correio do pl anal to - aoutravoz.info - uma outra voz ... · gerês e lembro-me do monte sinai,...

8
QUINZENÁRIO - ANO XXXVIII - N. o 677 15.AGOSTOO.2014 Director: Bento da Cruz - Editor: José Dias Baptista Preço Avulso: E 0,70 - Assinatura Anual: Território Nacional E 15,00 / Estrangeiro E 45,00 (Continua na pág. 2) CORREIO DO PLANALTO Prolegómeno [email protected] ATENÇÃO CORREIO DO PLANALTO já pode ser lido em versão digital Consulte o saite: Realizado num local onde a natureza é protagonista. Animação, boa gastronomia e fortes laços de amizade, tudo conjugado para recordar histórias passadas ao longo de gerações. Um encontro que no entender do presidente da Câmara de Montalegre, Orlando Alves, «é vivido intensamente», sendo uma iniciativa «altamente interessante», que juntou mais de 500 pessoas. Encontro reúne povos de Pitões das Júnias e Moinhos (Espanha) V Convívio da Portela Pelo quinto ano consecutivo houve convívio entre os povos raianos de Pitões das Júnias (Portugal) e Moinhos (Espanha) Devido ao mau tempo, a cerimónia protocolar da terceira etapa da Volta a Portugal em bicicleta, que ligou Viana do Castelo até ao alto da serra do Larouco, foi realizada, no dia seguinte, na vila de Boticas. Em representação do município de Montalegre, esteve o presidente Orlando Alves. Realizada no dia seguinte da etapa de Montalegre, na vila de Boticas Cerimónia protocolar da Volta a Portugal Como para os tripulantes da Nau Catrineta, também para mim “Passava mais de ano e dia” que não avistava Terras de Barroso. Quando soube que a 3.ª etapa da 76.ª Volta a Portugal em Bicicleta terminava na serra do Larouco, aceitei a sugestão de um meu amigo de longa data, Dr. José Lestra, natural de Parafita, mas a residir em Braga, para irmos até lá. Que eventos históricos desta importância exigiam a nossa presença. Que fosse ter com ele à garagem do costume. Pedi à Ilda para me levar à cidade dos arcebispos. Mas tivemos uma surpresa. Os acessos à garagem estavam cortados. Parámos a medirmo-nos com o mundo. Ia entre os bracarenses um alvoroço tal que eu cheguei a pensar que fossem os pródromos da festa do padroeiro, um tal São Geraldo, arcebispo primaz e, segundo os eruditos, o primeiro prelado a subir a Trás-os-Montes, onde veio a falecer em 1108 aí para os lados de Vila Pouca de Aguiar. No piedoso afã de conceder essa primazia a dom frei Bartolomeu dos Mártires, frei Luís de Sousa põe em dúvida esta visita de São Geraldo. Diz ele, falando de Barroso: “Terra pobre, estéril, falta de mantimentos e muito mais de gasalhados, e em fim tal que nenhum prelado se atrevera a subir a ela, se não fora o grande São Geraldo (se se pode dar crédito a ua tradição que de tempos antiquíssimos anda naquela gente) “. (1) Donde se infere que Barroso esteve mais de 400 anos sem ver um bispo. Isto diz bem do isolamento e abandono em que viveram os nossos antepassados. Afinal de contas, quatro linhas quebradas são oito pontas, (aprendi isto com mestre Saias) os cortes no trânsito não tinham nada a ver com a procissão do orago, mas com a passagem dos ciclistas vindos de Fafe a caminho de Viana do Castelo. Telefonei ao Zé, como familiarmente o trato. Ele confirmou a barafunda no trânsito e as dificuldades de acesso à garagem. Que fôssemos ter às traseiras do Tribunal. Custou-nos mas chegámos. Após dois dedos de conversa, a Ilda regressou ao Porto e nós seguimos a caminho de Barroso que eu comparo à “Terra Santa”, onde, no dizer da Bíblia, corria leite e mel: “fluit lecte et melle”. (2) Se eu tivesse o talento de frei Pantaleão de Aveiro, (3) escreveria um “Itinerário” minucioso desta viagem. Como não tenho, vou alinhavando farrapos das minhas reminiscências. Nos silêncios que qualquer jornada de carro concede para ver a paisagem, eu olho a serra do Gerês e lembro-me do monte Sinai, onde o Senhor falou a Moisés à varanda de uma sarça ardente.

Upload: vuongnhi

Post on 15-Nov-2018

218 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: CORREIO DO PL ANAL TO - aoutravoz.info - Uma outra voz ... · Gerês e lembro-me do monte Sinai, onde o Senhor falou a Moisés à varanda de uma sarça ardente. 2 – CORREIO DO PLANAL

QUINZENÁRIO - ANO XXXVIII - N.o 677 15.AGOSTOO.2014 w Director: Bento da Cruz - Editor: José Dias Baptista w Preço Avulso: E 0,70 - Assinatura Anual: Território Nacional E 15,00 / Estrangeiro E 45,00

(Continua na pág. 2)

CORREIO DO PLANALTOProlegómeno

a o u t r a v o z 0 @ g m a i l . c o m

ATENÇÃO

CORREIO DO PLANALTOjá pode ser lido em versão digital

Consulte o saite:

Realizado num local onde a natureza é protagonista. Animação, boa gastronomia efortes laços de amizade, tudo conjugado para recordar histórias passadas ao longo degerações. Um encontro que no entender do presidente da Câmara de Montalegre, OrlandoAlves, «é vivido intensamente», sendo uma iniciativa «altamente interessante», que juntoumais de 500 pessoas.

Encontro reúne povos de Pitões das Júnias e Moinhos (Espanha)

V Convívio da PortelaPelo quinto ano consecutivo houve convívio entre os povos raianos

de Pitões das Júnias (Portugal) e Moinhos (Espanha)

Devido ao mau tempo, a cerimónia protocolar da terceira etapada Volta a Portugal em bicicleta, que ligou Viana do Castelo até aoalto da serra do Larouco, foi realizada, no dia seguinte, na vila deBoticas. Em representação do município de Montalegre, esteve opresidente Orlando Alves.

Realizada no dia seguinte da etapa de Montalegre, na vila de Boticas

Cerimónia protocolar da Volta a Portugal

Como para os tripulantes da NauCatrineta, também para mim “Passavamais de ano e dia” que não avistavaTerras de Barroso. Quando soube que a3.ª etapa da 76.ª Volta a Portugal emBicicleta terminava na serra do Larouco,aceitei a sugestão de um meu amigo delonga data, Dr. José Lestra, natural deParafita, mas a residir em Braga, parairmos até lá. Que eventos históricosdesta importância exigiam a nossapresença. Que fosse ter com ele àgaragem do costume.

Pedi à Ilda para me levar à cidade dosarcebispos. Mas tivemos uma surpresa.Os acessos à garagem estavamcortados. Parámos a medirmo-nos como mundo. Ia entre os bracarenses umalvoroço tal que eu cheguei a pensar quefossem os pródromos da festa dopadroeiro, um tal São Geraldo, arcebispoprimaz e, segundo os eruditos, o primeiroprelado a subir a Trás-os-Montes, ondeveio a falecer em 1108 aí para os ladosde Vila Pouca de Aguiar. No piedoso afãde conceder essa primazia a dom freiBartolomeu dos Mártires, frei Luís deSousa põe em dúvida esta visita de SãoGeraldo. Diz ele, falando de Barroso:“Terra pobre, estéril, falta de mantimentose muito mais de gasalhados, e em fimtal que nenhum prelado se atrevera asubir a ela, se não fora o grande SãoGeraldo (se se pode dar crédito a uatradição que de tempos antiquíssimosanda naquela gente) “. (1) Donde seinfere que Barroso esteve mais de 400anos sem ver um bispo. Isto diz bem doisolamento e abandono em que viveramos nossos antepassados.

Afinal de contas, quatro linhasquebradas são oito pontas, (aprendi istocom mestre Saias) os cortes no trânsitonão tinham nada a ver com a procissãodo orago, mas com a passagem dosciclistas vindos de Fafe a caminho deViana do Castelo.

Telefonei ao Zé, como familiarmente otrato. Ele confirmou a barafunda notrânsito e as dificuldades de acesso àgaragem. Que fôssemos ter às traseirasdo Tribunal. Custou-nos mas chegámos.Após dois dedos de conversa, a Ildaregressou ao Porto e nós seguimos acaminho de Barroso que eu comparo à“Terra Santa”, onde, no dizer da Bíblia,corria leite e mel: “fluit lecte et melle”. (2)

Se eu tivesse o talento de frei Pantaleãode Aveiro, (3) escreveria um “Itinerário”minucioso desta viagem. Como nãotenho, vou alinhavando farrapos dasminhas reminiscências. Nos silênciosque qualquer jornada de carro concedepara ver a paisagem, eu olho a serra doGerês e lembro-me do monte Sinai, ondeo Senhor falou a Moisés à varanda deuma sarça ardente.

