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(Continua na pág. 2) (Continua na pág. 2) CORREIO DO PLANALTO Prolegómeno QUINZENÁRIO - ANO XXXVIII - N. o 685 -15.DEZEMBRO 2014 Director: Bento da Cruz - Editor: José Dias Baptista Preço Avulso: E 0,70 - Assinatura Anual: Território Nacional E 15,00 / Estrangeiro E 45,00 Restauração da Independência celebrada no concelho O 374.º aniversário da restauração da independência (1 dezembro 1640) foi assinalado com um almoço comemorativo numa unidade hoteleira do concelho de Montalegre. Um evento que contou com a presença de D. Duarte, duque de Bragança. A Câmara Municipal de Montalegre esteve representada através do presidente Orlando Alves. Uma unidade hoteleira dos Pisões, concelho de Montalegre, recebeu o almoço comemorativo do 374.º aniversário da restauração da independência (1640), promovido pela Real Associação de Trás- os-Montes e Alto Douro e pelo núcleo concelhio de Montalegre. A vitória sob o domínio filipino é lembrada, desde essa data, a 1 de dezembro, outrora feriado nacional e que, ao que tudo indica, caminha para a sua recuperação. O evento contou com a presença de D. Duarte, duque de Bragança, perante um salão repleto de simpatizantes do regime monárquico e outros convidados. Em representação da Câmara Municipal de Montalegre esteve o presidente Orlando Alves que destacou a importância do acontecimento com estas palavras: «foi uma presença honrosa e simpática, com um objetivo que é nobre e inteiramente nacional. Foi aqui celebrado a restauração de algo que perdemos durante 60 anos, que foi a nossa independência. Hoje estamos novamente mergulhados numa situação de subjugação económica e financeira. É sempre um momento oportuno, todos os dias, pensarmos que não temos nada que hipotecar a nossa soberania nem muito menos a nossa identidade». Produtos locais do concelho promovidos na RTP Aconteceu no programa “Há Tarde” Orlando Alves, presidente da Câmara Municipal de Montalegre, acompanhado pelo padre Fontes e por um hoteleiro do concelho, esteve no programa da RTP “Há Tarde”, apresentado por Herman José e Vanessa Oliveira. O pretexto da presença do edil está na promoção dos produtos locais que o município vai fazer na cidade do Porto, no fim de semana de 13 e 14 de dezembro, no evento SABOR- EARTE. No rol das divulgações esteve, também, a próxima Feira do Fumeiro (22 a 25 Janeiro), a carne barrosã e as três “Sexta 13” agendadas para 2015 (Fevereiro, Março e Novembro). CORREIO DO PLANALTO Boas Festas A todos os Assinantes, Colaboradores, Anunciantes e Amigos deseja Feliz Natal e um Ano Novo repleto de venturas. Há oitenta e nove anos, passei o Natal ao colo de minha mãe. Não me lembro de nada, mas é de supor que o leite materno tivesse um sabor especial para mim naquela noite. No ano seguinte, do qual também me não lembro, é de crer que já ferrasse o dente na febrazinha do bacalhau. A partir do terceiro ano, começo a ter umas luzes. É delas que vou falar. O primeiro fogacho que guardo na lembrança é o de que a aldeia acordava envolta em neblina naquela manhã. Uma neblina misteriosa, com o seu quê de sobrenatural. Na altura não pensava nisso. Mas hoje relaciono-a com a messiânica manhã de nevoeiro que nos há-de trazer D. Sebastião. A coisa tem a sua lógica. D. Sebastião, salvador de Portugal. O Menino de Belém, salvador do mundo. Felizes os que acreditam. Outra impressão que anda comigo desde esse tempo é a de que as pessoas acordavam todas bem dispostas naquele dia – ignoro se à espera da salvação, se do bacalhau e das rabanadas. Seja como for, embora a igreja o não impusesse, todos guardavam dia santo a 24 de Dezembro. E até, à conta disso, me estou a lembrar de uma vez minha mãe ter jungido as vacas e me ter dito: -Toca este carro ao teu pai à Touça da Fonte. Até chorei pelo caminho: “junguir no dia de Natal…”, fungueteava eu, a limpar as lágrimas ao canhão da véstia. Agora também não sei se eu chorava por ter de ir à lenha se pela lembrança de que, àquela hora, já todos os da minha igualha estavam à lareira a debulhar a pinha. As pinhas eram a única prenda de Natal com que as crianças da minha aldeia e do meu tempo podiam contar. Em Peireses não havia pinheiros mansos. De modo que as pinhas, como o polvo ou o bacalhau, vinham de longe e custavam dinheiro. Por isso eram racionadas. Uma por cabeça ou, na pior das hipóteses, uma para dois. Com que entusiasmo nós as debulhávamos ao calor dos tições, virando-as de um lado e do outro, à espera que elas arreganhassem os dentes, que nós lhe íamos extraindo e dispondo em eirado na pedra do lar. E começava aí a competição: -Quantos rendeu a tua? -Setenta e cinco pares! -A minha oitenta e três! Depois, dia fora, era uma jogatina que nunca mais acabava. “Par ou pernão”, “rapa”, “arrebindai-ma”, olho vivo, mão ligeira, raciocínio rápido, que tudo isso faz parte do jogo da vida ao qual o do pinhão servia de treino.

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Page 1: CORREIO DO PL ANAL TO · (Continua na pág. 2) (Continua na pág. 2) CORREIO DO PL ANAL TO ... deseja Feliz Natal e um Ano Novo repleto de ... a uma criança pelo Natal. Em “sapatinho

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CORREIO DO PLANALTOProlegómeno

QUINZENÁRIO - ANO XXXVIII - N.o 685 -15.DEZEMBRO 2014 w Director: Bento da Cruz - Editor: José Dias Baptista w Preço Avulso: E 0,70 - Assinatura Anual: Território Nacional E 15,00 / Estrangeiro E 45,00

Restauração da Independência celebrada no concelhoO 374.º aniversário da restauração da independência (1 dezembro 1640) foi

assinalado com um almoço comemorativo numa unidade hoteleira doconcelho de Montalegre. Um evento que contou com a presença de D. Duarte,duque de Bragança. A Câmara Municipal de Montalegre esteve representadaatravés do presidente Orlando Alves.

Uma unidade hoteleira dos Pisões,concelho de Montalegre, recebeu o almoçocomemorativo do 374.º aniversário darestauração da independência (1640),promovido pela Real Associação de Trás-os-Montes e Alto Douro e pelo núcleoconcelhio de Montalegre. A vitória sob odomínio filipino é lembrada, desde essadata, a 1 de dezembro, outrora feriadonacional e que, ao que tudo indica, caminhapara a sua recuperação. O evento contoucom a presença de D. Duarte, duque deBragança, perante um salão repleto desimpatizantes do regime monárquico eoutros convidados.

Em representação da Câmara Municipalde Montalegre esteve o presidente OrlandoAlves que destacou a importância doacontecimento com estas palavras: «foi

uma presença honrosa e simpática, comum objetivo que é nobre e inteiramentenacional. Foi aqui celebrado a restauraçãode algo que perdemos durante 60 anos,que foi a nossa independência. Hojeestamos novamente mergulhados numa

situação de subjugação económica efinanceira. É sempre um momentooportuno, todos os dias, pensarmos quenão temos nada que hipotecar a nossasoberania nem muito menos a nossaidentidade».

Produtos locais do concelho promovidos na RTP

Aconteceu no programa “Há Tarde”

Orlando Alves, presidente daCâmara Municipal de Montalegre,acompanhado pelo padre Fontes epor um hoteleiro do concelho, esteveno programa da RTP “Há Tarde”,apresentado por Herman José eVanessa Oliveira.

O pretexto da presença do edil estána promoção dos produtos locais queo município vai fazer na cidade doPorto, no fim de semana de 13 e 14de dezembro, no evento SABOR-EARTE. No rol das divulgações esteve,também, a próxima Feira do Fumeiro(22 a 25 Janeiro), a carne barrosã e astrês “Sexta 13” agendadas para 2015(Fevereiro, Março e Novembro).

CORREIO DO PLANALTO

Boas Festas

A todos os Assinantes, Colaboradores, Anunciantes e Amigos

deseja Feliz Natal e um Ano Novo repleto de venturas.

Há oitenta e nove anos, passei oNatal ao colo de minha mãe. Não melembro de nada, mas é de supor que oleite materno tivesse um sabor especialpara mim naquela noite. No anoseguinte, do qual também me nãolembro, é de crer que já ferrasse o dentena febrazinha do bacalhau. A partir doterceiro ano, começo a ter umas luzes.É delas que vou falar.

O primeiro fogacho que guardo nalembrança é o de que a aldeia acordavaenvolta em neblina naquela manhã. Umaneblina misteriosa, com o seu quê desobrenatural. Na altura não pensavanisso. Mas hoje relaciono-a com amessiânica manhã de nevoeiro que noshá-de trazer D. Sebastião. A coisa tema sua lógica. D. Sebastião, salvador dePortugal. O Menino de Belém, salvadordo mundo. Felizes os que acreditam.

Outra impressão que anda comigodesde esse tempo é a de que aspessoas acordavam todas bemdispostas naquele dia – ignoro se àespera da salvação, se do bacalhau edas rabanadas.

