contabilidade publica iii

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PLANEJAMENTO Conceito O planejamento uma ferramenta administrativa, que possibilita perceber a realidade, avaliar os caminhos, construir um referencial futuro, estruturando o trmite adequado e reavaliar todo o processo a que o planejamento se destina. De acordo com o artigo 6 do Decreto-Lei 200/1967, as atividades da Administrao Federal obedecero aos seguintes princpios fundamentais: Planejamento, Coordenao, Descentralizao, Delegao de Competncia e Controle. De acordo com a CF/88: Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econmica, o Estado exercer, na forma da lei, as funes de fiscalizao, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor pblico e indicativo para o setor privado. Ainda, em seu artigo 165, os instrumentos de planejamento so: Plano Plurianual (PPA) , Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO) e Lei Oramentria Anual (LOA) . Segundo a Lei Complementar 101/2000: Art. 1 Esta Lei Complementar estabelece normas de finanas pblicas voltadas para a responsabilidade na gesto fiscal, com amparo no Captulo II do Ttulo VI da Constituio. 1 A responsabilidade na gesto fiscal pressupe a ao planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilbrio das contas pblicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obedincia a limites e condies no que tange a renncia de receita, gerao de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dvidas consolidada e mobiliria, operaes de crdito, inclusive por antecipao de receita, concesso de garantia e inscrio em Restos a Pagar. ( grifos meus ) 2 As disposies desta Lei Complementar obrigam a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios. (grifo meu )

Processo integrado de planejamento e oramento O ciclo oramentrio ou processo oramentrio pode ser definido como um processo contnuo, dinmico e flexvel, atravs do qual se elabora, aprova, executa, controla e avalia os programas do setor pblico nos aspectos fsicos e financeiro, corresponde, portanto, ao perodo de tempo em que se processam as atividades tpicas do oramento pblico. O denominado Ciclo Oramentrio compreende processos legislativos distintos que resultam em vrios diplomas legais. As regras inseridas na Constituio relativas matria oramentria esto dispostas na Seo II "Dos Oramentos". Tais normas constituem um subsistema normativo com tal gama de peculiaridades que levaram o constituinte a prever expressamente no 7 do art. 166, ao tratar da apreciao da proposta oramentria: "Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que no contrariar o disposto nesta seo, as demais normas relativas ao processo legislativo". Tal subsistema jurdico peculiariza-se pela periodicidade do processo oramentrio, que ao contrrio de outros subsistemas, como penal, civil, comercial ou tributrio, renova-se a cada perodo, podendo ser anual, caso da lei oramentria e da lei de diretrizes oramentrias, ou quadrienal, caso do plano plurianual, ou mesmo de perodo maior como os planos nacionais setoriais, a exemplo do destinado educao, que tem horizonte temporal de oito anos. O denominado ciclo oramentrio no se restringe ao tradicional ciclo de produo legislativa, consistente na preparao e apresentao da proposta oramentria pelo Poder Executivo, sua deliberao e aprovao pelo Poder Legislativo e final sano, ou veto, promulgao e publicao, aps o que inicia-se a execuo e finda com a prestao de contas. As leis do PPA, LDO e LOA constituem um conjunto orgnico, hierarquizado e articulado no tempo, tendo como princpio bsico o planejamento e a coordenao da ao de governo, por fora do art. 165 da Constituio. Instrumentos de materializao das polticas pblicas das trs esferas da Federao. Precede a fase prpria da LOA a etapa relativa ao PPA e LDO. A discusso e votao do PPA, por sua vez, deve anteceder LDO, tanto por fora de dispositivo constitucional quanto pela prpria

lgica e oportunidade. A introduo desses mecanismos na Constituio de 1988 teve como orientao dar maior transparncia, racionalidade e previsibilidade aos gastos pblicos. A aprovao do PPA apresenta-se como pressuposto necessrio validade dos investimentos insertos na lei oramentria e cuja execuo ultrapasse um exerccio financeiro, incidindo o gestor pblico no crime de responsabilidade pela sua no observncia, nos estritos termos do art. 167, 1, da Carta Poltica. O art. 165, 7, determina a fiel compatibilidade da lei oramentria, nas esferas fiscal e de seguridade, com o Plano Plurianual. J o art. 166, 3, decreta a necessria compatibilidade das emendas apresentadas pelos parlamentares com o PPA e com a LDO, a qual o prprio nome indica o papel de orientadora na elaborao da lei oramentria, como estabelecido no art. 165, 2. A doutrina denomina tais leis de leis reforadas por serem possuidoras de eficcia derrogatria de lei posterior, necessrio ao encadeamento legal PPA-LDO-LOA. O PPA e a LDO apesar de leis ordinrias, pois submetidas a processo legislativo ordinrio e a quorum simples para votao, tm carter de normas supraordenadoras em relao lei oramentria, e o PPA supraordenador LDO. Suas imperatividades decorrem de previso constitucional expressa, caso dos dispositivos mencionados acima. So tais lei portadoras de valor normativo qualificado, sua inobservncia pela lei oramentria acarreta a denominada "ilegalidade" desta lei ou "inconstitucionalidade indireta". Com o intuito de dar organicidade e sistematizao a este sistema de normas oramentrias a Constituio no art. 165, 9, I, explicita caber lei complementar "dispor sobre o exerccio financeiro, a vigncia, os prazos, a elaborao e a organizao do plano plurianual, da LDO e da LOA", e, em seu inciso II: "estabelecer normas de gesto financeira e patrimonial da administrao direta e indireta, bem como condies para a instituio e funcionamento de fundos". Na ausncia da lei complementar prevista no art. 165, 9, I e II, e em especial no tocante periodicidade e outras questes relativas vigncia da lei oramentria, a Lei 4.320/64, foi recepcionada pela Superlei como lei complementar. Tal lei, em seu art. 2, estabelece a observncia do princpio da anualidade para a lei oramentria. Ainda no mesmo diploma legal, os arts. 34 e 35

determinam que o exerccio financeiro coincida com o ano civil, pertencendo-lhe as receitas nele arrecadadas e as despesas nele legalmente empenhadas. O constituinte de 88, certamente prevendo a morosidade que peculiar ao processo legislativo brasileiro, tratou dos prazos para tramitao de projetos de lei relativos s matrias de cunho oramentrio no Ato das Disposies Constitucionais Transitrias ADCT, art. 35, 2 Emendas aos projetos de PPA,LDO e LOA Segundo a CF?1988: Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, s diretrizes oramentrias, ao oramento anual e aos crditos adicionais sero apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. ..... 2 - As emendas sero apresentadas na Comisso mista, que sobre elas emitir parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenrio das duas Casas do Congresso Nacional. 3 - As emendas ao projeto de lei do oramento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso: I - sejam compatveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes oramentrias; II - indiquem os recursos necessrios, admitidos apenas os provenientes de anulao de despesa, excludas as que incidam sobre: a) dotaes para pessoal e seus encargos; b) servio da dvida; c) transferncias tributrias constitucionais para Estados, Municpios e Distrito Federal; ou III - sejam relacionadas: a) com a correo de erros ou omisses; ou b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. 4 - As emendas ao projeto de lei de diretrizes oramentrias no podero ser aprovadas quando incompatveis com o plano plurianual. 5 - O Presidente da Repblica poder enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificao nos projetos a que se refere este artigo enquanto no iniciada a votao, na Comisso mista, da parte cuja alterao proposta.

