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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS PARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL - BACEN CONTABILIDADE PÚBLICA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Prof. Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 1 AULA 05: VARIAÇÕES PATRIMONIAIS: VARIAÇÕES ATIVAS E PASSIVAS ORÇAMENTÁRIAS E EXTRAORÇAMENTÁRIAS. Olá concurseiros (as)! Havíamos combinado de esperar sair o edital para concluirmos o nosso curso de acordo com as alterações que nele viessem. Porém, a nossa matéria foi excluída desse certame, sendo assim, achamos por bem disponibilizar para vocês nas três aulas faltantes, assuntos que costumam ser cobrados com maior frequência nas provas de Contabilidade Pública nos concursos em geral, ficando assim a nossa programação: Aula 05: Variações patrimoniais: variações ativas e passivas orçamentárias e extraorçamentárias. Aula 06: Conceitos e princípios da lei nº 4.320/64. Sistemas de contas da contabilidade pública. Aula 07: Plano de contas aplicado ao setor público. De forma ampla, RECEITA engloba todo e qualquer recolhimento feito aos cofres públicos, ou seja, qualquer recurso arrecadado pelo poder público e que irá cobrir os gastos indispensáveis às necessidades da população, como saúde, educação, justiça e segurança. A arrecadação de receitas pode advir de previsão legal, celebração de contratos ou quaisquer títulos de que derivem direitos a favor do Estado. RECEITA PÚBLICA

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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS PARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL - BACEN

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AULA 05:

VARIAÇÕES PATRIMONIAIS: VARIAÇÕES ATIVAS E PASSIVAS ORÇAMENTÁRIAS E EXTRAORÇAMENTÁRIAS.

Olá concurseiros (as)!

Havíamos combinado de esperar sair o edital para concluirmos o nosso curso de acordo com as alterações que nele viessem. Porém, a nossa matéria foi excluída desse certame, sendo assim, achamos por bem disponibilizar para vocês nas três aulas faltantes, assuntos que costumam ser cobrados com maior frequência nas provas de Contabilidade Pública nos concursos em geral, ficando assim a nossa programação:

Aula 05:

Variações patrimoniais: variações ativas e passivas orçamentárias e extraorçamentárias.

Aula 06:

Conceitos e princípios da lei nº 4.320/64.

Sistemas de contas da contabilidade pública.

Aula 07:

Plano de contas aplicado ao setor público.

De forma ampla, RECEITA engloba todo e qualquer recolhimento

feito aos cofres públicos, ou seja, qualquer recurso arrecadado pelo poder público e que irá cobrir os gastos indispensáveis às necessidades da população, como saúde, educação, justiça e segurança.

A arrecadação de receitas pode advir de previsão legal, celebração de contratos ou quaisquer títulos de que derivem direitos a favor do Estado.

RECEITA PÚBLICA

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Segundo o MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO - PARTE I – PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS ORÇAMENTÁRIOS editado pela Portaria Conjunta STN/SOF nº 2, de 2012, “Em sentido amplo, os ingressos de recursos financeiros nos cofres do Estado denominam-se receitas públicas, registradas como receitas orçamentárias, quando representam disponibilidades de recursos financeiros para o erário, ou ingressos extraorçamentários, quando representam apenas entradas compensatórias”.

Ainda, conforme esse manual: “Em sentido estrito, chamam-se públicas apenas as receitas orçamentárias”. A Lei nº 4.320/64 prevê ingressos financeiros de natureza extraorçamentária (receita extraorçamentária) e de natureza orçamentária (receita corrente e de capital).

A RECEITA EXTRAORÇAMENTÁRIA é aquela constituída por valores provenientes de qualquer arrecadação que não integra o orçamento público. São, portanto, valores recebidos pelo Estado, mas que não são de sua propriedade e que terão de ser devolvidos. São ingressos transitórios.

São exemplos de receita extraorçamentária: depósitos de terceiros, salários não reclamados, consignações a pagar, recebimento de caução em dinheiro para garantia de contratos, retenção das contribuições previdenciárias, etc.

Esses ingressos sempre representarão um passivo financeiro a ser restituído ao seu proprietário em ocasião oportuna.

Em alguns casos, haverá a possibilidade de essa receita converter-se em receita orçamentária. Como, por exemplo, quando houver inadimplência contratual de um fornecedor. Neste caso, a administração pública poderá apoderar-se da caução efetuada pelo contratado, incluindo esse valor no orçamento para que possa aplicá-lo em despesas.

Quais as características contábeis dessa receita?

• Registrada como passivo financeiro • Não altera o Patrimônio Líquido • Geram dispêndios extraorçamentários

A RECEITA ORÇAMENTÁRIA é constituída pelos recursos auferidos na gestão, a serem computados na apuração do resultado do exercício. São ingressos de caráter permanente, utilizados para financiar as despesas orçamentárias (como gastos com educação, saúde, segurança e

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justiça) representados por valores constantes do orçamento ou não, mas que pertençam ao ente público.

A receita orçamentária pode ser classificada de diversas formas: quanto à natureza (classificação econômica), quanto ao critério de afetação patrimonial, quanto ao critério de coercitividade, quanto à regularidade e por fontes de recursos.

Vamos estudar apenas a classificação pedida no edital, que é a classificação quanto ao critério de afetação patrimonial, ou seja, se efetiva ou por mutação patrimonial (não efetiva).

CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO CRITÉRIO DE AFETAÇÃO PATRIMONIAL

Este critério leva em consideração o efeito da receita orçamentária no patrimônio líquido dos entes públicos. Ele divide a receita orçamentária em efetiva e não efetiva ou por mutação patrimonial.

As RECEITAS EFETIVAS – são aqueles ingressos de recursos financeiros de natureza orçamentária que provocam um aumento no Patrimônio Líquido, porque originam-se de fatos modificativos aumentativos, ou seja, a elas não correspondem desincorporação de bens ou direitos, nem incorporação de dívidas, ou seja, entrando dinheiro nos cofres públicos não haverá saída de bens e nem assunção de dívidas.

Exemplos:

• Tributos arrecadados; • Aluguéis recebidos; • Recebimento de juros; • Receitas decorrentes de multas; • Receitas decorrentes de serviços prestados;

As RECEITAS NÃO EFETIVAS OU POR MUTAÇÃO PATRIMONIAL – são os ingressos orçamentários que não provocam aumento no Patrimônio Liquido, porque decorrem de mutação patrimonial, por serem originários de fatos permutativos, ou seja, entrando dinheiro nos cofres públicos haverá saída de bens e/ou assunção de dívidas.

Exemplos:

• Realização de operação de crédito – obtenção de empréstimos e financiamentos junto a bancos;

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• Conversão de bens em espécie (venda de bens); • Amortização de empréstimos concedidos (recebimento de

empréstimos concedidos). • Emissão de títulos públicos (venda de títulos públicos).

Farei, agora, um quadro resumo comparando a receita efetiva com a receita não efetiva.

RECEITA ORÇAMENTÁRIA RECEITA EFETIVA RECEITA NÃO EFETIVA

• Altera o patrimônio líquido • São fatos modificativos aumentativos • É receita no conceito contábil • Não produz mutação patrimonial

• Não altera o patrimônio líquido • Oriunda de fatos permutativos • Não é receita no conceito contábil • Produz mutação patrimonial

Não confundir receita orçamentária não efetiva ou por mutação patrimonial com receita extraorçamentária!!!

Apesar de ambas não provocarem alteração no Patrimônio Líquido:

� A receita orçamentária não efetiva gera mutação patrimonial e é usada no pagamento das despesas orçamentárias. Exemplo: obtenção de empréstimos e financiamentos junto a bancos, nesse exemplo o dinheiro pertence ao ente público, apesar de não haver alteração no patrimônio líquido.

� A receita extraorçamentária representa um fato

permutativo para o qual não há obrigação legal, não gera mutação patrimonial, tem caráter temporário e é usada apenas para cobrir gastos extraorçamentários. Exemplo: recebimento de cauções em dinheiro, nesse caso o dinheiro não pertence ao ente público, é um ingresso provisório com obrigação de devolução.

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A DESPESA, na contabilidade, é entendida como o consumo de um bem ou serviço que, direta ou indiretamente, contribui para a geração de receitas. É uma redução do ativo sem correspondente redução do passivo.

Na contabilidade pública, a despesa é conceituada como gasto ou compromisso de gasto de recursos governamentais, fixados na Lei Orçamentária ou em leis especiais, na aquisição de bens e serviços que possibilitem a manutenção, o funcionamento e a expansão dos serviços públicos.

Vejamos a conceituação de dois renomados doutrinadores:

“Despesa Pública é a aplicação de certa quantia em dinheiro, por

parte da autoridade ou agente público competente, dentro de uma autorização

legislativa, para execução de fim a cargo do governo”. Aliomar Baleeiro.

“Despesas Públicas são os desembolsos efetuados pelo Estado no

atendimento dos serviços e encargos assumidos no interesse geral da

comunidade, nos termos da Constituição, das leis ou em decorrência de

contratos ou outros instrumentos”. Lino Martins da Silva.

A Despesa Pública pode ser vista sob dois enfoques, o orçamentário e o patrimonial, tendo em vista que a execução da despesa orçamentária, nem sempre causa um impacto patrimonial simultâneo.

Segundo a Resolução do Conselho Federal de Contabilidade nº 1.374, de 08 de dezembro de 2011, que dispõe sobre a estrutura conceitual para a elaboração e apresentação das demonstrações contábeis:

“Despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma da saída de recursos ou da redução de ativos ou assunção de passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com distribuições aos detentores dos instrumentos patrimoniais”.

DESPESA PÚBLICA

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Podemos classificar a Despesa Pública em dois grandes grupos: Despesa Extraorçamentária e Despesa Orçamentária.

Conceituaremos em primeiro lugar a Despesa Extraorçamentária.

A DESPESA EXTRAORÇAMENTÁRIA é aquela que não está consignada na lei orçamentária ou em créditos adicionais, portanto não necessita de autorização legislativa. É paga à margem da lei do orçamento. Compreende saída de numerários resultante de valores que ingressaram nos cofres públicos como receita extraorçamentária, ou seja, de forma transitória.

As despesas extraorçamentárias são aqueles decorrentes de:

1. Saídas compensatórias no ativo e no passivo financeiro – representam desembolsos de recursos de terceiros em poder do ente público, tais como:

a) Devolução dos valores de terceiros (cauções/depósitos) – a caução em dinheiro constitui uma garantia fornecida pelo contratado e tem como objetivo assegurar a execução do contrato celebrado com o poder público. Ao término do contrato, se o contratado cumpriu com todas as obrigações, o valor será devolvido pela administração pública. Caso haja execução da garantia contratual, para ressarcimento da Administração pelos valores das multas e indenizações a ela devidos, será registrada a baixa do passivo financeiro em contrapartida à receita orçamentária.

b) Recolhimento de Consignações (retenções) – são recolhimentos de valores anteriormente retidos na folha de salários de pessoal ou nos pagamentos de serviços de terceiros;

c) Pagamento das operações de crédito por antecipação de receita (ARO) – conforme determina a Lei de Responsabilidade Fiscal, as antecipações de receitas orçamentárias para atender insuficiência de caixa no exercício financeiro deverão ser quitadas até o dia dez de dezembro de cada ano. Tais pagamentos não necessitam de autorização orçamentária para que sejam efetuados;

d) Pagamentos de Salário-Família, Salário-Maternidade e Auxílio-Natalidade – os benefícios da Previdência Social adiantados pelo empregador, por força de lei, têm natureza extraorçamentária e, posteriormente, serão objeto de compensação ou restituição.

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2. Pagamento de Restos a Pagar – são as saídas para pagamentos de despesas empenhadas em exercícios anteriores e não pagas. Essas despesas são inscritas em Restos a Pagar que constituirão a Dívida Flutuante.

Se o desembolso é extraorçamentário, não há registro de despesa orçamentária, mas uma desincorporação de passivo ou uma apropriação de ativo.

A DESPESA ORÇAMENTÁRIA é aquela despesa pública, decorrente da Lei Orçamentária e dos créditos adicionais, portanto, para ser realizada, depende de autorização legislativa e para ser efetivada, depende de um crédito orçamentário correspondente.

E, como vimos na receita, vamos estudar apenas a classificação da despesa pedida no edital, que é a classificação quanto ao critério de afetação patrimonial, ou seja, se efetiva ou por mutação patrimonial.

CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO CRITÉRIO DE AFETAÇÃO PATRIMONIAL

Analisando o impacto que a despesa orçamentária pode causar na

situação líquida patrimonial, temos a despesa orçamentária efetiva e a despesa orçamentária não efetiva (por mutação patrimonial).

DESPESA ORÇAMENTÁRIA EFETIVA – é aquela que, no momento

de sua realização, reduz a situação líquida patrimonial da entidade. Constituindo, assim, fato contábil modificativo diminutivo, ou seja, saindo dinheiro dos cofres públicos não haverá aquisição de bens ou direitos e nem diminuição de dívidas.

Exemplos:

• Despesa com Pessoal; • Encargos sociais; • Juros pagos; • Aquisição de serviços; • Despesas com aluguéis.

DESPESA ORÇAMENTÁRIA NÃO EFETIVA OU POR MUTAÇÃO

PATRIMONIAL – é aquela que, no momento da sua realização, não reduz a situação líquida patrimonial da entidade. Essa despesa constitui fato contábil permutativo. Neste caso, registra-se, simultaneamente, além da despesa orçamentária uma conta de variação no ativo para anular o efeito dessa

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despesa, ou seja, saindo dinheiro dos cofres públicos haverá aquisição de bens ou direitos e/ou diminuição de dívidas.

Exemplos:

• Aquisição de Bens; • Concessão de empréstimos; • Pagamento pelo resgate do principal da dívida interna ou

externa (amortização de dívida).

Farei, agora, um quadro resumo comparando a despesa efetiva com a não efetiva.

DESPESA ORÇAMENTÁRIA DESPESA EFETIVA DESPESA NÃO EFETIVA

• Altera o patrimônio líquido • São fatos modificativos

diminutivos • É despesa no conceito contábil • Não produz mutação

patrimonial

• Não altera o patrimônio líquido • Oriunda de fatos permutativos • Não é despesa no conceito

contábil • Produz mutação patrimonial

ESTÁGIOS DA DESPESA PÚBLICA

Estágios são etapas por que passa a despesa desde a sua previsão até a sua execução.

