revista meio filtrante n 73

52
www.meiofiltrante.com.br Especializada em Filtração - Separação - Tratamento de Água - Meio Ambiente REVISTA E PORTAL Ano XIII - Nº 73 - Março/Abril de 2015 ISSN 1676-8027

Upload: l3ppm

Post on 08-Apr-2016

252 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Matéria de capa: Parker Hannifin inaugura terceira linha de produção automatizada e dobra capacidade fabril, a inauguração pela Parker em São José dos Campos (SP), da chamada “Linha Três”, totalmente automatizada e entre as mais modernas da América Latina, um marco inclusive na história da organização, que trouxe ao país alguns dos principais executivos para acompanhar o evento. Na mesma matéria, a empresa revela expectativas e inovações, como o projeto brasileiro desenvolvido para a Volkswagen, a previsão de investimentos e lançamentos para o nosso mercado. Trazemos também um artigo que mostra que sistemas e filtros atendem Proconve 7, mas usuários burlam Arla 32; filtros e sistemas de filtração para linha mobil; poços artesianos e semiartesianos, que figuram entre as soluções para a crise da água; uma visão sobre o mercado de filtração e os profissionais que atuam na área; a importância dos filtros de pó, que funcionam como sistemas contra alergias; e muito mais.

TRANSCRIPT

Ambient e

www.meiofiltrante.com.br

Espec ia l i zada em F i lt r ação - Separ ação - Tra t amento de Água - Meio Ambient e

R E V I S T A E P O R T A L

Ano XIII - Nº 73 - Março/Abril de 2015

ISS

N 1

676-

8027

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

Capa_73.pdf 1 19/02/2015 14:28:43

Todo

s ju

ntos

faze

m u

m tr

ânsi

to m

elho

r.

De 07 a 11 de abril, a Tecfil vai abrir suas portas na Automec e você é nosso convidado para conhecer as novidades e descobrir a surpresa que preparamos para você.

ANHEMBI – SÃO PAULO/SP – ESTANDE E600

PREPARE-SE PARA UMAGRANDE SURPRESA

SAC 0800 11 6964www.tecfil.com.br www.facebook.com/tecfil.filtros

Parker Hannifin inaugura terceira linha de produção automatizada e dobra capacidade fabril

Sistemas e filtros atendem Proconve 7/Euro 5, mas usuários burlam Arla 32

Filtros e sistemas de filtração para linha mobil

Donaldson investe para expandir atuação no mercado

EVENTOSMercado automotivo terá investimento de 50 bilhões; Automec será pólo gerador de bons negócios

ESPECIALMercado de filtração e os profissionais que atuam na área

FILTROS INDUSTRIAISFiltros de pó funcionam como sistemas contra alergias

TRATAMENTO DE ÁGUAPoços artesianos e semiartesianos estão entre as soluções para a crise da água

06 Filtrado - O que acontece no mercado de filtros08 Mercado - Confira as novidades no mercado industrial50 Visão Empresarial

nestaedição ano XIII - nº 73 - Março/Abril 2015

Perfil

10

14

18

26

26

10

40

34

32

44

Capa

Destaque

18

Filtros Automotivos

14

EDITORIAL

EditoraRogéria Sene Cortez [email protected]

DiretoresRogéria Sene Cortez MouraJoão B. [email protected]

Redação/ReportagemAnderson V. da Silva, Carla Legner, Daiana Cheis, Cristiane Rubim e Vicente de [email protected]

Comunicação Loiana Cortez Moura

Criação, Editoração e WebAnderson Vicente da SilvaPaula Zampoli

PublicidadeLaíssa Cortez MouraYara [email protected]

Capa Foto: Anderson V. da Silva Criação e DesenvolvimentoL3ppm - publicidade, propaganda e marketing Ltda.

Assinaturas, Circulação e Atendimento ao Cliente:Tel.: +55 11 4475-5679 [email protected]

Conselho Editorial:Alexandre Borges; Alice Maria de Melo Ribeiro; Atsushi Gomi; Caio Mello de Abreu; Carlos Augusto de Souza; Cláudio Chaves; Denis Beber Frada; Eduardo Pacheco; Francisco Gomes Neto; Genaro Pascale Neto; Geraldo Reple Sobrinho; Hercules Guilardi; Helmut Zschieschang; Hermann Queiser; Jeffrey John Hanson; José Luis Tejon Megido; Julio Trujillo; Luciano Peske Ceron; Mauro Urbinati; Marco Antônio Simon; Paulo Roberto Antunes; Patrick Galvin; Pedro Verpa; Plínio Centoamore; Ricardo Saad; Tárcia Rita Davoglio; Tarcisio Costa; Valter Medina; Vinicius Stoco Patricio e Walter Luiz Polônio.

Colaboraram nesta edição:Simone Minhoto Queiroz, Ricardo Pessoa e Ana Paula de Oliveira (Tecfil); Marcelo Simionato e Julio Trujillo (Donalson); Renata Pirolo e Daniel G. de la Fuente (InbraTextil); Patrick Mendes (Yanpai Do Brasil); Abrafiltros (Diretoria); Lu-ciana Beneton e Francisco Queiroz (Tecitec); André Luis Moura e Valdir Montagnoli (Laffi Fil-tration); Digvijai Singh (A2Z Filtration); Edgard Luiz Cortez (Iteb); David Siqueira de Andrade e Gabriela Oppermann (Supply Service); Clau-dio Chaves, Anderson Alves Oliveira e Thais Mazzucatto (Pentair); Juliano Frizzo (Filtros Planeta Água); (MSF); Paul Gaston Cleveland, Sergio Sato, Edmilson Alves e Sandra Zveibil Michelsohn (Camfil); Renato Bruno (Unifilter); Aldenir C. Montesso e Perla Volner (Poli-Filtro); Anderson Amaro (Newtec); Edison Ricco Júnior e Flávia Gill (Apexfil); Antonio Carlos Camargo, Sueli Curti e Manuella Curti de Souza (Grupo Europa); Sérgio Moreira Monteiro, Vinicius Stoco Patrício, Candido Lima, Paulo Roberto Nascimento e Celso Ramos (Parker Hannifin); Mário Massagardi (Robert Bosch); Marcio Aua-da (Cummins Filtros); Rodolfo Cafer (Mahle Me-tal Leve); Ronilso Toledo (Sogefi); José Roberto

Pereira Píccolo (Bosch Rexroth); Leonardo Bar-ros (Mann-Filter); Diego Galvão (Hays); Tito de Almeida Pacheco (Vortex); José Mauricio Sam-paio (Nederman); Marcello Vinícius Bernardini (McFil); Thiago Forteza de Oliveira (General Wa-ter); Cláudio Oliveira (Abas); Fabio de Oliveira Pinto (Asstefil) e Roberto Dumas Damas.

Assessoria JurídicaCandido, Rozatti e Spinussi Adv. AssociadosTel.: +55 11 4438-8173 - www.crsaa.com.br

A Revista MEIO FILTRANTE é uma publicação da L3ppm - L Três publicidade, propaganda e marketing Ltda. Rua Aracanga, 330 – Pq. Jaçatuba CEP 09290-480 - Santo André - SPTel.: +55 11 4475-5679www.meiofiltrante.com.br

Impressão e AcabamentoGráfica IPSIS - www.ipsis.com.br

Abre alas para o trabalho

Muita gente talvez não tenha percebido, mas em breve encerraremos o primeiro trimestre do ano. O carnaval já passou e agora será dada a partida para quem acredita que o Brasil só funciona depois do Carnaval, mas certamente para aqueles que já estão trabalhando normalmente desde o início do ano, é hora de colher os primeiros resultados desses esforços.Seja qual for a sua crença, temos sido constantemente bombardeados com notícias ligadas à corrupção na Petrobrás, situação econômica, desencontros governamentais, a oposição em polvorosa. Nesse cenário turbulento, é preciso ficar atento aos sinais do mercado, mas certamente o empresário não deve descuidar de manter sua equipe focada em resultados, a exemplo de tantas empresas que se mantêm na linha de frente enquanto outras adotam uma postura mais reativa, de esperar para ver e somente depois tomar decisões, muitas vezes tardias.No compasso das empresas que apostam no país, trazemos como matéria de capa: Parker Hannifin inaugura terceira linha de produção automatizada e dobra capacidade fabril, a inauguração pela Parker em São José dos Campos (SP), da chamada “Linha Três”, totalmente automatizada e entre as mais modernas da América Latina, um marco inclusive na história da organização, que trouxe ao país alguns dos principais executivos para acompanhar o evento. Na mesma matéria, a empresa revela expectativas e inovações, como o projeto brasileiro desenvolvido para a Volkswagen, a previsão de investimentos e lançamentos para o nosso mercado.Trazemos também um artigo que mostra que sistemas e filtros atendem Proconve 7, mas usuários burlam Arla 32; filtros e sistemas de filtração para linha mobil; poços artesianos e semiartesianos, que figuram entre as soluções para a crise da água; uma visão sobre o mercado de filtração e os profissionais que atuam na área; a importância dos filtros de pó, que funcionam como sistemas contra alergias; e muito mais.

Rogéria Sene Cortez MouraEditora

Os artigos e matérias não refletem a opinião desta revista, assim como declarações emitidas por entrevistados e através de anúncios, sendo de única e exclusiva responsabilidade de seus autores e anunciantes. A reprodução total ou parcial das matérias só é permitida mediante autorização prévia da Revista Meio Filtrante, e desde que citada a fonte.

Errata: Em nossa edição nº 72 - Janeiro/Fevereiro de 2015, na matéria Mercado de filtros tem visão realista, mas espera crescimento em 2015, na página 42 a foto divulgada do entrevistado da Tecfil, Ricardo Pessoa está errada. Na verdade a foto divulgada na matéria foi do Ricardo Brandão também da Tecfil.

Ambient e

www.meiofiltrante.com.br

Espec ia l i zada em F i lt r ação - Separ ação - Tra t amento de Água - Meio Ambient e

R E V I S T A E P O R T A L

Ano XIII - Nº 73 - Março/Abril de 2015

ISS

N 1

676-

8027

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

Capa_73.pdf 1 19/02/2015 14:28:43

Não é apenas o gosto que torna uma cerveja agra-dável - o líquido claro e brilhante, com seu agra-dável colarinho também é um refresco para os olhos. Mas a cerveja contém proteínas e polifenóis provenientes do malte e lúpulo. Em qualquer con-centração, eles logo formam complexos que tornam a cerveja turva e afetam o sabor. Hoje em dia, os fabricantes de cerveja concentram-se no sabor, clareza e estabilidade que devem ser obtidos de uma maneira segura, saudável, sustentável e eficaz em termos de custo.O processo de filtração promove a remoção física de partículas que provocam a turbidez, ou seja, ele remove principalmente as leveduras, proteínas e outros complexos. Posteriormente, o processo de estabilização normalmente objetiva a adsorção de polifenóis, pois eles podem formar complexos com as proteínas. Esses complexos podem levar a turbi-dez da bebida dentro do seu prazo de validade (shelf life) - tal reação pode ser evitada pela aplicação de um processo de estabilização, mantendo as caracte-rísticas do produto por um período muito maior.O sistema convencional usado na filtração de cerveja utiliza terras diatomáceas. O processo, usado há décadas por cervejarias do mundo todo, apresenta alguns aspectos negativos com relação ao meio ambiente: como as partículas de terras diatomáceas são utilizadas em grandes quanti-dades, a demanda mundial e o consumo para a filtração da cerveja variam aproximadamente de 220.000 toneladas por ano. Como as partículas de terras diatomáceas são comumente utilizadas como um material de único uso, tal material é classificado como um recurso limitado - e, portanto, não representa uma solução de filtragem sustentável. Há anos tem-se buscado a substituição de terras diatomáceas devido às defi-ciências conhecidas desse auxílio de filtro, que incluem - além de um impacto ambiental negativo - elevados custos de eliminação, riscos à saúde humana decorrentes do manuseamento, variações na qualidade e a introdução de metais que afetam o sabor de maneira adversa.Estes desafios abriram oportunidades para a BASF desenvolver um novo polímero para a filtração de cerveja: o Crosspure®. O Crosspure® excede a prática padrão atual, as partículas de terras diato-máceas, em todos os pontos acima mencionados. É uma solução 2 em 1 para as cervejarias permitindo a filtração e estabilização da cerveja em uma única etapa. O polímero sintético regenerativo é dese-nhado especificamente para substituir as partículas de terras diatomáceas na filtração da cerveja. A

empresa alcançou esta inovação por meio do com-posto de polivinilpolipirrolidona (PVPP) e polies-tireno usando tecnologia patenteada.A utilização de hidróxido de sódio e enzimas permite a limpeza do polímero solubilizando oma-terial sólido. Assim, o material limpo retorna para o tanque de dosagem e pode ser utilizado para o novo ciclo de filtragem. O Crosspure® pode basi-camente ser regenerado por um número ilimitado de vezes - uma redução de custo importante para os nossos clientes.Entretanto, o produto não só reduz os custos de fil-tração da cerveja, mas também ajuda a diminuir as emissões de resíduos e água: Usando o Crosspure®, é possível reduzir os resíduos sólidos em até 75% em relação à filtração com terras diatomáceas; as emissões de água podem ser reduzidas em 20%. Estas características e benefícios de aplicação torna o Crosspure® uma combinação perfeita com a nova metodologia da BASF ‘Sustainable Solution Steering’. Esta abordagem sistemática, garantida externamente e por toda a empresa, torna possível analisar todo o seu portfólio do ponto de vista das necessidades de sustentabilidade desse mercado.Usando o Crosspure®, não há necessidade de grandes espaços de armazenamento. Além disso, o produto pode ser facilmente usado em sistemas de filtragem existentes com um baixo investimento.O Crosspure® está sendo utilizado na Alemanha e na China há vários anos. Em 2012, o polímero veio para o Brasil e está atualmente sendo testado em uma cervejaria de médio porte. Os testes também estão sendo executados nos EUA, Canadá, Rússia, Colômbia e países da Ásia. Com este produto, a BASF não só busca melhorar e inovar o mercado de bebidas, mas também contribui com um processo de filtração mais sustentável.Cláudio Tacconi é gerente de Nutrição Humana da BASF para América Latina.

Filtrado O QUE ACONTECE NO MERCADO DE FILTROS

6 | Meio Filtrante | Março/Abril 2015

Crosspure® - Solução sustentável da BASF para os impactos negativos do processo de filtração da cerveja

Foto

: Dre

amst

ime

A Vox também entra no mundo dos aplicativos para celular e lança o seu catálogo de produtos para facilitar e agilizar balconistas e repara-dores na hora de procurar o item que desejam.Para realizar uma consulta, basta inserir o nome do produto que o aplicativo lista em quais linhas está disponível ou ainda, pela própria linha (auto-móveis, motos, ônibus, etc.) podendo ser utilizado onde e quando o aplicador quiser.

Além da busca, no aplicativo também é possível ficar por dentro dos lançamentos da empresa, receber mensagens e entrar em contato direta-mente com a VOX.O site da empresa continua no endereço www.filtrosvox.com.br onde também é possível fazer o download dos catálogos e para adquirir gratuitamente o aplicativo, basta acessar a loja da Google Play (Android) e em breve App Store (IOS), ou Windows Phone.

A má manutenção do ar-condicionado pode pro-vocar, além de mau cheiro no veículo, doenças no sistema respiratório

Além de eliminar o des-conforto em dias quentes, especialmente, no verão, o ar-condicionado pode trazer vários benefícios aos ocu-pantes do veículo. O equi-pamento pode auxiliar na visibilidade em dias chu-vosos já que desumidifica o ar, evitando o embaça-mento dos vidros, bem como trazer mais segurança, uma vez que os vidros são man-tidos fechados. Além disso, evita a entrada de ruídos e poluentes provenientes do ambiente externo. No entanto, é preciso alguns cuidados com a manutenção do ar-condicionado. “O filtro de cabine, conhecido como filtro ar-condicionado, filtra as impurezas do ar atmosfé-rico, prevenindo alergias nos ocupantes do veículo, por isso é fundamental efetuar a manutenção, de acordo com as recomendações do

fabricante ou quando apre-sentar alguma avaria”, afirma João Moura, presidente da Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas Auto-motivos e Industriais.Quando saturado, o filtro de cabine, além de impedir que o ar circule adequadamente no habitáculo do carro, pode pre-judicar a saúde do motorista e dos passageiros. “Fungos e bactérias se proliferam, pro-vocando doenças no sistema respiratório e odores no auto-móvel”, comenta.Segundo Moura, a higieni-zação dos dutos, a substi-tuição do filtro de cabine, bem como a troca de outros componentes, se neces-sário por alguma avaria, é essencial para o fun-cionamento adequado do ar-condicionado.A recomendação é fazer o serviço de higienização e a substituição do filtro de cabine, segundo o fabrican-te e, caso o veículo circule por estradas de terra, é pre-ciso redobrar a atenção com a manutenção.