O Presidente de Repblica poder rejeitar as emendas do Legislativo ao projeto de lei oramentria anual (veto parcial ou total). O Congresso Nacional apreciar o veto presidencial, podendo rejeit-lo, pela maioria absoluta dos deputados e senadores, em voto secreto, o que determinar a devoluo do projeto anteriormente aprovado pelo Legislativo para promulgao do Executivo. O Sistema de Planejamento e Oramento Federal As atividades de planejamento, oramento e coordenao tm como rgo central o Ministrio do Planejamento Oramento e Gesto - MP e divide-se em dois subsistemas: Subsistema de PlanejamentoO Subsistema de Planejamento tem como rgo central a Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratgicos SPI com os seguintes objetivos principais: elaborar, supervisionar a execuo, acompanhar fsica e financeiramente e avaliar planos e programas nacionais e setoriais de desenvolvimento econmico e social; coordenar a elaborao dos projetos de lei do plano plurianual e o item, metas e prioridades da Administrao Pblica Federal, integrantes do projeto de lei de diretrizes oramentrias, bem como de suas alteraes, compatibilizando as propostas de todos os Poderes, rgos e entidades integrantes da Administrao Pblica Federal com os objetivos governamentais e os recursos disponveis; assegurar que as unidades administrativas responsveis pela execuo dos programas, projetos e atividades da Administrao Pblica Federal mantenham rotinas de acompanhamento e avaliao da sua programao; manter sistema de informaes relacionados a indicadores econmicos e sociais, assim como mecanismos para desenvolver previses e informao estratgica sobre tendncias e mudanas no mbito nacional e internacional; identificar, analisar e avaliar os investimentos estratgicos do Governo, suas fontes de financiamento e sua articulao com os investimentos privados, bem como prestar o apoio gerencial e institucional sua implementao; realizar estudos e pesquisas scio-econmicas e anlises de polticas pblicas; e estabelecer polticas e diretrizes gerais para a atuao das empresas estatais. Subsistema de Oramento A Secretaria de Oramento Federal a unidade administrativa encarregada do subsistema de oramento, que visa dar suporte ao Sistema de Planejamento e tem como funo elaborar e consolidar o Oramento Geral da Unio conforme

os objetivos e metas gerais do Governo Federal, dotando de recursos os programas de trabalho de acordo os objetivos e metas estabelecidos.

PLANO PLURIANUAL (PPA) O Plano Plurianual PPA a lei de maior alcance no estabelecimento das prioridades e no direcionamento das aes do governo, para um perodo de quatro anos. De forma regionalizada, dispe sobre as diretrizes, os objetivos e as metas da Administrao Pblica federal, ... para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de durao continuada. Cabe destacar que o Plano Plurianual o instrumento que explcita a viso do governo quanto ao desenvolvimento do Pas. Nesse sentido, traduz, de um lado, o compromisso entre as estratgias e o projeto de futuro e, de outro, a alocao real e concreta dos recursos oramentrios nas funes, nas reas e nos rgos pblicos. Esse instrumento tem por finalidade intermediar as aes de longo prazo e as necessidades imediatas. O PPA representa a mais abrangente pea de planejamento governamental, uma vez que promove a convergncia do conjunto das aes pblicas e dos meios oramentrios para viabilizao dos gastos pblicos; superior ao antigo OPI Oramento Plurianual de Investimentos, pois contm diretrizes, objetivos e metas para toda administrao federal, envolvendo as despesas de capital, as despesas decorrentes das despesas de capital e as despesas dos programas de durao continuada. Conforme dispe o pargrafo segundo, do artigo 35, dos Atos das Disposies Constitucionais Transitrias, o PPA tem como prazo de encaminhamento pelo Poder Executivo ao Congresso Nacional o dia 31 de agosto do primeiro ano de Governo, devendo o Congresso aprov-lo at o trmino da sesso legislativa daquele ano. Sua vigncia ir at o dia 31 de dezembro do primeiro ano do Governo subseqente. Objetivos do Plano Plurianual Constituem objetivos do PPA: Organizao por Programas: Organizar em programas todas as aes desenvolvidas pela administrao pblica, assegurando o alinhamento destes com a Orientao Estratgica do Chefe do Poder Executivo e com as previses de recursos por rea; e Desenvolver e aprimorar o planejamento, oramento e gesto por programas em todos os rgos da administrao pblica.

Transparncia: Tornar pblicas as informaes referentes execuo dos programas de Governo possibilitando maior e melhor controle quanto aplicao dos recursos pblicos e aos resultados obtidos; e possibilitar uma participao mais efetiva da sociedade no processo alocativo. Parcerias: Estimular a participao de outras esferas de governo e da iniciativa privada como fontes alternativas ao financiamento dos programas. Gerenciamento: Dotar os administradores pblicos de um sistema gerencial estruturado e atualizado, visando facilitar a tomada de decises, corrigir desvios e direcionar a aplicao de recursos para o alcance dos resultados pretendidos; e desenvolver a administrao pblica, de forma a melhor definir responsabilidades, difundir a conscientizao de custos, a melhoria contnua da qualidade e, sobretudo, o comprometimento com resultados. Avaliao: Criar condies para avaliao e mensurao dos indicadores e dos efeitos destes sobre a sociedade; e a partir da avaliao anual do PPA, compatibilizar a alocao de recursos oramentrios com a capacidade de execuo e gerao de resultados dos programas. Contedo do Plano Plurianual O PPA compe-se basicamente de dois grandes mdulos. So eles: a Base Estratgica; e os Programas. A Base Estratgica compreende: anlise da situao econmica e social; diretrizes, objetivos e prioridades estabelecidas pelo Chefe do Poder Excutivo; previso dos recursos oramentrios e sua distribuio entre os setores e/ou entre os programas; diretrizes, objetivos e prioridades dos rgos setoriais compatveis com a orientao estratgica do Chefe do Poder Excutivo. Os Programas compreendem: a definio dos problemas que se tem por objetivo solucionar; o conjunto de aes que devero ser empreendidas para atingir os objetivos estabelecidos. Os Programas Programa um conjunto articulado de aes (projetos, atividades, operaes especiais e outras aes),estruturas e pessoas motivadas ao alcance de um objetivo comum. Este objetivo concretizado num resultado (soluo de um

