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Director: Carvalho de Moura Ano XXXI, Nº 481 Montalegre, 29.10.2015 Quinzenário E-mail:[email protected] 0,90 € (IVA incluído) Barroso Noticias de XXIFesta do Cogumelo e da Castanha Halloween em Vilar de Perdizes É no dia 31, sábado, que Vilar de Perdizes estará em polvorosa com bruxos e bruxas por todos os cantos. E as vassouras a varrer todas as maleitas e outros danos da gente de bem. P2 Rui Moreira contra a Alheira de Mirandela e o galo de Barcelos O presidente da Câmara do Porto defende um típo de turismo mais virado para as elites. Então, nesse contexto a alheira de Mirandela e o Galo de Barcelos, ícones da promoção do Turrismo Norte de Portugal, não têm aí cabimento. As reacções não se fizeram esperar. E Barroso da Fonte, sempre na de- fesa de Trás-os-Montes e das suas gentes, contesta com toda a veemência. P3 Festa do Cogumelo e da Castanha P3 CURRENTE CALAMO Em defesa dos valores duma sociedade civili- zada que nunca pode ceder terreno às minorias, as considerações inteligentes do Dr M. Verdelho P4 Pobre Democracia a nossa Bento Monteiro está de volta ao convívio dos nossos leitores com respostas oportunas a quem o citou ou aqui ou noutro forum. De uma ou doutra forma escalrece situações nem sempre claras e per- feitamente entendidas. P5 Cartas dos Leitores P14 DESPORTO O Montalegre conta por vitórias os jogos até ag- ora disputados no Campeonato Distrital Honra Vila Real. Eliminado da Taça de Portugal, não se deixou abater. Lidera isolado. Mas tem o Vilar de Perdizes à perna. Foi ganhar a Mesão Frio e isolou-se no 2.º lugar. O Salto descansou nesta última jornada. P15 Imaginação e Criatividade O Eng.º Clemente de Cima conclui nesta edição a série de “inventos” que protagonizou nessas cor- ridas loucas que se realizam em Laúndos, Póvoa de Varzim, e noutras localidades do país. E aqui, nesta edição, dá-nos uma amostra do que vai acontecer na Sexta Feira 13. Ele e os seus amigos vão baralhar a bruxaria. P16 No passado fim de semana, dias 24 e 25, em Montalegre, decorreu a já tradicional Festa do Cogumelo e da Castanha que reuniu um número considerável de curiosos, a maior parte vindo de fora do concelho. E, segundo nos foi dado conhecimento, este ano, o evento correu lindamente sobretudo pela vertente pedagógica levada à Escola Secundária Dr Bento da Cruz. As crianças tiveram ali um momento diferente com inúmeras curiosidades sobre a micologia. O Pe António Fontes esteve lá com “os apanhadores” dos míscaros e o Clube Papaventos, um dos parceiros da organização, bem como o Ecomuseu de Barroso estão de parabéns pela forma como tudo decorreu. É a FEIRA DOS SANTOS DE CHAVES, uma das maiores Feiras do norte do país, que já abriu as suas portas aos milhares de visitantes que, nestes dias, hão-de demandar a cidade de Trajano. É a FESTA maior de Trás-os-Montes com um vasto e variado programa que vale a pena uma visita. Para a História da 1ª República em Montalegre Em 6 de Junho de 1912, Paiva Couceiro ameaçava a região de Barroso, as populações estavam em constante preocupação e Montalegre mobilizou- se e constituiu um grupo de guerreiros para se defender e atacar os paivenses. Estes estiveram em Padornelos mas seguiram para Chaves para tomar conta da cidade flaviense. Os valorosos montalegrenses foram no seu alcance. Ver P6 Dr Calvão da Silva indigitado para Ministro da Administração Interna

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Page 1: Barroso - aoutravoz.info - Uma outra voz sobre o país e o ... · Bruxaria, dá-se o encontro ... Pe Fontes, acompanhado de outros tantos diabos e bruxas avassouradas. ... à lavagem

Director: Carvalho de Moura

Ano XXXI, Nº 481Montalegre, 29.10.2015

Quinzenário

E-mail:[email protected]

0,90 € (IVA incluído) BarrosoNoticias de

XXIFesta do Cogumelo e da Castanha

Halloween em Vilar de Perdizes

É no dia 31, sábado, que Vilar de Perdizes estará em polvorosa com bruxos e bruxas por todos os cantos. E as vassouras a varrer todas as maleitas e outros danos da gente de bem.

P2

Rui Moreira contra a Alheira de Mirandela e o galo de Barcelos

O presidente da Câmara do Porto defende um típo de turismo mais virado para as elites. Então, nesse contexto a alheira de Mirandela e o Galo de Barcelos, ícones da promoção do Turrismo Norte de Portugal, não têm aí cabimento. As reacções não se fizeram esperar. E Barroso da Fonte, sempre na de-fesa de Trás-os-Montes e das suas gentes, contesta com toda a veemência.

P3

Festa do Cogumelo e da Castanha

P3

CURRENTE CALAMO

Em defesa dos valores duma sociedade civili-zada que nunca pode ceder terreno às minorias, as considerações inteligentes do Dr M. Verdelho

P4

Pobre Democracia a nossa

Bento Monteiro está de volta ao convívio dos nossos leitores com respostas oportunas a quem o citou ou aqui ou noutro forum. De uma ou doutra forma escalrece situações nem sempre claras e per-feitamente entendidas.

P5

Cartas dos Leitores

P14

DESPORTO

O Montalegre conta por vitórias os jogos até ag-ora disputados no Campeonato Distrital Honra Vila Real. Eliminado da Taça de Portugal, não se deixou abater. Lidera isolado. Mas tem o Vilar de Perdizes à perna. Foi ganhar a Mesão Frio e isolou-se no 2.º lugar. O Salto descansou nesta última jornada.

P15

Imaginação e Criatividade

O Eng.º Clemente de Cima conclui nesta edição a série de “inventos” que protagonizou nessas cor-ridas loucas que se realizam em Laúndos, Póvoa de Varzim, e noutras localidades do país.

E aqui, nesta edição, dá-nos uma amostra do que vai acontecer na Sexta Feira 13. Ele e os seus amigos vão baralhar a bruxaria.

P16

No passado fim de semana, dias 24 e 25, em Montalegre, decorreu a já tradicional Festa do Cogumelo e da Castanha que reuniu um número considerável de curiosos, a maior parte vindo de fora do concelho. E, segundo nos foi dado

conhecimento, este ano, o evento correu lindamente sobretudo pela vertente pedagógica levada à Escola Secundária Dr Bento da Cruz. As crianças tiveram ali um momento diferente com inúmeras curiosidades sobre a micologia.

O Pe António Fontes esteve lá com “os apanhadores” dos míscaros e o Clube Papaventos, um dos parceiros da organização, bem como o Ecomuseu de Barroso estão de parabéns pela forma como tudo decorreu.

É a FEIRA DOS SANTOS DE CHAVES, uma das

maiores Feiras do norte do país, que já abriu as suas

portas aos milhares de visitantes que, nestes dias,

hão-de demandar a cidade de Trajano. É a FESTA

maior de Trás-os-Montes com um vasto e variado

programa que vale a pena uma visita.

Para a História da 1ª República em Montalegre

Em 6 de Junho de 1912, Paiva Couceiro ameaçava

a região de Barroso, as populações estavam em

constante preocupação e Montalegre mobilizou-

se e constituiu um grupo de guerreiros para se

defender e atacar os paivenses. Estes estiveram

em Padornelos mas seguiram para Chaves para

tomar conta da cidade flaviense. Os valorosos

montalegrenses foram no seu alcance. Ver P6

Dr Calvão da Silva indigitado para Ministro da Administração Interna

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29 de Outubro de 20152 BarrosoNoticias de

MANUEL GONÇALVES GOMES, de 69 anos, casado como Maria de Fátima Santos Batista Gomes, natural de Sarraquinhos e residente em Naugatuck CT, Estados Unidos da América onde faleceu no dia 8 de Março de 2014MANUEL JOSÉ PEREIRA GONÇALVES, de 77 anos, casado com Maria Lúcia Magalhães Pereira, natural e residente em Pereira, de Salto, faleceu no Hospital de Chaves, no dia 12 de Outubro e foi sepultado no cemitério de Pereira.MANUEL BARROSO, de 79 anos, casado com Fernanda Pereira de Magalhães, natural da freguesia de Salto e residente em Lempdes, Puy de Dome, França, onde faleceu no dia 27 de Setembro e aí sepultado.MANUEL BARRETO GONÇALVES FECHAS, de 57 anos, casado com Jacinta de Fátima Borralheiro Martins da Costa Barreto, natural e residente em Salto, faleceu no dia 17 de Outubro.ANÍBAL ANTUNES, de 85 anos, casado com Maria Ferreira Carvalho Antunes, natural de Ladrugães, da freguesia de Reigos e residente na Amadora, faleceu na freguesia de Venteira, Amadora, no dia 18 de Outubro e foi sepultado no cemitério de Ladrugães.JOSÉ GONÇALVES PORTELADA, de 92 anos, viúvo de Benta Luiz, natural de Paredes do Rio e residente em Vale de Anta, Chaves, faleceu no dia 20 de Outubro.MARIA DE JESUS PADRÃO, de 88 anos, viúva de Secundino dos Anjos Gonçalves, natural e reisente em Santo André (Vilar de Perdizes), faleceu em Louviers, na França, faleceu no dia 19 de Outubro, sendo enterrada no cemitério de Santo André.JOAQUINA GONÇALVES SEARA, de 93 anos, viúva de António Dias, natural de Codeçoso, freguesia de Meixedo, e residente em Ponferrada, León, Espanha, onde faleceu no passado dia 23 de Setembro, e foi sepultada no cemitério de Ponferrada.MARIA CELESTE MADURA GONÇALVES, de 56 anos, casada com Aurélio Feliz Gonçalves Martins de Magalhães, natural da freguesia da Chã e residente em Gralhós, faleceu no dia 21 de Outubro.DOMINGOS MENDES ROSA, de 80 anos, divorciado de Maria Gonçalves Mendes Madeira, natural da freguesia da Chã e residente em Ermelo, freguesia de Mouçós e Lamares, de Vila Real, faleceu no Hospital de Lordelo, no dia 22 de Outubro e foi sepultado no cemitério de Codeçoso, de Meixedo.ANA DIAS CAPELA, de 87 anos, casada com António Dias Moço, natural e residente em Parafita, de Viade de Baixo, faleceu no Hospital de Chaves, no dia 24 de Outubro.AMÉLIA DE JESUS CARVALHO, de 82 anos, casada com Albino de Carvalho, natural da freguesia de Rio Douro, Cabeceiras de Basto, e residente em Salto, onde faleceu no dia 28 de Outubro e foi sepultada.

PAZ ÀS SUAS ALMAS!

CORTEJO CELESTIALVILAR DE PERDIZESHalloween em preparação

No dia 31, sábado, Vilar de Perdizes celebra mais uma vez o Halloween, onde as bruxas e os bruxos se vão encontrar a fazer diabruras pelas esquinas e calhelhas da aldeia.

Os mafarricos começam, pelas 18,00 horas, a correr e a saltar pelas ruas de Vilar. Pelas 18,30 horas, todos os que

quiserem disfarces, tatuagens e máscaras e quejandos terão à disposição um atelier que dará feito a tudo. Uma hora depois, é a hora do jantar embruxado nos restaurantes locais. Pelas 22,30 horas, debaixo dos castanheiros no Terreiro da Bruxaria, dá-se o encontro das bruxas e diabretes que se propõem importunar todos os que transportarem consigo maleitas que será necessário afugentar. Às 23,00 horas começa o desfile pelas principais ruas de Vilar de Perdizes que

promete balbúrdia, foguetório e caretos e caretas.

E finaliza com a «Queimada» a cargo do bruxo-mor, Pe Fontes, acompanhado de outros tantos diabos e bruxas avassouradas. Há então lugar a prémios para as abóboras mais bem enfeitadas e à Dança da Roda que se estende pela noite fora.

A Filandorra – Teatro do Nordeste assume a condução do espectáculo que promete e merece uma visita.

MONTALEGRERevista “Aquae Flaviae” rende homenagem aos militares do concelho presentes na I Guerra Mundial

No Ecomuseu de Barroso foi apresentado o número 50 da revista “Aquae Flaviae”. Trata-se de uma edição especial dedicada à memorização do centenário da I Grande Guerra Mundial acompanhada de um segundo volume, com 360 páginas, constituído pelos boletins individuais dos militares do concelho de Montalegre participantes neste conflito bélico (Frente Ocidental, Flandres).

A obra é constituída por 700 páginas e sete cadernos com as 1.400 fichas encontradas de militares do Alto Tâmega e do Regimento de Infantaria 19 que combateram neste conflito. Um caderno por cada concelho do Alto Tâmega e Barroso e outro pelos militares das mais variadas regiões que estavam na altura a prestar serviço no Regimento de Infantaria 19. Aos homens do concelho de Montalegre foram dedicadas 360 páginas e a cerimónia de apresentação contou com a presença de muitos familiares e amigos. A abrir a sessão, David Teixeira, vice-presidente da Câmara Municipal de Montalegre, referiu ser «uma honra receber, no Ecomuseu de Barroso, a apresentação deste trabalho de investigação» como forma de «honrar os nossos antepassados que deram a sua juventude e força na defesa de uma nação».

A Dra Isabel Viçoso, Presidente do Grupo Cultural Aquae Flaviae, referiu que esta edição n.º 50 pretende «homenagear todos os concelhos de Alto Tâmega e Barroso com cadernos dedicados a cada concelho». Destacou o excelente trabalho de pesquisa do autor e explicou que esta publicação «já está a ser alvo de interesse para trabalhos universitários».

Políticos mexicanos visitam concelho

A sede do Ecomuseu de Barroso acolheu um grupo de jovens políticos mexicanos que foram recebidos pelo vice-presidente do município de Montalegre, David Teixeira. O autarca traçou o diagnóstico do concelho e respondeu a todas as questões. O objetivo desta presença mexicana é perceber como o concelho desenvolve e promove a “marca territorial”, um exemplo a ser conhecido pelos referidos jovens do Máxico.

