCI – Joint Commission International, dedicou um capítulo exclusivo sobre esses critérios nas recomendações do Fundamentals for Care, voltado para instituições não acreditadas que desejam seguir padrões mínimos de qualidade e segurança.

Sistematizar as atividades é requisito indispensável na busca da melhoria. Por isso, é necessário garantir que os arquivos pessoais de cada membro da equipe estejam organizados e mantidos atualizados de acordo com a política do hospital, assegurando ainda o registro das avaliações de desempenho individual e treinamentos. Desta forma, poderá avaliar e planejar continuamente a estratégia de recursos humanos.

Sabemos que errar é humano e que, em todo o mundo, observam-se elevadas taxas de incidentes derivadas da prática do cuidado não sistematizado, podendo levar ao dano permanente ou à morte do paciente. Mas padronizar

Força de trabalho competente e capaz

os procedimentos reduz a possibilidade e a ocorrência desses erros.

Não é incomum que se administre medicação incorreta por conta de uma identificação errônea, por exemplo, ou operar a pessoa errada. Também não é nada incomum pacientes adquirirem infecções oriundas de falhas nas técnicas e nos processos de higienização das mãos dos profissionais que prestam o cuidado. Daí a importância de implementar os Protocolos Básicos de Segurança do Paciente e uniformizar a prestação do cuidado, os registros das informações e a redução dos riscos, entre outros.

Não podemos deixar de abordar a educação continuada. Profissionais devem passar por treinamentos de reciclagem com a frequência definida pelo hospital ou a cada dois anos. A instituição também precisa definir seu Time de Resposta Rápida, que será capacitado e reciclado periodicamente nas técnicas de ressuscitação e protocolos para atuar no atendimento imediato, nos casos de emergência. Aquelas que contam com estudantes e estagiários precisam conhecer seu nível de formação, definir suas competência e atribuições, além de identificarem e supervisionarem adequadamente essa força de trabalho. Ou seja, precisam assegurar um bom programa de treinamento, com supervisão e conteúdo que contenham os aspectos previstos no Programa de Melhoria da Qualidade e Segurança e Gerenciamento de Riscos.

Se a força de trabalho é de tamanha importância para execução dos serviços, é fundamental cuidar da saúde de quem faz parte dela. Existem inúmeros estudos relatando os riscos envolvidos quando profissionais exercem suas funções sem condições de trabalho, exauridos, estafados e com problemas emocionais. A sobrecarga também é um fator precipitador de erros e do aumento da mortalidade. Assegurar a integridade dos profissionais, prevenindo e mitigando a exposição aos riscos ocupacionais, é essencial para proporcionar um atendimento seguro ao paciente.

A instituição que busca a melhoria deve desenvolver um programa proativo para identificar e reduzir os riscos e também monitorar as medidas sobre esta exposição e injúrias ocupacionais. Um bom programa abrange aspectos como controle do tabagismo, monitoramento de acidentes no trabalho, prevenção dos riscos ocupacionais e do ambiente, entre outros.

Andréa Donato DrumondAssistente social, pós-graduada em Administração Hospitalar;

gestora hospitalar e tutora do Curso de Especialização Internacional em Qualidade em Saúde e Segurança do Paciente

da Escola Nacional de Saúde Pública, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz); e educadora para a Melhoria da Qualidade e

Segurança do Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA)

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Neste ano, a EFE completa 30 anos de história como importadora de produtos para o setor médico-hospitalar. Fundada no Rio de Janeiro, iniciou suas ati vidades em consultoria com a experiência de seu fundador/diretor, Flavio Lemos, após anos de atuação no mercado de material médico especializado importado.

“Tudo começou em uma pequena sala alugada no Edifí cio Orly, no Rio de Janeiro, onde eu usava uma máquina de escrever Olivetti Praxis 20 para redigir as propostas de vendas aos clientes. Também usei cartas e o telex da agência dos correios em busca de representações de empresas estrangeiras para juntar com a da Zimmer, marca líder de ortopedia que já distribuíamos no Rio de Janeiro, Norte e Nordeste do país. Foi assim que consegui iniciar as vendas e conquistar outras representadas em nível nacional”, explica o diretor.

Atualmente, a EFE detém a exclusividade de distribuição no Brasil da marca alemã Heine, da holandesa Humeca e da japonesa Takagi, empresas de primeira linha em qualidade e tecnologia, sempre atentas a novos produtos de diagnósti co, queimados e lâmpadas de fenda.

EVOLUÇÃOEm 2005, quando completou 20 anos, a companhia transferiu sua matriz para sede própria de 400 m2 no centro médico da cidade do Recife, PE. Em 2012, inaugurou uma nova sede próxima à que existi a, com 800 m², modernas instalações, sala de treinamento e ágil área logísti ca, com fácil acesso à Suape e ao Aeroporto Guararapes.

Lemos explica que uma equipe interna coesa e bem treinada processa rapidamente a entrada dos produtos atendendo a legislação com gravações de selos, inclusão de manuais e literatura de vendas, mantendo óti mos níveis de estoque. Além disso, representantes nas principais cidades e uma rede de mais de 200 distribuidores ati vos em todo o país fazem o sucesso das vendas.

Entre os fatos marcantes dessa trajetória, Lemos cita 1997, quando a empresa reintroduziu a marca Heine no mercado; 2001, época em que trouxe ao país a inovadora técnica VAC para tratamento de feridas por pressão negati va; e 2006, quando introduziu no Brasil a

Importadora EFE comemora 30 anos no mercado de saúde

marca Humeca de dermátomos elétricos e expansores de pele, marca líder atual no segmento. “Esses 30 anos representam um senti mento de vitória e de sonhos realizados”, descreve, acrescentando que todo o crescimento da EFE sempre foi sustentado com seus próprios recursos, ati ngindo o maior faturamento em 2012, quando então negociou a entrada direta de sua principal representada no país, a KCI.

DESAFIOSMas nem tudo são fl ores. Variações cambiais, mudanças de moeda e planos econômicos sempre foram, juntamente com a burocracia de importação e as difi culdades para registro dos produtos, os maiores entraves enfrentados pela companhia, na opinião de Lemos. “No entanto, todos foram superados com dedicação e paciência dos colaboradores, fornecedores e clientes”, destaca.

