apostila curso de contabilidade publica

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ALUNO (A): ------------------------------------------------------------------------------------- PROFESSOR (A): ---------------------------------------------------------------------------- CURSO DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL CONTABILIDADE PÚBLICA E O PLANO DE CONTAS OBRIGATÓRIO A PARTIR DE 2013 SEPLAN Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico

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Page 1: Apostila Curso de Contabilidade Publica

ALUNO (A): -------------------------------------------------------------------------------------

PROFESSOR (A): ----------------------------------------------------------------------------

CURSO DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

CONTABILIDADE PÚBLICA E O PLANO DE

CONTAS OBRIGATÓRIO A PARTIR DE 2013

SEPLAN

Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento

Econômico

Page 2: Apostila Curso de Contabilidade Publica

GOVERNO DO ESTADO DO AMAZONAS

2

DE 1

889

21DENOVEM

BROJ

NUHO

DE1 83 2

22 DE

CONTABILIDADE PÚBLICA E O PLANO

DE CONTAS OBRIGATÓRIO A PARTIR

DE 2013

Realização: CETAM/SEPLAN

Carga Horária: 15h

Horário: 14h às 17h45min

Período: 8 a 11 de outubro de 2012

Público Alvo: Servidores públicos que atuam na área contábil e afins das entidades estaduais.

Instrutor:

Oswaldo Demósthenes L. Chaves Jr. Contador e Mestre em Contabilidade e Controladoria

[email protected]

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CONTABILIDADE PÚBLICA E O PLANO DE CONTAS OBRIGATÓRIO A PARTIR DE 2013 Oswaldo Demósthenes L. Chaves Jr.

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RESUMO DO CURRÍCULO DO INSTRUTOR:

Possui graduação em Ciências Contábeis, mestrado em Contabilidade e Controladoria, ambos pela

UFAM. É membro da Academia de Ciências Contábeis do Estado do Amazonas. Tem 27 anos de

experiência profissional, entre o setor privado (11 anos) e o setor público (16 anos), compreendendo

vivência nas áreas contábil, financeira, auditoria e em cargos de liderança. Atualmente tem como

atividade principal o exercício da auditoria governamental, na condição de servidor concursado do

Tribunal de Contas do Estado do Amazonas. Também ministra treinamentos nas áreas de

contabilidade pública, administração financeira e orçamentária governamental.

OBJETIVO DO CURSO:

Apresentar aos servidores conhecimentos essenciais sobre o Plano de Contas Aplicado ao Setor

Público (PCASP), contextualizados no ambiente da contabilidade governamental.

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CONTABILIDADE PÚBLICA E O PLANO DE CONTAS OBRIGATÓRIO A PARTIR DE 2013 Oswaldo Demósthenes L. Chaves Jr.

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SUMÁRIO

1. ORÇAMENTO PÚBLICO ................................................................................................................ 4

1.1. Atividade Financeira do Estado ......................................................................................................... 4

1.2. Conceito de Orçamento Público ........................................................................................................ 4

1.3. Princípios Orçamentários: universalidade, equilíbrio e transparência ............................................... 4

1.4. Receita Orçamentária ......................................................................................................................... 5

1.5. Despesa Orçamentária ....................................................................................................................... 8

1.6. Fonte/Destinação de Recursos ......................................................................................................... 15

2. CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO (CASP) ............................................... 15

2.1. Introdução à CASP .......................................................................................................................... 15

2.2. Conceito, objetivo, objeto e função social da CASP ....................................................................... 17

2.3. Campo de Aplicação da CASP ........................................................................................................ 17

2.4. Patrimônio Público ........................................................................................................................... 17

2.5. Variações Patrimoniais .................................................................................................................... 17

3. PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO (PCASP) ......................................... 18

3.1. Conceitos Preliminares .................................................................................................................... 18

3.2. O Plano de Contas Aplicado ao Setor Público ................................................................................. 19

3.3. Relação de Contas ............................................................................................................................ 20

3.4. Principais diretrizes do PCASP ....................................................................................................... 25

3.5. Responsabilidades ............................................................................................................................ 25

3.6. Campo de aplicação ......................................................................................................................... 26

3.7. Estrutura do PCASP ......................................................................................................................... 26

4. EXERCÍCIO PRÁTICO SOBRE O USO DO PCASP ................................................................... 30

4.1. Dados para resolução ....................................................................................................................... 30

4.2. Lançamentos contábeis típicos do setor público .............................................................................. 33

REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................... 42

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CONTABILIDADE PÚBLICA E O PLANO DE CONTAS OBRIGATÓRIO A PARTIR DE 2013 Oswaldo Demósthenes L. Chaves Jr.

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1. ORÇAMENTO PÚBLICO

1.1. Atividade Financeira do Estado

A Administração Pública aufere receitas e gera despesas com a finalidade de oferecer bens e

serviços necessários ao bem comum. Nesse movimento acontece o que os estudiosos denominam de

atividade financeira do Estado. Matias-Pereira (2008) explica que a atividade financeira do Estado

corresponde ao desempenho das atividades políticas, sociais, econômicas, administrativas, entre

outras, constituem sua finalidade precípua. Consiste ainda em obter, criar, gerir e despender o

dinheiro indispensável ao custeio das necessidades públicas. O autor acrescenta que tal atividade é

desenvolvida em quatro áreas: receita pública (obter), despesa pública (despender), orçamento

público (gerir) e crédito público (criar). O Crédito Público é um dos processos pelos quais o Estado

pode obter uma receita pública. Nesse caso, caracteriza-se um empréstimo, o qual necessariamente

deverá ser reembolsado.

1.2. Conceito de Orçamento Público

O orçamento é o instrumento de que dispõe o Poder Público para expressar, em determinado

período, seu programa de atuação, discriminando a origem e o montante dos recursos a serem

obtidos , bem como a natureza e o montante dos dispêndios a serem efetuados (PISCITELLI;

TIMBÓ; ROSA, 2004).

A receita e a despesa orçamentárias assumem, na Administração Pública, fundamental importância,

pois representam o montante que o Estado se apropria da sociedade por intermédio da tributação e a

sua contrapartida aos cidadãos por meio da geração de bens e serviços.

É relevante destacar que a relação entre a receita e a despesa é fundamental para o processo

orçamentário, visto que a previsão da receita dimensiona a capacidade governamental em fixar a

despesa, entendendo a receita orçamentária como o mecanismo de financiamento do Estado, sendo

considerada também a decorrente de operações de crédito. Além disso, de acordo com o art. 9º da

Lei de Responsabilidade Fiscal, a arrecadação é instrumento condicionante da execução

orçamentária da despesa.

1.3. Princípios Orçamentários: universalidade, equilíbrio e transparência

O Princípio da Universalidade foi Estabelecido, de forma expressa, pelo caput do art. 2º da Lei no

4.320, de 1964, recepcionado e normatizado pelo §5o do art. 165 da Constituição Federal,

determina que a LOA de cada ente federado deverá conter todas as receitas e despesas de todos os

poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.

De acordo com o Princípio do Equilíbrio, deve haver compatibilidade entre receita e despesa, de

forma que as contas públicas não sejam afetadas por déficits. O equilíbrio formal do orçamento é

observado quando a lei orçamentária prevê receitas e fixa despesas em montantes iguais. O

equilíbrio material está mais ligado à execução equilibrada do orçamento do que à sua publicação

com montantes iguais de receita e despesa.

O Princípio da Transparência aplica-se também ao orçamento público, pelas disposições contidas

nos arts. 48, 48-A e 49 da Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, que determinam ao governo, por

exemplo: divulgar o orçamento público de forma ampla à sociedade; publicar relatórios sobre a

execução orçamentária e a gestão fiscal; disponibilizar, para qualquer pessoa, informações sobre a

arrecadação da receita e a execução da despesa.

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CONTABILIDADE PÚBLICA E O PLANO DE CONTAS OBRIGATÓRIO A PARTIR DE 2013 Oswaldo Demósthenes L. Chaves Jr.

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1.4. Receita Orçamentária

A matéria pertinente à receita está disciplinada no art. 3º, conjugado com o art. 57, e no art. 35 da

Lei 4.320/64:

Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de

crédito autorizadas em lei.

Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as operações de credito por

antecipação da receita, as emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias, no

ativo e passivo financeiros.

[...]

Art. 57. Ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo 3º desta lei serão classificadas

como receita orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive

as provenientes de operações de crédito, ainda que não previstas no Orçamento.

Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:

I - as receitas nele arrecadadas;

II - as despesas nele legalmente empenhadas.

Para fins contábeis, quanto ao impacto na situação líquida patrimonial, a receita pode ser “efetiva”

ou “não-efetiva”:

Receita Orçamentária Efetiva – aquela que, no momento do reconhecimento do crédito,

aumenta a situação líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil modificativo

aumentativo.

Receita Orçamentária Não Efetiva – aquela que não altera a situação líquida patrimonial no

momento do reconhecimento do crédito e, por isso, constitui fato contábil permutativo, como é o

caso das operações de crédito.

Em sentido amplo, os ingressos de recursos financeiros nos cofres do Estado denominam-se

Receitas Públicas, registradas como Receitas Orçamentárias, quando representam disponibilidades

de recursos financeiros para o erário, ou Ingressos Extraorçamentários, quando representam apenas

entradas compensatórias.

Em sentido estrito, chamam-se públicas apenas as receitas orçamentárias1.

1.4.1. CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA POR NATUREZA

O § 1º do art. 8º da Lei 4.320/64 define que os itens da discriminação da receita, mencionados no

art. 11 dessa lei, serão identificados por números de código decimal. Convencionou-se denominar

este código de natureza de receita.

Importante destacar que essa classificação é utilizada por todos os entes da Federação e visa

identificar a origem do recurso segundo o fato gerador: acontecimento real que ocasionou o

ingresso da receita no cofre público.

Assim, a natureza de receita é a menor célula de informação no contexto orçamentário para as

receitas públicas; por isso, contém todas as informações necessárias para as devidas alocações

orçamentárias.

1 O MCASP adota a definição no sentido estrito; dessa forma, quando houver citação ao termo “Receita Pública”,

implica referência às “Receitas Orçamentárias”.

