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Director: Nuno Moura Ano XXXIV, Nº 546 Montalegre, 05.11.2018 Quinzenário E-mail: [email protected] 1,00 € (IVA incluído) Barroso Noticias de i Cabrilho português ou espanhol Rio Rabagão passou a ter caudal ecológico "Foi adicionado a jusante da Barragem da Venda Nova, caudal ecológico no troço do rio Rabagão, no percurso que o liga à barragem de Salamonde. Vem atrasado mais de 50 anos, mas esperamos que fique para o futuro. Este foi um impacto ambiental positivo que é de registar". Barroso da Fonte P3 VILA-DA-PONTE “Move-nos tão só defender o Povo Vilapontenses e pugnar pela dignificação, elevação e bom trato das pessoas de bem! Creio que não vamos ser enlameados pela chicana política, o ressentimento serôdio e eventuais ódios de estimação”. Lourenço Afonso P5 Há censura em Montalegre "Aqueles amigos que nas visitas à Biblioteca Municipal nunca dispensavam a leitura do Notícias de Barroso, não terão mais essa possibilidade porque o presidente da Câmara, numa atitude ditatorial inqualificável, decidiu boicotar o jornal das terras de Barroso". Carvalho de Moura P5 Óscar Romero, arcebispo de San Salvador "No fatídico dia 24 de março de 1980, enquanto celebrava a missa numa Igreja de San Salvador, foi assassinado por um atirador de elite do exército salvadorenho, instalado num carro no exterior da Igreja, carro que falsamente simulava uma avaria". Pe Vitor Pereira P11 Recriação da debulhada do milho em Nogueira de Boticas Foi em ambiente de festa que centenas de pessoas participaram no passado sábado, dia 20 de outubro, na recriação da debulhada do milho à moda antiga realizada em Nogueira. P11 DESPORTO Montalegre recupera a olhos vistos e continua na Taça de Portugal e Vilar de Perdizes também não pára de fazer história. Salto sem surpresas. P15 O Notícias desta edição dá grande relevo a João Rodrigues Cabrilho por causa duma delegação espanhola em San Diego ter levantado a polémica da nacionalidade do navegador. João Soares Tavares, o biógrafo investigador da vida e obra de Cabrilho vem de novo a terreiro provar com documentos que é português de Lapela, de Cabril. Ver P9. Outros factos de importância capital decorreram nesta quinzena, desde logo a apresentação do PO na reunião da Câmara de Montalegre aprovado com os votos contra da oposição. Ver P9 e 10 Pista de Rallicrosse de Montalegre substituida pela do Abu Dhaby Manuel Ramos chama-lhe um elefante branco porque já consumiu nilhões de euros aos cofres do município sem retorno e, afinal, a IMG abdicou de Montalegre. A Câmara recebeu com surpresa e repulsa a decisão e ameaça com os tribunais. Mas parece que a autarquia não terá realizado obras com que se comprometera. A decisão está tomada e em 2019 não há mundial de rallicrosse em Montalegre. P5 Do Ouro à Cobardia “a Carina Luís, verdadeira heroína, é um exemplo para todos os nossos jovens. Sem abdicar do sonho de representar ao mais alto nível as cores nacionais – desde muito cedo que foi chamada à seleção nacional - teve de fazer muitos sacrifícios, a começar pelos estudos” Bento Monteiro P7

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Director: Nuno Moura

Ano XXXIV, Nº 546Montalegre, 05.11.2018

Quinzenário

E-mail: [email protected]

1,00 € (IVA incluído) BarrosoNoticias dei

Cabrilho português ou espanhol

Rio Rabagão passou a ter caudal ecológico

"Foi adicionado a jusante da Barragem da Venda Nova, caudal ecológico no troço do rio Rabagão, no percurso que o liga à barragem de Salamonde. Vem atrasado mais de 50 anos, mas esperamos que fique para o futuro. Este foi um impacto ambiental positivo que é de registar". Barroso da Fonte

P3

VILA-DA-PONTE

“Move-nos tão só defender o Povo Vilapontenses e pugnar pela dignificação, elevação e bom trato das pessoas de bem! Creio que não vamos ser enlameados pela chicana política, o ressentimento serôdio e eventuais ódios de estimação”. Lourenço Afonso

P5

Há censura em Montalegre

"Aqueles amigos que nas visitas à Biblioteca Municipal nunca dispensavam a leitura do Notícias de Barroso, não terão mais essa possibilidade porque o presidente da Câmara, numa atitude ditatorial inqualificável, decidiu boicotar o jornal das terras de Barroso". Carvalho de Moura

P5

Óscar Romero, arcebispo de San Salvador

"No fatídico dia 24 de março de 1980, enquanto celebrava a missa numa Igreja de San Salvador, foi assassinado por um atirador de elite do exército salvadorenho, instalado num carro no exterior da Igreja, carro que falsamente simulava uma avaria". Pe Vitor Pereira

P11

Recriação da debulhada do milho em Nogueira de Boticas

Foi em ambiente de festa que centenas de pessoas participaram no passado sábado, dia 20 de outubro, na recriação da debulhada do milho à moda antiga realizada em Nogueira.

P11

DESPORTO

Montalegre recupera a olhos vistos e continua na Taça de Portugal e Vilar de Perdizes também não pára de fazer história. Salto sem surpresas.

P15

O Notícias desta edição dá grande relevo a João Rodrigues Cabrilho por causa duma delegação espanhola em San Diego ter levantado a polémica da nacionalidade do navegador. João Soares Tavares, o biógrafo investigador da vida e obra de Cabrilho vem de novo a terreiro provar com documentos que é português de Lapela, de Cabril.

Ver P9.Outros factos de importância capital decorreram

nesta quinzena, desde logo a apresentação do PO na reunião da Câmara de Montalegre aprovado com os votos contra da oposição.

Ver P9 e 10

Pista de Rallicrosse de Montalegre substituida pela do Abu Dhaby

Manuel Ramos chama-lhe um elefante branco porque já consumiu nilhões de euros aos cofres do município sem retorno e, afinal, a IMG abdicou de Montalegre. A Câmara recebeu com surpresa e repulsa a decisão e ameaça com os tribunais. Mas parece que a autarquia não terá realizado obras com que se comprometera. A decisão está tomada e em 2019 não há mundial de rallicrosse em Montalegre.

P5

Do Ouro à Cobardia“a Carina Luís, verdadeira heroína, é um exemplo para todos os nossos jovens. Sem abdicar do sonho de representar ao mais alto nível as cores nacionais – desde muito cedo que foi chamada à seleção nacional - teve de fazer muitos sacrifícios, a começar pelos estudos” Bento Monteiro

P7

05 de Novembro de 20182 BarrosoNoticias de

VILAR DE PERDIZESHalloween juntou muita gente

No 31 de outubro, Vilar de Perdizes voltou a festejar o Dia das bruxas. Sob a benção mágica do Pe Fontes no que é auxiliado pelo Bruxo Queiman, não faltaram diversões a partir do cair da noite pelas ruas da aldeia cuja animação esteve a cargo da Companhia de Teatro Filandorra.

Tal como é tradição destas festas, a celebração celta de prestar culto aos mortos evoluiu para ritos fantasiosos diversos como praticar travessuras, fazer enormes fogueiras, jogos e atrações "assombradas", pregar sustos

aterradores, etc. Foi um pouco disto que aconteceu em Vilar de Perdizes onde não faltou a Queimada e a natural exibição dos caretos alusivos ao embruxamento prórprio deste dia. A organização teve o apoio da Câmara Municipal.

MONTALEGRE1.º Festival de Teatro em Montalegre

«É o primeiro Festival do Teatro de Montalegre e vai ser único. Vão ser dois fins-de-semana, onde contamos com cinco companhias de teatro diferentes que vão apresentar cinco espetáculos diferentes, com qualidades diferentes e de zonas geográficas diferentes. Posso garantir que os espetáculos são muito interessantes.

No auditório da biblioteca municipal as pessoas terão a oportunidade de estar à conversa com os criadores desses espetáculos. As expetativas são as melhores porque queremos fazer com que as pessoas tenham necessidade do teatro».

Assim se expressou Abel Neves, dramaturgo e escritor montalegrense radicado em Lisboa. Ele é a alma desta realização cultural que pretende cativar as pessoas de Montalegre para a arte de representar, o teatro, nos dias 3 e 4 e 9,10 e 11 do corrente mês de Novembro.

Na página da Câmara de Montalegre publicou uma excelente súmula do que vai acontecer nos dias

indicados:Foram os antigos gregos que inventaram o teatro,

esse lugar onde umas tantas pessoas se atrevem a mostrar trabalhos de representação diante de outras, celebrando os feitos, os vícios e as virtudes da humanidade, os seus conflitos, as suas crenças e os seus humores. Alguém faz alguma coisa e outros assistem, todos próximos e irmanados num mesmo acto: viver, e, se possível, melhor. O teatro é, pois, um espaço físico partilhado pelos que fazem acontecer as artes de cena e o Público. Representar uma história - narrá-la e vivê-la com intensidade, seja farsa, tragédia, drama ou comédia - e para não defraudar a expectativa do Público, exige o estudo, o cuidado e a alegria que outros trabalhos

também exigem, mas com as suas diferenças, claro, porque diferentes são os modos e as artes de andar por aqui. Pretendendo ser, adiante, mais do que uma simples “mostra de teatro”, o Festival de Teatro de Montalegre, que pela primeira vez se apresenta neste Outono de 2018, ao honrar o património legado pelos antigos gregos, homenageia o teatro português e as suas Companhias, privilegiando aqueles que, tendo inventado e defendido estruturas de criação e produção, ao longo de muitos anos têm resistido aos infortúnios que diariamente pesam sobre as artes teatrais. Neste primeiro Festival de Teatro de Montalegre, que em boa hora a Câmara Municipal entendeu patrocinar, estão presentes Companhias de Campo Benfeito/Castro Daire [Teatro do Montemuro], de Coimbra [A Escola da Noite], de Braga [Companhia de Teatro de Braga], de Lisboa [A Barraca] e de Évora [CENDREV – Centro Dramático de Évora]. São cinco espectáculos que se cumprem também por uma geografia aberta. Acompanhando as apresentações teatrais do Festival, está aberta ao Público - durante o mês de Novembro no Ecomuseu – uma vigorosa exposição de Máscaras, da autoria do artista plástico e actor António Jorge. Que vos seja simpático e proveitoso este primeiro Festival de Teatro de Montalegre. Obrigado pela vossa presença. Abel Neves

Montalegre é Candidato a Município do Ano 2018

O município de Montalegre está entre as 35 autarquias nomeadas para nove categorias e para o grande prémio final da quinta edição dos Prémios Município do Ano – Portugal 2018. Os vencedores serão conhecidos em cerimónia pública a realizar, no próximo dia 16, pelas 17 horas, no Paço dos Duques de Bragança, em Guimarães. A organização cabe à Universidade do Minho, através da plataforma UM-Cidades, e ao município de Guimarães. A sessão prevê as intervenções do reitor Rui Vieira de Castro, do coordenador da UM-Cidades, Paulo Pereira, e do presidente do município anfitrião, Domingos Bragança. Montalegre está nomeado na categoria Norte, com menos de 20 mil habitantes, com o evento "Sexta Feira 13 – Noite das Bruxas".

Os prémios "Município do Ano – Portugal 2018" têm por fim «reconhecer as boas práticas de projetos implementados pelos municípios com impacto no território, na economia e na sociedade, promovendo o crescimento, a inclusão e a sustentabilidade».

In cm-montalegre.pt

PADORNELOSMorte no Campo de Tiro

Um homem de 31 anos morreu, dia 21 de Outubro, depois de ter sido atingido com um tiro de caçadeira durante um treino de falcões e cães para a caça, no Campo de Tiro situado acima de Padornelos.

De seu nome José Maria Bandeira Raposo Cavaleiro, natural dos arredores de Lisboa, residia em Padornelos numa caravana, era falcoeiro e amigo da natureza. Em exercícios de treino de cães, um outro caçador de nome Fernando, de Famalicão, envolveu-se com uma cadela e acabou a disparar a caçadeira e atingir mortalmente o José Maria.

O alerta para o acidente foi dado por volta das 15.40 horas, desse refrido dia, tendo sido acionados seis operacionais e três viaturas dos bombeiros voluntários de Montalegre e a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Chaves.

A Políciam Judiciária também esteve no local, tendo o caso seguido os seus trâmites no Tribunal de Montalegre.

SERRA DO GERÊSTrês pessoas perdidas em dia de mau tempo

Três pessoas de nacionalidade portuguesa perderam-se, ao final desta tarde de sábado, na zona dos Carris, freguesia de Cabril, concelho de Montalegre. O trio de caminheiros passava na área das Minas das Sombras, quando "foram surpreendidos por queda intensa de neve e pelo nevoeiro", disse, ao JN, o comandante dos Bombeiros Voluntários de Montalegre, David Teixeira.

O alerta foi dado pelos três homens, cerca das 18.20 horas, através de uma chamada telefónica para os Bombeiros de Montalegre. "Disseram estar desorientados e cheios de frio, mas que não estavam feridos", notou ainda David Teixeira. Para o local referenciado, próximo da fronteira com Espanha, seguiram duas equipas das corporações de bombeiros de Montalegre e Salto, com o objetivo de os resgatar.

GNR no combate internacional ao Tráfico de Seres Humanos

A Guarda Nacional Republicana (GNR), no âmbito da missão da Agência Europeia de Fronteiras e Guarda Costeira (FRONTEX), participa ativamente na garantia dos direitos humanos, promovendo a proteção de vítimas de Tráfico de Seres Humanos, tendo este ano auxiliado diretamente mais de 2.500 migrantes, aos quais se acrescentam cerca de 1.400 migrantes detetados e encaminhados para as autoridades competentes.

Neste esforço, a GNR tem militares destacados na Grécia, Croácia, Polónia, Itália, Bulgária e Espanha, com as atribuições de vigilância terrestre e da orla costeira, apoio ao controlo de fronteiras, investigação criminal e, com grande relevo, de busca e resgate marítimo.

A embarcação “Mar Egeu”, atualmente empenhada na ilha de Samos – Grécia, já efetuou 160 patrulhas, cerca de 1.100 horas de serviço e percorreu 9.900 milhas náuticas, o que permitiu detetar e resgatar 334 migrantes, dos quais 111 crianças e 81 mulheres.

A aquisição desta embarcação contribui, fundamentalmente, para a salvaguarda de vidas humanas no mar e para a prevenção, deteção e repressão de ilícitos transfronteiriços, com principal enfoque no combate ao Tráfico de Seres Humanos, cujo dia Europeu foi assinalado.