Para o diretor, são fundamentais para se criar uma empresa de sucesso a definição do segmento em que atuará, baseado no talento e em oportunidades. A partir daí, são necessários foco e determinação, além de muito trabalho.

Falando sobre o mercado de saúde, revela que são inegáveis os refl exos negati vos das atuais crises econômica e moral no setor. “A carência de recursos nos hospitais induz seus dirigentes a comprar, equivocadamente, materiais de menor preço e pouca qualidade, levando à precoce quebra e ao baixo desempenho, obrigando a recompra. Tudo lamentavelmente agravando mais ainda a situação de pacientes necessitados do devido atendimento”, expõe.

www.efe.com.br l (81) 4009-9900

“Atualmente, a empresa detém a exclusividade de distribuição no Brasil da marca alemã Heine, da holandesa

Humeca e da japonesa Takagi”

COMEMORAÇÕES E LANÇAMENTOS

Durante todo o ano haverá seguidas promoções e brindes comemorativos como parte das ações voltadas

aos 30 anos da empresa. Entre os lançamentos deste ano, estão: fotóforo, dermatoscópio, oftalmoscópio

indireto e luminária de exame, da Heine, e os expansores de pele, da Humeca. Algumas das novidades

já poderão ser conferidas em maio, na feira Hospitalar. O estande da EFE fica no Pavilhão Branco, rua C 30.

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Ultimamente, gasto muito tempo pensando sobre o dogma fundamental da liderança lean – o conceito do líder como um mentor – e como desenvolver habilidades de solução de problemas nos outros.

Um tema importante que vejo emergir em minhas interações com líderes da área da saúde, incluindo as sessões de coaching 1-1 e os workshops focados no tópico de coaching, é o desafio de descobrir como escapar do hábito pessoal de “consertar” o problema imediato, dizendo a alguém o que achamos que deveriam fazer, e substituir pelo hábito de desenvolver os outros para solucionarem problemas.

Margie Hagene, uma grande pensadora e mentora lean, fez um comentário em uma palestra de coaching no ThedaCare Center for Healthcar Value resumindo esse problema: “Com o hábito de adivinhar em vez de perguntar, você perde a habilidade de desenvolver uma cultura de solução de problemas”.

Na área da Saúde, muitas vezes parece que todo problema é uma crise que precisa ser solucionada agora. Essa mentalidade de crise parece ter forçado as pessoas a “apenas remediar” e seguir em frente até a próxima “crise” do dia. De fato, há crises verdadeiras e críticas que precisam ser analisadas imediatamente, como problemas com segurança e qualidade que requerem que “paremos a linha”. Essas coisas acontecem e precisam de intervenção imediata. Mas se, como líderes, tratarmos todo problema como algo que necessite de uma “solução” imediata fornecida por nós, apenas continuaremos a exagerar a complexidade ao aplicar mais remendos temporários ou quebra-galhos. Às vezes, acabamos até causando prejuízo, principalmente se operarmos sob suposições, não entendendo a causa raiz do problema ou perdendo a oportunidade de desenvolver habilidades de solução de problemas nos outros.

Por exemplo, a escassez de roupas nas unidades de internação ou as longas filas na farmácia requerem nossa intervenção imediata? Em caso positivo, precisamos fazer um “remendo rápido”, mas temos tempo para voltar e entender

Como escapar do hábito de adivinhar

a causa raiz e responder mais cuidadosamente? Se dois problemas do mesmo nível ou de níveis muito diferentes de importância estão acontecendo ao mesmo tempo, como decidimos de qual cuidar primeiro? Como usamos o capital humano em nossas organizações para ajudar a entender e solucionar esses problemas? Como decidimos quando trocar uma oportunidade de desenvolvimento de pessoas por um caminho aparentemente mais fácil para fornecer a resposta?

No momento, pode parecer mais fácil e rápido “consertar e seguir em frente”, mas o que esses líderes estão começando a perceber é que, a menos que eles intencionalmente reanalisem suas mentalidades e ativamente pratiquem o ato de fazer perguntas para apoiar a solução de problemas pelos outros, continuarão repetindo hábitos que não são úteis e permanecerão em seus estados atuais trabalhando nos problemas de todos, combatendo incêndios e sentindo como se não tivessem tempo para ensinar ou trabalhar nos principais problemas que eles mesmos têm.

Esse pensamento não se aplica apenas a líderes operacionais, mas também aos “mentores” ou “consultores”. Quando reflito sobre minhas próprias experiências como um consultor lean interno e, agora, mentor externo nas organizações da área da saúde, a mesma mentalidade aparece como verdadeira. Sirvo como um recurso de pensamento lean, dando orientação sobre aspectos técnicos dos processos e da mentalidade da metodologia (a zona de instrução diretiva), mas a ajuda mais efetiva que posso oferecer é aparecer como mentor (zona aberta de coaching) para desenvolver o pensamento de outros. O objetivo é deixar que eles continuem sentindo que são os donos dos desafios de seus trabalhos e de sua jornada de aprendizagem.

Sempre tento me desenvolver como um mentor – para ser melhor em fazer perguntas a meus clientes e desenvolver seus pensamentos e habilidades, não apenas dizendo a eles o que eu, no papel de “especialista”, acho que seria útil. Tento liderar com perguntas investigativas abertas, puras e humildes, como as definidas por Edgar Schein, para as quais não tenho a resposta. Por exemplo, “o que você está achando desse problema hoje?” ou “como/por quê/o quê?” que seja relevante à discussão que estamos tendo. Eu os encorajo a também serem intencionais com o desenvolvimento dos membros de sua própria equipe através do coaching.

Como líder ou mentor, como você está intencionalmente praticando ou melhorando a si mesmo? Como você pode praticar o ato de fazer perguntas em vez de adivinhar? Que práticas e perguntas você usa e como você está desenvolvendo sua habilidade de desenvolver os outros?

Katie AndersonPalestrante e especialista internacional em gestão da saúde.