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CONTABILIDADE PÚBLICA E O PLANO DE CONTAS OBRIGATÓRIO A PARTIR DE 2013 Oswaldo Demósthenes L. Chaves Jr.

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A fim de possibilitar identificação detalhada dos recursos que ingressam nos cofres públicos, esta

classificação é formada por um código numérico de 8 dígitos que subdivide-se em seis níveis –

Categoria Econômica, Origem, Espécie, Rubrica, Alínea e Subalínea:

C O E R AA SS

Categoria

Econômica

Origem Espécie Rubrica Alínea Subalínea

Quando, por exemplo, o imposto de renda pessoa física é recolhido dos trabalhadores, aloca-se a

receita pública correspondente na Natureza de Receita código “1112.04.10”, segundo esquema

abaixo:

Como se depreende do nível de detalhamento apresentado, a classificação por natureza é a de nível

mais analítico da receita; por isso, auxilia na elaboração de análises econômico-financeiras sobre a

atuação estatal.

Abaixo um quadro-resumo da receita orçamentária por natureza, incorporando-se Categoria

Econômica e Origem

RECEITAS CORRENTES RECEITAS DE CAPITAL

1. Receita Tributária2

2. Receita de Contribuições3

3. Receita Patrimonial

4. Receita Agropecuária

5. Receita Industrial

6. Receita de Serviços

7. Transferências Correntes

9. Outras Receitas Correntes

1. Operações de Crédito

2. Alienação de Bens

3. Amortização de Empréstimos

4. Transferências de Capital

5. Outras Receitas de Capital

2 Para efeitos de classificação orçamentária, a Origem “Receita Tributária” engloba apenas as Espécies “Impostos”,

“Taxas” e “Contribuições de Melhoria”. 3 Para efeitos de Classificação Orçamentária, a “Receita de Contribuições” é diferenciada da Origem “Receita

Tributária”.

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CONTABILIDADE PÚBLICA E O PLANO DE CONTAS OBRIGATÓRIO A PARTIR DE 2013 Oswaldo Demósthenes L. Chaves Jr.

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A discriminação das naturezas de receita até o 6º nível (subalínea), padrão para todos os entes da

Federação, e respectivas funções, faz parte do VOLUME DE ANEXOS do MCASP4 (Anexo VI).

1.4.2. ETAPAS DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA

a) PLANEJAMENTO

Compreende a previsão de arrecadação da receita orçamentária constante da LOA, resultante de

metodologias de projeção usualmente adotadas, observada as disposições constantes na LRF.

A previsão de receitas é a etapa que antecede à fixação do montante de despesas que irão constar

nas leis de orçamento, além de ser base para se estimar as necessidades de financiamento do

governo.

b) EXECUÇÃO

A realização da receita se dá em três estágios: o lançamento, a arrecadação e o recolhimento.

1. Lançamento

O art. 53 da Lei 4.320/64, define o lançamento como ato da repartição competente, que verifica a

procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta. Por sua vez,

para o art. 142 do Código Tributário Nacional (CTN), lançamento é o procedimento administrativo

que verifica a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determina a matéria

tributável, calcula o montante do tributo devido, identifica o sujeito passivo e, sendo o caso, propõe

a aplicação da penalidade cabível. Uma vez ocorrido o fato gerador, procede-se ao registro contábil

do crédito tributário em favor da fazenda pública em contrapartida a uma variação patrimonial

aumentativa.

Observa-se que, segundo o disposto nos arts. 142 a 150 do CTN, a etapa de lançamento situa-se no

contexto de constituição do crédito tributário, ou seja, aplica-se a impostos, taxas e contribuições de

melhoria.

Além disso, de acordo com o art. 52 da Lei 4.320/64, são objeto de lançamento as rendas com

vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato.

2. Arrecadação

Corresponde à entrega dos recursos devidos ao Tesouro pelos contribuintes ou devedores, por meio

dos agentes arrecadadores ou instituições financeiras autorizadas pelo ente.

Vale destacar que, segundo o art. 35 da Lei 4.320/64, pertencem ao exercício financeiro as receitas

nele arrecadadas, o que representa a adoção do regime de caixa para o ingresso das receitas

públicas.

3. Recolhimento

É a transferência dos valores arrecadados à conta específica do Tesouro, responsável pela

administração e controle da arrecadação e programação financeira, observando-se o Princípio da

Unidade de Tesouraria ou de Caixa, conforme determina o art. 56 da Lei 4.320/64, a seguir

transcrito:

Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância ao princípio de

unidade de tesouraria, vedada qualquer fragmentação para criação de caixas especiais.

4 MCASP: Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, emitido pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN).

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CONTABILIDADE PÚBLICA E O PLANO DE CONTAS OBRIGATÓRIO A PARTIR DE 2013 Oswaldo Demósthenes L. Chaves Jr.

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1.5. Despesa Orçamentária

A despesa pública é o conjunto de dispêndios realizados pelos entes públicos para o funcionamento

e manutenção dos serviços públicos prestados à sociedade.

Os dispêndios, assim como os ingressos, são tipificados em orçamentários e extraorçamentários.

Segundo o art. 35 da Lei nº 4.320/1964:

“Pertencem ao exercício financeiro:

I - as receitas nêle arrecadadas;

II - as despesas nêle legalmente empenhadas.”

Dessa forma, despesa orçamentária é toda transação que depende de autorização legislativa, na

forma de consignação de dotação orçamentária, para ser efetivada.

Dispêndio extraorçamentário é aquele que não consta na lei orçamentária anual, compreendendo

determinadas saídas de numerários decorrentes de depósitos, pagamentos de restos a pagar, resgate

de operações de crédito por antecipação de receita e recursos transitórios.

Para fins contábeis, a despesa orçamentária pode ser classificada quanto ao impacto na situação

líquida patrimonial em:

- Despesa Orçamentária Efetiva - aquela que, no momento de sua realização, reduz a situação

líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil modificativo diminutivo.

- Despesa Orçamentária Não Efetiva – aquela que, no momento da sua realização, não reduz a

situação líquida patrimonial da entidade e constitui fato contábil permutativo.

Em geral, a despesa orçamentária efetiva é despesa corrente. Entretanto, pode haver despesa

corrente não efetiva como, por exemplo, a despesa com a aquisição de materiais para estoque e a

despesa com adiantamentos, que representam fatos permutativos.

A despesa não efetiva normalmente se enquadra como despesa de capital. Entretanto, há despesa de

capital que é efetiva como, por exemplo, as transferências de capital, que causam variação

patrimonial diminutiva e, por isso, classificam-se como despesa efetiva.

1.5.1. CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA POR NATUREZA

A classificação da despesa orçamentária, segundo a sua natureza, compõe-se de:

I – Categoria Econômica;

II – Grupo de Natureza da Despesa; e

III – Elemento de Despesa.

A natureza da despesa será complementada pela informação gerencial denominada “modalidade de

aplicação”, a qual tem por finalidade indicar se os recursos são aplicados diretamente por órgãos ou

entidades no âmbito da mesma esfera de Governo ou por outro ente da Federação e suas respectivas

entidades, e objetiva, precipuamente, possibilitar a eliminação da dupla contagem dos recursos

transferidos ou descentralizados.

1. Estrutura da Natureza da Despesa Orçamentária

Os arts. 12 e 13 da Lei nº 4.320/1964, tratam da classificação da despesa orçamentária por categoria

econômica e elementos. Assim como na receita orçamentária, o art. 8º estabelece que os itens da

discriminação da despesa orçamentária mencionados no art. 13 serão identificados por números de

código decimal, na forma do Anexo IV daquela Lei, atualmente consubstanciados na Portaria

Interministerial STN/SOF nº 163/2001, e constantes no MCASP.

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O conjunto de informações que constitui a natureza de despesa orçamentária forma um código

estruturado que agrega a categoria econômica, o grupo, a modalidade de aplicação e o elemento.

Essa estrutura deve ser observada na execução orçamentária de todas as esferas de governo.

O código da natureza de despesa orçamentária é composto por seis dígitos, desdobrado até o nível

de elemento ou, opcionalmente, por oito, contemplando o desdobramento facultativo do elemento:

A classificação da Reserva de Contingência bem como a Reserva do Regime Próprio de Previdência

Social, quanto à natureza da despesa orçamentária, serão identificadas com o código “9.9.99.99”,

conforme estabelece o parágrafo único do art. 8º da Portaria Interministerial STN/SOF nº 163, de

2001.

CATEGORIA ECONÔMICA

A despesa, assim como a receita, é classificada em duas categorias econômicas, com os seguintes

códigos:

Despesas Correntes

Classificam-se nessa categoria todas as despesas que não contribuem, diretamente, para a

formação ou aquisição de um bem de capital.

Despesas de Capital

Classificam-se nessa categoria aquelas despesas que contribuem, diretamente, para a formação

ou aquisição de um bem de capital.

É importante observar que as despesas orçamentárias de capital mantêm uma correlação com o

registro de incorporação de ativo imobilizado, intangível ou investimento (no caso dos grupos de

natureza da despesa 4 – investimentos e 5 – inversões financeiras) ou o registro de desincorporação

de um passivo (no caso do grupo de despesa 6 – amortização da dívida).

GRUPO DE NATUREZA DA DESPESA - GND

É um agregador de elementos de despesa com as mesmas características quanto ao objeto de gasto,

conforme discriminado a seguir:

GRUPO DE NATUREZA DA DESPESA

1 PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS

2 JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA

3 OUTRAS DESPESAS CORRENTES

4 INVESTIMENTOS

5 INVERSÕES FINANCEIRAS

6 AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA

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MODALIDADE DE APLICAÇÃO

A modalidade de aplicação tem por finalidade indicar se os recursos são aplicados diretamente por

órgãos ou entidades no âmbito da mesma esfera de Governo ou por outro ente da Federação e suas

respectivas entidades. Indica se os recursos serão aplicados diretamente pela unidade detentora do

crédito ou mediante transferência para entidades públicas ou privadas. A modalidade também

permite a eliminação de dupla contagem no orçamento.