TRANCOSOGNR apreende peças de veículos furtados

O Comando Territorial de Bragança, através do Núcleo de Investigação Criminal de Miranda do Douro, dia 25 de outubro, na localidade de Trancoso– Guarda, recuperou várias peças de automóveis furtados e diverso material proveniente de furtos em estabelecimentos.

No seguimento de uma investigação relacionada com vários furtos de veículos, iniciada há mais de um ano e meio, em que já estavam identificados dois homens e uma mulher, com idades compreendidas entre os 24 e 46 anos, foram realizadas duas buscas, uma em residência e outra numa oficina, tendo sido apreendido:

·10 autorrádios; 7 airbags; 6 centralinas; 3 rebarbadoras; 2 berbequins; 1 máquina de desempenar rodas; 1 máquina fotográfica; diverso material de construção civil e ainda 122 doses de cannabis.

Os suspeitos tinham como modus operandi furtar os veículos, a cerca de 150 km de distância de Trancoso, e durante os fins de semana e feriados desmantelavam os veículos.

205 – BENEDITO DA COSTA FREITAS, de 62 anos, casado com Deolinda do Vale Pereira, natural da freguesia de Fonte Arcada, Póvoa de Lanhoso, residente em Salto, faleceu no Hospital de Chaves no dia 15 de Outubro, sendo enterrado no cemitério de Salto.206 – MARIA PEREIRA CAPELA, de 97 anos, viúva de João Bernardo de Miranda, natural da freguesia de Salto e residente em Ferral, onde faleceu no dia 20 de Outubro e foi sepultada.208 – ANTÓNIO MARIA GONÇALVES DE SÁ, de 85 anos, solteiro, natural e residente em Cabril, faleceu no Hospital de Chaves, no dia 20 de Outubro.209 – ISABEL RUA, de 92 anos, natural da freguesia da Chã e residente em Codeçoso, de Meixedo, faleceu o Hospital de Chaves, no dia 24 de Outubro, sendo enterrada no cemitério de Codeçoso.210 – ARMANDO GONÇALVES URBANO, de 87 anos, viúvo de Maria Garcia, natural da freguesia de Padornelos e residente em Sendim, faleceu no Hospital de Chaves no dia 25 de Outubro. 211 – DEOLINDA DE JESUS, de 88 anos, viúva de Manuel Heitor Fernandes, natural da freguesia de Painzela, Cabeceiras de Basto, e residente em Pomar da Rainha, Salto, onde faleceu no dia 29 de Outubro e foi sepultada.212 – ERMELINDA DA GLÓRIA GONÇALVES RAMOS, de 84 anos, viúva de José Maria Gonçalves Branco, natural e residente em Covelães, faleceu no Hospital de Lordela, Vila Real, no dia 30 de Outubro.

PAZ ÀS SUAS ALMAS!

Nota – A numeração corresponde ao total de falecidos no presente ano de 2018 até à presente data.

CORTEJO CELESTIAL

05 de Novembro de 2018 3BarrosoNoticias de

Barroso da Fonte

Rio Rabagão passou a ter caudal ecológico

Li no blogue Ecos de Barroso da autoria do doutor Manuel Afonso Machado a que: «foi adicionado a jusante da Barragem da Venda Nova, caudal ecológico no troço do rio Rabagão, no percurso que o liga à barragem de Salamonde. Vem atrasado mais de 50 anos, mas esperamos que fique para o futuro. Este foi um impacto ambiental positivo que é de registar. No final dos anos 40/60, não havia planos de impacto ambiental. Quando eram construídas barragens que retiravam a água para fora do leito do rio, este ficava seco. Foi o que aconteceu no caso do rio Rabagão. Esteve mais de cinquenta anos sem caudal ecológico. As autarquias e particulares foram fazendo pressão sobre o ministério do ambiente até que, finalmente, chegou o caudal ecológico.Já estamos a pensar em repovoar o rio com peixe como a truta, a boga e o escalo, especies autóctones comuns nos rios de barroso. Depois virão as lontras que também viviam nas suas margens, alimentando-se com os peixes existentes no rio. É também um local aprasível para, no verão, dar um passeio e um mergulho numa praia fluvial a instalar sem alterar o meio ambiente».

Quem costuma ler a minha colaboração, sabe que entrei na vida ativa, em 1962. E, para felicidade minha, mal abandonei o seminário, logo consegui o primeiro emprego, na Barragem de Pisões. Nesses quase dois anos aprendi muito com quem chegara a esse empreendimento. A maior parte dos trabalhadores viera de outras barragens porque a HICA e a MAGOP, tinham o bom gosto de implementar habitação para quem entendesse deslocar a família. De repente, esse fecundo vale, entre os Cornos das Alturas de Barroso e a serra que separa o Rio Cávado do seu afluente, (Rabagão), desde o Larouco até à Ponte da Misarela, transformou-se numa densa povoação, desde a Lama da Missa até Friães e, desde a vila da Ponte a Viade, Parafita, Penedones, S. Vicente, Aldeia Nova, Morgade e Negrões. Durante uma década (1956-1966) o mais fecundo vale do vasto concelho de Montalegre,

virou no mais populoso agregado populacional. Tão importante empreendimento, alterou profundamente a fisionomia da região. Os melhores terrenos ficaram submersos, a estrada nacional teve o mesmo destino e a identidade barrosã diversificou-se, substancialmente. Com a inauguração da albufeira, a última do sistema Cávado-Rabagão, desfez-se a originalidade geográfica e humana. Hoje há ainda muita gente viva que se lembra do antes e do depois da maior barragem nacional e daquela que foi a primeira na Europa, com o sistema de bombagem, graças à sua congénere da Venda Nova. Segundo se lê na Wikipédia «os caudais ecológicos têm por objetivo satisfazer as necessidades dos ecossistemas aquáticos e ribeirinhos, consubstanciando-se num conjunto de caudais mínimos a manter no curso de água que permite assegurar a conservação e a manutenção dos ecossistemas aquáticos naturais». Regista-se esta benfeitoria.

Torgueda no mapa-múndi

Carina Luís fez da má língua regional uma bandeira olímpica, ao regressar da Argentina, integrada na equipa de futsal feminino, com uma vitória mundial que tanta alegria deu aos habitantes da lusofonia. Sou filho da «tia Ana Torgueda» que nasceu em Codeçoso, mas cuja mãe (minha avó Conceição Rua) era dali natural. Sempre foi conhecida pela Ana Torgueda. E eu próprio cheguei a ser apodado como «da terra dos da volta». Essa tradição tinha sentido pejorativo, ao que parece, por alguns rurais que carenciados, se deslocavam pela vila e outras aldeias, pedindo bens

de que precisavam, alegando ter perdido todos os bens em incêndios. Nunca ligámos a esse epíteto, tanto mais que, da minha geração conheci, - e ainda conheço - muito boa gente, dali oriunda que deu cartas. E eis que a jovem Carina, veio repor essa «má fama»

graças ao título olímpico que ajudou a ganhar, por mérito, desse punhado de talentosas heroínas. Vibrei com esta linda e jovem de Torgueda esperando que sirva de exemplo, às próximas gerações de Barroso. A justa homenagem do Município deve ter esse intuito.

Artur Ferreira Coimbra: da Borralha para Fafe e daqui para a ribalta literária

Dia 26 de Outubro foi apresentado na cidade em que vive, o seu mais recente livro. Palavras à procura de Voz, é o título desta obra poética que pretende assinalar os quarenta anos de autor que, em 1978 se iniciaram com a obra: o Prisma do Poeta. Esta efeméride é mais que justo ser assinalada. E não só pela Câmara de Fafe da qual já foi vereador. Também a Câmara de Montalegre, nomeadamente a freguesia de Salto que legitimamente pugna pelos seus valores humanos, patrimoniais e históricos, deverá inscrever o nome deste filho ilustre que nasceu no complexo mineiro da Borralha e que, com a mudança da família, para Fafe, ali se fez Homem em todas as valências intelectuais, culturais e humanas. Licenciado e Mestre em História, Artur Coimbra fez da sua formação académica um proveitoso celeiro cultural, produzindo obras volumosas, acerca da vila, cidade e concelho de Fafe, reescreveu factos, porventura incompletos, ampliou espólios, biografou pessoas; como jornalista exímio difundiu eventos, como dirigente associativo criou coletividades, estimulou vocações, fez pedagogia democrática dos valores essenciais; foi sempre assertivo no que empreendeu, no que apoiou, no que lhe foi pedido, desde que para

benefício público. E uma virtude o norteou: nunca escondeu as origens Barrosãs, privilegiou a solidariedade para com os amigos, impôs a sua coerência ideológica, mesmo contra influências públicas de fundamentalistas. Quase me sinto Fafense, pela

minha ligação a muitos e bons amigos; a escolas onde lecionei oito anos; a eventos culturais e até pelas minhas «cacetadas», no jornal Povo de Fafe, cujo Diretor e Jurista, me atura desde os anos oitenta. E ao longo destes quase quarenta anos sempre vi e apreciei a influência e operacionalidade cultural, académica, jornalística e associativa de Artur Coimbra. Sempre usámos o telurismo como íman do nosso relacionamento, em todas as circunstâncias do quotidiano.

Camarada do barrosão Bento Gonçalves

«Nasceu fidalgo abastado e tornou-se «filho adotivo do proletariado». Chamou-se Júlio de Melo Fogaça. Rivalizou com Álvaro Cunhal na liderança dos comunistas, mas perdeu a luta no verão de 1960, quando passeava com o seu amante e a PIDE o prendeu. O PCP transformou esse caso num tabu - que agora se desfaz quase por completo»

Este é o lead da recensão de oito páginas da revista Visão, nº 1337 de 24/10/2018, largamente documentada e ilustrada. Na capa da revista, com a foto de Júlio Fogaça, em fundo, lê-se: Os Segredos do líder-Tabu que o PCP apagou da sua história. Dirigiu o partido e disputou com Cunhal a liderança, mas a sua homossexualidade foi pretexto para a expulsão,num processo escondido até hoje. Os detalhes, os documentos e as cartas inéditas».

Sempre alimentei o sonho de biografar, em livro, o 1º Secretário Geral do Partido Comunista Português, Bento Gonçalves que nasceu em Fiães do Rio e morreu, na década de quarenta, do século XX, no campo de concentração do Tarrafal.

Como é que um jovem de uma minúscula povoação das margens do Rio Cávado, se aventura a ir para Lisboa, se envolve numa rara profissão, no Alfeite, aderindo às ideias marxistas, tão raras nas gentes de Barroso? Que coincidências para que, por essa mesma altura, outro ilustre Barrosão: Piteira Santos, tenha aderido às mesmas ideias marxistas?

E, ainda, Maria Eugénia Neto, nascida em 1934 na vila de Montalegre. Casou com Agostinho Neto que, já depois de licenciado em medicina, em Portugal, o acompanhou e aos filhos até à morte dele.

Finalmente, mais um exemplo carismático, o de Maria Helena Ataíde Vilhena Pereira, natural de Casas

Novas. Casou com o seu colega de curso, Luís Amílcar Cabral, igualmente líder do PAIGC da Guiné-Bissau.

Alertado pela recensão daquela Revista, consegui adquirir o livro de Adelino Cunha sobre «o líder de origem burguesa que desafiou Álvaro Cunhal e foi apagado da história do PCP».

Quatro filhos de Barroso e Alto Tâmega que se fizeram ao mundo da Lusofonia, devolvendo mundos ao mundo, quando tinha chegado o tempo de reconhecer a emancipação desses povos. Se a Visão me alertou positivamente pela síntese crítica de Adelino Cunha, nas suas 318 páginas faz revelações fantásticas para quem gosta de conhecer as mentalidades. A revolução Russa de 1917 foi um dos acontecimentos mais importantes do século XX. Em1921 nasce o PCP que irá atrair centenas de jovens dispostos a lutar por uma sociedade nova. Júlio Fogaça (pseudónimo da clandestinidade de Fernando Ramos), e Américo Gonçalves encontraram-se pela primeira vez. Aquele tinha 53 anos. Este apenas 25.«A destreza sedutora daquele homem elegante, cinquentão, resultou ao aproximar-se do soldado Gonçalves. Estávamos em Cascais, em Março de 1957. «Pela hora do jantar, já iam os dois na direção da estrada do Guincho».

Seduzido pela ideia de politizar os operários urbanos, o jovem fidalgo rural torna-se comunista. Aos 28 anos é preso junto com Bento Gonçalves.

Estes três momentos-chave leem-se na Revista Visão. Ao fim de cinco anos desterrado no Tarrafal, Fogaça, nomeada da Família que é proprietária da Quinta do Porto Nogueira, em Alguber, Cadaval. Em 1941, sendo discípulo de Bento Gonçalves, assume o cargo de Secretário que era ocupado por BG. Em 1942 Fogaça volta a ser preso. E Cunhal sucede-lhe no cargo. Nas décadas de 40 e de 50, Álvaro Cunhal e Júlio Fogaça alternam na liderança, sempre em ambiente de rivalidade. Em1960 Cunhal foge da Cadeia de Peniche e Fogaça é expulso do PCP em1961. Nessa altura o Transmontano de Montalegre, Bento Gonçalves já tinha falecido. Mas essas três figuras foram relevantes na instalação do PCP em Portugal. E já Edmundo Pedro nos seus três volumes de Memórias, explicaram muitas das dúvidas que Domingos Abrantes,Carlos Brito, Edmundo Pedro e

vários outros esclareceram em livros, jornais, revistas e canais televisivos.

05 de Novembro de 20184 BarrosoNoticias de

MAPC

UM PARÁGRAFOUm Parágrafo # 125 – Preconceito

Os miocardos espreitam nos interstícios das penumbras feitas num tempo que insistiu em fugir dele próprio e se escondeu com o medo da própria sombra. Um medo que lhe adveio de uma existência meramente temporal e que ele pensava ser naturalmente evolutiva e decorrente dos dias que passavam sem atribulações. Estava errado, esse tempo. Os miocardos não. Eles sabem que o tempo se distorce e acompanha os caprichos das divindades que nos querem confundir. Eles são seres voláteis e que procuram os recantos mais obscuros do nevoeiro, esperando pacientemente as suas desprevenidas presas. As presas que somos nós, os que acreditam no tempo. Aqueles que crêem numa linearidade absoluta, de evolução positiva e permanente. Sem voltas e sem curvas… Nada mais falso. Nada mais longe da realidade de um tempo que os miocardos conhecem bem e sabem ser algo que está pleno de curvas, avanços e recuos. Uma montanha russa de realidades temporais que, sendo a quarta dimensão, faz uso a seu bel-prazer das outras três… só para nos confundir. Uma confusão que provém da tão simples realidade de não darmos conta que estamos submersos num imenso badanal construído por cornucópias temporais.

