desenvolvimento e gestão territorial no estado de alagoas
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VI Encontro Nacional da Anppas 18 a 21 de setembro de 2012 Belém - PA – Brasil _______________________________________________________
Desenvolvimento e Gestão Territorial no Estado de Alagoas: Analisando o Índice de Desenvolvimento
Sustentável dos Territórios Rurais do Alto Sertão, do Litoral Norte e do Agreste
Luciano Celso Brandão Guerreiro Barbosa (MADE/UFPR e UFAL)
Economista, Doutorando em Meio Ambiente e Desenvolvimento pela UFPR e Professor Assistente do Curso de Ciências Econômicas do Campus do Sertão/UFAL.
Tatiana Frey Biehl Brandão (Campus do Sertão/UFAL) Contadora, Especialista em Auditoria e Perícia Contábeis – CEAP/Maurício de Nassau e Professora Assistente do Curso de Ciências Contábeis do Campus do Sertão/UFAL.
Genilucy Ramos da Silva (Campus do Sertão/UFAL) Graduanda em Ciências Contábeis – Campus do Sertão/UFAL
Rodolfo da Silva Alves (Campus do Sertão/UFAL) Graduando em Ciências Econômicas – Campus do Sertão/UFAL
Waléria Geovanna Bezerra da Silva (Campus do Sertão/UFAL) Graduanda em Ciências Econômicas – Campus do Sertão/UFAL
Resumo Este artigo detém como objetivo analisar como a gestão do território e as políticas voltadas para o desenvolvimento do Estado de Alagoas foram elaboradas e gerenciadas e quais foram seus reflexos sobre o Índice de Desenvolvimento Sustentável dos Territórios do Alto Sertão, do Litoral Norte e do Agreste. Para sua elaboração foi: (i) realizada uma ampla revisão de literatura acerca da temática proposta; (ii) realizado uma análise do Índice de Desenvolvimento Sustentável (IDS) dos Territórios do Alto Sertão, Agreste e Litoral Norte pertencentes ao Estado de Alagoas e gerido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA); e (iii) analisado a relação entre o processo de desenvolvimento do Território alagoano, os pressupostos do desenvolvimento sustentável e os debates acerca dos novos
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meios de se construir o desenvolvimento, tendo como parâmetro para a discussão o IDS dos três Territórios alagoanos citados acima. Este artigo chegou à conclusão de que para que venha ocorrer um sólido processo de desenvolvimento é preciso que este seja construído a partir da articulação entre as potencialidades locais, a participação do Estado e a mobilização da sociedade civil. Ou seja, na busca por desenvolvimento local o Estado e a sociedade civil devem gerenciar de maneira conjunta e endógena o território, mobilizando todos os recursos (humano, social, intelectual, ecológico, financeiro e físico) necessários à geração de riqueza, emprego e melhoria da qualidade de vida. Palavras-chave gestão territorial, desenvolvimento, sustentabilidade
Introdução
Apesar de possuir uma grande potencialidade para o desenvolvimento de atividades
socioeconômicas ligadas ao setor rural (produção agrícola, agroindustrialização e turismo rural) e
deter uma imensa bases de recursos naturais, Alagoas apresenta um dos piores indicadores de
desenvolvimento socioeconômico do país.
Este fato deriva-se da má gestão do território e da baixa capacidade de articulação e mobilização
social dos diversos atores sociais. A consequência desta má gestão e do baixo nível de capital social
é uma situação de degradação social e ambiental e uma exclusão econômica dos atores sociais mais
descapitalizados economicamente.
Neste sentido, Alagoas precisa construir um processo de desenvolvimento que contemple os
princípios fundamentais da sustentabilidade, tais como: justiça social, preservação/conservação
ecológica e incentivo e consolidação de atividades econômicas locais que possam repercutir
globalmente.
Assim, o objetivo do referido artigo será analisar como a gestão do território e as políticas voltadas
para o desenvolvimento do Estado de Alagoas foram elaboradas e gerenciadas e quais foram seus
reflexos sobre o Índice de Desenvolvimento Sustentável dos Territórios do Alto Sertão, do Litoral
Norte e do Agreste.