Seja como for, embora a igreja o nãoimpusesse, todos guardavam dia santoa 24 de Dezembro. E até, à contadisso, me estou a lembrar de uma vezminha mãe ter jungido as vacas e meter dito:

-Toca este carro ao teu pai à Touça

da Fonte.

Até chorei pelo caminho: “junguir nodia de Natal…”, fungueteava eu, a limparas lágrimas ao canhão da véstia. Agoratambém não sei se eu chorava por terde ir à lenha se pela lembrança de que,àquela hora, já todos os da minhaigualha estavam à lareira a debulhar apinha.

As pinhas eram a única prenda deNatal com que as crianças da minhaaldeia e do meu tempo podiam contar.Em Peireses não havia pinheirosmansos. De modo que as pinhas, comoo polvo ou o bacalhau, vinham de longee custavam dinheiro. Por isso eramracionadas. Uma por cabeça ou, na piordas hipóteses, uma para dois.

Com que entusiasmo nós asdebulhávamos ao calor dos tições,virando-as de um lado e do outro, àespera que elas arreganhassem osdentes, que nós lhe íamos extraindo edispondo em eirado na pedra do lar. Ecomeçava aí a competição:

-Quantos rendeu a tua?-Setenta e cinco pares!-A minha oitenta e três!Depois, dia fora, era uma jogatina que

nunca mais acabava. “Par ou pernão”,“rapa”, “arrebindai-ma”, olho vivo, mãoligeira, raciocínio rápido, que tudo issofaz parte do jogo da vida ao qual o dopinhão servia de treino.

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2 – CORREIO DO PLANALTO

Prolegómeno(Continuação da pág. 1)

(Continuação do número anterior)

(Continua no Próximo número)

CAPÍTULO V– A SUCESSÃO NASEMPRESAS FAMILIARES

5.1. Significado da sucessão

A sucessão é o momento, na empresafamiliar, em que a probabilidade de disputapode atingir o seu ponto máximo. Sucessãopode significar alterar o que tem sidoconstante.

Poderão ocorrer alterações, qualqueralteração pode ocasionar um sentimentode desconfiança, as pessoas podem-sesentir inseguras.

A mudança significa que a estrutura teráque se adaptar a uma circunstância novadesconhecida.

“A mudança requer que as pessoas se

adaptem a novas circunstâncias, mas sem

saber quais serão as novas circunstâncias”

(Fleming, 2000: 130).

No seguimento do mesmo autor, asucessão significa que um ou vários novoslíderes assumem a liderança da empresapodendo trazer consigo novos valores,crenças e ambições. Os colaboradorespertencentes à família, ou não poderão terque se adaptar ao novo estilo. Se o novoestilo de liderança for semelhante ao doantecessor as alterações na empresa serãomínimas, no entanto, se as novas práticasforem significativamente diferentes osucessor introduzirá alterações profundasna organização.

O sucessor deve perceber que a suapresença na empresa pode significar medo.O medo pode-se traduzir em resistência eos colaboradores tendem a criarobstáculos à mudança. Os sucessoresdevem estar preparados para enfrentarestes obstáculos.

Inúmeros estudos destacam que asucessão nas empresas familiares écrítica. Davis e Harveston (1998: 32) indicamque apenas 30% das EF sobrevivem àprimeira geração e muitas sucumbempouco depois da passagem à segundageração.

“ A sucessão de quem detém o poder de

dirigir é um dos pontos cruciais na vida de

todas as empresas, quer sejam empresas

familiares quer não o sejam” (Gallo, Ribeiro,1996: 128).

O autor Fleming, (2000: 129) refere quepor mais saudável que seja o sistemafamiliar ou por mais bem gerida que seja aempresa a sucessão é uma ocasião quegera problemas, previsivelmente para todosos envolvidos.

5.2. Sucessão, o momento crítico daempresa familiar

O autor Lansberg, começa por descrevertrês principais motivos pelos quais asempresas familiares enfrentam grandesdificuldades para ultrapassar o processode sucessão:

Planos de sucessão pouco claros,sucessores incompetentes ou poucopreparados e rivalidades familiares. Na suagrande maioria as empresas familiares tem

CORREIO DO PLANALTONº Registo da D. G. C. S. 105438

Depósito Legal Nº 2163/83

Proprietário: Bento Gonçalves da CruzContribuinte Nº 108 805 239

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Fotocomposição:

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Tiragem deste número: 1000 ex.—

Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus Autores

Empresas Familiares por: João Medeiros Pereira

na sucessão o seu maior teste àsobrevivência.5.3. As causas que motivam o declíniodas empresas familiares

Lansberg (1999: 9) destaca os seguintespontos como explicativos do declínio dasempresas familiares:

- O egocentrismo e a relutância emdelegar do fundador;

- As rivalidades familiares antigas quesão introduzidas na empresa;

- As disputas de poder que dividem asfamílias;

- As necessidades da família quesubtraem às empresas a liquideznecessária para se manterem vivas;

- A resistência inconsciente dos líderes,que envelheceram, a abandonar;

“A sucessão é de facto um grave

problema nas empresas familiares. A

mudança de direcção representa um dos

períodos mais sensíveis. Já desde a década

de 70 se afirma que de todas as causas de

falência em pequenas empresas a falta de

preparação da sucessão era de longe a

mais importante” Ussman, 2004: 128).

Por sua vez Fleming (2000: 131) destacaos motivos que levam as pessoas aevitarem o planeamento da sucessão:

- O planeamento da sucessão levantaquestões familiares indesejadas – muitasfamílias consideram primordial a harmoniafamiliar e têm noção que iniciar um planode sucessão significa possivelmente lidarcom questões potencialmente explosivas.

- A sucessão obriga as pessoas aconfrontarem-se com a sua mortalidade– A morte é inevitável, contudo as pessoasnão desejam ser lembradas desse futuroepisódio.

A condução de um processo de sucessãoimplica interiorizar que não serão eternos.Esta realidade pode-se tornardesconfortável.

- As pessoas estão muito ocupadas nodia-a-dia – Os proprietários, especialmente,os empreendedores, preferem ocupar otempo a agir. O planeamento da sucessãoé um processo diferente. Torna necessáriauma atitude de reflexão que é a antítese deacção.

- O proprietário teme a perda de controlo– Muitos proprietários têm uma grandenecessidade de controlar. Umplaneamento, apropriado, da sucessãoimplica perderem muito desse controlo.Poderão ter de consultar outras pessoaspara implementar o planeamento dasucessão. Para um proprietário, estardependente de outras pessoas pode tornar-se desconfortável.

- O proprietário teme que o plano desucessão possa reduzir as opções – Osproprietários desejam ter o maior númerode opções possível em aberto. Estesproprietários argumentam que oplaneamento da sucessão não pode serexecutado porque a imprevisibilidade dofuturo torna impossível determinar quais asopções a seleccionar e implementar.

Outra lembrança que me ficou dessetempo é a do cheiro à resina que sedesprendia das pinhas e nos impregnavaas mãos, a roupa, a pituitária, a casa toda.

Se nos lembrarmos de que o incenso,que eu suponho ser também uma resina,foi um dos presentes trazidos pelos Reisdo Oriente ao Menino de Belém,facilmente concluiremos que uma pinhaé a prenda mais adequada para oferecera uma criança pelo Natal.

Em “sapatinho na chaminé” ninguémfalava. Aliás todos nós andávamos detamancos e as chaminés eram quasetodas de alçapão, a saber: um buraco nocolmaço do beiral, com uma palamovediça que se levantava ou descia comum lareiro ao sabor das exigências dachuva e do vento.

A “árvore de Natal” era completamentedesconhecida e, a respeito de presépios,só o da igreja matriz, a três quilómetrosde distância.

Na altura não dava por isso. Mas hojereconheço que a maioria das casas daminha aldeia tinham muito de Presépioou Gruta de Belém. Eram térreas,exíguas, e os animais domésticos,coelhos, galinhas, cães, gatos, cabritoschegadiços, recos criados ao caco,cirandavam por ali à vontade por cima dalenha, por debaixo do escano, por entreas pernas das pessoas. Uma simplestrancada separava a cozinha das cortesdo gado. De modo que a vaca e o burroestendiam a cabeça por cima da cancelaa ver-nos debulhar as pinhas à lareira.

Mas eis que as mães, irmãs e tiascorriam connosco de casa. Que lhedeixássemos campo livre aos potes e àssertãs. E nós íamos jogar o pinhão paraa rua ou para o forno, conforme fizessebom ou mau tempo.

A refeição do meio-dia, a que nóschamávamos jantar, era de certo modoaligeirada, para deixar espaço para a ceia.

A seguir deitava-se a fazenda ao monte.A partir dos seis, sete anos, já todos nóséramos pastores e por lá passávamos atarde a jogar o pinhão, completamenteesquecidos das cabras e das vacas, quenão se ensaiavam nada para assaltar olameiro ou a messe do vizinho esujeitarem-nos a uns cachações, dosquais nem a solenidade do dia nos livrava.

Pelas quatro e meia, cinco horas,vinham as fazendas do monte e nóscorríamos às cozinhas ao vezo damerenda, naquele dia condimentada comuma ou duas guloseimas extra.

