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(Continua na pág. 2) (Continua na pág. 2) CORREIO DO PLANALTO Prolegómeno QUINZENÁRIO - ANO XXXIX - N. o 686 - 30 DEZEMBRO 2014 Director: Bento da Cruz - Editor: José Dias Baptista Preço Avulso: E 0,70 - Assinatura Anual: Território Nacional E 15,00 / Estrangeiro E 45,00 Mais de 1.000 pessoas no Multiusos 25 Anos de liderança socialista em Montalegre Videoclip “Comendo” promove Feira do Fumeiro 2015 Está no “ar” a paródia musical que promove a XXIV Feira do Fumeiro e Presunto de Barroso, evento que acontece de 22 a 25 de janeiro próximo. Montalegre volta, à semelhança de edições anteriores, a adaptar o sucesso musical do ano e a criar uma espécie de “hino” aos manjares da terra. Ao todo, mais de 100 pessoas fizeram parte desta mega produção. Montalegre já prepara a XXIV Feira do Fumeiro e Presunto de Barroso, cartaz que ocorre na vila de Montalegre de 22 a 25 de janeiro. Para impulsionar o certame, a autarquia aposta, tal como em anos anteriores, num videoclip à moda de Barroso, produzido pela Purple Media. Para a edição de 2015, foram reunidos condimentos únicos: mais de 100 pessoas no elenco e as fantásticas paisagens do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG). Durante dois dias de rodagem, Luis Pedreira deu vida a “Ti Henrique Capelas”, numa fiel comparação ao conhecido músico Enrique Iglesias. Os cenários exteriores têm enfoque no território do Baixo Barroso (Cabril, Fafião, Venda Nova e Salto) e os interiores tiveram lugar na cozinha tradicional no Ecomuseu de Barroso – Casa do Capitão. Um convite divertido, feito por gente hospitaleira, ao qual Portugal não pode deixar de responder afirmativamente. Gravações da paródia musical Comendo (Promoção da Feira do Fumeiro 2015) Centenas de militantes e simpatizantes do Partido Socialista de Montalegre celebraram 25 anos de governação contínua. Um convívio que decorreu no pavilhão multiusos, carregado de memórias e emoções. Para Fernando Rodrigues, presidente da concelhia local, trata-se de «um reconhecimento aos barrosões da grande confiança que sucessivamente têm manifestado no Partido Socialista, às suas equipas autárquicas, à Câmara, à Assembleia Municipal e às juntas de freguesia». Foi em clima de apoteose que foram celebradas as “bodas de prata” da liderança do Partido Socialista de Montalegre. O ano de 1989 marcou o início de uma caminhada que ainda hoje perdura. Desde o fundador, Esteves Moura, até ao atual presidente da autarquia, Orlando Alves, o perfume da rosa tem sido sinónimo de vitória no concelho. No “parabéns a você”, soltaram-se memórias e alguns desafios, desde logo, no ataque às próximas eleições legislativas. «MESMA FORÇA E MESMA DETERMINAÇÃO» No tom empolgado que o carateriza, o antigo presidente do município comentou: «o PS está em condições de dizer que tem uma grande implantação social que lhe permite prosseguir o desenvolvimento da nossa terra em grande consenso com os barrosões». No seguimento do raciocínio, acrescentou: «temos sido eleitos sucessivamente e cada vez por maior número de eleitores. Montalegre (PS - 25 Anos) (Continua na pág. 3) Contra ventos, marés, leis da física e do senso comum, resolvi ir passar o Natal à aldeia. Às ordens da minha companheira destes últimos 43 anos, saímos do Porto no próprio dia 24, post meridiem. Estava uma tarde pardacenta e fria mas sem nuvens. Bem instalado no lugar do pendura, eu observava a paisagem com uma curiosidade naturalista herdada de Plínio, o Velho, o qual, por amor à ciência, caiu na asneira de ir meter o nariz na erupção do Vesúvio de ano 79 da nossa era e lá ficou. Eu tive mais sorte. Fui lá 1934 anos depois e retirei ileso. Mas deixem- me que lhes diga. Não era eu que ia viver para a região de Nápoles. Sempre com a espada de Dâmocles suspensa por um fio sobre a cabeça, quem é que pode dormir tranquilo? Nunca pus a questão a nenhum napolitano. Mas estou mesmo a ouvir a resposta: “A espada de Dâmocles tanto nos ameaça a nós como a qualquer outro habitante do planeta.” Plenamente de acordo. Em todo o caso sinto-me mais seguro em Trás-os-Montes. Ao meu lado, ao volante, a patroa ia alegre e conversadeira. Nem imaginam como eu gosto de a ouvir. Pena é que ela nem sempre esteja disposta a conceder-me esse pequeno prazer da nossa vida íntima: conversar e rir. Enquanto a ouvia, eu arrastava os olhos pela coroa de píncaros que rodeiam o fundão de Cabeceiras de Basto. Vistos assim de longe, parecem dunas num deserto. Anda por aí uma gravura natalícia muito divulgada onde se vêem, num horizonte parecido com este, três camelos em fila guiados por uma estrela. São os Reis Magos a caminho de Belém. Há bocado vesti penas de pavão. Vou despi-las, antes que alguém mas arranque à má cara e me leve coiro e tudo. Eu nunca li a “Naturalis História”, de Plínio o Velho. Conheço-a apenas de pequenas citações. De modo que, a respeito de natureza, sou um “naturalista” de trazer por casa. Ainda nem sequer olhei os dentes a um camelo. Mas conheço-o de fotografia e do cinema. Estou precisamente a lembrar-me de um filme célebre, aparecido na década de 1960 e no qual brilham astros de primeira grandeza como Peter O`Toole, Omar Sharif, Alec Guinnese, Anthony Quinn. ATENÇÃO [email protected] CORREIO DO PLANALTO já pode ser lido em versão digital Consulte o site:

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(Continua na pág. 2)

(Continua na pág. 2)

CORREIO DO PLANALTO

Prolegómeno

QUINZENÁRIO - ANO XXXIX - N.o 686 - 30 DEZEMBRO 2014 w Director: Bento da Cruz - Editor: José Dias Baptista w Preço Avulso: E 0,70 - Assinatura Anual: Território Nacional E 15,00 / Estrangeiro E 45,00

Mais de 1.000 pessoas no Multiusos

25 Anos de liderança socialista em Montalegre

Videoclip “Comendo” promove Feira do Fumeiro 2015Está no “ar” a paródia musical que

promove a XXIV Feira do Fumeiro ePresunto de Barroso, evento queacontece de 22 a 25 de janeiropróximo. Montalegre volta, àsemelhança de edições anteriores, aadaptar o sucesso musical do ano e acriar uma espécie de “hino” aosmanjares da terra. Ao todo, mais de100 pessoas fizeram parte desta megaprodução.

Montalegre já prepara a XXIV Feira doFumeiro e Presunto de Barroso, cartazque ocorre na vila de Montalegre de 22 a25 de janeiro.

Para impulsionar o certame, a autarquiaaposta, tal como em anos anteriores, numvideoclip à moda de Barroso, produzidopela Purple Media. Para a edição de2015,  foram reunidos condimentosúnicos: mais de 100 pessoas no elenco eas fantásticas paisagens do ParqueNacional da Peneda-Gerês (PNPG).

Durante dois dias de rodagem, LuisPedreira deu vida a  “Ti Henrique Capelas”,numa fiel comparação ao conhecidomúsico Enrique Iglesias.

Os cenários exteriores têm enfoque noterritório do Baixo Barroso (Cabril, Fafião,Venda Nova e Salto) e os interiores tiveramlugar na cozinha tradicional no Ecomuseude Barroso – Casa do Capitão.

Um convite divertido, feito por gentehospitaleira, ao qual Portugal não podedeixar de responder afirmativamente.

Gravações da paródia musical Comendo (Promoção da Feira do Fumeiro 2015)

Centenas de militantes e simpatizantesdo Partido Socialista de Montalegrecelebraram 25 anos de governaçãocontínua. Um convívio que decorreu nopavilhão multiusos, carregado dememórias e emoções.