Page 2: CORREIO DO PL ANAL TO - aoutravoz.info - Uma outra voz ... · Gerês e lembro-me do monte Sinai, onde o Senhor falou a Moisés à varanda de uma sarça ardente. 2 – CORREIO DO PLANAL

2 – CORREIO DO PLANALTO

Prolegómeno(Continuação da pág. 1)

CORREIO DO PLANALTONº Registo da D. G. C. S. 105438

Depósito Legal Nº 2163/83

Proprietário: Bento Gonçalves da CruzContribuinte Nº 108 805 239

Redacção e Administração:

Travessa do Polo Norte • 5470-251 MONTALEGRETels. 276 511 048 / 276 518 280 • Fax 276 511 064

e-mail: [email protected]

Fotocomposição:

Deleg. Porto: Rua Rodrigo Álvares, 61-2º D.to

4350-278 PORTOTlf. 22 550 14 46

Impressão:

JR- Artes GráficasRua Raul Brandão, 28 - 4435-796 Gondomar

Tlf. 22537 24 95

Tiragem deste número: 1000 ex.

Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus Autores

HOTEL GERIÁTRICO DE CHAVESLAR DE TERCEIRA IDADE

JUNTO AO CENTRO DE SAÚDE Nº2

A MELHOR QUALIDADE AOS MAIS BAIXOS PREÇOS

VISITE-NOSFonte do Leite – 5400 Chaves- Portugal - Tel. 276 309 500—Telm—932325080 - Fax. – 276 309 501

www.aquaelife.com - E-mail: [email protected]

São as Empresas que criam Riqueza

Empresas Familiares por: João Medeiros Pereira

2.4. O Complexo Consórcio de Primos

Este tipo de empresa, Consórcio dePrimos (CP), que alcançou um nível dematuridade no seu desenvolvimento é umararidade entre as empresas familiares.

Provavelmente nos EUA menos de 5% detodas as empresas familiares alcançamesta etapa de desenvolvimento. O facto deterem chegado a esta etapa significa queenfrentaram com sucesso desafios queoutras EF não conseguiram ultrapassar.

As empresas familiares que alcançamesta etapa enfrentam grande complexidadenas três dimensões (empresa, propriedadee família). A etapa de desenvolvimento dapropriedade sugere a existência de umnúmero elevado de proprietários na família,quer individualmente quer através deholdings.

Embora algumas unidades da empresatenham alcançado uma fase de maturidadede desenvolvimento outras subsidiáriaspodem estar noutra fase dedesenvolvimento (Gersick et al, 1997: 176).

Na dimensão familiar o leque de idadesem cada geração significa que existemdiferentes famílias nucleares, entre o clã,em cada uma das etapas dedesenvolvimento da família desde a JovemEmpresa Familiar até à Passagem daBatuta.

Este agregado pode ser difícil de gerir,mas cria oportunidades para a família epara os proprietários. O relacionamentoentre a família e a complexidade do negóciocria, para os elementos da família,oportunidades financeiras e de carreira. Emsistemas de EF em que a empresa é maiscomplexa que a família as oportunidadespor elemento da família serão maiores.Estas oportunidades podem ser em termosde emprego, dividendos ou cargos dedirecção.

Um maior número de oportunidades, porcada elemento da família, pode ajudar amanter a paz na família e mantém ointeresse e a lealdade da família perante aempresa. Por outro lado quando a família émais complexa que a empresa asoportunidades para a família serãomenores. Pode surgir mais competição,entre a família, pela disputa de escassasoportunidades e menos incentivo para quetoda a família se mantenha leal à empresa.

Se o rácio sugere poucas oportunidadesentão ou a estratégia da empresa sedirecciona para o crescimento ou seránecessária a redução de complexidade dapropriedade reduzindo os accionistas.

2.4.1. A caracterização da propriedadeno tipo de empresa Consórcio dePrimos

Na terceira geração a empresa familiartem já muitos membros na família. A famíliapode ter entre quinze a vinte e cinco netosna terceira geração. Há empresasfamiliares com mais de cinquenta membrosda família, na terceira geração, incluindo osnetos e as esposas. Gerações maisavançadas, em dinastias de empresasfamiliares, podem exceder cem membros

da família. Pode acontecer que todos sejamaccionistas. Normalmente na empresa dotipo CP(Corporate Familiar), os primos temque se habituar a viver com uma situaçãoem que a percentagem de propriedade,entre os membros deixa de ser igual. Ummembro da Associação de Irmãos pode terum filho e o outro membro ter cinco (John L.Ward, 2004: 103). Nesta etapa a maioriados accionistas não são empregados daempresa, portanto têm menos acessodirecto a informação sobre a empresa. Sãomenos os elementos da família que têmum parente, irmão, esposa ou filho que osmantenha informados e defenda os seusinteresses.

Á medida que a família cresce eenvelhece torna-se mais diversificada. Oselementos da família diferem nas suasnecessidades de rendimento, no seurendimento, estatuto social, nível deeducação, carreira e saúde mental e física.As ramificações da família variam emfunção da sua ligação e sentimento emrelação à empresa. Na terceira geraçãogeralmente um ramo da família assumiu ocontrolo da gestão da empresa. As outrasramificações da família estão de certaforma aliadas à ramificação na gestão.

Normalmente uma outra ramificação dafamília assume o papel de opositor àramificação da família que assume agestão. Este papel de oposição surgedevido ao sentimento de ter sido maltratadano passado. A ramificação mais crítica, nocaso de estar envolvida, está apenasmarginalmente envolvida na gestão daempresa. Ela desafia as políticas do ramoda família na gestão e procura apoio juntode outras ramificações. Esta politização dosproprietários é quase inevitável no CP.

Com ou sem um ramo da família paragalvanizar a oposição, os lideres dasempresas familiares têm que reconhecerque os accionistas que não trabalham naempresa assumem um importante riscotanto a nível emocional como a nível depropriedade.

Devem ser informados de aconte-cimentos chave e ter voz acerca do rumo e

das políticas a levar a cabo na empresa. Aresolução das diferenças naturais entre osaccionistas que trabalham e não trabalhamna empresa, que estão na gestão ou naoposição à gestão implica primeiroreconhecer a legitimidade de ter diferentespontos de vista. Isto torna-se difícil se afamília opera convicta que só quem tem umpapel activo na empresa deve

conhecer questões sensíveis sobre aempresa (Gersick et al, 1997: 181).

A chave para gerir as questões dosaccionistas está em desenvolver umsistema de envolvimento e governo queinforme e eduque os elementos da família(accionista e não accionistas) e permita àfamília ter um papel e voz na empresa,suprimindo da empresa os excessos dapolítica familiar e mantendo a integridadeda empresa.

Isto é possível através da criação de umConselho de Família (CF) e de umConselho de Administração (CA).

Nesta etapa o CA geralmente já podeincluir elementos que não são da família,contudo, normalmente, ainda estão emmaioria os elementos da família. “O axioma

que as famílias devem lembrar é que - A

Família cresce mais rápido do que a

empresa” Gersick et al, 1997: 182).Os Proprietários Empregados e os

Proprietários Não Empregados travamnormalmente uma batalha entre adistribuição de dividendos e asnecessidades de reinvestimento naempresa (Gersick e tal, 1997: 182).

Á medida que a família cresce, osaccionistas da família, a solicitardistribuição de dividendos também podecrescer. Geralmente é verdade. Asexpectativas de estilo de vida da famíliatambém crescem alimentadas pelasgerações que se sucedem. O resultadopode ser um conjunto de accionistas quepensa unicamente nas suas necessidadesfinanceiras descurando as necessidadesda empresa. Pode ser importante areeducação das gerações mais novassobre os limites da empresa para suportarfinanceiramente a família.

Sua esposa, filhos e restante família participam, comprofundo pesar, o falecimento deste seu ente querido.

Aproveitamos também para agradecer, por este meio,todas as manifestações de afeto recebidas.

António Alves Júnior (Orfão)

1931-2014

FALECEU

O presente capítulo pode ajudar a explicar as razões que estão na base do

abanão que acaba de acontecer à maior unidade bancária privada portuguesa,

o que lhe confere um interesse acrescentado.