Metodologia e informações utilizadas
Para a elaboração deste trabalho foi: (i) realizada uma ampla revisão de literatura acerca da temática
proposta; (ii) realizado uma análise do Índice de Desenvolvimento Sustentável (IDS) dos Territórios
do Alto Sertão, Agreste e Litoral Norte pertencentes ao Estado de Alagoas e gerido pelo Ministério do
Desenvolvimento Agrário (MDA); e (iii) analisado a relação entre o processo de desenvolvimento do
Território alagoano, os pressupostos do desenvolvimento sustentável e os debates acerca dos novos
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meios de se construir o desenvolvimento, tendo como parâmetro para a discussão o IDS dos três
Territórios alagoanos citados acima.
Este trabalho possui como fundamento estruturante a argumentação de Sachs (2002, p.53), que
define o desenvolvimento como um meio de estabelecer “[...] um aproveitamento racional e
ecologicamente sustentável da natureza em benefício das populações locais, levando-as a incorporar
a preocupação com a conservação da biodiversidade aos seus próprios interesses, como um
componente de estratégia de desenvolvimento”. Neste sentido, o desenvolvimento deve ter como
premissa basilar a construção de um processo que deve ser estruturado a partir dos anseios locais,
respeitando a capacidade de suporte dos ecossistemas locais, ao tempo que deve propiciar emprego,
renda e riqueza para o local por meio da gestão territorial (processos produtivos, saberes locais e
biodiversidade).
Como fundamento secundário, tem-se a proposta da elaboração do Índice de Desenvolvimento
Sustentável (IDS), construído pela Secretaria de Desenvolvimento Territorial (SDT) (2011) o qual
possui o objetivo de analisar situações que possibilite compreender a realidade de forma mais
sucinta, para que assim possa auxiliar no desempenho e implantação de políticas publica condizentes
com as particularidades de cada território rural.
Desenvolvimento Sustentável
No bojo da discussão inerente a relação entre desenvolvimento e gestão territorial os fundamentos
concernentes ao desenvolvimento sustentável detém um papel central para este debate, uma vez que
a construção de um processo de desenvolvimento com bases sustentáveis demanda uma eficiente
gestão dos múltiplos recursos existentes no território (humano, ecológico, cultural, econômico, social,
intelectual, geográfico e político) de maneira a articulá-los em prol do bem-estar socioambiental dos
diversos atores sociais inseridos no território, tendendo a se espraiar para as regiões circunvizinhas.
Isto decorre do fato de que o desenvolvimento sustentável busca satisfazer as necessidades das
gerações atuais, não comprometendo as necessidades das gerações futuras. Desta forma, deve-se
optar pela estruturação de sistemas produtivos que gerem melhoria nas condições socioeconômicas
da população (renda, maior acessibilidade a bens e serviços, etc.) sem destruir o ambiente.
Neste sentido, Perico e Ribeiro (2005, p. 47), afirmam que “[...] as limitações do capital social, a
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homogêneos de desenvolvimento pode contemplar a diversidade de particularidades existentes em
todas as partes do globo?
Ao contrário, esta disseminação está gerando diversos e graves problemas para os territórios. Às
vezes até inviabilizando sua manutenção ao longo prazo, uma vez que a lógica reprodutiva
empregada pode ir de encontro à capacidade ecossistêmica, cultural e econômica local. Por isso, o
desenvolvimento sustentável, deve ser visto como um processo que vai além da busca por
crescimento “[...] Ele exige uma mudança no teor do crescimento, a fim de torna-lo menos intensivo
de matérias-primas e energia, e mais equitativo em seu impacto” CMMAD (1991, p.56).
Ainda segundo a CMMAD (1991, p.10) “[...] o desenvolvimento sustentável não é um estado
permanente de harmonia, mas um processo de mudança no qual a exploração dos recursos, a
orientação dos investimentos, os rumos do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional
estão de acordo com as necessidades atuais e futuras [...]”.
Sendo assim, percebe-se que a construção de um processo de desenvolvimento que almeje ser
sustentável vai além da simples busca por níveis crescentes de crescimento econômico traduzido por
aumento da produtividade e de consumo, mas deve estruturar instrumentos e/ou mecanismos que
possibilite a emergências das vocações existentes no território, de maneira a construir sistemas de
produtivos e de inovação locais a partir das experiências, saberes e potencialidade e limites
ecológicos existentes no território.
Debatendo o Processo de Desenvolvimento do Estado de Alagoas
Alagoas é um Estado eminentemente rural. De sua área total de 27.779,343 Km2, 75,9% é ocupado
por estabelecimentos agrícolas. Além disso, 93% do total dos estabelecimentos rurais alagoanos são
considerados familiares (VERAS, 2011). No que concerne à população residente, de acordo com o
último Censo Demográfico de 2010 do IBGE, o Estado possui uma população de 3.120.494
habitantes, sendo que 26,36% residem na zona rural. Ainda de acordo com o este Censo, 68,2% da
população é alfabetizada, sendo que na zona rural, apenas, 14,8% da população é alfabetizada.
