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  • FACULDADE MARECHAL RONDON.

    COORDENAO DO CURSO DE ADMINISTRAO.

    O CONTROLE DE ESTOQUE NA INDSTRIA DE AVIAO.

    RODRIGO MOURA DE CARA

    Trabalho de Concluso de Curso apresentado

    Faculdade Marechal Rondon So Manuel,

    para obteno do ttulo de Bacharel em

    Administrao Geral.

    So Manuel SP

    Novembro 2004

  • FACULDADE MARECHAL RONDON.

    COORDENAO DO CURSO DE ADMINISTRAO.

    O CONTROLE DE ESTOQUE NA INDSTRIA DE AVIAO.

    RODRIGO MOURA DE CARA

    Orientador: Professor Dr. Francisco B. de T. Piza.

    Trabalho de Concluso de Curso apresentado

    Faculdade Marechal Rondon So Manuel,

    para obteno do ttulo de Bacharel em

    Administrao Geral.

    So Manuel SP

    Dezembro 2004

  • II

    Agradeo, primeiramente a Deus, por ter me

    dado a Pacincia e Fora que muitas vezes

    achava no ter. Por ter me mostrado que apesar

    de muitas dificuldades e sofrimentos passado, a

    recompensa e ser muito maior.

    Obrigado Senhor, por me mostrar caminhos

    maravilhosos, por estar do meu lado em todos

    os momentos e por me fazer nesta hora pessoa

    mais feliz. Realizado por ter conseguido,

    juntamente com suas graas atingir mais um

    objetivo desta vida. Objetivo esse que se torna

    honroso para mim e para as pessoas que me

    cercam.

    Obrigado pela vida e a chance de viv-la e por

    fazer de mim um vencedor.

  • V

    Aos meus amigos.

    Por tantos momentos difceis que passei

    durante essa etapa, dos quais vocs estavam

    sempre presentes, venho agora compartilhar

    com vocs a alegria e a vitria de uma

    conquista. bom neste momento de reflexo

    saber que pude contar com pessoas to

    especiais, que me ajudaram de tantas formas.

    Num momento como esse s posso desejar

    muitas felicidades e o fortalecimento da nossa

    amizade. Expresso aqui a minha maior

    gratido a duas pessoas que durante essa minha

    trajetria estiveram sempre me apoiando e

    incentivando-me em todos os momentos.

    A vocs que fazem parte desta conquista, no

    se esqueam, que amigos no so aqueles que

    esto ao nosso lado apenas em momentos

    felizes, mas sim aqueles que superam juntos os

    momentos difcies tambm. Por isso, divido a

    alegria e a realizao deste sonho. Everton

    Tamanha e Elza Lovato, que Deus os

    abenoem e lhes proporcionem alegrias e

    muitas felicidades, hoje e sempre.

  • III

    Dedico este trabalho a todos que me apoiaram e

    me ajudaram a conquistar esse objetivo e

    realizao deste sonho.

    Ao orientador do T.C.C Prof. Dr. Francisco B.

    de T. Piza, que com todo seu conhecimento

    pde me orientar e me mostrar caminhos que

    facilitaram e colaboraram para que o objetivo

    do trabalho fosse atingido.

    A todos meus amigos do Oitavo Semestre de

    Administrao da Faculdade Marechal Rondon,

    em especial ao grupo do qual fiz parte durante

    os quatro anos: Danilo Rafael Incio, Fernando

    Jos Dorico, Renan Marcolin Nicolau, que

    souberam respeitar e apoiar cada deciso do

    grupo como um todo durante o curso.

    Aos amigos da Empresa em que trabalho

    Indstria Aeronutica Neiva, que estavam

    sempre preocupados com esta conquista, e em

    todos os momentos nunca deixaram de estar ao

    meu lado, dedico tambm as pessoas que me

    proporcionaram chances de crescimentos e

    realizaes profissionais, a estas pessoas:

    Engenheiro Cid Guisard Querido, Geraldo

    Magela Machado, Silvia Maria Capelleti, Luiz

    Francisco de Barros, que muito significaro,

    pois, confiaram e depositaram a confiana de

    realizar um trabalho cada vez melhor.

  • IV

    Aos Meus Pais: Antonio Carlos de Cara

    &

    Roseli Moura de Cara.

    Agradecer o mnimo que posso fazer, e

    compartilhar a alegria que sinto neste momento

    demonstrar a importncia que vocs fazem na

    minha vida.

    Obrigado por confiarem em mim e me

    apoiarem.

    Peo desculpas se algumas vezes, em

    momentos de desespero, disse algo que pudesse

    mago-los. Essa vitria na qual atinjo hoje no

    s minha, mas sim de todos ns.

    Obrigado pela educao e os ensinamentos

    passados a mim e as minhas irms. Muitas

    vezes vocs deixaram de viver um sonho, para

    tornar realidade os meus.

    Obrigado.

  • 3

    THE CONTROL OF SUPPLY IN THE INDUSTRY OF AVIATION. So Manuel, 2004.

    43p. TCC (Bacharelado em Administrao Geral) Faculdade Marechal Rondon.

    Author: CARA, RODRIGO MOURA DE

    ABSTRAT

    Profitability, with reduction of costs is what all the companies search.

    With this the supply control if becomes inside essential of a company, either it of great

    transport or small transport. With the easiness with that the world has with the information, the

    call globalization makes with that all competition if becomes more competitive, if comparative

    with other times.

    Times where little was said in supply, storage, had made with that its

    administrators of supply started to think and to create correct strategies, as the politics and the

    proper mission of the company.

    For the attainment of a profitability each bigger time, companies of all

    the segments must attempt against the considered details of great importance for the

    administration of an organization, one of them is analyzes it and the supply control.

    To know what it must remain in the supply; to decide when to

    replenish the supply and how much of supply they will be necessary, as to control this supply

  • 4

    and to identify the obsolete supply, is one of the papers of the new administrator of materials

    inside of an organization.

    Point of Order, System ABC or Parettos of Curve, System MRP, are

    some of the tools used for analyze and the control of a supply.

    In an industry of situated aviation in been Botucatu of So Paulo, it is

    not different, the concern with obsolete supplies, swelled and not used, it makes with that each

    time more if searchs alternatives or develops programs capable to assist the effectiveness of

    the administrator of responsible material.

    With these methods as order point, they had been analyzed and

    concluded, its importance inside of this analyzes, however it could not be left stops backwards

    concepts as kardex, much used in the beginning of the activity of the company in prominence.

    Another program very cited and analyzed is the ABC system also

    known as Arched of Pareto, where if it inside shows to its classification with relation to itens

    of the supply of this company, giving the basement with concepts and its applications.

    The new systems developed, that it belongs to the studied company is

    the MRP, that backwards the easiness with that its users obtain to analyze and to program

    certain manufactures of components, sets and subgroups of airplanes with daily pay-definitive

    stated periods, with more precision with relation to itens that they will count in supply.

    With this program the creation of a new area appears that will have the

    function of controller all itens pertaining to the company, creating supplying apt that will take

    care of to the manufacture of some parts, diminishing the supply cost, without leaving of if

    compromising to the delivery stated period and to the attendance of its customer.

    _________________________________

    Keywords: Profitability, reduction of costs, supply control, Point of Order, System ABC or

    Parettos of Curve, System MRP.

  • 1

    RESUMO

    O Controle De Estoque Na Indstria De Aviao.

    Lucratividade, com reduo de custos o que todas as empresas

    buscam. Com isso o controle de estoque se torna essencial dentro de uma empresa, seja ela de

    grande porte ou pequeno porte. Com a facilidade com que o mundo tem com a informao, a

    chamada globalizao faz com que toda concorrncia se torne mais competitiva, se comparado

    com outras pocas.

    pocas em que pouco se falava em estoque, armazenagens, fizeram

    com que seus administradores de estoque comeassem a pensar e desenvolver estratgias

    corretas, conforme a poltica e a prpria misso da empresa.

    Para a obteno de uma lucratividade cada vez maior, empresas de

    todos os segmentos devem se atentar a detalhes considerados de grande importncia para a

    administrao de uma organizao, uma delas a analise e o controle de estoque.

    Saber o que deve permanecer no estoque; decidir quando reabastecer o

    estoque e quanto de estoque sero necessrios, como controlar este estoque e identificar o

    estoque obsoleto, um dos papeis do novo administrador de materiais dentro de uma

    organizao.

  • 2

    Ponto de Pedido, Sistema ABC ou Curva de Paretto, Sistema MRP,

    so alguma das ferramentas utilizadas para a anlise e o controle de um estoque.

    Em uma indstria de aviao situada em Botucatu estado de So

    Paulo, no diferente, a preocupao com estoques obsoletos, inchados e no utilizados, faz

    com que cada vez mais se busquem alternativas ou desenvolvam programas capazes de

    auxiliar a eficcia do administrador de material responsvel.

    Com isso, mtodos como ponto de pedido, foram analisadas e

    concludas, sua importncia dentro desta anlise, todavia no poderia se deixar para trs

    conceitos como kardex, muito utilizado no inicio da atividade da empresa em destaque.

    Outro programa muito citado e analisado o sistema ABC tambm

    conhecido como Curva de Pareto, onde se mostra a sua classificao com relao aos itens

    dentro do estoque desta empresa, dando o embasamento com conceitos e suas aplicaes.

