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CORREIO DO PLANALTO Prolegómeno QUINZENÁRIO - ANO XLl - N. o 693 - 15.MAIO.2015 Director: Bento da Cruz - Editor: José Dias Baptista Preço Avulso: E 0,70 - Assinatura Anual: Território Nacional E 15,00 / Estrangeiro E 45,00 CORREIO DO PLANALTO já pode ser lido em versão digital Consulte o site: Presidente da Câmara criticou ausência da maioria dos Presidentes de Junta de Freguesia (Continua na pág. 3) ATENÇÃO [email protected] Montalegre - 25 Abril (41 Anos) Johan Kristoffersson triunfa em Montalegre Mundial Rallycross O mau tempo impediu a normal parada invocativa do 25 de Abril feita na praça do município de Montalegre. A cerimónia, transferida para o interior do edifício da autarquia, foi presenciada por um conjunto de resistentes que não desarmam no lembrar dos valores de Abril. A Banda Mu- sical de Parafita deu cor e brilho com a interpretação do hino português e da música “Grândola, Vila Morena” do malogrado Zeca Afonso. ”PUXÃO DE ORELHAS” AOS PRESIDENTES DE JUNTA Finda a solenidade, o presidente da Câmara Municipal de Montalegre, Orlando Alves, lamentou as fracas condições climatéricas embora tenha reconhecido que a celebração teve «mais público do que havia o ano passado». Todavia, o foco do comentário do edil esteve centrado na ausência da maior parte dos presidentes de junta de freguesia. Um reparo feito com mágoa: «todos os senhores presidentes de junta foram convidados para estarem presentes e era obrigação deles estarem aqui. Foi com chuva que foi celebrada a “revolução dos cravos” em Montalegre. Mais de quatro décadas onde os valores de Abril não cansam. Uma singela cerimónia, realizada no interior do edifício da Câmara de Montalegre, onde houve o hino de Portugal - orquestrado pela Banda Musical de Parafita - e o tradicional cântico da “Grândola, Vila Morena” do lendário Zeca Afonso. No discurso, o presidente da Câmara, Orlando Alves, lamentou a fraca participação cívica dos presidentes de junta de freguesia. Quando aceitaram serem candidatos às juntas de freguesia, sabiam que nessa candidatura estava implícito um conjunto de deveres. Não posso deixar de referir esta mágoa porque todos confirmaram que estavam presentes e, afinal, acabaram por não aparecer». Orlando Alves adverte que não preza «estas singularidades» e aponta o dedo: «se continuamos a ser um povo que não gosta de si próprio, isto é, se nós desvalorizamos os momentos mais simbólicos da nossa vida republicana e nacional...enfim...nós podemos não gostar deste ou daquele Governo, mas não deixaremos nunca de ser portugueses». A rematar disse: «Temos a obrigação de estar presentes...não basta exigir um feriado para estar em casa. É preciso vivê-lo!». Foi entre muita chuva que o piloto sueco Johan Kristoffersson (4m33,888s), ao volante de um VW Polo Supercar, venceu a primeira jornada do Campeonato do Mundo de Rallycross disputada este fim de semana no circuito internacional de Montalegre. Kristoffersson bateu na final o campeão do mundo Petter Solberg (4m37,678s) - Citroen DS3 Supercar - e o jovem Timmy Hansen (4m45,575s) em Peugeot 208 Supercar. Davy Jeanney (Team Peugeot- Hansen) e o líder do primeiro dia, Andreas Bakkerud (Ford Olsbergs MSE), foram quarto e quinto. O sexto classificado foi PG Andersson (Marklund Motorsport). No sétimo posto ficou o piloto do DTM O sueco Johan Kristoffersson venceu a primeira prova do Campeonato do Mundo de Rallycross realizada no circuito internacional de Montalegre. A vitória na “prova- rainha” (Supercars) foi alcançada por entre muita chuva levando a melhor sobre o lendário Petter Solberg (segundo) e o jovem Timmy Hansen (terceiro). Daremos todos os pormenores deste mega evento desportivo ao longo do dia. Mattias Ekstrom (Audi S1 Supercar). Ainda nos 10 primeiros encontramos Topi Heikkinen (VW Polo), Timur Timerzyanov e Manfred Stohl.Nas outras categorias, dizer que o antigo campeão europeu de Autocross, Krisztian Szabo, venceu en- tre os Super1600 (Skoda Fabia), seguido pelo francês Andrea Dubourg, em Renault Clio. O último lugar do pódio foi ocupado por Janis Baumani, em Renault Twingo.Por fim, o campeão dos RX Lites (carros de 310 cv com chassis tubular) em 2014, Kevin Eriksson, dominou e venceu a categoria no circuito de Montalegre. Kevin Hansen – irmão mais novo de Timmy – foi segundo. Na terceira posição ficou Joachim Hvaal. «FIM DE SEMANA FANTÁSTICO» As fracas condições do tempo não criaram mossa no ânimo do presidente da Câmara de Montalegre. Orlando Alves prefere valorizar o impacto do evento: «apesar do mau tempo foi um fim de semana fantástico, animadíssimo e muito participado». Há dias senti uma aflição de morrer. Aquilo a que o grande Afonso de Albuquerque, Vice-Rei da India, chamou “soluço de morte”, numa carta dirigida a D. Manuel I, rei de Portugal. Um “soluço de morte” a pesar-me no peito. A família levou-me ao hospital. Depois de uma noite em branco numa espécie de parque noturno de diversões onde me tivessem roubado a carteira, quando os médicos de serviço hesitavam entre mandar-me para casa ou para a enfermaria, fui súbita e traiçoeiramente atacado pela velha da foice. Defendi-me como pude, mas depressa fui ao tapete. Os familiares recuaram horrorizados e os clínicos olhavam para mim com um profissionalismo inútil. Nas vascas da morte, eu sentia o meu coração um palmo fora do peito, como o de um boneco de corda que se houvesse escangalhado, mas sempre a debater-se como um valente. Assim esteve por rápidos segundos. Depois foi acalmando e voltou ao lugar. Eu respirei fundo, qual náufrago que, por fim, alcança terra firme. Visivelmente aliviados, os médicos mandaram-me para a enfermaria, no oitavo piso. Enquanto aconchegava a roupa ao corpo por causa das correntes de ar dos infindáveis corredores, murmurei no mais íntimo do meu peito: “Dominus illuminatio mea, et salus mea, quem timebo?” Onde diabo teria eu ido buscar isto? Juro que não sou espiritista e que, afora a minha, nunca requeri a alma de ninguém. “Quem timebo?”, repetia eu, olhando, assustado, para quem me acompanhava. Por fim, chegámos. Era uma pequena enfermaria de três camas articuladas, pintada de claro muito doce e o ar mais tranquilo deste mundo. Deitaram-me numa das camas e correram o cortinado que deslisava numa calhe metálica suspensa do teto. As outras duas camas estavam ocupadas por duas senhoras na casa dos setenta, mais coisa menos coisa. Tagarelaram uma com a outra durante toda a tarde. Fiquei a saber tudo: lugar de nascimento e de morada, maridos, filhos, sobrinhos e netos, animais domésticos, vizinhança, isto, aquilo, mais aqueloutro. De política não falaram. (Continua na pág. 2)

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CORREIO DO PLANALTOProlegómeno

QUINZENÁRIO - ANO XLl - N.o 693 - 15.MAIO.2015 w Director: Bento da Cruz - Editor: José Dias Baptista w Preço Avulso: E 0,70 - Assinatura Anual: Território Nacional E 15,00 / Estrangeiro E 45,00

CORREIO DO PLANALTOjá pode ser lido em versão digital

Consulte o site:

Presidente da Câmara criticou ausência da maioria dos Presidentes de Junta de Freguesia

(Continua na pág. 3)

ATENÇÃO

a o u t r a v o z 0 @ g m a i l . c o m

Montalegre - 25 Abril (41 Anos)

Johan Kristoffersson triunfa em Montalegre

Mundial Rallycross

O mau tempo impediu a normal paradainvocativa do 25 de Abril feita na praça domunicípio de Montalegre. A cerimónia,transferida para o interior do edifício daautarquia, foi presenciada por um conjuntode resistentes que não desarmam nolembrar dos valores de Abril. A Banda Mu-sical de Parafita deu cor e brilho com ainterpretação do hino português e damúsica “Grândola, Vila Morena” domalogrado Zeca Afonso. 

”PUXÃO DE ORELHAS” AOSPRESIDENTES DE JUNTA

Finda a solenidade, o presidente daCâmara Municipal de Montalegre, OrlandoAlves, lamentou as fracas condiçõesclimatéricas embora tenha reconhecidoque a celebração teve «mais público doque havia o ano passado». Todavia, o focodo comentário do edil esteve centrado naausência da maior parte dos presidentesde junta de freguesia. Um reparo feito commágoa: «todos os senhores presidentesde junta foram convidados para estarempresentes e era obrigação deles estaremaqui.

Foi com chuva que foi celebrada a “revolução dos cravos” em Montalegre.Mais de quatro décadas onde os valores de Abril não cansam. Uma singelacerimónia, realizada no interior do edifício da Câmara de Montalegre, ondehouve o hino de Portugal - orquestrado pela Banda Musical de Parafita - e otradicional cântico da “Grândola, Vila Morena” do lendário Zeca Afonso. Nodiscurso, o presidente da Câmara, Orlando Alves, lamentou a fraca participaçãocívica dos presidentes de junta de freguesia.

Quando aceitaram serem candidatos àsjuntas de freguesia, sabiam que nessacandidatura estava implícito um conjuntode deveres. Não posso deixar de referiresta mágoa porque todos confirmaram queestavam presentes e, afinal, acabarampor não aparecer».

Orlando Alves adverte que não preza«estas singularidades» e aponta o dedo:«se continuamos a ser um povo que nãogosta de si próprio, isto é, se nósdesvalorizamos os momentos maissimbólicos da nossa vida republicana enacional...enfim...nós podemos nãogostar deste ou daquele Governo, masnão deixaremos nunca de serportugueses».

A rematar disse:«Temos a obrigação de estar

presentes...não basta exigir um feriadopara estar em casa. É preciso vivê-lo!». 

Foi entre muita chuva que o piloto suecoJohan Kristoffersson (4m33,888s), aovolante de um VW Polo Supercar, venceua primeira jornada do Campeonato doMundo de Rallycross disputada este fimde semana no circuito internacional deMontalegre.

Kristoffersson bateu na final o campeãodo mundo Petter Solberg (4m37,678s) -Citroen DS3 Supercar - e o jovem TimmyHansen (4m45,575s) em Peugeot 208Supercar. Davy Jeanney (Team Peugeot-Hansen) e o líder do primeiro dia, AndreasBakkerud (Ford Olsbergs MSE), foramquarto e quinto.