O livro “(In) Justiças” apresentado na Bilioteca Municipal

Guida Nunes, natural de Boticas e actualmente com escritório e residência em Chaves, esteve na Biblioteca Municipal a apresentar mais uma das suas obras. Referiu

que a obra era «uma homenagem a esta população do Barroso». Editado pela Tartaruga, o livro «fala de histórias - verdadeiras ou não será o leitor a descobrir - da minha vivência com pessoas e saber como elas encaram a nossa justiça, quer sejam advogados, quer sejam magistrados e, claro, os próprios utentes da justiça», explicou, em síntese, Guida Nunes.

Barroso da Fonte foi o convidado da escritora para apresentar a obra perante um auditório presente na Biblioteca de Montalegre.

NEGRÕESPoço Novo inaugurado

Em Negrões foi inaugurado um poço destinado não só à lavagem de roupa mas também as “tripas do porco” no período das tradicionais matanças.

Orlando Alves, presidente da Câmara Municipal, refere que é uma obra que «encaixa nas alavancas de desenvolvimento do concelho».

Num concelho onde a produção de fumeiro é uma das principais estratégias de desenvolvimento da economia local, começam a ser frequentes obras que permitem melhorar as condições de trabalho dos produtores. O “Poço Novo” em Negrões, orçado em 10 mil euros, é um dos mais recentes exemplos.

Antes das obras de requalificação era um tanque público ao ar livre em estado de degradação. Agora

apresenta duas linhas diferentes de lavagem, onde foi aplicado o conforto da água quente e um reservatório de águas residuais.

O presidente da junta de freguesia de Negrões, Victor Carreira, explicou que «era um pedido antigo da população que desejávamos satisfazer onde só foi possível com o apoio da Câmara Municipal». O “Poço Novo” já pode ser utilizado pela população durante esta época de matanças que está prestes a iniciar-se.

No acto, foi descerrada uma placa que regista para a posteridade a data da inauguração e os seus principais autores. In «cm-montalegre»

SOLVEIRACalvão da Silva indigitado para Ministro da Administração Interna

Calvão da Silva vai ser o novo ministro da Administração Interna. Natural de Solveira, é professor de Direito na Universidade de Coimbra. No IX Governo Constitucional foi secretário de Estado-adjunto do então vice-primeiro-ministro, Mota Pinto. Já foi membro dos conselhos superiores das magistraturas, chegou a ser administrador (não executivo) do Banco Totta & Açores e do Banco Crédito Predial Português e é, actualmente, vice-presidente do Centro de Arbitragem Comercial da Câmara de Comércio e Indústria.

O Notícias de Barroso sauda efusivamente o ilustre barrosão pela nomeação para tão honroso cargo.

SALTOProfessores da Escola preocupam os pais

Os pais das crianças da Escola de Salto andam preocupadas com a constante alteração dos professores dos alunos. Segundo eles, os alunos estão a ter aulas de diferentes professores, já mudaram de professor umas três vezes e os pais não estão a gostar do que se passa. Para melhor esclarecimento, o NB ouviu o Director do Agrupamento de Escolas de Montalegre, Dr. Paulo Alves, que informou o seguinte:

«A professora colocada em Salto adoeceu tal como se viu pelo atestado médico entregue ao Agrupamento, de pronto foi substituida por uma professora de substutuição, mas esta rescindiu o contrato com o MEC e este colocou lá uma professora de apoio. E diz Paulo Alves, os alunos nunca estiveram sem aulas. É verdade que já tiveram 3 professores mas nunca perderam nenhuma aula. Isto são coisas que acontecem por todo o país, mas estejam os pais dos alunos descansados que, breve, voltará tudo à normalidade».

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29 de Outubro de 2015 3BarrosoNoticias de

Barroso da Fonte

Rui Moreira contra galo de Barcelos e fumeiro Transmontano

Na reunião de Câmara da 3ª semana de Outubro, Rui Moreira, Presidente da autarquia do Porto, manifestou discordância, relativamente à estratégia de promoção usada pela Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte (ERTPN), de «um Portugal bucólico, vendendo o Porto como cidade do Galo de Barcelos e do Fumeiro». E disse ainda que esta entidade irá criar uma agência de promoção externa, o que, em seu entender, colide com as atribuições da Associação de Turismo do Porto (ATP), por ele próprio liderada» Leu-se isto no JN de 22 de Outubro. Américo Pereira e Miguel Costa Nunes, presidentes, respetivamente, das Câmaras de Vinhais e de Barcelos, não gostaram. O Transmontano acusou Rui Moreira de «parolice» e o Barcelense respondeu que RM

era elitista e que tal postura era «pedantismo atroz». O JN do dia seguinte deu voz ao autarca de Barcelos que acusou Rui Moreira de que «pior do que o centralismo de Lisboa, é o centralismo do Porto». E em comunicado, Miguel Costa Gomes, afirma que «Rui Moreira «revela que não tem noção da importância dos 85 municípios na promoção do Porto e Norte de Portugal».

Confesso que não conheço pessoalmente o Presidente da Câmara do Porto, mas tenho vindo a apreciar a sua postura política e social. Contudo, quando alguém menoriza a minha Terra, neste caso Trás-os-Montes, tem-me à perna, porque, seja lá quem for, Trás-os-Montes e os Transmontanos, não recebem lições de ninguém, a não ser dos professores quando ensinam e dos técnicos enquanto formadores. Sempre Trás-os-Montes e os Transmontanos foram vítimas do centralismo. E, já é tempo de esquecer a linguagem que prevaleceu durante séculos, usada pelos tempos fora, contra os os «tais parolos», que, à falta de argumentos, nos chamam, ainda que disfarçadamente.

Aquilo que Rui Moreira disse dos Nortenhos na reunião de Câmara, provocou um mal-estar que Barcelos e Vinhais já reprovaram e que eu próprio, enquanto Transmontano,

enquanto ex-autarca promotor da Zona Turística de Guimarães e enquanto sócio fundador nº 1, da Casa Regional dos Transmontanos e Alto Douro do Porto, não posso silenciar. O povo diz que «quem cala consente». E que «quem não se sente não é filho de boa gente».

O autarca de Barcelos disse (e eu próprio corroboro) que «pior do que o centralismo de Lisboa, é o centralismo do Porto». Quando se batizou a Invicta como «capital do norte», com Barcelos, Braga, Guimarães e toda a Província de Trás-os-Montes e Alto Douro» justificavam esse pomposo nome. Senão fosse este norte real, o Porto, só por si, não poderia ser capital de si própria, como cidade.

Desde que Portugal nasceu no Portuscale, teve necessidade de agasalhar-se contra o inimigo que chegava pelo mar e pela foz do Rio Douro, transferindo o burgo para Guimarães. Foi Mumadona Dias. Daqui apenas saiu para Coimbra, em 1131. O Vinho do Porto dá nome ao produto das vinhas das margens do Douro que é mais Transmontano do que portuense. São meros exemplos de como o Porto, para ser a grande cidade que é, sempre prosperou à custa do Minho e de Trás-os-Montes. Chamar «bucólicos» ao Galo de Barcelos e ao Fumeiro de Barroso, de Vinhais, de Mirandela, de Boticas ou de Chaves, no sentido

depreciativo, é uma infâmia para quem aqui nasce, daqui não sai ou, se sai, aqui volta, sempre, com a mesma fé, o mesmo respeito e o mesmo amor cívico pelo chão que embalou tantos e tão honrados filhos.

Permitir que um qualquer político, técnico ou burocrata, nascido ou bem reconfortado urbanista, parasite do espaço geográfico e do labor de milhares de cidadãos que honestamente trabalham o pão, o «fumeiro» e tudo aquilo que daqui sai para abastecer quem vive na cidade que tão mal agradece, é uma ofensa à dignidade de gerações que sempre foram tratadas como escravas.

O Dr. Rui Moreira - que repito,considero como homem de estatura cívica, cultural e política - foi infeliz. Os Transmontanos e os Minhotos não merecem que os trate, depreciativamente, como bucólicos, nem mercadejares de fumeiro. Além deste produto que é genuíno, é excelso e é sedutor, os transmontanos trabalham, nas suas terras e com o suor do seu rosto: o presunto, a batata, todo o tipo de legumes, a castanha, a maçã, a cereja, a pera, o centeio, o azeite e o vinho mais famoso da Lusofonia: o moscatel de Favaios, o vinho dos mortos de Boticas e o néctar do Douro, reforçam mundialmente, alma do Porto. Bastaria esta dádiva

Duriense que é o Vinho do Porto para que nunca mais, seja quem for e onde for, erga voz, o gesto e a ideia de minimizar Trás-os-Montes e os Transmontanos. Do mesmo modo, os Minhotos. Nunca se esqueçam de que, em 868 nasceu o primeiro Condado Portucalense que durou até 1071; que foi restaurado em 1096 e que, apenas se desconfigurou para melhor, na batalha de S. Mamede, em 24 de Junho de 1128, em Guimarães. Esse condado estendia-se, apenas, entre os Rios Minho e Douro. Trás-os-Montes já tinha soldados, já tinha chão e sortilégios (talvez o fumeiro) de que o Porto, para manter sempre viva a sua História, sempre precisou. Não foi D. Pedro de Pitões, nascido nesta aldeia Barrosã, aí formado, no Mosteiro de Santa Maria de Pitões, ainda visível, mais tarde nomeado Bispo do Porto que convenceu os cruzados a participarem na conquista de Lisboa e os acompanhou na luta contra os sarracenos? Como se pode constatar desde os primórdios da nacionalidade os Transmontanos não eram parolos, nem bucólicos. Talvez fosse o Porto a crescer à sombra dessa nobre e sofredora gente que hoje não aceita lições de quem vive no «véu de ignorância» de que fez teoria de Justiça John Rawls.

XXI Festa do Cogumelo e da Castanha de MontalegreDecorreu no concelho

de Montalegre a XXI Festa do Cogumelo e da Castanha, evento promovido pelo Clube Papaventos em parceria com a Associação Aventura e Saúde. Uma aposta no património natural do Barroso que recolheu os mais rasgados elogios pela excelência dos seus produtos.

Mais de uma centena de participantes teve oportunidade de observar a riqueza extraordinária que pode ser

encontrada na natureza do Barroso.

No primeiro dia, a iniciativa decorreu na escola secundária Dr. Bento da Cruz, em Montalegre, com o objetivo de explicar aos mais novos, de forma atrativa, ensinamentos importantes sobre micologia.

No dia seguinte, a jornada continuou com um percurso pelos trilhos dos cogumelos selvagens. A subtileza, a cor, a textura, os aromas e a confeção

dos mesmos, constituíram os elementos principais que projetaram um dia diferente.

O conhecido padre Fontes acompanhou o evento e fez questão de levar as castanhas assadas para o magusto que decorreu no parque do Senhor da Piedade (Montalegre). O pároco considerou tratar-se da «descoberta dos valores da terra» para uma «gastronomia qualificada». As vertentes educativas deste encontro

tornaram-no «fenomenal», explicou José Manuel Arantes, do Clube Papaventos, completando que é «um convívio muito importante». Por sua vez, José Duarte, responsável pela seção de micologia da Associação Aventura da Saúde, mostrou-se «enamorado» pelas «magníficas manchas florestais com muito potencial para quem quer colher e estudar os cogumelos». Um «convívio salutar numa terra tão alegre» concluiu.

Além da Associação Juvenil Aventura da Saúde, também a Cogumelooncity e Ecomuseu do Barroso participaram na organização do evento que contou com as parcerias dos Restauradores da Granja (Fafe), Adefacec (Porto) e Papaventos (Montalegre).

O IPDJ de Braga apoiou a inciativa que se saldou por um relativo sucesso.

In: cm-montalegre.pt

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29 de Outubro de 20154 BarrosoNoticias de

CURRENTE CALAMO

Entre a NORMALIDADE e a ABERRAÇÃOGracinda era jovem e bonita.

Ainda na frescura dos vinte e um anos, ela própria se afirmava que, agora, sim, se sentia verdadeiramente maior de idade. De postura despreconceituosa, sem complexos nem arrogâncias, é o tipo de mulher que muito agrada ver e ter por perto, seja qual for o estatuto de ligação com ela, familiar ou social, designadamente o simplicíssimo mas robusto elo da descomprometida amizade. Era mulher de palavra frontal, mas, sempre, com encantador sorriso. A mutua simpatia que nos aproximava e sempre mantivemos nos convívios e encontros quase sempre de motivação profissional, fez que por vezes nos insinuassem:

- Entendeis-vos tão bem!...Era verdade. Mas o nosso

bom entendimento estava todo às vistas. Nada havia a esconder ou camuflar. Quem mal não usa, mal não cuida!... Esta virtude é difícil de entender para aqueles que carecem dela.

Alguns anos foram decorrendo e, certo dia, a Gracinda apresentou-me o namorado.

Felicitei-a, sinceramente. O jovem era elegante, de gesto educado e fala mansa. Passado mais um ano, em que quase não nos vimos, telefonou:

- Posso ir vê-lo?Foi uma alegria quando

entrou no escritório. Tinha

evoluído. De aparência algo diferente, com discreta maquilhagem e mais cuidada no vestir.

Acompanhava-a o Frederico, um velho conhecido e amigo que ultimamente se distanciara do nosso habitual convívio.

Convidavam-me para o casamento.

Devem ter notado o meu ar de surpresa. Quando tive oportunidade questionei-a discretamente:

- E o teu noivo de há um ano?

Com a desenvoltura habitual, esclareceu-me:

- Estive mesmo para casar com ele porque era pessoa educada e respeitadora e bom profissional. Mas sempre tive dúvidas sobretudo por certo exibicionismo amaneirado que às vezes se lhe escapava. E até a minha mãe me alertou para o seu feitio “marcadamente afeminado...”. Então, eu perguntei-lhe se, como já tinha ouvido referir, ele não era nem se sentia maricas. Ele calou e não negou! Virei-lhe as costas e deixei-o.

E apertando-me a mão, terminou:

- Entendo o casamento, como um verdadeiro sacramento, no sentido e na perspectiva de só assim se conseguir a mais perfeita, sublime e civilizada união entre um homem e uma mulher. Aspirava e aspiro a ter

um marido e não outra mulher a dormir comigo...

Fui ao casamento, muito honrado pelo convite.

Mais tarde, no batizado do primeiro filho, a pretexto já não sei de quê, veio sentar-se a meu lado, e completou a anterior confidencia sobre o malogro do seu anterior projecto matrimonial. O que me disse em tom intimista, é, quasi ipsis verbis, o texto que aqui deixo.

