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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 2009 Medicina - Residência Anestesiologia Medicina Nuclear Patologia Radiologia e Diagnóstico por Imagem Radioterapia Este Caderno contém cinqüenta questões Objetivas de Conhecimentos Específicos correspondente ao curso descrito acima. Confira se este Caderno de Questões corresponde ao curso para o qual você se inscreveu; em caso contrário comunique, imediatamente, ao fiscal da sala. Além deste Caderno de Questões, você recebeu um Cartão de Respostas, onde deverá registrar as suas respostas utilizando caneta esferográfica azul ou preta. A duração desta prova é de 3 (três) horas. Não será permitido portar, durante a prova, qualquer tipo de aparelho que permita a intercomunicação de mensagens e nenhuma espécie de consulta ou comunicação entre os candidatos, nem a utilização de livros, códigos, manuais, impressos ou quaisquer anotações. O gabarito das questões objetivas será divulgado a partir de 14 horas do dia 13 de outubro de 2008, através do site www.inca.gov.br . Para recursos, você deverá seguir as orientações contidas no item 12 do Edital. Você deverá permanecer no local de realização da prova por, no mínimo, sessenta minutos. Os três últimos candidatos serão retidos em sala até que o último deles entregue a prova ou o tempo esteja esgotado, o que acontecer primeiro. O candidato deverá entregar no dia da prova, a documentação exigida ao fiscal, em envelope devidamente identificado com o seu nome, a sua inscrição e o curso no qual está inscrito. Não será permitido ao candidato levar o Caderno de Prova, sendo o mesmo disponibilizado no site do INCA. Certifique-se de ter assinado a lista de presença. AGUARDE O AVISO PARA INICIAR E BOA PROVA INSTITUTO NAC IONAL DO CÂNCER

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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO

LATO SENSU2009

Medicina - Residência

• Anestesiologia • Medicina Nuclear • Patologia • Radiologia e Diagnóstico por Imagem • Radioterapia

Este Caderno contém cinqüenta questões Objetivas de Conhecimentos Específicos correspondente ao curso descrito acima.

♦ Confira se este Caderno de Questões corresponde ao curso para o qual você se inscreveu; em

caso contrário comunique, imediatamente, ao fiscal da sala.

♦ Além deste Caderno de Questões, você recebeu um Cartão de Respostas, onde deverá registrar as suas respostas utilizando caneta esferográfica azul ou preta.

♦ A duração desta prova é de 3 (três) horas. ♦ Não será permitido portar, durante a prova, qualquer tipo de aparelho que permita a

intercomunicação de mensagens e nenhuma espécie de consulta ou comunicação entre os candidatos, nem a utilização de livros, códigos, manuais, impressos ou quaisquer anotações.

♦ O gabarito das questões objetivas será divulgado a partir de 14 horas do dia 13 de outubro de 2008, através do site www.inca.gov.br

.

♦ Para recursos, você deverá seguir as orientações contidas no item 12 do Edital. ♦ Você deverá permanecer no local de realização da prova por, no mínimo, sessenta minutos. Os

três últimos candidatos serão retidos em sala até que o último deles entregue a prova ou o tempo esteja esgotado, o que acontecer primeiro.

♦ O candidato deverá entregar no dia da prova, a documentação exigida ao fiscal, em envelope devidamente identificado com o seu nome, a sua inscrição e o curso no qual está inscrito.

♦ Não será permitido ao candidato levar o Caderno de Prova, sendo o mesmo disponibilizado no

site do INCA.

♦ Certifique-se de ter assinado a lista de presença.

AGUARDE O AVISO PARA INICIAR E BOA PROVA

INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER

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Moema tem 56 anos e realiza terapia de reposição hormonal com levonorgestrel e progesterona. Encontra-se assintomática e não apresenta alterações ao exame físico. Durante realização de exames laboratoriais de rotina, foi constatado colesterol total igual a 286mg/dl, colesterol LDL de 197mg/dl, colesterol HDL igual a 45mg/dl e triglicerídios de 220mg/dl. O TSH se mostrou elevado em duas dosagens distintas: 9mU/L e 9,2mU/L (valor de referência: 0,5 a 4,7 mU/L). O T4 livre foi igual a 1,8ng/ml (valor de referência: 0,8 a 2,7ng/ml) e a dosagem do anticorpo antitireoperoxidase (TPO) foi de 105 U/L (valor de referência: ≤ 35U/L). 01 A conduta correta em relação à correção da alteração hormonal de Moema é:

