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Análise Química - Modulo I – Ap. 1 Escolas Padre Anchieta – Curso Técnico em Química - Prof. José Eduardo Stringaci 1 ANÁLISE QUÍMICA QUANTITATIVA TEORIA TÉCNICO EM QUÍMICA ESCOLAS PADRE ANCHIETA – Jundiaí/SP MÓDULO 1 Prof.: José Eduardo Stringaci 2012

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Análise Química - Modulo I – Ap. 1

Escolas Padre Anchieta – Curso Técnico em Química - Prof. José Eduardo Stringaci 1

ANÁLISE QUÍMICA

QUANTITATIVA

TEORIA

TÉCNICO EM QUÍMICA

ESCOLAS PADRE ANCHIETA – Jundiaí/SP

MÓDULO 1

Prof.: José Eduardo Stringaci 2012

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Análise Química - Modulo I – Ap. 1

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ANALISE QUÍMICA - 1º Modulo

SEGURANÇA EM LABORATÓRIO

1 – INTRODUÇÃO

A segurança de um modo genérico traduz uma certa “confiança” para o lugar onde se trabalha. Há inúmeras formas de segurança na vida.

Toda forma de proteger-se e prevenir-se, trata-se de segurança Todas atividades executadas em laboratório, pelos analistas, que oferecem risco, deverão ser realizados

com a utilização de equipamentos adequados. Laboratórios são as partes primordiais em industrias, estabelecimentos de ensino, de pesquisa e de saúde.

Os riscos existentes nestes locais são numerosos e nos últimos anos têm proliferado manuais, códigos de procedimentos sobre segurança, onde se constata a preocupação com aspectos da organização, administração, legislação de segurança e saúde dos trabalhadores e classificação de microorganismos patogênicos.

A incidência de acidentes e doenças entre as pessoas que trabalham em laboratórios torna evidente a necessidade de difusão de técnicas de segurança no trabalho, já que a experiência tem demonstrado que a inocuidade do trabalho neste tipo depende, basicamente de boas praticas laboratorial.

Geralmente as condições de trabalho são inseguras, principalmente pelo lay-out inadequado e ausência de equipamentos de proteção, quer coletivo (EPC), que os individuais (EPI).

Organização e Limpeza são armas contra os riscos nos laboratórios.

2 – TIPOS DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO

� Em um laboratório os principais equipamentos de segurança são:

Os individuais: EPI Os coletivos: EPC � Óculos de segurança de ampla visão Chuveiro de emergência

� Protetor facial Lava-olhos (pia ou individual)

� Avental de trevira Capela com exaustão e pia

� Avental de raspa Saída de emergência

� Luvas de raspa Extintores de incêndio classe A, B, C, D

� Luvas de látex/borracha

� Protetor auricular tipo concha ou plugs descartável

� Mascaras para gases ou pós

� Pipetador automático

� Luvas de amianto

� Avental de manga longa

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3 – USOS DOS EQUIPAMENTOS

Alem das medidas preventivas necessárias na fonte dos riscos, em muitos casos é preciso proporcionar ao pessoal equipamento de proteção individual que compreenda desde avental até proteção completa da cabeça (olhos, ouvidos, face), tronco e extremidades.

A proteção dos olhos com óculos de segurança é uma das medidas mais necessárias quando a possibilidade de pequenas explosões é grande, devido ao perigo de apresentarem pedaços de vidro ou respingos de compostos químicos. Em casos especiais que se utilizem luz ultra violeta em trabalhos analíticos, são necessários óculos especiais.

Os equipamentos de proteção coletiva são usados quando o risco pode afetar mais de uma pessoa. Nos casos de explosões ou respingos, o equipamento pode variar desde uma barreira simples até um isolamento completo (cabines) cuja operação é feita pelo lado externo (capelas). Também são necessários enclausuramentos completos nos casos de trabalhos com radiações ionizantes ou em laboratórios de Microbiologia com segurança máxima.

Quando o risco constitui-se em gases, vapores ou aerodispersóis é preciso usar algum sistema de ventilação. Se os contaminantes não são perigosos, pode-se usar ventilação geral, que serve para diluir os gases.

A velocidade mínima do ar de captação na face (ou entrada do ar) em cabines ou capelas deve ser de aproximadamente de 0,5 m/s (o valor pode ser aumentado conforme a periculosidade dos vapores).

Cada equipamento possui a sua utilização especifica:

EQUIPAMENTOS UTILIZAÇÃO

Óculos de segurança de ampla visão Uso constante durante a execução de analises, preparo de soluções, mesmo na lavagem de material.

Protetor facial Uso durante diluição de soluções, fusão/ebulição de materiais, descarte de reagentes e soluções

Avental de trevira Uso em lavagem de material em geral (banho de ácidos, soda, etc.).

Avental de raspa Uso em queima de material (mufla, autoclave, forno).

Luvas de raspa Uso durante manuseio de produtos aquecidos, queima de material, digestão de proteína.

Luvas de látex Uso durante lavagem de material, manuseio de reagentes líquidos (ácidos, bases, etc.).

Protetor auricular tipo concha ou plugs Uso em lugares de ruído constante.

Mascaras para gases ou pós Uso no manuseio de peneiramento de produtos pós e abertura de frasco com vapores.

Pipetador automático Uso em sucção de liquido (pipetagem).

Luvas de amianto Uso no manuseio de material quente em mufla.