Vox lança aplicativo

Manutenção adequada do ar-condicionado é essencial para os ocupantes do veículo

Março/Abril 2015 | Meio Filtrante | 7

Mercado

8 | Meio Filtrante | Março/Abril 2015

Mercedes-Benz lança pedra fundamental para instalação de fábrica em Iracemápolis

Filtros Planeta Água apresenta lançamentos para 2015

A montadora Mercedes-Benz realizou no dia 5 de fevereiro, o lançamento oficial da pedra fundamental de mais uma unidade industrial no Estado de São Paulo. Desta vez, Iracemápolis foi a cidade esco-lhida para receber o investimento, que há dois anos recebe a assessoria da Investe São Paulo, a agência de promoção de investimentos ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo. Participaram da solenidade o governador, Geraldo Alckmin, o presi-dente da Investe São Paulo, Juan Quirós, o prefeito de Iracemápolis, Valmir de Almeida, e o presidente da Mercedes-Benz do Brasil e CEO para América Latina, Philipp Schiemer, além de empresários e autoridades municipais, estaduais e federais.Fabricante de automóveis, autocarros, motores para aviões, caminhões etc, a empresa já opera, desde 1956, em São Bernardo do Campo e, desde 1979, em Campinas. Com previsão de início de produção em janeiro de 2016, a unidade de Iracemápolis recebe investimento de mais de R$ 500 milhões e gerará cerca de 1.000 postos de trabalho diretos. A planta fabricará os modelos SUV GLA e o sedã Classe C, com capacidade para 20 mil veículos por ano.“Esse empreendimento comprova a vitalidade do setor industrial paulista. A empresa contará com a infra-estrutura de São Paulo e a mão de obra qualificada dos brasileiros que aqui vivem, além da parceria e do apoio permanente da Investe SP”, declara Alckmin.Depois de analisar municípios em estados como Minas Gerais, Santa Catarina e Rio de Janeiro, a Mercedes--Benz escolheu Iracemápolis pelo fato de a cidade estar estrategicamente situada na região adminis-trativa de Campinas, entre outros motivos. Estando distante apenas 153 quilômetros da capital paulista, a nova planta terá maior acesso ao amplo mercado con-sumidor e à rede de infraestrutura logística do Estado.“Acreditamos no potencial de crescimento do mercado brasileiro. A planta de Iracemápolis demonstra a nossa confiança no país, mesmo em momentos de ins-tabilidade, e a certeza de que vamos continuar inves-

tindo em produtos cada vez mais sintonizados com os desejos dos clientes”, afirma Philipp Schiemer.A Investe São Paulo assessora a Mercedes-Benz desde março de 2013. “Foram sete meses de um intenso tra-balho da Investe São Paulo para mostrar que o Estado era a opção ideal para a instalação da nova planta. Além disso, fornecemos todo o suporte nas áreas ambiental, tributária, infraestrutura e também no relacionamento junto às concessionárias de serviços públicos e à pre-feitura de Iracemápolis”, explica Juan Quirós.“Quero agradecer à Investe SP. A seriedade e efici-ência dessa equipe são um exemplo para outras insti-tuições”, disse Valmir de Andrade.Liderança mundialCom a nova fábrica, a Mercedes-Benz do Brasil será a única empresa do setor automotivo a produzir, na América Latina, caminhões, ônibus, vans e auto-móveis. Schiemer destaca ainda que a nova planta brasileira se integrará à rede global de produção da Mercedes-Benz. “Estamos colocando, hoje, a primeira pedra no terreno de nossa nova fábrica, onde serão produzidos automóveis nacionais com a mesma qua-lidade dos fabricados na Alemanha”, declara.A fábrica de Iracemápolis faz parte da estratégia da Mercedes-Benz de tornar-se líder mundial de vendas de automóveis premium até 2020. Markus Schäfer, membro do Board da Mercedes-Benz Automóveis, Produção e Logística que também esteve presente na cerimônia, explica que a nova planta terá um papel determinante para essa expansão global, sendo refe-rência para outras fábricas da marca em termos de fle-xibilidade, eficiência e sustentabilidade no processo produtivo. “Estamos convencidos: vamos produzir os produtos certos para o mercado certo e no momento certo”, enfatiza Schäfer. Também participaram do evento Dimitris Psillakis, diretor geral Automóveis da Mercedes-Benz e outros integrantes da equipe Investe São Paulo – Erminio Lucci, diretor de Gestão de Projetos de Investimentos, Alexandre Marx, gerente de Projetos e José Pedro Fittipaldi, especialista ambiental.

A Filtros Planeta Água, empresa reconhecida pela ampla linha de produtos para melhoria da água, estará presente no mais renomado evento do setor de materiais de construção da America Latina, a Feicon Batimat 2015, apresentando seu mix de pro-dutos e as novidades para a área.Na oportunidade, a empresa estará lançando os novos Ideale e Ideale Premium, purificadores de tor-neira que foram modernizados para acompanhar as necessidades de mercado e o crescimento da marca.

Também divulgará o lançamento do Filtro FIT LAV, produto exclusivo para máquinas de lavar roupas e louça. Outra inovação é o Purificador FIT 200 Plus, vindo de encontro ao consumidor que busca um produto diferenciado, eficiente e com excelente custo benefício.As novas embalagens da Planeta Água, ilustram o cuidado e a preocupação com a qualidade dos pro-dutos oferecidos, alem de se destacarem nos pontos de venda pela praticidade e beleza.

A Parker Hannifin, reconhecida em todo o mundo por criar soluções diversas e inovadoras, inaugurou em fevereiro de 2015 a “Linha Três” de produção de

filtros, no complexo localizado em São José dos Campos (SP), que iniciou as operações em 2006 com a premissa de trazer ao país a mais moderna fábrica de filtros da América Latina.

A nova linha segue a política de ampliação das operações e visa a fabricação de filtros separa-dores de água Spin-on, destinados a veículos movidos a óleo diesel. Totalmente automatizada, a Linha Três é equipada com robôs e manipu-ladores e dobra a capacidade de produção da fábrica, que já conta com duas outras linhas exclusivas para filtros separadores.

CAPA

por Vicente de Aquino e Anderson V. Silva

Parker Hannifin inaugura terceira linha de produção

automatizada e dobra capacidade fabril

10 | Meio Filtrante | Março/Abril 2015

Foto

: Div

ulga

ção

Fábrica da Parker, São José dos Campos/SP

Produtividade aliada a qualidadeReunindo conceitos entre os mais modernos na atualidade e diversos dispositivos à prova de falhas, que impedem que os filtros sejam mon-tados fora dos padrões especificados, a nova linha contribui para a elevação do nível de segurança e confiabilidade do processo produtivo, aliado ao fato dos testes de qualidade serem aplicados auto-maticamente aos produtos, e diretamente na linha de produção, o que resulta em ganhos significa-tivos no já elevado padrão de qualidade Parker. Segundo Candido Lima, presidente do Grupo Latino-Americano da Parker, os investimentos na Linha Três somados aos realizados no novo processo automatizado de pintura, que passa a atender todas as linhas, estão avaliados em US$ 5 milhões. “Os números validam as expecta-tivas da companhia no mercado brasileiro e nossa busca por melhoria contínua. Como resultado,

teremos ganhos expressivos nos rígidos padrões de qualidade dos produtos e maior agilidade nos processos de entrega e atendimento aos clientes, ampliando nossa competitividade no mercado”.Sérgio Monteiro, gerente geral da Divisão de Filtração, também comentou sobre a nova linha de produção: “O objetivo principal é suprir as necessidades do mercado brasileiro na área de reposição, com melhorias que irão proporcionar um aumento significativo de produtividade, dobrando nossa capacidade produtiva. Assim, reunimos condições para num curto prazo, con-quistar novos clientes e ampliar a participação de mercado no país. Estamos preparados para

atender todo o território nacional. Onde houver um caminhão circulando no Brasil, queremos estar presentes”, afirma o executivo, que vai além: “A Parker está trabalhando na montagem de uma linha na Argentina para atender aquele mercado, projeto com início previsto ainda no mês de março”, complementa.

Lançamentos Monteiro comenta acerca da chegada de novos produtos: “Estamos lançando o filtro ecológico e-max, futuro substituto dos filtros spin. São filtros que seguem o conceito LEIF – Low Environmental Impact Filter, ou seja filtros de baixo impacto ambiental, por não possuir partes metálicas, com-ponentes que dificultam o descarte. Os filtros são dotados de sistema anti-vazamento, que evitam o gotejamento de óleo diesel no momento da troca do elemento e que também impede a passagem de combustível se o elemento filtrante instalado não for o correto. Com a linha e-max, a Parker é precursora no emprego dos filtros ecológicos em pré-filtros no segmento automotivo pesado.Paulo Roberto Nascimento, gerente de vendas para a linha móbil, fala sobre ou-tros lançamentos da marca: “No mercado de reposição e distribuição, temos os kits de manutenção para a li-nha móbil, compostos por um conjunto de filtros pa-ra máquinas agrícolas. Inicialmente, o projeto atenderá colheitadeiras da Jonh Deere, e em breve, lançaremos kits para as

Março/Abril 2015 | Meio Filtrante | 11

Foto

: And

erso

n V

. da

Silv

aFo

to: A

nder

son

V. d

a Si

lva

Sérgio Monteiro, gerente geral da Divisão de Filtração

Filtro e-max

Foto

: And

erso

n V

. da

Silv

a

Rob Malone, presidente do Grupo Filtração e Candido Lima, presidente do Grupo Latino Americano da Parker

CAPA

12 | Meio Filtrante | Março/Abril 2015

colheitadeiras da marca Case, novidades que faci-litarão em muito a manutenção das máquinas, con-tribuindo para garantir a integridade do sistema”.Nascimento prossegue: “A Parker foi escolhida para o projeto do novo sistema de filtragem da Amarok, que passamos a fornecer para a Volkswagen em fevereiro deste ano. Fruto das pesquisas e inovações desenvolvidas por nossa empresa, o filtro possui alta eficiência com índice de 99% na separação da água do diesel, com três camadas de filtragem e coalescência. Trata-se de um projeto brasileiro desenvolvido em conjunto com a Parker nos Estados Unidos e Alemanha, que estará em breve disponível para a reposição e distribuição”, destaca.

Prestígio internacionalAlém dos representantes brasileiros, execu-tivos norte-americanos estiveram presentes na solenidade de inauguração da Linha Três: Rob Malone, presidente do Grupo Filtração; Michael Kurlich, vice-presidente e controler; e Dale Bayley, diretor de Lean do Grupo Filtração.Referência em inovação e tecnologia, a unidade em São José do Campos celebrou também o rece-bimento do certificado Lean & Quality Model Plant (planta modelo Lean e qualidade), sendo a primeira dos grupos de Filtração e Latino Americano a receber o certificado, distinção obtida por apenas outras oito plantas de um total de 330 da Parker no mundo.

Foto

s: A

nder

son

V. d

a Si

lva

Processo de pintura automatizada

A história da empresa é um interessante retrato da transformação da tecnologia ao longo de um período de praticamente 100 anos. Fundada em 1918, a evolução da Parker Appliance Company para Parker Hannifin Corporation ilustra um legado de inovação. Foi em 1957 que as coisas começaram a mudar radicalmente com a aquisição da Hannifin. Em 1960, foi inaugurada a divisão internacional da empresa que se consolidou, em 1964, com a abertura de ações na Bolsa de Valores. Em 1970 iniciou a expansão das atividades mundiais, registrando em 1990, a presença do grupo em mais de 30 países. Um dos princípios que constitui uma base sólida da Parker é a integridade, fruto da dedi-cação de Arthur Parker em “transações justas”, até os valores atuais que direcionam a forma

de agir dos colaboradores com honestidade e respeito. Essa herança é baseada no compro-misso de tratar todos de forma justa e com con-sideração, princípios integrantes da própria política de negócios. O programa “Vencendo com Integridade” e o Código Global de Conduta de Negócios refletem o compromisso da organização em manter os mesmos valores em âmbito global. Como premissa, o programa “Vencendo com Integridade” contribui para preservar a repu-tação e proteger a força financeira do grupo, reconhecendo que as ações e o trabalho diário promovem o crescimento ponderado e a tomada de riscos inteligentes, guiando a gestão de atividades empresariais para superar de forma ética, os desafios de engenharia em nível mundial.

História da Parker

Números globaisCom vendas globais de US$ 13,2 bilhões (ano fiscal 2014), a Parker Hannifin é líder mundial no desenvolvimento de tecnologias para movimento e controle. É reconhecida como a mais diversi-ficada provedora de soluções de engenharia para uma ampla variedade de mercados, incluindo aplicações industriais, móbil e aeroespaciais. No mundo, a Parker está presente em 150 países, com mais de 58.000 colaboradores diretos. Com rede de distribuição autorizada, a maior do segmento, conta com mais de 13.000 distribuidores, aten-dendo mais de 500.000 clientes em todo o mundo. A Parker é dividida em sete grupos de produtos, todos com respectivas divisões no Brasil. No caso particular de Filtração, há uma segmentação estra-tégica dividino sua atuação em sete plataformas de produtos; Filtração de Motores, Filtração Hidráulica, Tratamento de Ar Comprimido, Geradores de Gases, Filtração de Processos, Aerospace e Filtração de Água; todas elas com participação no Brasil em duas plantas de manu-fatura, São José dos Campos e Arujá.Em 1984 a Parker Hannifin Corp., localizada em Cleveland, Ohio (EUA), adquiriu a Racor, que passou a integrar o grupo. No Brasil, a marca Racor era comercializada e representada pela Irlemp, que administrava a marca e superava constante-mente as crises que assolavam o Brasil na década de 80. A Parker, desta forma, passou a se interessar mais profundamente pelas atividades da Irlemp e acabou adquirindo a empresa em 1987. Para agregar ainda mais ao grupo, além da Racor e Irlemp, a Parker adquiriu uma série de empresas nos anos posteriores, como por exemplo, Domnick Hunter (conceituada fabricante mundial de filtros para a linha de ar comprimido e processos), Velcon (filtros para aviação e motores diesel), Zander (fabricantes de secadores e filtros para ar comprimido), Kittiwake (empresa especializada em sistemas de filtração hidráulica), Twin Filter (filtração de processos e sistemas para a indústria de óleo e gás), entre outras. Com estas aquisições, a Parker agregou um portfólio extremamente abrangente de produtos e estabeleceu um ciclo contínuo de crescimento.A Parker atua também com as linhas de automação pneumática e eletromecânica, refrigeração indus-trial, comercial e automotiva, tubos, mangueiras e conexões, instrumentação, hidráulica, filtração e vedações. No Brasil reúne 1.800 funcionários diretos e mais de 300 distribuidores autorizados por todo o país. RMF

Foto

s: A

nder

son

V. d

a Si

lva

O Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve 7 no Brasil e Euro 5 na Europa) instituiu uma redução expressiva nos níveis de

emissões permitidos para veículos pesados fabri-cados a partir de 2012. Enquanto a Europa e os Estados Unidos já estão no Euro 6, no Brasil ainda buscamos estabelecer as normas do Proconve 7. Mas o uso do Aditivo Redutor de Líquido Atmos-férico (Arla 32), que traria impactos positivos no meio ambiente, não vingou como deveria, apesar de sistemas e filtros estarem de acordo com as normas. O fluido é uma solução não tóxica de 32,5% de ureia pura e de 67,5% de água desmineralizada injetada nos gases de escape no catalisador para reduzir as emissões dos Óxidos de Nitrogênio (NOx). O resultado dessa mistura vira Nitrogênio (N2) puro e vapor de água, que não causam danos à atmosfera.

O sistema SCR (Selective Catalytic Reduction, em português, Redução Catalítica Seletiva) é uma tec-nologia de pós-tratamento do fluxo resultante do gás de escapamento ou exaustão do motor. Quando o Arla 32 é injetado, se vaporiza e se decompõe para formar o Dióxido de Carbono (CO2) e a Amônia (NH3), que, junto do Catalisador SCR, con-verte o Óxido de Nitrogênio (NOx) em Nitrogênio (N2) e água (H2O) não tóxicos. Isso ocorre dentro do escapamento, depois da combustão, colocando um freio, por meio de reações químicas, aos gases para que sejam liberados bem menos prejudiciais no meio ambiente. Usado pela maioria das monta-doras, é uma emissão quase zero de poluentes que ajuda ainda a economizar combustível.

ConscientizaçãoA compreensão do motivo do uso do Arla 32 pode gerar uma conscientização que trará a mudança de hábito do usuário final. Isso porque, conforme reportagem do Fantástico, da Rede Globo, do último 14 de dezembro, os caminhoneiros estão burlando o uso do fluido. Eles disseram que não entendem como o Arla 32 influi na diminuição da poluição e que estão focados na redução de seus custos. Diante disso, estão utilizando chips para burlar ou colocando água no lugar do Arla 32. Não adianta as normas exigirem se não são seguidas pelos causadores de 50% da poluição no Brasil.Como resolver esta equação: fazer os caminho-neiros entenderem o que é o Arla 32, por que seu uso é obrigatório e os benefícios que traz ao meio ambiente. Fazer as contas para checar se os custos do uso do Arla 32 ficam muito altos mesmo para os caminhoneiros como eles relatam já que buscam alternativas para burlá-lo em detrimento de sua obrigatoriedade. Somando-se a isso, quais ações podem ser tomadas para a conscientização

Sistemas e filtros atendem Proconve 7/Euro 5, mas usuários burlam Arla 32

Para exigir uso do fluido, é preciso diálogo entre fabricantes, frotistas e caminhoneiros

por Cristiane Rubim

14 | Meio Filtrante | Março/Abril 2015

FILTROS AUTOMOTIVOS

Foto

: Div

ulga

ção

Bosc

h

Filtro específico para o Denoxtronic, sistema de redução de emissão de

poluentes da Bosch para o Proconve 7

sobre a utilização do Arla 32. Quanto à fiscalização do setor, segundo informações da revista Carga Pesada, está na fase de inteligência.O primeiro passo, então, é saber que a lei é clara e quem não segui-la estará violando-a. “A legislação brasileira esta-belece limites para as emissões de Óxidos de Nitrogênio (NOx), gás emitido pelos motores cau-sador da névoa fotoquímica que aparece durante o dia nas cidades. Muitos veículos usam catalisadores para isso, que pre-cisam do Arla 32 como reagente, o que transforma o gás poluidor em Nitrogênio (N2) e água, substâncias não poluentes. Não abastecer o veículo com Arla 32 ou adulterar o sistema é crime ambiental. Para o bom funciona-mento do veículo e não poluir o ambiente, os motoristas devem seguir as instruções dos fabri-cantes quanto a manutenção e abastecimento”, declara Mário Massagardi, vice-presidente de engenharia da divisão de sis-temas diesel da Robert Bosch América Latina. O Proconve 7 instituiu de que forma os motores e os sistemas deveriam ser fabricados para cumprir exatamente sua missão de não poluir o ambiente e os controles ligados a eles exibem um sinal. “Quando o usuário coloca água em vez do Arla 32, o sistema da Cummins faz um alerta. O usuário que utiliza água ou chip está usando de má-fé porque o motor dá aviso. Isso, inclusive, está nas normas do Proconve 7, que estabelece para que os veículos fossem pre-parados com este mecanismo de alerta”, adverte Marcio Auada, gerente de engenharia da Cummins Filtros. Ele diz ainda que o usuário acaba perdendo a garantia, além de que burlar pode tirar a potência do motor. “Nos EUA, o Arla 32 é usado há

mais de 20 anos como auxiliar no controle de poluição. Todas as megalópoles do mundo, Nova Iorque, Boston, Washington, Londres, Paris e Chicago, por exemplo, têm restrições de circulação para caminhões”, conta Rodolfo Cafer, inspetor técnico da Mahle Metal Leve.