(A) dosar T4 total e tireoglobulina (B) iniciar reposição de levotiroxina (C) suspender a reposição hormonal (D) repetir a dosagem do TSH em um ano

Desidério é etilista inveterado e realiza tratamento irregular para hipertensão arterial e cirrose hepática avançada. Comparece ao ambulatório se queixando de desconforto e aumento do volume abdominal. Ao exame, você identifica um abdome distendido, peristáltico, com macicez móvel de decúbito, sem dor à palpação profunda ou descompressão dolorosa. Realiza-se uma paracentese diagnóstica, que demonstra albumina no líquido ascítico de 0,5 g/dl (valor sérico: 2,3 g/dl) e 300 células/mm3 (60% de polimorfonucleares e 40% de mononucleares). A bacterioscopia com coloração de Gram foi negativa e a cultura do líquido ascítico está demonstrando crescimento de um germe Gram-positivo.

02 A conduta correta para Desidério, nesse momento, é:

(A) repetir a paracentese (B) iniciar ceftriaxone (C) infundir albumina (D) aguardar cultura Arcesilau tem 52 anos, é residente no Rio de Janeiro e compareceu ao pronto-socorro em março deste ano, se queixando de febre, vômitos, mialgias, dor abdominal, cefaléia e dor retroorbitária. Não apresentava co-morbidades e não utilizava medicamentos regularmente. Relatou que sua esposa tinha recebido diagnóstico recente de dengue. Ao exame, se encontrava lúcido, corado, com PA=110x100mmHg, FC=98 bpm, FR=18 irpm e TAx=37,4ºC. Apresentava exantema no tronco e petéquias nos membros inferiores, sem outras alterações ao exame físico. 03 A conduta inicial mais adequada para Arcesilau é: (A) aguardar resultados do hematócrito e plaquetometria para definir o tratamento (B) realizar hidratação parenteral em 4 horas (25 ml/kg, sendo 1/3 de solução salina) (C) liberar o paciente com recomendação de ingesta hídrica rigorosa (60 a 80 ml/dia) (D) expandir volemia com solução salina parenteral (20 ml/kg/hora, repetir até 3 vezes)

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Márcio tem 32 anos e procurou atendimento médico por febre e perda ponderal. No exame clínico verificou-se a existência de uma massa abdominal que os exames de imagem mostraram localizar-se na região retroperitoneal, com plano de clivagem nos ureteres. A investigação confirmou, por biópsia da massa, o diagnóstico de linfoma de Burkitt. Dois dias após tratamento quimioterápico com esquema CHOP, evoluiu com diminuição do débito urinário. Os exames laboratoriais demonstraram uréia sérica igual a 180 mg/dl e creatinina sérica de 4,5 mg/dl. O EAS demonstrou pH igual a 5,0, densidade de 1015 e 10 piócitos por campo. A urina de 24h evidenciou sódio urinário igual a 26 mmol/L, fração de excreção de sódio de 1,4% e relação ácido úrico urinário / creatinina urinária igual a 1,2. O ultra-som demonstrou rins com dissociação córtico-sinusal preservada e importante dilatação ureteropielocaliceal à direita. 04 Os exames realizados permitem afirmar que a piora da função renal de Márcio foi causada por: (A) obstrução ureteral (B) insuficiência pré-renal (C) nefropatia hiperuricêmica (D) nefrotoxicidade pelo quimioterápico Melcíades tem 45 anos, é branco e ex-tabagista (42 maços/ano). Apresenta tosse e dispnéia aos esforços, com 4 exacerbações dos sintomas respiratórios ao ano. Sua prova de função respiratória demonstra VEF1/CVF=60% e VEF1=55%, sem resposta ao teste broncodilatador. O ecocardiograma transtorácico evidencia diâmetros cavitários normais, com fração de ejeção de VE de 67%, refluxo tricúspide leve e pressão sistólica estimada da artéria pulmonar de 52mmHg. A gasometria arterial colhida em repouso demonstra PaO2=66mmHg, PaCO2=50mmHg e SaO2=93%. 05 Além do tratamento com broncodilatadores inalatórios, Melcíades deverá seguir a orientação de fazer uso de: (A) bloqueador de canal de cálcio (B) oxigenioterapia suplementar (C) terapia com α1-antitripsina (D) corticosteróide inalatório João tem 60 anos e apresenta diagnóstico de câncer de pulmão metastático. Chega no serviço de emergência com quadro de sonolência, desorientação no tempo e no espaço, polidpsia e poliúria. O exame de glicemia capilar teve como resultado o valor de 106 mg/dl. 06 O diagnóstico mais provável para João, neste momento, é: (A) septicemia (B) hipercalcemia (C) metástase cerebral (D) secreção inapropriada de ADH Ana tem 65 anos e sintomas clínicos compatíveis com menopausa. Durante sua primeira consulta com você Ana solicita esclarecimentos sobre o uso da terapia hormonal com estrogênio e progesterona. 07 Você irá responder à Ana que o uso desta terapia demonstrou, em estudo recente: (A) elevação do risco de doença cardiovascular (B) agravamento dos sintomas da menopausa (C) redução do risco de câncer de cólon e reto (D) melhora da função cognitiva