problema ou atendimento de demanda da sociedade), expresso pela evoluo de indicadores no perodo de execuo do programa, possibilitando-se, assim, a avaliao objetiva da atuao do Governo. O ordenamento das aes do Governo sob a forma de programas visa dar maior visibilidade aos resultados e benefcios gerados para a sociedade, garantindo objetividade e transparncia aplicao dos recursos pblicos. s aes que compem o programa, esto associados os produtos (bens ou servios) resultantes da execuo destas, quantificados no tempo por metas. Os programas, institudos pelo PPA, so os elementos integradores do planejamento, do oramento e da gesto e se expressam nos seguintes instrumentos legais: Plano Plurianual PPA; Lei de Diretrizes Oramentrias LDO; Lei Oramentria Anual LOA. A Portaria 42, de 14.04.1999, do Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto, estabeleceu novos critrios para a classificao funcional concebida pela Lei 4.320, de 17.03.1964. Exigindo a organizao da ao governamental em programas, visa fortalecer o modelo gerencial de administrao, enfatizando resultados pretendidos ou esperados. Constituio dos Programas

A figura acima ilustra como pode ser definido o processo de elaborao de um programa. Para o propsito de elaborao de Programas do PPA, problemas so demandas no satisfeitas ou carncias identificadas, que, quando reconhecidas e declaradas pelo governo, passam a integrar a sua agenda de compromissos. Na identificao do problema, deve ser explicitado o segmento ou setor (social, econmico, espacial) afetado pelo mesmo. Nesse contexto, cabe a

discusso sobre a escala mais adequada em que se deve enunci-lo, uma vez que a abordagem de problemas em escalas muito amplas, por possuir maior grau de complexidade e nmero de variveis, muitas vezes dificulta a identificao e hierarquizao das possveis solues. A uniformidade conceitual e metodolgica para a seleo, delimitao e explicao dos problemas um requisito para a congruncia do plano e base para o adequado desenho dos programas e aes para enfrent-los. importante ressaltar que o problema ser tanto melhor compreendido quanto mais delimitada for a sua incidncia. Como exemplo de focalizao tem-se: localizao territorial, faixa etria, faixa de renda, gnero, entre outras. Uma vez definido o problema, pode-se filtrar qual parcela da sociedade afetada por aquele problema e, ento, teremos definido o pblico-alvo da atuao do futuro programa. Identificado o problema, sua soluo ser traduzida pelo objetivo do programa, concebido para super-lo ou reduzi-lo. O prximo passo seria, ento, estabelecer uma forma de medir quanto se avana na soluo do problema em determinado espao de tempo e como isso ser medido. Ou seja, o estabelecimento de um indicador ou conjunto de indicadores para medir o estgio atual e o grau de alcance dos resultados pretendidos. Tomando-se por base o problema identificado, deve-se buscar suas causas e desenvolver aes que possam combat-las, reduzi-las ou elimina-las. Entende-se como causa aquilo que faz com que um problema exista, ou seja, as causas podem ser definidas como processos ou fatores responsveis pelo surgimento, manuteno ou expanso do problema. importante no confundir causas (origens do problema) com efeitos (produtos fortuitos de uma causa). Um programa cujas aes atacam efeitos e no as causas do problema ao qual se busca solucionar no ter a efetividade desejada. Portanto, ao enunciar as causas do problema, deve-se buscar estabelecer com clareza cada uma delas e ento propor aes para mitig-las. O montante de recursos disponvel e a capacidade operacional das unidades da instituio definiro a intensidade, ou seja, as metas e os valores associados a cada uma das aes. Conclui-se, pois, que a constituio de um programa pressupe a necessidade de solucionar um problema da sociedade ou do prprio Estado. Um programa implementado por meio da execuo das aes que o compem (oramentrias e no-oramentrias) que, necessariamente, devem concorrer e ser suficientes para o alcance do objetivo do programa. As aes que no demandam recursos oramentrios, mas geram bem ou servio para uma parcela ou para a totalidade do pblico-alvo do programa so chamadas aes no oramentrias. So exemplos de aes no oramentrias: o incentivo colaborao ou parceria de outras instituies privadas ou de outras esferas de Governo; a alavancagem de recursos no oramentrios; o estmulo gerao de receita prpria; a edio de instrumentos normativos. Os seguintes requisitos so necessrios para a formulao de um programa do Plano Plurianual no mbito do Governo Federal:

Ter como objetivo dar soluo a um problema da sociedade, mediante um conjunto integrado e suficiente de aes oramentrias e nooramentrias, que expresse uma relao consistente entre a causa e o efeito, entre o problema a resolver e o objetivo do programa e entre as metas das aes e a evoluo esperada dos indicadores do programa. Ter seu objetivo explicitado de modo a permitir a mensurao dos resultados sobre um pblico-alvo definido. Possuir escala adequada a um gerenciamento eficaz - no deve ser to amplo que torne difcil seu gerenciamento, nem to restrito a ponto de os custos de implantao, manuteno e gerenciamento o inviabilizarem. Ter consistncia com as diretrizes emanadas das Orientaes Estratgicas de Governo e da Orientao Estratgica do Ministrio. Estabelecer compatibilidade entre os dispndios previstos e a disponibilidade de recursos no horizonte em questo, conforme definido no cenrio macroeconmico. Tipos de Programas Os programas do PPA podem ser classificados em quatro tipos, a saber: Programas Finalsticos programa do qual resultam bens ou servios ofertados diretamente sociedade.. Quando suas aes so desenvolvidas por mais de um rgo setorial so chamados Programas Finalsticos Multissetoriais. Exemplo: Toda Criana na Escola Programas de Servios ao Estado programa do qual resultam bens ou servios ofertados diretamente ao Estado, por instituies criadas para este fim especfico. Exemplo: Desenvolvimento de Gerentes e Servidores Programas de Gesto de Polticas Pblicas programa destinado ao planejamento e formulao de polticas setoriais, coordenao, avaliao e controle dos demais programas sob a responsabilidade de determinado rgo. Haver um programa de Gesto de Polticas Pblicas em cada rgo. Exemplo: Gesto da Poltica de Educao Programas de Apoio Administrativo programa que contempla as despesas de natureza tipicamente administrativa, as quais, embora contribuam para a consecuo dos objetivos dos outros programas, neles no foram passveis de apropriao. Exemplo: Apoio Administrativo

