revista mundogeo 73

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LASER SCANNER 3D Conheça mais sobre a nuvem de pontos ARCGIS E GOOGLE EARTH Tutoriais mostram como aproveitar ao máximo IDEs Integração de dados em múlplas escalas ARQUEOLOGIA Influência do geo nas ciências da terra Edição 73 | Ano 15 | Junho & Julho | R$ 19,90 Laser Scanner MundoGEO divulga resultado de pesquisa VANTs Saiba como diferenciar as opções no mercado Tecnologia da Informação TI + Geo: um choque entre dois mundos NÚMEROS DO EVENTO : 3.540 parcipantes de 25 países 70 marcas globais na feira 94% de aprovação LanAmerica 2013 Agronegócios Inteligência territorial para a gestão estratégica ENTREVISTA Paulo Guilherme Cabral Secretário de Extravismo do Ministério do Meio Ambiente

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A NOVA Revista MundoGEO reflete as convergências de geotecnologias e as preferências de nossos leitores, pois mais de 80% já assinavam as revistas InfoGEO e InfoGNSS. Outra mudança é a periodicidade, que passará a ser bimestral para atender às mudanças cada vez mais rápidas do setor.

TRANSCRIPT

Page 1: Revista MundoGEO 73

LASER SCANNER 3DConheça mais sobrea nuvem de pontos

ARCGIS EGOOGLE EARTHTutoriais mostramcomo aproveitarao máximo

IDEsIntegraçãode dados emmúltiplas escalas

ARQUEOLOGIAInfluência do geonas ciênciasda terra

EDIÇÃO 73 | ANO 15 | JUNHO & JULHO DE 2013

Edição 73 | Ano 15 | Junho & Julho | R$ 19,90

Laser ScannerMundoGEO divulgaresultado de pesquisa

VANTsSaiba comodiferenciar as opçõesno mercado

Tecnologiada InformaçãoTI + Geo: um choqueentre dois mundos

NÚMEROS DO EVENTO:3.540 participantesde 25 países70 marcas globais na feira94% de aprovação

LatinAmerica 2013

AgronegóciosInteligência territorial para a gestãoestratégica

ENTREVISTAPaulo Guilherme CabralSecretário de Extrativismodo Ministériodo Meio Ambiente

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Capa_RevistaMG73_final.pdf 1 15/08/2013 10:25:21

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MundoGeo Cursos online

Page 3: Revista MundoGEO 73

MundoGeo Cursos online

Page 4: Revista MundoGEO 73

entrevista Paulo Guilherme Cabral: Secretário de Extrativismo do Ministério do Meio Ambiente

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latitude Pressão nas ruas pode chegar ao Geo?

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Capa MundoGEO#Connect LatinAmerica 2013, Conferência e Feira de Geomática e Soluções Geoespaciais, aconteceu em São Paulo, de 18 a 20 de junho, e reuniu 3.540 profissionais, demonstrando a força do mercado geoespacial da América Latina

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Passo a Passo Por dentro do Google Earth – Parte 4

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+Trends Os desafios da integração de dados em múltiplas escalas às IDEs

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Tecnologia da informação TI + Geo: um choque entre dois mundos

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Prêmio MundoGeo#Connect 2013 Cerimônia reconheceu os destaques do setor de geotecnologia

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Tutorial Inteligência Geográfica na Cloud – Parte 3

30

Florestal Sistema de informações Florístico-Florestais de Santa Catarina

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Meteorologia Eumetcast: Imagens orbitais disponibilizadas em tempo real

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SUMÁRIO

Page 5: Revista MundoGEO 73

GeoQuality Inteligência territorial para a gestão estratégica no agronegócio – Parte 1

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VAnTs Saiba como diferenciar tipos de veículos aéreos não tripulados disponíveis no mercado

48Arqueologia Influência das geotecnologias nas ciências da terra

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Cadastro Simpósio do Comitê Permanente sobre Cadastro na Iberoamérica

52

laser scanner 3d Conheça mais sobre a nuvem de pontos

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Geoincra Confea define quem são os profissionais que podem assinar trabalhos georreferenciados

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Geografia O “novo geógrafo”: profissionais cada vez mais capacitados

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ide#Connect Fique por dentro das Infraestruturas de Dados Espaciais

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Pesquisa Por dentro do mercado: Laser Scanner

58

editorial

Web

seção do leitor

navegando

lançamentos

VAnTs & drones

online

Guia de empresas

614151618507072

Colaboraram nesta edição:Alexander González Salas, Arlete Meneguette, Augusto Copque, Claudio A. Spadotto, Daniela Maciel Pinto, Deilson Silva, Diego Moraes, Floriano Peixoto, Geovana Freitas Paim, Hermilino Danilo de Carvalho, Humberto Alves Barbosa, Joelma Miszinski, José Augusto Sapienza Ramos, Juliana Mio de Souza, Luciana Santiago Rocha, Marco Fontes, Roberto Tadeu Teixeira, Rodrigo Almeida de Sousa, Rovane Marcos França, Silvana Camboim, Wilson Holler

Acesse artigos complementares na revista onlinewww.mundogeo.com

Quem é Quem Conheça os profissionais de destaque na América Latina no setor de geo

66

Page 6: Revista MundoGEO 73

6 MundoGeo 73 | 2013

A realização de um grande evento passa por vá-rios estágios, desde sua concepção, formatação, pla-nejamento e execução, mas por mais que se tente gerenciar todos os riscos, há acontecimentos que fogem ao controle e nos levam a situações total-mente novas.

Foi assim em 2011 quando, a poucas semanas do MundoGEO#Connect, entrou em erupção um vulcão no Chile, o que aparentemente não teria ne-nhuma influência no evento mas acabou trazendo alguns transtornos, já que as cinzas chegaram ao Sul do Brasil e alguns palestrantes e participantes não puderam comparecer devido a problemas na decolagem dos voos.

E em 2013 não foi diferente, com as manifesta-ções nas ruas, que nos mostraram uma nova forma do povo brasileiro mostrar sua vontade, mas que também geraram alguns transtornos para a orga-nização do MundoGEO#Connect LatinAmerica, que aconteceu de 18 a 20 de junho – justamente a se-mana mais movimentada nas ruas – no Centro de Convenções Frei Caneca – a poucos metros da Ave-nida Paulista, o “epicentro” dos protestos.

Mas organizar eventos trata-se justamente de gerenciar o imponderável: Será que nossa progra-mação é atraente? Os palestrantes vão fazer sua parte? Os visitantes vão aparecer? E o que se viu este ano foi uma ampla participação no evento, com mais de 3,5 mil pessoas e muita interação entre os

… e o GiGAnTe ACordou

EDITORIAL

eduArdo FreiTAsEngenheiro cartógrafo, técnico em edificações e mestrando em C&SIGEditor da revista [email protected]

revista MundoGeoPublicação bimestral - ano 15 - nº 73

diretor e Publisher | Emerson Zanon Granemann | [email protected] editor | Eduardo Freitas | [email protected] editorial | Alexandre Scussel | [email protected]ário | Ivan Leonardi | [email protected] de Ti | Guilherme Vinícius Vieira | [email protected] | Jarbas Raichert Neto | [email protected] | Bruno Born | [email protected]ções internacionais | Rodrigo Ruibal | [email protected] e assinaturas | Thalita Nishimura | [email protected] Administração | Eloísa Stoffel Eisfeld Rosa | [email protected] Gráfico e editoração | O2 Design | [email protected] e impressão | Maxigráfica

MundoGeowww.mundogeo.com | Fone/Fax (41) 3338-7789Rua Doutor Nelson Lins d’Albuquerque, 110 - Bom RetiroCuritiba – PR – Brasil – 80520-430

Todas as edições da Revista MundoGEO estão online no Portal MundoGEO. O material publicado nesta revista só poderá ser reproduzido com autorização expressa dos autores e da MundoGEO Ltda. Todas as marcas citadas nesta publicação pertencem aos respectivos fabricantes. O conteúdo dos anúncios veiculados é de responsabilidade dos anunciantes. A editora não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Edições avulsas da Revista MundoGEO estão disponíveis para compra no Portal MundoGEO.

noVA seçãoAssim como o Portal MundoGEO, agora a re-vista também passa a contar com uma seção exclusiva sobre VANTs & Drones. Confira!

presentes. Claro que houve algumas desistências de última hora, o que não tirou o brilho da feira e conferência. Pelo contrário, pois os que foram até o local estavam focados em aproveitar ao máximo.

Outro acontecimento impossível de prever era a reação dos participantes após o jogo entre Bra-sil e México, realizado na tarde do segundo dia do evento. Mas o que se viu foi uma grande festa nos estandes, com os monitores de TV sintoniza-dos no jogo e todos torcendo pela seleção. E de-pois da partida ainda teve a entrega do Prêmio MundoGEO#Connect, com muita emoção por conta dos ganhadores, em um ambiente descontraído depois da vitória do Brasil.

O MundoGEO#Connect LatinAmerica 2014 já está marcado para 7 a 9 de maio, no mesmo local, com muitas novidades em sua programação. O que estará esperando por nós?

Fale

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Page 7: Revista MundoGEO 73
Page 8: Revista MundoGEO 73

MundoGEO 73 | 20138

PAulo GuilherMe CAbrAl

ENTREVISTA

Secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente

atualmente é a disponibilização da informação ao produtor para que ele possa, rapidamente e sem custo, caracterizar seu imóvel e enviar essa informação para o órgão ambiental pela internet, sem precisar ir ao órgão ambiental, o que traz mais agilidade e confiabilidade na informação. Dentre os ganhos podemos citar o ambiental, que é a re-cuperação e manutenção de áreas degradas, que podem ser revegetadas, representando um ganho ambiental e da eficiência ecológica, além do ga-nho econômico por parte do produtor, que pode deixar de ter uma área degradada e ter uma área de produção vegetal de madeiras, por exemplo, visto que o mercado hoje busca madeira de forma sustentável e legal. Além disso, o produtor passa a ter a segurança de acessar o mercado. Hoje o mercado internacional das comodities agro-pecuárias cada vez mais quer saber a origem dos produtos, se o gado, a soja e outros grãos estão provocando desequilíbrio ambiental e desmata-mento. Para o produtor continuar comercializan-do internacionalmente esses produtos, ele precisa confirmar a sua regularidade, o que será feito por meio do cadastro ambiental rural.

MG: Qual a importância do CAR e o que ele re-presenta para o país?PGC: O Brasil é um país que tem uma vocação de produção agropecuária fantástica. Nós temos possibilidade de produzir alimentos para atender tanto o mercado interno quanto internacional, as-sim como a produção de energia, como o etanol, por exemplo. Mas não basta só produzir com qua-lidade, quantidade e preço, é preciso respeitar as normas ambientais e sociais do país. Por isso existe a importância de se ter uma forma de registrar os imóveis rurais e um acompanhamento, pelo poder público e pela iniciativa privada, da origem dessa produção. Através do CAR serão oferecidas condi-ções para que o produtor, o mercado e os agentes públicos tenham uma informação eficiente, rápida e barata, e que possa inclusive integrar outras ini-ciativas de governo, da sociedade e da iniciativa privada. Assim, há também o interesse de associar uma ferramenta que irá informar sobre a cobertura vegetal dos imóveis rurais com informações sobre

Paulo Guilherme Cabral se formou em Agrôno-mia em Dourados, pela Universidade Federal

do Mato Grosso do Sul (UFMS), é Mestre em De-senvolvimento Rural pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e Secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Susten-tável do Ministério do Meio Ambiente (MMA). Foi um dos palestrantes no Seminário Mega-Tendências, que aconteceu no primeiro dia do MundoGEO#Connect LatinAmerica 2013 – Confe-rência e Feira de Geomática e Soluções Geoespa-ciais, realizado de 18 a 20 de junho em São Paulo (SP). A equipe MundoGEO conversou com o Se-cretário, que explicou sobre o Cadastro Ambien-tal Rural (CAR) – registro público nacional e obri-gatório para todos os imóveis rurais - e sobre o novo Sistema de Cadastro Ambiental Rural (Sicar).

MundoGeo: Como funciona o CAR e quais os benefícios trazidos por ele?Paulo Guilherme Cabral: O Cadastro Ambiental Rural foi criado pelo atual Código Florestal, Lei 12.651/2012, e estabelece uma obrigação de todos os produtores rurais - aquelas pessoas que fazem uso de recursos naturais em posses ou imóveis rurais - para que façam o cadastro do seu imóvel, caracterizando os recursos naturais que estão dis-poníveis. O que se quer buscar e verificar é princi-palmente o uso da vegetação natural desses imó-veis rurais, principalmente das Áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanente (APP). O Códi-go estabeleceu então um conjunto de regras que o produtor deve seguir, diferenciado pelo tamanho de seu imóvel. Os imóveis considerados de agri-cultura familiar, de até quatro módulos fiscais, têm um regramento que permite inclusive a utilização de parte dessas áreas que seriam de reserva legal e de APP, e os imóveis maiores, acima de quatro módulos fiscais, têm um conjunto diferenciado de responsabilidades e de recuperação dessas áreas, especialmente se for reserva legal. Isto tudo só é possível de ser implementado utilizando os recur-sos tecnológicos, como de imagens de satélites, que permitam a elaboração do cadastro de cerca de cinco milhões de imóveis, para que seja feita a gestão dessas áreas. O que se está buscando

Certamente este é um momento de

inovação e em que muitas pessoas,

organizações e empresas estão se

preparando para acessar e prestar serviços, visando

a disponibilização dessas informações.

Page 9: Revista MundoGEO 73

9 MundoGEO 73 | 2013

sanidade animal, logística de transporte, armaze-nagem, comercialização da produção, pesquisa, entre outras. Haverá assim uma infinidade de uti-lidades que certamente irão mudar o padrão tec-nológico, de assistência técnica e de comercializa-ção da produção. Certamente este é um momento de inovação e em que muitas pessoas, organiza-ções e empresas estão se preparando para aces-sar e prestar serviços, visando a disponibilização dessas informações. O produtor é o primeiro e maior interessado deste processo como um todo, além do consumidor, que terá a informação sobre a origem de seu produto e os mercados e ór-gãos regulamentadores. Trata-se de um conjunto de informações que, através da tecnologia dispo-nível atualmente, pode agregar e agilizar todo o processo de pres-tação de serviços, e nós acredi-tamos que teremos um novo pa-drão, tanto de produção quanto de uso dos recursos naturais.

MG: Que ações o Ministério do Meio Ambiente está tomando para divulgar este novo instru-mento de regularização fundi-ária?PGC: A participação no Mundo- GEO#Connect foi para nós muito importante, pois pudemos dialo-gar e conhecer tecnologias, em-presas e profissionais que estão na ponta do processo de fornecimen-to de serviços e de recursos tecno-lógicos, que permitam identificar e imagear os imóveis e territórios rurais, em um país que tem uma grande vastidão territorial. Estas novas tecnologias nos permitem, de fato, desenvolver tecnologias que garantam, por parte de um conjunto de gestores desta polí-tica florestal – órgãos estaduais e municipais de meio ambiente, em-presas, sindicatos e associações de produtores -, um conjunto muito vasto de serviços e de utilização. Um evento como este permite o contato e a integração de ações e iniciativas, que poderão agregar mais valor e sofisticação a um tipo

de informação que hoje está disponível, podendo o mercado desenvolver outras ferramentas para potencializar, por exemplo, a classificação de ima-gens, a automatização de sistemas, a disponibiliza-ção periódica de novas imagens para fazer parte do banco de órgãos ambientais e demais órgãos, que vão ajudar na implementação dessa meta de cadastrar cerca de cinco milhões de imóveis rurais em todo o território nacional.

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12 MundoGeo 73 | 2013

LATITUDE

Foi muito marcante, durante a realização do MundoGEO#Connect 2013, ficar hospedado a uma quadra da Avenida Paulista, durante a semana do evento que aconteceu de 18 a 20 de junho. Em pa-ralelo aos preparativos do evento, pudemos sentir o calor das discussões que estavam provocando um clamor nunca antes visto no Brasil.

Decididamente, a crise de representatividade democrática no país estava e ainda está em che-que. Por um lado, fiquei apreensivo de que os movi-mentos mostrados no mundo todo, em sua maioria pacíficos, pudessem afetar a presença de público no evento, o que de fato se consumou, pois nossa expectativa de 4.000 participantes ficou reduzida a 3.540 profissionais. Mesmo assim, um excelen-te número. Entretanto, confesso que senti, como cidadão brasileiro, uma grande oportunidade de darmos uma virada na forma como o Brasil vem sendo conduzido.

Esta mudança ora em curso nasce inspirada em movimentos apartidários (e não anti-partidários) liderados por jovens 100% conectados e que bus-cam um país melhor, mais justo, em que os poderes judiciário, legislativo e executivo atendam melhor os interesses públicos e tenham mais sinergia com a população brasileira através de seus vários seto-res. Ela cobra que as autoridades constituídas ajam com mais competência, moralidade e honestidade e com menos corporativismo e passividade. O reca-do foi e ainda está sendo dado. Esperamos que os destinatários da mensagem reflitam e mudem sua postura para tratar da coisa pública.

esTes MoViMenTos Vão AFeTAr o seTor de GeoTeCnoloGiA?

Tenho convicção que sim. Por um lado, sabe--se que muita pressão precisa ser feita junto ao governo para que mais investimentos públicos sejam realizados na plena produção, distribui-ção, utilização e constante atualização das infor-mações geoespaciais. A famosa vontade política ainda precisa ser consolidada e transformada em projetos inteligentes e viáveis, que saiam do pa-pel. Já são décadas de acertos e desencontros dos protagonistas envolvidos.

Na minha opinião, as entidades existentes pre-cisam ser re-inventadas sob o ponto de vista de

#VeMPrAruAPressão nas ruas pode chegar ao Geo?

atender as demandas do Brasil. O chamado “lobby

do bem” precisa ser construído a partir da união

dos interessados.

A recente e frustrada - até agora - tentativa de

se criar uma agência reguladora para o setor é um

exemplo da necessidade das iniciativas terem mais

respaldo da comunidade. Ela, embora inspirada

em objetivos relevantes, acabou sendo encami-

nhada para votação ao legislativo de forma muito

rápida, sem a devida discussão técnica e institu-

cional que permitisse uma melhor formatação da

sua implementação.

A re-invenção das missões dos atores existentes

passa por uma auto-avaliação dos objetivos des-

tas instituições em relação ao setor de Geomáti-

ca, como a Associação Nacional de Empresas de

Aerolevantementos (Anea), Sociedade Brasileira

de Cartografia (SBC), Associação Brasileira de En-

genheiros Cartógrafos (Abec), Federação Nacional

de Engenheiros Agrimensores (Fenea), etc.. Cada

uma à sua maneira e velocidade, está procuran-

do se movimentar e re-conquistar seus espaços.

As Universidades também precisam acompanhar

este movimento, bem como entidades históricas

como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE), Comissão Nacional de Cartografia (Concar) e

Diretoria do Serviço Geográfico do Exército (DSG).

Estas últimas, precisando re-organizar suas funções,

muitas vezes conflitantes entre si nos aspectos de

articulação governamental, produção e normatiza-

ção de dados geoespaciais.

A grande novidade, sem dúvida, é o recém cria-

do Instituto Brasileiro de Empresas de Geomática

e Soluções Geoespaciais (IBG). Com 25 associadas

de diversos sub-setores do geo, a entidade nasce

com uma proposta alinhada com o atual momento.

Com dinamismo gerencial moderno, seu plano de

ação prevê: mapear o setor produtivo e as deman-

das junto aos usuários; representar o setor juntos

aos fóruns governamentais, propondo moderni-

zação nas atuais leis que regem o setor; participar

de forma ativa na elaboração de projetos de ino-

vação tecnológica; e buscar recursos de fomento

à exportação.

A famosa vontade política

ainda precisa ser consolidada e transformada

em projetos inteligentes e

viáveis, que saiam do papel.

eMerson ZAnon GrAneMAnn Engenheiro cartógrafo, diretor e publisher do [email protected]

Page 13: Revista MundoGEO 73
Page 14: Revista MundoGEO 73

14 MundoGeo 73 | 2013

WEB

Você sabia que mais de 25 mil pessoas já se inscre-veram nos seminários online MundoGEO? E que o we-binar com maior público teve 1.510 participantes? E que o MundoGEO já está realizando eventos online em espanhol e inglês?

Os seminários online MundoGEO tiveram início em 2009, para fins educacionais e informativos, sobre tec-nologia, cases e tendências no setor de geomática e soluções geoespaciais. A metodologia de seminários à distância está alinhada às demandas globais por con-teúdo profissional em um curto espaço de tempo, sem necessidade de deslocamentos, tanto dos palestrantes e mediadores como dos participantes. A média recente nos webinars MundoGEO é de 1,5 mil inscritos e 750 participantes por evento.

Ganham todos com este tipo de encontro virtual: o apoiador do webinar fortalece sua marca e obtém feedback instantâneo do público; o participante re-cebe informação rápida e relevante; e o MundoGEO aumenta e fortalece cada vez mais a comunidade de geotecnologia.

Para conhecer a agenda dos próximos eventos, bem como para obter arquivos (pdf e vídeo) dos seminá-rios online já realizados, acesse www.mundogeo.com/webinar.

WebinArs MundoGeo

#ninGFACTs

ruMo Aos 10 Mil MeMbrosNo início de 2013 o Ning ultrapassou os 5 mil membros e agora

se aproxima dos 10 mil participantes. Inscreva-se, participe e con-vide seus amigos: http://geoconnectpeople.org.

+lidasJunho

IBGE divulga divisão urbano-regional do Brasil

Embrapa abre acesso a biblioteca de dados geoespaciais

Anunciados vencedores do Prêmio MundoGEO#Connect 2013

MaioMinistério do Planejamento autoriza concurso com 440 vagas

Anunciada a nova versão do Google Maps

Texto fala sobre a nova atuação do geógrafo

Geo PArA Todos!O GeoConnectPeople está aberto para todos os usuários e

produtores de geoinformação que desejam criar grupos e en-contrar colegas para trocar experiências, tirar dúvidas e debater temas relevantes.

Os conteúdos postados no GeoConnectPeople são ligados a Sistemas de Informação Geográfica (SIG), cartografia, agrimensura, fotogrametria, observação da Terra, geodésia, Sistemas Globais de Navegação por Satélites (GNSS), Serviços Baseados em Localiza-ção (LBS), Infraestruturas de Dados Espaciais (IDE) e suas diversas relações e aplicações.

A rede é pautada pelo debate de ideias e a construção colabo-rativa de conteúdos que tenham como objetivo fazer o mercado geoespacial global crescer de forma sustentável.

Conecte-se!