Nestes locais, segundo ele, são permitidos somente os de serviço público, como de água, gás, coleta de lixo e telefonia. Não são permitidos caminhões comerciais ou somente permi-tidos em horários específicos para carga e descarga, devido à poluição atmosférica, sonora e “de fluxo”, porque são lentos e atrapalham o trânsito. “Em sua totalidade, os condutores destes veículos reclamam quando são obrigados a desviar o trajeto por

cinturões rodoviários, como o Rodoanel em São Paulo, e pagar pedágio, mas esquecem do pro-blema local, afinal, estão de passagem, e o lixo deles, o gás do escapamento, fica para quem mora”, adverte.De acordo com o inspetor técnico da Mahle, a maioria dos caminhoneiros independentes vive em cidades menores, fora dos grandes centros, que têm problema de poluição pouco sensível, apesar de existir e ser prejudicial à população local, quando comparado ao de poluição em grandes centros. Nas áreas adensadas, caso da Grande São Paulo, hoje uma das maiores megalópoles do mundo, com mais de 16 milhões de pessoas em uma área com diâmetro inferior a 100 quilô-metros, a concentração veicular, assim como de fábricas, se torna um grande problema de admi-nistração de meio ambiente. Para ele, os grandes frotistas, que fazem controle de frota e sabem os custos de motor, câmbio, pneus, freios, do caminhão e da carreta e o principal, o valor da carga do cliente, recusam--se, por questões até mesmo legais, a fazer modificações. “Se o motorista contratado para conduzir o veículo denunciar a modificação/adulteração, ela for comprovada e depois reclamar problemas de saúde provocados

LONAS E PLACAS PARA FILTROS PRENSA

Tel.: 11 2198 2200 - www.tecitec.com.br

Março/Abril 2015 | Meio Filtrante | 15

Exemplos de danos ocasionados em peças por adulteração de sistemas do motor montagem

Foto

: Div

ulga

ção

Mah

le

por ela, terá todas as ferramentas para ajuizar a causa e provar que foi lesado pelo empregador e ganhá-la, mesmo que o problema seja devido a produtos viciantes e nocivos, como cigarro e álcool”, explica Rodolfo Cafer.O grande problema em fazer modificações esbarra no fato pouco conhecido pelo público, conforme Cafer, de que as montadoras, para aprovação dos veículos, realizam testes destrutivos de motores, chassis, transmissões e todos os componentes com o objetivo de saber o que as possíveis modificações irão causar a longo prazo. “Muitas vezes, este longo prazo é muito pequeno e, nestes testes, se compa-rados à condições normais, os componentes ou veículos modificados ou adulterados não atingem nada próximo a 20% da vida útil calculada e testada, motivo que leva à interrupção e negação de garantia em caso de dano ou pane se detectada a modificação no veículo ou componente”, esclarece.

Falta de formação e gambiarraO inspetor técnico conta que os modos de burlar existem desde os primórdios da humanidade e cita que Arquimedes, para evitar o roubo do ouro, descobriu a densidade específica em produtos fabricados com este material. “Por isso, não causa admiração que se façam modificações para burlar o uso do Arla 32. Mas como toda boa gambiarra, no começo tudo é lindo e quem faz este procedimento vende muito bem o peixe, mostra a economia de Arla 32 que se faz e somente as vantagens. O que este indivíduo não mostra é que os sistemas são interligados e, quando o sensor entender que a queima está perfeita, irá liberar mais combustível que o motor deveria usar e isso leva, em um pri-meiro momento, a um consumo de 10% a 15% maior de diesel”, argumenta. Cafer faz uma comparação no desempenho do motor. “No funcionamento inicial, existe um ganho de 3% a 5% de potência para um consumo muitas vezes superior a 20% do diesel necessário em con-dição normal. E em um segundo momento, há a redução da vida útil do motor. Por exemplo, um motor de 11 a 13 litros é produzido para superar 1 milhão de quilômetros, mas em todos os motores que atendi até hoje que sofreram modificações nenhum atingiu acima de 100 mil quilômetros. Portanto, um motor de R$ 80 mil completo rodou somente R$ 8 mil, os outros R$ 72 mil do motor ficaram na “economia da gambiarra”, enfatiza.“Não acredito que, em 1 milhão de quilômetros, o usuário do veículo irá gastar R$ 72 mil de Arla para manter o motor na condição original de funcionamento. Imagine fazer um motor a cada 100 mil quilômetros e jogar mais de R$ 70 mil fora somente para não usar o produto que irá pre-servar o ambiente onde o próprio caminhoneiro vive”, relaciona. O grande problema que existe no Brasil, segundo ele, é não ter um valor mínimo de frete de tonelada/km transportado. “A maior parte dos caminhoneiros não tem uma formação que permita fazer o cálculo de custos porque trabalha sem saber até mesmo se a rota que está fazendo é financeiramente satisfatória para cobrir os custos e manter o negócio, quanto mais saber se é ren-tável, ou seja, se paga o serviço e permite manter o padrão e renovar a frota”, aponta.Como os grandes frotistas possuem sistemas de cálculo de custos, o inspetor técnico diz que eles não trabalham em rotas que não ofereçam renta-bilidade porque sabem o custo delas, motivo este que faz os independentes reclamarem dos custos de aditivos, peças, diesel, pedágio, etc. “A única forma que existe de fazer o uso do produto é uma campanha de conscientização e fiscalização

FILTROS AUTOMOTIVOS

16 | Meio Filtrante | Março/Abril 2015

www.Laffi.com.brTel: 55 11 4438 [email protected] A solução em sistemas de filtragem.

Sistemas completos e membranas de ultrafiltração para os processos de pintura KTL e verniz cataforético

Sistemas de anolito completos e reposição de células de diálises planas, tubulares e tecidos seletivos

Bicos edutores Consulte-nos!

A solução em sistemas de filtragem.

.

Central deAtendimento

EMPRESA PARCEIRA DO MEIO AMBIENT

E

SOCIALMENTERESPONSÁVEL

EMPRESA

ISO9001

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

LAFFI - SYNDER - MF66.pdf 1 18/12/2013 17:23:43

Localizações dos filtros com os respectivos códigos

Foto

: Div

ulga

ção

Mah

le

intensa como existia na década de 70 para quem fizesse a adulteração do sistema de injeção onde a chamada da propaganda era ‘Quem abre o lacre fecha o lucro’. Porém, passados 40 anos ainda existem caminhoneiros da época que insistem em fazer adulterações”, avalia.

Filtros também evitam danos Além do uso do Arla 32, é preciso ficar atento aos filtros, que também devem ser utilizados para evitar problemas nos componentes e ao meio ambiente. Atualmente, a Mahle dispõe dos Filtros UX1D e UX2D, que cobrem a maior parte dos veículos pesados do mercado. Segundo Cafer, o sistema de funcionamento do Arla 32, independentemente da montadora ou do motor, consiste em injetar o aditivo no ponto adequado do escapamento para garantir a reação dele com os gases de escape e, para isso, existem a bomba e o injetor. “Como todo sistema que trabalha com fluidos líquidos ou gasosos, o uso do filtro e a manutenção correta garantem que o injetor e a bomba não apresentem obstruções ou entupimentos a longo prazo. Além

disso, permitem uma vida útil adequada destes componentes e uma emissão de poluentes dentro das normas recomendadas”, esclarece.O Sistema de Redução de Emissão de Poluentes da Bosch desenvolvido para atender às normas do Proconve 7 é o Denoxtronic, disponibilizado ao mercado hoje pela Divisão de Reposição Automotiva. “Os filtros Bosch para este sistema são especial-mente fabricados, em sua maioria, em nossa Planta Bosch na Espanha, para aplicação no Denoxtronic em veículos comerciais semipesados e pesados”, destaca Rafael Ruggeri, analista de Marketing da Divisão Automotive Aftermarket da Robert Bosch.Segundo Mirela Santos, supervisora de Vendas da Cummins Emission Solutions, o filtro da Cummins para este sistema é o Fleetguard, que separa o óleo e a água existentes no ar comprimido, responsável pelo acionamento da bomba de injeção do Arla 32. RMF

Contato das empresas:Robert Bosch: www.bosch.com.brCummins Filtros: www.cumminsfiltration.comMahle Metal Leve: www.mahle.com.br

www.Laffi.com.brTel: 55 11 4438 [email protected] A solução em sistemas de filtragem.

Sistemas completos e membranas de ultrafiltração para os processos de pintura KTL e verniz cataforético

Sistemas de anolito completos e reposição de células de diálises planas, tubulares e tecidos seletivos

Bicos edutores Consulte-nos!

A solução em sistemas de filtragem.

.

Central deAtendimento

EMPRESA PARCEIRA DO MEIO AMBIENT

E

SOCIALMENTERESPONSÁVEL

EMPRESA

ISO9001

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

LAFFI - SYNDER - MF66.pdf 1 18/12/2013 17:23:43

Da mesma forma que em veículos de linha leve (carros e picapes), utilitário, motocicletas, caminhões e ônibus, os equipamentos da linha mobil, agrícolas

ou não, também utilizam filtros, alguns com fun-cionamento bem semelhante e outros que atuam em sistemas que não estão disponíveis em veí-culos comuns. Estes filtros são responsáveis pela retenção de impurezas nos mais variados fluidos e meios, seja do ar admitido pelo motor do equipa-mento, quanto do óleo de um sistema hidráulico ou de uma transmissão.Assim como a linha industrial, os equipamentos hi-dráulicos empregados em equipamento mobil estão sujeitos a contaminantes. Nesse caso o ambiente de trabalho é ainda mais hostil e por esta razão os fil-tros passam a desempenhar um papel de maior im-portância até nos equipamentos industriais. Celso Ramos, supervisor de produtos da Parker, explica que com a crescente necessidade de se reduzir peso e volume nestes equipamentos, os sistemas hidráu-licos operam com as mais altas pressões. “Uma característica inerente dos sistemas de alta

pressão são bombas, motores e válvulas hidráulicas construídas com metais mais nobres e menores folgas entre as partes móveis. Isto acarreta uma necessidade maior de óleo hidráulico com baixos níveis de contaminação. Note-se que muitas vezes o óleo recém-adquirido possui um nível de contami-nação acima do requerido pelos modernos sistemas hidráulicos”, explica.Esses filtros atendem às necessidades de pro-teção do sistema hidráulico reduzindo os níveis de contaminação do sistema. São especificados de acordo com a maior exigência de pureza de óleo hidráulico do componente mais crítico. Basicamente não há diferença entre um filtro hidráulico industrial e mobil. Porém, como o filtro mobil estará sujeito à ação do tempo e a vibrações, que não ocorrem em um equipamento industrial, sua construção deve ser resistente o bastante para tal, porém, sem aumento de peso.“De maneira geral e genérica, filtrar é o modo mais eficiente e econômico de se fazer manutenção, não apenas em sistemas hidráulicos, mas também em combustível (preservando sistemas de injeção), ar comprimido (preservando válvulas e compo-nentes pneumáticos), entre outros. É inconcebível que filtros sejam escolhidos por preço, sem se levar em conta suas características e recomen-dações dos fabricantes”, enfatiza Celso.

Filtros e sistemasPor possuírem motores de combustão interna, podemos citar como os filtros mais comuns os: de ar, do óleo lubrificante, do combustível e de cabine. Também devemos mencionar os filtros que compõem os mais variados sistemas hidráulicos destes equipamentos, seja um cilindro para levanta-mento de peso, uma transmissão, etc. E não menos importantes, os filtros do líquido de arrefecimento.“Os motores de combustão interna consomem grande quantidade de ar. Dependendo das várias condições, o ar pode estar sujo e contaminar perigosamente o óleo lubrificante, fato que seria danoso para o motor. A função dos filtros do ar é proteger o motor contra a contaminação externa.

18 | Meio Filtrante | Março/Abril 2015

DESTAQUE

Filtros e sistemas de filtração para linha mobil

por Carla Legner

Foto

: Div

ulga

ção

Man

n-Fi

lter

Aplicação de filtro da linha mobil da Mann-Filter

Quando o filtro começa a obs-truir o fluxo do ar, o mesmo provoca alterações na relação ar/ combustível, o que implica na perda do desempenho do motor e um maior consumo de combustível”, explica Ronilso Toledo, supervisor de assis-tência técnica da Sogefi.O representante ressalta ainda que algumas aplicações comer-ciais e equipamentos fora de estrada incorporam um filtro de “segurança” que é instalado no interior do elemento fil-trante do ar principal e protege o motor, em caso de ruptura do elemento principal.Enquanto o óleo é primaria-mente utilizado para lubrificar e refrigerar as peças móveis de um motor, serve também para transferir partículas abra-sivas prejudiciais para o cárter. O filtro do óleo remove es-tas partículas para que o óleo possa voltar a circular pelo sis-tema de lubrificação, de modo a evitar o desgaste ou danos desnecessários. É frequente os motores a diesel incorpora-rem um sistema combinado de by-pass e fluxo total, para ga-rantir que o óleo seja mantido excepcionalmente limpo.Os filtros do combustível de-vem proporcionar o fluxo apro-priado de diesel e assegurar a proteção dos componentes no sistema do motor. Muitos des-

tes equipamentos utilizam mais de um filtro na linha de alimen-tação. Os filtros primários são projetados para um equilíbrio otimizado entre uma baixa res-trição e uma alta eficiência de filtragem do motor. Os filtros secundários são projetados para retirar o máximo de partículas nocivas ao sistema, fazendo um by-pass entre o filtro e o tanque do combustível.Os custos dos filtros, rara-mente atingem a 1% do valor do equipamento e, mesmo assim, não é raro ver equipamentos operando ou com filtro não original, de qualidade ques-tionável, ou até sem filtro. Em sistemas hidráulicos é comum notar óleo com cor esverdeada, denunciando a presença de água, com filtração adequada é fácil removê-la. Não é raro ver equipamentos em uso com óleo contaminado, ocasionando gastos altíssimos com manu-tenção corretiva.

Tipos de filtrosJosé Roberto Pereira Píccolo, DCBR/SFT - sistemas de fil-tração e acessórios da Bosch Rexroth explica também que os filtros para linha mobil são instalados nos equipamentos móveis para acionamentos que não se enquadram na linha de filtros automotivos. Estes filtros podem ser especificamente desenvolvidos para o mercado mobil e/ou desenvolvidos para o mercado industrial que pode ser aplicado sem nenhum problema em equipamentos móveis. Filtro de sucção: Normalmente possui elementos de malha metálica com 100 micra ou mais e como seu próprio nome já diz, são montados na linha de sucção com a finalidade de proteção da bomba contra par-tículas grandes (para montagem na sucção da bomba de carga o

recomendado é 20 micra).Filtro de pressão: Responsável pela proteção de válvulas hidráulicas simples ou pro-porcionais montadas em sua maioria em blocos hidráu-licos (manifolds). A variedade na configuração deste filtro é bem grande. Podem ter pressão variando de 50 à 450 bar, com conexão por flanges ou roscada, montados com ou sem válvula by-pass, possuir elementos de baixa pressão de colapso (30 bar) para versão equipada com válvula by-pass ou alta pressão de colapso (330 bar) para car-caças sem válvula by-pass. A micragem usual dos ele-mentos para sistema mobil pode variar entre 3 a 10 micra depen-dendo da sensibilidade à con-taminação dos componentes a serem protegidos. Normalmente possuem indicadores de conta-minação do elemento filtrante com indicação visual ou com acionamento elétrico que avisa na cabine quando o elemento deve ser substituído.Filtro de retorno: Podem ser instalados diretamente no tanque, normalmente na face superior do mesmo, como tam-bém na linha de retorno. Em ambos os casos este filtro é o responsável pela filtração do óleo que volta ao tanque auxi-liando a manter a contaminação

Foto

: Div

ulga

ção

Bosc

h Re

xrot

h

Monitorador de partículas on-line OPM II da Bosch Rexroth

Foto

: Div

ulga

ção

Park

er

Filtro de retorno Tank Top da Parker

Março/Abril 2015 | Meio Filtrante | 19

dentro do tanque em um limite aceitável aos componentes do sistema hidráulico. Na maioria dos casos equipado com elemen-tos de 10 micra, válvula by-pass e indicador de contaminação do ele-mento elétrico ou apenas visual.Filtro da bomba de carga: É o responsável pela manutenção da limpeza no óleo que é bom-beado no circuito fechado e também pode proteger as vál-vulas de pilotagem e outros sistemas que utilizam fluido proveniente desta bomba. Falando de lay-out, pode já vir instalado no próprio conjunto da bomba como também pode ser instalado posteriormente à parte do conjunto moto-bomba. Recomenda-se que este filtro não possua válvula by-pass e utilize indicador de contamina-ção do elemento preferencial-

mente elétrico (dada à dificuldade de acesso para verificação local) ou no mínimo visual.Filtro de sucção-pressão: Este é um sistema combinado onde o óleo que volta do sistema passa pelo elemento filtrante, porém antes que o fluido volte totalmente ao tanque, por inter-médio de uma válvula no fundo da carcaça parte deste óleo é pressurizado levemente vol-tando para a linha de sucção auxiliando na alimentação das bombas com óleo filtrado e reduzindo o potencial efeito da cavitação e o restante da vazão volta ao tanque passando antes por um difusor evitando a for-mação de espuma. Filtro de ar: Este filtro tem importância vital em todos os sistemas hidráulicos, mas prin-cipalmente em sistemas mobil que utilizam tanques não pres-surizados, pois os equipamen-tos ficam expostos ao tempo e, por consequência a uma extre-ma quantidade de contaminan-tes que podem entrar no sistema por este filtro. Mesmo sendo um elemento de custo baixo es-te item simples é muitas vezes negligenciado com a falta de manutenção correta e/ou insta-lação em um ponto inadequado no tanque o que faz com que ele fique embebido em óleo pela própria movimentação da má-quina (solavancos e/ou terrenos inclinados) perdendo sua fun-ção rapidamente.“Como estes equipamentos tra-balham em ambientes nada favo-ráveis aos sistemas hidráulicos, sofrendo forte influência de ca-lor, umidade e poeira, um sis-tema de filtragem corretamente projetado e principalmente com a correta manutenção de seus elementos filtrantes, pode ser a diferença entre alta produtivi-dade ou máquina parada”, com-pleta José Roberto.