Avental de manga longa Uso constante do analista em laboratório.

Chuveiro de emergência Uso para enxaguar um derramamento de produtos químicos sobre a pessoa.

Lava-olhos (na pia ou em garrafas individuais) Uso para enxaguar os olhos de uma pessoa que sofreu acidente com produto químico.

Capela com exaustão e pia

Uso para manipulação de quase tudo em laboratório desde descarte de soluções, reações químicas com desprendimento de vapores tóxicos, queima de material, diluição de soluções, etc.

Saída de emergência Uso para evacuação de pessoas do recinto.

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Extintores de incêndio classe A, B, C, D

Uso para combater incêndios em alguns níveis, levando em conta a classe de material: A – tecidos, papel, madeira (água pressurizada ou espuma). B – líquidos inflamáveis (pó químico, espuma ou CO2). C – parte elétrica (pó químico ou CO2). D – elementos pirofóricos (pó químico especifico para cada material).

4 – ARMAZENAGEM E LOCALIZAÇÃO dos EPI’s e EPC’s NO LABORATORIO

Deve-se possuir um armário identificado como material de EPI’s, não trancado pôr chave e dividido, cada tipo de EPI no seu lugar e cada lugar para seu tipo de EPI. O armário deve estar localizado em uma área de acesso fácil, não obstruída.

Os equipamentos devem estar ao alcance de todos que trabalham no recinto, bem como a todas as pessoas que entrarem para visitas e circularem no laboratório, deverão estar usando os equipamentos básicos de EPI’s.

Os EPI’s podem estar constantemente com a pessoa que o utiliza, desde que esteja sempre a mão quando necessitar (não deixar que o seu armário ou gaveta se utilize dos EPI’s).

Os EPC’s devem estar localizados em pontos coerentes com o ambiente de trabalho e de fácil acesso, pôr isso quando montar um laboratório deve-se ter em mente o tipo de trabalho executado, o numero de pessoas que circularão no recinto.

Os pontos de EPC’s devem ser bem identificados e do conhecimento de todos os usuários, como se utilizar e garantir que o funcionamento de cada EPC esteja correto. A verificação de funcionamento e manutenção periódica dos EPC’s faz com que não ocorra um acidente muito mais grave do que já esta ocorrendo quando precisar do seu uso.

Os pontos de utilização de EPI’s devem ser também identificados (ex.: pôr cores, números, símbolos ou outra forma de aviso ao usuário) no laboratório, todos devem ter sido treinados para isso.

Todas as áreas que são envolvidas para segurança devem ser demarcadas, identificadas e estarem livres (não obstruídas) para acesso.

5 – MEDIDAS DE PREVENÇÃO

Fala-se em segurança objetivando a identificação para as operações de causas de acidentes e formas de preveni-los e evita-los.

Num laboratório pode-se tomar as seguintes medidas de prevenção: � Estabelecer normas de segurança para as operações costumeiras que se fazem no laboratório, mediante

analise de risco de cada atividade (deve-se ter em mente que operação é um conjunto de atividades efetuadas para obter determinado objetivo. Se as atividades que compõem uma operação são muitas e/ou diferentes, é conveniente fazer analises de sub-operações).

� Estabelecer controle direto sobre equipamentos ou substancias novas ou excepcionalmente perigosas, com uma planificação prévia.

� Instruir o pessoal novo, e periodicamente todo o pessoal, em normas de segurança. Este treinamento deve compreender também conhecimentos específicos sobre os diferentes trabalhos que se fazem no laboratório.

Alem das medidas mencionadas, são igualmente aplicáveis os princípios de controle dos riscos recomendados para a industria em geral.

As prevenções dos acidentes devem ter como complementação indispensável, uma atividade preparatória para minimizar as lesões quando ocorre um acidente. Esta atividade inclui a elaboração de instrução sobre procedimentos em emergência, a instrução em primeiros socorros.

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6 – POSTURA E CONDUTA NO LABORATÓRIO

Normas técnicas do trabalho de laboratório - Conselhos Gerais

Para que o trabalho de laboratório seja eficiente, produtivo, deve ser realizado com métodos, asseio, calma, prudência, reflexão, delicadeza e muita atenção.

Os trabalhos práticos devem ser executados com todo o rigor de técnica a fim de que os resultados sejam dignos de confiança.

Num laboratório de química não se fala alto, não se interrompe o trabalho para conversas inúteis. Caso contrario prejudicará o raciocínio. Não se tumultua também o ambiente de trabalho.

Os seguintes conselhos podem ser considerados como mandamentos do trabalho de laboratório:

1. Em principio, desconfiar de tudo; não tocar em aparelhos desconhecidos; não manipular reagentes de cujas qualidades não se esteja absolutamente ciente; verificar antes de qualquer operação a montagem do aparelho; sempre ler todo procedimento de analise e verificar se há todo material disponível para executar a marcha analítica.

2. Não trabalhar encostado ao balcão ou mesa de trabalho. Recomenda-se o uso de avental manga longa, sapatos

fechados, cabelos longos presos.

3. Não respirar qualquer gás ou vapor, produzidos em experiências. Nunca levar tubos ou frascos ao nariz para cheirar e nem fazer provas de odor com fortes aspirações. Verifica-se o odor a distancia com precaução, desloque o “ar” com a mão, para a sua direção, os vapores que se desprendem do frasco. Um conselho e um alerta há gases que não tem odor e são venenosos quando puros, como o hidrogênio, o qual quando preparado com zinco e ácido sulfúrico impuros adquire odor desagradável, devido ao arsenito de hidrogênio e gás sulfídrico, os quais são gases venenosos.