Conforme o MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO

SETOR PÚBLICO - PARTE I – PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS ORÇAMENTÁRIOS editado pela Portaria Conjunta STN/SOF nº 2, de 2012, a despesa orçamentária pode ser dividida em duas etapas: planejamento e execução.

1. PLANEJAMENTO – é a etapa que, de modo geral, abrange a

fixação da despesa orçamentária, a descentralização/movimentação de créditos orçamentários, a programação orçamentária e financeira e o processo de licitação e contratação.

a) Fixação da despesa – compreende a criação ou expansão

da despesa e requer adequação orçamentária e compatibilidade com o Plano Plurianual e com a Lei de Diretrizes Orçamentárias.

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A Lei de Responsabilidade fiscal, em seu art. 16, dispõe sobre a criação da despesa pública e o relacionamento entre os instrumentos de planejamento, conforme segue:

Art. 16. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação

governamental que acarrete aumento da despesa será acompanhado de: I – estimativa do impacto orçamentário – financeiro no exercício

em que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes; II – declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem

adequação orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias.

§ 1º Para os fins desta Lei Complementar, considera-se: I – adequada com a lei orçamentária anual, a despesa objeto de

dotação específica e suficiente, ou que esteja abrangida por crédito genérico, de forma que somadas todas as despesas da mesma espécie, realizadas e a realizar, previstas no programa de trabalho, não sejam ultrapassados os limites estabelecidos para o exercício;

II – compatível com o plano plurianual e a lei de diretrizes

orçamentárias, a despesa que se conforme com as diretrizes, objetivos, prioridades e metas previstos nesses instrumentos e não infrinja qualquer de suas disposições.

b) Descentralização/movimentação dos créditos orçamentários – ocorre quando valores autorizados na lei orçamentária são movidos para outras unidades administrativas que irão executá-los sem que haja modificação nas classificações institucional, funcional, programática e econômica.

c) Programação orçamentária e financeira – consiste na

compatibilização do fluxo dos pagamentos com o fluxo dos recebimentos, visando o ajuste da despesa fixada às novas projeções de resultados e da arrecadação.

A Lei de Responsabilidade Fiscal, em seus arts. 8º e 9º, define os procedimentos para auxiliar a programação orçamentária e financeira, conforme segue:

Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos

termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4o, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.

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Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da

receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.

d) Processo de licitação e contratação - é um conjunto de procedimentos administrativos que têm o objetivo de adquirir materiais, contratar obras e serviços, alienar ou ceder bens a terceiros, fazer concessões de serviços públicos com as melhores condições para o Estado, observando os princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e de outros que lhe são correlatos.

A observância do processo de licitação pela União, Estados, Distrito

Federal e Municípios, está estabelecida na Constituição Federal de 1988, em seu art. 37, inciso XXI, conforme disposto:

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos

Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

[...] XXI – ressalvados os casos especificados na legislação, as obras,

serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações”.

A Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, (Lei de Licitações e

Contratos) regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, estabelecendo normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações.

2. EXECUÇÃO – esta etapa, conforme previsão da Lei

4.320/64, abrange o empenho, a liquidação e o pagamento da despesa.

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2.1 - Empenho – Conforme o artigo 58 da Lei nº 4.320/1964, “Empenho é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição”.

O empenho consiste na reserva de dotação orçamentária para um fim específico e não poderá exceder o limite dos créditos concedidos.

O empenho é formalizado com a emissão de um documento denominado “Nota de Empenho”, do qual deve constar o nome do credor, a especificação do credor e a importância da despesa, e ainda os demais dados necessários ao controle da execução orçamentária.

Em alguns casos, embora seja obrigatório constar o nome do credor, como por exemplo, na folha de pagamento dos servidores públicos, torna-se impraticável emitir um empenho para cada credor, tendo em vista o grande número de credores (servidores).

A Lei 4.320/1964, art. 60, veda a realização de despesa sem prévio empenho. Em alguns casos, pode ser dispensada a emissão da “Nota de Empenho” (art. 60 § 1º), ou seja, o empenho propriamente dito é indispensável.

Os empenhos podem ser classificados em ordinário, estimativo e global.

I. Ordinário: é o tipo de empenho utilizado para as despesas de

valor fixo e previamente determinado, cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez;

II. Estimativo: é o tipo de empenho utilizado para as despesas

cujo montante não se pode determinar previamente, tais como serviços de fornecimento de água e energia elétrica, aquisição de combustíveis e lubrificantes e outros; e

III. Global: é o tipo de empenho utilizado para despesas

contratuais ou outras de valor determinado, sujeitas a parcelamento, como, por exemplo, os compromissos decorrentes de aluguéis.

2.2 - Liquidação – Segundo disposição do artigo 63 da Lei nº

4.320/1964, “a liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito”.

A liquidação da despesa tem por objetivo apurar:

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I. A origem e o objeto do que se deve pagar;

II. A importância exata a pagar; e

III. A quem se deve pagar a importância para extinguir a obrigação.

As despesas com fornecimento ou com serviços prestados terão por base:

• O contrato, ajuste ou acordo respectivo;

• A nota de empenho; e • Os comprovantes da entrega de material ou da prestação

efetiva dos serviços.

Observação: É no estágio da liquidação que ocorre o fato gerador da obrigação ou da despesa efetiva.

2.3 - Pagamento – é o ato da entrega de numerário correspondente ao credor por meio de cheque nominativo, ordens de pagamentos ou crédito em conta, recebendo a devida quitação.

O pagamento só pode ser efetuado após a regular liquidação da despesa.

A Lei nº 4.320/1964, em seu artigo 64, define ordem de pagamento como sendo “o despacho exarado por autoridade competente,

determinando que a despesa liquidada seja paga”.

A ordem de pagamento só poderá ser exarada em documentos processados pelos serviços de contabilidade.

01. (FCC – Analista Jud. Administrativo–TRT 4ª Região – 2011)

Para o governo federal, a venda de títulos públicos, a compra de um veículo à vista e a execução de despesa com serviços de terceiros são classificadas, respectivamente, como

a) receita efetiva, despesa por mutação patrimonial e despesa efetiva.

b) receita por mutação patrimonial, despesa por mutação patrimonial e despesa efetiva.

c) receita efetiva, despesa efetiva e despesa por mutação patrimonial.

Veja como cai em prova!!!

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d) despesa efetiva, despesa por mutação patrimonial e despesa efetiva.

e) receita por mutação, despesa efetiva e despesa por mutação patrimonial.

COMENTÁRIOS:

Analisando os três itens do enunciado temos:

A venda de títulos públicos – é uma receita por mutação patrimonial (não efetiva), pois houve uma emissão de títulos gerando entrada de dinheiro nos cofres públicos e em contrapartida uma obrigação do ente com o comprador desse título.

A compra de um veículo à vista – é uma despesa por mutação patrimonial, pois houve saída de dinheiro dos cofres públicos e entrada de bens.

A execução de despesa com serviços de terceiros – é uma despesa efetiva, pois houve saída de dinheiro dos cofres públicos para pagamento de um serviço prestado por terceiro.

Gabarito: B

02. (FCC – Analista Jud. Contabilidade – TRE – PB – 2007)

Receita efetiva é (A) a colocação de títulos públicos no mercado financeiro. (B) a operação de crédito. (C) a alienação de bens imóveis. (D) o recebimento de valores emprestados. (E) a cota parte do Fundo de Participação dos Estados.

COMENTÁRIOS:

Analisando as alternativas:

“A” – Incorreta – a colocação de títulos públicos no mercado financeiro é uma receita não efetiva (por mutação patrimonial), pois gera entrada de dinheiro nos cofres públicos, mas em contrapartida gera uma obrigação para o ente público.

“B” – Incorreta – a operação de crédito é uma receita não efetiva (por mutação patrimonial), pois gera entrada de dinheiro nos cofres públicos, mas em contrapartida gera uma obrigação para o ente público.

“C” – Incorreta – a alienação de bens imóveis é uma receita não efetiva (por mutação patrimonial), pois gera entrada de dinheiro nos cofres

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públicos, mas em contrapartida gera uma saída de bens do patrimônio do ente público.

“D” – Incorreta – o recebimento de valores emprestados é uma receita não efetiva (por mutação patrimonial), pois gera entrada de dinheiro nos cofres públicos, mas em contrapartida cessa o direito a receber do ente público perante o tomador (o ente público havia emprestado dinheiro e neste momento está recebendo).

“E” – Correta – a cota parte do Fundo de Participação dos Estados (decorrente da arrecadação tributária - repartição das receitas tributárias, CF/88, art. 159, I, “a”) é uma receita efetiva, pois há entrada de dinheiro nos cofres públicos, mas em contrapartida não gera obrigação para o ente que recebe essa cota. Esse dinheiro será gasto em despesa orçamentária (despesas com educação, saúde, segurança, etc.).

Gabarito: E

03. (FCC – Analista – Auditor - TJ – PI – 2009)

O recebimento de depósitos ou cauções de terceiros pelo ente público constitui uma receita (A) corrente. (B) de capital. (C) extra orçamentária. (D) por mutação patrimonial. (E) patrimonial.

COMENTÁRIOS:

A RECEITA EXTRAORÇAMENTÁRIA é aquela constituída por valores provenientes de qualquer arrecadação que não integra o orçamento público. São, portanto, valores recebidos pelo Estado, mas que não são de sua propriedade e que terão de ser devolvidos. São ingressos transitórios.

São exemplos de receita extraorçamentária: depósitos de terceiros, salários não reclamados, consignações a pagar, recebimento de caução em dinheiro para garantia de contratos, etc.

Esses ingressos sempre representarão um passivo financeiro a ser restituído ao seu proprietário em ocasião oportuna.

Gabarito: C

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04. (FCC – Analista – Contador – TJ – PI – 2009)

Constitui uma receita por mutação patrimonial a Receita (A) de amortização por empréstimos concedidos. (B) industrial. (C) patrimonial. (D) de juros sobre empréstimos concedidos. (E) de quotas recebidas.

COMENTÁRIOS:

A amortização por empréstimos concedidos ou recebimento de valores emprestados é uma receita não efetiva (por mutação patrimonial), pois gera entrada de dinheiro nos cofres públicos, mas em contrapartida cessa o direito a receber do ente público perante o tomador (o ente público havia emprestado dinheiro e neste momento está recebendo).

Gabarito: A

05. (FCC – Analista Técnico – TCE – AM – 2008)

A retenção das contribuições previdenciárias, valores descontados da folha de pagamentos dos servidores públicos, corresponde a uma

(A) receita extra orçamentária.

(B) despesa extra orçamentária.

(C) receita orçamentária de contribuições.

(D) receita orçamentária tributária.

(E) despesa orçamentária de transferências a instituições privadas.

COMENTÁRIOS:

A RECEITA EXTRAORÇAMENTÁRIA é aquela constituída por valores provenientes de qualquer arrecadação que não integra o orçamento público. São, portanto, valores recebidos pelo Estado, mas que não são de sua propriedade e que terão de ser devolvidos. São ingressos transitórios.

São exemplos de receita extraorçamentária: depósitos de terceiros, salários não reclamados, consignações a pagar, recebimento de caução em dinheiro para garantia de contratos, retenção das contribuições previdenciárias, etc.

Esses ingressos sempre representarão um passivo financeiro a ser restituído ao seu proprietário em ocasião oportuna.

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Neste caso, o ente público retém os valores das contribuições previdenciárias (ingresso), mas em contrapartida gera a obrigação de repassar esses valores ao instituto previdenciário.

Observação : retenção das contribuições previdenciárias é uma

receita extraorçamentária porque não pertence ao ente público, ele apenas retém os valores e repassa ao instituto previdenciário.

Apesar de ambas gerarem obrigação, a diferença entre receita extraorçamentária e receita não efetiva está justamente nessa característica, se pertence ou não ao ente público.

Devemos fazer a seguinte pergunta:

A receita pertence ao ente público??

1. Sim, então Receita Não Efetiva (Receita por mutação patrimonial);

2. Não, então Receita Extraorçamentária.

Não se esqueça de que as receitas não efetivas são orçamentárias.

Gabarito: A

06. (CESPE – Analista – Contabilidade – TRT 17ª Região-2009)

A receita pública somente pode ser considerada orçamentária se estiver incluída na lei orçamentária anual.

COMENTÁRIOS:

A RECEITA ORÇAMENTÁRIA é constituída pelos recursos auferidos na gestão, a serem computados na apuração do resultado do exercício. São ingressos de caráter permanente, utilizados para financiar as despesas orçamentárias (como gastos com educação, saúde, segurança e justiça) representados por valores constantes do orçamento ou não, mas que pertençam ao ente público.

Gabarito: Errado.

07. (FCC – Analista Jud. Contabilidade – TRE – PB – 2007)

Despesa de mutação patrimonial: (A) pessoal e encargos sociais. (B) equipamentos e material permanente. (C) serviços de consultoria. (D) subvenção social.

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(E) juros sobre a dívida por contrato.

COMENTÁRIOS:

Analisando as alternativas:

“A” – Incorreta – a despesa com pessoal e encargos sociais é uma despesa efetiva, pois gera saída de dinheiro dos cofres públicos, mas não há entrada de bens e/ou direitos nem assunção de dívidas pelo ente público.

“B” – Correta – despesa com equipamentos e material permanente é uma despesa não efetiva (por mutação patrimonial), pois gera entrada de dinheiro nos cofres públicos, mas em contrapartida há entrada de bens no patrimônio do ente público.

“C” – Incorreta – a despesa com serviços de consultoria é uma despesa efetiva, pois gera saída de dinheiro dos cofres públicos, mas não há entrada de bens e/ou direitos nem assunção de dívidas pelo ente público.

“D” – Incorreta – a despesa com subvenção social é uma despesa efetiva, pois gera saída de dinheiro dos cofres públicos, mas não há entrada de bens e/ou direitos nem assunção de dívidas pelo ente público.

“E” – Incorreta – a despesa com juros sobre a dívida por contrato é uma despesa efetiva, pois gera saída de dinheiro dos cofres públicos, mas não há entrada de bens e/ou direitos nem assunção de dívidas pelo ente público.

Gabarito: B

08. (FCC – Analista – Auditor - TJ – PI – 2009)

É um exemplo de despesa por mutação patrimonial: (A) juros e encargos pagos sobre a dívida interna e externa. (B) pagamentos de serviços prestados por pessoa jurídica. (C) subvenções sociais. (D) subvenções econômicas. (E) aquisição de material permanente.