A sarça do Sinai “ardia e não seconsumia” porque nela soprava o espíritodo Senhor. As matas do Gerês todos osanos ardem porque nelas sopra o espíritodo diabo. Olho para os píncaros, as ravinas,os vales, os rochedos, os regatos, asquedas de água, as piscinas naturais epenso: como foi possível haver deixadopassar oitenta anos sem ter usufruídosuficientemente as belezas desta serra?Desbaratei a minha vida, concluo comamargura. Os melhores anos passei-osdebruçado sobre a Bíblia. Traz históriasmuito bonitas. Outras nem por isso. Quemteria escrito o Pentateuco? A mimensinaram-me que tinha sido Moisés. Maistarde Voltaire veio dizer-me que Moisés nãopodia ter escrito o Pentateuco porque nãotinha tinta. Bem observado, meu velho.

Sempre ouvi dizer que o Larouco era asegunda serra mais alta de Portugalcontinental. Agora querem que seja oGerês. Estes indivíduos devem andar amedir as serras com uma fita de alfaiate.Que seja o Larouco ou o Gerês, poucoimporta. Ambas me são igualmentequeridas.

Por alturas do Cambedo, deixei de ver oGerês. A albufeira da Venda Nova está vazia,numa fealdade de águas mortas. Mas a dosPisões está cheia, numa placidez bíblica.Olho para ela e lembro-me do Mar daGalileia. Mais ou menos as mesmasdimensões, pescadores, barcos, várioscafarnauns à volta. Só nos falta um messias.Mas não desanimemos. Ele prometeu virquando Dom Sebastião viesse. Atenção àsmanhãs de nevoeiro.

VIVA BARROSO!(1) - Livro III, cap.V

(2) - Exodus

(3) - Frade Franciscano do século XVI, muito

viajado, chegando a ir à Palestina, cuja viagem

descreveu no seu “Itinerário da Terra Santa”

publicado em 1593.

Leia, Assine e Divulgue

CORREIO DO PLANALTO

Locais onde as ASSINATURAS do“Correio do Planalto” podem ser pagas:

w Rádio Montalegre - Travessa do Polo

Norte 5470-251 MONTALEGRE.

w PISÕES - Restaurante Sol e Chuva.

w SALTO - Papelaria Milénio - Rua Central,

Ed. Igreja Nova, 77-A - Loja 3.

w Do País: transferência bancária para a conta

do BPI: NIB 0010 0000 1598 7370 0017 7.

w Do estrangeiro: IBAN: PT50 0010 0000 1598

7370 0017 7.

w Directamente para a Delegação do Porto: Rua

Rodrigo Álvares, 61, 2º Dt. - 4350-278 PORTO

(por cheque, vale de correio ou moeda corrente).

Locais onde o “Correio do Planalto” está à venda:w MONTALEGRE: - Quiosque Estrela Norte.

w SALTO: - Papelaria Milénio.

Page 3: CORREIO DO PL ANAL TO - aoutravoz.info - Uma outra voz ... · Gerês e lembro-me do monte Sinai, onde o Senhor falou a Moisés à varanda de uma sarça ardente. 2 – CORREIO DO PLANAL

CORREIO DO PLANALTO – 3

No passado Domingo, dia 3 de Agosto,foi apresentada uma peça de teatro naCasa do Capitão.

Esta representou o culminar dasdiversas atividades realizadas no âmbitoda ‘Oficina de Teatro’, que decorreramno mês de Julho, todas as tardes, deSegunda a Sexta-feira. A iniciativa foi daestagiária Rita Marques, responsávelpela ideia e pela sua concretização.

Casa do Capitão promove Oficina de Teatro

O teatro é uma arte milenar quefunciona como meio de divulgação e deexpressão da cultura e do conhecimento.Esta iniciativa pretendeu proporcionar aopúblico mais jovem uma experiênciaenriquecedora a nível pessoal e social,que permitiu o desenvolvimento deconhecimentos e estimulou a reflexãosobre a sua identidade cultural e opatrimónio local, de uma forma lúdica epedagógica.

Assim, aproximou este público doMuseu e dos conteúdos que representa.

No decorrer desta experiência os‘Capitães do Teatro’ – nome que ospróprios decidiram dar a este grupo -mostraram-se envolvidos einteressados, tendo por isso sidopossível criar um espírito de equipa, quefavoreceu a comunicação, a socialização,

o sentido de parti lha, de união e deresponsabilidade.

Os participantes tiveram aindaoportunidade de desenvolver a sua aptidãoartística através de diferentes exercícios ejogos de improvisação teatral, coordenaçãomotora, memória, concentração, entreoutros. Estas dinâmicas de grupopermitiram desenvolver a sua criatividadee sensibilidade.

Através da apresentação da peça ‘Ahistória que a minha avó me contou’, queem conjunto construíram, foi possívelpartilhar com os familiares e com o públicoem geral alguns dos temas abordados aolongo das sessões.

No final foi partilhado um vídeo comregistos fotográficos das atividadesdesenvolvidas e onde se fez referência a

todas as pessoas que colaboraram para osucesso deste projecto.

Seguiu-se um lanche para os maisjovens, que a D. Maria do Borda d´Águagentilmente ofereceu e a quem a Casa doCapitão muito agradece. A tarde terminoucom um momento de alegre convívio entreos participantes, que assim se despediramdesta experiência.

Ecomuseu – Casa do Capitão | Salto

A grande romaria da vila de Montalegre voltou a sair à rua. Um cortejo emhonra do Senhor da Piedade que percorreu as principais ruas da capital doBarroso. A procissão voltou a provar a religiosidade dos barrosões.

Cortejo presenciado por muita gente

Procissão em honra do Senhor da Piedade

Quem prova fica convencido. Acomeçar, por exemplo, pelo atualpresidente da Câmara Municipal deMontalegre, Orlando Alves, que desde hálargos anos é apreciador da manteigacaseira de leite de vaca barrosã.

Quem o garante é Rosa Pereira,barrosã que ministrou um concurso desteproduto na “Semana do Barrosão”, eventoque decorreu há pouco tempo na vilasaltense. O autarca, natural de Salto, terraonde reside o solar da raça barrosã, éum de muitos que assina por baixo nahora de lançar o elogio.

«FIZ ISTO TODA A VIDA»Rosa Pereira diz-se herdeira da mãe

na arte de bem fazer.

Esteve a concurso na última “Semana do Barrosão”, em Salto

Manteiga caseira de leite de vaca barrosãA saltense Rosa Pereira é uma das responsáveis pela apreciada “manteiga

caseira” de leite de vaca barrosã.A receita tem passado de geração em geração com a qualidade reconhecida

por quem teve oportunidade de a degustar. Este produto mereceu concursona “Semana do Barrosão” realizada em fim de Julho na vila de Salto

Faz questão de sublinhar que «fiz istotoda a vida porque fui sempre agricultora».A entrevistada lembra que «isto já vem daminha mãe».

Um manejar de mãos que segreda umtrabalho cada vez mais elogiado.

Pudemos constatar isto mesmo na XIIIConfraria Gastronómica da CarneBarrosã, feita em Salto, no último dia da“Semana do Barrosão”.

Nesse dia, o responsável peloEcomuseu de Barroso, Casa do Capitão,em Salto, João Azenha, destacou o valorque a manteiga caseira representou erepresenta para a população ao longo dosanos ao mesmo tempo que explicoualguns utensílios existentes no museu,relacionados com o fabrico do produto.

Em Salto faz-se a muito apreciada manteiga caseira de vaca barrosã

Realizou-se na vila de Montalegre a sétima edição da “Concentração deConcertinas”, evento que suscita sempre muita curiosidade para os amantesdeste género musical. A jornada esteve inserida no programa das “Festas deVerão” promovido pela Câmara Municipal de Montalegre.

VII Concentração de Concertinas em Montalegre

Page 4: CORREIO DO PL ANAL TO - aoutravoz.info - Uma outra voz ... · Gerês e lembro-me do monte Sinai, onde o Senhor falou a Moisés à varanda de uma sarça ardente. 2 – CORREIO DO PLANAL

4 – CORREIO DO PLANALTO

Decorreu em Pitões das Júnias, freguesia do concelho de Montalegre, o I Fiadeiro deContos. Durante três dias, a peculiar aldeia de Barroso encheu-se de vida e parou paraassistir a um diverso programa pensado para envolver a comunidade e os muitos visitantesque se deslocaram à localidade. Ao todo, seis contadores de histórias animaram osserões. David Teixeira, vice-presidente da Câmara Municipal de Montalegre, recordou que«este projeto foi sempre bem acolhido pelo executivo desde que foi apresentado». Todavia,confessou que «não tinha noção que ia dar esta força à aldeia, que iria atingir a populaçãoe envolve-la desta forma». Nesse sentido, o autarca fez «um balanço extremamentepositivo» da iniciativa e acredita que «é vontade de todos continuar». No entanto, deixou aressalva: «em futuras edições temos que pensar no envolvimento da população localcomo contadores de histórias, um povo que, durante séculos, contou histórias à lareira,no forno, a caminho do trabalho ou no regresso do monte». Por sua vez, Lúcia Jorge,presidente da Junta de Freguesia de Pitões das Júnias, afirmou que «a palavra para istotudo foi excelente». Apesar do «receio por se tratar da primeira edição e não sabermoscomo a iniciativa ia ser acolhida», o I Fiadeiro de Contos «foi espetacular para fomentar oconvívio, a amizade e a troca de vivências».