Tem aparecido, é certo, como produto de morbosidades sócio-comportamentais, formas larvadas de convivências familiares que certos poderes políticos, visceralmente materialistas, acolhem e protegem, com leis repugnantes, a ponto de tentar branquear, como se fosse uma união respeitável, aquilo que não passa de imunda pederastia. Dir-me-ão, acrescentava a Gracinda, que isto cheira a homofobia (palavra que nem encontro no dicionário), a discriminação social e sexual. Isso é uma desculpa descabelada para a afronta que nos faz qualquer parelha de invertidos (que para bem da humanidade, são uma exígua minoria), quando se nos quer “legalmente impor” como um “casal natural”.

Não me suscitam reparo quando se assumem como “amigos”, sócios, parceiros ou “companheiros”, “ou unidos de facto”, e são, de facto e

de direito, adultos livres e responsáveis. São pessoas de cujo comportamento discordo e que nem ouso censurar. Mas, cônjuges!? Apelidar de cônjuges, e permitir o casamento civil, aos protagonistas de uma junção carnal entre pessoas do mesmo sexo, é uma infame macaqueação do verdadeiro casamento, dessa sagrada vinculação natural entre homem e mulher livres, vinculação sagrada porque vem incontestada desde a origem do homem e é vital para o género humano. Esse artificioso “casamento”, legalmente engendrado para as junções contra-natura e tão lindo aos olhos da esquerda mais festiva, não vale nada, arvora-se em lampejos tétricos de fogo fátuo mas é um achincalho à identidade moral das pessoas normais.

Como entender a passividade de toda a gente perante essas ignóbeis leis fraturantes? Talvez pela mesma razão do encolher de ombros perante as farandolagens dos bufarinheiros nos espectáculos de saltibanco...

E a amiga Gracinda, dona de casa e da festa em que estavam, continua assim a doutrinar-me.

Ela não descrimina ninguém. Verbera comportamentos anómalos mas acolhe e estima toda a gente, desde que não alardeiem a sua orientação (ou aberração) sexual, sem

desrespeito e sem afrontar os

outros.

E referenciou, baixinho,

e a titulo de exemplo,

aqueles “amigos” e aquelas

“amigas”, entre os convidados,

prazenteiros e bem ambientados,

a quem servira um cálice e

com quem brindara; “lamento-

lhes, cá no intimo, que tenham

aquela tendência que aliás nem

disfarçam, mas, são educados

e bons amigos, recebo-os de

bom grado em minha casa. Mas

nunca os quereria, a qualquer

deles, como mulher, nem a

qualquer delas, como marido...”

E o que nunca perdoarei aos

legiferos que nos imposturaram,

com a tal lei que doura o

homosexualismo com a aura

de cidadania, é a equiparação

do vinculo que me une ao

Frederico, com o “vinculo

matrimonial” que exibem os

estardalhos que se lambuzam

nas profusamente televisadas

marchas de “orgulho gay”. Essa

sórdida justaposição legal ao

casamento, à verdadeira união

natural entre marido e esposa, é

a maior indecência politica que

a civilização humana regista e

a mais torpe e gratuita ofensa

que os Estados fazem a todos os

cidadãos normais.

Manuel Verdelho, advogado

Realizou-se no passado dia 26 de Setembro, em Pondras, a III edição da Noite de Fados. Este evento, que ano após ano se vem consolidando no panorama cultural de Barroso, esteve mais uma vez a cargo da Associação Pondras em Movimento, contando esta edição com o apoio da Junta de freguesia e do Município.O programa consistiu num jantar acompanhado de música ao vivo a cargo da prestigiada fadista Cláudia Madur que, apesar de estar habituada a grandes salas de espetáculos, não deixou de afirmar que ali, na antiga escola de Pondras, se viveu fado do melhor que já tinha visto, provando que no Barroso também se sente esta arte. Saliente-se que esta artista

passou por Pondras antes de ir cantar para os Príncipes da Dinamarca dali a três dias.Quem também surpreendeu

com a sua presença foi o Presidente da Câmara, Prof. Orlando Alves, mostrando a sua faceta de fadista ao cantar três fados, dois “de Coimbra”

e um mais popular, o “Povo que lavas no rio”. Ao mesmo tempo aproveitou para dar os parabéns e enaltecer o esforço

e dedicação das pessoas desta jovem Associação, que procura lutar, à sua maneira, contra o envelhecimento e o esquecimento que assola esta

terra. Afirmou mesmo que “A Associação Pondras em Movimento faz um trabalho notável, dá cartas e faz ver a muita terra grande que, se calhar se põe em bicos de pés e não conseguem fazer coisas como aqui se fazem(…) Todo este evento foi pensado ao pormenor, e isso vê-se também na indumentária das colaboradoras, pois nem muitos restaurantes primam por este rigor. (…) é a prova de que com pouco se faz muito”.Mas, a cerca de meia centena de participantes que aderiram a este evento, ainda passaram outros bons momentos, enquanto saboreavam o repasto servido com produtos regionais (nomeadamente o pão centeio, a posta barrosã, a batata a

murro), pois os intervalos do fado foram bem animados com muita magia e graça a cargo do jovem entertainer Hugo Silva, vindo de propósito de Amarante para esta ocasião.A Associação Pondras em Movimento agradece a todos que de alguma forma ajudaram a tornar esta noite possível e bem-sucedida e, em particular também a este jornal pela divulgação e projecção que tem dado às suas actividades.Dado o sucesso desta 3ª noite de fados a 4ª, a realizar em 2016, ainda fará mais sentido. A Associação relembra ainda que, durante o mês de Outubro, em data a anunciar, vai realizar um rastreio de saúde geral à população e, em Novembro, o São Martinho.

PONDRAS

III Noite de Fados

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29 de Outubro de 2015 5BarrosoNoticias de

Depois de ler com muita atenção as cartas dos leitores da penúltima edição do nosso jornal, refleti bastante se devia ou não responder aos que invocam, distraidamente, o meu nome, chegando à conclusão que, pelo respeito que os restantes leitores me merecem, não devia deixar passar em claro tal alusão.

Comecemos, por ser mais simples, pelo senhor Manuel Ferreira Martins. Meu caro: eu não faço críticas veladas à câmara municipal. Limito-

me, quando tal se justifica, a manifestar e fundamentar a minha opinião, umas vezes a favor, outras contra, relativamente às posições que vão sendo tomadas nos órgãos próprios do município. Por isso, entendendo que o senhor não terá compreendido o meu artigo, sugiro-lhe uma nova leitura. Não vê aí qualquer “crítica velada” à câmara. Vê sim, uma legítima opinião, no sentido de serem definidas regras, claras e objetivas, relativamente ao apoio da câmara municipal, à publicação de livros pelos seus munícipes e à publicidade que deve ser atribuída aos jornais locais. Mais, salientei claramente que, dispondo o executivo

municipal de esmagadora maioria, quer na câmara municipal, quer na assembleia municipal, as regras aprovadas, seriam sempre aquelas que melhor aprouvessem ao executivo municipal. Mas, claro, depois de aprovadas, todos poderíamos saber com aquilo com que contávamos.

A democracia é isto mesmo: “todos diferentes, mas todos iguais”, e sobretudo, direitos iguais para todos. Não compreender isto é, perdoem-me, não querer compreender

nada.Quanto ao “simpático”

Zé Miranda a coisa é ligeiramente diferente. Desde logo, pela forma agressiva e inconsequente com que se dirige, em particular, à minha pessoa e, de seguida à do doutor, Manuel Ramos.

Quanto à forma como se dirige a este último, não me vou pronunciar porque não tenho, para tal, qualquer procuração. Mas, se alguma razão o Zé Miranda alguma vez tivesse, perdeu-a de imediato pela inqualificável forma como se dirige a alguém que, legitimamente, com ou sem razão – essa é uma conclusão que cada um dos seus leitores tirará – ousou escrever aquilo

que pensa.Relativamente à minha

pessoa começo, em primeiro lugar, por lhe dar um conselho de verdadeiro amigo: não acredite em tudo aquilo que lhe dizem.

Depois de ler a sua carta, e sobre ela refletir, tive o cuidado de o procurar e, como de costume, deixar fluir a conversa. Devo confessar que, de início, tive algum receio. Não físico, claro está, mas devido ao facto de, tal como o senhor afirma, conhecer “esse disfarçado de Bento Monteiro mas que na realidade todos sabemos quem é” e, fruto desse seu conhecimento, ter de lhe dizer algumas verdades. Felizmente, tal não foi necessário.

Depois do primeiro contacto, e porque fiquei na dúvida se, efetivamente me conhece, ou simplesmente, fez de conta, voltei a fazer-me encontrado consigo. Aí a dúvida desfez-se: claramente não me identifica, o que é pena, e, das duas uma, ou fez bluff, o que sinceramente não acredito, ou, tal como a maioria, aponta as baterias para quem mais lhe convém, na vã tentativa de alimentar a sua própria frustração.

De qualquer das maneiras, tal não é para nós importante.

Comecemos pelo princípio, e situemo-nos no capítulo político. Lembram-se do lamentável ANTÓNIO, aquele anónimo - que todos desconfiamos quem é - que disparava contra tudo o que se lhe opunha, e que até teve honras de destaque na página eletrónica do regime instalado? Alguém ouviu o Zé Miranda, ou outro qualquer seu correligionário, a criticar tal criatura?

Quanto ao que escrevi sobre os seus livros, claramente

não nos compreendeu, razão pela qual lhe sugerimos mais uma leitura. Vai verificar que nunca pus em causa a sua qualidade literária. Desde logo, e para que não restem qualquer tipo de dúvidas, não li nenhum dos seus livros. Logo, relativamente à qualidade literária, nunca me poderia pronunciar e, como tal, nunca o fiz. O que fiz foi, na defesa dos superiores interesses dos nossos concidadãos, manifestar a minha opinião sobre a forma como se gerem os dinheiros públicos. Mais: se se aprovasse um regulamento, tal como foi sugerido pelo deputado municipal Pedro Barroso, e que eu secundei, estaríamos a ajudar o senhor presidente da câmara. As regras seriam claras, todos os munícipes saberiam com o que contar e, o que é mais importante, os cofres municipais sairiam reforçados.

Termino, recordando-lhe que, da minha parte, não existe qualquer tipo de “enveja” pelos livros que escreve. Antes pelo contrário. Se ler, com olhos de ler, aquilo que escrevi, vai constatar que o incentivei a continuar a escrever. Mas, há sempre um mas, o que o senhor não pode é “satisfazer os seus caprichos” à conta do erário público, sem qualquer regra definida. Mais: se o senhor acreditasse que o que escreve é do interesse público e reconhecido pelos seus conterrâneos, seria o primeiro a não querer depender dos dinheiros do povo. Depois, terá que pensar que o dinheiro não é elástico e que não chega para tudo. Ora, entendo eu, que os dinheiros públicos devem ser usados, em primeiro lugar, em prol do bem comum e dos mais desfavorecidos. Por exemplo: em vez de se gastar, milhares de euros, em livros

que ninguém lê, carregados de erros ortográficos, e sem qualquer valor científico, devemos é apoiar todas as famílias do Concelho, oferecendo-lhes os manuais escolares, nomeadamente no primeiro ciclo, à semelhança do que se faz um pouco por todo o País. Ou seja, meu caro Zé Miranda: não acha que seria mais útil apoiar todas as famílias com crianças na escola de Ferral, oferecendo-lhe os manuais escolares, do que gastar o dinheiro nos seus livros e respetiva merenda?

Quanto ao Prof. Ferreira afirmar que não “não percebe como este (Bento Monteiro) não sabe de onde vem a água da bica em Montalegre” está tudo explicado. O Professor não perceber, e dada a sua idade, julgo que já nunca vai perceber, que o que está em causa não é de onde vem a água, mas sim o seu não aproveitamento e o seu desperdício. Ora, não perceber isto, é não perceber nada. Por outro lado, ao afirmar que Fernando Rodrigues foi o melhor presidente da câmara de Montalegre só demostra a sua falta de rigor e como, eventualmente, estará dependente deste.

Defender alguém que constrói uma ponte no meio do monte, sem acesso a coisa nenhuma, derretendo 300 mil euros de fundos comunitários, mais perto de 150 mil euros dos cofres do município, não tem perdão. A não ser que haja alguma coisa que o povo desconhece! Será que existe?

Mas, no meio disto tudo, o que mais me preocupa, é o senhor Ferreira ser, e pretender continuar a ser, representante do povo.

Bento Monteiro

Pobre democracia a nossa

“Comecemos pelo princípio, e situemo-nos

no capítulo político. Lembram-se do lamentável

ANTÓNIO, aquele anónimo - que todos

desconfiamos quem é - que disparava contra

tudo o que se lhe opunha, e que até teve honras

de destaque na página eletrónica do regime

instalado? Alguém ouviu o Zé Miranda, ou

outro qualquer seu correligionário, a criticar tal

criatura?”

No passado dia 1 de Outubro, a Secção de Programas Especiais – Núcleo de Idosos em Segurança do Destacamento Territorial de Chaves, levou a cabo uma acção de sensibilização no Lar da Santa Casa da Misericórdia de Montalegre por forma de assinalar o Dia Internacional do Idoso e, com o objectivo de aconselhar e sensibilizar para a adopção de procedimentos de segurança, no sentido desta população sénior não se tornarem vitimas de criminalidade, em particular de situações de violência, burlas e furto em residências.

Foram transmitidos ainda conselhos úteis sobre comportamentos a adoptar em

caso de possíveis abordagens de “burlões” que têm como alvos preferenciais este tipo de

público e a quem, através do “conto do vigário” e histórias astuciosas, muitas vezes tentam tomar dinheiro aos mais incautos e por vezes conseguindo levar-lhes o que lhes custou uma vida a amealhar.

Abordou-se também a questão sobre a nova nota de 20 euros que irá entrar em circulação a 25 de Novembro de 2015 e que também essa, desde logo, suscita o interesse dos “burlões”, que aproveitando o desconhecimento de muitos quanto aos procedimentos de entrada em circulação da mesma, conseguem ainda

convencer os mais incautos a entregarem as notas antigas com a promessa de que em troca lhes fariam chegar as novas, situações verificadas anteriormente aquando da entrada das novas notas de 5€ e 10€.

Nesta acção estiveram presentes 50 idosos que atentamente ouviram os alertas transmitidos sendo ainda partilhadas algumas histórias de vida relacionadas com esta temática em que foram vítimas, ficando no final bem destacado o lema “cidadão informado é um cidadão protegido”.

