estudo de caso pneumonia
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FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DO MARANHÃO – FACEMACOORDENAÇÃO DO CURSO DE ENFERMAGEM
CURSO: ENFERMAGEM BACHARELADODISCIPLINA: SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM – SAE
NOEMIA DOS SANTOS NASCIMENTO
CRIANÇA COM PNEUMONIA: UM ESTUDO DE CASO
CAXIAS-MA2012
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NOEMIA DOS SANTOS NASCIMENTO
CRIANÇA COM PNEUMONIA: UM ESTUDO DE CASO
Trabalho apresentado à disciplina Sistematização de Assistência de Enfermagem ministrada pela profª Francidalma Soares Carvalho Filha, como requisito para obtenção de nota prática.
CAXIAS-MA2012
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SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO 2
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 3
2.1 DEFINIÇÃO 4
2.2 FISIOPATOLOGIA 5
2.3 TIPOS 5
2.4 ETIOLOGIA 6
2.5 FATORES ATENUANTES 6
2.6 PRINCIPAIS MEDICAMENTOS UTILIZADOS 7
2.7 TRATAMENTOS CLÍNICOS E/OU CIRÚRGICOS 10
3 IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE 12
4 EXAME FÍSICO 13
5 PRESCRIÇÕES MÉDICAS 14
6 EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM 16
7 PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM 18
7.1 DIAGNÓTICOS DE ENFERMAGEM (NANDA) 18
7.2 INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM (NIC) 18
7.3 RESULTADOS ESPERADOS (NOC) 18
7.4 PLANO DE ALTA 24
8 DISCUSSÕES 25
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS 27
REFERÊNCIAS 28
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1. APRESENTAÇÃO
O presente estudo foi baseado no caso de M.V.S.S., 12 meses, sexo feminino,
negra, brasileira, natural de Caxias-Ma, mãe não soube informar a data de nascimento da
filha, nascida de parto normal, pesando 2kg, filha de M.S.S., 39 anos, sexo feminino,
separada, negra, doméstica, ensino fundamental incompleto. A mãe deu entrada no Hospital
Infantil Dr. João Viana com as seguintes queixas: edema de face, relato de febre há 04 dias,
dispnéia, abdômen globoso, relato de 05 sem evacuar, tosse produtiva e vômitos; internada
desde o dia 21 de Novembro de 2012, diagnosticada com quadro clínico de pneumonia e
desnutrição.
Sendo a pneumonia uma patologia associada à má nutrição, ao baixo peso ao
nascer, a permanência em creches, ausência de aleitamento materno, e variáveis
socioeconômicas e ambientais, onde afeta o organismo imunocomprometido, explica-se sua
alta incidência em crianças na faixa etária de até os 05 anos e sua alta taxa de mortalidade
infantil.
O objetivo proposto é de descrever a fisiopatologia, conceitos, tipos e fatores de
risco da doença, além de descrever os tratamentos existentes e prescrever cuidados de
enfermagem através dos diagnósticos do North América Nursing Diagnoses Association
(NANDA), os resultados esperados do NOC e programar intervenções de enfermagem do
NIC, além de elaborar um plano de alta.
O estudo justifica-se pelas altas taxas de morbidade e mortalidade infantil no
Brasil, principalmente nos Estados Norte e Nordeste, e pela falta de conhecimento da
patologia, evidenciando sobremaneira, a importância da implantação da Sistematização da
Assistência de Enfermagem para um atendimento mais humanizado e qualificado, e educação
em saúde como medida preventiva.
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2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. Definição
Segundo Smeltzer e Bare (2009), a pneumonia é uma inflamação do parênquima
pulmonar causada por diversos microorganismos, incluindo bactérias, micobacterias,
clamídias, micoplasmas, fungos, parasitas e vírus.
Por apresentarem sintomatologia parecida, as doenças respiratórias agudas devem
ser investigadas através de uma história clínica detalhada, para separar as infecções do trato
respiratório superior das infecções do trato respiratório inferior.
Dentre as manifestações clínicas mais percebidas no paciente com pneumonia,
incluem a tosse, taquipneia com ou sem apneia, febre, irritabilidade, cefaleia, redução do
apetite, vômitos, apatia.
Dados estatísticos indicam que as doenças respiratórias correspondem a
aproximadamente 50% dos atendimentos ambulatoriais: 12% destes são por pneumonias.
Estimam-se que 4,3 milhões das mortes de crianças menores de 5 anos ocorram anualmente
por infecções respiratórias agudas, que nessa faixa etária representam 20% dos óbitos.
(PAIVA et al, 1998).
Os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que, na última
década, cerca de um terço da mortalidade mundial em crianças (4 a 5 milhões de óbitos
anuais) são ocasionadas por infecções respiratórias agudas.
O Fundo para as Nações Unidas para a Infância (UNICEF) estima que mais de 3
milhões de crianças morrem de pneumonia a cada ano, principalmente nos países em
desenvolvimento . As doenças do trato respiratório inferior são responsáveis por 90% das
mortes e só 10% das mortes são de outras causas em crianças menores de um ano. No Brasil,
as pneumopatias agudas são responsáveis por 11% das mortes em crianças com idade inferior
a um ano, e por 13% na faixa etária entre 1 e 4 anos.
