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CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DAS INFECÇÕES HOSPITALARES DEFINIÇÃO DE INFECÇÃO NOSOCOMIAL A seguir estão sistematizados os critérios para diagnóstico e notificação das infecções de acordo com CDC/NHSN. No fim do capítulo encontra-se uma tabela com a equivalência das siglas português –inglês. 1 – Sítio Primário: Pneumonia Estão definidos três tipos específicos de pneumonia que são descritos a seguir : pneumonia definida clinicamente (PNEU 1), pneumonia com achados laboratoriais específicos(PNEU2) e penumonia do imunocomprometido (PNEU3). Algumas observações são importantes para a vigilância deste evento: a) O diagnóstico médico isolado não é aceito como critério para diagnóstico de pneumonia b) Define-se como pneumonia relacionada à ventilação mecânica, aquela que ocorre em pacientes que estiveram em ventilação mecânica controlada ou assistida através de tubo oro/nasotraqueal ou traqueostomia nas 48 horas precedentes ao surgimento da infecção (incluindo período de desmame). c) A pneumonia devido a aspiração maciça (ex.; durante entubação de urgência) é considerada relacionada à assistência se preencher os critérios específicos e não estiver claramente presente ou em período de incubação no momento da admissão do paciente. d) Pacientes criticamente enfermos e com internação prolongada podem apresentar mais de um episódio de pneumonia. Ao notificar episódios de repetição em um mesmo paciente é preciso certificar-se da resolução do episódio anterior. O isolamento de novo patógeno (único ou em associação com patógeno anterior) não é critério suficiente para diagnóstico de novo episódio de pneumonia se não estiver acompanhado de novos achados radiológicos ou clínicos. e) Fungos e bactérias são colonizantes das vias aéreas superiores, sendo necessário cuidado ao interpretar exames de escarro (coloração de Gram, cultura). 1.1- ALGORITMO ESPECÍFICO PARA PNEUMONIA DEFINIDA CLINICAMENTE (PNEU1) Radiologia Sinais / Sintomas / Laboratório

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CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DAS INFECÇÕES HOSPITALARES DEFINIÇÃO DE INFECÇÃO NOSOCOMIAL A seguir estão sistematizados os critérios para diagnóstico e notificação das infecções de acordo com CDC/NHSN. No fim do capítulo encontra-se uma tabela com a equivalência das siglas português –inglês. 1 – Sítio Primário: Pneumonia

Estão definidos três tipos específicos de pneumonia que são descritos a seguir : pneumonia definida clinicamente (PNEU 1), pneumonia com achados laboratoriais específicos(PNEU2) e penumonia do imunocomprometido (PNEU3). Algumas observações são importantes para a vigilância deste evento: a) O diagnóstico médico isolado não é aceito como critério para diagnóstico de

pneumonia b) Define-se como pneumonia relacionada à ventilação mecânica, aquela que ocorre

em pacientes que estiveram em ventilação mecânica controlada ou assistida através de tubo oro/nasotraqueal ou traqueostomia nas 48 horas precedentes ao surgimento da infecção (incluindo período de desmame).

c) A pneumonia devido a aspiração maciça (ex.; durante entubação de urgência) é considerada relacionada à assistência se preencher os critérios específicos e não estiver claramente presente ou em período de incubação no momento da admissão do paciente.

d) Pacientes criticamente enfermos e com internação prolongada podem apresentar mais de um episódio de pneumonia. Ao notificar episódios de repetição em um mesmo paciente é preciso certificar-se da resolução do episódio anterior. O isolamento de novo patógeno (único ou em associação com patógeno anterior) não é critério suficiente para diagnóstico de novo episódio de pneumonia se não estiver acompanhado de novos achados radiológicos ou clínicos.

e) Fungos e bactérias são colonizantes das vias aéreas superiores, sendo necessário cuidado ao interpretar exames de escarro (coloração de Gram, cultura).

1.1- ALGORITMO ESPECÍFICO PARA PNEUMONIA DEFINIDA CLINICAMENTE (PNEU1) Radiologia Sinais / Sintomas / Laboratório

Duas ou mais radiografias de tórax seriadas com pelo menos um dos seguintes:

● infiltrado novo ou progressivo epersistente;

● consolidação; ● cavitação; ● pneumatocele, em crianças ≤ 1 ano

NOTA: Em pacientes sem doença pulmonar ou cardíaca de base (por exemplo, síndrome de desconforto respiratório, displasia broncopulmonar, edema pulmonar ou doença pulmonar obstrutiva crônica), uma radiografia de tórax compatível é aceitável.

PARA QUALQUER PACIENTE, pelo menos um dos seguintes:

● febre (>38ºC) sem outra causa conhecida;

● leucopenia (<4000Leucócitos/mm³) ou leucocitose (≥12000Leucócitos/mm³);

● para adultos com mais de 70 anos, alteração de estado mental, sem outra causa conhecida

e pelo menos, dois dos seguintes:

● aparecimento de escarro purulento ou mudança nas características do escarro ou aumento das secreções respiratórias ou aumento de necessidade de aspiração;

● aparecimento ou piora da tosse ou dispnéia ou taquipnéia;

● crepitações ou sons de respiração bronquial;

● piora da troca gasosa (ex.:dessaturações de O2 (PaO2/FiO2 <240), aumento de demanda de oxigênio ou aumento de demanda de ventilação).

CRITÉRIO ALTERNATIVO, para crianças ≤ 1 ano: Piora da troca gasosa (e.:, dessaturações de O2, aumento de demanda de oxigênio ou aumento de demanda de ventilação) e pelo menos, três dos seguintes:

● instabilidade de temperatura, sem outra causa conhecida;

● leucopenia (<4000Leucócitos/mm³) ou leucocitose (>15000Leucócitos/mm³) e desvio para esquerda (≥10% de formas jovens);

● aparecimento de escarro purulento ou mudança nas características do escarro ou aumento das secreções respiratórias ou aumento de necessidade de aspiração;

● apnéia, taquipnéia, batimento de aletas nasais com retração da parede torácica ou estridor;

● sibilos, crepitações ou roncos; ● tosse; ● bradicardia (<100bat./min) ou

taquicardia (>170bat./min).

CRITÉRIO ALTERNATIVO, para crianças >1 ano e <12 anos de idade, pelo meno três dos seguintes:

● febre (>38,4ºC) ou hipotermia (<36,5ºC) sem outra causa conhecida;

● leucopenia (<4000Leucócitos/mm³) ou leucocitose (>15000Leucócitos/mm³);

● aparecimento de escarro purulento ou mudança nas características do escarro ou aumento das secreções respiratórias

ou aumento de necessidade de aspiração;

● aparecimento ou piora da tosse ou dispnéia ou taquipnéia ou apnéia;

● crepitações ou sons de respiração bronquial;

● piora da troca gasosa (por exemplo, dessaturações de O2( oximetria de pulso <94%), aumento de demanda de oxigênio ou aumento de demanda de ventilação).

Obs.: a)Escarro purulento é definido como secreção dos pulmões, brônquios ou traquéia que contem >25 neutrófilos e < 10 células escamosas por campo de pequeno aumento (x100). b) Uma única descrição de escarro purulento ou da alteração de suas características não é significativa. Anotações repetidas em 24 horas são mais indicativas de início de quadro infeccioso. Alteração das características do escarro se referem à cor, consistência, odor e quantidade. 1.2- ALGORITMO ESPECÍFICO PARA PNEUMONIA BACTERIANA TÍPICA OU POR FUNGOS FILAMENTOSOS E COM ACHADOS LABORATORIAIS ESPECÍFICOS (PNEU2): Radiologia Sinais / Sintomas Laboratório Duas ou mais radiografias de tórax seriadas com pelo menos um dos seguintes:

● infiltrado novo ou progressivo e persistente;

● consolidação; ● cavitação; ● pneumatocele, em

crianças ≤ 1 ano. NOTA: Em pacientes sem doença pulmonar ou cardíaca de base (por exemplo, síndrome de desconforto respiratório, displasia broncopulmonar, edema pulmonar ou doença pulmonar obstrutiva crônica), uma radiografia de tórax definitiva é aceitável.