Dia Internacional do Idoso

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29 de Outubro de 20156 BarrosoNoticias de

MAPC

UM PARÁGRAFOUm Parágrafo # 60 – Método

Afigura-se sempre como tarefa difícil o estabelecer de uma metodologia que possua em si um método que infira, concreta e metodicamente, uma linearidade metódica às coisas através das quais pretendemos ver estabelecida uma metodologia concreta e eficaz. Algo metódico e que imprima metodologia mais ou menos sistemática à falta de método que nos azucrina o juízo e nos deixa à beira de um ataque de nervos por causa da ausência de método que a desarrumação mental induz e nos atormenta. Um método simples que, metodicamente nos afaste de uma desordem sem qualquer tipo de metodologia. Uma tipologia metódica ou uma metodologia tipológica? Ao fim e ao cabo, tanto faz. Acabamos sempre por ficar enredados nas teias que vamos tecendo, sem olhar ao método que nos permitiria encontrar um caminho que fosse metodologicamente correcto. A assumpção de que a metodologia nos salva vai servindo de apoio aos estados de alma menos aconchegados. A longa espera por uma estrutura de pensamento metodologicamente construída e assente nas mais clássicas metodologias acaba por ser, naturalmente, a quimera que nos vai consumindo, enquanto ansiamos por uma metodologia que nos permita seguir em frente, simplesmente, mas com método.

João Nuno Gusmão

Somos nós que nos devemos ocupar e tratar das nossas deficiências nutricionais

Toda a gente possui deficiências nutricionais, mas em graus diferenciados. Uma das fortes razões deve-se aos processos de cultivo e produção dos alimentos e consequentemente com pouco valor nutricional. Investigadores verificaram que os alimentos das nossas avós tinham um valor nutricional muito superior aos actuais e isto está relacionado com muitas doenças.

Não creio que haja provas verdadeiramente convincentes que os vegetarianos são mais saudáveis ou vivam mais anos que do que as que comem carne; no entanto, as pessoas saudáveis comem frutos e vegetais frescos biológicos e ingerem regularmente sumos naturais .

Apanhar sol estimula a energia do corpo todo e tem o poder de o alcalizar fortalecendo o sistema imunitário. É também importante consumir mel e pólen de abelhas, sal marinho (melhor ainda o sal dos Himalaias) e um pouco de chocolate negro. Tudo isto elimina toxinas, mas agora temos pela frente o caos electromagnético ou seja o telemóvel, a televisão, o computador, o microondas, etc., sobretudo em uso excessivo.

Outro inimigo importante é o stress que tem que ser combatido com ouvir música, rir frequentemente, dormir oito horas, viver com o sentido de compartilhar atos impensados de gentileza, simpatia com quem nos rodeia e sobretudo afastar a inveja e o fanatismo pela política, pela religião e também pelo futebol. As pessoas que não são invejosas, respeitadoras, educadas e tolerantes com os outros, vivem mais anos.

João Damião

Para a História da 1ª República em Montalegre(Continuação do n.º anterior)

ANO 1912Com a República cresce a

necessidade de informar e o desejo de ser informado, motivo que estimula o aparecimento de vários jornais em Montalegre, ainda que a maior parte tivesse pouca qualidade e pequena duração.

Parece ter havido um jornal no regime monárquico que desapareceu completamente. Há dele uma referência na obra: “Portugal - dicionário histórico, corográfico, biográfico, bibliográfico, heráldico, numismático e artístico”, de 1909. O jornal tinha o título de “O Barrosão” e publicou-se em 10 de Janeiro de 1895.

Na primeira República publicaram-se em Montalegre, e por ordem cronológica, os seguintes jornais:

- “O Barrosão”: quinzenário, director Artur Maria Afonso. Publicou 19 números, de Abril a Dezembro de 1912.

- “O Povo de Barroso”: semanário, director J. M. Duarte Júnior. Publicou 9 números de 4 de Maio a 4 de Julho de 1912.

- “O Montalegrense”: semanário Republicano, directores: José Lourenço dos Santos, Joaquim Morais, Abel Mesquita Guimarães. Publicou 292 números, de Março de 1913 a Abril de 1920. Este Jornal

foi, sem dúvida, o jornal mais bem escrito e de maior informação, que é imprescindível consultar para conhecer a história política e económica da primeira República.

- “O Combate”: quinzenário, director Victor Branco. Publicou de Maio a Novembro de 1913, 12 números e uma II série com 2 números em 1917.

- “O Crente de Barroso”: semanário, director J. M. Duarte Júnior. Publicou 202 números de Junho de 1913 a Dezembro de 1917.

- “A Voz da Democracia”: semanário, director Custódio Francisco L. de Moura. Publicou 27 números de Julho a Novembro de 1913.

- “O Povo de Barroso”: director José Bento Gonçalves Barroso Júnior. Publicou 2 números, em Junho e Setembro de 1913. O director apropriou-se do título que pertencia ao Sr. Arcipreste para o atacar.

Diário do Governo n.º 82 de 8 de Abril de 1912

Direcção Geral de Instrução Primária, 2ª Repartiçao

Tendo chegado ao conhecimento do Governo da República Portuguesa, que o benemérito cidadão Augusto Pinto Pires Esteves, da freguesia de Vilar de Perdizes, concelho de Montalegre, ofereceu mobília e utensílios

escolares na importância de 90$000 reais, para a escola feminina da mesma freguesia, ultimamente criada, e cedeu gratuitamente durante 2 anos, casa para a instalação da referida escola e habitação da respectiva professora:

manda o mesmo Governo que, pelo Ministério do interior, seja dado público testemunho de louvor ao citado cidadão pelo seu acto de benemerência em favor do desenvolvimento da instrução popular.

Dado nos Paços do Governo da República, em 3 de Abril de 1912.

O Ministro do Interior, Silvestre Falcão

É neste período da presidência da Comissão Administrativa do Dr. Victor Branco que se dá a segunda incursão monárquica que terminou com o triunfo das forças republicanas em Chaves, em 6 de Julho de 1912.

A este respeito, correu em Montalegre o boato de que Paiva Couceiro se dirigia com as suas tropas para esta vila a fim de a ocupar. De facto entrou por Padornelos para daí se dirigir para Chaves.

Em “Reminiscência do Passado”, pag.76, deixa-nos o Dr. Victor esta sua versão do acontecimento:

- que a vila de Montalegre se despovoou com medo dos couceiristas (o que é verdade) ficando apenas três pessoas, uma das quais o

próprio Dr. Victor que resolveu fazer o papel de carcereiro e guardar os presos. Os outros dois seriam o juiz e o chefe da estação dos Correios.

Esta informação, além de mentirosa é ridícula, pois um grupo armado de montalegrenses comandado pelo sargento Júlio, da Guarda Fiscal, organizou-se para defender a vila. Seriam cerca de 25 cidadãos.

Este grupo quando teve a certeza de que a pretensa ocupação da vila não passava de uma manobra

de diversão e que a finalidade era a conquista de Chaves, correu para esta localidade a fim de ajudar os seus defensores. Quando lá

chegou, já a vitória pertencia aos republicanos.

Do grupo armado, de que se publica a fotografia, ainda reconheço os seguintes: Parafita, Manuel Joaquim Afonso (das Carpinteiras), Abel da Silva Pinheiro, José Brás Fernandes, Manuel Ferreira da Silva (Sardão) Manuel da Lucinda, António Luís Fernandes (Beiçudo), Almas (carcereiro), Alfredo Lobo (Rechico), Sargento Júlio, Manuel de Jesus (Chocalho).

(Continua)

José Enes Gonçalves

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29 de Outubro de 2015 7BarrosoNoticias de

A crise política que despontou com a indigitação de Pedro Passos Coelho para Primeiro-Ministro é já impossível disfarçá-la e teve o seu epicentro em Belém. E não tanto pela indigitação em si, que seguiu os trâmites tradicionais e constitucionais face aos resultados eleitorais de 4 de Outubro, mas isso sim pelo que se lhe seguiu!... É que na alocução que justificou tal, o Presidente da República Anibal Cavaco Silva, ao estabelecer um “valor facial” aos votos dos eleitores, desencadeou uma guerra, que ele próprio enquanto Presidente que devia ser de todos os portugueses, tinha por obrigação, e dever de função, evitar.

Crispado como raramente se viu durante os seus dois mandatos, Cavaco comportou-se em boa verdade, como um “rei absoluto” e como dono e senhor de um país, sem que a Constituição lho permita. Barrar o caminho do poder à maioria dos representantes legítimos da vontade popular, e apelar disfarçadamente ao fraccionamento de parte deles,

é um precedente perigoso em qualquer democracia. E mais: a ameaça velada, de que não dará posse a um governo que “dependa do apoio de forças políticas” que na sua perspectiva são “anti-europeístas”, não tem precedente na nossa história democrática e aproxima-se isso sim de posições anti-democráticas como as desencadeadas pelos militares chilenos que tentaram a todo o custo impedir a tomada de posse de Salvador Allende, quando eleito em 1970. Três anos depois, foi o que se viu...

Mas a ser assim, como pensa então Cavaco Silva permitir que o país funcione face às moções de rejeição já anunciadas, e com reprovação praticamente garantida do Programa de Governo de Passos Coelho pelos três Partidos da nova maioria?!... Como vai “descalçar uma bota”, tendo em conta que na melhor das hipóteses e face às regras constitucionais, apenas poderão ocorrer novas eleições em Outubro de 2016?!... Irá manter o Governo de Passos Coelho em gestão?!... Impensável!... A fazê-lo, isso sim seria um verdadeiro “golpe de Estado constitucional”...

Em primeiro lugar, porque as fobias políticas presidenciais não podem dispensar o Presidente da República do cumprimento das suas obrigações perante a CRP; em segundo, porque num sistema de governo de tipo parlamentar como o nosso, aquilo que “dita a lei”, é a composição e a vontade do Parlamento, cabendo em exclusivo a este e

nunca ao Presidente, decidir o que deve prevalecer na definição das soluções governativas; em terceiro, porque ao enveredar por um governo de gestão, incorreria numa afronta à Assembleia da República, e violaria a sua obrigação constitucional de nomear um governo em plenitude de funções, para assim assegurar o regular funcionamento das instituições que lhe compete garantir e salvaguardar; e em quarto e último, porque o país precisa de um Orçamento de Estado – que Bruxelas nunca dispensará – tendo em conta que segundo a Lei de Enquadramento Orçamental, a prorrogação do Orçamento de Estado 2015 determina a ineficácia de várias leis em vigor, designadamente no que toca a autorizações legislativas que caducam a 31 de Dezembro. Estão neste caso, autorizações para cobrança de receitas cujos regimes se destinam a vigorar apenas até ao final do ano económico a que respeita a lei e autorizações para a

realização das despesas relativas a serviços, programas e medidas plurianuais que devam extinguir-se até ao final do ano económico.

Para ser mais explicito: sem Orçamento para 2016 medidas como a da sobretaxa de IRS torna-se inaplicável enquanto houver registo por duodécimos, e os cortes de salários dos funcionários públicos, a suspensão da actualização das pensões, a actualização do valor do indexante de apoios sociais, a derrama sobre

os lucros das empresas e as taxas sobre os imóveis de luxo e a contribuição extraordinária sobre o sector energético entre outras, deixam de produzir efeitos.

Não “brinquemos por isso com o fogo”!... Em democracia não é possível confundir a vontade pessoal, com a vontade popular devidamente delegada. Por muito que Cavaco Silva tente impôr a sua autoridade, a realidade impõe-lhe regras e condições que nunca poderá utilizar como barreira contra o Parlamento. Num sistema politico como o nosso e ao contrário do que alguns possam pensar, o Presidente da República não participa no Governo e os Governos não dependem da sua confiança, muito menos lhe competindo avaliar o seu mérito ou demérito.

Significa isto, que não faz qualquer sentido a ideia do Presidente colocar condições substantivas a um Governo no momento da sua nomeação, nem estabelecer orientações para a sua acção futura. E sendo assim, não lhe restará pois outra alternativa face à conjuntura criada e ás regras impostas pela CRP, que não seja, em caso de chumbo do Governo de Passos Coelho, indigitar António Costa como Primeiro-Ministro. Poder-se-à compreender o “estado de choque” que tal poderá representar para Cavaco Silva e para alguma gente que dava por certo e adquirido um certo território político a que abusivamente chamaram do “arco da governação”, como se outros tivessem de se resignar a um

permanente papel de figurantes. Puro engano!... Aquilo que as últimas eleições disseram, foi que em democracia todos contam e todos têm de contar com todos. Por isso qualquer outra solução de governo, não dignificará o país e muito menos quem a patrocina...

NOTA DE RODAPÉ: uma das coisas que me agrada neste jornal, é a sua pluralidade!... Não por mim, mas pelos seus leitores - a verdadeira razão da sua existência, que sendo tão dignos como os melhores, têm o direito de saber o que se passa no “país de gente ilustre” e obviamente na sua própria região tão abandonada que tem sido pelo Poder Central.

É “velho” e toda a gente sabe, que pensar pela própria cabeça tem um preço!... Mas ainda assim, e mesmo que a contra-gosto de alguns - felizmente poucos - recusar-me-ei sempre a ser um “escriba de qualquer regime”. Um jornal que fáz do pluralismo a sua grande referência e que estimula o debate e a livre circulação das ideias, para além de o merecer, os seus leitores agradecem. A democracia é asim mesmo, constituída por indivíduos e por instituições que têm como dever civico, assegurar a continuidade dos valores, dos projectos e da acção. Pena que nem todos o entendam e façam da opinião algo parecido ao “Direito Divino”...

(Texto escrito segundo o antigo acordo ortográfico)

POLITICAMENTE FALANDO

QUE GOVERNO ESPERA O PAÍS!...

Domingos Chaves

A Feira dos Santos associa mais uma vez ao evento os “Sabores de Chaves”, este ano com a instalação do Pavilhão do Vinho, no Pavilhão ExpoFlávia

A cidade de Chaves irá realizar mais uma edição da tradicional Feira dos Santos, o grande acontecimento de Trás-os-Montes e Alto Douro, no plano socioeconómico e cultural e ex-libris festivo da cidade flaviense e de toda a região Transmontana. O evento foi apresentado publicamente, dia 21 de outubro.

Organizado pela Associação Empresarial do Alto Tâmega (ACISAT) em parceria com o Município de Chaves, o certame mantém o caráter popular que o caracteriza e espera receber muitos milhares de visitantes de

todo o país e da vizinha Espanha. Durante três dias (30 e 31

de outubro e 1 de novembro), os visitantes poderão adquirir nos mais de 500 expositores presentes, instalados pelas principais ruas da cidade, numa extensão de cerca de três quilómetros, todo o tipo de produtos: desde vestuário, calçado, artesanato nacional e internacional, antiguidades, cutelarias, louças, enchidos, queijos, produtos agrícolas, entre outros.