2.2. Fisiopatologia
As vias aéreas superiores em seu estado de normalidade tem como função a
proteção das vias aéreas inferiores. A pneumonia origina-se da flora normal do paciente, cuja
resistência foi alterada ou a partir de uma broncoaspiração, além de poder resultar de
organismos transmitidos pelo sangue que cai na circulação pulmonar e alojam-se no leito
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capilar pulmonar afetando os processos normais de ventilação/perfusão, comprometendo o
equilíbrio normal de funcionamento do organismo afetado.
Os leucócitos, mais notamente os neutrófilos, também migram para dentro dos
alvéolos e enchem os espaços que normalmente contêm ar.
Áreas do pulmão não são adequadamente ventiladas por causa das secreções e do
edema de mucosa que provocam oclusão parcial dos brônquios ou alvéolos, com uma
resultante diminuição na tensão de oxigênio alveolar.
O broncoespasmo pode acontecer em pacientes com doença das vias aéreas.
Por causa da hipoventilação, ocorre um desequilíbrio na ventilação/perfusão na
área afetada do pulmão. Devido a esses processos, a oxigenação torna-se deficiente, podendo
resultar, mais adiante, em hipoxemia arterial. (SMELTZER E BARE, 2009).
2.3. Tipos
De acordo com Hockenberry e Wilson (2011), dentre os vários tipos de
pneumonia incluem:
¸ Pneumonia lobar – todo ou um grande segmento de um ou mais lobos
pulmonares está envolvido;
¸ Broncopneumonia – começa nos bronquíolos terminais, que se tornam
obstruídos por exsudato mucopurulento, para formar placas consolidadas
próximas aos lóbulos; também denominada pneumonia lobular;
¸ Pneumonia intersticial – o processo inflamatório é mais ou menos
confinado às paredes alveolares (interstício) e aos tecidos peribrônquicos e
interlocutores.
Conforme Smeltzer e Bare (2009), vários sistemas são empregados para
classificar as pneumonias. Classicamente, a pneumonia tem sido categorizada em quatro
tipos: bacteriana ou típica, atípica, anaeróbica/cavitaria e oportunista. No entanto, existe
sobreposição nos microorganismos creditados como sendo responsáveis pelas pneumonias
típicas e atípicas.
Complementa ainda, que um esquema de classificação mais amplamente
utilizado categoriza as principais pneumonias como pneumonia adquirida na comunidade
(PAC), pneumonia adquirida no hospital (PAH) ou hospitalar (nasocomial), pneumonia no
hospedeiro imunocomprometido e pneumonia por broncoaspiração.
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2.4. Etiologia
Os agentes mais encontrados nos vários estudos existentes são: vírus, micoplasma,
clamídia e bacterias, sendo que os agentes encontrados são diferentes para cada faixa etária.
(tabela 1).
Acima dos 03 meses de idade, por ordem de freqüência, os agentes mais comuns
são os vírus (respiratório sincicial, sobretudo), S. Pneumoniae, H. influenzae (tipo b e cepas
não tipáveis); S. aureus, Chlamydia spp e Mycoplasma pneumoniae tem relevância ainda
desconhecida, mas sempre devem ser considerados nos diagnóstico diferencial (DIRETRIZES
BRASILEIRAS EM PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE EM PEDIATRIA,
2007).
Tabela 1 – Agentes mais comumente relacionados a pneumonia adquirida na comunidade em crianças.
*Dados retirados das Diretrizes Brasileiras em Pneumonia Adquirida na Comunidade em Pediatria
(2007)
Vírus Vírus respiratório sincicial
Influenza A ou B
Parainfluenza
Adenovírus
Micoplasma Mycoplasma pneumoniae
Chlamydia Chlamydia trachomatis
Chlamydia pneumoniae
Bacterias Streptococcus pneumoniae
Mycobacterium tuberculosis
Staphylococcus aureus
Haemophilus influenzae
2.5 Fatores Atenuantes
Os antibióticos são ineficazes nas infecções virais do trato respiratório superior e
pneumonia, e sua utilização podem estar associados a efeitos adversos.
Os antibióticos estão indicados para infecção respiratória viral apenas quando está
presente uma pneumonia bacteriana, bronquite ou sinusite secundaria.
O tratamento da pneumonia viral é principalmente de suporte.
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A hidratação é parte necessária da terapia, devido a febre e a taquipneia causarem
perdas hídricas. Os antipiréticos podem tratar a cefaleia e a febre; os medicamentos
antitussígenos podem ser usados para tosse associada.
Para alívio da irritação brônquica são utilizadas as inalações úmidas e quentes; os
anti histamínicos podem proporcionar benefício com a redução dos espirros e rinorreia; os
descongestionantes nasais podem ser utilizados para tratar os sintomas e melhorar o sono.
O repouso no leito é prescrito até que a infecção exiba sinais de depuração.