Ocupou posições de liderança no Packard Children’s Hospital da Stanford University e também no Palo Alto Medical Foundation, ambos nos Estados Unidos, além de atuar em grandes projetos

em diversos países. Também é integrante do corpo docente do Thedacare Center for Healthcare Value, uma das mais

importantes entidades mundiais direcionadas ao setor

"Mas se, como líderes, tratarmos todo problema como algo que necessite de uma solução imediata fornecida por nós, apenas continuaremos a exagerar a complexidade

da área da saúde ao aplicar mais remendos temporários ou quebra-galhos"

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O Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo (SP), realizou no dia 23 de abril a cerimônia de inauguração de suas novas torres, que passam a integrar a sede da insti tuição, no bairro da Bela Vista. O evento marcou o término do processo de expansão e modernização, iniciado em 2009, que resultou na duplicação da estrutura de atendimento.

O projeto contou com investi mento de aproximadamente R$ 1,4 bilhão, que também incluiu a modernização e a ampliação de estruturas já existentes, como Pronto Atendimento e Centro de Diagnósti cos – e a abertura de unidades externas – duas em São Paulo, nos bairros do Itaim e Jardins, e mais duas em Brasília (DF), dedicadas a oncologia clínica e radioterapia. Com recursos adicionais, uma terceira unidade está sendo construída na capital federal, com início de operação previsto para 2016.

Com as novas torres, o hospital passa a ter 166,8 mil metros quadrados de área construída. Dois edifí cios – com 20 e 14 andares – foram erguidos sobre a estrutura já existente. A outra torre – de 16 pavimentos – foi construída ao lado do prédio em operação.

Esti veram presentes na inauguração a Presidente da Sociedade Benefi cente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês,

Hospital Sírio-Libanês inaugura novas torres e duplica área física

Vivian Abdalla Hannud, e os Superintendentes Corporati vo, Gonzalo Vecina Neto, e de Estratégia Corporati va, Paulo Chapchap, além da diretoria da insti tuição, conselheiros, empresários e beneméritos.

“É possível dizer que o nosso projeto de expansão começou em 1921, quando um grupo de mulheres fundou a Sociedade Benefi cente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês. Desde então, esse projeto nunca parou. Mas foi a parti r de 2005, com a adoção de um novo modelo de governança e um novo planejamento estratégico, que iniciamos esse crescimento vivido atualmente pela insti tuição”, afi rma Gonzalo Vecina Neto.

A ocupação dos novos espaços está sendo gradual e já ocorre desde meados de 2014. Atualmente, o Hospital Sírio-Libanês conta com 439 leitos operacionais, sendo 57 de UTI, além de 19 salas cirúrgicas. Até 2017, terá um total de 650 leitos, sendo 102 de UTI e 33 salas cirúrgicas.

Paulo Chapchap explica que “o grande desafi o de todo esse processo foi o crescimento do hospital, mantendo a essência da prestação de um serviço de qualidade, humanizado, alinhado às áreas de ensino, pesquisa e fi lantropia”.

RESPEITO AO MEIO AMBIENTEO projeto foi concebido dentro das especifi cações ambientais de um Green Building, ou construção sustentável. Com isso, o impacto das novas instalações, desde o período de obras até o seu funcionamento, é reduzido.

O plano de conti ngência para questões hídricas, por exemplo, foi executado com a implantação de uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) para águas cinzas e de uma Estação de Tratamento de Água (ETA). As torres contam também com telhados ecológicos, torneiras específi cas para redução de consumo e bacias sanitárias abastecidas com água de reúso.

A fachada em vidro permite melhor aproveitamento da iluminação natural e, ao mesmo tempo, reduz o calor interno, o que oti miza o uso do ar condicionado. Somados à uti lização de lâmpadas de LED, esses itens reduzem o consumo de energia. Além disso, as paredes possuem isolamentos térmico e acústi co, que garantem mais conforto aos pacientes.

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Dr. Gonzalo Vecina Neto, Vivian Abdalla Hannud, Marta Kehdi Schahin (2ª Diretora Vice-Presidente) e Ivett e Rizkallah

(Ex-presidente da Diretoria de Senhoras)

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Associação realiza campanha de combate às infecções em UTIsOs índices de infecção nos hospitais brasileiros são alarmantes e esse quadro agrava-se ainda mais nas Unidades de Terapia Intensiva. Dados nacionais indicam que cerca de 60% dos pacientes em ambiente de cuidados intensivos têm infecção, e que 70% recebem tratamento com antibióticos em algum momento de sua permanência.

Diante desse cenário, a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) lançou a campanha nacional Prevenção da Infecção na UTI, que se estende até novembro de 2015. “A mortalidade global dos pacientes que desenvolvem infecções nas UTIs brasileiras chega a 40%”, afirma o médico intensivista Thiago Lisboa, Coordenador da campanha.

Dr. Thiago explica que a mortalidade associada à infecção no ambiente de cuidados intensivos é variável, mudando de acordo com o tipo de UTI (geral, cirúrgica ou de trauma, por exemplo), tipo de hospital (terciário, universitário e de baixa ou alta complexidade) e diferentes regiões do Brasil.

“O que se deve verificar nos diferentes cenários é que o risco de morte em quem desenvolve infecção em hospital ou UTI chega a ser duas ou três vezes maior em comparação aos pacientes sem essa complicação”, completa.

No ambiente de cuidados intensivos, a maior preocupação é com as bactérias Gram-Negativas resistentes a antibióticos e que, de acordo com estudos, são responsáveis por cerca de 50% dos episódios de infecções adquiridas em UTIs.

Muitos são os fatores que contribuem para o desenvolvimento de infecções. A AMIB elencou sete pontos importantes que devem ser observados no seu combate: higienização das mãos, uso racional de antimicrobianos, uso adequado das precauções de contato, rastreio e medidas de isolamento dos casos, vigilância epidemiológica, limpeza adequada do ambiente e educação continuada dos profissionais de saúde.

Para sustentar as ações de conscientização, a associação desenvolveu três cartilhas que serão distribuídas em todas as UTIs do Brasil: a primeira é voltada ao médico e traz o conteúdo técnico da abordagem dos sete pontos chaves para a prevenção da infecção; a segunda foca no profissional de UTI – Equipe Multidisciplinar e apresenta como aplicar os sete conceitos; e a terceira, por fim, é destinada à família, enfatizando a importância da higienização das mãos e outras formas de prevenir a infecção na visita ao parente internado.