Com relação à renda, em 2009, segundo o IPEA, 21,3% da população total de Alagoas detinham uma
renda domiciliar per capita inferior à linha de extrema pobreza e 47,7% população total detinha renda
domiciliar per capita inferior à linha de pobreza (maiores percentuais do Brasil). Observa-se ainda,
segundo o IBGE (Censo demográfico de 2010), que a incidência de pobreza no Estado é de 59,54%,
além disso, ainda em 2010, 30,4% da população percebia uma renda mensal de até 1 salário mínimo.
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O cenário exposto acima demonstra o quão preocupante é a situação de Alagoas, demonstrando que
o planejamento e a gestão territorial pró-desenvolvimento, estão sendo elaborados e executados de
maneira falha. Isto decorre da pouca importância dada pelo governo estadual ao rural não
percebendo sua importância para o desenvolvimento sustentável do Território alagoano, sendo os
aportes financeiros, prioritariamente, destinados aos territórios mais urbanizados em detrimento dos
territórios rurais, ao invés de buscar sua articulação, de maneira a construir um Território unificado a
partir de suas singularidades e complexidades (econômica, social, ecológica, política, geográfica e
cultural).
Tal situação não é derivada da inércia do governo em elaborar políticas desenvolvimentistas, públicas
e/ou setoriais, mas decorre de falhas na elaboração e gestão destas políticas. Sendo que tais falhas,
geralmente, foram decorrentes da errônea concepção dos gestores ao associar as ações para a
obtenção de desenvolvimento à busca incessante por crescimento econômico, sem se preocupar
com os impactos que seriam gerados sobre as dimensões sociais e ambientais.
Neste sentido, a lógica construída pelos gestores públicos associou o desenvolvimento ao
investimento num único setor (o sucroenergético), ou num mix reduzido de indústrias/setores que se
constituiriam no carro chefe da economia1. A ideia era que estes investimentos concentrados iriam
trazer um rápido e satisfatório retorno econômico para o Estado, que num segundo momento iria
beneficiar toda a população. Além disso, foram concedidos diversos incentivos e isenções fiscais para
que algumas empresas de cunho nacional e/ou multinacional se instalassem em Alagoas em
detrimento dos empreendimentos socioeconômicos locais.
Todavia, estas políticas surtiram um efeito contrário. Além de gerar um empobrecimento do Estado
devido à vulnerabilidade decorrente das oscilações de preço e demanda no mercado interno e
internacional, os impactos sobre a dimensão social gerou uma grave e intensiva degradação dos
recursos naturais, que por sua vez inviabilizou a reprodução socioeconômica de diversos atores
sociais, uma vez que para obter retornos financeiros crescentes eram obrigados a degradar os
ecossistemas onde estão instalados os empreendimentos econômicos.
Outro impacto sobre a natureza é oriundo do processo de contaminação dos recursos hídricos e da
ocupação de áreas ecologicamente frágeis. Esse processo é decorrente dos fluxos migratórios da
população residente do interior do Estado para a Capital em busca de melhores condições de vida.
1 Conferir Diégues Júnior (2006); Lira (2007) e Cavalcanti Filho (2004), por exemplo.
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A partir do cenário traçado acima, percebe-se que Alagoas deve buscar um processo de
desenvolvimento que seja estruturado a partir da articulação entre as potencialidades locais, a
participação do Estado e a mobilização da sociedade civil. Ou seja, na busca por desenvolvimento
local o Estado e a sociedade civil devem gerenciar de maneira conjunta e endógena o território,
mobilizando os recursos necessários à geração de riqueza, emprego e melhoria da qualidade de vida.
Contudo, o processo de construção do desenvolvimento em Alagoas seguiu uma lógica diferente,
uma vez que este processo se consolidou (e ainda se consolida) a partir da indústria canavieira,
como comentam Lustosa e Rosário (2011, p.33-34):
Em decorrência de sua formação socioeconômica e política, Alagoas se depara com sérias limitações quanto a definição de um modelo de desenvolvimento endógeno sustentável e justo. O padrão adotado em todo o estado é um modelo agrário herdado do período colonial, com pequenas adaptações, assentado basicamente na agroindústria sucroalcooleira, responsável pela consolidação do elevado padrão de concentração fundiária [...]
