domingo, 31 de agosto de 2014 nº 169 sÉrie iii...

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J.M. | Vivia numa aldeia muito hu- milde mas sociável, um jovem pastor chamado Joãozinho. Era conhecido por todos pois era muito simpático e dava-se muito bem com todos os habi- tantes da aldeia. Era um lugar tranquilo, e todos cuidavam de todos mas de quando em vez apareciam lobos nas redonde- zas da aldeia. -Todas as manhãs, Joãozin- ho, pastoreava um rebanho de ovelhas nas montanhas, perto da aldeia porque tinha muito verde e as ovelhas deliciavam- se com a relva das montanhas. Pastavam tranquilamente so- bre o olhar do pastor. Um dia, por brincadeira, resolve pregar um susto aos moradores da al- deia e então, ele correu lá de ci- ma gritando: - Um lobo! Um lobo! Vem um lobo atacar as min- has ovelhas, socorro! Os Habitantes da aldeia apanharam pedaços de pau, pegaram em espingardas e to- dos munidos de armas fo- ram,subiram a montanha para caçar o lobo. Postos na mon- tanha prontos para o ataque e dispostos a salvarem o reban- ho das fuças do lobo encontra- ram o pastorzinho às gargalha- das, dizendo: - Eu só queria brincar com vocês! estava sem fazer nada e como está tudo tão calmo eu resolvi pôr todos em movimen- to para se agitarem um pouco. Joãozinho, vendo que a brin- cadeira realmente assustava os aldeões, no dia seguinte gri- tou novamente, repetindo a brincadeira: - Um lobo! socorro, um lobo! alguém me ajuda! E novamente os moradores da aldeia trataram de apanhar suas armas de madeira e cor- reram em socorro do jovem pastor. Mais uma vez nada ha- via acontecido era falso alarme do jovem pastor. Tantas vezes o fez que os moradores da aldeia não pres- tavam mais atenção aos seus gritos. Passaram-se alguns dias e ele voltou a gritar, só que desta vez era verdade. O lobo estava ali pronto a abocanhar as suas ovelhas: - Um lobo! Um lobo! Socor- ram-me por favor! Um dos homens levantou-se e disse aos outros: Ninguém se levanta para ir ao encontro dele. Ele anda a gozar connosco e isso não po- de continuar. - Já não acredito em nada que ele diga. Ele não nos volta a enganar. Afinal já somos vel- hos e não podemos estar a nos assustar o tempo todo por cau- sa deste jovem. O lobo atacou o rebanho do pastorzinho e o dizimou quase todo . Neste dia o pastorzinho João voltou para casa triste e zangado com todos porque ninguém o socorreu quando mais ele precisava de ajuda. Moral da história: Depois de tanto enganar. Ninguém acredi- ta num mentiroso, mesmo quan- do ele diz a verdade. CONSELHOS CONTOS POPULARES ANGOLANOS As mentiras do pastorzinho João PROVÉRBIO ADIVINHAS Soluções: 1. Espelho; 2. Ferro; 3. Favas; 4. Galo Aumentam as crianças nas ruas As crianças nas ruas de Luanda estão a aumentar a cada dia que passa, muitas delas em idade e no horário escolar. Eu pegunto ao meu pai quan- do me leva à escola o motivo daquelas crianças estarem na rua a vender ou a pedir esmolas em vez de estarem a ir à escola como eu. Ele me diz que muitos daqueles meninos fogem de casa para não irem à escola, outros, os próprios pais é que os colocam na rua para vender ou pedir esmolas porque eles não trabalham e não se impotam de sacrificar os próprios filhos em seu benefício. Para mim isso está muito errado. Não é justo um pai fazer isso ao próprio filho, todo o pai devia ter orgulho de ver o seu filho na escola. Quem não aprende hoje fica atrasado amanhã e num país onde se pre- tende o desenvolvimento deve-se primar pelo conhecimento, e ninguém adquire conhecimento se não souber ler nem escrever. Não se pode permitir que crianças e adolescentes fiquem fora do sistema escolar simplesmente porque os pais os mandam à rua vender isto é con- tra os direitos da criança e deve ser punido por lei. Até mesmo as crianças que ainda não estão em idade escolar que estão nas ruas com os pais devem ser recolhidas pelo INAC ou pelo MINARS,, porque se estes pais não têm condições de sustentar os filhos não podem permanecer com eles. ANACLAÚDIA NGUVULO |13 ANOS | LUANDA 1. Emendo quanto se emenda e sou tão desinteressado, que de tudo que me oferecem nada deixo arrecadado. 2. Por amigo do trabalho lavrador me quis fazer, exercícios me remoçam ócio faz-me envelhecer. 3. Quando sou velha sou rica, mas em moça ando com po- bres, rogando de porta em porta, para alcançar alguns cobres. 4. À meia-noite se levanta o francês, sabe das horas e não sabe do mês, tem esporas e não é cavaleiro, tem serra e não é carpinteiro, tem picão e não é pedreiro, cava no chão e não acha dinheiro. «Nunca se esquecem as li- ções aprendidas na dor. Pro- vérbio africano Domingo, 31 de Agosto de 2014 Nº 169 SÉRIE III |11 Como escrever para o “Recreio” O nosso endereço é: Recreio - Página Infantil do Jornal de Angola - Rua Rainha Ginga, 18/26 - Luanda, ou para o e-mail: [email protected]. R R ecreio ecreio Suplemento infantil do Jornal de angola BRINCAR E APRENDER CARTAS DOS AMIGUINHOS Vamos fazer uma experiência AMATERIAL 1. Um prego grande 2. Uma pilha de 9 volts 3. Fio de cobre esmaltado 4. Palha de aço 5. Clipe ACOMO FAZER 1. Amarre o fio na ponta do prego e dê cem voltas em torno dele. 2. Raspe as extremidades do fio de cobre, com a palha de aço. 3. Ligue as pontas do fio nos terminais da pilha. 4. Encoste a ponta do prego no clipe e levante a pilha sem deixar o fio escapar. AO QUE ACONTECE O prego atrai o clipe como um imã. APOR QUE ACONTECE? Porque a pilha fornece energia para que haja uma corrente eléctrica passando pelo fio. Isto faz com que o prego e o fio enrolado se com- portem como um imã, por isso acaba atraindo o clipe. Na verdade criamos um electroíman, porque o magnetismo dele é produzido pela corrente eléctrica. S S A A B B I I A A S S Q Q U U E E . . . . . . O futuro são as crianças Há muita ciança na cidade fora do sistema escolar e isso é muito mau meus amores. Estu- dar é um bem precioso e todas as crianças devem mostrar inte- resse nos estudos. Se o papá ou a mamã te proibi- rem de ir a escola, insiste com com eles. Diz que nos direitos da criança diz que toda a criança tem direito à educação e que eles não te podem negar este direito. Não podem haver crianças analfabetas em Angola. CASIMIRO PEDRO VAMOS COLORIR Completa os desenhos unindo os números

