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Instituto Superior Bom Jesus de Cuiabá FACULDADES AFIRMATIVO - Pós-Graduação Latu-Sensu Profa. Ms. Acy Castrillon Rua: Cel. Pimenta Bueno , 534 D. Aquino - Cuiabá/MT - Tel: (65) 2123 9700 - Fax: (65) 2123 9735 Todos os direitos reservados aos autores dos trabalhos científicos contido neste material didático, de acordo com a Lei 9610/98. www.afirmativo.com.br - [email protected] CURSO: PÓS-GRADUAÇÃO – FINANÇAS, AUDITORIA E CONTROLADORIA NO SETOR PÚBLICO DISCIPLINA CONTABILIDADE PÚBLICA Professora: Acy Castrillon CONTABILIDADE PÚBLICA PROGRAMA DE CONTABILIDADE PÚBLICA

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Instituto Superior Bom Jesus de Cuiabá

FACULDADES AFIRMATIVO - Pós-Graduação Latu-Sensu Profa. Ms. Acy Castrillon

Rua: Cel. Pimenta Bueno , 534 D. Aquino - Cuiabá/MT - Tel: (65) 2123 9700 - Fax: (65) 2123 9735 Todos os direitos reservados aos autores dos trabalhos científicos contido neste material didático, de acordo com a Lei 9610/98.

www.afirmativo.com.br - [email protected]

CURSO: PÓS-GRADUAÇÃO – FINANÇAS, AUDITORIA E CONTROLADORIA NO SETOR PÚBLICO

DISCIPLINA

CONTABILIDADE PÚBLICA

Professora: Acy Castrillon

CONTABILIDADE PÚBLICA

PROGRAMA DE CONTABILIDADE PÚBLICA

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Contabilidade Pública Conceito: Significa definir a ciência que estuda o patrimônio à disposição das aziendas públicas , fornecendo os elementos para as tomadas de contas dos responsáveis por bens e valores e para a organização dos balanços parciais e gerais de cada exercício. Modernamente acrescentaríamos a ciência que permite através de seus registros e técnicas adequadas fornecer subsídios para uma correta tomada de decisão. O objetivo é atingido pelo registro em contas, através das quais são escriturados os atos (alguns) e fatos administrativos pelo método das partidas dobradas. O método das partidas dobradas foi mostrado ao mundo em 1494 através da obra Summa Prima de Aritmética Proportioni e Proportionalitá do frei Luca Pacioli e baseia-se no princípio de que haja pelo menos uma conta devedora em contrapartida com uma ou mais contas credoras. Ou, o inverso, uma ou mais contas devedoras em contrapartida com pelo menos uma conta credora. Através dos atos e fatos administrativos, o patrimônio público é movimentado regido por normas praticadas costumeiramente e que são igualmente executadas pelos Órgãos Públicos. O acompanhamento diário dos registros desses atos é que demonstram se os objetivos da Instituição estão sendo atingidos e que permitem à sociedade avaliar se os recursos públicos estão sendo corretamente aplicados. Alguns atos resultam alterações no patrimônio como : contratos de serviços, convênios, concessão de avais, etc... Dentre os atos, o principal é a Lei Orçamentária Alguns menos conhecidos os Resíduos ativos e Passivos, Empenhos , etc... A Lei Orçamentária deve ter a aprovação pelo Legislativo e para isso as Constituições ou Leis Complementares, vêm estabelecendo prazos para serem cumpridos. Em resumo, a Contabilidade Pública, é regulada pela Lei 4320/64, que estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. È aplicável às pessoas jurídicas de Direito Público, portanto, além das esferas enunciadas, às suas autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. Também excepcionalmente, pelas empresas públicas, quando essas fizerem emprego de recursos públicos constantes dos orçamentos anuais.

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È o ramo da Contabilidade que tem por objetivo aplicar os conceitos, Princípios e Normas contábeis na gestão orçamentária, financeira e patrimonial dos Órgãos e Entidades da Administração Pública e finalmente, oferecer de maneira transparente e acessível, o conhecimento amplo da ação dos gestores aos órgãos fiscalizadores e principalmente à sociedade que terá condições de avaliar se foi alcançado o escopo principal que pretendem para o setor público, uma administração menos burocrática e mais gerencial com efetiva cobrança de resultados. No Brasil, a Lei 4320/64 define o sistema de contas de maneira a identificar os fenômenos passíveis de registro, ou seja: � as receitas e despesas orçamentárias – Sistema Orçamentário � as receitas e despesas extra- orçamentárias – Sistema Financeiro � as variações ativas e passivas extra- orçamentárias – Sistema Patrimonial � as contas representativas de direitos e obrigações, geralmente decorrentes de contratos,

convênios e ajustes – Sistema de Compensação. Na administração pública, os serviços de contabilidade devem ser organizados de forma que permitam o acompanhamento da execução orçamentária desde o seu início, registrando pari passu todas as alterações que ocorrem nos orçamentos em decorrência de atos efetuados pelos gestores. O Decreto Lei 200 de 25/02/1967 em seu artigo 70 incumbe os órgãos de contabilidade : Art. 70 – Publicados a lei orçamentária ou os decretos de abertura de créditos adicionais, as unidades orçamentárias, os órgãos administrativos, os de contabilização e os de fiscalização financeira, ficam, desde logo, habilitados a tomar providências cabíveis para o desempenho das suas tarefas. A Lei 4320 / 64 em seu artigo 83 define a competência do setor contábil da seguinte forma: Art. 83. A contabilidade evidenciará perante a Fazenda Pública a situação de todos quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens a ela pertencentes ou confiados.

Art. 84- Ressalvada a competência do Tribunal de Contas ou órgão equivalente, a tomada de contas dos agentes responsáveis por bens e dinheiros públicos será realizada ou superintendida pelos serviços de contabilidade. Art. 85- Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitir o acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos industriais , o levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros.

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Art. 86 - A escrituração sintética das operações financeiras e patrimoniais efetuar-se á pelo método das partidas dobradas. Art. 89 – A contabilidade evidenciará os fatos ligados à administração orçamentária, financeira, patrimonial e industrial. A contabilidade pública tem a sua atuação demonstrada em todas as áreas envolvidas na previsão e execução orçamentárias, na elaboração dos relatórios financeiros, econômicos e patrimoniais e no controle interno. O controle interno encontra valiosos subsídios no momento da contabilização do empenhamento da despesa, pois é através da seção competente é que se verifica se foram cumpridas todas as formalidades legais e regulamentares. A autenticação de uma nota de empenho pelo serviço de contabilidade significa a presunção da legalidade e legitimidade do ato. Na segunda fase da despesa, a liquidação, a chancela da contabilidade, por ocasião da comprovação do cumprimento da formalidade legal, ou seja, a prestação do serviço, ou entrega do material, autentica o ato formal. E o artigo 64 da Lei 4320/ 64 define a responsabilidade: Art. 64 – A ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade competente, determinando que a despesa seja paga. Parágrafo único. A ordem de pagamento só poderá ser exarada em documentos processados pelos serviços de contabilidade. A responsabilidade dos serviços de contabilidade culminam com a ocorrência de só registrar os pagamentos regulares; os irregulares, que eventualmente possam ocorrer, serão classificados em contas de “responsabilidades a apurar,” devendo ser comunicado o fato por ofício às autoridades competentes para a devida apuração e determinação de sua regularização. Administração Pública Administração Pública é todo o aparelhamento de Estado pré- ordenado à realização de seus serviços visando a satisfação das necessidades coletivas. ( Hely Lopes Meirelles) Administrar é gerir os serviços públicos, significa não só prestar serviços, executá-lo, como também dirigir, governar, exercer a vontade com o objetivo de obter um resultado útil. ( Oswaldo Bandeira de Mello) O processso de globalização acentuou no mundo todo a necessidade de se definir as funções do Estado.

Num primeiro estágio da administração pública seus bens eram tratados como propriedade particular com utilização pelos próprios representantes do Estado e esse fato era encarado como normal. Confundia-se o Estado com quem o representava e seus agentes, orientando sua ação exclusivamente no seu fortalecimento econômico para manutenção do poder e fortalecimento patrimonial. Hoje o conceito de Estado evoluiu e qualquer ação em benefício dos seus representantes ou que não tenha como fundamento o bem estar ou o

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desenvolvimento econômico e social constitui desvio, levando a que seja considerada prática da corrupção. Não mais vigora a administração patrimonial alheia aos fins do Estado. Com o surgimento do capitalismo, houve mudança, que resultou na separação da atividade doméstica, que objetivava dar status e condições de subsistência ao soberano, para uma atividade profissional voltada para o Estado, em termos não exclusivamente de oferecer proteção contra ingerências externas, mas de segurança e condições de desenvolvimento econômico e social interno, com separação nítida desses ambientes com a profissionalização dos agentes do Governo. O período ao final do século XIX ficou caracterizado como Administração Burocrática, cujos princípios e características eram baseados nas diretrizes do exército prussiano. Esta administração era conhecida pelo exercício de atividades de gestão pública por um quadro administrativo composto por funcionários que eram absolutamente livres, obedecendo somente às obrigações objetivas do seu cargo, nomeados por seleção de melhor qualificação profissional, remunerados com salários fixos exercendo seus cargos como profissão única ou principal, seguindo rigorosas normas internas e submetidos a um rígido sistema de disciplina e controle de serviço. As vantagens da administração burocrática que consistiam em precisão, continuidade, disciplina, rigor e confiabilidade na máquina governamental, fizeram o sucesso dessa metodologia, que consolidou-se tanto nos sistemas econômicos capitalistas como socialistas. Contrariamente aos excessos da administração patrimonial, a administração burocrática, caracterizou-se pela rigidez nos controles e na disciplina o que fez com que a administração com o tempo, se tornasse pesada e ineficiente, principalmente por sua ênfase nos controles centralizados. Estamos entretanto, em novos tempos, as grandes transformações tecnológicas que estão ocorrendo, a globalização, estão fazendo com que o setor público se modernize, se abra e se redimensione, sob pena de, se não o fizer estar fadado à falência e ao ostracismo. Tais transformações vêm se desenvolvendo a partir da Segunda Guerra, assumindo uma dinâmica mais acelerada a partir da década de 80. A queda do muro de Berlim em 1989, a dissolução da União Soviética em 1991-1992 a interdependência das nações, menor poder auto regulador facilitaram a movimentação internacional de fluxos financeiros e comerciais, dificultando a capacidade de decidir de forma autônoma. O crescente descontentamento com o excesso de burocracia, promoveram o inicio e posteriormente a implantação, no setor público de formas de gestão importadas diretamente do setor privado, onde a ênfase maior recai no objetivo de cortar custos e aumentar a produtividade. Foi-se buscar na iniciativa privada formas de administração que dessem maior impulso na atividade governamental. O grande problema é que o modelo é inadequado à administração pública por ser essencialmente técnico e totalmente apolítico. Na administração privada a política e mercado devem constituir esferas separadas. A política surge sempre que há conflito de interesse e conflitos surgem sempre que há um ser existindo. O grande gancho dessa administração é a eficiência operacional sempre conseguida através de planejamento técnico, que é desenvolvido dentro de planos e metas pré estabelecidas. Na administração pública essas metas são mudadas conforme decisão política da administração, razão pela qual tem que haver maior flexibilidade nas decisões. Esta é a razão pela qual entende-se que no setor público o planejamento estratégico é mais adequado, pois em nível gerencial e operacional inclui também a definição de setores envolvidos, suas metas, objetivos e atribuições das responsabilidades inerentes a cada área a partir do nível mais elevado. Atualmente o papel do Estado mudou. A ênfase governamental está voltada para a