Todavia, cabe salientar, que de maneira incipiente existem propostas para diversificar a matriz
produtiva do Estado. Um exemplo disto são os investimentos que estão sendo concedidos à
agricultura familiar.
Dentro dessa perspectiva Cabral (2008, p. 37) propõe que haja uma “[...] diversificação da produção
agrícola e o incentivo a culturas potencialmente rentáveis no nosso solo como as de fumo, milho,
arroz, coco, palma forrageira, algodão, batatinha, amendoim, mamona e algaroba [...].”, ou seja,
percebe-se que para começar a desenvolver uma região dever-se-ia incentivar os vários tipos de
produtos já existentes no local.
Porém, Cabral (2008, p. 103) argumenta que “[...] o desenvolvimento não é obtido apenas por meio
do fortalecimento da agricultura, da indústria e do comércio, mas, sobretudo, com a promoção
humana [...]”. Neste sentido, o Estado de Alagoas deve investir em iniciativas que articule as
dimensões social, econômica, cultural, geográfica e ecológica detendo como objetivo fundamental a
melhoria da qualidade de vida da sociedade a partir da acessibilidade dos diferentes grupos sociais
aos bens e serviços que supram suas necessitadas a partir de suas particularidades.
O Índice de Desenvolvimento Sustentável (IDS) dos Territórios do Agreste, Litoral
Norte e Alto Sertão Alagoano
Para este trabalho foi utilizado como referência o conceito de Índice de Desenvolvimento Sustentável
(IDS) do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), uma vez que os dados aqui apresentados e
analisados foram construídos por esta instituição e foram coletadas de sua base de dados,
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especificamente, do Sistema de Gestão Estratégica (SGE), gerenciado pela Secretaria de
Desenvolvimento Territorial (SDT).
De acordo com o Manual da SDT/MDA (2011, s.n.) o Índice de Desenvolvimento Sustentável (IDS)
[...] considera a multidimensionalidade do desenvolvimento e prevê a aferição de informações sobre as dimensões Social, Ambiental, Econômico, Cultural e Político-Institucional. Além disso, opta-se por fazer o levantamento de dados demográficos das populações investigadas, com o objetivo de descrever suas características e compreendê-las juntamente com as dimensões do desenvolvimento.
Ainda segundo a SDT/MDA (2011, s.n.)
Na composição do IDS, cada dimensão (Social, Ambiental, Econômica, Cultural, Politico-Institucional e Demográfica) é reconhecida como um sub-índice. Cada sub-índice é composto por variáveis que foram selecionadas de acordo com as características e importância para se aferir cada dimensão.
Assim, o IDS busca compreender como as diversas dimensões componentes do território estão se
comportando e como tal fato se reflete sobre o processo de desenvolvimento do território. Além disso,
a partir do IDS é possível analisar situações que possibilite compreender a realidade de forma mais
sucinta, para que assim possa auxiliar no desempenho e implantação de políticas pública condizentes
com as particularidades de cada território rural. O IDS é medido por meio de uma escala que varia de
0 (zero) a 1 (um), onde o valor 1 representa a melhor situação almejada e 0 a pior situação.
Após está breve explicação acerca do IDS, abaixo segue o Quadro 1 com os indicadores, e seus
respectivos sub-índices, concernentes ao IDS dos Territórios do Agreste, Litoral Norte e Alto Sertão.
No que concerne ao IDS Territorial observa-se que o IDS do Território do Alto Sertão apresenta o
menor valor, sendo que detém como priores indicadores o Cultural e Econômico e como melhor
indicador o Social. Por outro lado, o IDS do Território do Litoral Norte possui o maior valor entre os
três Territórios analisados, destacando-se como piores indicadores, também, o Cultural e o
Econômico e como melhores indicadores o Demográfico e o Ambiental. Todavia, cabe salientar que o
IDS dos três Territórios está num intervalo de valor caracterizado como Nível Crítico.
A desigualdade existente entre o IDS do Território do Litoral Norte com o IDS do Alto Sertão
apresenta um problema inerente à gestão territorial do Estado, qual seja: a priorização pela execução
de ações de desenvolvimento mais diversificadas no Litoral (turismo, agricultura, agroindustrialização,
etc.) em detrimento das ações de desenvolvimento mais concentradas no Sertão (a maioria das
ações é voltada as atividades econômicas ligadas a ovinocaprinocultura e apicultura).