O sexto classificado foi PG Andersson(Marklund Motorsport).

No sétimo posto ficou o piloto do DTM

O sueco Johan Kristoffersson venceu a primeira prova do Campeonato do Mundode Rallycross realizada no circuito internacional de Montalegre. A vitória na “prova-rainha” (Supercars) foi alcançada por entre muita chuva levando a melhor sobre olendário Petter Solberg (segundo) e o jovem Timmy Hansen (terceiro). Daremostodos os pormenores deste mega evento desportivo ao longo do dia.

Mattias Ekstrom (Audi S1 Supercar).Ainda nos 10 primeiros encontramos TopiHeikkinen (VW Polo), Timur Timerzyanove Manfred Stohl.Nas outras categorias,dizer que o antigo campeão europeu deAutocross, Krisztian Szabo, venceu en-tre os Super1600 (Skoda Fabia), seguidopelo francês Andrea Dubourg, em RenaultClio.

O último lugar do pódio foi ocupado porJanis Baumani, em Renault Twingo.Porfim, o campeão dos RX Lites (carros de310 cv com chassis tubular) em 2014,Kevin Eriksson, dominou e venceu acategoria no circuito de Montalegre. KevinHansen – irmão mais novo de Timmy – foisegundo.

Na terceira posição ficou Joachim Hvaal.

«FIM DE SEMANA FANTÁSTICO»As fracas condições do tempo não

criaram mossa no ânimo do presidenteda Câmara de Montalegre. Orlando Alvesprefere valorizar o impacto do evento:«apesar do mau tempo foi um fim desemana fantástico, animadíssimo e muitoparticipado».

Há dias senti uma aflição de morrer.Aquilo a que o grande Afonso deAlbuquerque, Vice-Rei da India,chamou “soluço de morte”, numa cartadirigida a D. Manuel I, rei de Portugal.Um “soluço de morte” a pesar-me nopeito. A família levou-me ao hospital.Depois de uma noite em branco numaespécie de parque noturno dediversões onde me tivessem roubadoa carteira, quando os médicos deserviço hesitavam entre mandar-mepara casa ou para a enfermaria, fuisúbita e traiçoeiramente atacado pelavelha da foice. Defendi-me como pude,mas depressa fui ao tapete. Osfamiliares recuaram horrorizados e osclínicos olhavam para mim com umprofissionalismo inútil.

Nas vascas da morte, eu sentia omeu coração um palmo fora do peito,como o de um boneco de corda quese houvesse escangalhado, massempre a debater-se como um valente.Assim esteve por rápidos segundos.Depois foi acalmando e voltou ao lugar.

Eu respirei fundo, qual náufrago que,por fim, alcança terra firme.Visivelmente aliviados, os médicosmandaram-me para a enfermaria, nooitavo piso. Enquanto aconchegava aroupa ao corpo por causa das correntesde ar dos infindáveis corredores,murmurei no mais íntimo do meu peito:“Dominus illuminatio mea, et salusmea, quem timebo?” Onde diabo teriaeu ido buscar isto? Juro que não souespiritista e que, afora a minha, nuncarequeri a alma de ninguém. “Quemtimebo?”, repetia eu, olhando,assustado, para quem meacompanhava.

Por fim, chegámos. Era umapequena enfermaria de três camasarticuladas, pintada de claro muitodoce e o ar mais tranquilo destemundo. Deitaram-me numa das camase correram o cortinado que deslisavanuma calhe metálica suspensa doteto. As outras duas camas estavamocupadas por duas senhoras na casados setenta, mais coisa menos coisa.Tagarelaram uma com a outra durantetoda a tarde. Fiquei a saber tudo: lugarde nascimento e de morada, maridos,filhos, sobrinhos e netos, animaisdomésticos, vizinhança, isto, aquilo,mais aqueloutro.

De política não falaram.

(Continua na pág. 2)

2 – CORREIO DO PLANALTO

CORREIO DO PLANALTONº Registo da D. G. C. S. 105438

Depósito Legal Nº 2163/83

Proprietário: Bento Gonçalves da CruzContribuinte Nº 108 805 239

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Fotocomposição:

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4350-278 PORTO - Tlf. 22 550 14 46

Impressão: LMF - Artes Gráficas.

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Telm. 937 920 161

Tiragem deste número: 1000 ex.—

Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus Autores

Locais onde as ASSINATURAS do“Correio do Planalto” podem ser pagas:

w Rádio Montalegre - Travessa do Polo

Norte 5470-251 MONTALEGRE.

w PISÕES - Restaurante Sol e Chuva.

w SALTO - Papelaria Milénio - Rua Central,

Ed. Igreja Nova, 77-A - Loja 3.

w Do País: transferência bancária para a conta

do BPI: NIB 0010 0000 1598 7370 0017 7.

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w Directamente para a Delegação do Porto: Rua

Rodrigo Álvares, 61, 2º Dt. - 4350-278 PORTO

(por cheque, vale de correio ou moeda corrente).

Locais onde o “Correio do Planalto” está à venda:w MONTALEGRE: - Quiosque Estrela Norte.

w SALTO: - Papelaria Milénio.

Empresas Familiares por: João Medeiros Pereira

(Continuação do número anterior)

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(Continua no Próximo número)

-Política de compensação da família, emtermos de ordenados para os MF quetrabalham assim como condições detrabalho e responsabilidades, bem como adistribuição de dividendos;

· Processo de apoio a MF que possamprecisar de ajuda em termos pessoais;

· Planos de formação das geraçõesfuturas. Planos de formação para osdirectivos da empresa. Processo deselecção e de avaliação de desempenho;

-Relações com parentes por afinidade –testamentos, acordos pré-nupciais, outrabalho;

-Regras de transmissão de partes decapital;

-Órgãos de governo e regras do seufuncionamento;

-Mudanças no protocolo;-Saída dos MF como colaboradores;-Utilização dos recursos da família pelos

MF;-Sanções;-Validade do protocolo;A maioria dos protocolos familiares que

tivemos oportunidade de analisar continhana sua estrutura uma grande parte dospontos enumerados em cima. Contudoapesar de considerado importante pelosconsultores em empresas familiares existeuma limitação é que o protocolo é apenasum acordo baseado num conjunto deintenções acerca do futuro da empresa(Ussman, 2004: 100).

A criação do PF deve ser não só umprocesso participativo é também importanteque os MF mais influentes tenhamdeterminadas atitudes. A sinceridade, overdadeiro interesse no futuro da empresae a maturidade nos MF parecem servariáveis que condicionam favoravelmenteou negativamente o sucesso do PF(Panikkos Zata Poutziouris, 2006:315).

CAPÍTULO VII – A LONGEVIDADE DASEMPRESAS FAMILIARES. O CASOPARTICULAR DO JAPÃO

A longevidade da EF dependerá muitodas normas e directrizes que foremtraçadas pela família e pela empresa.

Em relação ao futuro existe a certeza quea família e a empresa vão evoluir. Acapacidade de adaptação será acaracterística mais importante de uma EFe de uma família empresária de sucesso.

7.1. A longevidade das empresasfamiliares Japonesas

Embora existindo factores diferentes queinfluenciam a longevidade das empresasfamiliares japonesas comparadas com asrestantes empresas familiares no mundo.Contudo também há factores comuns queinfluenciam ambas as longevidades.

O Confucionismo, como filosofia ética ecomo prescrição para relações familiarese empresariais, é reconhecido como tendodado um contributo importante para alongevidade das empresas familiaresjaponesas.

Também podem afirmar que asespecificidades dos seus ensinamentos ea ética empresarial que incorporava sãofactores que têm contribuído similarmentepara a longevidade de empresas familiaresa nível mundial segundo Poutziouris et al,(2006, apud Toshio Goto).

Esses factores são a união familiar, ocompromisso em continuar o legadofamiliar como pedra de toque dasobrevivência, a empresa está primeiro quea família, uma obrigação para acomunidade e serviço ao cliente, e gestãode conflitos e sistema de governo.

A natureza destes factores, as suas raízesna filosofia Confucionista e a forma comose manifesta na longevidade das empresasfamiliares foi examinada, pelo autor ToshioGoto no sentido de enfatizar o caso únicoda longevidade das empresas familiaresjaponesas.

As empresas familiares japonesas foramobjecto de pesquisa e investigação noestudo levado a cabo por Toshio Goto em2005.

Toshio Goto define empresas familiarescomo “aquelas em que membros da famíliado fundador estão envolvidos na gestão ena propriedade ao ponto de terem dois oumais membros na gestão de topo ou comoaccionistas”.

O autor Goto no ano de 2005 concluiu quea idade média das empresas familiaresjaponesas é de 52 anos. Portanto superiora média nos EUA, onde a média é de 24anos (Lansberg, 1983).

O´Hara (2004) considerou, num estudopioneiro sobre a longevidade dasempresas familiares a nível mundial, que aunião familiar e o compromisso decontinuar o legado são factoresfundamentais na longevidade dasempresas.

Para compreender as razões dalongevidade das empresas familiaresjaponesas existe uma circunstância degrande importância que é o facto dainfluência dos factores religiosos efilosóficos, e o seu contributo, diferiremsignificativamente do efeito dessesmesmos factores em empresas familiaresnoutros países.

7.2. Factores que contribuem para alongevidade das empresas familiaresjaponesas

Três factores principais que influenciama longevidade das empresas familiares,com enfoque, no período Tokugawa de1603 a 1867 (também conhecido comoperíodo Edo):

- O desenvolvimento económico - quepermitiu dotar as empresas de capacidadepara sustentar o seu crescimento;

- A existência de sistemas de gestãorelativamente avançados – que contribuíasignificativamente para a longevidade eprosperidade das empresas familiares.

- O cenário filosófico:– O Confucionismo, que aclamava a

prioridade da empresa familiar em favor dafamília em si.

Pelas sete e meia trouxeram o jantar.Debiquei uma sopa de legumes, um bijue uma pera. O resto era peixe com troçosde feijão verde e cenoura menina. Nãotinha mau aspeto. Mas eu estava semapetite.

Às onze serviram aquilo a que eleschamam “ceia”: uma cevadinha com trêsbolachas maria. Souberam-me bemaquelas bolachas.

À meia-noite apagaram as luzes. Maseu não havia maneira de adormecer. Altashoras toquei à campainha.

Apareceu uma senhora enfermeira comcara de quem acaba de ser arrancada aoprimeiro sono:

-Desculpe – disse eu - Mas não consigodormir. Arranje-me um sonífero.

-Não lhe dou sonífero nenhum.-Posso levantar-me?

-Não senhor. Feche os olhos e durma.E voltou costas.Passei mais uma noite em claro, aos

tombos na cama e a pensar: anda para aítanta gente com insónias, a gastardinheiro no médico e na farmácia, e, afinal,no dizer da senhora enfermeira, a receitaé tão simples como isto:

-Feche os olhos e durma.

