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Director: Nuno Moura Ano XXXIV, Nº 547 Montalegre, 30.11.2018 Quinzenário E-mail: [email protected] 1,00 € (IVA incluído) Barroso Noticias de i Montalegre – Benfica Dia 19 O sorteio que ditou o Benfica a jogar com o Montalegre para a Taça de Portugal foi tema principal da crónica de Barroso da Fonte que diz: "É um justo prémio para a direção, para os jogadores e para todos Barrosões. Nunca, até hoje, a nossa representação tinha chegado tão longe". Parabéns, CDC Montalegre! P3 BOTICAS no 4º lugar no índice global de qualidade de governação local Este estudo teve por análise cinco grandes dimensões, resultando o ranking do somatório dos resultados em cada dimensão, a saber: Voz dos cidadãos e prestação de contas; Estabilidade política; Eficácia governamental; Acesso e regulação de mercado; Estado de direito e prevenção da corrupção. P11 A greve dos Juizes Porque é que os Juizes fazem greve? As justificações do Dr Juiz Conselheiro Custódio Montes P4 Contributos para a cidadania Ao Notícias de Barroso junta-se mais um ilustre colaborador, o Dr Jorge Nogueira, que virá engrossar o lote dos que dão vida a este jornal. Jorge Nogueira pretende fazer eco das causas da cidadania pondo desta vez a nu as fragilidades do processo das obras do Castelo. Como montalegrense, que viu o monumento desde que abriu os olhos, não se conforma com a solução em curso. P6 Balanço de um ano de oposição na CM Montalegre O trabalho dos vereadores da oposição na Câmara Municipal de Montalegre durante o primeiro ano deste mandato. Na resenha os casos e propostas mais relevantes. P7 Tempo da Pós-Verdade "atualmente, estamos a assistir a este conturbado, nebuloso e insidioso tempo a que os estudiosos chamam o tempo ou era da pós-verdade, ou seja, o tempo em que a verdade deixou de ser a conformidade com os acontecimentos e os factos e cada um passou a ter o direito de construir a sua própria verdade, a sua interpretação da realidade e dos factos." Análise do Pe Vitor Pereira P11 DESPORTO P15 O CDC Montalegre recebe o Benfica para a Taça de Portugal Atletas, treinadores e dirigentes festejam, exuberantes, a passagem aos oitavos de Final e o facto de jogarem com o Benfica. Depois de eliminar o Águeda, dizia-se em termos de brincadeira: venha um dos grandes! E não é que vem mesmo! Um feito hsitórico, ditado pela roleta do sorteio, mas que vem premiar o trabalho e a determinação de José Viage, treinador que merece a consideração de todos os barrosões. A importância das Freguesias no Futuro de Montalegre “os Presidentes de Junta, esquecendo a força que têm na Assembleia Municipal, não têm sabido exigir o que lhes é devido. Por outro lado, a Câmara demonstra não confiar neles” Bento Monteiro P5 "My Europe - From Integration to Intelligence" “When we dream we believe in a better world”. É assim que se expressa o Dr Jaime Quesado em defesa da Europa num mundo melhor cujo projecto defende com fé e determinação, como disse o Eng.º Braga da Cruz na apresentação do livro. Ver na P9

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Page 1: Barroso - aoutravoz.info · pantanas, talvez porque o fito deles seria encontrar armas”, isto no dizer de Sebastião. O caso foi denunciado à GNR local que, tendo-se deslocado

Director: Nuno Moura

Ano XXXIV, Nº 547Montalegre, 30.11.2018

Quinzenário

E-mail: [email protected]

1,00 € (IVA incluído) BarrosoNoticias dei

Montalegre – Benfica Dia 19

O sorteio que ditou o Benfica a jogar com o Montalegre para a Taça de Portugal foi tema principal da crónica de Barroso da Fonte que diz: "É um justo prémio para a direção, para os jogadores e para todos Barrosões. Nunca, até hoje, a nossa representação tinha chegado tão longe".

Parabéns, CDC Montalegre!P3

BOTICAS no 4º lugar no índice global de qualidade de governação local

Este estudo teve por análise cinco grandes dimensões, resultando o ranking do somatório dos resultados em cada dimensão, a saber: Voz dos cidadãos e prestação de contas; Estabilidade política; Eficácia governamental; Acesso e regulação de mercado; Estado de direito e prevenção da corrupção.

P11

A greve dos Juizes

Porque é que os Juizes fazem greve? As justificações do Dr Juiz Conselheiro Custódio Montes

P4

Contributos para a cidadania

Ao Notícias de Barroso junta-se mais um ilustre colaborador, o Dr Jorge Nogueira, que virá engrossar o lote dos que dão vida a este jornal. Jorge Nogueira pretende fazer eco das causas da cidadania pondo desta vez a nu as fragilidades do processo das obras do Castelo. Como montalegrense, que viu o monumento desde que abriu os olhos, não se conforma com a solução em curso.

P6

Balanço de um ano de oposição na CM Montalegre

O trabalho dos vereadores da oposição na Câmara Municipal de Montalegre durante o primeiro ano deste mandato. Na resenha os casos e propostas mais relevantes.

P7

Tempo da Pós-Verdade

"atualmente, estamos a assistir a este conturbado, nebuloso e insidioso tempo a que os estudiosos chamam o tempo ou era da pós-verdade, ou seja, o tempo em que a verdade deixou de ser a conformidade com os acontecimentos e os factos e cada um passou a ter o direito de construir a sua própria verdade, a sua interpretação da realidade e dos factos." Análise do Pe Vitor Pereira

P11

DESPORTOP15

O CDC Montalegre recebe o Benfica para a Taça de Portugal

Atletas, treinadores e dirigentes festejam, exuberantes, a passagem aos oitavos de Final e o facto de jogarem com o Benfica. Depois de eliminar o Águeda, dizia-se em termos de brincadeira: venha um dos grandes!

E não é que vem mesmo! Um feito hsitórico, ditado pela roleta do sorteio, mas que vem premiar o trabalho e a determinação de José Viage, treinador que merece a consideração de todos os barrosões.

A importância das Freguesias no Futuro de Montalegre“os Presidentes de Junta, esquecendo a força que têm na Assembleia Municipal, não têm

sabido exigir o que lhes é devido. Por outro lado, a Câmara demonstra não confiar neles”

Bento MonteiroP5

"My Europe - From Integration to Intelligence"“When we dream we believe in a better world”.

É assim que se expressa o Dr Jaime Quesado em

defesa da Europa num mundo melhor cujo projecto

defende com fé e determinação, como disse o Eng.º

Braga da Cruz na apresentação do livro.

Ver na P9

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30 de Novembro de 20182 BarrosoNoticias de

MONTALEGRE“Os amigos do alheio andam por aí”

Na noite de 17 para 18, no lugar dos Olhais, freguesia de Montalegre, o armazém de Sebastião Martins Lopes foi assaltado. Os meliantes que, pelos vestígios encontrados, não pareciam profissionais, forçaram a porta de entrada com pau ferro, rebentaram a fechadura e, lá dentro, remexeram tudo. No armazém e numa divisão anexa onde se encontra uma simples cozinha, abriram portas, armários e caixas de ferramentas diversas.

Os prejuizos, segundo Sebastião Lopes, um ex-funcionário da Câmara Municipal reformado, não foram

muitos, para além da porta forçada e respectiva fechadura. “Mas ficou tudo em pantanas, talvez porque o fito deles seria encontrar armas”, isto no dizer de Sebastião.

O caso foi denunciado à GNR local que,

tendo-se deslocado ao local, no Domingo, dia 18, tomou notas e verificou em detalhe os vestígios decorrentes da operação aparentemente sem sucesso.

Como forma de avisar as pessoas, recordamos que, quase todos os fins de semana, acontecem em Montalegre ou nas aldeias cenas deste tipo, nalguns casos com elevados prejuizos para as vítimas desses assaltos. Portanto, todo o cuidado é pouco. E, em caso de suspeitas, deve-se avisar a GNR ou o ministério público.

Encontro Micológico

Os cogumelos e as suas caraterísticas voltaram a reunir especialistas e amantes deste produto numa jornada que envolveu uma caminhada pela natureza à descoberta das

diferentes espécies. Uma iniciativa do Papaventos - Clube de Desportos de Montanha de Montalegre, com o objetivo de promover o conhecimento científico, técnico e gastronómico dos cogumelos, sem esquecer

a vertente da educação ambiental. Antes da saída de campo, decorreu na sede do Ecomuseu de Barroso, uma sessão de informação sobre uma das espécies mais apreciadas, o Boletus Edulis, uma investigação de Isabel Barros.

População cria Associação contra as minas de litioCovas do Barroso une-se para lutar contra mina de lítio

População residente e emigrantes de Covas do Barroso uniram-se numa associação que quer travar o projeto de uma mina de lítio a céu aberto que está previsto para esta freguesia do concelho de Boticas.

Jessica da Cruz, de 27 anos e filha de emigrantes, disse hoje à agência Lusa que a Associação Unidos em Defesa de Covas do Barroso (UDCB) está a ser criada para alertar e lutar contra a mina do Barroso.

No terreno estão a ser feitas prospeções por parte da Slipstream Resources, sediada em Braga e subsidiária da empresa australiana Savannah Resources.

Jessica da Cruz queixou-se da falta de informação em relação ao projeto e referiu que as prospeções "continuam a realizar-se em terrenos particulares e nos baldios" e "aproveitando o desconhecimento dos residentes".

Foi para informar, reivindicar mais informação e tentar travar o projeto que foi também lançada uma petição online e criada uma página na rede social Facebook. A petição "Contra a mina de lítio em Covas do Barroso" contabiliza hoje

2.793 assinaturas e tem como objetivo atingir as 5.000.A responsável disse que o objetivo é levar o abaixo-

assinado a debate na Assembleia da República.A mina de lítio vai estender-se por uma área que

foi distinguida recentemente como Património Agrícola Mundial e as suas futuras instalações implementar-se-ão "demasiadamente perto das casas dos residentes de Covas do Barroso".

Jessica da Cruz referiu que a "área de prospeção concedida vai aumentando, tal como as preocupações da população, que ficou totalmente aquém das decisões e que não beneficiou das informações necessárias sobre o projeto e os riscos para a sua saúde, para o ambiente e para os recursos naturais utilizados por todos".

A associação quer lutar pela "qualidade de vida dos residentes de Covas do Barroso, a continuação da existência do único Património Agrícola Mundial português e o respeito pelos ecossistemas em que a mina se irá inserir".

Os habitantes desta freguesia, que junta as aldeias de Covas do Barroso, Romaínho e Muro, temem que, com a exploração da mina, se verifique "uma destruição da paisagem e do património arquitetónico, devido às explosões, do habitat de espécies ameaçadas, como o lobo ibérico ou o mexilhão-de-rio, a criação de uma cratera de centenas de metros de profundidade na rocha que nunca poderá ser recuperada".

Temem ainda a "poluição das águas dos rios para o tratamento do lítio, a secagem e poluição do solo, a poluição do ar devido composto de sílica presente na rocha, a deterioração da saúde e a desvalorização da região agrícola".

A empresa australiana já informou, através de relatórios aos investidores, que a mina irá possuir uma capacidade para processar anualmente entre 1 a 1,5 milhões de toneladas, durante 13 a 23 anos, e que tem como objetivo iniciar a exploração no primeiro trimestre de 2020.

Em breve deverá ser apresentado o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) com vista à exploração do lítio em Covas do Barroso.

In LUSA

SALTOProdutores de raça barrosã

Vários produtores de raça barrosã, oriundos de quatro concelhos (Montalegre, Boticas, Cabeceiras de Basto e Vieira do Minho), reuniram numa unidade hoteleira da vila de Salto.

A organização, em sistema rotativo, coube, este ano, a Montalegre que teve em António Teixeira, o seu principal

impulsionador. Oportunidade para conviver e debater o atual momento da raça barrosã que, recorde-se, tem em Salto a residência do solar da raça.

O encontro mereceu honras de abertura

por parte do presidente do município, Orlando Alves, que aproveitou a ocasião para anunciar que a autarquia irá reforçar o apoio financeiro ao nascimento de vitelos.

BRAGAVai ter novo Hospital

O grupo Lusíadas Saúde anunciou que, brevemente, no primeiro semestre de 2019, irá abrir em Braga o Hospital Lusíadas: A nova unidade hspitalar irá funcionar nas antigas instalações do velho Hospital de S. Marcos que, pata tal, será sujeito a profunda requalificação.

O Hospital Lusíadas Braga manterá uma equipa de profissionais altamente qualificados que actualmente já colaboram com a Lusíadas Saúde no espaço da Clínica de santa Tecla.

E a Capital da Cultura

A cidade de Braga foi recentemente nomeada Capital da Cultura do Eixo Atlântico para 2020, sucedendo a Santa maruia da feira. A programação, apresentada publicamente em Junho de 2019, vai decorrer de 8 de Fevereiro a 28 de Novembro de 2020.

TIMOR-LESTE GNR já formou 1200 agentes da Policia Nacional

A Guarda Nacional Republicana (GNR), no âmbito do

protocolo de cooperação bilateral estabelecido com a Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL), realizou o 2.º Curso de Missões Internacionais, em Díli.

Este curso, que teve a duração de dois meses e terminou hoje, dia 22 de novembro, teve como objetivo capacitar a PNTL, nomeadamente a sua Unidade Especial de Polícia, para o desempenho de missões, militares ou civis, de gestão internacional de crises.

O Curso de Missões Internacionais é um curso de especialização na área policial, cujo plano curricular abrange diversificadas matérias, transmitindo conhecimentos sobre as Organizações Internacionais e Direitos Humanos, assim como, formação específica policial, destacando-se:

Armamento e tiro; Proteção química, biológica e radioativa; Topografia e navegação; Defesa pessoal policial; Técnicas de sobrevivência; Técnicas de transposição de obstáculos; Relacionamento com os Órgãos de Comunicação Social; Escoltas de segurança; Socorrismo em ambientes hostis; Segurança de altas entidades e Restabelecimento e manutenção da ordem pública.

Neste segundo curso participaram 30 formandos, das categorias de oficiais, sargentos e agentes, estando ainda prevista a realização de quatro outros cursos em 2019.

A GNR já formou mais de 1200 agentes, que correspondem a 30% do efetivo total da PNTL, ministrando diversos cursos de formação geral policial e de especialização e qualificação, nas áreas da ordem pública, segurança rodoviária e do direito.