Entre a merenda e a ceia, era a hora devisitar a parentela e receber os vizinhosou simples conhecidos encontradoscasualmente na rua:

-Venha beber um copo.-Já que faz gosto nisso e atendendo ao

dia…Alguns apenas debicavam, por

delicadeza. Outros bebiam-lhe bem,ficavam vermelhuscos, ruminantes,pegajosos. Era preciso correr com eleseducadamente:

-Quer cá cear connosco?-Não senhor, Deus me livre, hoje é dia

dedicado à família…-Então beba mais um copo para a

despedida.-Então cá vai à sua saúde.Pelas seis horas era noite cerrada e nós

continuávamos a jogar os pinhões à luzda candeia.

Outra impressão que me ficou dessestempos é a de que um calor especialenvolvia a aldeia naquela noite. Nem dos

cabaneiros, onde, a cotio, ardiam apenasuns chamiços verdes, havia, naquelanoite, uma boa fogueira de toros decarvalho. Nem que fossem roubados.

Era também em casa dos cabaneirosque apareciam os filhos que andavam aservir por fora e vinham consoar com asfamílias.

Numa casa ou noutra liam-se as cartasdos ausentes vindas de Lisboa, daAmérica, do Brasil: “Saudoso irmão: hojemesmo mandei lançar mão da pena parasaber da tua saúde, que a minha, ao fazerdesta, fica boa, graças a Deus.Saberás…” Que se eles soubessem o quepor lá os esperava, nunca eles teriamdeixado a sua “terrinha abençoada”.Pediam notícias de tudo e de todos, edespediam-se até para ao ano “se Deusquiser”.

Essas missivas ingenuamentesentimentais e falhas de gramática,arrancavam lágrimas de saudade aosadultos. Que nós, as crianças, vivíamosnoutro mundo. Só uma palavra mágica nosarrancava ao mundo encantado do jogodo pinhão:

-Todos para a mesa!O pai punha o “Pau do Natal”, um tranco

de carvalho alvarinho cortado naquele dia,ao lume. Ali ficava a arder enquanto a ceiadurasse. Depois era religiosamenteguardado como amuleto contra astrovoadas. Logo que estas seanunciassem, punha-se o “Pau do Natal”ao lume até elas se afastarem.

A mesa estava bonita naquela noite.Uma grande toalha de linho caseirobordado à mão a cobrir todo o tampo eoutra mais pequena, do mesmo tecido elavor, dobrada em quatro, à cabeceira, aservir de trono a uma broa centeia,espécie de arco-da-aliança entre nós e oDeus das searas.

Comíamos todos do mesmo prato.Umas travessas redondas de faiançaantiga, enormes, com o desenho de umgalo galaroz todo emproado naconcavidade e cercaduras multicoloridas.Uma para as batatas, as couves, e ascebolas, ainda fumegantes, outra para obacalhau, um delicioso bacalhau queentão havia e a que chamavam de curainglesa, uma terceira para polvo, seco,mas devidamente batido e demolhado, ea quarta para o molho de água, azeite,vinagre, ovos e alho. Não sei porque, masdo que melhores recordações guardo édo molho, onde nós mergulhávamos agarfada antes de a levar à boca. Bebia-se um divino falerno tinto da Costa deAnelhe pela mesma caneca, à roda.

Tudo conforme Deus manda, avançavamde lá os postres. Rabanadas, letria, docesde jerimum, bolinhos de bacalhau, figossecos, nozes, peras bêbadas, um cálicedo Três Velhotes, uma taça dechampanhe.

Oferecida a mesa, voltávamos ao jogodo pinhão.

Missa do galo, pelo menos na minhaaldeia, não havia. Mas no dia 25 ninguémfaltava às Três Missas de Natal, tidascomo arma infalível contra as arremetidasdo diabo.

No caso de nos aparecer o porco sujo,bastava dizer: “Valham-me a TrêsMissinhas do Natal”, para ele dar umestouro como uma castanha no assador.Por isso, pela meia-noite, o mais tardar,obrigavam-nos a ir para a cama. Seriabonito dizer aqui que sonhávamos com oMenino Jesus.

Mas não quero mentir. Se algum sonhobom nos embalava o sono, era o de termosganho ao jogo dos pinhões.

VIVA BARROSO

Locais onde as ASSINATURAS do“Correio do Planalto” podem ser pagas:

w Rádio Montalegre - Travessa do Polo

Norte 5470-251 MONTALEGRE.

w PISÕES - Restaurante Sol e Chuva.

w SALTO - Papelaria Milénio - Rua Central,

Ed. Igreja Nova, 77-A - Loja 3.

w Do País: transferência bancária para a conta

do BPI: NIB 0010 0000 1598 7370 0017 7.

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(por cheque, vale de correio ou moeda corrente).

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CORREIO DO PLANALTO – 3

«SINTO SIMPATIA PELA CAUSA MONÁRQUICA»Os anacronismos existentes no atual sistema político-partidário levam o atual presidenteda Câmara Municipal de Montalegre a confessar «simpatia pela causa monárquica».Uma confissão que carimba sem complexos ao mesmo tempo que defende um referendopara que o povo «pudesse ser consultado e dizer de sua justiça». Orlando Alves lembraque «a corte portuguesa sempre foi «respeitada e admirada internacionalmente», daí queassuma: «não tenho complexos nenhuns em dizer que sinto simpatia pela causamonárquica porque estou convencido que os valores e os princípios da República podemperfeitamente ser defendidos numa Monarquia constitucional». No mesmo tom, o ediljustifica: «o que me leva a dizer a pensar desta maneira é eu não poder aceitar, comocidadão, que a constituição democrática da República Portuguesa proíba a possibilidadede os portugueses se organizarem um dia em referendo para poderem dizer, entre aRepública e a Monarquia, qual preferimos».

Restauração da Independência celebrada no concelho(Continuação da pág. 1)

«A REPÚBLICA TEM TRATADO MAL OS SEUS FILHOS»Orlando Alves faz questão de sublinhar que «a vinda de sua Alteza a Montalegre enche-

nos de alegria porquanto é sempre uma presença honrosa, sendo um momento oportunopara refletirmos um pouco nesta democracia que temos em que a República tem tratadosempre mal os seus filhos». O autarca lembra que «Portugal é um país extremamentedesigual» onde «a República não conseguiu alterar todas as distorções que vinham daMonarquia». Para Orlando Alves o mau exemplo pode ser encontrado a nível educativo emcontraste com «os bons exemplos que temos tido das Monarquias constitucionais reinantesna Europa», onde «nesse contexto dão-nos soberanos exemplos».

O lamento do número um do executivo municipal é repisado com estas frases: «o queme leva a dizer e a pensar desta maneira é eu não poder aceitar, como cidadão, que aconstituição democrática da República Portuguesa proíba a possibilidade de osportugueses se organizarem um dia em referendo para poderem dizer, entre a Repúblicae a Monarquia, qual preferimos».

A reboque, Orlando Alves defende que «o importante é que os monárquicos possamdesencadear um processo de referendo para, pelo menos, saberem qual é a simpatiaque têm no contexto nacional». Uma proibição, remata, que «não é democrática».

«FALÊNCIA DE PORTUGAL DEVE-SE AO SISTEMA REPUBLICANO»D. Duarte define Montalegre como «uma terra lindíssima» e com «imenso interesse».

Porém, defende que os monumentos e os edifícios históricos deviam ter «uma maiorproteção», dando como exemplo a ponte medieval de Montalegre que «não devia teraquela coisa metálica...fica muito mal», refere. Em relação ao almoço comemorativorealizado, pela primeira vez, no concelho de Montalegre, D. Duarte afirma que «é fundamentallembrar o Dia da Restauração e os 25 anos de luta em que, mesmo aqui, na região deMontalegre, custou a vida e os sacrifícios a tanta gente para preservar e restaurar a nossaindependência». Face ao explanado, acrescenta, «o importante é que os portugueseshoje percebam a alternativa que têm entre a democracia portuguesa, estar presidida porum politico, por melhor que ele seja, ou por um Rei». D. Duarte ilustra com o exemploreinante na Europa: «se olharmos para a Noruega, Suécia, Dinamarca, Holanda,Luxemburgo, onde há tantos portugueses, e compararmos com países como a Itália,França e Portugal, percebemos que os países que têm Reis e Rainhas estão muitomelhor, mais desenvolvidos e são mais democráticos que os países que têm sistemasrepublicanos... é nisto que temos que pensar e é para isto que serve a Real Associação».A fechar, disse: «quem perceber que a falência e miséria de Portugal se deve, em grandeparte, ao sistema republicano, pode aderir a este movimento, militar nele e ajudar a queum dia se possa escolher entre os dois regimes».

A comunicação social tem revelado interesse na campanha da batata de sementecertificada que o município de Montalegre está a desenvolver. Uma aposta que tem sidoum sucesso a avaliar pela produção e classificação do produto. Estas palavras sãotestemunhadas pelo presidente da Câmara Municipal, entrevistado pelas televisõesnacionais: «a produção foi muito boa, a classificação também. Temos também garantiade escoamento. Tal como em anos anteriores, vamos ofertar um produto da terra. Destavez a batata de Montalegre, produto esse que já tem uma marca e reconhecimento. Aspessoas levam para casa um produto de eleição e um produto certificado».