COMENTÁRIOS:

Questão idêntica à anterior.

Gabarito: E

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09. (FCC - Técnico Contábil – Ministério Público-SC–2009) A alternativa que possui somente exemplos de Despesa Efetiva é: a) Aquisição de Bens, Amortização da Dívida e Pessoal. b) Encargos Sociais, Juros da Dívida e Amortização da Dívida. c) Aquisição de Bens, Amortização da Dívida e Construção de Bens. d) Pessoal, Material de Consumo, Serviços de Terceiros e Encargos. e) Encargos Sociais, Material de Consumo e Amortização da Dívida.

COMENTÁRIOS:

O grupo de despesas realizadas e que efetivamente afetam a situação líquida é o disposto na alternativa “d”. Gabarito: D

10. (FCC – Analista Jud. - TRE – Área Administrativa–Contabilidade–PR–2012)

Uma receita efetiva decorrente da execução orçamentária é aquela decorrente

(A) dos juros das aplicações financeiras.

(B) da realização de operações de crédito.

(C) do recebimento de dívida ativa.

(D) do recebimento de um terreno em doação.

(E) da venda de um ativo imobilizado.

COMENTÁRIOS:

As RECEITAS EFETIVAS são aqueles ingressos de recursos financeiros de natureza orçamentária que provocam um aumento no Patrimônio Líquido, porque originam-se de fatos modificativos aumentativos, ou seja, a elas não correspondem desincorporação de bens ou direitos, nem incorporação de dívidas, ou seja, entrando dinheiro nos cofres públicos não haverá saída de bens e nem assunção de dívidas.

Exemplos:

• Tributos arrecadados; • Aluguéis recebidos; • Recebimento de juros; • Receitas decorrentes de multas; • Receitas decorrentes de serviços prestados; • Emissão de títulos públicos (venda de títulos públicos). Gabarito: A

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11. (FCC – Analista Jud. - TRE – Área Administrativa–Contabilidade–PR–2012)

Uma receita extraorçamentária caracteriza-se por

(A) provocar um aumento efetivo na situação líquida patrimonial.

(B) modificar, simultaneamente, contas do ativo circulante e do passivo não circulante.

(C) modificar, simultaneamente, contas do ativo circulante e do ativo não circulante.

(D) não ser prevista em orçamento e ter que ser restituída em época própria.

(E) provocar uma redução do superávit financeiro do exercício corrente.

COMENTÁRIOS:

A RECEITA EXTRAORÇAMENTÁRIA é aquela constituída por valores provenientes de qualquer arrecadação que não integra o orçamento público. São, portanto, valores recebidos pelo Estado, mas que não são de sua propriedade e que terão de ser devolvidos. São ingressos transitórios.

São exemplos de receita extraorçamentária: depósitos de terceiros, salários não reclamados, consignações a pagar, recebimento de caução em dinheiro para garantia de contratos, retenção das contribuições previdenciárias, etc.

Esses ingressos sempre representarão um passivo financeiro a ser restituído ao seu proprietário em ocasião oportuna.

Gabarito: D

12. (FCC – Analista Judiciário – Contador – TJ – PE – 2012)

Uma despesa orçamentária efetiva é aquela decorrente de

(A) auxílio financeiro a estudantes.

(B) aquisição de material de consumo.

(C) cobrança da dívida ativa tributária.

(D) aquisição de bens móveis.

(E) amortização da dívida fundada interna.

COMENTÁRIOS:

DESPESA ORÇAMENTÁRIA EFETIVA é aquela que, no momento de sua realização, reduz a situação líquida patrimonial da entidade. Constituindo, assim, fato contábil modificativo diminutivo, ou seja, saindo dinheiro dos cofres públicos não haverá aquisição de bens ou direitos e nem diminuição de dívidas.

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Exemplos:

• Despesa com Pessoal; • Encargos sociais; • Juros pagos; • Aquisição de serviços; • Despesas com aluguéis.

Auxílio financeiro a estudantes se enquadra como despesa com pessoal.

Gabarito: A

13. (FCC – Técnico Jud. Contabilidade – TRT 3ª Região – 2009)

A redução da dotação orçamentária disponível referente a determinado item de despesa ocorre no estágio da despesa de

(A) liquidação.

(B) empenho.

(C) licitação.

(D) pagamento.

(E) recolhimento.

COMENTÁRIOS:

O empenho consiste na reserva de dotação orçamentária para um fim específico, portanto é neste estágio que acontece a redução da dotação orçamentária.

Gabarito: B

14. (FCC – Analista Jud. Contabilidade – TRF 4ª Região – 2007)

A despesa orçamentária passa por várias fases de execução (estágios) cuja ordem cronológica deve ser seguida rigorosamente. O estágio da liquidação da despesa é aquele em que

(A) o credor comparece perante o agente pagador, identifica- se, recebe seu crédito e dá a competente quitação.

(B) é estabelecida a programação financeira e sua execução mensal, por meio de ato do Poder Executivo.

(C) é verificado o direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e os documentos comprobatórios do respectivo crédito.

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(D) é criada para o Poder Público uma obrigação de pagamento, por meio de ato emanado de autoridade competente.

(E) é procedida a licitação da despesa com o objetivo de verificar, entre os vários fornecedores habilitados, quem oferece condições mais vantajosas.

COMENTÁRIOS:

Liquidação da despesa – Segundo disposição do artigo 63 da Lei nº 4.320/1964, “a liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito”.

A liquidação da despesa tem por objetivo apurar:

I. A origem e o objeto do que se deve pagar;

II. A importância exata a pagar; e

III. A quem se deve pagar a importância para extinguir a obrigação.

As despesas com fornecimento ou com serviços prestados terão por base:

• O contrato, ajuste ou acordo respectivo;

• A nota de empenho; e • Os comprovantes da entrega de material ou da prestação

efetiva dos serviços.

Gabarito: C

15. (FCC – Contador - Prefeitura de São Paulo-2010) A Prefeitura Municipal de Leão do Sul celebrou contrato com a empresa Balão Azul Ltda. para a aquisição de duas mil bolas de futebol. Apenas mil bolas foram entregues. Entretanto, a Prefeitura realizou o pagamento integral do contrato, uma vez que empresa se comprometeu, por escrito, a entregar o restante em trinta dias. O procedimento adotado pela Prefeitura foi: (A) correto, uma vez que pode ser realizado pagamento antecipado, desde que o bem seja entregue no máximo em trinta dias. (B) incorreto, uma vez que houve pagamento total sem regular liquidação. (C) incorreto, uma vez que o pagamento antecipado poderia ser realizado, desde que a empresa se comprometesse a entregar o bem no máximo em dez dias. (D) correto, desde que tenha havido prévio empenho global. (E) correto, desde que o recebimento definitivo da mercadoria seja registrado após sua entrega efetiva.

COMENTÁRIOS:

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O procedimento foi incorreto porque o pagamento só pode ser efetuado após a regular liquidação da despesa.

Gabarito: B

16. (ESAF - Analista- MPU-2004)

A despesa orçamentária deve passar por estágios. Com relação ao Empenho, identifique a única opção falsa.

A) É o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição.

B) Existem três modalidades de empenho: extraordinário, por estimativa e global.

C) Uma vez autorizado o empenho, pela autoridade competente, fica criada a obrigação de pagamento para o Estado, podendo ficar dependendo de algumas condições ou não.

D) O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos.

E) É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.

COMENTÁRIOS: A alternativa incorreta é a “B”, pois não existe empenho

extraordinário e sim ordinário. Assim, o empenho possui três modalidades: ordinário, estimativo (por estimativa) e global.

Gabarito: B

17. (FCC - Analista Jud. – Contabilidade - TRF 4ª Região-2010)

A liquidação é o estágio da despesa pública em que

(A) ocorre um ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado a obrigação de pagamento.

(B) o credor é pago pelo ente público. (C) é escolhido o fornecedor que apresenta proposta mais vantajosa para contratação de obras. (D) há verificação do direito líquido e certo do credor do ente público em função dos serviços prestados. (E) é estabelecido um cronograma de dispêndio para os créditos orçamentários.

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COMENTÁRIOS: A liquidação é o estágio da despesa em que se verifica o direito

adquirido pelo credor com base em título e documentos comprobatórios desse crédito.

Gabarito: D

18. (FCC – Analista – Contabilidade – TJ – PI – 2009)

O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. Quando o empenho se destina a atender a despesas para as quais não se possa previamente determinar o montante exato, tais como despesas com água e telefone, deve-se usar o empenho

(A) ordinário.

(B) unitário.

(C) por estimativa.

(D) global.

(E) parcial.

COMENTÁRIOS: Os empenhos podem ser classificados em ordinário, estimativo e

global. I. Ordinário: é o tipo de empenho utilizado para as despesas de

valor fixo e previamente determinado, cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez;

II. Estimativo: é o tipo de empenho utilizado para as despesas cujo montante não se pode determinar previamente, tais como serviços de fornecimento de água e energia elétrica, aquisição de combustíveis e lubrificantes e outros; e

III. Global: é o tipo de empenho utilizado para despesas

contratuais ou outras de valor determinado, sujeitas a parcelamento, como, por exemplo, os compromissos decorrentes de aluguéis.

Gabarito: C

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19. (FCC – Técnico – Contabilidade – TRT 3ª Região – 2007)

Na execução da despesa, o ato emanado de autoridade competente, que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição, denomina-se

(A) liquidação.

(B) pagamento.

(C) reserva.

(D) contingenciamento.

(E) empenho.

COMENTÁRIOS:

Empenho – Conforme o artigo 58 da Lei nº 4.320/1964, “Empenho é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição”.

Gabarito: E

20. (FCC – Técnico – Contabilidade – TRT 2ª Região – 2007)

A fase da despesa que consiste na verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito, denomina-se

(A) pagamento.

(B) fixação.

(C) previsão.

(D) liquidação.

(E) empenho.

COMENTÁRIOS:

A liquidação, como vimos anteriormente, é o estágio da despesa em que se verifica o direito adquirido pelo credor com base em título e documentos comprobatórios desse crédito.

Gabarito: D

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21. (FCC – Analista MP-SE – Contabilidade – 2009)

Para despesas cujo montante é previamente conhecido e cujo pagamento será efetuado em uma única parcela, será emitido um empenho

(A) diário.

(B) ordinário.

(C) global.

(D) estimativo.

(E) mensal.

COMENTÁRIOS: Os empenhos podem ser classificados em ordinário, estimativo e

global. I. Ordinário: é o tipo de empenho utilizado para as despesas de

valor fixo e previamente determinado, cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez;

II. Estimativo: é o tipo de empenho utilizado para as despesas cujo montante não se pode determinar previamente, tais como serviços de fornecimento de água e energia elétrica, aquisição de combustíveis e lubrificantes e outros; e

III. Global: é o tipo de empenho utilizado para despesas

contratuais ou outras de valor determinado, sujeitas a parcelamento, como, por exemplo, os compromissos decorrentes de aluguéis.

Gabarito: B

22. (FCC – Analista – Contador – TJ – PI – 2009)

No que concerne ao empenho da despesa pública, é correto afirmar:

(A) É permitida a realização de despesa sem prévio empenho.

(B) O empenho da despesa cujo montante não se possa determinar é denominado empenho global.

(C) É permitido o empenho por estimativa de despesas contratuais e outras, sujeitas a parcelamento.

(D) Em casos especiais previstos na legislação específica, será dispensada a emissão da nota de empenho.

(E) O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que somente cria para o Estado obrigação de pagamento após a liquidação da despesa.

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COMENTÁRIOS:

Analisando as alternativas:

“A” – Incorreta - A Lei 4.320/1964, art. 60, veda a realização de despesa sem prévio empenho. Em alguns casos, pode ser dispensada a emissão da “Nota de Empenho” (art. 60 § 1º), ou seja, o empenho propriamente dito é indispensável.

“B” – Incorreta - O empenho da despesa cujo montante não se possa determinar é denominado empenho por estimativa e não global.

“C” – Incorreta - O tipo de empenho utilizado para despesas contratuais ou outras de valor determinado, sujeitas a parcelamento, é o empenho global e não por estimativa.

“D” – Correta - O empenho é formalizado com a emissão de um documento denominado “Nota de Empenho”, do qual deve constar o nome do credor, a especificação do credor e a importância da despesa, e ainda os demais dados necessários ao controle da execução orçamentária.

Em alguns casos, embora seja obrigatório constar o nome do credor, como por exemplo, na folha de pagamento dos servidores públicos, torna-se impraticável emitir um empenho para cada credor, tendo em vista o grande número de credores (servidores).

A Lei nº 4.320/1964, art. 60, veda a realização de despesa sem prévio empenho. Em alguns casos, pode ser dispensada a emissão da “Nota de Empenho” (art. 60 § 1º), ou seja, o empenho propriamente dito é indispensável.

“E” – Incorreta – A etapa (estágio) do empenho é anterior à da liquidação.

Gabarito: D

23. (FCC – Analista – Auditor – TJ – PI – 2009)

O empenho é

(A) o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição.

(B) um compromisso financeiro para execução após o término do mandato do Chefe do Poder Executivo.

(C) a verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.

(D) o despacho exarado por autoridade competente, determinando que a despesa seja paga.

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(E) um pagamento devido pela Fazenda Pública em virtude de sentença judiciária.

COMENTÁRIOS: A alternativa “A” reproduz o conceito de empenho conforme

preceitua o artigo 58 da Lei nº 4.320/64. Gabarito: A

24. (FCC – Analista Jud. - TRE – Área Administrativa–Contabilidade–PR–2012)

De acordo com o regime de competência, as obrigações com fornecedores de material de consumo devem ser reconhecidas

(A) no empenho da despesa.

(B) na liberação de quotas financeiras.

(C) na finalização do processo de licitação.

(D) na liquidação da despesa.

(E) na inscrição de restos a pagar.

Liquidação – Segundo disposição do artigo 63 da Lei nº 4.320/1964, “a liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito”.

A liquidação da despesa tem por objetivo apurar:

I. A origem e o objeto do que se deve pagar;

II. A importância exata a pagar; e

III. A quem se deve pagar a importância para extinguir a obrigação.

As despesas com fornecimento ou com serviços prestados terão por base:

• O contrato, ajuste ou acordo respectivo;

• A nota de empenho; e • Os comprovantes da entrega de material ou da prestação

efetiva dos serviços.