Observa-se que o termo “transferências”, utilizado nos arts. 16 e 21 da Lei 4.320/64, compreende as

subvenções, auxílios e contribuições que atualmente são identificados em nível de elementos na

classificação da natureza da despesa. Não se confundem com as transferências de recursos

financeiros, representadas pelas modalidades de aplicação, e são registradas na modalidade de

aplicação constante da seguinte codificação atual:

MODALIDADE DE APLICAÇÃO

20 TRANSFERÊNCIAS À UNIÃO

22 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DELEGADA À UNIÃO

30 TRANSFERÊNCIAS A ESTADOS E AO DISTRITO FEDERAL

31 TRANSFERÊNCIAS A ESTADOS E AO DISTRITO FEDERAL - FUNDO A FUNDO

32 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DELEGADA A ESTADOS E AO DISTRITO

FEDERAL

35 TRANSFERÊNCIAS FUNDO A FUNDO AOS ESTADOS E AO DISTRITO

FEDERAL À CONTA DE RECURSOS DE QUE TRATAM OS §§ 1º E 2º DO ART. 24

DA LEI COMPLEMENTAR Nº 141, DE 2012

36 TRANSFERÊNCIAS FUNDO A FUNDO AOS ESTADOS E AO DISTRITO

FEDERAL À CONTA DE RECURSOS DE QUE TRATA O ART. 25 DA LEI

COMPLEMENTAR Nº 141, DE 2012

40 TRANSFERÊNCIAS A MUNICÍPIOS

41 TRANSFERÊNCIAS A MUNICÍPIOS - FUNDO A FUNDO

42 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DELEGADA A MUNICÍPIOS

45 TRANSFERÊNCIAS FUNDO A FUNDO AOS MUNICÍPIOS À CONTA DE

RECURSOS DE QUE TRATAM OS §§ 1º E 2º DO ART. 24 DA LEI COMPLEMENTAR

Nº 141, DE 2012

46 TRANSFERÊNCIAS FUNDO A FUNDO AOS MUNICÍPIOS À CONTA DE

RECURSOS DE QUE TRATA O ART. 25 DA LEI COMPLEMENTAR Nº 141, DE 2012

50 TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES PRIVADAS SEM FINS LUCRATIVOS

60 TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES PRIVADAS COM FINS LUCRATIVOS

70 TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES MULTIGOVERNAMENTAIS

71 TRANSFERÊNCIAS A CONSÓRCIOS PÚBLICOS MEDIANTE CONTRATO DE

RATEIO

72 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DELEGADA A CONSÓRCIOS PÚBLICOS

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CONTABILIDADE PÚBLICA E O PLANO DE CONTAS OBRIGATÓRIO A PARTIR DE 2013 Oswaldo Demósthenes L. Chaves Jr.

11

73 TRANSFERÊNCIAS A CONSÓRCIOS PÚBLICOS MEDIANTE CONTRATO DE

RATEIO À CONTA DE RECURSOS DE QUE TRATAM OS §§ 1º E 2º DO ART. 24 DA

LEI COMPLEMENTAR Nº 141, DE 2012

74 TRANSFERÊNCIAS A CONSÓRCIOS PÚBLICOS MEDIANTE CONTRATO DE

RATEIO À CONTA DE RECURSOS DE QUE TRATA O ART. 25 DA LEI

COMPLEMENTAR Nº 141, DE 2012

75 TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES MULTIGOVERNAMENTAIS À CONTA DE

RECURSOS DE QUE TRATAM OS §§ 1º E 2º DO ART. 24 DA LEI COMPLEMENTAR

Nº 141, DE 2012

76 TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES MULTIGOVERNAMENTAIS À CONTA DE

RECURSOS DE QUE TRATA O ART. 25 DA LEI COMPLEMENTAR Nº 141, DE 2012

80 TRANSFERÊNCIAS AO EXTERIOR

90 APLICAÇÕES DIRETAS

91 APLICAÇÃO DIRETA DECORRENTE DE OPERAÇÃO ENTRE ÓRGÃOS,

FUNDOS E ENTIDADES INTEGRANTES DOS ORÇAMENTOS FISCAL E DA

SEGURIDADE SOCIAL

93 APLICAÇÃO DIRETA DECORRENTE DE OPERAÇÃO DE ÓRGÃOS, FUNDOS E

ENTIDADES INTEGRANTES DOS ORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE

SOCIAL COM CONSÓRCIO PÚBLICO DO QUAL O ENTE PARTICIPE.

94 APLICAÇÃO DIRETA DECORRENTE DE OPERAÇÃO DE ÓRGÃOS, FUNDOS E

ENTIDADES INTEGRANTES DOS ORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE

SOCIAL COM CONSÓRCIO PÚBLICO DO QUAL O ENTE NÃO PARTICIPE

95 APLICAÇÃO DIRETA À CONTA DE RECURSOS DE QUE TRATAM OS §§ 1º E 2º

DO ART. 24 DA LEI COMPLEMENTAR Nº 141, DE 2012

96 APLICAÇÃO DIRETA À CONTA DE RECURSOS DE QUE TRATA O ART. 25 DA

LEI COMPLEMENTAR Nº 141, DE 2012

99 A DEFINIR

ELEMENTO DE DESPESA

Tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais como vencimentos e vantagens fixas, juros,

diárias, material de consumo, serviços de terceiros prestados sob qualquer forma, subvenções

sociais, obras e instalações, equipamentos e material permanente, auxílios, amortização e outros que

a administração pública utiliza para a consecução de seus fins. A descrição dos elementos pode não

contemplar todas as despesas a eles inerentes, sendo, em alguns casos, exemplificativa. A relação

dos elementos de despesa é apresentada a seguir:

ELEMENTO DE DESPESA

01 Aposentadorias do RPPS, Reserva Remunerada e Reformas dos

Militares

03 Pensões do RPPS e do Militar

04 Contratação por Tempo Determinado

05 Outros Benefícios Previdenciários do Servidor ou do Militar

06 Benefício Mensal ao Deficiente e ao Idoso

07 Contribuição a Entidades Fechadas de Previdência

08 Outros Benefícios Assistenciais do Servidor ou do Militar

Page 13: Apostila Curso de Contabilidade Publica

CONTABILIDADE PÚBLICA E O PLANO DE CONTAS OBRIGATÓRIO A PARTIR DE 2013 Oswaldo Demósthenes L. Chaves Jr.

12

10 Seguro Desemprego e Abono Salarial

11 Vencimentos e Vantagens Fixas – Pessoal Civil

12 Vencimentos e Vantagens Fixas – Pessoal Militar

13 Obrigações Patronais

14 Diárias – Civil

15 Diárias – Militar

16 Outras Despesas Variáveis – Pessoal Civil

17 Outras Despesas Variáveis – Pessoal Militar

18 Auxílio Financeiro a Estudantes

19 Auxílio-Fardamento

20 Auxílio Financeiro a Pesquisadores

21 Juros sobre a Dívida por Contrato

22 Outros Encargos sobre a Dívida por Contrato

23 Juros, Deságios e Descontos da Dívida Mobiliária

24 Outros Encargos sobre a Dívida Mobiliária

25 Encargos sobre Operações de Crédito por Antecipação da Receita

26 Obrigações decorrentes de Política Monetária

27 Encargos pela Honra de Avais, Garantias, Seguros e Similares

28 Remuneração de Cotas de Fundos Autárquicos

29 Distribuição de Resultado de Empresas Estatais Dependentes

30 Material de Consumo

31 Premiações Culturais, Artísticas, Científicas, Desportivas e Outras

32 Material, Bem ou Serviço para Distribuição Gratuita

33 Passagens e Despesas com Locomoção

34 Outras Despesas de Pessoal decorrentes de Contratos de Terceirização

35 Serviços de Consultoria

36 Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Física

37 Locação de Mão-de-Obra

38 Arrendamento Mercantil

39 Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica

41 Contribuições

42 Auxílios

43 Subvenções Sociais

45 Subvenções Econômicas

46 Auxílio-Alimentação

47 Obrigações Tributárias e Contributivas

48 Outros Auxílios Financeiros a Pessoas Físicas

49 Auxílio-Transporte

51 Obras e Instalações

52 Equipamentos e Material Permanente

53 Aposentadorias do RGPS – Área Rural

54 Aposentadorias do RGPS – Área Urbana

55 Pensões do RGPS – Área Rural

56 Pensões do RGPS – Área Urbana

57 Outros Benefícios do RGPS – Área Rural

58 Outros Benefícios do RGPS – Área Urbana

59 Pensões Especiais

61 Aquisição de Imóveis

62 Aquisição de Produtos para Revenda

63 Aquisição de Títulos de Crédito

64 Aquisição de Títulos Representativos de Capital já Integralizado

65 Constituição ou Aumento de Capital de Empresas

66 Concessão de Empréstimos e Financiamentos

67 Depósitos Compulsórios

70 Rateio pela participação em Consórcio Público

71 Principal da Dívida Contratual Resgatado

72 Principal da Dívida Mobiliária Resgatado

73 Correção Monetária ou Cambial da Dívida Contratual Resgatada

74 Correção Monetária ou Cambial da Dívida Mobiliária Resgatada

75 Correção Monetária da Dívida de Operações de Crédito por

Antecipação da Receita

76 Principal Corrigido da Dívida Mobiliária Refinanciado

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CONTABILIDADE PÚBLICA E O PLANO DE CONTAS OBRIGATÓRIO A PARTIR DE 2013 Oswaldo Demósthenes L. Chaves Jr.

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77 Principal Corrigido da Dívida Contratual Refinanciado

81 Distribuição Constitucional ou Legal de Receitas

91 Sentenças Judiciais

92 Despesas de Exercícios Anteriores

93 Indenizações e Restituições

94 Indenizações e Restituições Trabalhistas

95 Indenização pela Execução de Trabalhos de Campo

96 Ressarcimento de Despesas de Pessoal Requisitado

97 Aporte para Cobertura do Déficit Atuarial do RPPS

98 Compensações ao RGPS

99 A Classificar

As especificações dos elementos de despesa podem ser verificadas no MCASP, PARTE I, a partir

da pag. 71.

DESDOBRAMENTO FACULTATIVO DO ELEMENTO DA DESPESA

Conforme as necessidades de escrituração contábil e controle da execução orçamentária fica

facultado por parte de cada ente o desdobramento dos elementos de despesa.

1.5.2. CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS INICIAIS E ADICIONAIS

A autorização legislativa para a realização da despesa constitui crédito orçamentário, que poderá ser

inicial ou adicional.