4. Não aquecer bruscamente qualquer substancia sólida ou liquida, sempre com moderação e cautela.

5. Nunca perder de vista um aparelho em funcionamento, mas também não chegar muito próximo aos olhos.

6. Ter o máximo de cuidado com as torneiras de gás do laboratório. 7. Trabalhar sempre com pequenas quantidades de reagentes, não só pôr economia, mas porque há casos que o

excesso de um deles pode conduzir a resultados falsos. Alem disso previne-se contra acidentes. 8. Nunca servir-se de um frasco de reagentes sem antes ler cuidadosamente o rotulo. 9. Não deixar frasco de regentes abertos. 10. Ter sempre ao alcance uma torneira de água, papel absorvente ou pano para limpar as mãos. 11. Ao se utilizar de uma solução, agitar o frasco para haver uma homogeneização da mistura. 12. Não gastar reagentes desnecessariamente. 13. Não soprar pipetas volumétricas ou graduadas que possuam uma faixa estreita e uma larga ou três faixas da

mesma cor na parte superior do código ou perto do local de aspiração. Há modo especial para fazer o escoamento ( escoamento parcial ).

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14. As pipetas volumétricas ou graduadas que possuam duas faixas na parte superior do código ou perto do local de aspiração devem ser sopradas até a ultima gota ( escoamento total ).

15. Usar bureta ou pipeta com sistema especial de sucção, ao trabalhar com soluções tóxicas ou corrosivas. 16. Não usar a mesma pipeta para soluções diferentes. 17. Não aquecer sob qualquer hipótese soluções em balões volumétricos. 18. Nunca repousar as rolhas dos frascos de produtos líquidos sobre a bancada, sempre segura-los na mão ou vira-

los com a rosca para cima sobre um papel toalha. 19. Utilizar a capela de exaustão quando houver desprendimento de gases tóxicos, irritantes ou de cheiro

desagradável. 20. Neutralizar ácidos / bases / óxidos antes descarta-los ou que sejam usados para recuperação. 21. Fazer sempre o uso de frascos apropriados para descartes de solventes. 22. Trabalhar longe de chamas quando manipular inflamáveis. 23. Se o liquido contido em um recipiente ou um frasco inflamar-se acidentalmente (pelo seu ponto de fulgor),

cobrir calmamente a boca do frasco ou recipiente com a própria tampa ou um vidro de relógio. 24. Quando aquecer um liquido em um tubo de ensaio, segura-lo com a pinça de madeira e nunca manter a boca do

tubo virado para o seu rosto ou de seu colega. Manter o tubo sempre em movimento. 25. Em qualquer trabalho seguir rigorosamente a técnica e observar se há restrições. 26. Trabalhar sempre em ambiente ventilado naturalmente ou pôr sistema de refrigeração central e bem iluminado. 27. Estar atento quanto a fragilidade do material de vidro e de porcelana. Manuseá-los com cuidado. 28. Manter o lugar onde trabalha sempre limpo e organizado, para facilitar a procura de materiais e reagentes. 29. Não confiar na memória, sempre ler o método e anotar sempre tudo que for observado para posterior estudo de

causas e melhorias. 30. Observar a técnica de manipulação da balança sabendo-se o que não se deve fazer ao pesar substancias. 31. Nunca guardar material sujo. Quando lavá-los sempre passe água destilada em abundância como ultimo

enxágüe. 32. Quando diluir ácidos concentrados, deve-se sempre derramar cuidadosamente o acido sobre a água pela parede

do recipiente, agitando freqüentemente com o bastão, estando o recipiente em banho de água gelado com gelo,

pois há um aquecimento espontâneo da reação. (nunca derramar a água sobre o acido, pois ocorrerá uma reação

violenta).

33. Em caso de acidente, manter a calma, buscando socorro médico se necessário. 34. Nunca realizar experiências sem prévio estudo e planejamento. 35. Localize os extintores de incêndio e familiarize-se com o seu uso e as rotas de fuga.

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36. Certifique-se do bom funcionamento dos chuveiros de emergência e lava-olhos periodicamente. 37. Não fume nas dependências do laboratório. 38. Não jogue nenhum material sólido na pia ou ralos do laboratório, use o lixo. 39. Sempre trabalhe com óculos de proteção nas dependências do laboratório. 40. Ao manipular tubos de vidro que serão introduzidos em rolhas de borracha, lubrifique-o com um pouco de

silicone e se utilize a luva de raspa para fazer o serviço. 41. Ao sair do laboratório lave as mãos sempre. 42. Não levar a mão nos olhos ou na boca durante a execução de experimentos. 43. Não comer, beber, dentro do laboratório ou mesmo durante as analises. Tenha sempre um lugar reservado para

isso. 44. Ao se retirar do laboratório, verifique se não há torneiras (água ou gás) abertas. Desligue todos os aparelhos da

tomada, deixe todo equipamento limpo e lave as mãos.