Pelo menos, um dos seguintes:● febre (>38ºC) sem

outra causa conhecida; ● leucopenia

(<4000Leucócitos/mm³) ou leucocitose (≥12000Leucócitos/mm³);

● para adultos com mais de 70 anos, alteração de estado mental, sem outra causa conhecida

e Pelo menos, um dos seguintes:

● aparecimento de escarro purulento ou mudança nas características do escarro ou aumento das secreções respiratórias ou aumento de necessidade de aspiração;

● aparecimento ou piora

Pelo menos, um dos seguintes:● hemocultura positiva

sem relação com nenhum outro foco de infecção;

● cultura de líquido pleural positiva;

● cultura quantitativa positiva de espécimesdo trato respiratório inferior minimamente contaminadas (por exemplo, lavado broncoalveolar ou escovado protegido);

● ≥5% de células obtidas por lavado broncoalveolar contendo bactéria intracelular vistas em exame microscópico direto (por exemplo,coloração deGram);

Exame histopatológico com pelo menos uma das seguintes

da tosse ou dispnéia ou taquipnéia;

● crepitações ou sons de respiração bronquial;

● piora da troca gasosa(por exemplo, dessaturações de O²( PaO2/FiO2 < 240), aumento de demanda de oxigênio ou aumento de demanda de ventilação).

evidências de pneumonia: ● formação de abscessos

ou focos de consolidação com intenso acúmulo de polimorfonucleados em bronquíolos e alvéolos;

● cultura quantitativa positiva do parênquima pulmonar;

● evidência de invasão do parênquima pulmonar por hifas ou pseudo-hifas fúngicas.

Obs.: Aspirado traqueal não é um espécime minimamente contaminado, por isto não preenche critério laboratorial. 1.2 ALGORITMO ESPECÍFICO PARA PNEUMONIA VIRAL, POR LEGIONELLA, CHLAMYDIA, MYCOPLASMA, OU OUTROS PATÓGENOS INCOMUNS E COM ACHADOS LABORATORIAIS ESPECÍFICOS (PNEU2): Radiologia Sinais / Sintomas Laboratório Duas ou mais radiografias de tórax seriadas com pelo menos um dos seguintes:

● infiltrado novo ou progressivo e persistente;

● consolidação; ● cavitação; ● pneumatocele, em

crianças ≤ 1 ano. NOTA: Em pacientes sem doença pulmonar ou cardíaca de base (por exemplo, síndrome de desconforto respiratório, displasia broncopulmonar, edema pulmonar ou doença pulmonar obstrutiva crônica), uma radiografia de tórax definitiva é aceitável.

Pelo menos, um dos seguintes:● febre (>38ºC) sem

outra causa conhecida; ● leucopenia

(<4000Leucócitos/mm³) ou leucocitose (≥12000Leucócitos/mm³);

● para adultos com mais de 70 anos, alteração de estado mental, sem outra causa conhecida

e Pelo menos, um dos seguintes:

● aparecimento de escarro purulento ou mudança nas características do escarro ou aumento das secreções respiratórias ou aumento de necessidade de aspiração;

Pelo menos, um dos seguintes:● cultura positiva para

vírus ou Chlamydia em secreções respiratórias;

● detecção de antígeno ou anticorpo viral em secreções respiratórias (EIA, FAMA, radioimunoensaio, PCR);

● aumento de 4 vezes em sorologia pareada para patógenos (vírus influenza, Chlamydia);

● PCR positivo para Chlamydia ou Mycoplasma;

● micro-IF positivo para Chlamydia;

● cultura positiva ou visualização por micro-IF de Legionella spp em secreções ou tecidos respiratórios;

● detecção de antígenos de Legionella

● aparecimento ou piora da tosse ou dispnéia ou taquipnéia;

● crepitações ou sons de respiração bronquial;

● piora da troca gasosa(por exemplo, dessaturações de O²( PaO2/FiO2 < 240), aumento de demanda de oxigênio ou aumento de demanda de ventilação).

pneumophila sorogrupo 1 na urina por RIA ou EIA;

● Aumento de 4 vezes no título de anticorpos por IFA indireta para L. pneumophila sorogrupo 1 para ≥1:128 em amostra pareada e soro convalescente.

1.3 - ALGORITMO ESPECÍFICO PARA PNEUMONIA EM PACIENTE IMUNOCOMPROMETIDO (PNEU3) Radiologia Sinais / Sintomas Laboratório

Duas ou mais radiografias de tórax seriadas com pelo menos um dos seguintes:

● infiltrado novo ou progressivo e persistente;

● consolidação; ● cavitação; ● pneumatocele, em

crianças ≤ 1 ano. NOTA: Em pacientes sem doença pulmonar ou cardíaca de base (por exemplo, síndrome de desconforto respiratório, displasia broncopulmonar, edema pulmonar ou doença pulmonar obstrutiva crônica), uma radiografia de tórax definitiva é aceitável.

Pacientes que são imunocomprometidos têm pelo menos um dos seguintes:

● febre (>38ºC) sem outra causa conhecida;

● para adultos com mais de 70 anos, alteração de estado mental, sem outra causa conhecida;

● aparecimento de escarro purulento ou mudança nas características do escarro ou aumento das secreções respiratórias ou aumento de necessidade de aspiração;

● aparecimento ou piora da tosse ou dispnéia ou taquipnéia;

● crepitações ou sons de respiração bronquial;

● piora da troca gasosa(por exemplo, dessaturações de O²( PaO2/FiO2 < 240), aumento de demanda de oxigênio ou aumento de demanda de ventilação);

● hemoptises; ● dor torácica pleurítica.

Pelo menos, um dos seguintes:● isolamento

concomitante de Candida spp em hemocultura e escarro.;

● evidência de fungo ou Pneumocystis jiroveci em amostras minimamente contaminadas (por exemplo, BAL ou escovado protegido) através de um dos seguintes:

►exame microscópico direto; ►cultura positiva para fungo.

● Qualquer um dos critérios laboratoriais definidos em PNEU2

Obs.; a) Consideram-se pacientes imunocomprometidos aqueles neutropênicos (contagem total de neutrófilos < 500/mm3), portadores de leucemia, linfoma, HIV com CD4 <200, pacientes esplenectomizados, transplantados recentes, em quimioterapia citotóxica ou em uso de doses diárias de prednisona > 40mg ou doses equivalentes de outros corticosteróides por mais de 2 semanas. b) As amostras de escarro e sangue devem ser colhidas com intervalo máximo de 48 horas. c) Culturas de materiais obtidos por BAL, BAL protegido,escovado protegido (colhidos por broncoscopia ou sem visualização direta) devem apresentar crescimento >104 unidades formadoras de colônias/mL. Culturas de biópsias pulmonares obtidas a céu aberto ou transtraqueal/ transbrônquica devem apresentar crescimento >104 unidades formadoras de colônias/g de tecido. Os pacientes podem preencher critérios para mais de um tipo de pneumonia e para a notificação deve-se obedecer a seguinte hierarquia:

Se paciente preencher critérios para PNEU1 e PNEU2, notifique PNEU2 Se paciente preencher critérios para PNEU2 e PNEU3, notifique PNEU3 Se paciente preencher critérios para PNEU1 e PNEU3, notifique PNEU3 Se paciente preencher critérios para infecção do trato respiratório inferior (ex.;

empiema leural, abscesso pulmonar) e pneumonia com um mesmo microrganismo, notifique pneumonia.

Abscesso pulmonar ou empiema sem pneumonia são classificados como PULM Bronquite,trqueíte,traqueobronquite ou bronquiolite sem pneumonia são classificados

como BRON

2 - Sítio Primário: Trato Respiratório Inferior TRI

2.2- Infecção do trato respiratório inferior, exceto pneumonia (bronquite, traqueobronquite, bronquiolite, traqueíte). BRON Diagnóstico: 1 Critério Principal + 2 secundários A +1 Secundário B Principal Ausência de evidência radiológica ou clínica de pneumonia Secundário A- Febre (>38), tosse, aumento ou surgimento de escarro, roncos ou sibilos. Se menor 12 meses, acrescentar desconforto respiratório, apnéia ou bradicardia. B- Cultura positiva de material obtido por aspirado traqueal ou broncoscopia ou sorologia positiva em secreção respiratória. Em <1ano, título isolado de anticorpo (IgG) ou aumento >4 vezes em sorologia pareada (IgG) para patógeno. 2.3- Outras infecções do trato respiratório inferior. PULM Diagnóstico: 1 Critério Principal Principal 1- Esfregaço ou cultura de tecido ou líquido pulmonar evidenciando microrganismo(s), incluindo líquido pleural.