Por crédito orçamentário inicial, entende-se aquele aprovado pela lei orçamentária anual, constante

dos orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimento das empresas estatais não

dependentes.

O orçamento anual consignará importância para atender determinada despesa a fim de que o Ente

possa executar ações que lhe caiba realizar. Tal importância é denominada de dotação.

Os créditos adicionais são as autorizações de despesas não computadas ou insuficientemente

dotadas na lei orçamentária. É o instrumento utilizado para alteração da lei orçamentária para

corrigir distorções durante a execução do orçamento, bem como imperfeições no sistema de

planejamento.

Os créditos adicionais são classificados em: a) Suplementar – destinado ao reforço de dotação

orçamentária. A LOA poderá conter autorização ao Poder Executivo para abertura de créditos

suplementares até determinada importância; b) Especial – destinado a atender despesas para as

quais não haja crédito orçamentário específico, devendo ser autorizados por lei e; c)

Extraordinário – destinado a atender despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de

guerra, comoção interna ou calamidade pública.

1.5.3. EXECUÇÃO DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA

A execução da despesa orçamentária se dá em três estágios, na forma prevista na Lei nº 4.320/1964:

empenho, liquidação e pagamento.

1. Empenho

Empenho, segundo o art. 58 da Lei nº 4.320/1964, é o ato emanado de autoridade competente que

cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. Consiste

na reserva de dotação orçamentária para um fim específico.

O empenho será formalizado mediante a emissão de um documento denominado “Nota de

Empenho”, do qual deve constar o nome do credor, a especificação do credor e a importância da

despesa, bem como os demais dados necessários ao controle da execução orçamentária.

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CONTABILIDADE PÚBLICA E O PLANO DE CONTAS OBRIGATÓRIO A PARTIR DE 2013 Oswaldo Demósthenes L. Chaves Jr.

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Embora o art. 61 da Lei nº 4.320/1964 estabeleça a obrigatoriedade do nome do credor no

documento Nota de Empenho, em alguns casos, como na Folha de Pagamento, torna-se

impraticável a emissão de um empenho para cada credor, tendo em vista o número excessivo de

credores (servidores).

Caso não seja necessária a impressão do documento “Nota de Empenho”, o empenho ficará

arquivado em banco de dados, em tela com formatação própria e modelo oficial, a ser elaborado por

cada ente da Federação em atendimento às suas peculiaridades.

Quando o valor empenhado for insuficiente para atender à despesa a ser realizada, o empenho

poderá ser reforçado. Caso o valor do empenho exceda o montante da despesa realizada, o empenho

deverá ser anulado parcialmente. Será anulado totalmente quando o objeto do contrato não tiver

sido cumprido, ou ainda, no caso de ter sido emitido incorretamente.

Os empenhos podem ser classificados em:

determinado, cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez;

previamente, tais como serviços de fornecimento de água e energia elétrica, aquisição de

combustíveis e lubrificantes e outros; e

sujeitas a parcelamento, como, por exemplo, os compromissos decorrentes de aluguéis.

É recomendável constar no instrumento contratual o número da nota de empenho, visto que

representa a garantia ao credor de que existe crédito orçamentário disponível e suficiente para

atender a despesa objeto do contrato. Nos casos em que o instrumento de contrato é facultativo, a

Lei nº 8.666/1993 admite a possibilidade de substituí-lo pela nota de empenho de despesa, hipótese

em que o empenho representa o próprio contrato.

2. Liquidação

Conforme dispõe o art. 63 da Lei nº 4.320/1964, a liquidação consiste na verificação do direito

adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito

e tem por objetivo apurar:

“Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por

base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito. §1° Essa verificação tem por

fim apurar: I – a origem e o objeto do que se deve pagar; II – a importância exata a pagar; III – a

quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação.

As despesas com fornecimento ou com serviços prestados terão por base:

§2º A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços prestados terá por base: I – o

contrato, ajuste ou acôrdo respectivo; II – a nota de empenho; III – os comprovantes da entrega de

material ou da prestação efetiva do serviço.”

3. Pagamento

O pagamento consiste na entrega de numerário ao credor por meio de cheque nominativo, ordens de

pagamentos ou crédito em conta, e só pode ser efetuado após a regular liquidação da despesa. A Lei

nº 4.320/1964, no art. 64, define ordem de pagamento como sendo o despacho exarado por

autoridade competente, determinando que a despesa liquidada seja paga. A ordem de pagamento só

pode ser exarada em documentos processados pelos serviços de contabilidade.

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CONTABILIDADE PÚBLICA E O PLANO DE CONTAS OBRIGATÓRIO A PARTIR DE 2013 Oswaldo Demósthenes L. Chaves Jr.

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1.6. Fonte/Destinação de Recursos

CONCEITO

A classificação orçamentária por fontes/destinações de recursos tem como objetivo de identificar as

fontes de financiamento dos gastos públicos. As fontes/destinações de recursos reúnem certas

Naturezas de Receita conforme regras previamente estabelecidas. Por meio do orçamento público,

essas fontes/destinações são associadas a determinadas despesas de forma a evidenciar os meios

para atingir os objetivos públicos.

Como mecanismo integrador entre a receita e a despesa, o código de fonte/destinação de recursos

exerce um duplo papel no processo orçamentário. Para a receita orçamentária, esse código tem a

finalidade de indicar a destinação de recursos para a realização de determinadas despesas

orçamentárias. Para a despesa orçamentária, identifica a origem dos recursos que estão sendo

utilizados.

Assim, mesmo código utilizado para controle das destinações da receita orçamentária também é

utilizado na despesa, para controle das fontes financiadoras da despesa orçamentária. Desta forma,

este mecanismo contribui para o atendimento do parágrafo único do art. 8º da LRF e o art. 50,

inciso I da mesma Lei:

“Art. 8º [...]

Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados

exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso

daquele em que ocorrer o ingresso.”

“Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das

contas públicas observará as seguintes:

I – a disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os recursos

vinculados a órgão, fundo ou despesa obrigatória fiquem identificados e escriturados de

forma individualizada;”

2. CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO (CASP)

2.1. Introdução à CASP

2.1.1. CONCEITO DE CONTABILIDADE

É importante se ter a consciência que por detrás da Contabilidade Aplicada ao Setor Público

(CASP), existe uma teoria que lhe dá sustentação.

De início, destaca-se que a Contabilidade pode ser analisada sob o ponto de vista científico e sob a

ótica pragmática. O objetivo científico da Contabilidade manifesta-se na correta apresentação do

Patrimônio e na apreensão e análise das causas das suas mutações. Já sob a ótica pragmática, a

aplicação da Contabilidade a uma Entidade particularizada, busca prover os usuários com

informações sobre aspectos de natureza econômica, financeira e física do Patrimônio da Entidade e

suas mutações, o que compreende registros, demonstrações, análises, diagnósticos e prognósticos,

expressos sob a forma de relatos, pareceres, tabelas, planilhas e outros meios (Conselho Federal de

Contabilidade, 2008).

Para Hendriksen e Van Breda (2007), a Contabilidade é a ciência que estuda o patrimônio das

organizações, sua evolução e mutações, com o objetivo de fornecer informações para a tomada de

decisões e o controle das entidades.

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2.1.2. PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE

Lopes e Martins (2005) ensinam que os Princípios de Contabilidade são o centro da teoria contábil

e têm a função de orientar efetivamente os procedimentos contábeis e definir a produção da

informação.

São princípios de contabilidade, de acordo com a Res. CFC 750/93:

1) o da ENTIDADE;

2) o da CONTINUIDADE;

3) o da OPORTUNIDADE;

4) o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;

5) o da COMPETÊNCIA; e

6) o da PRUDÊNCIA.

Considerando os objetivos do curso, destaca-se os princípios da oportunidade, e da competência:

O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE

Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação

dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.

Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da

informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário

ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação.

Na perspectiva do Setor Público, o Princípio da Oportunidade é base indispensável à integridade e à

fidedignidade dos registros contábeis dos atos e dos fatos que afetam ou possam afetar o patrimônio

da entidade pública, observadas as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao Setor Público.

A integridade e a fidedignidade dizem respeito à necessidade de as variações serem reconhecidas na

sua totalidade, independentemente do cumprimento das formalidades legais para sua ocorrência,

visando ao completo atendimento da essência sobre a forma.

O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA

Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros

eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do

recebimento ou pagamento.

Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação

de receitas e de despesas correlatas.

Na perspectiva do Setor Público, o Princípio da Competência é aquele que reconhece as transações

e os eventos na ocorrência dos respectivos fatos geradores, independentemente do seu pagamento

ou recebimento, aplicando-se integralmente ao Setor Público. Os atos e os fatos que afetam o

patrimônio público devem ser contabilizados por competência, e os seus efeitos devem ser

evidenciados nas Demonstrações Contábeis do exercício financeiro com o qual se relacionam,

complementarmente ao registro orçamentário das receitas e das despesas públicas.

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CONTABILIDADE PÚBLICA E O PLANO DE CONTAS OBRIGATÓRIO A PARTIR DE 2013 Oswaldo Demósthenes L. Chaves Jr.

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2.2. Conceito, objetivo, objeto e função social da CASP

O texto deste tópico foi extraído da NBC T 16.1.

2.2.1. CONCEITO

A Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência contábil que aplica, no processo

gerador de informações, os Princípios de Contabilidade e as normas contábeis direcionados ao

controle patrimonial de entidades do setor público.

2.2.2. OBJETIVO

O objetivo da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é fornecer aos usuários informações sobre

os resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do

patrimônio da entidade do setor público e suas mutações, em apoio ao processo de tomada de

decisão; a adequada prestação de contas; e o necessário suporte para a instrumentalização do

controle social.

2.2.3. OBJETO

O objeto da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o patrimônio público.

2.2.4. FUNÇÃO SOCIAL

A função social da Contabilidade Aplicada ao Setor Público deve refletir, sistematicamente, o ciclo

da administração pública para evidenciar informações necessárias à tomada de decisões, à prestação

de contas e à instrumentalização do controle social.

