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Jornal Mensal do Concelho de Cascais Directora: Graça Tracana N.º 42 Abril 2011 PUB PUB PUB Cascais expõe Parques Urbanos Entrevista a Mariana Ribeiro Ferreira Suplemento Saúde & Bem-estar A vereadora da Câmara Municipal de Cascais, responsável pela Acção Social, dá conta de um aumento significativo de pedidos de auxílio no concelho O Centro de Interpretação Ambiental da Pedra do Sal apresenta uma exposição sobre os Parques Urbanos de Cascais, no âmbito das iniciativas da Semana do Ambiente p.5 p.3 centrais 93.º Aniversário da Batalha de La Lys Dia do Combatente A batalha que registou a maior baixa de tropas portuguesas após Alcácer-Quibir foi recordada junto do monumento aos Combatentes da Grande Guerra. p. 6 VF VF

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A vereadora da Câmara Municipal de Cascais, responsável pela Acção Social, dá conta de um aumento significativo de pedidos de auxílio no concelho p. 6 O Centro de Interpretação Ambiental da Pedra do Sal apresenta uma exposição sobre os Parques Urbanos de Cascais, no âmbito das iniciativas da Semana do Ambiente• p.5 Jornal Mensal do Concelho de Cascais Directora: Graça Tracana N.º 42 Abril 2011 • centrais • p.3 PUB PUB PUB VF VF

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Jornal Mensaldo Concelhode Cascais

Directora:Graça Tracana

N.º 42Abril 2011

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PUB

Cascais expõe Parques Urbanos

Entrevista a Mariana Ribeiro Ferreira

Suplemento Saúde & Bem-estar

A vereadora da Câmara Municipal de Cascais, responsável pela Acção Social, dá conta de um aumento significativo de pedidos de auxílio no concelho

O Centro de Interpretação Ambiental da Pedra do Sal apresenta uma exposição sobre os Parques Urbanos de Cascais, no âmbito das iniciativas da Semana do Ambiente • p.5

• p.3

• centrais

93.º Aniversário da Batalha de La LysDia do Combatente

A batalha que registou a maior baixa de tropas portuguesas após Alcácer-Quibir foi recordada junto do monumento aos Combatentes da Grande Guerra. p. 6

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SugeStão Cultural

Actualidade

editorial

Ser voluntário em momentos de crise

2 • Abril 2011

Estamos em pleno ano europeu do voluntariado e da cidadania activa. É nos momentos mais controversos da contempo-raneidade que os cidadãos comuns são chamados a ajudar quem mais precisa. O fenómeno não é original nem sequer propositado. É do conhecimento geral que, infelizmente, ainda existe famílias descom-pensadas social e financeiramente. Mas é nos momentos como o que o país, a Europa e o mundo atravessam que surgem mais e flagrantes casos de carências múltiplas. Ninguém está imune às solicitações e situações precárias. É com bom grado que vemos cada vez mais cidadãos a associa-rem-se a causas sociais e a promoverem acções com objectivo de atenuar as dificuldades do seu semelhante. O concelho de Cascais tem sido palco de vários movimentos e projectos com esse mesmo objectivo. Nesta edição procurámos

desvendar a realidade do estado social da região e o perfil dos que mais procuram ajuda nesta altura. Os agentes estão lotados e começam a perder capacidade de resposta para as necessidades reais. É para isso crucial que surja em cada indivíduo uma nova consciência social e comunitária. Não podemos continuar fechados dentro do nosso mundo e dos problemas individuais pois está à vista de todos que a precarieda-de não escolhe sexo, idade ou estatuto social. Abril assinala uma importante data para os ex-combatentes portugueses e no concelho a efeméride foi recordada com uma homenagem aos militares mortos na fatidica batalha de La Lys, na Flandres. Mas porque a vida não pode ser só pessimismo e reflexão, realizámos um dossier especial saúde e bem-estar, nas páginas centrais, com alguns conselhos e sugestões para os nossos leitores. •

Sugestão Cultural

A Junta de Freguesia do Estoril acolheu, desde o dia 9 de Abril, a mostra “do Paredão para o mar”, de António Dulcídio e obras de Paulo Galrão de Almeida.

Os artistas em exposição têm linhas e percursos artísticos bastantes diferentes mas a singularidade que os distingue compõe em sintonia uma exposição de pintura onde a cultura e tradição portuguesas estão retra-tadas de forma particular e única. António Dulcídio, reside em Carcavelos, é pintor autodidacta com formação artística feita na Sociedade Nacional de Belas Artes. Parale-lamente é autor e administrador da rede Galeria Aberta – Associação de Apoio ao Artista (galeriaaberta.com e galeriaaberta.ning.com) com mais de 1500 artistas plásti-cos de 12 países. O objectivo primordial é

apostar na divulgação das obras individuais e colectivas em Portugal e no estrangeiro. António Dulcídio aposta no desenho de ma-cros naturais e tributos a questões sociais e artísticas. Paulo Galrão de Almeida, terapeu-ta da fala e pintor autodidacta, divide a sua vida entre Antuerpia, na Bélgica, e Portugal. O artista está a apresentar pela primeira vez o seu trabalho em território nacional. Para além das telas, Paulo Galrão de Almeida expõe também três painéis alusivos à cultu-ra portuguesa realizados na Bélgica. Este pintor tem como principal fonte de inspiração a calçada portuguesa e as pedras do pare-dão da marginal cascalense. A exposição, sita na rua de Santa Maria n.º 45, Estoril, pode ser visitada até 28 de Abril, de terça-feira a sábado entre as 10h00 e as 18h00. A entrada é gratuita. • VERÓNICA FERREIRA

A ERP Portugal abriu o primeiro centro de sensibilização ambiental do país que visa a gestão dos REEE (resíduos de equipa-mentos eléctricos e electrónicos) e RP&A (resíduos de pilhas e acumuladores).