    O mais novo sistema desenvolvido, que pertence empresa estudada

    o MRP, que trs a facilidade para os usurios em analisar e programar certas fabricaes de

    componentes, conjuntos e subconjuntos de avies com prazos pr-determinados, com mais

    preciso com relao aos itens contidos em estoque.

    Com esse programa surge a criao de uma nova rea que ter a

    funo de controlador todos os itens pertencentes empresa, criando fornecedores aptos que

    atendero a fabricao de algumas peas, diminuindo o custo de estoque, sem deixar de se

    comprometer com o prazo de entrega e ao atendimento de seu cliente.

  • VI

    SUMRIO

    LISTA DE FIGURAS..........................................................................................

    LISTA DE QUADROS........................................................................................

    RESUMO..............................................................................................................

    ABSTRAT............................................................................................................

    1 INTRODUO................................................................................................

    2 OBJETIVOS.....................................................................................................

    3 JUSTIFICATIVA.............................................................................................

    4 REVISO DE LITERATURA........................................................................

    4.1 Aspectos de Planejamento e Controle de Estoque......................................

    4.2 Ponto de Pedido.............................................................................................

    4.3 Classificao ABC ou Curva de Pareto e Material Requiriments

    Planning (MRP)...................................................................................................

    5 METODOLOGIA.............................................................................................

    5.1 Anlise de documentos..................................................................................

    5.2 Pesquisa de bibliografia................................................................................

    5.3 Entrevistas......................................................................................................

    5.4 Redao..........................................................................................................

    6 RESULTADOS.................................................................................................

    6.1 Histrico.........................................................................................................

    6.2 Estudo do Controle de Estoque....................................................................

    6.2.1 Como Tudo Comeou.................................................................................

    6.2.2 A ajuda da Tecnologia................................................................................

    6.2.3 Critrios de Utilizao do Sistema ABC (Curva de Pareto)...................

    6.2.4 Anlise do Desempenho do Sistema ABC no Planejamento e Controle

    de Estoque............................................................................................................

    6.2.5 Aplicao dos Mtodos Material Requiriments Planning (MRP) e

    Ponto de Pedido (PP) na Indstria Aeronutica..............................................

    7 CONCLUSO...................................................................................................

    8 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS...........................................................

    Pgina

    VII

    VIII

    01

    03

    05

    07

    08

    09

    09

    11

    13

    19

    19

    19

    19

    19

    20

    20

    21

    24

    30

    32

    32

    33

    40

    42

  • VII

    LISTA DE FIGURAS

    Figura

    1 Curva ABC e seu percentual..............................................................................

    2 Fluxograma da execuo de relatrio entre Neiva e Embraer............................

    3 Fluxograma de localizao de um item ou seu alternativo no estoque..............

    4 Fluxograma das fases peridicas de um programa MRP...................................

    Pgina

    17

    22

    23

    35

  • VIII

    LISTA DE QUADROS

    Quadro

    1 Ficha de Controle de estoque, tambm conhecido como Kardex.......................

    2 Requisio de um material Paralisado, cujo material no tem saldo no

    almoxarifado..........................................................................................................

    3 Registro bsico perodo a perodo do MRP........................................................

    Pgina

    25

    29

    34

  • 5

    1 INTRODUO

    O termo Estocagem surge com a histria bblica de Jos antes de

    Cristo, onde a interpretao de um sonho deu incio construo de um galpo e a estocagem

    de comida para a sobrevivncia aos sete anos de fome.

    A acumulao armazenada de recursos materiais em um sistema de

    transformao deu incio aos almoxarifados que nada mais que o local onde se armazena

    estes materiais, existindo tanto no servio pblico, como nas empresas privadas.

    No se pode admitir um sistema de material sem este local prprio.

    Suas finalidades mltiplas esto includas nos conceitos emitidos por Fayol. Segundo ele

    administrao : prever, planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar. Para um

    almoxarifado industrial as finalidades so concentrar e abastecer uma produo, como centro

    gerador de todos os setores do processo da produo, recebendo, guardando e entregando o

    material.

    O grande desafio para os administradores de materiais nos dias de hoje

    o planejamento e o controle de estoque, devido s variaes de fatores que influenciam nos

    custos relativos, busca contnua por solues que reduzam os custos e a eficincia dos

    controles, criando adaptaes de mtodos que satisfaam as polticas atuais da empresa.

    Assim, nenhuma organizao pode planejar detalhadamente todos os

    aspectos de suas aes atuais ou futuras, mas podem e devem ter noes para onde a

  • 6

    organizao est se dirigindo, e determinar a melhor forma de chegar l, ou seja, precisam de

    uma viso estratgica de todo o complexo produtivo.

    Neste posicionamento todas as empresas devem constituir polticas

    para a administrao de materiais, que atribui grande nfase s compras buscando a cada dia

    criar parcerias com fornecedores qualificados, mantendo a qualidade de seus produtos e o bom

    atendimento a seus clientes.

    Nas organizaes atuais, um dos grandes problemas que a gerncia de

    materiais enfrenta a obteno de solues para as seguintes questes:

    a) Decidir o qu deve permanecer em estoque.

    b) Decidir quando se deve reabastecer o estoque.

    c) Como decidir quanto de estoque ser necessrio para um perodo pr-determinado.

    d) Como controlar os estoques em termos de quantidade, valor e fornecer informaes que

    sero importantes para a administrao destes itens em estoque.

    e) Identificar e retirar do estoque os tens obsoletos.

    A meta de uma empresa , sem dvida, o lucro sobre capital investido.

    Hoje todas as empresas se preocupam e procuram, de uma forma ou de outra, a obteno de

    uma vantagem competitiva em relao a seus concorrentes, e a oportunidade de atend-los

    prontamente, no momento e na quantidade desejada, tornando essa uma questo que poder

    ser facilitada com a administrao eficaz dos estoques.

    Desta forma, para a lucratividade de uma empresa a diminuio dos

    estoques obsoletos um dos principais meios para se chegar a esse objetivo, alm claro de

    emprstimos, vendas de equipamentos no utilizados entre outros.

    Com a era do fcil acesso informao, muitas empresas esto

    voltando-se atividade principal, terceirizando os setores que no agregam valores ao produto

    final, tornando essencial o controle de estoque dentro de uma organizao.

    Os estoques devem funcionar como elementos reguladores do fluxo de

    materiais nas empresas, isto , sabendo a variao que diferencia a entrada e a sada dos

    produtos, aumentando ou diminuindo sua demanda.

  • 7

    2 OBJETIVOS

    Este estudo visa analisar as ferramentas essenciais ao planejamento e

    controle de estoque, e citar conceitos que estabelecem as polticas e estratgias dos mesmos,

    definindo mtodos para a obteno destes e a lucratividade da empresa, analisar os resultados

    obtidos por uma empresa em relao ao estudo desenvolvido, e:

    2.1 Estudar as Ferramentas de controles de estoque como o

    Sistema ABC ou Curva de Paretto, no planejamento e no

    controle de estoques;

    2.2 Estudar a aplicao dos mtodos Material Requiriments

    Planning (MRP) e Ponto de Pedido (PP) em uma Indstria

    Aeronutica.

  • 8

    3 JUSTIFICATIVA

    Este trabalho tem como foco:

    3.1 Atender a uma demanda do Curso de Administrao Geral da

    Faculdade Marechal Rondon, para a concluso do mesmo.

    3.2 Dar suporte ao autor para o incio de uma carreira acadmica

    voltada para esta rea.

    3.3 Aprofundar os conhecimentos do autor sobre controle de

    estoque e suas variveis.

    3.4 Servir como base e tambm auxiliar o estudo de profissionais

    que trabalham ou pesquisam nesta rea.

  • 9

    4 REVISO DE LITERATURA

    4.1 Aspectos de Planejamento e Controle de Estoque.

    Para Ching (2001), existem certas caractersticas que so comuns a

    todos os problemas de controle de estoque, no importando se so matrias-primas, material

    em processo ou produtos acabados. preciso entender traos bsicos como custos associados

    aos estoques; objetivos de estoque e previso de incertezas.

    Ainda para Ching (2001), a viso tradicional de que os produtos

    devem ser mantidos em estoque por diversas razes. Seja para acomodar variao nas

    demandas, seja para produzir lotes econmicos em volumes substancialmente superiores ao

    necessrio, seja para no perder vendas.

    O controle de estoque exerce influncia muito grande na rentabilidade

    da empresa. Os estoques absorvem capital que poderia estar sendo investido de outras

    maneiras, desviam fundos de outros usos potencias e tem o mesmo custo de capital que

    qualquer outro projeto de investimento da empresa. Aumentar a rotatividade do estoque libera

    ativo e economiza o custo de manuteno do inventrio.

    Segundo Slack et al. (2002), o planejamento dentro de um

    almoxarifado o fornecimento de produtos e servios atravs da demanda destes produtos.

  • 10

    Este o dilema do gerenciamento de estoque: apesar dos custos e de outras desvantagens

    associadas a sua manuteno, eles facilitam a conciliao entre fornecimento e demanda.

    O dilema do gerenciamento de estoques est fundamentado em dois

    fatores. O primeiro consiste em manter estoques a nveis aceitveis de acordo com o mercado,

    evitando a sua falta e o risco de obsolescncia. O segundo trata dos custos que esses

    proporcionam em relao aos nveis e ao dimensionamento do espao fsico.