Para Fernando Rodrigues, presidente daconcelhia local, trata-se de «umreconhecimento aos barrosões da grandeconfiança que sucessivamente têmmanifestado no Partido Socialista, àssuas equipas autárquicas, à Câmara, àAssembleia Municipal e às juntas defreguesia».

Foi em clima de apoteose que foramcelebradas as “bodas de prata” daliderança do Partido Socialista deMontalegre. O ano de 1989 marcou oinício de uma caminhada que aindahoje perdura. Desde o fundador,Esteves Moura, até ao atual presidenteda autarquia, Orlando Alves, operfume da rosa tem sido sinónimo devitória no concelho. No “parabéns avocê”, soltaram-se memórias e algunsdesafios, desde logo, no ataque àspróximas eleições legislativas.

«MESMA FORÇA E MESMADETERMINAÇÃO»

No tom empolgado que o carateriza, oantigo presidente do município comentou:«o PS está em condições de dizer quetem uma grande implantação social que

lhe permite prosseguir o desenvolvimentoda nossa terra em grande consenso comos barrosões». No seguimento doraciocínio, acrescentou: «temos sidoeleitos sucessivamente e cada vez pormaior número de eleitores.

Montalegre (PS - 25 Anos)

(Continua na pág. 3)

Contra ventos, marés, leis da físicae do senso comum, resolvi ir passar oNatal à aldeia. Às ordens da minhacompanheira destes últimos 43 anos,saímos do Porto no próprio dia 24, postmeridiem. Estava uma tarde pardacentae fria mas sem nuvens. Bem instaladono lugar do pendura, eu observava apaisagem com uma curiosidadenaturalista herdada de Plínio, o Velho,o qual, por amor à ciência, caiu naasneira de ir meter o nariz na erupçãodo Vesúvio de ano 79 da nossa era e láficou. Eu tive mais sorte. Fui lá 1934anos depois e retirei ileso. Mas deixem-me que lhes diga. Não era eu que iaviver para a região de Nápoles. Semprecom a espada de Dâmocles suspensapor um fio sobre a cabeça, quem é quepode dormir tranquilo? Nunca pus aquestão a nenhum napolitano. Masestou mesmo a ouvir a resposta: “Aespada de Dâmocles tanto nos ameaçaa nós como a qualquer outro habitantedo planeta.” Plenamente de acordo.Em todo o caso sinto-me mais seguroem Trás-os-Montes.

Ao meu lado, ao volante, a patroa iaalegre e conversadeira. Nem imaginamcomo eu gosto de a ouvir. Pena é queela nem sempre esteja disposta aconceder-me esse pequeno prazer danossa vida íntima: conversar e rir.

Enquanto a ouvia, eu arrastava osolhos pela coroa de píncaros querodeiam o fundão de Cabeceiras deBasto. Vistos assim de longe, parecemdunas num deserto. Anda por aí umagravura natalícia muito divulgada ondese vêem, num horizonte parecido comeste, três camelos em fila guiados poruma estrela. São os Reis Magos acaminho de Belém.

Há bocado vesti penas de pavão. Voudespi-las, antes que alguém masarranque à má cara e me leve coiro etudo. Eu nunca li a “Naturalis História”,de Plínio o Velho. Conheço-a apenasde pequenas citações. De modo que,a respeito de natureza, sou um“naturalista” de trazer por casa. Aindanem sequer olhei os dentes a umcamelo. Mas conheço-o de fotografiae do cinema. Estou precisamente alembrar-me de um filme célebre,aparecido na década de 1960 e no qualbrilham astros de primeira grandezacomo Peter O`Toole, Omar Sharif, AlecGuinnese, Anthony Quinn.

ATENÇÃO

a o u t r a v o z 0 @ g m a i l . c o m

CORREIO DO PLANALTOjá pode ser lido em versão digital

Consulte o site:

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2 – CORREIO DO PLANALTO

Prolegómeno(Continuação da pág. 1)

(Continua no Próximo número)

CORREIO DO PLANALTONº Registo da D. G. C. S. 105438

Depósito Legal Nº 2163/83

Proprietário: Bento Gonçalves da CruzContribuinte Nº 108 805 239

Redacção e Administração:

Travessa do Polo Norte • 5470-251 MONTALEGRETels. 276 511 048 / 276 518 280 • Fax 276 511 064

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Deleg. Porto: Rua Rodrigo Álvares, 61-2º D.to

4350-278 PORTO - Tlf. 22 550 14 46

Impressão: LMF - Artes Gráficas.

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Telm. 937 920 161

Tiragem deste número: 1000 ex.—

Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus Autores

Locais onde as ASSINATURAS do“Correio do Planalto” podem ser pagas:

w Rádio Montalegre - Travessa do Polo

Norte 5470-251 MONTALEGRE.

w PISÕES - Restaurante Sol e Chuva.

w SALTO - Papelaria Milénio - Rua Central,

Ed. Igreja Nova, 77-A - Loja 3.

w Do País: transferência bancária para a conta

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w Directamente para a Delegação do Porto: Rua

Rodrigo Álvares, 61, 2º Dt. - 4350-278 PORTO

(por cheque, vale de correio ou moeda corrente).

Locais onde o “Correio do Planalto” está à venda:w MONTALEGRE: - Quiosque Estrela Norte.

w SALTO: - Papelaria Milénio.

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(Continuação do número anterior)

- Verificamos que existem inúmeroscasos, em empresas familiares, em que ofundador ou líder da empresa se perpétuano controlo da empresa até à morte. EmPortugal Américo Amorim, fundador doGrupo Amorim, quando lhe é perguntado(entrevista Jornal de Negócios, de 20 deFevereiro de 2009, na página 6) Quem vaitomar o seu lugar a resposta enfurecida é“Mas eu morri?”. Se a pergunta for: Quandose reforma? Ele responde “Acha que isto(leia-se império empresarial) existe emcima de cascas de laranja?! Deixe-metrabalhar!”

Ussman, (2004: 130) refere: “Para osfundadores a sucessão é um graveproblema que a grande maioria se recusaa encarar pelo que de triste ela representa.É difícil, para qualquer pessoa, admitir queperdeu muita da vitalidade e energia quetinha anos antes”.

O autor Lansberg (1999: 173) refere:“Contudo a chegada do potencial sucessorpode também ser considerada como oprimeiro passo no declínio inevitável do pai”.

“Uma das chaves para a conduçãocorrecta da sucessão está em encontrarpapéis alternativos para o líder no poder”(Fleming, 2000: 135).

O líder que cede, o controlo, ao sucessor,pode continuar a desempenhar papéis naempresa em determinados projectos ouactividades mesmo que tenha cedido ocontrolo e a liderança.

Segundo Cohn (1991, 58) o sucedidopoderá coadjuvar na preparação de umplano empresarial, por escrito, em conjuntocom os sucessores que contemple asmetas e os objectivos de longo prazo paraa organização. O sucedido poderádesenvolver alternativas de estilo de vidafora da empresa como sejam a maiordedicação à família e aos hobbies.

O facto de o sucessor ter alcançado umnível equivalente de capacidades ao líderactual não significa que o líder actual tenhaperdido algum do seu valor ou tenhamorrido. Poderá continuar a desempenharfunções de menor destaque (Fleming,2000: 135).

Figura 5 - Agendar a sucessão àscapacidades do sucessor

Fonte: Fleming, (2000: 137)Verificamos, na figura, duas curvas

idênticas. Estas curvas reflectem a

capacidade das gerações ao longo dassuas carreiras. As curvas representam ciclosde vida, em que a capacidade das geraçõesaumenta à medida que se tornam maisexperientes. No entanto, o declínio tambémacontece com o avanço da idade.

A curva da esquerda, denominada“Primeira Geração” corresponde aos actuaisproprietários. A curva da direita é designada“Segunda Geração” e possivelmenterepresenta os fi lhos dos actuaisproprietários.

A figura, referida, do autor Flemingpressupões que as capacidades daprimeira e da segunda geração sãosemelhantes o que efectivamente pode nãoacontecer. “De facto, não existe a garantiade repetição nas gerações seguintes dasqualidades de liderança e orientação para onegócio que se verificaram no fundador”.(Ussman, 2004: 132).