Abaixo, trechos extrados do PPA 2008-2011 ( exemplificativo e no completo) O Modelo do PPA 2008-2011 Princpios: O planejamento da ao governamental no horizonte de curto, mdio e longo prazos uma exigncia sem a qual a Estratgia de Desenvolvimento no se viabiliza. O PPA ,como um dos instrumentos de planejamento previstos na Constituio Federal, organiza os principais objetivos, diretrizes e metas da Administrao Pblica Federal (APF) para o perodo de quatro anos e deve orientar os demais planos e programas nacionais, regionais e setoriais. Nesse sentido, o PPA um instrumento de planejamento mediador entre o planejamento de longo prazo e os oramentos anuais que consolidam a alocao dos recursos pblicos a cada exerccio. O Brasil tem avanado, nos ltimos anos, no que se refere ao planejamento da ao de governo, de modo a: a)organizar esforos rumo a objetivos de longo prazo; b)considerar os impactos futuros da ao presente; c)buscar integrar a viso do territrio na estratgia de desenvolvimento; d)incluir a participao da sociedade na definio e no acompanhamento do planejamento nacional; e)implementar um modelo de gesto por resultados. Seguindo essa tendncia, o PPA 2008-2011 se orienta pelos seguintes princpios: a)convergncia territorial: orientao da alocao dos investimentos pblicos e privados, visando a uma organizao mais equilibrada do territrio;

b)integrao de polticas e programas, tendo o PPA como instrumento integrador A Metodologia do PPA 2008-2011 O elemento organizativo central do PPA o Programa, entendido como um conjunto articulado de aes oramentrias, na forma de projetos, atividades e operaes especiais, e aes nooramentrias, com intuito de alcanar um objetivo especfico. Os programas estruturam o planejamento da ao governamental para promover mudanas em uma realidade concreta, sobre a qual o Programa intervm, ou para evitar que situaes ocorram de modo a gerar resultados sociais indesejveis. Os programas tambm funcionam como unidades de integrao entre o planejamento e o oramento. O fato de que todos os eventos do ciclo de gesto do Governo Federal esto ligados a programas garante maior eficcia gesto pblica. Os programas funcionam como elementos integradores do processo de planejamento e oramento, ao estabelecerem uma linguagem comum para o PPA, a definio de prioridades e metas na Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO), a elaborao dos Oramentos Anuais e a programao oramentria e financeira. O xito na execuo do Plano expresso pela evoluo de indicadores, que possibilitam a avaliao da atuao governamental em cada programa, e do conjunto de programas por meio dos indicadores associados aos objetivos de governo. Dessa forma, pretende-se assegurar a convergncia dos meios na direo dos objetivos a alcanar. A gesto por programas implica, ainda, trabalhar de forma cooperativa, cruzando as fronteiras ministeriais, estimulando a formao de equipes e de redes com um fim comum, sem ignorar o ambiente organizacional em que as estruturas e hierarquias permanecem vlidas. A transparncia para a sociedade e a capacidade de instrumentalizar o controle social so tambm contribuies do modelo, o que faz do Programa o referencial ideal para a discusso pblica das propostas de governo e a explicitao dos compromissos assumidos com o cidado. Gesto do Plano A gesto do PPA tem por objetivo viabilizar os compromissos assumidos com a sociedade, por meio de uma ao decididamente

voltada para resultados. Para que os resultados previstos no Plano sejam alcanados, necessria a gesto eficiente dos programas, o que requer o desenvolvimento de competncia gerencial para a implementao dos programas e das aes pelos rgos setoriais. O processo de gesto do PPA composto pelas etapas de elaborao, implementao, monitoramento, avaliao e reviso dos programas. Essas etapas formam o ciclo de gesto do PPA. O modelo de gesto do PPA 2008-2011, no mbito dos rgos e entidades responsveis pelos programas, preserva a unidade de responsabilidade para todas as etapas do processo de gesto. Os agentes centrais na implementao, no monitoramento e na avaliao dos programas so os gerentes de programa e os coordenadores de ao. A gesto do Programa de responsabilidade do gerente de programa, que poder contar com o apoio de um gerenteexecutivo. O gerente de programa o titular da unidade administrativa, qual o Programa est vinculado. Compete ao gerente de programa: a)gerenciar a execuo do Programa, observando os seus objetivos e a execuo eficiente dos recursos alocados; b)monitorar a execuo do conjunto das aes do Programa; c)buscar mecanismos inovadores para financiamento e gesto do Programa; d)gerir as restries que possam influenciar o desempenho do Programa; e)validar e manter atualizadas as informaes da gesto de restries e dos dados Assim como ocorre no nvel do Programa, cada ao tem um responsvel direto o coordenador de ao. Compete ao coordenador de ao: a) viabilizar a execuo e o monitoramento de uma ou mais aes do Programa; b)responsabilizar-se pela obteno do produto expresso na meta fsica da ao; c)utilizar os recursos de forma eficiente, segundo normas e padres mensurveis; d)gerir as restries que possam influenciar a execuo da ao; e)estimar e avaliar o custo da ao e os benefcios esperados;

f)efetivar o registro do desempenho fsico, da gesto de restries e dos dados gerais das aes sob sua responsabilidade no SIGPlan. Este modelo de responsabilidade se completa, preferencialmente, na forma colegiada,exercida por meio de comits gestores constitudos por representantes dos rgos e entidades que possuem aes em cada Programa, do qual participam coordenadores de ao e gerentes de programa. O processo de reviso dos programas finalsticos ser precedido de anlise de seu modelo lgico, de modo a avaliar o desenho do Programa e ajust-lo no que for necessrio durante a execuo para uma melhor gesto por resultados. Todo programa tem por base uma teoria que o sustenta. Conhec-la significa aprofundar o conhecimento sobre a natureza, gravidade e extenso do problema ou demanda da sociedade que originou o Programa. Do mesmo modo se avana no conhecimento sobre o funcionamento do Programa, ou seja, como se pretende intervir e com que recursos, estratgias e aes. Alm disso, a identificao das relaes causais entre as aes dos programas e os resultados pretendidos cria condies para que se possam avaliar melhor os efeitos do Programa. Em suma, a anlise do modelo lgico permite compreender como se origina o problema ou demanda, como se desenvolve, como se explica, como se prope intervir de modo eficaz para mitigar suas causas, como monitorar sua execuo e avaliar seus resultados. Todos esses elementos so necessrios para um bom desenho de programa. Aprimorar a qualidade do desenho do Programa por meio da anlise do modelo lgico possibilitar avanar na capacidade de gesto por resultados e criar entendimento comum entre os principais interessados no Programa quanto sua estrutura e resultados; Gesto de Riscos Considerando que a gesto das polticas pblicas ocorre em um ambiente em permanente mudana, sujeito a eventos imprevistos nem sempre sob a governabilidade do gestor responsvel pelo programa ou ao pblica, a gesto de riscos assume um papel fundamental na gesto do novo PPA. Uma ao com natureza de projeto, por exemplo, pode sofrer impactos na sua execuo de