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meta de propiciar condições à iniciativa privada de competir em nível global e não apenas internamente. O Brasil procura acompanhar o ritmo. A meta é diminuir o tamanho do Estado e intervir cada vez menos na economia, propiciando ao setor privado alcançar tais objetivos em proveito da coletividade. A Eficácia como conceito de administração pública A Administração Pública representa nas suas relações com os ramos executivo, legislativo e judiciário do governo, um papel de suma importância ao estabelecer, implementar e alterar políticas e programas públicos. Analisando-se sob o aspecto gerencial evidencia-se a utilidade de se adotar como caminhos pelos quais os serviços públicos possam ser prestados com economia e eficiência que deve ser complementada pela eficácia. A noção de eficácia do Estado compreende não se distanciar dos aspectos associados à sustentabilidade política das decisões. O ideal para a construção de um novo paradigma para a administração pública seria pensar em uma reforma que não se baseasse unicamente em conceitos tecnocráticos e neoliberal. Com relação ao tecnocrático seria a priorização das elites estatais e o endeusamento do conhecimento técnico, e o neoliberal pela ótica exclusivamente reducionista. Em contrapartida, a existência de mecanismos que reforçassem a necessidade de institucionalização de prestação de contas ao público e por outro lado, incentivassem o costume da utilização de práticas de cobrança por parte dos usuários dos serviços públicos e das instituições de supervisão e controle. PATRIMONIO Muitos dos nossos tratadistas têm conceituado o Patrimônio como sendo um conjunto de bens, direitos e obrigações, vinculados a uma pessoa física ou jurídica e avaliado em moeda. Outros conceituaram-no simplesmente através da chamada “ Equação Patrimonial “. ATIVO= PASSIVO + PATRIMONIO Para que este conceito se refira também ao Patrimônio Público, é necessário que este seja examinado sob os seguintes grupos: � Patrimônio Econômico, também chamado de Patrimônio Administrativo. � Patrimônio do Domínio Público, constituído dos chamados “ Bens de Uso Comum do

Povo”. PATRIMÔNIO ECONÔMICO/ ADMINISTRATIVO È aquele representado pelo conjunto de bens, direitos e obrigações, avaliado em moeda, vinculado à pessoa jurídica do Estado ( ou Município) que dele deverá dispor para a consecução dos seus objetivos, após atendidas certas formalidades legais.

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O “Balanço Patrimonial” deve também evidenciar os bens, direitos e obrigações das Autarquias, Órgãos que, apesar de descentralizados e de terem autonomia administrativa e financeira, se vinculam ao Patrimônio do Município. A Autarquia, por ser pessoa jurídica de Direito Público Interno, possui acervo que, como tal, deve integrar-se ao patrimônio econômico do Estado ou Município, para que a administração pública tenha uma visão global do conjunto. Esses valores são demonstrados no Balanço Patrimonial nos dois grupos que o constituem ou seja, o “ATIVO’ e o ‘PASSIVO’. ATIVO Este grupo compreende os bens e os direitos, ou seja as destinações e aplicações dos recursos obtidos e que integram o patrimônio do Município os quais podem assim ser classificados de acordo com a sua natureza: 1. Orçamentária ; todos os bens adquiridos ou obtidos com autorizações em leis especiais e

no orçamento. 2. Extra – orçamentária ; todos os bens obtidos através de legados ou outros de acordo com

autorizações em leis especiais. Os Bens Públicos são inalienáveis. Mas essa inalienabilidade não é absoluta, porquanto a alienação pode ser autorizada em lei. Sem lei especial, que desafete o bem, e expressamente o autoriza, nenhum bem público poderá ser vendido. Como decorrência lógica do princípio da inalienabilidade, são também impenhoráveis e imprescritíveis os bens públicos. A impenhorabilidade dos bens públicos é consagrada pela própria Constituição. Conforme estabelecido no Código Civil Brasileiro, os bens são assim conceituados: 1. Bens de “ uso especial – os edifícios, os terrenos, os móveis e utensílios, os de natureza

industrial e outros aplicados nos serviços da Administração Pública 2. os bens dominicais: aqueles que constituem o patrimônio público , objeto de direito

pessoal ou real dessa entidade, como os valores os e outros. De acordo com as normas estabelecidas pelo Regulamento do Código de Contabilidade Pública Dec. Lei Federal nº 15.783 de 8.11.1922 os bens podem ser: 1. Imóveis, por sua natureza, por destino ou pelo objeto a que se referem, conforme o

estabelecido no Código Civil.

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2. Móveis, por sua natureza ou por determinação de Lei, compreendendo-se entre esses diversos materiais para o serviço público, o dinheiro, valores e títulos.

PASSIVO È o agrupamento de valores que indicam os compromissos assumidos pela entidade governamental com terceiros, as quais tecnicamente se intitulam Dívida Pública, classificada como: Dívida Flutuante e Dívida Fundada.

PASSIVO FINANCEIRO

Constituem este sub agrupamento as obrigações que, para seu resgate, independam de autorização especial ou orçamentária, sendo pois débitos de caixa, resgatáveis a qualquer momento. È a Dívida Flutuante, tradicionalmente classificada como Depósitos Públicos, Depósitos de Diversas Origens e Depósitos Especificados. Inscrevem-se neste sub agrupamento os compromissos resultantes ou não da execução orçamentária. São independentes da execução orçamentária: 1. as arrecadações por conta de terceiros, como consignações em favor de INPS, IPEMAT

ou outro Instituto, relativas a parte do empregado, descontadas em folha de pagamento e não recolhidas até 3l/12, descontos efetuados nas folhas dos funcionários a favor de terceiros, as consignações a favor da Caixa Econômica Federal, o I.R. Retido na Fonte.

2. as operações de crédito por antecipação da receita orçamentária, realizadas de acordo com

as regras instituídas na Constituição do Brasil e que se inscrevem em Débitos de Tesouraria. A Lei de Responsabilidade Fiscais ou Lei Complementar l01 de 4.5.00 em seu artigo 38 estabelece com relação às operações de crédito por antecipação da receita :

3. realizar – se á somente a partir do décimo dia do inicio do exercício; 4. deverá ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes até o dia dez de dezembro de

cada ano. Esta providência deverá eliminar os Débitos de Tesouraria do passivo dos Balanços Patrimoniais. Outras que independam de autorizações orçamentárias, mas ordenadas em leis especiais e que possam criar obrigações para os Municípios, e as que se intitulam superveniências passivas. São de origem orçamentárias:

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1. Os Restos a Pagar, que se constituem de despesas empenhadas e não pagas até 31/12. Originam-se de créditos orçamentários anuais ou de créditos orçamentários de vigência plurianual ( créditos especiais); neste caso os empenhos são inscritos em Restos a Pagar somente no último ano de vigência dos créditos. Esses compromissos devem ser classificados de acordo com as normas financeiras vigentes no País, em Processados e Não Processados.

2. Os Restos a Pagar Processados, são representados pelo saldo de despesas liquidadas e não

pagas, representam aqueles valores que já atingiram o estágio da liquidação, ou seja, ao final do exercício já estavam prontos para o pagamento, porque o credor já cumpriu com as suas obrigações, através da entrega do material, da prestação do serviço ou entrega da obra, dentro do exercício, tendo por conseguinte o direito líquido e certo de receber.

1. Os Restos a Pagar Não Processados, ou saldo de despesas empenhadas e não liquidadas

são os valores das despesas que estando empenhadas não conseguiram, por algum motivo, atingir o estágio da liquidação até o dia 3l de dezembro. Essas despesas estão na dependência da prestação do serviço, do fornecimento do material ou da execução da obra ou parte do credor, portanto o seu direito ainda não foi apurado. Os Decretos e encerramento de exercício devem dar as orientações com respeito aos saldos dos empenhos, se forem declarados insubsistentes, ou devem ser relacionados em Restos a Pagar não processados.

2. Serviços da Dívida a Pagar, que se constituem de empenhos feitos e não pagos, até o dia

3l de dezembro, de juros e amortizações da Dívida Pública. São uma espécie de Restos a Pagar e as normas estabelecidas para neles se inscreverem os empenhos não pagos são as mesmas dos Restos a Pagar. VARIAÇÕES PATRIMONIAIS A sua demonstração é uma das peculiaridades da Contabilidade Pública. São contas específicas que demonstram as variações ocorridas nas operações patrimoniais. O artigo 100 da Lei 4320/ 64 estabelece: “ As alterações da situação líquida patrimonial, que abrangem os resultados da execução orçamentária, bem como as variações independentes dessa execução e as superveniências e insubsistências ativas e passivas, constituirão elementos da conta patrimonial”. As contas representativas de bens direitos e obrigações em um balancete não demonstram os fatos que ocorreram e levaram à variação de determinado ítem patrimonial. As contas Aquisição de Bens Móveis, Reavaliação de Bens Móveis, Doação de Bens, Concessão de Empréstimos, Amortização de Empréstimos, darão uma clara visão das ocorrências. Variações Ativas são as contas que representam o aumento dos valores ativos ou de diminuição de valores do passivo.

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Variações Passivas são as contas que representam a diminuição do Ativo ou aumento do Passivo Variações Extra- Orçamentárias ( Superveniências e Insubsistências) Dentre as Variações ativas extra-orçamentárias devemos encontrar as alterações patrimoniais aumentativas que ocorrem independentes da execução orçamentária, denominadas de superveniências ativas e de insubsistências passivas, tais como: doações recebidas de bens. Inscrição da dívida ativa, cancelamento de Restos a Pagar etc... Dentre as Variações Passivas Extra-Orçamentárias encontramos as alterações patrimoniais diminutivas que ocorrem independentes da execução do orçamento, denominas de insubsistências Ativas e superveniências Passivas tais como: extravio de bens, consumo de bens, cancelamento da dívida ativa, atualização monetária de dívidas, etc... Nas contas de superveniências e de insubsistências não estarão representados movimentos de recursos financeiros. Essas contas, que são oriundas de fatos modificativos, representam as alterações ocorridas nos bens, direitos e obrigações que modificaram o patrimônio líquido independentes do orçamento.

Receita Pública

Corresponde á entrada de recurso aos cofres públicos, bem como qualquer ingresso de bens ou outros valores que sejam obtidos por força de contrato ou de lei, oriundo de fins específicos que pertençam ou possa vir a pertencer ao Poder Público. Toda máquina governamental participa dessas atividades e o esforço para a arrecadação desses recursos e todo o complexo e trabalho desenvolvido de planejamento, a exação e fiscalização volta-se para o atingimento da meta precípua que é fornecer as condições necessárias para execução das ações resultantes dos programas de trabalhos elaborados para bem servir a comunidade.

Classificação

Na classificação das receitas públicas, devemos observar quatro assuntos importantes, a saber:

� Quanto à afetação do orçamento; � Quanto à afetação do patrimônio; � Quanto a coercitividade; � Quanto a origens dos recursos.

Segundo o texto da Lei Federal nº 4.320/64;

“A Lei de Orçamento compreenderá toda as receitas, inclusive as operações de créditos autorizadas em Lei “

E o texto do seu parágrafo único diz: “Não se consideram para os fins deste artigo as operações de crédito por antecipação de receita, as emissões de papel moeda e outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiro.”