Na cerimónia estiveram presentes o pre-sidente europeu da ERP, Umberto Raiteri, o director-geral da ERP Portugal, Ricardo Neto, a responsável pela sensibilização e comunicação, Filipa Moita e a subdirectora da APA – Agência Portuguesa do Ambiente, Luísa Pinheiro. A ERP opera em 12 países e em Portugal desde 2006 sendo que no caso português os sócios fundadores da ERP Portugal são quatro grandes empresas – Electrolux, Grupo Gillette Portugal, Hewlett Packard Portugal e Sony Portugal. No início, a ERP instalou locais de recolha de electro-domésticos, 780 contentores e agora vão colocar mais 50, os chamados Depositrão.

«Se comparar uma televisão e for entregue em casa, o cliente tem o direito de entregar o velho em casa e a loja/distribuidor está obrigada a recolher o equipamento e enca-minhá-lo para a ERP», explicou Ricardo Neto. O centro de sensibilização ambiental está preparado para acolher escolas e gru-pos de 30 pessoas, open days, em sessões de esclarecimento sobre o depósito de pe-quenos, médios e grandes electrodomésti-cos e o trabalho de reciclagem que é feito com os equipamentos. «Do ponto de vista legal, o depósito de resíduos eléctricos e electrónicos é uma obrigação e do ponto de vista ambiental é um benefício para todos», esclareceu o responsável pela ERP Portugal acrescentando que «as pessoas estão mui-to melhor, a ERP está a recolher cerca de 11 mil toneladas por ano deste tipo de equipa-mentos quando começamos, no primeiro ano, em 500 toneladas». • VF

«Do Paredão para o mar» no Estoril

Centro de Sensibilização Ambiental inaugurado na Beloura

ExPOSIçãO ERP PORtUGAL – ASSOCIAçãO GEStORA DE RESíDUOS

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16 E 30 ABRILWorkshop: Casa dos Desenhos IICasa das Histórias Paula Rego55 euros por workshop. 10h30 – 13h30

16, 23 E 30 ABRILGinástica na Pedra do SalCentro de Interpretação Ambiental da Pedra do Sal10h30 – 11h30

ATÉ 25 ABRILExposição de Carlos DugosCentro Cultural de Cascais, terça a domingo 10h – 18h

Centenário de Jean GenetEspaço Memória, Teatro Experimental de Cascais, terça a domingo 14h – 18h

25 ABRILCorrida da JuventudeBairro de Massapés, São Domingos de RanaMúsica: Banda da Sociedade Recreativa Musical de Carcavelos. Jardim Júlio Moreira, Carcavelos. 11h00

29 ABRILConferência: Com olhos de ler – comunidade de leitoresBiblioteca Municipal de Cascais, São Domingos de Rana21h00

ATÉ 30 DE ABRILExposição: Winds of ChangePintura abstracta. Forte S. Jorge de Oitavos.De terça-feira a domingo, 10h00 – 17h00

Exposição: Auschwitz não foi um acidenteEspaço Memória dos ExíliosDe segunda-feira a sábado, 10h00 – 18h00

30 ABRILVelaBaía de Cascais, 10h00 – 17h00

ATÉ 29 MAIOExposição: 100 anos de Arte Portuguesa Museu Condes de Castro Guimarães. Terça a sexta 10h – 17h, Sábados, domingos e feriados 10h – 13h e 14h – 17h

7, 14, 21 E 28 MAIOCurso: breve introdução à literatura anglo-saxónica Auditório Casa das Histórias Paula Rego, Sábado, 15h00

ATÉ 12 JUNHOExposição: My Choise – obras da colecção do British CouncilCasa das Histórias Paula RegoTodos os dias 10h00 – 20h00

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A Residências Montepio – Serviços de Saúde SA, inaugurou, a 13 de Abril, a unidade da Parede, a quinta de sete residências destinadas à prestação de cuidados a seniores.

A Residência Montepio Parede, localizada na Avenida Marginal, mais precisamente na Rua Marquês de Pombal, n.º 6, tem capaci-dade para acolher 101 utentes, dispõe de 40 quartos duplos, 14 individuais e quatro suites, opera com uma equipa de 60 colaboradores, entre médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, ajudantes de acção directa e fisioterapeutas, e agrega serviços que asseguram a presta-ção de um atendimento integrado e de cui-dados individualizados aos seus utentes. Inserida num projecto que responde às ques-tões do envelhecimento e do apoio à tercei-ra idade através de centros residenciais re-partidos pelas cidades do Porto, Gaia, Braga, Coimbra, Lisboa e Montijo e que já assegurou a criação de 342 novos postos de trabalho, a Residência Montepio Parede assume-se como um recurso social e de saúde especia-lizado que assegura uma resposta completa e de elevada qualidade. A Residência Mon-tepio Parede está equipada de quartos indi-viduais e duplos, controlo de Enfermaria, sala de Terapia Ocupacional, centro de dia, área de esplanada e jardim, salas de convívio, cafetaria e salas de jantar, capela, cabeleirei-ro e podologista, departamento de Fisiote-rapia e Reabilitação, e, por fim, circuito fe-chado de televisão. • REDACÇÃO

No momento em que muito se discute o estado social do país, o Correio de Cascais foi saber como é a realidade do concelho junto da vereadora Mariana Ferreira responsável pelo pelouro da acção social da autarquia.