2- Imagem radiológica de abcesso. 3- Histopatologia ou achado cirúrgico de empiema ou abcesso pulmonar. 3- Sítio Primário: Olhos, Ouvidos, Nariz, Garganta e Boca OONBG 3.1-Sinusite SINU Diagnóstico: 1 Critério Principal A ou 1 Critério Principal B + 1 Secundário Principal A- Cultura positiva de material purulento colhido de seio da face. B- Paciente apresenta pelo menos um dos seguintes sinais ou sintomas sem outra causa evidente: febre (>38), dor no seio da face envolvido, cefaléia, exsudato purulento, obstrução nasal. Secundário 1- Transiluminação positiva. 2- Exame radiológico positivo (inclusive tomografia computadorizada). 3.2- Trato respiratório superior, Faringite, Laringite, Epiglotite TRS Diagnóstico: 2 Critérios Principais A + 1 Secundário ou 1 Principal B Principal A- Febre(>38), eritema faríngeo, dor de garganta, exsudato purulento na garganta, tosse, rouquidão. Se paciente < 12 meses de idade acrescentar: febre (>38 retal), hipotermia(<37 retal), apnéia, bradicardia, secreção nasal ou exsudato purulento na garganta. B- Abscesso visto ao exame ou durante cirurgia ou histopatologia. Secundário 1- Cultura positiva do sítio específico. 2- Hemocultura positiva. 3- Antigenemia positiva no sangue ou secreção respiratória. 4- Diagnóstico médico de infecção de trato respiratório superior 5- Título de anticorpo diagnóstico (IgM) positivo ou aumento de título de anticorpo (IgG) de pelo menos 4 vezes em sorologia pareada 3.3- Conjuntivite CONJ Diagnóstico: Principal A ou 1 Principal B + 1 Secundário Principal A) Cultura positiva de material purulento da conjuntiva ou tecidos adjacentes como pálpebras, córnea, glândulas lacrimais, glândulas meibomianas. B) 1- Dor e hiperemia da conjuntiva. 2- Dor e Hiperemia em torno do olho.

Secundário 1- Leucócitos e bactérias visualizados ao em coloração de Gram. 2- Secreção purulenta. 3- Antigenemia positiva (ex.: ELISA ou IF para Chlamydia trachomatis, herpes simples, adenovírus) em exsudato ou raspado de conjuntiva 4- Microscopia de exsudato ou raspado conjuntival evidenciando células gigantes multinucleadas 5- Cultura positiva para vírus 6-Título de anticorpo diagnóstico (IgM) positivo ou aumento de título de anticorpo (IgG) de pelo menos 4 vezes em sorologia pareada OBS.: a)Não notificar conjuntivite química causada pelo nitrato de prata como infecção relacioanada à assistência b) Não notificar a conjuntivite que ocorre como parte de quadro virose (ex.: sarampo, catapora) 3.4- Outras Infecções Oculares OLHO Diagnóstico: 1 Critério Principal A ou 2 Principais B + 1 Secundário Principal A) Cultura positiva de líquido da câmara anterior ou posterior ou do humor vítreo. B) 1- Dor ocular. 2- Alteração visual. 3- Hipópio. Secundário 1- Diagnóstico médico de infecção ocular. 2- Hemocultura positiva. 3- Antigenemia positiva (ex.: H influenzae, S pneumoniae) 3.5- Ouvido e mastoíde OMAS 3.5.1 – Otite externa Diagnóstico: 1 Critério Principal A ou 2 Principais B + 1 Secundário Principal A- Cultura positiva de secreção purulenta do canal auditivo. B- 1. Febre(>38). 2. Dor. 3. Hiperemia 4. Drenagem de secreção pelo canal auditivo. Secundário Microorganismo visto à coloração de Gram de secreção purulenta. 3.5.2 - Otite média Diagnóstico: 1 Critério Principal A ou 2 Principais B

Principal A) Cultura positiva de líquido de ouvido médio obtido cirurgicamente ou por timpanocentese. B) 1- Febre (>38). 2- Dor timpânica. 3- Presença de inflamação, retração ou diminuição da mobilidade timpânica 4- Presença de líquido posterior ao tímpano. 3.5.3- Otite interna Diagnóstico: 1 Critério Principal Principal A - Cultura positiva de fluido do ouvido interno obtido cirurgicamente. B - Diagnóstico médico de otite interna. 3.5.4- Mastoidite Diagnóstico: Principal A ou 2 Principais B + 1 Secundário Principal A) Cultura positiva de líquido mastóideo purulento B) 1- Febre (>38). 2- Dor ou sensibilidade ou eritema na região. 3- Cefaléia. 4- Paralisia do nervo facial. Secundário 1- Microorganismos vistos à coloração de Gram de secreção mastóidea. 2- Pesquisa de antígenos sanguíneos positiva para o agente suspeito. 3.6- Infecção Oral (boca, língua, gengivas)ORAL Diagnóstico: 1 Principal A ou 1 Principal B + 1 Secundário Principal A) 1- Cultura positiva de secreção purulenta de tecido da cavidade oral. 2- Sinais de infecção oral ou abscesso ao exame direto, cirúrgico ou histopatológico. B) 1- Abscesso. 2- Úlcera. 3- Manchas brancacentas sobre mucosa inflamada. 4- Placas brancas elevadas em mucosa inflamada. 5- Placas na mucosa oral Secundário 1-Microorganismos vistos à coloração de Gram de material local. 2- Pesquisa com KOH positiva. 3- Presença de células gigantes multinucleadas em raspado da cavidade oral. 4- Diagnóstico e tratamento antifúgico tópico ou oral feito pelo médico assistente. 5- Título de anticorpo diagnóstico (IgM) positivo ou aumento de título de anticorpo (IgG) de

pelo menos 4 vezes em sorologia pareada Obs.: Notifique a primoinfecção da cavidade oral por Herpes simples relacionada à assistência à saúde como ORAL; infecções herpéticas recorrentes não são IRAS. 4 - Sítio Primário: Trato Urinário TU 4.1- Infecção do Trato Urinário Sintomática (ITUS): A infecção do trato urinário sintomática deve atender, pelo menos, um dos seguintes critérios: Critério 1 : Paciente tem, pelo menos, um dos seguintes sinais ou sintomas sem outra causa conhecida: febre (>38ºC), urgência miccional, aumento da freqüência miccional, disúria ou desconforto supra-púbico e paciente tem urocultura positiva com ≥100.000 microorganismos/mm³ de urina com não mais que 2 espécies de microorganismos. Critério 2 : Paciente tem, pelo menos, dois dos seguintes sinais ou sintomas sem outra causa conhecida: febre (>38ºC), urgência miccional, aumento da freqüência miccional, disúria ou desconforto supra-púbico e pelo menos, um dos seguintes: a) Teste de fita positivo para esterase leucocitária e/ ou nitrato; b) piúria (amostra de urina não centrifugada com ≥10Leucócitos/mm³ ou > 3 leucócitos /campo em grande aumento); c) organismos vistos à coloração de Gram de urina não centrifugada ; d) pelo menos, duas uroculturas com isolamento repetido do mesmo uropatógeno (bactéria gram-negativa ou S. saprophyticus) com 10²colônias/ml em espécimes colhidos por sondagem ou punção supra-púbica; e) > 105 colônias/ml de um único uropatógeno (bactéria gram-negativa ou S. saprophyticus) em um paciente recebendo tratamento com um agente antimicrobiano efetivo para infecção do trato urinário; f) diagnóstico médico de infecção do trato urinário; g) médico institui terapia apropriada para infecção do trato urinário. Critério 3 : Paciente ≤ 1 ano de idade com, pelo menos, um dos seguintes sinais ou sintomas sem outra causa conhecida: febre (>38ºC retal), hipotermia (<37ºC retal), apnéia, bradicardia, disúria, letargia ou vômitos e paciente tem urocultura positiva com ≥105 microorganismos/mm³ de urina com não mais que 2 espécies de microorganismos. Critério 4 : Paciente ≤ 1 ano de idade com, pelo menos, um dos seguintes sinais ou sintomas sem outra causa conhecida: febre (>38ºC retal), hipotermia (<37ºC retal), apnéia, bradicardia, disúria, letargia ou vômitos e pelo menos, um dos seguintes: a) Teste de fita positivo para esterase leucocitária e/ ou nitrato; b) piúria (amostra de urina não centrifugada com ≥10Leucócitos/mm³ ou > 3 leucócitos /campo em grande aumento);

c) organismos vistos à coloração de Gram de urina não centrifugada; d) pelo menos, duas uroculturas com isolamento repetido do mesmo uropatógeno (bactéria gram-negativa ou S. saprophyticus) com 10²colônias/ml em espécimes colhidos por sondagem ou punção supra-púbica; e) >105 colônias/ml de um único uropatógeno (bactéria gram-negativa ou S. saprophyticus) em um paciente recebendo tratamento com um agente antimicrobiano efetivo para infecção do trato urinário; f) diagnóstico médico de infecção do trato urinário; g) médico institui terapia apropriada para infecção do trato urinário. 4.2- Bacteriúria Assintomática:BAS A bacteriúria assintomática deve preencher pelo menos um dos seguintes critérios: - Critério 1: Paciente utilizou cateter urinário de demora nos últimos 7 dias precedentes à cultura e paciente tem urocultura positiva com ≥105 microorganismos/mm³ de urina com não mais que 2 espécies de microorganismos e paciente não tem febre (>38ºC), urgência miccional, aumento da freqüência miccional, disúria ou desconforto supra-púbico Critério 2: Paciente não utilizou cateter urinário de demora nos últimos 7 dias precedentes à primeira cultura positiva e paciente tem pelo menos 2 uroculturas positivas com ≥105 microorganismos/mm³ de urina com isolamento do mesmo patógeno e não mais que 2 espécies de microorganismos e paciente não tem febre (>38ºC), urgência miccional, aumento da freqüência miccional, disúria ou desconforto supra-púbico OBS.: a)A cultura da ponta de sonda vesical não é aceita como diagnóstico laboratorial de infecção urinária b) Em crianças < 1 ano a urina deve ser obtida por cateterização ou punção supra-púbica uma vez que a coleta através de bolsas não é confiável 4. 3- Outras infecções do trato urinário –Rim, ureter, bexiga, uretra, ou tecido circundante do espaçao retroperitoneal ou perinefrético - OTU. Diagnóstico: 1 Principal A ou 2 Principais B + 1 Secundário ou 1 Principal C + 1 Secundário Principal A) 1- Cultura positiva de líquido (exceto urina) ou tecido do local afetado. 2- Abscesso ou sinais de infecção vistos durante procedimento cirúrgico ou à histopatologia. B) 1- Febre(>38). 2- Dor no local afetado. C) Se paciente ≤ 12 meses de idade e apresenta pelo menos um dos seguintes sinais ou sintomas sem outra causa evidente: Febre (>38 retal),hipotermia(<37 retal), apnéia, bradicardia, letargia ou vômito.