    Para Marcolin (2000), O controle de estoque consiste de todas as

    atividades e procedimentos que permitem garantir que a quantidade correta de cada item, seja

    mantida em estoque....

    Na realidade, fica ntida a diferena entre planejamento e controle.

    Podemos definir o planejamento como o conjunto de intenes que devem viabilizar o

    processo, e o controle como sendo o conjunto das aes que direcionam um plano para

    execut-las.

    Ainda no conceito de Marcolin (2000), o controle inclui o

    monitoramento do que aconteceu na realidade em comparao com o que fora planejado e as

    aes para providenciar as mudanas necessrias para o realinhamento do plano.

    Segundo Dias (1993), o gerenciamento das atividades na operao

    produtiva de modo a satisfazer a demanda dos consumidores requer planejamento e controle

    das operaes. Algumas destas atividades tm um certo grau de imprevisibilidade, o que pode

    dificultar as aes do planejamento. Essas atividades determinam a forma e a natureza do

    sistema e os recursos que o alimentam, quanto a esses, devemos considerar os seguintes itens,

    para que sejam disponveis:

    1. Quantidade adequada;

    2. Momento adequado;

    3. Nvel de qualidade adequado.

    O planejamento e controle podem ser de longo, mdio ou curto prazo.

    O planejamento de longo prazo aquele no qual os gerentes de produo estabelecem planos

    relativos ao que pretendem fazer e quais os recursos para atingir os seus objetivos. A nfase

    ento, est direcionada mais para o planejamento do qu para o controle, pois existe pouco a

    ser controlado, conforme Dias (1993).

  • 11

    Ainda na explicao de Dias (1993), as previses de demanda

    provveis sero consideradas, de modo geral, sem definir atributos especficos, assim ao levar

    em frente essas atividades os gerentes estaro preocupados somente em atingir metas

    financeiras, e sero desenvolvidos oramentos que definam custos e receitas a serem atingidas.

    O planejamento de mdio prazo estar preocupado em mais detalhes, e

    se necessrios redirecion-los.

    Para Moura (1989), a preocupao ser quanto aos planos de

    contingncias que tero de ser dimensionados de modo que permitam desvios nos planos

    originais. Essas contingncias atuaro como recursos de reservas, tornando o planejamento e o

    controle, mais prticos de serem executados.

    O planejamento de curto prazo ser a fase em que os recursos j

    estaro definidos e, portanto muito difcil de serem feitas alteraes de grande porte, porm as

    pequenas so possveis, j que a demanda ser avaliada de forma mais detalhada.

    Estas alteraes no plano original tentaro equilibrar: a qualidade, a

    rapidez, a confiabilidade, a flexibilidade e os custos das operaes, mas no ser possvel fazer

    clculos detalhados dos efeitos destas decises sobre os objetivos globais.

    Para Pozo (2002), a razo de manter estoques est relacionada com a

    previso de seu uso em um futuro imediato. E sabemos que praticamente impossvel

    conhecer a demanda futura; torna-se necessrio manter determinado nvel de estoque, para

    assegurar disponibilidades de produtos s demandas, bem como minimizar os custos de

    produo, movimentao e estoque.

    4.2 Ponto de Pedido.

    Entre todos os meios de preveno e segurana se encontra tambm o

    Ponto de Pedido (PP) que nada mais que uma reserva de estoque que garante a continuidade

    da produo antes da chegada de um novo lote, considerado estoque de segurana.

    Para Dias (1993), estoque mnimo ou de segurana a quantidade de

    itens em estoque que so necessrios para no interromper a cadeia produtiva da empresa,

    fornecendo assim uma das mais importantes informaes para a administrao de estoque,

    pois est diretamente ligado ao grau de imobilizao da empresa.

  • 12

    Para nveis de estoques sero direcionados recursos que devero ser

    analisados quanto sua necessidade imediata, os quais condicionam a garantia do

    funcionamento ininterrupto do processo produtivo sem o risco da falta de estoque. Alguns

    fatores que causam a interrupo na produo pela falta de estoque so: oscilao no consumo;

    oscilao nas pocas de aquisio (atraso no tempo de reposio); variao na qualidade,

    quando o controle de qualidade rejeita um lote; remessas por parte do fornecedor, divergentes

    do solicitado; diferena do inventrio.

    O dimensionamento do estoque mnimo poderia ser demasiadamente

    alto, a ponto de nunca haver problemas com faltas, porm os custos de estocagem e

    imobilizao de capital seriam muito alto. Em contrapartida poderamos estabelecer uma

    margem de segurana muito baixa, correndo o risco da falta de material, paralisao da

    produo, perdas das vendas e despesas extras com entregas urgentes. Assim a empresa estar

    disposta a assumir o risco com relao ocorrncia de faltas em estoque, definindo clculos

    para uma margem de segurana atravs de: projeo estimada do consumo; clculo com bases

    estatsticas.

    O Ponto de Pedido considerada uma anlise que surge para facilitar e

    ajudar o controle de estoque. O Ponto de Pedido (PP), na viso de Pozo (2002), a

    quantidade de peas que temos em estoque e que garante o processo para que no sofra

    problemas de continuidade, enquanto aguardamos a chegada do lote de compra durante o

    tempo de reposio. Isto quer dizer que quando um determinado item de estoque atingir seu

    ponto de pedido dever fazer o ressuprimento de seu estoque, colocando-se um pedido de

    compra.

    J a anlise de Martins et al. (2003), O ponto de pedido ou estoque de

    segurana, diminui os riscos de no-atendimento das solicitaes dos clientes sejam eles

    interno ou externo.

    Para Ching (2001), o mtodo do estoque mnimo, objetiva otimizar os

    investimentos em estoque. A finalidade do ponto de pedido dar incio ao processo de

    ressuprimento com tempo suficiente para no ocorrer falta de material.

    Na anlise de Viana (2002), ponto de pedido ou estoque de segurana

    denominado tambm estoque mnimo a quantidade mnima possvel capaz de suportar um

    tempo de ressuprimento superior ao programado ou com, um consumo desproporcional.

  • 13

    Rocha (1996), analisa o ponto de pedido como sendo um planejamento

    onde o lucro da empresa pode ser expresso atravs do percentual sobre o investimento e o seu

    retorno acontece com a venda de determinada quantidade de produtos que precisam ser

    fabricados num montante que possibilite o lucro desejado. As empresas buscam sempre

    maximizar o lucro e para tanto procuram reduzir seus custos, melhorando assim seu

    desempenho econmico. Um modo de reduzir custos atravs do dimensionamento do lote

    econmico de produo, fabricado com menor despesa. Isso s possvel por meio da queda

    nos custos, ocasionada pelo acrscimo da quantidade produzida, e pelo aumento de receita

    proveniente da venda dessa produo adicional.

    Para Dias (1993), uma das informaes bsicas de que se necessita

    para calcular o estoque mnimo o tempo de reposio, isto , o tempo gasto desde a

    verificao de que o estoque precisa ser reposto at a chegada efetiva do material no

    almoxarifado da empresa. Em virtude de sua grande importncia, este tempo deve ser

    determinado de modo mais realista possvel, pois as variaes ocorridas durante esse tempo

    podem alterar toda a estrutura do sistema de estoque.

    Na viso de Chambers (1999), o ponto de pedido, chamado por ele de

    lote econmico de compra, uma das abordagens mais comuns para decidir quanto de um

    determinado item pedir, quando o estoque precisa de reabastecimento. Essa abordagem

    encontra o melhor equilbrio entre as vantagens e desvantagens de se manter materiais no

    estoque.

    4.3 Classificao ABC ou Curva de Pareto e Material Requiriments Planning (MRP).

    H vrias ferramentas que auxiliam o administrador na hora de avaliar

    e controlar um estoque dentro de uma empresa seja ela de porte grande, mdio ou pequeno,

    so os conhecidos programas: Classificao ABC ou Curva de Pareto e Material Requiriments

    Planning (MRP).

    O princpio da classificao ABC ou curva 80 20 atribudo a

    Vilfredo Paretto, um renascentista italiano do sculo XIX, que em 1897 executou um estudo

    sobre a distribuio de renda. Atravs deste estudo, percebeu-se que a distribuio de riqueza

  • 14

    no se dava de maneira uniforme, havendo grande concentrao de riqueza (80%) nas mos de

    uma pequena parcela da populao (20%).

    A partir de ento, tal princpio de anlise tem sido estendido a outras

    reas e atividades tais como a industrial e a comercial, sendo mais amplamente aplicado a

    partir da segunda metade do sculo XX.

    O desenvolvimento e a utilizao de computadores cada vez mais

    baratos e potentes tem possibilitado o surgimento de "softwares mais amigveis" que

    conduzem ao rpido e fcil processamento do grande volume de dados, muitas vezes requerido

    por este tipo de anlise, principalmente em ambientes industriais.

    A curva ABC tem sido bastante utilizada para a administrao de

    estoques, para a definio de polticas de vendas, para o planejamento da distribuio, para a

    programao da produo e uma srie de problemas usuais de empresas, quer sejam estas, de

    caractersticas industriais, comerciais ou de prestao de servios.

    Trata-se de uma ferramenta gerencial que permite identificar quais

    itens justificam ateno e tratamento adequados quanto sua importncia relativa.