TV MundoGeoMundoGEo#ConnECt 2013

Cobertura completa da maior conferência e feira de geotecnologia da América Latina http://youtu.be/8AhwxhXVPV0

HExaGon

Entrevista com Fernando Schmiegelow, Diretor de Marketing da Sisgraph/Hexagon http://youtu.be/oSaTiGSYjh8

• GeoConnectPeople é a primeira e única rede social global exclusiva para o setor de geomática e soluções geoespaciais

• O GeoConnectPeople é baseado no Ning, uma plataforma online que permite a criação de redes sociais individualizadas

• O Ning foi criado em outubro de 2005, por Marc Andre-essen e Gina Bianchini. Já existem mais de 2 milhões de redes baseadas em Ning ao redor do mundo

• O GeoConnectPeople é gerenciado pela equipe do Mun-doGEO, que modera os posts – com o mínimo de interferên-cia – e elimina os spams que eventualmente entram na rede

Page 15: Revista MundoGEO 73

15

reVisTAAcabo de chegar do IBGE e receber a bela edição comemorativa de 15 Anos da revista MundoGEO. Está linda e muito informativa, técnica, moderna e sofisticada!eliane Alves | rio de Janeiro (rJ)

Gostaria de agradecer à MundoGEO pela revista edição especial de aniversário que acabo de receber. Obrigado a todos que fazem parte da MundoGEO. Desejo sucesso!Aronilson leal | bonito (Pe)

MundoGeo#ConneCT 2013Primeiramente gostaria de agradecer a oportunidade e a disponibi-lização do espaço dado às universidades no MundoGEO#Connect 2013, bem como às palestras sobre a unificação dos curso de En-genharias de Agrimensura e Cartográfica. Particularmente, foi a primeira vez que participo do evento e com certeza irei participar das próximas edições, assim como recomendarei a todos os outros professores e estudantes da UFV. Afonso P. santos | Viçosa (MG)

Foi um prazer poder desfrutar deste importante marco da geotecnolo-gia em São Paulo. Quero parabenizá-los (MundoGEO) pela importante iniciativa e desejar todo o sucesso para novos projetos desta magnitude.eduardo Capella | Jundiaí (sP)

Gostaria de parabenizar vocês pelo evento, em especial pelo seminário de VANTs que, pela quantidade de participantes, podemos perceber a validade do tema.Alex A. sikora | Curitiba (Pr)

oPinião

Gostaria de sugerir para a revista MundoGEO uma atenção espe-cial aos tecnólogos em geoprocessamento, profissionais que nos últimos concursos estão deixando de ser contemplados. Contudo, somos profissionais bem capacitados na área de geotecnologias. Acho que falta divulgação para nós, portanto penso que a Mundo-GEO, como o maior veículo de comunicação da área, poderia dar uma força para nossa comunidade.halysson Alves Macêdo | Teresina (Pi)

WebinArs

Parabenizo toda a equipe que compõe o MundoGEO. Ressalto a im-portância cada vez maior do compartilhamento das informações por parte de vocês.Franklin Ferreira Viana | sobral (Ce)

Muy interesante el seminario sobre gvSIG Desktop 2.0 por la informa-ción brindada, bien concentrada y excelente uso del tiempo. La moda-lidad de webinar, por su gran accesibilidad y dinamismo, resulta para mí excelente.Alfredo d. Collado | san luis - Argentina

Muy interesante el webinar con todas las novedades de la nueva versi-ón del gvSIG. Me gustaria que hubiese un webinar sobre el desarrollo del script en gvSIG 2.0.navarro Maldonado Juan Carlos | lima - Peru

Parabéns pelo webinar sobre a Plataforma HERE. Foi bastante enrique-cedor, principalmente para aqueles que estão inciando nesse caminho das geotecnologias, como é o meu caso. Espero poder participar de novos eventos.leila Fonseca | brasília (dF)

O webinar sobre o i3Geo foi muito bom, pena que o tempo foi pou-co. O i3Geo é surpreendentemente muito mais do que eu pensava. Parabéns pelo tema abordado e pela iniciativa. Érico oliveira | belo horizonte (MG)

SEÇÃO DO LEITOR

Envie críticas, dúvidas e sugestões para [email protected]. Por uma questão de espaço, as mensagens poderão ser editadas.

FACebook

Murilo CardosoExcelente webinar sobre o GVSig 2.0 de hoje. Obrigado, Eliazer Kosciuk, Eduardo Freitas Oliveira e os demais envolvidos. Aquela ferramenta de inserir uma quarta dimensão foi uma informação e tanto

TWiTTer

@Migtrons | Miguel Mesa@MundoGEO Excelente webinar, una nueva forma de llevar la oficina al campo y mejorar la eficiencia en las actividades a realizar. Gracias.

@eliazerk | Eliazer KosciukA todos que nos acompanharam no #webinar do @MundoGEO de hoje, sobre #gvSIG 2.0, o nosso muito obrigado pela participação

@dondatomas | Tomás DondaSi quieren saber sobre ArcGIS para dispositivos móviles no se pierdan http://mundogeo.com/es/blog/2013… organiza @MundoGEO y @telematicaperu

Page 16: Revista MundoGEO 73

16 MundoGeo 73 | 2013

sAnTA CATArinA reCebe noVo leVAnTAMenTo AeroFoToGrAMÉTriCo

Foi lançado no dia 14 de julho, em São José (SC), o programa de Levantamento Aerofotogramétrico do Estado de Santa Catarina. Discos rígidos contendo dados do levantamento aerofotogramétrico do estado já foram entregues a várias regiões do estado. Composto por mais de 70 mil imagens de alta resolução, o programa foi ini-ciado em 2008 na Secretaria, mas ganhou agilidade há dois anos, pela necessidade de atualização da rede hidrográfica estadual.

O programa, que teve custo de aproximadamente 12 milhões de reais, poderá ser utilizado para o planejamento costeiro, urbano e rural; avaliação ambiental integra-da; efeito de mudanças climáticas; estudos de potencial hidroelétrico; delimitação de zonas de risco em áreas atingidas pelas enchentes e realocação de moradias; quali-ficação de medidas de proteção ao meio ambiente; planejamento de ocupação e de construção de estradas, entre outras finalidades. As imagens anteriores eram de 1977 e de 1985. Segundo o engenheiro cartógrafo Thobias Furlanetti, o projeto começou a ser executado pela empresa Engemap, após a vitória de concorrência pública, em janeiro de 2010, e foi finalizado em dezembro de 2012.

insTiTuTo brAsileiro de GeoMáTiCA lAnçA PáGinA web

O Instituto Brasileiro de Em-presas de Geomática e Soluções Geoespaciais (IBG) lançou o seu site institucional. Na página www.ibgeo.org a comunidade de geo-tecnologia pode conhecer mais sobre os objetivos do Instituto, bem como acessar a documen-tação necessária para se associar. Segundo o conselho deliberativo, a meta estabelecida é chegar a 40 associados até o final de 2013 e a 60 até maio de 2014, quando o IBG completará um ano. Hoje, o Instituto conta com 24 empresas associadas. Para mais informa-ções, entre em contato com Bruno Born, gerente-executivo do IBG: [email protected].

NAVEGANDO

A Septentrio anunciou que Darren FiSher é o novo Gerente de Vendas da companhia, e

irá atender os mercados da Europa e Ásia

A partir de julho todos os usuários do arcGiS online passaram a ter acesso

aos serviços “premium” da DiGitalGlobe, permitindo mais acesso a imagens

de alta resolução

O GooGle adquiriu o aplicativo israelense Waze, que permite navegação

colaborativa por GPS

A leica GeoSyStemS firmou um acordo de cooperação e distribuição com a aibotix,

empresa fabricante de VantS

Pesquisadores da poli-USp desenvolveram um moDelo GeoiDal mais preciso

do Estado de São Paulo

Em parceria com o GooGle, o icmbio lançou o projeto park VieW, que vai permitir

um tour virtual pelas reservas e parques nacionais

A tomtom iniciou, em julho, a realização do mapeamento móvel com o auxílio de imagens captadas por carros equipados

com câmeras, sensores e GPS

Após a perda de três satélites GlonaSS-m na explosão do foguete Proton, em julho, a rúSSia anunciou que irá lançar dois satélites

ainda este ano

A ÍnDia lançou o primeiro satélite de seu sistema de navegação próprio, chamado de

IRNSS. Ao todo, sete satélites serão lançados até 2015

A apple adquiriu as empresas hopSpot e locationary, desenvolvedoras de

aplicativos de navegação por satélites

Peru reCebe A 20ª ConFerênCiA de usuários esri dA AMÉriCA lATinA

A Esri, desenvolvedora do software ArcGIS e a Telematica SA, sua representante no Peru, realizarão juntas a 20ª Confe-rência de Usuários Esri da América Latina (Lauc, na sigla em inglês), entre os dias 16 e 18 de outubro. Este importante even-to vem sendo realizado há vinte anos em diferentes cidades da América Latina, e tem a finalidade de reunir especialistas, parceiros de negócios e usuários do software ArcGIS, a fim de capacitá-los para atuar com os avanços do setor geoespacial.

Esta é a primeira vez que a Esri e a Telematica realizam juntas o evento. As inscrições já estão abertas e podem ser reali-zadas através do site www.esri.com/lauc ou pelo e-mail [email protected].

Page 17: Revista MundoGEO 73

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eMbrAPA Abre ACesso à biblioTeCA de dAdos GeoesPACiAis

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuá-ria (Embrapa) disponibilizou o acesso à Biblioteca Geoespacial, um sistema de armazenamento e de consulta de conteúdo geográfico produzido e administrado pela Embrapa Meio Ambiente, em Jaguariúna (SP). A Biblioteca Geoespacial conta com um servidor de dados onde são registrados os metadados de cada informação armazenada e tem interfaces gráficas para consulta ao con-teúdo e para armazenar novas informações. O sistema pode ser acessado em português, inglês ou espanhol.

INFOhttp://geo.cnpma.embrapa.br

PreVisão do TeMPo eM AlTíssiMA resolução

Uma nova versão do modelo regional Brams de previsão de tempo, cobrindo toda a América do Sul, foi lançada pelo Centro de Previsão do Tempo e Es-tudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/Inpe). O Brams versão 5.0 já está operacional para até sete dias, gerando previsões com resolução espacial de 5 quilômetros, contra 20 do modelo anterior. O avanço só foi possível de-vido à alta capacidade de processamento do novo supercomputador Cray do Inpe, o Tupã, instalado no CPTEC, em Cachoeira Paulista.

INFOhttp://previsaonumerica.cptec.inpe.br

MundoGeo lAnçA PlATAForMA de Cursos online

Após meses de pesquisas e desenvolvimento, o MundoGEO lançou uma nova plataforma de cursos online, com o objetivo de suprir uma demanda por treinamentos com conteúdo teórico e prático de qua-lidade, ampla interatividade e liberdade de horários. Quatro cursos já estão disponíveis: Introdução aos SIG – Prática com ArcGIS; Introdução aos SIG – Prática com Quantum GIS; Introdução ao PDI – Prática com ArcGIS; e Introdução ao PDI – Prática com Quantum GIS.

As matrículas já estão abertas! Para saber mais, acesse www.mundogeo.com/cursos.

A revista MundoGEO traz as principais novidades em padrões e servi-ços disponibilizados pelo Consórcio Geoespacial Aberto (OGC, na sigla em inglês), um consórcio internacional que reúne mais de 450 companhias, agências governamentais e universidades com o objetivo comum de de-senvolver padrões.

euA usAM PAdrões oGCOs padrões do OGC constam em um documento elaborado pelo Con-

selho Nacional de Ciência e Tecnologia (NSTC, na sigla em inglês) dos Esta-dos Unidos, chamado “Estratégia Nacional para Observação Civil da Terra“. O padrão recentemente lançado pelo OGC, denominado WaterML 2.0, foi aprovado pelo governo federal dos Estados Unidos como um componente oficial para estratégia de observação civil da Terra.

PAdrão de hidroloGiAO OGC anunciou o padrão WaterML 2.0 – parte 2: Ratings, Gaugings and

Sections Discussion Paper. Lançado no início de 2012, o WaterML 2.0 é utiliza-do para representações de observações hidrológicas, especificamente para dados em série histórica. Um documento sobre a nova versão do padrão se encontra disponível publicamente para receber comentários e sugestões.

OGCOGC

noVos sATÉliTesA Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) anunciou que

o próximo satélite Galileo encontra-se atualmente em fase de testes na Holanda, com seus painéis solares sendo implementados. Estes novos satélites fazem parte da fase de Capacidade Operacional Plena (FOC, na sigla em inglês) e fornecem os mesmos serviços operacionais que os seus antecessores, da fase IOV, porém estão sendo construídos por uma nova equipe industrial, a OHB, da Alemanha. Este é apenas o primeiro dos 22 satélites que estão sendo produzidos e testados pela OHB em larga escala, o que caracteriza uma nova forma de trabalho para a ESA.

sinAis CriPToGrAFAdosA QinetiQ e a Septentrio anunciaram uma nova solução para os satéli-

tes Galileo, utilizando sinais criptografados. O primeiro posicionamento do sistema Galileo foi realizado utilizando um dispositivo Galileo PRS Test User Receiver (TUR-P), desenvolvido pelas empresas sob um con-trato da ESA. O receptor continua a ser usado para a fase de validação em órbita do sistema.

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18 MundoGeo 73 | 2013

LANÇAMENTOS

TriMble MX2 e soFTWAre TridenTA Trimble lançou seu novo sistema móvel de captura de imagens e dados espaciais, o Trimble MX2. Resistente, leve e portátil, o MX2 foi projetado para mapeamento, levantamento e engenharia, e também pode ser utilizado com equipamentos de topografia convencional. Com um laser scanner incorporado é possível criar nuvens de pontos precisas, uma técnica que vem sendo muito utilizada atualmente. A companhia também anunciou novas funcionalidades para seu software Trident 6.0, desenvolvido para realizar transformações rápidas de nuvens de pontos e imagens em inteligência geoespacial. As novidades incluem um gerenciador de sistemas de coordenadas da Trimble e possibilidade de importação direta de dados.

INFO www.trimble.com/imaging

siG-TrAns e siGerA Imagem está disponibilizando ao mercado duas novas soluções para transmissão e geração de energia. O Sistema de Informação Geográfica da Transmissão (SIG-Trans) gera informações e dados que auxiliam as operações de transmissão de energia. O sistema traz ainda uma tecnologia focada em gestão patrimonial e otimização das etapas de cadastro, que permite a integração das informações geográficas com os dados contábeis, através da conexão do GIS com o SAP. Já o Sistema de Informação Geográfica da Geração (Siger) permite conversão e migração de dados, cadastro de atributos e integração com as informações alfanuméricas, visualização e edição das informações em ambiente web, cadastro e inspeção de campo em tecnologia mobile e conexão com SAP.

INFO www.img.com.br

A aerometric lançou uma nova

família de soluções geoespaciais

na nuvem, chamada de GeoappS

...

A blUe marble GeoGraphicS

lançou a versão 14.2 do software

Global mapper com novas

opções para trabalhar com dados

laser, imageamento multi-bandas,

cálculos de volumes, etc.

...

A SUlSoFt apresentou a

atualização Service Pack 3

(Landsat) para o software

enVi 5, que inclui recursos

novos e aprimorados

...

A SUperGeo technoloGieS

anunciou que o software

SUperGiS DeSktop 3.1a está

disponível em espanhol

...

A rieGl laSer meaSUrement SyStemS apresentou seu novo

sistema de mapeamento laser

aerotransportado,

o lmS-Q1560

...

A moSaicmill lançou a solução

enSomoSaic 7.5 para operações

de triangulação aérea e

orto-mosaicos, com opções

para que o usuário defina

projeções livremente

Zeno ConneCT 2.0A Leica Geosystems anunciou uma nova versão do software Zeno Connect, que

permite que diversos softwares de GIS móvel para coleta em campo possam ser

utilizados pelos dispositivos móveis da linha Zeno, fornecendo dados GNSS confiáveis

e precisos.

INFO [email protected]

GooGle MAPs CoordinATeA nova ferramenta Google Maps Coordinate, licenciada no Brasil pela Geoambiente, permite que o usuário defina atribuições por proximidade geográfica e disponibilidade de seu recurso. Além disso, todo monitoramento e interação é realizado em tempo real sobre a infraestrutura do Google Maps. Dentre os principais recursos, o aplicativo permite que o usuário crie grupos e equipes, gerencie o acesso dos usuários, personalize as informações e tarefas, localize a equipe em tempo real no mapa, visualize o status e histórico das tarefas e chamados, além de possibilitar a realização de videoconferências, compartilhamento de arquivos via Google Docs e mais. A ferramenta está disponível para smartphones com os sistemas Android e iOS.

INFO www.maisqueummapa.com.br

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Ms50 MulTisTATionA Leica Geosystems anunciou a Lei-ca Nova MS50 MultiStation, o pri-meiro instrumento que combina a mais avançada tecnologia de es-tação total com laser scanner 3D, imageamento e posicionamento GNSS em uma única solução. Re-forçado pelo software Leica Smart Worx Viva, a nova MultiStation define uma nova categoria de le-vantamento que combina a tecno-logia de estação total com escanea- mento laser.

INFO http://www.leica-geosystems.com

skeTChuP 2013A Trimble apresentou o novo SketchUp 2013, a versão mais recente da platafor-ma de modelagem 3D, popularmente utilizada por milhões de profissionais ao redor do mundo. Segundo a Trim-ble, a nova versão é a maior atualiza-ção do software desde que a empresa o adquiriu da Google, em abril de 2012, contando com maior capacidade para usuários profissionais e novas opções para a versão free. Esta nova versão in-clui melhorias na documentação do Ske-tchUp Pro em 2D, com ferramentas para vetorização de desenhos, renderização mais rápida e estilos personalizáveis.

INFO www.sketchup.com

GeoinT ACCelerATorA Nvidia, desenvolvedora de tecnologia para ciência da computação visual, lançou a GeoInt Accelerator, primeira plataforma de inteligência geoespacial acelerada por uma unidade processadora de gráficos (GPU, na sigla em inglês), que permite que usuários processem informações de forma mais rápida e precisa, a partir de grandes quantidades de dados brutos, imagens e vídeos. A plataforma utiliza dados de GIS e reconhecimento de objetos em vídeos coletados por aeronaves controladas à distância – Drones - e permite um processamento mais rápido de imagens de satélite de alta resolução, reconhecimento facial em vídeos de vigilância e planejamento de missões de combate. Oferece também aplicativos para análise de inteligência geoespacial e bibliotecas para desenvolvimento.

INFO www.nvidia.com/object/tesla-geoInt-accelerator.html

ATlAs do Censo 2010O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou no final de junho o Atlas do Censo Demográfico 2010, com novos ângulos de análise da distribuição espacial da sociedade no território nacional. A publicação impressa traz 268 mapas, distribuídos através de um temário que se propõe a abordar, de forma abrangente e interligada, as várias dimensões que compõem a dinâmica e o perfil demográfico da população brasileira, dando ênfase às diferenças regionais e locais contidas.

INFO http://censo2010.ibge.gov.br/apps/atlas

1/3

Web

inA

e

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20 MundoGeo 73 | 2013

MundoGeo#ConneCT 2013 MosTrA A ForçA do MerCAdo GeoesPACiAl nA AMÉriCA lATinAEvento reuniu 3.540 profissionais em São Paulo, de 18 a 20 de junho. Feira teve recorde de expositores, com 70 marcas globais. Edição 2014 já está marcada para 7 a 9 de maio e terá espaço ampliado para jovens talentos e empreendedores

Por alExandrE SCuSSEl

FotoS: daniEl FranCo

CAPA

Entre os dias 18 e 20 de junho de 2013 o mercado geoespacial da América Latina demonstrou toda sua força. A terceira edição do MundoGEO#Connect La-tinAmerica, Conferência e Feira de Geomática e So-luções Geoespaciais, aconteceu em São Paulo (SP) e reuniu 3.540 participantes de mais de 25 países nas 20 atividades do evento, além de 150 palestrantes e 70 empresas expositoras em uma feira de 4.600 metros quadrados. Com uma programação variada, o maior evento geoespacial da América Latina contou com sete seminários, cinco cursos, dois eventos especiais, quatro workshops e dois espaços de encontros.

Os números de uma pesquisa feita com os partici-pantes do evento mostraram que 94% avaliou positi-vamente e 92% indicaria o evento a um colega. Além disso, 89% dos participantes aprovou a infraestrutura do local, 93% opinou que a feira apresentou novidades, 89% gostou dos conteúdos apresentados nos seminá-rios, fóruns e cursos. “Estas avaliações confirmam nossas expectativas e nos desafiam a sempre buscar melhorar ainda mais a relação custo/benefício para os partici-pantes, apoiadores e patrocinadores do evento”, avalia Emerson Granemann, diretor da MundoGEO. “Apesar do evento ter acontecido no auge das manifestações populares nas ruas, ele atraiu mais de 3.500 participan-tes. Até na hora do jogo do Brasil e México a feira estava lotada, com vários expositores mostrando a partida em seus estandes. Mesmo antes, durante e depois do jogo, a troca de informações não cessou”, comemora. Atraindo um grande número participantes, a conferên-cia ofereceu, no dia 18, cinco cursos que abordaram as principais demandas dos profissionais do setor geo-espacial, tais como Georreferenciamento de Imóveis

Rurais, Geoprocessamento na Gestão de Municípios, Geomarketing, Cadastro Ambiental Rural e Infraestru-turas de Dados Espaciais (IDE).

“Eventos da natureza como a do

MundoGEO#Connect oferecem ao setor

privado a possibilidade de mostrar suas

inovações e entender melhor aquilo que

se adequa às nossas necessidades. Para

nós é importante para tornar público o quanto

estamos avançando no conhecimento e na disponibilzação

de informações que têm muita tecnologia embarcada. Além do

‘network’, o evento promove a troca do

conhecer e aprender”rovena negreiros

Diretora de planejamento

da Emplasa

ConFerênCiA inTernACionAlUm dos principais destaques da Conferência, o Se-

minário MegaTendências era muito aguardado por for-necedores, gestores e usuários de informação geoes-pacial. Realizado no dia 18, logo após a abertura oficial do evento, com palestras ministradas por especialistas do Brasil, Venezuela, Argentina, Canadá e Estados Uni-dos - e tradução simultânea para português, espanhol e inglês -, o Seminário demonstrou o que será realidade nos próximos anos, e trouxe temas atuais para discus-são junto ao público – presencial e online -, tal como o Cadastro Ambiental Rural (CAR).

Para apresentar sobre o novo instrumento de regu-larização ambiental rural do Brasil, a conferência trouxe Paulo Guilherme Cabral, do Ministério do Meio Ambien-te. “Este é um evento muito importante, pois podemos dialogar e conhecer tecnologias, empresas e profissio-nais que estão na ponta do processo de fornecimento de serviços e recursos tecnológicos que permitem iden-tificar e imagear os imóveis e territórios rurais do Brasil”, afirmou Paulo Guilherme, Secretário de Extrativismo e

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Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente.

O Seminário MegaTendências teve ainda a participa-ção de dirigentes ligados ao setor geoespacial interna-cional, tais como Rede Geoespacial da América Latina e Caribe (GeoSUR); Open Geospatial Consortium (OGC), Comitê Permanente para a Infraestrutura de Dados Geoespaciais das Américas (CP-IDEA); Lincoln Institu-te of Land Policy; e Global Spatial Data Infrastructure (GSDI). O MundoGEO#Connect contou também com a presença de uma delegação da Alemanha, represen-tada por Olaf Freier e Hagen Graeff, do Intergeo, maior evento de geoinformação do planeta, que é realizado anualmente no país.

“Gosto muito do evento e das publicações da Mun-doGEO, principalmente pelo trabalho realizado em co-nectar a comunidade latinoamericana e global”, afir-mou Peter Grognard, fundador e CEO da Septentrio, fabricante europeia de receptores profissionais para GNSS, palestrante no seminário MegaTendências. “Nós temos sorte de poder trabalhar com parceiros brasilei-ros, o que nos permite desenvolver soluções para ati-vidades atmosféricas intensas. Nós já fazemos isso há alguns anos, em parceria com a Universidade de São Paulo. Estar aqui, para mim, significa fortalecer minha rede e começar novos contatos e relações de negó-cios”, conclui.