I Fiadeiro de Contos em Pitões das JúniasPitões das Júnias, uma das mais

turísticas freguesias do concelho deMontalegre, promoveu o primeiro“Fiadeiro de Contos”. Seis contadores dehistórias animaram os serões da aldeia,concentrados no largo do Eiró e no fornodo povo. O evento contou com o apoio daCâmara de Montalegre, Ecomuseu doBarroso, Associação para oDesenvolvimento da Região do AltoTâmega (ADRAT), Direção Regional daCultura do Norte (DRCN) e Embaixada deEspanha. David Teixeira, vice-presidenteda Câmara Municipal, acredita que «estaatividade vai ficar no calendário culturaldo concelho».

A última vez. Muito dificilmente poderemos assistir, sem qualquer preocupaçãofotográfica, a uma malhada do centeio, realizada em moldes tradicionais, no concelho deMontalegre. A moderna maquinaria e a falta de mão de obra liquidaram uma das maisgenuínas tradições comunitárias do Barroso. O último resistente, natural de Parafita, tem73 anos. João Barroso refere que os filhos, em outras lides laborais, convenceram-no adesistir: «são eles que me pedem...isto dá muito trabalho! É o último ano. Mais nada...».

«NÃO HÁ GENTE!»O lamento é mais do que evidente. É uma história que sai das mãos de João Barroso.

Uma  história de gerações, de olhares, de vozes, de atenções.Diz vezes sem conta que «não há gente».

Poderá ter sido a última no concelho à moda antiga

Malhada do Centeio em ParafitaAssistimos, muito provavelmente, à última malhada do centeio, à moda

antiga, no concelho de Montalegre. Aconteceu na aldeia de Parafita, semqualquer intuito de recriação.

O proprietário, João Barroso, 73 anos, desiste da tradição por «dar muitotrabalho» e «por não haver gente que trabalhe». Em representação domunicípio de Montalegre esteve o vice-presidente David Teixeira.

Gente que enfrente o calo, as canseiras do sol e do pó. Um dia as saudades vãoapertar mas como «os filhos não querem», há que oxigenar o tempo de hoje.

REGRESSO À INFÂNCIAEm representação da Câmara Municipal de Montalegre, o vice-presidente David Teixeira

deixa soltar o olhar da infância. Observa e fala pouco. Os olhos humedecem à simplicidadedo povo que tem à sua frente: «é o regresso à infância onde muito dos nossos verõeseram passados a “ganhar a malhada” aos vizinhos. Estamos perante um último resquíciode comunitarismo. Penso que será uma das últimas malhadas a ser feita no nossoconcelho. Não é recriação nenhuma. É a vivência de uma tradição que tende a desaparecere que nós teimamos a que não desapareça. Pelo menos, que fique na nossa memória».

PARTIDA IRREVERSÍVELDavid Teixeira estende o elogio a um povo que «sabe fazer» e que «ensina os filhos a

fazer». A homenagem do município é estar presente: «são os nossos mensageiros destacultura que ao longo dos séculos resistiu. Esta é a vivência do povo». Todavia, o vice-presidente da autarquia de Montalegre tem consciência que o tempo moderno não secompadece com romantismo. O seguir em frente é alinhar com as seduções e com aoferta dos dias de hoje, daí que assuma que estamos perante uma tradição que irádesaparecer: «a mudança que foi operada na agricultura é irreversível. Poderá continuara existir a segada e malhada em Paredes do Rio, em Solveira ou em pequenos núcleosmais turísticos, mas desta forma tradicional, genuína, do povo que se une, penso queestá mesmo a terminar».

Obrigado

À CONSIDERAÇÃO DOS NOSSOS PREZADOS ASSINANTESDevido a problemas levantados no banco, a pretexto de que são normas da CEE,solicitamos aos nossos prezados assinantes e anunciantes que, sempre que nospassem cheques NÃO ENDOSSÁVEIS, o façam em nome do proprietário do jornal,Bento Gonçalves da Cruz.

PARCERIASO I Fiadeiro de Contos contou com o apoio de dois apaixonados pelas terra: Carla

Moreira e Rui Simão, ambos profissionais das artes cénicas. Estes visitaram Pitões dasJúnias e a partir desse momento «sentimos que tínhamos que fazer qualquer coisa aqui»,afirmou Carla Moreira. Foram as «tradições orais que fomos descobrindo que nosmotivaram a pensar esta atividade». A colaboração passou pela «angariação de parceirospara termos condições para estes três dias de cultura», partilhou Carla Moreira. A cargodestes rostos ficou também a «promoção e divulgação do evento».

«Foi uma grande surpresa. Primeiro pelo esforço que o Clube Automóvel de Vila Realfez junto dos pilotos no sentido de trazer um grande número de concorrentes. Tivemos apresença do Kartcross que abrilhanta sempre e trás muita emoção à pista de Montalegre.Foi um grande fim de semana desportivo. Por várias razões, o alojamento da vila deMontalegre esteve totalmente cheio. Foram os restaurantes que usufruíram, também, dasmuitas pessoas que estiveram presentes. É pena este desporto não consolidar um públicofiel em Montalegre. No Mundial vamos tendo casa cheia, uma casa que não chega paratantas vontades...mas é com estes eventos que nos vamos afirmando e internacionalizandoeste destino, como um destino automobilístico. Destaque para a homenagem que foi feitapelo Clube, pela Câmara de Montalegre e pelas instituições que dão suporte a esteevento, a um dos nossos companheiros (Miguel Morais) que desde sempre nosacompanhou e que, infelizmente por uma doença prolongada, nos abandonou. Era umgrande defensor de Montalegre e da pista. O meu reconhecimento pelo trabalho que teveconnosco».

Nacional de Rallycross e KartcrossBoas corridas no circuito internacional em Montalegre

Jornada emotiva no circuito automóvel de Montalegre onde foi prestada umahomenagem a Miguel Morais, desaparecido em Abril último, ele que era há largos anosa “voz” do rallycross. Em matéria de triunfos, chegaram ao lugar mais alto do pódio,Pedro Rosário, Gonçalo Leite, Hugo Lopes, Ricardo Soares, João Sousa, CarlosFernandes e Joaquim Santos.TEM A PALAVRA David Teixeira(Vice-Presidente da CâmaraMunicipal de Montalegre)

Jorge Fonseca(Presidente - Clube Automóvel de Vila Real)«Foi uma prova que decorreu muito bem. Houve animação nas provas, corridas com

muito despique. Em relação à participação dos pilotos, de ano para ano tem aumentado.A pista está muito boa em função do tratamento que aqui foi realizado para o Mundial.Esperemos que continue assim. Em Setembro cá estaremos, com entrada gratuita».

CLASSIFICAÇÕES - Super Cars - Joaquim Santos (Vencedor)Super Nacional 4WD - CarlosFernandes (Vencedor)Super 2000 - João Sousa (Vencedor)Super 1600 - Ricardo Soares(Vencedor)Super Nacional - Hugo Cruz (Vencedor)Super Iniciação 1400 (Troféu Ernesto Gonçalves)- Gonçalo Leite (Vencedor)Campeonato Nacional de Kartcross - Pedro Rosário (Vencedor).