    Moura (1989), constatou que a anlise da Curva ABC (ferramenta

    utilizada para a anlise de um estoque), pode ser aplicada em diferentes situaes... Baseado

    nos fatores de nveis de estoque e grau de obsolescncia podemos extrair das fases de

    planejamento subsdios que aliados ao sistema de controle, estabelece dados consistentes sobre

    o fornecimento e a demanda dos estoques.

    De posse destes dados, utilizamos o Sistema ABC como ferramenta

    para a classificao de itens e previso de estoque, tambm usamos os mtodos cientficos

    MRP, Ponto de Pedido e Lote Econmico, pois os mesmos nos auxiliam nas tomadas de

    decises para obteno de solues dos problemas em questo, ou seja, quanto e quando

    comprar, e o qu devem permanecer em estoque. (MOURA, 1989).

    Segundo Rocha (1996), a classificao ABC um mtodo de controle

    de estoque no qual os materiais so separados por classe A, B e C. Assim sendo os materiais

    da classe A so aqueles que mesmo em pequena quantidade fsica imobilizam grande volume

    de dinheiro (capital), j os da classe C aquela formada por um grande nmero de itens com

    despesa de aquisio pequena, 65% dos itens so responsveis por 5% do capital empatado.

  • 15

    Para Viana (2002), a Curva ABC o mtodo pelo qual se determina a

    importncia dos materiais em funo do valor expresso pelo prprio consumo num perodo

    estabelecido.

    Na viso de Ching (2001), tanto o capital empatado nos estoques como

    os custos operacionais podem ser diminudos, se entendermos que nem todos os itens

    estocados merecem a mesma ateno pela administrao ou precisam manter a mesma

    disponibilidade para satisfazer aos clientes. O mtodo da Curva ABC atende a este propsito,

    baseando-se no raciocnio do diagrama de Pareto, em que nem todos os itens tem a mesma

    importncia e a ateno deve ser dada para os mais significativos. Grosso modo, 20% em

    quantidade (de qualquer item) responsvel por 80% do valor (deste item). Assim 20% dos

    clientes da empresa representam 80% das vendas realizadas; 20% dos produtos so

    responsveis por 80% das vendas de todos os produtos.

    J para Martins et al. (2003), a anlise ABC umas das formas mais

    usuais de se examinar estoques. Essa anlise consiste na verificao, em certo espao de

    tempo, do consumo em valor monetrio ou quantidade dos itens em estoque, para que eles

    possam ser classificados em ordem decrescentes de importncia.

    Verifica-se, portanto, que, uma vez obtida a seqncia dos itens e sua

    classificao ABC, disso resulta imediatamente a aplicao preferencial das tcnicas de gesto

    administrativas, conforme a importncia dos itens.

    O conceito de curva ABC, segundo Ballou (1993), deriva da

    observao dos perfis de produtos em muitas empresas, a maior parte das vendas gerada por

    relativamente poucos produtos da linha comercializada.

    Para Pozo (2002), a utilizao da Curva ABC extremamente

    vantajosa, porque se pode reduzir as imobilizaes em estoques sem prejudicar a segurana,

    pois ela controla mais rigidamente os itens classe A, (superficialmente) os de classe C.

    Para Dias (1993), a Curva ABC um importante instrumento para o

    administrador; ela permite identificar aqueles itens que justificam ateno e tratamento

    adequado, quanto a sua administrao. Obtm-se a Curva ABC atravs da ordenao dos itens

    conforme a sua importncia.

    Em qualquer estoque que contenha mais de um item, alguns itens

    sero mais importantes para a organizao do que outros. Alguns, por exemplo, podem ter

  • 16

    uma taxa de uso muito alta, de modo que, se faltassem, muitos consumidores ou clientes

    ficariam desapontados com a empresa. Outros itens, porm, podem apresentar valores

    particularmente altos, de modo que os nveis de estoque excessivos seriam caros. Uma forma

    comum de discriminar diferentes itens do estoque fazer uma lista deles, de acordo com sua

    movimentao de valor (sua taxa de uso multiplicada por seu valor individual), esse seria na

    viso de Chambers (1999), a definio da classificao ABC.

    Para Moacir Pereira (2003), classicamente uma anlise ABC consiste

    da separao dos itens de estoque em trs grupos de acordo com o valor de demanda anual, em

    se tratando de produtos acabados, ou valor de consumo anual quando se tratarem de produtos

    em processo ou matrias-primas e insumos. O valor de consumo anual ou valor de demanda

    anual determinado multiplicando-se o preo ou custo unitrio de cada item pelo seu consumo

    ou sua demanda anual.

    Assim sendo, como resultado de uma tpica classificao ABC,

    surgiro grupos divididos em trs classes. Uma classificao ABC de itens de estoque tida

    como tpica apresenta uma configurao na qual 20% dos itens so considerados A e que estes

    respondem por 65% do valor de demanda ou consumo anual. Os itens B representam 30% do

    total de nmero de itens e 25% do valor de demanda ou consumo anual. Tem-se ainda que os

    restantes 50% dos itens e 10% do valor de consumo anual sero considerados de classe C.

    O Sistema ABC, conhecido tambm como Curva de Pareto, surgiu

    para identificar e indicar solues e aes para um controle adequado, sua metodologia

    extremamente vantajosa, pois, reduz as imobilizaes em estoque sem prejudicar a segurana

    do mesmo. Por estar dividido em 3 classes, ele controla rigidamente os itens de Classe A, onde

    se trata dos mais altos custos e controla de forma superficialmente os de Classe C onde se

    encontra a maior parte do estoque, porem a de menor custo total, conforme mostra a Figura 1.

  • 17

    Figura1.- Curva ABC e seu percentual.

    Atravs de todos estes controles surge para ajudar e facilitar as

    decises, um programa de produo que ir determinar o que, quando e quanto comprar ou

    produzir de materiais e conjuntos acabados. o Material Requiriments Planning (MRP), com

    ferramentas que visam ajudar o administrador a comprar e produzir apenas o necessrio e no

    momento exato para eliminar estoque e evitar falta de peas, baseando-se nos tempos de

    operaes e nos lead time, calculando os prazos para a utilizao de cada um deles.

    Material Requiriments Planning (MRP) ou planejamento das

    necessidades de materiais uma tcnica que permite determinar as necessidades de compras

    dos materiais que sero utilizados na fabricao de um certo produto, conforme Martins et al.

    (2003).

    J na anlise de Pozo (2002), MRP um programa que permite, com

    base na deciso de elaborar um programa de produo de itens e/ou conjuntos, determinarmos

    o que, quando, quanto comprar e produzir de materiais e conjuntos acabados. O MRP visa

    ajudar o administrador comprar e produzir apenas o necessrio e no momento exato para

    eliminar o estoque.

    A funo de planejar estoque fator primordial em uma boa

    administrao. O envolvimento dos almoxarifados de matria-prima e almoxarifados

    auxiliares e produtos acabados so de extrema necessidade para um controle financeiro do

    estoque.

  • 18

    A viso de uma poltica de estoque assegurar o suprimento

    adequado, manter o estoque o mais baixo possvel para atender as necessidades de vendas,

    identificar e eliminar o estoque obsoleto, prevenir perdas, danos, extravios ou o mau uso.

    Na viso de Dias (1993), MRP um sistema que integra as funes de

    planejamento empresarial, previso de venda, planejamento de recursos produtivos, programa-

    mestre de produo, planejamento das necessidades de materiais, planejamento das

    necessidades de produo, controle e acompanhamento da fabricao, compras e

    contabilizao dos custos. Para Dias (1993), o MRP ainda tem a funo de criar e manter a

    infra-estrutura da informao industrial, que inclui o cadastro de material, a estrutura de

    informaes industriais, a estrutura de produto (como lista de material), saldo de estoque,

    ordem em aberto, rotinas de processos, capacidades do centro de trabalho.

    MRP para Chambers (1999), que permite as empresas o calculo de

    quantos materiais de determinados tipos sero necessrios e em qual momento. Para isso, ele

    utiliza os pedidos em carteira, assim como uma previso para os pedidos que a empresa acha

    que ir receber. O MRP verifica, ento, todos os ingredientes ou componentes que so

    necessrios para completar esses pedidos, garantindo que sejam providenciados a tempo.

    Com base na lista de material obtida da folha de operao de produtos

    ou conjuntos e com dados de quantidade vendida, calculam-se as necessidades para a

    produo de acordo com o pedido, verificando a disponibilidade de itens em estoque. Quando

    h falta de material, parcial ou total, ele emite a requisio de compra dos itens em falta ou se

    caso o item seja fabricado, o sistema permite a emisso de uma ordem de fabricao para o

    item.

  • 19

    5 METODOLOGIA

    Para desenvolvimento da presente pesquisa foram utilizados os

    seguintes mtodos:

    5.1 Anlise de documentos:

    Analisaram-se dados da evoluo do controle de estoque dos

    apontamentos de uma empresa de aviao, portanto, utilizando-se de dados primrios.

    5.2 Pesquisa de bibliografia:

    Foram analisados livros, e outros artigos e fontes sobre o assunto,

    criando embasamento conceitual para anlise de dados obtidos e redao do trabalho.

    5.3 Entrevistas:

    Realizou-se um questionrio aberto para a obteno de confirmao de

    dados e informaes com os responsveis e tambm com colaboradores que trabalham na rea.