VIVA BARROSO!

Prolegómeno(Continuação da pág. 1)

memorandum

Maria Cristina Reis Santos,Chaves: 30,00; Amadeu FerreiraMartins: 15,00; Duarte P. A.Toscano:15,00; Jorge CorreiaRibeiro, Leça da Palmeira: 15,00;Manuel Fernandes do Gago,Salto: 15,00; Manuel PereiraSousa, Linharelhos: 15,00;Carlos Barroso Vieira, Salto:15,00.

7.2.1. A contribuição dada pelodesenvolvimento económico

O desenvolvimento económico éindispensável para potenciar a capacidadede novas empresas iniciarem e manteremo seu crescimento. O Japão sustentou umcrescimento económico constante duranteo período “Tokugawa”. Entre 1600 e 1872 apopulação cresceu de 12 milhões para 31,3milhões verificou-se uma taxa decrescimento da população elevada. A cidadede Edo, com uma população superior a 1milhão, era a maior cidade do mundo.OJapão não era mais desenvolvido do queos países do Ocidente. Posicionava-semuito atrás. O PIB, per capita, era apenas25% do Inglês e 36% do dos EUA em 1870.O Japão tinha 72% da sua mão-de-obra naagricultura. A Inglaterra 19% e os EUA 51%.

Apesar do seu atraso, ao nível dodesenvolvimento económico, o Japão tinhaboas condições para o nascimento ecrescimento dos negócios.

7.2.2. A contribuição dada pelascompetências de gestão

Pode ser importante referir, não obstanteo fraco desenvolvimento económico, que noséculo XVII o Japão era desenvolvidonoutros domínios. As empresas familiaresno Japão tinham desenvolvido sistemas degestão avançados no século XVIII nosseguintes âmbitos:

- Organização da empresa- Separação da propriedade da gestão- Contabilidade- Formação- Gestão do riscoEstes sistemas eram necessários devido

à grande actividade económica e comercialdo século XVII e aos esforços dasempresas para se salvaguardarem depossíveis calamidades.

7.2.2.1. A organização da empresa

Uma característica única da casacomercia de Mitsui”, criada em 1673, e amais abastada casa do comércio, doperíodo “Edo” foi a criação de uma espéciede sociedade por quotas.

Hachirobei, o fundador de “Mitsui”, umadas maiores empresas familiares, juntouas seis casas comerciais dos filhos numaunidade chamada “Mitsui-gumi”. Criandoesta super casa comercial permitiu aformação de uma empresa com umaestrutura robusta e capitalista numaeconomia feudal. “Mitsui-gumi” era umaempresa, de certa forma, com quotas decapital limitado e uma parceria baseada naconfiança e na corporação.

Em 1710, “Mitsui-gumi” constituiu umasede principal, o “Omotokata” na cidade deKyoto para coordenar as funçõesadministrativas.

Era efectuada uma reunião duas vezespor mês, formalmente presenciada por trêsMF e por dois responsáveis dos recursoshumanos.

CORREIO DO PLANALTO – 3

por: Nuno CarvalhoF U T E B O LCampeonato Distrital A. F. Vila Real – 25ª Jornada - 19 - 04 - 2015

Cerva 1 - Montalegre 2AO INTERVALO: 1 - 2

Golos : Jorge Campos na própria baliza (2) , Zack (31) e Cláudio (41)DISCIPLINA : AMARELOS A : Fábio (36), Gabi (88) , Roberto (93) e Rafa (94)

Jogo mal disputadoMau espectáculo de futebol. O Montalegre venceu bem, o Cerva jogou bem na primeira

parte mas acabaram as pilhas na etapa complementar onde não criou perigo.

Campo das Barraças - ARBITRO: Hugo Araújo aux. por Sérgio Correia e Eugénio Guedes

Entrou forte o conjunto barrosão que inaugura o marcador depois de canto -Veras tenta ocabeceamento, Campos corta de forma defeituosa e faz auto-golo. Animados com o golo, Bruno Madeiraestá perto de aumentar a vantagem mas Filipe opôs-se bem. A partir dos dez minutos equilibra o conjuntoda casa e Pires obriga Vieira a grande intervenção…! Responde Veras que, de livre, obriga Filipe a boaintervenção. Aos 31 minutos Zack faz o 0-2 num disparo de pé esquerdo. Mas antes do intervalo reduza equipa do Cerva numa grande jogada iniciada por Armando (passa por dois) que cruza para o remateforte e colocado de Cláudio. Ao intervalo 1-2. A segunda parte foi típica de final de época – futebol lento,mal jogado e com muitas faltas. As substituições não surtiram o efeito desejado no Cerva, já no MontalegreGabi, Rafa e Marco entraram bem. Não houve muitas oportunidades na etapa decisiva mas Zack podiater matado o encontro pois isolado não consegue bater Filipe, que realizou mais uma boa defesa. DepoisBadará marca mas o juiz considera falta. O jogo termina com vitória pela margem mínima para a equipabarrosã.

O melhor do Montalegre foi o capitão Chico, já no Cerva destaque para Fábio e o guarda-redes Filipe.

Montalegre 4 - Valpaços 2AO INTERVALO: 2 - 0

Golos : Zack (4 , 27 e 55) , Leonel Fernandes (46) , Chala (67) e Tiago (86)

Montalegre vice - campeão distritalO Montalegre voltou a sagrar-se vice – campeão ao bater o Valpaços por 4-2, num

jogo em que o triunfo barrosão nunca esteve em causa…

ARBITRO: Rui Silva auxiliado por Ruben Clemente e David Barbosa

26ª Jornada - 26 - 04 - 2015 Estádio Dr. Diogo Vaz Pereira

Entrou melhor o Montalegre com Badará perto do golo logo nos minutos iniciais. Depois Zack abre omarcador. Badará bem tentou, mas não era o seu dia – aos dezasseis minutos remata à barra e Chicoobriga Bruno a defesa atenta. O Valpaços teve muitas dificuldades em termos ofensivos e a defenderdava espaços que a equipa barrosã soube aproveitar bem. Badará obriga Bruno a nova boa intervençãoe no minuto seguinte Zack marca de forma acrobática. Já a vencer por 2-0, Badará volta a obrigar Brunoa mais duas excelentes intervenções. Só criou uma vez perigo a equipa do Valpaços durante a primeirametade, num disparo de Tiago em que o guarda – redes barrosão estava fora da baliza. Ao intervalo 2-0. A etapa complementar começa com o golo cem do Montalegre no campeonato num bom disparo deLeonel Fernandes. Os barrosões chegavam com facilidade às imediações da área contrária e Gabi, umdos melhores, quase marca outra vez. O rapidíssimo Chala quase aproveita um erro do conjuntobarrosão e no minuto seguinte Fidalgo não acerta na baliza contrária. Aos 55 minutos Zack consuma umaexcelente exibição com um hat – trick. Badará continuava a procurar o golo, porém sem êxito. Já com ojogo resolvido o Valpaços procura dar outra imagem e Chala faz grande golo depois de cruzamentoperfeito de Santinho. Aos 76 minutos Badará volta a proporcionar a Bruno mais uma grande defesa eTiago com um remate certeiro volta a marcar para o Valpaços num remate forte e colocado. Animadoscom o segundo golo, Rui Lopes cria perigo. Vitória justa do Montalegre, excelentes golos e boa arbitragem.O Montalegre volta a ser vice – campeão, teve o melhor ataque, com 101(!) golos, a melhor defesa, omelhor marcador da prova, Badará, com 29 golos, e ainda o prémio fair – Play… Só faltou o maisimportante, o título, que foi para o Mondinense!

As Mulheres da BorralhaO papel da família, da mulher na sociedade Barrosã é olhada com uma mística peculiar

por Leonel: «Uma senhora disse: “O marido trabalhava nas minas, escombreiro, foi tendodebilidades físicas e teve um AVC aos 30 anos. Dois dias depois ela abortou, 15 diasdepois as minas fecharam.

Ficou com o homem em casa, com 11 filhos e desemprego. Teve que sobreviver apedir esmola, a lavar roupa de outros, a buscar lenha aos montes e vendiam.

Conseguiu que os filhos tirassem a 4ª classe e empregava-os aos dez anos.Uma das filhas foi para França com essa idade servir.O mais velho ia ajudando a mãe. Ia à aldeia onde o irmão guardava cabras, buscar o

dinheiro para sustentar a família.Hoje, emigraram. Quando se fala dos filhos, ninguém está cá.Tive 8 raparigas e 1 rapaz. Ouvi depoimentos de pessoas que aos 25 anos ficaram

viúvas. Borralha é uma terra de viúvas. Havia uma doença: “O mal da mina”. O seu homemmorreu de quê? – “Era o mal da mina. Apanhavam, aquele pó, e vinham a falecer.”

“Gente forte cá do Norte que nada teme afinal” diz o hino da sede do concelho que bempodia representar as mulheres da Borralha: «Andavam descalças, travessias diárias de10, 20 quilómetros, porque não tinham transportes, não havia dinheiro para o burro. Asmulheres tinham muitos filhos, encontrei uma pessoa na borralha que teve 17.»

Se por um lado, esta taxa de natalidade faz inveja aos dias que correm (um paístendencialmente envelhecido), há um outro prisma, abordado por Leonel, no papel damulher, a mulher enquanto ser, de vontades, de opiniões, de desejos: «Nunca li nada queabordasse o sexo, a importância que tem nestas histórias todas. Porque as pessoas nãoqueriam ter tantos filhos. As pessoas TINHAM filhos. Que é completamente diferente.Chegavam a dar de mamar a crianças até os dois anos, porque pensavam que assim nãoengravidariam. Nunca ninguém falou, sobre a importância que tem o vício do sexo quedomina a fome, as carências todas, que acabam por ter sexo, acabam por ter filhos,acabam por ter mais um problema em casa, mais uma boca para alimentar.

A preocupação número um era a alimentação, e, tinham cada vez mais filhos...»

Várias identidades formam uma: A identidade da BorralhaA Borralha foi uma mescla de pequenas fusões de identidades.Culturas que deram lugar a uma outra cultura, característica da Borralha, onde Braga

aparece sempre presente: «A Borralha não existia, gente que aparece em 1903 com agrande explosão da corrida ao volfrâmio, vem gente de toda a parte e fixa-se aqui.

Sempre que vinha a propósito de qualquer assunto, um depoimento que recolhi, asenhora dizia: “Maré. Foi na maré do acidente, maré da fome…”. Falar de marés no interiorera gente que vinha do litoral.

Trouxeram as suas culturas locais. A fusão dessas culturas, deu lugar a uma própria. Agente de Salto, Borralha. Sabem que há uma terra longínqua onde nasceu o pai. A Borralhafoi a primeira a fazer uma cultura nova e Salto a fazer o Salto, a saber que há um outromundo que vai além da vaca, do lameiro.