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J.M. |

Vivia numa aldeia muito hu-milde mas sociável, um jovempastor chamado Joãozinho.Era conhecido por todos poisera muito simpático e dava-semuito bem com todos os habi-tantes da aldeia. Era um lugartranquilo, e todos cuidavam detodos mas de quando em vezapareciam lobos nas redonde-zas da aldeia. -Todas as manhãs, Joãozin-

ho, pastoreava um rebanho deovelhas nas montanhas, pertoda aldeia porque tinha muitoverde e as ovelhas deliciavam-se com a relva das montanhas.Pastavam tranquilamente so-bre o olhar do pastor. Um dia,por brincadeira, resolve pregarum susto aos moradores da al-deia e então, ele correu lá de ci-ma gritando:- Um lobo! Um lobo!Vem um lobo atacar as min-

has ovelhas, socorro!Os Habitantes da aldeia

apanharam pedaços de pau,pegaram em espingardas e to-dos munidos de armas fo-ram,subiram a montanha paracaçar o lobo. Postos na mon-

tanha prontos para o ataque edispostos a salvarem o reban-ho das fuças do lobo encontra-ram o pastorzinho às gargalha-das, dizendo:- Eu só queria brincar com

vocês! estava sem fazer nada ecomo está tudo tão calmo euresolvi pôr todos em movimen-to para se agitarem um pouco.Joãozinho, vendo que a brin-

cadeira realmente assustava

os aldeões, no dia seguinte gri-tou novamente, repetindo abrincadeira:- Um lobo! socorro, um lobo!

alguém me ajuda!E novamente os moradores

da aldeia trataram de apanharsuas armas de madeira e cor-reram em socorro do jovempastor. Mais uma vez nada ha-via acontecido era falso alarmedo jovem pastor.

Tantas vezes o fez que osmoradores da aldeia não pres-tavam mais atenção aos seusgritos. Passaram-se algunsdias e ele voltou a gritar, só quedesta vez era verdade. O loboestava ali pronto a abocanharas suas ovelhas:- Um lobo! Um lobo! Socor-

ram-me por favor!Um dos homens levantou-se

e disse aos outros:Ninguém se levanta para ir

ao encontro dele. Ele anda agozar connosco e isso não po-de continuar.- Já não acredito em nada

que ele diga. Ele não nos voltaa enganar. Afinal já somos vel-hos e não podemos estar a nosassustar o tempo todo por cau-sa deste jovem.O lobo atacou o rebanho do

pastorzinho e o dizimou quasetodo . Neste dia o pastorzinhoJoão voltou para casa triste ezangado com todos porqueninguém o socorreu quandomais ele precisava de ajuda.