    5.4 Redao:

    Para redao do trabalho, foram utilizados computadores, impressoras

    e programas de Microsoft Word.

  • 20

    6 RESULTADOS

    6.1 Histrico.

    Em uma empresa de Aviao Indstria Aeronutica Neiva, situada

    na cidade de Botucatu estado de So Paulo, foco deste estudo, o controle de estoque acontece,

    nos dias de hoje, baseados nos mtodos do programa Material Requiriments Planning (MRP),

    e outros programas similares.

    A Indstria Aeronutica Neiva uma das mais importantes

    subsidirias da Embraer, responsvel pela fabricao do EMB 120 Braslia, alm de aeronaves

    leves e componentes e subconjuntos para a famlia ERJ 145. Localizada em Botucatu, estado

    de So Paulo, est instalada em uma rea de 249.600 m2, com rea construda de 37.438 m2 e

    uma equipe de 1298 funcionrios.

    A linha de produtos da empresa inclui componentes aeroespaciais,

    painis eltricos e metlicos, equipamentos de apoio ao solo, bem como a fabricao de partes

    e componentes para os avies da Embraer, peas e componentes para as famlias ERJ145 e

    EMBRAER 170/190; produo do EMB202 Ipanemo e tambm peas, componentes e

    montagem industrial do ALX/Super Tucano. J foram fabricadas pela empresa aeronaves

    como EMB-120 Braslia, substitudo pela Embraer, por novos modelos com turbinas.

  • 21

    Um dos destaques da Empresa a fabricao dos avies agrcolas

    Ipanema, com motor movido gasolina especial para avies, cujas entregas ultrapassaram a

    quantia de 3800 unidades, durante seus 50 anos de existncia. E lanados recentemente, com

    muito sucesso, o Ipanemo com motor movido a lcool hidratado, o mesmo combustvel dos

    carros, com mais potencia, ecologicamente correto e que gera uma economia superior a 50%.

    6.2 Estudo do Controle de Estoque.

    A Embraer formada por quatro unidades sendo que todas elas

    operam seus estoques de forma integrada, onde qualquer uma, necessitando de um

    determinado material que no tenha em estoque pode solicitar via sistemas a qualquer unidade.

    Para isso utilizado o programa de gerenciamento de estoque (MRP),

    gerando um arquivo semanalmente, aos sbados, e emitido um Relatrio de Visibilidade.

    Este relatrio obtido, utilizando-se as tabelas do banco de dados de

    um sistema chamado por CICS (programa prprio, uso exclusivo, conhecido como legado)

    de onde so extrados os itens com consumo programado para o perodo de duas semanas a

    partir da data do relatrio. Este relatrio executado na Embraer por um funcionrio da Neiva,

    que trabalha naquela sede.

    Este relatrio executado semanalmente, as segundas-feiras, e enviado

    a Gerencia de Suprimentos/Setor de Programao (GSU/SPR) atravs de e-mail para o analista

    de suporte de informtica do Setor de Programao (SPR), conforme demonstra o fluxograma

    na Figura2.

  • 22

    Figura 2: Fluxograma da execuo de relatrio entre Neiva e Embraer.

    Todos os itens a serem Consumidos no perodo de duas semanas

    Relatrio Visibilidade

    Executa na

    Embraer

    Programa CICs

    (Legado) Neiva

    Envia para Neiva SPR

    O analista de suporte de informtica distribui o relatrio aos

    planejadores de material que executam a anlise dos itens. Esta anlise feita da seguinte

    maneira:

    Com base no relatrio emitido, todos os itens com estoque considerado

    baixo, so analisados pelo planejador, verificando o estoque em todas as unidades atravs do

  • 23

    sistema SAP (Sistemas, Aplicaes e Produtos para Processamento de Dados). Se houver

    estoque em uma das unidades disponvel, ele far um pedido de transferncia via sistema, (o

    mesmo utilizado para analise), solicitando a quantidade suficiente para dois meses de

    produo.

    Depois de efetuado o pedido de transferncia, os itens so controlados

    em follow-up dentro do sistema Access. Caso no haja estoque suficiente em nenhum

    almoxarifado, o planejador verifica se h um material alternativo (material autorizado pela

    engenharia de produo, como substituto ou similar ao item controlado). Se no houver

    estoque, nem alternativo o planejador inclui o item no mdulo de acionamento.

    A Figura 3 mostra a analise de verificao do estoque e seu

    alternativo.

    Sim No

    Transferir Tem alternativo?

    Sim No

    Incluir o item no mdulo de acionamento.

    Item em estoque?

    Figura 3: Fluxograma de localizao de um item ou seu alternativo no estoque.

    No mdulo de acionamento, (ferramenta esta que serve para

    acompanhamento de itens faltantes, prazos de fabricao e prazo de entrega daqueles a serem

    colocados na produo para a montagem dos conjuntos e subconjuntos do avio), so

    alimentadas as informaes dos materiais faltantes, onde so cadastrados: cdigos dos

  • 24

    produtos, quantidade e prazo de entrega necessrio para que as peas estejam disponveis para

    uso na linha de produo. Estas informaes so utilizadas pelo departamento de Compras,

    que aps contato com os fornecedores, alimentam os campos do mdulo de acionamento

    abastecendo informaes corretas de datas para entrega do material.

    Aps a incluso no mdulo de acionamento, o item tambm ser

    controlado em follow-up.

    6.2.1 Como Tudo Comeou.

    Porm, no inicio das atividades desta empresa na cidade, no eram

    bem assim que funcionavam estes controles.

    Havia uma equipe responsvel pelo controle de todos os materiais

    necessrios para a produo intermediria ou final do produto, conjunto ou subconjunto

    fabricado.

    Essa equipe era formada por cinco colaboradores, que atravs de

    fichas controladoras, tambm conhecidas como Kardex, analisavam e alimentavam todos os

    dados essenciais para uma programao sem riscos futuros.

    Kardex se trata de um ficha, na qual o operador tem o auxilio de

    conhecer a disponibilidade do material em estoque, permitir a anlise quando necessrio,

    emitir um pedido de reposio, conhecer o valor monetrio do estoque e o custo de cada item e

    indicar posteriores desvios ou perdas de material.

    No se estabelecia em definitivo quais seriam as informaes que

    deveriam estar contidas nas fichas de estoque, pois, muitos fatores influenciavam na escolha

    destas informaes, cada empresa adequa sua ficha conforme suas necessidades ou mesmo sua

    poltica.

    Nesta Empresa o Kardex continha dados como, cdigo do material, o

    nmero de srie do avio que utilizaria este material, quantidade que entrava ou saia do

    estoque, alm do fornecedor e o saldo final do estoque.

    Havia tambm um campo onde constava quantidade equivalente ao

    estoque de segurana ou ponto de pedido. Conforme se pode observar no Quadro1.

  • 25

    Quadro1. Ficha de Controle de estoque, tambm conhecido como Kardex.

    FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUES

    Cdigo do

    Produto: Fornecedor: N Serie do Avio: Ponto de

    Pedido:

    ENTRADAS SADAS SALDO

    DATA Histrico Qtde Vr.

    Unit

    Total Qtde Vr.

    Unit

    Total Qtde C.Unit. Total

    01/Out S.Inicial 10 10,00 100,00 10 10,00 100,00

    02/Out Compra 25 12,00 300,00 25 12,00 300,00

    03/Out Requisio 5 10,00 50,00 5 10,00 50,00

    04/Out Saldo At.

    (1)

    5 10,00 50,00

    Saldo At.

    (2)

    25 12,00 300,00

    Saldo

    Total

    30 350,00

    Todas essas fichas eram arquivadas em ordem de cdigo das peas,

    agrupadas por famlias e tambm por srie de avio a ser fabricado, sempre que chegava no

    limite do ponto de pedido era emitida uma requisio de compra em cima da anlise de

    quantidade a ser utilizada, para os prximos avies ou prximas montagens que utilizavam o

    mesmo material.

    Diariamente a equipe analisava uma quantia de fichas, mantendo o

    maior controle possvel de todos os itens contidos no almoxarifado da empresa.

    Por se tratar de um processo manual os responsveis tinham uma

    concentrao muito mais acentuada, facilitando e ajudando a gravao de certos itens. Com

    isso eles conseguiam detectar o perodo em que determinado item poderia vir a faltar, ou a

    quantidade que deveria ser comprado ou transferido, detectava tambm o tempo de analise

    para certos componentes, no ficando no esquecimento dentro do arquivo.

  • 26

    Quando surgiu a informatizao do processo de controle de estoque,

    foi deixado de lado o Kardex, ou mesmo as fichas de controle manual, passando a ser

    digitadas e controladas atravs de programas informatizados, adquiridos pela empresa

    juntamente com a matriz, e, a partir da, comeava-se a controlar tambm os materiais das

    outras unidades dentro do estoque da empresa.

    Os controles de materiais comearam a ser baseados na programao

    de compra, gerados por um sistema informatizado de Administrao de Materiais - Sistema

    ABC (Software empresarial), procedendo reposio do material junto aos fornecedores

    constantes ou no na Lista de Fornecedores Autorizados (L.F.A.).

    Esta lista foi desenvolvida para facilitar o relacionamento com

    determinados fornecedores, auxiliando o programador/comprador na hora de adquirir em

    emergncia, certo cdigo. Com estas listas, facilitou o comprador no momento de decidir por

    qual fornecedor procurar.