Uma das explicações para tal fato é a errônea concepção em associar o Sertão a uma área inóspita
para o desenvolvimento de atividades econômicas diversificadas, devido as suas características
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ecológicas. Numa trajetória contrária o Litoral Norte é considerada uma região com grande potencial
econômico, uma vez que os fatores ambientais não são considerados empecilhos, mas
potencialidades.
INDICADORES Agreste Litoral Norte Alto Sertão
IDS Territorial 0,326 0,343 0,227
Político- Institucional 0,428 0,360 0,329
Participação eleitoral: Comparecimento nas eleições 0,386 0,445 0,285
Conselhos: Número médio de conselhos municipais 0,203 0,078 0,065
Participação nos conselhos territoriais 0,431 0,221 0,263
Transferências intergovernamentais da União 0,690 0,699 0,703
Culturais 0,331 0,246 0,145
Índice de Gestão Municipal em Cultura – IGMC 0,329 0,243 0,143
Índice de Fortalecimento institucional – IGMG-FI 0,337 0,267 0,152
Índice de Infra-estrutura e recursos Humanos – IGMC-IH 0,336 0,254 0,140
Índice de Ação Cultural – IGMC-AC 0,320 0,220 0,144
Sociais 0,389 0,399 0,413
IDH longevidade 0,332 0,398 0,289
IDH Educação 0,325 0,214 0,269
Número de leitos hospitalares 0,036 0,066 0,074
Número de homicídios 0,445 0,624 0,682
Famílias atendidas por transferência de benefícios sociais 0,804 0,695 0,749
Econômicos 0,183 0,236 0,111
IDH Renda 0,231 0,139 0,160
Participação da agricultura no PIB 0,173 0,412 0,157
Rendimento agrícola 0,126 0,141 0,018
Agricultura familiar 0,095 0,039 0,072
Exportações 0,001 0,023 0,000
Gini Renda 0,001 0,023 0,000
Ambientais 0,491 0,483 0,477
Área de Matas e Florestas 0,005 0,004 0,021
Área de Unidades de Conservação - - -
Área Utilizada 0,978 0,962 0,933
Demográfico 0,337 0,539 0,341
Taxa de urbanização 0,383 0,576 0,247
Densidade demográfica 0,096 0,056 0,033
Razão entre População Masculina e Feminina 0,533 0,985 0,744
Quadro 1 – IDS dos Territórios do Agreste, Litoral Norte e Alto Sertão, em 2011.
Fonte: SDT/MDS
Legenda IDS
0,00 – 0,20 = Alta possibilidade de
colapso
0,20 – 0,40 = Nível crítico
0,40 – 0,60 = Nível instável
0,60 – 0,80 Nível estável
0,80 – 1,00 Nível ótimo
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O Quadro 1 apresenta algumas questões interessantes. Por exemplo, tanto o Litoral Norte quanto o
Alto Sertão apresenta um sub-índice “Conselhos: Número médio de conselhos municipais” inserido
num intervalo de valor caracterizado como alta possibilidade de colapso. Complementando esta
análise inserindo a discussão o sub-índice “Participação nos conselhos territoriais” (que está
caracterizado como nível crítico), observa-se que há um baixo nível de capital social nestes
territórios, uma vez que os seus atores sociais detém uma baixa capacidade de organização e
mobilização social e de poder de participação nos processos decisórios, sendo considerados sujeitos
passivos no processo de desenvolvimento de seu território, fato este que limita a construção de um
processo que almeje ser sustentável.
Outro dado preocupante refere-se ao indicador econômico. Os três Territórios apresentam
indicadores com valores muito baixos: Territórios do Agreste e Alto Sertão (alta possibilidade de
colapso) e Território do Litoral Norte (nível crítico). Tal cenário demonstra quão grave é a situação
econômica do Estado de Alagoas, uma vez que, mesmo possuindo vocação, vasta área com terras
que podem ser utilizadas para a prática agropecuária e recursos naturais em abundância seus
indicadores se apresentam em níveis preocupantes.
Exemplo disso é o Território do Alto Sertão, onde todos os seus sub-índices estão caracterizados
como alta possibilidade de colapso. Está situação deriva-se da percepção errônea dos gestores
públicos de que este território, devido suas condições endafoclimática, constitui-se numa região
inviável a diversas atividades econômicas.