VAnTs, neGóCios e soluçõesA terceira edição do MundoGEO#Connect teve a

presença, em sua feira de produtos e serviços geoespa-ciais, de 70 grandes companhias. As empresas e repre-sentantes de grandes companhias aproveitaram a feira do MundoGEO#Connect 2013 para lançar e demonstrar alguns de seus produtos e soluções em geotecnologias. Entre elas estão algumas companhias que, pela primei-ra vez, participaram de uma feira na América Latina, tais como DMC, Carlson, Pitney Bowes, Phenix, Sino-prime,  Stonex e Vexcel.  O espaço da feira esteve muito movimentado nos três dias do evento, com negócios e parcerias nacionais e internacionais realizadas em seus corredores, salas de reuniões e estandes.

“É a primeira vez que a SulSoft participa do MundoGEO#Connect e eu, como diretor da empresa, estou muito contente. Como já visitei as feiras anterio-res, vimos que o interesse cresceu e que o público com certeza se interessa por nossos produtos”, afirmou Mi-chael  Steinmayer, diretor-executivo da SulSoft.

A feira de produtos e serviços, além de contar com muitas novidades em softwares e soluções, neste ano teve diversos modelos de Veículos Aéreos Não Tripula-dos (VANTs ou Drones) em exposição. Tecnologia que

avança rápido no Brasil, os VANTs foram uma grande atração para usuários e também entusiastas deste mercado, que puderam conferir de perto mais de 10 modelos em exposição. Para apresentar ao público as características de cada veículo, sensor e solução de pi-lotagem, o evento apresentou o Seminário VANTs, tra-zendo especialistas para mostrar resultados concretos de utilização desta tecnologia.

“O tempo das aeronaves não tripuladas simples-mente como aviões que voam sozinhos já passou. É preciso, hoje, dar um uso viável para essas aeronaves, sob o aspecto de segurança e econômico”, afirmou Onofre Trindade Junior, pesquisador da Universidade de São Paulo (USP). “Na palestra no MundoGEO#Connect, nós apresentamos uma iniciativa livre que vem sen-do desenvolvida na USP para disseminar a cultura das aeronaves não tripuladas e fazer com que o processa-mento das imagens seja feito na aeronave, para gerar o mapeamento temático a bordo e transmiti-lo antes da aeronave pousar”, informou.

No último dia do evento foi realizado o Fórum Geoin-teligência para Defesa e Segurança, mostrando como a segurança, o combate ao tráfico de drogas e o moni-toramento de multidões podem ser melhorados com a ajuda das ferramentas de inteligência geográfica e, dentre elas, os VANTs. “De uma maneira geral, o VANT tem as mesmas capacidades de geração de produtos cartográficos e de imagens quanto as aeronaves tripu-ladas. No futuro, todas as aeronaves deverão ser VANTs, com exceção daquelas que carregam passageiros, e as aplicações civis certamente serão as mais importantes e diversas. As aplicações militares também são importan-tes, mas elas já existem e têm volume reduzido, a não ser em nações que têm algum conflito”, completou o pesquisador da USP.

“Uma tecnologia que a Santiago & Cintra está dando muita ênfase neste ano são as aeronaves não tripuladas. Nós aumentamos nosso portfólio, e hoje nós temos VANTs de curto alcance, equipados com uma câmera RGB ou de infravermelho próximo, e temos VANTs com até cinco horas de autonomia de voo. Com o VANT Arara é possível colocar qualquer sensor, dependendo do tipo de informação que será coletada”, comentou Gustavo Streiff, Diretor Comercial da Santiago & Cintra Geo-Tecnologias.

CAr eM desTAQueEm vista da atualidade do tema e da demanda da

comunidade geoespacial por um debate mais profundo acerca do CAR, a Conferência do MundoGEO#Connect apresentou o tema em três oportunidades: dentro da programação do Seminário MegaTendências; através

“Nós viemos de Pernambuco a São Paulo, porque o evento está reunindo pessoas de alto conhecimento, não só na área corporativa mas também de governo, e vemos aqui diversas universidades. Como a bola da vez de hoje é a geotecnologia, não tem lugar melhor para nos informar e ganhar novas ideias”Aldenir PaesDiretor admInistrativo do Grupo Arruda Paes

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de um curso com seis horas de duração; e também em um workshop gratuito, promovido pela empresa Santiago & Cintra Consultoria. Todas as atividades con-taram com ampla presença e participação do público, que pôde conhecer as características sobre este novo instrumento de regularização ambiental rural do Brasil.

Instituído pela Lei nº 12.651/2012, o CAR reúne todas as informações ambientais das propriedades e posses rurais, com acesso público pela internet, formando uma base de dados. O cadastro é o primeiro passo para a obtenção de qualquer licença ambiental para uso ou exploração dos recursos naturais da propriedade. Com o comprovante de inserção no CAR, o produtor pode reconhecer seu passivo ambiental e assumir o compro-misso para recuperá-lo.

Durante o Seminário MegaTendências, o CAR foi apresentado por Paulo Guilherme Cabral, que deta-lhou as ferramentas utilizadas pelo Ministério do Meio Ambiente para implantação do Cadastro.

Já no Curso “Regularização Ambiental e o Cadas-tro Ambiental Rural”, sob a instrução de Valmir Gabriel Ortega, consultor em projetos associados à gestão am-

biental e áreas pro-tegidas, foram apre-sentados histórico da regularização am-biental rural; a nova Legislação Flores-tal Brasileira (novo código florestal); conceito e possibili-dades; e as oportu-nidades associadas ao CAR. Segundo o instrutor, o Cadas-tro apresenta van-tagens para gestão ambiental do Brasil, tais como o contro-le e monitoramento do desmatamento, com integração das bases de dados do órgão federal e dos órgãos ambientais; maior transparência pública, com amplia-ção do controle so-cial; a regularização ambiental do em-preendimento rural

com segurança jurídica; dentre outras. No curso ainda foram mostrados desafios à implementação e experi-ências prévias.

Geo PArA GesTão PúbliCAParte da programação do MundoGEO#Connect

2013, o Seminário Gestores Públicos da Geoinforma-ção contou com a presença de importantes institui-ções – tais como IBGE, Incra, Ibama, Ministério do Meio ambiente, entre outras – que estiveram presentes para tirar as principais dúvidas de técnicos e gestores do governo com relação ao uso efetivo dos dados geo-espaciais na administração pública, a nível nacional, estadual e municipal.

Kilder Barbosa, representante do Incra, destacou o novo Sistema de Gestão Fundiária (Sigef) durante o painel sobre a importância estratégica da geoinfor-mação no Governo Federal. Segundo o palestrante, o novo sistema inclui a automatização do processo de certificação eletrônica, com a dispensa de documentos em papel. Kilder detalhou também a terceira versão da Norma Técnica de georreferenciamento, com as novas datas para certificação. Segundo ele, a Nova norma será sucinta, acompanhada de dois manuais de procedimen-tos, um para o levantamento dos limites e outro para o posicionamento.

Também esteve presente Dênis de Moura Soares, Coordenador de Estudos de Planejamento do Ministé-rio do Planejamento, que destacou a espacialização das ações do Plano Plurianual e a complexidade das Políticas Públicas, tais como as ações de articulação com as Secretarias Estaduais de Planeja-mento. Apresentou, ainda, o Plano Nacio-nal de Geoinformação e a Segunda Jornada INDE-Academia, que será realizada no se-gundo semestre de 2013.

Em um dos painéis do seminário sobre Gestão Públi-ca da Geoinformação, o tema central foi o CAR, apresen-tado por Aline Menke, Analista Ambiental no Ministério do Meio Ambiente, que detalhou como foi o processo de compra de imagens de satélite RapidEye para 98% do território nacional, que estarão disponíveis aos es-tados e municípios, bem como instituições privadas e ONGs que trabalham com o Cadastro, através de uma forma inovadora de cessões e licenças negociada com a fornecedora dos dados geoespaciais.

“Viemos para ver as novidades e o que tem

de tecnologias novas, principalmente rela-

cionado com os VANTs, que são uma ferramenta interessante, e também para ver as palestras re-lacionadas ao CAR, pois trabalhamos com isso”

renata TeuresEcóloga do Ibama

“Produtores, empresas, organizações e governos estaduais estão organizados

com o governo federal para acelerar e fa-cilitar todo o processo de cadastramento”,

explicou. “As parcerias com as entidades e associações de produtores, além de ga-

rantir a regularidade ambiental aos seus associados, serão de grande importância

para dar amplitude ao CAR e adequar o mercado a essa nova exigência ambiental”. A tecnologia como aliada do produtor tam-bém foi destacada por Cabral como o outro

caminho para implantação do Cadastro. Com o auxílio de imagens de satélite de alta resolução, será possível demarcar o períme-tro dos imóveis rurais de todo o país e fazer o cadastro do imóvel via internet. “No final do ano passado, o MMA adquiriu imagens de satélite em alta resolução de todo o ter-

ritório brasileiro, no valor de 28,9 milhões de reais, com aproximação de cinco metros, que serão utilizadas como base para o CAR”.

Veja uma entrevista com Paulo Guilherme Cabral na página 14

Dênis de Moura Soares, do Minis-tério do Planejamento

Ministério do Meio Ambiente

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Geointeligência para defesa e segurançaSegurança de fronteiras, combate ao tráfico de

drogas e armas, prevenção e resposta ao crime, monitoramento de grandes multidões. Com o au-xílio de ferramentas de Geointeligência é possível realizar pesquisa, desenvolvimento, aplicação e manutenção em processos e projetos de apoio à tomada de decisão em situações críticas. Com foco nos grandes eventos que o Brasil irá sediar, o Fórum Geointeligência para Defesa e Seguran-ça apresentou como os dados geoespaciais vêm sendo usados de forma estratégica. Abrindo o Seminário, um painel discutiu sobre o mapea-mento da Amazônia, encarado de forma estraté-gica para o país, em uma apresentação feita pelo General Pedro Ronalt Vieira, do Exército Brasileiro. “Um sistema de informação geográfica permite não só acompanhar todo o processo da seguran-ça nacional, mas também fornecer o conhecimen-to preditivo e a consciência situacional, comum com as várias áreas que se ocupam da seguran-ça de um país”, afirmou João Canais, Gerente de Negócios da Esri, pa-lestrante no painel sobre V i g i l â n cia Territorial e Operações em Defesa e Segurança.

Em outro momento do seminário, Luiz Motta,  Co-ordenador de Tecnologia de Informação Geoespacial da Diretoria de Proteção Ambiental do Ibama, falou sobre as dificuldades no monitoramento dos biomas e da dificuldade de interpretação das imagens e com-plexidade dos ambientes. O coordenador ressaltou a importância do desenvolvimento de novas ferramen-tas de software livre e de plataformas para o acesso aos dados existentes. “Nós do Ibama temos tentado ser referência na área de informações espaciais para o meio ambiente. Há 20 anos o Ibama trabalha com mo-nitoramento, especialmente para os biomas. Em 2013, a construção dessa informação vem sendo feita em pla-taformas livres”, declarou. “Ao gerar um dado espacial para tomada de decisão, a informação é sumarizada, quantificada e é feita a geração de gráficos para subsi-diar políticas a nível do Ministério do Meio Ambiente. O dado espacial, o vetor propriamente dito, é disponi-bilizado no final desse processo. Nós trabalhamos com imagens de dois anos, para poder ter esse balanço sobre a mudança da paisagem e da pressão sobre os biomas brasileiros”, completou.

“O evento MundoGEO#Connect cada vez mais tem a cara do mercado. É neste tipo de evento que a Hexagon tem sempre que estar presente, pois desejamos ficar em contato permanente com as demandas da comunidade”Claudio simãoPresidente da Hexagon para a América do Sul e Ásia

inteligência geográfica nos negócios Em 2013, a programação do MundoGEO

#Connect contou com a conferência internacional Location Intelligence Brazil, promovida em parceria com o portal norte-americano Directions Magazine, que realiza o evento Location Intelligence nos Esta-dos Unidos anualmente, mostrando as  principais aplicações da tecnologia geoespacial no mundo dos negócios.

“Foi uma grande oportunidade para oferecer um fórum educativo, que abordou as aplicações da tecnologia de localização na computação empre-sarial e inteligência de negócios”, disse Joe Francica, editor--chefe da Directions Magazine. Com tra-dução simultânea para espanhol e in-glês, a LI Brazil con-tou com o patrocí-nio da HERE – uma unidade da Nokia -, da Geofusion e da MapLink.

Joe Francica – Directions Mag.

General Pedro Ronalt – DSG

Em um dos paineis do Fórum, foram mostrados casos de planejamento e monitoramento de grandes eventos em grandes cidades brasileiras, pelos espe-cialistas em segurança pública Raquel Pereira Fonseca Crispiniano e Tenente Coronel Marcus Ferreira. Na oca-sião, Ferreira demonstrou como foi executada a análise de risco para locais de hospedagem de peregrinos na Jornada Mundial da Juventude 2013, realizada no Rio de Janeiro. De acordo com o especialista, com a disponibili-zação dos endereços de hospedagem dos peregrinos, a base de dados geoprocessada possibilitou a construção de informações relativas a áreas de maior densidade, o que foi utilizado pelos órgãos de segurança pública para a otimização do planejamento, com uma estrutura de segurança melhor focada, possibilitando que outros órgãos concentrassem seus recursos nas áreas em que efetivamente haveria maior número de peregrinos.

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24 MundoGeo 73 | 2013

Na última rodada de palestras do Fórum, a utili-zação de VANTs no apoio a projetos de segurança foi abordada. “Em minha apresentação sobre como se pode plotar os dados provenientes de VANTs dentro de

uma plataforma geográ-fica, foi demonstrado so-bre a análise de mudanças multi-temporais, uma das operações mais comuns e utilizadas na indústria de defesa, inteligência e se-gurança”, afirmou Carlos Cardona, Arquiteto de So-luções para América Lati-na da Esri.

AssoCiAções, uniVersidAdes e ProFissionAis

Durante o MundoGEO#Connect 2013, mais de vinte universidades e diversas associações de profissionais do setor organizaram encontros para debates sobre formação, união de esforços e integração com empre-sas, visando o desenvolvimento da inovação.  Assim, fez parte da conferência o 10º Encontro Nacional de Cartógrafos e 1º Encontro Nacional de Engenheiros Agrimensores e Cartógrafos, que debateu as atribui-ções destes profissionais. “O 10º Enecart e 1º Encontro Nacional de Engenheiros Agrimensores e Cartógrafos, organizado pelo MundoGEO#Connect, foi um even-to importantíssimo e histórico, pois conseguiu reunir engenheiros cartógrafos e agrimensores para discu-tir a unificação das atribuições profissionais e a atua-ção das associações, afirmou o engenheiro cartógrafo Edmilson Volpi, Presidente da Abec-SP. “Pela manhã, estavam reunidos vários cursos para discutir como a unificação poderá ser feita. As graduações que ainda não fizeram, mas que com certeza irão fazer, puderam debater sobre como será feita esta mudança, e como isso vai impactar nos alunos, instituições de ensino e na sociedade em si”, afirmou.

O Presidente fez ainda uma análise sobre o encontro das associações profissionais de engenheiros cartógra-fos e de agrimensores. “Durante o período da tarde, foi discutida a unificação das ações - uma tendência que, com os cursos de dupla atribuição, impactará nas asso-ciações. Foi muito importante, pois se determinou uma ação conjunta entre as duas associações. As associações de engenheiros cartógrafos - regionais de São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná - e as associações de engenhei-ros agrimensores - Apeaesp e Fenea - saíram de lá com uma determinação de trabalhar conjuntamente, seja na organização de eventos, em ações profissionais, e em trabalhos de representação no sistema Confea/Crea. Foi com certeza um evento muito proveitoso para as

associações profissionais, que finalmente conseguiram uma união há tanto tempo almejada, e também para as instituições de ensino que vão caminhar junto nessa unificação, que é um processo irreversível”, comemora.

Em 2013, o MundoGEO#Connect vivenciou um mo-mento muito importante, caracterizado pela aproxi-mação entre o evento e a academia. Com expressiva participação de professores e estudantes, várias institui-ções estavam representadas na feira com estandes, no “Espaço Universidades”. Instituto Militar de Engenharia, Unisinos, Universidade Estadual do Rio De Janeiro e as Universidades Federais da Bahia, de Alagoas, de Per-nambuco, de Viçosa,  do Pampa e do Paraná utilizaram o espaço da feira para demonstrar e debater as atividades de pesquisa e desenvolvimento no setor de geotecno-logia. Um evento paralelo ofereceu uma oportunidade única para que diferentes entidades, atuantes no cená-rio geoespacial nacional, demonstrassem programas, projetos, casos de sucesso, propostas e parcerias que fomentem o setor de geotecnologias no país: o Encon-tro de Integração Governo, Universidade e Empresas.

Outro exemplo desta aproximação pôde ser ob-servado nos workshops - eventos com participação livre -, que trouxeram especialistas e acadêmicos para debater tecnologias em informação geográfica. A pri-meira reunião da rede ICA-OSGeo Labs no Brasil reuniu universidades, instituições de pesquisa e demais orga-nizações com o objetivo de desenvolver uma plata-forma mundial de aprendizagem e criar infraestrutura de ensino e pesquisa nos tópicos de dados e padrões abertos e software livre na área geoespacial. Também foi realizado o workshop da Rede Brasileira de Monito-ramento Contínuo  (RBMC), reunindo especialistas de várias  instituições de ensino e de pesquisa, e um encon-tro que apresentou à comunidade o Projeto Temático GNSS-SP. Em seu terceiro encontro oficial, o Projeto envolve os pesquisadores que atuam na geodésia, ob-jetivando desenvolver algoritmos e metodologias para várias aplicações, entre elas aquelas factíveis de serem aplicadas na agricultura de precisão, cartografia e ca-dastro, meteorologia e monitoramento do nível médio dos mares, debatendo a implementação de uma rede de estações GNSS.

“Para nós da Universidade [Unisinos]

é importante esse envolvimento em feiras

geotecnológicas, pois muitas vezes ficamos

restritos à nossa região, e as pessoas não nos conhecem. Conseguimos neste evento transmitir a potencialidade da

Universidade em pesquisa, inovação e

tecnologia, e também divulgar o curso de

Engenharia Cartográfica e de Agrimensura,

que é uma graduação relativamente nova na

Unisinos”Prof. dr. Mauricio

Veronezcoordenador do curso

Engenharia Cartográfica e de Agrimensura da

Unisinos

Carlos Cardona – Esri

Page 25: Revista MundoGEO 73

25

“O evento deste ano foi muito equilibrado e completo, mostrando um retrato fiel das demandas do mercado de geomática e soluções geoespaciais, reunindo em três dias e em um mesmo local as principais lideranças do setor empresarial, governamental, associativo e universitário”emerson GranemannDiretor da MundoGEO

dATA MArCAdA PArA 2014!Em 2014 o evento acontecerá de 7 a 9 de maio no mesmo local, no Centro de Convenções Frei Caneca,

em São Paulo (SP). Já está prevista uma expansão para 7.500 metros quadrados no espaço total do evento, correspondente ao quarto andar do Centro de Convenções.

“Para 2014, o evento pretende ampliar sua oferta de cursos e espaços de debates, envolvendo as co-munidades dos demais países da América Latina. Além do quinto andar utilizado este ano, está prevista a utilização do quarto andar para um evento novo, destinado ao público jovem e à comunidade univer-sitária. As atividades serão alinhadas com este público, e irão abranger desafios, espaços para novos em-preendedores, start-ups e desenvolvedores”, explica Emerson Granemann.

Para conferir os materiais disponíveis dos fóruns, seminários, cursos e workshops, acesse a gra-de do MundoGEO#Connect LatinAmerica 2013 em http://goo.gl/KeeYgh. Mais informações sobre a edição 2014 do MundoGEO#Connect estarão disponíveis em breve no Portal MundoGEO e no site www.mundogeoconnect.com.

eleição define diretoria do ibGDurante o MundoGEO#Connect foi realizada a Assembleia Geral Ordinária do Instituto Brasileiro de Empresas de Geo-

mática e Soluções Geoespaciais (IBG), contando com a presença de 24 empresas que elegeram a diretoria para os próximos três anos. Durante o  encontro também foi realizada a eleição do Conselho Deliberativo, Conselho Fiscal, Conselho de Ética e Diretoria Executiva. Além disso, foram definidos a contribuição mensal e o plano de ações do Instituto, a serem imple-mentados nos próximos três anos.

As empresas associadas ao IBG atualmente são: AMS Kepler, Furtado & Schmidt, Embratop, Engemap, Geocenter, Geo fusion, Geopixel, Imagem, Unidesk, Alezi Teodolini, Geoambiente, MundoGEO, Métrica, Leica Geosystems, Inovação, Ge-oconsult, Santiago & Cintra Geo-Tecnologias, Santiago & Cintra Consultoria, Satmap, Sensormap, Sisgraph, Somenge, Tec-nomapas e Topocart.

Conselho deliberativo• Presidente: Luiz Leonardi – Imagem Geosistemas• Vice-presidente:  Eduardo Martins Oliveira – Santiago & Cintra• secretário:  Mauricio Braga Meira – Geoconsult• Conselheiros:  Izabel Cecarelli – Geoambiente, Patrick Pires – Leica Geosystems, Cesar Antônio Francisco – Engemap, Marcos

Guandalini – Alezi Teodolini, Emerson Cauduro Velho – Embratop, Daniel Alexandre Janini – Metrica• suplentes: Weber Pires de Sá Jr. – Satmap, Marco Antonio de Almeida Fidos Júnior – Inovação, Renato Zachariatas – Unidesk

diretoria executiva• Presidente: Emerson Zanon

Granemann – MundoGEO• Vice-presidente: Iara Musse

Félix – Santiago & Cintra Con-sultoria

• diretor Financeiro: Fernando Schmiegelow – Sisgraph

• diretor Administrativo: Kle-ber de São José – Furtado & Schmidt

Para mais informações, aces-se www.ibgeo.org ou entre em contato com Bruno Born, Geren-te Executivo do IBG, pelo email [email protected]

Eleição da Diretoria do IBG – 18 de junho de 2013

Page 26: Revista MundoGEO 73

26 MundoGeo 73 | 2013

PrêMio MundoGeo#ConneCT 2013Entrega de troféus aconteceu no final do segundo dia do MundoGEO#Connect LatinAmerica 2013. Emoção e novas categorias foram destaque na cerimônia

Em 2013 o Prêmio MundoGEO#Connect reconheceu empresas, instituições, marcas, softwares, equipamen-tos e pessoas que contribuíram para melhorar o setor de geotecnologia no último ano. A cerimônia de pre-miação aconteceu no dia 19 de junho, e a votação foi feita exclusivamente pela internet, com 70% dos votos vindos do Brasil e 30% do restante da América Latina. Ao todo, 27 troféus foram entregues, em uma cerimônia marcada por muita vibração por parte dos vencedores.

A Garmin, fabricante mundial de navegado-res GPS, foi a patrocinadora oficial do Prêmio MundoGEO#Connect 2013. “Para uma empresa que baseia-se nos princípios de inovação, comodidade, desempenho, valor e serviço, como a Garmin, é uma honra premiar as personalidades do mundo da geo-tecnologia”, comemora Ilham Harati, Gerente de Mar- keting da Garmin.

Confira a seguir o Top 5, Top 3 e os vencedores das 24 categorias do Prêmio MundoGEO#Connect, eleitos através de votação online, e também as instituições recebedoras de três prêmios especiais.