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7 - SINALIZAÇÃO – Identificação nos Setores

Comumente é utilizado vários tipos de produtos em laboratório, industrias e outros setores. Para uniformizar algumas áreas a ABNT montou um sistema de cores que identifica o tipo de produto que

está sendo utilizado. Contudo também foram desenvolvidas placas de identificação, pôr sinais ou símbolos que ajudam na

organização do ambiente. As placas também são utilizadas em transporte rodoviário de produtos químicos perigosos. A cor, assim como a forma, influencia no uso e no consumo. Ela deve ser usada nos laboratórios como:

� Complemento das medidas de higiene � Conforto visual � Indicações técnicas

Na vida diária, a seleção de qualquer material para o uso ou para consumo, é feita inicialmente pela forma e pela cor: fruta madura, roupa limpa, maquina nova, revista, brinquedos, etc. Em quase todas as atividades humanas, as cores associam-se aos fenômenos e desempenham um papel de extrema importância. As cores apresentadas possuem os seguintes significados:

� Azul: cor fria, calma, repousante, sonífera. � Amarelo: cor quente, alegre. � Laranja: cor quente, estimulante. � Púrpura: cor triste e calmante. � Rosa: repousante, ligada a fragilidade. � Vermelho: cor quente, desperta entusiasmo, dinamismo, violência e ação. � Violeta: cor melancólica, depressiva.

De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT – NBR-6493 (1994), as seguintes cores deverão ser utilizadas nas tubulações ou tanques, dentro e fora dos laboratórios/industrias, assim como em áreas em comuns:

outras normas: • NBR 13193 – tubulações de gases industriais • NBR 7485 – tubulações de Usinas/refinarias • NBR 7195 – cores para segurança

� Vermelho: combate ao incêndio � Verde: água � Azul: ar comprimido � Amarelo: gases não liquefeitos � Laranja: ácidos � Lilás: álcalis � Preto: inflamáveis e combustível de alta viscosidade � Alumínio: inflamáveis e de baixa viscosidade � Cinza claro: vácuo � Cinza escuro: eletrodutos � Branco: vapor

Todas as tubulações que fazem parte de transporte de líquidos e gases, terão também setas que indicam o sentido do fluxo do material transportado, onde pode-se estar escrito o constituinte na etiqueta utilizada. A

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tubulação pode estar fazendo a comunicação a vários metros de distancia do tanque original, recomenda-se de que a cada um metro seja pintado a cor condizente com o produto, sendo necessário apenas uma faixa de 30 cm pintada.

Nas áreas internas de um laboratório é comum em vários setores usarmos diferentes EPI’s conforme o tipo de analise a ser executado, uma forma fácil de lembrar quais são os EPI’s que devem ser utilizados durante a analise, é a identificação do local ou no equipamento, por adesivos dos tipos de EPI’s afixados nestes.

Abaixo como exemplo segue idéias dos adesivos que podem ser usados, são de cor fundo azul e desenho branco respeitando as normas de sinalização:

Os adesivos por outro lado são uma forma de garantir a segurança do individuo no local para o risco de

acidentes, isso ajuda muito a não haver uma negligência do “não sabia que devia usar” ou “esqueci de usar” quando for responder a um CAT (Controle de Acidente de Trabalho) ou uma RAI (Relatório de Acidente Interno) que fazem parte da investigação da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) ligada a segurança do trabalho.

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8 – ARMAZENAGEM DE REAGENTES Os reagentes devem estar localizados em local de fácil acesso, acondicionados em prateleiras resistentes e firmes, dentro de armários especiais ou armários de alvenaria com ventilação, longe da umidade e calor. Ao armazenar um reagente deve-se conhecer sua natureza, propriedade de incompatibilidade e local especifico de armazenagem. Ao arrumar uma “drogaria” deve, se possível separar os reagentes por natureza, em ordem alfabética, tomando o cuidado com a incompatibilidade mesmo entre as mesmas naturezas. A natureza das substancias podem ser: acidas, bases, sais, óxidos, inflamáveis, gasosas, sólidas, liquidas.

Alguns conceitos de classificação das substancias quanto a: a) Apresentação no mercado químico:

SOLUÇÕES PRONTAS (reagentes já preparados diluídos) – são soluções compradas no mercado químico conforme a sua necessidade de uso e concentração. É comum adquirir essas soluções para facilitar e agilizar o trabalho.

São comumente compradas: soluções tampão de potenciômetro, ampolas de metais para EAA, solução de acido ou base para titulação e outras finalidades, soluções indicadoras.

Todas as soluções para análise química quantitativa já possuem concentração conhecida e fator de correção já padronizados.

Essas soluções devem ser respeitados os prazos de validade e a armazenagem conforme instruções do fornecedor. As soluções prontas devem vir acompanhadas de laudo de garantia de analise.

REAGENTES PUROS, p.a. (líquidos ou sólidos) – são os produtos que compramos no mercado químico, concentrado, de pureza conhecida, com certificado de analise, ficha de segurança de transporte, e ficha de informações de segurança do produto químico (FISPQ). b) Inflamabilidade e limites dos reagentes:

PONTO DE AUTO-IGNIÇÃO : é a temperatura mínima em que ocorre uma combustão, independente de

uma fonte de calor. Ex: Álcool = 510ºC ; Naftalina = 567°C ; Acetileno = 335°C

PONTO DE COMBUSTÃO: é a menor temperatura em que vapores de um liquido, após inflamarem-se

pela passagem de uma fonte de calor, continuam a arder pôr 5 segundos, no mínimo.