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Mair tem 72 anos, é hipertenso, dislipidêmico e há um mês sofreu acidente vascular cerebral isquêmico que o deixou hemiplégico à direita. O eletrocardiograma evidenciou fibrilação atrial crônica e bloqueio do ramo esquerdo de 3º grau. O doppler identificou uma obstrução de 60 a 70% do ramo interno da carótida esquerda e 40 a 50% do ramo interno da carótida direita. O ecocardiograma transtorácico demonstrou hipertrofia ventricular esquerda, refluxo mitral moderado, átrio esquerdo com 4,6cm de diâmetro e função sistólica do ventrículo esquerdo preservada ao repouso. 08 A medida terapêutica de maior impacto na redução do risco do Sr. Mair apresentar um novo acidente vascular cerebral isquêmico é ter a seguinte conduta: (A) tratar com clopidogrel (B) usar ácido acetilsalicílico (C) anticoagular com warfarim (D) fazer endarterectomia cirúrgica

Moacir tem 48 anos, é obeso, trabalha como trocador de ônibus e procurou atendimento relatando dor lombar baixa, com 20 dias de evolução, de forte intensidade, sem irradiação, que piora com o esforço físico e melhora com o repouso. O médico que acompanha Moacir optou por prosseguir na investigação solicitando exames de imagem. 09 Essa decisão se justifica, na avaliação de Moacir, pela presença de um sinal clínico de alerta, caracterizado pela dor que: (A) piora ao levantar e melhora ao sentar (B) apresenta tempo de evolução inferior a um mês (C) persiste após duas semanas de uso de analgésicos (D) se reproduz à flexão do quadril com dorsiflexão do pé Estácio tem 22 anos e descobriu ser soropositivo para o HIV recentemente. Enquanto aguardava o resultado da contagem de células CD4 e da carga viral, apresentou febre, cefaléia, sonolência e diminuição da força no dimídio direito. Realizou tomografia computadorizada de crânio, que evidenciou lesões hipodensas múltiplas, com efeito de massa, localizadas no pedúnculo cerebral esquerdo, cápsula interna esquerda e córtex occiptal direito. As lesões demonstravam captação anelar de contraste na fase tardia. A irmã de Estácio informa que ele é alérgico à sulfa. 10 O tratamento correto para Estácio deverá incluir: (A) clindamicina + pirimetamina (B) azitromicina + primaquina (C) dapsona + trimetoprim (D) pentamidina Um homem jovem, após acidente automobilístico, foi retirado do carro em chamas. Ele apresenta queimadura de terceiro grau em toda a face, região anterior do tórax e abdômen. 11 A primeira medida a ser tomada pelo profissional de saúde que o atende deve ser:

(A) lavar a face (B) aplicar dolantina (C) perguntar o nome (D) promover hidratação