Personalidade – universidadesJoão Francisco Galera Monico (Unesp Presi-

dente Prudente)Joel Gripp (UFV)José Augusto Sapienza Ramos (Labgis UERJ)José Quintanilha (USP)Vandemberg Salvador (IFBaiano)

Personalidade – setor PúblicoEdmar Moretti (MMA)Gilberto Câmara (Inpe)Moema José de Carvalho Augusto (IBGE)Pedro Ronalt Vieira (DSG)Roberto Tadeu Teixeira (Incra)

Personalidade – setor PrivadoAntonio Machado e Silva (AMS Kepler)César Antonio Francisco (Engemap)Eduardo Oliveira (Santiago & Cintra)

PRÊMIO

Enéas Brum (Imagem)Rogério Neves (CPE Tecnologia)

Curso mais lembrado de engenharia de Agrimensura e/ou Cartográfica

Engenharia Cartográfica UFPEEngenharia Cartográfica UnespEngenharia de Agrimensura e Cartográfica UFPREngenharia de Agrimensura e Cartográfica UFVEngenharia de Agrimensura Unesc

Curso mais lembrado de GeografiaUFBAUFPRUnesp Rio ClaroUnicampUSP

instituição Pública de Maior destaqueEmplasaIBGEIGC-SPInpeMinistério do Meio Ambiente

Melhor Página no Facebook sobre Geotecnologias

Abec-SPAlezi TeodoliniClickGeoCPE TecnologiaEmbratop

legendaGanhadorTop 3Top 5

Imag

ens:

Dan

iel F

ranc

oPatroCínio:

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27

Melhor Provedor de MapasDigibaseGoogleImagemMapLinkNokia

Melhor iniciativa de ide na América latina

IDE ColômbiaIdera ArgentinaInde BrasilSNIT ChileIdemex México

Melhor empresa Júnior no setor de Geotecnologia

Ejeag (UFV)Ejecart (Unesp Presidente Prudente)Geoplan Jr (Unesp Rio Claro)Labgis Jr (UERJ)UniSigma (IFPB)

empresa mais lembrada distribuidora de imagens de satélites

Astrium Geo BrasilEngemapEngesatSantiago & Cintra ConsultoriaSpace Imaging Brasil

empresa mais lembrada distribuidora de software para Processamento de imagens

AMS KeplerImagemSantiago & Cintra ConsultoriaSisgraphSulsoft

empresa mais lembrada de Mapeamento

BaseEngefotoEngemapEsteioTopocart

empresa mais lembrada distribuidora de equipamentos de Geodésia e Topografia

Alezi TeodoliniCPE TecnologiaFurtado & SchmidtLeica GeosystemsSantiago & Cintra Geotecnologias

empresa mais lembrada distribuidora de software de Gis

GeoambienteGlobalgeoImagemSantiago & Cintra ConsultoriaSisgraph

empresa mais lembrada de desenvolvimento de soluções

CGI/LogicaCoffeyCognatisGeoambienteNotoriun

Marca mais lembrada de imagens de satélite

AlosAstriumDeimosDigitalGlobeRapidEye

Marca mais lembrada de software de Processamento de imagens

ArcGISeCognitionEnviErdasInpho

Marca mais lembrada de VAnTs

AGXGatewingSenseFlySmart PlanesXMobots

Marca mais lembrada de GPs Geodésico e Topográfico

GeomaxJavadLeicaSpectra PrecisionTrimble

Marca mais lembrada de estações Totais

GeomaxLeicaNikonTopconTrimble

Marca mais lembrada de software Topográfico

DataGeosisGeofficePosiçãoTopoEVNTopograph

Marca mais lembrada de GisArcGISErdasGeoMediagvSIGQuantum GIS

Melhor Profissional de MarketingFelipe Seabra (Geoambiente)Fernanda Ribeiro (CPE)Fernando Schmiegelow (Sisgraph)Lennon Barbosa (Embratop)Pamela Paiva (Astrium Geo Brasil)

Prêmios especiaisGlobal Spatial Data Infrastructure (GSDI)Comitê Permanente para a Infraestru-

tura de Dados Geoespaciais das Américas (CP-IDEA)

Rede Geoespacial da América Latina e Caribe (GeoSUR)

1 Daniele Barroca Mara Alves (Unesp Presidente Prudente)2 Maurício Braga Meira (RapidEye)3 Cesar Antonio Francisco (Engemap)4 Leandro Rodrigues (Esri)5 Emerson Granemann (MundoGEO)6 Eduardo Kenzo (Google)7 Franco Ramos (Trimble)8 Ben Mallen (Trimble)9 Gustavo Streiff (Santiago & Cintra Geotecnologia)10 Denny Welch (Topcon)11 Valéria Araújo (IBGE/CP-Idea)12 João Bosco Azevedo (IBGE)13 João Francisco Galera Monico (Unesp Presidente Prudente)14 Alvaro López (Sisgraph/Hexagon)

15 Rogerio Neves (CPE Tecnologia)16 Fernanda Ribeiro (CPE Tecnologia)17 Ana Cristina Lazzaro (Bentley)18 Izabel Cecarelli (Geoambiente)19 Iara Musse Félix (Santiago & Cintra Consultoria)20 Moema José de Carvalho Augusto (IBGE)21 Eduardo Freitas (MundoGEO)22 Eduardo Oliveira (Santiago & Cintra)23 Diogo Nava Martins (Topcon)24 Vinicius Fillier (Geoplan Jr)25 Pedro Ivo Gouveia Vilas (Unesp Rio Claro)26 Eric Van Praag (GeoSUR)

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MAnFrA

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MAnFrA

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MundoGEO 73 | 201330

TUTORIAL

TuToriAl ArCGis online – Parte 3

Vamos dar continuidade às práticas de utilização do ArcGIS Online, plataforma GIS na Cloud, atra-

vés da terceira parte do Tutorial. Nesta parte falare-mos de configuração de aplicações web.

Para executar as funcionalidades apresentadas no Tutorial ArcGIS Online parte 3 é necessário pos-suir uma assinatura do ArcGIS Online. Ainda não tem? Acesse: http://arcgis.com e faça a sua!

ConFiGurAção de APliCAções CoM ArCGis online

Sabe aqueles dias que você precisa comparti-lhar informações com diferentes tipos de usuários? Quando você quer fazer com que a informação ge-rada em seu ArcGIS for Desktop esteja disponível para membros de sua equipe, para profissionais ou cidadãos? Chegou o momento de fazer isso, de forma simples e eficaz. Vamos executar cinco pas-sos para configurar três aplicações em: JavaScript, Flex e Silverlight.

GerAção e PubliCAção de MAPAs, Tudo CoMeçA Aí!

Você pode usar seu próprio conteúdo geo-gráfico. Para este tutorial, usaremos os dados de municípios do Brasil disponíveis no site do IBGE. Acesse http://goo.gl/X6vVvp.

Importante: Você precisará do ArcGIS for Desktop 10.1 para executar os próximos passos:• Crie e salve seu projeto com o ArcMap• Clique no menu File » Sign In e insira as cre-

denciais de sua conta do ArcGIS Online for Organization

• Clique no menu File » Share as para abrir a ja-nela Share as Service

• Escolha a opção Publish Service • Choose a Connection e aponte para sua conta

de ArcGIS Online• Nomeie seu serviço e clique em next• Clique em Capabilities. Deixe marcada somente

a opção Feature Access • Clique em Item Description para descrever seu

serviço. Inclua no item Tags a palavra: Mundo-Geo. Clique em Publish

Seu mapa está sendo enviado para sua conta de ArcGIS Online. Veja a figura a seguir do meu mapa. Meu processo de publicação terminou.

deilson silVAEvangelista Técnico do Sistema ArcGIS, 13 anos de experiência em Sistemas de Informações Geográ[email protected]

CriAção de ProduTos de inForMAção• Abra seu navegador web e acesse sua conta de

ArcGIS Online através do endereço arcgis.com• Acesse seus conteúdos e veja o mapa que você

acabou de publicar! Veja como ficou o meu

Espacialização de dados e geração de Dashboard Geográfico

• Clique em Adicionar, digite Brasil na caixa Locali-zar e clique em Ir. Você verá uma camada chama-da Manifestações no Brasil. Inclua essa camada em seu mapa e coloque-a acima de seu mapa (você verá os pontos em vermelho)

• Clique em Salvar e defina: os itens como na fi-gura abaixo

• Clique em compartilhar e dê permissão a Todos (público)

ConFiGurAção de TeMPlATe eM JAVAsCriPT• Com a caixa Compartilhar aberta, clique em Criar

um Aplicativo da Web• Escolha um template em JavaScript disponível

no ArcGIS Online. Eu escolhi o primeiro template: Alerta de Tempo

• Clique em Publicar e inclua um título para sua aplicação

Page 31: Revista MundoGEO 73

31 MundoGEO 73 | 2013

• Agora clique em Meu Conteúdo para compartilhar sua aplica-ção. Olhe como ficou a minha

Perceba que, ao clicar nos pontos vermelhos, você recebe um pop up sobre as manifestações que contém o número de manifes-tantes e um foto.

CriAção de APliCAções CoM FleXPara criar uma aplicação em ArcGIS Viewer for Flex, primeiro

passo é realizar o download do mesmo em http://goo.gl/aVFOqd. Você precisará de uma conta Global da Esri. Cadastre-se! Ambos são gratuitos: o cadastro e o download. Verifique se você possui os pré-requisitos, tais como: Adobe Air, IIS, etc.. Se preferir, você pode baixar a versão em português.• Após instalação, abra o ArcGIS Viewer for Flex• Clique em Criar Novo Aplicativo, dê um nome a seu aplicativo e

clique em Criar

• Clique em Entrar (na parte superior do Viewer), insira suas creden-ciais da conta de ArcGIS Online

• Clique em Mapas Base e Camadas Operacionais• Veja que seus mapas provenientes do ArcGIS Online, podem

ser adicionados a sua aplicação• Insira os mapas mais adequados às suas necessidades. Eu fiz

da seguinte forma:Mapa BaseMapa base apresentados: TopográficosCamadas Operacionais

• Clique em ArcGIS for Server e digite: http://goo.gl/Ofxf1W• Clique na pasta Censo e escolha os mapas mais adequados a

sua demanda. Veja a figura abaixo

Extensão do Mapa• Defina a Extensão de seus Mapas operacionais• Configure Widgets (funcionalidades), Layout e clique em visualizar• Para finalizar, clique em concluído. Veja minha aplicação abaixo

CriAção de APliCAções CoM silVerliGhTPara criar uma aplicação em ArcGIS Viewer for Silvelight, o primei-

ro passo é realizar o download do mesmo em http://goo.gl/RSmvtk. Você precisará de uma conta Global da Esri. Cadastre-se! Ambos são gratuitos: o cadastro e o download. Verifique se você possui os pré- requisitos, tais como: Silverlight, IIS, etc.. Se preferir, você pode baixar a versão em português.• Após a instalação, abra o ArcGIS Viewer for Silverlight através

de seu navegador web• Clique em Criar Novo Aplicativo, dê um nome a seu aplicativo

e clique em Criar• Clique em Entrar (na parte superior do Viewer), entre com suas cre-

denciais da conta de ArcGIS Online• Pesquisar e digite mundogeo• Acesse o mapa que você criou e compartilhou no ArcGIS Online• Clique em abrir e defina as ferramentas e layout aderentes a suas

necessidades. Veja minhas opções na figura abaixo

• Após definir tudo, clique em Implantar• Defina um nome para sua aplicação e clique em OK

Pronto!!! Em cinco passos mostramos como criar um mapa no ArcGIS for Desktop, publicar no ArcGIS Online e configurar três aplicações: JavaScript, Flex (Adobe Air) e Silverlight.

Promoveremos um webinar para que possamos fazer juntos cada ação apresentada nos tutoriais 1, 2 e 3. Fique ligado nas comunicações da MundoGEO!

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Mundo Geo ConeCT 2013

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Mundo Geo ConeCT 2013

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Mundo Geo ConeCT 2013

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Mundo Geo ConeCT 2013

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MundoGEO 73 | 201336

Veja como carregar arquivos shp, aplicar templates e associar atributos

Nas edições anteriores da Revista MundoGEO de-monstramos como obter a licença do Google Earth

Pro válida por sete dias (http://goo.gl/a640Si) e como baixar arquivos do site do IBGE. Você já deve ter criado no Google Earth Pro uma pasta denominada “Arquivos SHP do IBGE,” para a qual importou o arquivo que re-presenta as mesorregiões do Estado de São Paulo. No momento da importação, uma mensagem foi exibida questionando se você desejava aplicar algum modelo aos recursos absorvidos e você clicou em Não, sendo assim foi necessário digitar o nome de cada uma das mesorregiões paulistas no painel à esquerda. Desta vez vamos importar um arquivo shp que representa as me-sorregiões do Estado do Mato Grosso do Sul, aplicar um template de estilo e demonstrar duas possibilidades de associação de atributos.

obTendo os ArQuiVos shPOs arquivos shp de malhas relativas às quatro

Unidades da Federação (Pará, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul), onde foram emancipados cinco novos municípios, foram modi-ficados a partir de 2013. Para obter conteúdo oficial e confiável para exibir no Google Earth Pro, entre no site do IBGE em http://goo.gl/2xZn47 e escolha ma-lhas_digitais » municipio_2013. Neste tutorial vamos utilizar os dados disponibilizados para o Estado do Mato Grosso do Sul, portanto baixe para seu compu-tador o arquivo “ms.zip”, descompacte-o e observe que na pasta “ms” você terá acesso a arquivos das extensões shp, shx, prj e dbf.

O Google Earth Pro importa arquivos shp desde que haja arquivos prj correspondentes, os quais informam qual sistema de projeção e datum fo-ram adotados. Considerando que o Estado do Mato Grosso do Sul tem geocódigo 50, todos os nomes dos arquivos iniciam com esses numerais, em segui-da vem duas letras, indicando tratar-se de: Unidades da Federação (UF), Municípios (MU), Mesorregiões (ME) e Microrregiões (MI). A escala é compatível com 1:250.000 sem supressão de pontos, estando em coordenadas geográficas e referenciadas ao Sirgas 2000, portanto, compatíveis com o Google Earth, que adota WGS84.

PASSO A PASSO

iMPorTAndo ArQuiVos shP e APliCAndo uM TeMPlATe

Faça login no Google Earth Pro e observe que há duas opções associadas com “Lugares”, uma delas é “Meus lugares” e a outra é “Lugares temporários”. Note que abaixo de “Meus lugares” aparecem as pas-tas criadas nos tutoriais anteriores. Clique em Arquivo » Importar. Indique o caminho onde você salvou seus arquivos baixados do site do IBGE. No canto inferior direito da janela flutuante exiba a lista suspensa de todos os tipos de arquivos que podem ser impor-tados para o Google Earth Pro, escolha ESRI Shape (shp). Observe que agora todos os arquivos shp são listados, clique sobre o arquivo “50MEE250GC_SIR”, que representa as Mesorregiões do Estado do Mato Grosso do Sul. Este arquivo foi escolhido como de-monstração, tendo em vista que o Google Earth Pro na versão de avaliação restringe o número de ele-mentos que podem ser importados, algo que não ocorre na versão completa (seja ela paga ou educa-cional). Quando for mostrado um aviso questionando se você deseja aplicar um template de estilo, clique em Sim. Em seguida será exibida uma caixa de diálo-go na qual é possível escolher criar um novo template ou abrir um template existente. Escolha criar um novo e clique em OK. Note que serão exibidas na caixa de diálogo quatro abas, associadas com Nome, Cor, Ícone e Altura. Observe que os dados importados do arquivo shp são mostrados na caixa de diálogo. Na aba Nome selecione a partir da lista suspensa qual atributo será associado ao nome do marcador a ser exibido no Google Earth Pro. Escolha CDGEOCOD-ME e note que tal atributo fica destacado na tabela. Agora clique na aba Cor. Há três opções a escolher: “selecionar a cor a partir de um campo”, “usar uma única cor” e “usar cores aleatórias”. Escolha a terceira opção. Clique em OK e o Google Earth Pro salvará o arquivo 50MEE250GC_SIR.kst, que contém o templa-te de estilo. Aceite a sugestão de caminho clicando em Salvar. Exiba os dados importados, bem como o layer de Limites para melhor contextualização. Note que no painel à esquerda são listados os geocódigos das mesorregiões sul mato-grossenses.

ArleTe APAreCidA CorreiA MeneGueTTeEngenheira cartógrafa (Unesp), PhD em fotogrametria (University College London). Docente e pesquisadora do Departamento de Cartografia da Unesp - Campus de Presidente [email protected]

Por denTro do GooGle eArTh - Parte 4

Page 37: Revista MundoGEO 73

37 MundoGEO 73 | 2013

Vamos demonstrar como gerar o mesmo mapa, mas desta vez es-colhendo outro atributo que será associado ao nome do marcador a ser exibido no Google Ear-th Pro. Para tanto, clique novamente em Arquivo » Importar e indique o ca-

minho onde está o arquivo “50MEE250GC_SIR.SHP”. Um aviso será mostrado, questionando se deseja recarregar o mesmo arquivo e perder as alterações feitas anteriormente. Clique em Sim. O aviso questionando se você deseja aplicar um template de estilo será mostrado. Clique em Sim. Na caixa de diálogo escolha criar um novo template e clique em OK. Mais uma vez será exibida a caixa de diálogo, sendo que na aba Nome, se-lecione a partir da lista suspensa qual atributo será associado ao nome do marcador a ser exi-bido no Google Earth Pro. Escolha NM_MESO e note que tal atributo fica destacado na tabe-la. Agora clique na aba Cor e escolha “usar co-res aleatórias”.

Clique em OK e o Google Earth Pro salvará o arquivo 50ME-E250GC_SIR.kst, que contém o template de estilo. Aceite a su-gestão de caminho, clicando em Salvar. Quando for mostrado o aviso informando que o arquivo já existe e questionando se de-seja substituí-lo, clique em Sim. Exiba os dados importados, bem como o layer de Estradas para melhor contextualização. Note que, no painel à esquerda, são listados os nomes das mesorregiões sul mato-grossenses. Renomeie “50MEE250GC_SIR.shp” para “Mesor-regiões do Estado MS”. Arraste e salve seus resultados em “Meus lugares”, na pasta “Arquivos SHP do IBGE”, e exiba as subpastas descendentes. Analise o resultado mostrado no navegador 3D e observe que as cores podem ser diferentes das mostradas neste tutorial, pois estão configuradas para serem aleatórias.

CoMPArAndo dAdos e FAZendo MedidAsAdote os mesmos procedimentos demonstrados neste tuto-

rial para importar os dois arquivos “50MUE250GC_SIR.shp”, que representam os municípios sul mato-grossenses nos anos 2010 e 2013. Renomeie os layers como “Municípios MS 2010” e “Municípios MS 2013” para evitar confusões futuras. Altere as propriedades de apresentação visual para facilitar a comparação das representações vetoriais multitemporais. Uma sugestão é mostrar os limites como linhas, ao invés de preencher os polígonos dos municípios. Neste tutorial as linhas em vermelho correspondem aos municípios de 2010 e as linhas em branco representam os municípios de 2013.

Exiba os limites dos municípios simultaneamente para verificar as alterações que ocorreram de 2010 para 2013. Para saber quais são os novos municípios emancipados, leia o arquivo disponibili-zado pelo IBGE em http://goo.gl/ZjGdTc, onde é possível constatar que o novo município denominado Paraíso das Águas (geocódigo 5006275) causou alteração de área em três outros: Costa Rica (ge-ocódigo 5003256), Chapadão do Sul (geocódigo 5002951) e Água Clara (geocódigo 5000203).

Para saber qual é o perímetro e qual é a área de Paraíso das Águas, você pode clicar com o botão direito do mouse sobre o nome do município e depois em Propriedades. Na caixa de diálogo, clique na última aba e escolha as unidades desejadas (km e km2, por exemplo). Observe a sintaxe exibida e note que é necessário também renomear alguns dos municípios para que a acentuação e os caracteres especiais sejam mostrados corretamente.

Seguindo as orientações dos nossos tutoriais de Google Earth Pro publicados anteriormente na Revista MundoGEO, você poderá gerar seu mapa com outras cores e porcentagens de opacidade, além de inserir título, fonte dos dados, legenda, norte e escala gráfi-ca. Ao invés de mostrar a imagem de satélite com as cores originais, você pode optar por tons de cinza ou cores esmaecidas no plano de fundo. Compartilhe seu mapa personalizado no Google+ ou capture a imagem e publique em suas redes sociais.

Page 38: Revista MundoGEO 73

38 MundoGeo 73 | 2013

resolVendo o PArAdiGMA dA PirâMide

+TRENDS

Os desafios da integração de dados em múltiplas escalas às IDEs

Desde que o professor Abbas Rajabifard, em con-junto com outros pesquisadores da Austrália, pu-

blicou em 2000 o artigo “Das iniciativas de IDEs locais às globais: uma pirâmide de blocos de montar” (tradução livre), se consolidou como o paradigma para a integra-ção de IDEs em diversos níveis uma pirâmide, em cuja base ficam as IDEs corporativas, que se uniriam em ini-ciativas locais, estaduais, nacionais, regionais até uma formar uma estrutura global. A ideia era bastante ori-ginal e contribui significativamente para a visão de que estruturas padronizadas podiam comunicar-se e formar associações mais amplas. Tal raciocínio foi adotado no Plano de Ação da Infraestrutura Nacional de Dados Es-paciais (INDE) no Brasil, através do planejamento da execução escalonado em ciclos, sendo o primeiro para atores federais, o segundo para estaduais e o terceiro para os demais.

No entanto, diversas novas possibilidades surgiram ao longo dos 13 anos que nos separam da publicação do artigo. A difusão do mapeamento voluntário, o mo-vimento para consolidação de dados governamentais abertos, e até mesmo a ampliação do uso e desenvol-vimento de ferramentas livres contribuíram para um cenário no qual o paradigma da pirâmide não parece espelhar de forma exata o desenvolvimento das IDEs em níveis diferentes.

Tomemos como exemplo a implementação da INDE: na prática, algumas instituições federais estão com a adesão, a produção e a disseminação de dados a ple-no vapor, enquanto outras ainda estão se capacitando para poder se integrar à iniciativa. Adicionalmente, as instituições, mesmo federais, não atuam apenas em Brasília, onde de forma geral ficam suas instâncias de gestão mais altas, mas também se distribuem em todo território nacional, em agências, escritórios, unidades estaduais, entre outras estruturas administrativas. É essa capilaridade que desafia os órgãos e os igualam aos demais entes federativos na tentativa de uniformizar padrões e descentralizar o conhecimento para que a informação seja mesmo produzida de forma distribuída e compatível com as normas adotadas. Por outro lado, há municípios, estados, regiões metropolitanas, que já possuem todo o arcabouço tecnológico para aderir à INDE. Portanto, não há razão para esperar que o ápice da pirâmide esteja implementado completamente para que seja sistematizada a forma de adesão de novos ato-res, com suas peculiaridades.

O momento atual sugere não mais um modelo de pi-râmide, mas o de uma rede de informação, onde dados de diferentes escalas, produzidos por agentes disper-sos, possam ser integrados em uma plataforma única e aberta para o benefício da sociedade.