João Nuno Gusmão

Há um claro azulNa água deitado Sob o céu a ver

Também azuladoE a vir de Sul

Um vento a correrApanho a aragem E vejo a imagem

O sino a tocarE o som da lavoura

Na terra lavradaE o conto da moura

Da moura encantadaMenina mulher

De nunca esquecer

A tarde eternizaA minha lembrançaDos dias passados De homem criança No chão que se pisa

Nos tempos lembradosBate o coração À recordação

A verde folhagemOs campos abertos

A findar o diaOs braços abertos Por esta viagemDe tanta alegriaMeu lindo lugarHei-de cá voltar

«CARVALHELHOS, 25 DE JUNHO DE 1956

Olho a serra. E diante desta natureza sem disfarces, aberta para

todos os horizontes, sinto como que uma centrifugação do espírito.

Ando, e parece que voo; tento localizar-me, e perco-me na

indeterminação. Uma espécie de nomadismo de alma descentra-

me e liberta-me das amarras mesquinhas da vida compartimentada.

E compreendo de repente a força universal que impregna os gestos

e as palavras destes barrosões, puros na impureza, que lavam as

mãos no sangue dum semelhante e há mil anos que descobriram

o cepticismo moderno. Homens para quem o absoluto é relativo

clarificado, e que por isso entregam desta maneira a filha ao

namorado que lha pede em casamento:

Pastora é, gado guardou;

Se sebe saltou;

Se nalguma se picou,

Tal como está

Assim vo-la dou…

(Miguel Torga, in Diário VIII)”

CLARO AZUL

Cmts

Uma frase curta onde cabe toda a verdade do mundo

Lita Moniz

05 de Novembro de 2018 5BarrosoNoticias de

Entre a fauna local deste rincão transmontano, integrado no único Parque Nacional português, o animal que mais curiosidade desperta e de que mais se fala é o elefante branco. Não fazia falta nenhuma, todavia, ano após ano, vai-se multiplicando como uma praga pela pobre e cada vez mais deserta paisagem concelhia. Se alguém duvidar da sua existência, que venha ver a diversidade que povoa o nosso concelho e que tem sido conseguida pelos desméritos e fracassos da Câmara Municipal de Montalegre.

São já vários os exemplares que vão pintalgando o concelho, quase todos obra e graça do PS: Piscinas Municipais, Ponte sobre o Rio Assureira, Campo de Tiro, Central de Camionagem, Variante à Vila, Porta do PNPG em Paradela, Centro de Formação Profissional de

Morgade… É caso para dizer que à elefante reprodutora não lhe falta fertilidade e maternidade.

Para enriquecer a diversidade da fauna local, também surgiram os “quase-elefantes”: a Pista Automóvel é o maior de todos, mas também se acham um Parque do Cávado e até, pela monstruosidade e pouco uso, o Pavilhão Multiusos… Com o despovoamento acelerado, outros “quase-elefantes” virão pintalgar a paisagem.

Quero agora falar do “quase-

elefante” Pista Automóvel. A máxima popular: “O que nasce torto tarde ou nunca se endireita” poderia aplicar-se-lhe. Surgida há 21 anos por mãos do PS local, foi sempre contestada pelo PSD. Contestada por várias razões: porque é obra que se afasta das competências de uma câmara; porque a câmara não tem de desenvolver o desporto automóvel e menosprezar as populações; porque é obra muito cara e de proveitos incertos; porque havia a desconfiança de que toda ou parte dela estava construída em zona verde.

Todavia, para nossa desgraça, o PS persistiu nas obras. Para que ninguém soubesse os gastos avultados, a CMM começou por fazer as obras por administração direta, passando depois para os empreiteiros locais. Perdeu o

concelho, mas ganharam eles; eles nunca perdem! Cada vez a Câmara se foi envolvendo mais nas obras, quero dizer: enterrando-se mais. A certa altura, apercebeu-se do desvario, mas o envolvimento (e os milhões) já tinham sido tantos que agora importava continuar, não dar parte de fraco e “salvar a honra do convento”.

Por volta de 2013, a Pista sofreu um novo impulso e um facto deu à câmara socialista um vislumbre de que a Pista podia ser um sucesso:

o campeonato do mundo FIA de “ralycrosse”. A empresa promotora do mundial (IMG) pediu mais obras para que o campeonato pudesse ali realizar-se e a CMM enterrou mais milhões. Ultimamente a organização pediu ainda mais e melhores obras para que o campeonato do mundo pudesse ser renovado até 2023. Concretamente, pediu um novo piso, que foi feito; mas não foram realizados o centro médico e a ampliação da torre de controlo, que albergaria várias valências, os quais levaram por isso à expulsão de Montalegre do calendário do WRX para 2019 e anos seguintes.

É provável que estas obras não tenham sido conseguidas por a Câmara estar esgotada e sem dinheiro; “esgotada” pelas exigências contínuas de obras caras, há já muitos anos, parecendo a Pista um poço sem fundo, de proveitos nulos e de obras eternas; e “sem dinheiro” por causa da estrada Vilar de Perdizes - Meixide que exauriu os cobres da câmara.

Com a desclassificação de Montalegre em favor de uma pista de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, a pista de Montalegre não passará de uma pista irrelevante, que realizará algumas provas do campeonato nacional, daquelas em que há mais gente na pista do que nas bancadas. O fracasso é grande. Afinal o PSD teve sempre razão, como agora se comprova. Mais ainda: o PSD já disse que, quando for poder, não enterrará dinheiro do orçamento municipal na Pista; e que ou ela sobrevive com receitas próprias ou será abandonada.

Aspecto importante é saber quanto custou e o lucro que dá. Aqui, amigo leitor, estamos perante um problema ao mesmo tempo difícil e

fácil. Ninguém sabe quanto custou aquele empreendimento gigante, mas talvez estejam ali enterrados os 100 saneamentos que ficaram por fazer, acrescido da infraestrutura que falta em Montalegre para que os esgotos não vão parar ao Cávado. Pelo contrário, é fácil de saber o lucro que dá: nenhum, só dá prejuízo.

Orlando Alves disse à comunicação social que a pista rendia 4 milhões/ano, mas isso é uma grande mentira. Eu ainda estou à espera que o anterior presidente me responda às seguintes perguntas:

Primeira: que estudo sério foi feito para chegar ao valor de 4 milhões?

Segunda: o que tem sido feito

com tanto milhão? Terceiro: porque é que um valor

tão elevado não entra na rubrica “receitas” do orçamento?

Quarto: se a Pista dá tanto lucro, porque é que as suas despesas provêm do orçamento municipal e não dos seus lucros?

Evidentemente que é uma grande mentira. A CMM nunca apresentou as contas da pista, nem à Assembleia Municipal, nem a outro órgão (mas devia fazê-lo) pelo que não se sabe quanto custou, nem o prejuízo anual que dá.

No passado, a Câmara tentou concessioná-la a um grupo de jovens local, onde figurava o filho do actual Presidente da Assembleia, mas desistiram quando viram que só tinham prejuízos.

Agora a pista sobreviverá com dificuldade. Foi construída pelo PS e é provável que venha a morrer com o PS, não precisando do golpe de misericórdia do PSD. Além disso, acaba por ser uma obra concelhia

duplicada, pois já existe uma segunda Pista em Salto. Um elefante branco que fará boa companhia a outros elefantes que já medram no nosso concelho, e tudo graças à péssima gestão socialista.

MANUEL RAMOS

Política municipal vista de fora

Pista de Rallicrosse, um "quase elefante Branco"

“Quero agora falar do “quase-elefante” Pista Automóvel. A máxima popular: “O que nasce torto tarde ou nunca se endireita” poderia aplicar-se-lhe. Surgiu há 20 anos por

mãos do PS local e foi sempre contestada pelo PSD. Com a desclassificação de Montalegre do Campeonato do Mundo

de Ralicross, a pista de Montalegre não passará de uma pista irrelevante, pelo que o fracasso é grande. Afinal o PSD teve

sempre razão, como agora se comprova”.

“Entre a rica fauna local deste rincão transmontano o animal que mais curiosidade desperta e de que mais se fala é o elefante

branco que, ano após ano, se vai multiplicando pela pobre e cada vez mais deserta paisagem concelhia. Já há vários elefantes”.

O Circuito Internacional de Montalegre deixou de figurar no calendário mundial de rallicrosse cuja edição de 2019 foi divulgada no dia 25 de Outubro pela IMG.

O calendário de 2019 contempla 11 rondas, registando-se a entrada de duas novas provas, uma na Bélgica, no circuito de SPA-Francorshamps e outra em Abu Dahbi, no circuito de Yas Marina que abre o campeonato.

A Espanha passa a ocupar a data que era preenchida pela prova de Montalegre, no último fim de semana de Abril, em Barcelona.

Paul Bellamy, director geral da IMG, revelou à comunicação social que “está satisfeito com os novos circuitos verdadeiramente desafiantes para os pilotos, que vão encantar os adeptos”.

A notícia caiu como uma bomba em Montalegre, por inesperada, e deixou o executivo da Câmara de Montalegre surpreso e ao mesmo tempo irritado. Orlando Alves ameaçou ir para os tribunais, “a Câmara irá recorrer aos tribunais para ser ressarcida desta decisão”, disse.

O nosso ilustre colaborador, Dr Manuel Ramos, aproveitou a oportunidade para mais uma vez criticar os gastos da Câmara numa

obra que classificou de “elefante branco” que nunca seria viável e não traria retornos para Montalegre. Ver Pág. 5.

Assunto que foi objecto de larga discussão na reunião da Câmara, em Salto, onde o presidente foi confrontado pelos vereadores da oposição com fortes críticas pela forma como a Câmara conduziu o processo da Pista de rallicrosse desde 1997 a esta parte o qual o PSD sempre contestou.

Os vereadores da oposição apresentaram uma interpelação escrita que passamos a transcrever:

José António Carvalho de Moura e José de Moura Rodrigues, vereadores eleitos pela Coligação PSD/CDS, vêm interpelar V.ª Ex.ª nos termos seguintes:

Recentemente, a Pista de Montalegre foi excluída do Campeonato do Mundo de Rallycross de 2019. Depois de muitos milhões gastos, que fizeram da Pista uma das apostas que mais dividiu os barrosões, este anúncio é uma grande derrota para o executivo socialista.

A nossa opinião sobre a Pista foi sempre muito clara. No início, fomos contra porque era uma opção “aventureira”, em que este resultado

era um cenário muito provável. Fomos contra porque a aposta no Rallycross não era sustentada, porque não tinha tradição nem adeptos em Barroso. Fomos contra porque havia outras prioridades para o concelho, tais como o abastecimento de água e o saneamento básico, no qual a falta de crianças e o despovoamento são a mãe de todos os problemas. Ao longo do tempo, percebemos também que as corridas no Larouco não tinham grande rentabilidade para a economia concelhia. Enfim, fomos e somos contra porque foi uma aposta que contraria tudo o que está escrito nos livros sobre boas práticas de desenvolvimento local e regional. Mas não estamos satisfeitos com esta situação. Satisfeitos estaríamos se não se tivesse gasto lá um cêntimo.

E também gostávamos que o Sr. Presidente assumisse os seus erros, em vez de vir com desculpas, dizendo-se surpreendido e com vontade de ir para os tribunais. De facto, nos termos da cláusula 7.3 do contrato que garantia uma prova do mundial em Montalegre entre 2018 e 2022, “A IMG [empresa organizadora] terá o direito de rescindir o presente Contrato sem responsabilidade adicional para com o Organizador [Município

de Montalegre] se o Organizador não cumprir qualquer das KPI’s de acordo com os prazos estabelecidos no Anexo 3 …”. Ora, no Anexo 3, a Câmara obrigava-se a construir uma nova torre de controlo até 01.04.2018, objetivo que não foi cumprido, como se sabe. Portanto, parece-nos que ir para tribunal será apenas uma estratégia de comunicação para diminuir a dimensão do fracasso aos olhos dos barrosões.

Sempre tivemos razão em relação à Pista Automóvel. Ainda assim, não estamos satisfeitos, porque, mal por mal, depois de se ter gasto tanto dinheiro, é melhor ter uma Pista com Mundial de Rallycross do que ter uma Pista sem Mundial de Rallycross. Face a todo o exposto, perguntamos:

• Vai mesmo avançar para os tribunais, ainda que o contrato que assinou não lhe garanta as mínimas probabilidades de sucesso, como parece ser o caso?

• Qual é a solução para o problema? Que alternativas se colocam ao Município? Já há novos objetivos definidos para a Pista de Montalegre, como por exemplo substituir o Mundial de Rallycross por outra prova de dimensão mundial e impacto semelhante?

• Admite a hipótese de deixar a Pista Automóvel do Larouco ao abandono, à semelhança do que aconteceu com a Piscina Municipal?

Montalegre, 31.10.2018

No Mundial de Rallicrosse Abu Dabby toma o lugar de Portugal

2019 World RX Calendar 1. Abu Dhabi – Yas Marina – 5/6 April 2. Spain – Barcelona – 27/28 April 3. Belgium – Spa-Francorchamps – 11/12 May 4. Great Britain – Silverstone – 25/26 May 5. Norway – Hell – 15/16 June 6. Sweden – Höljes – 6/7 July 7. Canada – Trois-Rivières – 3/4 August 8. France – Lohéac – 31 August/1 September 9. Latvia – Riga – 14/15 September 10. USA – Austin – 28/29 September 11. South Africa – Cape Town – 30 November/1 December Calendar provisional pending homologation of circuits and approval of the World Motor Sport Council

A Pista Automóvel de Montalegre em discussão na reunião da CMM

05 de Novembro de 20186 BarrosoNoticias de

VILA DA PONTE:

- Uma Terra desvirtuada no tempo!Esta terra de Baixo Barroso,

quase sempre teve pergaminhos no xadrez político, económico e social de Barroso. Infelizmente nos tempos que correm embora com sequelas de um passado recente, tem regredido por demissão de alguns e uma espécie de “capittio deminutio” da representação autárquica da freguesia que parecem “meninos de coro” de interesses concelhios instalados.

Por outro lado, o funcionamento que se requer transparente, organizado e publicitado dos órgãos da autarquia local peca por erros crassos e lapsos de “lana caprina”!