Moral da história: Depois detanto enganar. Ninguém acredi-ta num mentiroso, mesmo quan-do ele diz a verdade.

CONSELHOS

CONTOS POPULARES ANGOLANOSAs mentiras do pastorzinho João

PROVÉRBIO

ADIVINHAS

Soluções:1.Espelho; 2. Ferro; 3. Favas; 4. Galo

Aumentam as crianças nas ruasAs crianças nas ruas de Luanda estão a aumentar a cada dia que passa,muitas delas em idade e no horário escolar. Eu pegunto ao meu pai quan-do me leva à escola o motivo daquelas crianças estarem na rua a vender oua pedir esmolas em vez de estarem a ir à escola como eu. Ele me diz que muitos daqueles meninos fogem de casa para não irem àescola, outros, os próprios pais é que os colocam na rua para vender oupedir esmolas porque eles não trabalham e não se impotam de sacrificar ospróprios filhos em seu benefício. Para mim isso está muito errado. Não é justo um pai fazer isso ao próprio filho, todo o pai devia ter orgulhode ver o seu filho na escola. Quem não aprende hoje fica atrasado amanhã e num país onde se pre-tende o desenvolvimento deve-se primar pelo conhecimento, e ninguémadquire conhecimento se não souber ler nem escrever.Não se pode permitir que crianças e adolescentes fiquem fora do sistemaescolar simplesmente porque os pais os mandam à rua vender isto é con-tra os direitos da criança e deve ser punido por lei.Até mesmo as crianças que ainda não estão em idade escolar que estãonas ruas com os pais devem ser recolhidas pelo INAC ou pelo MINARS,,porque se estes pais não têm condições de sustentar os filhos não podempermanecer com eles.

ANACLAÚDIA NGUVULO |13 ANOS | LUANDA

1. Emendo quanto se emenda e sou tão desinteressado, quede tudo que me oferecem nada deixo arrecadado.2. Por amigo do trabalho lavrador me quis fazer, exercícios meremoçam ócio faz-me envelhecer.3. Quando sou velha sou rica, mas em moça ando com po-bres, rogando de porta em porta, para alcançar alguns cobres.4. À meia-noite se levanta o francês, sabe das horas e nãosabe do mês, tem esporas e não é cavaleiro, tem serra e não écarpinteiro, tem picão e não é pedreiro, cava no chão e nãoacha dinheiro.

«Nunca se esquecem as li-ções aprendidas na dor. Pro-vérbio africano

Domingo, 31 de Agosto de 2014Nº 169 SÉRIE III

|11

Como escrever para o “Recreio”O nosso endereço é:Recreio - Página Infantil do Jornalde Angola - Rua Rainha Ginga,18/26 - Luanda, ou para o e-mail:[email protected].

RRecreioecreioSuplemento infantil do Jornal de angola

RecreioSuplemento infantil do Jornal de angola

BRINCAR E APRENDERCARTAS DOS AMIGUINHOS

Vamos fazer uma experiênciaAMATERIAL1. Um prego grande 2. Uma pilha de 9 volts 3. Fio de cobre esmaltado 4. Palha de aço 5. Clipe ACOMO FAZER1. Amarre o fio na ponta do prego e dê cem voltas em torno dele. 2. Raspe as extremidades do fio de cobre, com a palha de aço. 3. Ligue as pontas do fio nos terminais da pilha. 4. Encoste a ponta do prego no clipe e levante a pilha sem deixar ofio escapar. AO QUE ACONTECEO prego atrai o clipe como um imã. APOR QUE ACONTECE? Porque a pilha fornece energia para que haja uma corrente eléctricapassando pelo fio. Isto faz com que o prego e o fio enrolado se com-portem como um imã, por isso acaba atraindo o clipe. Na verdadecriamos um electroíman, porque o magnetismo dele é produzidopela corrente eléctrica.

SSAABBIIAASS QQUUEE......

O futuro são as criançasHá muita ciança na cidade forado sistema escolar e isso émuito mau meus amores. Estu-dar é um bem precioso e todasas crianças devem mostrar inte-resse nos estudos.Se o papá ou a mamã te proibi-rem de ir a escola, insiste comcom eles. Diz que nos direitosda criança diz que toda acriança tem direito à educação eque eles não te podem negareste direito. Não podem havercrianças analfabetas em Angola.

CASIMIRO PEDRO

VAMOS COLORIR

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