As bases cadastrais, por exemplo, são as mais ricas fontes de informação sobre o ambiente urbano. No en-tanto, é nesta escala que as normas e padrões são mais heterogêneos, ou inexistentes, e são as instituições que trabalham com estes dados as que encontram maiores dificuldades quanto à capacitação de seus técnicos e ao compartilhamento de dados. Os esforços da comunida-de devem se voltar para que as pontas da rede - ou se preferir o paradigma anterior, a base da pirâmide - seja fortalecida a ponto de garantir IDEs mais consolidadas, eficientes e disponíveis para múltiplos usos.

As bases digitais de referência passam a ser vistas não mais como um único produto a ser atualizado por uma instituição em datas que variam de acordo com o cronograma de investimento, mas sim como um con-junto de dados produzido por diversas fontes. Assim, por exemplo, os limites de unidades de conservação seriam atualizados diretamente pelo órgão ambiental responsável pela área. De forma análoga, pode-se pro-ceder quanto aos limites municipais, através dos órgãos estaduais competentes ou quanto às estradas, receben-do dados do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), concessionárias e outros órgãos estaduais e municipais, dentre outros vários exemplos.

Em termos de pesquisa e inovação, tal integração nos coloca vários desafios. Um deles é reforçar o estu-do sobre generalização cartográfica e modelagem de dados em escalas diversas, de forma que dados atu-alizados em níveis mais detalhados possam compor bases de dados mais gerais, evitando a duplicação de esforços e custos de novos levantamentos. Outra gran-de questão que surge da integração de bases diversas é a documentação da qualidade de dados, para que seja possível a decisão da utilização ou não de determina-do produto de acordo com a necessidade do usuário. Ferramentas com este objetivo já existem, como por exemplo para a IDE europeia (Inspire) que permitem, entre outras funções, a validação de bases de forma semi-automatizada. Vale a visita no site www.inspire-services.eu/inspire-services para conhecer esse e outros webservices disponíveis.

Em resumo, as interferências e leituras do espaço geográfico acontecem de forma dispersa por atribuição legal ou necessidades específicas de diversos atores. A adoção da atualização dos dados o mais próximo do local onde os fenômenos acontecem poupa custos e o acúmulo de erros, e o compartilhamento descentraliza-do destas informações à rede proporciona uma infraes-trutura de dados mais plural, dinâmica e participativa.

silVAnA CAMboiMProfessora de Banco de Dados Geográficos e SIG no Departamento da Geomática da UFPR. Engenheira Cartógrafa e doutora em Ciências Geodésicas pela UFPR, com mestrado em Gestão Ambiental pela Universidade de Nottingham, Reino Unido, e MBA em Gerenciamento de Projetos pela FGV. Coordenadora do nó da UFPR da rede ICA/OSGeo Labs. Coordenadora do Grupo de Trabalho de Normas e Padrões do Cinde/[email protected]

[...] o paradigma da pirâmide não parece espelhar

de forma exata o desenvolvimento

das IDEs em níveis diferentes.

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39 MundoGEO 73 | 2013

CPe TeCnoloGiA

Page 40: Revista MundoGEO 73

MundoGEO 73 | 201340

FLORESTAL

Sistema de Informações Florístico-Florestais de Santa Catarina

FlorA MAPeAdA

A iniciativa para realização do Inventário Florísti-co-Florestal de Santa Catarina (IFFSC) partiu do

Governo do Estado, demandada pela Resolução 278

do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama),

de 24 de maio de 2001, que trata da proibição da

exploração e do corte de espécies ameaçadas de

extinção do Bioma Mata Atlântica. Para atender à

resolução, foi necessário inventariar as condições

e o status de conservação das florestas nativas de

Santa Catarina.

Os levantamentos de campo foram finaliza-

dos em 2011 e as instituições Empresa de Pesquisa

Agropecuária e Extensão de Santa Catarina (Epagri),

Universidade Regional de Blumenau (Furb) e Uni-

versidade Federal e Santa Catarina (UFSC) foram

responsáveis pela execução das diferentes metas

do projeto: digitalização e integração dos acervos

dos herbários catarinenses; inventário dos rema-

nescentes florestais; diversidade genética de deter-

minadas espécies; levantamento socioambiental;

e desenvolvimento dos sistemas de informações

florístico-florestais.

O Sistema de Informações Florístico-Florestais

de Santa Catarina (SIFFSC) é resultado da meta sob

responsabilidade da Epagri/Ciram, na qual os objeti-

vos foram organizar, armazenar, integrar, recuperar

e disponibilizar os dados levantados em campo. O

Sistema de Mapas para Web é de acesso público e

o Sistema Visualizador de Informações Florestais

(Vinflor) é de acesso a pesquisadores, técnicos e

gestores públicos. Ambos estão disponíveis por

meio do site do projeto.

PorTAlO “Portal do Inventário Florístico Florestal de

Santa Catarina” é uma ferramenta de apoio infor-

macional na qual a comunidade acadêmica, pesqui-

sadores e a sociedade em geral acessam conteúdo

com qualidade, bem como documentos informa-

tivos sobre vários temas relacionados ao projeto.

O acesso ao portal do IFFSC pode ser efetuado no

endereço www.iff.sc.gov.br.

JoelMA MisZinskiAnalista de Sistemas – Especialista em Desenvolvimento Web e Gerenciamento de Projetos. Epagri/Ciram - Tecnologia da Informação e Comunicaçã[email protected]

JuliAnA Mio de souZAEngenheira Cartógrafa, Mestre em Cadastro Técnico Multifinalitário. Epagri/Ciram - [email protected]

Portal do IFFSC

O conteúdo é frequentemente atualizado com informações enviadas pelos integrantes do Projeto em forma de notícias, fotos, relatórios e informa-ções gerais.

sisTeMA de MAPAs PArA A WebAs informações disponíveis para acesso público

foram definidas em reuniões com as equipes dos levantamentos. Para a implementação do sistema de mapas para a web foram utilizados uma base de dados geográficos (dados associados à sua locali-zação na superfície – mapas), uma base de dados alfanuméricos (tabelas), fotografias e relatórios re-sultantes dos levantamentos de campo.

Para armazenamento e gerenciamento dos da-dos foi utilizado o Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGDB) Oracle 11g e, para edição dos dados, elaboração dos serviços de mapas e desenvolvi-mento da aplicação web, um pacote de solução da Esri, GIS Server Standard, ArcGIS Desktop (versão 10) e Flash Builder.

A partir do levantamento de requisitos foi defi-nida a estrutura de modelagem do banco de dados geográficos (onde, por meio dos códigos – campo numérico –presentes tanto nas geometrias quan-to nas tabelas, é garantido o relacionamento geo-metria-tabelas), bem como as funcionalidades do sistema. Para tanto, a modelagem dos dados e a implementação foram baseadas em conceitos de SIG, Cartografia Multimídia e WebGIS.

Page 41: Revista MundoGEO 73

41 MundoGEO 73 | 2013

1/3

Ass

inAT

ur

A

Os sistemas de mapas para a web ofere-cem, além das funcionalidades básicas de exploração, exibição de layers (camadas), na-vegação e pesquisa de atributos, uma série de operações específicas de um sistema de informação geográfica.

O sistema possui funcionalidades como: identificar, busca avançada, imprimir, mar-cador, desenhar e medir, localizar por co-ordenadas, lista de camadas com legenda dinâmica e transparência; funcionalidades básicas para navegação (zoom mais, zoom menos, pan), escala gráfica e visão geral, acesso aos mapas – índices e mapas-base – arruamento, imagem e topografia .

A funcionalidade “Identificar” apresenta as informações que descrevem aquela uni-dade espacial, as fotografias e os documen-tos. Já a funcionalidade “Busca avançada” permite consultar, por exemplo, em quais bacias hidrográficas há ocorrência de Arau-cária, bem como consultar as tabelas de in-formações de campo.

espécies consideradas a priori como amea-çadas de extinção.

Para desenvolver o sistema de acesso restrito via web, foi adquirido o software QlikView, que é uma plataforma de Busi-ness Intelligence (BI), de análise associati-va in-memory que combina e integra os dados, possibilitando que os usuários o explorem livremente, obtendo respostas rápidas e representativas.

O sistema compreendeu o desenvolvi-mento de uma tela chamada Dashboard, onde são apresentadas análises qualitati-vas da floresta com informações, em forma de gráfico, da qualidade das árvores e seus fustes, os estádios da floresta, entre outras análises. São apresentadas também análi-ses quantitativas, em forma de tabela, do total de pontos amostrados de cada meta, das plantas medidas, das espécies encontra-das, das espécies armazenadas no herbário da Furb, dos questionários socioambiental aplicados, entre outros.

Todas as informações estão disponíveis para download (tabelas, gráficos, relatórios e fotografias) e para impressão dos resultados das consultas em forma de tabelas e mapas.

sisTeMA VisuAliZAdor de inForMAções FloresTAis

Atualmente, o banco de dados alfanu-mérico do IFFSC armazena informações de aproximadamente 162 mil plantas avaliadas nas 440 Unidades Amostrais (UA), 16 mil plantas coletadas e armazenadas no her-bário da Furb, 777 questionários do levan-tamento socioambiental e resultados da análise de 19 sistemas isoenzimáticos de 13

Além das informações integradas no Dashboard, o sistema disponibiliza infor-mações específicas de cada meta de traba-lho, que podem ser acessadas pelos botões nomeados com a descrição das respectivas metas. Foram inseridos filtros de consultas por unidades espaciais (município, microrre-gião, mesorregião, região fitoecológica, ba-cia e região hidrográfica), família e espécies.

O Vinflor é uma ferramenta de uso restri-to aos pesquisadores do IFFSC. Ele oferece a esses usuários possibilidades de executarem buscas, filtragens e cruzamento dos dados para subsidiar projetos e políticas públicas para uso sustentável das florestas.

AGrAdeCiMenTosAs autoras agradecem o apoio da Fun-

dação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), que financiou o Projeto.

Tela inicial do sistema – Dashboard

Funcionalidade Identificar e Funcionalidade Busca Avançada

MAIS DE

50 MILLEITORES

SUA

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MundoGEO 73 | 201342

Um choque entre dois mundos para estudar melhor um

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Ti+Geo

Na história da ciência sempre perseguimos o co-nhecimento, fitando muitas vezes sobre aquilo

que estava à nossa volta. Nesta epopeia, o fator geo-gráfico é inexorável. Não por outro motivo que a ex-pressão “à nossa volta” aparece já na primeira frase.

Na sociedade da Grécia antiga até a atual em crise econômica profunda, a ciência foi segmentada con-forme o conhecimento especializava-se. Temos, hoje, um quase incontável grupo de áreas do saber, onde se estruturam os cursos técnicos e superiores de nosso sistema de educação moderno. Isso trouxe um desa-fio aos acadêmicos e gerentes de empresas: realizar o movimento oposto e juntar os profissionais formados em diferentes áreas do conhecimento em torno de uma mesma atividade profissional. A linguagem de cada área do conhecimento se especializou a um nível que a conversa técnica interdisciplinar virou um obstáculo. Nas áreas das Geotecnologias é fundamental ser mul-tidisciplinar e os profissionais dessas áreas flertam cada vez mais com conhecimentos além daqueles de sua for-mação acadêmica. Seria soberbo achar que uma área de formação, isoladamente, teria todos os instrumen-tos necessários para desvendar o espaço geográfico.

Já virou jargão o termo “Era da Informação”, na qual estaríamos hoje. Alguns textos defendem que estamos um passo à frente, e que hoje vivemos na “Era da Co-nexão”. Seja o termo que a história vai cunhar em seus livros daqui a alguns anos, o fato é que a tecnologia, hoje, faz que algumas pessoas dos grandes centros sin-tam mais falta de internet do que da televisão ou mes-mo de outros serviços mais básicos. As empresas estão digitais e utilizam os computadores em praticamente toda a sua cadeia de negócio. Assim, estas máquinas assumem papel de protagonistas quando se trata de informação, inclusive geográfica, e resulta com que os profissionais mais especializados precisem aspirar às técnicas de computação.

Convencionou-se chamar de Tecnologia da Infor-mação (TI) o conjunto de soluções computacionais que visam o trabalho com a informação. Apenas para fi-car em dois exemplos de como as Geotecnologias e a Computação estão inseparáveis, não há como pensar atualmente em um Sistema de Informações Geográfi-cas (SIG) sem computadores ou uma imagem digital de um sensor remoto imageador sendo trabalhada ape-nas em papel. Uma vez que o diálogo interdisciplinar não é simples, ocorrem dois movimentos dentro das equipes de projetos em Geotecnologias: estas equipes comumente contam com profissionais de TI; e os pro-

JosÉ AuGusTo sAPienZA rAMosCoordenador Acadêmico do Sistema Labgis. Professor do Departamento de Geologia Aplicada da Faculdade de Geologia da UERJ. Formação na área de Engenharia e Ciência da Computação, atua há mais de 12 anos na área de Geotecnologias com pesquisa, ensino e [email protected]

fissionais especializados nos softwares específicos de Geotecnologias, geralmente formadas na área de Geo-ciências, buscam se interar de assuntos como banco de dados, programação de script, servidores, entre outros. É um choque entre dois mundos, que ficou conhecido pelo termo TI+GEO.

Da mesma forma que hoje, infelizmente, os profissio-nais de geociências e afins no geral não possuem, nas suas graduações, uma formação extensa nos temas das Geotecnologias, o profissional graduado em computa-ção não recebe uma formação focada para as mesmas, a citar: banco de dados geográficos, geometria compu-tacional e estruturas de otimização específicas. A mes-ma dificuldade de formação em nível de graduação em Geotecnologias que a parte “GEO” possui, é também encontrada na parte “TI”. Por outro lado deste cenário, a comunicação entre essas duas áreas só é possível caso uma área entenda o mínimo das técnicas e conceitos da outra. É salutar, nesse contexto, que um profissional de TI consiga realizar, ou ao menos entender, uma análise espacial ou alterar um datum planimétrico e que um profissional de geociências ou afins consiga montar um script básico ou construir um pequeno banco de dados. Evidentemente as atividades técnicas avançadas ficam aos respectivos especialistas.

Alguns leitores podem ter pensado: mas por que não formar um profissional que agregue as duas espe-cialidades em uma mesma graduação, por exemplo? A resposta não é simples, pois envolve todo um processo de ensino superior já cristalizado em grades de discipli-nas mastodônticas. O aluno aprende uma coleção de matérias na sua formação, porém com a ligação entre os conteúdos de maneira fraca ou inexistente. A primeira pergunta seria se, em quatro ou cinco anos, é possível formar um profissional com competências em duas áreas hoje tão distintas. Ou se o estudante absorveria essas competências parcialmente e complementaria a formação após a graduação. Podemos questionar também se a graduação é o espaço para tal formação. Porém este assunto fica para outro artigo.

A necessidade de ser multidisciplinar para estudar o espaço geográfico, a dificuldade exatamente nesta interação de disciplinas e a importância que a Tecnolo-gia da Informação assume hoje nas empresas, faz com que o tema TI+GEO seja rico de abordagens a fim de promover a aproximação entre as áreas, seja nos ter-mos técnicos, seja em uma instrumentalização de uma área pela outra. Este desafio já faz parte do cotidiano de muitas empresas e profissionais.

Seria soberbo achar que uma

área de formação, isoladamente, teria todos os instrumentos

necessários para desvendar o

espaço geográfico.

Page 43: Revista MundoGEO 73

ssCon

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MundoGEO 73 | 201344

METEOROLOGIA

euMeTCAsTImagens orbitais de altíssima resolução temporal são disponibilizadas em tempo real

Relatório final Sageo, 2012 -

www.lapismet.com

INFO:

huMberTo AlVes bArbosADoutor em sensoriamento remoto (PhD) pela Universidade de Arizona. Professor da Universidade Federal de Alagoas, onde coordena o Laboratório de Processamento de Imagens de Satélites. Experiência nas áreas de meteorologia e sensoriamento remoto, com ênfase no sistema vegetação-clima-atmosfera. Coopera com a Eumetsat no âmbito da Eumetcast Brasil, através da atividade de treinamento e difusão de [email protected]

As universidades desempenham um importante papel na investigação e na formação acadêmi-

ca no campo das aplicações espaciais. A atual dispo-nibilidade de dados ambientais nas universidades brasileiras é ainda insuficiente para permitir e apoiar a tomada de decisão em questões ambientais ao nível regional. Neste aspecto, há vários projetos, instituições acadêmicas, centros e redes nacionais e regionais envolvidos em diferentes aspectos de desastres naturais, para os quais dados de satélites, radares meteorológicos e de observação in situ são utilizados para atingir os seus objetivos específicos. Contudo, há uma crítica falta de informação à escala de planejamento, por exemplo, desde o nível popu-lacional e distrital ao nível nacional, para mapear a vulnerabilidade, produzir mapas de risco de desas-tres, mapear e avaliar a gravidade da ocorrência de fenômenos hidrometeorológicos (deslizamentos de terra, enchentes, secas, queimadas, etc.).

Vale destacar que, nos últimos anos, estudos so-bre estes fenômenos hidrometeorológicos apontam para um aumento na frequência, o que pode estar relacionado tanto com as alterações de superfície, principalmente supressão de vegetação, como mu-danças climáticas, necessitando, assim, de ferramen-tas capazes de auxiliar o planejamento territorial e o gerenciamento dos recursos hídricos.

Segunda Geração (MSG) com a escala de tempo de 15 minutos. É uma solução eficaz em termos de cus-tos para a maioria das aplicações ambientais. Neste contexto, o sistema tem a capacidade de prover ser-viços de dados de satélites em locais com escassez de infraestruturas de recepção dos dados.

Cobertura global do sistema Eumetcast e seus subsistemas (Fonte: Lapis)

A maioria das universidades brasileiras tem pro-curado obter formas de acesso facilitado às imagens de satélites, o que explica o interesse pelo sistema de difusão de dados e produtos por meio do sistema Eumetcast. Atualmente, das 50 instituições públicas e privadas de pesquisa e ensino que adotaram o sistema, a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), com o apoio da Eumetsat, conecta a rede Eumet-cast no Brasil a redes de treinamento, ajudando a fortalecê-la. Entre os benefícios, destaca-se a ma-nutenção reduzida e o baixo custo de operação do sistema, já que não há custos de manutenção da infraestrutura, particularmente da Eumetsat com relação à América do Sul.

A tecnologia Eumetcast foi projetada com capa-cidade suficiente para suportar o tráfego de gran-des volumes de produtos de Observação da Terra - por exemplo, longe das grandes cidades -, evitan-do os altos custos de manutenção de uma rede de conexões à internet. A tecnologia permite o dire-cionamento independente de arquivos a usuários individuais ou grupos de usuários, possibilitando assim o controle seguro do acesso para cada arqui-vo e cada usuário.

sisTeMA euMeTCAsTOs sistemas de monitoramento são imprescin-

díveis para o conhecimento dos padrões de varia-bilidade espaço-temporal de tempo e clima. São também ferramentas essenciais para a emissão de avisos e alertas meteorológicos e ambientais. Há, portanto, a necessidade por informação rápida que possibilite uma melhor compreensão no processo de diagnóstico de eventos meteorológicos extre-mos causados por tempestades severas, nas esca-las meteorológicas de curtíssimo e de curto prazo, usando dados acessíveis, confiáveis e que sejam fa-cilmente manipulados. Um exemplo desse esforço é o sistema Eumetcast, idealizado pela Organização Europeia para a Exploração de Satélites Meteoroló-gicos (Eumetsat), que possibilita, por exemplo, a di-fusão de dados das imagens dos satélites Meteosat

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45 MundoGEO 73 | 2013

Equipamentos e softwares usados para montagem da estação do sistema Eumetcast na Ufal (Fonte: Lapis)

Atualmente, o Laboratório de Análise e Processa-mento de Imagens (Lapis) é o principal responsável pela estação do sistema Eumetcast, no âmbito da Ufal, além de ser responsável pela geração e manutenção do banco de dados de imagens do MSG-1 (Meteosat-8), 2 (Meteosat-9) e MSG-3 (Meteosat-10).

Os novos satélites meteorológicos de altíssima reso-lução temporal, como os MSG mantidos pela Eumetsat, permitem a obtenção de imagens com novas informa-ções meteorológicas com frequência de 15 minutos, o que pode subsidiar uma série de estudos e pesqui-sas. A distribuição dos dados da Eumetsat é feita pela Eumetcast, utilizando o satélite de telecomunicações NSS-806. O satélite utiliza a Banda C para retransmitir e distribuir arquivos de dados e de imagens usando o padrão Digital Video Broadcast (DVB).

iMAGens do sensor seViriO sensor Spinning Enhanced Visible and Infrared

Imager (Seviri) encontra-se a bordo da segunda gera-ção de satélites Meteosat (MSG) e opera um canal no visível de alta resolução espacial, que imageia a um quilômetro, e outros 11 canais - no visível, infraverme-lho e o vapor d’água - que imageiam a três quilôme-tros no nadir. O Seviri, que é sensível à radiação visí-vel e termal em diferentes bandas do espectro, é um radiômetro que varre a superfície da Terra, linha por linha, e cada linha consiste em uma série de elemen-tos de imagem ou pixels. Para cada pixel, o radiômetro mede a energia radiativa de uma determinada banda espectral. Essa medição é digitalmente codificada e transmitida para a estação terrena.

Várias bandas espectrais do sensor Seviri têm sido selecionadas para as composições coloridas do

tipo Red Green Blue (RGB), visando à obtenção de medidas mais dinâmicas e precisas nas pesquisas de diagnóstico de eventos meteorológicos extremos causados por tempestades severas. Na figura a se-guir, observa-se essa situação, com a composição de três bandas RGB cobrindo o intervalo do espectro referente à emissividade - região termal - para uma imagem colorida obtida do Seviri.

Nesse exemplo, destaca-se a composição em RGB das diferenças de bandas espectrais IR12.0 – IR10.8 e IR10.8 – IR8.7, que estão associadas aos ca-nais R (Red) e G (Green), seguidas pela banda IR10.8 que está associada ao canal B (Blue). Por utilizar diversas regiões do espectro eletromag-nético, a interpreta-ção destas combi-nações mostra-se complexa, uma vez que depende do fe-nômeno estudado. As nuvens, o vapor d’água e aerossóis presentes na atmos-fera, vegetação e os solos possuem com-portamentos espec-trais particularmente diagnósticos nas porções do espectro correspondentes ao visível, infravermelho e termal, que são registradas pelas diferentes com-posições em RGB. Estas, por sua vez, apresentam características de elevada frequência temporal (15 minutos), permitindo a identificação e o monitora-mento do deslocamento e da severidade de fenô-menos ambientais. Por exemplo, as composições coloridas RGB são utilizadas para a identificação e o monitoramento do deslocamento e da severidade dos sistemas meteorológicos.

A conclusão final é que a implementação do sistema Eumetcast da Eumetsat permitirá às universidades bra-sileiras o acesso à informação através dos diversos pro-vedores de serviços de dados e de produtos derivados de satélites, como índices de vegetação, temperatura da superfície terrestre, temperatura do topo das nuvens, albedo, etc.. Entre os benefícios, destacam-se a rapidez e a facilidade de implementação desse sistema. O fato é que todos os esforços devem ser feitos para facilitar o acesso à informação nas universidades.