Na figura 5 verificamos que na fase desucessão, as capacidades da segundageração chegam a ultrapassar,ligeiramente, as capacidades da primeirageração. Contudo, não desprezando quemedir as capacidades não é uma ciênciaexacta, definir o momento ideal da sucessãopode não ser fácil, no entanto, verificamosque o objectivo deve ser que a sucessãoocorra quando as capacidades do sucessorsejam semelhantes às do sucedido. “Nãoexiste nenhuma data especifica em que asucessão deva ocorrer, mas é mais bemsucedida se for efectuada nestafase”(Fleming, 2000: 138).

5.5. Componentes do processo desucessão

Quatro principais componentes doprocesso de sucessão identificados porGallo e Ribeiro, (1996: 132):

a) Preparar os sucessoresb) Desenvolver a organizaçãoc) Completar as relações entre família e a

empresad) Preparar a retirada

a) No caminho da preparação, dos MF,para sucessores no desempenho deresponsabilidades de direcção, têmnecessariamente que se produziravaliações sucessivas das suascapacidades directivas. É necessárioassumir com clareza, desde o inicio, duasdisposições e mantê-las ao longo do tempo.Primeiro, não cair na tentação de pensar queum sucessor, por pertencer à família, temcapacidades suficientes para assumir asfuturas responsabilidades e que com odecorrer do tempo as vai adquirindo.Segundo, respeitar a liberdade das pessoassem as forçar a seguir caminhos para osquais não estão preparadas, profissional ouanimicamente.

“A preparação de sucessores é umprocesso de desenvolvimento de qualidadespara uma profissão muito específica, aprofissão de gerir uma organização queopera em negócios concretos e que temrelações particulares com uma famíliaproprietária” (Gallo, Ribeiro, 1996: 133).

A formação para se ser membro dadirecção deverá ter em consideração três

aspectos básicos. Primeiro, compreenderos negócios da empresa e como se operacom eles. Segundo, saber gerir. Terceiro,estar pessoalmente comprometido comtoda a organização.

A capacidade de gerir está relacionadacom os conhecimentos próprios dedirecção de empresas, mas tem muitomais a ver com a preparação para se serum bom profissional.

b) A organização de uma empresa podeser entendida como o conjunto formadopela estrutura de responsabilidades, pelossistemas de alta direcção e pelos órgãosde gestão. Desenvolver uma organizaçãopara a sucessão significa a evoluçãodestes três componentes de forma que àmedida que tornam possível a sucessão,dão lugar ao fortalecimento da própriaorganização.

Um nível desenvolvido da estrutura deresponsabilidades pode ser tão importante,para a sucessão, como as capacidades,os conhecimentos e atitudes das pessoascom as quais os sucessores vão trabalhar.

É conveniente realizar-se umasegmentação e um agrupamento deresponsabilidades directivas, de forma asurgirem postos directivos nos quais seexerça poder e assim se abra opor-tunidades para que os vários membros dageração seguinte e os outros directores sepossam habituar a actuar com autonomia.Caso contrário o que pode acontecer é queos membros da geração seguinte recebamresponsabilidades pouco definidas e paraas quais não estão preparados. Pode sertambém interessantes que existamunidades de estrutura concretas permitindoque sejam analisadas como se deunidades autónomas se tratasse facilitandoa análise das capacidades dosresponsáveis por essas unidadesestratégicas.

Os sistemas de direcção são asferramentas disponíveis para os directoresalcançarem os objectivos de que foramencarregados. Com o crescimento daorganização desenvolve-se um maiornúmero de unidades de estrutura, aumentao nível de autonomia conferido aos seusresponsáveis e tem, portanto, maioresnecessidades de integração. Estessistemas, mesmo já existindo, na EF, nasprimeiras etapas têm um baixo grau deformalização. A integração dos membros dagestão seguinte e as mudanças nasrelações de trabalho dos directores maisantigos com os novos, tornam necessárioque os sistemas de direcção, como regrasde jogo que são, se explicitem, fiquemclaros, se aceitem e se apliquemordenadamente.

Os órgãos de gestão na EF é frequenteestarem pouco desenvolvidos, inclu-sivamente chegam a confundir-se com umsó. Contudo desenvolver a organização éseparar e distinguir os dois órgãos degestão (CD e CA), delimitando asresponsabilidades próprias de cada um. Étambém habilitar as pessoas que fazemparte destes órgãos de gestão, MF oudirectores contratados, para que cumpramas obrigações de gestão que lhes sãopróprias.

Aquela carga de camelos sobre acidade de Aqaba, no Mar Vermelho, é umespectáculo épico inolvidável. O filme,intitulado “Lawrence of Arábia” foi um dosmaiores sucessos de bilheteira da históriado cinema universal. A ponto de umgracioso português anunciar na imprensaa rodagem de um filme chamado“Lourenço do Alentejo” e eu me lembrarde uma discussão que em tempos idostive com o meu nunca assaz lembradoMestre Saias, um barra em hermenêuticabíblica. Dizia ele que o Filho Pródigo daparábola evangélica, acabara a tristeaventura da fuga da casa do pai a guardarporcos no Alentejo, onde nem sequer odeixavam comer da bolota destinada aosanimais.

-Desculpe Mestre, mas isso é umdisparate chapado. Se o Pródigo andavano monte com os porcos, quem é que oestorvava de comer a bolota?

-O amo punha um servo a guardá-lo.-E depois um terceiro a guardar o

segundo… um quarto a guardar o terceiro… um quinto a guardar o quarto… e assimsucessivamente… E quem lhe ia com asovelhas?

-Então se fosses tu, como é queresolvias o caso?

-Simples. Punha um açaimo ao Pródigo.-O filho Pródigo açaimado… Bem visto!

És o meu orgulho, rapaz!-Obrigado, Mestre!

VIVA BARROSO!

Aida de Jesus Labaredas Liberal,Senhora da Hora: 15,00; AntónioAbrantes Jorge, Chaves: 30,00.

memorandum

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CORREIO DO PLANALTO

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CORREIO DO PLANALTO – 3

Estamos aqui com a mesma força e a mesma determinação pelo menos paramais 25 anos».

25 ANOS DE VITÓRIASSem esconder a emoção pela atmosfera que o rodeava, Fernando Rodrigues afirmou:

«esta festa anual é uma oportunidade única para juntar os socialistas, aqueles queestiveram desde a primeira hora, que se juntaram e fizeram crescer o PS, aqueles quenão são socialistas mas que votam em nós e têm simpatia pelo trabalho autárquicoque temos feito». Um sentimento que se adensa com o passar dos anos: «é umagrande satisfação e uma honra podermos contar com aqueles que foram fundadoresdo PS, que deram a cara pelo partido, em momentos difíceis, e também com aquelesque contribuíram, direta ou indiretamente, para o sucesso que temos alcançado». Ummérito, diz o político, que sucede «com maioria absoluta» e com um peso «maior aofim destes 25 anos de trabalho».

«Mais uma vez numa grandiosa festa. Vê-se a adesão popular ao projeto socialistacom muita gente. Foram distintos líderes que representaram o PS de uma formabrilhante e são vozes muito ouvidas a nível nacional».

Mais de 1.000 pessoas no Multiusos

25 Anos de liderança socialista em Montalegre(Continuação da pág. 1)

Orlando Alves – Presidente da Câmara Municipal de Montalegre

«É um casamento que tem sido fortalecido por laços de simpatia e de proximidademuito grandes entre o Partido Socialista e o povo de Montalegre que nos acolhe e nosaceita, acreditando em nós. Temos que retribuir com eficácia e seriedade nas propostase nas obras que fazemos, todas elas a pensarmos no bem-estar das populações. Éum sentimento de grande satisfação porque conseguimos encher este pavilhão mesmoalterando a data desta comemoração.

Há também um sentimento de nostalgia porque já passaram 25 anos onde muitada nossa frescura e juventude se foi. Olhando para as fotografias vemos que o fulgorainda se mantém mas os traços no rosto já não são os mesmos. Pensamos tambémnos amigos que já desapareceram, outros que estão enfermos e que estiveram sempreconnosco nestas lides».