Ainda hoje é visível o que determinada a grandeza de uma casa, de uma terra. « -”Háaldeias que nem sequer uma vaca têm”. Não me dizem que não há velhos. Era uma terraonde se criava o gado barrosão e as pessoas mediam as fortunas pelas cabeças degado.»

Escola Profissional uma porta para o mundoSe por um lado tínhamos as dificuldades visíveis a olho nu, no outro lado do gume,

oportunidades que ditaram o futuro de muita gente: «Esta terra tinha uma escola profissional,numa altura em que no país não havia quase nada. Havia os liceus obrigatórios emalgumas cidades, e havia uma aldeia que tinha uma escola profissional. Não se podeapagar. Saiam dali pessoas que tiraram o seu curso ali, outros seguiram a vida universitáriae são médicos, geólogos. E são, porque havia aquela escola que permitiu que essa gentefosse mais longe.»

Qual a importância das estórias na História?Quando em 2003 a UNESCO falou de património imaterial, sabia a falha do mundo

académico. Percebeu a importância do saber do povo, do saber fazer, das culturas quevinham de trás e que eram aprendidas na rua.

«As casas eram pequenas e miseráveis.Isso é muito importante, as cartas, os documentos. Em casa as pessoas têm referências

culturais extremamente importantes para sabermos ler hoje.E antigamente o que interessava saber eram as datas, o mundo académico, as batalhas,

o grande intelectual e vamos descobrir num outro mundo paralelo, se calhar muito maisreal, mais autêntico e que define melhor o ser transmontano, o ser barrosã, através dashistórias dessa gente.»

Leonel recolheu muitas histórias, 47 gravações que correspondem a 40 horas deregisto, com uma monografia de quem é quem.

Os temas falados poderão servir de estudos diversos na sociologia, antropologia, etc.

A Borralha não morreu.Pode ter um futuro, ligado sempre ao seu passado.

«A HISTÓRIA ESCONDIDA NAS HISTÓRIAS»

Minas da Borralha por: Maria José Afonso

(Continuação do numero anterir)

Este salto enche de orgulho os menosjovens que pela Borralha ficaram, ao olharpara trás e verem a evolução sentida depais para filhos no percurso de vida: «Omeu avô era analfabeto, eu tive a 1ºaclasse…e os meus filhos são doutores(dizem com o ego lá em cima).

Tinham uma grande honra do seucomportamento, respeito com a palavra,com a terra, com a comunidade. Haviauma ligação entre eles, que era a fomeque os ligava. A falta de um estado que osapoiasse.

Pegavam num realejo e faziam umafesta.

Sabiam ultrapassar a fome e asdificuldades.»

Estádio Monte da Forca - ARBITRO: Berta Tavares

Taça Distrital A. F. Vila Real FINAL 03 - 05 - 2015

Montalegre 3 - Régua 1AO INTERVALO: 0 - 1

Montalegre ganha a Taça da A.F.Vila RealDepois de muitas dificuldades durante o primeiro tempo, os barrosões

superiorizaram-se na etapa complementar

A primeira parte foi equilibrada com o Régua a anular bem o poder ofensivo barrosão. Ea primeira grande oportunidade de golo pertenceu à equipa do Régua, com João Nunoatirar ao lado. Quatro minutos depois a equipa da região do Alto Douro Vinhateiro volta acriar muito perigo num cruzamento do lado esquerdo. O Montalegre tem uma soberanaoportunidade, Zack , isolado, não consegue bater Luís que sai bem da baliza. Fidalgo atiraà malha lateral e Diogo Jerónimo é expulso com duplo amarelo. A tarefa dos barrosõesficou facilitada com a saída prematura do melhor jogador do Régua. Mesmo com menosuma unidade os da Régua chegam ao golo num cruzamento perfeito de Márcio e conclusãoperfeita de João Nuno. Ao intervalo 0-1. A segunda parte foi bem diferente. O Montalegre foimais determinado e agressivo – conseguiu chegar mais vezes à baliza contrária e de formamais perigosa.

E logo no reatar da etapa complementar o Montalegre empata num remate de LeonelFernandes desviado por Zack. Responde o conjunto Reguense em jogada individual deMárcio que só falhou na finalização… Mas era a equipa de Viage que dominava as operaçõese Veras dispara à barra. Abreu faz o 2-1 depois de grande penalidade e Badará aproveita umerro de Patrick para colocar o marcador nos 3-1, um resultado confortável para o Montalegre.No primeiro quarto de hora da segunda parte os barrosões decidiram o jogo. O Montalegrepodia ter feito mais golos, com Badará e Gabi a criarem perigo. A fechar o jogo, o Régua criamuito perigo num remate de João Nuno e um outro de Patrick que obriga Vieira à defesa datarde. O Montalegre reconquista a Taça que havia ganho o ano passado e volta assim àTaça de Portugal…!

Golos : João Nuno (44) (Zack 47) , Abreu (65) e Badará (69)Amarelos : Leonel Costa (17) , Diogo Jerónimo (20 e 39) , Veras (25), Valente (64) , Badará (69), Patrick (72) , Fidalgo (74) , Leonel Fernandes (85), Chico (90) e André Silva (93)Vermelho a Diogo Jerónimo (39)

4 – CORREIO DO PLANALTO

Entre o leque de caras conhecidas que marcou presença no circuito internacionalbarrosão, o autarca destaca a presença de Emídio Guerreiro, Secretário de Estado doDesporto e Juventude: «tivemos a honra de ter aqui o Secretário de Estado do Desporto eJuventude...foi uma oportunidade para o confrontar com algumas falhas e deficiênciasque temos que suprir». Ainda sobre este assunto, o número um da edilidade opinou: «vaidaqui com uma boa impressão sobre o nosso circuito e veio também aprender algo queirá transmitir em Lisboa». Em síntese, esclareceu Orlando Alves, «trata-se de um eventode grande impacto e de grande visibilidade para uma terra pequena como Montalegre quepassa a ser falada em todo o Mundo, pelas transmissões televisivas e pelo facto desermos parceiros de um campeonato desta dimensão que fica já muito perto daquilo quecostumamos ver na Formula1».

«PROVA FANTÁSTICA» Muito satisfeito pela atmosfera que observou, o Secretário deEstado do Desporto e Juventude corroborou com o discurso do presidente da Câmara aomesmo tempo que sublinhou o “ano de ouro” que Portugal vive em matéria de desportoautomóvel: «é a primeira vez que venho ver esta prova. É fantástica. Em 2015, Portugal édos pouquíssimos países do Mundo que tem três provas a contar para mundiais da FIA(Federation Internationale de l’Automobile). Temos aqui o WRX (Campeonato do Mundode Rallycross), vamos ter o WTCC (World Touring Car Championship) também em Trás-os-Montes, em Vila Real, e o Rally de Portugal, também no Norte. É um ano em cheio parao automobilismo português e para os adeptos destas modalidades».

«MONTALEGRE É EXEMPLO» Na mesma linha, Emídio Guerreiro lembrou que estaconjetura «é muito importante para as nossas economias locais». O desporto, adverte ogovernante, «é um fator económico muito importante para a recuperação do país», onde«Montalegre é um bom exemplo disso». O responsável governativo disse ainda que «odinamismo e agitação, durante este fim de semana, representa muito dinheiro para aatividade local». A fechar, o Secretário de Estado do Desporto e Juventude elogiou a políticaseguida pela autarquia local: «estamos perante uma estratégia correta de uma terrapequena do Interior que consegue colocar-se no mapa mundial em várias atividades oque é extremamente importante», isto surge porque «o desporto pode ser um fator dediferenciação e Montalegre tem agarrado bem isso, tornando-se uma referência emdiferentes modalidades o que é muito positivo...o caminho é este, trabalhar em rede eestabelecer parcerias». 

 David Teixeira - (Vice-presidente Câmara Municipal de Montalegre) «A organizaçãoteve uma grande prova de resistência. As condições meteorológicas foram adversas e aexistência de mais duas provas do Campeonato do Mundo de automobilismo no Nortetambém ajudaram um pouco ao ruído à volta da prova de Montalegre. Penso que foi umdesafio ganho. O concelho foi, mais uma vez, dignificado e engrandecido pela forma comoconseguimos trazer milhares de pessoas a Montalegre. Projetamos, através datransmissão televisiva, para 51 países. É um sentimento de orgulho porque na modalidadede rallycross representamos o nosso país. Uma palavra de agradecimento a toda aorganização, aos funcionários da Câmara Municipal de Montalegre, aos Bombeiros, atodos os elementos do Clube Automóvel de Vila Real que, de forma gratuita, foram estoicosna organização e receção aos visitantes. A empresa de segurança prestou um serviçofantástico para que não acontecesse nenhum incidente e as equipas desportivascorresponderam da melhor maneira. Esta prova mundial pode ser, também, umaoportunidade de negócio para os empreendedores locais. Amanhã (hoje) começamos aorganizar mais uma prova do Mundial de Rallycross para 2016».

Jorge Fonseca - (Presidente Clube Automóvel de Vila Real) «Houve grandes provase grandes despiques que são sempre agradáveis para quem assiste. À exceção do tempo,que não controlamos, tudo correu bem. Estamos de parabéns! Recebemos os melhoreselogios da FIA (Federation Internationale de l’Automobile) porque há aqui um trabalho commuito valor. A realização de uma prova do Campeonato do Mundo de Rallycross emMontalegre está garantida, pelo menos, durante mais dois anos».

Manuel de Melo Breyner - (Presidente da Federação Portuguesa de Automobilismoe Karting - FPAK) «Eu sou um fã do Rallycross. Estive cá no ano passado e fiz questão devir este ano. Estive a falar com o promotor deste campeonato para trabalharmos emconjunto, de forma a tornarmos este evento ainda maior do que já é. Agrada-me ver a“afícion” do público que, apesar do mau tempo, não arreda pé e também a qualidade e oesforço que a Câmara Municipal de Montalegre fez para construir este circuito e mantê-locomo está. Todos temos que apoiar, principalmente a federação».

Pedro Matos Chaves - (Ex-piloto Formula 1) «Foi um fim de semana muito animado.Estive cá no ano passado. O Campeonato do Mundo é muito interessante onde os carrosandam muito rápido. Esta pista proporciona boas corridas, são pilotos de alto gabarito,com bons carros. O bailado na parte de terra é muito bonito. É muito bom o público poderver a pista toda de cada bancada. Montalegre é uma visita obrigatória todos os anos».

Rui Santos - (Presidente Câmara Municipal Vila Real) «É um evento magnífico, comprojeção em todo o país e no Mundo. É uma aposta ganha da Câmara Municipal deMontalegre. Quero felicitar todos os envolvidos nesta realização. Não é por acaso que seorganizam no distrito de Vila Real as duas provas a contar para o Campeonato do Mundono automobilismo no mesmo ano. É um gosto partilhar esta alegria com Montalegre».