 «NÃO PODEMOS PERDER O FIO À MEMÓRIA»Orlando Alves adianta que «a recuperação da produção da batata de semente é uma

das apostas mais sonantes daquele que quero que seja o meu mandato». Um desafio«que tem tudo a ver com a recuperação e regeneração da identidade da pátria barrosã».O autarca puxa pelo passado para encarar o presente com confiança: «não podemosperder o fio à memória, nem nos podemos esquecer que Montalegre foi grande em todoo país quando foi o espaço territorial onde se produzia batata de semente para todo o paíse também para exportação». O líder da autarquia de Montalegre lembra: «numa altura emque somos dependentes do ponto de vista económico, financeiro e alimentar – e é nestavertente que eu quero falar – quando somos dependes de tanta coisa do ponto de vistaalimentar, que podemos produzir e estamos a importar... a batata é, de todos, o artigo queas pessoas consomem diariamente».

Televisões nacionais marcam presença

Promoção da batata de Montalegre atrai ImprensaEncarada como «uma das apostas mais sonantes» do mandato, o presidente

da Câmara de Montalegre olha com satisfação o interesse que existe daimprensa pela aposta que o município está a fazer na promoção da batata desemente. Orlando Alves, entrevistado pelas televisões, referiu que está a serum sucesso o investimento que a Câmara está a realizar na «recuperação eregeneração da identidade da pátria barrosã».

Em suma, acrescenta, «temos todas as condições para fazer batata, batata de qualidade:de consumo e de semente».

BALÃO DE OXIGÉNIOPara o presidente da Câmara de Montalegre «é bom que as televisões venham fazer

notícia com aquilo que no Mundo rural é noticia».Assim sendo, afirma Orlando Alves, «o “pouco” temos para ofertar, se tiver o eco que só

os órgãos de comunicação social podem dar, pode transformar-se num “muito” e podeser o balão de oxigénio de que o território precisa».

CAMPANHA DA BATATA DE MONTALEGRENível local: Nos meses de dezembro e janeiro, quem se dirigir ao Ecomuseu de Barroso

– espaço padre Fontes, e apresentar fatura(s) de valor igual ou superior a 50 •, despesaefetuada no comércio local, recebe 2Kg de batata de Montalegre.

Nível Nacional – Entrega gratuita do produto a particulares e empresas em Braga, Portoe Lisboa (em dias a definir), mediante contacto.

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4 – CORREIO DO PLANALTO

A coordenar os trabalhos feitos na sede do Ecomuseu de Barroso, o vice-presidenteda autarquia de Montalegre adiantou que está consciente «dos riscos que temos noconcelho e das infraestruturas de grande dimensão que não têm estes planos de impactono caso de um acidente grave». Para David Teixeira, estamos perante uma situação comreduzida probabilidade de acontecer mas não impossível: «pela maldade humana oumesmo por catástrofes naturais». O autarca referiu ainda que está satisfeito com «aresposta das diferentes entidades envolvidas apesar de faltar sempre alguém».

ENCONTRO POSITIVOLuís Francisco, técnico da Câmara Municipal de Montalegre, aproveitou a oportunidade

para referir que estamos perante «uma obrigatoriedade do PMEPCM» que nos doisprimeiros anos «contemplou dois exercícios, um para testar as comunicações, feito noano passado, e este simulacro». Sobre o sucesso desta ação, o técnico da autarquiaconsiderou que «foi muito positivo a aprovação deste simulacro» até porque, concluiu, naeventualidade de um problema destes realmente acontecer, «as pessoas já se conheceme a comunicação, que é tão importante nestas alturas, torna-se muito mais fácil».

No âmbito do Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil deMontalegre (PMEPCM), foi realizado no Ecomuseu de Barroso um simulacrode uma fissura no paredão da barragem de Paradela. Uma reprodução sem adeslocação de qualquer tipo de meios para o local. Estiveram representadasvárias entidades, a saber: Proteção Civil Municipal, Guarda NacionalRepublicana, Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, Agrupamentode Centros de Saúde do Alto Tâmega e Barroso, Instituto Nacional deEmergência Médica e EDP.

“Simulacro” debatido no Ecomuseu de Barroso

A Associação Sócio Cultural de Paredes do Rio promoveu, pelo décimo terceiro anoconsecutivo, uma das tradições comunitárias do Barroso. A “matança do porco”, de raçabísara, voltou a ser sinónimo de festa para espanto de alguns curiosos e festim paraoutros que encheram por completo o salão da associação. O presidente da coletividade,José Carlos Moura, falou nestes termos: «a Festa do Porco Bísaro já é uma imagem demarca de Paredes do Rio e do próprio concelho. Uma vez que nos lançamos na produçãode porco bísaro faz todo o sentido que esta tradição não caia no esquecimento». Umevento que enche de vaidade quem organiza: «temos todo o orgulho em mostrar aosvisitantes e às gentes da terra que ainda sabemos fazer as coisas e realçar na aldeia umgrande espírito de grupo». Uma «equipa de trabalho fenomenal», destaca o jovempresidente para de seguida referir: «alegra-me muito ver gente desta terra que está emFrança, em Lisboa ou no Porto a marcar na sua agenda esta data para estarem presentese, acima de tudo, participarem. Precisamos da iniciativa das pessoas e vontade de trabalhare só com este esforço é que se consegue marcar a diferença e demonstrar a todo o paísque as nossas tradições, as nossas aldeias e Montalegre ainda estão vivos».

Tradição comunitária no Barroso

XIII Festa do Porco Bísaro em Paredes do RioVoltou a cumprir-se a tradição na aldeia ecomuseu de Paredes do Rio,

concelho de Montalegre, com mais uma “matança do porco” de raça bísara.Uma tradição comunitária que juntou dezenas de curiosos em volta de umevento promovido pela associação local, com o apoio da Câmara Municipalde Montalegre.

CRIAÇÃO DE UM CENTRO DE DIANo discurso que proferiu, José Carlos Moura traçou o diagnóstico da associação:

«durante o ano temos sete funcionários remunerados e mais de 50 pessoas que vãotrabalhando voluntariamente. Esta casa vive do voluntariado. Continuamos a trabalhar avertente cultural em datas específicas mas a vertente social é trabalhada todos os dias».É com «muito esforço que temos mantido esta casa aberta», esclarece. Uma porta abertacom «cabeça erguida e com muito orgulho». Um espírito que empurra a direção daassociação para outros projetos: «há gente com necessidades, gente que precisa deapoio, carinho, gente que precisa de ser acolhida, por isso estamos com um projeto adesenvolver que é criar um Centro de Dia». Um desafio que pede apoios: «necessitamosde fazer o alargamento desta sala onde nos encontramos. Esta sala até nas vertentesculturais é pequena para recebermos tantos amigos e visitantes. Para fazermos o apoioaos nossos velhos será necessário melhorar as infraestruturas. Não estamos aqui parapedir dinheiro! Estamos aqui para pedir o apoio, a boa vontade e que nos descubram umaforma de financiamento para que possamos levar este projeto para a frente e prestar esteserviço social que é uma obrigação de todos nós».

«PAREDES DO RIO MARCA PONTOS AO LONGO DO ANO»Por sua vez, o presidente da Câmara de Montalegre enalteceu o trabalho desenvolvido

pela associação local ao longo destes anos: «Paredes do Rio marca pontos ao longo detodo o ano. Pelo menos é uma rota com cinco eventos diferentes. São oportunidades devisitarem esta aldeia ecomuseu com espírito participativo onde aparecem muitos visitantesao ponto de estas instalações já estarem a ficar exíguas». Orlando Alves reconhece odinamismo existente nesta aldeia plantada no Parque Nacional da Peneda Gerês (PNPG):«há aqui dinâmica que é muito importante para o quotidiano das nossas populaçõesrurais. Há nesta localidade quem sabe organizar». Um «exemplo que tem que ser seguidopelas restantes populações», destaca o presidente da autarquia. O edil sublinha que «háquem olhe para Paredes do Rio com uma pontinha de inveja e até d a entender que opoder politico está muito virado para estas localidades. A verdade é que estamos ondeestá a dinâmica e onde há gente a trabalhar para o bem comum. Tem sido um bomexemplo ao longo dos anos e que felizmente já está a ser seguido por outras localidades.

Goleada históricaSem problemas, o Montalegre cilindrou um Atei inexperienteForam dez golos que o Montalegre marcou à 10ª jornada. O Atei surgiu a defender mal

– falhou nas marcações e com pouca agressividade. A super goleada com duas mãoscheias de golos começou a desenhar-se bem cedo – Na sequência de um canto, Badará,o avançado Senegalês faz o desvio para golo. Menos de dez minutos depois, mão dentroda área e Abreu faz de grande penalidade o 2-0. Depois cruzamento perfeito de LeonelFernandes e Badará aumenta a vantagem para 3-0. Ao intervalo 3-0 e estava tudo decidido.Mas o pior para o Atei viria na etapa complementar. Num excelente cabeceamento Abreufaz o 4-0. Zack bisa também no encontro e o próprio Bruno Madeira também bisou emapenas quatro minutos. No último quarto de hora Badará e Abreu fecharam as contas deum jogo que terminou com dez – zero, uma das maiores goleadas da história do CDCM.O Atei tem muito a melhorar no aspecto defensivo, já o Montalegre somou a oitava vitóriaconsecutiva e parece estar imparável rumo ao título…!

por: Nuno CarvalhoF U T E B O LCampeonato Distrital A. F. Vila Real – 10.ª Jornada - 07-12-2014

Estádio Dr. Diogo Vaz PereiraARBITRO: António Carvalho auxiliado por Mário Monteiro e Jorge Silva

Montalegre 10 - Atei 0AO INTERVALO: 3-0

Golos : Badará (11, 24, 79) , Abreu (20,49,85) , Bruno Madeira (65 e 89) ,Zack (56 e 60)

R. Central, Edifício Igreja Nova, nº 77 - A, Loja 3

JORNAIS e REVISTASLIVRARIA – MATERIAL ESCOLAR

SALTO

PAPELARIA MILÉNIOPAPELARIA MILÉNIO

À CONSIDERAÇÃO DOS NOSSOS PREZADOS ASSINANTESDevido a problemas levantados no banco, a pretexto de que são normas da

CEE, solicitamos aos nossos prezados assinantes e anunciantes que,sempre que nos passem cheques NÃO ENDOSSÁVEIS, o façam em nome doproprietário do jornal, Bento Gonçalves da Cruz.