Já na sua 13.ª edição, irá decorrer no dia 31 de outubro, o Concurso Nacional Pecuário das raças Barrosã, Maronesa e Mirandesa, este ano acompanhado pela 2ª edição do Concurso Local de Suínos de Raça Bísara (no Forte de São Neutel), enquanto a tradicional Feira do Gado, se

manterá nas instalações próprias no Mercado do Gado. E quando a fome apertar, os visitantes poderão apreciar o tradicional polvo, junto ao Estádio Municipal de Chaves.

A animação não irá faltar, com a atuação de diversos grupos de música e dança tradicional, chegas de bois nos dias 31 e 1 e corrida de cavalos no dia 31. Ainda no plano da animação, e dando continuidade a uma iniciativa com as discotecas locais, que se pretende seja um marco na Feira dos Santos, realizam-se os “Santos da Noite 2015”, orientados para um público mais jovem.

Pelo oitavo ano consecutivo, “O Comércio sai à Rua”, uma iniciativa promovida para dinamizar o comércio local. As lojas do comércio vendem os seus stocks na rua, contribuindo

assim para o escoamento dos seus produtos, colaborando na dinamização do próprio certame. Os visitantes poderão usufruir dos melhores preços e ofertas do comércio tradicional, que se associa ao evento, através da iniciativa “STOCK OUT “.

Entre as novidades desta edição, conta-se a mudança de local dos divertimentos, para junto do Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso, e a criação de um novo espaço de exposição para automóveis usados, no Largo do Pelourinho, a juntar às já tradicionais participações, das máquinas agrícolas e dos automóveis novos.

O Município associa mais uma vez ao evento os “Sabores de Chaves”, este ano com a instalação do Pavilhão do Vinho,

no Pavilhão ExpoFlávia (junto à PSP). A iniciativa pretende dar a conhecer aos milhares de visitantes da feira, os vinhos de grande qualidade produzidos na região de Trás-os-Montes e também no território abrangido pela Eurocidade, promovendo dessa forma, um setor com um forte peso e dinamismo em toda a região.

Aliando a tradição e inovação, a organização procura assim agradar a todos aqueles que desejem visitar aquele que é o maior evento realizado em Chaves e que, por isso, ano após ano, atrai à cidade milhares de pessoas. Gente para quem nenhuma distância é tão longa, a ponto de se sobrepor à determinação de uma visita.

FEIRA DOS SANTOS DE CHAVES - Tradição e Modernidade

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8 29 de Outubro de 2015

as semanas

Construção Civil e Obras PúblicasCarpintariaLavandariaFunerária

Paula Cunha, Lda.A Empresa do concelho de Montalegre que procura servir os seus clientes com eficiência e qualidade.

Projectos, Fiscalização e Direcção Técnica

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BarrosoNoticias de

929 de Outubro de 2015

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29 de Outubro de 201510 BarrosoNoticias de

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NOTARIADO PORTUGUÊSNOTÁRIA

MARIA CRISTINA DOS REIS SANTOS

EXTRACTO PARA PUBLICAÇÃO

Certifico para efeitos de publicação que por escritura outorgada em dezasseis de Outubro de dois mil e quinze, no Cartório Notarial sito na Praça do Brasil, Edifício Praça do Brasil, loja 17, cidade de Chaves, a cargo da Notária Maria Cristina dos Reis Santos, exarada a folhas 48, do respectivo Livro 262-A, JOSÉ ALVES PIRES, N.I.F. 148 635 288 e mulher, ADÉLIA MORAIS PEREIRA, N.I.F. 157 591 565, casados sob o regime de comunhão de adquiridos, naturais, ele da freguesia de Pinho, concelho de Boticas, ela da freguesia de Curalha, concelho de Chaves, onde residem no Bairro do Tâmega, n.º 53, DECLARARAM: Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio urbano, situado em Casinha, lugar de Barracão, freguesia de Cervos, concelho de Montalegre, composto de um piso, destinado a armazém agrícola, com a superfície coberta de duzentos e quarenta e sete vírgula trinta metros quadrados e superfície descoberta com oitocentos e vinte e dois vírgula setenta metros quadrados, a confrontar do norte e do nascente com o caminho, do sul e do poente com Mário Felgueiras da Silva Neto, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Montalegre, inscrito na respectiva matriz predial, em nome do justificante marido, sob o artigo 501;

Que não têm qualquer título formal de onde resulte pertencer-lhes o direito de propriedade do mencionado prédio, mas iniciaram a sua posse no ano de mil novecentos e oitenta, já no estado de casados, ano em que o construiram num terreno cujo o artigo matricial desconhecem e adquirido nesse mesmo ano por compra meramente verbal que dele fizeram a Alfredo Fernando e mulher, Cristina dos Santos, residentes na freguesia de Cervos.

Que, desde aquela data, sempre têm usado e fruído o prédio, ocupando-o com pertences do casal e efectuando a sua limpeza, fazendo obras de conservação, melhoramentos e benfeitorias, pagando as respectivas contribuições e impostos, fazendo essa exploração com a consciência de serem os seus únicos donos, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriram o direito de propriedade sob o identificado prédio por USUCAPIÃO, que expressamente invocam, para efeitos de ingresso do mesmo no registo predial.

Está conforme certidão do respectivo original.Chaves, 16 de Outubro de 2015.A colaboradora (reg. n.º04/95 de 23/05/2015)Jessica Adelaide Pires

Notícias de Barroso, N.º 481, de 29 de Outubro de 2015

NOTÁRIO CONSTANÇA AUGUSTA BARRETO OLIVEIRA

Certifico, para fins de publicação, que por escritura exarada hoje, no Cartório da Notária Constança Augusta Barreto Oliveira, situado na Rua Paixão Bastos, n.º 114, Póvoa de Lanhoso, no livro de escrituras diversas n.º 156 - A, a fls 35 e seguintes: ANTÓNIO DE JESUS RODRIGUES GONÇALVES e mulher MARIA DE FÁTIMA CELEIRO GONÇALVES RODRIGUES, casados em comunhão geral, naturais da freguesia de Vila da Ponte, concelho de Montalegre, onde residem na Rua Central, n.º 27, lugar de Bustelo, declaram:

Que são donos com exclusão de outrem dos seguintes bens imóveis, situados na freguesia de Vila da Ponte, concelho de Montalegre:Um - Prédio rústico, no lugar de Vale, composto de lameiro, com a área de mil quatrocentos e trinta metros quadrados, a confrontar do norte

com Maria Alice Lopes, nascente com caminho pedonal, sul com Maria Assunção Curralejo e poente com Manuel Gonçalves Curralejo, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1234.

Dois - Prédio rústico, no lugar de Pintinheiro, composto de lameiro, com a área de seis mil quinhentos e sessenta e cinco metros quadrados, a confrontar do norte com José Campos Martins, nascente com Alice Medeiros, sul com Salvador Medeiros e poente com Manuel Moisés Medeiros, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1235.

Três - Prédio rústico, no lugar de Rodego, composto de pastagem, com a área de quatro mil e dezanove metros quadrados, a confrontar do norte com José Campos Martins, nascente com caminho, sul com Alice Medeiros Capela e poente com ribeiro, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1236.

Quatro - Prédio rústico, no lugar de Tanjaneiro, composto de lameiro, com a área de nove mil setecentos e oitenta e cinco metros quadrados, a confrontar do norte e nascente com caminho, sul com Júlio Gonçalves e poente com Alice Medeiros, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1237.

Cinco - Prédio rústico, no lugar de Corvo, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de três mil e noventa e cinco metros quadrados, a confrontar do norte com herdeiros de João Rodrigues, nascente e sul com estrada e poente com Alice Medeiros, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1238.

Que estes prédios não estão descritos na Conservatória do Registo Predial de Montalegre.Que não têm qualquer título de onde resulte pertencer-lhes o direito de propriedade dos referidos prédios, mas iniciaram a sua posse, em mil

novecentos e oitenta e cinco, ano em que os adquiririram por compra meramente verbal a Alfredo Dias Miranda, viúvo, residente que foi no lugar de Bustelo, freguesia de Vila da Ponte, concelho de Montalegre.

Que, desde aquela data, por si ou por intermédio de alguém sempre, têm usado e fruído os prédios, cultivando-os e colhendo os seus frutos, pastoreando o gado, pagando todas as contribuições por eles devidas e fazendo essa exploração com a consciência de serem os seus únicos donos, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriram o direito de propriedade sob os mencionados prédios por USUCAPIÃO, que expressamente invocam para efeitos de ingresso dos mesmos no registo predial.Está conforme.Póvoa de Lanhoso, 16 de outubro de 2015A colaboradora com autorização para este ato nos termos do n.º 1, art. 8.º do DL 26/2004 de 4 de fervereiro

Ana Cristina Veloso SampaioRegistada sob o nº 84/3Conta/Recibo registada sob o nº 2430Emitida fatura/reciboA autorização para a prática de atos pelos colaboradores foi publicada em www.notarios.pt em 26/02/2013

Notícias de Barroso, n.º 481, de 29 de outubro 2015

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29 de Outubro de 2015 11BarrosoNoticias de

O Jesuíta Carlos Carneiro, na primeira conferência que foi proferida no simpósio do clero este ano, na fase introdutória da mesma, criou algum silêncio grave na plateia, quando afirmou que não era um católico praticante e que dificilmente alguém é um católico praticante perfeito. Claro, explicou-se. Começou por manifestar o seu desacordo pelas expressões criadas católico praticante e não praticante. Porque a fé não se reduz a participar em atos de culto ou em

celebrações e rituais. A fé cristã é um estilo e uma forma de vida, uma maneira diferente de estar na vida e no mundo, em sintonia com os princípios e os valores de Jesus Cristo. E não há dúvidas de que quando confrontamos o que somos e o que devíamos ser, não podemos deixar de reconhecer, por mim falo, que somos cristãos católicos não praticantes, porque não vivo tudo em que acredito e que professo e a minha ação e a minha prática de vida, por pecado ou omissão, estão aquém da doutrina e da moral da minha fé. Vou aprendendo a ser um católico praticante, que une o culto à vida e a vida ao culto, procurando viver os princípios da fé e pôr em prática no dia-a-dia da vida os valores e consequentes atitudes e comportamentos da minha fé.

Habitualmente, usa-se a expressão católico praticante para aquele que participa assiduamente na vida litúrgica

da comunidade a que pertence, nomeadamente na missa dominical, algo que devia fazer parte da vida de qualquer cristão católico. O não praticante é aquele que, apesar de aceitar formalmente a fé católica, alheia-se da vida da comunidade, fica-se pela mera adesão intelectual, não percebendo que faz parte de uma comunidade e que a fé se vive em comunidade. Reparem que a tónica destas expressões está na participação no culto. E a vida? Na verdade, estas expressões são enganosas. Podemos ter católicos que vão à missa e que no dia-a-dia metem a doutrina e a moral cristãs no bolso (e então pomos a pergunta - são praticantes?) e podemos ter católicos que até não frequentam a vida da Igreja e têm uma postura e uma conduta de vida assinaláveis (e também pomos a pergunta – serão não praticantes?). Quem é verdadeiramente praticante: o que vai à missa ou aquele que, de

facto, pratica a sua fé no dia-a-dia da sua vida?

Não pensem que estou a desvalorizar ou a diminuir a importância da participação na vida litúrgica e pastoral da comunidade ou que as duas coisas se têm de antepor uma à outra. Há católicos que pensam que pelo facto de terem uma ética razoável, já estão livres de ir à Igreja. Era o que faltava. Uma coisa não substitui a outra. A comunidade e a vida litúrgica são pilares fundamentais na vida de um cristão católico. Fé que não celebra e não caminha com os outros, morre. A comunidade é o ambiente natural para a fé se alimentar, crescer e amadurecer. Não se consegue ser um bom católico sem a comunidade e não há verdadeira relação com Jesus Cristo e com a Igreja sem os sacramentos, sobretudo a Eucaristia. O que eu quero sublinhar é o equívoco daquelas expressões. Um cristão católico

que vai à missa e depois na vida não vive e não pratica a sua fé, não é um católico praticante, quando muito é um cristão católico ritualista, que limita a fé à Igreja e que na vida concreta vive na incoerência entre fé e vida e dá o contratestemunho, que não pode deixar de escandalizar, de dizer uma coisa e andar a fazer outra. É uma grave deturpação da vivência da fé cristã e uma lamentável hipocrisia.

No fim da nossa vida, pelas indicações que Jesus nos deixa nos Evangelhos, seremos julgados pelo critério do amor efetivo, operante e concreto para com os outros. Não nos será perguntado quais as devoções que tínhamos ou as vezes que fomos à missa. Deus nos livre de uma vivência cristã que se fique nos ritos e nas intenções, sem a prática efetiva do Evangelho.

O que é ser um católico praticante?

Pe Vítor Pereira

BOTICASFestival Regional de Teatro INATEL“A MALA DE CARTÃO”, de José Manuel Barros

O Auditório Municipal de Boticas vai receber no próximo dia 31 de outubro, pelas 21h30, a divertida peça de teatro “A MALA DE CARTÂO”. Trata-se de uma comédia de costumes à boa maneira do teatro camiliano, onde as relações familiares constituem o centro das atenções. A acção decorre nas terras do Minho por volta do ano de 1965, vivendo-se ainda por esse tempo a ditadura salazarista, já com Marcelo Caetano a comandar os destinos da Pátria. A história, coloca em destaque duas famílias distintas, ligadas socialmente por laços de serventia e poder: de um lado uma família aristocrata, proprietária de bens e terras; do outro lado, a família de um fazendeiro, que se debate diariamente com dificuldades para arrancar da terra o sustento abençoado.

Com organização da Fundação INATEL e colaboração do Município de Boticas, o espetáculo de encerramento do FESTIVAL REGIONAL DE TEATRO INATEL 2015, que decorreu nos distritos de Bragança e Vila Real entre 25 de setembro e 31de outubro, terá lugar neste dia em Boticas.

“Magia e Abóboras: A arte a partir da terra”

Nos próximos dias 30 e 31 de Outubro e 01 e de novembro, vai realizar-se no Centro de Artes Nadir Afonso, Boticas, a exposição “Magia e Abóboras: A arte a partir da terra”.

Durante 3 dias, a mostra

dá a conhecer e provar o que de bom há na nossa terra, em especial os produtos de Outono

e apreciar a ancestral arte da decoração das abóboras feitas pelos alunos do Agrupamento de Escolas Gomes Monteiro.