    Para itens Constantes na L.F.A., no era feita cotao dos preos, pois,

    o fornecedor era exclusivo do material, ou desenvolvido pela empresa. Com esses

    fornecedores trabalha-se com lista de preos, sendo que estes cumpriam os requisitos de

    qualidade definidos pela empresa.

    J para os itens No Constantes na L.F. A, (materiais comuns, fceis

    de se encontrar no mercado), aps cotao com no mximo trs fornecedores, era adquirido

    aquele que tivesse o melhor preo, prazo de entrega, condies de pagamento e qualidade.

    Os materiais tambm eram controlados atravs da quantidade Mnima

    de Fornecimento, cujo fornecedor estabelecia uma quantidade ou valor mnimo a ser

    adquirido, com faturamento a prazo ou a vista para compras abaixo dos mnimos

    estabelecidos.

    Depois de definido se o fornecedor do produto a ser adquirido era

    constante ou no constante na L.F.A., emitia-se o Pedido de Compra (P.C.), documento oficial

    da empresa para compra de Material nacional. Este Pedido de Compra (P.C.) era emitido pelo

    computador atravs do sistema informatizado, onde constavam:

    1. Dados cadastrais dos fornecedores, tais como: razo social, endereo, etc;

    2. Dados da transportadora;

    3. Almoxarifado de destino;

  • 27

    4. Quantidade do material a ser adquirida;

    5. Unidade de compra do material;

    6. Descrio do material;

    7. Especificao;

    8. Requisitos de qualidade;

    9. Nmero do pedido de compra;

    10. Nmero da conta contbil do material ou servio;

    11. Preo unitrio;

    12. Condies de pagamento;

    13. Data de entrega;

    14. Impostos;

    15. Preo total;

    16. Valor total do pedido de compra;

    17. Observaes pertinentes;

    18. Assinatura do emitente Suprimento Planejamento de Materiais (S.P.M.);

    19. Assinatura de aprovao do pedido de compra pelo gerente da rea de Suprimento e

    Planejamento de Materiais (S.P.M.).

    O Pedido de Compra (P.C.) era enviado ao fornecedor via fax,

    recebendo um carimbo com a data e a hora, confirmando sua transmisso.

    Toda compra era realizada atravs de um ponto de pedido, cujo

    estoque de segurana era de um ms, podendo variar conforme o aumento ou diminuio da

    produo. Esse controle era realizado uma vez por semana avaliando o nvel do estoque, o

    saldo dos materiais, o estoque mnimo, os ltimos pedidos e os consumos mdios, definindo

    quanto seria o pedido novo, podendo os materiais ser nacionais ou importados.

    Para materiais importados as compras eram feitas a cada seis meses,

    mantendo-se um estoque de segurana de dois meses. E o pedido s era feito quando houvesse

    uma grande quantidade de materiais a serem comprados. J os materiais nacionais eram

    comprados a cada quinze dias, ou conforme a necessidade.

    Para se calcular as quantidades de materiais a serem comprados,

    somavam-se os trs ltimos meses, mais o estoque atual, achando-se a mdia (mtodo de

    mdia mvel). Essa mdia era multiplicada por quatro meses (referente h trs meses, mais o

  • 28

    estoque de segurana), menos o saldo em estoque, apurando-se assim a quantidade que se

    deveria comprar.

    Na fabricao de um conjunto ou mesmo um subconjunto, o

    responsvel da diviso de Suprimento e Planejamento de Materiais, com base na quantidade

    mnima de estoque, necessria para atender s necessidades da linha de produo ou no

    Programa de Entrega Mensal (P.E.M.), emitia o Pedido de Compra (P.C.) para o fornecedor

    selecionado na Lista de Fornecedores Autorizados (L.F.A.), especificando-se o Part-Number

    (P/N) do desenho, do item a ser fornecido, encaminhava ao fornecedor o ferramental e/ou a

    matria prima necessria para a fabricao do produto, acompanhados de Ordem de Servio

    (O.S.), Ficha de Fabricao e Inspeo (F.F.I.) e os desenhos, quando necessrio.

    Alm da grande utilidade da curva ABC para confeco do

    inventrio rotativo, a mesma servia tambm para que fosse direcionados o cuidado e

    tratamento especial para os materiais em geral. Na poca era uma das tcnicas mais

    importantes para a classificao e a administrao do estoque.

    O controle de falta de materiais era realizado toda semana. Quando um

    material requisitado no estoque no tivesse saldo suficiente, o almoxarifado paralisava a

    requisio, colocando uma tarja vermelha, que indicava que o material estava em falta.

    A primeira via da requisio era devolvida ao requisitante, a segunda

    via lanada no Relatrio de Itens Paralisados, sendo arquivada no setor de recebimento.

    O Quadro 2 mostra uma requisio de um material que no contem

    saldo em seu estoque, assim sendo paralisada.

  • 29

    Quadro 2. Requisio de um material Paralisado, cujo material no tem saldo no almoxarifado.

    Unidade de

    medida

    REQUISIO DE MATERIAL 1 Via

    N da RQ

    CDIGO DO MATERIAL

    DESCRIO DO MATERIAL

    LOCAL ESTOCADO

    Alm. de Destino

    Quantidade de peas

    N de Srie do

    AvioN da OF

    Tipo de Mov.

    Centro de Matrcula do Requisitante

    Rastriabilidade

    Programa do Avio Observao a ser Anexada

    O Relatrio de Itens Paralisados circulava na diviso de Suprimentos e

    Planejamento de Materiais, para que os compradores agilizem as suas chegadas, ou emita o

    Pedido de Compra, quando ocorrer erro na programao.

    Se o item tivesse compra pendente, o programador de materiais

    anexaria a segunda via ao pedido para que o mesmo fosse entregue imediatamente na sua

    chegada. O material s era entregue ao requisitante mediante a apresentao da primeira via

    paralisada.

    A requisio se tratava de um documento em duas vias, sendo a

    primeira via: branca e a segunda via: amarela, na qual o controlador quando iria solicitar um

    determinado material, podendo este ser consumo (luvas, lixas, uniformes, material no

    utilizado diretamente na composio do avio) ou avio (material indispensvel na fabricao

    de conjuntos ou subconjuntos das aeronaves) do qual no houvesse saldo, o atendente do

    almoxarifado paralisava, ou seja, identificava que o material no tinha em estoque, com um

    carimbo que continha duas tarjas vermelhas, ficando com a via amarela e devolvendo para o

    controlador apenas a via branca, para que quando chegasse o item, a mesma fosse anexada

  • 30

    pela programao e planejamento com a segunda via que j havia sido entregue a este setor

    para anlise de estoque ou compra e transferncia do material desejado, assim novamente ele

    se dirigia ao almoxarifado no qual retiraria seu material desejado quando este j continha saldo

    suficiente em estoque.

    6.2.2 A ajuda da Tecnologia.

    Nos dia de hoje, com a aquisio de novas tecnologias, a empresa filtra

    toda sua falta de material, atravs de sistemas informatizados. Toda semana so gerados

    relatrios de falta de material, subdivididos em categorias:

    Kanbam ou Consumo (Material com custo relativamente baixo,

    considerado comum, utilizado geralmente em todas as montagens);

    PVE (Programa de Venda Embraer) - (Filtra itens que sero fornecidos

    ao programa de vendas ao cliente);

    Matria-Prima (Todas as matrias-primas necessrias para a fabricao

    de conjuntos e subconjuntos pr-determinados durante um certo perodo);

    Inflamveis (Todos os itens considerados inflamveis na composio

    do conjunto ou subconjunto);

    Material Eltrico (Todos os itens de montagem de Cablagem).

    Para itens considerados Kanbam ou Consumo (parafusos, porcas,

    arruelas, rebites, entre outros), o relatrio traz todos os itens que entraram no ponto de pedido,

    relativo a trs meses de consumo. A anlise realizada com ajuda dos sistemas que traro o

    saldo em estoque na matriz (local de onde ser transferido, caso haja saldo suficiente), so

    verificado tambm se o estoque atende tanto a demanda da matriz e da filial.

    Caso no haja estoque ou no cubra a necessidade, o programador

    inclui no mdulo de cobrana, no qual o comprador responsvel pelo item ir cobrar a entrega

    do mesmo.

    No caso das Matrias-primas, o relatrio acusa a falta dos itens

    necessrios para a fabricao de uma pea, na qual ser utilizado na montagem de um

    conjunto ou subconjunto. A anlise em cima da alocao do item nas Ordens de Fabricao

    (OFs), atravs do Legado (CICs), da necessidade real do item para aquela montagem, o

  • 31

    nmero de srie e o programa do avio, e sua disponibilidade em estoque da matriz, para

    eventual transferncia. Caso no haja saldo seguem-se os mesmos padres dos itens de

    consumo.

    Materiais Inflamveis (cola, primer, tintas, solventes, entre outros)

    tambm se seguem os mesmos padres que as demais categorias, s atentando-se ao detalhe

    de lote e data de validade. Verifica-se a necessidade dos itens, porm levando em conta o

    consumo de no mximo dois meses para cada item. Seu consumo deve ser considerado rpido

    no podendo ficar muito tempo o material em estoque.