Atendendo apenas à recente Reunião da Assembleia de Freguesia, de 30 de setembro, vejamos:

Convocatória da Assembleia de Freguesia: Como devia ser da “praxe” e em conformidade com a legalidade administrativa devia ser feita por edital público e colocado nos locais de estilo

da Freguesia, a saber; - Escadas de acesso à

Igreja Paroquial, no placard aí existente;

- Cruzeiro, no coração da aldeia, no respetivo placard;

- Sede da Freguesia, no local próprio e adequado e ainda, na

- Antiga Escola Primária de Bustelo.

Todos locais públicos e por tradição e legalidade adequados para o efeito.

Assim não foi e ao invés foi única e exclusivamente publicitada para efeitos públicos, num local privado, a saber, Café Vilas. Estamos esclarecidos!

Funcionamento da Assembleia de Freguesia: Iniciada na hora marcada e no respetivo local adequado teve um protelamento indevido no seu início.

Como justificar trinta minutos para esperar pelo aparecimento dos elementos em falta, quando estavam presentes quatro elementos

a saber: António Crespo, Presidente da Assembleia; Noémia Gonçalves, Secretária da reunião e ainda António Afonso Pereira e Lourenço Afonso. Ou seja, existia quórum pois estavam presentes quatro dos sete elementos que integram este órgão autárquico!

Condução dos trabalhos: Cabe apenas ao Presidente da Assembleia essa função de zelar pelo funcionamento, cumprimento e ordem das intervenções dos membros da Assembleia e das intervenções dos elementos da Junta de Freguesia que sejam adequadas e justificadas.

Ora foi patética a intervenção de Paulo Pinto que na qualidade de Presidente de Junta e apenas nessa, ali devia e tem de estar; ensaiou, assumindo as dores de parto na defesa (creio sem mandato de representação) do Presidente da Assembleia de Freguesia (que assistiu quedo e mudo ao sermão ensaiado e combinado) por artigo publicado no jornal

“Noticias de Barroso”, de que o aqui articulista foi autor e então de forma indecorosa e indevida teceu entre outros estes impropérios: “pasquim”, em alusão ao referido jornal e “covarde” em relação ao autor do artigo.

Que valentes lições de coragem fazem parte do registo vital do senhor Paulo Pinto? Acaso, se leiloar a sua coragem, será que tem comparadores?

Nem merecem, os seus “atos de coragem”; serem elencados, para poupar os leitores.

Que elevação intelectual e moral tem “o jornal da planura” que faz alusão às suas virtuais intervenções e dos respetivos “compagnos de route”, iluminados e dirigidos magistralmente em “emergência de serviço”, pelo referido jornal de referência, plantado, em meios enlameados; é caso, para dizer – sic transit gloria mundi!

Move-nos tão só defender o Povo Vilapontenses e pugnar

pela dignificação, elevação e bom trato das pessoas de bem! Creio que não vamos ser enlameados pela chicana política, o ressentimento serôdio e eventuais ódios de estimação.

Pela minha parte, quer na Assembleia de Freguesia, quer na Comunicação Social sempre terei, uma intervenção direta, frontal, e intelectualmente honesta se os meus oponentes na Assembleia de Freguesia não se sentirem incomodados nem uma espécie de “virgens ofendidas”.

A censura do “lápis azul”, acabou com o 25 de Abril de 1974.

Sem acrimónia e a comiseração devida. A bem da liberdade e da democracia!

Viva a Vila da Ponte!Vila da Ponte, 10 de

outubro de 2018

Louurenço Afonso

Aqueles amigos que nas visitas à Biblioteca Municipal nunca dispensavam a leitura do Notícias de Barroso, não terão mais essa possibilidade porque o presidente da Câmara, numa atitude ditatorial inqualificável, decidiu boicotar o jornal das terras de Barroso.

Sempre que há uma opor-tunidade de aparente favoreci-mento de pessoas ligadas direc-ta ou indirectamente ao PSD, o presidente da Câmara não se contém e afasta. Tratando--se de responsáveis do partido da oposição então aí vai mais longe ao ponto de eliminar ou mesmo desprezar as activida-des por eles exercidas.

É a ditadura pura e dura que o presidente da Câmara de Montalegre nos quer impor e se manifesta a cada oportunidade que surja.

Seria fastidioso relatar aqui factos concretos sucedidos des-de há um ano a esta parte. Fac-

tos que denunciam o carácter e a vileza de quem os pratica e que num responsável pela causa pública não se podem admitir.

Recorde-se que o Noticias de Barroso é um jornal histó-rico com mais de 35 anos de vida primeiro mensário com o Pe António Fontes e depois quinzenário com o subscritor destas linhas que na actualida-de passou a direcção a Nuno Moura mas no qual ainda man-tém uma colaboração activa responsável pelas edições que vão saindo com regularidade.

Recorde-se também que o Notícias de Barroso, mau grado persistir numa firme oposição à Câmara e ao seu presidente Or-lando Alves, é um jornal inde-pendente onde conta com co-laboradores de sólida formação intelectual que partilham ideais políticos muito diferenciados que vão desde o CDS à CDU.

Como em tempos foi am-

plamente divulgado, o Notícias de Barroso não recebe um cên-timo de publicidade da Câmara Municipal por decisão expres-sa do presidente que não teve pejo nem vergonha em fundar um jornal para alimentar o seu ego e onde publica os anúncios da Câmara para engrossar a sua mesada. Atitude que é contrá-ria ao estabelecido na lei que impõe igual tratamento de ser-viços aos jornais existentes no concelho e que eu espero ver, a breve prazo, sancionada pela ERC.

Como se isto não bastasse, o sr. Presidente incita os “seus” amigos ou supostos amigos a colaborar em exclusivo com o “Planalto Barrosão”, um jornal pobrezinho que mais parece um boltetim paroquial. Ao que chegámos!

O presidente da Câmara e os que o seguem deviam ter a ombridade de reconhecer os créditos que este jornal gran-

jeou para Montalegre e seu concelho. É que ele é um jor-nal de referência da imprensa regional e tem uma vasta au-diência não só entre nós como nas comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo com relevância para a França e os Estados Unidos.

Sempre defendi que neste mundo cabemos todos e todos com os mesmos direitos e de-veres. Não é assim que pensa o presidente de Montalegre que pretende impor uma ditadura socialista em Montalegre, mas não vai conseguir.

O povo do concelho com o tempo saberá dar-lhe a res-posta adequada. Nem de outra forma pode deixar de ser. Por-que o PSD e todos os que pug-nam por uma sociedade mais justa e próspera vão continuar a denunciar a má gestão dos dinheiros de todos nós, os atra-sos deste concelho comparado com os demais, o compadrio

e a corrupção reinante no país

barrosão.

O Notícias de Barroso vive

com dificuldades, obriga os

seus responsáveis a descobrir

meios que lhe garantam conti-

nuidade e sobrevivência.

Quem poderá aceitar que a

Câmara de Montalegre sustente

a RM (Rádio Montalegre), um

fenómeno abortado da demo-

cracia em Portugal, e um jornal

que está ao serviço exclusivo

do executivo socialista e ignore

um jornal histórico como é o

Notícias de Barroso?

Será isto razoável e aceitá-

vel?

Será que os dinheiros de to-

dos nós estão a ser geridos de

forma sensata, séria e honesta?

Não estão. E o povo barro-

são tem de saber isto.

Carvalho de Moura

Há “Censura” em MontalegrePor falta de pagamento, Biblioteca Municipal não receberá o NB

05 de Novembro de 2018 7BarrosoNoticias de

Montalegre: Do Ouro à Covardia.

“as palavras do Dr. José Carlos Costa, mais uma vez, trouxeram-me à memória a covardia, a

arrogância, a prepotência e o medo tão em voga em Montalegre. Assistir, calado, à mentira reiterada e

ao aproveitamento sistemático do bem público em benefício próprio, não é um ato de covardia?”

“no entanto, fruto de vários telefonemas, alguém com poder, mas pouca responsabilidade, mandou retirar a máquina de Solveira prejudicando, com esta atitude,

as boas gentes de Solveira”

“acrescento agora que, à denúncia do medo há muito feita por alguns, se associa a covardia de muitos, por

pactuarem com quem “não diz diretamente o que pensa [e] faz insinuação maldosa”. Sim, covardes,

por pactuarem, mesmo que seja apenas através do silêncio, com uma “pessoa sem força moral, fraca, sem

personalidade ou senso de justiça (…) que testa [a] sua força na fraqueza dos outros”

O dia 17 de outubro de 2018 foi um dia histórico para Montalegre. Carina Luís, natural de Montalegre, ganhou a medalha de OURO nos Jogos Olímpicos da Juventude Buenos Aires 2018, em Futsal. Tal feito encheu os Barrosões de orgulho, pois, para além de verem uma “filha da terra” receber uma inédita medalha de ouro, viram também uma atleta do concelho na Seleção Nacional de sub-19 dar o seu contributo para que Portugal conquistasse tão importante trofeu.

Naquele dia 17 de outubro, muitos foram os Barrosões – mesmo aqueles que pouca afinidade têm com a modalidade - que assistiram pela televisão à final, vibrando com o passe da Carina que deu origem ao segundo golo português.

A Carina, verdadeira heroína, é um exemplo para todos os nossos jovens. Sem abdicar do sonho de representar ao mais alto nível as cores nacionais – desde muito cedo que foi chamada à seleção nacional - teve de fazer muitos sacrifícios, a começar pelos estudos.

No ano letivo anterior, por exemplo, enquanto concluía o 12.º ano na Escola Básica e Secundária Dr. Bento da Cruz, Montalegre, tinha de se deslocar, quase diariamente, para Chaves, onde jogava e treinava. Concluiu, com sucesso, o ensino secundário na Escola da sua terra, entrou na Universidade, transferiu-se para uma outra equipa de Futsal – o Nun’ Álvares/IESFafe – e sagrou-se Campeã Olímpica na Argentina.

Carina Luís, para além de representar Portugal, estava também a representar Montalegre, razão pela qual deveria, de imediato, ser homenageada. A Carina merecia! Tal como o mereciam a sua irmã, os seus pais, os seus familiares, os seus amigos e todos os Barrosões que, garantidamente, muito gostariam de, “no calor do acontecimento”, ter tido a oportunidade de a felicitar. Infelizmente, a Câmara Municipal não pensou da mesma maneira.

Deixo aqui, por isso, uma palavra de agradecimento à Carina pelo feito alcançado, extensivo aos seus pais e irmã que, com muito esforço e sacrifício, também contribuíram para o seu sucesso.

Ainda os Montalegrenses festejavam o feito histórico

da Carina Luís e já Sandra Batista, Diretora Técnica da CERCIMONT, disparava no facebook a definição de covardia. Diz ela, e passo a citar, que um covarde é uma "pessoa que não assume suas intenções e atitudes, agride quem não se defende ou não pode se defender. Usa sua força ou influência para prejudicar

outros injustamente. Quem demonstra espirito de covardia. Age em bando, sabendo que sua atitude não vai ser repreendida. Não diz diretamente o que pensa, faz insinuação maldosa. Pessoa sem força moral, fraca, sem personalidade ou senso de justiça. Pessoa covarde também costuma ser manipuladora”.

Temendo não ter sido suficientemente esclarecedora com a definição apresentada, Sandra Batista, para que não restassem dúvidas, foi ao ponto de apresentar um exemplo do uso da palavra covarde: “a pior forma de covardia é aquela que testa sua força na fraqueza dos outros", terminando com uma ameaça “por hoje é só isto”!

Ora, se é verdade que muito poucos duvidarão a

quem a Sandra se dirige – seria interessante, no entanto, e para que não houvesse quaisquer dúvidas, que a própria nos esclarecesse -, não é menos verdade que, uns meses antes, na mesma rede social, a Diretora da CERCIMONT, publicou uma outra mensagem, informando que “a página da CERCIMONT, gerida até hoje por mim, deixa de o ser a partir de hoje, por ordem da Direção”, acrescentando que “para aqueles que tinham visto a publicação anterior, lamentavelmente fui obrigada a apagá-la”.

Interligando estas duas publicações, e salvo melhor opinião, parece sobressair a covardia associada à

prepotência, da qual, naturalmente, não podemos excluir o medo.

Ora, medo foi um assunto já discutido nestas páginas quando, em janeiro de 2017, a propósito do artigo assinado pelo Padre Vítor, com o sugestivo título “Para onde caminha a Santa Casa da Misericórdia de Montalegre?”, recordei a

reação do insuspeito Jaime Valdegas, técnico superior da Câmara Municipal de Montalegre, que, depois de dar os “parabéns” ao senhor padre “pelo artigo” que este escreveu,

relativamente à “Santa Casa” da Misericórdia de Montalegre, acrescentou: “até que enfim alguém com legitimidade... e direito se insurge contra a pouca vergonha e o medo na nossa sociedade...”.

Acrescento agora que, à denúncia do medo há muito

feita por alguns, se associa a covardia de muitos, por pactuarem com quem “não diz diretamente o que pensa, faz insinuação maldosa”. Sim, covardes, por pactuarem, mesmo que seja apenas através do silêncio, com uma “pessoa sem força moral, fraca, sem personalidade ou senso de justiça (…) que testa [a] sua força na fraqueza dos outros".

Ora, como se tudo isto já não bastasse, o Dr. José Carlos Costa, dias depois da Sandra Batista, também recorreu às redes sociais para denunciar que “nestes últimos meses, assisti a muitas notícias que evidenciam os verdadeiros valores da vida humana”, acrescentando que “caminhamos, a passos

largos, para a decadência das prioridades e da honra”, para concluir que “no fundo, apenas colhemos aquilo que todos nós (no qual eu também assumo a minha culpa) semeamos, a nossa apatia pelo estado público e das decisões públicas”, até porque, “na guerra pela via certa, em terreno público, sentimo-nos sozinhos, pouco apoiados. Quando se quer zelar pela integridade e pela anticorrupção, ou estamos muito bem preparados ou não vale a pena”.

Vale sempre a pena lutar! Pode demorar mais tempo do que aquele que seria desejável, mas um dia “a vitória” será alcançada.

As palavras do Dr. José Carlos Costa, mais uma vez, trouxeram-me à memória a covardia, a arrogância, a prepotência e o medo tão em voga em Montalegre.

Por falar em medo e covardia, lembrei-me do que se passou em Solveira no verão passado.