Como funcionamTodo equipamento Mobil é por definição um equipamento de serviço e, portanto, possui um sistema hidráulico para tal. Por mais singelo que seja este sis-tema hidráulico terá no mínimo uma bomba, um cilindro e uma válvula de comando e, evidentemente, óleo hidráu-lico sujeito a contaminação, seja por desgaste dos próprios componentes seja pelo meio externo através de respiros, retentores e vedadores.Celso explica que equipamen-tos mais sofisticados além do sistema hidráulico de serviço podem ter transmissões hidros-táticas para a sua movimenta-ção ou de grandes massas, como as betoneiras. Neste caso, dadas as altas pressões de trabalho, a pureza do óleo hidráulico é um requisito fundamental, conse-quentemente, os sistemas de fil-tração também devem ser.“Os sistemas funcionam por meio de dispositivos com ele-mentos filtrantes, produzidos de celulose, que pegam o óleo/ar/combustível e impedem a passagem de partículas para dentro do motor. Quando estão saturados, impedem também a passagem dos produtos, o que danifica o motor. Por este motivo devem ser trocados sempre respeitando a orien-tação do manual do fabricante”, completa Leonardo Barros, Key Account da linha agrícola e industrial da Mann-Filter.De acordo com Ronilso, a maio-ria dos veículos do segmento mobil atualmente funcionam com um filtro que impede que o ar poluído entre para a cabine do condutor. Sem o filtro do com-partimento da cabine, o con-dutor pode ficar exposto a uma maior concentração de poluen-tes que se acumulam na estrada. Este “efeito de túnel” faz com

DESTAQUE

20 | Meio Filtrante | Março/Abril 2015

Foto

: Div

ulga

ção

Park

erFo

to: D

ivul

gaçã

o Pa

rker

Contador de partícula online para controle de contaminação

do óleo da Parker

Contador de partícula para controle de contaminação do óleo da Parker

que os gases escapem da parte dianteira dos veículos e entrem diretamente para o comparti-mento dos ocupantes. “Esta gama de filtros foi desen-volvida com a capacidade para efetuar a retenção de partículas, incluindo as mais minúsculas (menores do que um milésimo de milímetro), como o pólen e outras partículas irritantes às vias aéreas. Também existem filtros que além do meio filtrante convencional de material sin-tético possuem carvão ativado que é responsável pela elimi-nação de odores que possam vir a causar desconforto”, completa o representante da Sogefi.O fluido hidráulico ajuda a trans-mitir energia de um sistema me-cânico para outro. Os filtros são necessários para proteger os com-ponentes bastante dispendiosos

de um sistema hidráulico.Estes cilindros incluem juntas de borracha que asseguram a estanqueidade a níveis com alta pressão. O fluido poluído pode danificar as juntas, provocando vazamentos. Os fluidos hidráuli-cos são frequentemente sujeitos a condições extremas. Além das temperaturas elevadas, a pressão pode atingir os 400 bar em de-terminados sistemas. A limpeza do fluido é essencial, por isso, o meio de filtragem varia median-te os requisitos do sistema.A função do sistema de refrige-ração é eliminar o excesso de calor do motor. A temperatura no interior de uma câmara de combustão pode atingir os 2000°C, sendo necessário diminuí-la o mais rápido pos-sível. A refrigeração do motor ocorre através da circulação

contínua da água nos dutos situados à volta da câmara de combustão. Alguns motores a diesel estão equipados com um filtro da água no interior deste sistema de refrigeração para

Foto

: Div

ulga

ção

Park

er

Sistema de purificação do óleo portátil da Parker

remover todas as impurezas.No caso do filtro da ureia, sua função é limpar a solução aquosa de ureia e manter o sistema anti-poluição de RCS (Redução Catalítica Seletiva) dos veículos comerciais e fora de estrada, de modo a reduzir as emissões de NOx (óxido de nitro-gênio). Os sistemas de Redução Catalítica Seletiva representam a tecnologia principal da redução de NOx. A unidade de controle de mistura de RCS alimenta o fluxo de gás do conversor catalítico com um agente de redução denominado ARLA 32 (uma solução de 32,5% de ureia em água desmine-ralizada), que converte o óxido de nitrogênio em água e nitrogênio, que é inofensivo.

Cuidados e manutençãoA análise periódica do grau de contaminação do óleo, e a substituição dos elementos filtrantes quando necessário, é o procedimento de manu-tenção mais barato que existe, trazendo como principal beneficio a redução de paradas para manu-tenção não programadas e aumento da vida útil do sistema. Adicionalmente, evitam-se perdas de produção e se reduz custos com trocas de compo-nentes por desgaste. Celso Ramos, da Parker destaca que no caso de sistemas hidráulicos é preciso focar em manutenção preditiva e preventiva, evitando-se com isto o alto custo da manutenção corretiva.Manutenção preditiva: além de analisar o índice de contaminação do óleo hidráulico, identificar sua origem. Análise do tipo de contaminante nos dá fortes indícios de possíveis melhorias no sistema, podemos identificar se é um agente externo que está acelerando o processo de contaminação, se é um dos componentes que está sofrendo desgaste prematuro, etc.Manutenção preventiva: é uma ferramenta neces-sária para trazer o óleo hidráulico às condições de

pureza recomendada pelo fabricante, evitando que o próprio óleo seja um agente de desgaste, pois arrasta consigo partículas abrasivas que danificam, irremediavelmente, os equipamentos hidráulicos. Alguns sistemas hidráulicos possuem indicadores elétricos ou analógicos que acusam a necessidade da substituição dos elementos filtrantes quando estes estão contaminados, indicando ao usuário a necessidade de substituição do elemento usado por um elemento filtrante novo. Por outro lado, se o sistema hidráulico não dispõe deste recurso, o usuário deve ter em seus procedimentos básicos de manutenção diária uma instrução de trabalho para que a diferença de pressão, entre entrada e saída do filtro, seja conferida.“A maior importância destes filtros é manter o correto funcionamento dos sistemas, fazendo com que os equipamentos não tenham nenhuma defi-ciência quando exigidos, levando em conta que em muitos destes casos são máquinas que durante a colheita funcionam por 24 horas, apenas rea-lizando rápidas paradas para algum tipo de verificação e não para uma manutenção mais demorada”, ressalta Ronilso da Sogefi.Utilizando filtros originais, ou de marcas conhe-cidas, similares aos originais, e consolidadas no mercado, estes possuem certificados de qualidade de montadoras, certificados de qualidade ISO, que além de qualidade, também atestam a sustenta-bilidade do processo de produção dos produtos, pode-se obter benefícios como otimização de desem-penho, redução do tempo de parada para manu-tenções não previstas, economia de combustível e também podemos citar a sustentabilidade onde os equipamentos tornam-se menos poluentes.Ronilso explica ainda que via de regra, para todos os filtros, o cuidado básico é respeitar o intervalo de troca de cada um, sendo isso em quilometragem ou horas. Porém existem características diferentes entre eles e isto implica em certos cuidados específicos, como:

DESTAQUE

Foto

: Div

ulga

ção

Bosc

h Re

xrot

h

Funcionamento do sistema da Bosch Rexroth

Foto

: Div

ulga

ção

Man

n-Fi

lter

Filtros da linha mobil da Mann-Filter

22 | Meio Filtrante | Março/Abril 2015

Filtro do óleo – sempre trocá-lo quando for trocado o óleo do motor, para evitar conta-minação do óleo novo pelo óleo contaminado residual que fica dentro do filtro;Filtro do ar – não se deve realizar nenhuma manutenção neste, como limpeza ou inspeção visual. Deve-se apenas trocá-lo quando o indi-cador de restrição indicar que é necessário, pois dependendo do regime ao qual ele está exposto a troca pode ser antecipada ou postergada;Filtro do diesel – a sua troca regular faz com que o motor seja sempre alimentado com a quantidade correta de combustível, evitando assim problemas como falta de força ou emissão de fumaça;Filtro de cabine – trocá-lo sempre nos inter-valos corretos para evitar que o ar da cabine do caminhão fique contaminado com fungos, ácaros e demais agentes nocivos à saúde;Filtro do óleo hidráulico – a manutenção destes filtros faz com que os sistemas os quais eles integram funcionem corretamente, como por exemplo um guincho com o filtro saturado pode ficar sem força ou a sujeira no circuito pode riscar o pistão ou danificar a vedação causando vazamentos;Filtro do arrefecimento (água) – a sua troca regular faz com que o motor do caminhão trabalhe sempre na condição de temperatura ideal, evitando superaquecimento e eventuais danos, pois este filtro além de reter impurezas do líquido de arrefecimento, possui pastilhas no seu interior que aditivam a água;Filtro da ureia (ARLA 32) – assim como no filtro do diesel, um filtro destes saturado pode implicar no aumento da emissão de poluentes do veículo.“Os filtros são de vital importância para preser-var os motores destes equipamentos, uma vez que evita a entrada de partículas indesejadas no sistema e que podem prejudicar o funcio-namento do motor, causar perda de potên-cia e até mesmo o seu travamento. Seguindo esses cuidados os principais benefícios são o aumento da vida útil do equipamento, redução de custos com manutenções por uso incorreto e preservação da potência do equipamento”, completa Leonardo Barros da Mann-Filter.De acordo com José Roberto, da Bosch com a agricultura de precisão e a preocupação com eficiência energética se tornando cada vez mais comum no campo, o sistema hidráulico tem que responder à altura com

DESTAQUE

componentes cada vez mais precisos e rápidos e toda esta nova tecnologia demanda um fluido cada vez mais limpo para atender a tal demanda. A utilização de elementos filtrantes absolutos com razão beta maior ou igual a 1000 hoje é bastante comum entre equipamentos mais complexos como colheitadeiras, sprayers e máquinas florestais, mas também em tratores que possuam bombas de pistão variável. Equipamentos de controle de medição são embarcados e pode-se controlar durante 100% do tempo de trabalho o nível de contaminação inclusive emitindo alarmes para o operador.“O que parecia coisa de filme de ficção científica até pouco tempo atrás nos campos e construções do país agora faz parte do dia-a-dia dos mecânicos de manutenção que passaram a compreender o que é a contaminação, suas fontes e níveis recomen-dados e fazem controles diários em suas frotas, pois entendem a relação direta entre contaminação do fluido hidráulico e a produção das máquinas sob sua responsabilidade, controlando assim os custos cada vez melhores”, destaca.

MercadoDe acordo com Celso, devido à necessidade de se diminuir o peso e volume nos equipamentos; se for agrícola por questões de compactação de solo, se de construção ou movimentação de matérias para se aumentar a capacidade de carga; os equipamentos hidráulicos operam a pressões maiores a cada dia, muitos deles a 315 bar (4.500 psi). Como conse-quência as folgas construtivas das peças móveis das bombas, válvulas e demais componentes hidráu-licos é menor e assim sendo a exigência de óleos com grau de contaminação mais baixo também é. “Há 20 anos não se falava em filtração absoluta, nem mídia filtrante de fibra de vidro, da mesma forma que se fala hoje. Poucos equipamentos de

construção, como es-cavadeiras, pás carre-gadeiras e betoneiras tinham esta exigência. A grande maioria dos equipamentos possu-íam filtros nominais, com mídia filtrante de papel. Filtros hidráu-licos eram considera-dos acessórios, tanto que alguns fabricantes tinham sua marca as-sociada a acessórios, por exemplo, HDA sig-nifica Hidráulica De Acessórios. Os filtros hidráulicos acompa-nharam a evolução dos equipamentos, garantindo qualidade na filtração e preservação dos sistemas hidráulicos”, enfatiza o representante da Parker.Para o representante da Sogefi este é um mercado que atualmente está aquecido e em ascensão, pois a cada ano que passa nosso país vem batendo recordes de safra dos mais variados produtos e também com a Copa do Mundo (2014) e com a vinda das Olimpíadas e em virtude de programas governamentais para o crescimento e desenvolvi-mento há inúmeras obras acontecendo ao mesmo tempo, o que leva a um maior número de máquinas trabalhando, o que nos leva a um consumo muito grande de filtros e de toda a cadeia de autopeças.Uma tendência forte para este mercado é a susten-tabilidade, onde estão sendo agregadas aos equipa-mentos, tecnologias para que eles poluam menos o ambiente, utilizando filtros que aumentam o período de intervalo entre trocas, gerando menor quantidade de resíduos e também o uso do ARLA 32, que trata os gases provenientes da queima do diesel no motor.“O mercado está aquecido, principalmente no seg-mento agrícola, no qual os donos de equipamentos rurais estão se conscientizando da importância desta manutenção. Ainda não estamos no cenário ideal, mas a tendência é de crescimento e a Mann-Filter está otimista e com boas expectativas para o segmento in-dustrial (fora de estrada)”, completa Carlos Farinha, gerente de marketing e produtos da empresa. RMF

Contato das empresas:Bosch Rexroth: www.boschrexroth.com.brMann-Filter: www.mann-hummel.comParker: www.parker.com.brSogefi: www.sogefi.com.br

Foto

: Div

ulga

ção

Bosc

h Re

xrot

h

Filtração em equipamentos mobil da Bosch Rexroth

Foto

: Div

ulga

ção

Park

er

Unidade de filtragem do óleo móvel com contador

de partícula da Parker

24 | Meio Filtrante | Março/Abril 2015

A Donaldson Company está pronta para comemorar 100 anos no mercado mundial agora em 2015. Audaciosa, a Donaldson do Brasil prevê para este

ano chegar ao mesmo patamar de crescimento de 2014. Segundo Marcelo Simionato – diretor de País, outro objetivo traçado pela unidade brasi-leira é alcançar a participação no mercados de filtros automotivos e industriais, consolidando--se como uma das maiores no setor. Apesar do

baixo crescimento econômico, variações do câmbio que afetam de forma direta seu negócio e barreiras técnicas impostas a produtos impor-tados, a perspectiva da Filtros Donaldson é de que 2015 seja o ano da consolidação de sua ope-ração no Brasil onde continuará apostando no reconhecimento da marca para aumentar sua participação de mercado. E para alavancar seu market share e dar suporte ao contínuo crescimento do mercado nacional, a

PERFIL

por Cristiane Rubim

Para alavancar seu market share, a empresa está investindo US$ 3,6 milhões na planta recém-inaugurada

Donaldson investe para expandir atuação

no mercado

26 | Meio Filtrante | Março/Abril 2015

Foto

: And

erso

n V

. da

Silv

a

Linha de montagem

empresa está investindo US$ 3,6 milhões em uma nova fábrica, que foi inaugurada e entrou em operação no dia 5 de janeiro de 2015. Resultado do crescimento dos negócios no Brasil, o novo prédio, localizado em Itatiba, a 7 km de distância da antiga planta, em Atibaia, conta com um agru-pamento da linha de produção de filtros de ar, novas linhas de produção, Centro de Distribuição, laboratório de testes e pesquisas e ampliação dos escritórios. Além disso, a nova fábrica tem o dobro da capacidade anterior e previsão de novos investimentos para expansão. Nesses últimos anos, o mercado de filtros aumentou sua participação na economia, movi-mentando bilhões de dólares. A chave para a curva ascendente do setor é sua indispensável presença em praticamente todos os processos produtivos. E o Brasil exerce importante papel no mercado mundial de filtros, seja no segmento industrial, seja no automotivo. Embora a macroeconomia tenha tornado os anos de 2013 e 2014 mais desa-fiadores do que o previsto, estima-se que o mer-cado tenha crescido, em média, 5%. E de acordo com o balanço do último ano e tendências para 2015, há boas expectativas para a manutenção desta mesma taxa de crescimento. Motivo pelo qual a Donaldson vê com otimismo quanto ao seu faturamento para os próximos meses deste ano.