    A data de validade tambm considera um fator importante, afinal sua

    transferncia no poder ser concluda caso o item esteja com a validade vencida ou para

    vencer, citando no caso de envio o lote correspondente data de validade mais longe. Em caso

    de no haver lotes com a data de validade aceitvel e o estoque ser considerado baixo, o

    programador solicita ao responsvel da unidade com estoque disponvel possibilidade de

    revalidar antes mesmo de uma transferncia do item.

    Material Eltrico (cablagem, cabos, espaguetes, fios, entre outros), so

    controlados atravs de consumo dos ltimos trs meses. Analisa-se a alocao destes itens (em

    quais montagens estes sero utilizados), se so considerados consumos ou pagos em OFs e a

    disponibilidade do lote a ser transferido e estocado. Leva-se em considerao a quantidade,

    por motivo de espaos.

    Todo esse controle visa um estoque seguro, gil, no qual seu custo no

    seja considerado alto e os materiais que ali esto armazenados no se transformem em

    obsoletos.

    Com a facilidade da tecnologia, fica invivel manter no estoque certos

    itens, sendo que sua transferncia ocorrer com agilidade, segurana e preciso, sem afetar

    prazos colocados pela produo.

    Outro fator importante que ocorre neste controle a eliminao de

    estoques em todas as unidades, isto , para componentes que sero utilizados em uma nica

    unidade, a responsabilidade da prpria unidade, que manter seu estoque para atender sua

    necessidade. J para itens considerados comuns em todos as unidades, estes sero divididos

    conforme consumo durante um perodo pr-determinado.

  • 32

    6.2.3 Critrios de Utilizao do Sistema ABC (Curva de Pareto).

    Na empresa em foco o Sistema ABC foi desenvolvido para auxiliar na

    diferenciao dos materiais que ali est estocado em seu almoxarifado, determinando sua

    classificao, baseada em valores e utilizao.

    Com isso os responsveis pelo planejamento e controle de estoque

    podero controlar o fluxo de material, o giro de estoque, o que entra e sa e adquirir, comprar

    ou transferir de outra unidade apenas o necessrio para uso ou mesmo em cima de um ponto

    de pedido, conforme a montagem do avio com relao ao seu nmero de srie.

    6.2.4 Anlise do Desempenho do Sistema ABC no Planejamento e Controle de Estoque.

    Para materiais do grupo A, materiais que necessitam de um maior

    controle face ao volume de circulao, pelo seu alto custo e pela sua fcil deteriorao,

    representam 75% do valor total do estoque. Requer um controle rigoroso, esses materiais no

    so mantidos em estoque devido ao seu valor ser sempre maior que US$ 1.000,00 (Mil

    Dlares). Sua compra feita atravs de programao por avio em fabricao. Exemplos

    desses materiais so a Hlice, o Motor, e outros.

    No grupo B os materiais cujo controle e ativao se realiza

    trimestralmente e seu valor chegava ordem de 20 % do total do estoque. Esses materiais

    tambm no so mantidos em estoque e o seu valor variava entre US$ 100,00 (Cem Dlares) e

    US$ 1.000,00 (Mil Dlares). Sua compra feita tambm por programao de avio em

    fabricao. Exemplo desse material so os instrumentos, entre outros.

    J no grupo C os materiais requerem um controle apenas rotineiro,

    uma vez que seus custos so considerados pequenos. Representam 5% do valor total do

    estoque. Esses materiais so mantidos em estoque, sendo comprado por mdia de avies, o seu

    valor menor que US$ 100,00 (Cem Dlares). Exemplo desses materiais so os hardwares,

    parafusos, porcas, e outros.

  • 33

    6.2.5 Aplicao dos Mtodos Material Requiriments Planning (MRP) e Ponto de Pedido

    (PP) na Indstria Aeronutica.

    O mtodo Material Requiriments Planning (MRP) ou clculo das

    necessidades de materiais so Sistemas de Administrao de Produo (SAP), de grande porte

    utilizado pela empresa em foco, visando auxiliar a programao de materiais com o objetivo

    de permitir o cumprimento dos prazos de entrega dos pedidos dos clientes, com a mnima

    formao de estoques, planejamento de compras e a produo de itens componentes para que

    ocorram apenas nos momentos e nas quantidades necessrias, nem mais, nem menos, nem

    antes, nem depois.

    Esse sistema se baseia no princpio do clculo de necessidades, uma

    tcnica de gesto que permite o clculo, viabilizado pelo uso do computador, nas quantidades

    dos momentos em que so necessrios os recursos de manufatura (materiais, pessoas,

    equipamentos, etc.), para que se cumpram os programas de entrega de produtos, com um

    mnimo de formao de estoques. O clculo de necessidades dos componentes realizado a

    partir das necessidades de produtos finais.

    observado o tempo de ressuprimento de um item (lead-time), o

    tempo decorrido desde a colocao do pedido de compra at o recebimento do material

    comprado. Tratando-se de item fabricado, o lead-time, refere-se ao tempo decorrido desde a

    liberao de uma ordem de produo at que o item fabricado esteja pronto e disponvel para o

    uso.

    De posse destes dados (estrutura do produto e lead-time dos itens),

    alm das necessidades (quantidades e datas) de produtos finais, o responsvel pela anlise

    consegue calcular as necessidades de todos os itens componentes, baseando-se num registro

    bsico que representa a posio e os planos com respeito produo e estoques de cada item,

    seja ele um item de matria-prima, semi-acabado ou acabado, ao longo do tempo.

    O Quadro 3 mostra cada etapa de um registro no programa MRP.

  • 34

    Quadro 3. Registro bsico perodo a perodo do MRP.

    Perodo

    1 2 3 4 5 6

    Necessidades brutas.

    Recebimentos programados.

    Estoque projetado disponvel.

    Plano de liberao de ordens.

    Tempo de Ressuprimento.

    Tamanho do lote.

    Perodo: indica os perodos que o MRP vai considerar para o

    planejamento. Estes perodos podem variar de um dia at um ms, conforme o caso especfico.

    O perodo que parece ser o mais utilizado a semana

    Necessidades brutas: as quantidades que representam a utilizao

    futura ou demanda do item em questo durante cada perodo.

    Recebimentos programados: ordens firmes como, por exemplo, as

    ordens j abertas (reposio de estoque para o item com recebimento programado para o incio

    do perodo).

    Estoque projetado disponvel: a posio e os nveis projetados de

    estoque do item, disponveis ao final de cada perodo.

    Plano de liberao de ordens: ordens planejadas e serem liberadas no

    incio de cada perodo.

    Tempo de ressuprimento: o tempo que decorre entre a liberao de

    uma ordem e a completa disponibilidade do material correspondente para utilizao.

    Tamanho do lote: idealmente, as ordens colocadas seriam do tamanho

    exato necessrio, nem mais, nem menos. Entretanto, a empresa pode optar por trabalhar com

    lotes de produo para fazer frente a eventuais custos fixos em relao quantidade produzida

    (como, por exemplo, os custos de preparao de mquina).

    A figura 4 demonstra detalhadamente o fluxograma das atividades de

    um programa MRP.

  • 35

    Tempo de Ressuprimento: o tempo necessrio e fixado para que possa ser colocada uma ordem de fabricao

    Tamanho do lote: a definio da quantidade de um certo item para que o mesmo, no gere custos alternados, mas supra as necessidades de produo.

    Plano de liberao de ordens: o ponto de pedido de um item, quando este considerado insuficiente.

    Perodo: Inicio das atividades

    Necessidades brutas: Itens em estoque ou em entrega programada.

    Recebimento Programado: Pedido aberto com peas j em fabricao

    Estoque Projetado disponvel: Comparao do estoque com o programado.

    Figura 4: Fluxograma das fases peridicas de um programa MRP.

    O programador dentro desta empresa convenciona-se considerar que o

    perodo presente o incio do perodo um. O estoque disponvel no perodo corrente

    mostrado antes do primeiro perodo. O nmero de perodos no registro chamado horizonte

    de planejamento e representa o horizonte de perodos futuros para os quais planos sero feitos.

  • 36

    Na segunda linha, necessidades brutas, so consideradas as ordens

    firmes de reposio de estoque para o item, nelas esto em perodo e no em termos agregados

    ou mdios. Isto permite que fatores como ciclicidade possam ser considerados. Uma

    necessidade bruta em determinado perodo no ser satisfeita a menos que o item esteja

    disponvel durante aquele perodo. Disponibilidade se consegue tendo o item em estoque ou

    recebendo uma quantidade suficiente atravs de um recebimento programado (resultante da

    existncia de uma ordem firme) ou um recebimento planejado (resultante da existncia de uma

    ordem planejada), a tempo de atender necessidade bruta.

    Outra conveno a respeito de tempo refere-se disponibilidade. O

    item deve estar disponvel no incio do perodo no qual aparece a necessidade bruta. Dessa

    forma, os procedimentos de programao do MRP devem ser feitos de forma tal que qualquer

    ordem deve estar disponvel em estoque no incio do perodo para o qual necessria.

    A linha de recebimentos programados descreve a situao das ordens

    j abertas (firmes) para o item. Essa linha mostra as quantidades referentes s ordens abertas e

    os momentos nos quais se espera que elas sejam completadas. Recebimentos programados so

    resultado de decises previamente tomadas pelo programador e representam uma fonte do

    item para atender as necessidades brutas.