Manuel Carvalho – Candidato à Câmara de Montalegre (1983 e 1986)

«Senti muita alegria, muita felicidade pelos momentos que estamos a viver. Momentode 25 anos de poder ao serviço das populações, zelando pelo bem-estar delas, enche-me de alegria. Ver a maneira como as pessoas continuam a aderir às nossas propostas,à nossa maneira de pensar, àquilo que já fizemos e pretendemos fazer, deixa-meimensamente grato e feliz, por ter tomado as posições que tive no passado, lutar paraque tudo isto fosse possível».

Francisco Rocha – Presidente da Federação Distrital do Partido Socialista

«É um feito inédito. Não há outro concelho no distrito de Vila Real que sejagovernado há tanto tempo pelo Partido Socialista. É uma honra e um orgulho muitogrande. Enquanto líder da Federação Distrital do Partido Socialista é nosso dever

Força do PS de Montalegre num mega convívio no Pavilhão Multiusos

Bolo de aniversário dos 25 anos de liderança socialista no concelho de MontalegreGrande ambiente na festa dos 25 anos do PS Montalegre

Mulheres do PS de Montalegre

OPINIÕES

estar aqui a agradecer e a reconhecer a todos aqueles que fizeram essa caminhada ea vão prolongar por muitos e longos anos».

Ascenso Simões – Destacado militante do PS

«É um casamento pelo desenvolvimento, pela afirmação de uma terra que, nocontexto nacional, tem uma importância determinante na capacidade de transformaro subdesenvolvimento em desenvolvimento. No território de Montalegre existe umaelevada percentagem de inteligência transformada em desenvolvimento. Nos últimosanos fez-se de uma terra que à partida estava esquecida, uma terra que todos osmeses aparece na comunicação social. Todos os meses há qualquer coisa a acontecerem Montalegre. O que torna Montalegre diferente é a capacidade de regeneração queneste território se conseguiu neste últimos 25 anos. Mais de que um evento do PartidoSocialista, este convívio foi um momento para assinalar um modelo de desenvolvimentoque devia ser copiado e aplicado a outros territórios.

Nenhum líder do PS chegou ao poder sem vir a Montalegre. E, portanto, acreditoque o Dr. António Costa se quiser chegar ao poder, tem que vir cá».

Agostinho Santa – Deputado do PS na Assembleia da República

«Conseguir-se viver 25 anos com esta alegria e com esta gente só onde as coisascorrem muito bem e onde a política é feita a sério. Haveria muita gente a ganhar seviessem a Montalegre e ao Barroso, perceber que a política que vinga, aquela que dáem casamentos de 25 anos, é exatamente a política que se faz em proximidade daspessoas. Não é aquela que se faz de grandes discursos, é aquela que se faz, também,das palavras e, principalmente, com a obra feita e com a confiança que se induz naspessoas. Só isto é que pode levar a que um partido, como o PS, consiga num territórioestar 25 anos consecutivos no poder. Este é um casamento feliz».

Joaquim Pires – Antigo Presidente da Câmara de Montalegre

«Sinto que a população continua a apostar nesta equipa da Câmara e isso é bom.Espero que esta gente continue a confiar nos socialistas que estão a governar oconcelho à 25 anos. Pela amostra vê-se que isso é verdade e é importante continuara juntar esta gente todos os anos para prestar contas. Tive muito gosto e muitoorgulho em ser presidente desta Câmara. Acho que cumpri o meu dever e há outraspessoas para seguirem outro caminho, é assim que a vida se faz».

Ivo Oliveira – Deputado do PS na Assembleia da República

«Mais uma vez numa grandiosa festa. Vê-se a adesão popular ao projeto socialistacom muita gente. Foram distintos líderes que representaram o PS de uma formabrilhante e são vozes muito ouvidas a nível nacional».

À CONSIDERAÇÃO DOS NOSSOS PREZADOS ASSINANTESDevido a problemas levantados no banco, a pretexto de que são normas da

CEE, solicitamos aos nossos prezados assinantes e anunciantes que,sempre que nos passem cheques NÃO ENDOSSÁVEIS, o façam em nome doproprietário do jornal, Bento Gonçalves da Cruz.

Muito obrigado.

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4 – CORREIO DO PLANALTO

Montalegre perde liderançaJogo muito disputado. O Montalegre merecia mais mas não teve sorte.

Entrou melhor o conjunto barrosão que domina a partida durante os primeiros vinteminutos. Logo no primeiro minuto Zackarias obriga Gato a grande intervenção. De livreGabi atira à barra. O Ribeira de Pena reage bem e de livre cria também perigo. O jogoestava vivo e bem disputado, as duas equipas com os olhos postos na baliza contrária ePisco obriga o guarda-redes barrosão a defesa apertada. Antes do intervalo Badará atiraao poste. Azar para o Montalegre ao acertar duas vezes no ferro durante os primeiros 45minutos…. Na etapa complementar volta a entrar melhor a equipa visitante e Gabi quasemarca. Responde Arnaldo, de cabeça, ao lado. Badará obriga Gato a mais uma grandeintervenção. Em cima do minuto 90 Alex faz o único golo da contenda num lance muitorápido. Depois Barraca tem boa oportunidade para acabar com o jogo mas não conseguemarcar. O Montalegre arrisca tudo mas o disparo de Bruno Madeira sai ao lado. DepoisLeonel Costa é derrubado dentro da área, mas Abreu não consegue bater Gato que voltaa fazer grande intervenção. Enfim, o Montalegre não teve sorte neste jogo e até umagrande penalidade acabou por desperdiçar…. O resultado justo era o empate! Termina ociclo vitorioso do Montalegre com oito (!) triunfos consecutivos no campeonato distrital dadivisão de Honra da A.F. Vila Real… Os barrosões somaram a segunda derrota na prova,

sempre em campos de terra batida…!

por: Nuno CarvalhoF U T E B O LCampeonato Distrital A. F. Vila Real – 11.ª Jornada - 14-12-2014

Campo do CavalinhoARBITRO: Gonçalo Martins auxiliado por Vítor Silva e Tiago Mota

Ribeira de Pena 1 - Montalegre 0AO INTERVALO: 0-0

Golos : Alex (90) - DISCIPLINA : Amarelo : Leonel Costa (64)

Campeonato Distrital A. F. Vila Real – 13.ª Jornada - 28-12-2014Estádio da Cruz

ARBITRO: Iancu Vasilica auxiliado por Bruno Pereira e Sérgio Faceira

Valpaços 1 - Montalegre 2AO INTERVALO: 1 -1

Arrancada a ferrosFoi um triunfo muito sofrido do Montalegre

Entrou desconcentrado o Montalegre que logo aos dez segundos sofre golo apontadopor Chala. Os barrosões abanaram mas não caíram. Drama em Valpaços aos 7 minutos,depois de canto apontado pelo Montalegre, Miguel, o defesa direito Valpacense caiinanimado dentro da área.

Chegou a temer-se o pior. Acabou por recuperar e foi transportado para o Hospital ondefez exames complementares… O Valpaços acusa a paragem no jogo para assistir Miguel(foram sete minutos) e os visitantes empatam por Fidalgo num lance de insistência… Osda casa criam muito perigo num remate de Lubi, responde o Montalegre por Rafa queobriga Bruno à defesa da tarde.

Ao intervalo 1-1. A etapa complementar voltou a ser pautada pelo equilíbrio. BrunoMadeira volta a criar perigo junto da baliza contrária. Responde a equipa de Nené numremate de Tiago por cima. Depois brilha Ricardo com uma grande defesa, a remate doirrequieto Chala, já se gritava golo do Valpaços na bancada … Badará cria muito perigonum remate cruzado. Respondia o Valpaços e Ricardo volta a fazer defesa apertada. Ogolo podia cair em qualquer uma das balizas. Já com Veras e Zack em campo, o experientemédio atira ao lado. Aos 88, em lance rápido, Zack faz o 1-2, em mais um erro defensivo doValpaços… O Montalegre venceu o jogo mas teve de sofrer muito. A equipa barrosã estevemuito estática e a bola chegou ao ataque com grandes dificuldades. Já o Valpaços estevebem do meio campo para a frente e pode queixar-se de alguma falta de sorte. O resultadojusto era o empate por aquilo que fizeram as duas equipas.