Rui Vaz Alves - (Presidente Câmara Municipal Ribeira de Pena) «É um momento dedescontração e desanuviamento de tensões depois de um magnífico feriado do 25 deAbril. Um domingo para descontrair com um espetáculo fantástico e aliciante. Estive cá noano passado com um sol fantástico, este ano com um tempo menos bom mas com muitocalor humano». 

 Johan Kristroffersson - (Vencedor da prova de Montalegre 2015) «É fantástico! Estoumuito feliz com o trabalho que fizeram os meus mecânicos durante todo o Inverno. Fizeram um trabalhomuito duro e difícil para deixarem o carro o melhor possível. Foi um fim-de-semana perfeito. Muita genteacreditava em mim e agora tenho esta oportunidade de estar com os melhores do Mundo. O PetterSolberg é o campeão do Mundo! Ficar atrás de mim foi muito bom. foi um excelente início de temporada».

Petter Solberg - (Atual Campeão do Mundo de Rallycross) «Montalegre é um lugar fantástico,com uma pista fantástica, mas o tempo esteve péssimo. As condições foram muito difíceis. Temos queagir de forma muito inteligente. Estou feliz por estar em Portugal».

Joaquim Santos - (Campeão Nacional de Rallycross) «O balanço desta participação não épositivo. Tivemos problemas de afinação no carro por causa da chuva e depois, na última corrida dequalificação, tive um problema de travões. Não foi o que esperava mas aprendi coisas novas. Fiqueiaquém dos meus objetivos iniciais. Estarei de regresso a Montalegre no dia 25 de julho mas numcampeonato ao meu nível».

Mário Barbosa - (Piloto nacional de Rallycross)«Atendendo ao facto de ser a segunda vezque conduzi o meu carro, o balanço é positivo. Foi uma honra estar aqui com os melhores do Mundo oque nos fez ver que ainda temos muito que desenvolver no carro».

Johan Kristoffersson triunfa em Montalegre

Mundial Rallycross

(Continuação da pág. 1)

Durante dois dias, a dezena de participantes do workshop de fotografia - Primavera noBarroso - aprofundou conhecimentos sobre técnica fotográfica. O fim último foi potenciarcada equipamento tendo em conta a experiência prévia. O desafio foi lançado peloEcomuseu de Barroso. Nuno Rodrigues, em nome da coletividade, fala «em fim de semanaproveitoso para quem gosta de fotografia». Na mesma linha, afirmou que «foi importantepara os presentes perceberem as funcionalidades das máquinas e terem uma noçãomais real da fotografia».

«DAR ASAS À LIBERDADE CRIATIVA»A sessão iniciou com esclarecimentos sobre técnicas e funcionalidades básicas do

equipamento que segundo o orientador «foi um dos objetivos apesar de se ter condensadomuita informação em pouco tempo». Depois de ultrapassada a fase tecnológica, AntónioSá explicou que «basta dar asas à liberdade criativa». Nesta época do ano, o mentor quisdar destaque ao «período de floração da urze» e para isso realizou, anteriormente, umaprospeção no sentido de «descobrir manchas de urze mais fotografáveis». Nesta épocaprimaveril os participantes foram conduzidos às mais belas paisagens do Barroso quefazem despertar todos os sentidos. 

Workshop de fotografiaPrimavera no Barroso

Promovido pelo Ecomuseu de Barroso

O Ecomuseu de Barroso, Montalegre, promoveu um workshop de fotografiaà luz do título “Primavera no Barroso”. Um desafio orientado por António Sá,colaborador da National Geographic Portugal. Dois dias onde o profissionalabordou «os ingredientes técnicos e estéticos das fotografias com impacto;ensinar a controlar as principais funções da câmara fotográfica pessoal(independentemente da marca e modelo) e conduzir os participantes numainspiradora aula prática que fará despertar todos os sentidos».

30 Maio - Sábado- 10h00 - MónicaO’Reilly: “Myth and identity: Leabhar GabhálaÉireann: Construction and de-constructionof irish, Galician and Portuguese Gaelicnarrative” (Tradução simultânea: JoãoParedes)-

11h00 - João Paredes: “Sobrevivênciasda antiga religião galaica e concomitânciasna Europa atlântica”

12h00 - Marcial Tenreiro: “Mito, realidadee território; Para uma etno-arqueologiajurídica na céltica peninsular”

13h30 - Almoço16h00 - Filme: “Cemraiost’abram” de

Mónica Baptista17h00 - Apresentação das Atas das

Jornadas das Letras galego-portuguesasdos anos passados

18h00 - Livre31 Maio - Domingo - 10h00 - Maria

Dovigo: Lei estranha do herdo. Presença daavó na poesia galega contemporânea: Aselegias de Joana Torres

11h00 - Hugo da Nóbrega: Identidadetoponímica do Norte de Portugal elocalização do nome da Gallaecia

IV Jornadas das LetrasGa lego -Po r t uguesas

A conhecida freguesia turística de Pitões das Júnias volta a colher mais doisdias de intercâmbio cultural com nova edição das “Jornadas das Letras Galego-Portuguesas”, evento que tem despertado, a cada ano que passa, maiorcuriosidade. Acontece no último fim de semana de maio.

Pitões das Júnias – 30 e 31 maio

12h00 - (Apresentação sem confirmar)13h00 - Almoço15h00 - Conclusões e posta em comum16h00 - Visita turística por Pitões das

Júnias.

PROGRAMA - (Provisório)

CORREIO DO PLANALTO – 5

s

Único concelho em Portugal com batata de semente certificada, Montalegre retomoueste ano a produção do “ouro branco”, outrora fonte de avultados rendimentos e símbolo daregião. Foi com esse propósito que o município de Montalegre voltou os olhos para a terra,foco bastante aplaudido e que, feitas as contas, deu saldo positivo, como adianta DavidTeixeira, vice-presidente da autarquia: «a Câmara de Montalegre ao fazer o balanço daprimeira experiência, chegou à conclusão de que é uma aposta ganha e é um investimentoque deve continuar», sendo «um exemplo da valorização do orgulho local que está a dar osseus frutos».

«AGRILOJA VENDEU 90% DA PRODUÇÃO»

Nesta ótica, David Teixeira adverte que já está no terreno «a fase inicial da segundacampanha de batata de semente», daí que seja lançado «este alerta a todos os agricultores»no sentido de «ser preciso valorizar os nossos produtos e as nossas terras». O autarcalembra que «ainda temos alguns sacos de batatas de semente que gostávamos quefossem plantadas de novo em Montalegre» ao mesmo tempo que invoca o «grande parceiro»associado a este projeto: «a Agriloja vendeu 90% da produção e está ainda a vender, assimcomo algumas lojas locais...é o momento de decisão e de voltar a querer que Montalegrefique conhecida por aquilo que produz com qualidade». No encalço, David Teixeira fazquestão de acentuar as qualidades deste produto de excelência: «a batata de sementeafirma Montalegre como local de eleição de produção de montanha, sem doenças e sembactérias».

«TEMOS UM CONSUMIDOR PARA O COMÉRCIO DE BATATA FRITA»

Face ao contexto não surpreende a escolha do município de Montalegre em novasvariedades de batata: «nesta segunda campanha vamos apostar na variedade “agria”, umavez que temos um consumidor para o comércio de batata frita artesanal, com quem játemos acordo assinado». Um trunfo que faz sorrir David Teixeira: «em 2015 conseguimosum pleno - valorizar a batata de semente e, após a seleção, a de consumo com escoamentogarantido. Uma «experiência de sucesso» que conquistou «mais agricultores», conclui ovice-presidente.

APOSTA GANHA

Responsável pelo acompanhamento, no terreno, deste desiderato, o técnico Nuno Reisesclarece que ainda existe produto para escoar na Cooperativa Agrícola do Barroso (CoopBarroso) ou através dos operadores económicos sediados em Montalegre: «a maioria dabatata foi escoada para fora do concelho, para zonas tradicionais, onde já conhecem aqualidade do nosso produto.

Nesta fase final estamos ainda a dar a possibilidade de adquirirem a nossa batata desemente. A compra pode ser feita através de alguns comerciantes, sediados em Montalegre,ou diretamente nas nossas instalações». Um desafio, diz o técnico, que foi «um sucesso»apesar de estarmos a falar de um produto sujeito «a muitas influências exteriores» e ondeeste ano, em termos climatéricos, «foi um ano terrível». Porém, a qualidade da batataultrapassou tudo: «tenho a certeza que a nossa batata terá um bom comportamento emtermos produtivos. Esperamos nos anos seguintes ganhar mais mercado, ganhar aconfiança dos produtores de batata de consumo e mostrar que Montalegre, sendo a únicaprodutora a nível nacional, pode e deve continuar a apostar nesta cultura e dar mais umaalternativa às explorações agrícolas e aos produtores».

BATATA “AGRIA” GANHA TERRENO

Nuno Reis conta que a segunda campanha apresenta «mais produtores, mais árearepresentativa e mais variedades». A exemplificar, narra: «a “kennebec” e a “désirée” sãoespécies muito conhecidas em Trás-os-Montes mas vão perdendo espaço comercial emrelação a novas variedades.

A “agria” é uma variedade bastante produtiva e com muita procura para consumo e finsindustriais. Os nossos vizinhos, no vale de Xinzo de Limia (Espanha), praticamente sóproduzem esta variedade. Era uma espécie protegida, ou seja, não se podia multiplicar,mas recentemente foi liberalizada e entrou no domínio público». A reboque destaargumentação, finaliza: «vamos apostar nessa variedade, um pouco em substituição da“désirée”, com a intenção de renovar, acompanhar o mercado e oferecer uma alternativaviável, em termos económicos aos produtores...a “kennebec” é aquela que o consumidormais gosta e por isso mantém o seu mercado».

Segunda campanha de produção no terreno

Batata de SementeÚltimos exemplares à venda

A campanha de retoma da produção de batata de semente que o municípiode Montalegre levou a cabo ao longo do último ano foi «aposta ganha». Uminvestimento, assegura o vice-presidente David Teixeira, que «deve continuar»sendo «um exemplo da valorização do orgulho local». O sucesso desta apostajá deu lugar a uma nova campanha que apresenta um incremento«significativo» nos aderentes e na área de cultivo. Entretanto, há ainda algunssacos de batata da primeira campanha que estão à venda nos locais abaixodescritos.