2.3. Campo de Aplicação da CASP

Segundo a NBC T 16.1, o campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público abrange:

a) as pessoas jurídicas de Direito Público Interno, ou seja, União, Estados, Distrito Federal,

Municípios, seus órgãos, fundos, autarquias e fundações;

b) os serviços sociais;

c) os conselhos profissionais;

d) parcialmente: entidades que possuindo personalidade jurídica de direito privado, recebam,

guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem recursos públicos, na execução de suas

atividades, para garantir procedimentos suficientes de prestação de contas e

instrumentalização do controle social.

2.4. Patrimônio Público

Patrimônio Público é o conjunto de direitos e bens (ATIVO), tangíveis ou intangíveis, onerados ou

não, adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor

público, que seja portador ou represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à

prestação de serviços públicos ou à exploração econômica por entidades do setor público e suas

obrigações (PASSIVO) (NBCASP: NBC T 16.1 e 16.2). O valor residual positivo entre o valor do

Ativo e do Passivo corresponde ao Patrimônio Líquido da entidade governamental.

2.5. Variações Patrimoniais

2.5.1. CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO

Variações patrimoniais são transações que promovem alterações nos elementos patrimoniais da

entidade do setor público, mesmo em caráter compensatório, afetando, ou não, o seu resultado.

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Assim, todas as alterações ocorridas no patrimônio são denominadas Variações Patrimoniais e

podem ser classificadas em:

Quantitativas; e

Qualitativas.

As variações quantitativas decorrem de transações que aumentam ou diminuem o patrimônio

líquido, correspondendo aos fenômenos modificativos patrimoniais e subdividindo-se em:

Variações Patrimoniais Aumentativas – quando aumentam o patrimônio líquido;

Variações Patrimoniais Diminutivas – quando diminuem o patrimônio líquido.

As variações qualitativas alteram a composição dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio

líquido, determinando modificações apenas na composição específica dos elementos patrimoniais.

Correspondem à materialização dos fenômenos permutativos patrimoniais.

Existem variações que, simultaneamente, alteram a composição qualitativa e a expressão

quantitativa dos elementos patrimoniais e são conhecidas como variações mistas ou compostas.

2.5.2. RESULTADO PATRIMONIAL

O resultado patrimonial corresponde à diferença entre o valor total das variações patrimoniais

aumentativas e o valor total das variações patrimoniais diminutivas de um dado período.

Caso o total das variações patrimoniais aumentativas sejam superiores ao total das variações

patrimoniais diminutivas, diz-se que o resultado patrimonial foi superavitário ou que houve um

superávit patrimonial. Caso contrário, diz-se que o resultado patrimonial foi deficitário ou que

houve um déficit patrimonial.

3. PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO (PCASP)

3.1. Conceitos Preliminares

3.1.1. Registro Contábil

Certos atos de gestão e os fatos contábeis precisam ser registrados para que haja o controle do

patrimônio e do orçamento público. Os registros contábeis viabilizarão a emissão de relatórios com

informações úteis aos diversos usuários da contabilidade (balancetes, balanços, demonstrativos

orçamentários específicos, etc).

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CONTABILIDADE PÚBLICA E O PLANO DE CONTAS OBRIGATÓRIO A PARTIR DE 2013 Oswaldo Demósthenes L. Chaves Jr.

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Os atos de gestão sujeitos a registro contábil são aqueles cujos efeitos possam produzir

modificações no patrimônio da entidade do setor público. Os fatos contábeis são ocorrências que

implicam em variações no patrimônio, sejam permutativas ou modificativas.

Ao registro contábil de um ato de gestão ou de um fato contábil chamamos de lançamento. Ao

conjunto de lançamentos chamamos de escrituração. Registrar significa escriturar nos livros

contábeis (diário e razão) as transações oriundas da gestão.

3.1.2. Plano de Contas

É a estrutura básica da escrituração contábil, formada por um conjunto de contas previamente

estabelecido, que permite obter as informações necessárias à elaboração de relatórios gerenciais e

demonstrações contábeis conforme as características gerais da entidade, possibilitando a

padronização de procedimentos contábeis.

3.1.3. Conta Contábil

Conta é a expressão qualitativa e quantitativa de fatos de mesma natureza, evidenciando a

composição, variação e estado do patrimônio, bem como de bens, direitos, obrigações e situações

nele não compreendidas, mas que, direta ou indiretamente, possam vir a afetá-lo.

De acordo com a necessidade de desdobramento, as contas contábeis podem ser sintéticas ou

analíticas. As contas sintéticas são aquelas que funcionam como agregadoras, possuindo conta em

nível inferior. As contas analíticas são aquelas que recebem escrituração, não possuindo conta em

nível inferior.

3.1.4. Lógica do débito e crédito (contas patrimoniais)

CONTAS

NATUREZA

DO SALDO AUMENTO DIMINUIÇÃO

ATIVO = Bens e Direitos Devedor Debitar (D) Creditar (C)

PASSIVO = Dívidas com

terceiros Credor Creditar (C) Debitar (D)

PATRIMÔNIO LÍQUIDO Credor Creditar (C) Debitar (D)

RECEITA Credor Creditar (C) Debitar (D)

DESPESA Devedor Debitar (D) Creditar (C)

3.2. O Plano de Contas Aplicado ao Setor Público

O Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP) deverá ser adotado obrigatoriamente pela

União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios a partir de 2013 (Port. STN nº 437,

de 12/07/2012). Todos os aspectos do PCASP são abordados na Parte IV do Manual de

Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP), 5ª edição, disponível no site da Secretaria do

Tesouro Nacional (STN).

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3.3. Relação de Contas

A relação completa das contas do PCASP (até o 7º nível/subitem) está no Volume de Anexos do

MCASP (5ª edição), a partir da pág. 145.

A seguir apresenta-se o PCASP até o 3º nível de desdobramento:

1 ATIVO

1.1 ATIVO CIRCULANTE

1.1.1 CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA

1.1.2 CRÉDITOS DE CURTO PRAZO

1.1.3 DEMAIS CRÉDITOS E VALORES A CURTO

PRAZO

1.1.4 INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS

1.1.5 ESTOQUES

1.1.9 VARIAÇÕES PATRIMONIAIS DIMINUTIVAS

PAGAS ANTECIPADAMENTE

1.2 ATIVO NÃO CIRCULANTE

1.2.1 ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO

1.2.2 INVESTIMENTOS

1.2.3 IMOBILIZADO

1.2.4 INTANGÍVEL

3 VARIAÇÕES PATRIMONIAIS DIMINUTIVAS

3.1 PESSOAL E ENCARGOS

3.1.1 REMUNERAÇÃO A PESSOAL

3.1.2 ENCARGOS PATRONAIS

3.1.3 BENEFÍCIOS A PESSOAL

3.1.8 CUSTO DE PESSOAL E ENCARGOS

3.1.9.OUTRAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS

DIMINUTIVAS - PESSOAL E ENCARGOS

3.2 BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS E

ASSISTENCIAIS

3.2.1 APOSENTADORIAS E REFORMAS

2 PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

2.1 PASSIVO CIRCULANTE

2.1.1 OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS,

PREVIDENCIÁRIAS E ASSISTENCIAIS A PAGAR DE

CP

2.1.2 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS A

CURTO PRAZO

2.1.3 FORNECEDORES E CONTAS A PAGAR A

CURTO PRAZO

2.1.4 OBRIGAÇÕES FISCAIS A CURTO PRAZO

2.1.5 DEMAIS OBRIGAÇÕES A CURTO PRAZO

2.1.8 PROVISÕES A CURTO PRAZO

2.2 PASSIVO NÃO-CIRCULANTE

2.2.1 OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS,

PREVIDENCIÁRIAS E ASSISTENCIAIS A PAGAR

DE LP

2.2.2 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS A

LONGO PRAZO

2.2.3 FORNECEDORES A LONGO PRAZO

2.2.4 OBRIGAÇÕES FISCAIS A LONGO PRAZO

2.2.5 DEMAIS OBRIGAÇÕES A LONGO PRAZO

2.2.8 PROVISÕES A LONGO PRAZO

2.2.9 RESULTADO DIFERIDO

2.3 PATRIMÔNIO LÍQUIDO

2.3.1 PATRIMÔNIO SOCIAL E CAPITAL SOCIAL

2.3.2 ADIANTAMENTO PARA FUTURO AUMENTO

DE CAPITAL

2.3.3 RESERVAS DE CAPITAL

2.3.4 AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

2.3.5 RESERVAS DE LUCROS

2.3.6 DEMAIS RESERVAS

2.3.7 RESULTADOS ACUMULADOS

2.3.9 AÇÕES / COTAS EM TESOURARIA

4 VARIAÇÕES PATRIMONIAIS AUMENTATIVAS

4.1 IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE

MELHORIA

4.1.1 IMPOSTOS

4.1.2 TAXAS

4.1.3 CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA

4.2 CONTRIBUIÇÕES

4.2.1 CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS

4.2.2 CONTRIBUIÇÕES DE INTERVENÇÃO NO

DOMÍNIO ECONÔMICO

4.2.3 CONTRIBUIÇÃO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA

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CONTABILIDADE PÚBLICA E O PLANO DE CONTAS OBRIGATÓRIO A PARTIR DE 2013 Oswaldo Demósthenes L. Chaves Jr.