Como descreveria o actual panorama social cascalense? Cascais é um concelho com bons índices de desenvolvimento, mas não está imune à pobreza, à exclusão social ou à desigual-dade. Temos problemas de desemprego e de precariedade, como acontece em todos os concelhos de Portugal. Também aqui existem famílias que não conseguem pagar as suas contas no final do mês ou o passe para os seus filhos irem para escola. No entanto, a CMC está já há muito tempo a preparar-se para o agravamento da crise e, substituindo-nos muitas vezes à Administração Central, temos encontrado e implementado soluções para combater o flagelo da pobreza e da exclusão social de forma qualificada. Sabemos que só assim podemos contribuir para alavancar a mudança na vida de cada pessoa. Por exemplo, em Cascais está em vigor desde 2008 o Protocolo das Famílias que visa apoiar pecuniária e transitoriamente famílias em situação de emergência. E fazemo-lo em estreita articulação com instituições que estão no terreno e que conhecem a realidade de cada casa. Uma criança que precise de óculos não deixa de os ter porque a família não tem dinheiro para os comprar.

Que carências existem e quais são as áreas mais afectadas?A maioria dos pedidos que chega diz respeito a necessidades básicas: alimen-tos, medicamentos, leites, papas e fraldas. Também detectamos grandes necessida-des das famílias nos pagamentos das suas contas que nos casos de emergência e transitoriamente assumimos.

Com a conjuntura de contenção e reestruturação das económicas familia-

res, têm vindo a ser diagnosticados mais casos de fragilidade social desde o início do projecto Rede Social de Cascais, em 2008? Em 2010 houve um claro aumento, na ordem do 30 por cento, dos pedidos de ajuda face ao ano anterior. Acredito que esta percentagem deve estar em conver-gência com o aumento no resto do país. Com o agravamento da crise económica, as fragilidades sociais também se agra-vam, e Cascais não está imune.

Qual é o perfil de quem procura auxílio junto da autarquia, nomeadamente das instituições que fazem parte da Rede Social de Cascais?

A maioria dos pedidos de auxílio vem de famílias com mais de quatro membros. São pessoas de todas as idades que se encontram em dificuldade para cumprirem prestações, pagarem as suas contas e já sem acesso a subsídios. Além dos desempregados em plena idade activa que já não têm direito ao subsídio de desem-prego nem ao RSI, recorrem também aos vários apoios e instituições, famílias em que os pais estão empregados, mas apesar disso não têm liquidez para sustentar o seu agregado, uma vez que o seu salário serve apenas para pagar prestações e dívidas. Assistimos ao crescimento dos chamados novos pobres: pessoas com habilitações, activas, mas sem emprego ou com empregos muito precários. E estes, por serem um novo flagelo, estão fora das tradicionais redes de apoio social.

Qual o nível de eficácia dos agentes na resolução dos problemas?As instituições, apesar de estarem no limite da sua capacidade, estão devida-mente equipadas, qualificadas e prepara-das para dar respostas. A CMC disponibili-za linhas de financiamento específicas para cada um dos projectos em curso, de forma a qualificar e melhor capacitar cada uma das nossas instituições. O nível de eficácia da resposta mede-se pela qualidade com que esta é prestada. E esta é incontestável.

A CMC tem agido como mediadora entre as instituições e os interessados ou tem sido agente activo na resolução de problemas sociais diagnosticados? Somos todos agentes activos, CMC e instituições, na medida em que acredita-mos que a melhor forma de resolver os problemas é trabalhando em rede, por isso todos temos intervenção directa. As soluções são sempre concertadas e, conforme cada projecto, a CMC tem um papel mais ou menos individualizado.

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4 • Abril 2011

Novos pobres ainda «estão fora das tradicionais redes de apoio social»

Unidade de cuidados a seniores abre na Parede

ENTREVISTA MARIANA RIBEIRO FERREIRA, VEREADORA DA CâMARA MUNICIPAL DE CASCAIS SAúDE

A vereadora Mariana Ferreira garante que a Câmara Municipal tem desempenhado um papel activo na resolução dos problemas e na concentração de sinergias entre agentes.

Concelho

LUÍS

BEN

TO -

CM

C DR

Março assinalou mais uma acção do programa Limpar Portugal. O município de Cascais associou-se à iniciativa e realizou, entre os dias 19 e 26, diversas acções de limpeza dos espaços naturais.

A iniciativa foi inserida no âmbito da Se-mana do Ambiente e do Ano Internacional das Florestas. O movimento Limpar Portugal decorreu no Abano, Pisão de Cima e Barra-gem do Rio da Mula, e foi promovido pela Câmara Municipal de Cascais (CMC), através das Agências Cascais Atlântico e Cascais Natura, e da Empresa Municipal de Ambien-te de Cascais (EMAC). A primeira acção de limpeza contou com a participação do pre-sidente da autarquia, Carlos Carreiras, e o secretário de Estado do Ambiente, Humber-to Rosa. No primeiro dia de primavera foi realizado um Roteiro das Árvores de Cascais e apresentado o livro “Aves da Ribeira dos Mochos”, de José Manuel Durão, cuja edição contou com o apoio da EMAC e da CMC. No âmbito da Semana do Ambiente foram ainda apresentados os resultados do AquaSig – Centro de Interpretação Ambiental da Pedro do Sal, uma demonstração de voo de falco-

aria e de técnicas de poda de árvores, ambas no Parque Marechal Carmona, entre outras actividades.