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A Lei de Orçamento, atendendo ao princípio da universalidade, deverá compreender todas as receitas incluindo-se, também, as operações de créditos autorizadas em leis.

E, pelo descrito no seu parágrafo , as exceções de entradas que, pela sua natureza, se constituíram em simples compensação no ativo e passivo financeiros. Ressalta-se claramente dois tipos de receita, como sejam, as que devem compreender-se na Lei do Orçamento e dela fazer parte, e as que devam constituir-se em simples entradas compensatórias financeiras e que não devem ser consideradas naquela Lei Orçamentária.

Portanto, a receita pública classifica-se quanto à afetação do orçamento, classifica-se em dois grupos:

a) Receita Orçamentária; e, b) Receita Extra – orçamentária

Receita Orçamentária

E aquela que integra o orçamento público, consignada na Lei Orçamentária, cuja especificação deverá obedecer a discriminação constante do anexo nº 3, da Lei Federal n° 4.320/64.

Classificação Econômica

Consoante ao disposto na Lei Federal nº 4.320/64, “ a receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital “ As operações correntes dizem respeito a todas as transações que o Governo realiza diretamente ou através de seus Òrgãos da Administração indireta ou descentralizada (autarquias) e de cujo esforço não resultam constituição ou criação de bens de capital, ou seja, acréscimos no seu patrimônio .

Quanto à afetação do patrimônio A Classificação das receitas públicas pela ótica patrimonial é : Receitas efetivas; Receitas não- efetivas ou por mutações patrimoniais. Receitas efetivas São as receitas arrecadadas que integram o patrimônio na qualidade de elemento novo, provocando-lhe aumento, sem com tudo gerar obrigações, reservas ou reivindicações de terceiros. b) Receitas não efetivas ou por mutações patrimoniais São as receitas arrecadadas decorrentes de troca de elementos patrimoniais por recursos financeiros, tais como: alienação de bens, amortização de empréstimos concedidos, cobrança da dívida ativa, operações de crédito realizadas, etc. Essas receitas são representadas por mutações patrimoniais que nada acrescentam ao patrimônio, só ocorrendo uma troca de

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elementos patrimoniais por recursos financeiros, tais como: alienação de bens, amortizações e empréstimos concedidos, cobrança da dívida ativa , operações de crédito realizadas, etc. Quanto a coercitividade Quanto a coercitividade, as receitas públicas são classificadas em dois grupos distintos, à saber: Receitas derivadas ou de economia pública Receitas originárias ou de economia privada Receitas derivadas ou de economia pública São aquelas derivadas do exercício do poder que Estado tem de tributar os lucros ou rendimentos e os bens da coletividade. Estas receitas são caracterizadas pela imposição legal do Estado para a sua arrecadação. São exemplos de receitas derivadas os tributos, as contribuições, os empréstimos compulsórios, etc. Receitas originárias ou de economia privada São aquelas derivadas da exploração do patrimônio público, da prestação de serviços ou da alienação de bens e direitos. São exemplos de receitas originárias, as receita de serviços hospitalares, de serviços educacionais, de alienação de bens móveis, de operações de crédito, etc. Quanto à origem dos recursos A classificação da receita sob a ótica da origem dos recursos é mais adotada nos grandes orçamentos (União, Estados, DF e Municípios, Capitais). A finalidade desta classificação é se fazer a separação dos recursos do tesouro e dos recursos de outras fontes, vinculados e de transferências. As origens principais dessa classificação são : Recursos do tesouro; Recurso de outras fontes Recurso do Tesouro São representados pelos recursos arrecadados pelo Tesouro Nacional, Estadual ou Municipal referentes a todas as receitas arrecadadas pelos órgãos da Administração Direta, inclusive aquelas arrecadadas pelos fundos. Estas receitas são classificadas em ordinárias ( representam as receitas normais da administração direta) e vinculadas (representam as receitas de convênios, fundos,etc). Recursos de outras Fontes Representadas pelas receitas arrecadadas pelas entidades da Administração Indireta (autarquias, fundações e empresas públicas). Estágios

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Estágios da Receita Pública são as etapas consubstanciadas nas ações desenvolvidas e percorridas pelos órgãos e repartições encarregados de executa-las. A receita deverá percorrer três estágios, a saber: Previsão; Lançamento; e Arrecadação e Recolhimento. Somente a receita orçamentária reúne condições de percorrer esses três estágios, porquanto a receita extra-orçamentária não caracteriza a necessidade de previsão pela sua própria natureza. Previsão São estimativas feitas ao se elaborar o projeto da lei orçamentária. O desenvolvimento tecnológico influenciou na metodologia utilizada para a previsão das receitas e o que era efetivado através de planejamento empírico passou a ser desenvolvido em bases mais sólidas integrando o sistema de planejamento e finanças com utilização de valores quantitativos físicos e monetários, ligando-os aos objetivos e metas governamentais. Assim, a Receita Orçamentária deverá passar por um processo de elaboração da previsão e estimativa, com os devidos acompanhamentos na sua execução e analisando “pari passu” em função da previsão e arrecadação visando o desenvolvimento e aperfeiçoamento dos métodos adotados. Lançamento É o ato administrativo que o Poder Executivo utiliza, visando identificar e individualizar o contribuinte ou o devedor e os respectivos valores, espécies e vencimentos. O lançamento é um ato administrativo que não gera fato contábil, afirmativa esta reforçada pelo artigo 35 da lei 4.320/64 que definiu o regime de caixa para a apropriação da Receita Orçamentária. Há que se notar que algumas receitas orçamentárias não percorrem o estágio do lançamento, iniciando a partir do estágio da arrecadação ou mesmo do recolhimento. O artigo 52 da lei 4.320/64 diz: “São objeto de lançamento os impostos diretos e quaisquer outras rendas com vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato”. Arrecadação e Recolhimento Arrecadação é o ato em que os contribuintes comparecem perante os agentes arrecadadores (repartições fiscais e rede bancária autorizada) e realizam o pagamento dos tributos. A lei 4.320/64 em seu artigo 55 estabelece que “os agentes arrecadadores devem fornecer recibos das importâncias que arrecadarem”, procurando pontuar dessa forma a fase da arrecadação. O recolhimento, mais uma vez, estabelecido pela lei 4.320/64 através de seu artigo 56, estabelecendo a fase da receita define: “O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância ao princípio da unidade de tesouraria, vedada qualquer fragmentação para criação de caixas especiais”. Resume-se o conceito ao afirmar que o recolhimento consiste na entrega dos agentes arrecadadores ao caixa do Tesouro Público.

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Receita Extra-Orçamentária A Receita extra-orçamentária, segundo grupo da receita pública, é aquela que não integra o orçamento público e, portanto, independe de autorização legislativa. Por conseguinte, o Estado é obrigado a arrecadar valores que, em princípio, não lhe pertencem. O Estado figura apenas como depositário dos valores que ingressam a esse título, como por exemplo: as cauções, as fianças, as consignações e outras, sendo a sua arrecadação classificada como receita extra-orçamentária. Em termos contábeis, devemos observar que “todas as operações que resultam débitos e créditos de natureza financeira, não compreendidas na execução orçamentária, serão também objeto de registro, individualização e controle contábil”. Isto em última análise quer dizer que a receita extra-orçamentária será registrada através da escrituração contábil, devidamente individualizada. O recolhimento referir-se-á a uma receita classificável como extra-orçamentária, pois, não pertencendo ao Poder Público, configurar-se-á como uma entrada compensatória no ativo e passivo financeiro e, por via de conseqüência, deverá ser desenvolvida ou paga a quem de direito, assim que forem cumpridas as formalidades necessárias. No que se relaciona com a Caução e a Fiança Bancária, são valores que, a critério da autoridade competente, em cada caso, poderão ser exigidos para prestação de garantia nas licitações e contratações de obras, serviços e compras. As cauções e fianças devem corresponder a, no máximo, 10% do valor do orçamento ou do contrato, que será devolvido ao término dos contratos. A fiança geralmente é prestada por entidade bancária, através da formalização de uma carta de fiança emitida pelo estabelecimento bancário, onde fica estipulado o valor, o prazo de validade e os dados relativos ao contrato ou ajuste que deverá garantir, como sejam: a construção da obra, a prestação do serviço e/ou material adquirido. Isto ocorre porque as firmas contratantes nem sempre possuem numerários ou títulos disponíveis para serem dados em garantia, mas possuem crédito em estabelecimento bancário, capaz de lhes viabilizar a obtenção de uma carta fiança, onde fica configurada a co-responsabilidade do estabelecimento bancário. Em termos práticos, caso a firma contratante cometa alguma irregularidade no cumprimento do contrato, e for por isso penalizada com uma multa, por exemplo, a cobrança dessa infração será feita em primeiro lugar à contratante, que não atendendo ao depósito ou respectivo pagamento, ensejará providencias no sentido de que o fiador, no caso o estabelecimento bancário que emitiu a carta fiança, em vista da sua co-responsabilidade, faça a cobertura da multa que deverá ser de valor igual ou inferior aquele que se comprometeu. Posteriormente, supõe-se que o estabelecimento bancário deva proceder, retroativamente, à cobrança de seu cliente a quem deu a carta de fiança. Caso o objeto contratual seja regularmente cumprido, e nada havendo a desabona-lo, a fiança deverá ser devolvida ao contratante, da mesma forma que já mencionamos para as cauções, pois também neste caso ela torna-se disponível. As consignações são valores retidos em nome de entidades, para que, cumpridas as formalidades necessárias, sejam pagos a quem de direito. É o caso das retenções das contribuições previdenciárias, das associações de classe ou desportiva. Divida Ativa

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Constituem Divida Ativa as importâncias relativas a tributos, multas e créditos da fazenda Pública, lançados mas não cobrados ou não recebidos no prazo de vencimento, a partir da data de sua inserção. A divida ativa tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, proveniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas; divida ativa não tributária são os demais empréstimos compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, multas de qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios, alugueis ou taxas de ocupação, custas processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos públicos, indenizações, reposições, alcance dos responsáveis definitivamente julgados e outras obrigações legais.( Lei 4.320/64) Os créditos mencionados, exigíveis pelo transcurso do prazo de pagamento, serão inscritos, na forma da legislação própria, como divida ativa, em registro próprio após apurada a sua liquidez e certeza, e a respectiva receita será escritura a esse título, somente, no exercício em que forem arrecadadas. (Lei 4.320/64) A receita da divida ativa abrange os créditos mencionados, bem como os valores correspondentes à respectiva atualização monetária a multa, juros de mora e encargos devidos. (Lei 4.320/64) Quando os respectivos valores deixarem de ser pagos há a prescrição do direito; a contabilidade deve providenciar o registro do cancelamento de inscrição da divida ativa. A dívida ativa ao ser inscrita ocasionava uma alteração positiva no Patrimônio repercutindo no resultado do exercício. Quando ela é cancelada por prescrição ou outro motivo, ocasiona uma alteração negativa e se ela é arrecadada, o patrimônio permanece imutável. Restituição e Anulação de Receitas Restituição e anulação de receitas são procedimentos relativos ao processamento e execução da receita orçamentária adotados, para o ressarcimento de valores recebidos indevidamente dos contribuintes. Geralmente, ocorrem fatos que independem da intervenção da administração pública, mas precisam ser por ela reparados, a fim de se evitar o cometimento de irregularidades e até de injustiças. Referem-se a importâncias recolhidas aos cofres públicos, através da Receita Orçamentária, por iniciativa dos contribuintes e que posteriormente constata haver feito indevidamente o pagamento, ou parte dele. Anexando a guia do tributo quitada juntamente com uma petição à autoridade competente, verificando a regularidade do fato o valor poderá ser ressarcido ao interessado. Na contabilidade o fato vai ocasionar um lançamento por ocasião da devolução que, se dentro do exercício, será processado como anulação de receita, efetuando-se o estorno.