225 – BENTA FORTUNA DIAS, de 93 anos, viúva de João Alves, natural da freguesia de Fervidelas e residente em Covelo do Gerês, faleceu no dia 14 de Novembro, sendo enterrada no cemitério de Santa Marinha.226 – TERESA DA COSTA AFONSO FREITAS, de 58 anos, casada com Domingos da Costa Gonçalves de Freitas, natural da freguesia de Reigoso, e residente em Puteaux, França, onde faleceu em Rueil-Malmaison, no dia 12 de Novembro.227 - ANTERO DOS SANTOS, de 84 anos, casado com Maria Rodrigues Artilheiro, natural e residente em Solveira, faleceu no Hospital de Chaves, no dia 15 de Novembro. 228 – ANA MARIA BARROSO, de 91 anos, viúva de Henrique Velon Fernandes, natural e residente em Salto, onde faleceu no dia 14 de Novembro. 229 – ELISA DE JESUS, de 96 anos, viúva de Alfredo Nunes Pereira, natural de Redondelo, concelho de Chaves e residente na Aldeia Nova, freguesia da Chã, onde faleceu no dia 16 de Novembro, sendo enterrada no cemitério de Redondelo.230 – MANUEL JOAQUIM CARVALHO, de 90 anos, solteiro, natural da freguiesia de Salto e residente em Amiar, desta mesma freguesia, faleceu no Hospital de Chaves, no dia 15 de Novembro.231 – JOSÉ HENRIQUE GONÇALVES DOS SANTOS, de 88 anos, casado com Amélia Afonso Francisco, natural e residente na freguesia de Meixide, faleceu no dia 18 de Novembro.233 – ANTÓNIO ORMECHE ALVES, de 61 anos, casada com Maria de Fátima Juliano Alves, natural e residente na fregguesia de Padornelos, onde faleceu no dia 17 de Novembro.234 – ANTÓNIO PORTUGAL VENTURA, de 79 anos, viúvo de Teresa Gonçalves Mateus, natural de Recezinho (São Mateus), concelho de Penafiel e residente na Gorda, freguesia da Chã, faleceu no dia 22 de Novembro, sendo enterrado no cemitério de Peirezes.235 – MANUEL PEREIRA BARROSO, de 88 anos, casado com Maria Pereira, natural da freguesia de Salto e residente em Mesão Frio, concelho de Guimarães, faleceu em Braga, sendo enterrado no cemitério de Salto.236 – MANUEL JOSÉ GONÇALVES, de 87 anos, viúvo de Benvinda Pereira de Sousa, natural da freguesia de Salto e residente em Caniçó, desta mesma freguesia, onde faleceu no dia 25 de Novembro.

PAZ ÀS SUAS ALMAS!

Nota – A numeração corresponde ao total de falecidos no presente ano de 2018 até à presente data.

CORTEJO CELESTIAL

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30 de Novembro de 2018 3BarrosoNoticias de

Barroso da Fonte

Montalegre – Benfica:Guardado está para quem o merece

Dia 18 deste mês, Montalegre vai viver um sonho que muitos acalentaram desde que o futebol se pratica. Só através de uma prova como a Taça de Portugal poderia acontecer. É por isso que esta modalidade desportiva, quando tratada com lisura e clubismo, merece todos os elogios. O calendário desta vez favoreceu a representação Barrosã. É um justo prémio para a Direção, para os jogadores e para todos Barrosões. Nunca, até hoje, a nossa representação tinha chegado tão longe. A lógica aconselha a saber aproveitar esta oportunidade para corresponder à sorte que nos bateu à porta. Não por «cunhas», por sistemas mafiosos ou interferências demoníacas. Resta-nos saber fruir este sortilégio que se deve, exclusivamente aos intervenientes que souberam honrar a camisola.

A partir de agora, seja o que Deus quiser.

Por onde andam os apoios à agricultura?

Da China chega-nos a promessa da alteração do ADN, uma espécie de enxertia, que nas árvores de fruto se louva, mas na raça humana se condena. Também diz o povo que “de boas intenções está o inferno cheio”. O planeta Terra está mesmo a precisar de modificações genéticas, mas sensatas, prudentes e sábias.

Portugal é um país doente. Maduro mas esgotado. Já se viu que fez muito e bem quando espreitou o seu destino e percebeu que havia muito a conquistar e a promover. Nisso foi grande, foi certeiro e foi justo. Aconteceu há 890 anos, na Batalha de S. Mamede, em Guimarães. Deixou de haver terras a conquistar e povos a desenvolver. Travou muitas e duríssimas batalhas. Mas depois de instaladas as fronteiras e de organizado o território, a ganância superou os limites de alguns serventuários.

Entrou-se na tontaria do quanto pior melhor. A ignorância sobressaltou a competência. O crime impôs-se à virtude. A preguiça obstaculizou o trabalho. O roubo prevaleceu sobre a honradez.

Bruscamente os valores

inverteram-se. Ser honesto, sério e competente, assumiram significados contrários. O país tem mais ladrões do que pessoas sérias, mais ignorantes do que letrados, mais falsários do que cristãos novos.

A revolução pariu monstros. Onde havia paz e reconciliação há hoje mísseis balísticos. As palavras incendeiam montanhas. E até as crianças são sorvidas pelos adultos como figos secos.

Tempos houve em que havia fome, frio e desemprego. Mas confiava-se na palavra. Menos progresso, mas mais esperança e paz social. Havia meia dúzia de gorilas que funcionavam como vampiros da felicidade alheia. Os pobres, apesar de tudo eram mais felizes. Constituíam as suas vidas. Os filhos eram muitos, mas não morriam de fome. Criavam-se com harmonia, com respeito e amor entre famílias tradicionais.

Uma aldeia era uma festa coletiva permanente. Valia o princípio: «um por todos e todos por um».

O comunitarismo era uma palavra mítica em que imperava a solidariedade. Uma povoação era um pequeno mundo: quando alguém morria, todos guardavam luto até ao fim do funeral.

O boi do povo representava o regedor. Tratado por todos os lavradores, cobria as vacas de todos e todos vibravam com as vitórias «nas chegas», como todos sofriam com as derrotas. O mesmo forno do povo cozia o pão para todos os moradores. Os caminhos públicos, os moinhos e até o oratório do padroeiro, passava de porta em porta, sempre cuidado e abastecido pelas famílias em sistema rotativo.

Em quase tantos anos como durou o Estado Novo, o interior do país despovoou-se, empobreceu e está em apressada fase de desertificação. A última praga que chegou foi a doença do castanheiro. Nos últimos anos esta árvore tão antiga e tão amiga dos proprietários, foi atingida pelo cancro e por uma espécie de bicho-da-sede que impede o crescimento e a floração do ouriço.

Um emigrante que foi seduzido pelo ministério da Agricultura e Florestas, em 2005, plantou 52 castanheiros num terreno que já deu batatas e centeio. Comprou as plantas a um empresário de formação, uns enxertados, outros por enxertar. Volvidos 13 anos veio a Portugal convencido de que já estariam todos a dar castanhas. Puro engano. Sensivelmente metade nem ouriços teve. Sete secaram. Os restantes revelaram

o aparecimento dessas larvas que certamente tolheram, de morte, os castanheiros. Já têm aparência de adultos, mas frustraram quem os plantou e apostou numa propriedade, contígua a outras que, desde há décadas dão castanhas de boa qualidade.

Nem políticos nem técnicos existem na vasta região do Alto Tâmega que respondam e correspondam a este tipo de apoio técnico.

Capoulas Santos já andou por cá, numa altura de vacas gordas, prometendo mundos e fundos. O seu nome ficou inscrito em locais públicos e não o abonam. Este menosprezo é um bom exemplo demagógico.

Formação para inglês ver já temos de sobra. Venham coisas práticas

O Gabinete de Imprensa municipal expede – e bem - textos e fotos que servem de base a quem puder andar

informado. O Notícias de Barroso, apesar de conotado com a oposição, publica regularmente esses textos informativos e deve continuar a fazê-lo, graciosamente, já que a publicidade vai toda para o «Boletim Municipal» e para os órgãos exteriores à área de influência do quinzenário. No dia 29/11, por exemplo, receberam os utentes uma notícia a informar que se realizou «na sede do Ecomuseu mais uma reunião do grupo de stakeholders ou parceiros do projeto CrinMA, onde surgiram vários pontos de vista sobre possíveis melhorias ao programa de forma a beneficiar as áreas de montanha, nomeadamente na cooperação transfronteiriça para a elaboração do plano de ação. Aí se lê que este programa pretende melhorar as políticas regionais de forma a fornecer um maior apoio, incluindo investimentos, para as áreas de montanha...».

Quantos barrosões, daqueles que não andam todos

os dias, debaixo das saias do poder, saberão decifrar estes parceiros do projeto, mostrando obras em vez de teoria que ninguém identifica?

A Barrosâna é uma revista mensal online que é produzida em Lisboa mas procura mostrar e descrever as terras altas de Barroso. Sai uma vez por mês e valoriza os textos com fotos, privilegiando as Terras de Barroso. Tem 50 páginas por cada edição. É seu fundador, editor e director Domingos Vaz Chaves, natural de Gralhas e com propensão para a escrita. Em 2015 publicou uma monografia da sua aldeia, a que chamou «Minha Terra, minha Gente» e foi apresentado no Ecomuseu.

Para além de ter colaborado em Notícias de Barroso, mantém colaboração noutros órgãos de informação.

Um Transmontano de Barroso, comprometido com as suas raízes e com as ideias que defende.

Os Zirros pregoeiros dos invernos de Montalegre

O inverno, segundo o calendário não tarda aí, mas o frio já se instalou em Montalegre.

Ao cair do dia, nevoento e escuro, a dar ideia de chuva pra breve, lá no alto dos céus, dá

para ver os zirros que, separados ou em bando de dezenas ou mesmo aos pares, uns mais à

frente outros atrás, voam da Quinta da Veiga sobre a Corujeira avisando na passagem com

um grasnar a cargo dum ou outro dentre os grupos.

Nos ares sobre a vila alta volteiam e volteiam, em subidas e descidas, ora mais ora menos

velozes, como que a treinar a fuga, sem pressas de se acoitarem nas sacras matas do Avelar.

No dia seguinte, repetem o caminho antes caminhado, de novo em grupos variados, uns

mais à frente outros atrás, outros ainda dali a pouco lá mais atrás, como que perdidos dos

demais, lá vêm longe, nestes e naqueles um deles a grasnar...áh!áh!... áh!...

Os zirros, aves maiores que as andorinhas, mais ou menos como as pegas também de cor

preta, são as precursoras dos invernos de Montalegre. Agoirentas porque nos anunciam as

gélidas noites invernosas mas companheiras amigas que nos avisam do mau tempo que aí

vem.

Se a chuva estiver arredia, ao cair do dia, quase já noite feita, os zirros povoam os céus

de Montalegre na sua caminhada rotineira da Quinta da Veiga onde certamente encontram

comida e o gozo da sobrevivência para depois se acoitarem na mancha florestal do Avelar,

mais protegidos e mais abrigados para o descanso da noite.

Nos dias seguintes, sem tempestades, repetem o caminho antes caminhado... os zirros

pregoeiros dos invernos de Montalegre.

CM

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30 de Novembro de 20184 BarrosoNoticias de

MAPC

UM PARÁGRAFOUm Parágrafo # 128 – Abrandar

Abrandemos… Paremos, até, se nos parecer necessário. Observemos o que se passa à nossa volta, olhando bem e percebendo os enquadramentos de toda a envolvência. Respiremos. Tomemos como nosso o ar que nos envolve e façamos com que o mesmo faça parte de nós. Uma parte indissociável daquilo que somos e de tudo o que sentimos. Uma cápsula de existência que se confunde com aquilo que somos. Abrandemos, portanto. Deixemo-nos ficar sossegados enquanto espeitamos os breves momentos que por nós passam e nos deixam invariavelmente diferentes. Façamos parte deles e tornemos esta vida muito mais do que uma mera existência. Ignoremos o passar do tempo em vão e assumamo-lo como nosso e feito para nós. Um tempo imaginado pelas divindades para que nós pudéssemos usufruir e torna-lo útil. Mas, para isso, é necessário abrandar. Ir com calma e dar tempo ao tempo. Tudo acontecerá no tempo devido… se abrandarmos e fizermos o tempo nosso. Construindo o tempo à nossa medida e fazendo com que abrandemos aquilo que nós próprios tonamos demasiado acelerado.

João Nuno Gusmão

Os órgãos de poder em Portugal Afazem-se à gamela da Nação Recebem vencimento principal Por fora ganham outra provisão Morada diferente; a principal

É onde dormem, é a habitação Àquela vão buscar ao parlamento

Mais trocos e acumulam vencimento

De representação também auferem Proventos que acumulam sem um risco

Trabalham para fora e transferem Poder em seu proveito e seu petisco Lugares que depois logo os preferem Vendem a alma e fogem sempre ao

fisco Têm um restaurante e mordomias

E ganhos no seu pré todos dias

Os outros que governam a mandar Abocam os jornais e a propaganda

Sai logo de repente a enganar E mentem, dizem mal por toda a banda

Os juízes fazem greve de julgar São órgãos de poder, ora quem manda

Não pode fazer greve é imoral Diremos que é inconstitucional

Mas fixam para si o ordenado Quem manda quem legisla em seu

proveito O que se vê, também o ocultado Bem como outros favores que a

preceito Dão para seu futuro ordenado

Desfalcando o bem público a eito E diz toda esta gente moralista:

Um órgão de poder não é grevista

Se todos eles comem da gamela

E fixam vencimento aos juízes

Para os subjugar e pôr à trela

Então são eles como meretrizes

Que fixam sua paga à tabela

Os magistrados esses infelizes

Soberania fiquem lá com ela

Nós temos ordenados bem directos

Nós é que somos órgãos prediletos

Governo e Assembleia fazem lei

Legislam para si e para os seus

Porque são mandatados pela grei

Têm uns orçamentos como Deus

E ninguém os conhece nem eu sei

Juízes esses são como plebeus

Com dinheiro certinho e contado

Nós é que lhe fixamos ordenado

Para não fazer greve com razão

Dotem-nos o Conselho de orçamento

Que lhe permita a si a fixação

Esse órgão tem também o seu talento

Tal como os outros da governação

De fixar aos juízes o sustento

Assim soberania em Portugal

Trata os poderes por igual.