No início do mês de agosto, a Associação Solveira Viva, a exemplo do que fez, com muito sucesso, no ano anterior, resolveu fazer uma caminhada temática pelas ruas da freguesia. Esta louvável iniciativa, marcada propositadamente para uma altura em que já era possível contar com os emigrantes da terra, pretendia juntar à volta das boas gentes de Solveira “todos os amigos de fora desta aldeia histórica”, para reforçar os laços de amizade.

Atendendo ao lamentável estado em que as ruas se encontravam – e encontram – o Presidente da Associação, por escrito, solicitou a colaboração da autarquia, tendo o Presidente da Câmara Municipal, e bem, se comprometido a mandar uma máquina retroescavadora para “limpar” os caminhos.

Como “palavra dada é palavra honrada”, dias antes da caminhada lá apareceu a máquina na aldeia para fazer o prometido trabalho. No entanto, fruto de vários telefonemas, alguém com poder, mas pouca responsabilidade, mandou retirar a máquina de Solveira – deixando numa situação ridícula o maquinista -, prejudicando, com esta atitude, as boas gentes de

Solveira. Envergonhados com os políticos locais, os dirigentes da Associação deitaram mãos à obra, e, com sentido de responsabilidade e amor à aldeia, conseguiram pôr os caminhos minimamente transitáveis para que a caminhada temática se realizasse.

Aqui chegados, pergunto: os caminhos de Solveira, ou de outra aldeia qualquer do concelho, não deveriam estar todo o ano transitáveis? Constatando-se que estão num estado deplorável, ao ponto de não permitirem que se faça uma simples caminhada, não deveria ser do interesse da Câmara e da Junta de Freguesia o seu arranjo? Para que serve a Junta de Freguesia, se não se apercebe do estado lastimoso em que as suas ruas se encontram? Já agora, que mal é que as pessoas de Solveira fizeram para que um iluminado “test[e a] sua força na fraqueza dos outros"?

Não menos importante: para levar a máquina para Solveira, foram destacados vários funcionários e um camião. Descarregada a máquina, o camião e respetivos funcionários regressaram à origem. Depois dos contatos feitos por quem, garantidamente, não gosta de Solveira, nem do desenvolvimento do seu concelho, e do aval dado por quem de direito, o camião, e a comitiva, regressou a Solveira, carregando de novo a máquina. Posteriormente, regressou ao ponto de partida. Tudo isto acarretou despesa, com a agravante de se lesar o bem público. Não há responsáveis?

Como diria a Sandra Batista, covarde é uma "pessoa que não assume suas intenções e atitudes, (…) usa[ndo a] sua força ou influência para prejudicar outros injustamente (…) ag[indo] em bando, sabendo que [a] sua atitude não vai ser repreendida”.

Assistir, calado, à mentira reiterada e ao aproveitamento sistemático do bem público em benefício próprio, não é um ato de covardia?

Nota final: tomei conhecimento de que existe um perfil no facebook com o nome Bento Monteiro. É meu dever alertar que tal perfil não tem qualquer tipo de relação com a minha pessoa, razão pela qual sou totalmente alheio ao que aí “se diz e escreve”.

Bento Monteiro

BarrosoNoticias de

8 05 de Novembro de 2018

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905 de Novembro de 2018

EM DEFESA DA HISTÓRIA

João Rodrigues Cabrilho: português ou espanhol?

Em artigo publicado na pág. 3 do NB de 17/10/2018, o Dr. Barroso da Fonte escreveu: “Recentemente terão mexido no sopé e arredores do Monumento Nacional a Cabrilho, em S. Diego, na Califórnia, colocando uma placa onde se pretende reconhecer que João Rodrigues Cabrilho é de sangue espanhol.”

Vou contar a história completa. A placa citada não foi obra do acaso. Resultou de uma notícia publicada em 2015 nos principais jornais espanhóis e reproduzida em alguns órgãos de comunicação social portugueses. Referia: uma investigadora canadiana descobriu num barco que navegou da Guatemala para Espanha em 1532, um tripulante de nome Juan Rodriguez Cabrillo e, ao ser interrogado num processo, primeiro em Cuba e depois em Espanha, respondeu ser natural de Palma de Micergilio, hoje Palma del Rio (Córdoba).

Numa primeira análise, a dita viagem oferece-me dúvidas pela seguinte razão: um barco a navegar da Guatemala para Espanha em1532, teria de contornar o sul do continente americano (estreito de Magalhães) seguindo em direcção às Canárias, sem fazer escala em Cuba porque não fica na rota. Naquele tempo, as viagens procedentes dos territórios conquistados pelos espanhóis no Novo Mundo (Indias de Castilla) partiam geralmente do Golfo do México (Vera Cruz). Somente neste caso o barco faria escala em Cuba.

Obviamente, os espanhóis rejubilaram com a notícia e só descansaram quando passados 3 anos, em 28 de Setembro de 2018 pelo festival anual em honra de Cabrilho inscreveram numa placa junto da estátua de San Diego a nacionalidade espanhola do navegador a que se uniu um discurso empolado do alcalde de Palma del Rio. A direcção do Festival Cabrilho não terá apoiado a iniciativa, mas fez alguma tentativa para a contrariar? A luso-americana Patty Camacho presidente do Festival disse à Lusa em Setembro passado a propósito do evento de 2018: "a missão do Festival é reconstituir o desembarque e celebrar o que nos tornámos desde que ele chegou”. Infere-se destas palavras: para ela não importa a nacionalidade, o importante foi celebrar.

Nestes 3 anos como actuaram as entidades de Montalegre sobre o assunto? A autarquia de Montalegre inquiriu a congénere de Palma del Rio sobre a existência de um certificado de nascimento do

navegador naquela localidade? Porventura apresentou alguns argumentos discordantes, ou pelo menos enviou para análise à direcção do Monumento Nacional de Cabrilho de San Diego exemplares dos meus livros existentes na Câmara, que apresentam as conclusões relativas à nacionalidade e naturalidade portuguesas de Cabrilho?

Argumentos em Defesa da Nacionalidade Portuguesa de Cabrilho:

1 – Antonio de Herrera, conceituado historiador do século XVI, “Coronista Mayor de las Yndias”, numa das mais célebres obras sobre a conquista da Hispano-América, escreveu

explicitamente que o vice-rei do México: “mamdô percebir dos navios y nombró por Capitan dellos a Juan Rodriguez Cabrillo Portugues, persona muy plática en las cosas de la mar”. (1) É inverosímil ter-se equivocado.

2 – Saberão os promotores da placa que os portugueses e os estrangeiros em geral se não tivessem uma licença especial não poderiam embarcar para as “Indias de Castilla”. Havia regras rigorosas. Carlos V (1500-1558) viu-se obrigado a restringir o embarque promulgando uma lei: “… no passe ningun extranjero en la navegación de las Indias”. (2) Os estrangeiros ocultavam a nacionalidade, inventavam um nome e indicavam uma naturalidade espanhola falsa ou recorriam a outros subterfúgios como estabelecerem-se numa localidade espanhola durante algum tempo para serem considerados vizinhos enganando assim a Casa de Contratação de Sevilha. Verificou-se com João Rodrigues (Cabrilho) e com centenas de portugueses que não estão referenciados no “Catalogo de Pasajeros a Indias” ou noutro documento, mas os

seus nomes aparecem depois documentados já no Novo Mundo, geralmente com nome espanhol ou espanholizado, prática corrente entre os cronistas coevos. Essa é a explicação para o nome do nosso compatriota aparecer sempre escrito em espanhol. Antes de colocarem a placa no monumento alguém questionou: a naturalidade, – Palma de Micergilio –, referida pelo tripulante do tal barco, Juan Rodriguez Cabrillo, será falsa? É despiciendo admitir que o nosso compatriota para conseguir embarcar indicou uma naturalidade falsa, assimilando-a pelas razões que justifiquei?

3 – Saberão os responsáveis pela fixação da placa que no exército de Hernán Cortés no México após Maio de 1520,

combateram pelo menos 3 soldados com o nome Juan Rodriguez? Estão referenciados na 2ª “carta de Cortés” datada de 30 de Outubro de 1520 endereçada ao imperador Carlos V (3). Um, o nosso compatriota, para se distinguir dos homónimos acrescentou nesse ano “Cabrilho/Cabrillo” ao nome, impelido como é lógico pelo topónimo Cabril da paróquia onde nasceu. A defender a nossa tese cito o cronista Bernal Diaz del Castillo seu companheiro de armas no mesmo exército, quando pouco tempo depois já o referencia na sua crónica, por Juan Rodriguez Cabrillo combatente no exército de Cortés. (4)

4 – Um documento incontroverso que atesta a nacionalidade portuguesa do navegador é o “Testimonio del estado de despoblación en que se hallaba la provincia de Honduras…” datado de 1536, no qual assina: “Juan Rodriguez, português, ombre de caballo”. (5)

5 – Dentre outros documentos que poderia citar certificando a nacionalidade portuguesa do navegador, o mais cativante é

a sua pedra tumular. Na hora da despedida os companheiros inscreveram na lápide JRs, abreviatura de João Rodrigues. (Ver fig.) Sendo espanhol não aplicariam a sigla JRz? O “C” de Cabrilho também está ausente, pois como era alcunha foi logicamente ignorada.

6 – Saberão que em Lapela de Cabril existe a “Casa do Galego” onde o navegador nasceu? Em defesa desta tese é o descobrimento por João Rodrigues Cabrilho de um porto mexicano dois anos antes da viagem à Costa da Califórnia. Conforme está documentado, ficou vulgarizado por “Puerto de Juan Gallego” (6) como referência óbvia ao seu descobridor, o nosso compatriota. Deduz-se ser também conhecido pela tripulação do seu barco –

San Salvador –, por Juan Gallego que o relaciona com a casa onde nasceu.

Voltemos ao artigo citado no qual o Dr. Barroso da Fonte escreveu: “Quando a colocação dessa placa chegar ao conhecimento do Dr. João Soares Tavares, estou certo que colocará a sua competência técnica e científica ao serviço da verdade”.

O que é que posso fazer mais que não tenha já feito? Sou apenas um investigador. Segui desde os anos 70 do século passado “os passos de Cabrilho” nos territórios palmilhados pelo navegador. O meu trabalho está à vista de todos divulgado em jornais, revistas e em 4 livros dispersos por livrarias e bibliotecas do País e do Mundo. No século passado participei no Festival Cabrilho em San Diego onde tive o privilégio de explanar a vida do navegador perante uma assembleia embevecida de portugueses e luso-americanos. Alguns, mais saudosos da Pátria distante que os esquece, não evitaram deixar cair uma lágrima ao ouvirem falar do português descobridor da terra aonde imigraram. Agora a história é

diferente. Os montalegrenses é que terão de discernir o que pretendem: marginalizar Cabrilho, conforme salvo raras excepções fizeram até hoje, ou irem à luta unindo esforços, sem subterfúgios, ultrapassando diferenças partidárias, recorrendo a dados históricos consistentes em defesa do seu conterrâneo.

Escreveu também o Dr. Barroso da Fonte no referido artigo ter a Academia Portuguesa de História realizado uma investigação nos anos oitenta do século XX: “Dessa investigação resultou uma decisão científica na qual se afirma que João Rodrigues Cabrilho nasceu no lugar de Lapela, freguesia de Cabril, concelho de Montalegre”.

Atendendo ao peso institucional da Academia, deveriam começar por aí: fazer chegar essa decisão científica à autarquia de Montalegre para a endereçar oficialmente à Superintendente Andrea Compton que gere o Monumento Nacional de Cabrilho, a fim de suspender a fixação da placa, porque o assunto segundo averiguámos não está encerrado. Eileen Martínez, chefe de Interpretação e Educação do Serviço Nacional de Parques, a quem presto a minha homenagem pela imparcialidade demonstrada: “garantiu que as informações encontradas por Kramer (investigadora canadiana) terão que ser publicadas e revisadas pela comunidade de historiadores antes que o Monumento Nacional de Cabrilho mude a sua versão oficial sobre a origem do descobridor”. Acrescentou à Agência EFE: "não temos a certeza onde nasceu e suspeitamos que fosse na Península Ibérica, não podemos confirmar se foi em Portugal ou na Espanha".

Agora compete aos montalegrenses decidirem o destino de Cabrilho.

NOTAS:1 – Herrera, Antonio de –

“Historia General de los hechos de los Castellanos en las Islas y Tierra Firme del Mar Oceano”, Década sétima, Ed. de Madrid, 1601-1615, pág. 113

2 – Tavares, João Soares – “João Rodrigues Cabrilho Um Homem do Barroso?”, 1998, pág. 28

3 – Tavares, João Soares – “Histórias de Vidas”, Lisboa, 2015, pág.254, carta reproduzida de “The pleasant history of the conquest of the west India, now called New Spayne”, Londres, 1678

4 – Díaz del Castilo, Bernal – Historia Verdadera de la Conquista de Nueva España, México, Ed. de 1974

5 – Tavares, João Soares – “João Rodrigues Cabrilho Um Homem do Barroso?”, 1998, pág. 30

6 – Idem, pág. 137

(João Soares Tavares escreve de acordo com a anterior

ortografia)

João Soares Tavares

05 de Novembro de 201810 BarrosoNoticias de

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BarrosoNoticias de

# Demos o nosso voto fa-vorável à proposta de louvor à jovem Carina Luís, de Torgueda, Chã, que ganhou na Argentina a medalha de ouro no Campeo-nato de Futsal feminino sub-17, apresentada pelo presidente do executivo.

# Apresentámos uma mo-ção para que as autoridades na-cionais competentes (Ministério da Cultura e Ministério dos Ne-gócios Estrangeiros) reafirmem e defendam que o navegador quinhentista João Rodrigues Ca-brilho é natural de Lapela, fre-guesia de Cabril, como está cla-ramente provado, ao contrário do que resulta de uma tese re-cente que o considera espanhol.

Questionámos o Presiden-te da Câmara Municipal (PCM) sobre a exclusão da Pista de Montalegre do campeonato do mundo de rallycross e sobre a sua intenção de recorrer aos tribunais para garantir uma pro-va do mundial em Montalegre entre 2019 e 2022; lembrámos que sempre considerámos que a Pista não era uma iniciativa sus-tentada, que havia outras priori-dades e que a sua rentabilidade para a economia concelhia era insuficiente; a decisão da IMG é uma derrota para o PS - Mon-talegre e confirma que sempre tivemos razão nesta matéria; apesar disso, não ficámos satis-feitos com a notícia; alertámos ainda o PCM de que o recurso aos tribunais não tinha grande probabilidade de sucesso, por-que a Câmara não cumpriu o prazo para fazer a nova torre de controlo até 01.04.2018, como resulta do contrato assinado

com a IMG, facto que permite a esta empresa rescindir o contra-to sem qualquer indemnização.