Parques Urbanos em exposiçãoNo passado dia 24 de Março o Centro de

Interpretação Ambiental da Pedra do Sal (CIAPS), sito na Av. Marginal em S. Pedro do Estoril, inaugurou uma exposição sobre os Parques Urbanos de Cascais. A mostra dis-ponibiliza as maquetas dos vários parques urbanos (PU) disponíveis no concelho. São no total seis estruturas ambientais em expo-sição: o PU Quinta de Rana, orçado em 1,100 milhões de euros, e o borboletário que terá exemplares das espécies nacionais e cuja inauguração está prevista para o último tri-mestre de 2011; o PU Natura Outeiro de Polima com um investimento a rondar o milhão e meio de euros; e os PU que ainda se encontram em fase final de aprovação dos projectos – Ribeira dos Mochos com um orçamento de 750 mil euros; Outeiro de Vela, o mais valioso dos seis com 1,6 milhões de euros orçamentados para o projecto; e o PU Mata de Santo António. A exposição pode ser visitada até 24 de Abril. • VF

A Câmara Municipal de Cascais (CMC) apresentou um conjunto de iniciativas que visa proteger os idosos do isolamento e promover a solicitação de auxílio e/ou denúncia de situações de vulnerabilidade.

O executivo camarário e a provedora da Santa Casa da Misericórdia de Cascais, Isabel Bouças, anunciaram a criação de um plano de intervenção e de uma linha de emergência para que os munícipes possam alertar para situações preocupantes. Carlos Carreiras, presidente da CMC, salientou que em consequência dos sucessivos cortes do poder central às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), a autarquia «tem vindo a ser procurada com grande insistência para poder, de alguma forma, suportar [as IPSS]. Estamos a falar de grandes bombas sociais para as quais o Estado não está pre-parado, nem tem competência e nem sequer é eficaz». A vereadora Mariana Ribeiro Fer-reira referiu que «a maioria das instituições que lidam com os idosos do concelho de Cascais está na sua capacidade limite de respostas» mas a autarquia tem procurado auxiliar as instituições e os munícipes. Este ano será elaborado um plano gerontológico

do concelho cascalense. «Não é mais do que um guião para a definição da política local no domínio do envelhecimento, onde se determinam objectivos específicos a alcançar e se identificam os meios necessários para atingir esses objectivos», afirmou conside-rando que o documento será fundamental no rácio dos investimentos a realizar. A sub-rede do envelhecimento, inserida no projecto Rede Social, em funcionamento desde 2008, «tem como objectivo ajustar todas as res-postas de combate isolamento para que elas possam ser complementares, desta forma, potenciamos recursos, associamos todas as instituições e organizações que têm projectos e soluções nesta área e agilizamos os pro-cedimentos de forma a todos terem acesso fácil a este apoio», explicou a vereadora. Será criada uma linha verde que, a partir do factor da boa vizinhança, pretende disponibilizar um meio de denúncia para questões como o isolamento ou mesmo maus-tratos. A vere-adora referiu ainda o desenvolvimento do projecto Activo 55, programa de voluntariado de valorização do património do concelho, cujos público-alvos são pessoas com mais de 55 anos em situação de pré-reforma ou desemprego de longa duração. • VF

Jornal Mensal • 5

Cascais aposta na qualidade Linha de emergência para idosos

SEMANA DO AMBIENtESAúDE SOLIDARIEDADE

LUÍS

BEN

TO –

CM

C

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Concelho

A acção de limpeza da praia do Abano reuniu vários voluntários e membros do poder local e central.

Concelho6 • Abril 2011

Vitória Russa 93.º Aniversário da Batalha de La Lys

Jovens visitam corporações de bombeiros

DrAgon Winter SerieS - 5th SerieS DiA Do CombAtente

DiA Aberto – Sê herói por um DiA

O Clube Naval de Cascais promoveu, entre os dias 18 e 20 de Março, a 5.ª série das Dragon Winter Series, na classe Dragão. O Murka 8 da Team Murka voltou a vencer.

o Clube naval de Cascais continua com um amplo calendário de regatas e a classe Dragões é das que mais tem competido desde o mês passado. o campo de regatas de Cascais recebeu, entre os dias 18 e 20 de março, a 5ª série das Dragon Winter Series, evento realizado pelo Clube naval de Cascais que contou com o patrocínio do turismo do estoril. A regata foi dominada pela equipa russa team murka que finalizou o evento no primeiro e segundo lugares da classificação geral. o terceiro lugar do pódio foi ocupado pela equipa alemã extreme. Viacheslay Var-nachkin, Valentin uvarkin e Vladimir Krutski-kh a bordo do murka 8 foram os grandes vencedores da série, mas o murka 7 de olga White, martin Leifelt e Vadim Statsenko tam-bém realizou uma grande apresentação e venceu duas das sete regatas realizadas. Completando o pódio ficou a tripulação Alemã do extreme de Vincent hoesch, michi Lipp e peter Liebner. em relação às 24th Cascais Winter Series que tiveram lugar no mês anterior, verifica-se que o pódio foi

ocupado pelas mesmas três equipas, tendo o segundo e terceiro lugares invertido a po-sição, com os dois primeiros lugares do pódio a serem ocupados agora pelas duas tripulações russas pertencentes à team murka: murka 8 em primeiro e a murka 7 em segundo. A melhor tripulação portuguesa foi a do pmS de Francisco pinheiro de melo, Vicente pinheiro de melo e Diogo pereira que finalizou no 5.º lugar da geral. Durante os três dias de prova, os concorrentes foram brin-

dados com excelentes condições para a prática da vela: sol e bom vento permitiram a realização de sete regatas. • nA

O concelho de Cascais assinalou os 93 anos decorridos sobre a sangrenta batalha de La Lys junto ao monumento aos Combatentes da Grande Guerra, no centro da Vila, no passado dia 8 de Abril.