natureza legal, tcnica, oramentria, financeira, poltica, dentre outras, capazes de gerar atrasos no seu cronograma ou mesmo inviabiliz-la. Nesse caso, os prejuzos sociais so grandes, pois fica o Poder Pblico incapaz de cumprir com o planejado e gerar o bem ou o servio a populao beneficiria. O sistema de monitoramento das aes e dos programas do PPA incorporar a anlise de risco para evitar que isso ocorra. A anlise compreende a identificao, anlise qualitativa (natureza, relevncia e impacto potencial do risco), anlise quantitativa (probabilidade do risco), plano de resposta e monitoramento da evoluo do risco. Dessa forma, os programas e as aes do PPA contaro com um instrumento de gesto capaz de antecipar eventos que representem potencial ameaa sua execuo, alm de gerar respostas tempestivas para assegurar o melhor nvel de execuo e efetividade dos programas; Participao Social no processo de elaborao, monitoramento, avaliao e reviso do PPA A participao social uma das alavancas para o avano da democracia, pois promove o compartilhamento das decises sobre os rumos do Pas. Por meio da participao ativa, as demandas da sociedade podem ser incorporadas na definio do planejamento pblico, no aperfeioamento das polticas pblicas e no controle social de sua implementao e resultados. Nesse sentido, a atuao do Governo Federal tem sido a de valorizar os espaos de gesto participativa das polticas pblicas. A criao e a consolidao do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social (CDES) formado por 102 representantes da sociedade civil e do Governo Federal, a contnua interlocuo com conselhos setoriais, sindicatos, associaes de empresrios e organizaes sociais, e a realizao de conferncias de mbito nacional tm incorporado agenda pblica novos temas. As 39 conferncias realizadas no perodo 2003-2006 mobilizaram mais de 2 milhes de pessoas na discusso e proposio de polticas e aes governamentais. Esse dilogo amplo tem estabelecido ao governo e sociedade compromissos voltados construo de polticas pblicas orientadas para o desenvolvimento inclusivo e sustentvel do Pas. O PPA 2008-2011 canal fundamental para a ampliao e consolidao da participao social como mecanismo auxiliar nos

processos decisrios do Estado. Representa a continuidade desse espao de participao cidad, j verificada na elaborao do PPA 2004-2007, com avanos que buscam induzir, na sociedade, o desafio de participar do monitoramento da implementao do PPA, dos processos de reviso anual e, assim, efetivar um processo de controle social da gesto pblica. Para isso, necessria a construo dos mecanismos institucionais de participao social que contemplem as expectativas da sociedade civil de exercer o direito democrtico do controle social. O PPA 2008-2011 orientado pelas seguintes diretrizes para a participao social no processo de elaborao do Plano: a)incorporao da Agenda Nacional de Desenvolvimento (AND), formulada no mbito do CDES, nas Orientaes Estratgicas de Governo para o perodo; b)valorizao dos canais de participao social existentes e das propostas j construdas nesses espaos (conselhos, conferncias, fruns, etc); c)construo conjunta de prioridades pelos ministrios e conselhos setoriais; d)retorno de informaes para os atores envolvidos em todas as etapas do processo. Seguindo essas diretrizes, os ministrios foram orientados a promover consultas aos conselhos representativos da sociedade nas diversas reas de abrangncia do PPA, em particular na discusso dos Objetivos e Orientaes Estratgicas Setoriais. importante ressaltar, ainda, que a participao da sociedade no se encerrar com o encaminhamento do PPA 2008-2011 ao Congresso Nacional. O desafio maior a construo de mecanismos capazes de assegurar a participao e o controle social na gesto do Plano, especialmente nas etapas de monitoramento e avaliao dos programas e das aes do PPA. O monitoramento e avaliao do cumprimento dos objetivos setoriais, por exemplo, devero ser realizados pelos ministrios, com a participao dos diversos conselhos sociais. Assim, ao longo do perodo do Plano, os ministrios podero debater com os segmentos representativos da sociedade os resultados das polticas setoriais, por meio da evoluo dos indicadores, a partir da implementao do conjunto dos programas. Essa avaliao dos objetivos setoriais ser utilizada como subsdio para a avaliao dos objetivos de Governo,

atribuio do Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto (MP). Ainda nesse sentido, o Governo Federal organiza iniciativa inovadora na esfera pblica federal, de criao de uma Rede de Controle Social dos Empreendimentos do Programa de Acelerao do Crescimento (REPAC). O grande volume de empreendimentos em execuo no mbito do PAC exige um esforo adicional do governo e da sociedade para que os recursos destinados ao Programa sejam executados com eficincia e gerem os resultados esperados para a sociedade brasileira. A manifestao da sociedade, de entidades no-governamentais e atores interessados no acompanhamento dos empreendimentos do PAC permitir a captao da percepo quanto aos resultados dos empreendimentos, seu grau de sustentabilidade e outras questes que podero antecipar eventuais problemas na implementao dos projetos ou maximizar seu impacto. Durante a avaliao dos resultados dos Programas do PPA, a ser realizada pelos rgos responsveis pela execuo, est prevista, ainda, a utilizao de mecanismos de participao social, de modo a incorporar vises dos beneficirios e parceiros sociais relevantes na gesto do Programa. A avaliao anual, com contribuies de atores sociais interessados, permite trazer para o cenrio de reviso dos programas elementos relevantes para seu aperfeioamento e avano de resultados. O Governo Federal, desse modo, adotar mecanismos que permitam o acompanhamento do PPA com a colaborao da sociedade e a divulgao de seus resultados. A Estrutura do Plano A lgica de estruturao do PPA 2008-2011 se apresenta de modo a dar coerncia s aes de governo, articulando a dimenso estratgica e ttico-operacional do Plano. A dimenso estratgica inclui a Viso de Longo Prazo para o Brasil, expressa na AND, os 10 Objetivos de Governo e os Objetivos Setoriais. A dimenso tticooperacional composta dos programas e aes do PPA. A Estratgia de Desenvolvimento para o PPA 2008-2011 o eixo organizador do Plano e por meio dele se viabiliza. Passa a incorporar os resultados alcanados no perodo anterior e avana ao propor novos desafios para o perodo 2008-2011, a partir dos compromissos assumidos pelo Presidente Luiz Incio Lula da Silva