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Se o fato for verificado somente no ano seguinte, a receita poderá ser restituída após emissão do empenho á conta de dotação de indenizações e restituições, onerando o exercício no qual foi autorizada a devolução, compensando-se a receita indevidamente recebida no ano anterior. As Despesas O consumo de bens ou serviços e a sua utilização no processo de produzir receita, dá –se o nome de despesa. Quando os bens ou serviços são consumidos na produção de bens que ainda não deixaram a empresa, incorporam o custo do produto. A despesa é caracterizada no momento da produção ou venda do produto da entidade, não se esquecendo que sempre no esforço de produzir receita. Hendriksen trata da diferença entre despesa e deduções de receita quando considera que os descontos financeiros não representam uso de bens e serviços e deveriam ser consideradas como deduções de receita. Na contabilidade governamental as despesas são conceituadas como todo desembolso efetuado pelo Estado no atendimento de serviços no interesse da comunidade. A Constituição determina a obrigatoriedade do Governo no entendimento das necessidades da população bem como o compromisso de saldar os valores que constituem a divida publica, consolidada e flutuante. Todos esses compromissos que compõem o orçamento devem ter autorização legislativa. Ocorre que no setor público não se apura o resultado do exercício como nas entidades com fins lucrativos, estabelecendo a diferença entre as receitas ganhas no período, em confronto com os custos e despesas para obtenção dessas receitas. Nos dizeres de Kohama, constituem ‘Despesas Públicas, os gastos fixados na lei orçamentária ou em leis especiais e destinados à execução dos serviços públicos e dos aumentos patrimoniais; à satisfação dos compromissos da divida publica, ou ainda à restituição ou pagamento de importâncias recebidas a titulo de cauções, depósitos, consignações, etc...” A despesa pode ser classificada nos seguintes aspectos: Quanto á natureza Quanto à competência político-institucional Quanto à afetação patrimonial Quanto à regularidade Quanto à natureza a despesa divide-se em: Orçamentária – que é o que integra o orçamento, deriva da lei orçamentária ou dos créditos adicionais. Extraorçamentária – que é a despesa que não consta no orçamento compreendendo as saídas de numerário decorrentes do levantamento de cauções, pagamento de depósitos, resgate de operações de crédito por antecipação de receita, enfim, todos pagamentos que se referirem a entradas extra – orçamentárias. Quanto à competência político – institucional, a despesa é classificada em :

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Federal – quando de responsabilidade da União Estadual – quando de responsabilidade do Estado Municipal - quando de responsabilidade dos Municípios Quanto à afetação patrimonial as despesas dividem-se em despesas efetivas e despesas por mutações patrimoniais Despesa Efetiva é o conjunto de despesas que contribuem para o decréscimo patrimonial, são as despesas com pessoal e encargos, juros e encargos da divida interna e/ou externa, outras despesas correntes. Despesas por Mutações Patrimoniais são aquelas que não alteram o patrimônio líquido, são oriundas de mutações. São as despesas com investimentos, inversões financeiras, amortização da divida interna ou externa, outras despesas de capital. Quanto à regularidade, a despesa pode ser desdobrada em: Ordinárias – são aquelas despesas constantes, que se repetem em todos os exercícios. Extraordinárias – são aquelas despesas esporádicas, provocadas por circunstancias de caráter excepcional como: despesas extraordinárias decorrentes de guerra, enchentes, etc... Classificação Legal da Despesa Orçamentária Quanto ao aspecto legal a despesa pode ser estudada nos seguintes aspectos: Jurídico Econômico Administrativo- legal Sob o aspecto Jurídico as despesas são classificadas em: Fixa Variável As despesas fixas são as que têm caráter permanente, são estabelecidas por lei e só podem ser alteradas por lei. Ex : as despesas com pessoal, custeio do serviço e outras fixadas em lei. A origem das despesas fixas pode ser: Constitucional Legal Constitucional – quando originária de dispositivo expresso nas constituições (Federal, ou Estadual) correspondentes aos subsídios e vencimentos dos membros dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, as relativas ao atendimento de precatório judiciário; bem como às participações na receita por parte das várias esferas de Governo. Legal - as decorrentes de leis ordinárias federais, estaduais ou municipais e correspondentes a cada área da competência,aos vencimentos do funcionalismo civil e militar, bem como as

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destinadas à amortização da divida pública e aos serviços de juros.As Despesas Variáveis – são as que somente serão realizadas de acordo com as necessidades do serviço como: diárias, ajuda de custo, serviços extraordinários, investimento, etc... São despesas que se encontram na lei orçamentária e estão condicionadas ao poder discricionário das autoridades encarregadas da execução orçamentária. Quanto ao aspecto econômico a despesa compreende os seguintes desdobramentos: Despesas Correntes Despesas de Capital Despesas Corrente são as realizadas que não refletem compensação patrimonial. Despesa de Capital são os desembolsos que resultam mutações compensatórias nos elementos do patrimônio. Esta classificação para efeito gerencial é pouco producente pois focaliza no seu aspecto financeiro, mais a diminuição das disponibilidades e a movimentação positiva ou negativa do passivo. É preciso que haja preocupação com os ciclos administrativos. No aspecto administrativo legal a despesa comporta as seguintes classificações: Institucional Funcional- Programática Econômica Fontes de Recursos

Estágios da Despesa

A despesa é FIXADA na Lei Orçamentária, estabelecendo o limite de gasto em cada dotação orçamentária. Ao ser iniciada a fase da execução da despesa, podemos verificar no estudo das leis que regem a administração pública, a existência de três fases distintas que são perfeitamente identificáveis nos planos de contas.

O artigo 58 da Lei 4320/64, conceitua o empenho que é o primeiro estágio da despesa ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição.

No artigo 60 da Lei veda a realização de despesa sem prévio empenho. Caso haja alguma autorização de despesa não cumprindo este dispositivo o ordenador de despesa estará sujeito a um processo de tomada de contas.

O artigo 63 da Lei 4.320/64 define a liquidação que é a verificação do direito do credor e tem por objetivo apurar a origem e o objeto do que se deve pagar, a importância exata a pagar e quanto pagar.

Os empenhos são classificados nas seguintes modalidades:

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- Ordinários – quando destinados a atender a despesa cujo pagamento se processe de uma só vez.

- Estimativa – quando destinado a atender despesas que não se possa estipular o valor exato.

- Global – quando destinado a atender a despesas contratuais e outras, sujeitas a parcelamento, cujo montante exato possa ser determinado.

- A nota de empenho deverá conter : - Nome do credor - Especificação da despesa - Importância da despesa - Declaração de ter sido o valor deduzido do saldo da dotação própria, assinatura do

servidor encarregado e visto da autoridade competente - Declaração expressa, quando se tratar de despesa de caráter secreto ou reservado

Pagamento

È o terceiro estágio da despesa e o que o caracteriza é emissão da ordem bancária ou cheque a favor do credor. O art. 64 da Lei nº 4320/64 determina que o pagamento somente poderá ser efetuado após sua regular liquidação e define “a ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade competente, determinando que a despesa seja paga”. No caso de algum empenho se tornar insubsistente a despesa só poderá ser anulada dentro do exercício de competência quando o valor respectivo retorna ao empenho e, caso não mais utilizado retorna à dotação orçamentária original. Art. 38 da Lei nº4320/64 - “se a anulação ocorrer no exercício subseqüente será considerada receita do ano em que se efetivar”. A Lei De Responsabilidade Fiscal

A Lei de Responsabilidade Fiscal dita normas relacionadas com a despesa orçamentária através de seus art. 16 e 17. A aplicação do regime de competência é assumida pela LRF. Determina que todas as despesas dos governantes sejam assumidas dentro do exercício financeiro, proibindo e aplicando sanções aos que deixarem de cumpri-las .

Despesas de Exercícios Anteriores Como o próprio nome enuncia, são despesas resultantes de compromissos assumidos em exercícios anteriores, aquele em que ocorrer o pagamento, para as quais não existem empenho inscritos em Restos a Pagar, porque a despesa não foi empenhada ou empenho foi cancelado. O art. 37 da Lei nº 4320/64 e Decreto nº 93872/86, no seu art. 22 estabelece que : “as despesas de exercícios encerrados para os quais o orçamento consignava crédito próprio, com o saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagas à conta de dotação específica consignada no orçamento, descriminada por elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica”.

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O decreto 93872/86 detalha as despesas de exercícios anteriores como : Despesas que não se tenham processado na época própria, aquela cujo empenho tenha sido insubsistente e anulado no encerramento do exercício correspondente, mas que, dentro do prazo estabelecido, tenham tido sua obrigação comprida pelo credor. Restos a pagar com prescrição interrompida, a despesa cuja inscrição em Restos a Pagar tenha sido cancelada, mas que em relação à qual ainda vige o direito do credor. Compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício, a obrigação de pagamento criada em virtude de lei , mas em relação à qual o direito do reclamante só é reconhecido após o exercício financeiro correspondente. A Lei de Responsabilidade Fiscal ao preconizar a aplicação do regime de competência para as despesas e estabelecendo que elas sejam reconhecidas dentro do exercício financeiro, estabelecendo sanções para os administradores que assumirem dívidas para serem quitadas por seus sucessores, terminará por extinguir este tipo de despesa que na sua essência se mostra ilegal e inconstitucional. Se ao terminar a vigência do orçamento, e o processo empenhado em Despesas de Exercícios Anteriores não tiver sido pago, poderá ser relacionado como Restos a Pagar daquele exercício. As despesas empenhadas nesta dotação orçamentária, que dependem de requerimento sempre, têm a prescrição de 5 anos, contando-se da data da concessão do direito, isto é, não são contados o tempo da tramitação burocrática e as providências administrativas. Adiantamentos

Adiantamentos ou Suprimentos de Fundos é aplicável as despesas expressamente definidas pela Lei nº4320/64 disciplinado pelos art. 68 e 69 conforme transcrição dos mesmos: Art. 68 – “o regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidas em lei e consiste na entrega de numerário ao servidor, sempre precedida de empenho, na dotação própria, para o fim de realizar despesas que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação”. Art. 69 - “não se fará adiantamentos a servidor em alcance nem a responsável por dois adiantamentos”. Entende-se por servidor em alcance, aquele que não prestou contas no prazo regulamentar ou o que teve suas contas recusadas ou impugnadas em virtude de desvio, desfalque, falta ou má aplicação de dinheiro, bens ou valores. Ao ser concedido o adiantamento, o funcionário verificar a regulamentação através do Decreto Executivo que trata do assunto. A sua aplicação deve obedecer aos seguintes princípios: Movimentação através de cheques nominativos, sacados sobre conta aberta pelo responsável em Banco Oficial.. A abertura da conta deve-se verificar no menor prazo possível (ex:. 3 dias) Os saldos não utilizados e as importâncias retidas a favor de terceiros (I.R, ISS) deverão ser recolhidos dentro do prazo de aplicação. Deve ser observada a inexistência no almoxarifado do material a ser adquirido Os comprovantes de despesas deverão ser expedidos em nome do órgão, com indicação da unidade administrativa e os recibos de pagamento serão passados pelas as firmas no próprio documento.