Composição RGB às 15:00 UTC, 15 de agosto de 2012 (Fonte: Lapis)

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46 MundoGeo 73 | 2013

CoMPeTiTiVidAde susTenTáVelAplicações de inteligência territorial para a gestão estratégica no agronegócio – Parte 1

Wilson Anderson holler Engenheiro Cartógrafo, Esp. (UFPR), Supervisor de equipe na Embrapa Gestão Territorial [email protected]

dieGo MorAesTecnólogo em Informática, Msc., Doutorando em Agronomia na FCA/Unesp [email protected]

ClAudio sPAdoTToEngenheiro Agrônomo, Ph.D. (University of Florida). Gerente Geral da Embrapa Gestão Territorial [email protected]

dAnielA M. PinToBiblioteconomista, Mestranda em Ciência da Informação na USP. Analista da Embrapa Gestão Territorial [email protected]

Um desafio atual e de extrema importância no posicionamento do Brasil como potência eco-

nômica e agrícola é tornar a competitividade, nos diversos elos das cadeias produtivas agropecuárias, mais sustentáveis. Para isso, é necessário desenvol-ver soluções que respondam a questões ambientais, econômicas e sociais, passando, necessariamente, pela gestão territorial apoiada em geotecnologia.

Nesta edição e na próxima, apresentaremos al-guns projetos que estão em desenvolvimento e que contribuem para a sustentabilidade na agro-pecuária, considerando a componente geográfica.

ArAQuáGeoMuito utilizados na agricultura, os agrotóxicos

têm a finalidade principal de controlar pragas, do-enças, plantas daninhas e garantir a produtividade agrícola. Porém, depois de aplicados em áreas agrí-colas, seu comportamento é bastante complexo, podendo atingir a atmosfera, o solo e as águas, bem como diversos organismos que dependem desses recursos ambientais.

Modelos matemáticos implementados em softwa-res têm como principal objetivo simular o comporta-mento dos agrotóxicos nos diversos compartimen-tos ambientais, sendo as águas os mais vulneráveis à contaminação. Modelos como o SciGrow e Geneec, desenvolvidos pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, estimam a concentração de um agrotóxico nas águas subterrâneas e superficiais, res-pectivamente. No entanto, esses modelos não consi-deram as condições ambientais brasileiras, juntamente com a localização geográfica. É nesse contexto que se insere o ARAquáGeo, importante evolução do software ARAquá, desenvolvido pela Embrapa em parceria com a Unesp e a Fatec e que vem sendo adotado pelo Ibama para a avaliação ambiental de agrotóxicos.

Entenda como o ARAquáGeo irá funcionar:• Pontos e suas coordenadas geográficas são defini-

dos, e dados sobre clima, solo e agrotóxico são inseridos• Por meio de cálculos matemáticos apresenta re-

sultados que estimam o nível de contaminação de corpos d’água

• O ARAquáGeo simula e, com sua capacida-de geoespacial, permite mapear e gerenciar os riscos ambientais.

O ARAquáGeo é uma ferramenta para a gestão ter-ritorial da contaminação de recursos hídricos, capaz de estimar as concentrações de agrotóxicos e outros contaminantes, em corpos d’água superficiais e sub-terrâneos. É o único aplicativo com modelo matemá-tico, desenvolvido para as condições brasileiras e que também leva em conta a localização geográfica. Ele permitirá que as estimativas do risco de contamina-ção sejam facilmente incorporadas a programas de geoestatística e SIG, para a geração de mapas de ris-co ambiental da área que está sendo avaliada. Dessa forma será possível observar tanto as estimativas das contaminações, quanto o comportamento espacial das mesmas, o que é de fundamental importância para o uso de agrotóxicos. Os mapas obtidos poderão ser utilizados como subsídios complementares nos mapas de aplicação de agrotóxicos a taxa variável, o que otimiza a agricultura de precisão.

O aplicativo ARAquáGeo será uma ferramenta fundamental na avaliação e no gerenciamento agro--ambiental de agrotóxicos, permitindo o planejamen-to do uso desses produtos e a minimização dos seus riscos ambientais.

GEOQUALITY

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AMs kePler

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MundoGEO 73 | 201348

VANTS

Saiba como diferenciair os mais diversos tipos de veículos aéreos não tripulados disponíveis atualmente no mercado

Quero uM VAnT: e AGorA?

O uso de Sistemas de Veículos Aéreos Não Tripulados (Sis VANTs) para obtenção de imagens aéreas para

as mais diversas aplicações já é uma realidade. Fala-se em Sis VANT, pois trata-se de todo um sistema desen-volvido para operar uma aeronave não tripulada com eficiência e segurança.

Existem inúmeras opções no mercado, tanto de equipamentos nacionais como importados. Das mais diversas formas, tamanhos e preços. E não são equipa-mentos baratos. Por isso não podemos errar na escolha. Mas como fazer para chegar à conclusão de qual deles pode melhor nos atender?

Segundo pesquisa da MundoGEO, a maioria das empresas procura uma solução completa, sempre pen-sando no resultado final. Mas para se chegar a este re-sultado, tem-se um bom caminho a percorrer. Muita coisa precisa ser analisada e pesada.

Um bom começo é determinar o tipo de trabalho a ser desenvolvido com o Sis VANT, que tipo de terre-no iremos cobrir, quais as condições para decolagem e pouso das aeronaves, o tamanho das áreas a serem imageadas, a facilidade ou não de acesso a estas áreas, se vamos precisar de imagens georreferenciadas com grande precisão ou apenas saber se determinada área está sendo desmatada, invadida, ou com sua ocupa-ção expandida.

Estes fatores irão impactar diretamente no tempo de voo necessário para cumprir cada missão, e isso aju-dará a definir qual a autonomia e alcance que seu Sis VANT deverá ter. Com esta primeira informação, já po-deremos eliminar uma parcela dos sistemas existentes no mercado.

Agora temos que levar em conta outro fator: quanto maior a autonomia e alcance de voo necessário, maior será a aeronave e seu custo de aquisição e operação, e maior o tempo para treinamento da equipe que deverá operar tal sistema. Além disso, quanto maior a aerona-ve, mais pesada ela é, necessitando de maior distância para pousos e decolagens.

Neste ponto vale a pena avaliar se realmente eu pre-ciso de um avião que voe cinco horas ininterruptas, ou

se posso realizar cinco voos de uma hora. É preciso levar em conta que um piloto em terra deverá monitorar todo o tempo em que a aeronave estará no ar.

A decisão deve ser tomada analisando-se todos estes fatores e principalmente a missão a ser desenvolvida. Se tenho pista de boa qualidade para decolagem e pouso, se posso operar horas ininterruptas monitorando uma área de grandes dimensões, o que deverá pesar será o custo de aquisição e operação de cada sistema.

E, no caso da aerofotogrametria, existe um fator a mais a ser levado em conta: a condição climática, mais especificamente o calor. Com o avançar do dia, o sol vai aquecendo a terra, e dependendo do tipo de solo ele é mais ou menos aquecido. E este calor é irradiado para o ar sobre ele. O ar aquecido, por ser mais leve, começa a subir, gerando colunas de ar ascendente. À medida em que o calor vai aumentando, a velocidade de desloca-mento dessas colunas de ar também aumenta. Com a subida do ar quente, uma camada de ar mais frio desce para ocupar o seu lugar. Temos, então, colunas de ar quente subindo e colunas de ar frio descendo, e este movimento gera o que conhecemos como turbulência.

Quantas vezes já sentimos o efeito desta atividade térmica em voos comerciais que fizemos, aonde ocor-reu turbulência com céu limpo? E nosso VANT também sofrerá o efeito dessa turbulência. Conclusão: para traba-lho de aerofotogrametria de precisão não dá para voar o dia inteiro, a não ser que não haja atividade térmica.

Continuando com a escolha da aeronave: VANT ou Aeromodelo? Afinal um VANT de pequeno porte e um aeromodelo são tão parecidos, ou será até que não são iguais?

A resposta é: não são iguais. A diferença fundamental entre VANTs e aeromodelos está na segurança opera-cional. Se formos num final de semana a qualquer clube de aeromodelismo, veremos que é comum a perda de aeronaves pelos mais diversos motivos. Por problemas na transmissão ou recepção do sinal de rádio controle, por perda do motor em voo, por quebra ou queima de um dos servos (motor que aciona as superfícies de comando), por falha estrutural e por aí vai.

FloriAno PeiXoToPesquisador responsável pelo projeto de pesquisa e desenvolvimento de Sis VANTs Albatroz Aerodesign, pré incubado no NINE – Núcleo de Inovação, Negócios e Empreendedorismo da UNISANTA – Universidade Santa Cecília, em Santos – [email protected]

Segundo pesquisa da MundoGEO,

a maioria das empresas procura

uma solução completa, sempre

pensando no resultado final.

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49 MundoGEO 73 | 2013

Os aeromodelos caem. Vão embora por conta própria. Perguntem para qualquer aeromodelista. Podem dizer que cair não tem problema, pois muitos atualmente são feitos de isopor, com motor traseiro e, se atingirem uma pessoa, não causarão nenhum dano.

Ledo engano. Experimentem cortar um quadrado de isopor de 5 por 5 centímetros e espessura de 3 centímetros. Subam em cima dele com a ponta de um dos pés. Veremos que ele se achata, mas não completamente. Agora imaginem um avião de isopor pesando meio quilo atingindo alguém, na cabeça, a 200 quilômetros por hora. Pois um aeromodelo ou VANT caindo chega fácil nessa velocidade.

Um VANT não pode cair. É projetado para não cair. Mas como faço para distinguir um VANT de um aeromodelo?

A melhor maneira de ver se é um VANT ou um aeromodelo é verifi-car se os seus sistemas de comando, estabilidade, controle e acompa-nhamento de voo são redundantes e independentes. De nada adianta sistemas duplicados se não são independentes.

Em primeiro lugar vamos ver quais superfícies se movimentam em uma aeronave para que ela mantenha um rumo estabilizado ou mude sua trajetória.

suPerFíCies de CoMAndo

preciso que existam pelo menos dois motores para acionar cada su-perfície de comando. Se um deles queimar, o outro continua traba-lhando. Mas se caso houver uma quebra com travamento do motor, ele poderá impedir do funcionamento do segundo.

serVosO travamento de uma superfície de

comando, invariavelmente causa a que-da da aeronave. O ideal é que existam duas superfícies de comando com um servo em cada uma delas, para fazer a mesma função, e dois receptores de rá-dio acionando cada um dos sistemas.

Em um VANT existe uma placa controladora de voo microproces-sada com diversos sensores, que precisa ter redundância. Ou, utilizar duas placas embarcadas com sistema independente, em que o piloto em terra pode passar o comando da missão de uma para outra. Através delas é que a aeronave mantém sua estabilidade independentemente do piloto em solo. Também permite fazer um voo pré programado, com pontos de passagem, decolagem e pouso automáticos. Através de um modem de duas vias, o piloto em solo recebe todos os pa-râmetros de telemetria do VANT e pode enviar comandos para ele.

Os voos de VANT normalmente não são feitos utilizando-se o rá-dio controle, igual aos dos aeromodelos. Este rádio normalmente é utilizado em situações de emergência, caso o sistema de telemetria e comando fique sem sinal. Esta é a redundância de comando encon-trada em um VANT.

Mas precisamos também ter redundância no acompanhamento do voo. A telemetria fornece todos os dados para uma tela de com-putador que está sendo operado pelo piloto. O segundo modo de acompanhamento de voo é através de uma câmera de vídeo online, embarcada no VANT. Em um monitor de TV tem-se a imagem dessa câmera e está se vendo aonde e como ele está voando.

Daí temos três sistemas de telecomunicações independentes, com frequências diferentes para comando e acompanhamento de voo. E o sistema deve ser projetado e configurado para abortar a missão automaticamente, em caso de falha em quaisquer desses controles, fazendo com que a aeronave volte para o seu ponto de lançamento ou acione seu para-quedas de emergência.

Aeromodelos normalmente não têm para-quedas de emergência, equipamento obrigatório em qualquer VANT.

Agora que já vimos os parâmetros que podem nos ajudar a dife-renciar um VANT de um aeromodelo, vamos passar a analisar os pa-râmetros que vão determinar qual o melhor Sis VANT para o nosso trabalho, e como planejar uma missão para que se obtenha o melhor resultado dela. Mas sobre isso vamos falar na próxima edição.

Estes são os comandos primários de voo. Em asas voadoras, as mesmas superfícies de comando fazem as vezes de ailerons e pro-fundores. Para movimentar estas superfícies existem pequenos motores (servos) que acionam braços articulados nelas.

A quebra ou queima de um desses motores não é coisa rara. Daí é

Ailerons: responsáveis por inclinar as asas para fazer uma curva / Profundores: fazem com que ela suba ou desça

leMe

Lemes: mudam a direção no eixo perpendicular da aeronave. São usados também para fazer curvas

Page 50: Revista MundoGEO 73

50 MundoGeo 73 | 2013

VANTS & DRONES

A Guarda Costeira Europeia conta com uma nova ferramenta em sua luta contra o narcotráfico e contrabando. Trata-se um Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT ou Drone) impresso por uma impressora 3D. O Drone de pequeno porte, chamado 2Seas, tem 1,5 metro de comprimento. Projetado na Universidade de Southampton, a aeronave foi criada para localizar traficantes de dro-gas ao longo das costas do Reino Unido, Holanda, Bélgica e França.

Segundo a Guarda Costeira, o 2Seas é altamente eficiente, com capacidade de voar em missões durante cinco horas e consumir apenas sete litros de combustí-vel, chegando a uma velocidade máxima de 100 quilômetros por hora. Embora seja projetado por uma impressora tridimen-sional, ele não é inteiramente original. A aeronave é baseada no primeiro Drone feito por uma impressora 3D no mundo, o Southampton University Laser Sintered Aircraft.

AudiênCiA PúbliCA disCuTe reGulAMenTAção

Foi realizada em junho uma audiência pública sobre regulamentação dos Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs) para uso civil, comercial e militar, na Comissão de Re-lações Exteriores e Defesa do Senado Federal (CRE). A Força Aérea Brasileira (FAB) par-ticipou da audiência pública, bem como a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Polícia Federal e Comitê de fabricantes de VANTs da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde).

FAB e Anac vêm trabalhando na regulamentação do uso militar e civil dos VANTs. Re-presentantes dos dois órgãos afirmaram que grupos técnicos dedicam-se à construção das normas e que regras iniciais já começam a ser adotadas. Para 2014 está prevista a publicação de um manual sobre o uso do equipamento, e um cronograma de ações foi definido até 2018, com a questão da segurança como prioridade.

euroPA usA drone ProduZido Por iMPressorA 3d

O Grupo merrick & company adquiriu o VANT rQ-84z areohaWk para

mapeamento no México

A Força aérea braSileira (FAB) usou dois VANTs hermeS 450 para monitorar os peregrinos e fazer a segurança do papa

FranciSco durante a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro

O conSelho De arQUitetUra e UrbaniSmo (CAU) do Brasil realizou, em Curitiba, testes com um Vant que poderá ser utilizado

em ações de fiscalização

A comiSSão eUropeia publicou um relatório para apoiar o desenvolvimento

de DroneS no continente, reconhecendo o potencial que o setor pode trazer para a

economia e para os cidadãos

O inStitUto FeDeral De eDUcação, ciência e tecnoloGia baiano (IFBaiano) apresentou um projeto para a utilização

de um Vant como apoio ao processo de regularização fundiária na bahia

A polÍcia Do rio GranDe Do SUl utilizou um o micro VANT SD6 SpyDer xl, desenvolvido pela SkyDroneS, para

prender suspeitos de tráfico de drogas em Porto Alegre e região metropolitana

VAnT GAiVoTãoA Albatroz Aerodesign, desenvol-vedora de Sistemas de Veículos Aéreos Não Tripulados (Sis VANTs) de baixo custo, lançou durante o MundoGEO#Connect LatinAme-rica 2013 o Gaivotão, uma aero-nave desenvolvida especialmente para serviços de aerofotograme-tria. Com sistemas duplicados e independentes, o controle de voo pode ser feito de duas maneiras: completamente autônomo ou re-motamente pilotado. Segundo a Albatroz, o VANT pode ser modifi-cado para receber câmeras e sen-sores de maiores dimensões.

INFO www.albatrozaerodesign.com.br

AuTrAliAno inVenTA drone desCArTáVel

A equipe de desenvolvimento robó-tico da Universidade de Queensland, na Austrália, anunciou a criação do primeiro protótipo de um Veículo Aéreo Não Tripu-lado (VANT) feito a partir de celulose. De-senvolvido pelo Dr. Paul Pounds, o mini--drone foi criado através da impressão de placas de circuitos diretamente em uma folha de papel. Segundo o pesquisador, o uso deste material para a fabricação signi-fica que o drone será biodegradável, leve, aerodinâmico, além de apresentar custo muito baixo para ser produzido.

Segundo informações do pesquisador, quando lançados a partir de balões de al-titude, os VANTs de papel são capazes de navegar com o vento e podem ser guia-dos para pousar em qualquer lugar sem nenhuma fonte de energia adicional.

Page 51: Revista MundoGEO 73

51

XMoboTs lAnçA VAnT AuToMáTiCo

A XMobots, empresa com sede em São Carlos (SP), lançou no mercado seu primeiro Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT) com decolagem e aterrissagem automáticas. O Echar foi apre-sentado na feira do MundoGEO#Connect LatinAmerica 2013, durante os dias 18 a 20 de junho, em São Paulo (SP). A aero-nave é capaz e mapear e realizar a vigilância de áreas médias (até 3 mil hectares). Segundo o diretor da XMobots, o enge-nheiro mecatrônico Giovani Amianti, para obter a qualidade máxima e fazer do Echar um VANT pouco propenso a falhas, a empresa investiu na utilização de componentes aeronáuticos e outras tecnologias ainda não usadas nos drones nacionais.

“O mercado passou a entender que VANT não é um ae-romodelo, não é um brinquedo. O Echar é um equipamento inovador em vários sentidos, a começar por ser o primeiro veículo aéreo não tripulado com tecnologia nacional total-mente automático, da decolagem à aterrissagem, com preço competitivo se comparado aos concorrentes internacionais e alta confiabilidade em relação ao mercado interno”, afir-ma o diretor.

INFOwww.xmobots.com.br

sisTeMA lAser de bATiMeTriA eM VAnT

A Riegl Laser Measurement Systems, empresa desenvol-vedora de equipamentos e soluções laser, juntamente com a Applanix Corporation, empresa de produtos e soluções para mapeamento móvel, anunciaram que o AP50, um sistema GNSS inercial da Applanix, foi integrado com sucesso ao VQ-820-GU, um sistema batimétrico de laser scanner aerotrans-portado da Riegl. A tecnologia foi embarcada num Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT) Schiebel Camcopter S-100. O sistema VQ-820-GU da Riegl foi projetado especificamente para o levantamento de fundos marinhos, sendo adequado também para levantamentos hidrográficos e aerogeofísicos. A bordo do VANT o sistema é o único capaz de fazer levan-tamentos específicos e gerar dados de áreas que podem ser perigosas para aviões pilotados ou patrulhas terrestres.

dnPM obTÉM CerTiFiCAção PArA VAnT

O Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) obteve, no dia 29 de julho, o certificado de Aeronavegabili-dade para Voo Experimental (Cave) para o micro VANT que está sendo desenvolvido em parceria com a Universidade de Brasília (UnB). O equipamento é o segundo VANT civil a obter o Cave no Brasil. Além do VANT do DNPM e da empresa XMobots, estão autorizados a voar no Brasil somente o VANT da Polícia Federal, que possui autorização especial de voo, e os VANTs de uso militar.

De acordo com o Departamento, vários testes foram rea-lizados até que se chegasse ao modelo certificado. Além de testes em campo, o projeto envolveu o desenvolvimento de metodologias para processamento dos vídeos e fotografias resultantes dos voos e o treinamento de pilotos, considerado um dos pontos mais críticos do projeto. O DNPM é o primeiro órgão da administração pública a obter o Cave.

AnAC ConCede PriMeiro CerTiFiCAdo PArA VAnT PriVAdo e CiVil

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) emitiu, no dia 29 de maio, o primeiro Certificado de Autori-zação de Voo Experimental (Cave) para um Veículo Aéreo não Tripulado (VANT) para empresa privada no Brasil. Com isso, a XMobots, responsável pelo desen-volvimento do VANT Nauru 500, passa a ser a única empresa privada do país autorizada pela Anac a fazer voos experimentais voltados à pesquisa e desenvol-vimento com VANTs.

“Esse é o primeiro passo que uma empresa fabri-cante de VANTs precisa dar para atingir o objetivo de operar comercialmente os aviões. Com esse Cave de Pesquisa e Desenvolvimento, nosso objetivo é conti-nuar aprimorando o equipamento e, ao mesmo tempo, demonstrar para a Anac o seu nível de confiabilida-de”, explica o diretor da empresa, o engenheiro Fábio Henrique de Assis.

O primeiro VANT civil de uma empresa brasileira apto a voar no país começou a ser desenvolvido pela XMobots no início de 2012. Para conseguir a certifica-ção, a empresa desenvolveu para o Nauru um sistema que, caso o avião perca a conexão com o piloto em ter-ra, a aeronave retorna e pousa sozinha em um ponto previamente determinado. Além disso, o VANT possui um paraquedas acoplado.

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MundoGEO 73 | 201352

CADASTRO

Simpósio do Comitê Permanente sobre Cadastro na Iberoamérica

CoMPArTilhAr eXPeriênCiAs PArA enFrenTAr os desAFios do FuTuro

AleXAnder GonZáleZ sAlAsEngenheiro de Geodésia (UNA-CR), Coordenador da formação de cadastro do Programa de Regularização do Cadastro e Registro da Costa Rica, Professor na Universidade Nacional da Costa Rica

Recentemente foi realizado na cidade de Córdo-ba, Argentina, o IV Simpósio do Comitê Perma-

nente sobre o Cadastro na Iberoamérica (CPCI); esta atividade foi promovida pelo Conselho Federal de Cadastro da Argentina e pelo Departamento Geral de Cadastro da Província de Córdoba. O CPCI é um organismo composto por diferentes autoridades ca-dastrais dos países Iberoamericanos, e tem entre suas finalidades gerar uma rede de informação sobre o cadastro que possibilite o intercâmbio de experiên-cias e de melhores práticas, além da melhoria de formação entre seus membros (veja a edição 69 da revista MundoGEO, página 34). As dissertações e os assuntos tratados no Simpósio estavam a cargo de especialistas de Argentina, Áustria, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Equador, Espanha, França, Holanda, Re-pública Dominicana e Uruguai.

Tendo a oportunidade de participar da reunião que deu origem ao CPCI em Cartagena das Índias em 2006, é possível comparar os assuntos tratados naquele evento aos atuais. Enquanto na primeira reunião, os participantes se limitaram à descrição da tarefa e das funções das autoridades cadastrais, em Córdoba se abordou a tarefa a ser cumprida pelo cadastro no desenvolvimento social e econômico de cada país; respondendo, dentre outros assuntos, aos de planejamento do território, de regularização fun-diária e na segurança jurídica e proteção das áreas públicas. De igual maneira, as autoridades cadastrais estão cientes dos desafios a serem enfrentados no futuro para validar a eficácia do cadastro, adaptados às demandas dos novos tempos.

O fórum criado pelo CPCI permite um periódico intercâmbio das experiências, no qual “todos nós aprendemos muito”. Independentemente das fi-nalidades específicas de cada instituição, e cientes

de que por razões econômicas e culturais o cadas-tro é diferente em cada país ou estado; discutir os problemas, os desafios, assim como as soluções e inovações que em maior ou menor grau alcançam com um trabalho contínuo, facilita aos demais uma referência para enfrentar suas necessidades e im-pulsionar o desenvolvimento de cada instituição. É evidente que a participação do CPCI tem contri-buído para o enriquecimento da visão de futuro das autoridades cadastrais.