Ações para expansão no mercadoO forte relacionamento com os clientes vem acele-rando o crescimento internacional da Donaldson há quase 40 anos e tornando-a uma empresa global com presença em 44 países. Por isso, é reconhecida mundialmente como fornecedora de soluções de filtragem para aplicações severas

Março/Abril 2015 | Meio Filtrante | 27

Marcelo Simionato, diretor de País

Filtração a granel De olho nos fluidos estocados em grande escala, a Donaldson desenvolveu um sistema de filtragem a granel de combustíveis e lubrificantes que proporciona redução do risco de contaminação na estocagem e que ajuda a manter os níveis de limpeza. Nos tanques de estocagem de grande escala, os Filtros Absorvedores de Água, Respiradores T.R.A.P.™ e Respiradores de Reservatórios Ativos (ARV), utilizados em conjunto, fazem com que os fluidos fiquem livres de água, da contaminação aeróbica e do sur-gimento de microrganismos, reduzem o risco de entrada de bolor e contaminantes e mantêm os fluidos limpos e secos. Em razão dos fluidos instáveis e do próprio tanque poderem se tornar fonte de contaminação, a filtragem final na saída com o uso de seus filtros assegura atingir os níveis de limpeza certificados pela ISO.Todo esse cuidado é para não comprometer o desempenho e durabilidade de veículos e equipamentos. Por isso, é importante a remoção de contaminantes e da água de combustíveis e lubrificantes dos motores pela filtragem de grande escala antes de seu bombeamento para eles, o que permite que os sistemas finais de filtragem on-board tra-balhem com precisão tecnológica avançada, dentro das exigências e padrões ambientais. Os filtros da empresa são compactos e de fácil substituição, mantêm a qualidade do fluido e podem ser configurados para elevadas taxas de fluxo, minimizando as quedas de pressão.

Foto

: Div

ulga

ção

Don

ald

son

Foto

: Div

ulga

ção

Don

ald

son

28 | Meio Filtrante | Março/Abril 2015

tanto no mercado de motores quanto em apli-cações industriais. Hoje, a Donaldson ultrapassa esse perfil devido ao portfólio abrangente para equipamentos pesados de construção, agricultura e mineração e trabalha no desenvolvimento de produtos para o mercado brasileiro de transportes e para tratores de pequeno porte, além do for-necimento às montadoras. Em aplicações indus-triais, atua com equipamentos para a coleta de pó, fumaça e névoa de óleo e também filtros para líquido que se adaptam a todas as necessidades.

Desde a volta da empresa para o Brasil em 2006, estas áreas vêm crescendo de forma significativa nos últimos anos. Durante todo o seu período no país, a Donaldson vem acompanhando a evo-lução e as necessidades do mercado, assim como as oportunidades que podem servir para seu crescimento e fortalecimento nos segmentos em que atua. Diante deste cenário, a empresa vem desenvolvendo fortemente sua participação no mercado brasileiro. Para isso, aposta em ino-vações nos sistemas de filtragem e novas tecno-logias que auxiliem seus parceiros e clientes em suas necessidades.

A empresa conta atualmente com 150 funcio-nários, incluindo administrativo e operacional, e dois turnos de produção, que trabalham no desen-volvimento da linha de filtros de ar, além de um Centro de Distribuição na mesma planta. Todas essas ações vêm sendo utilizadas para atender os seus mais de 250 distribuidores espalhados pelas cinco regiões do país. Inclusive, uma das forta-lezas da Donaldson são seus colaboradores, afirma Marcelo Simionato, número que cresce a cada dia, sendo reflexo da alta demanda do mercado do qual faz parte. Voltado a seu público interno, a empresa investe em treinamentos no Brasil e nas demais unidades ao redor do mundo para troca de informações e da cultura organizacional. A Donaldson também incentiva fortemente novas ideias e a união entre equipes. Além disso, seus colaboradores são focados e direcionados para o alcance de metas agressivas.Outras ações da empresa para expandir a atuação em suas áreas de destaque e aumentar a penetração em nichos do mercado vêm dos lançamentos de produtos. Já em relação aos seus clientes, há um grande programa de bonificação sendo desen-volvido e colocado em prática nos últimos anos. O objetivo é trazer benefícios no dia a dia aos

PERFIL

Detalhe da linha de montagem

Estoque

Um dos fatores críticos de sucesso da Filtros Donaldson

é seu foco em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias

Foto

: And

erso

n V

. da

Silv

a

Foto

: And

erso

n V

. da

Silv

a

?

clientes que trabalharem com a marca Donaldson em seus negócios. Também há investimentos em divulgação da marca com a participação nas prin-cipais feiras do país.

Foco em novas tecnologiasUm dos fatores críticos de sucesso da Filtros Donaldson é seu foco em pesquisa e desenvolvi-mento de novas tecnologias. Os clientes consi-deram a empresa como pioneira em vários sistemas de filtragem que valorizam os seus negócios. Hoje, tem cerca de 13 mil funcionários no mundo e mais de mil cientistas e engenheiros dedicados a ino-vações. Possui ainda cerca de 10 centros técnicos de desenvolvimento em oito países, e investem cerca de 2% de seu faturamento em P&D.Segundo Julio Trujillo, supervisor de engenharia de aplicação e testes, as inovações da Donaldson Company Inc. figuram como páginas importantes da história da filtragem no mundo, “A Donaldson rubricou com grandes contribuições e inovação tecnológica ao longo do tempo, tanto nos produtos, como nos processos de fabricação dos mesmos; as contribuições são muito mais significativas na linha de filtros de ar e suas diferentes aplicações nos mercados. Estas contribuições foram moti-vadas por alguma necessidade do mercado, mas a grande maioria foi originada proativamente em salas de reunião e se anteciparam muito à época em que foram lançadas”, e complementa “algumas das grandes contribuições que podemos citar são os filtros de ar Powercore® que surgiu oferecendo a vantagem de filtrar mais com um filtro do mesmo

tamanho, além de evoluir na vantagem de fornecer a filtragem necessária às crescentes demandas das legislações para redução de emissões (Euro para veículos comerciais e Tier para veículos fora de estrada). No Brasil, o Powercore é uti-lizado já por várias montadoras de máquinas agrícolas, construção e veículos comerciais. Há fortes indícios de que o Powercore® é um produto que continuará marcando tendências no mercado brasileiro e na América Latina, pois é assim que está acontecendo no resto do mundo e inclusive nos países emergentes”.O especialista frisa ainda as inovações na área de meios filtrantes, “Outros produtos que sem dúvida tem marcado presença e são destacáveis em nosso mercado são as nossas mídias sinté-ticas a base de Nano fibras (linha de produto BLUE): mídia Ultraweb® para filtragem de ar e Synteq® para filtragem líquida. Esta primeira já foi amplamente reconhecida nas aplicações fora de estrada pela longa vida e maior proteção dos

PERFIL

Linha de produção

30 | Meio Filtrante | Março/Abril 2015

Foto

: And

erso

n V

. da

Silv

a

motores e vem marcando presença nos filtros de ar de caminhões e máquinas agrícolas presentes em usinas de cana e açúcar. Junto com Ultraweb® o pacote de benefícios é maior quando acres-centa algum pré-filtro Top Spin, filtros hidráu-licos Duramax e muitos outros.”Segundo Trujillo os gráficos na página anterior consolidam de forma genérica a comparação entre a vida e eficiência de um filtro de ar com papel convencional e papel Ultraweb; para cada apli-cação o benefício é iminente, mas a magnitude pode variar em função das particularidades.Outro dos estímulos do mercado que puxaram his-toricamente a Donaldson a se tornar uma empresa voltada para engenharia e inovação tecnológica é a crescente preocupação das montadoras por reduzir a base de fornecimento para facilitar tanto a negociação de pacotes mais competitivos, como a garantia da qualidade. Com isto a Donaldson através de sistema FSS (Full System Supplier) adentrou em diversas OEMs no mundo, forne-cendo praticamente todo tipo de item que compõe o sistema de admissão, filtragem dos fluidos de ar e motor, além dos sistemas de exaustão.“A integração destes sistemas FSS demanda estudo extensivo de desenvolvimento (CAE e prototi-pagem) e testes de validação de produto antes de lançá-los no mercado. Algumas das ferramentas tanto preditivas, como procedimentos de testes foram desenvolvidos pela Donaldson e compilam a longa experiência dos nossos designers e enge-nheiros de aplicação no mundo inteiro. Devido a isso a Donaldson já colocou no mercado os mais inovadores sistemas de filtragem (alguns exemplos a seguir)”, comenta Trujillo.O especialista comenta ainda das perspectivas de

futuro na área de desenvolvimento da empresa “Em um futuro bem próximo a Donaldson apre-sentará novidades nos filtros de vedação radial (RadialSeal®) no intuito de aumentar a capacidade de filtragem, sem aumentar o tamanho do filtro e também reforçar os processos de manutenção. O mercado já está usufruindo alguns desses benefícios com os filtros da linha XRB e FRG2”, finaliza Julio Trujillo.

Preocupação com o meio ambienteA Política de Meio Ambiente faz parte da cultura organizacional da Donaldson e é uma das mais trabalhadas e respeitadas, reunindo colaboradores internos e externos e a sociedade. Por meio dela, segrega e descarta de forma correta os resíduos gerados, visando ao seu reaproveitamento e à redução dos impactos no meio ambiente. São realizadas também prá-ticas de conscientização com os colaboradores internos sobre as questões ambientais, como o uso racional da água e da energia elétrica. Além disso, a empresa está em fase de implantação da ISO 14.000, de gestão ambiental.Em parceria com a Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas Automotivos e Industriais (ABRAFILTROS), a Donaldson par-ticipa ainda do Programa Descarte Consciente, executando por intermédio da associação a Logística Reversa dos filtros usados do óleo lubri-ficante automotivo, incluindo a coleta, reciclagem de materiais e encaminhamento de resíduos para destinação ambiental correta. Atualmente, este projeto abrange os Estados de São Paulo, Paraná e, em breve, o Espírito Santo. RMFSistemas de filtragem

Julio Trujillo, supervisor de engenharia de aplicação e testes

Março/Abril 2015 | Meio Filtrante | 31

Foto

: Div

ulga

ção

Don

ald

son

Foto

: Div

ulga

ção

Don

ald

son

Com o programa Inovar-Auto, novo regime do governo federal que tem como objetivo estimular a indústria automobi-lística nacional, até 2015, o Brasil terá

mais nove fábricas de automóveis, totalizando 25 indústrias em operação. A previsão, segundo estimativas do programa, é que os investimentos passem de mais de R$ 50 bilhões no setor. Para esti-mular ainda mais o mercado de autopeças, a Reed Exhibitions Alcantara Machado realiza a 12ª edição da Automec – Feira Internacional de Autopeças, Equipamentos e Serviços, maior feira de reposição automotiva da América Latina, de 7 a 11 de abril de 2015, no Pavilhão de Exposições do Anhembi (Av. Olavo Fontoura, 1.209 – Santana), em São Paulo. A Automec é uma oportunidade para que distri-buidores, lojistas, atacadistas, varejistas e ofi-cinas tenham contato direto com representantes da indústria automobilística, além de propiciar a realização de networking, geração de negócios e troca de experiências através da demonstração de produtos e lançamentos. “O Brasil está em sétimo lugar entre os países que mais produzem veículos. Para continuar nessa posição, é preciso estimular o mercado, gerar bons negócios. É esse um dos principais objetivos da Automec. Para isso, con-tamos com os maiores players do mercado, público formado principalmente por tomadores de decisão, e trazemos grandes novidades, além de conteúdo com os assuntos mais relevantes do setor”, diz João Paulo Picolo, diretor da Feira. A Automec conta com o patrocínio oficial da Bosch e patrocínio prata da Renova.Para esta 12ª edição estão sendo esperados mais de 70 mil visitantes qualificados. Serão mais de 1200

marcas nacionais e internacionais, distribuídas num espaço de 78 mil m². A Feira está dividida em quatro setores e perfis: Peças e Sistemas (motor, escape, eixos, direção, freios, rodas, amortece-dores, peças metálicas, peças montadas, janelas, para-choques, telhados de dobramento, roods conversível, coberturas panorâmicas, ar condi-cionado, rádio, instrumentos, airbags, tampões, cadeiras, aquecimento, ajustadores elétricos, telemóveis, filtros interior, antenas, navegação, telemática, DVD, elétrico, bateria, faróis, cabos, chicotes, unidades de controle, sistemas de

EVENTOS

Mercado automotivo terá investimento de 50

bilhões; Automec será pólo gerador de bons negócios

Feira contará com mais de 1.200 marcas nacionais e internacionais e público de mais de 70 mil visitantes qualificados. Evento acontece em abril, em São Paulo

Quem estará presente?O mercado de filtros e seus sistemas marca presença em todas as edições da Automec, e para 2015 não seria diferente, o evento contará com renomadas marcas do setor de filtros sendo eles:

Affinia - Estande: G300Cristal - Estande: I498 Filtrona - Estande: L631 Filtros Inflow - Estande: C940GT1 Filtros - Estande: G801M2 Filters - Estande: G950Mahle Metal Leve - Estande: I298Mann Filter - Estande: G598Micronair - Estande: G650Seineca - Estande: J500Sogefi - Estande: F400Tecfil - Estande: E600Wega Motors - Estande: H498

32 | Meio Filtrante | Março/Abril 2015

ônibus, sistemas de assistência ao condutor, ele-mentos de fixação, linha de alimentos, anéis de vedação de rolamentos, rolos, peças de reposição, reparos, restauração, híbrida e gás); Reparação e Manutenção (equipamentos e ferramentas, pre-venção de corrosão e pintura, reboque de serviço, auxílio-acidente e serviços móveis, eliminação de resíduos e reciclagem e reboque para carros; Acessórios (acessórios para automóveis em geral, sistemas de desempenho, aprimoramento de design, óptica, opções e conversões, rodas, pneus e juntas); e TI e Gestão (concessão de planeja-mento e construção, concessionárias financeiras e sistemas de gestão Dealer.

ProgramaçãoAssim como aconteceu na edição anterior e foi um grande sucesso, a Oficina Modelo será um dos destaques desta 12ª edição. Ela simula o fun-cionamento de uma oficina com altíssima qua-lidade e eficiência. Como novidade para este ano, apresentará um ambiente completo e apre-sentações dinâmicas ao longo de todos os dias.

Haverá demonstrações práticas e teóricas, como se aproveitar da melhor maneira possível dos principais lançamentos para reparação auto-motiva. Especialistas de cada produto e/ou serviço estão presentes orientando sobre seus produtos. Também será enfocado no espaço a sustentabi-lidade, reciclagem e reaproveitamento de peças e componentes automotivos. A Oficina Modelo terá o apoio do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo (Sindirepa) e patrocínio da Renova. A Automec tem apoio do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automo-tores (Sindipeças) e co-apoio da Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças (Andap), Sindicato do Comércio Atacadista, Importador, Exportador e Distribuidor de Peças, Rolamentos, Acessórios e Componentes para Indústria e para Veículos do Estado de São Paulo (Sicap), Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios de Veículos do Estado de São Paulo (Sincopeças) e Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo (Sindirepa). RMF

Polifiltro, a maior distribuidora com a mais completa linha

de filtros do país!

Filt

ro

s

tUrBo ®

• CAMINHÕES• COLHEITADEIRAS• MÁQUINASEEQUIPAMENTOS• ÔNIBUS• TRATORESAGRÍCOLAS• VEÍCULOSLEVESEUTILITÁRIOS• CONSTRUÇÃO• INDUSTRIAL• GERADORES• MARÍTIMA• FERROVIÁRIA

APLICAÇÕES:

Art

eple

nA

www.poli f i l tro.com.br- Tel . : 1121885499

ANC Meio Filtrante v5 1/2pag.indd 1 24.06.14 13:13:12

Sabemos da importância que tem o processo de filtração e como influencia o nosso dia-a--dia sem que percebamos. Sem os filtros, e os processos que os envolvem, não teríamos

água potável, o motor do carro funcionando, etc. Portanto, há vários tipos de filtros para diversas fina-lidades e, por isso, requer mão de obra especializada para atender à demanda nas diversas áreas.Cada processo de filtração é realizado de maneira diferente, isso porque, cada um é feito para atender um objetivo. Na área industrial, por exemplo, o pro-cesso de filtração é um dos processos responsáveis

por garantir a vida útil de ferramentas, dos lubrifi-cantes usados e no acabamento dos produtos no pro-cesso fabril. O dimensionamento e desenvolvimento correto do meio filtrante, bem como a qualidade do material usado, são muito importantes, porque influencia diretamente na qualidade do produto.Com toda essa gama de especificações e opções, não é demais dizermos que existe oferta de tra-balho para diferentes perfis de profissional para atuar nesses segmentos.O site indexador de anúncios de emprego Adzuna encontrou 278 vagas abertas (data de pesquisa 4/2)

ESPECIAL

Mercado de filtração e os profissionais

que atuam na área

34 | Meio Filtrante | Março/Abril 2015

O conturbado ano de 2014, cheio de incertezas, parece ser águas passadas. Apesar dos problemas atuais, como a crise hídrica, as

empresas do mercado de filtração se projetam com otimismo para 2015

por Daiana Cheis

Foto

: SXC

.HU

no setor de filtros em todo o Brasil. As cidades com o maior número de vagas anunciadas online são: São Paulo, que reúne 25% dos anúncios, seguida por Rio de Janeiro 16,18%, Campi-nas 3,59%; Curitiba, 2,51% e Belo Horizonte 2,15%. Entre os anúncios encontram-se vagas para operador de filtro decanta-dor, auxiliar de produção e ope-rador de rolo.Hoje, o profissional em busca de uma dessas vagas pode con-tar com a internet, através de sites como é o caso do Adzuna. É uma ferramenta de pesqui-sa de empregos online usada por mais de 5 milhões de visi-tantes em diversos países, in-cluindo Brasil, Inglaterra, Rússia, Canadá, África do Sul, Alemanha e França. A vantagem do site é a proposta de busca por vagas de trabalho reunindo milhares de vagas em um só lu-gar, com facilidade e agilidade. No Brasil, o Adzuna atua desde abril de 2013 e reúne mais de 300 mil vagas de emprego dos principais sites e consultorias de recrutamento no país.Outra opção são por agências especializadas, como a Hays recruiting experts worldwide. É um grupo global de recruta-mento, colocando candidatos profissionais em cargos perma-nentes, temporários e interi-nos. A Hays é parceira oficial de recrutamento do Manchester City Football Club. No Brasil, a Hays atua apenas com vagas permanentes. O grupo tem consultores especializados para cada área. O manager de recru-tamento e seleção de engenha-ria & manufatura da empresa, Diego Galvão, explica que, em seleções como esta, é papel do headhunter traçar o perfil do negócio do cliente e entender as possibilidades para encontrar

tal profissional no mercado. “Em geral, cria-se um pool de possibilidades para encontrá-lo em verticais ou horizontais ao negócio do cliente. Caso seja um profissional da área de produ-ção, por exemplo, podemos olhar indústrias com linhas de produção parecidas, outros tipos de filtros que utilizem processos e tecnologia similares”.De acordo com o consultor, este mercado, em geral, é bem espe-cializado: “Junto ao aumento das exigências do cliente final vem a necessidade de profissional qua-lificado tecnicamente para aten-der os mercados divididos por suas especialidades”, completa.Uma vantagem desse mercado é o campo de atuação, que é bas-tante amplo. Pode ser para pro-dução, engenharia, vendas, área técnica, etc, de diferentes espe-cialidades, como já dito.Na Tecfil, por exemplo, o pro-fissional poderá atuar no mer-cado de reposição, montadores, e marcas privadas, podendo ser na área técnica ou comercial. Profissionais com conhecimen-tos técnicos aliados à experiên-cia na função são os que mais têm chances de serem contrata-dos. Há engenheiros – todas as habilitações – que atuam nos projetos de filtros ou manuten-ção das máquinas e equipamen-tos, que é tão importante quanto a fabricação deles. A Tecfil possui um programa anual de treinamento, onde a maioria dos colaboradores tem a oportunidade de fazer cursos, participar de congressos, visitas de benchmarking, entre outros. “Sempre que há mudança no processo, de forma geral, ela é planejada para que os envol-vidos possam estar cientes do ocorrido e aptos a desenvolver a nova função ou atividade”, afirma a gerente dos recursos

humanos da empresa, Ana Paula de Oliveira. A empresa também prioriza profissionais pró-ativos, que se preocupam com o próprio desenvolvi-mento e saiba aproveitar as oportunidades que a compa-nhia oferece: “Assim como em qualquer empresa, temos o grupo de profissionais técnicos e administrativos que requer uma formação específica ou especializada. Internamente, temos uma equipe capacitada para treinar e desenvolver seus profissionais nas funções mais específicas da companhia. Por outro lado, também, incenti-vamos que os próprios cola-boradores busquem cursos de formação, entre outros, para seu próprio desenvolvimento, e, assim, estejam preparados para novos desafios”, diz Ana Paula.