em seu Programa de Governo. As diretrizes e prioridades apresentadas no PPA propem levar o Brasil na direo da Viso de Longo Prazo expressa na AND. Os desafios a serem enfrentados no perodo do PPA 2008-2011, para fazer avanar a agenda de desenvolvimento, so expressos em 10 Objetivos do Governo Federal: 1 - Promover a incluso social e a reduo das desigualdades; 2 - Promover o crescimento econmico ambientalmente sustentvel, com gerao de empregos e distribuio de renda; 3 - Propiciar o acesso da populao brasileira educao e ao conhecimento com eqidade, qualidade e valorizao da diversidade; 4 - Fortalecer a democracia, com igualdade de gnero, raa e etnia, e a cidadania com transparncia, dilogo social e garantia dos direitos humanos; 5 - Implantar uma infra-estrutura eficiente e integradora do Territrio Nacional; 6 - Reduzir as desigualdades regionais a partir das potencialidades locais do Territrio Nacional; 7 - Fortalecer a insero soberana internacional e a integrao sul-americana; 8 - Elevar a competitividade sistmica da economia, com inovao tecnolgica; 9 - Promover um ambiente social pacfico e garantir a integridade dos cidados; 10 - Promover o acesso com qualidade Seguridade Social, sob a perspectiva da universalidade e da eqidade, assegurandose o seu carter democrtico e a descentralizao. Ademais, para viabilizar esses objetivos, o Plano apresenta ainda objetivos setoriais que so estruturados em 215 Programas Finalsticos e 91 Programas de Apoio s Polticas Pblicas e reas Especiais, totalizando 306 programas. Fim do trecho escolhido

Exerccios de Fixao: Desde seus primrdios, a instituio oramentria foi cercada por uma srie de regras, com a finalidade de aumentar-lhe a consistncia no cumprimento de sua principal tarefa, que auxiliar o controle parlamentar sobre os executivos. No Brasil, a prtica oramentria, que fundamentada nessas regras, tambm chamadas princpios oramentrios, (01) no respeita o princpio da unidade, dada a existncia do oramento fiscal, do oramento das estatais e do oramento da seguridade social. (02) respeita o princpio da universalidade, mesmo no havendo a exigncia de incluso das receitas e das despesas operacionais das empresas estatais. (03) no respeita o princpio do oramento bruto, porquanto permite que algumas despesas sejam deduzidas de certas receitas. (04) respeita o princpio da anualidade, mesmo havendo a exigncia de elaborao de planos plurianuais. (05) respeita o princpio da exclusividade, mesmo havendo a possibilidade de o oramento conter autorizaes para a abertura de crditos suplementares.

A conta nica do Tesouro Nacional foi implantada com a finalidade de acolher as disponibilidades financeiras da Unio, passveis de movimentao pelas unidades gestoras da administrao federal direta e indireta. No que diz respeito a esse assunto, julgue os itens que se seguem. (06) A conta nica do Tesouro Nacional mantida junto ao Banco do Brasil S.A., que o agente financeiro do Tesouro. (07) A conta nica do Tesouro Nacional operacionalizada pela Secretaria do Tesouro Nacional, em conjunto com o Banco Central do Brasil, a quem cabe apurar seus rendimentos. (08) A conta nica do Tesouro Nacional funciona, em realidade, como um emaranhado de pequenas contas correntes junto ao Banco do Brasil S.A., as quais so, posteriormente, consolidadas para fins de controle, por parte do Ministrio da Fazenda. (09) A movimentao dos recursos da conta nica pode ser efetuada por meio de notas de empenho (NE), de ordens bancrias (OB) e de notas de liquidao (NL). (10) O DARF eletrnico ser usado, obrigatoriamente, por todas as unidades gestoras que recolherem receitas federais sujeitas transferncia ao Tesouro Nacional. O Tribunal de Contas da Unio (11) um rgo auxiliar do Congresso Nacional, apesar de fazer parte do Poder Judicirio. (12) exerce a funo de controle externo da administrao federal, conforme previsto na Constituio. (13) examina e emite parecer relativo s contas apresentadas anualmente pelo Presidente da Repblica. (14) pode aplicar sanes aos responsveis, inclusive multas. (15) pode fiscalizar a aplicao de quaisquer recursos repassados pela Unio aos Estados, aos Municpios e ao Distrito Federal. Institudo pela Constituio da Repblica de 1988, o sistema oramentrio brasileiro formado por trs instrumentos: o PPA, a LDO e o oramento anual. Acerca dos citados instrumentos, julgue os itens a seguir. 16 - O PPA do DF, cujo perodo de vigncia deve coincidir com o do mandato do governador, tem como finalidade estabelecer, por regio administrativa, as diretrizes, os objetivos e as metas, quantificados fsica e financeiramente, da administrao pblica,

para as despesas de capital e outras delas decorrentes, bem como para as relativas a programas de durao continuada. 17 - A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) trouxe novos contedos para a LDO. Assim, ao mesmo tempo que estabelece diretrizes para a elaborao da lei oramentria, a LDO passa a ser um proramento, estabelecendo metas de resultado, estimando as receitas nas suas principais fontes e fixando as despesas por funes de governo. 18- Considere a seguinte situao hipottica: Um projeto de lei oramentria anual foi encaminhado ao Poder Legislativo, prevendo a realizao de um conjunto de investimentos que no constavam da lei do PPA. Nessa situao, para que a aprovao da lei oramentria seja constitucional, o relator da matria deve propor que essa lei seja aprovada com a referida programao, ressalvando, entretanto, que os investimentos cuja execuo ultrapasse um exerccio financeiro s podero ser iniciados aps sua incluso no PPA. 19- De acordo com a LRF, as LDOs, entre outros contedos, disporo acerca do equilbrio entre receitas e despesas. No anexo de metas fiscais que acompanha cada LDO, devero ser estabelecidas metas anuais para a reduo e a eliminao de eventuais dficits oramentrios de maneira progressiva durante a vigncia do PPA. 20- Considere a seguinte situao hipottica: Um projeto de lei de iniciativa do Poder Executivo prope a criao de cargos de mdicos e de outros profissionais com vistas a ampliar o nmero de equipes do programa Sade da Famlia. Nessa situao, como se trata de despesa nova de carter continuado, o projeto, de acordo com a Constituio da Repblica, deve vir acompanhado de estimativa de impacto oramentrio- financeiro e de declarao do ordenador da despesa de que o projeto tem adequao lei oramentria e compatibilidade com o PPA e com a LDO. Para que a proposio possa ser apreciada, ser necessrio, ainda, que exista dotao oramentria suficiente e autorizao especfica na LDO. A lei oramentria anual compreende trs oramentos: o fiscal, o da seguridade social e o do investimento das empresas. Questes como prazos, elaborao e organizao desses oramentos devem ser tratadas em lei complementar, ainda no aprovada. luz do tratamento dado a esses assuntos pela Constituio da Repblica e pela Lei Orgnica do Distrito Federal