Na noite de sexta e sábado, a exposição das abóboras iluminadas irá embelezar o Cento de Artes Nadir Afonso transformando-o num local místico.

Boticas é o município mais eficiente do distrito em termos financeiros

O município de Boticas foi, em 2014, o 26º mais eficiente em termos de gestão financeira entre os municípios portugueses de pequena dimensão (num total de 184). As conclusões estão expressas no Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses 2014, da responsabilidade da Ordem dos Contabilistas Certificados, dado a conhecer esta semana.

De resto, em termos globais, tendo em conta a pontuação obtida, Boticas ocupa a 56ª posição entre os 308 municípios portugueses, sendo o Município com maior eficiência financeira em termos do distrito de Vila Real.

Um outro dado relevante diz respeito ao Prazo médio de pagamento, que em 2014 foi de apenas 15 dias, contra os 23 dias registado no exercício

anterior (2013).O presidente da Câmara

Municipal, Fernando Queiroga, mostra-se satisfeito com a posição atingida pelo Município, sustentando que “demonstra a gestão rigorosa que tem existido na Autarquia, que tem procurado sempre a resolução dos problemas de uma forma perfeitamente equilibrada, adotando medidas ajustadas com a realidade e as reais necessidades do Concelho”.

“A preocupação do Município de Boticas é a de aplicar da melhor forma os recursos financeiros disponíveis, procurando apoiar a sua população e garantir-lhe condições que permitam aumentar o bem estar social no concelho”.

Concelho de Boticas tem a água com mais qualidade do Alto Tâmega

De acordo com o Relatório Anual dos Serviços de Águas e Resíduos em Portugal, apresentado recentemente pela ERSAR (Entidade Reguladora dos Serviços de

Águas e Resíduos), com dados referentes ao ano de 2014, a água da rede de abastecimento público do concelho de Boticas é a água do Alto Tâmega que apresenta maior qualidade para consumo humano e uma das duas melhores do distrito (a par com Vila Real) e até mesmo do

país.A água de Boticas

apresenta uma percentagem de 99,54% de cumprimento dos parâmetros definidos por diretiva comunitária, tanto bacteriológicos como microbiológicos e químicos (ph, alumínio, ferro, manganês, arsénio e níquel), o que significa que é de excelente qualidade, ficando acima da média nacional, sendo, por isso mesmo, aconselhada para consumo humano.

A percentagem de cumprimento dos valores paramétricos resulta da média das análises realizadas em todas as captações de água do Concelho, traduzindo-se numa percentagem de “água segura” muito próxima dos 100%. Destaque ainda para a nota positiva que este relatório dá ao tratamento das águas para consumo efetuado no concelho de Boticas.

Rios do concelho repovoados com Trutas Fário

Os rios Beça, Terva e Covas foram repovoados com cerca de 15000 alevins de trutas fário, provenientes dos viveiros do Boticas Parque – Natureza e Biodiversidade e descendentes de trutas selvagens capturadas no rio Beça.

A ação de repovoamento da fauna piscícola do concelho barrosão decorreu no âmbito da atividade de truticultura realizada no Parque de Pesca do Boticas Parque, atualmente gerido pela Câmara Municipal.

O repovoamento das trutas contou com a colaboração de técnicos do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) que, durante três dias, procederam à introdução desta espécie de truta nos rios do concelho botiquense.

Fonte: cm-boticas.pt

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29 de Outubro de 201512 BarrosoNoticias de

CARTÓRIO NOTARIAL DE VIEIRA DO MINHONOTÁRIA SUSANA SOUSA

CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por escritura do dia dezasseis de outubro dois mil e quinze, lavrada a folhas sessenta do livro setenta e quatro-A, deste Cartório, que:

- MARIA DO CÉU ANTUNES, divorciada, natural da freguesia de Covelo do Gerês, concelho de Montalegre, resi-dente na Rua do Estrado da Lavrada, n.º 6, Sacuzelo, freguesia de Ferral, concelho de Montalegre, contribuinte 177058633;

É dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem do seguinte imóvel: Prédio urbano composto por casa de de rés-do-chão e primeiro andar, sito na Rua Central, ex lugar de Quintão, fregue-

sia de Covelo do Gerês, concelho de Montalegre, a confrontar de norte e nascente com Guilherme Afonso da Silva, sul com caminho público e de poente com Guilherme Afonso da Silva e Deolinda Ferreira.

inscrito na respetiva matriz predial, sob o artigo 27, descrito na competente conservatória do registo predial de Montalegre sob o número duzentos e cinquenta e quatro,

e aí registado a seu favor apenas quanto a um sexto indiviso pela inscrição da apresentação número dois mil oitocentos e setenta e seis, de vinte de julho de dois mil e dez.

Os restantes cinco sextos indivisos advieram à posse da justificante por volta de meados do ano de mil novecentos e noventa e dois em consequência de doação meramente verbal de seu pai Manuel Antunes, viúvo, residente que foi na fregue-sia de Covelo do Gerês, concelho de Montalegre, não sendo reduzida contudo a escritura pública.

Que, desde a referida data tem possuído o dito prédio em nome próprio e sem a menor oposição de quem quer que seja, desde o seu início, posse que sempre exerceu sem interrupção e ostensivamente, à vista e com conhecimento de toda a gente fazendo obras de construção e conservação no prédio urbano e suportando os inerentes custos, bem como em todos os demais actos materiais de fruição, pagando os respetivos impostos, sendo, por isso, uma posse pacífica, porque exercida sem violência, contínua e pública.

Como esta posse assim exercida o foi sempre de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, acabou por adquirir o prédio por usucapião, o que invoca para justificar o direito de propriedade para fins de registo predial, dado que este modo de aquisição não pode ser comprovado extrajudicialmente de outra forma.

Declarações estas confirmadas por três testemunhas.

ESTÁ CONFORME O ORIGINAL.Vieira do Minho, desassete de outubro de 2015A Notária,

Fatura/registo nº 1640002/2015

Notícias de Barroso, n.º 481, de 29 de outubro de 2015

Instituto dos Registos e do NotariadoConservatória dos Registos Civil, Predial e

Cartório Notarial de Montalegre

EXTRATOPara efeitos de publicação certifico que, por escritura de 26 de outubro de 2015, exarada a folhas 69 e seguintes do livro 982-

A, lavrada no Cartório Notarial de Montalegre a cargo da Lic. Maria Carla de Morais Barros Fernandes, Maria Alves dos Santos Araújo, viúva, natural da freguesia de Sarraquinhos, deste concelho, onde reside no lugar de Zebral, na Rua da Quelha de Água, n.º 6, na qualidade de procuradora de ALFREDO GONÇALVES DOS SANTOS, e mulher ANGELINA DE ARAÚJO DOS SANTOS, casados no regime de comunhão geral, residentes em 1679 Acushnet Ave, New Bedford, Estado de Massachussetts, Estados Unidos da América, declarou:

Que os seus representados são donos, com exclusão de outrém, do seguinte bem imóvel, situado na freguesia de Sarraqui-nhos concelho de Montalegre:

- Prédio urbano situado na Carreira-Rua Principal, no lugar de Zebral, composto de palheiro de rés-do-chão e primeiro andar, com a superfície coberta de quarenta e dois metros quadrados, a confrontar do norte com Artur Rua da Cruz, sul e poente com Rua Pública e do nascente com Lino Gonçalves dos Santos, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 31.

Que, apesar de pesquisas efetuadas, desconhecem se o prédio alguma vez esteve inscrito na matriz rústica, encontra-se ainda por descrever na Conservatória do Registo Predial de Montalegre e, está inscrito na respetiva matriz em nome do justificante marido.

Que os seus representados não tem qualquer título de onde resulte pertencer-lhes o direito de propriedade do prédio, mas iniciaram a sua posse em mil novecentos e sessenta, ano em que o adquiriram por doação meramente verbal da avó da mandante, Maria Joaquina fernandes de Moura, viúva residente que foi no indicado lugar de Zebral.

Que, desde essa data, por si ou por intermédio de alguém, sempre têm usado e fruído o indicado prédio, nele guardando a palha e o feno, pagando todas as contribuições por ele devidas e fazendo essa exploração com a consciência de serem os seus únicos donos, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição, há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriram o direito de propriedade sob o prédio por USUCAPIÃO, que expressamente invocam para efeitos de ingresso do mesmo no registo predial.

Montalegre, 26 de outubro de 2015A 2.ª Ajudante,Maria José Fernandes Carapenha

Conta: Artº 20.4.5) ------------ 23,00 €

Conta registado sob o n.º 636

Notícias de Barroso, n.º 481, de 29 de outubro de 2015

CARTÓRIO NOTARIAL DE VIEIRA DO MINHONOTÁRIA SUSANA SOUSA

CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por escritura do dia dezasseis de outubro dois mil e quinze, lavrada a folhas sessenta e três do livro setenta e quatro-A, deste Cartório, que:

- ADELAIDE DA GRAÇA MORAIS, viúva, natural da freguesia de Baçal, concelho de Bragança, residente na Rua da Estrada, n.º 4, freguesia de Contim, concelho de Montalegre, contribuinte 188028277;

É dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem do seguinte imóvel: Prédio urbano composto por casa de de rés-do-chão e primeiro andar, sito na Rua da Aldeia, da freguesia de

Contim, concelho de Montalegre, com a área coberta de setenta e cinco metros quadrados e vinte centímetros, a confrontar do norte com Clorinda Morais, sul e nascente com Rua e de poente com caminho de serventia,

inscrito na actual matriz sob o artigo 121 da união das freguesias de Paradela, Contim e Fiães que provém do artigo 93 da freguesia de Contim (extinta) e omisso na anterior matriz,

não descrito na conservatória do registo predial de Montalegre.Prédio que veio à posse da justificante, já no estado de viúva, por volta de meados do ano de mil novecentos e

noventa e dois em consequência da partilha meramente verbal por óbito de seu marido Manuel Teotónio Álvares de Moura, residente que foi no lugar de Vilaça Contim, não sendo reduzida contudo a escritura pública.

Que, desde essa data, tem possuído o dito prédio em nome próprio e sem a menor oposição de quem quer que seja, desde o seu início, posse que sempre exerceu sem interrupção e ostensivamente, à vista e com conhecimento de toda a gente, fazendo as obras de construção e conservação no prédio urbano e suportando os inerentes custos, bem como em todos os demais actos materiais de fruição, pagando os respetivos impostos, sendo, por isso, uma posse pacífica, porque exercida sem violência, contínua e pública.

Como esta posse assim exercida o foi sempre de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, acabou por adquirir o prédio por usucapião, o que invoca para justificar o direito de propriedade para fins de registo predial, dado que este modo de aquisição não pode ser comprovado extrajudicialmente de outra forma.

ESTÁ CONFORME O ORIGINAL.Vieira do Minho, desassete de outubro de 2015A Notária,

Fatura/registo nº 1641002/2015

Notícias de Barroso, n.º 481, de 29 de outubro de 2015

Instituto dos Registos e do NotariadoConservatória dos Registos Civil, Predial e

Cartório Notarial de Montalegre

EXTRATOPara efeitos de publicação certifico que, por escritura lavrada em 26 de outubro de 2015, na Conservatória dos Registos Civil,

Predial e Cartório Notarial de Montalegre, a cargo da Lic. Maria Carla de Morais Barros Fernandes, exarada a folhas 67 e seguintes do livro 982- A, MARIA ALICE DIAS DE JESUS MAGALHÃES e marido, MANUEL JORGE ALVES MAGALHÃES, casa-dos no regime de comunhão de adquiridos, naturais da freguesia e concelho de Montalegre, residentes na Travessa Frei Bartolomeu dos Mártires, n.º 72, lugar de Montalegre, freguesia de Montalegre e Padroso, concelho de Montalegre, declararam:

Que são donos, com exclusão de outrém, dos seguintes bens imóveis, situados na freguesia de Montalegre e Padroso, con-celho de Montalegre:

- Um - Prédio rústico situado no Rolo, composto de cultura arvense de sequeiro, com a áreea de mil e cem metros quadrados, a confrontar do norte com Carlos dos Santos Machado, sul com estrada, nascente com António Gonçalves Tomé da Costa e do poente com Luís Augusto Rodrigues, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1821.

- Dois - Prédio rústico situado em Gosto Frio, composto de mato, com a área de três mil e seiscentos metros quadrados, a confrontar do norte com José Manuel Lameirão, sul com baldio de Montalegre, nascente com baldio de Montalegre e do poente com João Moutinho Dias Henriques, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 429. Que os prédios estavam inscritos na matriz da freguesia de Montalegre/Extinta), sob os artigos 1862 e 446, respetivamente e apesar de pesquisas efetuadas não conseguiram identificar os artigos anteriores a mil novecentos e noventa e sete, encontram-se ainda por descrever na Conservatória do Registo Predial de Montalegre e estão inscritos na matriz em nome de quem os justificantes os adquiriram.

Que não têm qualquer título de onde resulte pertencer-lhes o direito de propriedade dos prédios, mas iniciaram a sua posse em mil novecentos e noventa e quatro, ano em que os adquiriram por doação meramente verbal a ambos, de João de Jesus e mulher, Etelvina Gonlçalves Dias, residentes que foram nesta vila de Montalegre.

Que desde essa data, sempre têm usado e fruído os indicados prédios, cultivando-os, pagando todas as contribuições por eles devidas e fazendo essa exploração com a consciência de serem os seus únicos donos, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição, há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriram o direito de propriedade sob os prédios por USUCAPIÃO, que expressamente invocam para efeitos de ingresso dos mesmos no registo predial.

Montalegre, 26 de outubro de 2015A 2.ª Ajudante,Maria José Fernandes Carapenha

Conta: Artº 20.4.5) ------------ 23,00 €

Registado sob o n.º 629

Notícias de Barroso, n.º 481, de 29 de outubro de 2015

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29 de Outubro de 2015 13BarrosoNoticias de

Lita Moniz

Apolônio, personagem da tragédia Hamlet, de William Shakespeare, mais conhecido por nos legar frases que entraram para a história do nosso dia a dia, e algumas consideradas

como a origem da maioria dos livros de autoajuda. Ficaram mais na história estes conselhos que Apolônio deu para seu filho Laertes quando se preparava para ir estudar em França.

- Não expressar tudo que se pensa.

- Ouvir a todos, mas falar com poucos.