Page 5: CORREIO DO PL ANAL TO - aoutravoz.info - Uma outra voz ... · Gerês e lembro-me do monte Sinai, onde o Senhor falou a Moisés à varanda de uma sarça ardente. 2 – CORREIO DO PLANAL

CORREIO DO PLANALTO – 5

Realizada no fim de semana seguinte à festa do Senhor da Piedade, a corrida decavalos foi presenciada por um público numeroso e apaixonado. Uma tarde intensa quejuntou cerca de 40 cavaleiros, num ambiente de competição saudável. Atento nas bancadasdo Estádio Dr. Diogo Vaz Pereira, vulgarmente conhecido como “Campo do Rolo”, estavao presidente da Câmara de Montalegre que saiu muito satisfeito com o que viu: «tem queser feita justiça: foi uma excelente corrida, uma tarde desportiva muito interessante e comum público a encher por completo as bancadas do estádio». Orlando Alves acrescentou:«tivemos a novidade de termos um relatador, a fazer lembrar o saudoso “Fernando doBarracão” que fazia as chegas dos bois. Assisti, pela primeira vez, a um relato nestegénero. Fica bem e serviu para preencher melhor a tarde». A fechar o comentário, o autarcaaproveitou para elogiar o empenho das pessoas que continuam a zelar por esta tradição:«os animais foram excelentes, todos muito bem tratados. Cumpriu-se a tradição e,sobretudo, há que enaltecer as famílias que ainda se dedicam a esta atividade. É umesforço que fazem ao longo dos anos, que não fica barato, e que exige dedicação e muitocarinho a esta causa».

CLASSIFICAÇÃO GERAL:

1.º Hugo Rebelo - Vila Pouca de Aguiar - 2.º Nélson Madeira - Vila Real - 3.º CarlosAfricano - Montalegre - 4.º Toñito Rodrigues - Espanha - 5.º Rafael Coelho - Vila Verde(Braga) 

BARRAGE (corrida entre os 5 melhores) 1.º Carlos Africano - Montalegre - 2.º Rafael Coelho - Vila Verde (Braga) - 3.º Hugo

Rebelo - Vila Pouca de Aguiar

Evento reuniu muitos aficionados

Montalegre - Corrida de CavalosIntegrada no programa das “Festas de Verão”, a tradicional corrida de

cavalos, de passo travado, reuniu muitos amantes desta atividade desportivaque continua a alimentar paixão. Uma jornada catalogada pelo presidente daCâmara de Montalegre, Orlando Alves, como «muito interessante».

Pelo quarto ano consecutivo, teve lugar em Tourém, Montalegre, o IV Grande Prémio deAtletismo do “Encontro Tourém/Randin”. Esta corrida entre os povos transfronteiriços deTourém e Randin «já está a ganhar escala e notoriedade», garantiu Victor Castro, membroda organização. Satisfeito com a adesão dos participantes, afirmou que «esta provasuperou todas as nossas expetativas». Mais do que «uma festa do desporto, tivemos aquium ótimo convívio, com pessoas dos oito aos oitenta anos de idade». Esta opinião foitambém partilhada por Jaime Barroso, presidente da junta de freguesia, que espera que«esta corrida do encontro continue a crescer cada vez mais». Por sua vez, Orlando Alves,presidente da Câmara Municipal de Montalegre, definiu o evento como uma «excelenteatividade», capaz de fomentar «a relação histórica e cultural entre estes povos raianos».

“Encontro Tourém/Randin”IV Grande Prémio de Atletismo

Decorreu em Tourém, freguesia do concelho de Montalegre, o IV GrandePrémio de Atletismo do “Encontro Tourém/Randin” que uniu as localidadesde Tourém (Portugal) e Randin (Espanha). A atividade voltou a ter o sucessode anos anteriores e reuniu participantes dos dois países. Orlando Alves,presidente da Câmara Municipal de Montalegre, fez votos de que esta «relaçãoentre estes dois povos raianos não esmoreça».

NOTAS

Partida: Largo do Cruceiro (Randin, Espanha)Chegada: Largo do Outeiro (Tourém, Portugal)Distância: 7 kmEscalões:

6 – 14 anos (Juv.) /15 – 99 anos (sèni.)Inscrições:

Seniores 3,5 • / Juvenis e Caminhada 2,5 •Prémios para os três primeiros escalõesséniores:

1º Prémio – 150 •2º Prémio – 100 •3º Prémio – 75 •

Medalhas e t-shirts para todos os participantes

Com mais de 30 Km de área, a freguesia de Sarraquinhos é das mais extensas doconcelho de Montalegre. Porém, a visita foi cumprida na totalidade, como faz questão desublinhar o presidente da Câmara Municipal: «é uma freguesia um bocado dispersa, masconseguimos, com o apoio e com o acompanhamento do senhor presidente da junta,fazer a volta completa. Fizemos um apanhado geral daquilo que, no entender do autarcade freguesia, é mais premente fazer-se. Vamos agora sequenciar as coisas. Vamoshierarquizar as intervenções».

«NÃO É NADA DO OUTRO MUNDO!»Como tem sido norma, Orlando Alves faz-se acompanhar de um bloco de notas. Anotou

e no final confessou que não recebeu pedidos de carater extraordinário: «as solicitaçõesque nos pediram e nos foram apresentadas não é nada do outro Mundo. Poderemos, comum bocadinho de calma, acudir a todas elas em pouco tempo. Fica a promessa de nosirmos empenhar para fazer estas pequenas intervenções». Sobre esta matéria, o autarcafez questão de ressalvar: «por vezes, por serem tão pequeninas, são desprezadas e sãopassadas para as calendas, mas não deixam de ser aquelas que mais têm a ver com oquotidiano das pessoas e que mais perturbam se estiverem mal feitas».

«QUEREMOS CRIAR CONDIÇÕES A QUEM AINDA RESISTE»Acompanhado pelo vice-presidente, David Teixeira, o edil fez notar que estamos perante

um território com um potencial enorme. Orlando Alves reporta: ««queremos criar condiçõesa quem ainda resiste viver nestas localidades que são tão férteis». A exemplifica estaspalavras, deixa estes considerandos: «nesta visita pudemos ver árvores carregadas defruto, onde pudemos degustar maravilhosas nozes, onde vimos que as batatas já estão

“Viagem pelas Freguesias” - Sarraquinhosfora da terra. Foi simpático ver uma terra tão fértil, tão produtiva e a dar coisas tão boas.Em contraponto, fenece por falta de gente, de projetos de escala que sirvam para darsustentabilidade à terra».

«VISITA CORREU BEM»Para o presidente da junta de freguesia de Sarraquinhos «a visita correu bem».

Domingos Costa referiu: «gosto que o senhor presidente da Câmara veja os trabalhosque decorrem nas aldeias. Com isto vê-se a necessidade do que se precisa. É uma boaideia dar a volta pelas freguesias porque assim vê melhor a necessidade do povo». Emrelação aos pedidos, relatou:

«Pedi-lhe uma rua em Pedrário, um tanque em Zebral, uma rua em Cepeda e quefossem retirados os nichos do correio que já nada justifica lá estarem».

Pontos Turísticos: Castro e Sepulturas Líticas(Pedrário); Igreja (Sarraquinhos)Lugares da Freguesia (5): Antigo, Cepeda,Pedrário, Sarraquinhos e ZebralMorada:

Junta de Freguesia de SarraquinhosR. Estrada Municipal n.º 105470-463 Cepeda - MontalegreTelefone: 966 738 967

Membros do Executivo:Presidente: Domingos Branco da CostaSecretário: Anabela Moura DiasTesoureiro: Bruno Miguel Reis Alves

Membros da Assembleia de Freguesia:Presidente: Idalina Maria Costa LiberalDomingos Branco da CostaAna Maria Gonçalves Flores GomesAntónio Mendes Rafael

DADOS A RETER NA FREGUESIA

Área: 33.5 km2 - Densidade Populacional: 8.7 hab/km2 - População Presente: 293 - Orago: Santa Maria

Sarraquinhos ocupa umadas mais vastas áreas doconcelho de Montalegre.

No périplo que o executivoestá a realizar pelas 25freguesias, a paragem nestaslocalidades foi mais umaoportunidade para oexecutivo trocar impressõescom as populações e comquem lhes dirige o destino.

A Freguesia é constituída por cinco lugares: (Antigo, Cepeda, Pedrário,Sarraquinhos e Zebral).