Boa arbitragem!

GOLOS : Chala (1) , Fidalgo (19) e Zack (88)DISCIPLINA : Amarelos : Chico (61) e Mário (83)

O périplo dos Fins de Semana Gastronómicos, em curso até ao próximo 31 demaio, passa por Montalegre no primeiro fim de semana de 2015 (2 a 4 janeiro). Oconcelho volta a apostar em dois produtos de excelência: cozido à barrosã e rabanadascom mel. Recorde-se que estamos a falar de um projeto que o município tem abraçadodesde a primeira hora. Uma aposta em grande escala, promovida pelo Turismo Portoe Norte, que engloba 951 restaurantes, distribuídos por 74 municípios. Neste desafioestão associados 244 empreendimentos turísticos de alojamento, oferecendo descontosque variam entre os 10% e os 15%.

O município de Montalegre volta a figurar no projeto “Fins de SemanaGastronómicos”. O concelho abre o roteiro 2015 (2 a 4 janeiro) com dois trun-fos: cozido à barrosã e rabanadas com mel.

Montalegre abre roteiro em 2015

"Fim de Semana Gastronómico” (2 a 4 janeiro)

COZIDO À BARROSÃ RABANADAS COM MEL

Todas as televisões rendidas ao trabalho

TVI faz reportagem do videoclip da Feira do Fumeiro 2015Veio para ficar! “Comendo”, interpretado por “Ti Henrique Capelas e Gente da Terra”,

é o sucesso deste fim de ano e promete continuar no ouvido em 2015. Realizado parapromover a Feira do Fumeiro e Presunto de Barroso, este videoclip original atraiu aatenção de todas as estações de televisão. Desta vez, foi a vez da TVI reportar o êxito.

Está feito o pleno. RTP, SIC e agora TVI. O motivo é o mesmo: o sucesso do videoclip quepromove a próxima Feira do Fumeiro de Montalegre (22 a 25 janeiro). A TVI esteve emSalto, onde encontrou a maioria do elenco da paródia musical “Comendo”. Orlando Alves,presidente da Câmara Municipal de Montalegre, mostrou-se muito «satisfeito pelo númeroestrondoso de visualizações» e fez questão de direcionar palavras de agradecimento aogrupo, superior a 100 elementos, que fez parte deste trabalho.

A paródia musical “Comendo”, produzida para promover a próxima Feira do Fumeiroe Presunto de Barroso (22 a 25 janeiro) está a atingir um alcance ímpar. Em menos deuma semana, a interação e o número de visualizações, em surpreendente crescendo,despertaram a atenção da SIC, onde, recorde-se, o mesmo já tinha sucedido com aRTP. Tendo como pano de fundo os cenários em torno do Ecomuseu de Barroso –Casa do Capitão, o canal de televisão deu tempo de antena aos atores locais,verdadeiros “culpados” deste êxito. David Teixeira, vice-presidente da Câmara Municipalde Montalegre, acompanhou a reportagem. Entusiasmado, referiu que «a populaçãoestá unida e motivada para a promoção da feira e da região». Ato contínuo, rematouque «o segredo do sucesso reside no envolvimento local».

SIC faz reportagem do videoclip da Feira do Fumeiro 2015Depois da RTP, foi a vez de uma equipa de reportagem da SIC se deslocar

à vila de Salto, concelho de Montalegre. O motivo desta viagem foi o hit musicaldo momento “Comendo”, videoclip promocional da próxima Feira do Fumeiroe Presunto de Barroso, que atinge proporções de divulgação inéditas.

O programa diário do Porto Canal, “Grandes Manhãs”, recebeu Montalegre, a propósitodo crescente sucesso do videoclip promocional da próxima Feira do Fumeiro e Presuntode Barroso.Em estúdio esteve David Teixeira, vice-presidente da Câmara Municipal, e Luís Pedreira,jovem que deu vida a “Ti Henrique Capelas” na paródia musical “Comendo”. Além dapromoção direta do certame, o autarca aproveitou o momento para divulgar a região e oseventos de referência em 2015.

Feira do Fumeiro promovida no Porto CanalA próxima edição da Feira do Fumeiroe Presunto de Barroso (22 a 25 janeiro)foi promovida, em direto, no PortoCanal, no programa “GrandesManhãs”. Em representação domunicípio esteve o vice-presidente,David Teixeira, acompanhado porLuís Pedreira, “rosto” mais conhecidoda paródia musical “Comendo”.

R. Central, Edifício Igreja Nova, nº 77 - A, Loja 3

JORNAIS e REVISTASLIVRARIA – MATERIAL ESCOLAR

SALTO

PAPELARIA MILÉNIOPAPELARIA MILÉNIO

Campeonato Distrital A. F. Vila Real – 12.ª Jornada - 21-12-2014Estádio Dr. Diogo Vaz Pereira

ARBITRO: Hugo Araújo auxiliado por António Mesquita e Eugénio Guedes

Montalegre 6 - Cerva 1AO INTERVALO: 3-1

Golos : Abreu (2) , Fidalgo (5 e 62) , Luizinho (15) , Badará (38 e 74) e Veras (51)DISCIPLINA: Pires (49)

Mais uma goleada

Continua sem perder pontos em casa o Montalegre

Um jogo que se antecipava um pouco difícil acabou por ser fácil. O Montalegre entroumuito forte na contenda e logo nos primeiros cinco minutos fez dois golos.

O primeiro surge num canto bem apontado por Leonel Fernandes e conclusão perfeitade Abreu. Depois, Fidalgo, faz o segundo num remate colocado. Reage o Cerva e numlance rápido reduz por Luizinho.

Mas o Montalegre mostrou ser mais forte e, com naturalidade, faz o 3-1 ainda antes dointervalo. Na inicio da segunda parte os barrosões chegam ao quarto tento num livre bemapontado por Leonel Fernandes.

Fidalgo bisa depois de um erro do guardião Gato que falha a intersecção da bola.Badará fecha as contas do encontro, também com um bis. Acabou por ser fácil para umMontalegre que já mostrou ser o mais forte candidato ao titulo…

Destaca-se neste encontro as exibições de Leonel Fernandes, Fidalgo, Gabi e Badará.

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CORREIO DO PLANALTO – 5

O Grupo de Cantares e a Banda Filarmónica de Salto juntaram-se para um concerto deNatal. Esta iniciativa inédita reuniu muita gente na quadra natalícia e encheu de orgulhoOrlando Alves, presidente da Câmara Municipal de Montalegre.

Concerto de Natal 2014 em SaltoPela primeira vez na vila de Salto, concelho de Montalegre, o Grupo de

Cantares e a Banda Filarmónica Local uniram-se para proporcionar àcomunidade um concerto de Natal. Esta iniciativa encheu a igreja nova eOrlando Alves, presidente da Câmara Municipal, acredita que «são este tipode ações que nos enriquecem e valorizam culturalmente».

O autarca agradeceu a ambas as coletividades o «empenho e o dinamismo quededicaram a esta ação» e considera que é este tipo de atividades «que nos enriqueceme valorizam culturalmente». Por sua vez, Alberto Fernandes, presidente da junta defreguesia, partilhou que «é uma honra muito grande ter aqui a família de Salto reunida,numa espécie de Natal da freguesia».

“Um Natal Especial” no Auditório Municipal

Um domingo de cultura e de talento foi o que se assistiu no auditório municipal deMontalegre com a peça teatral “A Turma da Mónica - Um Natal Especial”, a cargo do Centrode Estudos de Barroso Teatro e Tradições (CEBTT).