CONTACTOS:Cooperativa Agrícola do Barroso - (Coop

Barroso) - 276 009 132Eng. Nuno Reis - 961 693 891

VARIEDADES DA BATATA (À VENDA):Kennebec (Calibre - 45/60)Desirée (Calibres - 28/45 e 45/60)

LOCAIS DE VENDA:Coop Barroso (armazém instalado na

aldeia do Barracão)Associação dos Agricultores do Barroso

e Alto Tâmega (AATBAT)Prados Brancos, LdaMérito Campestre, LdaFlor do Barroso - Comércio de Alimentos

Para Animais, Lda

Barroso - Comércio de Alimentos Para Animais, Lda

O auditório municipal de Montalegre abriu portas para acolher mais um momentocultural. Em palco “Ary – O poeta das canções”, com o cantor Quim Zé Lourenço, com JoãoGuerra Madeira ao piano, Naná Sousa Dias, em saxofones e flauta, Pedro Amendoeira, naguitarra portuguesa, e ainda a bailarina Catarina Gonçalves, que assina a coreografia.Durante quase duas horas, foram recriadas canções históricas como “Tourada”, “Cançãode Madrugar”, “Estrela da Tarde”, “O Cacilheiro”, “Retalhos da Vida de um Médico”, comnovos arranjos e com recurso a diferentes linguagens, géneros e estéticas musicais,desde a música clássica e contemporânea, ao jazz, fado...

“Ary - O poeta das canções”No Auditório Municipal

O auditório municipal de Montalegre recebeu o espetáculo “Ary - O poetadas canções”. Promovido pela Câmara Municipal e com entrada livre, esteserão iniciou as comemorações do 25 de Abril.

Orlando Alves, número um da edilidade, afirmou que foi «uma noite decultura, cheia de emoção e muito sentimento».

17 juntas de freguesia e 24 associações do concelho de Montalegre participaramnuma jornada de formação e esclarecimento vocacionada para o preenchimento dosformulários de candidatura ao novo programa “Erasmus +”. Os principais objetivos passampor «promover a cidadania ativa dos jovens, através de mobilidades individuais para finsde aprendizagem e de cooperação para inovação e boas práticas». Em relação aofinanciamento, as despesas são pagas na totalidade. Gorete Carneiro, em nome doEcomuseu de Barroso, referiu que «o elevado número de participantes foi muito gratificantepara o Ecomuseu em parceria com o CLDS + Barroso». Recorde-se que já anteriormenteforam feitas candidaturas de sucesso a este tipo de iniciativas. São exemplos «os projetos“Envolverde” e “Envolvarte” de intercâmbio de jovens e uma outra com artesãos, naSardenha, em Itália, e por isso temos experiência para ajudar nas candidaturas» explicouGorete Carneiro. Na mesma linha afirmou que «não há apenas financiamento parainfraestruturas mas também para a valorização das pessoas, terem a oportunidade de semobilizarem para outros países, para formação, aprendizagem e novosconhecimentos...isso é muito importante», concluiu.

PROJETOS DA REGIÃO BENEFICIADOSJosé Costa, formador da Agência Nacional para a gestão do programa “Erasmus+

Juventude em Ação”, mostrou-se surpreendido com a adesão a esta sessão. Nessesentido, referiu que «o tecido associativo da região esteve cá em força, pessoas muitointeressadas em desenvolver projetos para os jovens». Acrescentou que «os projetosdesta zona são favorecidos porque há poucas candidaturas e há vontade das entidadesresponsáveis em canalizar o financiamento para estas regiões».

JOVENS ATÉ 30 ANOSPatrícia Amaro, formadora da Agência Nacional para a gestão do programa “Erasmus+

Juventude em Ação”, também presente nesta sessão, esclareceu que «foi possívelincentivar os participantes a ter curiosidade pelo programa e de que é uma fonte definanciamento». Um programa, destinado a jovens entre os 13 e os 30 anos, que pode ser«uma possibilidade de aprendizagem e de desenvolvimento de competências tambémpara desempregados», rematou.

Juventude e Cidadania noEcomuseu de Barroso

Perto de 20 juntas de freguesia e mais de 20 associações do concelhoparticiparam numa uma sessão de formação/capacitação intitulada “Juventudee Cidadania”. A ideia foi esclarecer e formar dirigentes associativos para onovo programa “Erasmus + Juventude em Ação” e para a elaboração dasrespetivas candidaturas.

6 – CORREIO DO PLANALTO

Manuel Orlando Fernandes Alves, na qualidade de Presidente da CâmaraMunicipal de Montalegre, em cumprimento do disposto no n.º 2 do artigo 56.º, doanexo I, da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, que alterou a Lei n.º 169/99, de 18 desetembro, torna público que, na reunião ordinária do executivo municipal, realizadano dia seis de abril de 2015, foram tomadas as seguintes deliberações:

1 – Atribuição de Apoio a Estratos Sociais Desfavorecidos – Apoio à melhoria doalojamento – Manuel Barroso de Cruz.Deliberação: Aprovado por unanimidade.

2 – Atribuição de Apoio a Estratos Sociais Desfavorecidos – Fornecimento derefeições.Deliberação: Aprovado por unanimidade.

3 – Proposta de atribuição de apoios no âmbito do Apoio Financeiro à Família.Deliberação: Aprovado por unanimidade.

4 – Pedido de subsídio formulado pela CERCIMONT, com sede em Montalegre.Deliberação: Aprovado por unanimidade.

5 – Pedido de subsídio formulado pela CERCIMONT, com sede em Montalegrepara celebração de contrato de cooperaçãoDeliberação: Aprovado por unanimidade.

6– Proposta de Prestação de Serviços no apoio ao cumprimento do RegulamentoMunicipal de concessão de apoio financeiro destinado ao fomento da Produção deBatata de Semente.Deliberação: Aprovado por unanimidade.

7- Minuta de Protocolo de Cooperação entre o Município de Montalegre eUniversidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.Deliberação: Aprovado por unanimidade.

8 – Protocolo para Constituição de Agrupamento de Entidades Adjudicantes –Fornecimento de Energia Elétrica – AMAT.Deliberação: Aprovado por unanimidade.

9 – Ratificação de acordo de pagamento de dívida de água/saneamento/rsu n.º062150300018, celebrado com a Sra. Elisa Maria Freitas Costa Ribeiro, residentena rua Eça de Queirós, n.º 10, Montalegre.Deliberação: Aprovado por unanimidade.

10 – Ratificação de acordo de pagamento de dívida de água/saneamento/rsu n.º062150300019, celebrado com a Sra. Elisa Maria Freitas Costa Ribeiro, residentena rua Eça

de Queirós, n.º 10, Montalegre.Deliberação: Aprovado por unanimidade.

11 – Ratificação de acordo de pagamento de dívida de água/saneamento/rsu n.º062150300020, celebrado com a Sra. Elisa Maria Freitas Costa Ribeiro, residentena rua Eça de Queirós, n.º 10, Montalegre.Deliberação: Aprovado por unanimidade.

12 – Ratificação de acordo de pagamento de dívida de água/saneamento/rsu n.º062150300021, celebrado com a Sr. António Magalhães, residente na rua do Avelar,n.º 449, Montalegre.Deliberação: Aprovado por unanimidade.

13 – Ratificação de acordo de pagamento de dívida de água/saneamento/rsu n.º062150300022, celebrado com a Sr. António Magalhães, residente na rua do Avelar,n.º449, Montalegre.Deliberação: Aprovado por unanimidade.

14 – Ratificação de acordo de pagamento de dívida de água/saneamento/rsu n.º062150300023, celebrado com o Sr. António Magalhães, residente na rua do Avelar,n.º449, Montalegre.Deliberação: Aprovado por unanimidade.

15 – Ratificação de acordo de pagamento de dívida de água/saneamento/rsu n.º062150300010, celebrado com o Sr. José Luis Alves Costa, residente na rua Baixo,n.º17, Aldeia Nova, Chã.Deliberação: Aprovado por unanimidade.

16 – Ratificação de acordo de pagamento de dívida de água/saneamento/rsu n.º062150300011, celebrado com o Sr. José Luis Alves Costa, residente na rua Baixo,n.º17, Aldeia Nova, Chã.Deliberação: Aprovado por unanimidade.

17 – Ratificação de acordo de pagamento de dívida de água/saneamento/rsu n.º062150300012,

celebrado com o Sr. José Luis Alves Costa, residente na rua Baixo, n.º17, AldeiaNova, Chã.Deliberação: Aprovado por unanimidade.

18 – Ratificação de acordo de pagamento de dívida de água/saneamento/rsu n.º062150300013, celebrado com a Sra. Ana Maria Pereira Oliveira, residente no LargoPenedo, n.º2, Parafita, Viade de Baixo.Deliberação: Aprovado por unanimidade.

19 – Ratificação de acordo de pagamento de dívida de água/saneamento/rsu n.º062150300014, celebrado com a Sra. Ana Maria Pereira Oliveira, residente no LargoPenedo, n.º 2, Parafita, Viade de Baixo.

Deliberação: Aprovado por unanimidade.

20 – Ratificação de acordo de pagamento de dívida de água/saneamento/rsu n.º062150300015, celebrado com a Sra. Ana Maria Pereira Oliveira, residente no LargoPenedo, n.º 2, Parafita, Viade de Baixo.Deliberação: Aprovado por unanimidade.

21 – Ratificação de acordo de pagamento de dívida de água/saneamento/rsu n.º062150300016, celebrado com o Sr. Jeffrey Hilario Fernandes, residente na ruaPrincipal, n.º 27, r/c, Criande, Morgade.Deliberação: Aprovado por unanimidade.

22 – Ratificação de acordo de pagamento de dívida de água/saneamento/rsu n.º062150300017, celebrado com o Sr. Jeffrey Hilario Fernandes, residente na ruaPrincipal, n.º 27, r/c, Criande, Morgade.Deliberação: Aprovado por unanimidade.

23 – Ratificação de acordo de pagamento de dívida de água/saneamento/rsu n.º062150300007, celebrado com a Sra., Lúcia Garcia Gil, residente na rua C1 1ºETR, Montalegre.Deliberação: Aprovado por unanimidade.

24 – Ratificação de acordo de pagamento de dívida de água/saneamento/rsu n.º062150300008, celebrado com a Sra. Lúcia Garcia Gil, residente na rua C1 1ºE TR,Montalegre.Deliberação: Aprovado por unanimidade.

25 – Ratificação de acordo de pagamento de dívida de água/saneamento/rsu n.º062150300009, celebrado com a Sra. Lúcia Garcia Gil, residente na rua C1 1ºE TR,Montalegre.Deliberação: Aprovado por unanimidade.

26 – Ratificação de acordo de pagamento de dívida de água/saneamento/rsu n.º062150300005, celebrado com o Sr. Vítor Manuel Fernandes Freitas, residente narua Fundição, nº 8, Borralha, Salto.Deliberação: Aprovado por unanimidade.

