domingo, 16 de novembro de 2014 nº 180 sÉrie iii...
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DOMIANA N’JILA |
Era uma vez um homem, Ciman-da, que vivia com a sua família na al-deia de Calungo, Longonjo. Ele ti-nha uma filha que se chamava Viya-ni, fruto do seu primeiro casamento.Após a morte da mulher arranjou ou-tra esposa. Todos os dias ele ia demanhã cedo à lavra e de noite volta-va a casa tão cansado, que mal ti-nha forças para comer, adormecen-do num sono profundo. Mal ador-mecia a madrasta ia ao quarto deViyani e mandava-a ir colher milhona lavra. Viyani colocava o milho na quinda
e quando estava cheia, punha a car-ga à cabeça e regressava de madru-gada a casa, cantando uma cançãotriste: - Ó mãe, socorro, ó mãe, so-corro. Este pescocinho de pássaronão aguenta tanto peso.E a mãe do túmulo respondia: - Etchó! Obrigada por te lembra-
res de mim, minha filha.Viyani chegava a casa, guardava
o milho e ia dormir, ainda mais can-sada do que o pai. No dia seguinte,de manhã cedo, o pai via a filha noquarto a dormir e pensava que ela ti-nha passado uma bela noite. Comiao mata-bicho e seguia para a lavra.Quando voltava estava morto de
cansaço. Era todos os dias assim. Amadrasta ia ao quarto da menina emandava-a sair na calada da noitepara apanhar milho. Viyani tirava omilho e voltava de madrugada paracasa a cantar:- Ó mãe, socorro, ó mãe socorro.
Este pescocinho de pássaro nãoaguenta tanto peso.E a mãe respondia: - Etchó! Obrigada por te lembra-
res de mim, minha filha.No dia seguinte, de novo! E foi as-
sim tanto tempo, tantas noites e tan-tas madrugadas que a meninaquando ia à lavra, já não era ela a ti-rar o milho, era o espírito de suamãe. E quando chegava com a quin-da carregada de milho, a mãe dizia:- Não chores mais, sempre que
puder, vou ajudar-te. Depois de lhepôr a quinda à cabeça, desaparecia.Certo dia, de tanto ir à lavra de noi-
te, o vizinho Cayevala viu a menina air em direcção à lavra e seguiu-a semque ela desse conta. Ao chegar à la-vra viu a mãe da menina ajudando atirar o milho e carregando a quinda àcabeça até próximo de casa. De manhã, Cayevala foi contar a
Cimanda o que tinha visto. Mas elenão quis acreditar. - Tens a certeza do que me estás a
contar? A minha filha trabalha de
noite na lavra a recolher o milho queeu cultivo? Cayevala respondeu-lhe: - A tua mulher manda-a à lavra de
noite colher milho. E tem tido a aju-da de uma mulher que não conseguiidentificar quem era. - A minha mulher é boa, nunca
seria capaz de fazer isso à nossa fi-lha. Não posso acreditar no que mevens contar!- Vê para crer. Hoje à noite, sem
falta, fica à espreita! – Disse o vizi-nho Cayevala.Cimanda não mostrou à mulher
que suspeitava dela e comportou-secomo todos os dias: foi á lavra e aovoltar para casa jantou e foi dormir.Assim que a filha saiu de casa, al-
ta noite, ele acordou, para espantoda madrasta, e esperou por ela atéalta madrugada. Vendo que a filhanunca mais chegava, decidiu ir àsua procura e ao vê-la a meio do ca-minho acompanhada por uma mu-lher tentou tirar-lhe a quinda e agar-rá-la, mas o espírito da mulher desa-pareceu e ele ficou somente com acarga nas mãos. E perguntou à filha: - Quem te mandou à lavra?E ela respondeu: - Foi a minha madrasta.De tanta tristeza, naquela mesma
noite Cimanda mandou a mulherembora e passou a viver somentecom a filha um cuidando do outroaté que a filha arranjou um marido ese casou. Dali em diante passaram aviver os três, e foram muito felizes. Amãe ependa a mãe ependa ó cassin-
go n´dé ngongon tchilemenlã n´dóenlim. Ó mãe, socorro, ó mãe, so-corro. Este pescocinho de pássaronão aguenta tanto peso.