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Você acompanha há dois anos, no ambulatório, Luciana. Ela tem 35 anos, é casada, descobriu ser soropositiva para o HIV ao doar sangue voluntariamente. Desde o início do acompanhamento faz uso adequado de terapia anti-retroviral com zidovudina, lamivudina e efavirenz mantendo estabilidade clínica e laboratorial. Luciana vem fora do dia de agendamento trazendo resultado de β HCG positivo. 12 A conduta adequada à Luciana, em relação ao esquema terapêutico, neste momento é:

(A) interromper os anti-retrovirais durante o 1º trimestre de gestação (B) manter as medicações até resultado de genotipagem (C) reavaliar após novo CD4 e carga viral (D) substituir o efavirenz por nevirapina Valmir tem 45 anos e foi submetido, há dois anos, à gastrectomia por úlcera gástrica benigna. Apresenta sangramento retal, em grande quantidade, com sangue parcialmente digerido. Evoluiu com instabilidade hemodinâmica apesar da reposição de seis concentrados de hemáceas. A endoscopia digestiva alta foi negativa para sangramentos. 13 Nesse caso o exame que tem a maior sensibilidade e menor acurácia para esclarecer o local do sangramento é: (A) videocolonoscopia (B) endoscopia com cápsula (C) arteriografia mesentérica (D) cintigrafia com hemácea marcada Zuleika tem 62 anos e encontra-se em pós-operatório imediato de colectomia esquerda. Apresenta quadro clínico sugestivo de insuficiência supra-renal aguda confirmado com exames complementares. 14 Nesse caso os achados laboratoriais revelam: (A) hipocreatinemia (B) hipernatremia (C) hipercalemia (D) alcalose 15 Zuleika deve receber de imediato o medicamento: (A) fludorcortisona (B) hidrocortisona (C) dexametasona (D) cositropina Mário tem 44 anos e apresenta hiperparatireoidismo terciário pós-transplante e hipercalcemia persistente. 16 A principal indicação para a paratireoidectomia é evitar: (A) fratura patológica (B) pancreatite aguda (C) arritmias cardíacas (D) comprometimento do enxerto

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Joaquim tem 42 anos e realizou seriografia esôfago gastroduodenal que evidenciou presença de lesão ulcerada com apagamento de pregas próximo à úlcera. 17 No exame de endoscopia digestiva alta o aspecto desta lesão irá permitir sua classificação macroscópica como sendo Borrmann tipo: (A) I (B) II (C) III (D) IV Sheila tem 36 anos e vem para consulta com história, há dois meses, de tenesmo e diarréia com presença de muco. No exame proctológico foi identificada lesão em reto médio, com aspecto polipóide, cuja análise histopatológica inicial revelou adenocarcinoma. Posteriormente o laudo definitivo foi de colite cística profunda. 18 Considerando este relato, Sheila é portadora de: (A) retocolite ulcerativa (B) intussucepção retal (C) doença de Crohn (D) colite isquêmica Darcy tem 58 anos e foi submetido à hernioplastia inguinal direita com colocação de tela de Marlex. Evoluiu após sete dias com edema de ferida operatória, saída de pequena quantidade de secreção serosa pela mesma, dor à palpação local sem febre. 19 O diagnóstico de Darcy e a conduta nesse momento são, respectivamente: (A) evolução normal / observação (B) infecção por Mycobacterium abscessus / esquema tríplice (C) infecção por germes comuns / drenagem imediata da ferida (D) infecção em cirurgias com prótese / cirurgia de urgência para retirada da mesma Octacílio tem 50 anos e indicação de nefrectomia direita por apresentar cálculo coraliforme extremamente grande. Apresenta como co-morbidades hipertensão arterial moderada e miocaridopatia pós-infarto do miocário. Por esta razão faz uso contínuo de clopidogrel como antiagregante plaquetário.