27 – Ratificação de acordo de pagamento de dívida de água/saneamento/rsu n.º062150300006, celebrado com o Sr. Vítor Manuel Fernandes Freitas, residente narua Fundição, nº 8, Borralha, Salto.Deliberação: Aprovado por unanimidade.

28 – Empreitada “Saneamento da Vila da Ponte “Processo 2014/003) – RelatórioFinal de Análise das Propostas.Deliberação: Aprovado por unanimidade.

29 – Elaboração do Projeto de “Beneficiação da E.M.508 de Vilar de Perdizes aoslimites do Concelho de Chaves, por Meixide” – Autorização Prévia.Deliberação: Aprovado por unanimidade.

30 – Elaboração do Projeto de “Saneamento e Abastecimento de Água a Vilarinhode Negrões – Autorização Prévia.Deliberação: Aprovado por unanimidade.

31 – Elaboração do Projeto de “Saneamento e Abastecimento de Água a Ormeche”– Autorização Prévia.Deliberação: Aprovado por unanimidade.

32 – Elaboração do Projeto do “Refeitório da Escola de Salto” – Autorização Prévia.Deliberação: Aprovado por unanimidade.

33 – Arranjo Urbanísticos em Salto – Área G – Aquisição de parcela de terreno.Deliberação: Aprovado por unanimidade.

34 – Parecer prévio vinculativo relativo à contratação de serviços de limpeza dediversos locais do domínio público do concelho de Montalegre.Deliberação: Aprovado por unanimidade.

35 – Parecer prévio vinculativo relativo à contratação de serviços de consultadoriana otimização do IVA.Deliberação: Aprovado por unanimidade.

36 – Pagamento da quota anual e da comparticipação financeira, relativa ao anode 2015 / Centro de Informação, mediação e Arbitragem do Consumo do Vale doCávado (CIAB).Deliberação: Aprovado por unanimidade.

Para constar e para os devidos efeitos legais, publica-se o presente edital e outrosde igual teor, que vão ser afixados no átrio do município e demais lugares de estilo,bem como no sítio da internet:-http:/www.cm-montalegre.

E eu (Nuno Vaz Ribeiro), Diretor do Departamentode Administração Geral e Finanças da Câmara Municipal de Montalegre o subscrevi.

Montalegre e Paços do Município, 15 de abril de 2015.

O Presidente da Câmara Municipal

(Manuel Orlando Fernandes Alves)

PUB CORREIO DO PLANALTO N.º 693 - 30.ABRIL.2015

MUNICIPIO DE MONTALEGRECÂMARA MUNICIPAL

EDITALEDITAL N.º 13/2015/DAGF

À CONSIDERAÇÃO DOS NOSSOS PREZADOS ASSINANTESDevido a problemas levantados no banco, a pretexto de que são normas da CEE,solicitamos aos nossos prezados assinantes e anunciantes que, sempre que nospassem cheques NÃO ENDOSSÁVEIS, o façam em nome do proprietário do jornal,Bento Gonçalves da Cruz.

Muito obrigado.

CORREIO DO PLANALTO – 6

R. Central, Edifício Igreja Nova, nº 77 - A, Loja 3

JORNAIS e REVISTASLIVRARIA – MATERIAL ESCOLAR

SALTO

PAPELARIA MILÉNIOPAPELARIA MILÉNIO

Oitenta por cento da matéria-prima requerida pela economia rural das nossas aldeiasvem do monte, como afirmou um dia Bento da Cruz.

Esta constitui uma variável essencial na atividade local, infelizmente frequentementeesquecida. O monte fornece o princípio fundamental que suporta a vida – o humos. Ohumos é o princípio de toda a vida na terra. Um grama de humos pode conter milhões demicro organismos e é a substância diretamente assimilada pelas plantas.

Por isso, um incêndio não destrói apenas as árvores e os matos. A falta de coberturado solo e a ação da chuva removem o humos e acidificam o terreno. Aumenta a erosãoque leva ao empobrecimento da matéria orgânica, prejudicando a sua capacidade deregeneração.

A sabedoria dos povos sempre alcançou que defender os montes dos incêndios era omesmo que defender a sobrevivência económica e social das comunidades locais. Hojeperdeu-se essa ligação umbilical com o monte, sendo uma das principais razões dafragilidade atual da economia rural de montanha, em Barroso.

Foi o ataque sistemático por parte do Estado aos direitos comunais que conduziu àsituação atual, dando também cobertura a interesses particulares que ao longo do tempocapturaram grandes extensões de bens comuns, em benefício dos privados, que delasse apropriaram.

Em livro que brevemente vai ser publicado, temos a oportunidade de analisar em maisprofundidade este fenómeno e as suas consequências para as populações. Nas pesquisaspara elaboração do livro encontramos informações de grande importância e nteresse,como foi o caso de um estudo um estudo que vamos passar a transcrever, ao longo dospróximos números deste jornal. Trata-se de um trabalho efetuado por NEMÉSIO BARXAda Academia Galega de Jurisprudência, sob o título DIREITOS COMUNAIS AMEAÇADOSNA GALLAECIA, MONTES VIZINHAIS E BALDIOS, no qual desenvolve uma análisesistemática e comparada da abordagem em Portugal e na Galiza ao tema em questão.

Começa o autor por referir na introdução:«Os dados físicos sobre os montes são diversos e inclusivamente contraditórios,

razão pela qual as cifras que expressamos a seguir são simplesmente indicativas, semmais valia para este tema dos montes que destacar a importância que a nível económicotem o monte na Galiza e em Portugal, muito especialmente a norte do Porto. Na Galiza asuperfície ocupada por terrenos destinados a monte é superior a um milhão e novecentosmil hectares. (Falamos de destino e não de terrenos incultos ou abandonados) que sesupõe mais de 60% do seu território nacional.

Em Portugal, pelo início do século XX atingiam os quatrocentos mil hectares, cerca de45% do território nacional, embora com  predomínio no norte de Portugal (Vila Real, Viseu,Viana do Castelo e Bragança, que no seu conjunto detêm perto de 60% do total baldio dopaís). É de realçar que entre 1880 e 1960, tanto na Galiza como especialmente em Portugal,perdeu-se uma notável extensão destes montes que a Junta de Colonização Interna dePortugal contabilizava nos anos cinquenta em 5%. O processo de alienação ou deapropriação dos montes regista menos incidência nas zonas de economia de montanhae foi levado a cabo, muito particularmente pela Administração municipal e estatal.

É também de salientar que nestas terras de montanha os aproveitamentos não sereduzem à madeira mas também à exploração mineira (designadamente as pedreiras epastagens, sendo todavia a madeira a superar qualquer outro tipo de exploração domonte.

I. BREVE NOTÍCIA SBRE A ORIGEM DOS BALDIOS

Comum a Galiza e Portugal, como relíquia de tempos quase ignotos sobrevive um tipode copropriedade diferente da tradicional, baseada no direito romano, que tem a suaorigem no direito e costumes dos povos germânicos; possivelmente chegou até aosnossos dias por se situar em terras de montanha, sem valor específico em si,complementares da exploração agrícola; com o andar dos tempos estes montes chegarama ter notória utilidade e valor de “per si”, constituindo fonte de rendimento para os compartese para a economia nacional.

Trata-se do que nós chamamos na Galiza “montes vizinhais” ou “em mão comum” eque em Portugal são chamados “baldios”; são montes de vizinhos, de exploraçãocomunitária do lugar dos quais obtinham fundamentalmente lenhas, pastos e estrume.Queremos salientar desde já que só chegaram aos nossos dias dentro do território doreino da Galiza e em todo o Portugal embora mais evidentes nas regiões acima do rioDouro.

Na Galiza situa-se a sua origem em diversos quadrantes: nos povos celtas e nassociedades primitivas para as quais a propriedade da terra constituía uma instituição comautêntico valor social, pertencente ao grupo, não aos indivíduos, onde cada indivíduo temdireitos e deveres em relação ao bem comum, derivado do seu vínculo coletivo, mas semnenhum direito individualizado; nas invasões dos Suevos e na divisão que fizeram dasterras, excluindo os montes e fragas de aproveitamento comum; e nas “marcasgermânicas”; na Idade Média, na Reconquista para repovoar as zonas próximas àsfronteiras ou que  consideravam básicas para futuras ações guerreiras, onde o Senhor,laico ou eclesiástico concedia terras que seriam disfrutadas em comum pelas famíliasque nelas assentassem, atribuindo-as aos moradores do lugar que fundavam, tanto paraeles como para os que posteriormente se integrassem no assentamento ou comunidadede vizinhos criada.

Os baldios tiveram origem semelhante nas terras ao sul do rio Minho. Rogério E.Sares assinala que que a sua origem se perde na noite dos tempos; e Manuel Rodrigues(no seu importante livro “Os Baldios” afirma que “são uma realidade jurídica, económicae social de remotas origens no quadro da sociedade agrária portuguesa”, terrenos queficaram pertencendo aos moradores do termo e no seu domínio em comum, elementoimportante na época da reconquista e reorganização do território português; no medievo,os reis, em muitos casos, para afiançar ou dilatar as suas conquistais aos mouros eestimular o povoamento outorgavam forais aos povoadores onde incluíam os terrenos dologradouro comum além daqueles sobre os quais já tinham um direito instituído por usose costumes muito antigos ou terras reguengas das que em parte – as incultas – eramdestinadas ao logradouro comum de todos os vizinhos; outras vezes por transformaçãode terras inicialmente reguengas ou bens “maninhos”.

No século XIII e posteriores, no seguimento da influência do Direito Romano quenegava a estas agrupações pessoalidade jurídica, as comunidades de vizinhos enfrentamo perigo de ver suplantada a sua titularidade sobre os montes por uma pessoa jurídicaque poderia vir a ocupar o seu posto e, para iludi-lo, estas comunidades de tipo germânicotiveram que acolher-se numa instituição procedente do direito romano: o censo enfitêutico;deste jeito, e por derivação, chegaram ao “foro” a favor dos vizinhos da paróquia ou lugar;o reconhecimento escrito deste domínio útil tomaram a forma de “cartas de foral” queaparecem passada a Idade Média.

O Papel dos Baldios nas economias locaispor: António Chaves

(continua no próximo número)

Conversando...Conversando...

Finalmente a primavera chegou e todo à volta parece que renasceu. Árvores floridas,os campos verdes, os pássaros tontos de amor, fudo respira beleza e frescura, benditaseja a primavera e os sues dias luminosos.