De fato, este Território apresenta diversos fatores limitantes ao desenvolvimento e gestão de algumas
atividades econômicas, até mesmo inviabiliza a execução de algumas atividades. Todavia, existe
uma pluralidade de tecnologias e sistemas produtivos que podem adequar-se a esta região de
maneira a gerar melhores condições de vida por meio da geração de emprego, renda e melhoria das
condições socioambientais. Um exemplo disto é o desenvolvimento de sistemas agroecológicos e/ou
orgânicos de produção, como já ocorre na região. Ou elaborar produtos e serviços que estejam
estruturados a partir de práticas balizadas na Indicação Geográfica, por exemplo, o turismo nas
margens do Rio São Francisco.
Assim, observa-se que o Território do Alto Sertão possui em quase todas as categorias a pior
situação em relação aos outros dois territórios, exceto nos sub-índices, Transferências
intergovernamentais da União; Número de leitos hospitalares; Área de Unidades de Conservação;
Famílias atendidas por transferência de benefícios sociais e Área de matas e Florestas. Contudo,
cabe salientar, que os Territórios do Agreste e do Litoral Norte não estão tão distantes da realidade
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do Alto Sertão, uma vez que, também, possuem valores muito baixo para seus indicadores e sub-
índices.
Desenvolvimento, Índice de Desenvolvimento Sustentável e o Desenvolvimento dos
Territórios Alagoano
A partir das informações apresentadas acima observa-se que o Estado de Alagoas possui um longo
caminho a percorrer para obter um desenvolvimento com bases sustentáveis, por meio do
reconhecimento das particularidades econômicas, sociais, culturais e ecológicas existentes no
Território. Desta forma, para Lustosa e Rosário (2011, p. 44) Alagoas deve estruturar “[...] políticas
públicas que privilegiem o processo de diversificação produtiva baseado em pequenas empresas e na
empresa rural, elementos que constituem em maioria o tecido empresarial alagoano [...]”.
Neste cenário, emergem novas possibilidades, uma vez que desenvolvimento local, a intervenção
participativa do Estado e a gestão territorial possibilitam a construção de políticas, programas e ações
desenvolvimentistas balizadas na inovação e no empreendedorismo social, econômico e ecológico.
Um exemplo, disso seria o Arranjo Produtivo Local (APL), que quando bem estruturado (a partir das
demandas, da diversidade e da vocação local) constitui numa estratégia importante de articulação e
desenvolvimento do local e de sua população, por meio do desenvolvimento econômico e da justiça
social e econômica. Desta forma, como explica Sachs (2003, p. 147), os APLs
[...] emergem como resultado de uma conjunção de fatores sociais, culturais e econômicos, e manifestados ao longo do tempo. Não é possível suprir inteiramente sua ausência por meio de políticas voluntaristas. [...]. Por todas essas razões, os arranjos produtivos locais merecem prioridade na agenda dos protagonistas do desenvolvimento territorial integrado e sustentável e das instituições que participam da elaboração das estratégias locais.
Neste sentido, Sachs argumenta que o desenvolvimento territorial se estrutura endogenamente a
partir da articulação das potencialidades territoriais e dos atores sociais que devem se perceber como
sujeitos ativos e necessários para a obtenção de um desenvolvimento com bases sustentáveis, uma
vez que são eles os principais interessados e/ou impactos pelos resultados oriundos dos processos
de desenvolvimento.
Todavia, a gestão territorial no Estado de Alagoas, na maioria das vezes, ainda ocorre por meio de
uma concentração do poder decisório nas mãos dos gestores públicos, não criando um espaço para
a articulação entre os diversos atores sociais, e desta forma, mantendo-os como sujeitos passivos
dos processos decisórios e de desenvolvimento.
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Este distanciamento entre a elaboração das ações de desenvolvimento por um grupo de tecnocratas
e a realidade onde estão imersos os atores que irão receber essas ações de desenvolvimento,
constrói um ambiente de desarticulação das ações que serão implementadas no Território, uma vez
que os atores sociais não reconhecem as propostas definidas pelos gestores públicos como soluções
aos problemas existentes no Território.
Assim, uma eficiente gestão territorial emerge a partir da base (território) onde serão implantadas as
ações de desenvolvimento, tendo como parâmetro as demandas e propostas construídas pelos
atores sociais do território articulada com as propostas e instrumentos advindos dos gestores
púbicos.