Muito obrigado.

Prof. Orlando Alves, Salto; 100,00 euros; Manuel Fernando A. Sousa, Amares 50,00euros; Vicente Reis, Maia: 25,00 euros: Antonio Silva Lameiro - 15 euros; Manuel Piresda Graça 15 euros; Fernando Teixeira Domingues - 15 euros; Luis Barroso da Fonte - 20euros: João Machado Pereira - 15 euros; Jorge Morais Bernardes - 15 euros; Manuel daCosta Martins - 45 euros; Agencia Funerária Montalegrense - 16 euros;

memorandum

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CORREIO DO PLANALTO – 5

Câmara de Montalegre promove concelhono melhor Centro de Congressos da Europa

Alfândega do Porto

Mais de 20 expositores de fumeiro estiveram presentes, neste último fim desemana, no Centro de Congressos da Alfândega do Porto. Um desafio lançadopela Câmara Municipal de Montalegre a escassas semanas de mais uma ediçãoda Feira do Fumeiro. Uma presença que se revelou um sucesso a tal pontoque a organização aponta esta participação como a melhor de sempre.

Para os amantes da boa gastronomia foi obrigatório passar pela Alfândega do Portoneste último fim de semana. Um espaço nobre da cidade invicta onde quem entrou foi aoencontro de 3.000 quilos de fumeiro, espalhados por 24 expositores que mostraram osprodutos locais do concelho de Montalegre. O convite à gula foi tentador. Bom fumeiro, pãocenteio, mel, compotas...na decoração do espaço, cartazes de promoção de eventos queestão a chegar à capital barrosã: Feira do Fumeiro (22 a 25 janeiro), prova do Mundial deRallycross (24 a 26 abril) e as três “Sexta 13” agendadas para o próximo ano (fevereiro,março e novembro).

«PORTO FOI CONQUISTADO PELA BOCA E PELO ESTÔMAGO»A romaria ao interior do Centro de Congressos da Alfândega do Porto, considerado um

dos melhores da Europa, começou cedo. Um local com elegância que convence o maisexigente. Opinião unânime recolhida nos produtores que aplaudiram a escolha da CâmaraMunicipal de Montalegre. Um fim de semana de festa e de ponto de encontro de barrosões.Foi fácil encontrar abraços e sorrisos. Concertinas com o grupo “Sons do Rio” e os “TriBô”,grupo que prima pela qualidade. Houve de tudo um pouco por entre muita cavaqueira eboa disposição. Momentos de alguns reencontros por entre boa comida e bebida. Umcontexto de sucesso que deixou o vice-presidente da Câmara de Montalegre com osentimento de dever cumprido numa missão vencedora: «penso que é convicção que oPorto foi conquistado pela boca e pelo estômago. Esta ânsia de provar o que de melhor hános sabores tradicionais e ancestrais que o concelho de Montalegre tem, penso que secumpriu». David Teixeira continuou com o relativo: «o espaço mudou e ganhou outradimensão, por isso a expetativa era grande».

«QUEM NÃO FOR EM VIVO TEM QUE IR EM MORTO!»O autarca está convicto que estamos perante «uma aposta ganha» a avaliar pelo

número de pessoas «que por aqui passaram». Segundo David Teixeira «o cruzar dapromoção turística dos grandes eventos do inicio do ano, com as “Sextas 13”, a Feira doFumeiro e o Campeonato do Mundo de Rallycross, integrados com este saborear a região,trará os seus frutos, novos públicos e reaviva aqueles que ouviram falar de Montalegre».No seguimento do raciocínio, o entrevistado lança uma analogia curiosa: «como jádissemos, Montalegre é um pouco como Santiago de Compostela... quem não for em vivotem que ir em morto! Nos apostamos que vão a Montalegre em vivos e a Santiago emmortos».

«ESPAÇO É PARA FIDELIZAR»Confrontado com o facto deste evento ter sido realizado sempre em locais diferentes,

o vice-presidente da Câmara de Montalegre acredita que chegou o momento de parar: «naminha opinião este espaço é para fidelizar. Vir ao Porto só faz sentido num sitio destes,ganhar maior densidade, conquistar a sala ao lado, trazer mais produtores e mais produtos.A justificação é simples: «porque Montalegre tem esse condão de arrastar muitos visitantessimplesmente pela qualidade dos produtos que vende». A quadra, defende David Teixeira,ajuda a potenciar esta aposta: «a época de Natal é boa, as famílias aproveitam parapassear e isso viu-se, vieram almoçar e aproveitaram para levar um produto diferente paraoferecerem a amigos. Temos aqui o espaço por excelência no Porto».

MERCADO DA SAUDADEPelo que observou, David Teixeira puxa pela experiência de Nanterre (França) ao

estabelecer um elo que liga um evento deste género: «encontramos aqui muita gente quejá não vai a Montalegre há muito tempo e acho que também temos a obrigação de vir aoencontro dessas pessoas. Dizer-lhes que são importantes para os canais decomercialização. Mais do que produzir muito é preciso vender bem e comunicar bem onome de Montalegre. Tínhamos feito o ano passado a experiência em Lisboa, no mercadode Benfica, e percebemos que há muita gente que já não vem a Montalegre há muitosanos. Aqui no Porto a realidade não é bem essa, mas sente-se que quem está aquimantém uma relação com Montalegre e uma necessidade de provar os sabores fortes danossa gastronomia».

DIÁSPORA BARROSëA diáspora barrosã é o elo mais forte que temos de promoção», afirma o jovem

autarca. Na ótica do vice-presidente do município de Montalegre «este evento deve crescer,deve talvez antecipar para sexta-feira, e durante esse dia fazia sentido desafiar osempresários hoteleiros do Porto a virem aqui aprender alguma coisa da qualidade dos

produtos, da forma como se podem confecionar, não só de maneira tradicional mastambém criativa».

EVENTOS EM PROMOÇÃOA servirem de decoração ao espaço estiveram vários cartazes alusivos a eventos que

irão decorrer ao longo do próximo ano. Destaque para a Feira do Fumeiro (22 a 25 janeiro)que teve publicidade sob vários formatos o mesmo sucedeu com a “Sexta 13” que teráuma gorda convocatória para 2015: fevereiro, março e novembro. Merece igual referênciaa lona gigante que lembra a prova do Campeonato do Mundo de Rallycross que Montalegrevolta a receber na abertura da próxima temporada (24 a 26 abril). Um formato que agradou,sendo uma forma extraordinária de divulgação de outras ações.

TEM A PALAVRA

Domingos Afonso - (proprietário do restaurante concelhio)

«Esta participação foi bastante positiva. O objetivo não é propriamente o lucro mas simrepresentar o nosso concelho. Em colaboração com o município contribuímos para umadivulgação muito mais forte e apoiamo-nos mutuamente. Estou satisfeito e agradeço oconvite à Câmara Municipal de Montalegre. É bom trazer o nome de Montalegre por esteMundo fora e dar a conhecer o nosso produto que é de qualidade. Até os nossos emigrantes,através destes eventos, conseguem sentir a nossa terra. Foi mais um passo positivo donosso município que está no bom caminho. Tivemos aqui uma equipa de 20 pessoaspreparados para receber como recebemos, servindo cerca de 500 refeições. Foi muitoesforço, muitas deslocações, mas vejo nisto um resultado a longo prazo, no futuro eestamos cá para colaborar».

Padre Fontes

«Gostei muito deste espaço que é enorme, tem acessos fáceis e condigno, ideal parauma feira muito maior do que esta que estamos a fazer. A ideia é boa. Talvez fossenecessário mais publicidade organizada que atingisse a cidade toda e escolher dias emque não haja jogos de futebol. Foi uma grande oportunidade divulgar as concertinas deParedes do Rio, o fumeiro do Gerês até ao Larouco, o mel das nossas serras e o artesanato.São oportunidades de promoção daquilo que tem valor e qualidade. Vale a pena apostarnestas feiras com tanta qualidade e variedade. Haja mais feiras e mais oportunidadespara que os feirantes ganhem a vida sem pagarem muitos impostos. A queimada aqueceu,aproximou, bebeu-se e creio que não sobrou. Quem não teve oportunidade de vir deve terficado com água na boca».