# Votámos contra o Plano de atividades e Orçamento para 2019 porque não apostam no empreendedorismo, na capta-ção de investimento, na dinami-zação económica e na criação de emprego, a melhor forma de combater o despovoamento, de fixar casais jovens e de fomentar o aumento da taxa de natalida-de, que consideramos ser a mãe de todos os problemas de Mon-talegre; ou seja, aqueles docu-mentos são mais do mesmo e adiam por mais um ano a revi-talização do nosso concelho.

# Ainda em relação ao Plano e Orçamento criticámos a cons-trução de um canil municipal em Salto, por Euro 25.000,00, pago na sua totalidade pela Câ-mara, quando ainda em Abril de 2018 houve a possibilidade de se fazer uma candidatura a fundos comunitários para obras deste tipo, até Euro 50.000,00, comparticipadas a 60%.

# Criticámos também o fac-to de Plano e o Orçamento pre-verem investimentos no valor de Euro 3,25 milhões na Pista Auto-móvel até 2022 (1,85 para obras e 1,4 de apoios à realização de provas), apesar de Montalegre ter sido excluída do campeona-to mundial de rallycross.

# Ainda no âmbito do Pla-no e Orçamento, criticámos o investimento de Euro 2,9 mi-lhões no Complexo Desportivo de Salto, até 2022; não está em

causa a construção de um relva-do no campo de futebol do Gru-po Desportivo de Salto, nem a construção de um pavilhão gim-nodesportivo para a equipa de futsal não ter que se deslocar a Boticas para treinar; no entanto, o valor do investimento parece--nos um pouco exagerado.

# Finalmente, em relação ao Plano e Orçamento para 2019 obtivemos as seguintes respos-tas do PCM a perguntas nossas: i) o Centro Turístico da Barra-gem do Alto Rabagão, com uma dotação de Euro 236.000,00, consiste na construção de duas marinas, uma em Parafita e outra na Lama da Missa, e de três ancoradouros; ii) a Câma-ra vai poupar cerca de Euro 140.000,00/ano com a substi-tuição das lâmpadas atuais por lâmpadas LED, apesar de no futuro deixar de haver lâmpadas desligadas (pagamentos atuais à EDP = Euro 548.000,00/ano; pagamentos à empresa ISETE no âmbito do contrato de eficiência energética = Euro 263.000,00/ano; pagamentos à EDP na vi-gência do contrato = 144.000/ano); iii) a bilheteira da Pista Automóvel tem uma receita pre-vista de Euro 205.800,00; e iv) em 2019 a Câmara continuará a não reembolsar a totalidade das despesas com a sanidade animal aos agricultores, à seme-lhança do que já aconteceu em 2018.

# Apresentámos um protesto contra o não agendamento para esta reunião da nossa proposta de regulamento municipal “Dar Mundo aos Jovens do Concelho

de Montalegre”, no qual se pre-vê um apoio financeiro no valor de Euro 12.000,00 para premiar os alunos do quadro de mérito do ensino secundário das esco-las do concelho com uma visita de estudo anual ao estrangeiro, bem como um apoio para finan-ciar viagens de InterRail para os jovens do concelho no ano em que estes completem 18 anos de idade, em complemento do Programa DiscoverEU.

# Votámos contra o sub-sídio dado ao Clube Automó-vel de Vila Real, para apoiar a realização das três provas de automobilismo do passado dia 27 e 28 de Outubro, no valor de Euro 17.000,00, porque nos parece haver uma duplicação de subsídios para o mesmo fim; de facto, o tal apoio nas provas de Outubro já estava previsto no protocolo aprovado na reunião de Câmara de 05.03.2018, no âmbito do qual o Clube recebeu Euro 25.000,00.

# Votámos contra um apoio financeiro ao Ecomuseu - As-sociação de Barroso, no valor de Euro 29.000,00, para que a Associação possa “concretizar todas as atividades a que nos propusemos no presente ano”; como as atividades em falta não têm caráter excecional, esta é mais uma duplicação de apoios, ou seja, estão incluídas no sub-sídio mensal protocolado com a Câmara, pelo qual esta pagou ao Ecomuseu Euro 12.500,00/mês; além disso, consideramos que a Câmara poderia executar ela própria as atividades que são executadas pela Associação

Ecomuseu.

# No seguimento de decla-rações do PCM ao diário Atual, perguntámos o que é que havia de novo em relação à possível reativação das minas da Borra-lha; disse-nos que participou em algumas reuniões onde fi-cou a saber que estudos geo-lógicos recentes descobriram grandes quantidades de minério que podem ser explorados a céu aberto, que os estudos já estão concluídos e que falta encontrar o investidor para celebrar um contrato de exploração provisó-rio e reiniciar a exploração da mina.

# Perguntámos ao PCM qual era a disponibilidade dele para acelerar a entrega dos nos-sos pedidos de informação que já foram deferidos pela CADA - Comissão de Acesso aos Docu-mentos Administrativos, alguns dos quais já têm um atraso de cerca de 4,5 meses.

# O vereador Carvalho de Moura votou contra e o vereador José de Moura Rodrigues abste-ve-se em relação à compra do edifício da direção das Minas da Borralha, por Euro 95.000,00; a nossa posição justifica-se por o PCM nos ter respondido que ainda não sabe o que vai lá fazer, apesar de o relatório de avaliação do perito falar numa “eventual transformação numa unidade hoteleira”.

Salto, 31.10.2018,José António Carvalho de

Moura José de Moura Rodrigues

Resumo da reunião de câmara de 31.10.2018: A perspetiva da oposição

05 de Novembro de 2018 11BarrosoNoticias de

Óscar Romero

Pe Vítor Pereira

BOTICASReunião do Conselho Municipal de Educação

Realizou-se no passado dia 26 de outubro, no edifício dos Paços do Concelho, uma reunião do Conselho Municipal de Educação, onde foram analisados vários assuntos de interesse escolar.

Entre os conteúdos apresentados estiveram a apreciação ao arranque do ano letivo 2018/2019, onde se constatou que o número de alunos inscritos aumentou comparativamente ao ano letivo anterior.

O Plano Municipal de Educação (PME) para o presente ano escolar também foi alvo de análise e aprovação, destacando-se o aumento dos apoios sociais atribuídos pela autarquia, nomeadamente com o alargamento da oferta dos manuais escolares aos alunos do 3º ciclo de estudos e a implementação de novas atividades como é o caso do “Atelier de Natal”, ação que irá realizar-se pela primeira vez e que visa a ocupação dos tempos livres resultantes das férias de Natal.

Desta forma, e à semelhança do que já acontece nas férias da Páscoa e do verão, as crianças e jovens do concelho poderão ocupar os tempos livres de forma didática, divertida e com o devido acompanhamento.

Além da apreciação do Plano Anual de Atividades do Agrupamento de Escolas Gomes

Monteiro, também foi feito um ponto de situação relativamente ao Plano Integrado e Inovador de Combate ao Insucesso Escolar (PIICIE), plano composto pelas operações “Guerreiros de Sucesso/Equipa Multidisciplinar” e “Guerreiros de Sucesso/Ações de Enriquecimento Curricular”, que tiveram início em maio passado.

Estas ações têm como objetivos melhorar o sucesso escolar dos alunos, prevenir o abandono escolar precoce e reforçar as competências ao nível das aprendizagens em diferentes áreas, privilegiando um acompanhamento personalizado e multidisciplinar, através de equipas especializadas.

“Fins de Semana Gastronómicos”

Decorreu esta quinta-feira, dia 25 de outubro, em Esposende, a apresentação da 11ª edição dos “Fins de Semana Gastronómicos”, iniciativa promovida pelo Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), em parceira com 78 municípios do norte do país.

A 11ª edição do certame, que decorrerá entre 2 de novembro de 2018 a 2 de junho de 2019, será dedicada à “Doçaria tradicional e conventual do Norte de Portugal”.

A vereadora do Turismo da Câmara Municipal, Maria do Céu Fernandes, marcou presença na cerimónia de apresentação, assim como a Associação Empresarial Botiquense – Mais Boticas, que

promoveu uma mostra e degustação de produtos locais.

À semelhança do que vindo a acontecer nos últimos anos, o Município de Boticas volta a associar-se a este evento gastronómico, através da apresentação de um menu tipicamente barrosão.

Assim nos dias 24, 25 e 26 de maio do próximo ano, os restaurantes e unidades hoteleiras aderentes terão como sugestão de ementa o “Salpicão” (entrada/petisco), “Trutas à moda de Boticas” (prato principal) e “Leite-Creme à Barrosã” (sobremesa).

Recriação da debulhada do milho à moda antiga

Foi em ambiente de festa que centenas de pessoas participaram no passado sábado, dia 20 de outubro, na recriação da debulhada do milho à moda antiga realizada em Nogueira.

Sendo Boticas um concelho conhecido pelas práticas agrícolas ancestrais, foram muitos os que se associaram à iniciativa e debulharam as espigas de milho à mão ou com recurso a utensílios agrícolas. Depois de debulhado foi tempo de peneirar o milho e acondicioná-lo em sacos apropriados para o seu transporte.

Uma tarde de convívio e de troca de saberes à qual se associou o Presidente da Câmara Municipal, Fernando Queiroga, bem como os vereadores Guilherme Pires, Hélio Martins e Célia Carneiro.

Fernando Queiroga destacou o empenhamento das associações do concelho na preservação dos usos e costumes locais.

“É importante continuar a valorizar-se o legado deixado pelos nossos antepassados, pois é uma das nossas maiores riquezas. Também é fundamental que as gerações vindouras percebam a importância da preservação destas técnicas rudimentares e centenárias para que não caiam em desuso e se percam no tempo”, afirmou o autarca.

No final da debulhada decorreu

um lanche convívio animado pelo Grupo de Concertinas do Monumento – Chaves.

A iniciativa foi organizada em conjunto pela Associação Recreativa e Cultural do Largo do Souto – Nogueira, Associação Recreativa e Cultural de Bobadela e pela Associação Cultural, Desportiva e Recreativa da Serra do Leiranco – Sapiãos com o apoio da Câmara Municipal, Ecomuseu de Barroso, Parque Arqueológico do Vale do Terva (PAVT), Universidade do Minho e Loja Interativa de Turismo de Boticas.

No dia 14 de outubro, a Igreja Católica canonizou mais sete santos. A saber: O Papa Paulo VI, o arcebispo salvadorenho Óscar Romero, o padre italiano Francisco Spinelli, o padre italiano Vincente Romano, a religiosa alemã Maria Catarina Kasper, a religiosa espanhola Nazária Inácia de Santa Teresa de Jesus, também ligada ao México e à Argentina, e o jovem leigo italiano Núncio Sulprizio.

Destaco o arcebispo de San Salvador, D. Óscar Romero, considerado um mártir pela Igreja, vítima do ódio à fé cristã. Nasceu em 1917, numa família humilde, em Ciudad Barrios, El Salvador, país da América central. Em 1942 foi ordenado sacerdote e em 1970 foi nomeado bispo auxiliar de San Salvador e, em 1977, arcebispo da capital do país. Nesta altura, El Salvador estava a viver um período conturbado e agitado, na iminência de uma terrível guerra civil. No poder estava um governo autoritário e repressivo, que espalhava a violência e o medo por todo o lado, governo que tinha o apoio

dos Estados Unidos da América. Os direitos humanos estavam a ser fortemente violados. O número de vítimas do governo opressor não parava de crescer todos os dias. Profundamente marcado pela morte do seu amigo padre Rutilio e dois camponeses, pelas atrocidades cometidas contra os mais fracos e os mais pobres e confrontado com uma devastadora e chocante matança de padres e catequistas, D. Óscar Romero sentiu um veemente apelo em levantar a voz em defesa

do povo oprimido, denunciando os abusos e as graves injustiças que estavam a ser cometidas. Pela rádio e pela imprensa e depois pelas homilias, tornou-se «a voz dos sem voz». Clamava pelo fim da opressão e da violência, a construção da justiça social, o respeito pelos direitos humanos e pelos direitos do povo e a instauração da democracia. No dia anterior à sua morte, na homilia da missa, lançou mais um pungente e contundente apelo às forças opressoras: «Em nome de Deus e deste povo

sofredor, cujos lamentos sobem ao céu todos os dias, peço-lhes, suplico-lhes, ordeno-lhes: cessem a repressão».

No fatídico dia 24 de março de 1980, enquanto celebrava a missa numa Igreja de San Salvador, foi assassinado por um atirador de elite do exército salvadorenho, instalado num carro no exterior da Igreja, carro que falsamente simulava uma avaria. Um projétil de alto calibre, de fragmentação, atinge o lado direito do peito de D. Óscar Romero, provocando-

lhe uma hemorragia inestancável e ferimentos graves e profundos em vários órgãos do corpo. Não havia salvação possível. Em 1992, uma investigação conduzida pela ONU concluiu que o autor moral do assassinato foi o político de direita e ex-oficial do exército, Roberto D’Aubuisson.

No dia do seu funeral, seis dias depois, Domingo de Ramos, acontece mais um massacre hediondo e violento: morrem 41 pessoas. Por todo o mundo, rebenta uma onda de protestos contra estes bárbaros

acontecimentos e vários líderes políticos mundiais reclamam por reformas justas e mudanças significativas no país. Iniciou-se definitivamente uma guerra civil em grandes dimensões, guerra que chegará ao fim com a assinatura de um acordo de paz em 1992, com um rasto de 80 mil mortos, 9 mil desaparecidos, 1 milhão de desalojados e 1 milhão de exilados. Em 2010, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou o dia 24 de março como o Dia Internacional

pelo Direito à Verdade acerca das Graves Violações dos Direitos Humanos e à Dignidade das Vítimas em reconhecimento à atuação de D. Romero em defesa dos direitos humanos.

Algumas forças de esquerda tentaram fazer de D. Óscar Romero uma bandeira da sua luta política, criando-se assim alguma confusão à volta do seu pensamento e da sua atuação. Chegaram até a dizer que era comunista. Mas foi um pérfido oportunismo. Nunca D. Óscar Romero manifestou qualquer

colagem a partidos políticos ou simpatia por ideologias. A sua causa e a razão da sua conduta foi o Evangelho, os direitos humanos, o elementar respeito pela dignidade humana, a paz, a justiça, a democracia, o bem-estar humano, social e espiritual do seu povo. Foi um homem de Deus e da Igreja, agindo unicamente por fidelidade à sua fé em Jesus Cristo e aos seus valores e princípios. Como afirmou o Papa Francisco na sua canonização, «deixou as seguranças do mundo, incluindo a própria incolumidade, para consumir a vida – como pede o Evangelho – junto dos pobres e do seu povo, com o coração fascinado por Jesus e pelos irmãos.»