Um elenco com jovens atores do concelho, orientado pela barrosã Mariana Pedreiraque não escondeu a satisfação pelo resultado final: «saio daqui sempre de coração cheioporque estas crianças são incríveis». A jovem encenadora considerou ainda que «depoisde tantas histórias que já representámos, a escolha começa a ser difícil mas nósgostamos que sejam animadas». Neste belo espetáculo estiveram envolvidos mais de20 atores com as idades comprendidas entre os três e os 14 anos.

O Centro de Estudos de Barroso Teatro e Tradições (CEBTT) voltou asurpreender com o lançamento de mais uma atividade cultural. Desta vezsubiu ao palco do auditório municipal de Montalegre o espetáculo “A Turmada Mónica - Um Natal Especial”. O evento encheu o espaço e despertou nopúblico o imaginário numa divertida história dobrada em português do Brasile bem representada pelos jovens atores do concelho.

Dando sequência à tradição de largos anos, funcionários, antigos funcionários erespetivos cônjuges, afetos à Câmara Municipal de Montalegre, voltaram a reunir-senesta época natalícia num convívio saudável que contou com a presença de todo oexecutivo. Para o presidente da autarquia estivemos perante um momento onde secelebra «sem lamechices, sem hipocrisias e sem falsos pudores, aquilo que duranteo ano não temos oportunidade de fazer». Numa alusão à quadra natalícia, OrlandoAlves considerou «que numa altura em que se distribui sopa aos pobres por todo olado, às vezes da forma menos simpática, porque o ideal era que isso não fossepreciso, aproveitamos este momento para celebrar o espírito de família, de grupo, deequipa, de união que tem que prevalecer em todos nós». No discurso dirigido a todosos funcionários, o presidente do município disse: «todos temos uma responsabilidadeque nos está acometida que é trabalhar para o bem comum».

«ACABAMOS COM A VERGONHA DO ORDENADO MÍNIMO»Referindo-se à relação do executivo com os seus funcionários, o autarca lembrou

algumas medidas tomadas durante este primeiro ano de mandato: «fizemos aquiloque a lei permite, ou seja, acabamos com a vergonha de haver, na nossa instituição,gente a receber o ordenado mínimo», a tal ponto que «nalguns casos aumentamos200 euros por mês aos beneficiários». Orlando Alves invocou: «estivemos muito àfrente daqueles que demoraram anos a dar 25 euros de aumento a quem recebia oordenado mínimo nacional. Foi isso que o nosso governo fez depois de ter congeladodurante anos o ordenado mínimo nacional».

«AS 40 HORAS SÃO UMA IMORALIDADE»Sempre no mesmo tom, acrescentou: «fomos muito mais além daquilo que o governo

fez quando decidimos passar das 40 para as 35 horas de trabalho semanais e vamoslutar para que se mantenham assim. As 40 horas são uma imoralidade e uma falta derespeito por quem trabalha sem daí resultar nenhum benefício para as nossaspopulações». No fecho, afirmou: «estivemos nestas lutas, ao vosso serviço e assimiremos continuar».

Ceia de Natal da Câmara de MontalegreUma unidade hoteleira do concelho de Montalegre recebeu a tradicional

ceia de Natal da Câmara Municipal, aberta a funcionários, antigos funcionáriose respetivos cônjuges, afetos à edilidade. Um convívio onde a boa disposiçãoimperou e que foi aproveitado pelo executivo para homenagear algunsfuncionários que passaram ao regime de aposentação.

David Teixeira - (Vice-Presidente da Câmara Municipal)

«Esta ceia de Natal da família da Câmara é a mais importante que tem o concelhode Montalegre, uma vez que toca grande parte das famílias. É um momento, também,de reconhecimento daqueles que se aposentaram e que deram muitos dos seus anosao serviço da comunidade. Todos fizeram sentir aos colegas que se reformaram quefazem parte do seu grupo e que estavam contentes por eles estarem aqui hoje connosco.O reconhecimento também do município porque são muitas vezes conotados com onão se empenharem e não fazerem mas tenho a certeza que este concelho estariamuito mais pobre e muito pior se estes colegas que trabalham no município nãoestivessem aqui. Temos muita gente que se empenha e estas pessoas que passaramaqui hoje são reconhecidas pelo seu trabalho, são exemplos disso e os mais novospodem seguir as suas pegadas».

 Fátima Fernandes - (Vereadora da Educação da Câmara Municipal)

«Foi uma honra poder estar nesta ceia de Natal onde apesar das diferenças e dasdistâncias entre alguns funcionários é sempre um momento muito bom. Todos osanos se renovam e se fazem novas amizades, há novas partilhas e novas descobertas.É um momento para se criar este espírito do que é ser funcionário público, daquiloque nos une, que é o serviço para o outro. Acho que neste convívio cada um dosfuncionários percebe o quanto é importante dentro desta instituição, no exercício dasfunções que lhe são determinadas. Penso que depois começam o ano com um novoânimo, um novo espírito e isso é que é importante. Devemos agradecer o serviço dosfuncionários porque se não fossem eles, nós não tínhamos sucesso. É muito bom verque temos funcionários dedicados, leais, amigos e cumpridores. Não se pode confundira árvore com a floresta. Um Santo e Feliz Natal para todos é o que eu mais desejo eque o novo ano traga aquilo que cada um mais precisar».

MENSAGENS DE NATAL

MONTALEGRE - Ceia Natal

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6 – CORREIO DO PLANALTO

por: Maria José Afonso

MONTALEGRE

NOTÍC IAS - NOT ÍC I AS - NOTÍC IAS - NOTÍC I AS -NOTÍC IAS

João ‘Mentiras’ matou homem a tiro em Montalegre, em 2006. Fugiu do local docrime e regressou na terça-feira. A PJ acredita que estava a viver em França. PorAna Isabel Fonseca João ‘Mentiras’ estava em fuga há mais de oito anos. A 16 deabril de 2006 – precisamente no dia de Páscoa – assassinou, em Montalegre, umhomem durante uma discussão fútil. Baleou a vítima três vezes e fugiu do local docrime. Nunca mais foi visto. Até terça-feira ao final do dia, quando foi capturado porinspetores da Polícia Judiciária de Vila Real. Foi traído pela vontade de passar o Natalem casa de familiares. Tinha acabado de regressar a Quinta das Pinheiras, em Cha-ves, onde teve um restaurante. O homem, de 66 anos, passou já os dois últimosdias no Estabelecimento Prisional de Vila Real. Será hoje presente a tribunal paraser ouvido por um juiz de instrução criminal, que decidirá as medidas de coação aaplicar-lhe. A PJ acredita que João ‘Mentiras’ – alcunha que lhe foi dada devido aonome do seu antigo restaurante – terá estado durante os últimos anos escondido emFrança. Desconhece-se se teria já regressado em alguma ocasião a Portugal e seterá tido o auxílio de familiares para se manter durante tanto tempo em fuga à Justi-ça. O homicídio foi presenciado por três mulheres, que na altura denunciaram o ho-mem às autoridades.

Homicida em fuga traído pelo Natal

Durante a detenção de João ‘Mentiras’, a Polícia Judiciária descobriu também umaestufa de canábis de grandes dimensões, que estaria localizada na casa onde ohomicida foi encontrado. O produto serviria para abastecer diversos consumidores etraficantes da cidade de Chaves. A Polícia Judiciária apreendeu ainda armas naquelaresidência.

Crise faz aumentar o número de crianças no psicólogo na escola

Este é o segundo ano consecutivo que o Agrupamento de Escolas de Montalegre(AEM), tem a tempo inteiro um gabinete de psicologia.

Cerca de 40 alunos estão a ser acompanhados pela psicóloga, encontrando-senove em lista de espera. Este serviço destina-se sobretudo aos alunos do 9º e 12ºanos de escolaridade e Cursos Profissionais, que se encontrem em momento defazer escolhas.

A este serviço recorrem também alunos com alguma dificuldade ao nível emocional,como dificuldades de integração social, dificuldade na resolução de problemas, baixaauto-estima, apatia, estados depressivos, ansiedade e stress , e as solicitações naescola estão a aumentar, em grande parte pelo contexto de crise, como refere PauloAlves, presidente do executivo do AEM: «Estão a surgir constantemente casos devidoà situação que se atravessa, dificuldades das famílias, casos que necessitam deintervenção rápida. Por outro lado todos os problemas que as crianças sentem emcasa, sabem que têm um técnico especializado em quem podem confiar, e nestesentido o número tem aumentado.»