Secundário 1- Drenagem purulenta no local afetado. 2- Hemocultura positiva com bactéria compatível com infecção no local afetado 3- Evidência radiológica de infecção (ex.:alteração ao ultrassom, tomografia computadorizada, ressonância magnética ou imagem com radioisótopo(gálio, tecnécio) . 4- Diagnóstico médico de infecção do rim, ureter, bexiga, uretra, ou tecido circundante do espaçao retroperitoneal ou perinefrético . 5- Médico assistente institui terapêutica apropriada para infecção do rim, ureter, bexiga, uretra, ou tecido circundante do espaçao retroperitoneal ou perinefrético . OBS .: Notifique infecções pós-circuncisão como CIRC 5 - Sítio Primário: Pele e Partes Moles. PPM 5.1- Pele PELE Diagnóstico: 1 Principal A ou 1 Principal B + 1 Secundário Principal A) Pústula, vesícula, bolha, drenagem purulenta. B) Dor ou sensibilidade, calor, rubor ou edema localizados, sem outra causa evidente. Secundário 1- Hemocultura positiva 2- Cultura positiva de secreção de drenagem ou aspirada do local afetado; se houver crescimento de flora habitual da pele (ie, difteróides [Corynebacterium spp], Bacillus [nãoB anthracis] spp, Propionibacterium spp, estafilococo coagulase-negativo [incluindo S epidermidis], estreptococos do grupo viridans, Aerococcus spp, Micrococcus spp) , deve haver crescimento puro. 3- Sorologia positiva do tecido afetado ou sangue (ex, herpes simplex, varicella zoster, H influenzae, N meningitidis) 4- Visualização de células gigantes multinucleadas em microscopia do tecido afetado 5- Título de anticorpo diagnóstico (IgM) positivo ou aumento de título de anticorpo (IgG) de pelo menos 4 vezes em sorologia pareada Obs.: a)Notifique onfalite do lactente como ONF. b)Notifique infecção da circuncisão do recém-nascido como CIRC. c)Notifique pústulas do lactente como PUST. d)Notifique infecção de úlceras de decúbito como DECU. e)Notifique infecção de queimadura como QUEI f)Notifique abscesso de mama ou mastite como MAST 5.2- Partes moles –Fasciíte necrosante, Gangrena infecciosa, Celulite necrosante, Miosite infecciosa, Linfadenite, Linfangite PM Diagnóstico: 1 Principal A ou 2 Principais B + 1 Secundário Principal A) 1- Germe isolado em cultura de secreção ou de tecido do local afetado. 2- Drenagem de secreção purulenta no local comprometido. 3- Evidência cirúrgica ou histológica de infecção. B) 1- Dor ou sensibilidade localizadas.

2- Calor local. 3- Rubor local. 4- Edema local. Secundário 1- Hemocultura positiva 2- Título de anticorpo diagnóstico (IgM) positivo ou aumento de título de anticorpo (IgG) de pelo menos 4 vezes em sorologia pareada. 3- Sorologia positiva na urina ou sangue (ex.: H influenzae, S pneumoniae, N meningitidis, Streptococcus Grupo B, Candida spp) Obs.: a)Notifique infecção de úlceras de decúbito como DECU b)Notifique infecção de tecidos pélvicos profundos como OAR 5.3 Escara Úlcera de decúbito, incluindo infecções superficiais e profundas: DECU Diagnóstico: 2 Principais + 1 Secundário Principal 1- Sensibilidade das bordas da úlcera. 2- Hiperemia das bordas da úlcera. 3- Edema das bordas da úlcera. Secundário 1- Cultura positiva de secreção aspirada com agulha ou de tecido biopsiado (cultura de material superficial não é considerada representativa de infecção). 2- Hemocultura positiva. Obs.: Drenagem purulenta isolada não é evidência suficiente de infecção 5-4 Queimadura QUEI Diagnóstico: Principal A + 1 Secundário ou 2 Principais B + 1 Secundário Principal A) Mudança das características da ferida por queimadura, (edema de borda ,perda rápida da crosta ou crosta de coloração marrom escura, preta ou violácea). B) 1- Febre(>38) ou hipotermia(<37). 2- Hipotensão. 3- Oligúria (diurese < 20 ml/hora). 4- Hiperglicemia em paciente não diabético. 5- Confusão mental. Secundário 1- Hemocultura positiva 2- Biópsia de borda mostrando invasão do tecido normal por bactérias. 3-Isolamento de vírus herpes simplex ,identificação histológica de inclusões por microscopia óptica ou eletrônica ou visualização de partículas virais por microscopia eletrônica em biópsias ou raspados de lesões Obs.:a) Drenagem purulenta isolada não é evidência suficiente de infecção b) Febre isolada não é adequado para diagnóstico de infecção, uma vez que pode ser resultante de trauma tecidual ou infecção de outro sítio 5-5 Onfalite ( no Recém Nascido) ONF

Diagnosticada em lactentes < 30 dias de nascido Diagnóstico: 1 Principal A + 1 Secundário ou 1 Principal B Principal A) 1- Eritema na região umbilical. 2- Secreção serosa na região umbilical. B) Eritema e drenagem purulenta na região umbilical Secundário 1- Cultura positiva de secreção drenante ou aspirada por agulha. 2- Hemocultura positiva Obs.:a) Notifique infecção de artéria ou veia umbilical devida à cateterização como VASC se não houver hemocultura positiva b)Notifique infecção relacionada à assistência se ocorrer em até 7 dias após alta hospitalar 5.6- Mastite ou Abcesso de mama :MAST Diagnóstico: 1 Principal Principal 1- Cultura positiva de tecido ou líquido obtido por incisão e drenagem ou por aspiração com

agulha da mama afetada. 2- Abcesso de mama ou outra evidência de infecção vista durante cirurgia ou exame

histopatológico. 3- Febre (>38), inflamação da mama e diagnóstico do médico assistente de abscesso mamário. 5.7- Pustulose (lactente ≤ 12 meses) PUST Diagnóstico: Principal + 1 Secundário Principal Paciente ≤ 12 meses de idade com uma ou mais pústulas. Secundário 1- Diagnóstico do médico assistente de infecção de pele. 2- Médico assistente institui terapêutica antibacteriana apropriada. Obs.:a) Não notifique eritema tóxico ou outras causas não infecciosas de pustulose. b)Notifique infecção relacionada à assistência se ocorrer em até 7 dias após alta

hospitalar 5.8- Infecção de circuncisão do recém-nascido CIRC Diagnóstico: Principal A ou 1 Principal B + 1 Secundário Principal A- Drenagem purulenta na circuncisão. B- 1- Sensibilidade no local de circuncisão 2- Eritema no local de circuncisão 3- Edema no local de circuncisão