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3.2.2.PENSÕES

3.2.3.BENEFÍCIOS DE PRESTAÇÃO CONTINUADA

3.2.4.BENEFÍCIOS EVENTUAIS

3.2.5 POLÍTICAS PUBLICAS DE TRANSFERÊNCIA

DE RENDA

3.2.9 OUTROS BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS E

ASSISTENCIAIS

3.3 USO DE BENS, SERVIÇOS E CONSUMO DE

CAPITAL FIXO

3.3.1 USO DE MATERIAL DE CONSUMO

3.3.2.SERVIÇOS

3.3.3 DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E

EXAUSTÃO

3.3.8 CUSTO DE MATÉRIAIS, SERVIÇOS E

CONSUMO DE CAPITAL FIXO

3.4 VPDS FINANCEIRAS

3.4.1 JUROS E ENCARGOS DE EMPRÉST. E

FINANCIAMENTOS OBTIDOS

3.4.2 JUROS E ENCARGOS DE MORA

3.4.3.VARIAÇÕES MONETÁRIAS E CAMBIAIS

3.4.4 DESCONTOS FINANCEIROS CONCEDIDOS

3.4.9 OUTRAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS

DIMINUTIVAS – FINANCEIRAS

3.5 TRANSFERÊNCIAS CONCEDIDAS

3.5.1 TRANSFERÊNCIAS

INTRAGOVERNAMENTAIS

3.5.2 TRANSFERÊNCIAS INTER

GOVERNAMENTAIS

3.5.3 TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES

PRIVADAS

3.5.4 TRANSFER. A INSTITUIÇÕES

MULTIGOVERNAMENTAIS

3.5.5 TRANSFERÊNCIAS A CONSÓRCIOS

PÚBLICOS

3.5.6 TRANSFERÊNCIAS AO EXTERIOR

3.6 DESVALORIZAÇÃO E PERDA DE ATIVOS

3.6.1 REDUÇÃO A VALOR RECUPERÁVEL E

AJUSTE P/PERDAS

3.6.2 PERDAS COM ALIENAÇÃO

3.6.3 PERDAS INVOLUNTÁRIAS

3.7 TRIBUTÁRIAS

3.7.1 IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE

MELHORIA

3.7.2 CONTRIBUIÇÕES

3.7.8 CUSTO COM TRIBUTOS

3.9 OUTRAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS

DIMINUTIVAS

3.9.1 PREMIAÇÕES

3.9.2 RESULTADO NEGATIVO DE PARTICIPAÇÕES

3.9.3 VARIAÇÕES PATRIM. DIMINUTIVAS DE INST.

FINANC.

3.9.4 INCENTIVOS

4.2.4 CONTRIBUIÇÕES DE INTERESSE DAS

CATEGORIAS PROFISSIONAIS

4.3 EXPLORAÇÃO E VENDA DE BENS, SERVIÇOS E

DIREITOS

4.3.1 VENDA DE MERCADORIAS

4.3.2 VENDA DE PRODUTOS

4.3.3 EXPLORAÇÃO DE BENS E DIREITOS E

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

4.4 VPAS FINANCEIRAS

4.4.1 JUROS E ENCARGOS DE EMPRÉSTIMOS E

FINANCIAM. CONCEDIDOS

4.4.2. JUROS E ENCARGOS DE MORA

4.4.3 VARIAÇÕES MONETÁRIAS E CAMBIAIS

4.4.4. DESCONTOS FINANCEIROS OBTIDOS

4.4.5 REMUNERAÇÃO DE DEPÓS. BANCÁRIOS E

APLICAÇ. FINANCEIRAS

4.4.9 OUTRAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS

AUMENTATIVAS– FINANCEIRAS

4.5 TRANSFERÊNCIAS RECEBIDAS

4.5.1 TRANSF. INTRAGOVERNAMENTAIS

4.5.2 TRANSF. INTERGOVERNAMENTAIS

4.5.3 TRANSF. DAS INSTITUIÇÕES PRIVADAS

4.5.4 TRANSF. DAS INSTITUIÇÕES

MULTIGOVERNAMENTAIS

4.5.5 TRANSF. DE CONSÓRCIOS PÚBLICOS

4.5.6 TRANSF. DO EXTERIOR

4.5.7 TRANSF. DE PESSOAS FÍSICAS

4.6 VALORIZAÇÃO E GANHOS COM ATIVOS

4.6.1. REAVALIAÇÃO DE ATIVOS

4.6.2 GANHOS COM ALIENAÇÃO

4.6.3 GANHOS COM INCORPORAÇÃO DE ATIVOS

4.9 OUTRAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS

AUMENTATIVAS

4.9.1 VARIAÇÃO PATRIMONIAL AUMENTATIVA A

CLASSIFICAR

4.9.2 RESULTADO POSITIVO DE PARTICIPAÇÕES

4.9.9 DIVERSAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS

AUMENTATIVAS

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CONTABILIDADE PÚBLICA E O PLANO DE CONTAS OBRIGATÓRIO A PARTIR DE 2013 Oswaldo Demósthenes L. Chaves Jr.

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3.9.5.SUBVENÇÕES ECONÔMICAS

3.9.6 PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES

3.9.8.CUSTO DE OUTRAS VPD

3.9.9.DIVERSAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS

DIMINUTIVAS

5 CONTROLES DA APROVAÇÃO DO

PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO

5.1 PLANEJAMENTO APROVADO

5.1.1 PPA APROVADO

5.1.2 PLOA

5.2 ORÇAMENTO APROVADO

5.2.1 PREVISÃO DA RECEITA

5.2.2 FIXAÇÃO DA DESPESA

5.3 INSCRIÇÃO DE RESTOS A PAGAR

5.3.1 INSCRIÇÃO DE RP NÃO PROCESSADOS

5.3.2 INSCRIÇÃO DE RP PROCESSADOS

6 CONTROLES DA EXECUÇÃO DO

PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO

6.1 EXECUÇÃO DO PLANEJAMENTO

6.1.1 EXECUÇÃO DO PPA

6.1.2 EXECUÇÃO DO PLOA

6.2 EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO

6.2.1 EXECUÇÃO DA RECEITA

6.2.2 EXECUÇÃO DA DESPESA

6.3 EXECUÇÃO DE RESTOS A PAGAR

6.3.1 EXECUÇÃO DE RP NÃO PROCESSADOS

6.3.2 EXECUÇÃO DE RP PROCESSADOS

7 CONTROLES DEVEDORES

7.1 ATOS POTENCIAIS

7.1.1 ATOS POTENCIAIS ATIVOS

7.1.2 ATOS POTENCIAIS PASSIVOS

7.2 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

7.2.1 DISPONIBILIDADE POR DESTINAÇÃO

7.2.2 PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA

7.2.3 INSCRIÇÃO DO LIMITE ORÇAMENTÁRIO

7.2.4 CONTROLES DA ARRECADAÇÃO

7.3 DÍVIDA ATIVA

7.3.1 CONTROLE DO ENCAMINHAMENTO DE

CRÉDITOS PARA INSCRIÇÃO EM DÍVIDA ATIVA

7.3.2 CONTROLE DA INSCRIÇÃO DE CRÉDITOS EM

DÍVIDA ATIVA

7.4 RISCOS FISCAIS

7.4.1 CONTROLE DE PASSIVOS CONTINGENTES

7.4.2 CONTROLE DOS DEMAIS RISCOS FISCAIS

7.8 CUSTOS

7.9 OUTROS CONTROLES

8 CONTROLES CREDORES

8.1 EXECUÇÃO DOS ATOS POTENCIAIS

8.1.1 EXECUÇÃO DOS ATOS POTENCIAIS ATIVOS

8.1.2 EXECUÇÃO DOS ATOS POTENCIAIS

PASSIVOS

8.2 EXECUÇÃO DA ADMIN. FINANCEIRA

8.2.1 EXECUÇÃO DAS DISPONIB. POR

DESTINAÇÃO

8.2.2 EXECUÇÃO DA PROGRAMAÇÃO

FINANCEIRA

8.2.3 EXECUÇÃO DO LIMITE ORÇAMENTÁRIO

8.2.4 CONTROLES DA ARRECADAÇÃO

8.3 EXECUÇÃO DA DÍVIDA ATIVA

8.3.1 EXECUÇÃO DO ENCAMINHAMENTO DE

CRÉDITOS PARA INSCRIÇÃO EM DÍVIDA ATIVA

8.3.2 EXECUÇÃO DA INSCRIÇÃO DE CRÉDITOS EM

DÍVIDA ATIVA

8.4 EXECUÇÃO DOS RISCOS FISCAIS

8.4.1 EXECUÇÃO DE PASSIVOS CONTINGENTES

8.4.2 EXECUÇÃO DOS DEMAIS RISCOS FISCAIS

8.8 APURAÇÃO DE CUSTOS

8.9 OUTROS CONTROLES

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Recortes PCASP com as contas até o 7º Nível:

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25

3.4. Principais diretrizes do PCASP

Atendimento das necessidades dos Entes da Federação e dos demais usuários da informação

contábil e conformidade com os princípios da administração pública, com as leis de finanças e

orçamento público e com as normas e princípios contábeis.

Flexibilidade para que os entes detalhem, conforme suas necessidades, os níveis inferiores das

contas a partir do nível seguinte ao padronizado;

Controle do patrimônio e dos atos de gestão que possam afetá-lo, assim como do orçamento

público, demonstrando a situação econômico-financeira da entidade;

Preservação dos aspectos orçamentários em seus conceitos, regime de escrituração e

demonstrativos, com destaque em classes ou grupos de modo a possibilitar visões sob os

enfoques patrimonial, orçamentário ou fiscal;

Possibilidade de extração de informações de modo a atender seus usuários.

Adaptação, tanto quanto possível, às exigências dos agentes externos, principalmente às Normas

Internacionais de Contabilidade do Setor Público (NICSP).

3.5. Responsabilidades

A STN, com o apoio do Grupo Técnico de Procedimentos Contábeis, é responsável pela

administração do PCASP até a implantação do Conselho de Gestão Fiscal, instituído pela LRF, a

quem compete:

Criar, extinguir, especificar, desdobrar, detalhar e codificar contas;

Expedir instruções sobre a utilização do Plano de Contas, compreendendo os procedimentos

contábeis pertinentes; e

Promover as alterações e ajustes necessários à atualização do Plano de Contas, observada

sua estrutura básica, incluindo os Lançamentos Típicos do Setor Público.

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3.6. Campo de aplicação

O PCASP deve ser utilizado por todos os Poderes de cada Ente da Federação, seus fundos, órgãos,

autarquias, inclusive especiais, e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, bem como

pelas empresas estatais dependentes, sendo facultativo para as empresas estatais independentes.

3.7. Estrutura do PCASP

O Plano de Contas Aplicado ao Setor público está estruturado por níveis de desdobramento, sendo

estes classificados e codificados como segue:

Os entes da Federação podem ter mais níveis de desdobramento além desses.