20 Com o objetivo de reduzir o risco de hematoma na ferida operatória, Octacílio deve ser orientado a interromper este medicamento antes da cirurgia por um tempo mínimo, em dias, de:

(A) 8 (B) 6 (C) 4 (D) 2

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Você acompanha Severino, de 42 anos, tabagista e ex-etilista, que iniciou quadro há três meses com disfagia progressiva para sólidos, dor em queimação retroesternal e emagrecimento de 6 Kg neste período. Na classificação TNM o tumor invade a submucosa sem ultrapassá-la, há comprometimento de dois linfonodos regionais, sem metástases à distância. 21 O estágio da classificação TNM de Severino é: (A) IVA (B) III (C) IIB (D) IIA Clóvis é obeso e tem constipação crônica. Veio ao ambulatório queixando-se de dor ao evacuar e aparecimento de nódulo doloroso em região anal há cinco dias. O exame físico evidenciou sinais de trombose hemorroidária. 22 O procedimento indicado para Clóvis, nesse momento, é: (A) ligadura elástica (B) calor local (C) drenagem (D) esclerose Cristofer tem 69 anos e foi submetido à colecistectomia com colangiografia por videolaparoscopia. O diagnóstico do pré-operatório foi colelitíase associada à episódios freqüentes de cólica biliar. O procedimento realizado foi descrito como de rotina e não houve relato de intercorrências no pós-operatório imediato. No dia seguinte, a programação de alta hospitalar foi cancelada pois Cristofer apresentava dor abdominal e distensão moderada. O médico optou por liberar dieta de prova e observar evolução. Após 36 horas de pós-operatório o paciente apresentava-se com febre TAx. 38,5oC, piora da distensão abdominal, intolerante à dieta e vomitando todo o conteúdo ingerido. 23 Nesse momento a principal hipótese e a conduta mais adequada para Cristofer são, respectivamente: (A) pancreatite aguda pós-operatória / suspender a dieta e solicitar exames de amilase e lípase (B) infecção relacionada à cirurgia laparoscópica / iniciar antibioticoterapia com amoxacilina-

clavulanato (C) perfuração de víscera ôca por lesão despercebida durante o procedimento inicial / indicar

procedimento cirúrgico (D) pneumoperitônio formado pelo gás carbônico até 48 horas no pós-operatório / iniciar anti-

eméticos e pró-cinéticos Alice, adolescente de 15 anos com vida sexual ativa, procurou atendimento ginecológico com queixa de ardência vulvar importante há uma semana. Referia também dores musculares e febrícula. No exame vulvar observa-se a presença de lesões múltiplas, ulceradas, dolorosas e com fundo purulento. Há associação de linfadenopatia inguinal à esquerda em processo de supuração. 24 Esse quadro clínico é causado pelo agente etiológico denominado:

(A) Treponema pallidum (B) Haemophylus ducreyi (C) Chlamydia trachomatis (D) Calymatobacterium granulomatis

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Ao realizar mamografia digital rotineira, Elizabeth mostrou-se apreensiva porque havia descrição de calcificações grosseiras, tipo “pipoca”, no seu laudo mamográfico. 25 O ginecologista tranqüilizou Elizabeth pois esse achado é sugestivo de:

(A) papiloma benigno (B) necrose gordurosa (C) alterações fibrocísticas (D) fibroadenoma calcificado Você é responsável pelo atendimento ambulatorial de Viviane. Ela tem 45 anos, é assintomática e tem exame físico normal. A mamografia de rotina apresenta laudo com categoria BI-RADS IV, devido a presença de microcalcificações. 26 A proposta de cuidado que você deve assumir para Viviane é:

(A) investigação histológica (B) realização de quadrantectomia (C) complementação com ultra-sonografia (D) repetição da mamografia em quatro meses Cíntia tem 23 anos e estava em investigação, no ambulatório de infertilidade, com quadro clínico de hipermenorréia associada à dismenorréia importante e progressiva. O exame ultra-sonográfico não apresentou anormalidades e a propedêutica final incluiu uma avaliação laparoscópica que diagnosticou endometriose moderada. 27 A causa mais provável da esterilidade de Cíntia é:

(A) alteração imunitária humoral (B) ciclos anovulatórios crônicos (C) presença de aderências peri-anexiais (D) aumento da produção de prostaglandinas Luiza é menopausada há cinco anos e procurou atendimento ginecológico por queixa de fogachos importantes que prejudicam seu sono e a qualidade de vida. Foi solicitada, então, uma avaliação prévia à terapia de reposição hormonal. A análise bioquímica estava normal à exceção dos triglicerídios que se encontravam altos. Dos exames de imagem, a ultra-sonografia revelou útero e anexos sem alterações e a mamografia foi classificada como Bi-Rads 2. 28 Para Luiza a opção terapêutica hormonal é:

(A) veralipride intranasal (B) estrogênio isolado via oral (C) progestágeno intramuscular trimestral (D) estrogênio e progestágeno transdérmicos

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Marcela tem 15 anos, é primípara e está com 32 semanas de gestação. Apresentou nas duas últimas consultas de pré-natal pressão arterial de 160x100mmHg, edema em membros inferiores e face, aumento súbito de peso, cefaléia e proteinúria de 24 horas acima de 300mg. 29 Considerando os dados clínicos acima você pode concluir que os níveis de tromboxano e prostaglandina (Pg I2) estão, respectivamente:

(A) diminuídos / diminuídos (B) aumentados / diminuídos (C) diminuídos / aumentados (D) aumentados / aumentados Joana tem 33 anos, encontra-se na 13a semana de sua terceira gestação. Teve duas gestações anteriores com parto normal. Procurou atendimento na emergência por episódios repetidos de sangramento transvaginal moderado, vômitos e náuseas. Ao exame apresenta pressão arterial de 170x100mmHg, BCF inaudível ao sonar, fundo uterino maior que o esperado para a idade gestacional e colo fechado com sangramento transvaginal vivo em pequena quantidade. 30 O obstetra de plantão faz a hipótese diagnóstica de: (A) doença trofoblástica gestacional (B) ameaça de abortamento (C) abortamento incompleto (D) hiperêmse gravídica Patrícia, uma adolescente de 17 anos, Gesta II / I, I parto normal há um ano, procura a emergência devido a sangramento transvaginal em pequena quantidade há dois dias, cólicas de média intensidade e atraso menstrual. Dra Fátima ao examinar a paciente identifica PA= 120 x80mmHg, FC=88 bpm, abdome flácido, ligeiramente doloroso em fosa ilíaca direita com sinais de irritação peritoneal. O toque vagina revela útero pouco doloroso à mobilização, tumoração palpável em região anexial direita, colo fechado e sangramento transvaginal em pequena quantidade. 31 Dra Fátima faz a hipótese diagnóstica de: (A) abortamento retido (B) prenhez ectópica rota (C) trabalho de abortamento (D) prenhez ectópica íntegra Juliana tem 20 anos, Gesta II / I, com parto cesáreo há dois anos e idade gestacional de 38 semanas. Está em trabalho de parto há seis horas com duas metrossístoles em 10’ de 35’’ sem ocitocina, BCF= 148 bpm e tônus normal. É encaminhada à sala de parto pois encontra-se com dilatação total, bolsa rota há 5 minutos, com líquido claro, apresentação cefálica em +3 no plano de De Lee. Subitamente Juliana refere dor abdominal intensa, o BCF verificado é de 90 bpm e ocorre diminuição importante das metrossístoles. 32 O médico assistente suspeita de: (A) parada de progressão do parto (B) desproporção céfalo-pélvica (C) rotura do seio marginal (D) rotura uterina