Secundário 1- Cultura positiva do sítio para microorganismo patogênico. 2- Cultura positiva do sítio para contaminante de pele (ie, difteróides [Corynebacterium spp], Bacillus [não B anthracis] spp, Propionibacterium spp, estafilococo coagulase-negativo [incluindo S epidermidis], estreptococos do grupo viridans, Aerococcus spp, Micrococcus spp) e o médico assistente diagnostica infecção ou institui tratamento adequado. 6- Sítio Primário: Corrente sanguínea ICS 6.1- Infecção da corrente sangüínea laboratorialmente confirmada ICSLC ICSLC: critérios 1 e 2 podem ser usados para pacientes de qualquer idade, incluindo pacientes ≤ 1 ano de idade. A ICSLC deve preencher um dos seguintes critérios. Critério 1: paciente tem um patógeno identificado em 1 ou mais hemoculturas. e organismo obtido de hemocultura não está relacionado com infecção em outro sítio (ver Notas 1 e 2 abaixo). Critério 2: paciente tem, pelo menos, um dos seguintes sinais e sintomas: febre (>38ºC), calafrios ou hipotensão e sinais e sintomas e resultados laboratoriais positivos não estão relacionados à infecção em outro sítio e 2 ou mais hemoculturas colhidas em ocasiões separadas são positivas para germes habituais de pele (ie, difteróides [Corynebacterium spp], Bacillus [não B anthracis] spp, Propionibacterium spp, estafilococo coagulase-negativo [incluindo S epidermidis], estreptococos do grupo viridans, Aerococcus spp, Micrococcus spp). (Ver Notas 3 e 4 abaixo) Critério 3: paciente ≤ 1 ano de idade tem, pelo menos, um dos seguintes sinais e sintomas: febre (>38ºC retal), hipotermia (<37ºC retal), apnéia e bradicardia e sinais e sintomas e resultados laboratoriais positivos não estão relacionados à infecção em outro sítio e 2 ou mais hemoculturas colhidas em ocasiões separadas são positivas para germes habituais de pele (ie, difteróides [Corynebacterium spp], Bacillus [não B anthracis] spp, Propionibacterium spp, estafilococo coagulase-negativo [incluindo S epidermidis], estreptococos do grupo viridans, Aerococcus spp, Micrococcus spp).(Ver Notas 3, 4 e 5 abaixo). Notifique ICSLC associada a cateter venoso central quando houver um cateter central ou umbilical inserido no momento ou em até 48 horas antes do inicio do evento/ coleta da hemocultura. Não há um período de tempo mínimo de inserção do cateter para que a ICSLC seja considerada associada ao dispositivo. Fios de marcapasso cardíaco e outros dispositivos

sem lúmen inseridos em vasos centrais ou no coração não são considerados cateteres venosos centrais uma vez que não há infusão ou coleta de líquidos através deles. Introdutores são considerados acessos centrais. Em neonatos , artéria/veia umbilical é considerado vaso central. Notas: 1- No critério 1, a frase “ 1 ou mais hemoculturas” significa que, pelo menos, 1 amostra de sangue colhida seja identificada pelo laboratório como tendo crescimento de organismos (por exemplo, hemocultura positiva). 2- No critério 1, o termo “patógeno identificado” não deve incluir organismos considerados germes habituais de pele (ver critérios 2 e 3 para lista de germes habituais de pele). Alguns “patógenos identificados” são S. aureus, Enterococcus spp, E. coli, Pseudomonas spp, Klebsiella spp, Candida spp, etc. 3- Nos critérios 2 e 3, a frase 2 ou mais hemoculturas colhidas em ocasiões separadas significa: 3.1 – houve um intervalo de 2 dias entre as coletas de amostras (ex.: amostras colhidas na segunda e terça feira ou segunda e quarta-feira são aceitas como colhidas em ocasiões separadas, mas amostras colhidas na segunda e quinta-feira estão distantes demais para preencherem critérios de infecção) e 3.2- que, pelo menos, 1 amostra de cada sangue colhido será descrita pelo laboratório como apresentando crescimento do mesmo germe habitual de pele (hemocultura positiva). (Ver Nota 4 para determinar equivalência dos microrganismos). a) por exemplo, um paciente adulto tem sangue colhido as 8:00 e, depois, as 8:15 no mesmo dia.O sangue de cada amostra é inoculado em 2 tubos que serão incubados (total 4 tubos). Se 1 tubo de cada amostra colhida mostra-se positivo para estafilococo coagulase-negativo, esta parte do critério está atendida. b) por exemplo, um neonato tem sangue colhido para cultura na Terça-feira e, depois, no Sábado e ambas crescem o mesmo contaminante comum de pele. Devido ao tempo entre estas hemoculturas exceder os 2 dias do período para coleta de sangue estipulados nos critérios 2 e 3, esta parte do critério não está atendida. c) em pacientes pediátricos uma hemocultura pode consistir de um único tubo coletado devido à restrição de volume sanguíneo. Desta forma, para preencher esta parte dos critérios, cada tubo das 2 ou mais coletas deve ser positivo para o mesmo germe habitual de pele. d) Idealmente as amostras de sangue para cultura devem ser obtidas de 2 a 4 coletas em sítios diferentes de venopunção, sem a utilização de cateteres vasculares. As coletas podem ser realizadas simultaneamente ou num curto período de intervalo (dentro de poucas horas). 4- Há alguns aspectos a considerar para se determinar a equivalência de microorganismos: a) se um o contaminante comum de pele for identificado ao nível de espécie em uma cultura e a cultura concomitante for identificada apenas com o nome descritivo (isto é, para o nível de gênero), então, considera-se que os organismos são os mesmos. O organismo identificado com espécie deve ser notificado como o patógeno infectante (veja exemplos abaixo)

Cultura Cultura concomitante Notificar como S. epidermidis Estafilococo coagulase-

negativo S. epidermidis

Bacillus spp (não-anthracis) B. cereus B. cereus S. salivarius Strep. Viridans S. salivarius

b) se os organismos contaminantes comuns de pele tem suas espécies identificadas, mas antibiograma não é realizado ou é feito para apenas um dos isolados, considera-se que os organismos são os mesmos. c) se os contaminantes comuns de pele têm antibiogramas que são diferentes para 2 ou mais agentes antimicrobianos, considera-se que os organismos não são os mesmos (ver tabela abaixo). d) para fins de notificação de antibiograma ao NHSN, a classificação como sensibilidade intermediária (I) não deve ser usada para distinguir se 2 organismos são diferentes. Nome do organismo Isolado A Isolado B Interpretado como S. epidermidis Todas as drogas S Todas as drogas S Iguais S. epidermidis OX R

CEFAZ R OX S CEFAZ S

Diferentes

Corynebacterium spp PENG R CIPRO S

PENG S CIPRO R

Diferentes

Strep. Viridans Todas as drogas S Todas as drogas S, ERYTH (R)

Iguais

Obs.: S = sensível, R= resistente 5- Para pacientes ≤ 1 ano de idade, os seguintes equivalentes de temperatura para febre e hipotermia podem ser usados:

● febre: 38ºC retal / timpânico / artéria temporal = 37ºC oral = 36ºC axilar; ● hipotermia: 37ºC retal / timpânico / artéria temporal = 36ºC oral = 35ºC axilar.

6- Flebite purulenta confirmada por cultura semi-quantitativa positiva de ponta de cateter, sem hemocultura positiva é considerado SCV-VASC e não ICS. 7- Notifique hemoculturas positivas como ICS-ICSLC quando não houver outro foco infeccioso evidente. 6.2- Sepse clínica SEPC: A SEPC pode ser usada apenas para notificar uma ICS primária em neonatos e lactentes.Não é mais utilizada para notificar ICS em adultos ou crianças. Para notificar uma SEPC, os seguintes critérios devem ser atendidos:

Paciente ≤ 1 ano de idade com pelo menos, um dos seguintes sinais ou sintomas sem outra causa conhecida: febre (>38ºC retal), hipotermia (<37º retal), apnéia ou bradicardia

e hemocultura não-realizada ou nenhum organismo detectado no sangue e ausência de infecção aparente em outro sítio e médico institui tratamento para sepse. 7- Sítio Primário: Sistema Cardiovascular SCV 7.1- Infecção arterial ou venosa VASC Diagnóstico: 1 Principal Principal 1- Cultura positiva de artéria ou veia removida durante a cirurgia e hemocultura não realizada

ou negativa. 2- Evidência cirúrgica ou histopatológica de infecção arterial ou venosa. 3- Paciente que tenha pelo menos um dos seguintes sinais ou sintomas sem outra causa evidente: (1) febre (>38), (2) dor, (3) eritema, ou (4) calor em sítio vascular e cultura semiquantitativa da ponta do cateter intravascular com mais de 15 UFC/placa e hemocultura negativa ou não realizada. 4- Paciente ≤ 12 meses de idade que apresente, pelo menos, um dos seguintes sinais ou sintomas sem outra causa evidente : (1) febre (>38 retal), (2) hipotermia (<37 retal), (3) apnéia, (4) bradicardia, (5) letargia, ou (6) dor, eritema ou calor em sítio vascular e cultura semiquantitativa da ponta do cateter intravascular com mais de 15 UFC/placa e hemocultura negativa ou não realizada. 5- Drenagem purulenta de um sítio vascular e hemocultura negativa ou não realizada. • Obs.: Notifique como SCV-VASC as infecções de fístula, enxertos ou shunt arteriovenosos