Custódio Montes

OUTONO

2.11.2018

A chuva vai caindo devagar

As nuvens escurecem a montanha

Ocultam a distância que se acanha

Até o céu já não se vislumbrar

E vai-se o horizonte a encurtar

A treva envolve o monte e é tamanha

Que esconde tudo à volta e se entranha

Cá dentro do meu peito a escutar

Tal como o monte a gente também sente

Este mudar do tempo permanente

Embora nos embale como o sono

Há nuvens, vem a chuva, escurece

Deixamos mais ao largo o nosso estresse

Ao findar o verão e vir o outono

Cmts

A GREVE DOS JUÍZES

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30 de Novembro de 2018 5BarrosoNoticias de

É certo e sabido que as eleições autárquicas são aquelas que maior interesse desperta junto dos cidadãos. Seja pela relação de proximidade entre eleitos e eleitores, seja porque a eventual solução dos problemas tem mais influência na sua vida quotidiana, a verdade é que existe

uma maior participação eleitoral nas eleições locais do que nas eleições nacionais. Por exemplo, nas últimas eleições Europeias de maio de 2014, votaram no concelho de Montalegre 4.504 pessoas; nas legislativas de outubro de 2015, votaram 6.108; nas Presidenciais de janeiro 2016, 4.996 eleitores; enquanto nas autárquicas de outubro de 2017, votaram 7.749 pessoas. Ou seja, nas eleições autárquicas votaram mais 1.631 pessoas do que nas eleições legislativas – que é o ato eleitoral nacional mais participado. Acontece que, o que se passa em Montalegre é idêntico ao que se passa no resto do país: as eleições para as Juntas de Freguesia, Câmaras e Assembleias Municipais são as escolhas democráticas mais significativas de uma comunidade. São aquelas que mais mobilizam os cidadãos e as que maior envolvimento promove entre candidatos e eleitores.

Assim, de todos os autarcas eleitos, aquele que mais próximo se encontra dos cidadãos é precisamente o Presidente da Junta. É este que, todos os dias, da mesma forma que recebe elogios

pelo trabalho desenvolvido, ouve dos seus eleitores as queixas relativas ao estado das ruas, à falta de iluminação pública, ao deficiente funcionamento dos correios, o “malandro” do vizinho que se apropriou de terrenos baldios, o malcriado que insiste em estacionar o carro em cima da rotunda ou o cheiro a negociata à volta do saneamento básico. Ou seja, é à Junta de Freguesia que o povo se dirige quando tem queixas, necessidades ou apertos. É da Junta que os idosos esperam socorro quando precisam de apoio. É a partir

da Junta que a economia local encontra o impulso necessário capaz de galvanizar os nossos empreendedores. E é delas que depende o arranjo das ruas ou o asseio dos lugares, assim o Presidente o saiba reivindicar.

Deste modo, é obrigação do Presidente da Junta – sem

pôr em causa o programa que apresentou a sufrágio - ponderar sobre tudo o que lhe foi dito, agindo em conformidade com as suas competências. Posteriormente, fazendo valer o mandato que lhe foi atribuído

pelos seus concidadãos, reivindicar junto do Presidente da Câmara para que este resolva os problemas apresentados. Mais tarde, dar conhecimento

à Assembleia Municipal do trabalho desenvolvido em prol das populações que representa exigindo, se for caso disso, responsabilidades políticas ao Presidente da Câmara por não dar seguimento às reivindicações apresentadas. A Assembleia toma conhecimento e pronuncia-se.

Analisados os últimos anos, verificamos que a maioria dos Presidentes de Junta eleitos nas listas afetas ao poder autárquico não cumpre minimamente as suas obrigações, demonstrando uma obediência cega ao Presidente da Câmara. Com este

comportamento, desrespeitam, por um lado, quem os elegeu e, por outro, não defendem os superiores interesses das populações. Aliás, basta ler as atas da Assembleia Municipal para verificar que a esmagadora maioria deles não usou da palavra uma única vez para defender os interesses da Freguesia. A situação é tão caricata que eu acho mesmo que alguns deles, vivendo nós na era das novas tecnologias, nunca consultaram a página eletrónica do Município para se inteirarem do que se passa no concelho. A título de exemplo, vejamos o que se passa com a fotografia dos Presidentes da Junta de Tourém e de Paradela, Contim e Fiães: na página da câmara, na informação relativa a cada uma das freguesias, consta a fotografia do mesmo individuo. Nunca detetaram o erro! E nunca o detetaram porque pura e simplesmente não se preocupam com o que se diz, faz e escreve sobre a sua terra. Embora me

pareça que muitas destas pessoas não têm a competência, nem a coragem necessária para desempenhar este cargo. Só assim se percebe que permaneçam calados, mesmo quando é posta em causa a sua freguesia.

Deste modo, é minha convicção que o concelho de Montalegre precisa urgentemente de Presidentes de Junta que saibam ouvir os problemas e necessidades das pessoas e que tenham a capacidade de incentivar os seus conterrâneos a investir na sua terra para, juntamente com um executivo municipal competente e livre de amarras, conjugar os seus conhecimentos em prol do município.

A situação autárquica é bastante pior do que se podia imaginar! Os Presidentes de Junta de Freguesia, infelizmente, vão-se contentando com o pouco que o orçamento lhes reserva, mostrando-se incapazes de revindicar as verbas necessárias para o desenvolvimento da freguesia.

É sabido, que qualquer que seja o resultado eleitoral autárquico, a maior força política da Assembleia Municipal são os vinte e cinco Presidentes de Junta

que, por inerência, têm lugar na Assembleia como Deputados Municipais para poderem defender os interesses das freguesias, em particular da sua.

É triste constatar que a política municipal está de costas voltadas para as freguesias, pois, para além do orçamento disponibilizado ser escasso, são

reduzidas, para não dizer nulas, as competências delegadas pela câmara nas freguesias. Acresce que, os Presidentes de Junta, esquecendo a força que têm na Assembleia Municipal – local onde é aprovado o Orçamento Municipal -, não têm sabido exigir o que lhes é devido. Por outro lado, a câmara demonstra não confiar neles.

Obviamente que a falta de investimento nas freguesias, sobretudo naquelas que têm menos recursos, gera falta de urbanidade e progresso das mesmas – ver, por exemplo, o caso de Vilarinho de Negrões -, criando uma diferença abismal entre estas, a sede do concelho e as duas ou três outras freguesia onde a câmara tem investido um pouco mais.

Urge, por isso, aumentar de forma significativa as transferências para as juntas de freguesia diminuindo assim a diferença entre o desenvolvimento das mesmas, ao mesmo tempo que se transmite confiança nos autarcas que mais próximos se encontram dos cidadãos, e que destes obtiveram a confiança necessária para gerir os destinos das suas terras.

Por outro lado, quando os presidentes de junta tiverem

consciência do seu verdadeiro poder de decisão na aprovação, ou não, dos orçamentos municipais, das taxas e de tudo o que for proposto, e se votarem no que for melhor para as suas freguesias, deixando de ser reféns de terceiros, seguramente que em poucos anos teremos um concelho muito melhor.

Se, a juntar a esta atitude, o executivo municipal compreender e perceber o real valor das Juntas de freguesia, dando seguimento às suas reivindicações – quando não concordar, justificá-lo-á -, promoverá, de forma sustentada, o desenvolvimento do concelho.

Importa, por outro lado, que os presidentes de Junta sejam o verdadeiro elo de ligação entre a câmara e o seu povo, sempre com o objetivo de ajudar, porque são eles que têm a capacidade de sentir diferente para fazer melhor.

Por isso, ao propormos que sejam dadas às Juntas de freguesia

os meios necessários para que possam cumprir o seu papel político, não se pretende que aquelas sejam meras executoras de políticas municipais. Pretende-se que sejam donas dos seus próprios projetos, condutoras das suas próprias ideias. O contrário, afinal, de ações de navegação no alto mar da negociata.

Só assim rumaremos para o sucesso, colocando Montalegre no patamar que merece.

Notas finais:

1. A ponte da vergonha fez mais uma vítima – retirou a Montalegre o Mundial de Rallycross. É verdade que podemos, e devemos, questionar a Câmara pelo contrato feito que, tanto quanto se sabe, não acautelou os seus interesses. No entanto, é certo e sabido, que a falta de ligação a Chaves foi o principal motivo que levou a organização a dar um “pontapé no rabo” a Montalegre. É revoltante passar na estrada Vilar de Perdizes/Meixide e ver, perdida no meio do monte, uma ponte, onde se derreteram centenas de milhares de euros, que serve coisa nenhuma.

Mais revoltante é constatar que o Ministério Público ainda não acionou os mecanismos legais capazes de julgar o responsável por tão má gestão de dinheiros públicos.

2. A substituição das tradicionais lâmpadas por LED`S permitiu que, finalmente, os postes de iluminação pública, comprados “a peso de ouro” e que “serviam para coisa nenhuma” – as lâmpadas estavam desligadas – passassem a ter utilidade. É caso para dizer que “finalmente fez-se luz”! Será que foi mais uma “bofetada” na gestão de Fernando Rodrigues?

A importância das Freguesias no Futuro de Montalegre

“nunca detetaram o erro! E nunca o detetaram porque pura e simplesmente não se preocupam com o que se diz, faz e escreve sobre a sua terra. Embora me pareça que muitas destas pessoas não têm a competência, nem a coragem necessária para desempenhar este cargo. Só assim se percebe que permaneçam calados, mesmo quando é posta em causa a sua freguesia”

“é o Presidente da Junta que, todos os dias, da mesma forma que recebe elogios pelo trabalho desenvolvido, ouve dos seus eleitores as queixas relativas ao estado das ruas, à falta de iluminação pública, ao deficiente funcionamento dos correios, o “malandro” do vizinho que se apropriou de terrenos baldios, o malcriado que insiste em estacionar o carro em cima da rotunda ou o cheiro a negociata à volta do saneamento básico”

“urge, por isso, aumentar de forma significativa as transferências para as juntas de freguesia diminuindo assim a diferença entre o desenvolvimento das mesmas, ao mesmo tempo que se transmite confiança nos autarcas que mais próximos se encontram dos cidadãos, e que destes obtiveram a confiança necessária para gerir os destinos das suas terras”

“os Presidentes de Junta, esquecendo a força que têm na Assembleia Municipal, não têm sabido exigir o que lhes é devido. Por outro lado, a câmara demonstra não confiar neles”

Edifício da Junta de Freguesia de Montalegre na Ave Nuno Álvares Pereira com a Estação dos CTT e Repartição de Finanças construido em

1988 sob a presidência da Câmara de Carvalho de Moura

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30 de Novembro de 20186 BarrosoNoticias de

Contributos para a cidadaniaO Uso do Direito a uma Cidadania Plena

A Constituição da República Portuguesa deverá ser para todos os cidadãos que presam a democracia, a estrela cintilante que nos conduza a uma sociedade em que as instituições, democraticamente eleitas, sejam respeitadas e respeitem os cidadãos.

- "A todos os cidadãos é reconhecido o direito de tomar parte na vida politica, … diretamente ou por intermédio de representantes livremente eleitos.

- Todos os cidadãos têm o direito de ser esclarecidos objetivamente sobre os atos dos governantes democraticamente eleitos acerca da gestão dos assuntos políticos.

- É conferido a todos o direito, através de ações próprias, de defender o património cultural".

Falamos, então, nos anteriores parágrafos de política, de políticos e de direitos.

Os políticos, ouve-se a miúde, não fazem falta nenhuma. Ganham bem e não fazem nada. Não é verdade. Um político desempenha uma função tão meritória como um médico, um cientista ou um professor. Há, como em todas as profissões, diz-se, bons e maus profissionais. Bons e maus políticos, digo eu.

Aqui, as coisas começam a ser-nos mais claras; se consultamos um médico que falha no seu diagnóstico ou se damos com

um mau professor, mais tarde ou mais cedo sentiremos as graves consequências. Pois é, com os políticos acontece a mesma coisa. Se o político colabora na feitura de leis imperfeitas ou se, para um cargo executivo, elegemos um mau político, a governação será má.

Um dia, os discípulos do Sócrates, filósofo grego, perguntaram-lhe:

- Então, quem deve governar, mestre?

Sócrates, respondeu com espontânea simplicidade:

- Devem governar os melhores.

Todos queremos que os políticos que escolhemos sejam os melhores. E as leis que fazem sejam as melhores e que os governantes governem bem: para o povo, respeitando o povo.

O problema põe-se com acuidade, quando o Herodes quer matar o Messias, leia-se a Constituição. Isto é, quando os governantes não respeitam as leis da cidade.

Os cidadãos agrupam-se em partidos, ou não. Os que não estão filiados ou não sejam simpatizantes de um determinado partido, são os “chamados” independentes.

Cada partido elege um líder e todos, todos os cidadãos, organizados ou não, devem obediência à Constituição,

sempre à Constituição. Quando há eleições, a

maioria governa. É, assim, a nível nacional. A nível local, além dos partidos podem ainda concorrer associações que, converjam para a formação da vontade popular e a organização do poder político autárquico.

Aqui falamos de poder - o poder político. Poder que é transferido do povo e pelo povo para constituir o Poder Político.

Quem tem o poder, portanto, é o povo.

Há muita gente que confunde ou quer fazer confusão e, diz: “O poder dos políticos é grande”. Estão enganados. Os políticos não têm poder. Os políticos são servidores da “polis” (da cidade). Obedecem às leis como eu e, violando-as, são condenados, como qualquer cidadão, pelos juízes. A Constituição em lado nenhum fala do poder dos políticos. Fala sim, do poder político.

Os políticos que não respeitam as leis, cerceiam os nossos direitos e exercem violência sobre os cidadãos, por vezes, até, vinganças mesquinhas. Estes, estão doentes ou são tiranos - também estes doentes. São os tais maus políticos.

Os maus políticos não devem ser receados nem temidos. Só assim, demonstraremos carácter. Porém, só porque o poder reside

no povo, também não devemos ser arrogantes. Devemos respeitar para sermos respeitados. O Sócrates grego era assim que ensinava nas assembleias, os jovens seus discípulos.

Quando um político, governante da cidade, permite, apoia e decide que se coloque uma “prótese”, num velho castelo de séculos ou quando um político arrasa com cimento uma ponte belíssima, garbosa de estilo românico e lhe coloca, num dos arcos encoberto de há muito, um pórtico de cimento, como se fosse o “Arco do Triunfo”, ambos legados pelos nossos antepassados como símbolos de independência física e linguística, o mínimo que esse político devia fazer era pedir desculpa.

Mais, era: 1º Por à vista dos cidadãos o

projeto2º Estabelecer-se prazo para

a discussão do projeto3º Discutir-se o projecto e o

custo do mesmo4º Escutar-se sugestões

alternativas a esse projeto.

E, ainda, não seria demais ouvir os nossos historiadores: Dr. José Batista, Reverendo Dr. Lourenço Fontes, Dr. Barroso da Fonte e outros, para que, querendo, pudessem dar, atempadamente, o seu parecer de especialistas.

O Reverendo Dr. Lourenço Fontes, ilustre historiador, chamou à atenção para a existência da quinta torre, só por si, uma pérola, que ficará tumulada, para sempre, por aquela passadeira de cimento.

Nem, sequer, a opinião do mestre que tanto já nos deu, foi atendida?

O castelo não é de Montalegre, o castelo é da memória histórica dos portugueses e do mundo - veja-se a Carta de Veneza e a Carta da Unesco que os senhores governantes citam mas, lêem de forma enviesada.

Nós temos legislação nacional de sobra para defender o Castelo.

Foram feitos estudos arqueológicos, paisagísticos, de impacte ambiental, tal como a lei o exige? - Lei 107/2001 de 8 de Setembro.