(SMELTZER E BARE, 2009).
A observação do paciente pela família e profissionais de saúde torna-se uma
ferramenta essencial para monitoração dos sinais de melhora ou piora e favorece a
implementação de intervenções para o controle dos sintomas desfavoráveis. O ambiente
calmo proporciona conforto ao paciente.
2.6 Principais Medicamentos Utilizados
Os antibióticos de primeira escolha são a amoxilina ou a penicilina procaína.
O uso abusivo de antibióticos em quadros virais pode aumentar a resistência a
penicilina, portanto o período para o uso de antibiótico pode ser interrompido entre 3 e 5 dias
após o desaparecimento dos sintomas.
Em pacientes internados com idade inferior a 2 meses deve-se induzir penicilina
cristalina ou ampicilina associada a amicacina ou a gentamicina. Pacientes com idade inferior
a 5 anos e com presença de pneumonia extensa, de evolução rápida e com comprometimento
importante do estado geral, deve-se optar pela introdução de oxacilina associada a
cloranfenicol ou a cefalosporina de terceira geração, devido a infecção por S. aureus ou H.
influenzae.
Medicamentos:
Medicamento Dose Indicação Cuidados de Enfermagem
Ampicilina100mg/kg/dia (6/6h)VO/200mg/kg/dia (6/6h) IM/IV
Antibiótico; antibacteriano.
-Por VO, administrar medicamento de estômago vazio, com água;-Atentar-se para as contraindicações;- Informar a família e ao paciente sobre a ação do medicamento;
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Penicilina G
cristalina
100.000 U/kg/dia (4/4h ou 6/6h) IV
Antibiótico -Cuidados com a administração do medicamento para evitar obstrução da agulha;-Disponibilizar materiais e medicamentos para atendimento de emergência nos casos de choque anafilático;-Orientar o paciente a seguir o tratamento medicamentoso.
Gentamicina 80mg/2 ml 0,6+18 ml SF EV12/12h
Antibacteriano -Informar os efeitos do medicamento;-Orientar o paciente a seguir o tratamento medicamentoso.-Atentar-se para as contraindicações;
Atrovent 4 gotas(6/6h) Broncodilatador
-Administrar a medicação conforme prescrito;-Recomendar ao paciente enxágües orais freqüentes, cubos de gelos, balas ou gomas de mascar sem açúcar pode minimizar o efeito da boca seca;
Berotec2 gotas (6/6h) 5ml SF 0,9% Broncodilatador
-Administrar conforme prescrito;-Recomende ao paciente o aumento da ingestão de líquidos para facilitar a fluidificação das secreções, durante a terapia;
Plasil(10mg/2ml) 0,1ml+5ml AD
Estimula a motilidade do trato GI superior (procinético, antiemético).
-Orientar sobre as reações adversas do medicamento;-Orientar sobre a interação medicamentosa com outras substâncias.
Azitromicina 200mg/5ml VO
Antibiótico;
antibacteriano;
[macrolídio]
-Evitar usar a medicação em gestantes ou lactentes e crianças;-Investigar possíveis interações com outros medicamentos;-Informar sobre os efeitos
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adversos;-Recomendar a importância de hábitos saudáveis quanto a dieta alimentar.
Eritromicina 30-40mg/kg/dia (6/6h) VO
Antibiótico;
antibacteriano
tópico.
-Informar ao paciente a ação do medicamento e a importância da colaboração durante o tratamento;-Não utilizar em gestantes ou lactantes;-Manter controle da PA;-Recomendar hábitos saudáveis.
Dipirona500mg/ml 0,3 ml+5ml AD EV 6/6h S/N
Analgésico e Antitérmico.
-Monitorar a função respiratória;-Monitorar dor e reações no local da injeção;-Não administrar a droga com outros medicamentos na mesma seringa.
Ceftriaxona50-100mg/kg/dia (12/12h) IV
Antimicrobiano
-Verificar o resultado da cultura e antibiograma antes de administrar a droga;-Orientar o paciente que reações adversas;-Questionar sobre alergias;-Orientar sobre a ingesta de líquidos;
Amicacina 15mg/kg/dia (8/8 ou 12/12h) IV
Antibacteriano; indicados para pneumonia por bacterias e outras infecções.
-Informar a família e ao paciente sobre a ação do medicamento;-Orientar sobre reações adversas;-Cuidados com a punção venosa.
Amoxilina
50mg/kg/dia (8/8h) VO; 200 mg/kg/dia (6/6h)IV
Antibacteriano -Orientar quanto aos efeitos adversos;-Atentar-se para as contraindicações;-Orientar o paciente a seguir com o tratamento medicamentoso;
De acordo com Smeltzer e Bare (2009), existem diretrizes para orientar a escolha
do antibiótico, no entanto, os padrões de resistência de agentes etiológicos, os fatores de risco
do paciente e os custos e a disponibilidade de agentes antibióticos mais modernos devem ser
todos considerados.