PONTO DE FULGOR (IGNIÇÃO, FLASH POINT) : é a menor temperatura em que um liquido, libera

quantidade de vapor para formar uma mistura com o ar, passível de se inflamar pela passagem de uma fonte de

calor. A chama dura no mínimo 1 segundo. Ex.: Álcool = > 9ºC; Naftalina = > 88ºC.

Calor

Comburente – O2

Combustível

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� Limite inferior de inflamabilidade: quantidade mínima de combustível, gases ou vapores que está

no ar para que se inflamem, ao passar uma fonte de calor. Ex.: Acetileno = 2,0% ; Álcool = 3,3%

� Limite superior de inflamabilidade: quantidade máxima de combustível, gases ou vapores, que está

no ar para que se inflamem, ao passar uma fonte de calor.

Ex.: Acetileno = 82,0%

Álcool = 19,0%

c) Periculosidade (simbologias padrão): os símbolos de risco e manuseio para o transporte e armazenagem de materiais obedecem ao disposto nas NBR’s 7500 – 8286 e 9735 da ABNT, O.I.T. – Organização Internacional do Trabalho e C.C.E. – Comissão da Comunidade Européia.

AGENTES OXIDANTES (O) : comburentes, são agentes químicos que desprendem oxigênio e favorecem a combustão. Ex.: Oxigênio, Nitrato de potássio, Peróxido de hidrogênio.

SUBSTÂNCIAS CORROSIVAS (C): são agentes químicos que causam destruição de tecidos vivos e/ou materiais inertes. Ex.: Ácido Sulfúrico, Acido Nítrico, Ácido Clorídrico.

SUBSTÂNCIAS EXPLOSIVAS (E): são agentes químicos que pela ação do choque, percussão, fricção, produzem centelhas ou calor suficientes para iniciar um processo destrutivo através de violenta liberação de energia. Ex.: Nitroglicerina.

LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS (F) : são agentes químicos que, a uma temperatura entre 21°C e 55ºC, desprendem vapores inflamáveis. (F+) – extremamente inflamável, manter longe de fontes de calor, faíscas, centelhas e

chamas. (21ºC e 55ºC). Ex.: Hidrogênio, Etino, Éter Eltilico.

(F) – Facilmente inflamável, manter longe de fontes de calor, faíscas, centelhas e chamas. (< 21ºC). Ex.: Benzeno, Etanol, Acetona.

SUBSTÂNCIA IRRITANTES (Xi): são agentes químicos que podem produzir irritações na pele, olhos e sistema respiratório. Ex.: Cloreto de cálcio, Carbonato de sódio. SUBSTANCIA NOCIVA (Xn): são agentes químicos que pôr inalação, absorção ou ingestão, produzem efeitos de menor gravidade. Ex.: Etanal, Cloreto de potássio, Diclorometano.

SUBSTÂNCIAS TOXICAS (T+ ou T): são agentes químicos que ao serem introduzidos no organismo pôr inalação, absorção ou ingestão, podem causar efeitos graves e até a morte. Ex.: Cianureto, Nicotina, Trioxido de arsênio, Metanol, Monóxido de carbono, Cloreto de bário.

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DANOSO PARA O MEIO AMBIENTE (N) : Não descartar no solo, rios ou provocar emissão no ar. Dispor de maneira adequada para coleta.

RADIOATIVO : Evitar contato. Pode causar queimaduras, graves efeitos carcinogênicos, alterações genéticas. Somente deve ser manipulado por pessoal habilitado e autorizado.

d) SUBSTÂNCIA QUÍMICA: é todo agente que contém uma atividade potencial intrínseca, capaz de interferir no

sistema biológico levando a um dano, lesão, ou injuria, quando absorvido pelas diversas vias de penetração (nariz,

pele, boca).

Possíveis formas físicas que as substancias podem se apresentar no ambiente:

d.1) POEIRA : são partículas sólidas que podem se apresentar em suspensão no ar, geradas de materiais orgânicos

ou inorgânicos, como rochas, minérios, metais, carvão, madeira, produzidos pôr desintegração, trituração,

pulverização, e impacto. Elas não de difundem no ar, sedimentam-se. Maior que 0,5 micras de diâmetro.

d.2) FUMOS: são partículas sólidas geradas pela condensação de compostos metálicos, geralmente após

volatilização de metais fundidos. Menor que 0,5 micras de diâmetro. Ex.: Óxidos metálicos (ZnO, CuO, FeO).

d.3) FUMAÇAS: partículas de carvão e fuligem (queimadas das matas e velas).

d.4) NÉVOA: gotículas resultantes da dispersão de líquidos – ação mecânica – mais 0,5 micras de diâmetro.

d.5) NEBLINA: são partículas liquidas em suspensão no ar, formadas pela passagem rápida do ar nos líquidos ou

pela condensação de umidade atmosférica em torno de moléculas de gases ou vapores.

d.6) VAPORES: são formas gasosas das substancias que estão normalmente no estado sólido e liquido, em

possível equilíbrio com sua fase liquida e que podem voltar ao seu estado natural pôr aumento ou diminuição da

temperatura.

d.7) AEROSSÓIS: partículas sólidas ou liquidas dispersas pôr um longo período de tempo no ar.

d.8) LIQUIDAS: partículas com maior facilidade de queimar e ser absorvidas por contato. Cuidados com o

derramamento em bancadas.

d.9) SOLIDAS: partículas de tamanho considerável visualmente, que podem ser deixadas sobre a bancada por

descuido e entrar em contato com a pele, algumas são deliquescentes (ficam liquidas) ao ar.