Page 6: CORREIO DO PL ANAL TO - aoutravoz.info - Uma outra voz ... · Gerês e lembro-me do monte Sinai, onde o Senhor falou a Moisés à varanda de uma sarça ardente. 2 – CORREIO DO PLANAL

6 – CORREIO DO PLANALTO

O tempo refrescou. O sol foi-se, o céu está enevoado e o Ambrósio rega o milho docampo como se estivesse calor e não viesse aí a chuva. Pela amostra a chuva virá, é maisque certo. Entretanto o Ambrósio, previdente, vai regando para o caso de não chover. Nãome canso de o dizer, mas dá gosto e gozo olhar o campo do meu amigo nesta altura doano: tudo o que é verde está lá: couves, nabiças, alfaces, pepinos, tomates e o infindávelmilho já na sua idade adulta. Faltam as videiras que o ano passado o Ambrósio cortou“porque estavam velhas e davam muito trabalho e despesas nos tratamentos”. A verdadeé que o homem já não está aí para as curvas, o trabalho vai pesando no corpo que nãorejuvenesce como os renovos. Cada ano que passa é um peso a mais nas costas do bomAmbrósio. Nota-se e vê-se no seu caminhar quando sai com as ovelhas para o pasto. Ouquando sobe as escadas do terraço e se põe a mirar o campo, mãos em pala por cimados olhos, por causa do sol. Ai, os anos, o PDI, em trocos miúdos a puta da idade. Andamas andorinhas em voos baixos, rentes à terra, vejo-as daqui, da minha janela, e dizem-meque é sinal de que vamos ter chuva, logo agora que estamos em pleno verão. Anda tudotrocado neste velho mundo, vê-se que já não tem conserto, pois que se lixe o mundo, senão tem conserto consertado está, assim como assim nele havemos de viver pois outronão temos onde nos acolhermos. Triste sina a nossa. Continuo a ver as andorinhas emvoos rasantes junto à terra, sempre ligeiras e frenéticas, barriguinha branca a descoberto,descolando dos ninhos – cherri, chi-chi – levam a vida a voar, não têm descanso, coitadasdas andorinhas, devem chegar à noite mais cansadas que a minha neta Isabel, que estádando os primeiros passos e não pára um segundo todo o santo dia. Ai, não vou falar dasminhas netas, não, tenham calma, não se assustem, falemos antes de agricultura, dosvinhedos (já pinta o bago), dos pomares, do milho do Ambrósio (está um belo milho,grosso e tamanhão) e deste verão incaracterístico que já vai a meio, com os dias amingarem a olhos vistos. É o meu desgosto, que gosto deles a crescerem, mas o que temde ser tem muita força, deixá-los mingar, deixá-los. Descansem que também não vou falardo Ambrósio, meu amigo e confidente, e que quase todos os dias me dá alfacesfresquinhas, couves, nabiças, feijão verde e tudo o que de bom o seu campo produz.

Na verdade, falar do Ambrósio é falar de um mundo prestes a acabar. Quando um diaele se finar, o que acontecerá quando a sua hora chegar – isso está escrito no livro do

Conversando...Conversando...

Tragédia em Pereira

Dia 4 de Agosto, duas crianças, uma de sete e outra de treze anos, foram

encontradas caídas na casa de banho, vítimas de inalação de monóxido de carbono,

quando tomavam banho. O mais novo, Tiago André Gonçalves Peixoto faleceu no

local, o irmão foi assistido e depois transportado de helicóptero, que aterrou no recreio

da escola primária da aldeia, para o hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, onde foi

tratado e já regressou a casa. As duas crianças, residentes em Braga, estavam de

férias em casa dos avós maternos.

“Semana do Barrosão” encheu a vila de Salto – um sucesso!

Foi um grande êxito o evento organizado, nos dias 25, 26 e 27 de Julho, na vila de Salto,pela Câmara Municipal de Montalegre.

Pela primeira vez, a freguesia teve a visita de um ministro do governo, o Prof. DoutorMiguel Poiares Maduro que foi recebido pelas autoridades locais, com a guarda de honrafeita pelos Bombeiros de Salto e a canção “Viver em Barroso” entoada pelo Grupo deCantares na chegada ao ecomuseu, onde inaugurou o primeiro “Espaço do Cidadão”aberto em Trás -os- Montes.

Acompanhado, por imenso público, seguiu pelas ruas da vila, até a zona requalificada,onde inaugurou um lindo mural com uma vaca barrosã, uma excelente obra de arte doartista Laureano Ribatua, que a todos impressionou e mereceu rasgado elogios! Umahomenagem do Município aos lavradores da freguesia e a SALTO - terra do barrosão. Deseguida, foi a visita ao local da feira, o parque do Torrão da Veiga.

Nos três dias de feira e festa, houve um programa variado; a assinatura dos protocolosde adesão dos municípios da CIM/Alto Tâmega ao Espaço do Cidadão, com a presençados Presidentes das Câmaras de Montalegre, Chaves, Boticas, Ribeira de Pena, VilaPouca de Aguiar e Cabeceiras de Basto; até conferências, concurso de manteiga caseira,exposição de gado, chegas de bois, merendas e variada animação musical, como: grupostradicionais, jogo do pau, ranchos folclóricos e conjuntos musicais.

No auditório do ecomuseu da Casa do Capitão, com Confrades e Confreiras de todoo país presentes, decorreu a cerimónia da entronização de quatro confrades da ConfrariaGastronómica da Carne Barrosã, fundada em 2001: Manuel Lino de Carvalho, de Paredes;Augusto David Freitas Morais, Montalegre; Padre António Lourenço Fontes, Vilar de Perdizese Serafim China Pereira, de Cabeceiras de Basto, seguiu-se o tradicional desfile e a fotodo conjunto, nas escadas da igreja nova.

No Sábado e com o auditório do ecomuseu repleto de público e a presença do Sr.Secretario de Estado da Alimentação Agroalimentar, prof. Doutor Nuno Vieira de Brito,decorreu o Colóquio sobre “A Raça Barrosã” que encerrou com assinatura de contratos derevendedores da marca “Carne Barrosã DOP” e a entrega de placa identificativa.

Esta primeira edição da Semana do Barrosão trouxe milhares de pessoas a esta lindavila do Baixo Barroso. O comércio local sentiu-o e o Parque do Torrão da Veiga foi o localideal para a sua realização. A beleza do imenso espaço verde, a animação constante, asbarraquinhas com os produtos tradicionais e até o calor que quis estar presente, fizeramdeste certame de divulgação e promoção da melhor carne do mundo e que tem em Saltoo seu solar, um fim de semana inesquecível e enche de orgulho todos os que nelatrabalharam e honra o Senhor Presidente da Câmara, o Prof. Orlando Alves, o mentordesta feliz ideia!

Mudança de padres

Depois de 8 anos à frente da paróquia de Salto e a seu pedido, o padre de Salto,António Jorge Cachide Ferreira, vai deixar a paróquia e será colocado no seu concelho,Alijó. Terra de onde vem o novo padre da freguesia, o Padre Pedro Rei Alves, natural daaldeia de Beça, Boticas. Este foi ordenado padre em 1 de Julho de 2007 e celebrou missanova em 22 de Julho. Ligado à formação dos jovens católicos do Distrito de Vila Real, jáfez parte da seleção distrital de futsal dos padres católicos.

Será, brevemente, o novo padre de Salto, Pondras, Reigoso, Vila da Ponte e Cerdedo.

Zé Amaro no 15 de Agosto

O popular artista Zé Amaro foi a principal atração da Festa da Senhora do Pranto quese realizou em Salto, nos dias; 12,13,14 e 15 de Agosto.

Destino – quando ele se finar, ia eu dizendo, o seu grande campo tornar-se-á um matagalonde medrarão as silvas e toda casta de ervas ruins, sem ninguém que o cultive e trate.O fim do Ambrósio será o fim deste belo campo que regala a vista e alegra os meus dias.Tenho a certeza disso. Ninguém mais quererá trabalhá-lo, sujar as mãos e fazer caloscom a enxada. Posto o que se acabarão os tomates vermelhos, os pimentos verdes e asverdes alfaces, que a mulher, a senhora Lucinda, me pendura na sombra da minhamagnólia quase todos os dias, num prego que eu lá espetei para o efeito. Tudo tem umfim, é certo, mas há fins que são mais tristes que outros. Festejemos, no entanto, a vida,pois esse fim poderá vir ainda longe e alegremos os olhos no galo que o Ambrósio tem eque traz o galinheiro em reboliço, um galaró de alto gabarito e que serve quase duasdúzias de galinhas. Ele dá conta do recado, vejo, daqui, da minha marquise, a competênciado bicho, tem umas esporas de cavaleiro e uma crista emproada, parece um monarca noseu harém, melhor dizendo um sultão no meio das suas odaliscas. Ah, galo de um raio,aproveita o tempo que te resta enquanto não vem a faca e o alguidar e as festas na cristadas mãos da Senhora Laurinda.

A propósito do galo lembro uma poesia pequenina, salvo erro de Afonso Lopes vieira,e que transcrevo de memória para os amantes de pequenos poemas: «Muito de regalo /Sai do seu poleiro / Lampeirinho o galo / Todo chocalheiro / Có, coró, có, có. / E a galinhariça, / De asa derrubada / Toda se derriça / De se ver folgada / Cá, cará, cá, cá. / Pintainhosde oiro / Caudas de abanico / Vão ao bebedoiro / Temperar o bico / Qui, quiri, qui, qui».Bonito, hem? Não custa nada e eu não cobro a beleza do poema. Aproveitem, que cá ovelho não dura sempre. Fica o recado.