Gouveia Santos - (Diretor Geral da Alfândega do Porto)

«Foi uma experiência muito interessante, estou muito contente com esta situação. Aideia que nós todos temos, que o povo português tem sobre Montalegre e o Barroso é detradições, qualidade, de cultura, do padre Fontes. São ícones que têm muito peso e muitaimportância. Aqui na Alfândega do Porto, que é uma plataforma giratória onde se encontrammuitas gentes de muitos países, gostaríamos que, concretamente o Norte, tivesse aoportunidade de afirmar aquilo que tem de mais interessante e importante. Acho quetemos aqui um intercâmbio muito saudável, sob o ponto de vista cultural, gastronómico,sociológico e económico. A nossa disponibilidade é absoluta para continuar com este tipode iniciativas, não só com Montalegre mas com todas as cidades que entendam que vir aoPorto pode ser uma forma de divulgar com mais qualidade e com maior eficácia os seusprodutos e que os devem valorizar para, no futuro, receberem mais gente, turistas nacionaise internacionais. Fomos considerados o melhor centro de congressos da Europa e issonão é por acaso. Aqui há qualidade. É fundamental a continuação desta parceria para queas pessoas saibam que nesta época, mais semana ou menos semana, vai haver aquieste evento de Montalegre. Uma situação esporádica não queria tantas sinergias quantoaquelas que se podem decorrer de um evento que acontece anualmente. É importanteque as pessoas saibam que estão aqui os produtos de Montalegre».

Filipe Trindade - (Diretor de Marketing da Alfândega do Porto)

«A ideia foi trazer um bocadinho de Montalegre à cidade do Porto e aos portuenses edar a conhecer, neste edifício histórico e muito conhecido na cidade do Porto, a tradição deMontalegre. Está a ter sucesso e, tornando este feito anual, vai fazer com que os portuensescomecem a conhecer bastante Montalegre. Nós gostamos muito de fumeiro, da tradição eda gastronomia transmontana, portanto, tem todos os ingredientes para ter sucesso».

Joaquim Santos - (Piloto)

«Foi uma brilhante ideia promover aqui estes produtos das terras barrosãs deMontalegre, que são muitos, variados e bons. Estou ligado ao desporto automóvel e aorallycross e tenho sido sempre muito bem acolhido em Montalegre. Coloquei aqui a minhaviatura em exposição com muito gosto porque tenho uma estreita relação com esta gente.Fui convidado para almoçar aqui e com todo o gosto aceitei».

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6 – CORREIO DO PLANALTO

PS questiona o Governo sobre a falta de médicos internistasIvo Oliveira e Agostinho Santa, deputados do Partido Socialista eleitos pelo distrito

de Vila Real, questionaram o Ministro da Saúde sobre a falta de médicos internistasno Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), uma situaçãodenunciada recentemente pela Ordem dos Médicos considerando que “devido àescassez de profissionais em medicina interna, não conseguiria garantir a segurançae qualidade assistencial, pondo em causa as boas práticas médicas e colocando emrisco a saúde dos doentes”.

Na pergunta ao Ministro, os deputados recordam que “de acordo com a dotaçãoprevista pela Administração Central dos Sistemas de Saúde, o serviço para o CHTMADdeveria ser constituído por 55 a 57 médicos, sendo aceitável que 25% sejam internosem formação. Neste momento, existem 26 especialistas e 13 internos em formaçãoem medicina interna – uma especialidade considerada nuclear nas unidadeshospitalares”.

“A escassez de recursos é de tal forma grave que o Conselho de Administraçãoresolveu cancelar, de forma unilateral, o gozo de férias aos médicos desta especialidadedurante o mês de dezembro de forma a tentar garantir o preenchimento de escalas”,sublinham os parlamentares do PS.

O CHTMAD, cuja área de influência direta é de cerca de 270 mil habitantes, comelevada prevalência para idosos, é constituído pelo Hospital de S. Pedro (em VilaReal), com urgência polivalente, o Hospital de Lamego, com urgência básica, o Hospitalde Chaves, com urgência médico-cirúrgica, o Hospital de D. Luís (em Peso da Régua),com serviço de urgência básica, e a Unidade de Cuidados Continuados e Convalescença,em Vila Pouca de Aguiar.

“De acordo com o denunciado pela Ordem dos Médicos, em três destas unidadesque compõem o CHTMAD, os internistas realizam horas extraordinárias em excesso,existindo casos de profissionais a fazerem 80 a 100 horas extras por mês o querepresenta uma carga horária inaceitável, incapaz de garantir a qualidade e segurançada prestação de serviços sem colocar em risco a saúde dos doentes”, destacam osdeputados.

Considerando que “para minimizar esta situação, é necessário que o Ministério daSaúde envide todos os esforços, para que sejam desbloqueados os processos relativosà contratação de profissionais das diversas áreas”, os eleitos socialistas pelo distritode Vila Real querem saber se tem o Ministério da Saúde conhecimento desta situação.

Ivo Oliveira e Agostinho Santa pretendem ainda saber “como pretende o Ministérioda Saúde pôr termo a esta carência de profissionais no CHTMAD” e “quais os esforçosrealizados pelo Ministério da Saúde, de forma a desbloquear os processos relativos àcontratação de profissionais das diversas áreas para este Centro Hospitalar”.

X CONGRESSO NACIONAL | PS ELEGE NOVOS ÓRGÃOSDecorreu nos dias 29 e 30 de novembro na FIL em Lisboa o XX Congresso Nacional

do Partido Socialista onde foram eleitos os novos órgãos nacionais e também o novoPresidente do Partido, Carlos César.

Na reunião magna foram eleitos para a Comissão Nacional os seguintes militantesdo distrito de Vila Real: Ana Daniela Alves (Vila Real), Ana Isabel Dias (Montalegre),Ana Luísa Monteiro (Boticas), Brigite Gonçalves (Chaves), Ema Gonçalo (Valpaços),Fernando Rodrigues (Montalegre), Gilberto Igrejas (Vila Real), Helena Pavão (Sabrosa),Humberto Cerqueira (Mondim de Basto), Luís Azevedo (Alijó), Luís Ribeiro (Peso daRégua), Nuno Coelho Chaves (Chaves), Nuno Vaz Ribeiro (Chaves) e Rui Vaz Alves(Ribeira de Pena). O Presidente da Federação Distrital do Partido Socialista de VilaReal, Francisco Rocha tem lugar por inerência na Comissão Nacional.

Foram ainda eleitos, em reunião da Comissão Nacional, Ascenso Simões e RuiSantos como membros da Comissão Política.

O novo secretário-geral António Costa apelou, no decorrer dos trabalhos, aossocialistas para que unidos devolvam a confiança aos portugueses. Salientou aindaque o PS estará atento aos problemas das pessoas. “O que nos é pedido, o quetemos de fazer é estarmos atentos aos problemas efetivos dos portugueses.

Nova lei do alojamento local entrou em vigorO Governo reformulou a nova lei do alojamento local que regula os apartamentos

espalhados pelo país que substituem o quarto de hotel.A nova Lei do Alojamento Local entrou em vigor a 26 de Novembro, de acordo com

o Decreto-Lei publicado sexta-feira, 29 de Agosto, em Diário da República.São considerados estabelecimentos de alojamento local aqueles que prestem

serviços de alojamento temporário a turistas, mediante remuneração.Podem ser: moradia, apartamento e estabelecimentos de hospedagem. Presume-

se existir exploração e intermediação de estabelecimento de alojamento local desdelogo que ele seja publicitado, disponibilizado ou objecto de intermediação, por qualquerforma, entidade ou meio, nomeadamente em agências de viagens e turismo ou “sites”da internet.

A capacidade máxima dos estabelecimentos de alojamento local, com excepçãodos qualificados como “hostel”, é de nove quartos e 30 utentes.

Todos os estabelecimentos de alojamento local que estiverem registados têm que,obrigatoriamente, ter afixado, no exterior, junto à entrada principal, uma placaidentificativa do mesmo.

Além disso devem dispor de livro de reclamações.Estão previstas coimas a partir dos 50 euros, podendo chegar aos 35 mil euros. A

infracção mais grave é o facto da oferta, disponibilização, publicidade e intermediaçãode estabelecimentos de alojamento local não estarem registados ou estarem comregistos desactualizados. Já a não afixação no exterior da placa identificativa doestabelecimento é considerada uma contra-ordenação menos grave.

A legislação é dirigida a quem tenha quartos ou apartamentos para alugar a turistasou pretenda abrir um hostel. Os quartos têm de ser declarados às Finanças e osedifícios devem mostrar junto à entrada principal uma placa identificativa de alojamentolocal. Os proprietários devem dirigir-se às respetivas câmara municipais paraconseguirem a licença.

A CLDS+Barroso (Contratos Locais de Desenvolvimento Social MAIS) promoveu maisuma iniciativa junto da comunidade. Desta feita, dirigiu-se à escola Dr. Bento da Cruz, emMontalegre. Perante um público jovem, faminto por novidades, desafiou a plateia a partirde dois exemplos que são casos de sucesso no concelho de Montalegre: Carlos Medeiros,proprietário da empresa “Único no Momento” e Paulo Santos, responsável pela marca“Padre Fontes”.