É um exemplo e uma referência para todos os cristãos e para todos os homens em geral que se identificam com as mesmas causas pelas quais ele deu a vida e levantou a voz com coragem e audácia, quando era tão fácil permanecer em silêncio nos sóbrios aposentos, contemplando a tragédia da janela do seu quarto. Mas assim não o fez. A paz, a justiça, o respeito pela dignidade humana, a democracia, a liberdade, os direitos humanos são uma causa e uma luta de todos os dias, face aos muitos interesses e poderes que os querem desprezar ou adulterar. E como é lamentável ver que no país vizinho, a Nicarágua, ironicamente ou tragicamente, a história parece querer repetir-se e o resto do mundo pouco ou nada está a fazer.

Como demoramos a aprender, pocha!

Clamava pelo fim da opressão e da violência, a construção da justiça social, o respeito pelos

direitos humanos e pelos direitos do povo e a instauração da democracia. No dia anterior à sua morte, na homilia da missa, lançou mais um pungente e contundente apelo às forças opressoras: «Em nome de Deus e deste povo

sofredor, cujos lamentos sobem ao céu todos os dias, peço-lhes, suplico-lhes, ordeno-lhes: cessem

a repressão».

05 de Novembro de 201812 BarrosoNoticias de

Tribunal Judicial da Comarca de Vila RealJuizo de Competência Genérica

de MontalegrePalácio da Justiça – Praça do Município

5470-214Montalegre

Telef. 276090000 Fax: 276090019 Mail: montalegre.judicial@

tribunais.org.pt

ANÚNCIO

Processo: 1011/18.5T8VRL Interdição/Inabilitação

Referência: 32290404 Data: 28-05-2018Requerente: Maria Adelina de Conceição Barroso

Requerido: Fabiano Jardel Barroso

Faz-se saber que foi distribuida neste Tribunal, a ação de Interdição/Inabilitação em que é requerido Fabiano Jardel Barroso, filho de Maria Adelina da

Conceição Barroso, nascido em 29-12-1999, NIF – 280272944, com residência na Avenida Central, N.º 26, 5470-407 MINAS DA BORRALHA, para efeito de

ser decretada a sua interdição por ANOMALIA PSÍQUICA.Passei o presente e outro de igual teor para serem afixados.

A Juiza de Direito, (assinatura eletrónica)

Dr(a) Carla Susana da Costa Campos Guedes Marques

A Oficial de Justiça,Maria Isabel Caldas de Almeida Gonçalves

Notícias de Barroso, n.º 546, de 05 de Novembro de 2018

Tribunal Judicial da Comarca de Vila RealJuizo de Competência Genérica

de MontalegrePalácio da Justiça – Praça do Município

5470-214Montalegre

Telef. 276090000 Fax: 276090019 Mail: montalegre.judicial@

tribunais.org.pt

ANÚNCIO

Processo: 134/18.5T8MTR Interdição/Inabilitação Referência: 32670715 Data: 19-10-2018

Requerente: Ministério PúblicoRequerido: Carlos Ramalho Félix

Faz-se saber que foi distribuida neste Tribunal, a ação de Interdição/Inabilitação em que é requerido Carlos Ramalho Félix, estado civil: Solteiro, filho de Manuel

Fernandes Félix e de Clementina Rosa Cardoso Ramalho, nascido em 23-08-1968, com residência na Rua Principal, N.º 16, Pisões. 5470-526 Viade de Baixo

e Fervidelas, para efeito de ser decretada a sua interdição por ANOMALIA PSÍQUICA.

A Juiza de Direito, (assinatura eletrónica)

Dr(a) Carla Susana da Costa Campos Guedes Marques

A Oficial de Justiça,Maria Isabel Caldas de Almeida Gonçalves

Notícias de Barroso, n.º 546, de 05 de Novembro de 2018

Tribunal Judicial da Comarca de Vila RealJuizo de Competência Genérica

de MontalegrePalácio da Justiça – Praça do Município

5470-214Montalegre

Telef. 276090000 Fax: 276090019 Mail: montalegre.

[email protected]

ANÚNCIO

Processo: 136/18.1T8MTR Interdição/Inabilitação

Referência: 32678363 Data: 22-10-2018Requerente: Ministério Público

Requerido: José Pereira

Faz-se saber que foi distribuida neste Tribunal, a ação de Interdição/Inabilitação em que é requerido José Pereira, nascido em 08-04-1951, com domicílio: Rua do Rigueiro N.º 5, Ponteira, 5470-363 Ponteira,

Montalegre, para efeito de ser decretada a sua interdição por ANOMALIA PSÍQUICA.

A Juiza de Direito, (assinatura eletrónica)

Dr(a) Carla Susana da Costa Campos Guedes Marques

A Oficial de Justiça,Maria Isabel Caldas de Almeida Gonçalves

Notícias de Barroso, n.º 546, de 05 de Novembro de 2018

Tribunal Judicial da Comarca de Vila RealJuizo de Competência Genérica

de MontalegrePalácio da Justiça – Praça do Município

5470-214Montalegre

Telef. 276090000 Fax: 276090019 Mail: montalegre.

[email protected]

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Processo: 133/18.7T8MTR Interdição/Inabilitação Referência: 32670706

Data: 19-10-2018

Requerente: Ministério Público

Requerido: Fernando José Pereira Rijo

Faz-se saber que foi distribuida neste Tribunal, a ação de Interdição/

Inabilitação em que é requerido Fernando José Pereira Rijo, BI –

11540641, filho de Natividade Pereira Rijo, com domicílio: Rua da

Lamarelha 8, Telhado, 5470-527 Montalegre, para efeito de ser decretada

a sua interdição por ANOMALIA PSÍQUICA.

A Juiza de Direito,

(assinatura eletrónica)

Dr(a) Carla Susana da Costa Campos Guedes Marques

A Oficial de Justiça,

Maria Isabel Caldas de Almeida Gonçalves

Notícias de Barroso, n.º 546, de 05 de Novembro de 2018

Tribunal Judicial da Comarca de Vila RealJuizo de Competência Genérica

de MontalegrePalácio da Justiça – Praça do Município

5470-214Montalegre

Telef. 276090000 Fax: 276090019 Mail: montalegre.judicial@

tribunais.org.pt

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Processo: 135/18.3T8MTR Interdição/Inabilitação Referência: 32670710 Data: 19-10-2018

Requerente: Ministério PúblicoRequerido: Carlos Rodrigues Pires Branco

Faz-se saber que foi distribuida neste Tribunal, a ação de Interdição/Inabilitação em que é requerido Carlos Rodrigues Pires Branco, estado

civil: Solteiro, filho de Artur Martins Pereira Branco e de Maria Rodrigues Pires, nascido em 11-03-1971, com residência na Rua da Corredoura, N.º 2, Tourém, 5470-490 Tourém Montalegre, para efeito de ser decretada a

sua interdição por ANOMALIA PSÍQUICA.

A Juiza de Direito, (assinatura eletrónica)

Dr(a) Carla Susana da Costa Campos Guedes Marques

A Oficial de Justiça,Maria Isabel Caldas de Almeida Gonçalves

Notícias de Barroso, n.º 546, de 05 de Novembro de 2018

SEGUNDA FASE DA OPERAÇÃO “CAMPO SEGURO” DA GNRA Guarda Nacional Republicana, entre o dia 29 de outubro e 31

de janeiro de 2019, em todo o território nacional, realizou a segunda fase da operação “Campo Seguro”, intensificando o patrulhamento em áreas florestais e explorações agrícolas, com o objetivo de prevenir a criminalidade em geral e os furtos de azeitona, castanha e metais não preciosos em particular, prestando especial atenção a possíveis situações de tráfico de seres humanos.

Durante este período estiveram empenhados militares dos comandos territoriais, do Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente, da Unidade de Ação Fiscal e da Investigação Criminal, que, durante o patrulhamento, realizam ações de sensibilização junto das comunidades rurais, especialmente dos agricultores, sobre medidas de prevenção e proteção contra furtos, e de prevenção de acidentes que envolvem veículos e máquinas agrícolas, alertando-os para as regras de segurança inerentes à condução e utilização de tais veículos.

Na utilização e condução de veículos agrícolas (tratores), a GNR aconselha a:

Fazer a manutenção do veículo. O seu mau funcionamento ou falta de limpeza podem causar acidentes;

Utilizar sempre as estruturas de proteção, como o arco de “Santo António”, podem evitar a morte do condutor ou reduzir a gravidade dos ferimentos;

Utilizar os acessórios de iluminação e sinalização, de acordo com a lei;Frequentar ações de formação teóricas e práticas. O utilizador deve

conhecer os riscos da condução de tratores agrícolas e circular com segurança;

Não conduzir sob o efeito de álcool, fadiga ou com excesso de velocidade;

Respeitar os limites do trator. Não sobrecarregar, nem transportar passageiros “à pendura”. É proibido e perigoso.

Para mais informações contactar o capitão Bruno Ribeiro, das Relações Públicas da GNR – 961 195 023.

05 de Novembro de 2018 13BarrosoNoticias de

Descendente de imigrantes italianos, alemães e provável origem portuguesa também. Assim como a nação portuguesa se formou a partir da miscegenação entre Celtas, Iberos, árabes, etc. também esta fusão de raças oriundas de todos os cantos do mundo, deu origem a esta nação.

Jair porque à época um time para o qual seu pai torcia tinha como jogador principal um tal Jair, Messias por se tratar de uma família muito religiosa e a gestação desta criança não foi fácil, à época, sem recursos, a mãe em agradecimento a Deus por tanto a ter ajudado colocou em seu nome Messias, Bolsonaro nome da família italiana que imigrou para o Brasil.

Seguindo a trajetória de muitos imigrantes esta família foi galgando os patamares da pobreza, se tornaram comerciantes de grãos na região de Campinas, seus descendentes, como era de se esperar foram ingressando em escolas primárias, secundárias e universitárias.

Jair Messias Bolsonaro formou-se na famosa Academia Militar de Agulhas Negras, seguiu a carreira do exército, chegou a capitão. Por discordar de algumas normas ali praticadas, teve contratempos. Ingressou na reserva para concorrer como Vereador à Câmara Municipal do Rio de janeiro onde foi eleito, depois

tornou-se deputado Federal pelo Rio de Janeiro. A sua marca como parlamentar foi de manter sempre uma conduta incorruptível, segundo Joaquim Barbosa: Ministro do Supremo na época do mensalão, um salário à parte para o governo aprovar todos os projetos que passassem pela Câmara dos Deputados Federaias, um dos poucos que não se deixaram corromper, foi Bolsonaro. Até por isso seus projetos eram engavetados, poucos iam adiante.

Veio depois a idéia de se candidatar a presidente do Brasil pelo Partido Social Liberal ( PSL), um partido sem grande expressão, sem grandes fundos, sem grande apoio político. Mas que chegou na hora certa e veio de encontro aos ideais deste povo cansado de tanta corrupção, de tanta violência, de tantos desmandos. Um país a perder credibilidade, considerado lá fora como um lugar a evitar dada a falta de segurança, enfim, era preciso formar um exército de salvação e este povo foi o próprio exército de salvação.

O Brasil deu ao mundo uma grande lição de democracia: sem armas, sem aqueles debates que a mídia exibia com galhardia. Bolsonaro não aceitou participar de nenhum deles, mesmo porque estava se curando da facada que lhe deram, por bem pouco não perdeu a vida. Não estava para debates e não lhe fizeram falta nenhuma. Nem aquele corpo a corpo dizia a verdade, era pura estratégia de marketing, mais uma lição para o mundo: marketeiros enriquecendo à custa de enganar o povo, falácias ditas do alto dos renomados palanques, mentiras para iludir o povo. O exército de salvação foi-se formando pelo povo mesmo, ia partilhando e publicando

no que tinha ao seu alcance, Watzap, Facebook, onde dava para fazer campanha a favor do candidato, fazia de graça, por patriotismo, por vontade de mudar o perfil desta nação. E foi este exército que lhe

garantiu a vitória. Descrevo aqui o primeiro

pronunciamento de Jair Messias Bolsonaro ao lado de sua esposa Michelle, agora primeira dama do Brasil, logo após ser decretada a sua vitória. Aqui está a marca do que será seu governo, o sonho brasileiro, que pede mudanças dentro do espírito democrático.

“Agradeço a Deus pela oportunidade de manter a minha vida, por uma nova certidão de nascimento; agradeço aos médicos, enfermeiros da Santa Casa de Juiz de Fora, Minas Gerais, e do Hospital Albert Einstein, que guiados pelas mãos de Deus operaram um milagre mantendo a minha vida, com certeza.

Agradeço ao povo brasileiro que acreditou em mim. A minha vitória deve-se ao respeito, à consideração, à confiança que tenho por este povo brasileiro que acreditou em mim.

Não me candidatei a presidente do Brasil por obsessão ou motivos pessoais, mas pensando juntamente com uma boa equipe, que como eu

sonham mudar o destino do Brasil.

Fizemos uma campanha não diferente dos outros, mas como uma campanha devia ser feita. Afinal de contas a nossa bandeira, o nosso slogan eu fui

buscar no que podemos chamar de uma caixa de ferramentas necessárias para concertar o homem e a mulher que é a bíblia sagrada. Conhecereis a verdade e ela vos libertará, nós temos que nos acostumar a viver na verdade, a conviver com a verdade.Não existe outra possibilidade, e esta tem que começar no lar, se quisermos a paz, a prosperidade até ao topo mais alto que é a presidência da república. O povo mais que o dever, tem o direito de saber a verdade, o que acontece no seu país.

Graças a Deus o povo entendeu perfeitamente esta mensagem que eu tentava passar.

Alguém sem grande partido, sem fundo partidário, grande parte da mídia me criticando o tempo todo colocando-me muitas vezes próximo a uma situação vexatória, muita coisa que falavam, a meu respeito passou a ser uma mola propulsora para um grande exército se ir formando em torno e acreditando na gente, e assim passou a ser um grande exército que sabia para onde estava marchando e clamava

por mudanças.Não podíamos mais

continuar flertando com socialismo, comunismo, populismos, com extremismos de esquerda. Todos nós sabíamos o Brasil que queríamos por isso fomos declarados vencedores deste pleito.