Ainda sobre o galo lá anda ele derrubando pitas e frangas, numa azáfama de bomtrabalhador, capaz de enfrentar um exército, quanto mais um bando de galinhassequiosas de pilinha. Poupe-me este frango, senhora Laurinda. Quando enfim resolvervendê-lo fale primeiro comigo que eu lho comprarei. Minha mulher tem jeito para arrozde cabidela. Que se lixe o colesterol. Será uma boa altura de convidar meu irmãoIsmael para vir jantar connosco. Ele nunca diz nada, anda lá ocupado com os negócios,no fim de contas, é bom rapaz e um bom irmão. É o mais novo, o benjamim da família.Um abraço, Ismael. Estarás tu a ler isto? Espero que não leves a mal, mas a tuaobrigação é leres o que o teu irmão escreve, mal ou bem, isso está fora de questão.

Ainda outra vez – um abraço.

F. M.

NOTÍCIAS DE SALTO A Banda Musical de Cabeceiras de Basto e a de Perafita, a Banda Filarmónica de

Salto, o Grupo de Cantares de Salto, os Corajosos, os Rapazões da Venda Nova, a fanfarrados Escuteiros de Valpaços, o Ranho Folclórico de Cavez, os Zés Pereiras de Cucana, osconjuntos musicais A.F. e o Rumo Nordeste, animaram os vários dias desta famosa festade Salto.

Assembleia de Freguesia reuniu

No dia 17 de Julho, realizou-se a Assembleia de Freguesia. O Presidente, Prof. Alberto Martins, apresentou a situação financeira da autarquia e fez

o relatório das atividades realizadas, nestes dois últimos meses.Falou: da celebração dos 40 anos de Abril; da festa do 19º aniversário da elevação de

Salto à categoria de Vila; da mudança da feira semanal para o novo local; aquisição doslivros do Plano Nacional de Leitura para a biblioteca da Escola; na promoção da Prova deAutocrosse; do pagamento de 17 mil euros (última fatura) à firma Anteros, da obra da FaseB da requalificação da vila; da viagem oferecida à Banda Musical a Santa Maria da Feira;da nova Central de PT já em funcionamento; do apoio oferecido a famílias carenciadas;das Minas da Borralha, onde continuam as prospeções e do bom andamento das obrasno edifício do escritório e do Grupo D; da cedência de transporte aos bombeiros, centro degestão, banda Filarmónica e Lar; da limpeza feita em diversas ruas e nos cemitérios,ajardinamentos e do apoio dado ao ecomuseu e à brigada do pessoal com diverso material.

Informou os membros sobre a abertura do “Espaço do Cidadão” na vila e da realizaçãoda “Semana do Barrosão”, do financiamento para o Pavilhão Desportivo, bem como dasituação do novo abastecimento de água à Vila de Salto.

Nesta reunião, as Associações de Caça da Freguesia, solicitaram à Junta de Freguesiaa redução do preço das licenças de canídeos.

Equipa de Salto em 2º Lugar.

Terminou com a entrega dos troféus aos vencedores e a presença de cerca de centoe cinquenta atiradores, a final do XII Circuito InterClubes de Tiro aos Pratos que se realizouno campo do tiro de Salto, nos dias 26 e 27 de Julho e que teve a presença de cerca de 120atiradores, de onze equipas dos Distritos de Vila Real e Bragança.

A equipa de Mogadouro foi a vencedora, seguindo-se Salto, Bragança, Alijó, e Chaves.Na geral individual: Antero Ferreira, (Bragança); Paulo Lapo (Mogadouro) e Paulo Mucho,(Salto). Nos vinte primeiros classificados, cinco foram da equipa da casa, Salto!

Na cerimónia de encerramento, estiveram os dois presidentes; o da Camara Municipal,Prof. Orlando Alves e o da Junta de Freguesia, Prof. Alberto Martins.

Pavilhão Desportivo avança.

A Câmara Municipal de Montalegre candidatou a construção do pavilhão desportivo deSalto, às obras financiadas pelo Quadro Comunitário para recintos desportivos. O concursodo mesmo será de imediato e a obra deve estar concluída, até finais de Julho de 2015.

A Assembleia Municipal, no dia 25 de Julho, votou por unanimidade, a alteração aoPlano Anual para que esta obra, possa ser financiada, ainda no ano corrente.

Teatro no Ecomuseu

Domingo, dia 3 de Agosto foi apresentada uma peça de teatro, intitulada “A história quea minha avó me contou” representada por pequenos atores, no auditório do ecomuseu.Esta iniciativa foi fruto de muito trabalho e ensaios realizados durante todo o mês deJulho, naquele espaço.

Acidente na Curva

No dia 29 de Julho, ao fim da tarde, dois condutores da Reboreda, bateram com assuas viaturas, na estrada 311, junto à Casa Retorta. Ao fim da curva, um ia virar à esquerdae outro que seguia atrás, não conseguiu evitar o choque e bateu-lhe na traseira. Os carrosficaram bastante danificados, os condutores, João Dourado e o Ismael, saíram ilesos. Osbombeiros estiveram no local para lavar a via.

Atualizar Direções

Os serviços dos Correios e a Junta de Freguesia, estão a fazer uma campanha desensibilização, junto dos utentes, para atualizarem as suas moradas nos diversosorganismos públicos. A separação da correspondência é feita por ruas e lugares e a partir de Setembro, oscarteiros começam a devolver toda a correspondência que não tenha escrita corretamentea morada.

Page 7: CORREIO DO PL ANAL TO - aoutravoz.info - Uma outra voz ... · Gerês e lembro-me do monte Sinai, onde o Senhor falou a Moisés à varanda de uma sarça ardente. 2 – CORREIO DO PLANAL

CORREIO DO PLANALTO – 7

Com 72 anos, o lendário José Cid mostrou em Montalegre que continua emgrande forma. Espetáculo de duas horas, integrado no programa das “Festasde Verão”, com grande qualidade que contagiou os muitos que estiveram naPraça do Município.

Uma noite onde foram vividas grandes recordações em torno de um cantorque continua a movimentar um público particularmente fiel.

Espetáculo integrado no programa das “Festas de Verão”

Concerto de José Cid em Montalegre

Integrado na VII Concentração de Concertinas, o artista Tiago Maroto atuouna Praça do Município de Montalegre. Mais um espetáculo inserido noprograma das Festas de Verão promovido pela Câmara Municipal.

Tiago Maroto atuou na Praça do Município

Pelo terceiro ano consecutivo, Montalegre recebeu o Festival de Música Júnior. Sob otema “Bandas Sonoras de Hollywood”, mais de duas centenas de jovens estiveram nacapital de Barroso num estágio de verão, ao longo de uma semana. A jornada terminoucom um concerto no auditório municipal que, à semelhança de edições anteriores, esgotouo espaço.

David Teixeira, vice-presidente da Câmara Municipal, acredita que «é desta forma quese cultiva e se torna culta esta assistência que resistiu, estoicamente, até a esta hora tãoavançada».

Para o autarca, foi «mais uma noite memorável em Montalegre, com casa cheia».

III Festival de Música JúniorMontalegre voltou a acolher mais uma edição do Festival de Música Júnior.

Reconhecido com uma das iniciativas artístico-pedagógicas mais referenciadasno meio musical português, a edição deste ano teve como título “BandasSonoras de Hollywood” e contou com Mário Augusto e Sofia Escobar comoconvidados especiais. David Teixeira, vice-presidente da Câmara Municipal,definiu a noite como «memorável».

«BALANÇO MARAVILHOSO»António Jorge Nogueira, rosto deste projeto, fez um «balanço maravilhoso e muito positivo

desta edição» e garantiu que «a organização tem criatividade para continuar a desenvolvero projeto» no próximo ano. Ciente do trabalho realizado, garantiu que «foram superadas asexpectativas».

O espetáculo foi apresentado pelo conhecido Mário Augusto que conduziu o público poruma viagem comentada a algumas das mais marcantes músicas da sétima arte. O jornalistaafirmou que «foi um grande prazer estar em Montalegre» e apelou aos envolvidos naorganização: «continuem com esta iniciativa, façam-na crescer porque é a terra que ganhacom isto». Sofia Escobar, atualmente a representar o papel de Christine no Musical “OFantasma da Ópera”, em Londres, era a voz mais esperada de se ouvir durante o espetáculo.Todavia, problemas inesperados de saúde impediram a solista de atuar.