e de sítio de canulação intravenosa com hemocultura negativa; • Notifique como ICS-ICSLC as infecções intravasculares com hemocultura positiva. 7.2- Endocardite ENDO Diagnóstico: Principal A ou 2 Principais B + 1 Secundário Principal A- Cultura positiva de válvula ou vegetação. B- Dois ou mais dos sinais ou sintomas seguintes sem outra causa conhecida: (1) febre (>38), (2) sopro novo ou modificado, (3) fenômenos embólicos, (4) manifestação cutânea (petéquia, púrpura, nódulos subcutâneos dolorosos), (5) insuficiência cardíaca congestiva, ou (6) alterações na condução cardíaca. Se o paciente for ≤ 12 meses, acrescentar: hipotermia (<37retal), bradicardia ou apnéia. e o médico assistente institui terapêutica para endocardite quando o diagnóstico é antemortem. Secundário 1- Germe isolado em duas ou mais hemoculturas. 2-Microorganismo visto `a coloração de Gram da válvula quando a cultura for negativa ou não realizada. 3- Vegetação é identificada durante a cirurgia ou à necrópsia. 4- Sorologia positiva na urina ou sangue (ex.; H influenzae, S pneumoniae, N meningitidis,ou Streptococcus Grupo B) 5- Nova vegetação ao ecocardiograma 7.3- Miocardite, Pericardite CARD Diagnóstico: 1 Principal A ou 2 Principais B + 1 Secundário Principal A) 1- Cultura positiva de líquido ou tecido pericárdio obtida durante cirurgia ou por aspiração com agulha. B) 1- Paciente que apresente, pelo menos, dois dos sinais ou sintomas abaixo sem outra causa conhecida: paciente > 12 meses: (1) febre (>38), (2) dor torácica, (3) pulso paradoxal ou (4) aumento da área cardíaca. Se o paciente for ≤ 12 meses, acrescentar: hipotermia(<37 retal), bradicardia ou apnéia.

Secundário 1- Alteração de ECG compatível com miocardite ou pericardite. 2- Histologia compatível com miocardite ou pericardite. 3- Antigenemia sanguíena positiva (ex.: H. Influenzae, S. Pneumoniae) 4- Derrame pericárdio positivo à propedêutica (ecocardiograma, tomografia computadorizada, ressonância magnética ou angiografia). 5- Aumento de 4 vezes dos anticorpos específicos com ou sem isolamento de vírus da faringe ou fezes Obs.: A maioria dos casos de pericardite pós cirurgias cardíacas ou infarto agudo do miocárdio não são de origem infecciosa 7.4- Sítio Primário: Mediastinite MED Diagnóstico: 1 Principal A ou 1 Principal B + 1 Secundário Principal A) 1- Cultura positiva de líquido ou tecido mediastinal aspirado ou coletado durante cirurgia. 2- Evidência cirúrgica ou histopatológica de mediastinite. B) Paciente apresenta, pelo menos, um dos seguintes sinais ou sintomas sem outra causa evidente: (1) febre(>38), (2) dor torácica ou (3) instabilidade esternal. Se paciente for ≤ 12 meses ,acrescentar: hipotermia(<37 retal), bradicardia ou apnéia. Secundário 1- Secreção mediastinal purulenta. 2- Hemocultura ou cultura de líquido mediastinal positiva. 3- Alargamento mediastinal visto à radiografia. Obs.: Notifique mediastinite após cirurgia cardíaca que é acompanhada por osteomielite como ISC-MED ao invés de ISC-OSSO 8- Sítio Primário: Sítio Cirúrgico ISC 8.1- Infecção de Sítio Cirúrgico Superficial ISUPP / ISUPS Existem dois tipos específicos de infecções incisionais superficiais: - ISUPP – Infecção incisional superficial primária : ISC identificada na incisão primária realizada em um procedimento onde mais de uma incisão é realizada ( incisão do tórax para reascularização miocárdica) -ISUPS – Infecção incisional superficial secundária : ISC identificada na incisão secundária realizada em um procedimento onde mais de uma incisão é realizada(incisão da perna realizada para retirada de veia safena como área doadora em cirurgia de revascularização miocárdica) Diagnóstico: 2 Critérios Principais + 1 Critério Secundário Principal 1- Infecção que ocorre até 30 dias após o ato cirúrgico. 2- Envolve apenas pele e tecido subcutâneo incisional. Secundário 1- Drenagem purulenta pela incisão superficial. 2- Isolamento de microrganismo em cultura de líquido ou tecido superficial obtida assepticamente

3- A incisão superficial é deliberadamente aberta pela cirurgião e, pelo menos, um dos sinais e sintomas: dor, edema, calor ou rubor locais e cultura positiva ou não realizada. Não considerar se a cultura for negativa. 4- Diagnóstico de infecção incisional superficial feito pelo cirurgião ou médico assistente. Ob.:a) Não notifique como infecção processo inflamatório restrito aos pontos de sutura.

b)Não notifique como infecção incisional a infecção relacionada à incisão de dreno. Classificá-la como infecção de pele ou de partes moles, conforme a extensão do processo.

c) Notifique a infecção de circuncisão em neonatos como CIRC. d) Notifique a infecção de queimadura como QUEI.

e)Se a infecção incisional se estende para fáscia e camadas musculares, notifique como infecção incisional profunda.

f) Notifique infecção incisional que envolve as camadas superficial e profunda como PROF 8.2- Incisional Profunda PROFP - PROFS Existem dois tipos específicos de infecções incisionais profundas: - PROFP – Infecção incisional profunda primária : ISC identificada na incisão primária realizada em um procedimento onde mais de uma incisão é realizada ( incisão do tórax para reascularização miocárdica) -PROFS – Infecção incisional profunda secundária : ISC identificada na incisão secundária realizada em um procedimento onde mais de uma incisão é realizada (incisão da perna realizada para retirada de veia safena como área doadora em cirurgia de revascularização miocárdica) Diagnóstico: 2 Critérios Principais + 1 Critério Secundário Principal 1- Infecção que ocorre até 30 dias após o ato cirúrgico, sem implante ; até 1 ano após,se cirurgia com implante e a infecção parece estar relacionada ao ato cirúrgico. 2- Envolve tecidos moles profundos (fáscia, musculatura) da incisão. Secundário 1- Drenagem purulenta da incisão profunda, mas não de órgão ou cavidade do sítio cirúrgico. 2- Deiscência espontânea da sutura ou sua abertura deliberada pelo cirurgião até suas camadas profundas e, pelo menos, 1 sinal ou sintoma: febre ( > 38ºc) sensibilidade ou dor local. Não considerar se a cultura for negativa. 3- Abscesso ou outra evidência de infecção envolvendo a incisão profunda encontrado no exame direto, durante reoperação ou por exame histopatológico ou radiológico. 4- Diagnóstico de infecção profunda da incisão feito pelo cirurgião ou pelo médico assistente. Obs.:a) Define-se como implante todo material, objeto ou tecido não humano (prótese valavar cardíaca, enxertos vasculares não-humanos, coração mecânico, próteses de quadril, etc) inserido permanentemente durante ato cirúrgico e que não é manipulado rotineiramente para procedimentos diagnósticos ou terapêuticos. b) Notifique as infecções que envolvem camadas superficiais e profundas como PROF 8.3- Órgão ou Cavidade ORCAV Uma infecção de sítio cirúrgico de órgão – cavidade envolve qualquer parte do corpo manipulada durante ato cirúrgico, exceto incisão da pele, fáscia e camada muscular. Alguns sítios específicos devem ser utilizados para identificar a localização da infecção cirúrgica. Um exemplo: apendicectomia que evolui com abscesso subfrênico deve ser notificada como infecção de sítio primário- cirúrgico e sítio específico - intrabdominal (ISC- IAB). Os

seguintes sítios devem ser notificados como sítio específico: CARD MEN DISC ORAL OMAS OREP EMET OUT ENDO AM OLHO SINU TGI TRS IAB VASC IC CUFV ART OSSO PULM MAST MED Diagnóstico: 2 Critérios Principais + 1 Critério Secundário Principal 1- Infecção que ocorre até 30 dias após o ato cirúrgico, sem implante; até 1 ano após, se cirurgia com implante e a infecção parece estar relacionada ao ato cirúrgico. 2- Infecção que envolve qualquer parte do corpo manipulada ou aberta em ato cirúrgico (exceto incisão de pele, fáscia ou músculos). Secundário 1- Drenagem purulenta através de dreno colocado no órgão ou cavidade. 2- Cultura positiva de secreção ou biópsia de tecido do órgão ou cavidade obtida assepticamente. 3- Abscesso ou outra evidência de infecção encontrado ao exame direto, durante reoperação ou por exame histopatológico ou radiológico. 4- Diagnóstico de infecção de órgão ou cavidade feito pelo cirurgião ou pelo médico assistente. Obs.: Ocasionalmente, a infecção de órgão / cavidade drena através da incisão e, geralmente, não envolve reoperação sendo considerado uma complicação da incisão.Neste caso notifique como infecção incisional profunda. 9- Sítio Primário: Sistema Nervoso Central SNC 9.1 Infecção intracraniana ICRAN. Abcesso cerebral, Infecção Epidural ou Subdural, Encefalite Diagnóstico: 1 Principal A ou 2 Principais B + 1 Secundário Principal A) 1- Cultura positiva de tecido cerebral ou da duramáter. 2- Evidência cirúrgica ou histológica de abscesso ou infecção intracraniana. B) Paciente apresenta, pelo menos, dois dos seguintes sinais ou sintomas sem outra causa evidente: (1) febre(>38), (2) cefaléia, (3) tontura, (4) sinal neurológico focal, (5) alteração de nível de consciência ou (6) confusão mental e o médico assistente institui terapêutica específica para infecção do SNC. Se paciente for ≤ 12 meses, acrescentar: hipotermia(<37 retal), apnéia ou bradicardia. Secundário 1- Identificação de microrganismo em tecido cerebral ou abscesso em microrscopia de tecido obtido por aspiração por agulha, biópsia cirúrgica ou necrópsia 2- Título de anticorpo diagnóstico (IgM) positivo ou aumento de título de anticorpo (IgG) de pelo menos 4 vezes em sorologia pareada. 3- Evidência radiográfica de processo infeccioso (ex.: alteração de ultrassom, TC, RNM, arteriografia, cintilografia) 4- Sorologia positiva no sangue ou urina Obs.: Se estiverem presentes meningite e abscesso cerebral, notifique como IC 9.2- Meningite, Ventriculite MEN