Da agradável experiência técnica e profissional de Córdoba, há muitos tópicos de interesse para a tarefa das autoridades cadastrais nos países iberoa-mericanos. Como pessoa encarregada de apresentar um compêndio dos assuntos abordados, por esta razão que irei me aprofundar em quatro assuntos tratados por especialistas e que considero medulares para continuar com o desenvolvimento do cadastro na Iberoamérica. É evidente que a relevância destes assuntos pode ser maior ou menor em cada país, não obstante, em todos os casos são assuntos a serem considerados em um futuro imediato.

o VAlor dos dAdosNem sempre é simples para os responsáveis pelo

cadastro justificarem o que fazer ante as autoridades, sejam nacionais, estatais ou locais. Certamente quem está vinculado ao desenvolvimento do cadastro tem o pleno conhecimento de seu valor. Apesar de hoje ser necessário fazer um esforço a fim de que todas as autoridades tenham o mesmo nível de consciência de seu valor.

Em sua finalidade fiscal, o cadastro contribui aos sistemas fiscais para uma maior transparência e equi-dade. Ao lado do conhecimento do valor da terra que refletem os observatórios dos valores, cada dia mais o

[...] as autoridades cadastrais estão

cientes dos desafios a serem

enfrentados no futuro para

validar a eficácia do cadastro,

adaptados às demandas dos

novos tempo.

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53 MundoGEO 73 | 2013

GeoFuMAdAs

cadastro se consolida como o mecanismo de segurança jurídica da propriedade imobiliária e tem um valor adicionado, contribui a di-namizar os mercados imobiliários e estes têm também um impacto inquestionável na economia dos países.

Por outra parte, as informações cadastrais - por suas característi-cas e o nível de detalhe - são de grande valor para o planejamento, o desenvolvimento e o controle do território. Algo a refletir: as informações do cadastro são necessárias para o desenho das ruas, como também no traçado de uma rodovia quanto às desapropriações associadas. Neste sentido, um caso concreto é sua importância, na Argentina, no Registro Nacional de Terras Rurais.

É comum uma maior pressão e restrição do orçamento para o desenvolvimento do cadastro, por isto, as autoridades cadastrais também devem se esforçar a quantificar o valor da informação além da base tributável da arrecadação fiscal, e ser possível avaliar seu impacto em diferentes setores da economia.

As iniCiATiVAs de reGulAriZAçãoComo já comentado, é necessário confirmar o cadastro como

base para a segurança jurídica da propriedade. Diversos estados da América estão empreendendo processos para a regularização, titulação ou inscrição formal da terra; em todos os casos o desen-volvimento do cadastro deve ser fundamental para consolidar tais iniciativas. À luz destas necessidades, é preciso considerar cada caso

particular para definir os processos cadastrais que respondam de maneira eficiente as iniciativas de regularização.

É necessário que a autoridade cadastral defina o contexto dos insumos, recursos e objetivos. Nem sempre será possível ter dados de alta precisão, o que se deve buscar é que a precisão possível e com determinados padrões de exatidão possa fazer uma determi-nação completa do universo predial. Sempre deverá se considerar que o cadastro é a informação em constante atualização, porque é válido prever que possa e deva ser melhorado em seu conteúdo e qualidade, sobretudo a cartografia cadastral.

MudAnçA de PArAdiGMA e noVos desAFiosÉ evidente que o cadastro está imerso e afetado pelas mudanças

tecnológicas, do papel ao suporte digital. Não se deve evitar, e sim assumir como um desafio. Mais importante que assumir a transformação tecnológica é compreender que esta não implica unicamente uma mudança das ferramentas. É mais que isso, é uma mudança de paradigma.

Essa mudança para a era digital tem implicações no funciona-mento habitual do cadastro; desde a geração dos dados, a distri-buição de informação, e os processos, unificados e vinculados, de modo que garanta a qualidade da informação. A atualidade tec-nológica demanda que os mapas cadastrais compilados em folhas de papel, sob uma determinada nomenclatura, devam migrar para

http://egeomate.com

Tire as suas dúvidas sobre:AutoCADMicrostation...Google Earth gvSIG...| | |

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Como fazer curvas de nívelno AutoCAD?

Qual será o novo rumo da BentleySystems na área civil?

Como fazer curvas de nívelno Google Earth?

É possível fazer trabalhospro�ssionais com o gvSIG?

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MundoGEO 73 | 201354

serem transformados em um modelo de dados do território.Em sua finalidade fiscal o cadastro contribui aos sistemas fiscais

para uma maior transparência e equidade. Ao lado do conheci-mento do valor da terra, tratado pelos observatórios dos valores, cada dia mais o cadastro se consolida como um mecanismo de segurança jurídica da propriedade imobiliária e tem um valor adi-cionado, contribui a dinamizar os mercados imobiliários e estes têm também um impacto inquestionável na economia dos países.

Essa concepção de modelo de dados do território leva a novos desafios relativos às funções do cadastro, explicados de forma re-sumida nos seguintes pontos:• As funções ordinárias do cadastro vão se realizar com ferramen-

tas tecnológicas ou sistemas que operam diretamente alinha-dos aos dados, sejam para consulta, publicação ou processos de modificação

• O anterior induz que a carga de dados deve ser digital, o que implica que os mecanismos de recopilação deles devem estar orientados a aplicação tecnológica digital que também permita a georreferenciação

• Dispor de informação digital permitirá que esta seja expandida de modo que se apreciem dimensões submétricas, isto implica que todos os dados permitam essa exatidão. Portanto, sempre deverá se conhecer a qualidade do dado (incorporar o metadado) de maneira que possa dar valor em função da aplicabilidade da informação. Os dados cadastrais devem estar conformados em padrões que permitam a sua interconexão com outras bases de dados, sejam propriamente geoespaciais ou dados alfanuméricos que permitam sua localização espacial

• A informação do cadastro como modelo do território pode ter múltiplas aplicações, assim, sua publicação e distribuição, além de estar contida em padrões, deve ser publicada através de apli-cações tecnológicas de serviços de mapas na web, também ba-seados em padrões alinhados ao princípio das Infraestruturas de Dados Espaciais (IDE)

• Consolidar este modelo de dados implica que a autoridade cadas-tral o converta em um serviço de informação do território e todo este conjunto de informação somente tem sentido se alcançar o impacto da gestão do território

A reAlidAde dAs noVAs FonTes de inForMAçãoO cadastro, igual às demais atividades profissionais, enfrenta

uma realidade que já se está convertendo no que será o principal desafio dos próximos anos: o crowdsourcing, quer dizer, as fontes massivas ou públicas de informação.

As ferramentas tecnológicas permitem a cada dia simplificar a captura dos dados espaciais. Isso acontece não somente aos pro-fissionais que trabalham com o território, como os agrimensores, ao facilitar a recompilação de informação, como também é mais simples para o público em geral. Hoje em dia cada vez mais usuários da tecnologia, sobretudo os jovens “têm capacidade” de recompilar e publicar a informação do mundo que os rodeia e seus interesses particulares, como localizações comerciais, tráfico e fluxo veicular. Estes novos usuários geram informação em processos não regula-

dos, espontâneos, conforme as possibilidades tecnológicas, e com uma visão “aberta” sobre o uso de tal informação.

Essas comunidades de produtores se convertem em um desa-fio para o cadastro, porque na sociedade se está modificando a concepção dos dados do território. Cada dia se produz e publica muita informação e as plataformas web permitem o acesso a mais usuários. Quem tem acesso à informação gerada por comunidades, ou de forma pública, entende que ela reflita a realidade e a encon-tra útil e valiosa, mas não tem claro o caráter ou valor não oficial para a tomada de decisões que afete a administração do território.

Diante desta realidade, a autoridade cadastral deve se preparar para “conviver” com os dados gerados e publicados por comunida-des, não é possível ignorar a existência dessas fontes de informação e o uso massivo que se dá. É necessário tomar medidas estratégicas para procurar, diante de todas as instâncias públicas ou privadas e principalmente os proprietários, que se prevaleça a vigência dos dados oficiais e autênticos. Como parte dessas medidas deve se considerar a implementação de sistemas que permitam, de forma transparente, disponibilizar os dados comunitários. Isto implica em um esforço importante para alcançar transparência de ime-diato aos usuários, principalmente os proprietários. No mesmo sentido, desde já se deve pensar sobre quais mecanismos (filtros) se poderão incorporar no modelo de dados do território, do ca-dastro à aquisição de informação que proceda de comunidades ou usuários públicos.

Este assunto, as novas fontes massivas de informação, não se deve considerar como uma tarefa somente para o futuro, e sim trabalhá-la em um curto prazo, pois se pode correr o risco da au-toridade cadastral sofrer um deslocamento de suas competências, produto da rápida resposta que encontra um usuário nas comu-nidades que produzem informação, porque em princípio resolve suas necessidades.

uMA reFleXão FinAlResulta evidente que as autoridades cadastrais têm importantes

tarefas e desafios em um futuro imediato. O marco do CPCI con-tinuará fomentando o intercâmbio de experiências que permita aos membros abordarem os desafios conforme suas capacidades e recursos. É por isso que, por meio dessa publicação, aproveito para motivar aos colegas que desempenham funções cadastrais na Ibe-roamérica para que se inscrevam no CPCI e desde agora convidá-los para a próxima reunião a se realizar na República Dominicana.

referências e reconhecimentosToda a informação sobre o CPCI está disponível em www.catastrolatino.org. Todas as conferências do VI Simpósio do CPCI e as especificamente citadas neste artigo estão disponí-veis em http://goo.gl/pKy6L1. O autor agradece a confiança depositada pelo Comitê Diretivo do CPCI para escrever este resumo sobre o evento realizado em Córdoba, Argentina. Especial agradecimento à colega Daniella Farias Scarassatti, pelas gestões realizadas para a publicação

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55

oGC

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56 MundoGeo 73 | 2013

MAPA SPLASER SCANNER 3D

lAser sCAnner 3dConheça mais sobre a nuvem de pontos

O produto mais básico do LS3D (Laser Scan-ner 3D) é a Nuvem de Pontos. Na edição 69

vimos que as cenas são unidas por um proces-samento que chamamos de Registro para obter a Nuvem de pontos. A figura a seguir ilustra o fluxo de trabalho com o LS3D para obtenção deste primeiro produto.roVAne MArCos

de FrAnçAProfessor de geodésia e georreferenciamento do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC) e consultor da Vector Geo4D. Engenheiro civil, técnico em geomensura e Estradas. Experiência em levantamentos com laser scanner há três anos em várias aplicações, usando diversos softwares de processamento e modelagem de nuvem de [email protected]

A densidade de pontos deve ser adequada com o objetivo do trabalho. Na figura a seguir podemos observar os detalhes da fachada im-portantes para registro do patrimônio histórico.

Fluxo de trabalho para obter a Nuvem de Pontos

A Nuvem de pontos é essencialmente a jun-ção de todos os pontos medidos por cenas inde-pendentes, num único sistema de coordenadas. Além das coordenadas XYZ, também é obtida a intensidade de retorno do laser para cada ponto, o que ajuda bastante a identificar elementos em campo em função do material e da cor.

Fotografia da edificação e Nuvem de Pontos com intensidade

Se o LS3D possuir câmera fotográfica inte-grada, é possível associar a cor da fotografia ao ponto XYZ, gerando uma nuvem de ponto com cor real.

Nuvem de Pontos com cor real

Detalhe da Nuvem de Pontos com cor real

A Nuvem de Pontos permite a obtenção de informações e dimensões diretamente sobre ela, mas exige do profissional conhecimento e habi-lidade, assim como hardware e software especí-ficos para tal. Este é um conjunto que ainda não encontramos facilmente no mercado. Por este motivo o uso da Nuvem de Pontos por profissio-nais finais (entende-se como aquele que usará o escaneamento para desenvolvimento de um projeto) ainda não é comum. Isto exige do pro-fissional que fará o escaneamento extrair as in-formações necessárias para o profissional final poder trabalhar com ferramentas já dominadas por ele (sólidos 3D, plantas baixas, fachadas, cortes, etc.).

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iMAGeM - eu esri

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MundoGEO dá sequência à série de pesquisas sobre o mercado de geotecnologia

PESQUISA

Por denTro do MerCAdo de lAser sCAnner TerresTre

No início de 2012 a revista MundoGEO iniciou uma série de pesquisas de mercado com o ob-

jetivo de mapear o setor de geomática e soluções geoespaciais. Já foram abordados o sensoriamen-to remoto, Sistemas Globais de Navegação por Sa-télite (GNSS), Sistemas de Informação Geográfica (GIS), estações totais, Veículos Aéreos Não Tripula-dos (VANTs), e nesta edição o tema são os equipa-mentos para escaneamento a laser terrestre.

Dentre os participantes da pesquisa, dois terços já conheciam bem a tecnologia e, do total, 23% indi-cou que já está utilizando laser scanner terrestre no seu dia-a-dia. Veja abaixo um extrato dos resultados.

Segundo o participante Fabio de Novaes Fi-lho, o que restringe o uso de tecnologias mais sofisticadas em nosso país é a escala. “Menos pessoas treinadas se traduz em um network tec-nológico pobre, onde sempre temos que re-correr ao exterior para informações e técnicas mais sofisticadas”, afirmou. Já de acordo com Rubens Bea Bustos: “esperamos que a tecnolo-gia scanner laser venha a ser mais produtiva para levantamentos topográficos desde o ponto de vista do alcance médio e tempo de medição”. Perguntados se o mercado de laser scanner ter-restre no Brasil é promissor, 81% responderam que sim e indicaram as áreas mais atraentes: ro-dovias/ferrovias, mineração, arquitetura, indús-tria, óleo&gás, florestal, forense, entre outras.

Que alcance seaproxima maisde sua necessidade?

10m30m50m100m500m1.000m ou maisTodos

6,3%3,2%14,3%30,2%17,5%17,5%11,1%

Que quantidade depontos por segundomais se aproximade sua necessidade?

Até 10.000pts/s Até 100.000pts/sAté 1.000.000pts/s

11,3%48,4%40,3%

Que tipo de targets você mais utiliza?

PlanoEsféricoAdesivoTodosNão uso targets

24,2%21,0%6,5%21,0%27,4%

Que tipo de plataforma de processamento de dados você usa?

53,2%14,5%14,5%9,7%6,5%

Filtragem de nuvens de pontosClassificação de pontosExtração automática de feiçõesCriação de produtos derivadosExtração manual de feições

Que atributos são mais importantes para escolha de um laser scanner?

90,2%54,1%9,8%55,7%54,1%52,5%45,9%37,7%29,5%32,8%36,1%

Precisão/acuráciaTamanho e pesoTempo no mercadoAlcanceQuantidade de pontos/segundoFacilidade de usoAutonomia em campoPreçoSuporteGarantiaRobustez

0

20

40

60

80

100

Qual sua relação com laser scanner?

73,4%73,4%

65,6%46,9%26,6%14,1%12,5%4,7%

Coleta de dados em campoProcessamento de dados em escritórioModelagem 3DExtração de pontos de interesseAnálise espacialAvaliador/comprador Vendedor/fabricanteApenas visualização

01020304050607080

Você já pensou em substituir a estação total pelo laser scanner?

30,9%31,5%37,6%

SIMNÃONão sei responder

Quais são as vantagens do laser scanner?

71,2%

52,5%44,1%39,5%30,5%16,9%

Grande quantidade de informações em curto tempoInformações nativas em 3DSensor ativo usando medição remotaModelagem de acordo com a finalidadeAplicações não possíveis com topografiaNão sei responder

01020304050607080

E quais as desvantagens?72,2%52,8%18,2%15,9%10,8%

24,4%

Custo alto do equipamentoCusto alto de softwaresWorkstations para trabalhos de grande porteFormação avançada para modelagensDemora no tratamentodos dados simples (2D)Não sei responder

01020304050607080

usuários de laser scanner

não-usuários

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MundoGEO 73 | 201360

O passado a partir do Espaço

ARQUEOLOGIA

ArQueoloGiA e GeoTeCnoloGiAs

Ainfluência das geotecnologias nas chamadas Ciências da Terra pode ser amplamente sen-

tida nos diversos trabalhos de divulgação científi-ca e nos projetos desenvolvidos por empresas do setor. As possibilidades ampliadas pelo uso destas ferramentas em geografia, geologia, meio ambien-te e tantas outras é uma realidade e tendem a uma expansão cada vez mais intensa. No entanto, essa pode não ser uma realidade tão visível quando se trata de pensar as diferentes aplicações de geo para as ciências sociais. Grandes iniciativas, tanto do setor público como privado, estão surgindo em diversas áreas de análise socio-espacial, utilizando geo como base ferramental, destacando-se principalmente as de cunho econômico.

A Arqueologia sempre foi muito próxima e in-fluenciada pelos conceitos e metodologias desen-volvidos nas Ciências da Terra. De fato, pode parecer estranho em um primeiro momento, mas a memória da cartografia e da geografia devem muito à ciên-cia arqueológica. O mapa mais antigo de que se tem conhecimento foi encontrado em escavações arqueológicas, na antiga cidade de Ga Sur, 300 qui-lômetros ao norte da Babilônia, e data de 2500 a. C.

Feito em uma pequena placa de argila, demonstra um rio, montanhas que o circundam e possui indica-ções de norte, leste e oeste. Acredita-se que os Egíp-cios também tenham feito diversos mapas, porém di-ferentes dos feitos na Babilônia, não teriam resistido à ação do tempo.

A Arqueologia tem como objetivo principal a remon-tagem de um cenário que não existe mais, do ponto de vista humano, através do estudo sistemático dos rema-nescentes das sociedades que se quer conhecer, tendo como objeto principal o sítio arqueológico. A contex-tualização ambiental dessas sociedades é imprescin-dível ao trabalho de resgate do passado, e nenhuma disciplina realiza melhor - e de maneira mais eficiente - essa tarefa do que a sua irmã dos estudos sociais, a geografia. Atualmente, uma grande influência advinda da geografia está sendo novamente incorporada pela arqueologia como ferramenta nos estudos do passa-do: as geotecnologias. Diversos trabalhos estão sendo desenvolvidos, tanto no exterior como em território brasileiro, utilizando intensamente ferramentas como SIG, Sensoriamento Remoto e os sistemas de posiciona-mento global, desde a fase de preparação das pesquisas até a ponta final, na gestão do patrimônio.

De acordo com a Lei 3.924/61, conhecida como Lei de Arqueologia, todo sítio arqueológico é um bem da União, ficando a cargo do Instituto do Patrimônio His-tórico e Artístico Nacional (Iphan) a fiscalização e gestão desse patrimônio. Assim como o petróleo, o sítio arque-ológico é encarado como um bem não-renovável, no entanto é vetada sua exploração econômica (a própria criação da Lei é feita nos anos 60 por conta da explo-ração do calcário por empresas nos sítios conhecidos como sambaquis, acumulados de conchas deixados por sociedades pré-históricas do litoral). Uma vez des-coberto, uma poligonal é definida pelo arqueólogo que realiza a pesquisa, cabendo a ele definir se o sítio será ou não mantido naquele local, podendo a remoção ser feita através de novo projeto denominado “Projeto de Salvamento”. A função do Iphan, portanto, requer cada vez mais ferramentas que não só nos ajudem a desven-dar os tesouros arqueológicos ainda não descobertos (acredita-se que tenham sido descoberto apenas 1% de

A Arqueologia sempre foi

muito próxima e influenciada

pelos conceitos e metodologias

desenvolvidos nas Ciências da Terra.

Mapa da antiga cidade de Ga Sur, o mais antigo de que se tem registro

rodriGo AlMeidA de sousAGraduando no curso de Geografia na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, com passagem pela Assessoria de Arqueologia do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico [email protected]

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61 MundoGEO 73 | 2013

Distribuição de Sítios Arqueológicos Registrados no Estado do Rio de Janeiro

Diversas outras aplicações possíveis podem ser feitas utilizando as camadas de informação produzidas pelo Iphan-RJ. Nesse momento, o SIG configura-se como a grande ferramenta de gestão de patrimô-nio arqueológico no Estado e, tão logo o projeto nacional esteja em funcionamento, de todo o país. Mas as iniciativas não param por aí.

Os arqueólogos atualmente, em todo mundo, utilizam-se cada vez mais dos sistemas de posicionamento global para melhor localizar os seus sítios pesquisados no momento do registro. O caso brasileiro não foge a essa tendência, uma vez que o sistema GPS já se configura o mais utilizado no momento do registro do sítio. No entanto, o arque-ólogo ainda sente a necessidade de um auxiliar para manuseio dos aparelhos e trabalho com os dados. A lacuna de uma norma específica para o registro de sítios utilizando sistemas de posicionamento tam-bém já vem sendo sentida. Nesse sentido, o CNA também trabalha para estabelecer um nível de qualidade dos dados espaciais produ-zidos pelos arqueólogos, que atualmente encontram-se em diversos níveis. Ainda que muito popular entre os arqueólogos, é necessária uma maior ampliação dos conhecimentos dos sistemas e de suas apli-cações, bem como as normas de qualidade.

A aplicação dos produtos do Sensoriamento Remoto em Ar-queologia não é uma perspectiva recente. Na verdade, Leo Deuel em seu livro intitulado “Flights into yesterday, já sinaliza as diversas aplicações realizadas desde o surgimento da técnica, com pássaros e balões. Essa é, talvez, a perspectiva de maior crescimento em âmbito

todo patrimônio arqueológico existente no planeta) como também proteger o patrimônio que já existe. As geotecnologias entram como ferramentas poderosas nessa difícil tarefa.

O próprio Iphan vem dando o exemplo nesse sentido. Nos últimos anos, diversas iniciativas têm sido tomadas pelas superintendências estaduais na tarefa de mapear o patrimônio existente. O Iphan-RJ desenvolveu um projeto piloto de georreferenciamento de sítios ar-queológicos e projetos de pesquisa, que agora será aplicado em todo país pelo Centro Nacional de Arqueologia (CNA-Iphan), traçando pa-râmetros e metas em conformidade com as normas existentes e com a Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (Inde). Através desse projeto foi possível, por exemplo, atualizar a base de dados sobre a quantidade de sítios arqueológicos registrados no Estado do Rio de Janeiro atualmente, por município.

mundial, percebida pelo aumento no número de trabalhos desen-volvidos por instituições de pesquisa. O mais conhecido atualmente é o da arqueóloga Sarah Parcak, que em sua palestra ao TED – Con-ferências sobre tecnologia - intitula-se uma “Space Archaeologist”. Ela desvendou cerca de 17 pirâmides no Egito utilizando apenas a banda infra-vermelha de um sensor óptico via satélite. Seu trabalho tem chamado a atenção da mídia, e demonstrado o grande potencial arqueológico dos produtos gerados pelo Sensoriamento Remoto. A mesma arqueóloga escreveu o livro “Satellite Remote Sensing for Archaeology”, onde estipula diversas outras aplicações para os diferentes sensores disponíveis no mercado. Descobertas interes-santes também foram realizadas por arqueólogos americanos que pesquisam em Belize, desvendando, através do uso de Lidar, estru-turas Maias encobertas por uma densa vegetação.

Modelo digital do terreno demonstrando estruturas humanas escondidas por densa vegetação

A própria agência espacial americana (Nasa) realiza trabalhos de arqueologia com uso de Sensoriamento Remoto, obtendo sucesso em diversas linhas de trabalho, inclusive sensores hiperespectrais.