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Serão considerados em alcance os responsáveis por adiantamentos que não apresentarem a comprovação dentro do prazo fixado e neste caso estarão sujeitos a multa e a competente tomada de contas. Uma vez aprovada a prestação de contas, o processo voltará ao órgão contábil para: Escrituração, no sistema patrimonial, quando se tratar de compra de material permanente, ou de execução de obras. Baixa na responsabilidade do servidor Se a comprovação for impugnada, a autoridade ordenadora devolverá o processo ao órgão contábil para o registro definitivo da responsabilidade do servidor e a formalização da respectiva tomada de contas, cuja tramitação obedecerá à as normas estabelecidas tanto pelo órgão de controle interno como pelo Tribunal de Contas. PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS Sendo o orçamento um instrumento de controle da administração financeira do ente governamental é absolutamente necessário que hajam regras a serem seguidas ainda que nem todos autores sejam unânimes ao elencar os princípios orçamentários. Lino Martins da Silva em seu livro “ Contabilidade Governamental” analisa os Princípios Orçamentários sob dois aspectos relacionados ao fins a que se propõe o orçamento: gerais e específicos. Anualidade – Estabelece o período de vigência do orçamento. Para as despesas o princípio é bastante claro, pois as autorizações legislativas Orçamentárias para gastar estão limitadas ao período de um ano. Com relação às receitas os cálculos dos prováveis ingressos são apenas previsões e decorrentes de leis de vigência permanente sempre votados anteriormente à Lei do Orçamento. A regra da anualidade beneficia o controle prévio e subseqüente do Poder Legislativo. Existem países cujos Estados elaboram e executam o orçamento num período de dois anos. Unidade – O princípio estabelece que todas as receitas e despesas devem estar contidas em uma só lei orçamentária. A Constituição Federal estabeleceu o princípio da Unidade quando definiu que a lei orçamentária anual compreenderá o orçamento fiscal referente aos poderes públicos, seus fundos, órgãos e entidades de administração direta e indireta inclusive fundações e ainda o orçamento de investimentos das empresas e o orçamento de seguridade social. A descentralização institucional e financeira das atividades governamentais ocasiona o rompimento desses princípios, pois as entidades que tem autonomia orçamentária não incluem no orçamento anual . O princípio da unidade significa que todos os recursos devem fluir para uma caixa única. Universalidade – É de fundamental importância, pois significa dizer que todas as receitas e todas as despesas devem constar da Lei Orçamentária pelos seus totais, vedados quaisquer deduções. È também denominado princípio do orçamento bruto. A forma mais simples de demonstra-lo é a inclusão da parcela pertencente aos municípios na arrecadação do ICMS perfazendo o total de 100% na Receita e demonstrando na Despesa os 25% do Município como transferência . A Constituição em seu artigo 167 § 1º estabelece que “nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de responsabilidade”, mostrando a preocupação com este princípio.

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Equilíbrio - As teorias que sempre defenderam um orçamento equilibrado se tornam discutíveis diante das teorias modernas que acumulam na perspectiva de assegurar cobertura para as despesas governamentais e sobretudo meios para o Estado intervir na economia, exercendo pressão sobre a estrutura produtiva, modificando a distribuição de renda. O desequilíbrio orçamentário só se transforma em problema quando apresenta déficit continuado no decorrer de vários exercícios, porque transfere para a população do futuro o ônus do desequilíbrio presente. È criticável se ocorrer déficit da Despesa Corrente com utilização de recursos do crédito público para cobrir despesas operacionais,. Exclusividade – O artigo 165 da Constituição estabelece que somente matéria de orçamento será constante da Lei Orçamentária para evitar que outros assuntos fossem tratados nessa lei que pelo fato de ter prazos para o seu encaminhamento, circula mais rapidamente nos canais burocráticos do Legislativo. Fica ressalvada a autorização para abertura de créditos suplementares, e contratações de operações de créditos, ainda que por antecipação de receita e trata da autorização para destinação do superavit ou cobertura o déficit. Especificação - È um aspecto formal do orçamento e tem por finalidade vedar as autorizações globais na lei orçamentária. Como conseqüência desse princípio encontraram as seguintes proibições de natureza Constitucional. Inicio de programas e projetos não incluídos no orçamento Realização de despesas ou assunção de compromissos que excedam os créditos orçamentários ou adicionais Transposição, remanejamento ou transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro sem autorização legislativa. Concessão de créditos ilimitados Utilização sem autorização, legislativa específica, de recursos do orçamento fiscal e da seguridade para cobrir déficit de empresas, fundações e fundos Instituições de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa. O artigo 166 § 8º da Constituição reforça a aplicabilidade deste princípio quando explicita; “os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes, poderão ser utilizados conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa” Publicidade – O conteúdo orçamentário deve ser divulgado, portanto, publicado através dos veículos oficiais de divulgação para conhecimento público e para a eficácia de sua validade que é o princípio para todos os atos oficiais do Governo. A publicação deve ser feita no Diário Oficial. A Constituição Federal e a Lei de Responsabilidade Fiscal trazem inovações no que diz respeito a este princípio. Clareza – Não basta a publicidade se não houver clareza no documento apresentado ao Legislativo. Sem descuidar das exigências técnicas, o orçamento deve ser claro e compreensível para qualquer individuo . Uniformidade – Também chamado de consistência. Não se pode mudar critérios de classificação das receitas e despesas públicas. Os dados têm que conter homogeneidade no decorrer dos exercícios financeiros. Não Afetação da receita - È o princípio que postula o recolhimento de todos os recursos a uma caixa única do Tesouro, sem discriminação quanto a sua destinação.

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Entretanto, a norma constitucional consagrou este princípio apenas para as receitas provenientes de impostos vedando sua vinculação a determinado órgão, fundo ou despesa ressalvados as repartições dos produtos da a) arrecadação dos impostos abaixo: Imposto de renda incidente na fonte sobre rendimentos Impostos sobre a Propriedade Territorial Rural Impostos sobre a Propriedade de Veículos Automotores Impostos sobre Circulação de Mercadorias e Serviços Impostos sobre a renda Impostos sobre Industrializados b) a destinação de recursos para manutenção e desenvolvimento do ensino, nos seguintes percentuais incidentes sobre a receita e impostos. União – nunca menos de 18% Estados, Distrito Federal e Municípios, mínimo e 25 % c) a prestação de garantia à operação de crédito por antecipação de receita Legalidade da titulação - È princípio que diz respeito às limitações que o Estado possui quanto ao seu poder de titular e incluir as seguintes vedações: Exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça Instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontram em situações equivalentes Cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do inicio da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado. Cobrar tributos no mesmo exercício em que haja sido publicidade a lei que os instituiu ou aumentou Utilizar tributo, com efeito, de confisco Estabelecer limitação ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadoras pelo Poder público. Com relação a letra “ d ” acima, a Constituição inclui ressalva no sentido do que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão à vedação descrita; nos seguintes casos; Importação de produtos estrangeiros Exportação de produtos nacionais Produtos industrializados Operações de créditos, câmbio e seguro, ou relativas a títulos e valores mobiliários Extraordinários, na eminência ou no caso de guerra externa. Visão gerencial da Administração Pública Administração Pública é todo o aparelhamento de Estado pré- ordenado à realização de seus serviços visando a satisfação das necessidades coletivas. ( Hely Lopes Meirelles) Administrar é gerir os serviços públicos, significa não só prestar serviços, executá-lo, como também dirigir, governar, exercer a vontade com o objetivo de obter um resultado útil. ( Oswaldo Bandeira de Mello) O processso de globalização acentuou no mundo todo a necessidade de se definir as funções do Estado.

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Num primeiro estágio da administração pública seus bens eram tratados como propriedade particular com utilização pelos próprios representantes do Estado e esse fato era encarado como normal. Confundia-se o Estado com quem o representava e seus agentes, orientando sua ação exclusivamente no seu fortalecimento econômico para manutenção do poder e fortalecimento patrimonial. Hoje o conceito de Estado evoluiu e qualquer ação em benefício dos seus representantes ou que não tenha como fundamento o bem estar ou o desenvolvimento econômico e social constitui desvio, levando a que seja considerada prática da corrupção. Não mais vigora a administração patrimonial alheia aos fins do Estado. Com o surgimento do capitalismo, houve mudança, que resultou na separação da atividade doméstica, que objetivava dar status e condições de subsistência ao soberano, para uma atividade profissional voltada para o Estado, em termos não exclusivamente de oferecer proteção contra ingerências externas, mas de segurança e condições de desenvolvimento econômico e social interno, com separação nítida desses ambientes com a profissionalização dos agentes do Governo. O período ao final do século XIX ficou caracterizado como Administração Burocrática, cujos princípios e características eram baseados nas diretrizes do exército prussiano. Esta administração era conhecida pelo exercício de atividades de gestão pública por um quadro administrativo composto por funcionários que eram absolutamente livres, obedecendo somente às obrigações objetivas do seu cargo, nomeados por seleção de melhor qualificação profissional, remunerados com salários fixos exercendo seus cargos como profissão única ou principal, seguindo rigorosas normas internas e submetidos a um rígido sistema de disciplina e controle de serviço. As vantagens da administração burocrática que consistiam em precisão, continuidade, disciplina, rigor e confiabilidade na máquina governamental, fizeram o sucesso dessa metodologia, que consolidou-se tanto nos sistemas econômicos capitalistas como socialistas. Contrariamente aos excessos da administração patrimonial, a administração burocrática, caracterizou-se pela rigidez nos controles e na disciplina o que fez com que a administração, com o tempo, se tornasse pesada e ineficiente, principalmente por sua ênfase nos controles centralizados. Estamos entretanto, em novos tempos, as grandes transformações tecnológicas que estão ocorrendo, a globalização, estão fazendo com que o setor público se modernize, se abra e se redimensione, sob pena de, se não o fizer estar fadado à falência e ao ostracismo. Tais transformações vêm se desenvolvendo a partir da Segunda Guerra, assumindo uma dinâmica mais acelerada a partir da década de 80. A queda do muro de Berlim em 1989, a dissolução da União Soviética em 1991-1992 a interdependência das nações, menor poder auto regulador facilitaram a movimentação internacional de fluxos financeiros e comerciais, dificultando a capacidade de decidir de forma autônoma. O crescente descontentamento com o excesso de burocracia, promoveram o inicio e posteriormente a implantação, no setor público de formas de gestão importadas diretamente do setor privado, onde a ênfase maior recai no objetivo de cortar custos e aumentar a produtividade. Foi-se buscar na iniciativa privada formas de administração que dessem maior impulso na atividade governamental. O grande problema é que o modelo é inadequado à administração pública por ser essencialmente técnico e totalmente apolítico. Na administração privada a política e mercado devem constituir esferas separadas. A política surge sempre que há conflito de interesse e conflitos surgem sempre que há um ser existindo. O grande gancho dessa administração é a eficiência operacional sempre conseguida através de planejamento técnico, que é desenvolvido dentro de planos e metas pré estabelecidas.