*Esta história foi-me contada por minha mãe, Es-tefânia N´gueve
CONSELHOS
CONTOS POPULARES ANGOLANOS
PROVÉRBIO
ADIVINHAS
Soluções:1.O ovo; 2. O cão; 3. Se me apertas eu grito; 4. encontro-te no canto; 5. Um quar-to para as duas; 6. O bolo e a bola.
A leitura também é culturaMeus amigos, muitos meninos não gostam de ler porque sen-tem sono na hora da leitura. Isso é mais preguiça, porque prefe-rem outro tipo de diversão. Ler também é uma linda brincadeira.O meu pai ensinou-me a gostar de ler a partir de uns livrinhosde quadradinhos que ele tinha, de quando ele era mais jovem.Ele contava-me as histórias e eu ficava muito feliz. Então per-guntava para ele como sabia tantas coisas, e ele respondiaque era porque ele lia muito quando era da minha idade e mos-trou-me um baú com muitos livrinhos e falou-me deles, incen-tivou-me a ler as histórias. Cada livrinho que eu lia eu queria mais e fui ganhando gosto deler. Sempre que chegava da escola, logo depois de comer eupegava um livrinho e punha-me a ler, e era preciso a minha mãechamar-me para eu fazer a tarefa da escola, senão me perdia naleitura e esquecia até das brincadeiras com os meus amigos.De lá para cá nunca mais perdi o gosto de ler, porque em cadalivro que leio aprendo algo novo.Conheço países em que nunca fui só através da leitura, e con-sigo conversar com outros meninos que já estiveram lá.
CONSTANÇA JEREMIAS|12 ANOS | HUÍLA
1. O que é que todos sabem abrir, mas ninguém conseguefechar?2. Qual é o animal mais honesto do mundo?3. O que a campainha disse ao dedo?4. O que uma parede disse à outra?5. Que horas são quando duas meninas dormem no mesmoquarto?6. O que é que quando é macho come-se e quando é fêmeajoga-se?
«A pessoa tropeça sempre naspedras pequenas, porque asgrandes ela vê.
Domingo, 16 de Novembro de 2014Nº 180 SÉRIE III
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BRINCAR E APRENDERCARTAS DOS AMIGUINHOS
AA aspirina é um medicamento muito utilizado no mundo inteiro.O principal ingrediente da aspirina, que é encontrado em extratosvegetais, tem sido usado por séculos como analgésico.AA aspirina aumenta o risco de síndrome de Reye.Crianças que tomam aspirina podem estar em um risco de au-mentado de síndrome de Reye, uma doença rara, caracterizadapor lesões cerebrais súbitas e por problemas de fígado.AOs sintomas podem incluir vômitos prolongados, confusãomental e convulsões.AA aspirina só deve ser administrada em crianças com maisde dois anos de idade, e o medicamento nunca deve ser dadoa crianças que estão a convalescer-se de uma gripe ou de umavaricela.
SSAABBIIAASS QQUUEE......
Define as prioridadesAprende desde agora que otempo não volta atrás, assimcomo a tua idade. Não percastempo a brincar na escola emtempo de aula para não repro-vares e veres os teus colegas adeixarem-te para trás. Dá prioridade à tua formação,pois é o que mais deve interes-sar-te neste momento. Cadaano que reprovas atrasas o teufuturo e perdes lugar na socie-dade, vais ficando sempre paratrás. Aproveita cada minuto datua vida, para construires um fu-turo feliz para ti e a tua família.
CASIMIRO PEDRO
As noites misteriosas na aldeia de Calungo no Longonjo
VAMOS COLORIR