pneumonia adquirida na comunidade

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MARIA VELOSO MUNIZ NOVEMBRO 2014 PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE NA INFÂNCIA

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M A R I A V E L O S O M U N I Z

NOVEMBRO

2014

PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE NA INFÂNCIA

Conceito

Quadro infeccioso que acomete o trato respiratório inferior.

Epidemiologia

Ocorre em crianças que apresentam 4 a 6 episodios de doença respiratória (IRA) por ano;

2 a 3% evoluem para pneumonia;

80% das mortes por IRA é devido à pneumonia.

Fatores de risco

Desnutrição

Baixo peso ao nascer

Idade

Permanência em creche

Pneumonias prévias

Baixa imunidade

Ausência de aleitamento materno

História Vacinal incompleta

Baixo nível sócio-econômico

Outros

Etiologia

RN < 3 dias

-Streptococcus grupo B, Gram negativo (E. Coli), Listeria sp. (pouco comum)

RN > 3 dias

-Staphylococcus aureus, Staphilococcusepidermidis e Gram negativos.

1 a 3 meses

-Virus sincicial respiratório, Chlamydiatrachomatis, Ureaplasma urealyticum

Etiologia

Manifestações Clínicas

Precedida por um quadro de infecção viral alta

Taquipnéia fora do período febril

< 2 meses: FR>60 irpm

2 a 12 meses: FR> 50 irpm

1 a 5 anos: FR > 40 irpm

Desconforto respiratório

Tiragens

Batimento de asa de nariz

Retração de fúrcula

Uso de musculatura acessória

Manifestações Clínicas

Bacteriana: tosse produtiva, febre alta, dor abdominal ou torácica, prostração, hiporexia.

Viral: início mais gradativo com cefaléia, mal estar, tosse não produtiva e febre.

Atenção: Pneumonia afebril do lactente: instalação insidiosa, iniciando com coriza ou obstrução nasal, seguido por tosse, às vezes com paroxismos de aspecto coqueluchoide, taquipnéia leve ou moderada e preservação do estado geral (< 3 meses ).

Classificação Clinica de Gravidade

Diagnóstico

Clínico e radiológico.

Etiológico é infreqüente.

Cultura orofaringe pouca utilidade.

Análise de escarro (idade).

Punção pulmonar (risco pneumotórax).

Hemocultura positiva em 20% dos casos.

Hemograma, VHS e PCR, pouco específicos.

Investigação Laboratorial

Hemograma:

PCR:

Hemocultura:

Investigação radiológica

Investigação radiológica

Escore elaborado por Khamapirad

Indicação de hospitalização

< 2 meses: internar sempre.

Sat O2 < 92%, cianose.

Falha da terapêutica ambulatorial.

Dificuldade respiratória.

Apnéia intermitente.

Impossibilidade de se alimentar.

Doença grave concomitante.

Incapacidade da família em tratar o paciente em domicílio.

Sinal radiológico de gravidade.

Tratamento

Ambulatorial:

- cuidados gerais,

- posologia correta do antibiótico,

- antitérmicos,

- Alimentação,

- observar sinais de piora.

Tratamento - domiciliar

Idade Antibiótico inicial Falha terapêutica

2m a 5 anos Amoxicilina 50 mg/Kg/dia

Amoxi+clavulanato 50 mg/Kg/dia ou Cefuroxima 30 mg/Kg/dia VO 12\12h

6 a 18 anos Amoxicilina 50 mg/Kg/dia

Azitromicina10mg/Kg/dia ouAmoxi+clavulanato 50 mg/Kg/dia

Tratamento

Tratamento - hospitalar

Antibioticoterapia de acordo com a faixa etária.

Mudança da via parenteral para oral:após o 2º dia de estabilização clinica.

Tempo de antibiótico: 3 a 5 dias após o desaparecimento dos sintomas clínicos.

Sibilos e insuficiência respiratória:associar broncodilatadores e corticosteroides.

Tratamento - hospitalar

Complicações

Derrame pleural (mais frequente).

Deve ser investigado quando há falha terapêutica após 48-72h de tratamento adequado.

Toracocentese indicada quando coleção maior que 10mm no Rx de torax em Laurell e enviar material para estudo.

Drenagem se empiema ou derrame pleural complicado.

Pneumatocele

Abscesso pulmonar

Critérios de alta

Eupnéico.

Aceitando medicação oral.

Afebril há 48h.

SatO2 >92%.

Referências Bibliográficas

Sociedade Bras Pneumo e Tisiologia e Sociedade

Brasileira de Pediatria.Projeto Diretrizes Pneumonia adquirida na comunidade na infancia. 2011;

Jornal Bras Pneumo Diretrizes brasileiras em pneumonia adquirida na comunidade em pediatria. 2007;33: Supl. 1S;

Gomes VLA, Maia EPM. Diretrizes clínicas.

Pneumonia Comunitaria nas Crianças; Rev. Saúde Criança Adolesc. 2011; 3 (2): 61-67 61.

OBRIGADA!!!!!!