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2.7 Tratamentos Clínicos e/ou Cirúrgicos
As principais condutas a serem realizadas no hospital incluem:
¸ Oxigenoterapia: na unidade de saúde deve ser estimulado o uso de oxímeros.
O emprego do oxigênio está indicado para todas as crianças classificadas como
tendo pneumonia grave, que apresente: tiragem subcostal grave, taquipneia de acordo com a
faixa etária, gemencia respiratória, cianose central, incapacidade de deglutição pela
dificuldade respiratória, saturação de oxigênio (SpO²) menor que 92%. Se ocorrer obstrução
nasal por muco, deve-se proceder a limpeza do nariz com pano úmido ou aspirar as secreções
suavemente.
¸ Administração de líquidos: a administração de líquidos por via intravenosa
(IV) deve ser vigiada atentamente pelo risco de sobrecarga hídrica. Sendo que a utilização da
via IV, para a reposição de líquidos é recomendada apenas em casos de desidratação grave,
choque séptico e situações em que a via oral não possa ser utilizada.
¸ Nutrição: a administração de alimentos deve ser, sempre que possível, por via
oral; se for necessário o uso de sondas de alimentação, cuidados quanto ao calibre da sonda e
à velocidade de administração dever ser observados.
¸ Tratamento Fisioterápico: a posição supina é suficiente para melhorar a
ventilação do paciente e manter os pulmões expandidos. (DIRETRIZES BRASILEIRAS EM
PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE EM PEDIATRIA, 2007).
Quanto às condutas no domicílio, os familiares devem ser orientados quanto ao
modo de administrar os antibióticos, como tratar a febre, os cuidados coma a alimentação e
hidratação e observar sinais de piora do paciente que demandariam a busca do serviço de
saúde a qualquer momento.
2.8 Informações relevantes
É importante destacar os fatores de risco para o desenvolvimento da pneumonia.
A pneumonia acontece nos pacientes com determinados distúrbios subjacentes,
como a insuficiência cardíaca, diabetes, alcoolismo, DPOC e AIDS.
Para reduzir ou evitar as graves complicações, (como choque e insuficiência
respiratória, alectasia e derrame pleural e superinfecção), nos grupos de alto risco, a vacinação
contra a infecção pneumocócica é aconselhada para pessoas com mais de 65 anos, pessoas
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imunocompetentes, pessoas com asplenia funcional ou anatômica, pessoas que vivem em
locais de risco para a doença e pessoas imunocomprometidas em alto risco para a infecção.
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3 IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE
3.1 ANAMNESE
3.2 Histórico de Enfermagem
M.V.S.S., 12 meses, sexo feminino, negra, brasileira, natural de Caxias-Ma, filha
de M.S.S., 39 anos, sexo feminino, separada, negra, doméstica, ensino fundamental
incompleto. Queixas: edema de face, relato de febre há 04 dias, dispnéia, abdômen globoso,
relato de 05 sem evacuar, tosse produtiva e vômitos.
3.3 Historia da Doença Atual (HDA)
Paciente admitida no SPA (Serviço de pronto atendimento) no dia 21/11/12,
acompanhada pela mãe. Encaminhada para internação apresentando edema de face, febre há
04 dias, constipação, tosse produtiva, dispnéia e vômitos. Mãe relata que os sintomas iniciais
foram tosse, inchaço em todo o corpo e vômitos depois de se alimentar (sic). Tax: 38,5º C.
Foram administradas as medicações prescritas. Solicitado exames de hemograma
completo, Raios X de tórax, TGO, TGP. Diagnosticada pelo médico com pneumonia e
desnutrição.
3.4 Antecedentes Pessoais (AP)
A mãe referiu que a criança não teve nenhuma doença própria da infância como:
sarampo, rubéola, coqueluche, varíola, caxumba. Não sofreu nenhum acidente ou trauma. A
mesma refere que o calendário de vacinas da criança esta em dias e que os sintomas
apareceram de forma rápida.
3.5 Antecedentes Familiares (AF)
Mãe tabagista.
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3.6 Historia Social (HS)
Mora com a mãe e mais dois irmãos maiores em uma casa própria de pau a pique,
tem água encanada, sem presença de rede de esgoto e coleta de lixo
3. EXAME FÍSICO
Criança consciente, orientada, chorosa, dispnéica, febril, hipocorada, desidratada e
turgor da pele alterada.
Aceitando parcialmente a dieta oferecida, com ingestão inadequada com presença
de vômitos. Pesando 6 kg, turgor da pele diminuído, padrão de sono prejudicado devido ao
desconforto respiratório.
Couro cabeludo higienizado sem alterações, face atípica, Nariz simétrico, com
secreção, pele íntegra; lábios normocorados, ausência de lesões. Mucosa oral hidratada,
ausência de lesões, sem presença de cáries nos dentes. Pescoço sem gânglios palpáveis.
Tórax normolíneo, expansibilidade simétrica normal, respiração dispnéica,
ausculta pulmonar com MV e ruídos adventícios em ápice e base do pulmão esquerdo. Bulhas
cardíacas normofonéticas. Percussão com a presença de som claro pulmonar.