Diagnóstico: Principal A ou 1 Principal B + 1 Secundário Principal A) Cultura de líquor positiva. B) Paciente apresenta pelo menos um dos seguintes sinais ou sintomas sem outra causa evidente e o médico assistente institui terapêutica específica para infecção do SNC: (1) febre, (2) cefaléia, (3) rigidez de nuca, (4) sinal meníngeo, (5) alteração de pares cranianos ou (6) irritabilidade. Se paciente for ≤ 12 meses, acrescentar: hipotermia, bradicardia, apnéia ou irritabilidade. Secundário 1- Pleocitose, hiperproteinorraquia e/ou hipoglicorraquia,. 2- Presença de microrganismo à coloração de Gram do líquor. 3- Hemocultura positiva. 4- Pesquisa de antígenos positiva no líquor, sangue ou urina. 5- Título de anticorpo diagnóstico (IgM) positivo ou aumento de título de anticorpo (IgG) de pelo menos 4 vezes em sorologia pareada. 9.3 Abscesso medular sem meningite AM Abscesso do espaço subdural ou epidural sem acometimento do líquor ou estruturas

ósseas adjacentes Diagnóstico: 1 Principal A ou 1 Principal B + 1 Secundário Principal A) 1- Cultura positiva de abscesso subdural ou epidural 2- Evidência de abscesso subdural ou epidural vista em ato cirúrgico, autópsia ou exame histopatológico B) Paciente apresenta pelo menos um dos seguintes sinais ou sintomas sem outra causa evidente e o médico assistente institui terapêutica específica: (1) febre (>38), (2) dor lombar nas costas, (3) sensibilidade localizada, (4) radiculite, (5) paraparesia ou (6) paraplegia. Se o paciente for ≤ 12 meses, acrescentar: hipotermia, bradicardia ou apnéia. Secundário 1- Hemocultura positiva 2- Evidência radiológica de abscesso medular (ex..: alteração de ultrassom, TC, RNM, mielografia, cintilografia) Obs.: Notifique abscesso medular com meningite como MEN 10- Sítio Primário: Aparelho Gastrointestinal GI 10.1 Gastroenterite GE Diagnóstico: 1 Principal A ou 2 Principais B + 1 Secundário Principal A- Diarréia aguda ( fezes líquidas por mais de 12 horas) sem causa não infecciosa (ex.: provas diagnósticas, medicações não antimicrobianas, exacerbação de patologia crônica ou estresse psicológico), com ou sem febre (>38) ou vômito. B- (1) Náusea, (2) vômito, (3) dor abdominal, (4) febre (>38) ou (5) cefaléia.

Secundário 1- Enteropatógeno isolado em cultura fecal ou swab retal. 2- Microscopia eletrônica ou ótica positiva para enteropatógeno. 3- Enteropatógeno detectado por seu antígeno ou anticorpo nas fezes ou sangue. 4- Título de anticorpo diagnóstico (IgM) positivo ou aumento de título de anticorpo (IgG) de pelo menos 4 vezes em sorologia pareada 5- Detecção de alterações citopáticas em cultura de tecido (pesquisa de toxina) evidenciando a presença de enteropatógeno 10.2 Enterocolite Necrosante do lactente ENC Diagnóstico: 2 Principais + 1 Secundário Principal (1) Vômito, (2) distensão abdominal ou (3) estase, associados à presença, micro ou macroscópica, de sangue nas fezes. Secundário 1- Pneumoperitôneo. 2- Pneumatose intestinal. 3- Alça em sentinela. 10.3- Infecção intrabdominal, IAB Inclui vias biliares, vesícula biliar, fígado (exceto hepatite virótica), baço, pâncreas, peritôneo, espaço subfrênico ou subdiafragmático e outros tecidos intra-abdominais não definidos em outro sítio específico Diagnóstico: 1 Principal A ou 2 Principais B + 1 Secundário Principal A) 1- Cultura positiva de material obtido do espaço intrabdominal através de ato cirúrgico ou aspiração por agulha. 2- Evidência cirúrgica ou histopatológica de infecção ou abscesso intrabdominal. B) Paciente apresenta pelo menos dois dos seguintes sinais ou sintomas sem outra causa evidente: (1) febre (>38), (2) náusea, (3) vômito, (4) dor abdominal ou (5) icterícia. Secundário 1-Cultura positiva de secreção de dreno inserido durante cirurgia (drenagem aberta, fechada ou tubo T). 2- Microorganismo visto à coloração de Gram de secreção ou tecido obtido em ato cirúrgico ou por aspiração com agulha. 3- Hemocultura positiva e evidência radiológica de infecção (ex.:alteração de ultrassom, TC, RNM, cintilografia). Obs.: Não notifique pancreatite como infecção a não ser que tenha origem infecciosa determinada 10.4- Hepatite HEP

Diagnóstico: 2 Principais + 1 Secundário Principal (1) Febre (>38), (2) anorexia, (3) náusea, (4) vômito, (5) dor abdominal, (6) icterícia ou (7) história de transfusão de sangue e derivados nos últimos três meses. Secundário 1- Sorologia com pesquisa de antígeno ou anticorpo positiva para hepatite por vírus A, B, C ou Delta. 2- Provas hepáticas alteradas (ex.: elevação de transaminases ou bilirrubinas). 3- Detecção de citomegalovírus na urina ou secreção orotraqueal Obs.: Não notifique hepatite ou icterícia resultante de obstrução de vias biliares, exposição a hepatotoxinas (ex.: álcool, paracetamol) ou de origem não infecciosa (ex.: deficiência de alfa 1 antitripsina) 10.5- Infecção do Trato Gastro-intestinal TGI Esôfago, estômago, intestino delgado, cólon e reto, exceto gastroenterite e apendicite. Diagnóstico: 1 Principal A ou 2 Principais B + 1 Secundário Principal A- Evidência de abscesso ou outra infecção à cirurgia ou à histopatologia. B- (1) Febre (>38), (2) náusea, (3) vômito ou (4) dor abdominal (5) aumento da sensibilidade. Secundário 1- Cultura positiva de material colhido em cirurgia, por endoscopia ou através de dreno inserido durante cirurgia. 2- Material colhido cirurgicamente, por endoscopia ou através de dreno inserido durante cirurgia mostrando microrganismos à coloração de Gram ou exame com KOH ou presença de células gigantes multinucleadas 3- Hemocultura positiva. 4- Presença de evidências radiológicas. 5- Achados patológicos à endoscopia (ex.: esofagite ou proctite por Candida sp.). 11- Sítio Primário: Aparelho Reprodutor REPRO 11.1 Endomiometrite EMET Diagnóstico: 1 Principal A ou 2 Principais B Principal A) Cultura positiva de líquido ou tecido endometrial obtido cirurgicamente ou aspirado por agulha ou biópsia de escova. B) Paciente apresenta, pelo menos, dois dos seguintes sinais ou sintomas sem outra causa evidente: (1) secreção purulenta uterina, (2) febre (>38), (3) dor abdominal, (4) dolorimento uterino. Obs.: Notifique endometrite pós-parto como associada à assistência à não ser que o líquido amniótico esteja infectado ou a paciente seja admitida 48 horas após a ruptura das membranas amnióticas.