A cerimónia de homenagem contou com a presença de oficiais militares e das Forças de Segurança sediadas no concelho, do executivo da Câmara municipal de Cascais, da representação das Juntas de Freguesia cascalenses, da Associação de Combatentes e de alguns sócios da Liga dos Combatentes. Após o discurso solene, foram depositadas coroas de flores no momento de homenagem aos Combatentes da grande guerra seguin-do-se as honras militares. A batalha de La Lys aconteceu entre 9 e 29 de Abril de 1918 na região da Flandres. este acontecimento assinalou a participação portuguesa na pri-meira grande guerra mundial. A ofensiva alemã lançou, em La Lys, um derradeiro ataque para conquistar o conflito que custou às tropas portuguesas a maior baixa militar depois da batalha de Alcácer-Quibir, em 1578. em cerca de quatro horas de combate, contabilizaram-se mais de 7500 homens entre mortos, feridos, desaparecidos e pri-sioneiros de guerra o que representou mais de um terço dos efectivos. recorde-se que a 2.ª divisão do Corpo expedicionário portu-guês, com cerca de 20 mil homens, integra-va o 11.º Corpo britânico (84 mil homens). A frente de combate arrastava-se numa linha de 55 quilómetros e dos portugueses envol-vidos no confronto estiveram presentes 15 mil militares, aproximadamente. • VF

A Câmara Municipal de Cascais promoveu, a 7 de Abril, a iniciativa “Dia Aberto - Sê Herói por um dia!”, dirigida aos alunos do 3.º ciclo e secundário.

esta iniciativa foi organizada em parceria com o Serviço municipal de protecção Civil e as Corporações de bombeiros do Conce-lho. os alunos das escolas secundárias do concelho, no total 420, realizaram uma visi-ta às instalações das cinco corporações de bombeiros e participaram na simulação de operações de socorro, desencarceramento, busca e salvamento e ainda tomar contacto com as principais características do suporte básico de vida (socorrismo). A acção esteve integrada nas comemorações do Ano euro-peu do Voluntariado e da Cidadania Activa,

e foi desenvolvida no âmbito da intervenção do banco Local de Voluntariado de Cascais e visa despertar a comunidade escolar para a prática de voluntariado e cidadania activa. «As várias Corporações de bombeiros do

Concelho abriram as portas aos jovens es-tudantes para que pudessem viver por um dia esta experiência única que é ser bom-beiro. no âmbito do Ano europeu do Volun-tariado, quisemos mostrar aos nossos jovens qual a sensação de ser herói por um dia, quisemos que eles sentissem o quanto é gratificante a vida quando dedicamos parte dela aos outros, a ajudar, a salvar, a melhorar a nossa comunidade, os nossos vizinhos e todos aqueles que precisam de ajuda, de socorro. os jovens devem ter oportunidades para saberem como podem ajudar, como se podem tornarem úteis a eles, a nós e a por-tugal. basta para isso abrir-lhes a porta. Foi o que os nossos bombeiros fizeram», expli-cou mariana ribeiro Ferreira, vereadora da acção social da CmC. • VF

Classificação1.º: Murka 8 (RUS) Mikhail Muratov, Valentin Uvarkin e Vladimir Krutskikh

2.º :Murka 7 (RUS) Olga White, Martin Leifelt e Vadim Statsenko

3.º: Extreme (ALE) Markus Brennecke, Vincent Hoesch e Michi Lipp

Quando vestiram o fato de bombeiro, os alunos sentiram-se uns verdadeiros “heróis”

O Dia do Combatente recordou a sangrenta batalha de La Lys no centro da Vila de Cascais.

CNC

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BREVES

SUPLEMENTO • Saúde & Bem-estar

PUB

• I

Um novo estudo norte-americano publicado na Annals of Internal Medicinei sobre os dois tipos de

dieta mais comuns, as dietas baixas em calorias (diminuição da gordura) e as dietas baixas em hidratos de carbono, acaba de concluir que as dietas ricas em boas gorduras e proteínas associadas à diminuição dos hidratos de carbono são eficazes na perda e gestão do peso e apresentam melhores resultados na diminuição do risco da doença coronária.

Conduzido por 15 especialistas, o ensaio

clínico teve a duração de dois anos e teve como

objectivo avaliar o impacto dos dois diferentes tipos

de dieta no peso e na saúde da amostra. Os partici-

pantes, 307 com uma idade média de 45 anos, foram

divididos em dois grupos. Os que seguiram uma

dieta baixa em hidratos de carbono passaram a inge-

rir uma dose limitada de hidratos de carbono (20g por

dia durante 3 meses) com consumo de gorduras e

proteína sem restrição. A partir dos 3 meses, o con-

sumo hidratos de carbono foi aumentando (aumen-

tando 5g por dia todas as semanas ) até o peso de-

sejado ser atingido. Os participantes que seguiram

uma dieta de restrição calórica diminuíram o consumo

de calorias para 1200-1800 por dia. Ao longo de dois

anos, os indivíduos foram avaliados aos 3, 6, 12 e 24

meses de acordo com o peso perdido, mas também

ao nível do seu perfil lipídico, tensão arterial, corpos

cetónicos na urina, densidade mineral óssea, compo-

sição corporal e outros sintomas.

Os resultados revelaram que apesar dos indivídu-

os de ambas as dietas terem perdido 11% do peso no

primeiro ano e 7% no segundo, os seguidores da

dieta de restrição em hidratos de carbono apresenta-

ram uma maior redução da tensão arterial, dos trigli-

céridos e no colesterol VLDL. Ao nível do colesterol

HDL, ou o bom colesterol, o grupo da dieta com redu-

ção de hidratos de carbono registou um maior aumen-

to dos valores, chegando aos 23% em 2 anos. Neste

sentido, os investigadores concluíram que apesar de

ambas as dietas serem bons planos para a perda de

peso, as de restrição em hidratos de carbono são a

melhor opção para reduzir os factores de risco para

doença coronária.