A partir das informações contidas no Quadro 2 nota-se que o Território do Alto Sertão possui poucos
programas voltados para o desenvolvimento quando comparando com os outros dois Territórios
analisados. Exemplo disto, são os reduzidos números de APLs existentes na região. Este território, a
pesar dos limitantes ecológicos, detém vocação para inserir-se nos diversos APLs geridos pela
Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico de Alagoas
(SEPLANDE/AL) e/ou pelo SEBRAE/AL.
PROGRAMAS TERRITÓRIOS
AGRESTE LITORAL NORTE ALTO SERTÃO
APL da Apicultura no Sertão
APL Ovinocaprinocultura no Sertão
APL Turismo caminhos do São Francisco
APL Fruticultura no Agreste
APL Piscicultura Delta do São Francisco
APL Móveis no Agreste
APL Mandioca no Agreste
APL Cultura do Inhame no Vale do Paraíba
APL Horticultura no Agreste
APL Laranja no Vale do mundaú
APL Turismo Costa dos Corais
APL Turismo Lagoas e Mares do Sul
APL Tecnologia da Informação
Incubadora
Programa SEBRAE de artesanato
Aprisco Nordeste
Comércio justo e solidário
Território da cidadania Alto Sertão
Programa de agricultura integrada e sustentável- PAIS
Lei geral municipal
Negócio a negócio
SEBRAE alagoas no território do alto sertão
Varejo competitivo
Programa SEBRAE artesanato
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REDESIM
Inclusão Digital
Central de Negócios
Sala do empreendedor
SEBRAE alagoas no território do Médio Sertão
Indústria Cerâmica do Estado de Alagoas
Fortalecimento da Indústria de Leite de Alagoas
Território da Cidadania do Agreste
Território da Cidadania do Litoral Norte
Rede de Parceiros
Modernização da Feira Livre
Produção Integrada de Laranja Lima na Mata Alagoana
Agente de desenvolvimento Local
Fortalecimento da Indústria de Leite e Derivados de Lagoas
SEBRAE Alagoas no Território da Bacia Leiteira
Empreendedor
SEBRAE Alagoas no Território do Agreste
Fortalecimento da Indústria de Leite de Alagoas
Turismo de Negócios e Eventos do Agreste
SEBRAE Alagoas no Território da Mata Alagoana
Biodiesel
Central Fácil de Atendimento Empresarial
Escritório Regional do SEBRAE
Orienta Fácil
Química e Plástico
Turismo em Alagoas
Turismo de Negócios e Eventos do agreste
Varejo Competitivo em Arapiraca
Agente Local de Inovação
Lei Geral Aprovada
PVC, Petróleo, Gás e energia
Civilização do açúcar
Ostreicultura na região do litoral do estado de Alagoas
Indústria da cerâmica Vermelha
Própolis Vermelha na região Litorânea e Lagunar de Alagoas
Melhoria da competitividade dos Salões de beleza
Modernização dos Serviços (clínicas médicas)
PROCOMPI
Quadro 2 – Ações, políticas e programas de desenvolvimentos existentes nos Territórios do Agreste, Litoral Norte e Alto Sertão, em 2011.
Fonte: SEBRAE/AL; SEPLANDE/AL.
Outro ponto importante é que as ações de desenvolvimento elaboradas e geridas pelas diversas
instituições públicas (SEPLANDE/AL, SEAGRI/AL e MDA, por exemplo) ou de economia mista
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(SEBRAE/AL), na maioria das vezes não se complementam criando diversos conflitos em sua
execução, fato este que inviabilizam sua continuação ao longo prazo.
Desta forma, estas instituições precisam se articular e sobrepor suas ações de desenvolvimento de
maneira a construir uma proposta de desenvolvimento que se estruture a partir de uma rede de
relacionamento e organização, articulando os diversos atores sociais em volta de um interesse
coletivo: a construção de um processo de desenvolvimento includente e que exerça uma baixa
pressão sobre os recursos naturais.
Esta desarticulação interinstitucional na condução e articulação das ações de desenvolvimento para
os Territórios alagoanos reflete diretamente sobre os baixos valores dos IDS dos Territórios e de seus
respectivos indicadores e sub-índices. Isto decorre do fato de que uma má gestão do território
correlacionado com a baixa participação dos diversos atores sociais nas tomadas de decisões
inviabiliza que ocorra uma evolução dos IDS, gerando uma tendência à estagnação econômica e
degradação social e ambiental no Território.