- Valorizar amigos testados, mas não oferecer amizade a qualquer um que apareça na sua

frente.- Ser amistoso, mas nunca

ser vulgar.- Evitar qualquer briga, mas

se for obrigado a entrar, que os seus inimigos o temam.

- Usar roupas de acordo com as suas posses, sem nunca ser extravagante.

- Não emprestar dinheiro a amigos para não perder os amigos e o dinheiro.

- Sê fiel a ti mesmo e jamais serás falso com ninguém.

Este último passou a ser a base de muitos livros de autoajuda. Os títulos podem sugerir caminhos diversos, atalhos que quase sempre vão dar na mesma estrada. O importante é ser feliz. É arrancar de dentro de si mesmo aquela vontade que podemos chamar de vocação ou outro nome, mas é algo com que se nasce e que pode sim ajudar a chegar perto

de algo mais sereno, menos conflitante.

Não faltam pessoas por aí apontando caminhos para a felicidade, ou algo perto disso. Há os que acreditam que a corrupção, violência, falta de estrutura básica em todos os setores estão atrelados a determinado governo, ou partido político. Quanta ilusão?

A corrupção, a violência, a educação começa no dia a dia de cada lar, na vida em sociedade seja nas aldeias, vilas ou cidades, e segue até chegar aos partidos políticos, a um determinado governo, a um poder. Se fosse coisa só de um partido, de uma facção era

fácil eliminar a célula do mal ali instalada. Mas não é assim, o mal está em todo o lugar, inclusive em cada um de nós. Espalha-se para todos os lados.

Então a máxima de Apolônio “Ser fiel a ti” desvirtuou-se, algo de podre se espalhou pelo Planeta Terra, não há governo no mundo capaz de dar conta do bem-estar comum dos indivíduos. Nem as melhores universidades do mundo conseguem formar indivíduos imunes a esta realidade.

Acho que a máxima de mais valia para a nossa realidade é esta: cada homem tem seu preço, e eu estou esperando que cheguem perto do meu.

Honras e Méritos

A tradição democrática portuguesa implica a existência de partidos políticos, partidos esses condicionados, sujeitos e fundados em ideologias, sendo exclusivo destes a escolha dos candidatos a deputados e a um sem fim de poderes e influências. Esta existência de partidos pressupõe escolhas, quer dos seus potenciais votantes, quer dos seus militantes.

Porém, sendo a política passível de ser definida de muitas formas, ela ambiciona encontrar a melhor forma de gerir uma comunidade, seja uma freguesia, uma cidade,

um país ou um continente. Assumindo um partido político como um meio de ação duma ideologia e uma ideologia uma cosmovisão, abordará todos os aspetos da vida em sociedade. Ora, como “cada cabeça sua sentença”, quanto mais aspetos pretender reger a política, mais potenciais discórdias serão criadas e assim cada partido será um fator de discórdia e de divisão, pois como o nome diz, os partidos “partem”, podendo criar fenómenos de clubismo ou sectarismo que poderão ser bons a “institucionalizar conflitos” mas não são bons para atingir consensos e resultados.

Assim, os partidos são ideológicos, pressupõem uma cosmovisão… mas a Enfermagem não é ideológica! A Enfermagem sendo várias coisas, não é com certeza um meio de atingir fins políticos. A Enfermagem é uma profissão, ciência e disciplina com

um intuito social bem demarcado

com a sua utilidade social para os

cidadãos saudáveis, enfermos ou

doentes. No contexto português,

os enfermeiros são representados

em várias dimensões da sua

vida por diferentes associações,

entidades e organizações, quer

pessoal quer profissionalmente.

Mas a única associação que

representa todos os enfermeiros

é a Ordem dos Enfermeiros.

Uma associação pública

profissional representativa, que

goza de personalidade jurídica

e é independente dos órgãos do

Estado, sendo livre e autónoma

no âmbito das suas atribuições,

pode ler-se na segunda alteração

ao Estatuto da Ordem dos

Enfermeiros publicado em Lei nº

156/2015 de 16 de setembro.

Ora, uma organização que

representa todos os enfermeiros

não pode ser fragmentada

em partidos, está acima

destes e representa apenas a

Enfermagem, quer no dever

dos enfermeiros em exercerem-

na adequadamente às pessoas,

quer na defesa e no direito dos

enfermeiros a condições dignas

para a prestação dos cuidados

de Enfermagem. Tais desígnios da

Ordem não se compadecem com

a segmentação que a influência

de partidos políticos podem

induzir na sua atividade e nos

seus membros. A ideologia deve

ser reservada à ação política e

não à ação da Ordem enquanto

“pessoa coletiva de direito

público”. A única ideologia da

Ordem deve ser a Qualidade

da Enfermagem, na defesa dos

interesses gerais dos destinatários

e a representação e defesa dos

interesses da profissão. Os

partidos políticos devem zelar

pelo Bem comum, esgotando-se

aí a sua influência.

Como tal, devem os

partidos coadjuvar a Ordem

dos Enfermeiros a atingir os seus

desígnios e não o contrário. Não

deve a Ordem ser um meio de

uma ou mais personalidades

da Enfermagem, conhecidos

militantes de partidos políticos

para atingirem o seu fim, o poder.

A vertigem que o poder pode

trazer não nos pode fazer perder

o foco que a independência

da Ordem significa. Colocar

a Ordem conotada com um

partido político é encostá-la a

ciclos políticos e refém dos reais

interesses destes. Pode inclusive

ameaçar a continuidade de uma

organização com esta dimensão.

Porque o que é Bom leva

tempo a construir, é muito mais

fácil e rápido destruir, não o

é contudo reerguer de novo.

Devemos exigir uma Ordem dos

Enfermeiros de todos, livre de

partidos e cujo único partido é a

Enfermagem.

A Enfermagem não é ideológica

MEL DO LAROUCO O mel do Larouco é produzido nas encostas da serra com o mesmo

nome e resulta das florações da urze, sargaço, sangorinho, carvalho e outras espécies ve-getais da região de Barroso Apicultor nº 110796J. A. Carvalho de MouraRua Miguel Torga, nº 4925470-211MONTALEGRETels: +351 91 452 1740 e 276 412 285Fax: +351 276 512 281Mail: [email protected]

Nelson Coimbra

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29 de Outubro de 201514 BarrosoNoticias de

Cartas dos LeitoresCarta aberta ao Dr. Manuel

Ramos

Cruz Quebrada, 26 de Outubro de 2015

Senhor Doutor,

Quando se esperava que o senhor viesse pedir desculpa ao Zé Miranda, pela maneira violenta e atroz, como o destratou, aquando da sua crítica ao livro que ele publicou, com o título:” Passagem por uma guerra inútil”, tendo como resposta, uma reacção no mesmo tom, vem agora dizer que ele se passou dos carretos, reagindo da maneira grosseira e insolente, porque a sua crítica, não passou de uma pequena recensão à sua obra, deixando a ideia de que ele lhe devia ficar grato, dado ser comum, no mundo ocidental, civilizado e livre, os autores porem as suas obras, à consideração dos leitores, esperando deles reacções positivas ou negativas, para depois e em função disso, as editarem. Parece-me que esta justificação, não é convincente nem compreensível, porque sabe bem, que o Zé Miranda, não é escritor e muito menos profissional. Por outro lado, tratando-se duma recensão ao que chama de “libelo”, onde tem cabimento tratar o seu autor de antipatriota, desconhecedor da história de Portugal, dos descobrimentos, do tratado de Tordesilhas, sem orgulho nacional, que estava, simplesmente, a fazer um frete à pátria, que estava sempre pronto a desistir e que só entrava em combate se fosse empurrado ou corrido a pontapé? Bastava limitar-se a dizer mal da obra, explicar os porquês e que, no seu entender, não justificava o valor despendido pela Câmara, na sua compilação. Isto, porque, no fundo, a sua abcessão, em criticar o executivo da CMM, foi o denominador comum, dos três desencantos, que estragaram

as suas férias, em Barroso, no verão, passado.

O que acabo de escrever, em princípio, não era de minha conta, porque não sou eu, o “animal ferido” e, estou certo, que o Zé Miranda, não o vai deixar sem retorno.

Envio-lhe esta carta, porque na sua resposta, à carta do Zé Miranda, em determinado ponto, diz o seguinte: - Fazer uma recensão crítica, não é meter-se com a pessoa, como afirmam José Miranda e Manuel Martins. Julgo que foi por ignorância, que uma aberração destas, foi dita”. Aqui, sou eu quem diz, que o senhor está a meter-se comigo, porque, relendo a minha carta, onde censuro a sua crítica, não encontra nenhuma palavra que dê a entender, tal afirmação. Se, com esta provocação, pensa que vai abrir uma polémica comigo, do” toma lá, dá cá”, não tem correspondência, da minha parte.

O senhor, tem mais formação do que eu, mas não tem, garanto-lhe, mais educação. Já tenho, graças a Deus, 75 anos de idade e sempre pautei o meu comportamento perante o meu semelhante, com decoro e respeito……Que o diga, quem me conhece.

Termino, com um Bem-Haja, porque somos ambos Barrosões, bebemos da mesma água cristalina, respirámos o mesmo ar puro, proveniente das serras do Barroso, do Gerês e do Larouco, damos significados diferentes, ao mesmo assunto, mas não necessitamos, forçosamente, de ser incompatíveis.

Manuel Ferreira Martins

---------- ----------

Goiás, Brasil, 19/10/2015

Ai! Montalegre, Montalegre!

Terra do meu encanto,

Quem te viu e quem te vê

A tristeza que paira em meu coração

Por tudo o que vejo...

Como bem sabem, sou natural do Porto, formado em Turismo, fundador e gerente dos melhores empreendimentos hoteleiros da Foz do Douro, Matosinhos e Maia, Diretor de Três hotéis e professor de Gastronomia, da Vinha e do Vinho, decoração e de Etiqueta e Boas-Maneiras.

Quando fui convidado para Diretor de um hotel em Montalegre em tempos difíceis e com o Hotel muito mal, me apaixonei por Montalegre e como é sabido das obras que fiz, não só em Montalegre, como na vizinha Espanha, cujas pessoas, falam por mim.

Fui para o Brasil, desgostoso, por já não poder fazer mais, por uma terra que tanto gostava e gosto.

Mas, em e-mailes e reuniões trocadas com o Presidente da Câmara, Sr. Orlando Alves, o mesmo me convidou para regressar a Montalegre, visto estar a fazer muita falta, prometendo-me ser o meu anjo da guarda, vendi tudo que tinha no Brasil e regressei, mas quando em reunião com o Sr. Presidente e Vice Presidente, me perguntaram: Qual é o seu projeto? eu o declarei e lamentavelmente o Sr. Presidente se levantou falando alto, claro e bom som, pelo corredor, dizendo as seguintes palavras: Você não faz o que quer e pode andar a dizer por aí, que eu o mandei vir e que o enganei e me deixou a falar sozinho, sentado na cadeira. Conclusão: as penas caíram antes do tempo e virou-se o feitiço contra o feiticeiro!

O Presidente me tinha prometido o seguinte: que de imediato me fazia um protocolo e me entregava as Casas de Penedones e depois me entregaria a

concessão do Parque de Campismo, quando acabasse a que lá se encontrava. Mas, quando revelei o meu projeto a pedido deles, levei com quatro pés, sem dó nem piedade! E cujo o meu projeto era o seguinte:

No Parque de Campismo, eu ía colocar, cerca de 30 bengalous em madeira, um pequeno mercado e um pequeno café de apoio aos campistas tudo em madeira, como existe no Parque de Campismo da Ericeira, perto de Lisboa.

Nas Casas de Penedones, eu ía colocar, mesmo ao lado da barraquinha da entrada, um Centro de Turismo, também em madeira, que comportasse 60 pessoas (um autocarro), com todo o tipo de artesanato para venda e toda a gastronomia artesanal em petiscos de Montalegre, para que a recepção ao turismo fosse feita dignamente e eles, pudessem degustar de tudo de bom existente em Montalegre, antes de realizarem os percursos por mim estudados. Mas, infelizmente o apoio logístico e o prometido, morreu afogado, na travessia do Atlântico, entre Brasil / Montalegre!

E eu que nem um inocente, já trazia parcerias realizadas com o Brasil, China, França, Inglaterra e estava a realizar reuniões com Vila Real e Porto Rio Douro (Ribeira).

Em Montalegre, infelizmente, todos os caminhos vão dar ao ECOMUSEU! E os profissionais ou investidores que gostem e queiram se instalar em Montalegre, não têm apoio logístico e só existem três alternativas: irem para Boticas, que lá os recebem de braços abertos, regressar para de onde vieram que é o meu caso, atravessar de novo o Atlântico e regressar ao Brasil.

Vejam para onde foi a fábrica das cordas, uma empresa das Eólicas Energias Solares, uma Empresa de Construção, cerca de 15 caravanas com os seus campistas, que estavam instalados anualmente no Parque de Campismo de Penedones, que está semi abandonado e ilegal, etc. etc. Foram para BOTICAS! e eu vou para mais longe, atravessar de novo o Atlântico!

Montalegre só favorece os familiares, amigos e quem for da cor política. Vejam as obras, que se fizeram na Câmara e quem as executa ou executou e se ouve concurso público! Vejam as obras que se estão a executar por essas aldeias e não só, e se ouve ou não, concessão pública e a quem as entregaram e quem as executou e executam?

O caso da caça e da Pesca ? As piscinas fechadas ? etc. etc. etc.

Qual seria mais importante, a construção da estrada do Larouco, ou a estrada de Vilar de Perdizes para Chaves ? para favorecer o turismo, que Montalegre tanto necessita?

Será que a carreira de tiro, não vai ser outro tiro, como é o caso da ponte, sem entrada e sem saída, da Assureira em Mexide ?

Vejam o caso do fumeiro de Montalegre, ou se conhece bem o seu fabricante, ou então se enfiam bons barretes! Sendo os enchidos e os presuntos, bem mais baratos e bem melhores, comprados na fábrica do fumeiro, em Ponte do Lima ou em Boticas!

Visitei Montalegre, e as Aldeias, além de verificar que já se come mal novamente e muito caro, verifiquei que no meio desse povo sofrido, desses Heróis, está instalado uma ditadura mental. Todos falam, todos pedem segredo e todos têm medo de falar, vejam a confirmação, nestas últimas eleições e qual foi o resultado?

Me perdoem, meus amigos e minhas amigas, não quero com isto ofender nem prejudicar ninguém, mas sim manifestar o meu desagrado, por ver uma terra tão linda a morrer aos pedaços, sem que ninguém no terreno e com olhos de ver, faça nada por ela, nem pelo seu povo !!!