A evidência dos benefícios de uma dieta pobre em

hidratos de carbono tem sido a conclusão de vários

estudos publicados durante 2010. Por exemplo, o

estudo publicado no Journal of The American Heart

Associationii revela que as dietas restritivas em hi-

dratos de carbono não só são uma boa alternativa a

dieta calórica como apresentam tão bons ou melhores

resultados em termos de reversão de problemas re-

lacionadas com a carótida.

Um outro artigoiii, publicado em Agosto de 2010,

conclui que as dietas que aumentam o consumo dos

hidratos de carbono e reduzem as gorduras saturadas

podem causar deslipidemia, um dos mais importantes

factores de risco da aterosclerose, a principal causa

de morte dos países desenvolvidos, que consiste na

presença de níveis elevados de gordura no sangue.

Por seu turno, a substituição dos hidratos de carbono

pelas gorduras saturadas originou uma redução do

rácio total entre o colesterol LDL e HDL.

Para Teresa Branco, fisiologista na gestão do peso

“estes novos estudos vêm comprovar os benefícios

das dietas pobres em hidratos de carbono ao nível

coronário, contrariando o mito que ainda subsiste,

principalmente em Portugal. Hoje em dia, e sustenta-

do na mais recente investigação feita nesta área, é

possível concluir que a ingestão de gorduras pode

trazer benefícios a quem as consome. Mas o mais

importante é estar atento e controlar o nosso perfil

lipídico”

Em Portugal, dietas de baixos hidratos de carbono,

como a dieta Atkins, têm conhecido uma forte acei-

tação pelo mercado da nutrição e começam a entrar

já nos hábitos de alimentação dos portugueses.

A dieta Atkins, que é focada nos estudos como a

metodologia que os investigadores seguiram no grupo

das dietas de baixos hidratos de carbono, revolucionou

o sector ao apresentar uma metodologia que corta nos

hidratos de carbono em vez das gorduras.

“Estes estudos e outros que têm sido publicados

vêm demonstrar que dietas como a Atkins são, hoje

em dia, uma boa alternativa às dietas de restrição

calórica. Tudo depende do caso em questão, mas as

recentes conclusões científicas vêm retirar, claramen-

te, a conotação negativa que era dada à restrição de

hidratos de carbono. Uma pessoa, mediante o seu

perfil metabólico, pode encontrar na Atkins a meto-

dologia ideal para perder e manter o seu peso” afirma

Teresa Branco.

i Weight and Metabolic Outcomes After 2 Years on a Low-Carbo-hydrate Versus Low-Fat Diet; Gary D. Foster, PhD; Holly R. Wyatt, MD; James O. Hill, PhD; Angela P. Makris, PhD, RD; Diane L. Rosenbaum, BA; Carrie Brill, BS;Richard I. Stein, PhD; B. Selma Mohammed, MD, PhD; Bernard Miller, MD; Daniel J. Rader, MD; Babette Zemel, PhD;Thomas A. Wadden, PhD; Thomas Tenhave, PhD; Craig W. Newcomb, MS; and Samuel Klein, MD.ii Dietary Intervention to Reverse Carotid Atherosclerosis; Bolotin, Joachim Thiery, Georg Martin Fiedler, Matthias Blüher, Michael Stu-mvoll, Rudich, Aaron Fenster, Christiane Mallett, Noah Liel-Cohen, Amir Tirosh, Arkady Iris Shai, J. David Spence, Dan Schwarzfuchs, Yaakov Henkin, Grace Parraga, Assaf Meir J. Stampfer and for the DIRECT Group, 1 Mar, 2010.iii Limited Effect of Dietary Saturated Fat on Plasma Saturated Fat in the Context of a Low Carbohydrate Diet; Cassandra E. Forsythe; Stephen D. Phinney; Richard D. Feinman; Brittanie M. Volk; Daniel Freidenreich; Erin Quann; Kevin Ballard ; Michael J. Puglisi ; Carl M. Maresh; William J. Kraemer; Douglas M. Bibus; Maria Luz Fernandez • Jeff S. Volek.

Ingestão de gorduras saturadas podem trazer benefícios para a saúde

NUTRIÇÃO

DR

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Saúde & Bem-estar • SUPLEMENTOII •

Calças de ganga, calças skinny, calças baggy, calças clássicas…hoje em dia, propostas são muitas mas muitas vezes as mulheres não sabem que tipo de calças lhes favorece. Que tipo usar se temos um pouco de barriga ou a anca larga? Aqui têm algumas dicas para resolver a questão.

Se o seu corpo é recto, sem curvasAconselho neste caso usar modelos de calças com aplicações de bolsos, pregas e cintura marcada. Bolsos vão ampliar a anca enquanto pregas vão dar mais volume na zona da anca. O cós alto e largo vai ajudar a marcar cintura. Modelo baggy é ideal neste caso.

Se a sua barriga ainda não está em plena formaNeste caso tem de escolher a calça de cintura média – recta que vai esconder os quilos ganhos durante o inverno e ajudar a formar a ilusão de barriga lisa. Para além

disso use calças de corte direito que irão prolongar o comprimento da perna. Evite usar calças de cintura descida, pois este modelo marca bastante a barriga e ao sentar-se as gordurinhas vão subsair e dar nas vistas.

Se tem o peito e a anca volumososSe é dona de um corpo por qual todos os homens suspiram (como o da Marlyn Monroe), tente escolher modelos de corte direito, de ganga e sempre sem pregas. Evite qualquer tipo de aplicações e calças com “boca de sino” que iriam roubar alguns centimêtros da altura.