O que eu mais quero é seguindo ensinamentos de Deus ao lado da Constituição brasileira, inspirados em Grandes líderes mundiais, e com uma boa assessoria técnica e protecional ao meu lado, isenta de indicações políticas de praxe, começar a fazer um grande governo a partir do ano que vem que possa realmente colocar o Brasil num lugar de destaque. Temos tudo para sermos uma grande nação.

Temos condições de governabilidade, todos os compromissos assumidos serão cumpridos junto com as demais bancadas com as quais fiz bons contatos como parlamentar, com o povo desta nação. Com o povo por onde passei em campanha. E fazendo um pequeno à parte, nada mais gratificante do que quando estive em Manacapuru, no coração da Amazônia conversando com pessoas simples, mas que tinham sede de conhecer a verdade e de conversar com alguém que realmente os tratava com respeito e consideração.

Indo para o encerramento, meu muito obrigado a todos vocês pelo apoio, pela consideração, pelas orações e pela confiança que depositaram em mim. Vamos juntos mudar o destino do Brasil, sabíamos para onde estávamos indo, agora sabemos para onde queremos ir.

Meu querido povo brasileiro, meu muito obrigado pela confiança que depositaram em mim. E no momento peço a Deus mais uma vez coragem para bem decidir o futuro desta nação. Estou muito feliz, missão não se escolhe, nem se discute, se cumpre. Nós juntos cumpriremos a missão de resgatar o nosso país.

Um forte abraço a todos, fiquem com Deus”.

Jair Messias Bolsonaro Presidente do Brasil

Lita Moniz

VENDE-SECasa de habitação, com anexo e logradouro, situada na Gorda – Chã, junto à EN 308 (Mon-talegre-Chaves) a necessitar de obras de recons-trução.Vende -se também três terrenos de cultivo próximos da dita casa ou em conjunto ou em separado.Contactos – Margarida Seara, telem – (001)-91 44 14 1330, e-mail: [email protected].º contacto: Maria Rosa Seara, telem: (+351)917 755 492

BarrosoNoticias de

14 05 de Novembro de 2018

SOS – Número nacional 112Protecção à Floresta 117Protecção Civil 118Câmara Municipal de Boticas 276 410 200Câmara Municipal de Montalegre 276 510 200Junta de Freguesia de Boticas 276 410 200Junta de Freguesia de Montalegre 276 512 831Junta de Freguesia de Salto 253 750 082Bombeiros Voluntários de Boticas 276 415 291Bombeiros Voluntários de Montalegre 276 512 301Bombeiros Voluntários de Salto 253 659 444GNR de Boticas 276 510 540 GNR de Montalegre 276 510 300GNR de Venda Nova 253 659 490 Centro de Saúde de Boticas 276 410 140 Centro de Saúde de Montalegre 276 510 160Extensão de Saúde de Cabril 253 652 152Extensão de Saúde de Covelães 276 536 164Extensão de saúde de Ferral 253 659 419Extensão de Saúde de Salto 253 659 283Extensão de Saúde de Solveira 276 536 183Extensão de Saúde de Tourém 276 579 163Extensão de Saúde de Venda Nova 253 659 243Extensão de saúde de Viade de Baixo 276 556 130Extensão de saúde de Vilar de Perdizes 276 536 169Hospital Distrital de Chaves 276 300 900Agrupamento de Escolas G. M. de Boticas 276 415 245

Agrupamento de Escolas de Montalegre 276 510 240Agrupamento de Escolas do Baixo Barroso 253 659 000Escola Profissional de Chaves 276 340 420Centro de Formação Profissional de Chaves 276 340 290Tribunal Judicial de Boticas 276 510 520Tribunal Judicial de Montalegre 276 090 000Instituto de Emprego de Chaves 276 340 330Região de Turismo do Alto Tâmega e Barroso 276 340 660ADRAT (Chaves) 276 340 920ACISAT (Chaves) 276 332 579Direcção Regional de Agricultura (Chaves) 276 334 359EDP – Electricidade de Portugal 276 333 225Cruz Vermelha Portuguesa Boticas 276 410 200Cruz Vermelha Portuguesa Montalegre 276 518 050APAV – Apoio à Vítima 707 200 077SOS – Criança 800 202 651SOS – Grávidas 800 201 139SOS – Deixe de Fumar 808 208 888SOS – Voz Amiga 800 202 669Linha SIDA 800 266 666Intoxicações 808 250 143NOTÍCIAS DE BARROSO 91 4521 740NOTÍCIAS DE BARROSO 276 512 285Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre 276 512 442SEPNA – DGR Chaves 276 340 210

Informações úteis

Apelo aos estimados assinantes do Notícias de Barroso:Pedimos aos assinantes que ainda não liquidaram a assinatura que o façam logo que possível. Vejam as indicações em NOTÍCIAS DE BARROSO na página 10. A

administração agradece.

BarrosoNoticias de

1505 de Novembro de 2018

BarrosoNoticias de

Sede: Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tel: +351 276 512 285 e 91 452 1740 email: [email protected]: José António Carvalho de Moura, Contribuinte nº 131 503 324, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tels: +351 276 512 285 e 91 452 1740 FAX: +351 276 512 281 Email: [email protected]

Editor: Nuno Moura, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre, email: [email protected]: Maria de Lourdes Afonso Fernandes Moura

Paginação e composição: [email protected], Rua Miguel Torga, 492 5470-211 MontalegreRegisto no ICS: 108495

Impressão: Empresa Diário do Minho, Lda Rua de Santa Margarida, 4 A, 4710-306 Braga email: [email protected] http://www.diariodominho.pt

Colaboradores: António Chaves, António Pereira Alves, Barroso da Fonte, Carlos Branco, Custódio Montes, Dias Vieira, Domingos Cabeças (Inglaterra), Domingos Dias (USA), Duarte Gonçalves, Fernando Moura, Fernando Rosa (USA), João Soares Tavares, José dos Reis Moura, José Manuel Vaz, José João Moura, Lita Moniz (Brasil), João Adegas, José Duarte (França), José Rodrigues (USA), Lobo Sentado, Domingos Chaves, José Fernando Moura, José Manuel Rodriguez,

Manuel Machado, Maria José Afonso, Norberto Moura, Nuno Carvalho e Victor Pereira

Assinaturas: Nacionais: 20,00 € Estrangeiros: 35,00 €

Tiragem: 1.500 exemplares por edição

(Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores não vinculando necessariamente a orientação do jornal ou da sua direcção)

Triunfo com boa exibição

O CDC Montalegre fez uma primeira parte de luxo.

Os barrosões entraram muito fortes no jogo – seguros a defender, a controlar o meio – campo e muito agressivos no ataque, com Paulo Roberto a liderar e a ser o melhor em campo. Logo no minuto seis, Tavares obriga Ivan a defesa atenta. Dez minutos depois, Zangão proporciona ao guarda-redes local uma grande intervenção para canto, depois de remate forte e colocado… Com mais bola e mais qualidade, cheirava a golo da equipa transmontana. E o golo chega mesmo – passe fantástico de Vítor Alves e conclusão perfeita de Paulo Roberto. Reage bem a equipa minhota por Jorge, que cabeceia um tudo ou nada por cima do alvo… Foi a única chance de golo dos da casa em toda a primeira parte. Porém a Oliveirense não funcionava e o seu treinador, Paulo Santos, tira o Argentino Facundo e faz entrar o brasileiro Stanly Santos – substituição madrugadora logo aos 31 minutos. Continuava melhor a equipa transmontana e Zack assiste Paulo Roberto que falha em boa posição… Ao intervalo 0-1. Na segunda parte a Oliveirense sobe linhas, pressiona o adversário e tenta chegar mais perto da baliza de Guedes. Aos 61 minutos Stanly obriga Tiago Guedes a grande defesa. Aos 69 minutos, o Montalegre perde a bola em zona defensiva e faz grande penalidade, convertida de forma superior por Érico, o melhor da A.D.Oliveirense. Mas o empate subsistiu por pouco tempo – aos 74 minutos grande arrancada de Paulo Roberto, deixa dois adversários para trás e assiste Rogério que desvia para o fundo das malhas. Nos últimos instantes a Oliveirense pressionou, sem criar oportunidades claras de golo. Mais três pontos saborosos, coroados com uma exibição muito boa. O treinador do Montalegre José Viage, enalteceu a exibição da equipa mas não quer deslumbramentos: “A equipa na primeira parte foi muito forte, fizemos um golo, tivemos o 2-0 debaixo da

baliza, não conseguimos concretizar. É natural a reação da Oliveirense na segunda parte, sofremos o golo do empate por facilitarmos alguns processos mas tivemos força para fazer o segundo golo. Uma boa vitória, contra uma boa equipa, quero ver quem vem aqui ganhar… Nem ontem éramos maus, nem hoje somos demasiado bons!” Já o presidente clube, Paulo Reis, fala numa “vitória inteiramente justa, o resultado teria de ser de 1-3 ou 1-4, a equipa está de parabéns!”. Os adeptos da A.D. Oliveirense contestaram a administração da SAD, com muitos apupos e palavras mais altas. A crise está instalada no emblema da A.F. Braga…

Montalegre faz história

Pela primeira vez a turma barrosã chega à 4ª eliminatória da Taça de Portugal, a prova rainha do futebol Português. O triunfo chegou após prolongamento.

Entrou melhor no jogo a equipa lisboeta. Mais clarividente e a tentar surpreender. A entrada no jogo por parte da equipa barrosã foi um pouco tímida, mas sempre a subir conforme os minutos passavam. Os transmontanos equilibram e superiorizam-se. O Oriental não funcionava, exceto um disparo de Rúben Gouveia que passa perto da trave. Tavares foi ( mais uma vez) gigante e cruza para Rogério abrir o marcador, com um toque subtil. Ainda antes do intervalo, Vítor Alves assiste Ferrari que está perto do golo. No final dos 45 minutos 1-0 para o Montalegre. Na etapa complementar o Oriental arrisca um pouco mais, sobe as suas linhas e pressiona, na tentativa de criar maiores problemas ao emblema barrosão. Mas é o Montalegre que tem as melhores situações de golo – primeiro por David Carvalho, com um remate forte ao lado. Depois, Rogério assiste Ferrari, valeu a mancha de João Manuel a negar o golo ao jogador brasileiro, ex FC Vizela. E aos 62 minutos, Rogério passa por dois adversários, isola-se

mas não consegue bater João Manuel- o disparo sai perto do poste direito. Responde o Oriental, por intermédio de Henrique, que remata forte para uma grande intervenção de Tiago Guedes. Aos 88 minutos, e de forma inesperada, o Oriental aproveita um erro de comunicação e faz o empate, por Damil, o defesa direito. Depois do balde de àgua fria para a equipa da casa, o Montalegre reorganiza-se e une-se para dar a volta ao golo consentido. Já no período do prolongamento Turé está perto do golo por duas ocasiões. Aos 103 minutos passe fantástico de Lio Guerra que encontra a cabeça de Victor Pereira, para um golo de belo efeito – disparo colocado, sem hipóteses para João Manuel. Aos 109 minutos, aproximação do Oriental à baliza barrosã, com algum perigo – Bata entra para tentar surpreender o Montalegre e Embaló para trazer mais energia ao meio campo transmontano. Depois desentendem-se Sanches e Turé e vão tomar banho mais cedo. Com 10x10, os barrosões guardaram a vantagem e passam, pela primeira vez, aos dezasseis avos de final da Taça de Portugal. O treinador do Montalegre, José Viage, elogiou a exibição da equipa: “Esta vitória quero-a dedicar ao meu pai - fizemos um trabalho fantástico, uma exibição brutal, foi demasiado penalizador a equipa ir para prolongamento…” O treinador do Oriental é António Pereira, também conhecido como “Mourinho dos pobres”, um homem que eliminou o F.C.Porto, na Taça de Portugal, em pleno estádio do Dragão. Toni Pereira deixou críticas duras aos seus jogadores: “ Viemos numa excursão, fizemos uma festa, não tem nada haver com a equipa do Oriental, esta equipa joga doutra maneira, tem outra atitude, outra garra, outra disciplina tática, outra determinação. Um jogador de 1,5 metros faz um golo no meio de centrais com 2 metros. O Montalegre fez dois golos muitíssimo bem, a exibição da minha equipa foi má, uma vergonha!”

Nuno Carvalho

No dia 18 de Outubro, nos Campeonatos da Juventude da Argentina, as jovens portuguesas sub 17 alcançaram a medalha de ouro em FUTSAL feminino.

Carina Luís é uma dessas jovens. Ela é de Torgueda, Chã. Tem 17 anos e é filha de Francisco Rua Luís e de Maria Gorett Rua Gonçalves Luís. Estuda em Fafe, no Instituto Nuno Álvares, depois de passar pelo GD de Chaves. Neste momento, no curso de Gestão, tem os estudos assegurados pelo próprio Instituto segundo nos confessou a mãe,

Maria Gorett.Recorde-se que as nossas jovens,

entre as quais se destacou a barrosã de Torgueda, ganharam com todo o mérito a final de FUTSAL feminino com o Japão num espectáculo que terá conquistado também o mundo inteiro.

A grande proeza das jovens portuguesas é mais uma honra para o país e para os portugueses em geral que se podem orgulhar desta extraordinária equipa, da sua força e determinação.

Carina Luís é de ora em diante uma jovem que merece o carinho e apoio

de todos nós e da parte da autarquia um acto solene de reconhecimento público e, se possível, um apoio consubstanciado numa bolsa de estudos para concluir os seus estudos.

A Câmara Municipal aprovou por unanimidade, na última reunião, uma proposta de louvor e homenagem à Carina Luís, apresentada pelo Presidente do executivo.

Este jornal junta-se às muitas manifestações de júbilo e de louvores para com a jovem que, repito, merece todo o nosso carinho e apoio.

Carina Luís a campeã de ouro

A vesta asiática em Gralhas

Ainda dizem que Montalegre é terra áspera. António de Lima, de Padroso, exactamente no seu quintal atrás da casa de residência, situado na zona da Áspera,

colheu esta Melancia de 11,5 kgs.Segundo nos disseram, também melões doces como o mel ali se dão mas não

todos os anos.

Peras de 0.700 kgs em Montalegre. O produtor António Gonçalves da Costa apanhou-as numa das suas fruteiras situadas ali para os lados do Rolo. Montalegre

será terra de fruta? Vede e concluí.

A vespa velutina (asiática) atacou em Gralhas. Vários ninhos já foram destruídos graças às diligências operadas pela Protecção Civil no que tem sido acompanhada pelo dinamismo do Presidente da Junta, Alceu Afonso. Nas imagens, um ninho no cimo dum castanheiro e um colmeal quase dizimado.