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Na administração pública essas metas são mudadas conforme decisão política da administração, razão pela qual tem que haver maior flexibilidade nas decisões. Esta é a razão pela qual entende-se que no setor público o planejamento estratégico é mais adequado, pois em nível gerencial e operacional inclui também a definição de setores envolvidos, suas metas, objetivos e atribuições das responsabilidades inerentes a cada área a partir do nível mais elevado. Atualmente o papel do Estado mudou. A ênfase governamental está voltada para a meta de propiciar condições à iniciativa privada de competir em nível global e não apenas internamente. O Brasil procura acompanhar o ritmo. A meta é diminuir o tamanho do Estado e intervir cada vez menos na economia, propiciando ao setor privado alcançar tais objetivos em proveito da coletividade. Controle e Avaliação Até encerrar-se o século XX, os dirigentes brasileiros tiveram uma visão distorcida com relação à avaliação. Elaboram-se tabelas, preparam-se relatórios estatísticos, e avalia-se. No entanto, a maior parte dessas contas tem relações com insumos. Quanto foi despendido, quantas pessoas foram atendidas, quantas doses de vacinas foram aplicadas, e que serviços cada pessoa recebeu . Mas e os resultados? Na verdade não é fácil avaliar o resultados. Normalmente serão precisos vários anos para desenvolver medidas ou critérios de avaliação adequados. Finalmente nossos administradores se conscientizam que não basta medir processos. Existe uma diferença fundamental entre medir eficiência e efetividade. A eficiência mede o custo de cada unidade de produção e efetividade mede a quantidade dos resultados, o grau em que ela atingiu o resultado desejado. Existe compensação ou satisfação em saber que fazemos com eficiência um trabalho que não deveria continuar a ser feito? As escolas medem o número de alunos matriculados ou que conseguiram completar o primeiro grau, quando avaliação de resultado poderia ser quantos conseguiram emprego, quanto se conseguiu baixar o índice de criminalidade, quanto se diminuiu no pagamento do seguro desemprego, etc... Ainda veremos nos orçamentos públicos a meta para construção de estradas não os km construídos e/ou asfaltadas, mas o prazo de vida útil das estradas! W.Edwards Deming aponta que as organizações podem solucionar seus problemas mais rapidamente se os empregados se resolverem na busca de soluções. Ainda que o Administrador possa diagnosticar o problema sem os empregados é difícil solucioná-la. Por isso, a Administração de Qualidade Total utiliza equipes e empregados geralmente conhecidos como times de qualidade, para por fim à maior parte de problemas em seus locais de trabalho. Assim, nas medidas de desempenho é primordial o envolvimento dos funcionários para implementar os critérios e os parâmetros. Antes, o controle se resumia em analisar o cumprimento legal das normas, hoje ele se completa com a avaliação de desempenho. A função de controle como uma das componentes das funções quanto ao objeto, devem ser exercidas em todos os níveis e em todos os órgãos. O controle deve ser exercido pela chefia competente compreendendo a execução dos programas e a observância das normas que governam as atividades especificas do órgão

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controlado, bem como a aplicação dos dinheiros públicos e da guarda dos bens pelos órgãos próprios do sistema de contabilidade e auditoria. Entende-se também como parte integrante da função a observância dos serviços executados mediante racionalização e simplificação dos processos suprimindo-se os controles que se evidenciarem puramente formais ou cujo custo se defina como superior ao risco. O controle pode ser classificado como controle contábil que compreende a salvaguarda dos ativos e a idoneidade dos registros. Caracteriza-se por ser preventivo e escritural. Seu objetivo é a segurança da veracidade do registro das operações no que se refere a legalidade dos atos e a fidelidade funcional dos agentes da administração. Controle administrativo ou operacional, compreende o plano de organização e todos os métodos e procedimentos que se relacionam com a eficiência das operações e a observância às políticas administrativas e que, em geral, relacionam-se indiretamente com os registros. Os objetivos do controle operacional são : - auxiliar o processo decisório e buscar a eficiência operacional. examinar a conveniência e a oportunidade dos programas e projetos o governo, efetuar o gerenciamento de riscos. O controle pode ser efetuado em vários momentos em relação aos fatos administrativos, assim ocorrem os controles antecedentes, concomitantes e subsequentes. No controle antecedente o objetivo é a verificação do cumprimento das leis, elaboração de contratos, instruções e regulamentos que disciplinam as atividades. O controle concomitante é exercido através da vigilância sobre o trabalho administrativo, à medida que se processam os empenhos, a arrecadação das receitas, etc... O controle subseqüente é realizado mediante a utilização de relatórios contábeis e extracontábeis bem como a realização de auditorias que possibilitem o conhecimento das ações efetivadas. A Constituição Federal de 88 inovou com relação às normas anteriores de controle interno ao instituir a responsabilidade do controle interno não sómente ao Poder Executivo mas também aos outros Poderes. Incluiu também dois dispositivos importantes para resguardar a sua independência, bem como criou a possibilidade para denúncias sobre irregularidades, assim através do § 1º art.74 explicita: os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas, sob pena de responsabilidade solidária; e o § 2º : qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas. SISTEMAS DE CONTAS

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Comparando-se com a contabilidade da iniciativa privada, a contabilidade pública apresenta-se na verdade bem mais complexa devido à gama de informações que ela fornece através de seus relatórios para o gestor. Assim, na contabilidade Pública são apresentados os Balanços Financeiro, Patrimonial, Demonstração das Variações Patrimoniais, Balanço Orçamentário e de Compensação, como resultado dos lançamentos efetuados nesses sistemas que funcionam independentes autônomos e estanques. O sistema financeiro registra os recebimentos e pagamentos de receitas e despesas orçamentárias e extra-orçamentárias e ativos e passivos financeiros. Neste sistema são registrados os fatos que se relacionem com entrada e saída de recursos financeiros, Caixa , Bancos, Despesa Orçamentária, Receita Orçamentária, Fornecedores, Pessoal a Pagar, etc. As contas do sistema Patrimonial registram os Móveis, Imóveis, Créditos, Valores, Movimento de Almoxarifado, inscrição e baixa de ativos e passivos, incorporações e desincorporações de bens independentes da execução orçamentária e as superveniências e insubsistências ativas e passivas. No sistema de compensação encontramos o controle dos atos da administração que não produzem variação patrimonial de imediato e fazem contrapartida consigo mesmas. Têm a função específica de “ controle”. E representam os bens ou valores do Poder Publico e vice-versa como por exemplo: fiança, aval, hipoteca, contratos, convênios, suprimento de fundos, adiantamentos, cauções em titulos, Diversos Responsáveis em apuração, etc... A mecânica dos lançamentos do sistema compensado será efetuada sempre debitando o ativo Compensado e creditando uma conta do Passivo compensado, e o Balanço de Compensação será apresentado logo após as contas e o resultado apurado no Balanço Patrimonial sem que a demonstração de suas contas alterem o resultado patrimonial apresentado. O sistema Orçamentário demonstra também contas de “controle” relacionadas com o orçamento . Quando do orçamento aprovado, as contas de Previsão da Receita e Fixação da Despesa e a sua execução (descentralização, empenho, liquidação e pagamento e arrecadação da receita. Similarmente às contas de compensação, efetuam controle, não produzem variação patrimonial e fazem contrapartida consigo mesmas. Deve-se observar que os lançamentos ocorrerão sempre dentro dos próprios sistemas; assim podemos afirmar que quando ocorrer a arrecadação de uma receita ou despesa efetivas, serão acionadas as contas do sistema orçamentário e financeiro; quando se tratar de fatos extra-orçamentários ( que o Órgão detém a posse momentaneamente) só no sistema financeiro, quando se tratar de receitas e despesas não efetivas, serão utilizados os sistemas orçamentário, financeiro e patrimonial e às vezes de compensação. Quando se tratar de atos administrativos, podem estar envolvidos os sistemas orçamentários e de compensação e nas operações independentes da execução orçamentária (fatos não financeiros) somente o sistema patrimonial. Ativo Este grupo compreende os bens e os direitos, ou seja, as destinações e aplicações dos recursos obtidos e que integram o patrimônio do Município os quais podem assim serem classificados de acordo com a sua natureza:

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Orçamentária ; todos os bens adquiridos ou obtidos com autorizações em leis especiais e no orçamento. Extra–orçamentária ; todos os bens obtidos através de legados ou outros de acordo com autorizações em leis especiais. Os Bens Públicos são inalienáveis. Mas essa inalienabilidade não é absoluta, porquanto a alienação pode ser autorizada em lei. Sem lei especial, que desafete o bem, e expressamente o autoriza, nenhum bem público poderá ser vendido. Como decorrência lógica do princípio da inalienabilidade, são também impenhoráveis e imprescritíveis os bens públicos. A impenhorabilidade dos bens públicos é consagrada pela própria Constituição. Conforme estabelecido no Código Civil Brasileiro, os bens são assim conceituados: Bens de “uso especial os edifícios, os terrenos, os móveis e utensílios, os de natureza industrial e outros aplicados nos serviços da Administração Pública os bens dominicais: aqueles que constituem o patrimônio público , objeto de direito pessoal ou real dessa entidade, como os valores os e outros. De acordo com as normas estabelecidas pelo Regulamento do Código de Contabilidade Pública Dec. Lei Federal nº 15.783 de 8.11.1922 os bens podem ser: - Imóveis, por sua natureza, por destino ou pelo objeto a que se referem, conforme o estabelecido no Código Civil. - Móveis, por sua natureza são suscetíveis de movimento próprio ou de remoção por força alheia ou por determinação de Lei, os direitos reais sobre objetos, móveis os direitos de obrigação e as ações correspondentes, bem como os direitos de autor. compreendendo-se entre esses diversos materiais para o serviço público, o dinheiro, valores e títulos. - Bens de Natureza Industrial – Os edifícios onde funcionam os estabelecimentos industriais compreendendo-se neles os maquinismos, ferramentas, móveis, animais, materiais de transformação tais como: Casa da Moeda, Imprensa Nacional, Escolas Industriais, etc. - Bens de Defesa Nacional – São os empregados nos serviços de defesa nacional como: - Quartéis, hospitais militares, arsenais, navios de guerra, diques, depósito de material bélico, escolas e colégios militares, campos de aviação e de exercícios, fábrica de pólvora e artefatos de guerra. - Bens científicos e artísticos são arquivo nacional e estadual, biblioteca nacional ou estadual, museus, jardim botânico, observatórios , jardim zoológico.