Se tem o corpo perfeito, proporcional e pernas compridasSem hesitar pode usar calças skinny de cintura subida, calças com cinto que vão sublinhar a elegância das suas pernas e marcar cintura ainda mais.

nesta edição decidimos dar uma atenção especial a um acessório muito importante, sem o qual nenhuma mulher sai de casa – a mala. É um acessório de enorme importância pois leva metade da nossa

casa mas tem de ser confortável e também condizer com o restante look para melhorar o visual e não prejudica-lo definitivamente. Veja as novidades do mundo da moda. E como sempre, tentamos ajudar às nossas estimadas leitoras na escolha do guarda-roupa. Desta vez damos-lhe dicas sobre a escolha de uma das peças mais funcionais de todos os tempos – as calças. Acompanhe-nos. Boa sorte e muito estilo!

Acessórios que marcam a diferençaopinião: anastasia gladkova

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Com o bater à porta da nova estação temos que pensar não só na roupa, mas também nos acessórios que acompa-

nham e finalizam o nosso visual. Graças às novas tendências, criadores de todo o mundo, casas de criação e mercado abrangente, po-demos observar que nesta temporada há muito por onde escolher. Com toda a certeza podemos anunciar que os modelos rectangu-lares, em trapézio ou arredondadas vão conti-

nuar em moda. Os clutch vão marcar a presen-ça, enqunto as malas ao estilo de saco voltam a ser tendência. Must-have da estação são as malas que parecem ser as malas escolares e também malas às riscas de cores vibrantes. Não se esqueça que a mala tem de ser funcio-nal, por isso presta atenção aos bolsos e fe-chos. Os tons de terra, camel e bege continuam permanecer e adaptam-se praticamente ao todos os tons do seu guarda-roupa.

Calças para todos os corpos

As malas da estação primavera/verão 2011

O Museu da Electricidade recebeu, dia 9 de Abril, jovens estudantes com idades entre os 11 e 17 anos, para a mega-triagem odontológica gratuita organizada pela Turma do Bem cujo principal projecto é o Dentista do Bem.

Para além do público em geral, a ong (organização não governamental) turma do Bem recebeu, entre as 10h00 e as 17h30, jovens de dez instituições dos concelhos de lisboa, amadora e Cascais. Cerca de 400

jovens foram observados por uma equipa composta por 20 voluntários, dentistas e assistentes, que avaliaram e registaram os problemas orais destes jovens para poste-riormente avaliar qual o grau de necessidade e urgência de cada um. Esta operação contou ainda com a colaboração voluntaria de cerca de 60 estudantes de odontologia, assim como a equipa, e dentistas, que veio do Brasil composta pelo fundador e dentista dr. Fábio Bibancos e as cinco Finalistas do sor-riso do Bem 2010, entre elas a dr.ª Carmem

Falcon, vencedora do prémio de Melhor dentista do Mundo. o projecto dentista do Bem auxiliou mais de cem crianças carencia-das no primeiro ano de existência em Portu-gal e a sua rede de dentistas do Bem cerca de 140 profissionais voluntários. o tratamen-to é gratuito e cada dentista (ou estomatolo-gista) voluntário é responsável pelo acompa-nhamento do beneficiário até ele completar 18 anos. o projecto revela-se uma oportuni-dade única para estes jovens receberem acompanhamento odontológico. Para além

de promover a educação e informar sobre a higiene oral, frequentemente negligenciada, o projecto colmata as dificuldades financeiras para os respectivos tratamentos. Este pro-jecto foi idealizado e fundado pelo famoso dentista brasileiro Fábio Bibancos, em são Paulo, Brasil, contando actualmente com mais de oito mil dentistas do Bem no Brasil, em Portugal e em nove países da américa latina. só em 2010 estes voluntários aten-deram nos próprios consultórios mais de 16 mil jovens em todo o mundo. • vF

Jovens cascalenses participam em mega-triagem odontologia

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SUPLEMENTO • Saúde & Bem-estar • III

Rugas. Iniciamos e terminamos com elas, mas de maneira diferente. Acompanham-nos com maior inten-

sidade em determinados momentos da vida, principalmente quando sorrimos. A nossa pele, enquanto órgão leve e sensível, vai vi-venciando esses momentos e deixando pe-quenas assinaturas que se vão instalando cada vez mais com o avançar dos anos. No entanto, com a exposição constante ao meio ambiente, corre um risco elevado de se da-nificar.

Na ciência, ao processo de dete-rioração das célu-las por determina-das partículas (es-pécies Radicais Livres de Oxigénio) que se ligam à pele dá-se o nome de envelhecimento. A questão é, até que ponto é que os alimentos podem ajudar a combater este processo?

A pele precisa de luz solar para realizar apropriadamente as suas funções metabóli-cas. Se é um órgão capaz de ser nutrido, então os alimentos podem ter um papel im-portante, permitindo que seja exposta sem se danificar. Os grandes responsáveis pela sua protecção são compostos naturais exis-tentes nos alimentos chamados antioxidan-tes e fitoquímicos.

Alimentos com efeitos protectores e efeitos adversos para a pele:

Os açúcares podem contribuir para a deterioração da pele através de um processo chamado glicosilação de proteínas, isto é, o açúcar liga-se a proteínas presentes na pele contribuindo para a formação de rugas e envelhecimento. Por outro lado, a “gordura menos saudável” (gordura saturada) que existe em produtos alimentares como a man-teiga e produtos de pastelaria, também poderá dificultar a acção dos antioxidantes.

O azeite é uma “gordura saudável” (gordura monoinsaturada) e como tal aumen-ta a quantidade de gorduras saudáveis presentes naturalmente na pele, que têm a capacidade de prevenirem o envelhecimen-to das células.