Membros superiores: com movimentação e força muscular prejudicada, pulso
radial e braquial palpáveis com taquisfigmia. Unhas grandes, com higienização satisfatória,
com felco salinizado em MSE.
Abdomen globoso e distendido, dor a palpação. Genitália de características do
sexo feminino sem alterações. Diurese espontânea, fezes ausentes a 5 dias. SSVV: PA: 60/55
mmHg; Tax:38.5ºC ; Pulso radial: 85mpm; FR: 26 irp; PA: 60/55mmHg.
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4 PRESCRIÇÕES MÉDICAS
Ao ser admitido no Hospital Infantil Dr. João Viana de Caxias-MA, dia
(21/11/2012), o Médico prescreveu as seguintes medicações:
Ampicilina (1g/10 ml) administrar 2 ml+10ml EV 6/6h – (antibiótico e
antibacteriano);
Dipirona (500mg/ml) administrar 0.3 ml + 5 ml AD EV 6/6h (Analgésico e
Antitérmico), a paciente apresentava febre na admissão;
Gentamicina (80mg/2 ml) administrar 0,6ml+18 ml AD SF EV 12/12h
(antibacteriano);
Nebulização (NB): Atrovent 4 gotas 6/6h e Berotec 2 gotas 6/6h (ambos são
broncodilatores);
Plasil (10mg/2 ml) 0,1 ml+5ml AD S/N EV 8/8h ( tem ação de estimular a
motilidade no trato gastrintestinal superior, sendo indicado para náuseas e vômitos ), para
administração dos medicamentos foi inserido scalpe salinizado em MSE e cuidados gerais.
Em relação à dieta, foi prescrita dieta adequada para a idade.
Os exames solicitados foram: Hemograma Completo – Hematoscopia, cujos
valores constam na tabela abaixo:
Fonte Valores encontrados Valores de referencia
Hematoscopia
Uréia 24,70 mg/dl (10,00 a 50,00)
Creatinina 0,65 mg/dl (0,40 a 1,40)
Proteínas totais e frações
Proteínas totais 7,30 g% (6,00 a 8,00)
Albumina 2,6 g% (3,5 a 5,5)
Globulinas 4,7 g% (1,3 a 3,3)
Eritrograma
Hematócrito 25,26% (32,00 a 46,00)
Hemoglobina 8,40 g% (11,20 a 16,00)
Hemácias 3,47 milhões/mm³ (3,70 a 5,00)
Volume Corpuscular Medio (VCM)
72,80 u³ (80,00 a 96,00)
Hemoglobina Corp. Media(HCV)
24,21pg (26,00 a 34,00)
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Concentração de Hemoglobina (CHCFM)
33,25% (27,00 a 31,00)
Leucograma
Leucócitos 13,760/mm³ (5,500 a 17.000)
Basófilos 0,0% (Menor que 1,0)
Eosinófilos 18,0% (2,0 a 5,0)
Mielócitos 0,0% (Menor que 1,0)
Metamielócitos 0,0% (Menor que 1,0)
Bastões 0,0% (3,0 a 5,0)
Segmentados 60,0% (40,0 a 70,0)
Linfócitos 20,0% (20,0 a 40,0)
Monócitos 2,0% (3,0 a 8,0)
Hematoscopia: leucocitose; linfocitose sem atipia; plaquetas normais: 403.000/mm³.
Foi solicitado no 2º dia de internação RX tórax para prova de diagnóstico, a
paciente em questão apresentou na radiografia de tórax processo pulmonar sugestivo de
pneumonia principalmente em ápice e base do pulmão esquerdo, com áreas opacas, indicando
consolidação.
Solicitado ainda Transaminases pirovica - TGP com valores de 9,68 U/ml – valor
de referencia (10,00 a 39,00); transaminases Oxalacética – TGO com valores de 18,50U/ml –
valor de referencia (10,00 a 39,00).
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5 EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Às 11h57min, M.V.S.S., de 01 ano, foi admitida no Hospital dia 21/11/2012
acompanhada pela mãe vinda do SPA, apresentando edema de face, abdome globoso, febre há
4 dias, com 5 dias sem evacuar, tosse produtiva e dispnéia, diagnosticada com pneumonia e
desnutrição. Tax: 38.5ºC. Administrado medicações prescritas.
Às 18h, menor hipocorada, abdome distendido, segue sem evacuar há 05 dias,
diurese espontânea, tosse produtiva, dispnéica. Tax: 36,7ºC.
Às 24h – paciente evolui no leito hipocorada, continua com edema facial, abdome
distendido, dispnéica, tosse produtiva, continua sem evacuar. Tax: 37.3º, diurese espontânea.
Às 08h30min do dia 22/11/12, 2º dia de internação, paciente evolui sonolenta,
eupneica, febril, acianótica, tosse seca (sic), hipocorada, a ausculta pulmonar movimentos
ventriculares em base e creptos.