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- Bens de Natureza agrícola são: - Escolas de Agricultura, escolas de agronomia, fazendas de propriedade do Estado, Campos de experimentação ou demonstração. - Bens Semoventes – Os animais que se destinam a tração de veículo do serviço público desde que esse serviço não se enquadre nos de caráter industrial, agrícola ou pastoril. - Valores - entre os valores do Estado, encontramos, ações, apólices, debêntures, títulos de Dívida Pública; títulos de crédito, documentos representando valores, jóias, etc. pertencente à entidade ou a terceiros. - Créditos- Os créditos são representados pelos resíduos ativos ou pela dívida ativa, bem como, pelos direitos a receber por responsabilidades impostas a servidores da entidade e por motivo de extravio, danificação, furto ou roubo de valores. Estas contas constituem o grupo de contas do PERMANENTE do Ativo da Entidade. O Balanço Patrimonial na contabilidade Pública deverá ser apresentado separando os elementos patrimoniais financeiros dos não financeiros, tanto para o Ativo como para o Passivo . Esta forma é a determinada pelo inciso I do parágrafo 1º e no parágrafo 2º do artigo 43, que consiste na fórmula do cálculo para apuração do superávit financeiro para servir de fonte de recursos para abertura de créditos adicionais. “Artigo 43- A abertura de créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa. Parágrafo 1º- Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos: I – o Superávit Financeiro apurado no Balanço Patrimonial do exercício anterior Parágrafo 2º Entende-se por superávit financeiro, a diferença positiva, mês a mês entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de crédito a eles vinculadas”. Ativo Financeiro Segundo a Lei 4320/ 64 o Ativo Financeiro compreenderá os créditos e valores realizáveis independentes de autorização orçamentária e os valores numerários.Com esta definição a lei exclui do ativo Financeiro, todos os bens e direitos que necessitam de autorização orçamentária para suas realizações. A necessidade de se separar o financeiro do não financeiro tendo em vista a apuração do superávit financeiro, leva à classificação do Ativo Financeiro somente de valores que tenham liquidez certa dentro do exercício. Classifica-se em : Ativo Financeiro Disponível Caixa Bancos Conta Movimento Aplicações Financeiras

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Créditos em Circulação Rede Bancária Arrecadação Restos Orçamentários a Receber Créditos Diversos a Receber Impostos a Compensar Salário Família Salário Maternidade Auxílio Natalidade Realizável Diversos Devedores Responsabilidades Impostas Diversos Responsáveis Pendentes Responsabilidades Abonadas a Regularizar Despesas Diferidas Outras Contas Pendentes Ativo Real O Ativo Real representa o somatório dos bens e direitos existentes em cada unidade, ou seja, os valores contidos no Ativo Financeiro e no Ativo Não Financeiro. No Balanço Patrimonial o Ativo Real será demonstrado logo abaixo do Ativo Não Financeiro e será obtido pela equação: Ativo Real= Ativo Financeiro + Ativo Não Financeiro. Ativo Compensado As contas de Compensação representam aquelas obtidas por atos praticados pela Administração Pública, ou mesmo alheios à administração, os quais, no momento, não afetam o Patrimônio, mas que em determinado momento poderá vir a afetá-lo. São as contas: Valores em Poder de Terceiros, Devedores Por Títulos em Caução, Caixa de Depósitos Diversos, Caixa de Cauções em Títulos, Caixa de Valores Nominais Emitidos, Avais, Responsáveis por Adiantamentos, Bens Cedidos em Comodato, Bens sob Administração de Terceiros, Imóveis Locados, Mercadorias Apreendidas, Diversos Responsáveis em apuração, etc... Passivo È o agrupamento de valores que indicam os compromissos assumidos pela entidade governamental com terceiros, as quais tecnicamente se intitulam Dívida Pública, classificada como: Dívida Flutuante e Dívida Fundada.

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Passivo Financeiro Constituem este sub agrupamento as obrigações que, para seu resgate, independam de autorização especial ou orçamentária, sendo pois débitos de caixa, resgatáveis a qualquer momento. È a Dívida Flutuante, tradicionalmente classificada como Depósitos Públicos, Depósitos de Diversas Origens e Depósitos Especificados, os Restos a Pagar,etc... Inscrevem-se neste sub agrupamento os compromissos resultantes ou não da execução orçamentária. São independentes da execução orçamentária: as arrecadações por conta de terceiros, como consignações em favor de INPS, IPEMAT ou outro Instituto, relativas a parte do empregado, descontadas em folha de pagamento e não recolhidas até 3l/12, descontos efetuados nas folhas dos funcionários a favor de terceiros, as consignações a favor da Caixa Econômica Federal, o I.R. Retido na Fonte. as operações de crédito por antecipação da receita orçamentária, realizadas de acordo com as regras instituídas na Constituição do Brasil e que se inscrevem em Débitos de Tesouraria. A Lei de Responsabilidade Fiscais ou Lei Complementar l01 de 4.5.00 em seu artigo 38 estabelece com relação às operações de crédito por antecipação da receita : realizar – se á somente a partir do décimo dia do inicio do exercício; deverá ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes até o dia dez de dezembro de cada ano. Esta providência deverá eliminar os Débitos de Tesouraria do passivo dos Balanços Patrimoniais. Outras que independam de autorizações orçamentárias, mas ordenadas em leis especiais e que possam criar obrigações para os Municípios, e as que se intitulam Superveniências Passivas. São de origem orçamentárias: - Os Restos a Pagar, que se constituem de despesas empenhadas e não pagas até 31/12. Originam-se de créditos orçamentários anuais ou de créditos orçamentários de vigência plurianual ( créditos especiais); neste caso os empenhos são inscritos em Restos a Pagar somente no último ano de vigência dos créditos. Esses compromissos devem ser classificados de acordo com as normas financeiras vigentes no País, em Processados e Não Processados. - Os Restos a Pagar Processados, são representados pelo saldo de despesas liquidadas e não pagas, representam aqueles valores que já atingiram o estágio da liquidação, ou seja, ao final do exercício já estavam prontos para o pagamento, porque o credor já cumpriu com as suas

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obrigações, através da entrega do material, da prestação do serviço ou entrega da obra, dentro do exercício, tendo por conseguinte o direito líquido e certo de receber. - Os Restos a Pagar Não Processados, ou saldo de despesas empenhadas e não liquidadas são os valores das despesas que estando empenhadas não conseguiram, por algum motivo, atingir o estágio da liquidação até o dia 3l de dezembro. Essas despesas estão na dependência da prestação do serviço, do fornecimento do material ou da execução da obra ou parte do credor, portanto o seu direito ainda não foi apurado. Os Decretos e encerramento de exercício devem dar as orientações com respeito aos saldos dos empenhos, se forem declarados insubsistentes, ou devem ser relacionados em Restos a Pagar não processados. - Serviços da Dívida a Pagar, que se constituem de empenhos feitos e não pagos, até o dia 3l de dezembro, de juros e amortizações da Dívida Pública. São uma espécie de Restos a Pagar e as normas estabelecidas para neles se inscreverem os empenhos não pagos são as mesmas dos Restos a Pagar. As contas componentes do Passivo Financeiro podem ser relacionadas como: Restos a Pagar - Processados e Não Processados, Retenções de Terceiros e Depósitos de Terceiros e Débitos de Tesouraria. Correspondem todas a Operações classificadas como Extra-orçamentárias. Passivo Permanente Ou Não Financeiro Classificam-se como Não Financeiro, todas as obrigações que dependam de autorização orçamentária para sua liquidação ou pagamento. A dívida pública contraída para atender financiamentos de serviços e obras públicas é a mais relevante deste grupo de contas, incluindo-se também as contas de Provisões. Assim, teremos: Dívida Fundada Interna e Externa (ou Consolidada ) Provisões para Férias, Provisões para 13º, para Impostos, etc... Passivo Real È o somatório de todas as obrigações classificadas como financeiras e não financeiras. Saldo Patrimonial ou Patrimônio Líquido A equação Ativo – Passivo = Patrimônio Líquido é a situação encontrada quando o Ativo é maior que o Passivo. Se o Passivo for maior que o ativo temos o Passivo Real a Descoberto. Passivo Compensado Representa a contrapartida dos valores registrados no Ativo Compensado, porque há necessidade de que os registros sejam em valores correspondentes aos que foram registrados no Ativo Compensado para que não afetem a situação patrimonial obtida. Variações Patrimoniais A sua demonstração é uma das peculiaridades da Contabilidade Pública.

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São contas específicas que demonstram as variações ocorridas nas operações patrimoniais. O artigo 100 da Lei 4320/ 64 estabelece: “ As alterações da situação líquida patrimonial, que abrangem os resultados da execução orçamentária, bem como as variações independentes dessa execução e as superveniências e insubsistências ativas e passivas, constituirão elementos da conta patrimonial”. As contas representativas de bens direitos e obrigações em um balancete não demonstram os fatos que ocorreram e levaram à variação de determinado ítem patrimonial. As contas Aquisição de Bens Móveis, Reavaliação de Bens Móveis, Doação de Bens, Concessão de Empréstimos, Amortização de Empréstimos, darão uma clara visão das ocorrências. Variações Ativas são as contas que representam o aumento dos valores ativos ou de diminuição de valores do passivo.Variações Passivas são as contas que representam a diminuição do Ativo ou aumento do Passivo Variações Extra- Orçamentárias ( Superveniências e Insubsistências) Dentre as Variações ativas extra-orçamentárias devemos encontrar as alterações patrimoniais aumentativas que ocorrem independentes da execução orçamentária, denominadas de superveniências ativas e de insubsistências passivas , tais como: doação recebidas de bens. Inscrição da dívida ativa, cancelamento de Restos a Pagar, etc... Dentre Variações Passivas Extra-orçamentárias encontramos as alterações patrimoniais diminutivas que ocorrem independentes da execução do orçamento, denominadas de insubsistências Ativas e de superveniências Passivas tais como: extravio de bens, consumo de bens, cancelamento da dívida Ativa, atualização monetária de dívidas, etc... Nas contas de superveniências e de insubsistências não estarão representados movimentos de recursos financeiros. Essas contas, que são oriundas de fatos modificativos, representam as alterações ocorridas nos bens, direitos e obrigações que modificaram o patrimônio líquido independentes do orçamento. Lançamentos no sistema Orçamentário: A PREFEITURA DE CRATOPÒLIS TEVE SEU ORÇAMENTO APROVADO PARA O EXERCICIO DE 2008 COM OS SEGUINTES VALORES. RECEITA RECEITA TRIBUTARIA 5.200.000 TRANSF. CORRENTES 1.060.000 OPERAÇÕES DE CRÉDITO 800.000 TOTAL 7.060.000

DESPESA GABINETE DO PREFEITO PESSOAL .600,000

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INVESTIMENTO 290.000 SECRETARIA DE AGRICULTURA PESSOAL 500.000 INVESTIMENTO 500.000 SEC. EDUCAÇÃO INVESTIMENTO 5.170.000 TOTAL 7.060.000 A Receita Tributária foi arrecadada no total de 14.820.000 As transferências correntes somaram 2.000.000 a operação de crédito contratada foi realizada Pagou-se folhas do Gabinete do Prefeito 420.000 Foi construída uma escola já inaugurada no valor de 4.800.000 O investimento no Gabinete do Prefeito foi realizado e pago Com o excesso de arrecadação foi aberto um crédito ESPECIAL para asfaltar a estrada que liga ao Município vizinho no valor de 8.000.000 O crédito foi aberto em 28/07/06 A FOLHA DA SAGRI foi empenhada no valor de 480.000 sendo que foi descontado INSS no valor de 4 mil. e liquidada em 460 mil Foi adquirido trator já entregue no valor de 400.000 � Efetue os lançamentos e levante o Balanço Orçamentário. � Responda: Qual a validade do Crédito Especial aberto? Contabilize as Receitas e as Despesas abaixo denominadas e levante com os dados o Balanço Orçamentário da Prefeitura de Içalândia DISCRIMINAÇAO ORÇADO EXECUTADO Recursos arrecadados de IPTU 84.000 98.000 Recebimento de ICMS arrecadado pelo Estado 160.000 220.000 Arrecadação da Dívida Ativa 30.000 20.000 Pagamento da folha dos Vereadores 15.000 12000 Recebimento do valor do leilão autorizado 25.000 27.000 Recebeu o valor do empréstimo autorizado pelo Senado