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Daniela é primigesta com idade gestacional de 39 semanas e teve dois episódios de herpes genital durante a gravidez. Chega na maternidade em trabalho de parto e ao ser examinada são identificadas várias lesões ulceradas, compatíveis com herpes. Ao toque o colo está centralizado, com 3,0cm, bolsa íntegra, apresentação cefálica insinuada. 33 A conduta a ser adotada pelo obstetra é indicar: (A) cardiotocografia e acompanhamento (B) aciclovir venoso e parto vaginal (C) amniotomia e parto vaginal (D) interrupção por via alta Recém nascido (RN) com dez dias de vida é trazido para primeira consulta por Lígia, sua mãe, que tem diagnóstico de tuberculose pulmonar confirmado por BAAR positivo 1+/4+. Ela refere fazer tratamento regular com esquema RIP há 18 dias. O VDRL e a sorologia para HIV, de ambos, são negativos. O pediatra decide iniciar isoniazida para a criança. 34 Considerando o quadro atual de Lígia e o tempo de vida do RN, a orientação adequada em relação à vacinação com BCG e realização de PPD é, respectivamente: (A) vacinar / não realizar (B) não vacinar / não realizar (C) vacinar caso PPD >10 mm (D) não vacinar / realizar mensalmente Pedro é trazido por sua mãe à 1ª consulta de puericultura com você. Ele tem dez meses e não há intercorrências no relato da mãe. O peso e a altura são os esperados para a idade e a única alteração percebida por você é o testículo direito não palpável. Após algumas manobras, você descarta o diagnóstico de testículo retrátil e solicita uma ultra-sonografia, que é realizada no mesmo dia. No laudo, o testículo direito só é visualizado em canal inguinal e não existem evidências de hérnia. 35 A orientação adequada à mãe de Pedro é: (A) iniciar tratamento hormonal (B) realizar ressonância nuclear (C) aguardar descida do testículo (D) providenciar cirurgia precoce Adaiton tem 15 anos, é irmão de Lúcia, e também tem diagnóstico de anemia falciforme. É trazido pelo pai, na mesma unidade onde Lúcia está internada, com dor no pênis há uma hora. O pai relata que Adailton acordou com o pênis endurecido e com muitas dores sem evolução para melhora. Nega febre, relações sexuais e episódios semelhantes. Ao examinar Adailton você encontra pênis ereto, sem edema de glande ou lesões visíveis. Não é possível avaliar retração de prepúcio, pois o paciente não permite a realização do procedimento. 36 Considerando a principal hipótese diagnóstica, a conduta inicial para Adailton é: (A) aspirar corpo cavernoso (B) iniciar analgesia e hidratação (C) aplicar epinefrina endovenosa (D) administrar hidroxiuréia via oral

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Marcos tem 11 anos, é previamente hígido e está no 10º dia de internação com diagnóstico de meningite bacteriana. Neste dia inicia dor abdominal intensa e a ultra-sonografia abdominal evidencia colelitíase. A equipe que o assiste correlacionou este achado com a antibioticoterapia em uso. 37 O antibiótico usado no tratamento da meningite de Marcos é: (A) penicilina cristalina (B) vancomicina (C) ceftriaxone (D) cefotaxime Cassiane tem dez meses de idade e diagnóstico de dermatite atópica. Martha, a mãe, conta que sua sobrinha tem o mesmo diagnóstico e, por prescrição médica, está em uso de uma vacina oral comprada na farmácia. Pede seu parecer sobre tratamento similar para Cassiane. 38 Você orienta que esta terapêutica tem eficácia: (A) zero (B) média (C) grande (D) pequena Luciana tem um ano e meio e sua mãe relata que ela apresenta urina fétida e queixa de dor ao urinar. Encontra-se, há uma semana, em uso de cefalexina com melhora do quadro. A urinocultura, colhida por cateterismo vesical, foi positiva para Escherichia coli com mais de 100.000 colônias. 39 A profilaxia de infecção do trato urinário (ITU) deve ser prescrita para Luciana após: (A) término deste tratamento (B) segundo episódio confirmado (C) evidência de anormalidade anatômica (D) realização de cintilografia renal com DMSA 40 Para a profilaxia de Luciana o antibiótico preferencial, a dose em mg/kg de peso e o número de doses diário são, respectivamente,: (A) sulfametoxazol-trimetoprim / 20 de trimetoprim / 3 (B) nitrofurantoína / 1 a 2 / 1 (C) norfloxacina / 5 / 1 (D) cefalexina / 25 / 2 Bruna de três meses e meio é trazida para consulta de puericultura. Sua mãe, Márcia, voltará ao trabalho em três semanas. 41 Com o objetivo de manter o aleitamento materno exclusivo você orienta Márcia a: (A) retirar o leite por ordenha durante o trabalho e armazená-lo em geladeira por até 24 horas (B) congelar o leite em freezer e oferecê-lo em até 15 dias descongelando-o em banho-maria (C) preferir suplementação com chás quando não conseguir tirar leite suficiente (D) iniciar frutas neste momento evitando fórmulas lácteas