e) TOXICIDADE : quantidade mínima da substancia química necessária para matar um animal em mg/kg

corpóreo. Simbologia LD50

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9 – MEDIDAS DE CONTROLE PARA O ARMAZENAMENTO DE PR ODUTOS QUIMICOS

Devem ser armazenados os produtos químicos perigosos em condições tais, ajustadas a sua propriedade e características inerentes, que garantam a seguridade e que estejam na conformidade com os critérios estabelecidos. Entre os produtos químicos com propriedades e características típicas neste sentido se incluem:

� líquidos inflamáveis � gases inflamáveis � produtos químicos tóxicos � produtos químicos corrosivos � produtos químicos que em caso de incêndio produzem fumos altamente tóxicas � produtos químicos que em contato com a água geram gases inflamáveis � produtos químicos oxidantes � explosivos � produtos químicos instável � sólidos inflamáveis � gases comprimidos

Os produtos químicos que são de efeitos cancerígenos, mutagênicos, teratogênicos para a saúde, devem ser

armazenados em locais reservados e devem ser estritamente controlados. Existem numerosas normas, orientações, relativos a armazenagem de determinados produtos químicos a

granel ou contidos em pequenos recipientes. A utilização de tais recipientes, como pôr exemplo tambores, cilindros, caixas ou sacos, estes tipos de recipientes contribuem com interação de produtos químicos com outros produtos químicos. O perigo maior são de incêndios, de emissão constante de gases ou resíduos de combustão. Os incêndios são causas de grande parte dos incidentes e acidentes, que se produzem durante as atividades de armazenamento e que provocam danos e lesões. Tendo presentes estes aspectos essenciais, se podem descrever alguns procedimentos de controle para assegurar a proteção dos analistas, trabalhadores, combinando com qualquer das medidas seguintes:

a) A compatibilidade e o armazenamento separado dos produtos químicos:

Deve-se manter separados os produtos químicos em contato com outros produtos poderiam ter reações dando origem a outros produtos instáveis ou nocivos ou gerando calor. Os produtos químicos oxidantes devem ser mantidos em separados dos líquidos inflamáveis e de outros produtos químicos inflamáveis, devido a sua reatividade e a sua tendência de gerar calor.

b) As quantidades máximas toleradas dos produtos químicos armazenados: Se trata de impor limites as quantidades de produtos químicos que apresentem determinadas propriedades e características, a fim de limitar os efeitos de um acidente ou incidente de não se utilizar todo o estoque antes do prazo de validade.

c) As condições de seguridade e vias de acesso adequadas as áreas de armazenamentos:

Deve-se proibir o acesso de pessoa não autorizado ou mesmo não treinadas ao reconhecimento dos produtos químicos. E também fontes de ignição e calor.

d) O lugar seguro da área de armazenamento:

A fim de reduzir os acidentes, se devem manter essas áreas de armazenamento separadas das áreas de processo, dos locais que se encontram pessoas e de outras áreas de armazenamento, quando se tratam de

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tanques e reservatórios. O armazenamento em laboratório deve ser em armários arejados, secos e em constante limpeza, tendo sempre a separação de reagentes em uso dos reagentes em estoque.

e) Na fabricação ou no uso:

Ter a índole e a integridade do serviço sem desperdício e mal uso de quantidades.

f) A carga e descarga, manuseio e descarte: Em condições de segurança dos técnicos. Os critérios relativos ao equipamento adequado e o sistema de segurança devem ser sempre revistos em caso de duvidas, a informação técnica do produto deve ser levada em consideração, mesmo que já se conheça o produto. As precauções apropriadas contra as emissões de gases, incêndios, explosões e reações químicas acidentais. As precauções e formas de proceder adequadamente em caso de derrame.

g) Exigências relativas a temperatura, umidade e ventilação:

Estas exigências são especialmente importantes em casos em que a temperatura e a umidade ambiente são elevadas. As exigências relativas em ventilação devem impedir a formação de gases, vapores e fumos em dependências fechadas.

h) As exigências de etiquetas e identificações. As identificações dos frascos de reagentes preparados no laboratório, através dos rótulos, devem ser de fácil

entendimento mesmo para os leigos. i) Os procedimentos em caso de emergência. Todos os técnicos ou a maioria das pessoas de cada setor devem ter sido treinados e saber os procedimentos

básicos de emergência tanto para emergência de saúde como predial. k) As exigências relativas a possíveis trocas físicas e químicas dos produtos armazenados

Nunca armazenar produtos vencidos junto com os novos, respeitar os prazos de validade, sempre proceder o FIFO (First In First Out) primeiro que entre primeiro que sai.

l) Procurar saber sobre as alterações que podem ocorrer com os produtos químicos

Produtos expostos ou guardados por longo período, errado.

m) Sempre se utilize de um sistema de segurança. O treinamento de pessoas como brigadista de incêndio, primeiros socorros, as rotas de fuga, as sinalizações de segurança contribuem consideravelmente nas emergências do setor ou fabril.

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10 – MANUSEIO DE REAGENTES

Todos os reagentes de laboratório devem seguir os cuidados básicos de manuseio que já foram vistos até agora. Sempre tendo em mente que: qual a natureza do composto ácido, base, sais, óxidos; que tipo de periculosidade pertence; é incompatível com; nome do composto e formula são condizentes; que tipo de EPI’s e EPC’s devo utilizar.