Durante a campanha, também acontecem quatro “blitz”. A primeira delas foi realizada no dia 5 de maio, em comemoração ao Dia Internacional da Higienização das Mãos. Em 13 de setembro, as ações serão voltadas para o Dia Mundial da Sepse; 15 de outubro, o Dia Mundial da Lavagem das Mãos; e 10 de novembro, quando se comemora o Dia do Intensivista.

Além disso, ainda neste ano a AMIB promoverá a UTI Cênica Itinerante, uma carreta adaptada para montagem de Unidade de Terapia Intensiva que passará por sete cidades brasileiras. Outra importante ação prevista para ocorrer durante a campanha é a realização do estudo Prevalência da Resistência Bacteriana em UTIs do Brasil, que traçará o mapeamento das infecções no país.

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Protocolos buscam reconhecimento precoce da sepseO Conselho Federal de Medicina (CFM) orienta que em todos os níveis de atendimento à saúde (de unidades básicas de saúde a unidades de terapia intensiva) sejam estabelecidos protocolos assistenciais visando o reconhecimento precoce e a pronta instituição das medidas iniciais de tratamento aos pacientes com sepse. Também conhecida como infecção generalizada, a síndrome gera alta taxa de mortalidade no país, é a maior causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva e a principal geradora de custos nos setores público e privado.

A diretriz está na Recomendação 6/2014, que, entre outras providências, sugere a capacitação dos médicos para o enfrentamento deste problema, que é cada vez mais incidente – devido ao aumento da população idosa e do número de pacientes imunossuprimidos ou portadores de doenças crônicas, criando uma população suscetível ao desenvolvimento de infecções graves. O documento ressalta ainda que “qualquer processo infeccioso pode evoluir para gravidade, caracterizando o quadro de sepse, sepse grave ou choque séptico” e que a doença mata, no mínimo, uma em cada quatro pessoas.

O Instituto Latino Americano da Sepse (ILAS), que contribuiu para a elaboração da recomendação, concluiu recentemente um estudo que ajuda a entender a dimensão do problema no Brasil. O trabalho, denominado SPREAD (Sepsis Prevalence Assessment Database), avaliou, em um único dia, 229 UTIs em diversos estados, abrangendo 794 pacientes.

Os números pontuam a relevância do problema. Foi constatado que 29,6% dos leitos estavam ocupados por doentes com sepse grave ou com choque séptico. Desses pacientes, 55,7% morreram. A mortalidade na região Sudeste foi de 51,2%; no Centro-Oeste, 70%; Nordeste, 58,3%; Sul, 57,8% e Norte, 57,4%. O índice de letalidade está muito acima do registrado em outros países. Na França essa taxa é de 30% e, nos Estados Unidos, 29%.

O SPREAD mostrou que os fatores ligados ao aumento da mortalidade são a limitação de recursos básicos, a gravidade do paciente e a demora na administração da primeira dose de antibióticos. “O problema é a falta de conhecimento sobre a sepse, pois como os sintomas são inespecíficos, é difícil identificar os sinais de alerta e tratar a infecção no tempo certo, por isso os cursos e a adesão dos hospitais aos protocolos são tão importantes”, afirma a Vice-Presidente do ILAS e médica intensivista, Flávia Machado.

Uma pesquisa nacional realizada ano passado pelo ILAS − em parceria com o Instituto Datafolha − mostrou também que de 2.126 entrevistados, apenas 140 (6,6%) tinham ouvido o termo sepse, sendo que dessas, só 56 a identificaram corretamente como uma resposta grave do organismo a uma infecção. Até pouco tempo, a maior parte dos pacientes com sepse não sobrevivia. Recentemente, com a melhoria dos cuidados hospitalares e a adoção de medidas relativamente simples, esse número tem diminuído.

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HOSPITALIDADE EMPRESARIAL

O IBHE (Insti tuto Brasileiro de Hospitalidade Empresarial) homenageou o Grupo Fleury e o Hospital Israelita Albert Einstein por conquistarem o primeiro e o segundo lugar no ranking das cinco empresas mais hospitaleiras do Brasil. O Prêmio IBHE de Hospitalidade Empresarial foi entregue em evento organizado pela enti dade no dia 20 de março e os ganhadores receberam um troféu simbolizado por um fruto pendurado em uma árvore, que marca a presença da cultura nas relações internas, com colaboradores, e externas, com clientes e fornecedores.

CENTRO DE SIMULAÇÃO REALÍSTICA

O Insti tuto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) acaba de inaugurar um dos maiores Centros de Simulação Realísti ca em Saúde do país, voltado ao ensino de profi ssionais

da área oncológica. As simulações de atendimento uti lizam cenários clínicos em um ambiente controlado e seguro, onde os profi ssionais enfrentam as mesmas difi culdades encontradas em um caso real. Os bonecos uti lizados imitam os sintomas e sinais vitais de um ser humano e respondem a estí mulos como um paciente. O centro conta ainda com outros equipamentos de treinamento, como manequins adultos, jovens, bebês e partes do corpo humano. Com isso, torna-se possível realizar simulações de procedimentos de alta complexidade. As salas de treinamento reproduzem os leitos do próprio hospital, os consultórios médicos e até os banheiros. Dentro dos cenários de atendimento, o profi ssional é capaz de vivenciar o estresse da tomada de decisão que enfrentará no dia a dia. As cenas geradas podem ser revistas e debati das em grupo, possibilitando o aprendizado a parti r de discussões.

PROJETO MULHER FELIZ

Criado há dois anos, o Projeto Mulher Feliz, da Famesp, leva esperança às mulheres que passam por tratamento de câncer no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (SP). Com aulas de dança do ventre, a iniciati va proporciona o resgate da autoesti ma e da qualidade de vida. O projeto acaba de inaugurar uma nova sede, que conta com sala para as aulas, banheiros e ofi cina de artes (bordado e maquiagem das alunas para apresentações). Além disso, o espaço uti lizado para ati vidades de fi sioterapia ganhará novos equipamentos.