É certo que se podem chamar, ainda que à pressa, os “facebookeiros” e outros. Mas não é para ter uma discussão séria. Disse-se, nessa reunião que o projeto tinha já dezasseis anos; que era do presidente Fernando Rodrigues, ora vêem?

Se o Dr. Fernando Rodrigues

não mandou executar o projeto, é porque alguma coisa o impediu. Porque todos temos olhos para ver que, Ele, não seria homem para ficar com o projeto na gaveta. Isso, deverá dar-nos que pensar. Dezasseis anos! Hoje, está mais que ultrapassado.

Temos o que acima se disse; maus políticos. Arrojados, mas nada esclarecidos. Há muitos cidadãos que se pronunciam a favor, bem sei. Mas em que é que esses cidadãos se ancoram? Só vejo que seja na fé de que os políticos sabem o que estão a fazer. Mas, alienam o seu poder pessoal de decidir. Estão no seu direito. Eu, não. Quero ser ouvido, quero intervir, quero partilhar da mudança, quero ser um cidadão a tempo inteiro e de corpo inteiro. É um direito que a Constituição da República Portuguesa me dá e, eu, pretendo exercê-lo sem constrangimentos.

Há uns largos anos, era eu um jovem de vinte e um anos, bati-me para que o senhor professor Carvalho de Moura, presidente da Câmara, à época, não tivesse o atrevimento de fazer no Castelo um museu, conforme manifestara intenção. Escrevi, como escrevia, regularmente, no “Correio do Planalto”. Ainda assim, foi feito.

Um raio caiu sobre uma das ameias e, esta, veio abaixo. Fiquei furibundo, revoltado, vociferei todos os nomes, depois…,”batatas”.

Hoje peço-lhe desculpa, publicamente - como se pode comparar uma areia com um paralelepípedo granítico?

Se eu fosse presidente da Câmara, o que não sou nem quero, nem da junta, o que não sou nem quero, já que não quis fazer parte dessa lista, ainda que me tivesse sido feito o convite, suspendia o projeto até explicar, publicamente, aos munícipes qual a finalidade da prótese, isto é, qual o projeto que o senhor presidente tem para aquele espaço.

Como disse a um amigo: “Tenho uma alma grande mas pouco dinheiro no bolso para jogar as peras com a administração que litigaria, também, com o meu dinheiro”.

Peço aos deuses que este meu artigo de opinião chegue aos olhos do Ministério Público, sem outra razão que não seja impedir o atentado que vai sofrer o Castelo do imaginário de todos os barrosões e em especial dos montalegrenses, património dos portugueses e da humanidade.

Jorge Nogueira

Após o desastre de Borba, ocorrido numa estrada municipal, que causou 5 mortes, António Cardoso, Presidente da Câmara de Vieira do Minho, denunciou publicamente a situação gravosa em que se encontra a EN 103. Referiu-se concretamente à zona de Louredo onde, há meses atrás, se registou uma derrocada no muro de suporte da via, do lado norte da estrada, a qual, segundo o autarca “se registou há largos meses e até agora, a única coisa que fez a IP(Infraestruturas de Portugal), foi colocar uma sinalização de perigo na estrada e mais nada”.

Cardoso queixou-se ainda que já alertou a a IP por duas vezes mas que não obteve qualquer resposta. Por sua vez,

a Lusa no desenvolvimento desta denúncia contactou a dita IP que lhe terá confiado que a estrada seria reparada na última semana de Novembro.

O Presidente de Vieira lembrou ainda que aquela estrada liga Braga a Chaves e a Espanha, sendo “muito frequentada diariamente por pesados de mercadorias e autocarros escolares e de carreiras”.

Segundo fonte da IP, após a derrocada, e como “medida de segurança dos automobilistas,” o local foi “devidamente” sinalizado, tendo também sido implementou um condicionamento de tráfego.

A IP acrescentou que “de imediato procedeu à avaliação do local e deu

início ao desenvolvimento de uma solução tendo em vista a reparação da via”.“Complementarmente, os técnicos da IP têm vindo a monitorizar e a acompanhar a evolução desta situação no sentido de, caso se verifique necessário, implementar medidas adicionais de modo a garantir a segurança dos utilizadores”, remata a empresa.

Felicitamos o presidente da Câmara de Vieira do Minho pela oportuna tomada de posição em defesa dos seus munícipes e dos muitos utentes (de Montalegre sobretudo) que, todos os dias, percorrem a EN 103 e que toda ela devia merecer a requalificação que vem sendo pedida desde há décadas a esta parte.

EN 103 numa situação de perigo eminente

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30 de Novembro de 2018 7BarrosoNoticias de

Balanço de um ano de oposição na Câmara de Montalegre

Carvalho de Moura

Passado um ano após as eleições autárquicas de Outubro de 2017, pretende-se aqui dar conta do trabalho a cargo dos vereadores da oposição na Câmara de Montalegre.

Conquanto se conte com a solidariedade de José Moura Rodrigues, a responsabilidade do presente escrito é de Carvalho de Moura que o subscreve. Eis as tomadas de posição mais relevantes nas sucessivas reuniões da Câmara:

1) Como eleitos pelo povo do concelho, demos a colaboração possível à denúncia feita no programa “Sexta às 9”, de 6 de Outubro 2017, da monumental manipulação de votos dos emigrantes que, de forma organizada pelos socialistas de Montalegre, se deslocaram do estrangeiro para votar no dia 1-1O-2017.

2) Denunciamos os 3 milhões gastos (mal gastos) na EM 508, de Montalegre aos limites do território do concelho e, na altura, denunciamos também a vergonha da Ponte da Vergonha continuar a ser uma imagem esclarecedora da gestão socialista, isto é, gestão sem planos e sem respeito pelos

compromissos anteriormente assumidos e dos quais se deverá prestar contas à UE.

3) Denunciamos a falta dos saneamentos em mais de 100 aldeias,15 delas sedes de freguesia

Neste particular, denunciamos também a caricata situação de Vilarinho de Negrões, candidata a aldeia Maravilha e que não vai ter direito a saneamento básico.

4) Denunciamos os treinos preparatórios para o Rally de Portugal por parte de dois pilotos estrangeiros que invadiram e poluiram os estradões do “santuário” da mata do Avelar. Os estradões foram repostos e regularizados com dinheiros dos cofres municipais para satisfazer interesses privados estrangeiros.

5) Denunciamos a falta de respeito do presidente da CMM para com os vereadores da oposição nas reuniões da Câmara onde, nas suas intervenções sempre em tom de gozo, são quase sempre maltratados e insultados.

Porque os insultos ultrapassaram, em determinadas reuniões, todos os limites da sã convivência social, apresentámos no Ministério Público uma participação detalhada a que não foi dado provimento.

6) Denunciamos a falta de respeito pela legalidade democrática do presidente da CMM nas reuniões onde os vereadores da oposição são quase sempre impedidos de exercerem o seu direito à honra,

lhes corta a palavra e não lhes concede o direito de resposta. E reclamámos, sem êxito, a gravação das reuniões da CMM, tal como se faz na AMM e em todas as autarquias como forma de salvaguardar as posições de cada um dos intervenientes e se evitar alterações das posturas assumidas.

7) Nos termos do Estatuto da oposição, reclamámos um espaço para nos reunirmos no edifício da Câmara. Na mesma altura, reclamamos suportes electrónicos para acompanhar os trabalhos das reuniões da CM, tal com acontece em todas as Câmaras. Tanto num caso como noutro, sem sucesso.

8) Denunciámos que no quadro de pessoal da CM se encontra vago o lugar de arquitecto desde há cerca de trinta anos a esta parte. Que tal é uma medida política para se exercer o poder discricionariamente por parte dos detentores do poder.

9) Denunciámos as verbas gastas na pista de Rallycross que não têm retorno para o concelho e cuja actividade favorece mais os concelhos vizinhos. Após a decião da FIA se afastar da Pista de Rallicrosse de Montalegre, ficámos sem saber se a Câmara continuará a investir ali milhões, como previsto no OM2019.

10) Denunciámos que a venda dos edifícios das antigas Escolas Primárias serve para fazer política e não respeita os direitos das respectivas populações e dos grupos organizados nas aldeias.

11) Denunciámos as verbas gastas com um Campo de Tiro fantasma, com invasão propriedade, e cujo funcionamento nos parece pouco viável e de prioridade secundária.

12) Denunciámos a realização do festival “Time out”, na Lama da Missa, por nele se notar poluição sonora a desoras sem respeito pelo direito ao conforto das populações em redor e por falta de cuidados com os lixos que tresandavam no local após o encerramento do mesmo.

13) Fizemos proposta no sentido de as freguesias marginais das barragens receberem uma quota parte das verbas oriundas da EDP – os socialistas da CMM (todos) se opuseram.

14) Temos, neste momento, muitos pedidos de informação à Câmara sobre obras executadas por ajuste directo, sendo que as executadas antes do presente mandato nos são liminarmente recusados e as deste mandato atrasados até ao limite e a maior parte das vezes com falhas de alguns dos itens reclamados.

15) Raramente aprovámos uma acta das reuniões da Câmara porque elas nunca refletem as declarações por nós reproduzidas enquanto as do presidente e dos restantes membros socialistas são retocadas e alteradas a seu bel prazer.

16) Pedimos informação

sobre empreitadas por ajustes directos que são recebidos com acusações de “atitudes pidescas” e que são sonegados até aos limites, apesar dos pareceres judiciais contrários que o presidente ostensivamente ignora com desdém.

Caros munícipes: Vamos continuar a

caminhada tal como até aqui, sabendo à partida que os direitos consagrados na Constituição da República Portuguesa, na lei geral e nos regulamentos autárquicos não nos são aplicados pelo presidente da Câmara. Mas, nem por isso vamos desistir porque a política assente em romarias e foguetório, em medidas desgarradas e ocasionais, na propaganda orquestrada em realidades fantasiosas manhosamente construidas à margem do que é importante, vai continuar.

E nós que não podemos concordar com tais medidas -ninguém poderá concordar – vamos estar atentos para as denunciar. Daí em diante, a responsabilidade é dos eleitores.

Os barrosões, sujeitos a uma servidão sem precedentes, devem tomar consciência de que o concelho anda mal e, infelizmente, continuará assim mal se não se acordar a tempo de acabar com a ditadura instalada e a corrupção que lhe está associada.

José António Carvalho de Moura

ex-presidente da Câmara e vereador na CM Montalegre.

A Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro de Newark foi um dos palcos que vibrou com a actuação do grupo montalegrense “Cantos da Casa”. Grupo que, como se sabe, é formado pela família do Dr Francisco Pedreira e no qual todos participam, Francisco Pedreira no orgão, Maria João e Mariana vozes, João Pedreira na viola e Luís Pedreira na viola a solo e acompanhamento. Aliás, todos tocam e cantam, sendo de destacar a linda e apurada voz da Mariana e a arte do Luís, músico muito completo que já é conhecido pelas muitas exibições que tem no seu currículo.

Pois bem, o “Cantos da Casa”, desfalcado porque sem

os projenitores, aceitou um convite que lhe foi formulado e rumou aos Estados Unidos. Temos conhecimento que já actuou em Yorkers, Mount Vernon e Newark com exibições de encher o olho e agradar ao ouvido.

O jornal Luso-Americano cita o grupo dos irmãos Pedreira com acalorados elogios nas suas incursões pelas terras de Tio Sam.

O Notícias de Barroso que muito valoriza todas as acções culturais levadas a cabo pelos nossos barrosões felicita os amigos Pedreira e, ciente da sua qualidade artística, augura-lhe a continuação dos maiores sucessos.

Grupo “Cantos da Casa” em tournée pelos Estados Unidos“Nutrição e Saúde” novo livro de João Damião

João Damião, de Santo André, acaba de lançar “Nutrição e Saúde”, um livro com a chancela da Chiado Books, uma das editoras mais prestigiadas do país. Com excelente apresen-tação gráfica e capa bastante atrativa de Filipa Cantanhede, Nutrição e Saúde desenvolve temas que Damião estuda desde há muitos anos. A medicina alternativa com destaque para os alimentos biológicos, as ervas medicinais e receitas variadas com base em alimentos naturais como a fruta, os frutos secos, etc. são postos como base de uma alimentação saudável.Descreve e caracteriza de forma simples a variedade de doen-ças que afectam os humanos e, após a sua análise, deixa dicas para se evitarem ou curarem.São 179 páginas ilustradas com desenhos a condizer onde ex-põe conhecimentos que vão além dum amador das práticas da medicina, ele investigou muito para nos brindar com este seu livro que nos indica os caminhos a seguir para se ter uma vida mais saudável.João Damião merece o nosso reconhecimento e apreço e aqui se recomenda o livro de sua autoria, “Nutrição e Saúde” porque, como ele diz “a vida é para ser vivida e a nutrição é para toda a vida”.

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BarrosoNoticias de

8 30 de Novembro de 2018

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930 de Novembro de 2018

"My Europe - From Integration to Intelligence"Novo livro de Jaime Quesado apresentado em Montalegre

No dia 30 de Novembro, a Biblioteca Municipal abriu as suas portas para nela ser apresentado o novo livro de Jaime Quesado, um intelectual barrosão de reconhecidos méritos. Com raizes em Montalegre, mais concretamente ligado à nobre Casa do Cerrado, Jaime Quesado goza de grande prestígio entre a sociedade portuense.

Economista e MBA pela Universidade do Porto, desempenhou funções de Gestão no Grupo Amorim e AEP (Associação Empresarial de Portugal) e do POSC (Programa Operacional Sociedade do Conhecimento e Administrador da Agência de Inovação). Tem coordenado a implementação de inúmeros projectos nas áreas da Inovação, Conhecimento e Competitividade, participado em inúmeros seminários e conferências sobre estas temáticas. Tem também Mestrados em Estudos Europeus (UC) e Ciência Política (UCat) e é colaborador habitual da imprensa escrita. É autor do Livro O NOVO CAPITAL.

Para apresentar o autor e o livro, escrito em inglês, veio do Porto outra figura eminente do Norte e a quem o país muito deve, o Eng.º Luís Braga da Cruz com um invejável currículo sempre ligado à causa pública. Tive o prazer de com ele trabalhar quando liderava a CCDR e eu a CM de Montalegre e nas muitas reuniões seja no Gat de Chaves seja na dita CCDR deu para conhecer a capacidade, inteligência e determinação que punha no exercício das suas funções.