Conforme foi visto anteriormente existe uma classificação para cada tipo de produto químico quanto a periculosidade que oferece, depois de confirmar a sua existência na drogaria ou consultando o catalogo de reagentes, veremos alguns passos para manuseá-los até o final de seu preparo ou mesmo para armazena-los corretamente e controlar seu estoque. 1º passo – Identificação da periculosidade – pelos símbolos abaixo identificar qual o tipo da substância. Muitos

frascos trazem um descritivo da periculosidade junto com os símbolos.

1 2 3 4 5 6

Legenda: 1 – Substância Explosiva 4 – Substância Nociva / Irritante 2 – Substância Oxidante 5 – Substância / Líquidos Inflamáveis 3 – Substância Tóxica 6 – Substância Corrosiva

1 2 3 4 5

6 7 8 9

As classes acima são os símbolos pertencentes ao transporte terrestre e que também são encontrados em

recipientes de portes grandes como, tambores, galões plásticos, bag in Box, contêineres. Legendas:

1 – Substância Explosiva 6 – Substância Oxidante 2 – Substância Gás Inflamável 7 – Substância Oxidante Peróxido Orgânico 3 – Substância Liquido Inflamável 8 – Substância Venenosa 4 – Substância Sólido Inflamável 9 – Substância Corrosiva 5 – Substância perigosa ao contato com umidade / água

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2º passo – Validade do Produto – os produtos trazem as datas de validade configurada de acordo com o país de

origem do produto, portanto as datas podem estar em formato estrangeiro (aaaa/mm/dd ou aa/mmm/dd). Todos os reagentes / produtos químicos devem ser acompanhados com o certificado de analise referente ao lote para efeito de auditoria e reclamação. Hoje por normas nacionais e internacionais todo o lote de reagentes devem vir acompanhado da ficha de informação de segurança do produto químico (FISPQ) determinado pela ABNT por normas internacionais e da data de validade e/ou fabricação, independente da sua origem, e a maioria deles têm validade por 5 anos. 3º passo – Quantidade de Reagente – deve-se saber qual será o volume a ser preparado (somente a quantidade

necessária para uso das analises) sem exagero, pôr isso verificar qual a freqüência do uso da solução dentro do mês (ou seja, quantas analises irão ser executadas no mês). Qual será o peso do soluto a ser utilizado. (lembrando-se do prazo de validade do produto químico inicial) 4º passo – Separação do material – vidrarias, materiais e equipamentos (EPI’s, EPC’s, equipamentos) que serão

utilizados segundo o procedimento de preparo do reagente. 5º passo – Padronização da solução – também conhecido como fatoração, é o calculo do fator de correção

utilizado para corrigir a Normalidade (N) ou a Molaridade (M) da solução em analises quantitativas, é um numero adimensional.

6º passo – Validade da solução – quando preparadas internamente deverá ser o melhor prazo dentro da

confiabilidade das analises. Normalmente a validade é dada de no máximo 30 dias, contudo leva-se muito em consideração os recursos analíticos, a pesquisa bibliográfica e a experiência do analista para uma melhor definição do tempo de validade da solução. Para as soluções prontas compradas no mercado químico respeitar os prazos de validade. 7º passo – Validade do Fator de Correção – para as soluções preparadas internamente é ideal que o fator seja de

no máximo de 15 a 30 dias para soluções de até 1N ou 1M de concentração, isso garante que as analises não serão executadas com soluções duvidosas quanto as concentrações, que são muito importantes nas analises de quantificações. Algumas das soluções não necessitam de fatores, pois não fazem parte das reações de quantificação. 8º passo – Armazenagem da solução – deve ser feito em recipientes adequados ao tipo de solução preparada,

seguindo o critério: a) Frasco Plástico – soluções alcalinas (NaOH, KOH, etc.), ácido fluorídrico, EDTA., etc.. b) Frasco de vidro âmbar – soluções ácidas (HCl, H2SO4, etc.), fosfatos, permanganatos, iodo, indicadores, misturas de solventes, etc.. 9º passo – Registro/identificação da solução – como critério de identificação há duas formas que podem ser

utilizadas internamente no laboratório: a) Diagrama de HOMMEL: O diagrama de Hommel, mundialmente conhecido pelo código NFPA 704 — mas também conhecido como diamante do perigo ou diamante de risco —, é uma simbologia empregada pela Associação Nacional para Proteção contra Incêndios (em inglês: National Fire Protection Association), dos Estados Unidos da América. Nela, são utilizados losangos que expressam tipos de risco em graus que variam de 0 a 4, cada qual especificado por uma cor (branco, azul, amarelo e vermelho), que representam, respectivamente, riscos específicos, risco à saúde, reatividade e inflamabilidade.

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Quando utilizada na rotulagem de produtos, ela é de grande utilidade, pois permite num simples olhar, que se tenha idéia sobre o risco representado pela substância ali contida. É uma simbologia bastante aplicada em vários países, no entanto sem obrigatoriedade. Diferentemente das placas de identificação, o diamante de HOMMEL não informa qual é a substância química contida no frasco, mas indica todos os riscos envolvendo o produto químico em questão.

Vermelho

Azul

Branco

Amarelo

Inflamabilidade

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b) Etiqueta personalizada: pode ser criada uma etiqueta interna que atenda as necessidades da

identificação/informações da solução, que deve ser afixado no frasco, (vide exemplo abaixo).