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Manoela tem 10 anos e está no 3º dia de tratamento para tuberculose pulmonar, com esquema I. Apresenta rash cutâneo urticariforme, prurido intenso e formigamento perioral. 42 Além do tratamento antialérgico recomenda-se, em relação ao tratamento da tuberculose: (A) trocar a isoniazida pelo etambutol, imediatamente (B) suspender uma droga de cada vez, a cada 48 horas (C) interromper o esquema por, pelo menos, 48 horas (D) manter o esquema, sem interrupções Luciano tem dois meses e veio para consulta no ambulatório por preocupação de seus pais com a respiração ruidosa desde o nascimento. Pais negam a ocorrência de engasgos e relatam que ele golfa em média, 2 a 3 vezes ao dia e evacua fezes líquido-pastosas, amareladas, em média 6 a 8 vezes. Nasceu a termo, pesando 3 kg e atualmente está com 4, 6 Kg. Tem tiragem subcostal leve e estridor inspiratório que piora quando ele se agita e melhora quando em decúbito ventral. 43 A hipótese diagnóstica principal para Luciano deve ser confirmada com: (A) seriografia esôfago-estômago duodeno (B) ecocardiograma (C) laringoscopia (D) teste do suor

Marli tem 38 anos e conseguiu engravidar após cinco anos de tentativas. Sua primogênita, Luiza, está com sete dias de vida. Marli expressa muito medo de que sua filha possa ter morte súbita. Pede orientações quanto à posição mais segura para Luiza dormir. 44 Você recomenda o decúbito na posição: (A) lateral esquerda (B) lateral direita (C) supina (D) prona 45 Na investigação populacional entre gestantes e trabalhadores do sexo o resultado da sorologia anti-HIV com o método ELISA tem, valor preditivo, respectivamente: (A) positivo alto / positivo alto (B) negativo alto / positivo alto (C) positivo baixo / negativo baixo (D) negativo baixo / negativo baixo

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Em periódico de grande circulação nacional lemos matéria com o seguinte título:

“VIVENDO MAIS E MAL

Doença compromete até 13 anos de vida do brasileiro, pressionando gastos com previdência.”

46 Esta notícia aponta para o impacto na (os): (A) prevalência pontual (B) esperança de vida total (C) anos potenciais de vida perdidos (D) anos de vida ajustados por incapacidade Na tabela abaixo você pode identificar alguns dados que constam do relatório comparativo, 1996 – 2006, da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS): Sistema Internacional de Inquéritos em Saúde Reprodutiva.

PNDS – Mulheres (15 a 49 anos) Fecundidade e anticoncepção 1996 2006 Taxa de fecundidade 2,5 1,8 Usou alguma vez método contraceptivo 73,1% 87,2% Usa pílula anticoncepcional 15,8% 22,1% Obtenção de contraceptivos no SUS 7,8% 21,3% Usa preservativo masculino 4,3% 12,9% Mulher esterilizada 27,3% 21,8% Homem esterilizado 1,6% 3,4%

47 Considerando estes dados podemos concluir que houve: (A) aumento da relação filhos / mulheres (B) redução do acesso aos métodos anticoncepcionais (C) incremento da presença masculina no planejamento reprodutivo (D) maior opção pela laqueadura tubária como método contraceptivo

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Observe o quadrinho abaixo

48 A abordagem mais adequada ao paciente Hagar é: (A) encaminhamento aos especialistas (B) educação para autonomia (C) fornecimento da receita (D) intervenção domiciliar

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Na carta dos direitos dos usuários da saúde, ilustrada, podemos ler:

PRIMEIRO PRINCÍPIO: TODO CIDADÃO TEM DIREITO A SER ATENDIDO COM ORDEM E ORGANIZAÇÃO

Quem estiver em estado grave e/ou maior sofrimento precisa ser atendido primeiro. 49 A diretriz do Sistema Único de Saúde contemplada neste primeiro princípio é: (A) eqüidade (B) integralidade (C) universalidade (D) controle social

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No quarto princípio Identificamos que

. TODO CIDADÃO DEVE TER RESPEITADOS OS SEUS DIREITOS DE PACIENTE

Tem também a liberdade de permitir ou recusar qualquer procedimento médico, assumindo a

responsabilidade por isso. E não pode ser submetido a nenhum exame sem saber.

50 Neste caso estamos diante do princípio da Bioética identificado como: (A) justiça (B) autonomia (C) beneficência (D) não maleficência

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