Engenheiro de formação pela Faculdade de Engenharia da UP, ocupou o cargo de Ministro da Economia no XIV Governo Constitucional. Entre outras funções desempenhadas, Braga da Cruz, como se disse foi presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte e presidente da Enenorva. É Professor Catedrático Convidado da Faculdade de Engenharia da UP, Presidente do pólo português do Operador do Mercado Ibérico de Energia (OMIP) e Vice-Presidente do Conselho de Administração da Fundação de Serralves

Braga da Cruz, depois de apresentar o autor de “My Europe- From Integration to Intelligence” com rasgados elogios, declarando, entre outras coisas que “JQ (Jaime Quesado) escreve com periodicidade sobre temas ligados à sua área de especialização, que é promotor de iniciativas de debate de questões que se prendem com a modernização económica e a mudança da nossa especialização produtiva e que tem uma vida dedicada à inovação e à modernização da estrutura económica nacional, em que é persistente e afirmativo”, voltou-se para falar do livro que versa um tema de ponta que é a Europa.

“O livro, disse, organiza-se

em textos curtos agrupados em cinco temas que segundo o autor explicam a sua relação afectiva com a Europa e que são, curiosamente, cinco tópicos todos eles começados pela mesma letra "I": Integração, Inclusão, Informação, Inovação e Inteligência”. Vale a pena dar a conhecer esta parte da exposição do Eng.º Bragada Cruz que reproduzimos na íntegra

“1. Integração

Releva a dificuldade de obter consensos face a tantas e tão diferentes vozes e ideias (pág. 16), de forma a convergir numa mesma plataforma. Mas uma plataforma de natureza estratégica e que consolide a vontade e a forma de actuar para futuro. Ora isto reclama que se estabilize uma visão comum, reclama que haja fidelidade a compromissos e que se mantenha um forte empenho a favor de soluções comuns. Pode inclusive ter de sacrificar lógicas locais, que ao longo de muitos séculos de nacionalismos exaltados se foram afirmando. A Europa das nações, recordemo-lo, foi também a Europa da guerra e da manifestação dos egoísmos, a Europa que se distanciou da solidariedade e de outros valores da democracia participativa. É bom recordá-lo porque não estamos livres de que tais manifestações não apareçam outra vez. É que a memória de uma guerra e o cortejo de infâmias e sofrimento, infelizmente e para muitos, esfuma-se em duas gerações...

JQ recorda-nos que a Integração se fez de forma progressiva e por etapas concretas: a partir de um sonho, passou-se ao desenvolvimento de uma ideia, à construção de um projecto, à tomada das decisões fundamentais e à definição de um contrato/compromisso entre parceiros.

2. Inclusão

JQ entende que a Europa para cuja formação nós contribuímos, e com cuja agenda nos

comprometemos, é um espaço aberto de inclusão. E acredita que com diferentes ideias, com diferentes experiências, com diferentes realidades físicas e sociais, é possível construir um processo convergente.

Como se consegue este desígnio? Juntando na mesma agenda todos aqueles que estão disponíveis para edificar uma sociedade onde a inclusão

social seja condição para o desenvolvimento estrutural e para a criação de valor (pág. 26, invocando Ralf Darendhorf). Também entende que a aproximação de distintos pontos de vista não é obrigatoriamente uma confrontação de civilizações, mas antes um processo de valorização das diferenças.

A inclusão é uma forma de dar cor ao sonho a favor de uma sociedade melhor... Este tipo de afirmação pode revelar, de certa forma, uma fé ingénua do autor na bondade do homo europeus. No entanto tudo depende do caracter genuíno do processo e da capacidade de tudo ser feito com transparência e às claras e... com participação.

Daí a importância dos diferentes níveis de cidadania (nacional e europeia) nos níveis territoriais nos quais temos capacidade de participar. A questão que se põe é de cada um ser capaz de se identificar nos seus diferentes níveis com que tem referência. O que se coloca ao nível individual (em termos de cidadania) também tem de ser colocado ao nível das instituições, das regiões (Europa das Regiões), das redes de confiança (Manuel Castells) e, finalmente, do espaço público (plataforma de encontro com os outros).

3. Informação

Vivemos no tempo da sociedade da informação, onde tudo corre mais depressa e é cada vez mais complexo. Na Europa, temos de ter consciência, que isto é o reflexo do grande investimento que foi feito nos últimos 20 anos

a favor da capacidade da difusão da informação e comunicação (internet, banda larga). Para além do conforto, qualidade de vida, que o acesso aos sistemas de informação representa, trata-se de um importante factor de competitividade para as empresas e para o seu comércio, quando puderam passar a trabalhar em rede.

JQ também acredita que a Europa será cada vez mas um operador de modernidade, onde a criatividade e a inovação serão os elementos geradores das competências determinantes no futuro (pág. 37). Por isso, JQ acha que o contributo da sociedade de informação é decisivo para a construção europeia. A informação pressupõe que as mensagens tem de gerar confiança e apelar ao compromisso. Recorda-nos que Jacques Delors, quando consagrou o Acto Único, em 1986, definiu a coesão social tão importante como a construção de um mercado comum (pág. 39). JQ recorda-nos a importância dos mecanismos para a criação do conhecimento, e como este é ferramenta essencial de uma economia aberta e da sociedade contemporânea, que reclama cooperação e diplomacia inteligente.

4. Inovação

Considera que a inovação é a capacidade de estar aberto à colaboração em redes de mudança, que impliquem melhor qualidade individual e colectiva (segundo Henry Chesbrough, pág. 46). A inovação é o motor da modernidade. A inovação é a preocupação de transformar conhecimento em valor económico. O processo inovativo ganha e acelera-se com a preocupação da circulação de conhecimento. A sociedade contemporânea caracteriza-se pela forma como facilita os ambientes criativos e de inovação.

Os agentes da cadeia de inovação são as universidades, os centros de desenvolvimento científico e tecnológico, as empresas. O espírito de empreendedorismo é instrumental para a criação de empresas, o qual se pode cultivar em verdadeiros laboratórios da função empresarial, as incubadoras, geradores de startups. A Europa tem assumido este desafio exaltando sempre as boas práticas. Era interessante debatermos:

· Porque não foi eficaz a Agenda de Lisboa (Conselho Europeu de Março de 2000)?

· Porque ficámos muito atrás da ambição formulada?

"Fazer da Europa, em 2010, a economia mais próspera, dinâmica e competitiva do mundo, capaz de crescer economicamente, de maneira sustentável com mais e melhores empregos e com maior coesão social."

5. Inteligência

JQ usa a conceito de Europa Inteligente de Richard Florida: "o espaço natural onde, tanto a classe criativa, como todos os outros agentes sociais relevantes, são capazes de jogar uma agenda que acrescenta valor" (pág. 56). E acrescenta que é uma plataforma onde pessoas e instituições desenvolvem um novo sentido para a convergência de ideias e soluções. Desafio complexo, para onde mobilizamos novas ferramentas e novas formas organizadas para actuar, descernir e decidir, melhor e de forma mais rápida (internet, inteligência artificial, economia 4.0).

Devemos valorizar os espaços de discussão, análise, decisão e execução. Inteligência, neste sentido, é a consciência colectiva, que formos capazes de construir, e a responsabilidade social, que desenvolvermos perante o futuro. É a Europa das smart cities das escolas que formam novos talentos, dos ecossistemas criativos, da conectividade ou das dinâmicas inovativas, da mobilidade e da excelência.

JQ acredita na Europa. Tem com ela uma relação de quase afectividade. Em cada tema vai buscar referências para suportar as suas convicções (Daniel Innearty, Michel Barnier, Manuels Castells, Karl Popper, Ralph Darendhorf, Jacques Delors, Willy Brandt, Richard Florida).

As fotos do livro são sugestivas e ajudam a enquadrar uma leitura que não é difícil nem reclama esforço. Devo dizer que, por vezes o autor denuncia alguma ingenuidade, talvez resultante da sua juventude e atitude de forte convicção. Por exemplo quando refere a Europa como espaço aberto à inclusão de diferentes ideias e pensamentos, de diferentes experiências e realidades, a que assistimos num processo dinâmico de convergência para um objectivo central.

Mas acontece que há, também e infelizmente, ideias divergentes, que hoje emergem sob a forma de comportamentos antieuropeus, que não obedecem às regras comuns definidas e que cada país aceitou quando aderiu. Estes comportamentos são inaceitáveis porque não contribuem para a inclusão, nem creio que representem uma atitude de boa fé europeia.

As boas soluções não resultam apenas de um esforço de convergência. Reclamam o respeito por regras fundamentais em que assenta o projecto europeu.

O que JQ pretende, enfim, é convidar-nos a transpor uma Europa do Presente para uma Europa do futuro. Por isso lhe agradecemos o esforço e fazemos votos para que continue nesta campanha em que acredita com fé e determinação”.

Eng.º Luís Braga da Cruz

Jaime Quesado no uso da palavra tendo ao lado Braga da Cruz, Orlando Alves e Mónica Soares

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30 de Novembro de 201810 BarrosoNoticias de

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BarrosoNoticias de

EXTRATO

Certifico para efeito de publicação que, por escritura lavra-da em 19 de novembro de 2018, na Conservatória dos Regis-tos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre, perante o 1º Ajudante, Carlos Alberto Diogo Martins, em substituição le-gal, exarada a fls. 56 e seguintes do livro 988-A, MARIA DA GRAÇA CURRALEJO GONÇALVES e marido BERNARDO LIMA GONÇALVES CURRALEJO, casados em comunhão de adquiridos, naturais da freguesia de Fervidelas, deste concelho, onde residem na Rua da Milheira, n.º 6, no lugar de Fervidelas, freguesia de Viade de Baixo e Fervidelas, concelho de Montale-gre, declararam:

- Que são donos, com exclusão de outrém, do seguinte bem imóvel, situado na Freguesia de Viade de Baixo e Fervidelas, concelho de Montalegre:

- Prédio urbano situado na RUA ENTRE SEBES, N.º 13, no lugar de Fervidelas, composto de casa de habitação de rés--do-chão e primeiro andar, com a superfície coberta de setenta e nove, vírgula, nove metros quadrados, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 131, que teve origem no artigo 72 da extinta freguesia de Fervidelas.

Que este prédio nunca esteve inscrito na matriz rústica, en-contra-se ainda por descrever na Conservatória do Registo Pre-dial de Montalegre e está inscrito na respetiva matriz em nome da justificante.

Que não têm qualquer título de onde resulte pertencer-lhes o direito de propriedade do prédio, mas iniciaram a sua posse em mil novecentos e oitenta e sete, ano em que o adquiriram por doação meramente verbal de seus pais e sogros António Pires Curralejo e mulher Luisa Gonçalves da Graça, residentes que fo-ram em Fervidelas.

Que, desde essa data, sempre têm usado e fruído o indicado prédio, procedendo a todas as obras de conservação e restaura-ção, habitando-o e nele guardando os seus haveres, pagando to-das as contribuições por ele devidas e fazendo essa exploração com a consciência de serem os seus únicos donos, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição, há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pací-fica, continua e de boa fé, razão pela qual adquiriram o direito de propriedade sob o prédio por USUCAPIÃO, que expressamente invocam para efeitos de ingresso do mesmo no registo predia1.

Está conforme.Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial

de Montalegre, 19 de novembro de 2018.

O 1.º Ajudante, (Carlos Alberto Diogo Martins)

Conta:Emol: Art.º. 20.º 4.5) … 23,00 €Registado sob o n°651

Notícias de Barroso, n.º 548, de 30 de novembro de 2018

EXTRATO

Certifico para efeitos de publicação que, por escritura lavra-da em 19 de novembro de 2018, na Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre, perante o 1º Ajudante, Carlos Alberto Diogo Martins, em substituição legal, exarada a fls. 54 e seguintes do livro 988-A, Cristina Caselas Ro-cha, casada, advogada, com escritório nesta vila de Montalegre, na Av. D. Afonso III, Edf D. Afonso III, n.º 91, na qualidade de procuradora de GASPAR AUGUSTO PEREIRA AFONSO e mu-lher MARIA ARMANDA MIGUEL HENRIQUES AFONSO, casados em comunhão de adquiridos, ele natural da freguesia de Venda Nova, deste concelho, e ela natural da freguesia de Para-nhos da Beira, concelho de Ceia e residentes em França, em 3 Rue de Montrose, 92270 Luzarche, declarou:

- Que o seu representado, é dono, com exclusão de outrém, do seguinte bem imóvel, situado na Freguesia de Venda Nova e Pondras, concelho de Montalegre:

- Uma quarta parte indivisa de um prédio urbano situado na RUA JOÃO LOPES, composto de casa de habitação de rés-do--chão e primeiro andar, descrito na Conservatória do Registo Pre-dial de Montalegre sob o número cem, não incidindo sobre esta fração qualquer inscrição em vigor, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 187, que teve origem no artigo 103 da extinta fregue-sia de Venda Nova.

Que o seu representado já é titular da restante fração do pré-dio, cuja aquisição se encontra ainda por registar a seu favor nes-ta Conservatória.

Que não tem qualquer título de onde resulte pertencer-lhe o direito de propriedade da fração do prédio, mas iniciou a sua posse em mil novecentos e noventa e cinco, ano em que o adqui-riru ainda no estado de solteiro, por compra meramente verbal a João Pires Gonçalves, residente que foi no mencionado lugar de Codeçoso.

Que, desde essa data, sempre tem usado e fruído a indicada fração do prédio, procedendo a todas as obras de conservação e restauração, habitando-o e nele guardando os seus haveres pagando todas as contribuições por ele devidas e fazendo essa exploração com a consciência de ser o seu único dono, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição, há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pú-blica, pacífica, continua e de boa fé, razão pela qual adquiriu o direito de propriedade sob a fração do prédio por USUCAPIÃO, que expressamente invoca para efeitos de ingresso da mesma no registo predia1.

Está conforme.Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial

de Montalegre, 19 de novembro de 2018.

O 1.º Ajudante, (Carlos Alberto Diogo Martins)

Conta:Emol: Art.º. 20.º 4.5) … 23,00 €Registado sob o n°649

Notícias de Barroso, n.º 548, de 30 de novembro de 2018

CARTÓRIO NOTARIAL DE VIEIRA DO MINHONOTÁRIO JORGE NUNO COSTA E SILVA

CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por escritura do dia vinte de novembro dois mil e dezoito lavrada a folhas quatro do livro Três-J, do notário, em substituição, Jorge Nuno Lages Góios da Costa e Silva, com Cartório na Rua Professor Carlos Teixeira, Edifício Olmar II, lj. 70, em Vieira do Minho, que:

MARIA DE LA SALLETE PENEDONES ALVES, NIF 257 433 449, natural de Fran-ça, onde reside em 7 Rue Jean Verrazano, 16000 Angoulême, França, casada com Frederi-co Alves da Silva, sob o regime da separação de bens, conforme procuração, representada no ato por procuradora.