Às 12h do dia 23/11/12, 3º dia de internação, menor segue no leito com tremor,
palidez, realizando NBZ (nebulização), diurese espontânea. Tax: 37ºC;
Às 18h, menor no leito com felco salinizado, tosse produtiva. Tax: 36,6ºC;
Às 24h, segue com felco salinizado, hipocorada com tosse produtiva, utilizando
NBZ.
Às 06h do dia 24/11/12, 4º dia de internação, menor dormiu bem, abdome
distendido, com tosse produtiva, NBZ, diurese espontânea, afebril;
Às 12h, segue com três episódios de vômitos, feita a medicação prescrita. Tax:
37ºC;
Às 14h, menor segue no leito com felco salinizado. Tax: 36,6ºC;
Às 18h55min, não foi realizada a medicação das 18h, porque a mãe da criança
saiu e até o momento não retornou.
Às 06h, do dia 25/11/12, 5º dia de internação, paciente evolui calma no leito, com
sono regular, felco salinizado, apresentado diminuição da tosse, cansaço. Tax: 37,3ºC, diurese
espontânea;
Às 11h, paciente com dispnéia. Tax: 39ºC;
Às 12h, menor segue no leito com tosse produtiva. Tax: 37ºC, diurese espontânea;
Às 18h, menor segue no leito com Tax: 39ºC, agitada em virtude da dispnéia,
diurese espontânea;
Às 24h, menor no leito calma. Tax: 36,5ºC, diurese presente.
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Às 3h50min, do dia 26/11/12, 6º dia de internação, menor segue no leito com
scalpe salinizado. Tax: 38,6ºC. Realizada a medicação conforme prescrição médica;
Às 6h, menor segue no leito com scalpe salinizado. Tax: 37,7ºC, apresentado uma
leve tosse, boa diurese.
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6 PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM
DIAGNÓSTICOS DE
ENFERMAGEM
RESULTADOS
ESPERADOS
INTERVENÇÕES DE
ENFERMAGEM
1. Volume de líquidos excessivo relacionado a mecanismos reguladores comprometidos evidenciado por dispnéia e edema.
Equilíbrio de líquidos
∑ Monitorar os sinais vitais;
∑ Realizar balanço hídrico: pesar a paciente em jejum diariamente;
∑ Avaliar a extensão e localização do edema;
∑ Administrar diurético, conforme prescrito;
∑ Promover mudanças de posição no leito.
2. Nutrição desequilibrada: menos que as necessidades corporais relacionado a capacidade prejudicada de digerir os alimentos evidenciado por relato de ingestão inadequada de alimentos, menor que a PDR (porção diária recomendada)
Nutrição melhorada
∑ Promover ingesta nutricional adequada;
∑ Encaminhar para avaliação nutricional;
∑ Pesar a paciente a intervalos regulares;
∑ Orientar a mãe sobre as necessidades nutricionais;
∑ Monitorar as condições da pele da paciente, devido a desnutrição;
∑ Realizar higiene oral adequada.
3. Desobstrução ineficaz das vias aéreas relacionado a muco excessivo evidenciado por dispnéia e quantidade excessiva de muco.
Estado respiratório: permeabilidade das vias
∑ Posionar a paciente de forma confortável no leito;
∑ Realizar a ausculta pulmonar;
∑ Monitoração respiratória/ fisioterapia respiratória;
∑ Realizar NBZ, conforme prescrito;
∑ Realizar exercícios para desobstruir as vias aéreas;
∑ Monitorar a capacidade da paciente para tossir de forma eficaz;
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∑ Realizar oxigenoterapia, conforme prescrição.
4. Padrão respiratório ineficaz relacionado a fadiga da musculatura respiratória evidenciado por dispnéia.
Estado Respiratório: Permeabilidade das vias aéreas
∑ Monitorar padrão respiratório (FR, uso da musculatura acessória, retrações, batimentos de asa do nariz, cianose, sibilos e tosse);
∑ Oxigenoterapia, conforme prescrito;
∑ Manter posição de 45º (Fowler) para manter as vias aéreas desobstruídas;
∑ Ausculta pulmonar.
5. Troca de gases prejudicada relacionado a desequilíbrio na relação ventilação-perfusão evidenciado por dispnéia e respiração anormal.
Estado respiratório: troca gasosa/ventilação
∑ Monitorar sinais vitais;∑ Oxigenoterapia,
conforme prescrito;∑ Posicionar o paciente
de forma confortável;∑ Fisioterapia
respiratória/monitoração respiratória;
∑ Realizar ausculta pulmonar
6. Hipertermia relacionado a doença evidenciado por aumento da temperatura corporal acima dos parâmetros normais.
Diminuição da temperatura corporal dentro dos padrões de normalidade
∑ Monitorar temperatura e SSVV;
∑ Monitorar cor e temperatura da pele;
∑ Promover a ingesta de líquidos e nutrientes;
∑ Prescrever medicamentos, conforme a prescrição;
∑ Manter ambiente calmo;
∑ Dar banhos e utilizar compressas úmidas;
7. Ventilação espontânea prejudicada relacionado a fadiga da musculatura respiratória evidenciado por dispnéia.
Melhora do padrão respiratório
∑ Monitorar sinais vitais;∑ Posionar a paciente
visando ao alivio da dispnéia;
∑ Usar técnicas lúdicas para encorajar a
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respiração profunda;∑ Monitorar a ocorrência
de fadiga dos músculos respiratórios;
∑ Administrar medicamento para dor, conforme prescrito;
∑ Utilizar técnicas respiratórias.