REELEIÇÃO DA DIRETORIA CLÍNICA

Com importante parti cipação do corpo clínico, o nefrologista João Fernando Picollo Oliveira e o cirurgião William José Duca foram reeleitos para mais um mandato de dois anos (2015-2017) à frente da Diretoria Clínica da Funfarme (Fundação Faculdade Regional de Medicina), em São José do Rio Preto (SP). Picollo conti nua como diretor clínico e Duca, vice-diretor do complexo, que reúne o Hospital de Base de Rio Preto, o Hospital da Criança

e Maternidade, o Ambulatório Geral de Especialidades, o Hemocentro e a unidade do Insti tuto de Reabilitação Lucy Montoro, centro de referência para uma região com mais de 100 municípios e dois milhões de habitantes.Diretor executi vo da Funfarme, Dr. Horácio

Ramalho, com os médicos reeleitos

UTI MULTIDISCIPLINAR

O Hospital Santa Catarina, de São Paulo (SP), terá uma nova Unidade de Terapia Intensiva, voltada ao atendimento multi disciplinar. A implantação do espaço é parte do projeto de expansão do hospital que, dividido em duas fases, conta com um total de R$ 12 milhões investi dos. A nova área será composta por dez leitos e contará com infraestrutura completa, farmácia exclusiva, corpo clínico com 100% dos profi ssionais especializados em terapia intensiva e equipe multi disciplinar formada por enfermeiros, fonoaudiólogos, fi sioterapeutas, nutricionista e psicólogo.

DOAÇÃO DE SANGUE

Para aumentar os estoques do banco de sangue do Hemocentro de Uberlândia (MG), o Hospital e Maternidade MadreCor realizou, no dia 14 de abril, a “2ª Campanha MadreCor Doe Sangue, Salve Vidas”. O Hemocentro Regional deslocou uma equipe para o hospital com todos os equipamentos necessários para atender cerca de 50 doadores.

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VOLUNTÁRIOS DO SERTÃO 2015

A fi m de cooperar com a saúde e o bem-estar da população do Nordeste do Brasil, o Grupo Fleury parti cipou da campanha Voluntários do Sertão 2015. Entre 18 e 26 de abril, médicos e técnicos voluntários ofereceram exames diagnósti cos gratuitos para pessoas em situação de vulnerabilidade social em Condeúba (BA), cidade localizada a 660 km de Salvador e com, aproximadamente, 18 mil habitantes. A empresa também se comprometeu a doar 1,5 tonelada de alimentos arrecadados por seus colaboradores. A GE foi uma das parceiras na ação e cedeu equipamentos de densitometria óssea e ultrassonografi a para a unidade móvel, que possibilitou a realização de cerca de 300 atendimentos por dia.

DOADORES D’ALEGRIA

No dia 11 de abril, os voluntários do grupo Doadores D’Alegria visitaram pacientes do Hospital VITA Batel, em Curiti ba (PR). O projeto, realizado desde 2013 na insti tuição, tem como objeti vo promover ações humanizadas através de ati vidades que valorizem emoções, crenças e peculiaridades. A ação proporciona um cuidado além da doença e conta com o apoio da equipe de Psicologia do hospital. As ati vidades, desenvolvidas nas alas de internação e UTIs, foram compostas por músicas, histórias, bexigas e outras formas de comunicação.

UNIDADE CORONÁRIA

No dia 16 de abril, o Hospital e Maternidade Galileo, de Valinhos (SP), inaugurou sua Unidade Coronariana (UCO), que passa a dar suporte aos serviços de Pronto Atendimento, Unidade de Hemodinâmica e de Cirurgia Cardíaca. A UCO possui 10 leitos para tratamento de pacientes com

doenças cardíacas, especialmente infarto agudo do miocárdio e outras síndromes coronarianas.

MARATONA CONTRA O CÂNCER

A maratonista Laura Barreto venceu o desafi o em prol dos pacientes do Insti tuto Mário Penna, de Belo Horizonte (MG). Ela percorreu os 42 km da maratona de Roterdã, que aconteceu no dia 12 de abril, na Holanda. A empresa em que Laura trabalha se comprometeu a doar R$ 1,00 para o insti tuto a cada competi dor que ela ultrapassasse. Seu resultado fi nal, infl uenciado por uma periosti te no fêmur,

foi concluir a prova em 11.056º entre os 15.500 corredores. O montante arrecadado será entregue aos pacientes carentes que realizam tratamento contra o câncer no IMP.

PROJETO OLHO VIVO

A Fundação Abiópti ca, braço social da Associação Brasileira da Indústria Ópti ca, anuncia o lançamento ofi cial do Projeto Olho Vivo, iniciati va que visa conscienti zar a população brasileira sobre a importância dos cuidados com a visão, ampliar e democrati zar o acesso aos exames de vista e aos óculos correti vos. O projeto terá três etapas principais: a primeira engloba a entrega de informati vos, material didáti co e promoções com dicas sobre como cuidar da visão; na segunda etapa serão realizados exames oft almológicos gratuitos com encaminhamento ao sistema de saúde público local e, quando necessária, a terceira etapa será a doação de óculos para pessoas em situação de fragilidade socioeconômica. Para contemplar um número maior de benefi ciados, além de campanhas em redes sociais e em todo o varejo ópti co nacional, o Projeto Olho Vivo será iti nerante. No primeiro momento, as ações acontecem em cinco capitais: Curiti ba, São Paulo, Belém, Salvador e Goiânia.

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UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

A nova UTI do Hospital da Criança Santo Antônio, unidade de pediatria do complexo da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (RS), será inaugurada em junho, mês dedicado a Santo Antônio. O espaço vai incorporar dez leitos de UTI aos 30 já existentes no hospital. Esse acréscimo possibilitará um aumento de 25% no número de procedimentos de alta complexidade em pacientes pediátricos, sobretudo de cirurgias cardíacas e de malformações digesti vas e hepáti cas, além de transplantes de coração, fí gado e rins. Os leitos serão bati zados com nomes de pássaros populares no Rio Grande do Sul. A construção está sendo fi nanciada com recursos arrecadados em eventos benefi centes pelo grupo Voluntárias da Vida.

CENTRO DE NÓDULO DE TIREOIDE

Atualmente, o câncer de tireoide é a quarta neoplasia maligna (tumor) mais frequente em mulheres brasileiras. Diante da gravidade do problema, o Hospital Samaritano de São Paulo (SP) inaugurou o primeiro Centro de Nódulos de Tireoide do país, com atendimento especializado – endocrinologista e cirurgião de cabeça e pescoço –, além de toda infraestrutura necessária para exames laboratoriais, de imagem e tratamentos cirúrgicos.