É atualmente, com exclusão de outrem, dona e legítima possuidora dos seguintes bens:a) - Prédio URBANO composto pela casa de rés-do-chão, primeiro andar e logradou-

ro, com a área coberta de cinquenta e quatro vírgula oitenta metros quadrados e descoberta de quatrocentos e dezoito vírgula setenta metros quadrados, situado na Rua da Fecha, fre-guesia da SARRAQUINHOS, concelho de MONTALEGRE, a confrontar do norte com João Pires Calhelha, sul Maria Pires Penedones, nascente com Américo Fernandes e de poente com Angelina Alves Branco, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Montalegre, e inscrito na matriz predial urbana sob o artigo 799;

b) - Prédio RÚSTICO composto de palheiro e terreno, com a área coberta de cento e quarenta vírgula trinta metros quadrados e descoberta de duzentos e cinco virgula vinte metros quadrados, situado no lugar de Fecha, freguesia da SARRAQUINHOS, concelho de MONTALEGRE, a confrontar do norte com Maria Pires Penedones, sul com caminho, nascente com Américo Fernandes e do poente com Angelina Alves Branco, não descrito na Conservatória do Registo Predial de MONTALEGRE, e inscrito na matriz predial rús-tica sob o artigo 8713 e na anterior sob o artigo 2019.

Que a justificante adquiriu o indicado prédio urbano por doação meramente verbal de seus pais Maria Pires Penedones e marido Celestino dos Santos Alves, casados sob o regime da comunhão geral, residentes em Viseu e o prédio rústico por doação meramente verbal de Domingos Pires Gonçalves e mulher Ana Júlia Liberal Gonçalves, casados sob o regime da comunhão geral e de Artur Pires Gonçalves, divorciado, todos residentes em Chaves, ambos no ano de 1996, ainda no estado de solteira, maior, não chegando todavia a realizar-se as projetadas escrituras de doação.

Que assim ela justificante não dispõe de título para efetuar o registo dos indicados prédios na Conservatória, embora sempre tenham estado há já mais de vinte anos, na detenção e fruição dos mesmos.

Esta detenção e fruição foi adquirida e mantida sem violência, e exercida sem inter-rupção ou qualquer oposição ou ocultação de quem quer que seja, de modo a poder ser conhecida por todo aquele que pudesse ter interesse em contrariá-la.

Esta posse assim mantida e exercida, foi-o sempre em seu próprio nome e interesse e traduziu-se nos factos materiais conducentes ao integral aproveitamento de todas as utili-dades dos prédios, designadamente habitando o urbano e cultivando o rústico, procedendo a recolha de produtos e alfaias agrícolas e pagando os respetivos impostos.

É assim tal posse pacífica, pública e contínua e, durando há mais de vinte anos, fa-cultando-lhe a aquisição do direito de propriedade dos ditos prédios por USUCAPIÃO, direito que pela sua própria natureza não pode ser comprovado por qualquer título formal extrajudicial.

Nestes termos, e não tendo qualquer outra possibilidade de levar o seu direito ao registo, vem justificá-los nos termos legais.

Declarações estas confirmadas por três testemunhas.ESTÁ CONFORME O ORIGINAL.

Vieira do Minho, vinte de novembro de 2018O Notário, em substituição, Jorge Nuno Lages Góios da Costa e SilvaFatura/registo nº 671/002/2018

Notícias de Barroso, n.º 548 de 30.11.2018

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30 de Novembro de 2018 11BarrosoNoticias de

Tempo da Pós-Verdade

Pe Vítor Pereira

BOTICAS Concelho no 4º lugar no índice global de qualidade de governação local

O Município de Boticas ocupa o 4º lugar do ranking dos Municípios Portugueses do continente no Índice Global de Qualidade de Governação Local. As conclusões são do estudo “Qualidade da Governação Local em Portugal”, coordenado por Luís de Sousa e António Tavares, docentes do Instituto das Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e da Escola de Economia e Gestão da Universidade

do Minho, apresentado em Portalegre e editado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos.

Este estudo teve por análise cinco grandes dimensões, resultando o ranking do somatório dos resultados em cada dimensão, a saber:

Voz dos cidadãos e prestação de contas (critérios que captam até que ponto os cidadãos podem participar na selecção do governo local e têm acesso a documentos importantes para monitorar o seu desempenho;

Estabilidade política (critérios que avaliam a “força política2 dos governos locais e a firmeza das políticas;

Eficácia governamental (indicadores que captam, avaliam ou medem a qualidade dos serviços públicos, a ausência de patrocínio político, a qualidade e a credibilidade das políticas formuladas e implementadas);

Acesso e regulação de Mercado (critérios que captam a capacidade do governo local para formular e implementar políticas e regulamentos sólidos que permitam e promovam a

atuação do sector privado); Estado de Direito e Prevenção

da Corrupção (critérios que captam o grau em que os agentes confiam e respeitam as regras da sociedade e, em particular, a qualidade de execução de contratos e até que ponto o poder público é exercido para ganhos privados).

No total da avaliação destes critérios, o município de Boticas obteve uma classificação de 59,78, um número muito superior à média nacional, cifrada em 19,04 e ainda ao mínimo registado (-41,14), o que lhe permite ficar em 4º lugar em termos nacionais, sendo claramente o Município melhor cotado do distrito e de Trás-os-Montes.

Este reconhecimento deixa o presidente da Câmara, Fernando Queiroga, bastante satisfeito, apesar de sublinhar que “a Câmara de Boticas não trabalha para obter prémios nem louvores, mas sim para tornar melhor a cada dia que passa a qualidade de vida dos seus munícipes e fazer de Boticas um Concelho com futuro. Defendemos uma gestão rigorosa e transparente da autarquia, ouvindo a opinião de todos e implementando políticas de proximidade, que nos permitem atuar de acordo com as necessidades da nossa população. Estamos aqui para servir o nosso povo e fazer melhor a cada dia que passa. Este género de estudos, para além de nos deixarem naturalmente orgulhosos, só comprovam que estamos a trabalhar no caminho e no rumo certos”, remata Fernando Queiroga.

Os diários “Jornal de Notícias” e “Correio da Manhã” deram detalhes sobre esta posição de Boticas que muito engrandece o concelho.

Tomada de posse dos órgãos sociais da “Mais Boticas – associação empresarial botiquense”

Realizou-se esta segunda-

feira, dia 26 de novembro, no Auditório Municipal, a cerimónia de tomada de posse dos Órgãos Sociais da Mais Boticas – Associação Empresarial Botiquense, para o triénio 2018-2021, eleitos por unanimidade no ato eleitoral realizado no passado dia 16 de novembro.

No ato solene, apadrinhado pelo Presidente da Câmara, Fernando Queiroga, foram empossados os elementos eleitos da mesa da Assembleia Geral, do Conselho Fiscal e da Direção, que continua a ser presidida por Paulo

Pereira Aleixo.Fernando Queiroga

aproveitou o momento para felicitar todos os membros investidos, desejando que a associação empresarial continue a trabalhar no sentido de valorizar e trazer novas dinâmicas económicas para o comércio local.

Membros da Mais Boticas – Associação Empresarial Botiquense

Mesa da AssembleiaPresidente - Sandrina Maduro GonçalvesVice-Presidente - Cristina Pereira AlvesSecretário - Abel Gonçalves Barroso

DireçãoPresidente – Paulo Sérgio Pereira AleixoVice-Presidente Indústria – Luís Carlos Santos DiasVice-Presidente Comércio –

Armando Paulo RodriguesVice-Presidente Serviços – Pedro Miguel Reis CostaVice-Presidente Turismo – Avelino Vasco Ferreira RodriguesVice-Presidente Agricultura – CAPOLIB – Cooperativa Agrícola de BoticasSecretário – Rui Jorge Alvares RodriguesTesoureiro – Luís Manuel da Silva GomesVogal – António Reis GonçalvesVogal – Cristela Fernanda Silva Freitas MonteiroVogal – Marco Bruno Gonçalves MotaVogal – Álvaro Alexandre Rua Sousa PereiraVogal – Dinis Vilela SousaVogal – João Paulo Dias Teixeira

Conselho FiscalPresidente – José Ricardo Rodrigues GomesSecretário – Carlos Alberto Mendes MachadoRelator – Alexandrino Martins Esteves

Presidente da Câmara visitou comunidade botiquense em Toronto

O Presidente da Câmara de Boticas, Fernando Queiroga, iniciou na passada sexta-feira, dia 16 de novembro, uma visita ao Canadá.

O edil visitou a comunidade botiquense a residir na cidade de Toronto e desenvolveu contactos com as autoridades locais, nomeadamente com a Vice-Presidente da Câmara de Toronto, Ana Bailão, com o Cônsul Geral de Portugal em Toronto, Rui Gomes, e ainda com Deputada Federal e representante das Comunidades Portuguesas no Parlamento Canadiano, Julie Dzerowicz.

O edil aproveitou estes encontros para apresentar os seus melhores cumprimentos, trocar algumas opiniões e sensibilizar as respetivas entidades para uma maior proximidade com os conterrâneos de Boticas.

Dois conceitos fundamentais na nossa cultura e na nossa vida são a verdade e a mentira. Há uma verdade contra uma mentira, uma fantasia ou uma invenção. As nossas ideias e a nossa vida exigem um fundamento real, certo, uma objetividade inquestionável a que se dá crédito e que serve de alicerce à vida e ao pensamento. A vida exige a verdade para ser uma vida de verdade. No entanto, atualmente, estamos a assistir a este conturbado, nebuloso e insidioso tempo a que os estudiosos chamam o tempo ou era da pós-verdade, ou seja, o tempo em que a verdade deixou de ser a conformidade com

os acontecimentos e os factos e cada um passou a ter o direito de construir a sua própria verdade, a sua interpretação da realidade e dos factos. Já não é o tempo de uma única verdade real e objetiva incontestável, respeitadora dos factos, aceite por todos, mas o tempo das meias-verdades ou verdades alternativas, conforme a ótica e a perspetiva de cada um, distorcendo-se a realidade. Depois de se ter ingloriamente decretado a morte de Deus, está a ser agora proclamada a falência ou a morte da verdade e a promover-se o admirável mundo das várias verdades, das narrativas, das perspetivas, das versões, das interpretações da realidade conforme os interesses e as conveniências de pessoas e grupos. Ainda nos lembramos do ridículo que foi ver o atual presidente americano defender que teve tantos ou mais americanos a assistir à sua tomada de posse como teve Barack Obama, quando as imagens o desmentiam inequivocamente. Contudo, arrogantemente apresentou imagens e dados «alternativos», ou seja, sejamos honestos, distorcidos e inventados,

para confirmar a sua verdade. Dois grandes fatores estão a

contribuir para esta confirmação: a ascensão do populismo na política e na economia e a grande relevância dos meios de comunicação social e das redes socias nas sociedades contemporâneas. A estratégia de definir uma verdade conveniente e de saber manipular o povo para a aceitar não é de agora. Sempre foi um recurso a que os vários poderes que constituem a sociedade souberem recorrer com mestria e sem escrúpulos morais. Mas agora tornou-se ainda mais fácil fazê-lo, com um impacto e uma velocidade impressionantes. Está aí em força o fenómeno das fake news ou falsas notícias, com um poder incrível, um número incalculável de estragos, com dimensões inacreditáveis, ao ponto de já poderem ter influenciado eleições e decisões importantíssimas de povos, como as eleições na América, no Brasil e o referendo do Brexit no Reino Unido. Impensável.

Segundo o investigador brasileiro da Universidade do Minho, Sergio Denicoli, existem grupos, com milhares de seguidores, que se dedicam

a espalhar conteúdos e dados falaciosos, a desconstruir, a rebater e a relativizar com enredos falsos a própria história e a verdade como a conhecemos, os temas sociais, através de sites, do Facebook e do Youtube, por exemplo, fazendo passar sempre uma forte impressão de que estão a transmitir a verdadeira verdade como nunca foi contada até agora, verdade que a conspiração dos poderes instalados e opressores sempre esconderam e manipularam até hoje, quando, na verdade, quem o está a fazer com uma ominosa imoralidade são eles mesmos. Um sem número de mentiras anda por aí a ser assimilado como factos verídicos. Alerta o investigador que os próximos atos eleitorais em Portugal não estão imunes a este vírus das notícias falsas e muitos eleitores poderão ser levados a tomar a sua decisão com base em invenções e falsidades espalhadas nos vários canais da internet. Dá que pensar!

Reparemos no pântano e nas águas lodosas em que nos movemos! Vivemos, de facto, tempos preocupantes e perturbadores, que exigem de nós

muita prudência e perspicácia. Lá no fundo, tudo pode ser verdade. Mas quando tudo pode ser verdade, acabamos por edificar um mundo de mentiras e falsidades, de meias-verdades e de inverdades. Podemos andar a ser levados por «narrativas» proclamadas pelos profetas e malabaristas da pós-verdade, anunciadas como o último grito da verdade, que não passam de belas construções completamente descolocadas da verdade histórica e da verdade dos factos.

É fundamental para a nossa civilização que recuperemos o respeito pela verdade e que combatamos esta trágica deriva contemporânea de misturar ou trocar a verdade por mentiras, invenções, ficções ou oportunas versões ao serviço de interesses. Que voltas o mundo dá: a sociedade da informação que foi promulgada aos quatro ventos com grande otimismo e com grande fervor progressista, arrisca-se a ser a sociedade geradora da maior desinformação e contrainformação jamais imaginada, a maior propagadora de mentiras, de falsificações e fraudes informativas.

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30 de Novembro de 201812 BarrosoNoticias de

Carvalho de Moura

A Câmara Municipal de Montalegre promoveu uma ação de esclarecimento no dia 23, no salão nobre, com a presença do autor do projecto, arq.º Manuel Reis e o director Geral do Património Cultural, Dr. Paulo Amaral, além do Presidente da

Câmara, Orlando Alves.A sessão que só se realizou

devido ao barulho que se fez sentir nas redes sociais teve o seu interesse porque deu a conhecer detalhes que a maioria das pessoas só agora ficou a saber, mas isto devia ter sido feito há ano e meio atrás para se avaliar atempadamente o projecto e sobre ele fazer-se julgamento. Mas não, o presidente da Câmara que julga que sabe tudo, (até justifica a falta de um arquitecto nos quadros da Câmara por, no seu entender, não fazer falta nehuma e assim estar à vontade para fazer o que bem lhe apetecer), viu-se obrigado a fazer uma reunião para dar esclarecimentos sobre

um obra já em fase adiantada de

construção.

Esqueceu-se que o

Castelo de Montalegre e a sua

reclassificação dizem respeito

a todos os barrosões e a todos

os portugueses por aportar a

classificação de Monumento Nacional e não só ao presidente da Câmara. (Ver artigo de opinião do Dr Jorge Nogueira,

na Pag. 7).Em causa esteve a utilização

do betão na escadaria que vai

ligar às Torres pequenas depois fechada em túnel. Ninguém concorda com o betão como lá foi dito, o arquitecto esclareceu que é material da modernidade que se adapta à construção em pedra, construçao essa que é reversível.

Quem é que vai reverter uma obra destas e porquê? Porque foi mal feita?

Enfim, a polémica está instalada. Vamos esperar no que vai dar.