11.2- Infecção da Episiotonia EPIS Diagnóstico: 1 Principal Principal 1- Drenagem purulenta no local de episiotomia após parto vaginal. 2- Abscesso no local de episiotomia após parto vaginal. Obs.: A episiotomia não é considerada procedimento cirúrgico pelo NHSN 11.3- Outras Infecções do Aparelho Reprodutor OREP Infecção de epidídimo, testículos, próstata, vagina, ovários, útero, ou outros tecidos pélvicos profundos exceto endometrite e infecção da cúpula vaginal Diagnóstico: 1 Principal A ou 2 Principais B + 1 Secundário Principal A) 1- Cultura positiva de tecido ou secreção do local afetado. 2- Evidência cirúrgica de abscesso ou outra infecção. 3- Evidência histopalógica de abscesso ou outra infecção. B) Paciente apresenta, pelo menos, dois dos seguintes sinais ou sintomas sem outra causa evidente: (1) febre (>38), (2) náusea, (3) vômitos, (4) dor, (5) sensibilidade ou (6) disúria. Secundária 1- Hemocultura positiva. 2- Diagnóstico do médico assistente. 11.4- Infecção da cúpula vaginal CUPV Diagnóstico: 1 Critério Principal Principal 1- Drenagem purulenta através da cúpula vaginal pós-histerectomia. 2- Abcesso da cúpula vaginal pós- histerectomia. 3- Cultura positiva de líquido ou tecido da cúpula vaginal pós-histerectomia.

12- Sitio Primário: Osso e Articulação OART 12.1- Osteomielite OSSO Diagnóstico: 1 principal A ou 2 principais B + 1 secundário Principal A) 1- Cultura do osso positiva. 2- Evidência de infecção ao exame direto do osso durante cirurgia ou exame histopatológico B) Paciente apresenta, pelo menos, dois dos seguintes sinais ou sintomas sem outra causa evidente:(1) febre (>38), (2) edema localizado, (3) dolorimento, (4) calor, ou (5) drenagem no sítio suspeito de infecção.

Secundário 1- Hemocultura positiva. 2- Sorologia positiva no sangue (ex.: H influenzae, S pneumoniae) . 3- Evidência radiológica de infecção (ex.:alteração de Raio X, TC, RNM, cintilografia).

Obs.: Notifique a mediastinite pós cirurgia cardíaca acompanhada de osteomielite como ISC- MED 12.2- Infecção de Articulações ou bursa ART Diagnóstico: 1 Principal A ou 2 Principais B + 1 secundário Principal A) 1- Cultura positiva de líquido sinovial ou biópsia de sinóvia. 2- Evidência de infecção da articulação ou bursa durante cirurgia ou exame histopatológico. B) (1) Dor articular, (2) edema, (3) sensibilidade, (4) calor, (5) evidência de derrame articular ou (6) limitação de movimentos.

Secundário 1- Microorganismos e leucócitos vistos à coloração de Gram do líquido sinovial. 2- Perfil bioquímico e celular do líquido sinovial compatível com infecção e não explicado por doença reumática subjacente. 3- Evidência radiológica de infecção (ex.:alteração de Raio X, TC, RNM, cintilografia).. 4- Pesquisa de antígenos positiva no sangue, urina ou líquido sinovial

12.3- Discite DISC Diagnóstico: 1 Principal A ou 1 Principal B + 1 Secundário Principal A) 1- Cultura positiva de tecido do espaço discal intervertebral, colhida durante cirurgia ou por aspiração com agulha. 2- Evidência de infecção ao exame direto do espaço intervertebral durante cirurgia ou exame histopatológico B) (1) Febre(>38) ou (2) dor no espaço discal envolvido.

Secundário 1- Evidência radiográfica de infecção (ex.:alteração de Raio X, TC, RNM, cintilografia).. 2- Pesquisa de antígenos positiva no sangue ou urina (ex.: H influenzae, S pneumoniae, N. Meningitidis ou estreptococo do grupo B) .

13. Sítio Primário : Infecção Sistêmica IS 13.1 -Infecção Disseminada DISSE Infecção de múltiplos órgãos e sistemas sem um foco de origem único aparente.

Geralmente de origem virótica, com sinais ou sintomas sem outra causa evidente e compatíveis com envolvimento de múltiplos órgãos e sistemas.Use este código para notificar doenças sistêmicas (ex.: sarampo, rubéola, varicela, eritema infeccioso). Geralmente estas infecões podem ser diagnosticadas somente com critérios clínicos. Não use este código para infecções relacioandas à assistência à saúde com focos metastáticos múltiplos, como por exemplo endocardite bacteriana: somente o sítio primário de infecção deverá ser notificado. Não notifique febre de origem indeterminada como DISSE. Leitura recomendada . Garner JS, Jarvis WR, Emori TG, Horan TC, Hughes JM. CDC definitions for nosocomial

Infections, 1988. Am J Infect Control 1988; 16: 28-40. . Larson E, Horan T, Cooper B, Kotilainen H, Landry S, Terry B. Study of the definitions of

nosocomial infections (SDNI). Am J Infect Control 1991; 19: 259 - 267 . Sherertz RJ, Garibaldi RA, Marosok RD, et al. Consensus paper on the surveillance of

surgical wound infections. Am J Infect Control 1992; 20: 263 - 270. HORAN, T.C.; EMORI, T. G. Definitions of key terms used in the NNIS system. Am J Infect Control. [S. l.], v. 25, n. 2, pp. 112-6, 1997. HORAN, T. C.; GAYNES, R. P. Surveillance of nosocomial infections. In: MAYHALL, C. G. (ed). Hospital Epidemiology and Infection Control, 3rd ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 2004. pp. 1659-1702. CDC. NHSN manual: patient safety component protocols. Disponível em: http://www.cdc.gov/ncidod/dhqp/nhsn_documents.html. Acesso em: 18 fevereiro 2009. Horan, T.C; Andrus M.; Dudeck,MA, CDC – NHSN surveillance definition of health care-associated infection and criteria for specific types of infections in the acute care setting. Am J Infect Control. 2008 Jun;36(5):309-32. Tabela de sugestão de códigos em portugês para notificação Os códigos em português estão seguidos dos correspondentes em inglês (entre parênteses) Pneumonia PNEU (PNEU)

Pneumonia definida clinicamente PNEU1 (PNU1) Pneumonia com achados laboratoriais específicos PNEU2 (PNU1)

Pneumonia em paciente imunocomprometido PNEU3 (PNU3) Trato Respiratório Inferior TRI (LRI)

Infecção do trato respiratório inferior, exceto pneumonia BRON (BRON) Outras infecções do trato respiratório inferior. PULM (LUNG)

Olhos, Ouvidos, Nariz, Garganta e Boca OONBG (EENT)

Sinusite SINU (SINU) Trato respiratório superior TRS (UR) Conjuntivite CONJ (CONJ) Outras Infecções Oculares OLHO (EYE) Ouvido e mastoíde OMAS (EAR) Infecção Oral ORAL (ORAL)

Trato Urinário TU (UTI)

Infecção do Trato Urinário Sintomática ITUS (SUTI): Bacteriúria Assintomática:BAS (ASB) Outras infecções do trato urinário OTU (OUTI)

Pele e Partes Moles. PPM (SST) Pele PELE (SKIN) Partes moles PM (ST) Úlcera de decúbito DECU (DECU) Queimadura QUEI (BURN) Onfalite ONF (UMB) Mastite ou Abcesso de mama :MAST (BRST) Pustulose PUST (PUST) Circuncisão CIRC (CIRC)

Corrente sanguínea ICS (BSI)

Infecção da corrente sangüínea laboratorialmente confirmada ICSLC (LCBI) Sepse clínica SEPC(CSEP)

Sistema Cardiovascular SCV (CVS)

Infecção arterial ou venosa VASC (VASC) Endocardite ENDO (ENDO) Miocardite, Pericardite CARD (CARD) Mediastinite MED (MED)

Sítio Cirúrgico ISC (SSI)

Infecção de Sítio Cirúrgico Superficial Primária ISUPP (SIP) Infecção de Sítio Cirúrgico Superficial Secundária ISUPS (SIS) Infecção de Sítio Cirúrgico ProfundaPrimária PROFP (DIP) Infecção de Sítio Cirúrgico Profunda Secundária PROFS (DIS) Órgão ou Cavidade ORCAV (ORGAN/SPACE)

Sistema Nervoso Central SNC (CNS)

Infecção intracraniana ICRAN. (IC) Meningite, Ventriculite MEN (MEN) Abscesso medular sem meningite AM (SA)

Aparelho Gastrointestinal GI (GI)

Gastroenterite GE (GE) Enterocolite Necrosante do lactente ENC (NEC) Infecção intrabdominal IAB (IAB) Hepatite HEP (HEP) Infecção do Trato Gastro-intestinal TGI (GIT)

Aparelho Reprodutor REPRO (REPR)

Endomiometrite EMET (EMET) Infecção da Episiotonia EPIS (EPIS) Outras infecções do aparelho reprodutor OREP (OREP) Infecção da cúpula vaginal CUPV (VCUF)

Osso e Articulação OART Osteomielite OSSO (BONE) Articulações ou bursa ART (JNT) Discite DISC (DISC)

Infecção Sistêmica IS (SYS)

Infecção Disseminada DISSE (DI)