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Equipamentos da Celitron trituram e esterilizam lixo infectante

Passados mais de oito meses da obrigatoriedade de aplicação da Lei 12.305/2010 do Conama, que insti tui a Políti ca Nacional de Resíduos Sólidos, poucos municípios brasileiros se adequaram a ela. O fi m dos lixões a céu aberto, a corresponsabilidade dos geradores de resíduos até o correto descarte nos aterros sanitários e a forte ênfase na reciclagem são alguns dos pontos que a lei determina.

No caso específi co da área da Saúde, os hospitais e as prefeituras responsáveis por coleta, tratamento e descarte ainda têm um longo caminho a percorrer para fazer uma correta gestão desse ti po de resíduo, na opinião de Bruno Szlak, Diretor da Celitron.

“O que se observa são serviços muitas vezes subsidiados ou inteiramente custeados pelo poder público, mesmo em se tratando de hospitais parti culares de grande porte, gerando um custo que onera a sociedade como um todo. E ainda mais: resíduos que poderiam ser considerados para reciclagem acabam recebendo tratamento e descarte incorretos, elevando os volumes a serem transportados e tratados. Ou seja, não apenas o processo é muitas vezes inefi ciente como prejudica o meio ambiente”, explica.

A Celitron, além de fornecer equipamentos para o tratamento do lixo infectante, está apta para ajudar todos os envolvidos a melhor gerir seus resíduos, acarretando na diminuição dos custos para todos os envolvidos e contribuindo para uma melhor qualidade de vida através da sustentabilidade.

Devido à alta tecnologia, os equipamentos desenvolvidos pela empresa têm capacidade de tratar o resíduo infectante através da trituração e esterilização num mesmo recipiente através de autoclavagem em meio de vapor e pressão a uma temperatura de 134oC. Fabricados na Hungria,

os aparelhos possuem tecnologia diferenciada e são extremamente efi cientes, pois a trituração e a autoclavação inuti lizam, esterilizam e reduzem o material, que se torna mais limpo do que o lixo comum, sem a uti lização de produtos químicos.

Entre suas vantagens estão a diminuição do volume do resíduo em até 80% e a redução ou eliminação do custo com a coleta de material infectante. Além disso, de acordo com a empresa, a insti tuição que trata os próprios resíduos

CARACTERÍSTICAS

O equipamento ISS AC-575 possui os seguintes recursos:• Câmara de esterilização de grande capacidade;• Gerador de vapor built-in;• Poderosa bomba de vácuo para a reti rada do ar do resíduo

a fi m de que haja melhor penetração do vapor;• Mecanismo automáti co para fechamento pneumáti co e

abertura da porta;• Caixa de coleta para a eliminação de líquidos

esterilizados;• Sistema separador de água.

O ISS 25 conta com as seguintes característi cas:• Câmara de esterilização com capacidade para 25 litros;• Gerador de vapor interno;• Mecanismo elétrico automáti co de travamento e

abertura da porta;• Caixa de drenagem para a eliminação de resíduos líquidos.

Ambos os aparelhos têm fi ltro biológico de 0,01 para evacuação de todos os gases provenientes da câmara contaminada (antes da esterilização); e dois sensores de temperatura: um no fi ltro biológico e o outro na câmara.

demonstra consciência ambiental, gerando um marketi ng positi vo.

Estão disponíveis dois modelos: o ISS AC-575, voltado para hospitais, que requer espaço de 3 x 4 metros, e o ISS 25, ideal para pequenas clínicas e centros médicos, que necessita de 2 x 2 metros para sua operação.

Os produtos são certi fi cados de acordo com os requisitos aplicáveis, em especial a Diretriz de Equipamentos sob Pressão (97/23/CE) e a Diretriz de Dispositi vos Médicos (93/42/CE). Para ati ngir objeti vos tão rigorosos, a Celitron controla, mede e analisa todos os processos garanti dos pelo Sistema de Gestão de Qualidade em conformidade com os padrões internacionais.

www.celitron.com.br l (11) [email protected]

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ISS AC-575

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Agaplastic 117

Beta Eletronic 88, 89

CDK 37

Celitron 73

Celmat 59

Comaho 65

Con�ance 73

Congresso de Planos de Saúde 115

Controller 123

Corning 115

Cristófoli 106, 107

Deltronix 54, 55

Dexcar 51

Dorja 20, 21

Dräger 15

DrillerMed 4, 5, 57

Ecco Brasil 77

EFE 25

Emifran 120, 121

Fami 45

Fanem 4ª capa

Fleximed 129

For Medical 91

Fórum Saúde Digital 87

GMI 79

Gnatus 17

Guima Conseco 51

H. Strattner 62, 63

Health Móveis 48, 49

Inalamed 125

Instramed 40, 41

Jet Frio 95

JMC 133

Kevenoll 79

Kolplacir/Kolplast 93

Kolplast 19

Konex 103

Lafer 27, 29, 31, 33

Liderança 6, 7

Magnamed 67

Masimo sobrecapa

MedCir 75

Mercedes-Benz 11

Micheletti 43

Moriya 2ª capa, 3

MR Proteções 99

Mucambo 38, 39

Neurotec 84

Niazi Choh� 127

Nilko 47

Ortosintese 81

Oxigel 105

Palmetal 43

Prime Cargo 52, 53

PromoPress 135

Protec 96, 97

RC Móveis 68, 69

Rubbermaid 35, 3ª capa

RWR 60, 61

Sincron 91

Sintech 115

Suzuki 131

Transmai 112, 113

TTS 99

U´North 108, 109

Universidade Metodista 23

US e Cia 111

Vallitech 8, 9

Wise Comfort 119

X-Ray 101

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Desejo mostrar de maneira simples e níti da quais os ângulos que podemos observar na aprovação do Projeto de Lei que trata da terceirização. Há anos, inúmeras ati vidades são enquadradas nesta modalidade, porém, sem qualquer amparo jurídico. Aqueles que eram contratados estavam frágeis e os que contratavam estavam expostos a inúmeros dissabores que poderiam experimentar após o encerramento do acordo de serviços.