Refira-se que a obra resultou duma candidatura, aprovada pela UE, que garantiu financiamento dos fundos comunitários no montante de 85% do custo dos trabalhos, incluindo o valor do IVA à taxa legal em vigor de 6%.

Polémica à volta das obras do Castelo

CERTIFICADOCertifico que no dia trinta de Julho de dois mil e dezoito, perante mim, Notária, Leonor da Conceição Moura,

com cartório sito na Rua 25 fr abril, 12-A, Refojos, Cabeceiras de Basto, foi outorgada uma escritura de JUSTIFI-CAÇÃO notarial, iniciada a folhas 70 do livro 110-A, intervindo como justificantes:

José Joaquim Barroso de Andrade NIF 186.317.379. e mulher Maria Jacinta Fernandes NIF 182.392.937, casados sob o regime de comunhão de adquiridos, naturais ambos da freguesia de Salto, concelho de Montalegre, onde residem no lugar de Beçós.

Mais certifico que declaram o seguinte:Que os seus representados são donos e legítimos possuidores, e com exclusão de outrém dos seguintes pré-

dios, sitos na freguesia de Salto, concelho de Montalegre::- Rústico – terreno inculto denominado de “Outeiro da Touça” sito no lugar de Beçós, com a área de trinta

e oito mil e quatrocentos metros quadrados, onde se inclui uma corte com trinta metros quadrados, a confrontar do norte com baldio, de sul com caminho público e Madalena Gonçalves, de nascente com Francisco Agostinho Fernandes e Conceição Magalhães, e de poente com José Fernandes, omisso na comservatória, inscrito na matriz em nome do justificante e da pessoa a quem adquiriu e sob o artigo 1598 que corresponde ao artigo 2157 da antiga matriz e com o valor patrimonial e atribuido de € 962,08.

- Rústico – terreno de lameiro denominado de “Regadas de Baixo” sito no lugar de Beçós, com a área mil trezentos e vinte metros quadrados, a confrontar de norte com maria Teresa Pereira Ramos, de sul com Manuel de Andrade, de nascente com ribeiro e de poente com José Pereira Chaves, omisso na comservatória, e inscrito na matriz em nome do justificante sob o artigo 1570 e omisso na antiga matriz, e com o valor patrimonial e atribuido de € 223,66.

- Rústico – terreno de lameiro e pastagem denominado de “Relvas” sito no lugar de Beçós, com a área de quatro mil novecentos e cinquenta metros quadrados, a confrontar de norte com Manuel Ferreira de Magalhães, de sul com Manuel de Andrade, de nascente com baldio e de poente com João Ferreira de Magalhães, omisso na comservatória e inscrito na matriz sob o artigo 1549, omisso na antiga matriz e com o valor patrimonial e atribuido de € 314,24.

Este prédio por lapso foi inscrito em nome dos herdeiros a quem os justificantes adquiriram.- DUAS TERÇAS PARTES do prédio Rústico – lameiro denominado de “Regadas” com a área de quatro mil

e duzentos metros quadrados, a confrontar de norte e nascente com ribeiro, de sul com Maria Teresa Pereira Ramos e de poente com António Ferreira, sito no referido lugar de Beçós- Regada de Baixo, descrito na Conservatória sob o número mil e noventa e quatro/ dois mil zero cinco vinte e cinco, omisso quanto a inscrição de propriedade quanto à quota parte de dois terços que aqui justificam, e inscrito na matriz em nome do justificante sob o artigo 1566, o qual corresponde ao artigop 2268 da antiga matriz, e com o valor patrimonial e atribuído de € 422,68.

- UMA OITAVA PARTE do prédio Rústico – terra denominada de “Cortinha de Baixo” sita no lugar de Corti-nha de Baixo com a área de mil e duzentos metros quadrados, a confrontar de norte com herdeiros de Domingos de Andrade, de nascente com José Gonçalves Pereira Chaves, de sul com linha de água, e poente com Clara Pereira Ramos, descrito na Conservatória sob o número dois mil cento e quarenta e seis/ dois mil e treze zonze dezanove, omisso quanto a inscrição de propriedade quanto à quota parte de um oitavo que aqui justificam, e inscrito sob o artigo 1587 o qual corresponde ao artigo 2210 da antiga matriz e com o valor patrimonial e atribuído quanto à quota parte de € 10,05.

- Relativamente a este último prédio declaram os justificantes que por lapsofoi na matriz inscrito na totalidade em nome da herança de um dos herdeiros da herança aberta por óbito de Agostinho de Andrade, sendo esta última herança referida a comproprietária da quota parte de três quartos.

Mais é declarado e quanto aos prédios aqui identificados e respectivas quotas partes:- Que os justificantes, no ano de mil novecentos e noventa e sete, já no estado de casados, adquiriram por

compra verbal a Maria Teresa Pereira Ramos, viúva de António Antunes Pereira bastos, residente que foi no lugar de Gondiães, concelho de Cabeceiras de Basto, e já falecida, os referidos prédios ,tendo entrado nessa data na posse dos mesmos, mas não dispondo de qualquer título formal para os registar na conservatória, em seu nome

- No entanto, e desde essa data, os justificantes passaram, a usufruí-los,cultivando-os, colhendo os seus frutos e limpando-os, utilizando como pastagem para os animais, e realizando obras de beneficiação, gozando todas as utilidades por eles proporcionadas, com ânimo de quem exercita de direito próprio, de boa fé, por ignorar lesar direito alheio, pacíficamente porque sem violência, continua e publicamente, com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém – e isto por lapso de tempo superior a vinte anos.

- Que dadas as enunciadas características de tal posse, os justificantes adquiriram aqueles prédios, por usuca-pião – titulo esse que, por natureza, não é sisceptível de ser comprovado pelos meios normais. Cabeceiras de Basto, trinta de julho de dois mil e dezoito.

A NOTÁRIA,Leonor da Coneição Moura

Emitido recibo

Notícias de Barroso, n.º 548, de 30 de novembro de 2018

EXTRATOCertifico para efeitos de publicação que, por escritura

lavrada em 26 de novembro de 2018, na Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Mon-talegre, perante mim, Carlos Alberto Diogo Martins, Primeiro Ajudante, em substituição legal, exarada a fls. 64 e seguintes do livro 988-A, Ana Maria Brás, solteira, maior, advogada, com escritório nesta vila de Montale-gre, na Rua Dr. Morais Caldas, n.º 1, 1.ºP, na qualidade de procuradora de JOSÉ BERNARDES PORTELADA e mulher ADELAIDE RODRIGUES FARINHA PORTE-LADA, casados em comunhão de adquiridos, ele natural da freguesia de Covelães, deste concelho e ela natural da freguesia e concelho da Sertã e residentes na Av. S. Tomé e Príncipe, 89, Casal de Cambra, Sintra, declarou:

- Que os seus representados são donos, com exclusão de outrém, do seguinte bem imóvel, situado na freguesia de Sezelhe e Covelães, concelho de Montalegre:

- Três quartas partes indivisas de um prédio rústico situado no CRUZEIRO, composto de CORTE ou CASA TÉRREA, descrito na Conservatória do Registo Predial de Montalegre sob o número cento e setenta e sete, não incidindo sobre esta fração qualquer inscrição em vigor, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 3390, que teve origem no artigo 2107 da extinta freguesia de Covelães.

Que este prédio estava inscrito na matriz sob o arti-go 527, anteriormente à substituição das matrizes de mil novecentos e noventa e sete, os seus representados já são titulares da restante fraçãodo prédio, cuja aquisição se encontra registada a seu favor pela apresentação núme-ro dois, de vinte e três de outubro de mil novecentos e noventa.

Que não têm qualquer título de onde resulte pertencer--lhes o direito de propriedade da fração do prédio, mas ini-ciaram a sua posse em mil novecentos e setenta e três, ano em que o adquiriram já no estado de casados, por compra meramente verbal a Ana Gonçalves Portelada, solteira, maior, residente que foi em Lisboa.

Que, desde essa data, por si ou por intermédio de alguém, sempre têm usado e fruído a indicada fração do prédio, utilizando o prédio na sua totalidade para guardar utensílios agrícolas, pagando todas as contribuições por ele devidas e fazendo essa exploração com a consciência de serem os seus únicos donos, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição, há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, continua e de boa fé, razão pela qual adquiriram o direito de propriedade sob a fração do prédio por USU-CAPIÃO, que expressamente invocam para efeitos de in-gresso da mesma no registo predia1.

Está conforme.Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório

Notarial de Montalegre, 26 de novembro de 2018.

O 1.º Ajudante, (Carlos Alberto Diogo Martins)

Conta:Emol: Art.º. 20.º 4.5) … 23,00 €São: vinte e três EurosRegistado sob o n°669

Notícias de Barroso, n.º 548, de 30 de novembro de 2018

CERTIFICADOCertifico que no dia vinte oito de novembro de dois

mil e dezoito, perante mim, Notária, Leonor da Conceição Moura, com cartório sito na Rua 25 de abril, 12-A, Refo-jos, Cabeceiras de Basto, foi outorgada uma escritura de RECTIFICAÇÃO DE JUSTIFICAÇÃO notarial, iniciada a folhas 129 do livro 114-A, intervindo como justificante:

Lúcia de Jesus Fernandes dos Santos Pereira, NIF 153.642.335, casada com João Gonçalves Pereira sob o regime imperativo de separação de bens, natural da fre-guesia de Salto, concelho de Montalegre, e residente na rua Central, n.º 28, Venda Nova.

Mais certifico que declarou o seguinte:Que por escritura lavrada no Cartório Notarial de

Montalegre, a folhas noventa e oito do Livro para escritu-ras diversas número setecentos e cinquenta e dois – A, no dia catorze de maio de mil novecentos e noventa e seis, a aqui primeira outorgante, procedeu à justificação do direi-to de propriedade do prédio rústico, com a área de seiscen-tos metros quadrados, onde entretanto foi implantado, es-tando já averbada à respectiva descrição um urbano, tendo o prédio atualmente a seguinte composição:

- Urbano – casa de rés do chão e primeiro andar, desti-nada a habitação com a superfície coberta de cento e qua-renta e quatro metros quadrados e logradouro com a área de quatrocentos e cinquenta e seis metros quadrados, sito na rua das Minas da Borralha n.º 60, freguesia de Salto, a confrontar de norte e poente com baldio, de sul com estra-da nacional, de nascente com Maria Lúcia Gonçalves Bar-roso, inscrito na matriz sob artigo e atual e urbano 1378.

O referido prédio encontra-se registado com aquela composição sob a descrição número oitocentos e oitenta e seis/mil novecentos e noventa e seis dez trinta da referi-da freguesia de Salto, e a favor da primeira pela inscrição apresentação número um de mil novecentos e noventa e seis/dez/trinta.

Contudo, só agora e após realização de levantamento topográfico é que a justificante se apercebeu que a área descoberta não está correta, nem corresponde à área real que lhe pertence, devendo-se tal divergência a um erro de medição, não tendo o prédio sofrido qualquer alteração na sua configuração, nem correspondendo a mesma, a área cedida pelos confinantes, pelo que pretende a aqui justifi-cante RETIFICAR a refrida escritura de justificação nota-rial, relativanmente e apenas quanto à área total do prédio no sentido de que a área correta do mesmo é de mil cento e trinta e seis metros quadrados, correspondendo atualmente a uma área de logradouro de novecentos e noventa e dois metros quadrados, mantendo se a área coberta de cento e quarenta e quatro metros quadrados.

Cabeceiras de Basto, vinte oito de dois mil e dezoito.

A NOTÁRIA,Leonor da Coneição Moura

Emitido recibo

Notícias de Barroso, n.º 548, de 30 de novembro de 2018

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30 de Novembro de 2018 13BarrosoNoticias de

Os nomes indicados e o modo como estão sendo feitas estas escolhas revelam muito do que se espera do governo de Jair Bolsonaro.

Assim como para se eleger o presidente da nação brasileira, sem o velho esquema de indicações partidárias, sem apoio de grandes partidos. Sem grandes vínculos político-partidários, eleito por um povo cansado de sofrer com o descaso do governo em todos os aspectos da vida da nação: o importante era manter-se no poder, e tudo que se fazia era em função da manutenção do próprio poder.

Isto saltava aos olhas de

tal forma que a vitória de Jair Bolsonaro é mais uma revolta sem armas, sem gritos, o grito foi dado nas urnas.

Isto deu ao presidente eleito a possibilidade de se desvencilhar da velha prática que envolvia nomeações de Ministros e de outros cargos de relevância na cúpula do governo da nação brasileira.

Livre, sem amarras, sem o velho esquema de indicações partidárias, sem o apoio de grandes partidos, sentindo-se à vontade, até porque esta era a vontade do povo brasileiro, pode fazer nomeações por meritocracia.

O primeiro ministro a destacar é Paulo Guedes, um braço direito de Jair Bolsonaro durante a campanha presidencial, um superministro da economia, com viés liberal: os liberais são favoráveis a menos poder estatal, daí o slogan “mais Brasil e menos

Brasília”. Uma postura bastante positiva que vai num crescente configurando uma ocupação em postos-chave da economia e de outros ministérios: gente séria, respeitada e principalmente capacitada com a noção clara de que o objetivo deve ser privatização total ou parcial de empresas ineficientes e corruptas.

Tentar levar para o setor público mais racionalidade, meritocracia e outras ações e ajustes que se farão necessários ao longo de quatro anos de governo.

Fortalecer a política de Comércio exterior.

O segundo carro chefe do ministério de Bolsonaro foi a decisão do Juiz Sérgio Moro, à frente da lava jato: onde tudo começou em termos de pôr um fim, ou trazer à tona a corrupção e modus operandi de um governo corrupto ao extremo. Até agora sem chefe

porque ali, mesmo presos, todos são inocentes e ninguém sabia de nada.

Moro aceitou o cargo de Ministro da Justiça talvez para ajudar este ministério a desvendar essa trama toda e continuar a recuperar, pelo menos, parte do dinheiro desviado dos cofres públicos.

Outro grande desafio que este ministério pretende encarar de frente, além do combate à corrupção, é um combate forte, que consiga abalar as estruturas do narcotráfico. Um caminho apontado será a participação de auditores federais, de agentes da polícia federal aliados a policiais especializados civis e militares, e técnicos da Secretaria da Fazenda.

O foco desse trabalho será atuar de forma integrada com a área de inteligência para identificar crimes e desarticular organizações criminosas, sequestrar bens, minar o poder

aquisitivo dessas organizações.Como o povo bem sabia

não adianta ficar só matando, prendendo soldados do tráfico, mesmo que este seja ali naquele espaço o chefe da organização criminosa.

É preciso avançar muito mais, e isto vai muito além das fronteiras do Brasil.

A escolha dos demais Ministros segue esta linha mestra: excelentes currículos, gente comprometida com a causa liberal, disposta a sacrificar poder, vaidades, em prol do bem comum.

Claro que isto só o tempo dirá: o poder corrompe.