Os peixes gordos são uma boa fonte de ómega-3 e se forem acompanhados com vegetais, alguns antioxidantes como os ca-rotenóides, coenzima Q10 e vitamina E po-derão potenciar os seus efeitos.

As ameixas, maçãs, moran-gos/bagas, cere-jas e chá são ricos em polifenóis, que têm uma acção an-tioxidante muito mais potente do que a vitamina C e E. No entanto, quando a vitamina C é ingerida em

excesso (>1200-2000mg/dia), pode ter efeitos que promovem a oxidação da pele, tornando-a mais susceptível ao envelhecimento.

Assim, a gestão de hábitos alimentares deve fazer parte do nosso dia-a-dia como forma de protecção, não apenas contra o envelhecimento da pele, mas também da saúde em geral. Os alimentos que escolhe-mos para comer e saborear fazem toda a diferença no seu conjunto e os seus efeitos reflectem-se a longo-prazo.

Andreia Carlos, [email protected]

Referências bibliográficas:br Purba, M., Kouris-Blazos, A., Wattanapenpaiboon, N., Lukito, W., Rothenberg, E., Steen, B. C. and Wahlqvist, M. L. (2001). Skin Wrinkling: Can Food Make a Difference? Journal of the American College of Nutrition, 20(1):71-80.; Dietary Reference Intakes: RDA and AI for Vitamins and Elements. (2010). National Academy of Sciences. Institu-te of Medicine. Food and Nutrition Board. (URL: http://www.usda.gov); Dietary Reference Intakes: UL for Vitamins and Elements. (2010). National Academy of Sciences. Institute of Medicine. Food and Nutrition Board. (URL: http://www.usda.gov)

Que diferença fazem os alimentos para o envelhecimento?

NUTRIÇÃO: ANDREIA CARLOS

azeite, azeitonas, frutos secos, leguminosas, peixe, vegetais,

fruta, sementes, chá, água

efeitos protectores

efeitos adversos

carnes vermelhas, açúcar e produtos açucarados, produtos lácteos à base de leite gordo, manteiga ou margarina

O jardim municipal de Oeiras vai receber entre os dias 28 de Abril e 1 de Maio mais uma edição da iniciativa Semana da Saúde Viva + cujo objectivo é partilhar saúde de forma activa.

A participação é gratuita e o programa prevê a realização de rastreios (visual, auditivo, podológico, medição dos níveis de colesterol, glicemia, tensão arterial, osteoporose e ava-liação da composição corporal e perímetro abdominal) e movimentos de actividade física. Durante a semana as acções decorrerão entre as 15h00 e as 19h00 e no fim-de-semana o horário é das 10h00 às 19h00. O programa reúne actividades lúdico-pedagódicas e a presença de stands de várias entidades inter-venientes na área da saúde cuja tarefa irá de encontro ao esclarecimento e aconselhamen-to da população sobre as suas áreas de inter-venção. Prevenir o consumo de drogas, evitar o consumo excessivo de álcool, prevenir do-enças sexualmente transmissíveis, adoptar uma alimentação equilibrada e aumentar a prática regular de actividade física são algu-mas das iniciativas de dependem de cada um de nós e abrangem regras básicas que devem ser seguidas e que serão abordadas no de-correr das actividades. Paralelamente à parti-

lha de saúde de forma activa, a iniciativa visão informar os munícipes sobre as medidas pre-ventivas para reduzir a incidência da doença e aumentar a responsabilidade da população na manutenção da saúde e bem-estar. A Se-mana da Saúde Viva + é uma organização da Câmara Municipal de Oeiras em parceria com a empresa Merck Sharp & Dohme e a colabo-ração de diversas entidades que intervêm no âmbito da promoção da saúde. • REDACÇÃO

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Saúde & Bem-estar • SUPLEMENTO

Marginal ao rubro

Semana da Saúde Viva +

DiA MunDiAl DA ACtiViDADE FíSiCA

SAúDE

A Câmara Municipal de Cascais realizou no dia 3 de Abril, entre as 9h30 e as 12h30, a iniciativa Viva 30 na Marginal. A iniciativa reuniu milhares de participantes nas várias modalidades em destaque.

Esta actividade contou com o apoio da rádio Comercial e reuniu, ao longo da marginal de Carcavelos, várias actividades desportivas. A Viva 30 na Marginal marcou a apresentação do programa municipal de promoção da acti-vidade física “Cascais Activo – Viva 30”, em parceria com diversas entidades desportivas do concelho. Durante a manhã, o troço da Avenida Marginal junto à praia de Carcavelos, entre as rotundas da Av. Jorge V e do Forte São Julião da Barra, esteve inteiramente re-servado para a prática de actividade física, onde a população pode percorrer aquela zona

a pé ou com recurso a qualquer veículo não motorizado: biCas - bicicletas de Cascais, trikes e diversos veículos a pedal. Foram ainda dinamizadas várias actividades como o yoga, pilates, bodyvive, jogos tradicionais, bodybo-ard, surf, futebol, beach rugby, futvolei, corfe-bol, voleibol e beach ténis e outros jogos de praia. É de recordar que a Organização Mundial de Saúde (Global Recommendations on Phy-sical activity for Health), aconselha 30 minutos diários de actividade física moderada ou in-tensa para os adultos e 60 minutos diários para crianças e jovens. neste sentido, o Município de Cascais, com o apoio de diversas associa-ções e clubes desportivos, promove desde 2002 diversas acções “Cascais Activo é Des-porto…”, seja “…nas Férias”, “…na Escola” ou “…Para todos”, destinadas a fomentar a prática desportiva saudável. • REDACÇÃO

IV •

CASC

AIS

XXI –

ANT

ÓNIO