A maior parte dos trabalhos tem sido desenvolvida por pesquisa-dores americanos, porém boas iniciativas começam a surgir em todo o planeta com a popularização do uso de imagens de satélite. No Brasil o panorama ainda é tímido, havendo iniciativas, por exemplo, nas diferentes possibilidades de usos de imagens ópticas na identifi-cação de geoglífos e também sua identificação utilizando produtos do programa Cbers. Muitas outras iniciativas estão em andamento, e a tendência do campo de estudo é crescer juntamente com o au-mento da constelação de satélites e disponibilidade de imagens nas mais diferentes resoluções.

A arqueologia brasileira ainda precisa colocar ao mercado que tipo de demanda é desejada, quais os aspectos na geração de imagens são mais interessantes aos seus estudos e procurar se familiarizar ainda mais com as geotecnologias. Desde o planejamento e estudo em ga-binete até a gestão do patrimônio por parte dos orgãos governamen-tais, as possibilidades no uso de geotecnologias em arqueologia são imensas. Se a tendência é de crescimento em todo planeta, no Brasil as possibilidades são ainda maiores com os grandes projetos em fase de implementação em território nacional. Com isso, o financiamento torna-se cada vez mais intenso em pesquisas arqueológicas, cabendo aos profissionais de geo trabalhar em conjunto com os arqueólogos para melhorar ainda mais as pesquisas sobre o nosso passado.

Page 62: Revista MundoGEO 73

62 MundoGeo 73 | 2013

GEOINCRA

QueM AssinA?

Decorridos já quase nove anos da Decisão Ple-nária do Confea - PL 2087 - ainda existem muitas dúvidas com relação a quem são os profissionais que podem assumir a responsabilidade técnica de trabalhos topográficos georreferenciados com vis-tas ä Certificação no Incra, em atendimento à Lei 10.267/2001. Desta forma, iremos reproduzir os prin-cipais pontos da Decisão Plenária do Confea 2087 de 2004, conforme abaixo:

Pl 2087/2004Decidiu: 1) Revogar a Decisão PL-0633, de 2003, a

partir desta data. 2) Editar esta decisão com o seguinte teor: I. Os profissionais habilitados para assumir a res-ponsabilidade técnica dos serviços de determinação das coordenadas dos vértices definidores dos limites dos imóveis rurais para efeito do Cadastro Nacional de Imóveis Rurais (CNIR) são aqueles que, por meio de cur-sos regulares de graduação ou técnico de nível médio, ou por meio de cursos de pós-graduação ou de qualifi-cação/aperfeiçoamento profissional, comprovem que tenham cursado os seguintes conteúdos formativos;

a) Topografia aplicadas ao georreferenciamen-to; b) Cartografia; c) sistemas de referência; d) Pro-jeções cartográficas; e) Ajustamentos; f) Métodos e medidas de posicionamento geodésico. ii. Os conteúdos formativos não precisam constituir disci-plinas, podendo estar incorporadas nas ementas das disciplinas onde serão ministrados estes conhecimen-tos aplicados às diversas modalidades do Sistema; III. Compete às câmaras especializadas procederem a análise curricular; IV. Os profissionais que não tenham cursado os conteúdos formativos descritos no inciso I poderão assumir a responsabilidade técnica dos ser-viços de determinação das coordenadas dos vértices definidores dos limites dos imóveis rurais para efeito do CNIR, mediante solicitação à câmara especializada competente, comprovando sua experiência profissio-nal específica na área, devidamente atestada por meio da Certidão de Acervo Técnico – (CAT); V. O Confea e os Creas deverão adaptar o sistema de verificação de atribuição profissional, com rigorosa avaliação de currículos, cargas horárias e conteúdos formativos que habilitará cada profissional; VI. A atribuição será con-ferida desde que exista afinidade de habilitação com a modalidade de origem na graduação, estando de acordo com o art. 3º, parágrafo único, da Lei 5.194, de 24 de dezembro de 1966, e serão as seguintes moda-

roberTo TAdeu TeiXeirA Engenheiro Agrimensor - Incra , Especialista em Georreferenciamento de Imóveis Rurais, formado pela FEAP-SP, Professor do Curso de Pós Graduação em Georreferenciamento de Imóveis Rurais – disciplina de Normas e Legislação aplicada ao Georrreferenciamento de Imóveis: Universidade Regional de Blumenau; Fundação Educacional de Fernandópolis; e União Educacional do Norte – Rio Branco. Professor do Curso Legeo- Legsilação e Georreferenciamento da Universidade Santiago & Cintra (www.unisantiagoecintra.com.br). Integrante da equipe técnica que elaborou a Norma de Georreferenciamento de Imóveis Rurais do [email protected]

lidades: Engenheiro Agrimensor (art. 4º da Resolução 218, de 1973); Engenheiro Agrônomo (art. 5º da Reso-lução 218, de 1973); Engenheiro Cartógrafo, Engenhei-ro de Geodésica e Topografia, Engenheiro Geógrafo (art. 6º da Resolução 218, de 1973); Engenheiro Civil, Engenheiro de Fortificação e Construção (art. 7º da Resolução 218, de 1973); Engenheiro Florestal (art. 10 da Resolução 218. de 1973); Engenheiro Geólogo (art. 11 da Resolução 218, de 1973); Engenheiro de Minas (art. 14 da Resolução 218, de 1973); Engenheiro de Pe-tróleo (art. 16 da Resolução 218, de 1973); Arquiteto e Urbanista (art. 21 da Resolução 218, de 1973); Enge-nheiro de Operação – nas especialidades Estradas e Civil (art. 22 da Resolução 218, de 1973); Engenheiro Agrícola (art. 1º da Resolução 256, de 27 de maio de 1978); Geólogo (art. 11 da Resolução 218, de 1973); Geó- grafo (Lei 6.664, de 26 de junho de 1979); Técnico de Nível Superior ou Tecnólogo - da área específica (art. 23 da Resolução 218, de 1973); Técnico de Nível Médio em Agrimensura; Técnicos de Nível Médio em Topo-grafia; e Outros Tecnólogos e Técnicos de Nível Médio das áreas acima explicitadas, devendo o profissional anotar estas atribuições junto ao Crea. VII. os cursos formativos deverão possuir carga horária mínima de 360 horas contemplando as disciplinas citadas no inciso i desta decisão, ministradas em cursos re-conhecidos pelo Ministério da educação; VIII. Ficam garantidos os efeitos da Decisão PL-633, de 2003, aos profissionais que tiverem concluído ou concluírem os cursos disciplinados pela referida decisão plenária e que, comprovadamente, já tenham sido iniciados em data anterior à presente decisão. Presidiu a Sessão o Eng. Civil Wilson Lang. Votaram.....

Brasília, 3 de novembro de 2004.eng. Florestal Fernando Antônio souza bemerguyPresidente em Exercício

É importantíssimo lembrar que os profissionais rela-cionados nesta PL que tiverem interesse em se capacitar com vistas a credenciar-se no Incra, devem se ater ao escolher o curso. Ou seja, a instituição de ensino deve ter o curso reconhecido pelo Ministério da Educação, e também o curso deve ser registrado no Crea estadual, visto que será este Conselho que emitirá a certidão ne-cessária ao credenciamento do profissional no Incra.

Decisão plenária do Confea PL 2087/2004 define quem são os profissionais que podem assinar trabalhos georreferenciados para Certificãção no Incra.

Page 63: Revista MundoGEO 73

GArMin

Page 64: Revista MundoGEO 73

MundoGEO 73 | 201364

Profissionais estão capacitados para alçar voos cada vez mais altos

GEOGRAFIA

o “noVo” GeóGrAFo

GeoVAnA FreiTAs PAiMGraduada em Geografia pela Universidade Estadual de Feira de Santana/BA. Especialista em Geotecnologias pela Escola de Engenharia Eletromecânica da Bahia. Mestra em Ciências Ambientais. Programa de Pós Graduação em Modelagem em Ciências da Terra e do Ambiente UEFS/BA. Analista de Geoprocessamento na Gerência de Geodésia da Petrobras/BA (através de contrato com a empresa Fototerra)

luCiAnA sAnTiAGo roChAGraduada em Geografia pela Universidade Federal da Bahia, Especialista em Geotecnologias pela Escola de Engenharia Eletromecânica da Bahia, Mestra em Engenharia Ambiental Urbana pela Universidade Federal da Bahia. Analista de Geoprocessamento na Gerência de Geodésia da Petrobras/BA (através de contrato com a empresa Fototerra)[email protected]

Realização: Aprogeo-BA. Colaboradores: Augusto Copque, Marco Fontes e Hermilino Danilo de Carvalho

Desde no século XIX, com a necessidade de desbravar o território brasileiro, o Geógrafo

era um profissional demandado para a apresen-

tação da realidade através de mapas. Atualmen-

te, vive-se um momento fascinante, pois com o

mundo globalizado imbricado de novas tecno-

logias e saberes nas esferas social, econômica e

ambiental, o geógrafo é convocado a participar

de múltiplos campos do conhecimento e conse-

quentemente do mercado de trabalho.

Na Bahia, o profissional tem atendido com êxi-

to o desafio de atuar nas áreas de meio ambiente,

planejamento urbano, energia, petróleo e gás,

educação, segurança pública, saúde, dentre ou-

tras. Empresas tanto públicas quanto do setor

privado, acompanhando a tendência mundial,

têm aberto cada vez mais vagas para Geógra-

fos, graças a uma das especificidades inerentes

a sua formação, o que lhe permite transitar por

muitos setores do saber, atuando em equipes

multidisciplinares,

acompanhando o

desenvolvimento

das atividades des-

tas empresas em to-

das as suas fases e

projetos, tais como:

concepção, geren-

ciamento de equi-

pes de campo, estu-

dos de alternativas

locacionais, via-

bilidade ambien-

tal, certificações,

impactos na vizi-

nhança, percepção

do cenário político/

econômico vigente,

produção de docu-

mentos cartográfi-

cos, entre outras.

Empresas que antes não tinham a participa-ção dos Geógrafos em seus negócios apontam que a inserção destes em suas equipes trouxe avanços, pois este profissional possui, na sua essência, uma capacidade de análise interdisci-plinar, facilitando o diálogo entre os membros do grupo. Além disso, o acesso às informações geoespaciais, acompanhado de inovações tec-nológicas (GPS, Google Earth, imagens de saté-lite, etc.) e seu olhar crítico no desenvolvimento dos projetos da empresa, muito contribuem nas tomadas de decisões.

Assim, percebemos que a tendência do pro-fissional Geógrafo, na atualidade, é ir além das fronteiras da sala de aula que, no Brasil, tanto caracterizou esta profissão nas últimas déca-das. O “novo” Geógrafo está preparado para al-çar voos cada vez maiores, conquistando e rein-ventando novos espaços nos diversos setores da sociedade.

Page 65: Revista MundoGEO 73

AssinATurAs

Page 66: Revista MundoGEO 73

QUEM é QUEM

A revista MundoGEO dá continuidade à série iniciada na edição 66 e mostra a você quem são os profissionais de destaque do setor de geotecnologia na América Latina

66 MundoGeo 70 | 2012

Dênis De Moura soares Coordenador de Estudos de

Planejamento na Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos do Ministério do Planejamento Orçamento e

Gestão - Brasília (DF). Mestre em Sensoriamento Remoto (Inpe), Engenheiro Cartógrafo (IME).

Trabalhou também na Diretoria de Serviço Geográfico

do Exército Brasileiro.

ulf rainer BogDawa CEO da SkyDrones Tecnologia Aviônica Ltda. - Porto Alegre

(RS). Engenheiro Mecâncio com Pós-Gradação MBA em Gestão Empresarial. Fundador da NBN

Automação Industrial Ltda., Ex-Diretor da Abrameq, atual diretor da Abimaq

e conselheiro da Fiergs.

george Porto ferreira Coordenador-Geral de

Monitoramento Ambiental do Ibama – Brasília (DF). Geógrafo,

Mestre em Geoprocessamento e Condução de Projetos. Já atuou

na Superintendência do Ibama em Rondônia e Sistema de Proteção da

Amazônia (Sipam/Porto Velho).

Vinícius filier Diretor Presidente da Geoplan

Júnior, Analista de Desenvolvimento de Sistemas na Métrica Tecnologia

- Rio Claro (SP). Graduando em Geografia com ênfase em

Geoprocessamento (Unesp Rio Claro); técnico em Geomática

(Unicamp). Já trabalhou no Departamento de Planejamento Territorial e Geoprocessamento

da Unesp Rio Claro e na Secretaria Municipal de Obras de Santa

Gertrudes (SP).

feliPe seaBra Geoambiente/Google Partner - São José dos Campos (SP). Geógrafo e Mestre em Geografia (Unicamp),

com Especialização em Marketing (ESPM) e MBA em Marketing (FGV). Já atuou também no Gruppo Itália

(Diretor de Marketing), Digibase (Gerente de Marketing), ProMaps (Gerente de Marketing) e Imagem

(Líder de Produto).

João Bosco De azeVeDo Trabalha no IBGE há 11 anos, tendo ocupado o cargo de Coordenador

de Cartografia de 2009 a 2011 e atualmente ocupa o cargo de Diretor

Adjunto de Geociências - Rio de Janeiro (RJ). Engenheiro Cartógrafo com mestrado em Geomática(UERJ) e especialização em Infraestruturas

de Dados Espaciais (Universidad Politécnica de Madrid). Já atuou na

Herjack Engenharia Sc Ltda. e no Serviço Geológico Brasileiro (CPRM).

Page 67: Revista MundoGEO 73

67

| Infraestruturas de dados espacIaIs | GerencIamento da Informação GeoespacIal |

Ide#Connect

Embrapa lança publicação

com aspectos técnicos da Inde

A Embrapa Gestão Territorial

lançou uma publicação

que apresenta uma visão

técnica sobre a Infraestrutura

Nacional de Dados Espaciais

(Inde)

Page 68: Revista MundoGEO 73

MundoGEO 73 | 201368

IDE#CONNECT

O trabalho, intitulado “Infraestrutura Nacional de Dados

Espaciais: aspectos computacionais”, tem como objetivo su-

marizar os fundamentos computacionais envolvidos na espe-

cificação da Inde e reunir referências atualmente disponíveis

que possibilitam a construção de uma infraestrutura de dados

espaciais baseada em softwares livres.

MundoGeo 71 | 201368

Instituída em novembro de 2008 por meio do decreto 6.666, a Inde tem o intuito de nortear os padrões a serem adotados pelas instituições para a publicação de dados espa-ciais na web, tornando-os interoperáveis e acessíveis a toda sociedade. Permite catalogar e integrar dados geoespaciais de diversas instituições do governo brasileiro, produtoras e mantenedoras de dados, fazendo com que estes sejam fa-cilmente localizados, explorados e acessados para os mais diversos usos. O objetivo é promover o compartilhamento e a disseminação desses dados por meio da catalogação de seus metadados.

Além do lançamento da publicação, a Embrapa Gestão Territorial participou, recentemente, do treinamento promo-vido pela Comissão Nacional de Cartografia (Concar) sobre a Inde. A participação no treinamento, realizado na Escola Nacional de Administração Pública (Enap – Brasília) em ju-nho, faz parte de uma série de ações da unidade, que bus-cam constituir uma base sólida de conhecimento para sua colaboração com a Inde.

O treinamento focou a apresentação dos principais con-ceitos , princípios, processos decisórios e aspectos funda-mentais correlacionados para a adoção da Inde, em níveis estratégico, gerencial, tático e operacional. Foram abordadas questões sobre as ferramentas necessárias para o desenvol-vimento, a implantação, o gerenciamento, a manutenção e a operacionalização do Diretório Brasileiro de Dados Geoes-paciais (DBDG), nome dado à rede de servidores integrados que reúne os produtores, gestores e usuários de informações geoespaciais da Inde.

ibGe diVulGA diVisão urbAno-reGionAl do brAsil

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou recentemente a Divisão Urbano-Regional do Brasil, que integra e conclui o Projeto de Regiões de Influência das Cidades (Regic) 2008. O estudo inédito delimitou 14 regiões ampliadas de articulação urbana, identificando as principais cidades que exercem influ-ência em termos macrorregionais. A subdivisão das regiões ampliadas resultou em 161 regiões intermediá-rias cuja articulação interna baseia-se no oferecimento e busca de bens e serviços de alta complexidade. Já as 482 regiões imediatas de articulação urbana refletem a área vivida pela população e seu deslocamento mais cotidiano.

O banco de dados completo do trabalho disponibili-za arquivos com os limites e polos das regiões, além de tabelas e shapes com a composição das regiões por mu-nicípios, mostrando as etapas de formação de cada uma.

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TRÓPICO DE CAPRICÓRNIOTRÓPICO DE CAPRICÓRNIO

-40°-50°-60°-70°

ECUADOR

-20°

-30°

-70° -60° -50° -40°

-30°

-20°

-10°

P A

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F I

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0°ECUADOR

D.F.

PARANÁ

B A H I A

TOCANTINS

SERGIPE

ALAGOAS

PERNAMBUCO

PARAÍBA

RIO GRANDE DO NORTE

CEARÁ

PIAUÍ

MARANHÃO

RORAIMA

A M A Z O N A S

ACRE

RONDÔNIA

P A R Á

MATO GROSSO

G O I Á S

MINAS GERAIS

MATO GROSSO DO SULESPÍRITO SANTO

RIO DE JANEIRO

SÃO PAULO

SANTA CATARINA

RIO GRANDE DO SUL

AMAPÁ

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C O L O M B I A

A R G E N T I N A

V E N E Z U E L A

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SURINAME GUYANE

GUYANA

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Belém

Recife

Cuiabá

Manaus

Goiânia

Salvador

Brasília

Curitiba

Fortaleza

São Paulo

Porto Velho

Porto Alegre

Rio de Janeiro

Belo Horizonte

Divisão Urbano RegionalRegiões Ampliadas de Articulação Urbana

Fonte: IBGE, Coordenação de Geografia.

Hierarquia urbana do polo da região

%, Grande Metrópole Nacional

%, Metrópole Nacional

%, Metrópole

") Capital Regional A

") Capital Regional B

Regiões Ampliadas de Articulação Urbana

Divisão urbano regional

InternacionalEstadual

Zona econômica exclusiva (200 milhas)

Mar territorial (12 milhas)Zona contígua (24 milhas)

Limites

125 1250 250 375

PROJEÇÃO POLICÔNICA

500 km

Page 69: Revista MundoGEO 73

69 MundoGEO 73 | 2013

Gsdi 14 será reAliZAdo nA áFriCA

A 14ª edição da Conferência da Associação para a Infraestrutura Global de Dados Espaciais (GSDI, na sigla em inglês) se realizará de 4 a 8 de novembro em Addis Abeba, no continente africano.

O evento acontecerá em paralelo à con-ferência AfricaGIS 2013 e será uma oportuni-dade única para o debate sobre a implemen-tação de Infraestruturas de Dados Espaciais (IDEs) em países com diferentes culturas.

Consulte a página da Conferência, em http://gsdi.org/gsdi14, para informações re-centes e detalhes sobre o programa, serviços e oportunidades de patrocínio.

Gis no CoMbATe A desAsTres nATurAis será desTAQue no inTerGeo

disPoníVel o GeoboliViA-liVe Versão 1.0

O GeoBolivia-Live Versão 1.0 é um DVD, pendrive ou máquina virtual, baseada em software livre, que permite o uso de ferramen-tas livres para a gestão de informação geográfica publicada na In-fraestrutura de Dados Espaciais do Estado Plurinacional da Bolívia (IDE-EPB). GeoBolivia-Live Versão 1.0 é composto completamente por software de código aberto, o qual permite sua livre distribuição, difusão e acesso; utiliza Gnome Classic e Gnome Shol - o Gnome é carregado automaticamente em função da capacidade da placa gráfica - e proporciona um conjunto de aplicações pré-configuradas para a gestão de informação geográfica cuja funcionalidade permite o armazenamento, publicação, visualização, análise e manipulação de dados. Também são disponibilizados alguns dados geográficos acompanhados por seus respectivos metadados, além de manuais de uso empregando as ferramentas disponíveis.

INFO

http://geo.gob.bo

Chile lAnçA MAPA diGiTAl CoM inForMAções TerriToriAis

O Ministério de Recursos Nacionais do Chile lançou recen-temente um mapa digital que visa melhorar os investimentos e tomada de decisões para o desenvolvimento de políticas pú-blicas no país. O Map Viewer IDE é a primeira plataforma web com informações territoriais do Chile, que permitirá fácil acesso para um melhor planejamento de projetos em território chileno.

Este mapa é resultado do trabalho coordenado entre di-versas instituições públicas envolvidas com a Infraestrutura de Dados Geoespaciais do Chile. Liderado pelo Projeto de

Caracterização Territorial e pelo Sistema Nacional de Infor-mação Territorial (Snit), o novo visualizador oferece apoio à tomada de decisão.

O mapa já está disponível no site www.ide.cl e, até o mo-mento, conta com dados e informações de quatro regiões do norte do Chile (Arica e Parinacota, Tarapacá, Antofagasta e Atacama). O objetivo do projeto é adicionar uma região por mês, além de incorporar os dados do último Censo, protocolos de emergência, entre outros.

A 19ª edição do evento irá acontecer de 8 a 10 de ou-tubro de 2013 na cidade de Essen, Alemanha, e vai contar com um espaço de debates sobre o uso de geotecnolo-gias para o combate a desastres naturais.

Proteção contra desastres naturais é considerada uma das mais importantes áreas de aplicações de dados geográficos, tanto em nível nacional como internacional, que ajudam nos serviços de resgates. Quando ocorre uma catástrofe é impor-tante, em primeiro lugar, identificar a localização exata do in-cidente e das pessoas afetadas, o que permite uma análise ágil dos dados, essencial para as esquipes de gestão de incidentes.

Em longo prazo, no entanto, dados geográficos fa-zem mais do que apenas oferecer uma base confiável

de dados para avaliar pontos de risco. Para as áreas afe-tadas por enchentes, por exemplo, informações sobre a propagação de inundação é de extrema importância. Os dados coletados pelo satélite ou por levantamentos aéreos criam modelos tridimensionais com o objetivo de simular enchentes, fornecendo pontos de referência importantes em caso de crise.

O Intergeo é o maior evento do mundo sobre geoin-formação, geodésia e gestão territorial. Mais de 16 mil visitantes de 80 países participaram da versão mais re-cente do evento, em 2012.

INFO

www.intergeo.de

Page 70: Revista MundoGEO 73

70 MundoGeo 73 | 2013

As seguintes empresas, presentes no Portal MundoGEO, convidam-no para visitar seus sites com informação atualizada sobre negócios, produtos e serviços.

Para participar desta seção, entre em contato pelo email [email protected] ou ligue +55 (41) 3338-7789

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Anunciante Página

Alezi Teodolini 10

AMS Kepler 47

CPE Tecnologia 39

Furtado Schmidt 13

Garmin 63

Geofumadas 53

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Intergeo 73

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www.manfra.com.br

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Page 71: Revista MundoGEO 73
Page 72: Revista MundoGEO 73

72 MundoGeo 73 | 2013

GUIA DE EMPRESAS

O Guia MundoGEO é a lista mais completa do Brasil de empresas do setor de geotecnologias, divididas em prestadoras de serviços e fornecedoras de produtos e equipamentos. Acesse www.mundogeo.com/empresa e saiba mais.

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Terravision www.terravisiongeo.com.br

Topocart www.topocart.com.br Brasilia (DF)

Page 73: Revista MundoGEO 73

inTerGeo

Page 74: Revista MundoGEO 73