Sachs (2007, p. 22) afirma que “[...] o desenvolvimento é a efetivação universal do conjunto dos
direitos humanos, desde os direitos políticos e cívicos, passando pelos direitos econômicos, sociais e
culturais, e termina nos direitos ditos coletivos, entre os quais está, por exemplo, o direito a um meio
ambiente saudável”. Por isso, o Estado detém um papel fundamental na gestão do território, uma vez
esta instituição possui como fundamento basilar a busca por justiça social e econômica para todos os
cidadãos.
Apesar de ser dada pouca importância, a justiça social, ao lado da justiça econômica e ambiental, são
fatores importantíssimos para a construção dos índices de desenvolvimento social. Franco (2002)
argumenta que esses índices não foram obtidos, apenas, a partir, ou em decorrência, do seu
extraordinário crescimento econômico, uma vez que crescer economicamente não significa
desenvolver socialmente. Para que haja um desenvolvimento social, de fato, torna-se necessário que
haja uma distribuição de renda justa e que seja proporcionado um ambiente ecologicamente
equilibrado.
Ainda, segundo Franco (2002, p. 47-48) o desenvolvimento é “O movimento sinérgico, captável por
alterações de algumas variáveis de estado, que consegue estabelecer uma estabilidade dinâmica em
um sistema complexo, no caso, uma coletividade humana. Crescimento é movimento. Mas
movimento não pode ser reduzido a crescimento”.
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Portanto, o Estado deve se comportar como um articulador das demandas social, econômica e
ecológica, possibilitando aos diversos atores sociais locais o livre acesso aos circuitos econômicos,
desde uma esfera espacial local até a global, e aos bens e serviços sociais e econômicos disponíveis,
como forma de maximizar o bem-estar social da população inseridas nos diversos Territórios contidos
no Estado de Alagoas.
Considerações Finais
Apesar, segundo dados da SINDAÇÚCAR-AL, em 2011, do Estado de Alagoas ser considerado o
maior produtor de cana-de-açúcar da região Nordeste e o quinto produtor do Brasil, essa vitalidade
econômica não se converteu em benefícios socioeconômicos para a população e/ou para os diversos
Territórios contidos no Estado, ao contrário, criou um ambiente propício a pobreza, marginalização
socioeconômica, degradação ambiental, migrações e conflitos, seja na zona rural ou urbana.
O Índice de Desenvolvimento Sustentável (IDS) apresentados e debatidos neste trabalho
demonstraram que o Estado, no transcorrer do tempo, não articulou de maneira correta as cinco
dimensões que compõe este índice e que são os pilares fundamentais para a construção de um
processo de desenvolvimento com bases sustentáveis. Como exemplo desta afirmação, pode ser
questionado o fato da desarticulação entre dimensão cultural e econômica. Sendo assim, como gerar
riqueza e qualidade de vida se não for respeitado às particularidades culturais do local e de seus
atores sociais?
Portanto, para que venha ocorrer um sólido processo de desenvolvimento é preciso que este seja
construído a partir da articulação entre as potencialidades locais, a participação do Estado e a
mobilização da sociedade civil. Ou seja, na busca por desenvolvimento local o Estado e a sociedade
civil deve gerenciar de maneira conjunta e endógena o território, mobilizando todos os recursos
(humano, social, intelectual, ecológico, financeiro e físico) necessários à geração de riqueza,
emprego e melhoria da qualidade de vida.
Portanto, ao analisar os Índices de Desenvolvimento Sustentável e o processo de gestão do
desenvolvimento dos Territórios do Agreste, Litoral Norte e Alto Sertão Alagoano conclui-se que
apesar de existir políticas voltadas para o crescimento econômico do Estado o mesmo não conseguiu
se desenvolver, uma vez que não foram contempladas as diversas particularidades existentes nestes
Territórios, ou mesmo não foram articuladas as diversas demandas inerentes aos atores sociais
contidos nestes Territórios, de maneira a mobilizá-los em prol de seu desenvolvimento.
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Ao contrário, a busca incessante por acumulação intensiva de capital ao curto prazo gerou um
ambiente propício à exclusão social, econômica e ambiental, gerada por uma errônea gestão
territorial por parte dos gestores públicos que definiram, de maneira centralizada, quais seriam as
ações desenvolvimentistas que deveriam ser implantadas nos Territórios sem a consulta prévia dos
diversos atores sociais, e desta forma, criando um abismo entre os atores sociais dos territórios e as
ações de desenvolvimento a serem implantadas, uma vez que tais ações não contemplam a
realidade onde estão inseridos estes atores.
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