Março/Abril 2015 | Meio Filtrante | 35

FILTRO DE ÁGUAPARA MÁQUINAS DE LAVAR

Previne as manchas Retém partículas como barro, areia e ferrugem

Antes edepoisdo uso

Reduz gastos com manutenção

www.planetaagua.ind.br(54) 3268.4957

Filtro FIT LAVVida Útil: 15000 litrosVazão: 1000 litros/hora3 anos de garantia

Essencial para sua vida

puri�cadores

Baixe um leitor deQR Code no seucelular, mire nocódigo e acesse nosso site

A Camfil também é uma das empresas preocupa-das com a capacitação de seus funcionários e adota os treinamentos perió-dicos para todas as áreas. “A área técnica passa por treinamentos de novos pro-dutos, por exemplo, e é a área responsável por cas-catear a informação para a área comercial. A pro-dução também acaba indo

para outras unidades da empresa para conhecer e aprender sobre os equipamentos, depois cascateia para os operadores de produção. Enfim, a recicla-gem é constante frente às atualizações e melhorias que acontecem”, comenta a gerente de recursos humanos da Camfil Sandra Zveibil Michelsohn.

Onde e como atuar nesse mercado?Quando falamos do mercado de filtros logo pen-samos em toda a parte técnica, e, na hora de procurar uma vaga nessa área a maioria foca nesse quesito. Acabam esquecendo ou não co-rela-cionando que toda empresa tem um departamento comercial – que não isenta o conhecimento técnico – mas requer outros atributos. Exemplo disso são os vendedores externos, que devem preencher alguns requisitos básicos, segundo Sandra: “Para vender soluções em ar limpo é preciso entender alguns conceitos técnicos. Portanto, a for-mação técnica alinhada à experi-ência com vendas B2B - Business to Business (departamento de vendas de uma empresa vendendo produtos ou serviços à outras empresas) fazem a diferença. Quando falamos da área comercial, as competências com-portamentais contam muitos pontos. E, muitas vezes, é uma arte encontrar pessoas com um perfil mais técnico, que conheçam de filtragem, e ao mesmo tempo possuam competências comporta-mentais importantes para atuar como vendedor, como: dinamismo e boa comunicação verbal”. Já para trabalhar na produção de filtros a experi-ência na função pesa mais no currículo. O depar-tamento de engenharia ganha destaque, pois é onde está a oportunidade para engenheiros de várias especialidades.Além dos conhecimentos técnicos específicos da

área, outros requisitos podem facilitar o preenchi-mento da vaga. A fluência em algum idioma pode ser o diferencial que muitas empresas procuram: “Por sermos uma multinacional, o que mais difi-culta na contratação é conseguir bons profissionais e que tenham fluência no idioma, mas, talvez, para os concorrentes brasileiros, ou com menos interface com os países, não seja tão importante. Já se o inglês for algo inegociável e a formação técnica também, sem dúvida haverá uma demora maior na contratação do que nas demais vagas que possuímos”, complementa Sandra.Alguns cargos têm responsabilidades e funcionam como porta-voz da empresa. Saber se expressar, ter conhecimentos específicos podem garantir uma posição de destaque no grupo que atua.“Contratamos, por exemplo, um engenheiro de manutenção, que é responsável por fazer com que todas as máquinas tenham um bom funcio-namento. Este profissional viajou para conhecer outras unidades da Camfil e conhecer como fun-cionam as fábricas. Obviamente, ele tinha que ter inglês fluente para poder absorver o conheci-mento e, no dia-a-dia, poder reportar algum pro-

blema para outra unidade também em inglês. Durante a nossa start-up na nova fábrica, diversos colabora-dores de fora também estiveram aqui acompanhando a montagem, sendo necessária a comunicação entre eles”, diz ela.Entretanto, além de conhecimentos específicos da área, a gerente de recursos humanos a Camfil acredita que as vantagens de um candidato à vaga no mercado de filtração são muito mais comportamentais do que técnicas: “Se o profissional

tiver uma boa formação técnica (ensino técnico ou formação em engenharia ou em química, por exemplo) e algumas outras exigências como expe-riência na função e outros requisitos como o inglês, além das competências requeridas, ele será capaz se ser treinado para executar a atividade em questão. Mas não adianta o profissional ter uma ótima formação e experiência na área se não tiver uma boa comunicação e conseguir se vender durante a entrevista, por exemplo”, garante.Por ser referência na região de Guarulhos, além de estar na lista de Melhores Empresas para Traba-lhar – Guia Você S.A, a Tecfil não encontra difi-culdades na contratação de pessoal qualificado. “O profissional qualificado dificilmente terá

ESPECIAL

(19) [email protected]

SOLUÇÕES EM AR L IMPO

Mercados de Atuação:Farmacêutico | EnergiaAlimentício | Bebidas Nova Fábrica em Jaguariúna/SP

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

PRINT_Revista_Meio_Filtrante_dez14.pdf 1 11/12/2014 15:25:12

Foto

: Div

ulga

ção

Cam

fil

Sandra Zveibil Michelsohn gerente de recursos humanos da Camfil

36 | Meio Filtrante | Março/Abril 2015

Means and Skills to the FutureServiçosConsultoriaDesenvolvimentosImplantaçõesMelhoria de resultadosPreparação de equipesServiços de pós-vendas

RepresentaçõesVendasProjetosStart-ups

www.MSFservice.com

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

MSF - Anuncio Ilha.pdf 1 19/02/2015 14:03:41

alguma dificuldade em se recolocar ou ter promo-ções e méritos na empresa na qual trabalha”, diz a ge-rente de recursos humanos da Tecfil, Ana Paula Oli-veira. Além do mais, a em-presa conta com parcerias de agências de emprego, consultorias e empresas da região para contratar com mais rapidez, confor-me a necessidade.

Otimismo e oportunidade em 2015O enorme interesse nos assuntos em torno da conscientização do Meio Ambiente e o ar limpo, Sustentabilidade e, recente, economia e reúso de água nunca foram tão discutidos como nesses últimos anos. Já faz tempo que a abordagem deixou de ser teoria entre os cientistas e passou

a virar prática no meio da sociedade. Agora, em 2015, com a crise hídrica, já existe demanda pelos processos de tratamento de água e seu reúso nas grandes metrópoles. Com o problema vem as alter-nativas – e tentativas - para solucionar a questão. Também abre portas para se criar novas especia-lizações nos diversos segmentos que passam a ganhar valor e disputa no mercado. Embora a crise atual possa afetar a economia, o que já vem aconte-cendo desde o ano passado, algumas empresas tem esperança de que essas “alternativas” possam ser o caminho para um novo mercado em ascensão.As empresas de abastecimento de água, por exemplo, tem enfatizado a importância do reúso de água. Obviamente, empresas especializadas para realizar este processo, como as de filtração, terão demanda de projetos. Sem contar, a oportu-nidade que terão para explorar novas tecnologias em torno disso, e que serão necessárias. Com posição solidificada no mercado, a Camfil seleciona profissionais de alta qualificação para

(19) [email protected]

SOLUÇÕES EM AR L IMPO

Mercados de Atuação:Farmacêutico | EnergiaAlimentício | Bebidas Nova Fábrica em Jaguariúna/SP

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

PRINT_Revista_Meio_Filtrante_dez14.pdf 1 11/12/2014 15:25:12

Foto

: Div

ulga

ção

Tecfi

l

Ana Paula Oliveira gerente de recursos humanos da Tecfil

ESPECIAL

atuar nas unidades e, desta forma, manter a qua-lidade de seus produtos. Desde 1963, a Camfil é líder mundial na produção e desenvolvimento de Filtros de Ar e Soluções em Ar Limpo. É a maior especialista global em filtragem de ar, com unidades de produção ao redor do mundo e centros de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) nas Américas, Europa e Ásia-Pacífico. Enfrentam a concorrência de fabricantes nacional e multinacional, que vem se intensificando nos últimos 10 anos. A gerente de recursos humanos da empresa, Sandra Z. Michelsohn, atribui a esse fato a chegada de grandes players, que tem movi-mentado o mercado de maneira saudável, propor-cionando melhorias nas soluções em ar limpo.Apesar dessa perspectiva, em entrevista à Meio Filtrante, na edição anterior, o gerente técnico da Camfil, Edmilson Alves, disse ser difícil prever quanto será o percentual de crescimento no mercado de filtros em 2015. Mas sabe que há uma tendência de aumento. Além do mais, para a gerente de RH da empresa, “o mercado está em franca expansão, em especial nos segmentos de geração de energia, farmacêutico, hospitalar e alimentos e bebidas. Novas normas e regulamentações mais firmes acabam exigindo mais dos produtos e isso leva ao aprimoramento do mercado e consequente crescimento sustentado”.De acordo com Alves, algumas estimativas apon-tam que a indústria de vacinas no Brasil tem atingido crescimentos por volta de 20% desde 2006 e ele prevê crescimentos significativos neste nicho de mercado. “Este é um mercado pro-

missor e em especial pelos laboratórios farmacêuticos mundiais que estão se ins-talando no Brasil cada vez mais. Esse segmento hoje no Brasil é considerado maior que na Alemanha, e está se tornando sólido e com projeção de cresci-mento significativo, princi-palmente no ramo de salas limpas, que é um dos que mais atendemos”, disse.

“A concorrência tradicional é de fabricantes nacionais e algumas multinacionais, o que vem se intensificando nos últimos 10 anos. A chegada de grandes players tem movimentado o mercado de maneira saudável, proporcionando melhorias nas soluções em ar limpo”, completa a diretora de RH

da Camfil, Sandra Michelsohn.Atualmente, a Tecfil é considerada especialista em filtros automotivos e é líder na reposição. Com 60 anos, no segmento se tornou a maior fábrica de filtros da América Latina. E, por mais um ano, listou como uma das melhores empresas para se trabalhar, confirmando assim o valor que a empresa dá aos seus colaboradores.Apesar do ano de 2014, de forma geral, ter sido bas-tante conturbado com Copa do Mundo, eleições, etc, a Tecfil teve um ano de muitas ações internas. Além de formar parcerias para conseguirem atingir os objetivos propostos e alcançar muitas conquis-tas, como o orgulho de listar pelo 7° ano entre as Melhores Empresas para Trabalhar – Guia Você S.A.O manager de recrutamento e seleção de engenharia & manufatura da Hays, Diego Galvão, também não esconde o otimismo para expansão do mercado nos próximos anos: “Caso este nicho de mercado se man-tenha ainda aquecido ao longo de 2015, e tenhamos efetivamente uma reto-mada das atividades indus-triais ao longo de 2016, temos um cenário extrema-mente positivo onde certamente teremos muita oportunidade”. Isso porque, Galvão acredita que as exigências ampliadas das normas reguladoras farão a diferença: “Historicamente temos deman-das comuns para o mercado de filtros, separado-res, aditivos e elementos filtrantes. Demandas estas que sofreram sensível diminuição recen-temente, provavelmente atrelada à diminuição de atividade industrial em diversos segmentos da economia. Talvez a diferença maior seja no perfil da demanda. Enquanto nos últimos anos o aumento do mercado se deu por expansão da atividade industrial, a baixa recente pode ser compensada com o aumento da rigidez dos ór-gãos reguladores e busca por certificações reco-nhecidas pelo mercado, como a série de normas da ISO 14000”, finaliza. RMF

Contato das empresas:Adzuna: www.adzuna.com.brCamfil: www.camfilfarr.comHays: www.hays.com.brTecfil: www.tecfil.com.br

Foto

: Div

ulga

ção

Hays

Foto

: Div

ulga

ção

Cam

fil

Diego Galvão, mana-ger de recrutamento e seleção de engenharia & manufatura da Hays

Edmilson Alves, gerente técnico da Camfil

38 | Meio Filtrante | Março/Abril 2015

AGORA É LEI!

Art

eple

nA

ONDE TEM ESTE SELO, TEM TROCA DE FILTRO

E AMBIENTE LIMPO.

Em sintonia com todos os avanços em busca da sustentabilidade, a Abrafiltros, associação que reúne os fabricantes, importadores e distribuidores de filtros automotivos, está coordenando a implantação de um eficiente programa-piloto de Logística Reversa em pontos de coleta nos estados de São Paulo e Paraná, onde os filtros do óleo usados são periodicamente retirados por empresa credenciada que faz a destinação correta do descarte.

Os fabricantes, importadores e distribuidores de Filtros do Óleo Lubrificante Automotivo estão promovendo o descarte dos filtros usados, de formacorreta e consciente.

A contaminação do ar por pós e partículas nocivas são prejudiciais ao sistema res-piratório e pode causar reações alér-gicas pela penetração na pele.

Muitos processos industriais geram poluentes na forma de pós e partículas. Pó em suspensão e par-tículas finas podem ser perigosos para a saúde e devem ser extraídos antes que atinjam a zona de respiração do trabalhador.A manipulação de pós e poeiras é uma atividade bastante frequente na indústria química, farma-cêutica e alimentícia, entre outras, especialmente em operações como:• Pesagem;• Fracionamento;

• Manipulação de pós combustíveis;• Limpeza industrial.Normalmente essa manipulação gera particulado em suspensão que representa grave ameaça à saúde dos operadores e à higiene do trabalho, além de ser desperdício de matéria prima.Operações com materiais compostos (composites) também liberaram pó e fibras que são prejudiciais aos pulmões e podem causar reações alérgicas por penetração na pele. Os filtros de mangas são equipamentos para re-tenção de partículas sólidas contidas em um fluxo de ar. O ar contaminado passa pelo tecido das mangas onde as partículas sólidas ficam re-tidas. Para um funcionamento contínuo os filtros

Filtros de pó funcionam como

sistemas contra alergias

40 | Meio Filtrante | Março/Abril 2015

por Vicente de Aquino

FILTROS INDUSTRIAIS

Filtros de despoeiramento da Nederman

Foto

: Div

ulga

ção

Ned

erm

an

de mangas contam com sistemas de limpeza dos tecidos das mangas.Mas trabalhar para preservar o meio ambiente é mais do que uma tarefa para as indústrias. Essa preocupação é um dever que, quando não cum-prido, é passível de advertências e até multas. A indústria fica exposta a processos judiciais por não cumprir as normas e assumir o risco de causar danos ao meio ambiente e, dependendo do segmento, a integridade física dos colaboradores e populações ao redor da fábrica. “A emissão de poluentes tipo particulado e poluentes gasosos acima dos limites definidos pela legislação ambiental acarreta em autos de infração, multas e interdição do processo gerador de poluição, uma vez que a Agência Ambiental responsável pela fiscalização tem esta prerrogativa. Fora isso, podem haver processos judiciais relacionados a segurança do trabalho (funcionários) ou de saúde pública (ministério público) em função do dano que estas emissões tenham causado a saúde das pessoas dentro e fora da unidade fabril, afirma Tito de Almeida Pacheco, engenheiro químico especialista em filtração industrial seca e diretor técnico da Vortex Consultoria Industrial Ltda., empresa especializada em reengenharia de sis-temas antipoluição e treinamento para formação de equipes em desempoeiramento.Uma das opções para controlar a emissão de poluentes na atmosfera são os filtros de mangas. De acordo com Pacheco, estes equipamentos são muito eficientes para esta finalidade, além de apresentar um bom custo benefício. “Os filtros de mangas são utilizados em larga escala para con-trole da emissão de particulado, sendo a opção preferencial em relação a outros tipos de equi-pamentos, como precipitadores eletrostáticos, ciclones ou lavadores de gases, devido à ótima relação custo benefício”, explica ele.