Os principais casos que chegam ao psicólogo na escola, são fruto de problemasfamiliares e sociais.

«A origem está no seio familiar. Não podemos esconder que infelizmente há fomeno nosso concelho. Fui confrontado recentemente com algumas pessoas junto a umadas cadeias de supermercado em Montalegre, no caixote do lixo à procura de comida.

O mais grav,e depois, é quando as crianças chegam à nossa beira e têm vergonhade o dizer. Essas situaçoes são preocupantes. » Salienta Paulo Alves.

Como já acontece, o apoio aos alunos carenciados, nomeadamente no reforçoalimentar, é feito com o recurso ao estipulado no art. 24.º do Decreto-Lei n.º55/2009, de 2 de março. E neste seguimento, desde 2012 foi criado o Programa

Escolar de Reforço Alimentar, denominado por “Pêra” que pretende conciliar a educação

alimentar com a necessidade de suprir carências alimentares detetadas em alunosque frequentam as escolas públicas. «Dispomos do programa “Pêra”, onde é dado opequeno almoço e lanche de forma gratuita a crianças necessitadas. De há dois anospara cá o número aumentou. O mais preocupante são as crianças que, por vergonha,não dizem que precisam desse suplemento alimentar.» Afirma Paulo Alves.

Este programa é executado no terreno em parceria com a Cruz Vermelha, Delegaçãode Montalegre que transporta os alimentos fornecidos por um supermercado para aescola.

«Os sinais que detetamos são partilhados de forma a poder ajudar e a chegar aum numero maior de pessoas carenciadas.»

A crise, chega também ao psicólogo da escola em Montalegre . A funcionarconsecutivamente há dois anos, regista este ano cerca de 40 alunos que recebemacompanhamento psicológico, um número que tem vindo a aumentar.

O gabinete de psicologia na escola é especializado para acompanhar os alunos aolongo do seu percurso escolar, dando o seu contributo: na identificação dos seusinteresses e vocações; na intervenção na área das dificuldades de aprendizagem; napromoção e desenvolvimento da sua identidade pessoal e na construção e solidificaçãodo seu projecto de vida.

No assinalar do centésimo aniversário da botiquense Aurora Gonçalves estiverampresentes vários membros da família, filhos, netos, bisnetos e o único irmão vivo, JoãoDuarte, a residir em Ardãos, que conta já com 86 anos de idade.

«Chegar aos 100 anos de idade, pode ser fruto da qualidade de vida desta região.»Esta é a opinião de Fernando Queiroga, presidente da Câmara Municipal de Boticasque também fez questão de parabenizar a munícipe centenária.

Boticas assinalou mais um momento único juntando-se familiares, e amigos paracantarem os parabéns a Aurora Gonçalves que celebrou no passado sábado 100 anosde vida. A centenária, atualmente utente da Santa Casa da Misericórdia de Boticas,foi recebida num almoço convívio, com muita animação.

Recorde-se que a última vez que o concelho botiquense assinalou uma datasemelhante, foi em Abril de 2012, Maria Gonçalves, chegava também aos 100 anos deidade.

NOTÍCIAS BREVES

Idoso morre em despiste automóvel

Boticas conta com mais uma idosacentenária, chama-se Aurora Gonçalves,nasceu a 13 de Dezembro de 1914, ecelebrou o centésimo aniversário nopassado sábado, 27 de dezembro.

Aurora Gonçalves, viveu grande parteda sua vida na aldeia da Granja ondetrabalhou como costureira.

Com 100 anos, escreve e lê, e nestedia especial evocou alguns nomes dafamília e recordou os fatos que duranteanos confecionava para a região compompa e circunstância.

- Está a aumentar o número de alunos com apoio psicológico nas Escolas deMontalegre, «crianças a passarem fome».

A informação é avançada pelo presidente do executivo do Agrupamento de Esco-las de Montalegre, Paulo Alves. A escola tem em marcha o programa «Pêra», paraminimizar algumas carências

- Estão abertas as candidaturas para os fundos europeus, destinadas a pequenase médias empresas. Os resultados desta primeira fase de candidaturas são conhe-cidos em maio.

- Há cada vez mais jovens a apostar na criação de porcos de raça Bísara. Quemo diz é a secretária técnica da Associação Nacional de Criadores de Suínos de RaçaBísara.

Carla Alves adianta que para além de os criadores serem jovens também as ex-plorações são de maior dimensão.

- A Biblioteca Municipal de Montalegre promoveu uma vez mais este ano uma cam-panha de recolha de livros e brinquedos para serem distribuídos pelas crianças ejovens carenciados do concelho.

Um despiste provocou a morte a um homem de 85 anos.O acidente aconteceu de manhã perto de Parada da Castanheira no concelho de

Chaves.A vitima mortal, que ia sozinha na viatura, residia em Lebução - Valpaços, e teve

de ser desencarcerada.No local estiveram as duas corporações de bombeiros de Chaves e a GNR.

BOTICAS

Aurora Gonçalves, mais uma mulher centenária no concelho

CHAVES

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CORREIO DO PLANALTO – 7

NOTÍCIAS DE SALTO Conversando...Conversando...

Faz hoje 374 anos que os quarenta fidalgos de que fala a história se revoltaramcontra o domínio dos Filipes em Portugal. O dia um de Dezembro deixou de serferiado nacional, agora é um dia como outro qualquer e eu estou perfeitamente deacordo, embora muita gente não esteja, o que é normal, pois cada cabeça sua sentença.

Façamos de conta que os 40 fidalgos se deixavam estar nas suas tamanquinhas ese marimbavam contra a independência nacional, isto é, preto no branco, não arriscavamas vidas numa aventura que podia da para o torto. Façamos ainda de conta que aosFilipes sucediam os Carlos, sempre com a Espanha a governar Portugal até aos diasde hoje, sendo o nosso país uma província como é hoje a Catalunha ou a Galiza,fazendo parte da grande nação que é a Espanha, que até podia ter outro nome, porexemplo Ibéria.

Acredito piamente que seríamos um grande país, uma das maiores economias daEuropa, a par da França ou da Alemanha, um país que nos orgulharia e nos encheriade vaidade. Mas vieram de lá os 40 fidalgos, mataram o Miguel de Vasconcelos,prenderam a duquesa de Mântua e gritaram: liberdade ou morte, viva D. João IV, duquede Bragança. Nasceu aí, nesse fatídico dia, o país pequenino que hoje somos, decrépitoe gasto, sem sombra de orgulho, endividado até ao tutano, incapaz de pagar aoscredores o muito que pediu emprestado. Por muito que custe dizê-lo somos um paíssem futuro, sem ambições, incapaz de sair da cepa torta e entregue a meia dúzia deagiotas e outra meia dúzia de arrivistas que tudo açambarcam e gerem a seu-bel-prazer. Ao passo que poderíamos ser hoje um país grande e rico, fazendo parte daEspanha, se os 40 fidalgos estivessem quietinhos e se deixassem dormir mais umashoras naquela fria manhã de um de Dezembro de mil seiscentos e quarenta.

Especular não custa, dirão os senhores patriotas nacionalistas, com D. Duarte Pioà cabeça e o meu amigo Barroso da Fonte atestando que Guimarães é a capital dapátria e nada melhor para viver do que este rincão de penedias e serras altaneiras,com os rios correndo de Este para Oeste, isto é, vindos de Espanha quase todos.Sim, é verdade nua e crua: a água que bebemos, a maior parte dela nasce na Espanhae de lá corre para Portugal. Se a Espanha nos quiser liquidar basta-lhe envenenar aágua dos rios que lá nascem e correm alegremente para o mar que é português comodizia o poeta.

«Ó mar salgado, quanto do teu sal / São lágrimas de Portugal! / Por te cruzarmos,quantas mães choraram / Quantos filhos em vão rezaram / Quantas noivas ficaram porcasar / Para que fosses nosso, ó mar!»