(LODF), assim como pelas LDOs do DF, que vm suprindo eventuais lacunas, julgue os seguintes itens. 21 - Os oramentos fiscal e da seguridade social compreendero apenas a programao dos Poderes, seus fundos, rgos e entidades da administrao direta, bem como autarquias e fundaes pblicas. 22 - Para efeito da organizao do oramento de investimento das empresas, consideram- se as despesas com aquisio de ativo imobilizado. Por outro lado, as empresas cujas programaes constem integralmente do oramento fiscal ou do oramento da seguridade social no integraro o oramento de investimento. 23 - O oramento da seguridade social compreender as despesas relativas a sade, emprego, trabalho, previdncia social e assistncia social e ser elaborado com base nos programas de trabalho dos rgos incumbidos de tais servios, integrantes da administrao direta e indireta. 24 - Na hiptese de o exerccio financeiro iniciar- se sem lei oramentria aprovada, a Constituio da Repblica autoriza, at a entrada em vigor do oramento, a realizao provisria das despesas, razo de um doze avos dos valores da proposta, a cada ms. 25 - Durante a apreciao de projeto de lei oramentria, aps o encerramento do prazo de apresentao de emendas, a comisso de oramento da casa legislativa recebeu do chefe do Poder Executivo mensagem que propunha modificaes no projeto. Nessa situao, no possvel acolher as modificaes propostas pelo Poder Executivo. Acerca do oramento pblico, julgue os itens que se seguem. 26 - A linha dominante nas discusses relativas natureza jurdica do oramento pblico a de que o oramento uma lei material, porque provm do Poder Legislativo, que, no entanto, no gera direitos subjetivos. 27 - O princpio da exclusividade da matria oramentria prev que a lei oramentria no conter dispositivo estranho previso de receita e fixao de despesa, ao passo que o princpio da universalidade oramentria, no mbito do DF, prev que o oramento anual dever ser detalhado por regio administrativa e ter como funo a reduo das desigualdades intra-regionais. 28 - O princpio oramentrio da no- afetao da receita veda a vinculao de receita de impostos a rgo, fundo ou despesa,

ressalvadas as destinaes feitas pela Constituio da Repblica ou, no caso do DF, pela LODF. 29 - Nenhum investimento cuja execuo ultrapasse um exerccio financeiro poder ser iniciado sem prvia incluso no plano plurianual, bem como vedado o incio de programas ou projetos no- includos na lei oramentria anual, ambos sob pena de crime de responsabilidade. 30 - Os crditos adicionais so considerados exceo ao princpio clssico da unidade oramentria, entre os quais encontram- se os crditos extraordinrios que, destinados ao atendimento de despesas urgentes e imprevisveis, podem, em determinada situao, ser incorporados ao oramento do exerccio financeiro subseqente ao de sua abertura. Ainda acerca do oramento pblico, julgue os itens a seguir. 31 - O plano plurianual deve ser institudo por lei e dever estabelecer, de forma regionalizada, diretrizes, objetivos e metas para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as despesas relativas aos programas de durao continuada. 32 - O oramento da Unio apreciado pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum, cabendo Comisso Mista de Oramento emitir parecer sobre as emendas antes de serem apreciadas pelo plenrio das referidas Casas. 33 - O presidente da Repblica poder, mediante mensagem enviada ao Congresso Nacional, propor modificaes nos projetos de lei relativos ao plano plurianual, s diretrizes oramentrias e ao oramento anual, antes de ser concluda a votao, no plenrio das Casas do Congresso Nacional, a parte cuja alterao proposta. 34 - O projeto de lei de diretrizes oramentrias ser encaminhado pelo presidente da Repblica ao Congresso Nacional at oito meses e meio antes do encerramento do exerccio financeiro e ser devolvido para a sano at o encerramento do primeiro perodo da sesso legislativa. 35 - A Unio, os estados, o DF e os municpios devero cumprir o limite de despesa de pessoal ativo e inativo estabelecido na LRF, devendo, se for o caso, reduzir em pelo menos 20% as despesas com cargos em comisso e funes de confiana, bem como exonerar os servidores no- estveis. Se essas medidas no forem suficientes para assegurar o cumprimento do referido limite, o

servidor estvel poder perder o cargo e este ser extinto, sendo vedada a criao de cargo, emprego ou funo com atribuies iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos. Na histria das constituies brasileiras, possvel avaliar o momento poltico mediante o tratamento dado ao tema referente ao oramento pblico, vez que este est direta e indiretamente relacionado a estrutura e forma do aparelho de Estado. Em relao matria oramentria nas diferentes constituies brasileiras ao longo do tempo, julgue os itens a seguir. 36 - Na Constituio de 1891, elaborar o oramento era funo privativa do Congresso Nacional. 37 - Na Constituio de 1934, competia ao Poder Executivo elaborar a proposta oramentria e ao Poder Legislativo, emendar sem limitaes a proposta, votar o oramento e julgar as contas do presidente, com o auxlio do tribunal de contas. 38 - Na Constituio de 1937, o Poder Executivo detinha iniciativa das leis oramentrias. Foram retiradas as prerrogativas do Poder Legislativo quanto iniciativa de leis ou emendas que criassem ou aumentassem as despesas, inclusive emendas ao projeto de lei do oramento. 39 - A Lei de Diretrizes Oramentrias foi introduzida no processo oramentrio brasileiro pela Constituio de 1946, sendo retirada durante o regime militar e retornando com a Constituio de 1988, que lhe definiu novas atribuies. 40 - Na Constituio de 1967, o oramento federal era elaborado e decretado pelo chefe do Executivo.