    Recebimentos programados representam um compromisso firme. Para

    uma ordem na fbrica, por exemplo, materiais j tero sido alocados e capacidade nos centros

    produtivos ser necessria para complet-la. A conveno de tempo usada para recebimentos

    programados tambm que os recebimentos ocorram no incio dos perodos.

    A prxima linha da figura a de estoque disponvel projetado. A

    conveno de tempo para esta linha do fim do perodo, isto , a linha representa o balano

    depois de os recebimentos programados e planejados terem sido recebidos e as necessidades

    brutas terem sido satisfeitas. Por este motivo, a linha tem um perodo extra mostrado antes

    do perodo um. Este perodo extra mostra o balano de estoque no perodo presente.

    O balano de estoque disponvel projetado, mostrando em cada

    perodo, est disponvel para atender necessidades brutas do prximo perodo.

    A linha de plano de liberao de ordens determinada a partir da linha

    de estoque disponvel projetado. Sempre que a linha de estoque disponvel projetado

    apresentar uma quantidade que seja insuficiente para satisfazer uma necessidade bruta

  • 37

    (balano negativo), material adicional tem de ser providenciado. Isto feito criando-se uma

    liberao de ordem planejada para um perodo com suficiente antecedncia (dada pelo tempo

    de reposio do item), para permitir que o balano de estoque disponvel projetado no fique

    negativo.

    Supondo que o tempo de ressuprimento do item de uma semana, o

    MRP cria uma ordem planejada no incio da semana quatro. Considerando o tamanho do lote

    de 50 unidades (que devem ficar prontas e disponveis no incio do perodo cinco), o estoque

    disponvel projetado ao final da semana cinco de 41 unidades (com isso haver uma ordem

    mnima de nove unidades necessria para evitar que o balano de estoque desse negativo;

    como o tamanho de lote 50, resulta um balano positivo de 41).

    O MRP produz liberaes de ordens planejadas como o resultado

    aritmtico da situao das necessidades brutas, recebimentos programados e estoque

    disponvel projetado. Quando uma ordem projetada se encontra no perodo presente, isto

    significa que ela est no perodo de ao. Uma quantidade referente a uma ordem planejada

    no perodo de ao significa que alguma ao necessria, para que se evitem problemas

    futuros (como faltas de material). A ao tomada pelo programador liberar, abrir a ordem, o

    que a converte em recebimento programado no registro do MRP.

    O recebimento das ordens planejadas no mostrado na linha de

    recebimentos programados porque elas ainda no foram liberadas para a produo ou compra.

    Nenhum material foi ainda comprometido com sua manufatura. Trata-

    se apenas de um plano, com uma inteno de produzir ou comprar, que , portanto, cancelvel

    ou altervel, no caso de ocorrncia futura de um evento que justifique tais aes. J no caso de

    recebimentos programados, a alterao implica descontinuao de aes j iniciadas, no

    sendo alteradas de forma automtica pelo sistema. Para que seja possvel a alterao de um

    recebimento programado, em geral o programador tem de intervir nos registros do sistema.

    O entendimento do funcionamento do registro bsico do MRP

    fundamental para o entendimento do sistema como um todo. o registro bsico, tambm, que

    vai permitir o encadeamento lgico, entre os diversos itens componentes de um produto, neste

    caso item aeronutico.

    A idia de estabelecer tamanhos mnimos de lotes maiores que a

    unidade tem por objetivo a reduo dos custos fixos envolvidos com atender a uma ordem de

  • 38

    produo ou compra. Os custos fixos referem-se queles custos que ocorrem a cada vez que se

    emite e executa uma ordem, independente do seu tamanho. No caso de uma ordem de

    produo, um exemplo de custo fixo o custo de fabricao de um conjunto ou subconjunto.

    No caso de uma ordem de compra, um exemplo de custo fixo o custo do pedido. A empresa

    optou, ento, por tentar diluir estes custos, produzindo, por exemplo, sempre determinada

    quantidade mnima de peas, a cada vez que realiza a fabricao de um conjunto ou

    subconjunto, mesmo que esta quantidade mnima supere a quantidade dada estritamente pela

    necessidade lquida calculada. Dessa forma, a empresa pode reduzir os tempos gastos na

    preparao e, portanto, aumentar a taxa de utilizao de seus equipamentos. Por outro lado,

    trabalhando com lotes de produo maiores, a empresa enfrenta um sistema de produo que

    carregar nveis mais altos de estoque em processo, com todas as desvantagens

    correspondentes (custos financeiros, administrativos e outros), de se manterem os nveis mais

    altos de estoques, alm dos custos mais dificilmente quantificveis, como aqueles decorrentes

    da capacidade que os estoques tm de esconder ineficincias no processo.

    Desta forma se torna cada vez mais importante que se frise que o

    aumento do tamanho dos lotes pode ajudar o sistema produtivo a conviver melhor com os

    custos fixos decorrentes do atendimento das ordens. Entretanto, na viso moderna da Empresa,

    os sistemas de produo no se devem conviver com a ineficincia antes de se esgotarem as

    possibilidades de elimin-la. Neste caso as aplicaes deste conceito so feitas pelos

    administradores do sistema de produo, seriamente a respeito destes custos fixos, no sentido

    de tentar reduzi-los ou elimin-los.

    No caso de itens comprados, questionado pelo programador e

    comprador h possibilidade de negociar com o fornecedor a entrega de lotes menores, com

    maior freqncia, de modo a reduzir a quantidade de estoques de matrias - primas mantidas

    no sistema.

    Para isso a empresa est desenvolvendo um programa no qual

    terceirizar a fabricao de vrios itens, os quais considerados no agregadores de valores ao

    produto final.

    Com este programa est sendo criando uma nova rea na qual focado

    toda atividade, o setor de Subcontratos, no qual itens usinados esto deixando de ser

    produzidos pela empresa e sendo passados para parceiros desenvolvidos pela unidade.

  • 39

    Assim a equipe fica centrada em definir fornecedores qualificados e

    tambm definir lotes econmicos dos quais no ser preciso ter estoques considerados

    inchados, pois, no momento em que h parceiros que cumpram as exigncias da empresa a

    fabricao e a entrega sero no prazo pr-determinado.

  • 40

    7 CONCLUSO

    Com base neste estudo, no qual foram verificadas as importncias do

    planejamento e controle de estoques aliados aplicao do Sistema ABC e a utilizao de

    mtodos cientficos como o MRP e o Ponto de Pedido, pode-se dizer que este conjunto fornece

    as principais ferramentas para a administrao de materiais no sentido de reduzir custos no

    processo produtivo.

    Foi observado que ajustes nos sistemas podem e devem ocorrer

    quando as diretrizes traadas sofrem desvios considerveis, as mesmas sero corrigidas

    segundo os nveis de planejamento. Com relao s adaptaes que os sistemas sofrem para

    cada empresa, podemos dizer que elas devem ser analisadas e totalmente testadas antes das

    suas implantaes.

    Atravs deste estudo pde verificar-se a diversa forma ou mesmo,

    mtodos de alterao e adaptao dos sistemas utilizados no controle de estoque. Suas

    evolues, tecnologias e outros fatores de extrema importncia para a reduo de estoque

    mesmo com cumprimento a metas aplicadas e o atendimento ao cliente com eficcia.

    Porm algumas dificuldades foram encontradas no decorrer da

    realizao do trabalho, como principal fator falta de acesso ou mesmo autorizao para

  • 41

    explorar programas especficos para agregar-se ao trabalho como as telas de software

    utilizados na execuo de tarefas e outras.

    Com isso tornaram-se limitadas algumas informaes das quais

    poderiam facilitar ou complementar a explicao de tpicos constantes no trabalho.

    A Manuteno regular dos nveis de estoques um fator determinante

    para minimizar custos e ganhar tempo no processo de produo, contribuindo para o sucesso

    de qualquer empresa. Neste contexto, percebe-se a grande importncia em adotar sistemas de

    controle de estoque eficazes, que tragam resultados positivos organizao.

    Dentre esses, pode-se destacar os sistemas de clculos de

    necessidades, uma vez que permitem o cumprimento dos prazos de entrega dos pedidos dos

    clientes, com a mnima formao de estoques, planejamento de compras e a produo de itens

    componentes para que ocorram apenas nos momentos e nas quantidades necessrias, nem

    mais, nem menos, nem antes, nem depois.

    Uma das principais vantagens na utilizao desses sistemas refere-se a

    sua natureza dinmica. um sistema que reage bem s mudanas. Esta uma condio que se

    torna importante a cada dia, num ambiente competitivo e turbulento, onde as estruturas de

    produtos sejam complexas, com vrios nveis e em que as demandas sejam instveis.

    Esses sistemas de controle de estoque fornecem aos usurios uma

    grande quantidade de informaes, que bem aproveitadas, podero trazer inmeros benefcios

    para a empresa.

    Com a concluso deste trabalho, pode-se ter uma base inicial para

    novos trabalhos sobre este tema, podendo servir de inspirao para o desenvolvimento futuro

    que podero conter novas pesquisas e aprofund-las mais, enriquecendo o contedo sobre o

    assunto.

  • 42

    8 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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    Distribuio Fsica, 1 ed. So Paulo: Atlas, 1993. 388p.

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    Logstica, 2 ed. So Paulo: Atlas, 2002. 195p.

  • 43

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