É no estágio da liquidação que ocorre o fato gerador da obrigação ou da despesa efetiva.

Gabarito: D

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25. (FCC – Analista Jud. - TRE – Área Administrativa–Contabilidade–SP–2012) Ao término do contrato, se o contratado cumpriu com todas as obrigações, o valor depositado a título de caução será devolvido pela administração pública, gerando para a mesma uma

(A) receita orçamentária.

(B) receita extraorçamentária.

(C) despesa orçamentária.

(D) despesa de exercícios anteriores.

(E) despesa extraorçamentária.

A DESPESA EXTRAORÇAMENTÁRIA é aquela que não está consignada na lei orçamentária ou em créditos adicionais, portanto não necessita de autorização legislativa. É paga à margem da lei do orçamento. Compreende saída de numerários resultante de valores que ingressaram nos cofres públicos como receita extraorçamentária, ou seja, de forma transitória.

As despesas extraorçamentárias são aqueles decorrentes de:

1. Saídas compensatórias no ativo e no passivo financeiro – representam desembolsos de recursos de terceiros em poder do ente público, tais como:

a) Devolução dos valores de terceiros (cauções/depósitos) – a caução em dinheiro constitui uma garantia fornecida pelo contratado e tem como objetivo assegurar a execução do contrato celebrado com o poder público.

Ao término do contrato, se o contratado cumpriu com todas as obrigações, o valor será devolvido pela administração pública.

Caso haja execução da garantia contratual, para ressarcimento da Administração pelos valores das multas e indenizações a ela devidos, será registrada a baixa do passivo financeiro em contrapartida à receita orçamentária.

b) Recolhimento de Consignações (retenções) – são recolhimentos de valores anteriormente retidos na folha de salários de pessoal ou nos pagamentos de serviços de terceiros;

c) Pagamento das operações de crédito por antecipação de receita (ARO) – conforme determina a Lei de Responsabilidade Fiscal, as antecipações de receitas orçamentárias para atender insuficiência de caixa no

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exercício financeiro deverão ser quitadas até o dia dez de dezembro de cada ano. Tais pagamentos não necessitam de autorização orçamentária para que sejam efetuados;

d) Pagamentos de Salário-Família, Salário-Maternidade e Auxílio-Natalidade – os benefícios da Previdência Social adiantados pelo empregador, por força de lei, têm natureza extraorçamentária e, posteriormente, serão objeto de compensação ou restituição.

2. Pagamento de Restos a Pagar – são as saídas para pagamentos de despesas empenhadas em exercícios anteriores e não pagas. Essas despesas são inscritas em Restos a Pagar que constituirão a Dívida Flutuante.

Se o desembolso é extraorçamentário, não há registro de despesa orçamentária, mas uma desincorporação de passivo ou uma apropriação de ativo.

Gabarito: E

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Restos a Pagar são as despesas empenhadas, pendentes de pagamento na data do encerramento do exercício financeiro e que constituirão a Dívida Flutuante.

Dívida Flutuante, no balanço patrimonial, é o passivo financeiro que, conforme art. 105, § 3º da Lei 4.320/64, representa os compromissos exigíveis cujo pagamento independe de autorização orçamentária.

Só para esclarecer, falaremos um pouco também sobre Dívida Fundada.

A dívida fundada compreende todos os compromissos com exigibilidade superior a 12 meses, contraídos para atender desequilíbrios orçamentários ou ao financiamento de obras ou serviços. Sempre é necessária a autorização legislativa para a sua realização e resgate.

A dívida fundada é desdobrada no balanço patrimonial em interna, em títulos ou em contratos; e externa em títulos ou em contratos.

Será incluída na dívida pública consolidada da União a relativa à emissão de títulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil.

IMPORTANTE!

Os serviços da dívida são considerados também como restos a pagar.

Também integram a dívida pública consolidada, por força da LRF, as operações de crédito de prazo inferior a 12 meses cujas receitas tenham constado da Lei Orçamentária Anual – LOA.

A dívida flutuante integra o passivo financeiro do balanço patrimonial e a dívida fundada integra o passivo permanente do balanço patrimonial.

OPERAÇÕES EXTRAORÇAMENTÁRIAS: RESTOS A PAGAR PROCESADOS E NÃO PROCESSADOS

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As receitas de operações de crédito geram a dívida fundada.

Esses conceitos voltarão a ser vistos quando estudarmos o Balanço Patrimonial (Aula 05).

Prosseguindo com os Restos a Pagar...

De acordo com Lei 4.320/64, art. 36 e o Decreto 93.872/86, art. 67, “consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas e não pagas até 31 de dezembro, distinguindo-se as despesas processadas das não processadas”.

E qual a diferença entre despesa processada e não processada?

Vejamos:

A despesa, como vimos na aula anterior, em sua etapa de execução, passa por três estágios, quais sejam: empenho, liquidação e pagamento.

A despesa processada é aquela que ainda não foi paga, mas já transcorreu o estágio da liquidação. É a despesa realizada. Trata-se de uma despesa empenhada, liquidada e não paga.

Uma despesa é considerada realizada, relativa à compra de material, quando este for recebido, relativa a serviço, quando este for prestado, e relativa a obras, quando medidas ou verificadas.

A despesa não processada é aquela cujo serviço encontra-se em execução, não existindo ainda o direito líquido e certo do credor. Trata-se de despesa empenhada, não liquidada e não paga

Ressaltamos, porém que somente poderá ser lançado em Restos a Pagar a despesa que tenha alcançado a fase de emissão de empenho, ou seja, aquela que já se encontre legalmente empenhada.

Vejamos algumas considerações importantes sobre os Restos a Pagar:

INSCRIÇÃO

A inscrição de Restos a Pagar é feita na data do encerramento do exercício financeiro de emissão da nota de empenho e terá validade até 31 de dezembro do ano subsequente, quando o credor deverá habilitar-se ao recebimento do que lhe é devido. É vedada a reinscrição.

PRESCRIÇÃO

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A prescrição relativa ao direito do credor ocorre em cinco anos, contados da data da inscrição.

CANCELAMENTO

Os Restos a Pagar Processados não podem ser cancelados, tendo em vista que o fornecedor de bens/serviços cumpriu com a obrigação de fazer e a administração não poderá deixar de cumprir com a obrigação de pagar sob pena de estar deixando de cumprir os Princípios da Moralidade que rege a Administração Pública.

Já a Inscrição dos Restos a Pagar não processados tem a validade de um ano.

Se após esse período eles não forem pagos, deverão ser cancelados.

Essa previsão está no art. 35 do Decreto 93.872/86, com as suas exceções.

Art. 35. O empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro, para todos os fins, salvo quando:

I - vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele estabelecida;

II - vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em cursos a liquidação da despesa, ou seja, de interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor;

III - se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas;

IV - corresponder a compromissos assumidos no exterior.

Estes cancelamentos podem ocorrer durante ou no final do exercício financeiro seguinte ao da inscrição.

DÍVIDAS CONTRAÍDAS NO ÚLTIMO ANO DO MANDATO

Conforme o art. 42 da Lei Complementar nº 101/2000, “é vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois

quadrimestres do seu mandato, contrair obrigações de despesa que não possa

ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas

no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para

este efeito”.

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Isso significa que nos dois últimos quadrimestres do último ano do mandato ou legislatura, obrigação de despesa que não possa ser comprida integralmente dentro do exercício, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte, sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para cobri-las.

As despesas contraídas (as que forem empenhadas em dotações próprias) que não possam ser cumpridas integralmente dentro do exercício, ou que tenham parcelas a serem pagas no exercício seguinte, sem que haja suficiente disponibilidade de caixa, deverão ser consideradas como Restos a Pagar e irão para a Dívida Flutuante.

Essa vedação está restrita ao último ano do mandato legislativo, os três primeiros anos e o primeiro quadrimestre do último exercício do mandato não estão abrangidos por esse dispositivo.

Pessoal, existe uma situação que “cai bastante” em provas de concursos públicos. É o que está escrito no parágrafo único do art. 103 da Lei 4.320/64, qual seja:

“Art. 103. O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias, bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extraorçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte.

Parágrafo único. Os Restos a Pagar do exercício serão computados na receita extraorçamentária para compensar sua inclusão na despesa orçamentária”.

Visualizemos isso no Balanço Financeiro:

BALANÇO FINANCEIRO RECEITA DESPESA

ORÇAMENTÁRIA

EXTRAORÇAMENTÁRIA - Restos a Pagar (inscrito)

SALDO DO DISPONÍVEL EXERCÍCIO ANTERIOR

88.000

10.000

2.000

ORÇAMENTÁRIA

EXTRAORÇAMENTÁRIA - Restos a Pagar (pago)

SALDO DO DISPONÍVEL EXERCÍCIO SEGUINTE

77.000

13.000

10.000

TOTAL 100.000

TOTAL 100.000

O que podemos concluir da análise dos dados deste balanço, conforme o parágrafo único do artigo 103 da Lei 4.320/64, é que das despesas

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orçamentárias de R$ 77.000, R$ 10.000 foram inscritos em Restos a Pagar (receita extraorçamentária), para compensar o valor considerado despesa, regime de competência, todavia não houve desembolso financeiro. Ou seja, R$ 77.000 foram empenhados, mas somente R$ 67.000 foram pagos.

Os R$ 13.000 de Restos a Pagar (pago) refere-se aos Restos a Pagar inscritos no exercício anterior.

26. (FCC – Agente de Fiscalização – TCE – SP – 2012-Adaptada)

Em relação à dívida pública, julgue o item:

A dívida pública consolidada inclui as operações de crédito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham constado do orçamento.

COMENTÁRIOS:

A dívida fundada/consolidada compreende todos os compromissos com exigibilidade superior a 12 meses, contraídos para atender desequilíbrios orçamentários ou ao financiamento de obras ou serviços. Sempre é necessária a autorização legislativa para a sua realização e resgate.

A dívida fundada é desdobrada no balanço patrimonial em interna, em títulos ou em contratos; e externa em títulos ou em contratos.

Será incluída na dívida pública consolidada da União a relativa à emissão de títulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil.

IMPORTANTE!

Os serviços da dívida são considerados também como restos a pagar.

Também integram a dívida pública consolidada, por força da LRF, as operações de crédito de prazo inferior a 12 meses cujas receitas tenham constado da Lei Orçamentária Anual – LOA.

A dívida flutuante integra o passivo financeiro do balanço patrimonial e a dívida fundada integra o passivo permanente do balanço patrimonial.

As receitas de operações de crédito geram a dívida fundada.

Gabarito: Certo.

Veja como cai em prova!!!

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27. (FCC – Analista – Contabilidade - MPE – SE – 2009) Será inscrito como restos a pagar a diferença entre despesa (A) empenhada e despesa paga. (B) prevista e despesa empenhada. (C) empenhada e despesa liquidada. (D) fixada e despesa empenhada. (E) fixada e despesa paga.

COMENTÁRIOS:

De acordo com Lei 4.320/64, art. 36 e o Decreto 93.872/86, art. 67, “consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas e não pagas até 31 de dezembro, distinguindo-se as despesas processadas das não

processadas”.

Gabarito: A

28. (FCC – Analista Administrativo – TRE – TO – 2011)

Restos a pagar processados são despesas ainda não pagas, mas que foram, no exercício corrente

(A) empenhadas e ainda não liquidadas.

(B) programadas e empenhadas.

(C) programadas, mas ainda não empenhadas.

(D) empenhadas e liquidadas.

(E) programadas e ainda não liquidadas.

COMENTÁRIOS:

Questão idêntica à anterior. As bancas costumam repetir muito determinado tipo de assunto, como este.

Gabarito: D

29. (FCC – Analista – Contabilidade - MPE – SE – 2009) De acordo com a sua natureza, os restos a pagar podem ser classificados como (A) ordinários e extraordinários. (B) orçamentários e extra orçamentários. (C) processados e não processados. (D) correntes e de capital. (E) ativos e passivos

COMENTÁRIOS:

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Ainda de acordo com Lei 4.320/64, art. 36 e o Decreto 93.872/86, art. 67, “consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas e não pagas

até 31 de dezembro, distinguindo-se as despesas processadas das não processadas”.

Gabarito: C

30. (FCC - Auditor - TCE-AL – 2008 - Adaptada)

Analise o item abaixo:

As despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31 de julho, consideram-se Restos a Pagar.

COMENTÁRIOS:

Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas, mas não pagas até 31 de dezembro.

Gabarito: Errado.

31. (FCC – Analista Administrativo – TRT 9ª região – 2010)

Restos a pagar de despesas não processadas são aqueles cujo empenho:

a) Não foi emitido e o objeto adquirido foi entregue. b) Foi emitido e o objeto adquirido foi entregue. c) Não foi emitido e o objeto adquirido não foi entregue. d) Foi emitido e o objeto adquirido não foi entregue. e) Foi parcialmente emitido e o objeto adquirido foi entregue.

COMENTÁRIOS:

A despesa não processada é aquela cujo serviço encontra-se em execução, não existindo ainda o direito líquido e certo do credor. Trata-se de despesa empenhada, não liquidada e não paga

Gabarito: D

32. (FCC – Analista Contadoria – TRF 4ª região – 2010)

São computados como receita extraorçamentária no Balanço Financeiro de um ente público:

(A) alienações de bens.

(B) operações de crédito.

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(C) receitas industriais.

(D) restos a pagar inscritos no exercício.

(E) receitas patrimoniais.

COMENTÁRIOS:

Conforme art. 103 da Lei 4.320/64:

“O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias, bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extraorçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte”.

“Parágrafo único. Os Restos a Pagar do exercício serão computados na receita extraorçamentária para compensar sua inclusão na despesa orçamentária”.

Gabarito: D

33. (CESPE - Analista Jud. Contabilidade - TRT 17ª Reg. – 2009)

Com relação à aplicação prática de conceitos de Contabilidade Pública, julgue o item a seguir:

No balanço orçamentário, os restos a pagar são computados como despesa orçamentária, mas, no balanço financeiro, são incluídos como receita extraorçamentária.

COMENTÁRIOS:

Conforme parágrafo único do art. 103, os restos a pagar do exercício, computados como despesas orçamentárias (Balanço Orçamentário), serão incluídos (inscritos), para compensar estas despesas, como receita extraorçamentária (Balanço Financeiro).