Pessoa foi um génio, mas o mar que ele cantou tem, além das lágrimas de Portugal,muita água que vem de Espanha. Contas feitas, a água e as lágrimas misturaram-sena espuma branca das ondas. É água e lágrimas de Portugal e água sem lágrimas deEspanha. Tudo se misturou na imensidão do mar.

Mas voltando aos quarenta fidalgos e aos seus gritos de Ipiranga, liberdade oumorte, eu estou cá na minha que eles fizeram mal e borraram a pintura. Mais lhesvalia estarem quietos e sossegados, Portugal hoje seria como uma Andaluzia ouGranada, Catalunha, enfim, um país virado para o futuro, grande, rico e próspero, comtodas as riquezas juntas no mesmo saco.

Ouço por aí chamarem-me mafioso, apátrida, detractor, vil embusteiro, vendedorda terra que me viu nascer. Tudo isso é falso, eu sou um patriota que queria uma pátriagrande e rica e não este retanguluzinho que é um cinco reis de gente que não temcom que não tem com que mandar cantar um cego e precisa dos dinheiros da Troycapara sobreviver. Eis a pura verdade, como diz o meu amigo Ambrósio, sempre lembradosempre lembrado na sua sabedoria. Ele lá anda no seu campo todo verde, ao sol e aofrio, que é de rachar as pedras quanto mais um homem de carne e osso. Anda ele e asquatro ovelhas, elas comendo a erva tenra, ele olhando-as embebecido. Bichos bemtratados, com uma corte almofada de folhas secas e a comidinha sempre a horas ecom fartura. Nada lhes falta, o Ambrósio é brioso e bom pastor. Trata melhor as ovelhasdo que a mulher, que é uma moira de trabalho e se farta de o ouvir berrar quando nãoa chamar-lhe nomes feios. Ela, coitada, trabalha no campo de sol a sol, cortando ervacom a foicinha para os coelhos e as galinhas, além das couves que vai mondando e docebolinho que é preciso regar. Vidas contadas…

F. M.

Pergunta o marido:- Então, o que te disse o médico?Responde a mulher:- Olha,disse-me que tenho bicos de papagaio…Diz o marido a sorrir:- E eu sempre disse que falavas demais!

……

Pergunta um maluco a outro:- Olha lá, tu não tinhas aí nessa gaiola, um canário?Diz o outro maluco:- Tinha.O primeiro:- Ele fugiu! Não vês a porta da gaiola está aberta?!O outro- Vejo! Fui eu que a abri para entrar um pouco de ar

……

Uma vaca viaja até ao espaço e começa a andar às voltas.A Lua pergunta-lhe:- Parece que estás à procura de alguma coisa!?Responde a vaca:- E estou! Estou à procura do Vaco…

Para RIR...

Concerto de Natal enche igrejaFoi um sucesso o concerto de natal realizado na igreja nova, no dia 23 de dezembro,

pela Banda Filarmónica e pelo Grupo de Cantares de Salto.Com cerca de meio milhar de pessoas, os artistas da terra presentearam os

espectadores com belas melodias.Presentes e orgulhosos a assistir, estavam: o Presidente da Câmara de Montalegre,

Prof. Orlando Alves; O Presidente da Freguesia, Prof. Alberto Martins e o Padre PedroRei.

O povo da freguesia e de outras terras, aderiu muito bem e teve a oportunidade deassistir a um grande momento musical, nesta época natalícia e todos saíram satisfeitoscom esta bela iniciativa.

Assembleia de Freguesia aprova Plano para 2015Os membros da Assembleia de Freguesia de Salto reunidos, no dia 30 de dezembro,

aprovaram, por unanimidade, os documentos previsionais para o ano económico de2015, no valor de 221.600,00• e o mapa de pessoal. Também, foi apresentada aprogramação das atividades culturas para o ano corrente, destaque: O Sábado Filhoeiro,o 25 de Abril, o 20º aniversário da elevação a vila, a Semana do Barrosão, Exposiçãode fotografia e concurso, Festa da Senhora, 5º Passeio dos idosos, 3 ª Desfolhadatradicional, o dia de S. Nuno e Festa de Natal das Escolas.

Antes, tiveram a apresentação escrita do senhor Presidente da Junta de Freguesia,acerca da atividade da Autarquia, bem com da respetiva situação financeira e váriasoutras informações.

Videoclip Promocional da Feira do FumeiroO vídeo que faz promoção e divulgação da feira do fumeiro, a realizar em Montalegre

de 22 a 25 de Janeiro, está a ser um sucesso a nível de visualizações na internet.Grande parte dele, foi gravado na cozinha do Ecomuseu e nas ruas de Salto Antigo.

Contou com a colaboração de mais de 100 pessoas, entre as quais, elementos doGrupo de Cantares, dos Corajosos, Jogo do Pau e Banda Filarmónica. A música eletra “Comendo” foram adaptadas do sucesso Bailando de Enrique Iglesias. O sucessoé tanto que os três canais de televisão, RTP1, SIC e TVI, já se deslocaram a Saltopara fazerem reportagem e as imagens da vila de Salto estão a correr mundo!...

Câmara reforça linhas da EDPNa sequência da instalação de uma nova estação de bombagem de água à Vila,

na Ribeira da Amiar e de uma estação de bombagem para o saneamento da Sochia edas Casa D’Além, a Câmara de Montalegre mandou alterar dois novos ramais: um,desde o PT da Golas até ao rio de Amiar, substituindo toda a rede e postes existentes;outro, desde a igreja matriz, até ao fundo da rua da Sochia, substituindo parte da linhapor cabo, terminando assim com as avarias que aquela provocava em dias de temporal.Breves:

- Associação Borda D’Água que gere o Lar Nossa Senhora do Pranto, aprovouPlano e Orçamento, a rondar os setecentos mil euros, para o ano corrente, no dia 18de dezembro;

- Câmara de Montalegre aprovou verba de 4.700 euros aos bombeiros para limpezade neve, gelo e espalhar sal nas estradas;

- Elaboração de projeto de beneficiação da CM 1026 da EM 311 a Pereira porAmiar, custou 26 mil euros à Câmara Municipal;

- Houve missa do galo, no dia 24 de dezembro, às 23.00 horas, com teatro – cenado nascimento de Jesus e fogueira tradicional no adro da igreja, com oferta de café ebolos;

- “Hino dos Mineiros” pelo Grupo de Cantares de Salto e que fará parte dodocumentário de Leonel Brito, já pode ser visualizado nas redes sociais;

- Mordomos 2015, nomeados: Festa da Senhora - 15 de Agosto, Alexandre Lopes,Póvoa; São Sebastião (20 de Janeiro) Libório Carvalho, Paredes; Finta do SagradoCoração de Jesus, Marcelina Magalhães, Amiar.

- Treze arguidos acusados em rede de furto de cabos da PT (Também nas Cargas),começam a ser julgados, em 13 de Janeiro. A maioria dos arguidos é do concelho deVieira do Minho.

- A autarquia fez calendário de 2015 da freguesia, com uma bela foto do gadobarrosão;

- Foram eleitos novos órgãos no Conselho Diretivo de Baldios da Corva;- A Associação Santa Bárbara organizou a festa de passagem do ano na sua sede,

na Escola Primária da Borralha e está a proceder a obras de reparação da mesma,com material oferecido pela Junta e mão-de-obra dos associados.Deixaram-nos:

-Carolina Delgado, 72 anos (faleceu no Porto) e Laurindo Gonçalves, 85 anos,Pomar de Rainha.

Chove. É dia de Natal.Lá para o Norte é melhor:Há a neve que faz mal,E o frio que ainda é pior.

E toda a gente é contentePorque é dia de o ficar.Chove no Natal presente.Antes isso que nevar.

Pois apesar de ser esseO Natal da convenção,Quando o corpo me arrefeceTenho o frio e Natal não.

Deixo sentir a quem quadraE o Natal a quem o fez,Pois se escrevo ainda outra quadraFico gelado dos pés.

Chove. É dia de Natal.

Fernando Pessoa

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8 – CORREIO DO PLANALTO