3.7.1. ATRIBUTOS DA CONTA CONTÁBIL

Atributos da conta contábil é o conjunto de características próprias que a individualizam,

distinguindo-a de outra conta pertencente ao plano de contas. Os atributos podem ser definidos por

conceitos teóricos, força legal ou por características operacionais do sistema utilizado.

a) Título – palavra ou designação que identifica o objeto de uma conta, ou seja, a razão para a

qual foi aberta e a classe de valores que registra;

b) Função – descrição da natureza dos atos e fatos registráveis na conta, explicando de forma

clara e objetiva o papel desempenhado pela conta na escrituração. A FUNÇÃO DAS

CONTAS ATÉ O NÍVEL PADRONIZADO (7º - Subitem) ENCONTRA-SE NO

MCASP (5ª Edição), VOLUME DE ANEXOS (ANEXO VIII);

c) Funcionamento (quando debita e quando credita) – descrição da relação de uma conta

específica com as demais, demonstrando quando se debita a conta, e quando se credita;

d) Natureza do Saldo – identifica se a conta tem saldo credor, devedor ou mista;

e) Código – conjunto ordenado de números que permite a identificação de cada uma das

contas que compõem o Plano de Contas de uma entidade;

f) Encerramento – indica a condição de permanência do saldo em uma conta, conforme sua

natureza;

g) Indicador para cálculo do Superávit Financeiro – atributo utilizado para informar se as

contas do Ativo e Passivo são classificadas como Ativo/Passivo Financeiro ou Ativo/Passivo

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Permanente, conforme definições do art. 105 da Lei nº 4.320/1964. No MCASP esse

indicador será dado pelas letras “P” e “F”, entre parênteses, ao lado das contas de Ativo e

Passivo. Quando a natureza da conta puder constar saldos com atributo “P” e “F”, constará na

descrição da conta do PCASP a letra “X”. Os Entes poderão identificar tal atributo na própria

conta contábil ou ainda por meio do detalhamento variável desta conta (conta corrente).

3.7.1.1. Indicador para cálculo do superávit financeiro: contas financeiras e

permanentes.

A Lei nº 4.320/1964, no art. 105, determina:

Art. 105. O Balanço Patrimonial demonstrará:

I - O Ativo Financeiro;

II - O Ativo Permanente;

II - O Passivo Financeiro;

IV - O Passivo Permanente;

V - O Saldo Patrimonial;

VI - As Contas de Compensação.

§ 1º O Ativo Financeiro compreenderá os créditos e valores realizáveis independentemente

de autorização orçamentária e os valores numerários.

§ 2º O Ativo Permanente compreenderá os bens, créditos e valores, cuja mobilização ou

alienação dependa de autorização legislativa.

§ 3º O Passivo Financeiro compreenderá as dívidas fundadas e outros pagamentos que

independam de autorização orçamentária.

§ 4º O Passivo Permanente compreenderá as dívidas fundadas e outras que dependam de

autorização legislativa para amortização ou resgate.

Essa classificação é importante para que se faça a apuração do Superávit Financeiro, necessário

para a abertura de créditos adicionais no exercício seguinte, conforme disposto no art. 43 da Lei

4.320.

Dessa maneira, é importante que as contas do Ativo e Passivo sejam diferenciadas por um atributo

específico que atenda ao critério da lei e permita separar o ativo e o passivo em financeiro e

permanente. Assim, nos exemplos de lançamentos padronizados as contas de Ativo e Passivo virão

acompanhadas das letras “F” ou “P”, entre parênteses, para indicar se são contas financeiras ou

permanentes.

As contas de Passivo que dependam de autorização orçamentária para amortização ou resgate

integram o Passivo Permanente. Após o primeiro estágio de execução da despesa orçamentária,

materializada na figura do empenho, passam a ter característica Financeira, integrando o Passivo

Financeiro.

Conforme a Lei nº 4.320/1964 no art. 58, o momento dessa autorização é o empenho, pois neste se

cria obrigação de natureza orçamentária, pendente ou não de implemento de condição. Trata-se da

efetivação da autorização orçamentária dada pela LOA ou pelas leis de créditos adicionais:

“Art. 58. O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado

obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição.”

Assim, em conformidade com as regras estabelecidas na Lei nº 4.320/1964, o passivo modifica sua

característica, de permanente (P) para financeiro (F). Existem diversas formas de se realizar esse

controle; dentre elas, destaca-se a utilização da sistemática de controle por meio de conta-corrente

ou a simples duplicação de contas, sendo uma financeira e outra permanente. A escolha dessa forma

será feita pelo ente.

A título de exemplo, caso a unidade tenha obrigação a pagar que não esteja amparada por crédito

orçamentário, ou seja, não tenha sido empenhada, esta deverá ser registrada como um passivo

permanente no momento do fato gerador. Quando a obrigação a pagar for empenhada, deve-se

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proceder à baixa do passivo permanente em contrapartida ao passivo financeiro, conforme o art. 105

da Lei nº 4.320/1964.

CONTROLE “EM LIQUIDAÇÃO”

No Balanço Patrimonial, o passivo financeiro representa as obrigações decorrentes do empenho da

despesa, liquidadas ou não, mas que ainda não foram pagas. Nesse conceito incluem-se despesas

orçamentárias que ainda não se constituíram em passivo circulante ou não-circulante (classe 2).

Dessa forma o passivo financeiro não será composto apenas pelas contas da Classe 2 (Passivo e

Patrimônio Líquido) com atributos (F), pois a essas contas deve-se somar o saldo dos empenhos

emitidos cujos fatos geradores dos passivos exigíveis não tenham ainda acontecido. Este saldo é

obtido na conta “Crédito Empenhado a Liquidar”.

Os créditos empenhados a liquidar compreendem, além do saldo dos empenhos cujos fatos

geradores ainda não ocorreram, o saldo dos empenhos cujos fatos geradores ocorreram, mas que

ainda não foram conferidos o objeto, o credor e o valor, ou seja, não houve a liquidação.

Contudo, essa última situação (empenhos cujos fatos geradores ocorreram, porém ainda não foram

liquidados) já se encontra na Classe 2 (Passivo e Patrimônio Líquido), em contas com atributo “F”,

pois o fato gerador do passivo exigível e o empenho já ocorreram.

Dessa maneira, a simples soma das contas da Classe 2 (Passivo e Patrimônio Líquido) com o saldo

da conta “Crédito Empenhado a Liquidar” acarretaria em duplicação de valores no Balanço

Patrimonial quando o reconhecimento do passivo ocorrer antes da liquidação, ou seja, quando o fato

gerador do passivo exigível ocorrer antes do segundo estágio da despesa orçamentária.

Há então a necessidade de uma conta intermediária, entre o empenho e a liquidação, para a qual seja

transferido o saldo dos empenhos cujos fatos geradores ocorreram, porém ainda não foram

liquidados. Essa conta intermediária é denominada “Crédito Empenhado em Liquidação”.

Com isso, evita-se a duplicação de valores e faz-se a correta contabilização do passivo no momento

da ocorrência do fato gerador, conforme os princípios de contabilidade da competência e

oportunidade.

Nota-se que quando o fato gerador do passivo ocorrer antes do empenho, será no momento do

empenho que haverá, simultaneamente, a transferência de saldo da conta “Crédito Orçamentário

Disponível” para conta “Crédito Empenhado a Liquidar” e da conta “Crédito Empenhado a

Liquidar” para a conta “Crédito Empenhado em Liquidação”.

Quando há a ocorrência do fato gerador do passivo simultaneamente à liquidação, não é necessária

a passagem pela conta “Crédito Empenhado em Liquidação”.

A transferência de Saldo da conta “Crédito Empenhado a Liquidar” para a conta “Crédito

Empenhado em Liquidação” acontecerá de forma isolada quando o fato gerador ocorrer após o

empenho e antes da liquidação. Desta forma, o controle “em liquidação” representa o fato gerador

da obrigação patrimonial no processo de execução da despesa orçamentária.

3.7.2. NATUREZA DA INFORMAÇÃO DAS CONTAS DO PCASP

No PCASP as contas contábeis são classificadas segundo a natureza das informações que

evidenciam:

Contas com Informações de Natureza Patrimonial (classes 1 a 4): são as contas que registram,

processam e evidenciam os fatos financeiros e não financeiros relacionados com as variações

qualitativas e quantitativas do patrimônio público, representadas pelas contas que integram o Ativo,

Passivo, Patrimônio Líquido, Variações Patrimoniais Diminutivas (VPD) e Variações Patrimoniais

Aumentativas (VPA);

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Contas com Informações de Natureza Orçamentária (classes 5 e 6): são as contas que registram,

processam e evidenciam os atos e os fatos relacionados ao planejamento e à execução orçamentária,

representadas pelas contas que registram aprovação e execução do planejamento e orçamento,

inclusive Restos a Pagar;

Contas com Informações de Natureza Típica de Controle (classes 7 e 8): são as contas que

registram, processam e evidenciam os atos de gestão cujos efeitos possam produzir modificações no

patrimônio da entidade do setor público, bem como outras que tenham função precípua de controle,

seja para fins de elaboração de informações gerenciais específicas, acompanhamento de rotinas,

elaboração de procedimentos de consistência contábil ou para registrar atos que não ensejaram

registros nas contas patrimoniais, mas que potencialmente possam vir a afetar o patrimônio.

Os lançamentos contábeis só podem ser realizados utilizando contas de uma mesma natureza de

informação.

Tal regramento impede que ocorra, por exemplo, o lançamento de uma conta de natureza

patrimonial (p. ex. clientes) em contrapartida a uma conta de natureza orçamentária (p. ex. receita

realizada). Nessa hipótese, apesar de ser utilizado o método das partidas dobradas e de os valores

totais lançados a débito e a crédito, apresentados no balancete contábil, não apresentarem diferença,

observa-se uma inconsistência na informação gerada. O aumento de um ativo deve impactar

positivamente no resultado do exercício (classe 4 – VPA) e posteriormente, com o encerramento do

exercício, no patrimônio líquido (classe 2). Da mesma forma, a execução orçamentária deve ser

registrada apenas nas classes 5 e 6 e os outros controles devem ser registrados utilizando apenas as

classes 7 e 8.

Uma rotina importante é a de observar se os totais lançados a débito e crédito em contas de

mesma natureza de informação estão apresentando valores iguais.