250.000 200.000

Foi aberto um Crédito Especial para atender Programas Novos do Orçamento

30.000 10.000

Foi paga a folha da SEDUC 20.000 18.000 Foi pago o aluguel do prédio onde funciona uma escola

12.000 12.000

Houve pagamento de combustível para o Gab.Prefeito 5.000 3.000 Foi paga a folha da Se. Saúde 50.000 20.000 Foram adquiridos equipamentos para a mesma Sec. 35.000 25.000 Foi asfaltada a estrada que liga a BR 163 ao Município 250.000 200.000 Responda:

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a) Qual foi o resultado de Previsão b) Qual o resultado de Execução

BALANÇO ORÇAMENTÁRIO

RECEITA DESPESA

Títulos Previsão Execução Diferenças Títulos Fixação Execução Diferenças

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RECEITAS CORRENTES Receita Tributária Receita Patrimonial Receita Industrial Transferências Correntes Receitas Diversas RECEITAS DE CAPITAL

CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS E SUPLEMENTARES CRÉDITOS ESPECIAIS CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS

SOMA

DÉFICITS

TOTAL

ANEXO Nº 13 (Lei 4.320/64)

BALANÇO FINANCEIRO RECEITA DESPESA

Títulos R$ R$ R$ Títulos R$ R$ R$

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ORÇAMENTÁRIA Receitas Correntes Receita Tributária Receita Patrimonial Receita Industrial Transferências Correntes Receitas Diversas Receitas de Capital EXTRA- ORÇAMENTÁRIA Restos a Pagar (Contrapartida da Despesa a Pagar) Serviço da Dívida a Pagar (Contrapartida da Despesa a Pagar) Depósitos Outras Operações SALDO DO EXERCÍCIO ANTERIOR Disponível Caixa Bancos e Correspondentes Exatores Vinculado em C/C Bancária

ORÇAMENTÁRIA Legislativa Judiciária Administração e Planejamento Agricultura Comunicações Defesa Nacional e Segurança Pública Desenvolvimento Regional Educação e Cultura Energia e Recursos Minerais Habitação e Urbanismo Indústria, Comércio e Serviços Relações Exteriores Saúde e Saneamento EXTRA- ORÇAMENTÁRIA Restos a Pagar (Pagos no exercício) Serviço da Dívida a Pagar (pago) Depósitos Outras Operações SALDO P/ EXERCICIO SEGUINTE Disponível Caixa Bancos e Correspondentes Exatores Vinculado em C/C Bancária

TOTAL TOTAL A Prefeitura de Sonho Azul do Oeste encerrou o Balanço Patrimonial em 2006 com os seguintes valores: ATIVO PASSIVO

Ativo Financeiro 440.000 Passivo Financeiro 170.000

Caixa 20.000 Restos a Pagar 130.000 Bancos 420.000 Depósitos 10.000

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Débitos de Tesouraria 30.000

REALIZÁVEL

Div.Responsáveis 50.000 ATIVO PERMANENTE

600.000 PASSIVO PERMANENTE

820.000

Bens Móveis 2 80.000 Div.Fundada Interna 820.000 Bens Imóveis 200.000 Bens Semoventes 120.000 Soma do Ativo Real 1090.000 SomadoPassivoReal 990.000 Saldo Patrimonial 100.000 Soma 1090.000 Ativo Compensado Passivo Compensado Valores em Poder de Terceiros

50.000 Contrap.de Val.Terceiros 50.000

Total Geral 1.140.000 Total Geral 1140.000 1- Foram arrecadadas as Receitas Tributárias 940.000

2- Foi recebida a Operação de Crédito contratada 1.000.000

3- Foi paga a folha vr. bruto de 97.000 do Gab. do Prefeito sendo que o desconto do INSS foi no valor de 8.700

97.000

4- Foi asfaltada a estrada que liga a cidade ao município vizinho já tendo sido inaugurada

1.000.000

5- Foi paga a folha do pessoal da educação tendo sido descontado o INSS em 12.000 e o valor bruto

118.000

6- Foi paga a folha do pessoal da saúde tendo sido descontado INSS no valor de 8.000 valor bruto de

78.000

7- Foi construído um posto de saúde e a ultima medição não foi paga porque houve erro na fatura apresentada

49.000

8- Foram construídas salas de aula já inauguradas 53.000

9- Foram recebidas as transferências correntes 600.000

10- Houve arrecadação da Receita Patrimonial 4.000

11- Houve recolhimento por conta do processo do T.Contas que debitou o Tesoureiro no valor de

20.000

12- Foram pagos Restos a Pagar N Processados 50.000

13- Foi paga a operação de crédito por antecipação de receita ANEXO Nº 15 (Lei nº 4.320/64)

DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS VARIAÇÕES ATIVAS VARIAÇÕES PASSIVAS

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Títulos R$ R$ R$ Títulos R$ R$ R$

RECEITA

ORÇAMENTÁRIA Receitas Correntes Receita Tributária Receita Patrimonial Receita Industrial Transferências Correntes Receitas Diversas Receitas de Capital Aquisições de Bens Móveis

Construção e Aquisição de Bens Imóveis Construção e Aquisição de Bens de Natureza Industrial Aquisição de Títulos e Valores Empréstimos Concedidos Diversos Inscrição da Dívida Ativa

Inscrição de Outros Créditos Incorporação de Bens (doações, legados, etc) Cancelamento de Dívidas Passivas Diversas Total das Variações Ativas RESULTADO PATRIMONIAL Déficit Verificado (se for o Caso)

TOTAL GERAL TOTAL GERAL A Prefeitura de Portal da Amazônia encerrou o Balanço Patrimonial em 2007 com os seguintes valores:

RESULTANTES DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

MUTAÇÕES PATRIMONIAIS

INDEPENDENTES DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

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ATIVO PASSIVO

Ativo Financeiro 440.000 Passivo Financeiro

170.000

Caixa 20.000 Restos a Pagar 130.000 Bancos 420.000 Depósitos 10.000 Débitos de

Tesouraria 30.000

REALIZÁVEL

Div.Responsáveis 50.000 ATIVO PERMANENTE

600.000 PASSIVO PERMANENTE

820.000

Bens Móveis 2 80.000 Div.Fundada Interna 820.000 Bens Imóveis 200.000 Bens Semoventes 100.000 Créditos 20.000 Soma do Passivo

Real 990.000

Soma do Ativo Real 1090.000 Saldo Patrimonial 100.000 Soma 1090.000 Ativo Compensado Passivo Compensado Valores em Poder de Terceiros

50.000 Contrap.de Val.Terceiros

50.000

Total Geral 1.140.000 Total Geral 1140.000

1- Foram arrecadadas as Receitas Tributárias 940.000

2- Foi recebida a Operação de Crédito contratada 1.000.000

3- Foi paga a folha vr. bruto de 97.000 do Gab. do Prefeito sendo que o desconto do INSS foi no valor de 8.700

97.000

4- Foi asfaltada a estrada que liga a cidade ao município vizinho já tendo sido inaugurada

1.000.000

5- Foi paga a folha do pessoal da educação tendo sido descontado INSS em 12.000 e e o valor bruto

118.000

6- Foi paga a folha do pessoal da saúde valor bruto de 80.000 tendo sido descontado INSS no valor de 8.000 recolhido ao INSS

7- Foi construído um posto de saúde e a ultima medição não foi paga porque houve erro na fatura apresentada

49.000

8- Foram construídas salas de aula já inauguradas 53.000

9- Foram recebidas as transferências correntes 600.000

10- Houve arrecadação da Receita Patrimonial 4.000

11- Houve recolhimento por conta do processo do T.Contas

que debitou o Tesoureiro no valor de

20.000

12- Foram pagos Restos a Pagar N Processados 50.000

13- Foram adquiridos animais para a Segurança já entregues 50.000

14- Foi arrecadada a Dívida Ativa já inscrita 15.000

Os saldos apurados no sistema financeiro são: Caixa 20 Bancos 1571.7 Div. Resp.30 R/P/N/Proc. 129 R/P/ Proc. zero Depósitos 10Débitos de Tes.30 Consig.INSS 20.7 Transf. Financeiras D-1447 C- 2559

ANEXO Nº 14 (Lei 4.320/64)

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BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO PASSIVO

Títulos R$ R$ R$ Títulos R$ R$ R$ ATIVO FINANCEIRO Disponível Caixa Bancos e Correspondentes Exatores Vinculado Em C/C Bancária Realizável ATIVO PERMANENTE Bens Móveis Bens Imóveis Bens de Natureza Industrial Créditos Valores Diversos Soma do Ativo Real SALDO PATRIMONIAL Passivo Real Descoberto ATIVO COMPENSADO Valores em Poder de Terceiros Valores de Terceiros Valores Nominais Emitidos Diversos

PASSIVO FINANCEIRO Restos a Pagar Serviço da Dívida a Pagar Depósitos Débitos de Tesouraria PASSIVO PERMANENTE Dívida Fundada Interna Em Títulos Por Contratos Diversos Soma do Passivo Real SALDO PATRIMONIAL Ativo Real Líquido PASIVO COMPENSADO Contrapartida de Valores Em Poder de Terceiros Contrapartida de Valores de Terceiros Contrapartida de Valores Nominais Emitidos Diversos

TOTAL GERAL TOTAL GERAL Considere o quadro abaixo e responda às questões:

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Despesas Fixadas 1.400 Receitas Previstas 1.400

Receitas Arrecadadas 1.300 Despesas Empenhadas 1.000 Despesas Pagas 600 Aquisição de Bens 400 Amortizações da Dívida 200 Cobrança da Dívida Ativa 20 Alienação de Bens 300 Empréstimos Tomados 180 Doações de Bens Recebidos 80 Inscrição da Dívida Ativa 20 Doações de Bens Concedidos 20 Cancelamento da Dívida Ativa 30

O resultado Orçamentário foi de: a- ( ) 400 b- ( ) 300 c- ( ) 100 d- ( ) (300) e - ( ) (100) O resultado patrimonial do Exercício foi: a- ( ) 400 b- ( ) 300 c- ( ) 150 d- ( ) 200 e- ( ) 450 Quanto ao endividamento da Entidade foi : a- ( ) aumentado b- ( ) diminuído c- ( ) rolado d- ( ) pelo demonstrativo não tem condições de concluir e- ( ) aumentado em 20 Quanto à capitalização podemos concluir que a Unidade está:

a- ( ) se capitalizando b- ( ) se descapitalizando c- ( ) em equilíbrio d- ( ) nada se pode concluir e- ( ) houve uma capitalização de 100

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BIBLIOGRAFIA Ferreira , Acy Castrillon – “A Contabilidade Pública como Instrumento de Gestão”. Dissertação de Mestrado – PUC – SP – 2001 Iudícibus, Sérgio de – Teoria da Contabilidade – Atlas Kohama, Heilio – Contabilidade Pública.Teoria e Pratica – Atlas Martins, Eliseu – Contabilidade de Custos – Atlas Pires, João Batista Fortes de Souza - Contabilidade Pública. Teoria e Pratica. Franco & Fortes – 2001 Silva, Martins Lino – Contabilidade Governamental.Um enfoque Administrativo – Atlas