Os sindicalistas repudiam a matéria alegando o enfraquecimento dos direitos dos trabalhadores. Já os empresários apoiam, pois poderão aumentar as contratações sem correr maiores riscos. A terceirização veio para regulamentar o que na práti ca já se aplica.

O empresário que necessita de profi ssionais específi cos não possui meios de fl exibilizar e contratar pessoas a não ser pelas normas da CLT. Por se tratar de serviços que muitas vezes não são contí nuos, ele amargaria com os custos de admissão e demissão, além de não poder substi tuir de forma rápida este profi ssional por outro, quando necessário.

É práti ca comum no mercado contratar pessoas como PJ (pessoa jurídica) para ati vidades específi cas, entretanto, essa ati tude encontra-se em desacordo com as leis trabalhistas. Ainda assim, acontece com frequência no dia a dia das empresas e o Projeto de Lei em votação regularizará esta situação.

Isso, sem sombras de dúvidas, ampliará o campo de contratações de profi ssionais especializados para o exercício de inúmeras ati vidades que são necessárias aos empresários, sem sobrecarregá-los com encargos e demais obrigações. Assisti mos em nossa ati vidade vários casos em que profi ssionais se oferecem para prestar serviços na modalidade de PJ e, assim, conseguem obter uma melhor remuneração e, ainda, gerir os próprios tributos a serem recolhidos aos cofres públicos.

Até mesmo uma diarista pode consti tuir uma MEI (microempreendedor) e assim atuar como pessoa jurídica, recolhendo seus impostos com a garanti a de aposentadoria, benefí cios como auxílio doença, maternidade e outros, já que se torna contribuinte da Previdência Social.

A terceirização, ao contrário do que os sindicalistas pregam, pode ser vista como uma maneira de criar mais empregos, facilitar as contratações e expurgar aquelas obrigações que oferecem risco ao contratante, entre outras.

Assim, ao invés de lutarmos contra a terceirização, apoiá-la seria o melhor caminho, afi nal, isso não fere o direito do

A terceirização sob outro ângulo

trabalhador, que poderá optar entre ser terceirizado ou empregado, bem como as empresas prestadoras de serviços, que também contratarão novos profi ssionais.

Saliento ainda que no Projeto de Lei há inúmeras restrições. Por exemplo: o capital social mínimo para a quanti dade de empregados que a terceirizada possua ou venha a possuir, a fi scalização de recolhimentos de tributos por parte da contratante, a solidariedade da contratante no caso de não fi scalizar e manter o contrato de terceirização, a especialização em uma única área de atuação e a retenção dos valores a serem pagos pela contratante no caso da terceirizada não comprovar os recolhimentos dos encargos trabalhistas, entre outras.

Na Saúde em especial, os hospitais e demais empresas do ramo criam difi culdades na contratação de médicos que são obrigados a optar pela “pejoti zação”, tornando-se vulneráveis às suas garanti as contratuais, bem como os contratantes, que fi cam à mercê da legislação trabalhista.

Na área de anestesia, por exemplo, poderemos ter terceirizados que seriam contratados de uma empresa especializada na oferta de profi ssionais para hospitais. O mesmo seria possível com relação às enfermeiras e auxiliares de enfermagem específi cas, como as que trabalham em UTIs.

Com a terceirização teríamos uma maior oferta de serviços, pois quem contrata tem à disposição uma empresa que presta serviços especializados na área. Assim, com uma carga tributária menor, poderá a contratante apresentar melhores custos de serviços e obter melhores resultados, o que possibilita aplicar mais recursos na modernização de suas instalações.

Em minha opinião, ainda estamos engati nhando para uma políti ca trabalhista mais moderna, sem esquecer que nossa legislação é muito arcaica, iniciada na época de Getulio Vargas, em 1943, e que, mesmo com alterações, tem uma base muito anti ga. Nossa Consti tuição é de 1988, o Código Civil é de 2002, e o novo Código de Processo Civil entra em vigor em 2015, com aprovação em 2014. Estamos na era digital, as leis devem ser atualizadas e a terceirização pode ser considerada um princípio dessa modernização. A Dinamarca é considerada o 5º país mais liberal em termos trabalhistas e nem por isso é vista como uma “escravizadora de trabalhadores”. Todos os abusos serão tratados de forma independente, e, portanto, o trabalhador não fi cará desamparado. Apenas haverá ajustes, inclusive nas questões voltadas às ati vidades meio e fi m, mas isso ocorre sempre que se muda uma norma jurídica.

Resumindo, a terceirização é um caminho sem volta, necessário para modernizar o país.

Paulo Eduardo AkiyamaPalestrante e autor de diversos arti gos, sócio do escritório

Akiyama Advogados Associados, atua com ênfase no direito empresarial e direito de família

www.akiyamaadvogadosemsaopaulo.com.br

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A energia elétrica gera alto custo fixo aos hospitais. Incentivar seu uso consciente, instalando sensores de presença e aproveitando a luz natural, ajuda a reduzir as despesas, mas existem ainda outros meios de economia. Pensando nisso, a L+M Gets, especialista em soluções para ambientes de saúde, projetou e está construindo o primeiro complexo hospitalar do Brasil a utilizar somente lâmpadas LED, o Hospital da Unimed Rio Verde (GO).

Em média, uma lâmpada de LED tem vida útil de cinco anos – até dez vezes mais do que a comum, que gasta cerca de 90% da energia consumida para produzir calor. No período de vida útil, o hospital não precisará trocar 26 mil lâmpadas, que teriam que ser substituídas caso fossem do tipo comum. Além disso, não é preciso manter tantas lâmpadas no estoque, liberando espaço no almoxarifado.

O uso do LED deixa o ambiente mais agradável e exige menos esforço do ar-condicionado, o que também contribui para reduzir os gastos na conta de luz. “Estimamos uma economia anual de quase R$ 400 mil

Complexo Hospitalar 100% LED reduz custos de forma sustentável

em Rio Verde, sem contar a redução proporcionada pelo ar-condicionado, capaz de dobrar essa economia”, explica Jack Burgess, da Via Luz, empresa responsável pelo projeto de iluminação do hospital.