O povo brasileiro mais do que nunca acredita em dias melhores: mais emprego, mais oportunidades, melhorias na saúde, na educação, na criação de um país mais seguro tanto para se investir aqui, quanto para lazer e turismo.

Quem são os Ministros do próximo Governo e o que revela esta escolha

Lita Moniz

VENDE-SECasa de habitação, com anexo e logradouro, situada na Gorda – Chã, junto à EN 308 (Mon-talegre-Chaves) a necessitar de obras de recons-trução.Vende -se também três terrenos de cultivo próximos da dita casa ou em conjunto ou em separado.Contactos – Margarida Seara, telem – (001)-91 44 14 1330, e-mail: [email protected].º contacto: Maria Rosa Seara, telem: (+351)917 755 492

Domingos Dias

Estamos a chegar ao fim

de mais um ano. Afortunados

todos aqueles que conseguiram

chegar até aqui. Na área

metropolitana de Bridgeport,

em 2018, faleceram meia

dúzia de pessoas bastante

jovens. Uns por acidente e

outros por morte natural.

Morreram também uma dúzia

de pessoas mais idosas. A nossa

comunidade vai decrescendo,

pois nos últimos 20 anos tem

havido pouca imigração.

Por outro lado, os nossos descendentes cresceram, estudaram, casaram, tiveram filhos e os luso-americanos aumentaram. Muitos deles aprenderam a língua portuguesa. Alguns deles apenas aprenderam com os pais e com os avós, mas houve outros que frequentaram as escolas portuguesas e foram mais longe, aprendendo a falar e a escrever o português correto. Sentimos orgulho nos nossos descendentes que, em geral, obtiveram sucesso, formando-se com cursos superiores, montando negócios e trabalhando honradamente.

Hoje em dia, através dos meios de comunicação, sabemos quase tudo o que se

passa nesta grande nação. Foi um ano de muita chuva que causou inundações, e de muitos incêndios, principalmente no Estado da California, onde morreram mais de 100 pessoas e 18.000 estruturas foram destruídas. Politicamente, nas últimas eleições realizadas em Novembro, o partido democrata conseguiu recuperar a maioria dos representantes na Assembleia do Congresso, tendo agora 235 contra 200 republicanos. Na Assembleia do Senado, os republicanos mantiveram e aumentaram a maioria, de 51 para 53 senadores, contra 45 democratas que antes tinham 47. Quanto a governadores dos 50 Estados, a partir de Janeiro

vai haver 33 republicanos, 16

democratas e 1 independente.

Em Connecticut sai 1

democrata e entra outro do

mesmo partido, Ned Lamont.

Antes do ano terminar,

vamos celebrar a grande e

sagrada FESTA DE NATAL,

recordando e homenageando

o nascimento de Jesus Cristo.

Os emigrantes portugueses vão

repetir os costumes e tradições

que trouxeram das suas terras,

comendo bacalhau, polvo,

rabanadas, aletria, arroz doce,

etc.

Nesta quadra festiva

queremos augurar a todos os

leitores deste prestigioso jornal,

BOAS FESTAS DE NATAL, FELIZ

E PRÓSPERO ANO NOVO.

Mais um Ano quase terminado

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BarrosoNoticias de

14 30 de Novembro de 2018

SOS – Número nacional 112Protecção à Floresta 117Protecção Civil 118Câmara Municipal de Boticas 276 410 200Câmara Municipal de Montalegre 276 510 200Junta de Freguesia de Boticas 276 410 200Junta de Freguesia de Montalegre 276 512 831Junta de Freguesia de Salto 253 750 082Bombeiros Voluntários de Boticas 276 415 291Bombeiros Voluntários de Montalegre 276 512 301Bombeiros Voluntários de Salto 253 659 444GNR de Boticas 276 510 540 GNR de Montalegre 276 510 300GNR de Venda Nova 253 659 490 Centro de Saúde de Boticas 276 410 140 Centro de Saúde de Montalegre 276 510 160Extensão de Saúde de Cabril 253 652 152Extensão de Saúde de Covelães 276 536 164Extensão de saúde de Ferral 253 659 419Extensão de Saúde de Salto 253 659 283Extensão de Saúde de Solveira 276 536 183Extensão de Saúde de Tourém 276 579 163Extensão de Saúde de Venda Nova 253 659 243Extensão de saúde de Viade de Baixo 276 556 130Extensão de saúde de Vilar de Perdizes 276 536 169Hospital Distrital de Chaves 276 300 900Agrupamento de Escolas G. M. de Boticas 276 415 245

Agrupamento de Escolas de Montalegre 276 510 240Agrupamento de Escolas do Baixo Barroso 253 659 000Escola Profissional de Chaves 276 340 420Centro de Formação Profissional de Chaves 276 340 290Tribunal Judicial de Boticas 276 510 520Tribunal Judicial de Montalegre 276 090 000Instituto de Emprego de Chaves 276 340 330Região de Turismo do Alto Tâmega e Barroso 276 340 660ADRAT (Chaves) 276 340 920ACISAT (Chaves) 276 332 579Direcção Regional de Agricultura (Chaves) 276 334 359EDP – Electricidade de Portugal 276 333 225Cruz Vermelha Portuguesa Boticas 276 410 200Cruz Vermelha Portuguesa Montalegre 276 518 050APAV – Apoio à Vítima 707 200 077SOS – Criança 800 202 651SOS – Grávidas 800 201 139SOS – Deixe de Fumar 808 208 888SOS – Voz Amiga 800 202 669Linha SIDA 800 266 666Intoxicações 808 250 143NOTÍCIAS DE BARROSO 91 4521 740NOTÍCIAS DE BARROSO 276 512 285Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre 276 512 442SEPNA – DGR Chaves 276 340 210

Informações úteis

Apelo aos estimados assinantes do Notícias de Barroso:Pedimos aos assinantes que ainda não liquidaram a assinatura que o façam logo que possível. Vejam as indicações em NOTÍCIAS DE BARROSO na página 10. A

administração agradece.

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BarrosoNoticias de

1530 de Novembro de 2018

BarrosoNoticias de

Sede: Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tel: +351 276 512 285 e 91 452 1740 email: [email protected]: José António Carvalho de Moura, Contribuinte nº 131 503 324, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tels: +351 276 512 285 e 91 452 1740 FAX: +351 276 512 281 Email: [email protected]

Editor: Nuno Moura, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre, email: [email protected]: Maria de Lourdes Afonso Fernandes Moura

Paginação e composição: [email protected], Rua Miguel Torga, 492 5470-211 MontalegreRegisto no ICS: 108495

Impressão: Empresa Diário do Minho, Lda Rua de Santa Margarida, 4 A, 4710-306 Braga email: [email protected] http://www.diariodominho.pt

Colaboradores: António Chaves, António Pereira Alves, Barroso da Fonte, Carlos Branco, Custódio Montes, Dias Vieira, Domingos Cabeças (Inglaterra), Domingos Dias (USA), Duarte Gonçalves, Fernando Moura, Fernando Rosa (USA), João Soares Tavares, José dos Reis Moura, José Manuel Vaz, José João Moura, Lita Moniz (Brasil), João Adegas, José Duarte (França), José Rodrigues (USA), Lobo Sentado, Domingos Chaves, José Fernando Moura, José Manuel Rodriguez,

Manuel Machado, Maria José Afonso, Norberto Moura, Nuno Carvalho e Victor Pereira

Assinaturas: Nacionais: 20,00 € Estrangeiros: 35,00 €

Tiragem: 1.500 exemplares por edição

(Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores não vinculando necessariamente a orientação do jornal ou da sua direcção)

O Montalegre voltou a falhar muitos golos. Assim não dá…

Este jogo teve duas partes diferentes – na primeira parte, o Montalegre esteve por cima, com várias oportunidades de golo. Já na etapa complementar, o Taipas subiu linhas, melhorou defensivamente e tentou chegar à vitória. Os primeiros vinte minutos de jogo foram equilibrados, sem grandes oportunidades de golo. A partir daqui, o Montalegre dominou e assumiu o jogo. Aos vinte minutos, grande jogada dos transmontanos e Zangão cabeceia ao lado. No minuto seguinte, passe magistral de Vítor Alves para Paulo Roberto que obriga Paulinho a defesa apertada. Depois, num canto batido, Ferrari coloca a bola na cabeça de Zack, que está perto de abrir o ativo… Aos 36 minutos, China perde a bola em zona proibitiva e Paulo Roberto quase marca. Os Caçadores das Taipas só tiveram uma oportunidade durante a primeira parte – Stanley Kanú, em boa posição, remata forte mas à figura de Guedes. Antes do intervalo, Paulo Roberto volta a fazer perigar a baliza contrária… Ao intervalo 0-0.

Para a etapa complementar, aumenta a produtividade minhota e confirma-se a desinspiração de alguns jogadores do Montalegre. O Taipas ameaça de livre direto, valeu Guedes com boa defesa para canto. Aos 73 minutos, mão dentro da área de Carlos Lomba – o juiz do encontro considera não ter havido intencionalidade… Aos 74 minutos, cruzamento perfeito do defesa esquerdo Zack e Paulo Roberto obriga Paulinho a defesa apertada para a barra, depois a bola bate nas costas e não entra. Muito azar para o conjunto Montalegrense. Responde bem o Taipas – Maka faz grande passe para Miguel, que obriga Guedes a enorme defesa com a bota para canto… Depois Gabi isola-se mas o àrbitro

assinala falta, que nós não vimos. Aos 87 minutos o Montalegre fica a pedir (outra vez) grande penalidade.

O empate soube a pouco ao Montalegre que teve oportunidades suficientes para vencer – apesar disso houve jogadores em sub.rendimento. O relvado não ajuda mas também houve alguma falta de intensidade dos da casa. O treinador do Montalegre, Viage, desvalorizou o facto de perder dois pontos: “Somamos um ponto, deixamos jogar mais do que aquilo que pretendíamos. Sem fazer uma grande partida, fizemos o suficiente para ganhar. Tudo correu mal, também com as lesões de Vítor Alves e Tavares…”

Já o técnico do Taipas, Basílio Marques, ex-jogador do Guimarães, considera o empate justo: “ É um resultado positivo. Foi uma primeira parte em que o Montalegre esteve mais por cima e uma segunda em que me parece que o Taipas teve mais momentos por cima. Houveram oportunidades várias numa baliza e noutra. Podia ter acabado 2-2 ou 3-3…”

Montalegre volta a fazer história

Pela primeira vez a turma barrosã chega aos oitavos de final da Taça de Portugal, a prova rainha do futebol Português. 25 de Novembro, é o dia mais brilhante da história do CDC Montalegre.

Foi lindo! Épico mesmo! Bancada cheia de cachecóis azuis e o Montalegre está nos oitavos de final da Taça de Portugal! Foi difícil, sim, mas um triunfo muito saboroso… Um dos capitães do Montalegre, Gabi, reconhece “que é o momento mais alto”. O técnico do emblema barrosão, José Manuel Viage, sublinha que este feito “é da responsabilidade

dos jogadores”.O presidente, Paulo Reis, diz que é a “página mais bonita deste clube, estamos entre as dezasseis melhores equipas do futebol Português”. Depois de vinte minutos equilibrados, os barrosões assumem o controlo da partida e Ferrari obriga Mário Évora a defesa apertada para canto. Aos 28 minutos e, em superioridade numérica, o Águeda não consegue marcar por culpa de Lio, que faz bem o equilíbrio defensivo. Depois Jullyan remata colocado mas ao lado da baliza de Guedes. Responde o Montalegre, num livre bem cobrado por Ferrari e auto-golo de Hidelvis. Antes do intervalo boa jogada de envolvimento da equipa da casa – Prince cruza bem, Paulo Roberto deixa para Ferrari que, em posição frontal à baliza, atira por cima. Ao intervalo 1-0. Na etapa complementar o Águeda subiu linhas, na tentativa de chegar mais perto da baliza de Guedes. Aos 53 minutos contratempo para RDÁgueda – Filipe Aguiar sai lesionado. Em boa posição, David remata mas Tiago Guedes faz boa defesa. Responde o Montalegre, por Paulo Roberto, a obrigar Mário a boa intervenção. Aos 84 minutos, Pedras, que tinha entrado para o lugar de David, isola-se, mas não consegue bater Guedes, que volta a brilhar na baliza. Com o Águeda muito adiantado no relvado, o Montalegre em velocidade ameaçava a baliza contrária. Gabi remata forte e obriga Mário à defesa da tarde, e na recarga Ferrari atira ao lado. Já no tempo de compensação (o àrbitro deu oito minutos) e de canto o Águeda atira ao lado, depois de um cabeceamento falhado. Vitória justa e histórica do Montalegre que é a única equipa do Campeonato de Portugal presente nos oitavos de final da Taça de Portugal. Venha o próximo!

Nuno Carvalho

Montalegre – Benfica em Montalegre?É quase certo que o jogo "Montalegre-Benfica", agendado para dia 19, referente aos oitavos de final da Taça de Portugal, seja realizado em Montalegre. A Federação

Portuguesa de Futebol - juntamente com outras entidades - esteve esta tarde nas instalações do Estádio Dr. Diogo Vaz Pereira para aferir das condições do recinto desportivo. Esta primeira visita deixou boas indicações a ponto do líder do município, Orlando Alves, afirmar que está «muito confiante em que o jogo seja em Montalegre». A percentagem de sucesso aponta para 90%, número que, só por si, é bem revelador da vontade e do desejo de todas as partes envolvidas. Os próximos dias são de muito trabalho: relvado vai ser alvo de uma profunda intervenção, serão instaladas bancadas amovíveis, iluminação elétrica reforçada e pequenas obras na bancada principal. In site do municípo

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Barroso em imagens e números

O CDC Montalegre teve a sorte do sorteio da Taça de Portugal que lhe deu o Benfica como adversário. O grupo e a população barrosã em geral congratularam-

se e com razões de sobra. Os cofres do Clube barrosão vão beneficiar e Montalegre tem aqui mais um foco de promoção muito importante.anos do concelho, muito

concorrida, consta de Missa solene, almoço e tarde recreativa.

O Eng.º Braga da Cruz deu uma notável lição sobre a Europa na sessão de apresentação do livro “My Europe” de Jaime Quesado. A exposição feita, na

Biblioteca, pela riqueza dos conceitos que ali transmitiu, merecia um Auditório mais vasto.

A sessão de esclarecimento sobre as obras no Castelo pecou por tardia. A arrogância de quem exerce o poder dá nisto. Agora discutir factos consumados para que? O betão naquela escadaria ainda vai dar que falar durante mais tempo e o MP

poderá e deverá actuar.

Sebastião Lopes é mais uma vítima da malandragem que anda por aí à solta. Ao NB mostrou a sua revolta. A GNR tem em Montalegre um problema que urge

resolver. Já são muitos os casos de assalto e violência que reclamam respostas.