Sistemas de exaustão José Mauricio Sampaio, gerente geral da Nederman do Brasil, engenheiro civil com MBA pelo Instituto Mauá de Tecnologia, e especia-lização em controle ambiental na indústria, explica onde os filtros para sistema de pó são apli-cados e qual a sua importância: “Muitos processos industriais em segmentos tão distintos quanto siderúrgico, metalúrgico, químico, alimentício, óleo e gás, etc., emitem poluentes na forma de par-ticulado que contaminam o ar. Para que o ar seja lançado de volta na atmosfera ou mesmo recir-culado dentro do local de trabalho são utilizados sistemas de exaustão e filtragem que retém o par-ticulado poluente (pós) e purificam o ar efluente.

Por este motivo tais sistemas são também conhe-cidos como sistemas de despoeiramento”, explica.Mauricio também fala sobre os diferentes tipos existentes de filtros: “Existe uma infinidade de tipos de filtros industriais para particulados, sendo os mais importantes os filtros tipo mangas e os filtros tipo cartucho. Os filtros do tipo cartucho experimentaram uma evolução muito grande nos últimos anos e hoje são utilizados para a maioria das aplicações. Suas principais vantagens são as dimensões e peso reduzidos, facilidade de manu-tenção e menor consumo de ar-comprimido/energia. Já os filtros de mangas ainda são a melhor opção para aplicações que envolvam particulado com características aderentes ou aglomerantes, altas temperaturas e processos de despoeiramento mais complexos”, comenta.

Separação das partículasMauricio explica ainda como se dá a separação das partículas nos elementos filtrantes: “Existem elementos filtrantes dos mais diferentes tipos: celulósicos, poliéster, fibra de vidro, cerâmicos, etc. São utilizados de acordo com o particulado a

Março/Abril 2015 | Meio Filtrante | 41

FILTROS INDUSTRIAIS

42 | Meio Filtrante | Março/Abril 2015

ser filtrado e características do fluxo de gases de entrada. Em todos os casos o particulado fica retido no material filtrante e o ar filtrado que o atravessa é descarregado no ambiente externo. As caracterís-ticas do elemento filtrante são fundamentais para a correta performance do equipamento de filtragem.”A importância dos sistemas de limpeza nos filtros industriais também é destacada por ele: “A per-formance dos filtros industriais está intimamente relacionada com a eficiência do seu sistema de limpeza. Na grande maioria dos casos a limpeza se dá via jato reverso de ar-comprimido, soprado periodicamente na parte interna dos elementos fil-trante do modo a desalojar o chamado “bolo de pó” que se forma na sua superfície exterior. O “bolo de pó”, apesar de ter de ser removido periodicamente, desempenha um papel importante na performance dos elementos filtrantes aumentando sua eficiência de filtragem”, finaliza.

Outros tiposOs outros tipos de filtro de mangas que o mercado oferece são os de sacudimento mecânico e o de ar reverso. Segundo Marcello Vinícius Bernardini, supervisor da McFil, o filtro de ar reverso fun-ciona por meio de elementos filtrantes tubulares em tecido que realizam a filtração de dentro para fora da manga. “Este equipamento normalmente é compartimentado, pois para realizar a limpeza das mangas o fluxo é interrompido naquela câmara, permanece algum tempo em repouso e recebe um fluxo reverso ao sentido da filtração. Estas mangas são dotadas de anéis metálicos intermediários que evitam o colapso da manga no momento da reversão. Na reversão a torta de particulado retida na superfície interna da manga se quebra e cai

fazendo com que o meio filtrante regenere a sua permeabilidade naquela câmara. Em seguida a câmara é colocada em filtração novamente e outra câmara tem o seu fluxo interrompido para realizar a reversão de limpeza”, explica Marcello.Assim como os filtros de ar reverso, o filtro de mangas de sacudimento mecânico funciona por meio de elementos filtrantes tubulares em tecido que realizam a filtração de dentro para fora da manga. “Esse filtro funciona da seguinte forma: de tempos em tempos uma estrutura interna do equipamento, onde são afixadas as mangas pela parte superior, sacode através de mecanismos. Este movimento derruba a torta de particulado que ficou retida no interior da manga fazendo com que o meio filtrante regenere a sua permea-bilidade e permita a passagem do fluxo de gases pelo filtro,” afirma Bernardini. Para o supervisor da McFil, os filtros de mangas são a melhor tecnologia que o mercado disponi-biliza para o controle de material particulado”. A alta qualidade desse tipo de filtro só é possível graças ao desenvolvimento de várias fibras sinté-ticas utilizadas na fabricação dos meios filtrantes”, afirma Marcello. “Considerando as condições ope-racionais de um determinado processo é possível fazer a escolha do melhor meio filtrante a ser uti-lizado. Este processo é realizado por meio de uma engenharia de aplicação onde todas as variáveis são consideradas, tais como condições químicas e térmicas do fluxo de gases e do particulado, granu-lometria do particulado, entre outras. As condições são analisadas e a escolha se faz por uma fibra que resista a esta combinação de variáveis.”O engenheiro Tito Pacheco comenta que os filtros de mangas tem como função a separação de gases e partículas e, por meio deles, é possível atender as normas de emissão de particulados exigidas pelas leis ambientais. “A função desses equipamentos é separar as partículas (fase sólida) dos gases efluentes (fase gasosa), tanto para fins de recupe-ração de produto industrial (fase sólida) e purifi-cação dos gases, quanto para retirada dos poluentes (fase sólida). Em todos os casos se faz necessário o acionamento periódico do sistema de limpeza do filtro para que as mangas não entupam. A vida útil do equipamento é definida pelo tipo de limpeza adotado pelo filtro, dois anos para jato pulsante, quatro anos para sacudimento mecânico e de seis a oito anos para fluxo reverso”, explica. RMF

Contato das empresas:McFil: www.mcfil.com.brNederman do Brasil: www.nederman.com.brVortex Consultoria: www.vortexindustrial.com.br

Filtros de despoeiramento da Nederman

Foto

: Div

ulga

ção

Ned

erm

an

ISO9001

EMPRESA PARCEIRA DO MEIO

AMBIEN

TE

SOCIALMENTERESPONSÁVEL

EMPRESA

O grupo DBD Filtros, fabricante dos produtos LAFFI FILTRATION, possui 25 anos de experiência e atuação em todo território nacional e América do Sul. É especializado em projeto, desenvolvimento e fornecimento de filtros e sistemas de filtração industrial de alta qualidade, sistemas para tratamento de água e separação de sólidos e líquidos.

LINHA DE PRODUTOSFiltro BolsaElemento Filtrante Tipo BolsaFiltro CestoFiltro CartuchoElemento Filtrante Tipo cartuchoFiltro Separador CentrifugoFiltros Leito (Areia, Zeolita e Carvão)Filtros Especiais e Vasos de PressãoTanques e Reservatórios para ArmazenamentoAbrandador Troca IônicaOsmose ReversaSistema UltravioletaBomba Dosadora

LINHA DE SERVIÇOSServiços e Trocas FiltrantesSobressalentes e reposições: Lâmpada UV, Tubo de Quartzo, Crepinas em PP e Aço Inox, Seixos Rolados, Areia filtrante, Zeólita, Carvão Ativado Vegetal e Mineral, Resinas Catiônicas, Aniônicas e de Leito Misto

www.Laffi.com.br Tel: +55 11 4438 [email protected] solução em sistemas de filtragem.

L3pp

m.co

m.br

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

LAFFI - MF 65.pdf 1 24/10/2013 15:34:28

O uso das águas subterrâneas está em alta devido à crise hídrica que exige novas soluções para o problema de seca que enfrentamos hoje. A perfuração de poços,

entre eles, o artesiano e o semiartesiano, é uma das alternativas. O poço artesiano tem pequeno diâ-metro e grande profundidade de onde a água jorra até a superfície, sendo preciso controlar sua saída. Para uso nas casas, a captação é feita por canos. Já no semiartesiano, a pressão da água não permite que ela chegue à superfície, por isso, é necessário bombeá--la. Ambos captam a água infiltrada em rochas e sedimentos dos aquíferos, que ficam protegidos da contaminação humana, sem geralmente precisar tratá-la. São necessárias manutenções preventivas para evitar problemas geológicos e mecânicos. Além disso, quando se recorre a tratamento é preciso fazer análises na água para identificar o melhor sistema de filtragem e filtros que atendam à demanda requerida.

“É preciso esclarecer, primeiramente, que a nomen-clatura técnica correta, de acordo com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), é poço tubular profundo. Os termos artesiano e semiartesiano são usados na linguagem coloquial”, explica Thiago Forteza de Oliveira, gerente de ope-ração da General Water. Segundo Cláudio Oliveira, presidente da Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (Abas), realmente poço artesiano e semiartesiano são expressões populares que dife-renciam os que jorram água naturalmente dos que não jorram, respectivamente. Além disso, poço tubular profundo está de acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). O termo significa que são obras de Hidrogeologia de acesso a um ou mais aquíferos para captação de água subterrânea. “Alguns poços tubu-lares têm ou não jorro natural de água na superfície. Isso ocorre devido à soma das pressões dos aquí-feros seccionados durante a perfuração ser maior do que a pressão atmosférica”, esclarece Cláudio Oliveira. Ele orienta que a execução deste trabalho exige estudos preliminares, aplicação de normas padronizadas, responsabilidade técnica e empresas capacitadas e com tecnologia para sua realização.

TratamentoNão há diferenças entre os filtros e sistemas de filtragens para os poços artesianos e semiarte-sianos. Segundo Thiago de Oliveira, alguns poços tubulares profundos, pela condição natural do aquífero, são jorrantes, por isso, não há neces-sidade de instalação de bomba para captação da água. “Porém, isso é muito raro e também não há diferenças entre eles no tratamento da água. Nos dois casos, somente a análise da água bruta

Poços artesianos e semiartesianos estão

entre as soluções para a crise da água

44 | Meio Filtrante | Março/Abril 2015

Sistemas de filtragem e filtros fazem ajustes na composição da água

por Cristiane Rubim

Sistema de ultrafiltração

TRATAMENTO DE ÁGUA

Foto

: Dre

amst

ime

definirá o tipo de tratamento necessário de acordo com os usos propostos”, afirma. Fabio de Oliveira Pinto, da gerência de projetos da Asstefil, também diz que é preciso avaliar a qua-lidade da água do poço artesiano e/ou semiartesiano antes de decidir qual filtro ou sistema de filtragem utilizar. “Somente por meio de um laudo de análise é possível determinar o melhor método para tornar a água potável”, afirma. Segundo ele, dependendo do problema, uma solução se mostra mais eficaz do que a outra. Para isso, o mercado dispõe de filtros para retenção de impurezas, gosto, odores, cloro, ferro, manganês, etc. “Independentemente do tipo de filtro ou origem da água, os sistemas fechados sempre necessitarão de uma pressão para pô-la em funcionamento”, ressalta.Thiago de Oliveira destaca atualmente dois tipos mais relevantes de sistemas de filtração comuns no tratamento da água subterrânea: em meio granular e em membranas, ambos com o objetivo de separar sólidos em suspensão e/ou dissolvidos. Na filtração em meio granular, são aplicados meios filtrantes, como: areia para separação de sólidos suspensos (redução da turbidez); carvão ativado para adsorção

de compostos orgânicos e/ou decloração (remoção do cloro); e zeólita para remoção de metais (ferro e manganês). Já na filtração por membranas, existem dois tipos que mais se aplicam às águas subterrâneas e têm melhor desempenho se comparados à em meio granular: a ultrafiltração, que separa sólidos em sus-pensão, como ferro e manganês; e a osmose reversa, cujo objetivo é a remoção de sólidos dissolvidos, como cálcio e magnésio (dureza), alcalinidade e flúor. Os sistemas de tratamento de água, conforme o gerente de operação da GW, são utilizados sempre que há necessidade de se adequar a qualidade da água bruta, extraída da natureza, a um padrão que atenda aos usos propostos. Ele explica que se um poço tubular profundo for utilizado para abas-tecimento humano, por exemplo, a água deverá atender aos parâmetros de qualidade da Portaria 2.914 do Ministério da Saúde, que define o padrão de potabilidade das águas em território nacional. “Isso demandará um sistema de desinfecção com cloro na água e, na maioria dos casos, ainda um de filtração porque há sempre que se adequar a qua-lidade da água, raramente pode ser utilizada dire-tamente sem passar por um tratamento”, aponta.

O tema Águas Subterrâneas, segundo os especia-listas, é cheio de mistérios e superstições e para desmistificá-los é preciso entender a ciência Hidrogeologia, que estuda as leis que regulam a ocorrência, a distribuição, o movimento e a qua-lidade das águas subterrâneas. A estimativa é de que os maiores volumes de água doce do Planeta encontram-se nos reservatórios subterrâneos, ou seja, 10,3 milhões/km³. Por esse motivo, a água sub-terrânea é um dos mais valiosos recursos naturais. “As águas subterrâneas não são quaisquer águas naturais abaixo da superfície do solo. São as águas encontradas nos aquíferos subterrâneos constituídos por rochas ou formações geológicas que funcionam como reservatórios, condutores e filtros, onde volumes significativos destas águas estão em constante movimento por extensos per-cursos, desde as zonas de recarga até as de des-carga”, explica Cláudio Oliveira, presidente da Abas. Em nível microscópico, o movimento é lento, a infiltração da água no subsolo propicia um estreito e demorado contato com os minerais que formam a crosta terrestre, os quais vão se dissol-vendo até que seja alcançado um equilíbrio entre essas substâncias (água e minerais). Os aquíferos têm a capacidade de proteger as águas subter-râneas da contaminação devido ao empilhamento de rochas de diferentes características físicas. Já o subsolo funciona como um poderoso filtro e reator

biogeoquímico de depuração, protegendo-as contra agentes de degradação da superfície. As águas de superfície são turvas e com bactérias e diferem das subterrâneas, que não têm grandes problemas de contaminação física ou biológica, são límpidas e incolores com natural potabilidade. Tipos e capacidade de produçãoPorosos – Ocorrem em terrenos sedimentares, são os mais produtivos e constituem as maiores reservas.Fraturados – Típicos de rochas cristalinas, a pro-dutividade depende do grau de faturamento das rochas na área de interesse.De acordo com seu formato, da situação de ocor-rência no empilhamento de camadas geológicas e da sua profundidade, podem ser livres, con-finados ou semiconfinados. Suas dimensões variam, indo de poucos metros ou quilômetros a extensões continentais, caso do Aquífero Guarani, maior do mundo em extensão e volume.Terrenos sedimentares - Desde poucos litros até 500 mil litros/hora. Devido às características homogêneas dos aquíferos porosos, suportam bombeamentos de até 24h/dia.Terrenos cristalinos - Produzem baixos volumes de água, entre mil litros/hora e 5 mil litros/hora, chegando a atingir até 50 mil litros/hora. Devido às características heterogêneas dos aquíferos fra-turados, não suportam bombeamentos prolon-gados, em média, até 12h/dia.

Aquíferos

Março/Abril 2015 | Meio Filtrante | 45

Quanto aos filtros, Thiago de Oliveira diz que na Região Metropolitana de São Paulo, por exemplo, existem dois tipos de aquíferos: sedimentares e fissurais, este último é a maioria, somente em al-gumas partes, como na região da Paulista, é que se tem água de aquífero sedimentar em quantidades significativas. “Os filtros só se aplicam nos aquífe-ros sedimentares. Nos fissurais, a água está presente nas fraturas da rocha e para captação não há neces-sidade de filtros, pois a própria rocha constitui a pa-rede do poço. A tecnologia de filtros para poços está bem consolidada há décadas, mas não tem experi-mentado grandes avanços e inovações”, constata. Segundo ele, existem ainda filtros específicos para fazer a sustentação da estrutura da parede do poço. “Estes filtros não têm nada a ver com os filtros de tratamento. Sua função não é tratar a água, mas sim compor a estrutura do poço”, diferencia. São usados em poços construídos em regiões sedimentares, per-mitindo, paralelamente, a entrada da água da for-mação geológica para o interior do poço. Exemplos deles são o Nold, Espiralado e Geomecânico. A água dos poços pode conter teores elevados de sais minerais, o que requer tratamento. “O sistema de filtragem a ser aplicado varia pela composição físico-química da água e do uso ao qual se destina. Portanto, diferentes sistemas podem ser aplicados,

dependendo da complexidade da filtragem”, ressalta Cláudio Oliveira. De acordo com ele, a retirada de alguns sais minerais da água é possível através de sistemas simples, por exemplo, utili-zação de meios porosos filtrantes tipo filtros BAG, Cartuchos, Multimídia areia e sintético tipo Zeólita para retenção física, remoção de sólidos suspensos e redução de turbidez. Já para dureza, são usados abrandadores para remoção de sais, como cálcio, magnésio, ferro, manganês, cromo, níquel, etc. Para cada elemento, deve ser projetado e espe-cificado o tipo de resina apropriado. Na desmi-neralização de águas, remoção de todos os íons, preferir sistemas de filtros com resinas catiônicas e aniônicas. No caso de remoção de substâncias orgânicas e cloro livre, optar por aqueles à base de carvão mineral ou vegetal, sendo a regeneração feita com água aquecida. Para águas com altas concentrações de sais, como cloretos, sulfatos, fluoretos etc., podem ser usados sistemas mais complexos, como ultrafiltração e osmose reversa.