8. Conforto prejudicado relacionado a sintomas relacionados a doença evidenciado por choro. Disposição para o
conforto aumentado
∑ Promover atividades lúdicas, como levar a brinquedoteca;
∑ Monitorar o nível de atividade;
∑ Programar medidas de conforto, como massagens, toque afetivo;
∑ Orientar a mãe sobre os cuidados no leito;
∑ Manter ambiente com máximo de conforto.
9. Débito cardíaco diminuído relacionado ao ritmo alterado evidenciado por dispnéia.
Perfusão tissular: cardíaca
∑ Monitorar os sinais vitais;
∑ Monitorar o estado cardiovascular;
∑ Encaminhar ao cardiologista para avaliação;
∑ Manter paciente confortável no leito;
∑ Administrar medicamentos, conforme prescrito;
∑ Pesar paciente diariamente.
10. Fadiga relacionada a estados da doença evidenciada por falta de energia e sonolência.
Promover melhoria no nível de energia
∑ Utilizar técnicas de distração, como musicoterapia;
∑ Estimular a participação da família nos cuidados;
∑ Avaliar e documentar a respota à distração;
∑ Utilizar o brinquedo com meio de terapia.
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11. Risco de infecção relacionado a defesas primarias inadequadas e desnutrição.
Aumento das defesas imunitárias
∑ Manter ambiente asséptico;
∑ Estimular práticas de higiene ao cuidador para com a paciente;
∑ Promover ingesta nutricional adequada;
∑ Estimular repouso;∑ Promover ingesta
hídrica, conforme apropriado;
∑ Monitorar sinais e sintomas sistêmicos e locais de infecção;
∑ Estimular respiração profunda e tosse.
12. Mobilidade física prejudicada relacionado a desnutrição evidenciado por amplitude limitada de movimento.
Mobilidade física melhorada
∑ Promover atividades toleradas;
∑ Promover mudanças de decúbito;
∑ Orientar a família sobre a prevenção de lesões;
∑ Oferecer feedback positivo para as atividades individuais;
∑ Levar a criança a brinquedoteca para se distrair e realizar exercícios, como andar.
13. Intolerancia à atividade relacionado a repouso no leito evidenciado por desconforto aos esforços.
Tolerância a atividade ∑ Promover atividades
para deambulação;∑ Proporcionar terapia
ocupacional;∑ Estimular a paciente a
sentar-se no leito;∑ Utilizar técnicas de
diversão para a criança.
14. Risco de integridade da pele prejudicada relacionado a hipertermia, mudanças no turgor da pele e estado nutricional desequilibrado.
Pele integra∑ Monitorar as condições
da pele, quanto a cor, textura, edema e temperatura;
∑ Mudar sempre o decúbito para evitar lesões;
∑ Manter ambiente asséptico;
∑ Promover práticas de higiene;
∑ Hidratar a pele quando
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seca e opaca;∑ Estimular a ingesta
líquida.
15. Risco de lesão relacionado a desnutrição.
Estado nutricional: energia
16. Constipação relacionado a hábitos alimentares deficientes evidenciado por abdome distendido e dispnéia.
Eliminação Intestinal
∑ Podem ser realizadas as mesmas intervenções para o diagnóstico de motilidade gastrintestinal disfuncional;
17. Motilidade gastrintestinal disfuncional relacionado a desnutrição evidenciado por vômito e incapacidade de eliminar fezes.
Eliminação intestinal/ função gastrintestinal normal
∑ Verificar sinais vitais;∑ Ausculta abdominal a
procura de ruídos hidroaéreos;
∑ Administrar medicamentos, conforme prescrito;
∑ Realizar lavagem intestinal, se prescrito;
∑ Modificar a dieta da criança, fornecendo alimentos mais atrativos;
∑ Monitorar sinais de desidratação;
18. Controle familiar ineficaz do regime terapêutico relacionado a dificuldades econômicas evidenciado por falta de atenção para com a doença.
Conhecimento: Regime de tratamento
∑ Determinar o conhecimento da mãe e sua disposição para aprender sobre os cuidados com a criança;
∑ Orientar quanto à higiene adequada;
∑ Demonstrar técnicas para acalmar a criança;
∑ Orientar sobre a doença, sinais e sintomas;
∑ Orientar sobre a importância de seguir o regime terapêutico;
∑ Envolver a mãe nos cuidados.
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19. Paternidade ou maternidade prejudicada relacionado a separação dos pais evidenciado por manutenção inadequada da saúde da criança.