Ao estudarmos o Balanço Financeiro e Orçamentário vocês visualização melhor essa informação.

Gabarito: Certo.

34. (CESPE – Analista – Contabilidade - TCE-AC – 2009 - Adaptada)

A respeito da dívida pública, julgue o item:

Os restos a pagar são classificados como dívida fundada.

COMENTÁRIOS:

Os restos a pagar são classificados como dívida flutuante.

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Gabarito: Errado.

35. (FCC - Técnico Judiciário – TRF - 4ª Reg. - 2010)

É exemplo de despesa extraorçamentária:

(A) juro da dívida pública.

(B) aquisição de equipamentos e instalações.

(C) pagamento de restos a pagar.

(D) amortização da dívida pública.

(E) concessão de empréstimos pelo ente público.

COMENTÁRIOS:

Os restos a pagar inscritos num determinado exercício, pagos no exercício seguinte, serão considerados despesa extraorçamentária. É o caso dos R$ 13.000 demonstrados no balanço financeiro da página 42 desta aula.

Gabarito: C

36. (FCC – Auditor – TCE – AL – 2008)

É um exemplo de despesa extra orçamentária o pagamento de

(A) amortização da dívida pública.

(B) restos a pagar de exercícios anteriores.

(C) subvenções econômicas.

(D) subvenções sociais.

(E) de imóvel ou de bem de capital já em utilização pelo órgão público.

COMENTÁRIOS:

Outra vez temos duas questões idênticas.

Gabarito: B

37. (FCC - Analista – Contabilidade - TRT 24ª Região - 2006) Os Restos a pagar

(A) não processados referem-se a valores devidos em decorrência de empenhamentos sem a devida cobertura do crédito orçamentário e financeiro.

(B) processados referem-se a empenhamentos não liquidados, porém com a devida cobertura financeira.

(C) não processados referem-se a empenhamentos liquidados e não pagos até 31/12 sem a devida cobertura financeira.

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(D) processados referem-se a empenhamentos liquidados e não pagos até 31/12 independentemente da sua cobertura financeira.

(E) processados referem-se a empenhamentos não liquidados, porém com cobertura orçamentária e financeira.

COMENTÁRIOS:

Mais uma vez a cobrança do conceito de restos a pagar da Lei 4.320/64, art. 36 e o Decreto 93.872/86, art. 67, “consideram-se Restos a

Pagar as despesas empenhadas e não pagas até 31 de dezembro,

distinguindo-se as despesas processadas das não processadas”.

A despesa processada é aquela que ainda não foi paga, mas já transcorreu o estágio da liquidação. É a despesa realizada. Trata-se de uma despesa empenhada, liquidada e não paga.

Uma despesa é considerada realizada, relativa à compra de material, quando este for recebido, relativa a serviço, quando este for prestado, e relativa a obras, quando medidas ou verificadas.

A despesa não processada é aquela cujo serviço encontra-se em execução, não existindo ainda o direito líquido e certo do credor. Trata-se de despesa empenhada, não liquidada e não paga.

Ressaltamos, porém que somente poderá ser lançado em Restos a Pagar a despesa que tenha alcançado a fase de emissão de empenho, ou seja, aquela que já se encontre legalmente empenhada.

Portanto, a inscrição em restos a pagar independe da sua cobertura financeira.

Gabarito: D

38. (FCC – Analista Contabilidade – TRT 24ª Região – 2011)

Considere:

I. Consideram-se restos a pagar as despesas empenhadas mas não pagas dentro do exercício financeiro. II. A despesa empenhada no exercício anterior e paga no exercício seguinte será considerada extraorçamentária no momento do pagamento. III. A despesa empenhada no exercício anterior e paga no exercício seguinte será considerada orçamentária no momento do pagamento.

Em relação aos Restos a Pagar, está correto o que consta APENAS em

(A) III. (B) II e III.

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(C) I e III. (D) I e II. (E) I

COMENTÁRIOS:

I – Correto. “Consideram-se Restos a Pagar as despesas

empenhadas e não pagas até 31 de dezembro, distinguindo-se as despesas

processadas das não processadas”.

Quando a lei diz despesa empenhada e não paga até 31 de dezembro significa despesa empenhada e não paga dentro do exercício financeiro.

II – Correto. Os restos a pagar inscritos num determinado exercício, pagos no exercício seguinte, serão considerados despesa extraorçamentária. É o caso dos R$ 13.000 demonstrados no balanço financeiro da página 42 desta aula.

III – Incorreto. Os restos a pagar inscritos num determinado exercício, pagos no exercício seguinte, serão considerados despesa extraorçamentária e não orçamentária.

Gabarito: D

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Despesas de exercícios anteriores são as dívidas resultantes de compromissos gerados em exercícios anteriores, para as quais não existe empenho inscrito em restos a pagar porque a despesa não foi empenhada ou o empenho foi cancelado.

Um exemplo clássico de despesa de exercício anterior é o caso do salário família devido ao servidor público mensalmente a partir do nascimento de seu filho (suposição: outubro de X1), cujo pedido ao órgão foi formulado em exercício posterior ao do nascimento (maio de X2). O valor devido ao funcionário pelos meses de outubro, novembro e dezembro de X1 deverá ser contabilizado à conta de elemento de despesa de exercício anterior. O valor referente ao ano de X2 deverá correr normalmente a conta de dotação específica. Entretanto em ambos os casos (despesa de X1 reconhecida em X2 e despesa de X2 apropriada em X2), um único orçamento foi onerado: o de X2. Não se pode alterar o orçamento do ano de X1, após o encerramento do exercício.

OCORRÊNCIA Em conformidade com o art. 22, do Decreto 93.872/86, poderão

ser pagas como despesas de exercícios anteriores, respeitada a categoria própria:

As despesas de exercícios encerrados, para as quais o

orçamento respectivo consignava crédito próprio com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria; assim entendidas aquelas cujo empenho tenha sido considerado insubsistente e anulado no encerramento do exercício correspondente, mas que, dentro do prazo estabelecido, o credor tenha cumprido sua obrigação;

Os restos a pagar com prescrição interrompida; assim

considerada a despesa cuja inscrição como restos a pagar tenha sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor; e

Os compromissos decorrentes de obrigação de pagamento

criada em virtude de lei e reconhecidas após o encerramento do exercício.

DESPESAS COM EXERCÍCIOS ANTERIORES

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FORMALIZAÇÃO DO PROCESSO

São elementos próprios e imprescindíveis à instrução do processo relativo às despesas de exercícios anteriores, para fins de autorização de pagamento:

nome do credor, CNPJ/CPF e endereço; importância a pagar; data do vencimento do compromisso; causa da inobservância do empenho prévio da despesa; indicação do nome do ordenador da despesa à época do fato

gerador do compromisso; e reconhecimento expresso do atual ordenador de despesa.

ATENÇÃO!

O pagamento de despesas de exercícios anteriores ocorre à custa do orçamento vigente, portanto, são despesas orçamentárias.

PRESCRIÇÃO

As dívidas de exercícios anteriores, que dependem de requerimento do favorecido, prescrevem em 05 (cinco) anos, contados a partir da data do ato ou fato que tiver dado origem ao respectivo crédito.

O início do período da dívida corresponde à data constante do fato gerador do direito, não sendo considerado, para fins de prescrição qüinqüenal, o tempo de tramitação burocrática e o de providências administrativas a que estiver sujeito o processo. Lembrando que os restos a pagar referentes ao FGTS e ao INSS tem prescrição diferenciada do geral.

39. (FCC – Técnico em Contabilidade – TRF 4ª Região – 2010)

Em relação às Despesas de Exercícios Anteriores, é correto afirmar:

(A) São despesas de caráter extraorçamentário.

(B) Significam a mesma coisa que Restos a Pagar decorrentes do exercício anterior.

(C) São despesas liquidadas, mas não pagas no exercício correspondente.

Veja como cai em prova!!!

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(D) São aquelas em que a obrigação de pagamento é criada em virtude de lei, reconhecido o direito do reclamante no encerramento do exercício correspondente.

(E) São despesas em que a obrigação foi cumprida pelo credor no prazo estabelecido, embora não tenham sido processadas na época própria.

COMENTÁRIOS:

“A” – Incorreto. Despesas de exercícios anteriores são as dívidas resultantes de compromissos gerados em exercícios anteriores, para as quais não existe empenho inscrito em restos a pagar porque a despesa não foi empenhada ou o empenho foi cancelado.

O valor referente às despesas de exercícios anteriores deverá correr normalmente a conta de dotação específica. Portanto é uma despesa orçamentária.

“B” – Incorreto. Não se confundem despesas de exercícios anteriores com restos a pagar, pois as despesas de exercícios anteriores, ao contrário dos restos a pagar, não foram empenhadas ou tiveram seu empenho cancelado.

“C” e “D – Incorretos. Conceito de Despesas de exercícios anteriores: são as dívidas resultantes de compromissos gerados em exercícios anteriores, para as quais não existe empenho inscrito em restos a pagar porque a despesa não foi empenhada ou o empenho foi cancelado.

“E” – Correto.

Gabarito: E

40. (FCC – Analista Administrativo – TRE – TO – 2011)

As Despesas de Exercícios Anteriores são:

(A) Restos a pagar processados e pagos no exercício subsequente ao do empenho.

(B) Despesas correspondentes a períodos anteriores e pagas no presente exercício com dotação orçamentária específica para tal fim.

(C) Restos a pagar cuja prescrição não tenha sido interrompida.

(D) Despesas pagas em exercícios anteriores correspondentes a serviços prestados no corrente exercício.

(E) Despesas correspondentes a serviços prestados no corrente exercício mas cujo empenho foi feito em exercícios anteriores.

COMENTÁRIOS:

Essa, como a anterior é uma questão conceitual.

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Despesas de exercícios anteriores são as dívidas resultantes de compromissos gerados em exercícios anteriores, para as quais não existe empenho inscrito em restos a pagar porque a despesa não foi empenhada ou o empenho foi cancelado. O valor referente às despesas de exercícios anteriores deverá correr normalmente a conta de dotação específica.

Gabarito: B

41. (FCC – Analista Ministerial – Ciências Contábeis – MPE – PE – 2012)

Está correto afirmar:

(A) Prescreve em cinco anos a dívida passiva relativa aos Restos a Pagar, sendo que esse prazo não é interrompido pelo cancelamento da inscrição da despesa nessa rubrica.

(B) A concessão de suprimento de fundos poderá ser feita a servidor declarado em alcance.

(C) Os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente deverão ser pagos como despesas de exercícios anteriores.

(D) São classificadas como restos a pagar processados as despesas legalmente empenhadas e que não tenham sido liquidadas no exercício financeiro.

(E) A concessão de suprimento de fundos independe de prévio empenho da despesa correspondente.

COMENTÁRIOS:

Despesas de exercícios anteriores são as dívidas resultantes de compromissos gerados em exercícios anteriores, para as quais não existe empenho inscrito em restos a pagar porque a despesa não foi empenhada ou o empenho foi cancelado.

Os compromissos do exercício são assumidos no exercício seguinte.

Gabarito: C

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Variação Patrimonial é a alteração de valor de qualquer elemento do patrimônio público, por alienação, aquisição, dívida contraída, dívida liquidada, depreciação ou valorização, amortização, superveniência, insubsistência, efeitos da execução orçamentária e resultado do exercício financeiro.

As alterações do patrimônio são efetuadas por incorporações e desincorporações ou baixa.

INCORPORAÇÃO é a agregação de novos elementos ao patrimônio público e podem originar-se de forma ativa ou passiva

A Incorporação Ativa ocorre quando a agregação de novos elementos causam aumento do patrimônio público.

Tomemos como exemplo a aquisição de um bem (um veículo): a entrada é feita pela incorporação desse bem adquirido aumentando o valor da conta de Bens Móveis e em contrapartida a conta Variações Ativas correspondente, pelo aumento patrimonial.

A Incorporação Passiva ocorre quando a agregação de novos elementos causam diminuição do patrimônio público.

Como, por exemplo, a obtenção de empréstimo ou financiamento. A incorporação dessa dívida aumenta o valor da conta Divida Fundada e, em contrapartida, a conta Variações Passivas correspondentes, pela diminuição que essa passividade causa no patrimônio.

DESINCORPORAÇÃO ou baixa é a expressão usada para excluir ou desagregar elementos constantes do patrimônio público, e também pode originar-se de forma ativa ou passiva.

A desincorporação ou baixa de elementos será ativa quando causarem o aumento do patrimônio público, como por exemplo a amortização de uma dívida, quando a sua desincorporação ou baixa diminui o valor da conta Dívida Fundada, e em contrapartida com a conta Variação Ativa corresponde, pelo aumento causado no patrimônio.

VARIAÇÕES PATRIMONIAIS ATIVAS E PASSIVAS INDEPENDENTE DE EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

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A desincorporação ou baixa de elementos será passiva quando causarem a diminuição do patrimônio público, como por exemplo a quebra de um bem móvel, sem condições de uso, quando de sua desincorporação ou baixa diminui o valor da conta Bens Móveis e, em contrapartida com a conta Variação Passiva correspondente, pela diminuição causada no patrimônio.

Em suma, as variações patrimoniais podem ser classificadas em Variações Ativas ou Passivas, quer sejam provenientes de incorporações de novos elementos ao patrimônio, quer sejam causadas por desincorporações ou baixas de elementos do patrimônio.

VARIAÇÕES ATIVAS

São alterações nos valores dos elementos do patrimônio público que aumentam a situação patrimonial, quer pela incorporação e agregação, advinda de aquisições, valorização de bens, amortização de dívida, superveniências ativas, quer por insubsistências passivas.

Qualquer aumento de valor nos elementos dos bens e direitos do ativo permanente, ou qualquer diminuição de valor nos elementos das obrigações do passivo permanente consideram-se variações ativas, pois contribuem para que o patrimônio seja aumentado. Essas variações decorrem da execução orçamentária ou não.

Classificamos as variações ativas em: Resultantes da Execução Orçamentária, Mutações Patrimoniais e Independentes da execução orçamentária.

Variações Ativas Resultantes da Execução Orçamentária – são feitas no final do exercício, quando se der o encerramento dos balanços com base na Receita Orçamentária arrecadada no exercício financeiro. A interpretação é que o recebimento de receita orçamentária, resultante da execução orçamentária, provoca a entrada de dinheiro (numerário) e, como consequência, um aumento dos bens patrimoniais, que é refletido pela Variação Ativa correspondente.