Todas as soluções preparadas devem ser observadas seu aspecto inicial no preparo, pois qualquer alteração

apresentada durante o armazenamento ou mesmo após o uso, antes de vencer o prazo de validade ou do fator de correção, esta deve ser descartada.

Todas as vidrarias devem ser limpas após o uso, com sabão neutro e escovação, não se deve deixar secar o liquido das analises ou soluções nos frascos, pelo menos coloque água e sabão dentro das vidrarias ou deixe-as em um recipiente com solução de sabão, de molho para posterior lavagem.

A lista seguinte trata da incompatibilidade de produtos químicos:

PRODUTOS QUÍMICOS INCOMPATÍVEIS

A presente lista, contém uma relação de produtos químicos que devido às suas propriedades químicas podem reagir entre si violentamente. Portanto, devem ser armazenados separadamente. A finalidade desta lista é proporcionar indicações para se evitar acidentes de laboratório.

SUBSTÂNCIA INCOMPATIBILIDADE COM

1. ACETILENO Cloro, Bromo, Flúor, Cobre, Prata e Mercúrio. 2. ACIDO ACETICO Óxido de Cromo (VI), Ácido Nítrico, Ácido Perclorico,

Peróxidos e Permanganatos., 3. ACIDO NÍTRICO Ácido Acético Anilina, Óxido de Cromo (VI), Cianeto

CONCENTRADO Hidrogênio, Carbono Sulfato, Líquidos e Gases combustíveis . 4. ACIDO OXÁLICO Prata e Sais de Mercúrio. 5. ACIDO PERCLORICO Anidrido Acético, Bismuto e Ligas de Bismuto, Álcoois,

Papel e Madeira. 6. ACIDO SULFÚRICO Potássio Clorato, Perclorato de Potássio. 7. ALUMÍNIO, COMPOSTOS DE Água. 8. AMONÍACO, GÁS DE LAB. Mercúrio, Cloro, Hipoclorito de Cálcio, lodo, Bromo,

Fluoreto de Hidrogênio. 9. AMONIO, NITRATO DE Acidos, Metais em pó, Líquidos combustíveis, Enxofre,

Substâncias organicas.

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Solução:___________________________________________ ____

F.M.:_____________ Concent:____________ Vencto: __ _______

Fc: __________ Vencto: __________ Data Preparo:___________

Analista:__________ T°C: ___________

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SUBSTÂNCIA INCOMPATIBILIDADE COM

10. ANILINA Ácido Nítrico, Peróxido de Hidrogenio. 11. BROMO Vide Cloro (item 14). 12. CARBONO ATIVO Hipoclorito de Cálcio e Oxidantes. 13. CIANETOS Ácidos. 14. CLORO Amoníaco, Acetileno, Butadieno, Butano, Metano, Propano,

Hidrogénio, Benzina de Petróleo, Benzeno, Metais em pó. 15. CLORADOS Sais de Amônia, Ácidos, Metais em pó, Enxofre, Sub-

stâncias orgânicas. 16. COBRE Acetileno, Peróxido de Hidrogênio. 17. CROMO (VI), OXIDO DE Ácido Acético, Naftaleno. Glicerina, Benzina de Pe-

tróleo, Álcoois, Líquidos combustíveis. 18. CUMOL, HIDROPEROXIDO DE Ácidos, orgánicos e inorgânicos. 19. FÓSFORO Enxofre, Compostos que contenham Oxigênio (exem-

plo Clorados). 20. FLÚOR Armazenar separadamente 21. HIDROCARBONETOS Flúor, Cloro, Bromo, Óxido de Cromo (VI), Peróxido (Butano, Propano, Benzeno, etc.) de Sódio. 22. HIDROGENIO, FLUORETO DE Amoníaco, Gás de laboratório em solução. 23. HIDROGENIO, PERÓXIDO DE Cobre, Cromo, Ferro, Metais, Álcoois, Acetona, Substâncias

orgânicas, Anitrometano, Substâncias combustíveis (sólidas e líquidas).

24. HIDROGÉNIO, SULFETO DE Ácido Nítrico fumegante, Gases oxidantes. 25. LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS Nitrato de Amônia, Óxido de Cromo (VI), Peróxido de Hidrogênio,

Ácido Peróxido de Sódio, Halogênios. 26. MERCURIO Acetileno, Amoníaco. 27. METAIS ALCALINOS Água, Tetracloreto de Carbono e outros Alcanos Halo-

genados, Dióxido de NO, Halogênios. 28. PRATA Acetileno, Ácido Oxálico, Ácido Tartárico, Compostos

de amônio. 29. POTÁSSIO Vide Metais Alcalinos (item 27). 30. POTÁSSIO, CLORATO DE Vide Clorados (item 15). 31. POTÁSSIO, PEROLORATO DE Vide Clorados (item 15). 32. POTÁSSIO, PERMANGANATO Glicerina, Etilenoglicol, Benzaldeido, Ácido Sulfúrico. 33. SÓDIO Vide Metais Alcalinos (item 27). 34. SÓDIO, PERÓXIDO DE Metanol, Etanol, Ácido Acético, Anidrido Acético, Benzaldeido,

Glicerina, glicol, Acetato de Etila, Acetato de Metila, Furfural. 35. IODO Acetileno, Amoníaco (gás de laboratório em solução).