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4. EXERCÍCIO PRÁTICO SOBRE O USO DO PCASP

4.1. Dados para resolução

4.1.1. PCASP simplificado

Natureza da

Informação Classe Título Código

Pa

trim

on

ial

1

Ativo

Caixa e equivalentes de caixa em moeda nacional (F) 1.1.1.1.x.xx.xx

Créditos tributários a receber (P) 1.1.2.2.x.xx.xx

Depósitos restituíveis e valores vinculados (F) 1.1.3.5.x.xx.xx

Outros créditos a receber e valores a curto prazo (P) 1.1.3.8.x.xx.xx

Créditos a longo prazo - Dívida ativa (P) 1.2.1.1.x.xx.xx

Bens móveis - veículos (P) 1.2.3.1.x.xx.xx

Bens imóveis (P) 1.2.3.2.x.xx.xx

* Depreciação acumulada - veículos (P) 1.2.3.8.1.01.xx

2

Passivo e

Patrimônio

Líquido

Pessoal a pagar (F) 2.1.1.1.x.xx.xx

Pessoal a pagar - Precatórios a curto prazo (P) 2.1.1.1.x.xx.xx

Pessoal a pagar - Precatórios a curto prazo (F) 2.1.1.1.x.xx.xx

Empréstimos a Curto Prazo (P) 2.1.2.2.x.xx.xx

Fornecedores e contas a pagar nacionais a curto prazo –

Consolidação (F) 2.1.3.1.1.xx.xx

Fornecedores e contas a pagar nacionais a curto prazo – Inter

OFSS (F) 2.1.3.1.3.xx.xx

Valores restituíveis (F) 2.1.8.8.x.xx.xx

Pessoal a pagar - Precatórios a longo prazo (P) 2.2.1.1.x.xx.xx

3

Variação

Patrimonial

Diminutiva

VPD

Remuneração a pessoal - RPPS 3.1.1.1.x.xx.xx

Serviços Terceiros – PJ 3.3.2.3.x.xx.xx

Depreciação 3.3.3.1.x.xx.xx

Transferências intragovernamentais - Intra OFSS 3.5.1.0.2.xx.xx

Transferências a instituições privadas sem fins lucrativos 3.5.3.1.x.xx.xx

Redução a valor recuperável de imobilizado 3.6.1.2.x.xx.xx

4

Variação

Patrimonial

Aumentativa

VPA

Impostos sobre patrimônio e a renda / IPVA 4.1.1.2.x.xx.xx

Impostos sobre a produção e a circulação / ICMS 4.1.1.3.x.xx.xx

Venda bruta de produtos (Venda de Produtos da Industria de

Transformação) 4.3.2.1.x.xx.xx

Valor bruto de exploração de bens e direitos e prestação de

serviços (Aluguéis) 4.3.3.1.x.xx.xx

Valor bruto de exploração de bens e direitos e prestação de

serviços (Prestação de Serviços Relacionados a T.I.) 4.3.3.1.x.xx.xx

Transferências intragovernamentais - Intra OFSS 4.5.1.0.2.xx.xx

Transferências das instituições privadas sem fins lucrativos 4.5.3.1.x.xx.xx

Reavaliação de imobilizado 4.6.1.1.x.xx.xx

Ganhos com Alienação de Imobilizado 4.6.2.2.x.xx.xx

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Orç

am

entá

ria

5

Controle da

Aprovação

do Planeja-

mento e

Orçamento

Previsão inicial da receita 5.2.1.1.x.xx.xx

Dotação Orçamentária (Crédito inicial) 5.2.2.1.1.xx.xx

RP não Processados - inscrição no exercício 5.3.1.7.x.xx.xx

RP Processados - inscrição no exercício 5.3.2.7.x.xx.xx

Natureza da

Informação Classe Título Código

Orç

am

entá

ria

6

Controle

da

Execução

do

Planeja-

mento e

Orçamento

Receita a realizar 6.2.1.1.x.xx.xx

Receita realizada 6.2.1.2.x.xx.xx

Crédito disponível 6.2.2.1.1.xx.xx

Crédito empenhado a liquidar 6.2.2.1.3.01.xx

Crédito empenhado em liquidação 6.2.2.1.3.02.xx

Crédito empenhado liquidado a pagar 6.2.2.1.3.03.xx

Crédito empenhado pago 6.2.2.1.3.04.xx

RP não Processados - inscrição no exercício 6.3.1.7.x.xx.xx

RP Processados - inscrição no exercício 6.3.2.7.x.xx.xx

Co

ntr

ole

7

Controles

Devedores

Direitos conveniados 7.1.1.2.x.xx.xx

Obrigações conveniadas 7.1.2.2.x.xx.xx

Obrigações contratuais 7.1.2.3.x.xx.xx

Controle da disponibilidade de recursos 7.2.1.1.x.xx.xx

Controle do encaminhamento de créditos p/ inscrição em dívida ativa 7.3.1.0.x.xx.xx

Controle da inscrição de créditos em dívida ativa 7.3.2.0.x.xx.xx

8

Controles

Credores

Execução de direitos conveniados - convênios a receber 8.1.1.2.x.xx.xx

Execução de direitos conveniados - convênios a comprovar 8.1.1.2.x.xx.xx

Execução de direitos conveniados - convênios a aprovar 8.1.1.2.x.xx.xx

Execução de direitos conveniados - convênios aprovados 8.1.1.2.x.xx.xx

Execução de obrigações conveniadas - convênios a liberar 8.1.2.2.x.xx.xx

Execução de obrigações conveniadas - convênios a comprovar 8.1.2.2.x.xx.xx

Execução de obrigações conveniadas - convênios a aprovar 8.1.2.2.x.xx.xx

Execução de obrigações conveniadas - convênios aprovados 8.1.2.2.x.xx.xx

Execução de obrigações contratuais - contratos de serviços a executar 8.1.2.3.x.xx.xx

Execução de obrigações contratuais - contratos de serviços

executados 8.1.2.3.x.xx.xx

Execução da disponib. de recursos - Disponibilidade por Destinação

de Recursos 8.2.1.1.1.xx.xx

Execução da disponib. de recursos - DDR comprometida por

empenho 8.2.1.1.2.xx.xx

Execução da disponib. de recursos - DDR comprometida por

liquidação e entradas compensatórias 8.2.1.1.3.xx.xx

Execução da disponib. de recursos - DDR utilizada 8.2.1.1.4.xx.xx

Créditos a encaminhar para a dívida ativa 8.3.1.1.x.xx.xx

Créditos encaminhados para a dívida ativa 8.3.1.2.x.xx.xx

Créditos a Inscrever em Dívida Ativa 8.3.2.1.x.xx.xx

Créditos Inscritos em Dívida Ativa a receber 8.3.2.3.x.xx.xx

4.1.2. Classificação da Receita Orçamentária por Natureza

1000.00.00 Receitas Correntes

1100.00.00 Receita Tributária

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1110.00.00 Impostos

1112.00.00 Impostos sobre o Patrimônio e a Renda

1112.05.00 Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores - IPVA

1113.00.00 Impostos sobre a Produção e a Circulação

1113.02.01 Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de

Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS

1200.00.00 Receitas de Contribuições

1300.00.00 Receita Patrimonial

1310.00.00 Receitas Imobiliárias

1311.00.00 Aluguéis

1400.00.00 Receita Agropecuária

1500.00.00 Receita Industrial

1520.20.00 Receita da Indústria Química

1520.99.00 Outras Receitas da Indústria de Transformação

1600.00.00 Receita de Serviços

1600.01.00 Serviços Comerciais

1700.00.00 Transferências Correntes

1900.00.00 Outras Receitas Correntes

2000.00.00 Receitas de Capital

2100.00.00 Operações de Crédito

2110.00.00 Operações de Crédito Internas

2120.00.00 Operações de Crédito Externas

2200.00.00 Alienação de Bens

2210.00.00 Alienação de Bens Móveis

2215.00.00 Alienação de Veículos

2300.00.00 Amortização de Empréstimos

2400.00.00 Transferências de Capital

2500.00.00 Outras Receitas de Capital

4.1.3. Classificação da Despesa Orçamentária por Natureza

300000 Despesas Correntes

310000 Pessoal e Encargos Sociais

319000 Pessoal e Encargos Sociais - aplicação direta

319011 Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil

319091 Sentenças judiciais

320000 Juros e encargos da dívida

330000 Outras despesas correntes

339000 Outras despesas correntes - aplicação direta

339030 Material de Consumo

339036 Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física

339039 Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica

400000 Despesa de capital

440000 Investimentos

443200 Investimentos - Execução orçamentária delegada a Estados e ao Distrito Federal

443251 Obras e Instalações

449000 Investimentos - Aplicação direta

449052 Equipamentos e Material Permanente

450000 Inversões Financeiras

460000 Amortização da Dívida

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4.2. Lançamentos contábeis típicos do setor público

Para cada um dos lançamentos relacionados a fatos e atos típicos do setor público, preencha os

dados referentes ao título e código das contas, natureza da informação e classificação orçamentária

(se necessário).

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REFERÊNCIAS

Referência básica

BRASIL. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Manual de

Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP), 5ª edição, 2012, Aplicado à

União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

______. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Curso de

Contabilidade e Multiplicadores em Contabilidade Aplicada ao Setor Público.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Normas Brasileiras de

Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (NBCASP). NBC T 16.

Referência complementar

BRASIL. Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui normas gerais de direito

financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados,

dos Municípios e do Distrito Federal. A lei nº. 4.320 comentada. 30ª ed. Rio de Janeiro:

IBAM, 2000.

______. Lei Complementar nº. 101, de 4 de maio de 2000. Lei de Responsabilidade

Fiscal. Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na

gestão fiscal e dá outras providências. Belo Horizonte: DelRey, 2000.

HENDRIKSEN, Eldon S.; BREDA, Michael F. Van. Teoria da contabilidade. Tradução

de Antonio Zoratto Sanvicente. São Paulo: Atlas, 2007.

LOPES, Alexsandro Broedel; MARTINS, Eliseu. Teoria da contabilidade: uma nova

abordagem. São Paulo: Atlas, 2005.

MATIAS-PEREIRA, José. Curso de administração pública: foco nas instituições e

ações governamentais. São Paulo: Atlas, 2008.

PISCITELLI, Roberto Bocaccio; TIMBÓ, Maria Zulene Farias; ROSA, Maria Berenice.

Contabilidade pública: uma abordagem da administração financeira pública. 8ª ed. São

Paulo: Atlas, 2004.