DesafiosExistem problemas causados por não utilizar filtros, sistemas ou análises adequados que acabam afetando a qualidade da água captada e consumida. Segundo Thiago de Oliveira, o apro-veitamento da água subterrânea por meio de poços tubulares profundos requer conhecimento técnico e gestão. “O problema de abastecimento não está resolvido quando simplesmente se perfura um poço. É preciso que seja dimensionado, cons-truído e operado um sistema de tratamento adequado com respaldo técnico de empresas espe-cializadas no setor. As águas subterrâneas devem ser uma solução de abastecimento, e não fonte de outros problemas que antes não existiam. Se não forem utilizados sistemas adequados de tra-tamento, a água poderá representar riscos para os usos aos quais é destinada”, esclarece o gerente de operação da GW. De acordo com ele, no caso de consumo humano, esse risco impacta na saúde dos consumidores e, em um processo industrial, na qualidade do produto final. “O uso de águas fora de padrões e de sistemas de cor-reções inadequados podem causar sérios problemas e danos aos usuários”, compartilha o presidente da Abas. Para consumo humano, fazem mal à saúde; na indústria, afetam os sistemas, caso das incrustações em caldeiras e tubulações e alterações nos produtos; e na agricultura, interferem na produção de algumas culturas e causam prejuízos aos solos.“As águas subterrâneas captadas por poços tubu-lares têm características físico-químicas capazes de atender a diversos usos, porém, para determi-nados fins requer ajustes feitos por sistemas que

TRATAMENTO DE ÁGUAFo

to: D

ivul

gaçã

o G

ener

al W

ater

Foto

: Div

ulga

ção

Gen

eral

Wat

er

Aquífero fissural e aquífero sedimentar

Filtros nold, geomecânico e espiralado

46 | Meio Filtrante | Março/Abril 2015

abrandam, corrigem e/ou retiram alguns elementos da sua composição, tornando-a apta ao consumo, seja humano, agrícola ou industrial”, esclarece. Segundo ele, são necessárias análises físico-quí-micas das águas por laboratórios capacitados que definam sua composição para o dimensionamento do sistema, que deve ser projetado de acordo com a correção a ser aplicada. A água subterrânea é considerada de boa qua-lidade, apesar de também estar sofrendo com con-taminação pela poluição. “A água de poço pode sofrer diversos tipos de contaminações, depen-dendo da região onde está localizado, ela pode sofrer interferências em sua composição devido às características do solo ou até mesmo infiltração de necrochorume que é um líquido viscoso e acinzentado que vaza na decomposição de cadá-veres, seguindo, com a chuva, para o lençol de

água subterrânea e podendo transmitir, por meio da ingestão ou contato com água, doenças como hepatite, febre tifoide, tuberculose, entre outras, este problema pode ocorrer quando os poços estão próximos a cemitérios legais ou ilegais”, adverte Fabio de Oliveira. Em um sistema de filtragem, um ou mais tipos de filtros podem ser usados. “De acordo com a necessidade e a qualidade da água a ser tratada, é possível utilizar, no mesmo sistema, filtros para: remoção de cor e turbidez; remoção de gosto e cloro; redução de dureza; e proteção e segurança”, indica o especialista da Asstefil.

Procura no mercado cresce muitoCom a crise da água, a procura para instalação de poços artesianos e semiartesianos aumentou muito no mercado. A busca por sistemas de filtragem e filtros também acompanhou este crescimento. “Hoje, com a escassez hídrica dos reservatórios de águas superficiais, evidentemente está havendo uma corrida para a exploração de águas subter-râneas. Há sempre a necessidade de tratamento da água e, com isso, os sistemas de filtração são auto-maticamente mais requisitados”, avalia Thiago de Oliveira. Apesar disso, o gerente de operação da

Av. São Mateus do Maranhão,128 - Guarulhos - SP email: [email protected] Fone: (11) 2085-5500

Uso é antigo e hoje está em altaAs águas subterrâneas são utilizadas como fonte de abastecimento desde as civilizações mais antigas. Com relatos de que sua origem tenha sido na China a.C., o termo artesiano passou a ser usado quando a população da cidade grega de Artesã perfurou um poço que jorrou natu-ralmente. Outra explicação é de que o nome se baseou em um poço perfurado no século XII na cidade francesa de Artois, que também jorrou água naturalmente na superfície.Diversos países utilizam este recurso para dife-rentes fins com eficientes resultados, como os Estados Unidos, Austrália, Espanha, França, Alemanha, China, Rússia, Israel, entre outros. No Brasil, atualmente, muitas cidades fazem uso e diversas áreas adotam como soluções rápidas e econômicas viáveis e de qualidade. A indústria também busca autonomia de abastecimento. Na de bebidas e águas minerais, por exemplo, seu uso é estratégico e fator de sucesso do negócio. Até alguns anos, a captação através de poços no país era apenas para suprir pequenas pro-priedades rurais. Hoje, são fontes autônomas nas áreas rurais, onde funcionam muitas vezes como as únicas alternativas. O setor agrícola vem amenizando os prejuízos na produção em estiagens prolongadas. Em muitas regiões, como no Oeste da Bahia e em Tocantins, Piauí e Maranhão, a perfuração de poços artesianos de grande porte possibilita o aumento na produ-tividade da soja, milho, algodão, entre outras culturas. Com a utilização crescente deste recurso, novos conceitos vêm sendo adotados na “agricultura de resultados”.

Março/Abril 2015 | Meio Filtrante | 47

GW diz que a disponibilidade de água subterrânea não é uniforme no território nacional.Regiões metropolitanas, como a de São Paulo, por exemplo, não têm água subterrânea disponível para substituir os mananciais de água de super-fície. “Enquanto os especialistas em Hidrogeologia estimam uma disponibilidade hídrica das águas subterrâneas de 10 m³/s, a demanda atual da Grande São Paulo é de 70 m³/s. Desse modo, as águas sub-terrâneas podem ser estratégicas para indústrias e empreendimentos comerciais, que, ao utilizarem poços, aliviam a pressão sobre os mananciais de superfície, que devem ser utilizados prioritaria-mente para o abastecimento da população”, alerta.

“A utilização de água sub-terrânea tem sido alterna-tiva para suprir qualquer tipo de uso. É a única op-ção viável a curto prazo para amenizar e/ou mesmo solucionar problemas de escassez de água, perío-do em que a demanda por poços aumenta”, aponta Cláudio Oliveira. De acor-do com o presidente da Abas, estima-se que mais de 50% das cidades bra-sileiras sejam abastecidas

por águas subterrâneas. “A água bombeada dos poços é injetada diretamente nas redes de distri-buição, pois não precisam de tratamento, já que, geralmente, estão aptas para o consumo”, afirma. Segundo ele, em regiões metropolitanas, existem poços operando para abastecimento de hotéis, condomínios, shoppings, hospitais etc. “O objetivo é de economia, autonomia e até mesmo de evitar racionamentos pelo serviço público”, enfatiza.Em relação à cidade de São Paulo, conforme Cláudio Oliveira, onde realmente o subsolo é composto por rochas cristalinas e, tecnicamente e estatistica-mente, os aquíferos existentes são menos produ-tivos, é uma solução de abastecimento para qualquer fim, indústrias, restaurantes, clubes, etc. e também pode ser alternativa ao abastecimento público sim. “Isso ocorre quando poços estrategicamente posi-cionados, em bairros distantes, por exemplo, são utilizados não para enchimento dos reservatórios, mas como reforço, com bombeamento direto na rede de distribuição”, explica. No Estado de São Paulo, cerca de 70% dos municípios são abastecidos por água subterrânea de poços artesianos.“Com certeza, este mercado está crescendo, infeliz-mente apenas em momentos de crise é que a popu-lação se preocupa”, lamenta Fabio de Oliveira.

No interior de São Paulo, por exemplo, é comum o uso de poços artesianos para abastecimento urbano, inclusive, a própria Sabesp utiliza, ten-dência que pode vir para os grandes centros. “Com a crise hídrica em São Paulo e na Região Sudeste, é iminente a utilização de outras formas de abas-tecimento à população. Temos que pensar não só na utilização de água subterrânea, mas também no reaproveitamento de água da chuva, dos processos industriais e de nosso esgoto sanitário, tornando--a em água de reúso para fins não nobres, entre outros,” analisa o especialista da Asstefil.

Custos para construçãoSendo uma das soluções para este momento de crise, é importante saber os preços para instalação. Fabio de Oliveira diz que é impossível afirmar que o valor de implantação de um sistema está alto porque depende do problema a ser tratado e dos produtos e tecnologias a serem utilizados. “Quanto pior for a qualidade de água do poço, mais com-ponentes serão necessários e, consequentemente, mais cara ficará a implantação”, relaciona. O especialista lamenta ainda que, infelizmente, no mercado existem muitas empresas com pouca capa-cidade técnica que oferecem serviços nos quais o barato pode sair caro para o cliente. “Elas acabam, por conta da inexperiência, cobrando valores que mal bancam os custos e/ou utilizam produtos de baixa qualidade ou até mesmo deixam de utilizar componentes essenciais, visando apenas à redução de preços e ao fechamento do pedido. Quem sai no prejuízo é sempre o próprio consumidor que, ao perceber que o resultado obtido não atingiu a qualidade esperada, terá de fazer ‘adaptações’ aos equipamentos comprados ou muitas vezes até refazer todo o projeto”, compara.

TRATAMENTO DE ÁGUAFo

to: D

ivul

gaçã

o A

bas

Cláudio Oliveira, presidente da Associa-ção Brasileira de Águas

Subterrâneas (Abas)

Sistema de filtração por osmose reversa usado no tratamento das águas subterrâneas

Foto

: Div

ulga

ção

Gen

eral

Wat

er

48 | Meio Filtrante | Março/Abril 2015

“Embora existam variações regionais e de projetos, diferentes diâmetros de perfuração e de profundidades, tipos e quantidade de materiais a serem instalados e sistemas de bombeamento que acabam elevando os valores finais, são investimentos viáveis com retorno de curto prazo que propiciam, além de autonomia no abastecimento, qualidade em relação a outras fontes e economia ime-diata”, destaca o presidente da Abas. Por isso, a relação custo-benefício na construção e uso de poços tubulares, segundo ele, é muito van-tajosa. “São soluções rápidas, em poucos dias, é possível, por exemplo, a perfuração de poços com profundidades medianas, entre 100m e 300m, nos locais ou próximos dos locais de consumo”, indica. Os poços tubulares devem atender aos pa-drões mínimos construtivos das Normas Técnicas para serem produtivos e ter vida longa, o que valoriza sua construção. “Os preços de poços com profundidades entre 100 e 150 metros variam entre R$ 50 mil a R$ 80 mil. Já em algumas regiões, é possí-vel profundidades superiores a 500 metros que atingem valores superiores a R$ 1 mi-lhão”, afirma Cláudio Oliveira. Hoje, no país, encontram-se preços variados. “Na maioria deles, é preciso ficar atento porque valores muito baixos significam que não devem estar atendendo aos padrões técnicos construtivos mínimos, o que resulta em poços pouco pro-dutivos e com curta vida útil”, alerta. RMF

Contatos:Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (Abas): www.abas.orgAsstefil: www.asstefil.com.brGeneral Water: www.generalwater.com.br

Outros tipos de poçosCacimba ou Doméstico – Típicos do Nordeste, são poços de grandes diâmetros, 1 m ou mais, abertos manualmente no solo, que captam água do lençol freático. Maui – Galerias filtrantes construídas em áreas sedimentares muito utilizadas em regiões de ilhas marinhas. Ponteira – De pequeno diâmetro construído com auxílio de jato de água. É aplicada uma ponteira filtro na base para captação de água, feita do lençol freático e/ou de aquí-feros rasos.

O Brasil assistiu emocionado aos embates elei-torais do pleito presidencial. Críticas, omissões, desconstrução de candidatos contaminaram as redes sociais, levando alguns a ceifarem de seu

convívio conhecidos de longa data. Não precisava tanto. De qualquer modo, chegou a hora de definirmos nossas estratégias de atuação diante do novo cenário econômico. As diretrizes econômicas do governo Dilma versão 2.0, a meu ver, muito mais costurado por conveniência do que por convicção, parecem ter deixado para trás ideias que formatavam a “nova matriz econômica” ou a “política desenvolvimentista voltada ao crescimento econômico e ao bem estar social”. Como se qualquer pessoa que não sofresse de psicopatia desejasse estabelecer uma política não desenvolvimentista que objetivasse a estagnação eco-nômica e o mal estar social. Apenas mentes delirantes conseguem aceitar essa divisão tacanha entre os objetivos das políticas. É verdade que alguns eleitores ainda sintam o gosto da ressaca eleitoral estelionatária, sentindo-se traídos pelas promessas repetidas “ad nauseam”, orien-tadas por conselheiros com raso conhecimento de eco-nomia, mas PhDs em influenciar a psique de parte da população votante. Mesmo que alguns eleitores ainda se sintam num experimento pavloviano, repetindo mantras que passam ao largo de evidencias empíricas e teorias eco-nômicas que insistem em se provar corretas há mais de 40 anos, é hora de enfrentar a realidade e endereçar a herança do governo Dilma versão 1.0.Iniciamos 2015 com o setor industrial em declínio, que eliminou 164 mil postos de trabalho em 2014, levado principalmente pelo setor automobilístico, momentanea-mente anestesiado pela política distorcida de eliminação do IPI e que agora sofre com uma sobre capacidade. Com um aumento do salário mínimo de 239%, de 2003 a 2013, para um acumulado de inflação de 110%, além de maior carga tributária, o crescimento do setor industrial só seria possível se a produtividade do trabalhador tivesse subido pari passu a essa diferença entre inflação e aumento salarial. Não foi o caso. Custos maiores fazem com que o empresário tente repassar os aumentos para o consu-midor final, mas o aumento das importações mostra que bens importados passaram a ser muito mais atrativos em termos de preços e até de qualidade. Daí se percebe o buraco em que as nossas contas externas se meteu. Déficit de US$91 bn em 2014 ou quase 4.2% do PIB. Como um homem de bem e que crê em Deus, sempre acre-ditei que fazer o bem é bom, mas a economia é ateia. Mais uma vez, evoco o ilustre economista Milton Friedman: “não existe almoço gratuito”. Alguém paga a conta e, neste caso, é o setor industrial, que passa a reverter os benefícios da nova “matriz econômica” com mais demissões. De outro lado, temos o setor de energia em desarranjo, resultado da MP 579/12, que tentou reduzir à força as tarifas de energia elétrica. Atitude louvável, mas

insustentável até para quem domina as noções básicas de oferta e demanda. Já a construção civil, que voou em céu de brigadeiro quando as taxas de juros em termos reais eram quase negativas e a renda do trabalhador crescia, além da sua produtividade, já sente o impacto negativo do ajuste nestas variáveis: maiores taxas de juros, menor crescimento da renda dos trabalhadores, maior restrição de crédito pelos bancos e maior nível de desemprego. Essas distorções de preços de energia elétrica, gasolina, subsídios de juros (BNDES), aumento dos gastos fiscais, instrumentos do baluarte da nova matriz econômica, mostraram-se absolutamente insustentáveis. A volta à racionalidade por conveniência do governo Dilma 2.0 tem procurado reverter essas distorções. Não será fácil. Pelo menos nesse ano colheremos mais inflação (aprox. 7.3%), com o desrepresamento de preços administrados e maiores impostos (ex. CIDE), maiores juros (12.75% até o fim do ano), maior depreciação cambial (R$3.00), menores gastos governamentais e mais impostos. Em maio/14, em entrevista, alertei sobre a possibili-dade de uma tempestade perfeita para o Brasil em 2015 (http://m.infomoney.com.br/mercados/noticia/3375075/atual-governo-criou-tempestade-perfeita-para-2015--afirma-economista-entenda). Estava errado. Não porque o país enfrentará um cenário melhor, mas infelizmente, pior. À época da entrevista, não havia eclodido o escân-dalo do Petrolão, envolvendo “nossa” Petrobras. Dado que esta responde por 10% do total de investimentos do país e anunciou que reduzirá 30% o nível de inves-timentos este ano, com claro efeito multiplicador para toda a cadeia do segmento de óleo e gás, é razoável esperar uma nova queda no nível de investimento no país de quase 8% este ano. Pior do que em 2014, quando o nível de investimento caiu 7%.O cenário é bastante desafiador. Tarifaço, inflação em alta, juros elevados, déficit em conta corrente, ajuste fiscal draconiano com corte de benefícios trabalhistas e aumento de impostos, depreciação cambial, setor elétrico em desarranjo, indústria sem competitividade, aumento do desemprego, petrolão e impactos na cadeia de óleo e gás, possível racionamento de energia e água, menor dis-ponibilidade de crédito e queda da confiança dos consu-midores. Como uma retro alimentação desse cenário não deve ser descartada, uma contração econômica para este ano entre 1.2% a 1.4% parece um cenário bem realista.A alegria de um pessimista é poder constatar que suas pro-jeções estavam erradas. Pode ser. Mas acho que não terei esse prazer neste quadriênio. RMF

VISÃO EMPRESARIAL

50 | Meio Filtrante | Março/Abril 2015

2015, o ano que já acaboupor Roberto Dumas Damas

Foto

: Jor

ge R

osen

berg

Roberto Dumas Damas Professor do INSPER e da Fundação Instituto e Administração (FIA). Mestre em Economia pela University of Birmingham (Inglaterra) e Mestre em Economia Chinesa pela Fudan University (China)

Juntos, nós podemos separar a água do diesel e proporcionar a melhor efi ciência e a mais avançada tecnologia ao motor de seu veículo.

Não há limites para a Parker quando se trata de proporcionar resultados surpreendentes através de sua tecnologia para os mercados em que atua. Um exemplo é a linha de separadores de água Parker Racor, originais de fábrica e presentes nos melhores veículos do mundo. Eles são submetidos aos mais rigorosos testes de qualidade e têm sua efi ciência confi rmada pelo imbatível sistema separação Aquabloc®, uma solução exclusiva desenvolvida pela Parker, que garante a separação da água e assegura maior proteção para o motor de seu veículo, envolvendo tecnologia e precisão. Uma combinação insuperável, que gera mais segurança e benefícios para o meio ambiente.

separar a água do diesel

avançada tecnologia ao motor de seu veículo.