Enfrentamento familiar
∑ Facilitar a comunicação das preocupações da família;
∑ Escutar as preocupações da mãe;
∑ Aceitar os valores da família em julgamento;
∑ Encaminhar para terapia familiar, se for necessário;
∑ Encorajar a mãe a continuar com os cuidados a criança.
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7 PLANO DE ALTA
Dependendo da gravidade do quadro clínico da paciente, o tratamento da
pneumonia pode acontecer no Hospital ou no ambiente ambulatorial, sendo que a educação do
paciente e da família é crucial em qualquer ambiente.
Em alguns casos, a paciente pode seguir com o tratamento no domícilio, nesses
casos, a equipe de enfermagem deve desenvolver uma boa comunicação com a família/
cuidadores, para as devidas orientações sobre os cuidados a serem prestados na residência,
bem como realizar as medicações de forma adequada, seguir com o plano terapêutico,
esclarecendo sempre a importância da manutenção dos cuidados e tratamento medicamentoso
para a recuperação da paciente.
O cuidador deve saber como identificar os sinais e sintomas de complicações, que
exijam um acompanhamento médico/hospitalar.
A enfermagem pode ainda, ensinar os cuidados que a família deve ter com a
manutenção das vias aéreas permeáveis, realizando técnicas de exercícios e posicionando a
paciente de forma sempre confortável para minimizar sintomas indesejáveis, como a dispnéia;
deve ofertar sempre alimentos nutritivos ricos em proteínas e calorias para melhorar o estado
nutricional, trocar as roupas de cama rotineiramente, realizar higiene satisfatória da paciente,
tendo os devidos cuidados com o manuseio da paciente, bem como, higienizar bem as mãos e
envolver toda a família nos cuidados com o ambiente, que deve estar sempre limpo, com
ausência de poeiras e fumaças próximas a paciente.
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8 DISCUSSÕES
Durante as visitas técnicas no Hospital Infantil, tivemos a oportunidade de
observar a existência de um déficit de conhecimentos por parte dos profissionais de saúde,
apesar do comprometimento de alguns profissionais em registrar as evoluções da paciente e
anotar os procedimentos realizados;
Porém, pode-se presenciar na prática a grande demanda por cuidados de saúde
para poucos profissionais, além das condições ambientais desfavoráveis, levando em conta o
condicionamento do ambiente, que também interfere na qualidade da assistência aos pacientes
e no exercício profissional, acarretando altos níveis de estresse durante o desenvolvimento das
atividades cotidianas.
Quanto à sistematização da assistência de enfermagem, os dados registrados no
prontuário da paciente estudada mostraram-se em alguns pontos satisfatórios, apesar da falta
de alguns elementos essenciais para a assistência da paciente; dentre os aspectos negativos,
encontra-se a elegibilidade da caligrafia médica e de alguns profissionais de enfermagem, que
dificultaram a coleta dos dados, sendo possível esclarecer as dúvidas através do contato com a
paciente e com a mãe, através de uma anamnese mais detalhada e exame físico, sendo
possível observar outra problemática: a falta de conhecimento da mãe em relação à doença.
Considerando a grande demanda de hospitalizações por pneumonia em crianças,
conforme evidenciado na prática do hospital faz-se necessário uma assistência mais
qualificada por parte da equipe de enfermagem, principalmente do atendimento na atenção
primaria, que deve atentar para a ação de atividades preventivas e um rastreamento dos grupos
de risco da doença, a fim de desenvolver um plano de educação em saúde junto à população.
Em relação à doença estudada e a paciente em questão, foi possível obter dados na
literatura que favoreceram o desenrolar desse trabalho. O caso também forneceu muitas pistas
para estabelecer os diagnósticos de enfermagem com base no NANDA e também programar
intervenções do NIC e resultados esperados do NOC.
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9 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante o levantamento dos dados no prontuário da paciente, entrevista com a
mãe da criança e exame físico da criança, foi possível conhecer na prática os sintomas da
doença e os fatores que favoreceram o quadro atual da paciente, além da possibilidade de
expandir os conhecimentos adquiridos na teoria, enriquecendo os conhecimentos como
acadêmica de Enfermagem e futura enfermeira.
Considerando a paciente estudada e a patologia presente, foi possível evidenciar o
quanto os fatores ambientais e socioeconômicos interferem na qualidade de vida das pessoas,
como as relações de boa convivência familiar, o apoio da família durante a vida, aspectos
esses que não existem em relação à paciente estudada, visto que a mãe é doméstica e sustenta
os filhos com uma bolsa que o governo fornece e alguma ajuda de outros familiares.
Para minimizar ainda mais cenário, é preciso intensificar os esforços, a fim de
ampliar o acesso da população aos serviços de saúde, buscando atender as reais necessidades
da comunidade, a nível principalmente de atenção primaria, pois conforme observado no caso
estudado, a mãe mostra-se desatenta as condições em que se encontra sua filha, prova de que
as pessoas não se preocupam em procurar a Unidade Básica de Saúde para evitar problemas
de maiores magnitudes, como as doenças respiratórias agudas, que podem evoluir para níveis
mais complicados, inclusive leva a óbitos.
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REFERENCIAS
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