Na plateia, Sofia Escobar assistiu ao concerto final e referiu que teve «imensa pena denão poder estar em palco com os jovens». Com noção do potencial, acredita que «a próximageração de profissionais desta área vai sair deste leque de grande qualidade».

Conselho Diretivo de Baldios de Fafião:15,00; Fernando Antunes Pires, Pomar daRainha: 15,00; Augusto Enes Bernardes, Montalegre: 40,00; Hernâni José BarrosoFernandes, Seixal: 50,00; Manuel Fernandes do Gago. Salto: 15,00; Leonel Gonçalvesdos Santos, Castanheira do Ribatejo: 15,00; Amadeu Lopes dos Santos, Castanheirado Ribatejo; 15,00; Aparício Lopes dos Santos, Castanheira do Ribatejo: 15,00; AlbinoFecha, Vila do Conde: 20,00; António Fernandes Afonso, Castanheira do Ribatejo:15,00; Jaime Magalhães Fernandes Campos, Salto: 15,00; Dos Santos Domingo,Suíça: 45,00; Dr. José Lestra, Braga: 50,00.

memorandum

Page 8: CORREIO DO PL ANAL TO - aoutravoz.info - Uma outra voz ... · Gerês e lembro-me do monte Sinai, onde o Senhor falou a Moisés à varanda de uma sarça ardente. 2 – CORREIO DO PLANAL

8 – CORREIO DO PLANALTO

Vindos um pouco de todo o lado, inclusivedas ilhas, a Confraria Gastronómica daCarne Barrosã realizou o XIII Capítulo navila de Salto, iniciativa que esteveenquadrada no programa da “Semana doBarrosão”. Um encontro cujo ponto alto foia entronização de quatro novos confrades,um deles o bem conhecido padre Fontes.Confrade há mais de uma década, opresidente da Câmara de Montalegre,Orlando Alves, sublinhou a «felizcoincidência» entre o encontro e o eventoque decorreu na vila barrosã:«articularmos, com a direção da ConfrariaGastronómica da Carne Barrosã, esforçosno sentido de se fazer em Salto este“Capítulo”.

É uma outra forma de dar visibilidade eimportância à raça barrosã». Para o autarcaeste tipo de iniciativas potencia a promoçãodos produtos da região: «este encontrocongregou, junto de nós, muitas outrasconfrarias que se dedicam à valorização dopatrimónio gastronómico nacional. Tudoisto, são iniciativas para repetir e é com estetipo de iniciativas que vive o mundo rural e,particularmente, o concelho deMontalegre».

«SALTO FAZ-NOS CELEBRAR

O BARROSÃO»Em representação da Confraria

Gastronómica da Carne Barrosã, falou oMordomo- Mor Albano Álvares que nãopoupou elogios ao momento: «Salto faz-nos viver, reviver e, sobretudo, faz-noscelebrar o barrosão. Foi uma ótimaoportunidade, num período de uma certainatividade da confraria, vir a Salto e relançareste espírito de confrade». De seguido,acrescentou: «é um enorme prazer estar

XIII Confraria Gastronómica da Carne BarrosãRealizada no último dia da “Semana do Barrosão”

O último dia da “Semana do Barrosão” ficou marcado pela realização daXIII Confraria Gastronómica da Carne Barrosã. O auditório do Ecomuseu deSalto testemunhou à entronização de quatro novos confrades, um deles oconhecido e carismático padre Fontes. «Com o cunho dos prados verdes do

Norte, dos lameiros e pastos naturais, marcada pelo milho e pelo azevém

semeados pelos produtores, esta raça nobre produz uma carne de excelência». 

aqui onde entronizamos mais quatroconfrades que irão defender a raça barrosãonde quer que cheguem.

Temos a certeza que vão acrescentarmuito à nossa confraria», com especialdestaque, concluiu: «no padre Fontes quetem feito um trabalho notável na divulgaçãodesta região».

CARNE BARROSÃ

Mercê do rigoroso controlo com que éselecionada e criada, a Carne Barrosã tem

Padre Fontes - (Novo Confrade)

«Isto dá sequência ao que já fazíamos, isto é, organizados e unidos, venceremos! Éuma aposta que todo o Barroso faz.

Todos somos poucos para afirmar a qualidade, o sabor, o prazer de comer à mesa. Acarne barrosã é pura. Prometi defendê-la com o pau e com unhas e dentes. Espero queeste encontro faça crescer a publicidade. Pena que a televisão não tenha cá estado paramostrar a realidade à mesa e provarem a verdade».

Augusto Morais - (Novo Confrade)

«Para mim é mais responsabilidade embora já tivesse obrigação, como cidadão ebarrosão, de promover os produtos de qualidade do Barroso. Agora passo a ser comoque um profissional a defender o que de bom temos. Faço com redobrada satisfação.Este convite das elites honra-me».

China Pereira - (Novo Confrade)

«É um desafio que aceito com toda a naturalidade. Na qualidade de presidente daCâmara Municipal de Cabeceiras de Basto, posso dizer que no meu concelho existemuito gado de raça barrosã, com dezenas de proprietários. Tudo farei para que osprodutores de Cabeceiras de Basto honrem tudo aquilo que aqui foi dito».

Denominação de Origem Protegida (DOP)por Despacho 18/94 de 31 de Janeiro(Diário da República II Série).

O uso da Denominação de Origemobriga a que a carne seja produzida deacordo com as regras estipuladas noCaderno de Especificações, o qual incluia identificação dos animais, o saneamentoe a assistência veterinária, o sistema deprodução, a alimentação, as condições aobservar no abate e conservação dascarcaças, associados a um rigoroso

sistema de segurança alimentar e a umaefetiva rastreabilidade, da exploraçãopecuária até ao consumidor.

Em relação ao produto, podemos referirque apresenta uma cor rosada a vermelhaescura, com gordura branca a branca suja,conforme se trate de vitela ou animal adulto.A carne é deveras tenra, extremamentesuculenta e muito saborosa.

O flavor, sensação complexa que seobtém pela combinação das caraterísticasolfativas e gustativas percetíveis durante amastigação, mantém-se com excelentenota e muito semelhante em todos ospesos de abate.

Esta caraterística, tal como a suculência,deve-se em grande medida ao“marmoreado da carne” estando por issocorrelacionada com a repartição da gordurae a sua composição lipídica

Por fim, dizer que segundo os maisrecentes estudos, a presença nas suasfibras musculares de ácidos gordosinsaturados, ómega 3 e ómega 6,nomeadamente de ácido linoleicoconjugado – CLA, e de antioxidantes, entreoutros elementos, aliada ao baixo teor emcolesterol conferem à Carne Barrosã - DOPpropriedades promotoras de saúde. Estassão evidentes a nível do sistemacardiovascular, do sistema imunitário alémdo seu efeito anti carcinogénico.

O rigor das modernas técnicas decontrolo de qualidade é o garante de toda ariqueza da tradição da raça.

A idade normal de abate é entre os cincoe os nove meses.

Pesando em média 184 kg de peso vivopara os machos e 169 kg para as fêmeas,com pesos médios de carcaça que rondamaproximadamente os 98 kg.

Manuel Carvalho - (Novo Confrade)

«Tal como as outras responsabilidades que assumi ao longo da minha vida, tentareiser cumpridor, honrar as minhas raízes e a tradição do Barroso».

Vítor Barros - (Responsável pelas Loas na Entronização)

«O que fiz aqui já o tinha feito em 2003. Vim de Angola, estava com muito trabalho,mas não consegui dizer não ao Albano. Acho que as pessoas gostaram. A carne barrosãé “o príncipe dos príncipes” dos produtos tradicionais portugueses. A raça é muito singular.Não há mais nenhuma raça como esta. Como referi, pensa-se que terá vindo da Mauritânia.Aquela armadura em lira provém da maneira como são escolhidos os touros do povo. Éa melhor carne e estamos aqui para tentar fazer alguma coisa pela carne barrosã».

Olga Cavaleiro - (Presidente da Federação Portuguesa das Confrarias)

«As confrarias em Portugal já representam parceiros muito ativos em várias vertentesda nossa sociedade. As confrarias têm sido boas promotoras do desenvolvimentoeconómico local, não só pela promoção de produtos mas, também, por facilitarem oacesso à informação para novos canais de distribuição. Neste momento, assumem umaimportante função naquilo que possa ser o inventário do património cultural e materialassociado à gastronomia. É importante porque há muitas práticas que estão adesaparecer, há produtos que já não se fazem, há outros que têm sido recuperadospelas confrarias e toda esta informação pode ficar para os vindouros, com registoorganizado».

OPINIÕESOPINIÕESOPINIÕESOPINIÕESOPINIÕES