Ela é transferida do Sistema Financeiro, que é onde ocorre o recebimento da receita, por isso, no final do exercício encerram-se as contas da receita orçamentária (contas de resultado positivo), transferindo os seus saldos, para comporem variações patrimoniais no Sistema Patrimonial e, por

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aumentarem o patrimônio, classificam-se como variações ativas resultantes da execução orçamentária.

Essas receitas, como já vistas anteriormente, são as receitas efetivas.

Variações Ativas – Mutações Patrimoniais – são as decorrentes de uma troca de bens, permutados entre elementos do ativo (dinheiro – caixa), por bens ou valores de caráter permanente (móveis, imóveis, títulos e valores) e, originam-se, sempre, da execução orçamentária. Mutação, portanto, significa troca, modificação, mudança e, por se tratar de bens pertencentes ao patrimônio, podemos concluir que a mutação patrimonial é a troca, modificação e mudança que ocorre entre os bens, direitos e obrigações do patrimônio público.

Essas receitas, como já vistas anteriormente, são as receitas não efetivas.

Variações Ativas Independentes da Execução Orçamentária – as que provocam modificações no patrimônio, aumentando-o, porém, não se originam da execução orçamentária, surgem sempre de fatos de Superveniências Ativas ou de Insubsistências Passivas.

a) Superveniências Ativas – são movimentações que ocorrem por fatos inesperados, que acontecem até por serem inevitáveis, mas sempre aumentam o patrimônio.

b) Insubsistências Passivas – são movimentações que ocorrem por fatos que não mais podem subsistir, isto é, não podem mais existir, deixam de existir por qualquer motivo, porém sempre causando uma variação ativa, provocada pela baixa ou desincorporação de uma obrigação passiva. Uma obrigação passiva que deixa de existir causa consequentemente um aumento na situação patrimonial e, portanto, uma variação ativa.

VARIAÇÕES PASSIVAS

São alterações nos valores dos elementos do patrimônio público, diminuindo a situação patrimonial, por incorporação e desincorporação ou baixa, consequente da alienação, depreciação e desvalorização de bens, constituição de dívidas passivas, recebimento de créditos, cobrança da dívida ativa, insubsistências ativas ou superveniências passivas.

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Qualquer diminuição de valor nos elementos dos bens e direitos do ativo permanente, ou qualquer aumento no valor dos elementos das obrigações do passivo permanente consideram-se variações passivas, pois concorrem para que o patrimônio seja diminuído. Essas variações podem ser decorrentes da execução orçamentária oi independentes dela.

As variações passivas também são classificadas em Resultantes da Execução Orçamentária, mutações Patrimoniais e Independentes da Execução Orçamentária.

Variações Passivas Resultantes da Execução Orçamentária – são feitas no final do exercício, quando se der o encerramento dos balanços com base na Despesa Orçamentária realizada no exercício financeiro. A liquidação da despesa orçamentária, resultante da execução orçamentária, provoca a saída de dinheiro (numerário) e, como conseqüência, uma diminuição de bens patrimoniais, que é refletida pela Variação Passiva correspondente.

Ela é transferida do Sistema Financeiro, que é onde ocorre a movimentação financeira da despesa, por isso, no final do exercício encerram-se as contas da despesa orçamentária (contas de resultado negativo), transferindo os seus saldos, para comporem as variações patrimoniais no Sistema Patrimonial e, por diminuírem o patrimônio, classificam-se como variações passivas resultantes da execução orçamentária.

Essas despesas, como já vistas anteriormente, são as despesas efetivas.

Variações Passivas – Mutações Patrimoniais – são as decorrentes de uma troca de bens permutantes, através de alienação (venda) ou constituição de dívidas passivas por um bem numerário (dinheiro) e originam-se, sempre, da execução orçamentária. Mutação, portanto, significa troca, permuta, modificação, mudança e por se tratar de bens, direitos e obrigações que compõem o patrimônio, podemos concluir que a mutação patrimonial é a troca, modificação, mudança ou permuta que ocorre entre os elementos patrimoniais.

Essas despesas, como vistas anteriormente, são as despesas não efetivas.

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Variações Passivas Independentes da Execução Orçamentária – são as que provocam modificações no patrimônio, diminuindo-o, porém, não se originam da execução orçamentária, surgem sempre de fatos de Superveniências Passivas ou de Insubsistências Ativas.

a) Superveniências Passivas – são movimentações que ocorrem por fatos inesperados, que acontecem até por serem inevitáveis, mas sempre diminuindo o patrimônio. Serão sempre fatos que aumentam as obrigações (passividade), porém não provêm da execução do orçamento; são incorporações de obrigações passivas que surgem de maneira imprevista.

b) Insubsistências Ativas – são movimentações que ocorrem por fatos que não mais podem subsistir, isto é, fatos que deixam de existir por qualquer motivo, porém sempre causando uma variação passiva, provocada pela baixa ou desincorporação de um bem ou direito ativo. Isso nos parece inevitável, pois um bem ou direito que deixa de existir, consequentemente, causa uma diminuição da situação patrimonial e, portanto, uma variação passiva.

Atenção!!!

O entendimento desses conceitos é muito importante, pois eles serão utilizados adiante quando estudarmos a Demonstração das Variações Patrimoniais (aula 05).

42. (CESPE – Auditor do Estado – Contabilidade – ES – 2009)

As superveniências e as insubsistências, ativas e passivas, compõem os valores independentes da execução orçamentária, e provocam alterações na situação patrimonial líquida da entidade.

COMENTÁRIOS:

As superveniências ativas e passivas e as insubsistências ativas e passivas fazem parte das variações independente da execução orçamentária influenciando no resultado patrimonial do exercício e consequentemente alterando a situação patrimonial líquida da entidade.

Gabarito: Certo.

Veja como cai em prova!!!

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43. (FCC – Analista Administrativo – TRT 9ª região – 2010)

As alterações nos valores dos elementos do patrimônio público que aumentam a situação patrimonial, advindas de aquisições, valorização de bens, amortização de dívida, superveniências ativas ou insubsistências passivas são denominadas (A) variações ativas. (B) variações passivas. (C) bens e direitos. (D) incorporações passivas. (E) alienações ativas.

COMENTÁRIOS:

VARIAÇÕES ATIVAS - São alterações nos valores dos elementos do patrimônio público que aumentam a situação patrimonial, quer pela incorporação e agregação, advinda de aquisições, valorização de bens, amortização de dívida, superveniências ativas, quer por insubsistências passivas.

Gabarito: A 44. (FCC – Analista Jud. TRT 23ª Região – 2011) É um exemplo de uma variação patrimonial ativa A) o cancelamento de dívida ativa. B) o repasse concedido. C) a receita de operações de crédito. D) a baixa de bens imóveis em virtude de sua alienação. E) a amortização de dívida interna.

COMENTÁRIOS:

VARIAÇÕES ATIVAS - São alterações nos valores dos elementos do patrimônio público que aumentam a situação patrimonial, quer pela incorporação e agregação, advinda de aquisições, valorização de bens, amortização de dívida, superveniências ativas, quer por insubsistências passivas.

Gabarito preliminar: C Gabarito definitivo: Anulada, por ter duas respostas corretas (“C” e

“E”).

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45. (CESGRANRIO – Analista – Ciências Contábeis – ANP – 2008)

Na contabilidade pública, as variações quantitativas quando aumentam o saldo patrimonial são denominadas Variações (A) Ativas (B) Mistas (C) Aditivas (D) Passivas (E) Aumentativas

COMENTÁRIOS:

Questão idêntica à anterior.

VARIAÇÕES ATIVAS - São alterações nos valores dos elementos do patrimônio público que aumentam a situação patrimonial, quer pela incorporação e agregação, advinda de aquisições, valorização de bens, amortização de dívida, superveniências ativas, quer por insubsistências passivas.

Gabarito: A

46. (FCC – Analista Jud. – Contabilidade - TRE-PI – 2009)

Uma despesa extraorçamentária caracteriza-se por (A) provocar uma redução efetiva na situação líquida patrimonial. (B) modificar, simultaneamente, contas do ativo financeiro e do passivo permanente. (C) modificar, simultaneamente, contas do ativo financeiro e do ativo permanente. (D) provocar uma redução do superávit financeiro. (E) não precisar de autorização legislativa para a sua ocorrência.

COMENTÁRIOS:

Apesar de não estar explícito no edital, acreditamos ser necessário o conhecimento do tema despesa extraorçamentária, pois além desta questão (nº 18), a FCC vem cobrando muito conceitos que envolvem este assunto. Temos como exemplo o conhecimento da Antecipação de Receita Orçamentária (ARO).

DESPESA EXTRAORÇAMENTÁRIA – é aquela que não está consignada na lei orçamentária ou em créditos adicionais, portanto não necessita de autorização legislativa. É paga à margem da lei do orçamento. Compreende saída de numerários resultante de valores que

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ingressaram nos cofres públicos como receita extraorçamentária, ou seja, de forma transitória.

As despesas extraorçamentárias são aqueles decorrentes de:

1. Saídas compensatórias no ativo e no passivo financeiro – representam desembolsos de recursos de terceiros em poder do ente público, tais como:

a) Devolução dos valores de terceiros (cauções/depósitos) – a caução em dinheiro constitui uma garantia fornecida pelo contratado e tem como objetivo assegurar a execução do contrato celebrado com o poder público. Ao término do contrato, se o contratado cumpriu com todas as obrigações, o valor será devolvido pela administração pública. Caso haja execução da garantia contratual, para ressarcimento da Administração pelos valores das multas e indenizações a ela devidos, será registrada a baixa do passivo financeiro em contrapartida à receita orçamentária.

b) Recolhimento de Consignações (retenções) – são recolhimentos de valores anteriormente retidos na folha de salários de pessoal ou nos pagamentos de serviços de terceiros;

c) Pagamento das operações de crédito por antecipação de receita (ARO) – conforme determina a Lei de Responsabilidade Fiscal, as antecipações de receitas orçamentárias para atender insuficiência de caixa no exercício financeiro deverão ser quitadas até o dia dez de dezembro de cada ano. Tais pagamentos não necessitam de autorização orçamentária para que sejam efetuados;

d) Pagamentos de Salário-Família, Salário-Maternidade e Auxílio-Natalidade – os benefícios da Previdência Social adiantados pelo empregador, por força de lei, têm natureza extraorçamentária e, posteriormente, serão objeto de compensação ou restituição.

2. Pagamento de Restos a Pagar – são as saídas para pagamentos de despesas empenhadas em exercícios anteriores e não pagas. Essas despesas são inscritas em Restos a Pagar que constituirão a Dívida Flutuante.

Se o desembolso é extraorçamentário, não há registro de despesa orçamentária, mas uma desincorporação de passivo ou uma apropriação de ativo.

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Gabarito: E

47. (FCC – Analista – Contadoria – TRF 4ª Região – 2010)

É uma variação patrimonial ativa independente da execução orçamentária: (A) pagamento de um débito tributário inscrito na dívida ativa. (B) aquisição de bens imóveis. (C) recebimento de multas por atraso de pagamento de tributos. (D) receita de aluguéis de imóveis de propriedade do ente público. (E) cancelamento de dívida contraída pelo ente público.

COMENTÁRIOS:

Variações Ativas Independentes da Execução Orçamentária – as que provocam modificações no patrimônio, aumentando-o, porém, não se originam da execução orçamentária, surgem sempre de fatos de Superveniências Ativas ou de Insubsistências Passivas.

c) Superveniências Ativas – são movimentações que ocorrem por fatos inesperados, que acontecem até por serem inevitáveis, mas sempre aumentam o patrimônio.

d) Insubsistências Passivas – são movimentações que ocorrem por fatos que não mais podem subsistir, isto é, não podem mais existir, deixam de existir por qualquer motivo, porém sempre causando uma variação ativa, provocada pela baixa ou desincorporação de uma obrigação passiva. Uma obrigação passiva que deixa de existir causa consequentemente um aumento na situação patrimonial e, portanto, uma variação ativa.

Cancelamento de dívida pelo ente público é um exemplo de uma obrigação que deixa de existir.

Gabarito: E

48. (FCC – Analista Jud. – Contabilidade - TRE-PI – 2009)

A amortização do principal referente a operações de créditos por antecipação de receita orçamentária corresponde a uma (A) receita extraorçamentária. (B) despesa extraorçamentária. (C) despesa orçamentária de capital. (D) despesa orçamentária de juros e encargos da dívida. (E) despesa orçamentária de amortização de dívida.

COMENTÁRIOS:

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Pagamento das operações de crédito por antecipação de receita (ARO) – conforme determina a Lei de Responsabilidade Fiscal, as antecipações de receitas orçamentárias para atender insuficiência de caixa no exercício financeiro deverão ser quitadas até o dia dez de dezembro de cada ano. Tais pagamentos não necessitam de autorização orçamentária para que sejam efetuados, portanto está no rol de despesas extraorçamentárias.

Gabarito: B

49. (FCC – Analista – Contabilidade - MPE – SE – 2009) A operação de crédito por antecipação de receita deverá ser registrada como (A) transações orçamentárias. (B) transações extra-orçamentárias. (C) receita de capital. (D) receita patrimonial. (E) receita corrente.

COMENTÁRIOS:

Como já visto na questão anterior, a operação de crédito por antecipação de receita deverá ser registrada como transações extraorçamentárias.

Gabarito: B

50. (FCC – Analista Jud. – Contabilidade - TRE-PI – 2009)

De acordo com a Lei nº 4.320/64, um evento independente da execução orçamentária que provoca uma redução da situação líquida patrimonial é (A) a inscrição de dívida ativa. (B) o pagamento de serviços de terceiros – pessoa jurídica. (C) a baixa de bem por sinistro. (D) o pagamento de consignações sobre a folha de pagamentos. (E) o pagamento de serviços da dívida fundada.

COMENTÁRIOS:

Variações Passivas Independentes da Execução Orçamentária – são as que provocam modificações no patrimônio, diminuindo-o, porém, não se originam da execução orçamentária, surgem sempre de fatos de Superveniências Passivas ou de Insubsistências Ativas.

a) Superveniências Passivas – são movimentações que ocorrem por fatos inesperados, que acontecem até por serem inevitáveis, mas sempre diminuindo o patrimônio. Serão sempre fatos que aumentam as obrigações

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(passividade), porém não provêm da execução do orçamento; são incorporações de obrigações passivas que surgem de maneira imprevista.

b) Insubsistências Ativas – são movimentações que ocorrem por fatos que não mais podem subsistir, isto é, fatos que deixam de existir por qualquer motivo, porém sempre causando uma variação passiva, provocada pela baixa ou desincorporação de um bem ou direito ativo. Isso nos parece inevitável, pois um bem ou direito que deixa de existir, consequentemente, causa uma diminuição da situação patrimonial e, portanto, uma variação passiva.