Que Deus vos ilumine e vos abençoe!

Recebida por mail, com pedido de publicação de «Abilio Carneiro [email protected]

SOS – Número nacional 112Protecção à Floresta 117Protecção Civil 118Câmara Municipal de Boticas 276 410 200Câmara Municipal de Montalegre 276 510 200Junta de Freguesia de Boticas 276 410 200Junta de Freguesia de Montalegre 276 512 831Junta de Freguesia de Salto 253 750 082Bombeiros Voluntários de Boticas 276 415 291Bombeiros Voluntários de Montalegre 276 512 301Bombeiros Voluntários de Salto 253 659 444GNR de Boticas 276 510 540 GNR de Montalegre 276 510 300GNR de Venda Nova 253 659 490 Centro de Saúde de Boticas 276 410 140 Centro de Saúde de Montalegre 276 510 160Extensão de Saúde de Cabril 253 652 152Extensão de Saúde de Covelães 276 536 164Extensão de saúde de Ferral 253 659 419Extensão de Saúde de Salto 253 659 283Extensão de Saúde de Solveira 276 536 183Extensão de Saúde de Tourém 276 579 163Extensão de Saúde de Venda Nova 253 659 243Extensão de saúde de Viade de Baixo 276 556 130Extensão de saúde de Vilar de Perdizes 276 536 169Hospital Distrital de Chaves 276 300 900

Agrupamento de Escolas G. M. de Boticas 276 415 245Agrupamento de Escolas de Montalegre 276 510 240Agrupamento de Escolas do Baixo Barroso 253 659 000Escola Profissional de Chaves 276 340 420Centro de Formação Profissional de Chaves 276 340 290Tribunal Judicial de Boticas 276 510 520Tribunal Judicial de Montalegre 276 090 000Instituto de Emprego de Chaves 276 340 330Região de Turismo do Alto Tâmega e Barroso 276 340 660ADRAT (Chaves) 276 340 920ACISAT (Chaves) 276 332 579Direcção Regional de Agricultura (Chaves) 276 334 359EDP – Electricidade de Portugal 276 333 225Cruz Vermelha Portuguesa Boticas 276 410 200Cruz Vermelha Portuguesa Montalegre 276 518 050APAV – Apoio à Vítima 707 200 077SOS – Criança 800 202 651SOS – Grávidas 800 201 139SOS – Deixe de Fumar 808 208 888SOS – Voz Amiga 800 202 669Linha SIDA 800 266 666Intoxicações 808 250 143NOTÍCIAS DE BARROSO 91 4521 740NOTÍCIAS DE BARROSO 276 512 285Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre 276 512 442

Informações úteis

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29 de Outubro de 2015 15BarrosoNoticias de

BarrosoNoticias de

Sede: Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tel: +351 276 512 285 e 91 452 1740 email: [email protected] http://omontalegrense.blogspot.comPropriedade: José António Carvalho de Moura, Contribuinte nº 131 503 324, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tels: +351 276 512 285 e 91 452 1740 FAX: +351 276 512 281 Email: [email protected]

Editor: Nuno Moura, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre, email: [email protected]: Maria de Lourdes Afonso Fernandes Moura

Paginação e composição: [email protected], Rua Miguel Torga, 492 5470-211 MontalegreRegisto no ICS: 108495

Impressão: Empresa Diário do Minho, Lda Rua de Santa Margarida, 4 A, 4710-306 Braga email: [email protected] http://www.diariodominho.pt

Colaboradores: António Chaves, António Pereira Alves, Barroso da Fonte, Carlos Branco, Custódio Montes, Dias Vieira, Domingos Cabeças (Inglaterra), Domingos Dias (USA), Duarte Gonçalves, Fernando Moura, Fernando Rosa (USA), Francisco Laranjeira, João Soares Tavares, José dos Reis Moura, José Manuel Vaz, José João Moura, Hélder Alvar, Lita Moniz (Brasil), João Adegas, José Duarte (França), José Rodrigues (USA), Lobo

Sentado, Manuel Machado, Maria José Afonso, Norberto Moura, Nuno Carvalho, Ricardo Moura, Sérgio Mota e Victor Pereira

Assinaturas: Nacionais: 20,00 € Estrangeiros: 35,00 €

Tiragem: 2.000 exemplares por edição

(Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores não vinculando necessariamente a orientação do jornal ou da sua direcção)

FUTEBOL

Campeonato Distrital de Vila Real-Divisão Honra

Jornada 5, no Campo da Feira Velha, em Sabrosa, dia 18.10.2015

ABAMBRES 0 MONTALEGRE 4

Montalegre – Vieira; Igor (Marcos 58), Asprilla (Clayton 54), Zé Luís e Leonel Fernandes; Chico, Zé Victor e Gabi (Vargas 75); Zack, Michel e Badará.

Treinador: Zé Manuel ViageGolos: Zack – 2 Gabi e

Badará

Foi um jogo disputado sob fracas condições climáticas, com muita chuva e vento. O Montalegre chega ao golo aproveitando um erro do adversário. E Zack não perdoou. Depois, o guarda redes é expulso por derrube de Badará na área de rigor. Do penalty marcado por Gabi resultou o 2.º golo.

No reatar do encontro, o Abambres ficou reduzido a nove unidades depois de expulsão do seu capitão Tiago Nóbrega. Os barrosões aproveitaram e fizeram o 0-3 num remate colocado de Zack, que bisa assim no encontro. O jogo há muito que estava decidido e Badará faz o 0-4 de grande penalidade sobre Asprilla.

O Montalegre podia ter marcado mais golos porém continua a falhar golos fáceis. A equipa de arbitragem foi muito contestada pelo Abambres que acabou com nove atletas e com o seu treinador também expulso.

O Vilar de Perdizes goleou o Fontelas por 7 – 1 e colou-se ao Montalegre no segundo posto da tabela. O Salto perdeu no campo

do Cerva por 2 – 1.

RESULTADOS:GD CERVA 2-1 GDC SALTOABAMBRES 0-4 MONTALEGRESANTA MARTA 1-0 VIDAGOGD VALPAÇOS 1-3 VILA POUCAVILAR PERDIZES 7-1 FC FONTELASMURÇA 1-0 MESÃO FRIOATEI (ADIADO) RÉGUA

Jornada 6, no Estádio Dr Diogo Vaz Pereira, Montalegre, dia 25.10.2015

MONTALEGRE 3 CERVA 1

Montalegre – Vieira; Igor, Asprilla, Zé Luís e Leonel Fernandes; Chico, Gabi (Renteria 59), Zé Victor, Zack (Vargas 64); Michel (Clayton 81) e Badará.

Treinador: Zé Manuel ViageGolos: Zack e Badará - 2

Os de Barroso chegaram ao golo através duma boa jogada de Gabi que assiste Zack para o primeiro golo da tarde. Também Michel e Zé Luís estão perto de aumentar o pecúlio ainda antes do intervalo.

Na etapa complementar, o Montalegre começa com o segundo golo dos barrosões, depois de passe de Zack para Badará. Aos 69 minutos Badará mata o jogo com mais um golo a passe de Michel.

O Cerva faz o golo de honra depois de grande penalidade bem apontada por Luisinho. Depois do 3-1 a equipa da casa ainda teve duas boas situações de golo, primeiro por Renteria e depois por Badará.

Triunfo justo do Montalegre que continua a liderar isolado…

O Vilar de Perdizes ganhou no reduto do Mesão Frio e o

Salto não jogou. Assim, o Vilar de Perdizes continua no 2.º lugar da tabela numa clara perseguição ao Montalegre

Nuno Carvalho c/redacção

JORNADA 6

RESULTADOSMONTALEGRE 3-1 GD CERVAVIDAGO 3-1 ABAMBRESRÉGUA 2-1 FC SANTA MARTAVILA POUCA 5-0 ATEIMESÃO FRIO 2-3 VILAR DE PERDIZESRIBEIRA PENA 1-0 MURÇAFONTELAS 2-5 GD VALPAÇOS

CICLISMO

IV Troféu BTT Acácio da SilvaVoltou ao terreno mais uma edição do “Troféu BTT Acácio da Silva”, evento que rende homenagem ao conhecido ciclista barrosão. Uma jornada, vivida sob intensa chuva, que ofereceu excelentes momentos de uma modalidade cada vez mais em voga. Orlando Alves, presidente da Câmara Municipal de Montalegre, defende que esta prova é uma forma de «honrar uma das grandes figuras do ciclismo mundial que é natural do concelho».

Apesar da chuva constante, a edição deste ano do “Troféu BTT Acácio da Silva” atraiu mais de duas centenas de participantes. O presidente da Câmara de Montalegre é da opinião que esta competição, tem, também como objetivo, «incutir na nossa juventude o gosto pelo ciclismo que é uma das modalidades desportivas mais bonitas». O Clube de Ciclismo de Montalegre

já é um dos frutos desta realização para satisfação de Orlando Alves que quer ver «os barrosões envolvidos na prática da modalidade».

Como já vem sendo hábito,

este evento conta com o apoio da Associação Regional de Ciclismo de Vila Real (ARCVR). O presidente, José Capelas Ferreira, refere que apesar das alterações na data «o balanço é positivo e os participantes estão cada vez mais preparados para fazerem esta etapa de montanha» por isso, no

próximo ano, «queremos fazer melhor e trazer a Montalegre outro tipo de provas».

Também na organização desde a primeira edição está o Ecomuseu de Barroso. O

responsável, Nuno Rodrigues, afirmou com orgulho que esta prova «está já enraizada no campeonato regional e que, para além da competição, deve ser também uma atração turística».

Texto e fotos de cm-montalegre.pt

DESPORTO

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“ SEXTA 13, máquina voadora”

…. Máquina voadora “SEXTA 13”, no 3º RED BULL FLUGTAG, O DIA DAS ASAS. O Desafio Red Bull Flugtag nasceu em 1992 na Áustria e regressa a Portugal; depois de em

2002 e 2006 passar por Lisboa, Cascais é palco da 3ª edição que se realizou no dia 6 de Setembro de 2014.

As inscrições estavam abertas até dia 1 de Julho e só havia lugar para 45 equipas; um esboço criativo, original e de construção viável tinha de cativar o júri para passar do papel à realidade. Pensar em um modelo arrepiante e de nome sonante, respeitar o regulamento com dimensões máximas de 6 metros em comprimento e 6 em largura, 2 metros em altura, um peso máximo de (máquina + piloto) de 200 Kg, eram os limites para a invenção… no papel o esboço presente de “SEXTA 13” e na imaginação um morcego gigante com formato de avião.

A inscrição da equipa constituída por 4 elementos de FRIÃES, 1 piloto e 3 mecânicos de terra, grandes amigos (na imagem central os 4 elementos) que alinham na aventura do capitão de equipa em participar nos desafios com adrenalina e construção de máquinas.

Sabem qual foi o resultado?!, para espanto entre as centenas de inscrições, a inscrição de Montalegre e única no distrito de Vila Real foi aceite, mãos à obra e aí

vamos nós. Esta construção requeria 3 pontos

essenciais; uma construção o mais leve possível e que planasse/voasse a maior distância, um modelo que representasse a referência ao nome sexta13 (morcego, preto, vermelho e cinza metálico), que associássemos a misticismo, arrepios e bruxaria e como ponto mais importante seria o seu transporte, fomos obrigados a dividir a máquina em 6 partes (cabeça, parte central, asa esquerda, asa direita, rabo e estrutura inferior com rodízios para efetuar o lançamento e banco para suportar o piloto).

Não poderíamos deixar a nossa, sim nossa!!!, que é de Montalegre e de mais ninguém (SEXTA13) desfalcada, este desafio tornou-se em dois desafios, Red Bull Flugtag e uma pequena apresentação da SEXTA13 em Montalegre, juntamos o útil ao agradável e saiu tudo como planeado (aliás quase tudo “tá certo Vito, devias levar umas palmadinhas”), podem visualizar o vídeo da nossa apresentação e performance em (https://www.youtube.com/watch?v=-lCvezQB_AI) .

Para a classificação final tínhamos de percorrer a maior distância antes de tocar na água, a criatividade e originalidade da máquina e ainda a performance na rampa acompanhada por uma música de 30 segundos que no nosso caso não poderia ser mais original com o Padre Fontes de vocalista, eu próprio de compositor e o Eco Museu de Barroso responsável por gravação e modulação de efeitos sonoros.

Esta obra de arte consumiu muitas horas de serviço e cálculo, apresento uma memória descritiva desta construção:

Material empregue; 56 metros tubo quadrado 16 galvanizado, 48 metros de tubo quadrado 12 normal, 12 m2 de pvc expandido (usado na cobertura), 0,4 m2 de chapa zincor em esboços de 6x4 cm soldados na estrutura para fixar o pvc nos tubos, 6 embalagens de cola e veda cinza aplicados no conjunto pvc/chapa zincor/estrutura, 10 olhais M6, 12 porcas M8, 8 parafusos M6x50, 6 espumas de poliuretano, 2 m2 de rede, 2 rodízios de 80 mm, 2 rodízios de 125 mm, letras em vynil vermelho sexta 13, 6 frascos spray preto metálico, 4 frascos spray cinza metalizado, 1 centena de rebites 4mm, 6 dezenas de eléctrodo revestido 2,5mm…

Ferramenta manual e eléctrica; berbequim, máquina de soldar, serra eléctrica, rebitadora, faca de alcatifa, fita métrica, quinadora, calandra, rebarbadora, lixadora, …

Material para apresentação; 1 pote, 4 vassouras, 2 tochas, 1 vassoura xxl, 4 capas sexta 13, 4 t‘shirts sexta 13, sexta 13 em poliuretano pintado de vermelho, bomba de fumo azul, bomba de fumo amarelo, desperdícios, petróleo, …

Conclusão, alcançamos a 10ª posição entre as 45 equipas, ficamos entre os dez melhores!!!, mais uma vez Montalegre presente em Lisboa num desafio RED BULL com divulgação para todos os continentes. Esta máquina esteve presente na sexta 13 de Março deste ano de 2015, em https://www.facebook.com/sexta13flugtag, a página facebook da nossa máquina, made in Friães.

Aproveito para agradecer à redação do jornal Notícias de Barroso, ao município de Montalegre e Eco Museu de Barroso pelo apoio e ao Padre Fontes pela colaboração na música. Estão todos convidados para…… SEXTA 13 NOVEMBRO 2015.

- Brevemente com novidades -

Clemente Cima