Lâmpadas fluorescentes devem ser descartadas separadamente, devido à presença de elementos tóxicos. Já as de LED podem ir direto para o lixo

comum, em cestos destinados a vidro ou metal. Outra vantagem é que,

por não acumularem calor, as lâmpadas de LED não atraem

insetos, oferecendo mais segurança e conforto aos pacientes.

Muitas instituições alegam que a instalação de

lâmpadas LED tem um custo mais alto, mas o novo hospital

fechou uma equação em que o investimento é recuperado em

apenas um ano e meio. “Não basta falar de sustentabilidade. É preciso

querer ser sustentável, o que envolve pensar, planejar, calcular e colocar as ideias em prática”, diz Lauro Miquelin, sócio-diretor da L+M.

Após a inauguração, a Unimed Rio Verde vai ocupar um espaço de 6.350 m² e terá potencial para atender 12 municípios da região. A unidade contará com 41 leitos (incluindo um isolamento e seis leitos no Hospital Dia), um centro cirúrgico com três salas, maternidade/berçário, recuperação anestésica, centro de esterilização, SND, áreas de apoio e estacionamento. Considerando uma futura ampliação, o hospital poderá ter até 96 leitos.

@ Conteúdo Extra exclusivo para edições online

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Cirurgia reduz os riscos de sequelas neurológicas em áreas cerebrais críticasO HCor Neuro, Serviço de Neurologia e Neurocirurgia do Hospital do Coração, em São Paulo (SP), está uti lizando uma nova técnica que diminui os riscos de sequelas neurológicas em pacientes submeti dos à cirurgia para ressecção de tumores cerebrais. Trata-se da combinação de recursos de imagens funcionais do cérebro, aliados ao mapeamento intraoperatório de funções neurais críti cas por meio de registro da ati vidade elétrica cerebral.

Atualmente, técnicas modernas de neuroimagem aliadas a avanços no conhecimento de funções neurais (neurofi siologia), bem como a modifi cações na técnica operatória neurocirúrgica, permitem intervenções em áreas cerebrais antes consideradas intocáveis. Essas tecnologias, quando combinadas entre si, garantem maior efi cácia cirúrgica, ao mesmo tempo em que preservam funções neurais relevantes, evitando que o paciente sofra sequelas. Este conceito traz uma nova abordagem para cirurgias de tumores cerebrais.

O neurocirurgião do HCor Neuro, Prof. Dr. Guilherme Lepski, explica que, antes de iniciar o procedimento, o especialista desenha o tumor ou a área a ser operada e também o acesso cirúrgico menos invasivo. Essa técnica é denominada Neuronavegação.

“A novidade é a incorporação de recursos avançados de Neuroimagem no plano cirúrgico, tornando visíveis ao cirurgião funções cerebrais e tratos neurais (vias pelas quais trafegam os tratos nervosos), que até recentemente não eram passíveis de demonstração durante a cirurgia. A incorporação dessas imagens no planejamento cirúrgico diminui consideravelmente as chances de lesar alguma área crucial do cérebro”, explica o neurocirurgião.

Outro recurso empregado em conjunto com a Neuronavegação e a Neuroimagem Funcional é a monitorização eletrofi siológica, que tem como objeti vo conferir as funções cerebrais durante a cirurgia. “Este sistema oferece ao cirurgião uma espécie de alarme ao se aproximar de alguma área críti ca, o que permite maior grau de ressecção cirúrgica e melhor resultado funcional, com menos complicações. O procedimento é indicado para pacientes diagnosti cados com tumores oriundos do próprio tecido cerebral, que estão situados próximos aos locais ‘mais nobres’ do cérebro, como as áreas visuais, de linguagem ou as áreas que comandam a movimentação do corpo”, esclarece Dr. Lepski.

Para o especialista, é comum o médico se defrontar com o dilema de deixar restos tumorais para evitar sequelas neurológicas ou buscar maior ‘radicalidade cirúrgica’, assumindo assim o risco de perda de algumas funções cerebrais e causando paralisias, perda de sensibilidade, perda visual ou difi culdade de linguagem.

Dr. Lepski esclarece, no entanto, que todas as áreas do Sistema Nervoso são nobres. Porém algumas delas, quando perdidas ou lesadas, podem ter suas funções assumidas por outras áreas correlatas. Esse mecanismo é conhecido em neurociência como plasti cidade cerebral e explica porque alguns pacientes andam, falam e se comunicam sem qualquer limitação, mesmo após infartos cerebrais extensos ou grandes cirurgias para tumores no cérebro. O conceito de ‘áreas críti cas’ envolve as áreas sem propriedades plásti cas, ou seja, cujas funções não podem ser assumidas por outras áreas.

Segundo o neurocirurgião, as áreas da fala, da motricidade e da visão são parti cularmente importantes para a socialização e interação com o meio. Anti gamente, doenças que acometessem essas regiões eram consideradas inoperáveis. “Quando uma intervenção cirúrgica dessas áreas era proposta, ocorria sob a presunção de alto risco de sequelas. Por conta disso, raramente o procedimento era indicado”, fi naliza Dr. Lepski.

Através de tecnologias desse porte, inicia-se uma nova era na neurocirurgia, onde as intervenções são guiadas por métodos capazes de demonstrar, em tempo real, as funções cerebrais em relação aos tumores do sistema nervoso. O resultado é mais segurança para o paciente e efi cácia na intervenção operatória, gerando maior qualidade de vida e tempo de sobrevida.

O HCor Neuro possui um núcleo especializado em neurociência, englobando neurologia, psiquiatria e neurocirurgia, e que tem como objeti vo proporcionar ao paciente uma vida saudável e produti va. Com esta meta, o médico pode recorrer a procedimentos menos invasivos, como é o caso, por exemplo, do tratamento de radiocirurgia por Gamma Knife. O método, estabelecido mundialmente, é seguro, efi caz e indicado, entre outras condições, para tumores intracranianos benignos e malignos que não podem ou não devem passar por intervenção cirúrgica, devido ao alto risco de sequelas.

Diante deste cenário, o HCor Neuro, em parceria com o Insti tuto de Ensino e Pesquisa (IEP) do hospital, conduz estudos multi cêntricos com o intuito de desenvolver medidas preventi vas e efeti vas para doenças neurológicas de âmbito nacional, como é o caso, por exemplo, da Depressão Maior e da Obesidade Mórbida.

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