A baixa de bem por sinistro é um exemplo de uma variação passiva, provocada pela baixa ou desincorporação de um bem ou direito ativo.

Gabarito: C

51. (FCC – Analista – Contabilidade - MPE – SE – 2009)

É uma despesa extra orçamentária o pagamento de

(A) juros da dívida.

(B) pessoal.

(C) contribuição patronal ao RPPS.

(D) devolução de caução.

(E) serviços de terceiros.

COMENTÁRIOS:

DESPESA EXTRAORÇAMENTÁRIA – é aquela que não está consignada na lei orçamentária ou em créditos adicionais, portanto não necessita de autorização legislativa. É paga à margem da lei do orçamento. Compreende saída de numerários resultante de valores que ingressaram nos cofres públicos como receita extraorçamentária, ou seja, de forma transitória.

Caução é uma receita transitória, portanto a sua devolução é uma despesa extraorçamentária.

Gabarito: D

52. (FCC – Analista Jud. – Contabilidade - TRE-PI – 2009)

Pela execução do orçamento, um evento que provoca um aumento efetivo na situação líquida patrimonial de uma entidade pública é

(A) o recebimento de dívida ativa.

(B) a variação cambial negativa de dívida fundada.

(C) o recebimento de taxas.

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(D) a obtenção de operação de crédito.

(E) a venda de bens móveis.

COMENTÁRIOS:

Essa questão trata de assunto estudado na aula anterior (aula 01).

As RECEITAS EFETIVAS – são aqueles ingressos de recursos financeiros de natureza orçamentária que provocam um aumento no Patrimônio Líquido, porque se originam de fatos modificativos aumentativos, ou seja, a elas não correspondem desincorporação de bens ou direitos, nem incorporação de dívidas, ou seja, entrando dinheiro nos cofres públicos não haverá saída de bens e nem assunção de dívidas.

Exemplos:

• Tributos arrecadados; • Aluguéis recebidos; • Recebimento de juros; • Receitas decorrentes de multas; • Receitas decorrentes de serviços prestados;

Portanto como taxa é tributo, o seu recebimento constitui uma receita efetiva.

Gabarito: C

53. (FCC – Analista Jud. - TRE – Área Administrativa–Contabilidade–SP–2012)

São exemplos, respectivamente, de fatos que geram mutação ativa e passiva resultantes da execução orçamentária

(A) a alienação de bens e o reconhecimento de despesa com pessoal.

(B) o recebimento de um bem em doação e a baixa de um bem por sinistro.

(C) a atualização monetária da dívida flutuante e a assinatura de um convênio.

(D) a amortização da dívida fundada e a aquisição de material de consumo.

(E) a aquisição de um bem imóvel e a contratação de operações de crédito de longo prazo.

COMENTÁRIOS:

Variações Ativas – Mutações Patrimoniais – são as decorrentes de uma troca de bens, permutados entre elementos do ativo (dinheiro – caixa), por bens ou valores de caráter permanente (móveis, imóveis, títulos e valores) e, originam-se, sempre, da execução orçamentária. Mutação, portanto, significa troca, modificação, mudança e, por se tratar de bens pertencentes ao patrimônio, podemos concluir que a mutação patrimonial

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é a troca, modificação e mudança que ocorre entre os bens, direitos e obrigações do patrimônio público.

Variações Passivas – Mutações Patrimoniais – são as decorrentes de uma troca de bens permutantes, através de alienação (venda) ou constituição de dívidas passivas por um bem numerário (dinheiro) e originam-se, sempre, da execução orçamentária. Mutação, portanto, significa troca, permuta, modificação, mudança e por se tratar de bens, direitos e obrigações que compõem o patrimônio, podemos concluir que a mutação patrimonial é a troca, modificação, mudança ou permuta que ocorre entre os elementos patrimoniais.

Diante do exposto, concluímos que a aquisição de um bem imóvel e a contratação de operações de crédito de longo prazo geram, respectivamente, mutação ativa e passiva resultantes da execução orçamentária.

Gabarito: E

54. (FCC – Analista Jud. - TRE – Área Administrativa–Contabilidade–SP–2012)

Um fato independente da execução orçamentária e que provoca alteração na situação líquida patrimonial é

(A) a alienação de bens móveis.

(B) a reavaliação de bens imóveis.

(C) o recolhimento de contribuições previdenciárias.

(D) a assinatura de um convênio.

(E) a arrecadação de contribuições.

COMENTÁRIOS:

Variações Ativas Independentes da Execução Orçamentária – as que provocam modificações no patrimônio, aumentando-o, porém, não se originam da execução orçamentária, surgem sempre de fatos de Superveniências Ativas ou de Insubsistências Passivas.

Superveniências Ativas – são movimentações que ocorrem por fatos inesperados, que acontecem até por serem inevitáveis, mas sempre aumentam o patrimônio, ou seja, a situação líquida patrimonial.

A única alternativa que se enquadra nesse conceito é a reavaliação de bens imóveis.

Gabarito: B

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55. (FCC – Agente de Fiscalização – TCE – SP – 2012)

A variação cambial da dívida fundada externa quando há a desvalorização da moeda brasileira, o real, representa uma

(A) superveniência ativa.

(B) superveniência passiva.

(C) insubsistência ativa.

(D) despesa efetiva.

(E) insubsistência passiva.

COMENTÁRIOS:

Variações Passivas Independentes da Execução Orçamentária – são as que provocam modificações no patrimônio, diminuindo-o, porém, não se originam da execução orçamentária, surgem sempre de fatos de Superveniências Passivas ou de Insubsistências Ativas.

Superveniências Passivas – são movimentações que ocorrem por fatos inesperados, que acontecem até por serem inevitáveis, mas sempre diminuindo o patrimônio. Serão sempre fatos que aumentam as obrigações (passividade), porém não provêm da execução do orçamento; são incorporações de obrigações passivas que surgem de maneira imprevista.

Gabarito: B

Por hoje é só, pessoal! Até o próximo encontro! Coloco-me à disposição para eventuais dúvidas e sugestões por

meio do fórum ou pelo email: [email protected] Um grande abraço a todos e bons estudos!!!

Otávio Souza.

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LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS NA AULA

01. (FCC – Analista Jud. Administrativo – TRT 4ª Região – 2011)

Para o governo federal, a venda de títulos públicos, a compra de um veículo à vista e a execução de despesa com serviços de terceiros são classificadas, respectivamente, como

a) receita efetiva, despesa por mutação patrimonial e despesa efetiva.

b) receita por mutação patrimonial, despesa por mutação patrimonial e despesa efetiva.

c) receita efetiva, despesa efetiva e despesa por mutação patrimonial.

d) despesa efetiva, despesa por mutação patrimonial e despesa efetiva.

e) receita por mutação, despesa efetiva e despesa por mutação patrimonial.

02. (FCC – Analista Jud. Contabilidade – TRE – PB – 2007)

Receita efetiva é (A) a colocação de títulos públicos no mercado financeiro. (B) a operação de crédito. (C) a alienação de bens imóveis. (D) o recebimento de valores emprestados. (E) a cota parte do Fundo de Participação dos Estados.

03. (FCC – Analista – Auditor - TJ – PI – 2009)

O recebimento de depósitos ou cauções de terceiros pelo ente público constitui uma receita (A) corrente. (B) de capital. (C) extra orçamentária. (D) por mutação patrimonial. (E) patrimonial.

04. (FCC – Analista – Contador – TJ – PI – 2009)

Constitui uma receita por mutação patrimonial a Receita (A) de amortização por empréstimos concedidos. (B) industrial. (C) patrimonial.

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(D) de juros sobre empréstimos concedidos. (E) de quotas recebidas.

05. (FCC – Analista Técnico – TCE – AM – 2008)

A retenção das contribuições previdenciárias, valores descontados da folha de pagamentos dos servidores públicos, corresponde a uma

(A) receita extra orçamentária.

(B) despesa extra orçamentária.

(C) receita orçamentária de contribuições.

(D) receita orçamentária tributária.

(E) despesa orçamentária de transferências a instituições privadas.

06. (CESPE – Analista – Contabilidade – TRT 17ª Região-2009)

A receita pública somente pode ser considerada orçamentária se estiver incluída na lei orçamentária anual.

07. (FCC – Analista Jud. Contabilidade – TRE – PB – 2007)

Despesa de mutação patrimonial: (A) pessoal e encargos sociais. (B) equipamentos e material permanente. (C) serviços de consultoria. (D) subvenção social. (E) juros sobre a dívida por contrato.

08. (FCC – Analista – Auditor - TJ – PI – 2009)

É um exemplo de despesa por mutação patrimonial: (A) juros e encargos pagos sobre a dívida interna e externa. (B) pagamentos de serviços prestados por pessoa jurídica. (C) subvenções sociais. (D) subvenções econômicas. (E) aquisição de material permanente. 09. (FCC - Técnico Contábil – Ministério Público-SC–2009) A alternativa que possui somente exemplos de Despesa Efetiva é: a) Aquisição de Bens, Amortização da Dívida e Pessoal. b) Encargos Sociais, Juros da Dívida e Amortização da Dívida.

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c) Aquisição de Bens, Amortização da Dívida e Construção de Bens. d) Pessoal, Material de Consumo, Serviços de Terceiros e Encargos. e) Encargos Sociais, Material de Consumo e Amortização da Dívida.

10. (FCC – Analista Jud. - TRE – Área Administrativa–Contabilidade–PR–2012)

Uma receita efetiva decorrente da execução orçamentária é aquela decorrente

(A) dos juros das aplicações financeiras.

(B) da realização de operações de crédito.

(C) do recebimento de dívida ativa.

(D) do recebimento de um terreno em doação.

(E) da venda de um ativo imobilizado.

11. (FCC – Analista Jud. - TRE – Área Administrativa–Contabilidade–PR–2012)

Uma receita extraorçamentária caracteriza-se por

(A) provocar um aumento efetivo na situação líquida patrimonial.

(B) modificar, simultaneamente, contas do ativo circulante e do passivo não circulante.

(C) modificar, simultaneamente, contas do ativo circulante e do ativo não circulante.

(D) não ser prevista em orçamento e ter que ser restituída em época própria.

(E) provocar uma redução do superávit financeiro do exercício corrente.

12. (FCC – Analista Judiciário – Contador – TJ – PE – 2012)

Uma despesa orçamentária efetiva é aquela decorrente de

(A) auxílio financeiro a estudantes.

(B) aquisição de material de consumo.

(C) cobrança da dívida ativa tributária.

(D) aquisição de bens móveis.

(E) amortização da dívida fundada interna.

13. (FCC – Técnico Jud. Contabilidade – TRT 3ª Região – 2009)

A redução da dotação orçamentária disponível referente a determinado item de despesa ocorre no estágio da despesa de

(A) liquidação.

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(B) empenho.

(C) licitação.

(D) pagamento.

(E) recolhimento.

14. (FCC – Analista Jud. Contabilidade – TRF 4ª Região – 2007)

A despesa orçamentária passa por várias fases de execução (estágios) cuja ordem cronológica deve ser seguida rigorosamente. O estágio da liquidação da despesa é aquele em que

(A) o credor comparece perante o agente pagador, identifica- se, recebe seu crédito e dá a competente quitação.

(B) é estabelecida a programação financeira e sua execução mensal, por meio de ato do Poder Executivo.

(C) é verificado o direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e os documentos comprobatórios do respectivo crédito.

(D) é criada para o Poder Público uma obrigação de pagamento, por meio de ato emanado de autoridade competente.

(E) é procedida a licitação da despesa com o objetivo de verificar, entre os vários fornecedores habilitados, quem oferece condições mais vantajosas.

15. (FCC – Contador - Prefeitura de São Paulo-2010) A Prefeitura Municipal de Leão do Sul celebrou contrato com a empresa Balão Azul Ltda. para a aquisição de duas mil bolas de futebol. Apenas mil bolas foram entregues. Entretanto, a Prefeitura realizou o pagamento integral do contrato, uma vez que empresa se comprometeu, por escrito, a entregar o restante em trinta dias. O procedimento adotado pela Prefeitura foi: (A) correto, uma vez que pode ser realizado pagamento antecipado, desde que o bem seja entregue no máximo em trinta dias. (B) incorreto, uma vez que houve pagamento total sem regular liquidação. (C) incorreto, uma vez que o pagamento antecipado poderia ser realizado, desde que a empresa se comprometesse a entregar o bem no máximo em dez dias. (D) correto, desde que tenha havido prévio empenho global. (E) correto, desde que o recebimento definitivo da mercadoria seja registrado após sua entrega efetiva.

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16. (ESAF - Analista- MPU-2004)

A despesa orçamentária deve passar por estágios. Com relação ao Empenho, identifique a única opção falsa.

A) É o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição.

B) Existem três modalidades de empenho: extraordinário, por estimativa e global.

C) Uma vez autorizado o empenho, pela autoridade competente, fica criada a obrigação de pagamento para o Estado, podendo ficar dependendo de algumas condições ou não.

D) O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos.

E) É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.

17. (FCC - Analista Jud. – Contabilidade - TRF 4ª Região-2010)

A liquidação é o estágio da despesa pública em que (A) ocorre um ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado a obrigação de pagamento. (B) o credor é pago pelo ente público. (C) é escolhido o fornecedor que apresenta proposta mais vantajosa para contratação de obras. (D) há verificação do direito líquido e certo do credor do ente público em função dos serviços prestados. (E) é estabelecido um cronograma de dispêndio para os créditos orçamentários. 18. (FCC – Analista – Contabilidade – TJ – PI – 2009)

O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. Quando o empenho se destina a atender a despesas para as quais não se possa previamente determinar o montante exato, tais como despesas com água e telefone, deve-se usar o empenho

(A) ordinário.

(B) unitário.

(C) por estimativa.

(D) global.

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(E) parcial.

19. (FCC – Técnico – Contabilidade – TRT 3ª Região – 2007)

Na execução da despesa, o ato emanado de autoridade competente, que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição, denomina-se

(A) liquidação.