“SHARK TANK” DE MONTALEGREA coordenar a apresentação esteve Sílvia Martins, técnica do Eixo 1, emprego formação

e qualificação da CLDS+Barroso, onde explicou que «o objetivo principal desta sessão foiapresentar casos de sucesso para os alunos terem a consciência de que é possívelcriarem o seu próprio posto de trabalho e também outros». Acrescentou ainda que «épreciso que eles percebam que é possível, que é uma alternativa viável e, por isso,apresentei dois casos de sucesso, de pessoas que também já passaram por esteestabelecimento de ensino, que estão a desenvolver projetos pessoais e profissionaisaqui em Montalegre». Sílvia Martins referiu também que foi apresentado «um programaque vai começar em janeiro, o “Shark Tank” de Montalegre. A ideia é que os alunos criemum “pitch” do seu negócio, ou seja, uma apresentação sumária de cinco minutos com oobjetivo de despertar interesse e vender a sua ideia de negócio». A equipa tem aindaprevistas mais duas sessões com os alunos, na Escola B/S Dr. Bento da Cruz, Montalegre,e também na Escola B/S do Baixo Barroso, Venda Nova, para desenvolvimento decompetências. A técnica da CLDS+Barroso frisou ainda que depois de tudo estarestruturado «os melhores projetos serão premiados». Nesse sentido, rematou, «estamosà espera que haja participação e onde vamos tentar motivá-los e captar a sua atenção e,com isso, recolher ideias inovadoras e criativas».

Uma equipa da CLDS+Barroso(Contratos Locais de DesenvolvimentoSocial MAIS) esteve na escola Bentoda Cruz, Montalegre, para lançar umdesafio aos estudantes do ensinosecundário: a criação de projetosempreendedores.

Numa fase inicial o objetivo passapelos jovens interessados avançaremcom as suas próprias ideias denegócio.

Desafio lançado na escola Bento da Cruz, Montalegre

CLDS+Barroso desafia alunos empreendedores

Luís Caeiro, em nome da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), foi um dosoradores da sessão levada a cabo pela Cooperativa Agrícola do Barroso. Uma sessãocom alguns temas pertinentes como é o caso das candidaturas aos subsídios do PRODER(2014/2020), o processo de reconhecimento da nova OPP de Montalegre (sanidade animal)e a proposta para a criação de agrupamentos de produtores para comercialização depequenos/grandes ruminantes. Ao convite não responderam muitos agricultores, um factoque se lamenta dado que foram explicadas as linhas de apoio agrícola para os próximostempos.

DESAPARECE O REGIME DE PAGAMENTO ÚNICOO elemento da CAP considerou que «embora ainda seja preciso fazer muitas afinações,

em relação ao próximo Plano de Desenvolvimento Rural (PRODER), vai manter-se, maisou menos, o mesmo regime de ajudas que havia». Todavia, há alterações: «o Regime dePagamento Único desaparecerá mas haverá um sistema mais ou menos equivalente eas pessoas não vão ficar prejudicadas com esta mudança, muitas delas ainda serãobeneficiadas». Na mesma linha, afirmou: «até 31 de dezembro os agricultores têm que sedeslocar às suas associações de forma a procederem ao preenchimento de umadeclaração para que depois, no próximo ano, possam fazer a candidatura comohabitualmente no período indicado para o efeito».

«NOVA OPP SÓ DEPENDE DA ADESÃO DOS AGRICULTORES»Finda a sessão de esclarecimento, a direção da Cooperativa Agrícola do Barroso

(CoopBarroso) aproveitou para transmitir o ponto de situação relativo ao reconhecimentoda Organização de Produtores Pecuários (OPP) de Montalegre. O presidente da cooperativaanunciou que o processo já está na Direção Geral de Veterinária (DGV). Rui Duarte explicou«no passado dia 22 de novembro estivemos com o Diretor Geral de Veterinária onde lhemanifestamos pessoalmente a nossa intenção. Ele comunicou-nos que desde que a leifosse cumprida que não há nenhum impedimento». O jovem líder da Cooperativa Agrícolado Barroso aproveitou para apelar aos agricultores que manifestem essa intenção «juntodas suas associações ou a partir do próximo dia 15 de dezembro nas instalações daCooperativa Agrícola do Barroso (CoopBarroso), onde podem preencher as fichas de pré-adesão

O auditório do pavilhão multiusos de Montalegre foi palco para uma sessãode esclarecimentos promovida pela Cooperativa Agrícola do Barroso. Nãoforam muitos os que assistiram a temáticas interessantes como os novoscaminhos que devem ser seguidos no PRODER 2014/2020.

Cooperativa Agrícola do Barroso promove sessãode esclarecimentos junto dos agricultores

Notìcias breves - Notìcias breves - Notìcias breves- Notìcias breves

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CORREIO DO PLANALTO – 7

NOTÍCIAS DE SALTO

Integrado no programa da XIII Festa do Porco Bísaro de Paredes do Rio, acomitiva visitou as instalações da Coopbísaro (Cooperativa Agrícola dosProdutores de Suínos da Raça Bísara de Paredes do Rio). Estendidas por umaárea de três hectares, as obras estão perto da conclusão. Para já há cerca de20 animais. A ideia é produzir centenas por ano.

Integrada na XIII Festa do Porco Bísaro

Visita às instalações da Coopbísaro(Paredes do Rio)

Padre Pedro Rei Alves apresenta CD musicalO grupo “DABAR” apresenta nos próximos dias 27 e 28 de Dezembro o seu primeiro

CD, “Jardineiro de Sonhos”, em dois concertos orantes nas igrejas paroquiais de Salto eVila da Ponte. Este grupo é constituído por nove elementos, o Pároco destas paróquias,Pe Pedro Rei Alves e jovens das suas anteriores paróquias que se dispuseram a evangelizare alimentar a fé através da Música. O nome “DABAR” é um termo hebraico que significaPalavra, dai que tenha sido escolhido para representar a banda, é esse o objectivo serPalavra de Deus, acolhida, vivida, rezada e comunicada através da Música. Assim asmúsicas procuram falar de experiências concretas de vida, inspiradas e/ou relidas naPalavra de Deus. Assim nasce o título do CD “Jardineiro de Sonhos”, o título de uma dasmúsicas mas também o lema da Banda, ser capaz de cultivar a Palavra e fazê-la florir navida de cada um. Uma palavra de vida e de ressurreição, tal como Jesus, que é confundidopor Maria Madalena com o Jardineira na manhã de Páscoa, também nós podemos serJardineiros de uma nova vida através da Palavra “DABAR” que cantamos.

História da Banda e do CD…Este CD nasce de uma caminhada de natural da Banda…A ideia da banda nasceu durante a JMJ Madrid 2011, onde participaram alguns membrosda banda e a partir daí foram nascendo as músicas e também convidando mais elementos,em 2012 animam um encontro Arciprestal de jovens, no Douro II, com as primeiras músicase com a boa recepção nasceu então verdadeiramente o Grupo Dabar, que se apresentapela primeira vez em Dezembro de 2012 com um concerto orante… desde essa alturarealizaram cerca de duas dezenas de concertos orantes pela Diocese de Vila Real … ocontacto com outro projecto da Diocese “Mendigo de Deus”, fez nascer a ideia do CD quecomeçaram a gravar em Janeiro com a ajuda do mentor desse projecto, o Rui Pinto, quefoi o produtor deste trabalho.

Que a Palavra de Deus, “DABAR”, alimente e ressoe em todos os corações e quesintam sempre o seu aroma, o das rosas do Jardineiro de Sonhos, Jesus Cristo…

Comissão de Festas – Jantar e ContasNo dia 12 de dezembro, a Associação 15 de Agosto, realizou a sua habitual Ceia de

Natal. Aproveitou para apresentar as contas referentes à Festa da Senhora do Pranto quese realizou, no dia 15 de agosto e que movimentou verbas a rondar os cinquenta e cincomil euros.

Das receitas a destacar: o peditório feito na vila que rendeu 22.710 euros, nas restantesdezanove aldeias, cerca de 15 mil, o donativo da Junta de Freguesia de 6.727 euros e aFábrica da Igreja, 2 mil e quinhentos euros.

As maiores despesas foram: os conjuntos musicais e o artista, vinte mil; o fogo-de-artifício, dez mil e a iluminação seis mil euros.

Os elementos da Junta de Freguesia e o padre Pedro Rei Alves, estiveram presentese enalteceram o trabalho feito pela Comissão e prometeram continuar a dar todo o apoiopara a realização dos eventos festivos da freguesia.

Banda Filarmónica de SaltoAcaba de ser constituída e publicado o seu Ato Societário no Portal do Ministério da

Justiça da “Banda Filarmónica de Salto, Associação Recreativa e Cultural”.É uma Associação que visa desenvolver e expandir a música em toda a região do Baixo

Barroso e promover atividades recreativas e culturais, especialmente na Freguesia deSalto. Tem a sua Sede na Casa do Capitão e tem o número de pessoa coletiva 513335943.Os sócios fundadores são: Sílvio Magalhães e Luís Vinhais.

Festa de Natal da EscolaFoi no dia 16 de dezembro que o Ecomuseu da Casa do Capitão se encheu de brilho

e alegria, com todas as crianças da freguesia de Salto e do Baixo Barroso para celebrarema sua Festa de Natal.

O palco do auditório abriu com canções de natal e uma coreografia idealizada por umacriança da turma, Carolina Fernandes. Houve teatro, danças, e duas artistas da bandafilarmónica; Maria Morgado e Daniela Barroso tocaram, em flauta transversal e trompete,a canção Gingo Bel.

Terminou com a visita do Pai Natal com prendas para todos, oferecidas pela autarquiae um lanhe convívio levado pelos pais e encarregados de educação.

Centro de Gestão AgrícolaO Centro de Gestão Agrícola, com sede em Salto, presta serviço aos agricultores do

concelho de Montalegre e dos vizinhos concelhos do Minho, em tudo o que à agriculturadiga respeito: na área de projetos agrícolas e candidaturas aos subsídios agrícolas eoutros apoios.