Nada melhor que estes dias assim, sem vento sem chuva, sem frio, sem calor,sem nada que irrite um homem e nos deixe andar na rua sem tino nem destino,cumprimentando as pessoas alegremente, sem ponta de rancor que um dia chuvosoe amargo pode proporcionar. Ai, dias assim passam depressa e logo vêm outros friose chuvosos, ou então um calor destemperado quando as moscas zunem e gemem enós não sabemos nos onde metermos. Altos desígnios da natureza e da providênciaque nos fazem lembrar que a vida não é só primavera e sorrisos, mas também invernoe inferno, e, por vezes, ranger de dentes. São seis meses de inverno duro e trêsmeses de inferno, pelo que sobram tês meses sem queixumes de maior. É pouco,mas temos que viver com aquilo que a natureza nos dá, não temos ouro remédiosenão aceitar alegremente os ditames do criador, embora, por vezes, seja padrasto ecarrasco, mas ele lá sabe o que anda a fazer.

Certos dias de inverno dificilmente se suportam, com o frio a estranhar-se por todoo corpo, mas há outros, em pleno verão, que são igualmente difíceis de suportar,quando o calor queima como brasas acesas de uma fogueira. Contrastes que não sãopróprios de um clima dito temperado como é o nosso, ou dizem que é, o que custaacreditar em face daquilo que se sofre ao longo de um ano. Temperado o caraças,isso era bom se fosse sempre abril ou maio com suas temperaturas amenas. Agorajaneiros frios e agostos escaldantes nada têm de temperados, não me venham comconversas de lana caprina, como se tudo fosse de fácil compreensão.

Eu, que sou de raciocínio lento, custa-me a compreender certas teorias que põemTrás-os-Montes e Alto Douro a par do Alentejo no rol dos climas temperados. Isso éque era bom, mas a verdade é outra coisa bem diferente. Temperados o tanas, eis aquestão primordial da geografia portuguesa a entrar pelos olhos dentro de um cristão.Só não vê quem não quer ver, está à frete dos olhos, nota-se a léguas que isto nadatem de temperado, haja em vista o frio que penamos em Janeiro e Fevereiro do anocorrente, um frio do catano, com vossa licença. Temperado isto? Pois sim. Bem seique em outros países a coisa fia mais fino, com grandes nevões de costa a costa e astemperaturas abaixo de zero muitos graus. Um taró de se tirar o chapéu, muito piorque o nosso que, mesmo assim, chega e sobra para as encomendas. Deus nosacuda e nos valha e as crianças cresçam em paz e em harmonia. Elas são o melhordo mundo, os livros falam disso, mas bem que nem é preciso ir aos livros, basta olhá-las nos olhos e afagar-lhes os cabelos. Adoráveis crianças, elas são a alegria e aprimavera da vida, abençoadas sejam, pena é que a gente cresça e deixe de sercriança a partir de certa altura.

Custa a crer e não se acredita como é possível um pai esfaquear o próprio filhobebé e ter ainda a coragem de enviar à mãe um vídeo da criança esfaqueada. Grandezase misérias da vida, ao que um homem pode chegar e ser capaz de matar o filho bebé,ainda tão pequenino, isto causa arrepios não dá para entender. Mundo louco este,mundo cão, onde tais coias acontecem, a tal ponto chega a degradação humana,incapaz de compreender os meandros complicados de certas vidas. Mundo cão, comlicença dos cães, que são ternos e compreensivos, incapazes de matar um bebé deseis meses. Que vai dizer este pai à justiça quando for julgado? Ataque de loucura ouefeitos de drogas e vinho à mistura? Tudo junto temos um homem perdido, semsalvação, com a memória atravessada na garganta e os remorsos corroendo o coraçãoque teima em bater. Pobre homem, pobre pai, não há compaixão que perdoe umcrime destes.

F.M.

DESPORTO

Encontro

de Traquinas

e Petizes

em Chaves

8 – CORREIO DO PLANALTO

A Câmara Municipal de Montalegre, através do presidente Orlando Alves, acaba deenviar uma carta  à Ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, no sentido detravar a mais recente decisão, por parte do IFAP, em alterar todos os baldios combase na interpretação da ocupação do solo. Esta tomada de posição diminuidrasticamente a área elegível que, em alguns casos, ultrapassa os 80% da áreadisponível dos baldios no concelho de Montalegre. A manter-se, todos os agricultorese entidades gestoras dos baldios, candidatos às várias ajudas comunitárias, vão serfortemente penalizados nos próximos anos à luz da atual reforma da PAC 2014/20. Aspenalizações vão abranger «todos os agricultores que têm RPU, indemnizaçõescompensatórias, medidas agroambientais, apoios associados para as vacas aleitantes,ovinos e caprinos», esclarece Lúcia Jorge, em nome do Secretariado dos Baldios deTrás-os-Montes e Alto Douro. Para além desta brutal quebra no rendimento dosagricultores, acrescenta, «esta medida pode por em causa os projetos dos “JovensAgricultores” já instalados, assim como impede, no futuro, a instalação de mais jovensagricultores».

«MONSTRUOSIDADE POLITICA»Face a este quadro, o presidente da Câmara Municipal de Montalegre acaba de

enviar uma missiva dirigida a Assunção Cristas onde deixa o «lamento e inconformismo»a tal decisão. Orlando Alves justifica esta postura «pelas consequências nefastas quetal terá na fixação de pessoas à terra e pela monstruosidade política, perdoe-se-me aintensidade do desespero vertido nesta expressão, que a dita norma constitui». Oautarca explica à Ministra da Agricultura que «não é desativando serviços, ou onerandoo acesso a bens essenciais como a educação e a saúde, e subjugando pela cervizquem teima e resiste em dar vida a um território onde as condições de vida sãonaturalmente de subsistência, que se constrói o país coeso e harmonioso de quetanto se fala mas que todos os dias se adia». Pelo contrário, o que o interior precisa,adianta Orlando Alves, é de «medidas singulares e audazes que o promovam e tornematrativo».

Orlando Alves - Alterações aos baldios

Presidente da Câmara enviacarta à Ministra da Agricultura

Orlando Alves, presidente da Câmara Municipal de Montalegre, estáindignado com a recente decisão do IFAP (Instituto de Financiamento daAgricultura e Pescas I.P.) ao proceder a uma alteração em todos os baldioscom base na interpretação da ocupação do solo. Desta operação resultouuma diminuição de área elegível que, em alguns casos, ultrapassa os 80% daárea disponível dos baldios no concelho de Montalegre. Revoltado, OrlandoAlves escreveu uma carta à Ministra da Agricultura e do Mar no sentido deinverter esta «monstruosidade política» que irá provocar, em definitivo, um«adeus ao mundo rural».

ÁREA BALDIA NO CONCELHO PASSA DE 64 MIL PARA...18 MILHECTARES

Angustiado pelo que tem escutado, o edil socorre-se de números que espelhambem a diminuição drástica da área baldia que passa a imperar no concelho:

«A área baldia total do concelho de Montalegre é de 64.602 ha e a partir de2015, e de acordo com a criminosa decisão ora anunciada, a área baldia elegível fixar-se-á pelas 18.564 ha.

É caso para dizer que não basta a desgraça de sermos pobres para nos querereme nos tornar ainda mais pobres no Portugal profundo. Triste condição nascer-se». Umlamento que Orlando Alves reforça com esta interrogação dirigida à Ministra daAgricultura e do Mar: «considerando que o recurso ao baldio é o que mais determinantetem sido para a fixação dos apoios aos homens e mulheres de Barroso que através doamanho dos campos alindam o território e dão vida à nossa terra é caso para perguntara V. Exa. se fez a contabilidade aos muitos que vão ter de emigrar e deixar-nos atodos mais pobres, indefesos e sem futuro?».

A fechar, o responsável máximo pelo executivo municipal refere: «de nada valerácriarem-se Comissões sejam elas governamentais ou da Assembleia da Repúblicacomo agora se anuncia, para a promoção da natalidade quando ao mesmo tempo sedeitam cá para fora normas e posturas que levam ao fechar de portas e à morte socialdeste malfadado País».

por: Maria José Afonso

NOTÍC IAS - ATUAL IDADE - NOTÍC IAS

Foi detido em vila Pouca de Aguiar, umcidadão de nacionalidade marroquina,maior de idade, pela prática do crimecontrafacção.

Na sequência da detenção foramapreendidos vários produtos contrafeitos,tais como: facas, CD´s, DVD´s, Óculose Relógios.

O visado foi constituído arguido, sujei-to a TIR e foi notificado para comparecerTribunal de V.P. de Aguiar .

- Três atletas de "A Colmeia" - Montalegre, compõem a Seleção DistritalInserido na comemoração Dia do Futebol Feminino da AF Coimbra, a Seleção

Feminina da AFVR empata 1-1 com a Seleção de Coimbra.Carina Luís, Eduarda Carvalho e Luísa Cruz, atletas do clube "A Colmeia" fazem

parte deste plantel.

Foi apresentada à comunicação social a 1ª Volta ao Alto-Tâmega em Bicicletaque acontece nos seis concelhos: Chaves, Boticas, Montalegre, Valpaços, Ribeirade Pena e Vila Pouca de Aguiar, de 22 a 24 de maio e que conta com 16 equipasprofissionais, entre elas duas estrangeiras: uma russa e outra espanhola, num per-curso a chegar quase aos 200 kms (197kms). Terá inicio em Boticas e culminará emMontalegre, na Serra do Larouco.

Os cinco municípios estiveram representados pelos seus presidentes de câmara.Acão que contou também com a presença de Delmino Pereira, presidente da Fede-ração Portuguesa de Ciclismo. "É uma prática aliada ao turismo, uma vez que sejuntam o interesse paisagístico, o gastronómico e claro está o desportivo. Esta re-gião terá, garantidamente, o retorno desta corrida." Garantiu.

Rui Vaz Alves, edil de Ribeira de Pena e atual presidente da ComunidadeIntermunicipal do Alto Tâmega e Barroso referiu que o objetivo deste evento é "pro-mover os territórios que compõem a Comunidade Intermunicipal, a nível turístico, culturale desportivo."

Ideia corroborada por Orlando Alves, presidente da Câmara Municipal de Montalegreao afirmar que "esta prova vai dar uma grande visibilidade ao território. Através dodesporto vamos consolidar uma ideia de "região" que faz falta ser assumida por to-dos os agentes políticos e cidadãos do Alto Tâmega. "

O edil abordou ainda, em entrevista à Rádio Montalegre, a aposta feito o ano pas-sado pelo Município de Montalegre na Serra do Larouco, por ocasião da "Volta aPortugal em Bicicleta" evidenciando que "o investimento na serra do Larouco estájustificado com este conjunto de provas que se realizam na capital do Barroso."

Sob a alçada da Federação Portuguesa de Ciclismo, a Comunidade Intermunicipaldo Alto Tâmega realiza pela primeira vez, a Volta ao Alto-Tâmega em Bicicleta a terlugar de 22 a 24 de maio.

VILA POUCA DE AGUIAR

Marroquino detido

DESPORTO

Seleção Feminina da AFVR empata em Coimbra

1ª Volta ao Alto-Tâmega em Bicicleta apresentada emconferência de imprensa

Passa por Montalegre dia 24 de maio