(B) pagamento.

(C) reserva.

(D) contingenciamento.

(E) empenho.

20. (FCC – Técnico – Contabilidade – TRT 2ª Região – 2007)

A fase da despesa que consiste na verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito, denomina-se

(A) pagamento.

(B) fixação.

(C) previsão.

(D) liquidação.

(E) empenho.

21. (FCC – Analista MP-SE – Contabilidade – 2009)

Para despesas cujo montante é previamente conhecido e cujo pagamento será efetuado em uma única parcela, será emitido um empenho

(A) diário.

(B) ordinário.

(C) global.

(D) estimativo.

(E) mensal.

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22. (FCC – Analista – Contador – TJ – PI – 2009)

No que concerne ao empenho da despesa pública, é correto afirmar:

(A) É permitida a realização de despesa sem prévio empenho.

(B) O empenho da despesa cujo montante não se possa determinar é denominado empenho global.

(C) É permitido o empenho por estimativa de despesas contratuais e outras, sujeitas a parcelamento.

(D) Em casos especiais previstos na legislação específica, será dispensada a emissão da nota de empenho.

(E) O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que somente cria para o Estado obrigação de pagamento após a liquidação da despesa.

23. (FCC – Analista – Auditor – TJ – PI – 2009)

O empenho é

(A) o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição.

(B) um compromisso financeiro para execução após o término do mandato do Chefe do Poder Executivo.

(C) a verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.

(D) o despacho exarado por autoridade competente, determinando que a despesa seja paga.

(E) um pagamento devido pela Fazenda Pública em virtude de sentença judiciária.

24. (FCC – Analista Jud. - TRE – Área Administrativa–Contabilidade–PR–2012)

De acordo com o regime de competência, as obrigações com fornecedores de material de consumo devem ser reconhecidas

(A) no empenho da despesa.

(B) na liberação de quotas financeiras.

(C) na finalização do processo de licitação.

(D) na liquidação da despesa.

(E) na inscrição de restos a pagar.

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25. (FCC – Analista Jud. - TRE – Área Administrativa–Contabilidade–SP–2012) Ao término do contrato, se o contratado cumpriu com todas as obrigações, o valor depositado a título de caução será devolvido pela administração pública, gerando para a mesma uma

(A) receita orçamentária.

(B) receita extraorçamentária.

(C) despesa orçamentária.

(D) despesa de exercícios anteriores.

(E) despesa extraorçamentária.

26. (FCC – Agente de Fiscalização – TCE – SP – 2012 - Adaptada)

Em relação à dívida pública, julgue o item:

A dívida pública consolidada inclui as operações de crédito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham constado do orçamento.

27. (FCC – Analista – Contabilidade - MPE – SE – 2009) Será inscrito como restos a pagar a diferença entre despesa (A) empenhada e despesa paga. (B) prevista e despesa empenhada. (C) empenhada e despesa liquidada. (D) fixada e despesa empenhada. (E) fixada e despesa paga.

28. (FCC – Analista Administrativo – TRE – TO – 2011)

Restos a pagar processados são despesas ainda não pagas, mas que foram, no exercício corrente

(A) empenhadas e ainda não liquidadas.

(B) programadas e empenhadas.

(C) programadas, mas ainda não empenhadas.

(D) empenhadas e liquidadas.

(E) programadas e ainda não liquidadas.

29. (FCC – Analista – Contabilidade - MPE – SE – 2009) De acordo com a sua natureza, os restos a pagar podem ser classificados como (A) ordinários e extraordinários. (B) orçamentários e extra orçamentários.

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(C) processados e não processados. (D) correntes e de capital. (E) ativos e passivos

30. (FCC – Auditor – TCE-AL – 2008 - Adaptada)

Analise o item abaixo:

As despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31 de julho, consideram-se Restos a Pagar.

31. (FCC – Analista Administrativo – TRT 9ª região – 2010)

Restos a pagar de despesas não processadas são aqueles cujo empenho:

a) Não foi emitido e o objeto adquirido foi entregue. b) Foi emitido e o objeto adquirido foi entregue. c) Não foi emitido e o objeto adquirido não foi entregue. d) Foi emitido e o objeto adquirido não foi entregue. e) Foi parcialmente emitido e o objeto adquirido foi entregue.

32. (FCC – Analista Contadoria – TRF 4ª região – 2010)

São computados como receita extraorçamentária no Balanço Financeiro de um ente público:

(A) alienações de bens.

(B) operações de crédito.

(C) receitas industriais.

(D) restos a pagar inscritos no exercício.

(E) receitas patrimoniais.

33. (CESPE - Analista Jud. Contabilidade - TRT 17ª Reg. - 2009)

Com relação à aplicação prática de conceitos de Contabilidade Pública, julgue o item a seguir:

No balanço orçamentário, os restos a pagar são computados como despesa orçamentária, mas, no balanço financeiro, são incluídos como receita extraorçamentária.

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34. (CESPE – Analista – Contabilidade - TCE-AC – 2009 - Adaptada)

A respeito da dívida pública, julgue o item:

Os restos a pagar são classificados como dívida fundada.

35. (FCC - Técnico Judiciário - TRF-4ª Reg. - 2010)

É exemplo de despesa extraorçamentária:

(A) juro da dívida pública.

(B) aquisição de equipamentos e instalações.

(C) pagamento de restos a pagar.

(D) amortização da dívida pública.

(E) concessão de empréstimos pelo ente público.

36. (FCC – Auditor – TCE – AL – 2008) É um exemplo de despesa extra orçamentária o pagamento de (A) amortização da dívida pública. (B) restos a pagar de exercícios anteriores. (C) subvenções econômicas. (D) subvenções sociais. (E) de imóvel ou de bem de capital já em utilização pelo órgão público. 37. (FCC - Analista – Contabilidade - TRT 24ª Região - 2006) Os Restos a pagar

(A) não processados referem-se a valores devidos em decorrência de empenhamentos sem a devida cobertura do crédito orçamentário e financeiro.

(B) processados referem-se a empenhamentos não liquidados, porém com a devida cobertura financeira.

(C) não processados referem-se a empenhamentos liquidados e não pagos até 31/12 sem a devida cobertura financeira.

(D)) processados referem-se a empenhamentos liquidados e não pagos até 31/12 independentemente da sua cobertura financeira.

(E) processados referem-se a empenhamentos não liquidados, porém com cobertura orçamentária e financeira.

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38. (FCC – Analista Contabilidade – TRT 24ª Região – 2011)

Considere:

IV. Consideram-se restos a pagar as despesas empenhadas mas não pagas dentro do exercício financeiro. V. A despesa empenhada no exercício anterior e paga no exercício seguinte será considerada extraorçamentária no momento do pagamento. VI. A despesa empenhada no exercício anterior e paga no exercício seguinte será considerada orçamentária no momento do pagamento.

Em relação aos Restos a Pagar, está correto o que consta APENAS em

(A) III. (B) II e III. (C) I e III. (D) I e II. (E) I

39. (FCC – Técnico Contabilidade – TRF 4ª Região – 2010)

Em relação às Despesas de Exercícios Anteriores, é correto afirmar:

(A) São despesas de caráter extraorçamentário.

(B) Significam a mesma coisa que Restos a Pagar decorrentes do exercício anterior.

(C) São despesas liquidadas, mas não pagas no exercício correspondente.

(D) São aquelas em que a obrigação de pagamento é criada em virtude de lei, reconhecido o direito do reclamante no encerramento do exercício correspondente.

(E) São despesas em que a obrigação foi cumprida pelo credor no prazo estabelecido, embora não tenham sido processadas na época própria.

40. (FCC – Analista Administrativo – TRE – TO – 2011)

As Despesas de Exercícios Anteriores são:

(A) Restos a pagar processados e pagos no exercício subsequente ao do empenho.

(B) Despesas correspondentes a períodos anteriores e pagas no presente exercício com dotação orçamentária específica para tal fim.

(C) Restos a pagar cuja prescrição não tenha sido interrompida.

(D) Despesas pagas em exercícios anteriores correspondentes a serviços prestados no corrente exercício.

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(E) Despesas correspondentes a serviços prestados no corrente exercício mas cujo empenho foi feito em exercícios anteriores.

41. (FCC – Analista Ministerial – Ciências Contábeis – MPE – PE – 2012)

Está correto afirmar:

(A) Prescreve em cinco anos a dívida passiva relativa aos Restos a Pagar, sendo que esse prazo não é interrompido pelo cancelamento da inscrição da despesa nessa rubrica.

(B) A concessão de suprimento de fundos poderá ser feita a servidor declarado em alcance.

(C) Os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente deverão ser pagos como despesas de exercícios anteriores.

(D) São classificadas como restos a pagar processados as despesas legalmente empenhadas e que não tenham sido liquidadas no exercício financeiro.

(E) A concessão de suprimento de fundos independe de prévio empenho da despesa correspondente.

42. (CESPE – Auditor do Estado – Contabilidade – ES – 2009)

As superveniências e as insubsistências, ativas e passivas, compõem os valores independentes da execução orçamentária, e provocam alterações na situação patrimonial líquida da entidade.

43. (FCC – Analista Administrativo – TRT 9ª região – 2010)

As alterações nos valores dos elementos do patrimônio público que aumentam a situação patrimonial, advindas de aquisições, valorização de bens, amortização de dívida, superveniências ativas ou insubsistências passivas são denominadas (A) variações ativas. (B) variações passivas. (C) bens e direitos. (D) incorporações passivas. (E) alienações ativas.

44. (FCC – Analista Jud. TRT 23ª Região – 2011) É um exemplo de uma variação patrimonial ativa A) o cancelamento de dívida ativa. B) o repasse concedido.

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C) a receita de operações de crédito. D) a baixa de bens imóveis em virtude de sua alienação. E) a amortização de dívida interna.

45. (CESGRANRIO – Analista – Ciências Contábeis – ANP – 2008)

Na contabilidade pública, as variações quantitativas quando aumentam o saldo patrimonial são denominadas Variações (A) Ativas (B) Mistas (C) Aditivas (D) Passivas (E) Aumentativas

46. (FCC – Analista Jud. – Contabilidade - TRE-PI – 2009)

Uma despesa extraorçamentária caracteriza-se por (A) provocar uma redução efetiva na situação líquida patrimonial. (B) modificar, simultaneamente, contas do ativo financeiro e do passivo permanente. (C) modificar, simultaneamente, contas do ativo financeiro e do ativo permanente. (D) provocar uma redução do superávit financeiro. (E) não precisar de autorização legislativa para a sua ocorrência.

47. (FCC – Analista – Contadoria – TRF 4ª Região – 2010)

É uma variação patrimonial ativa independente da execução orçamentária: (A) pagamento de um débito tributário inscrito na dívida ativa. (B) aquisição de bens imóveis. (C) recebimento de multas por atraso de pagamento de tributos. (D) receita de aluguéis de imóveis de propriedade do ente público. (E) cancelamento de dívida contraída pelo ente público.

48. (FCC – Analista Jud. – Contabilidade - TRE-PI – 2009)

A amortização do principal referente a operações de créditos por antecipação de receita orçamentária corresponde a uma (A) receita extraorçamentária. (B) despesa extraorçamentária. (C) despesa orçamentária de capital. (D) despesa orçamentária de juros e encargos da dívida. (E) despesa orçamentária de amortização de dívida.

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49. (FCC – Analista – Contabilidade - MPE – SE – 2009) A operação de crédito por antecipação de receita deverá ser registrada como (A) transações orçamentárias. (B) transações extra orçamentárias. (C) receita de capital. (D) receita patrimonial. (E) receita corrente.

50. (FCC – Analista Jud. – Contabilidade - TRE-PI – 2009)

De acordo com a Lei nº 4.320/64, um evento independente da execução orçamentária que provoca uma redução da situação líquida patrimonial é (A) a inscrição de dívida ativa. (B) o pagamento de serviços de terceiros – pessoa jurídica. (C) a baixa de bem por sinistro. (D) o pagamento de consignações sobre a folha de pagamentos. (E) o pagamento de serviços da dívida fundada.

51. (FCC – Analista – Contabilidade - MPE – SE – 2009)

É uma despesa extra orçamentária o pagamento de

(A) juros da dívida.

(B) pessoal.

(C) contribuição patronal ao RPPS.

(D) devolução de caução.

(E) serviços de terceiros.

52. (FCC – Analista Jud. – Contabilidade - TRE-PI – 2009)

Pela execução do orçamento, um evento que provoca um aumento efetivo na situação líquida patrimonial de uma entidade pública é

(A) o recebimento de dívida ativa.

(B) a variação cambial negativa de dívida fundada.

(C) o recebimento de taxas.

(D) a obtenção de operação de crédito.

(E) a venda de bens móveis.

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53. (FCC – Analista Jud. - TRE – Área Administrativa–Contabilidade–SP–2012)

São exemplos, respectivamente, de fatos que geram mutação ativa e passiva resultantes da execução orçamentária

(A) a alienação de bens e o reconhecimento de despesa com pessoal.

(B) o recebimento de um bem em doação e a baixa de um bem por sinistro.

(C) a atualização monetária da dívida flutuante e a assinatura de um convênio.

(D) a amortização da dívida fundada e a aquisição de material de consumo.

(E) a aquisição de um bem imóvel e a contratação de operações de crédito de longo prazo.

54. (FCC – Analista Jud. - TRE – Área Administrativa–Contabilidade–SP–2012)

Um fato independente da execução orçamentária e que provoca alteração na situação líquida patrimonial é

(A) a alienação de bens móveis.

(B) a reavaliação de bens imóveis.

(C) o recolhimento de contribuições previdenciárias.

(D) a assinatura de um convênio.

(E) a arrecadação de contribuições.

55. (FCC – Agente de Fiscalização – TCE – SP – 2012)

A variação cambial da dívida fundada externa quando há a desvalorização da moeda brasileira, o real, representa uma

(A) superveniência ativa.

(B) superveniência passiva.

(C) insubsistência ativa.

(D) despesa efetiva.

(E) insubsistência passiva.

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GABARITO

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

B E C A A ERRADO B E D A

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

D A B C B B D C E D

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

B D A D E CERTO A D C ERRADO

31 32 33 34 35 36 37 38 39 40

D D CERTO ERRADO C B D D E B

41 42 43 44 45 46 47 48 49 50

C CERTO A ANULADA A E E B B C

51 52 53 54 55

D C E B B