As emendas so a forma de o parlamentar propor modificaes aos projetos de leis de natureza oramentria. Considerando as regras do Congresso Nacional sobre emendas, julgue os itens seguintes. 41 - As emendas s proposies em tramitao na comisso sero obrigatoriamente rejeitadas, em sua primeira votao, quando contrariarem as normas constitucionais, legais e regimentais. 42 - As emendas ao projeto de lei oramentria anual e aos projetos de lei de crditos adicionais que proponham incluso ou acrscimo de valor somente podero ser aprovadas pela comisso

caso no sejam constitudas de vrias aes que devam ser objeto de emendas distintas. 43 - Cada parlamentar poder apresentar at vinte emendas individuais ao projeto de lei de diretrizes oramentrias, quanto ao seu anexo de metas e prioridades do oramento anual, excludas deste limite aquelas destinadas ao texto da lei. 44 - As bancadas estaduais com mais de dez parlamentares podero apresentar, alm do mnimo de dez emendas, uma emenda adicional para cada grupo completo de cinco parlamentares da bancada que excederem a dez parlamentares. 45 - Nenhuma emenda poder ser atendida em valor superior ao da proposio original. 46 O princpio constitucional-orcamentrio da anualidade significa: a) que a autorizao para a cobrana de todas as espcies tributrias dever ser renovada anualmente na Lei Oramentria. b) Que a autorizao para a cobrana de todas as espcies tributrias, exceo das contribuies de melhoria, das contribuies sociais e das contribuies especiais, dever ser renovada anualmente na Lei Oramentria. c) Que a Lei Oramentria tem validade equivalente a um ano. d) Que os tributos, previstos em Lei Oramentria, tm como perodo mximo de apurao um ano civil. e) Que o Projeto de Lei Oramentria dever ser sancionado at o encerramento da sesso legislativa.

47 Princpio constitucional-oramentrio, segundo o qual do oramento devem constar todas as previses de receitas e despesas, reconhecido como princpio da: a) Unidade b) Exclusividade c) Publicidade d) Anualidade e) Universalidade 48 Com base no sistema tributrio brasileiro, assinale a nica opo no pertinente:

a) No que se refere questo distributiva, verifica-se que a estrutura tributria brasileira fortemente regressiva, em funo da predominncia de impostos diretos. b) Uma distoro do sistema tributrio brasileiro refere-se sua limitao como instrumento de desenvolvimento econmico. c) A incidncia de impostos em cascata( Pis,Cofins, CPMF) tira a competitividade da produo nacional, tanto na exportao como na concorrncia com produto importado. d) Os impostos em cascata acabam sobre taxando os bens de capital medida que no possvel isentar tais produtos na cadeia produtiva de mquinas e equipamentos. e) A complexidade do sistema impe custos para as empresas que precisam dispor de estrutura adequada para atender a todas as necessidades impostas pelo fisco. 49 O ciclo oramentrio a seqncia das etapas desenvolvidas pelo processo oramentrio. Assinale a nica opo correta no tocante etapa de elaborao do oramento: a) fase de competncia do poder legislativo. b) Constitui a concretizao anual dos objetivos e metas determinados para o setor pblico no processo de planejamento integrado. c) Compreende a fixao de objetivos concretos para o perodo considerado, bem como o clculo dos recursos humano, materiais e financeiros, necessrios .a sua materializao e concretizao. d) Configura-se na necessidade de que o povo, atravs de seus representantes, intervenha na deciso de suas prprias aspiraes, bem como na maneira de alcan-las. e) a etapa que impe a necessidade de um sistema estatstico cuja informao bsica se obtm em cada uma das reparties ou rgos. 50 A ao planejada do Estado materializa-se atravs do oramento pblico. Indique o princpio oramentrio que consiste na no-insero de matria estranha previso de receita e fixao de despesa: a) princpio da discriminao b) princpio da exclusividade c)princpio do oramento bruto d)princpio da universalidade e)princpio do equilbrio

51 O Oramento Geral da Unio elaborado pelos trs poderes da Repblica e consolidada pelo Poder Executivo. As metas para a elaborao da proposta oramentria so definidas pelo Plano Plurianual ( PPA ) e priorizadas pela ( pelo ) : a) Lei Oramentria Anual b)Balano Geral da Unio c)Lei de Diretrizes Oramentrias d)Congresso Nacional e)Execuo Financeira 52 De acordo com os princpios oramentrios, identifique o princpio que est inserido nos dispositivos constitucionais, orientando a construo dos sistema oramentrio em sintonia com o planejamento e programao do poder pblico e garantindo que todos os atos relacionados aos interesses da sociedade devem passar pelo exame e pela aprovao do parlamento a) Princpios da periodicidade b) Princpio da exclusividade c) Princpio da universalidade d) Princpio da unidade e) Princpio da legalidade 53 Indique a nica opo incorreta no que tange aos tipos de impostos a) tributos diretos so aqueles cujo nus de pagamento recai sobre o prprio contribuinte. b) Os impostos indiretos costumam ser proporcionais ou seletivos, de acordo com a essencialidade do produto ou servio em que incidem. c) Os impostos diretos costumam ser progressivos , incidindo de forma graduada, de acordo com a capacidade econmica do contribuinte. d) Os impostos indiretos, por no serem transferveis a terceiros, permitem que a carga tributria seja distribuda de forma eqitativa. e) A diferenciao entre tributos diretos e indiretos importante para a anlise da eqidade.

54 A Constituio de 1988 estabelece disposies sobre finanas pblicas determinando a edio de normas gerais , mediante lei complementar, incluindo: a) apenas as finanas pblicas b) somente a dvida externa e externa c) a dvida pblica e a fiscalizao das entidades financeiras d) as finanas pblicas e outras reas da atividade financeira do Estado e) as operaes de cmbio realizadas por entidade estatais 55 Assinale a nica opo que pertinente ao oramento tradicional e no ao oramento-programa a) Os principais critrios classificatrios so unidades administrativas e elementos b) Na elaborao do oramento, s>ao considerados todos os custos dos programas, inclusive os que extrapolam o exerccio c) A estrutura do oramento est voltada para os aspectos administrativos e de planejamento d) A alocao de recursos visa consecuo de objetivos e metas e) Existe utilizao sistemtica de indicadores e padres de medio do trabalho e dos resultados 56 O princpio contbil que mais de perto diz respeito ao oramento corrente o da a) Entidade b) continuidade c) oportunidade d) competncia b) prudncia 57 O oramento do governo representa um sumrio dos planos de receita e gastos para determinado ano. O processo oramentrio envolve quatro fases distintas. Aponte a opo no adequada ao processo oramentrio: a) Elaborao da proposta oramentria b) Execuo oramentria c) Discusso, votao e aprovao da lei oramentria d) Exposio das tcnicas da anlise de custo-benefcio e) Controle de avaliao da execuo oramentria

01 E 02 - C 03 - E 04 - C 05 - C 06 E 07 - E 08 - E 09 E 10 - C 11 E 12 - E 13 - E 14- C 15- E 16 E 17 - E 18 -C 19 - E 20- E 21 E 22- C 23 - E 24 - E 25 - E 26 - E 27 - E 28 -C 29 -E 30 -C 31 C 32 -C 33 -E 34 -C 35 - C 36 C 37 -C 38 -E 39 -E 40 -E 41 E 42 -C 43 -C 44 -E 45 -E 46 alter c 47 alter e 48 alter a 49 alter c 50 alter b 51 alter c 52 alter e 53 alter d 54 alter d 55 alter a 56 alter e 57 alter d