Tem neste momento, treze funcionários a trabalhar nas suas instalações em Salto.Deu início a um Curso de Formação Profissional de Tratadores de Equídeos para

dezasseis formandos, com a duração de 150 horas.Chegou ao fim, o Curso de Proteção de Ruminantes e Equídeos, em Transporte de

Curta Duração, para dezasseis formandos.Decorrem a recolha de assinaturas de agricultores para a adesão da nova OPP –

Organização de Produtores Pecuários de Montalegre, recentemente criada, o prazo terminano dia 31 de dezembro.

Ecomuseu – Espaço do CidadãoA Camara Municipal de Montalegre autorizou a aquisição de uma parcela de terreno

para implantação da “Ampliação da Casa do Capitão”, para uma área de reservas. Esta éuma necessidade, pois são cada vez mais os objetos oferecidos e não havia local para osguardar condignamente.

Este museu continua a ser muito visitado. No dia 15 de dezembro, um Grupo de Teatrodo Porto deu um espetáculo para os alunos das Escolas.

Também, trinta elementos do Destacamento de Trânsito da Brigada da GNR de Braga,o visitaram.

Aqui, funciona o Espaço do Cidadão que trata de vária documentação, assim como:renovar a carta de condução, alteração de morada no Cartão do Cidadão, pedido dedocumentos, certidões, etc.

Breves:

- A Junta de Freguesia ofereceu “Cabaz de Natal” a famílias carenciadas da freguesia,com verba doada por um benemérito da terra, emigrante no Canadá;

- Cerca de cinquenta pessoas da freguesia de Salto, participaram no “Almoço dosConjurados” que se realizou, no dia seis de dezembro, nos Pisões e que festejou o 374ºaniversário da restauração da Independência (1 de dezembro de 1640);

- Padre Manuel Alves que durante vários anos paroquiou a freguesia ofereceu fotos de1959-1963, (escola e catequese) ao ecomuseu;

- Há “Pensar” Xadrez, às quartas, durantes as férias de natal, no ecomuseu, organizaa R. Social da Casa Rural (Corva);

- A Associação Nacional de Criadores de Gado de Raça Barrosã faz a Ceia de Natal, dia19 de dezembro, em Salto;

- Loba apareceu morta, por atropelamento, na estrada 311, junto ao cruzamento paraBagulhão;

- Os lobos mataram cinco cabras e um bode, numa exploração em Pomar de Rainha;

Deixou-nos: José Maria Antunes dos Santos, 92 anos (Golas).

A poucos dias do Natal, sugerimosalguns livros de autores trans-montanos!!!

O livro com o prémio Diário de No-tícias "O Lobo Guerrilheiro", de Ben-to da Cruz, e o primeiro volume de"Etnografia Transmontana", do padreAntónio Fontes, ambos deMontalegre;

E ainda "Contos no Terreiro ao Luarde Agosto", de Julia Guarda Ribeiro,autora moncorvense, e "Contos queminha mãe me contava...", de Anto-nio Cangueiro, de Miranda do Douro.

Um Feliz Natal e um Bom Ano para todos os nossos leitores

Bonito Presépio em SALTO

Page 8: CORREIO DO PL ANAL TO · (Continua na pág. 2) (Continua na pág. 2) CORREIO DO PL ANAL TO ... deseja Feliz Natal e um Ano Novo repleto de ... a uma criança pelo Natal. Em “sapatinho

8 – CORREIO DO PLANALTO

por: Maria José Afonso

MONTALEGRE

O Presidente da Câmara Municipal de Montalegresaúda nesta quadra festiva os Barrosões, onde quer que se encontrem

e a todos deseja um santo e feliz Natale um Ano Novo 2015 recheado de esperança e prosperidade.

E que o espírito cristão do Natal, feito de amor e paz, inunde o lar e o coraçãode todos, particularmente dos mais frágeis e socialmente desprotegidos.

Montalegre, 09 de Dezembro de 2014

O presidente da Câmara

Manuel Orlando Fernandes Alves

Feira do Fumeiro de Montalegre regressa de 22 a 25 JaneiroDe 22 a 25 de Janeiro próximo realiza-se a XXIV edição da Feira do Fumeiro de

Montalegre, que marca assim o regresso do “São João das Chouriças”. Serão quatrodias de festa daquele que se assume como o maior cartaz gastronómico da região ecomo “rainha das feiras do fumeiro”.

Começou julgamento de sexagenário de Meixedo, Montalegre acusado dematar a irmã e ter esfaqueado a mãe admitiu no Tribunal de Vila Real oscrimes, apesar da “névoa” que alegou ter sentido na altura e mostrou-searrependido.

O julgamento do arguido, um emigrante de 65 anos, começou dia 20 de novembro noTribunal de Vila Real.

O arguido é acusado de um crime de homicídio qualificado, pela morte da irmã de 61anos depois de seis facadas, e por um homicídio na forma tentada, por ter ferido a mãe de85 anos também com uma arma branca.

Os factos ocorreram em março, na aldeia de Meixedo, concelho de Montalegre.Ao coletivo de juízes, o arguido admitiu os crimes e mostrou-se “muito arrependido”.Os dois irmãos não falavam há três anos devido a desentendimentos por causa das

áreas comuns das suas casas vizinhas.O arguido referiu nunca ter discutido com a irmã, mas afirmou que esta o provocava.Naquele dia, disse ter ido às compras e que, ao regressar a casa, encontrou o carro da

irmã mal estacionado na área comum, tendo-lhe pedido para retirar a viatura o que amulher não fez.

Contou ainda que a irmã o chamou de “sujo e ladrão”, uma provocação que acaboucom a agressão. A mãe ao ouvir os gritos veio à rua e acabou por ser também atacada,tendo ficado na altura com alguns ferimentos e internada durante alguns dias no Hospitalde Chaves.

Apesar das manobras de reanimação, a irmã, professora reformada, não resistiu aosferimentos, tendo o óbito sido confirmado no local.

O arguido alegou ter sentido, na altura, “uma névoa”, “como se estivesse a sonhar”,referindo não se lembrar de muita coisa, como quantas facadas desferiu sobre a irmã ouque caminhos percorreu quando fugiu de carro.

Depois, referiu ter “acordado” em Braga, de onde ligou à mulher e ao único filho e foi afamília que o foi buscar e o levou às instalações da Polícia Judiciária de Vila Real.

Lamentou “a desgraça, a tragédia” que destruiu pelo menos duas famílias e disse terperdido a noção do estava a fazer.

“Gostava que me perdoassem”, sublinhou, referindo-se à mãe e aos sobrinhos.Durante a tarde de hoje vão ser ouvidas as testemunhas de acusação e o julgamento

prossegue no dia 27 de novembro.

Exposição de presépios na Biblioteca MunicipalAté 9 de Janeiro, podem ser vistos vários exemplares de presépios de natal nas

instalações da Biblioteca Municipal.Esta iniciativa conta com a colaboração de alguns utentes de Associações e Lares da

3ª Idade.

«Por um Natal especial para quem mais precisa»«Por um Natal especial para quem mais precisa» é o lema da campanha de recolha

de bens alimentares, promovida pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntáriosde Montalegre (AHBVM) e Clube de Ciclismo de Montalegre.

«Pretendemos recolher o maior número de alimentos possível e distribui-los pelas

famílias carenciadas.» Refere António Eduardo Santos, presidente da Direcção da AHBVM.A campanha teve início no mês de Dezembro e quem se quiser associar, pode deixar

os produtos alimentares nas instalações dos Bombeiros de Montalegre.

Autarcas acusados de abuso de poder entre 2008 e 2010O Tribunal de Chaves começa a julgar dia 15 de dezembro o ex-presidente da Câmara

de Boticas e o actual autarca num processo relacionado com os crimes de abuso depoder e falsificação que remonta a 2008, 2009 e 2010.

O caso envolve Fernando Campos, ex-presidente da Câmara de Boticas eleito peloPSD, e Fernando Queiroga, antigo vereador e atual presidente deste município do distritode Vila Real.

Segundo anunciou a Procuradoria-Geral Distrital (PGD) do Porto em abril, os “factosremontam aos anos de 2008, 2009 e 2010 quando dois dos arguidos, presidente evereador do município de Boticas, usaram os seus poderes para conceder apoio àinfraestruturação de um edifício pertencente a uma cooperativa”.

Na altura, citando um despacho do Ministério Público (MP) de Boticas, a Procuradoriareferiu que as obras em causa, no valor de 29.818,50 euros, terão sido “sustentadas numsimulado procedimento de obra pública de alargamento de artéria e de pavimentaçãodos respetivos passeios”.

A acusação do MP de Boticas contra Fernando Campos (ex-presidente da autarquia,eleito pelo PSD), um vereador e um terceiro arguido foi deduzida a 12 de Fevereiro. Pela“obra realizada pela autarquia em propriedade privada” é imputada a dois arguidos aprática de um crime de abuso de poderes e a um terceiro um crime de falsificação.

Na nota disponibilizada em abril na página da internet, a PGD referiu que “os arguidosrequereram todos a abertura de instrução, entretanto instaurada”.

Devido à lei de limitação de mandatos Fernando Campos não se pôde recandidatar àCâmara de Boticas, tendo sido substituído nas últimas autárquicas pelo seu vice-presidente e vereador, Fernando Queiroga.

BOTICAS

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